QUARTA-FEIRA 13 FEVEREIRO 2013 www.imobiliario.publico.pt
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Promotores fazem operação de charme junto de investidores russos Os empreendimentos Lux Tavira e Convento das Bernardas (na foto), do Entreposto, e o Mais Campo Grande, do grupo Rentipar, são promovidos em Moscovo p03
Este suplemento é parte integrante do jornal PÚBLICO e não pode ser vendido separadamente
Candidaturas ao Prémio de Reabilitação encerram esta semana
Escritórios em Lisboa recuperaram ligeiramente e mercado está otimista
ESPART inicia aposta na reabilitação com Edifício Ivens 31
SUPLEMENTO COMERCIAL
Embora se tenha assistido a uma descida dos valores de renda praticados no mercado, a área arrendada aumentou 16% p14/15
O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana é uma iniciativa que vai distinguir os melhores projetos de reabilitação urbana p08/09
O grupo vai avançar com a reabilitação do edifício 108 da Avenida da Liberdade, destinado a escritórios e lojas p04
02 Opinião IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
O risco sísmico e o problema da reabilitação urbana
Arrendamento urbano está a seguir o guião de um filme antigo
O funcionamento equilibrado de um
verdadeiro mercado de arrendamento urbano é também essencial
para que a reabilitação urbana dos grandes
centros possa ser uma realidade e para que
o valor médio das rendas seja realmente
competitivo
A correta intervenção no domínio da reabilitação,
designadamente nos centros históricos
das nossas cidades, deve ter em conta
que muitos dos edifícios a reabilitar
são repositórios de memória e de
identidade
De acordo com a Confe-
deração Portuguesa da
Construção e do Imo-
biliário, Portugal tem
cerca de 5.879 milhões
de fogos construídos, dos quais cer-
ca de dois milhões necessitam de
intervenção e 820 mil de profundas
obras de reabilitação, sendo que,
deste universo, 335 mil têm de ser
alvo de intervenção urgente em fa-
ce do seu estado de degradação.
A reabilitação tem sido referida
como um fator determinante para a
recuperação do nosso tecido urbano,
mas também, no atual contexto eco-
nómico, como uma forma de gerar
emprego, rentabilizar estruturas exis-
tentes e viabilizar investimentos.
A correta intervenção no domínio
da reabilitação, designadamente nos
centros históricos das nossas cidades,
deve ter em conta que muitos dos edi-
fícios a reabilitar são repositórios de
memória e de
identidade, de-
sempenhando,
pela sua locali-
zação na estru-
tura urbana, um
papel central nos
aspetos culturais,
comerciais e so-
ciais da vida na
localidade.
A conservação
do património e
a reabilitação
urbana devem,
por isso, cons-
tituir matérias
prioritárias pa-
ra o desenvolvi-
mento e compe-
titividade dos centros urbanos.
A reabilitação não se compadece,
assim, com intervenções avulsas e
sem a devida competência técnica a
suportá-las, isto é, sem o respeito pela
exigência de qualidade, o que impõe
a adoção de abordagens cautelosas e
Anova legislação sobre
o arrendamento urba-
no está a resvalar para
uma desnecessária e in-
justifi cada guerra entre
senhorios e inquilinos. Como disse
há algum tempo, os senhorios e os
inquilinos deveriam estar no mes-
mo lado desta contenta, ambos
interessados em que o mercado
do arrendamento urbano funcio-
ne corretamente, e este funciona-
mento contribua para que a recu-
peração econó-
mica do país se
inicie e conclua
no mais curto
espaço de tem-
po e sem mais
efeitos colate-
rais indesejá-
veis.
O regresso à
normal idade
no mercado do
arrendamento
urbano não se
adivinhava fá-
cil, face ao his-
tórico português
das políticas
habitacionais.
Durante anos e
anos, grande parte da função so-
cial do Estado no que ao Direito à
Habitação, assumido ou não assu-
mido, dizia respeito, recaia sobre os
proprietários de imóveis colocados
como oferta para arrendamento. O
país interiorizou esta distorção e o
resultado está à vista, a nova legis-
lação sobre o arrendamento urbano
exacerba velhas emoções politicas
sob a máscara de supostas insensi-
bilidades sociais.
O crescimento da procura de ha-
bitação no mercado de arrendamen-
to, em contraponto a um passado
recente em que quase só funcionava
o mercado de compra e venda, é im-
portante para o mercado imobiliário
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técnica e cientifi camente sustentadas,
que passam muitas vezes pela utili-
zação de metodologias defensivas
quando se procede a tratamentos de
conservação.
A análise dos efeitos associados
ao risco sísmico tem vindo a ser va-
lorizada e a assumir importância
crescente na nossa sociedade, como
consequência do desenvolvimento
tecnológico, da evolução do conhe-
cimento científi co e das alterações na
comunidade associadas à perceção
do bem-estar e da segurança, assim
como da crescente consciência da
necessidade de uma avaliação dos
efeitos dessa catástrofe natural, não
só do ponto de vista de perdas huma-
nas, mas também de avaliação econó-
mica das consequências dos sismos.
No entanto, são bem conhecidas
as situações em que a reabilitação
de edifícios é realizada respeitando
apenas critérios estéticos, de confor-
to e de enquadramento urbanístico,
esquecendo um aspeto determinante:
garantir a capacidade de resistência
desses edifícios às ações sísmicas.
Face ao vazio legal sobre este tema,
a Ordem dos Engenheiros tem desen-
volvido esforços com vista a sensibi-
lizar a Assembleia da República e o
Governo, no sentido da implemen-
tação de legislação que imponha a
obrigatoriedade de avaliação da resis-
tência sísmica, e consequente reforço
estrutural, se necessário, nas obras de
reabilitação de edifícios.
Os projetos e as obras de reabilita-
ção devem ser desenvolvidos por pro-
fi ssionais devidamente credenciados,
devendo o nível de qualifi cação exigi-
do decorrer do grau de exigência de
cada obra, aspeto que deve ser con-
sagrado em legislação que, pelo seu
conteúdo e rigor, deve contribuir de-
cisivamente para a necessária defesa
da comunidade contra as consequên-
cias da ocorrência de um sismo.
Bastonário da Ordem dos Engenheiros
mas é, essencialmente, fundamental
para que muitas famílias possam ter
uma casa para viver mesmo que não
tenham condições para aceder ao
crédito necessário para a aquisição
de casa própria.
O funcionamento equilibrado de
um verdadeiro mercado de arren-
damento urbano é também essen-
cial para que a reabilitação urbana
dos grandes centros possa ser uma
realidade e para que o valor médio
das rendas seja realmente competi-
tivo comparativamente ao valor das
prestações necessárias para pagar
o crédito que teria sido necessário
obter se a opção tivesse sido a com-
pra.
Mas tudo isto só será possível se
a nova legislação sobre o arrenda-
mento urbano, susceptível de ser
melhorada, puder ser aplicada sem
gerar confl itos artifi ciais, em alguns
casos empolados, e num quadro de
permanente esclarecimento dos in-
teressados mais vulneráveis e com
menos capacidade para descodifi car
linguagens fechadas ou até para se
defender de potenciais abusos, sem-
pre possíveis de ocorrer.
As necessárias mudanças em cur-
so no paradigma do acesso à habi-
tação têm de ser concretizadas com
cuidados sociais redobrados, que
devem, no caso, partir da máquina
do Estado, na assunção do papel
social que lhe cabe, mas sem ceder
a pressões que ressuscitam velhas
teses a tentar reanimar confl itos que
devem ser inexistentes nos Estados
de Direito que respeitam a proprie-
dade privada, mesmo exigindo que
a propriedade não perca a sua in-
trínseca função social. Não é este o
fi lme a que estamos a assistir.
Presidente da APEMIP e Presidente da CIMLOPConfederação da Construção e do Imobiliário de Língua Ofi cial [email protected]
Carlos Matias Ramos
Luís Lima
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IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013 Atualidade 03
Promover e vender no exterior o
imobiliário é uma aposta que ga-
nha cada vez mais adeptos junto
dos promotores imobiliários nacio-
nais. É o caso do Entreposto Gestão
Imobiliária e do grupo Rentipar que
estão a cooperar numa ação estra-
tégica para apresentarem os seus
projetos imobiliários a investidores
russos.
A iniciativa conjunta que decorre
no dia 19 de Fevereiro, na Residên-
cia da Embaixada Portuguesa na
Rússia, conta ainda com a divulga-
ção da oferta de serviços integrados
da ACROSS, uma parceria entre a
Imogalvão e a sociedade de advo-
gados FCB&A.
Assim, a representar a zona sul
do país estará o Lux Tavira, um em-
preendimento localizado em Luz de
Tavira e composto por 48 moradias
e 12 apartamentos, que desde 2010,
ano da sua conclusão, tem captado
o interesse de ingleses, belgas, es-
panhóis e escandinavos. Prepara-se
agora para aderir ao novo regime de
alojamento local.
Será, igualmente, apresentado o
Convento das Bernardas localiza-
do na cidade de Tavira. O convento
da Ordem de Cister foi fundado em
1509 e recentemente reabilitado pa-
ra fi ns habitacionais pelo arquiteto
Souto Moura.
Duarte Guerreiro, administra-
dor do Entreposto Gestão Imobili-
ária, adianta que a sua “presença
Elisabete Soares
Promotores fazem operação de charme junto de investidores russosOs empreendimentos Lux Tavira e Convento das Bernardas, do Entreposto, e o Mais Campo Grande, do grupo Rentipar, são promovidos em Moscovo
Segundo o WMarket Review, estudo
de research mais recente da Worx Re-
al Estate Consultants, o ano de 2012
foi um ano de resiliência e de adapta-
ção para a hotelaria nacional e prova
disso foi o facto de a procura global se
ter mantido estável, mesmo quando
se verifi cou uma queda considerável
na procura interna e no mercado es-
panhol. Em 2012 verifi cou-se uma
vontade de lutar contra a crise insta-
lada e procurar novos caminhos de
expansão, tendo sido aplicadas várias
estratégias, nomeadamente, a criação
de novas alianças, como foi o caso da
fusão operacional dos grupos hotelei-
ros Lágrimas e Alexandre de Almeida.
Hotelaria resiste à crise
DR
O Convento das Bernardas, em Tavira, é um dos empreendimentos do Entreposto presente em Moscovo
no evento tem como objetivo dar a
conhecer a compradores produtos
diferenciadores no sector imobiliá-
rio que correspondem às expectati-
vas deste mercado”.
Em Moscovo será também apre-
sentado o empreendimento Mais
Campo Grande, uma aposta da Ha-
biprede, do grupo Rentipar. É cons-
tituído por 144 apartamentos de di-
versas tipologias, que se estendem
do T1 ao T6, abrangendo um perfi l
Prémio IHRU distingue projeto da Urbanspace
O Edifício RCRB 86, localizado na
Rua Capitão Renato Batista nº78 a
86, em Lisboa, venceu o Prémio
IHRU 2012 na categoria de reabi-
litação de edifício habitacional. O
projeto promovido pela Urbans-
pace – Investimentos Imobiliários,
tem a assinatura do atelier de ar-
quitetura Appleton e Domingos,
tendo os trabalhos de construção
estado a cargo da Tetrapod Cons-
trução Civil.
Os prémios IHRU são uma inicia-
tiva do Instituto da Habitação e da
Reabilitação Urbana, tendo sido
Elisabete Soares entregues na última semana, em
Lisboa, numa cerimónia presidida
pela ministra Assunção Cristas.
Estes prémios distinguem, anual-
mente, os empreendimentos de ha-
bitação social e as intervenções de
reabilitação no meio urbano, que se
destaquem por serem experiências
inovadoras e exemplares. A inicia-
tiva considera projetos na variante
de construção e na variante de re-
abilitação, integrando esta última
as categorias de habitação, equipa-
mentos e espaços públicos.
O edifício RCRB 86 localiza-se em
pleno centro de Lisboa, freguesia
dos Anjos, perto do Campo dos
Mártires da Pátria, num prédio ori-
ginal de 1913, onde viveu a pintora
Eduarda Lapa, estando este facto
referenciado pela Câmara Munici-
pal de Lisboa, como parte de uma
homenagem, na fachada do prédio.
O edifício foi totalmente reabili-
tado para fi ns residenciais, sendo
composto por três apartamentos
T2+1, um loft T3 e um apartamento
T4 duplex, além de estar comple-
tamente modernizado em termos
de infraestruturas e equipamentos,
incluindo a instalação de um ele-
vador. A fachada original, integral-
mente de azulejo, com apontamen-
tos arte nova, foi preservada.
alargado de moradores.
Ana Noya, diretora comercial da
Habiprede, acredita “que a iniciativa
vai ser uma mais-valia para vender
Portugal e os seus produtos como
apetecíveis para investidores e indi-
víduos com poder de compra.”
A iniciativa pretende reunir um
público-alvo distinto, desde agentes
imobiliários, operadores turísticos,
profi ssionais do sector bancário,
particulares estrangeiros e inves-
tidores russos com poder de inves-
timento em Portugal no sector do
imobiliário de luxo.
O objetivo é atrair investimento
para Portugal através da promo-
ção de projetos diferenciadores do
sector do imobiliário de luxo e fo-
mentar a troca de contactos entre
entidades internacionais, ao mesmo
tempo que reforça a necessidade
de “vender” Portugal como destino
empreendedor e turístico.
Nova lei dos vistosNesse sentido, o evento contará igual-
mente com a sociedade de advoga-
dos FCB&A que explicará em deta-
lhe os mecanismos legais, jurídicos
e burocráticos de investimento em
Portugal e as vantagens decorrentes
da nova lei de concessão de vistos.
As recentes alterações ao regime
jurídico de entrada e permanência
de estrangeiros no território nacional
introduziram (entre outros) a criação
de um mecanismo que permite a na-
cionais de países terceiros obter a au-
torização de residência em Portugal,
em caso de realização de determina-
dos investimentos em território na-
cional – os chamados “golden visas”.
A nova lei dos vistos entrou em vi-
gor a 8 de Outubro de 2012, foi revista
e alterada a 28 de Janeiro de 2013, e
dá o direito a uma autorização de resi-
dência em Portugal a qualquer pessoa
estrangeira que realize uma atividade
de investimento que garanta a transfe-
rência de capitais num montante igual
ou superior a um milhão de euros,
crie pelo menos dez postos de traba-
lho ou adquira bens imóveis num va-
lor igual ou superior a 500 mil euros.
Esta autorização tem validade de
um ano, podendo ser renovável por
sucessivos períodos de dois anos, ten-
do o investimento inicial de se man-
ter por um período mínimo de cinco
anos. Como consequência da autori-
zação de residência em Portugal, os
investidores terão possibilidade de
circular livremente em qualquer país
do espaço Schengen.
04 Atualidade IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
A ESPART, empresa do grupo Espí-
rito Santo (GES) vocacionada para a
promoção e gestão de ativos imobili-
ários, “decidiu apostar de uma forma
sustentada na área da requalifi cação
urbana, que se iniciou com o Edifício
Ivens 31, um projeto de caracterís-
ticas únicas, de grande qualidade,
que se localiza no Chiado e que está
a ser muito bem recebido pelo mer-
cado”, adianta o seu administrador
Aniceto Viegas.
De acordo com o responsável,
para além deste projeto, a empresa
“mantém-se atenta ao mercado na
identifi cação de outras oportunida-
des que possam constituir projetos
interessantes e em linha com a estra-
tégia defi nida neste domínio”. Nas
suas palavras o objetivo da ESPART
é reabilitar edifícios com uma loca-
lização estratégica, transformando-
os em projetos residenciais de nível
elevado, dirigidos a um público-alvo
exigente, que valorizem, não só, a
qualidade arquitetónica, mas tam-
bém, todo o conjunto de elementos
adicionais associados, como o con-
forto proporcionado, a vista, o sos-
sego ou a acessibilidade.
O Edifício Ivens 3, que resulta
da aposta da ESPART na requali-
fi cação urbana, fi ca localizado em
pleno Chiado e representa um in-
vestimento de 30 milhões de euros.
Apresentado em meados de 2012, o
empreendimento tem já 40%, dos
15 apartamentos, comercializados,
apesar de ainda se encontrar em
construção.
O projeto combina o passado e o
presente e associa o prestígio, a his-
tória e a tradição às novas tendências
de arquitetura, sendo uma janela pa-
ra Lisboa, já tem a melhor vista sobre
a cidade, a baixa lisboeta, o Castelo
de São Jorge e o rio Tejo.
A ESPART associou também uma
vivência cómoda e confortável nos
seus interiores, sendo que cada apar-
tamento distingue-se pela sua per-
sonalidade própria: apartamentos
duplex, apartamentos com jardim,
pés-direitos invulgares e espaços
abertos que privilegiam o conforto
e bem-estar.
O Edifício Ivens 31 conta com tipo-
logias de T1 a T5 duplex, com áreas
entre 150 metros quadrados (m2) e
380 m2. A equipa de arquitetos com-
posta por Ana Costa, Sérgio Spencer
e Vasco Mendia teve a preocupação
de pensar e executar todos os deta-
Elisabete Soares
ESPART inicia aposta na reabilitação com Edifício Ivens 31O grupo vai lançar-se em novos projetos de reabilitação. Trata-se do edifício n.º 108 da Avenida da Liberdade destinado a escritórios e lojas
FOTOS DR
lhes do Edifício Ivens 31, tendo como
objetivo deixar uma marca de quali-
dade na oferta residencial de Lisboa.
A ESPART, gestora de um dos
maiores portefólios imobiliários do
país, administra as atividades de de-
senvolvimento imobiliário e turístico
Os arquitetos Ana Costa, Sérgio Spencer e Vasco Mendia deram a cada habitação uma identidade própria
O Edifício Ivens 3, apresentado em 2012, situa-se no Chiado
Perguntas & RespostasQual é a estratégia do grupo no mercado da reabilitação destinada a habitação?A reabilitação e a requalificação arquitetónicas são áreas que apresentam um potencial de desenvolvimento muito interessante e, como tal, devem ser encaradas como uma oportunidade para dinamizar o sector imobiliário. Para além da questão mais ligada à sustentabilidade das zonas históricas das cidades, a requalificação urbanística é essencial para dar uma nova vida a áreas mais envelhecidas, promovendo o regresso de população residente a esta zona da cidade, rejuvenescendo-a e dando um dinamismo interessante também do ponto de vista económico, através do conjunto de atividades necessárias ao quotidiano das áreas residenciais. Perante este enquadramento, a ESPART decidiu apostar de uma forma sustentada na área da requalificação urbana, que se iniciou com o Edifício Ivens 31, um projeto de características únicas, de grande qualidade, que se localiza no Chiado e que está a ser muito bem recebido pelo mercado.Considera que com os incentivos fiscais para a reabilitação e com as novas regras de arrendamento estão criados os mecanismos para investir?Acima de tudo, é importante que os decisores tenham consciência da importância de uma aposta clara na área da reabilitação. Para que os promotores possam investir de uma forma sustentada na reabilitação urbana é importante criar estímulos que levem a encarar esta área enquanto relevante e capaz de gerar um retorno interessante. Os incentivos financeiros são bem-vindos mas não críticos. No entanto, a legislação é crítica, foram feitos progressos importantes neste domínio e é agora crucial garantir uma boa aplicação desta legislação de forma a criar boas condições para os promotores
participarem ativamente na renovação das cidades.Equacionam redirecionar empreendimentos de venda direta para o arrendamento? A ESPART encontra-se focada na promoção de projetos residenciais destinados à venda ao cliente final. Procuramos desenvolver produtos imobiliários de qualidade que tenham um padrão perfeitamente em adequação com o segmento ao qual está dirigido e que seja sinónimo de valor acrescentado para o nosso cliente final.O arrendamento terá seguramente um lugar importante no modelo de aquisição futuro. Não temos ainda uma oferta pensada de raiz para se adequar às especificidades e aos padrões de rendimento deste mercado. No entanto, é um modelo que temos vindo a estudar de uma forma atenta, embora a abordemos de uma forma distinta, encarando o arrendamento como um produto de rendimento para os investidores.Vão avançar com a reabilitação do edifício Avenida da Liberdade, 108 para escritórios? O principal enfoque da ESPART, presente em todos os seus projetos, é ter um produto em adequação com a procura dos nossos clientes e que ofereça a melhor relação preço – qualidade. Procuramos desenvolver projetos sustentados, que se diferenciem do restante sector e que sejam percecionados pelo mercado enquanto ativos interessantes para um investimento com retorno. Esta premissa está presente na operação de compra do edifício no n.º 108 da Avenida da Liberdade. Este ativo conta com uma localização privilegiada, em pleno centro da cidade. O que vamos procurar é tirar partido de
todo o potencial que o edifício apresenta, reabilitando-o para se tornar num edifício para escritórios e comércio de excelência.
Aniceto Viegas, administrador
da ESPART
da Rioforte em Portugal (cerca de 2,3
milhões de m2).
Integram o seu portefólio ativos
como o Palácio Estoril Residências,
Edifício Foz Diogo Botelho, Quinta
do Peru, Oeiras Golf & Residence,
entre outros.
06 Oportunidades IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
Elisabete Soares
Cidade em análiseFOTOS CEDIDAS PELA C.M. DE MATOSINHOS
A renovação urbana de Matosinhos Sul fez com que seja agora um local muito procurado para habitar
Na cidade de Matosinhos, especial-
mente nas zonas junto do mar, a pro-
cura de casa para arrendar é superior
à oferta disponível. Este facto leva a
que os valores das rendas não apre-
sentem quebras muito signifi cativas
e sejam, curiosamente, superiores
aos valores contratados na vizinha
Foz, concelho do Porto, onde a ofer-
ta aumentou signifi cativamente nos
últimos meses. De acordo com Rui
Cavalheiro Júnior, da Rui Cavalheiro
Imobiliária, são variados os tipos de
clientes que procuram arrendar uma
casa em Matosinhos, que benefi cia
atualmente de boas infraestruturas
viárias, acessos mais facilitados e
arranjos urbanísticos modernos.
Contudo, a procura é, também, ali-
mentada pelos clientes sazonais,
especialmente casais do Norte do
país, que gostam de passar alguns
períodos do ano nesta cidade.
Na opinião de Rui Cavalheiro, que
trabalha especialmente o segmento
médio alto, a grande oferta de ca-
sas na zona da Foz do Douro deve-
se ao facto de muitos proprietários
que tinham as casas fechadas, terem
alterado esta fi losofi a a partir do mo-
mento em que houve a atualização
do IMI (Imposto Municipal de Imó-
veis) e os valores subiram substan-
cialmente.
Neste momento, um apartamento
de tipologia T2, na primeira linha de
mar de Matosinhos, atinge facilmen-
te os 850 a 900 euros, enquanto o
T3 ronda os 1200 euros.
Embora ainda haja alguns empre-
endimentos novos que se encontram
em fase de vendas, concluídos há
quatro ou mais anos, a verdade é
que os encargos fi nanceiros que li-
gam os promotores às instituições
fi nanceiras não permitem que sejam
colocados no arrendamento. Estes
promotores optam, na maioria das
vezes, por vender por preços 20% a
30% abaixo dos valores praticados
inicialmente, desvalorizando o pro-
duto imobiliário.
Só alguns optam por colocar as
frações novas no arrendamento,
sendo visível que, em alguns casos,
celebram contratos de arrendamen-
to com opção de compra, à espera
que o cliente venha a ter condições
para concretizar a aquisição.
Procura de casa para arrendar anima mercado de MatosinhosA venda de casas em empreendimentos novos, com financiamento garantido, atrai clientes finais. Na cidade a procura para arrendamento é bastante significativa
Exigência no arrendamentoSe até há três ou quatro anos atrás
um cliente, que pretendia arrendar,
fi cava satisfeito em ver duas ou três
casas, optando por uma delas, agora
já não é assim.
Nesta altura a opção pelo arren-
damento passou a ser uma solução
para vários anos e o cliente é mais
exigente na escolha. Na opinião de
Carlos Prezado, gerente da Vila Azul,
uma mediadora com larga tradição
no arrendamento, “os clientes ago-
ra escolhem mais”. Na sua opinião,
não fi cam satisfeitos em ver duas ou
três opções.
Contudo, na sua opinião, a concre-
tização das operações de arrenda-
mento está muitas vezes dependen-
te da redução dos valores de renda,
referindo casos de imóveis onde pe-
diam 800 euros e acabam por baixar
para 500 euros ou mesmo 400 euros.
De acordo com os dados do Confi -
dencial Imobiliário (CI) no concelho
de Matosinhos existem mais de mil
frações em oferta para o arrenda-
mento, sendo que 340 estão localiza-
das na freguesia sede do concelho.
Vendas exigem empenhoEmbora, no último ano, seja evidente
uma redução das vendas de habita-
ção, Dinis Fraga, gerente da Frontal,
considera que com grande empenho
e um maior esforço “vão-se fazendo
algumas vendas”.
Na sua opinião, a maior disponibi-
lidade dos promotores em baixar os
preços e o facto de os projetos terem o
apoio fi nanceiro do banco que fi nan-
ciou a construção, permite que um
maior número de casais tenha possibi-
lidade de conseguir os empréstimos.
No caso do concelho de Matosi-
nhos, a Frontal está a comercializar
um conjunto de três empreendimen-
tos novos onde tem conseguido con-
cretizar vendas, tanto a investidores,
como a clientes fi nais. É o caso do
edifício Urbis, em Custóias, com cer-
ca de meia centena de apartamen-
tos e onde falta vender apenas duas
frações. A comercialização decorreu
especialmente durante 2012.
Dinis Fraga refere que também no
Portas do Porto, localizado em Mon-
te dos Burgos, lado de Matosinhos,
de um conjunto de 30 apartamen-
tos estão, neste momento, vendidos
60%. Num outro empreendimento,
do mesmo promotor do Portas do
Porto, em 10 meses a Frontal ven-
deu 30 frações.
Autarquia é dos municípios que mais recorreu ao RECRIAA Câmara Municipal de Matosinhos e a empresa MatosinhosHabit têm apostado na reabilitação urbana de imóveis degradados e apoiado proprietários e inquilinos na recuperação das suas habitações.
De acordo com as suas informações, a autarquia tem vindo a recorrer, em parceria com o Estado/IHRU, aos programas de apoio do RECRIA e do SOLARH. De acordo com os números relativos aos projetos “é mesmo um dos municípios do país que mais recorre ao RECRIA”.
Através dos apoios destes programas, Matosinhos já recuperou um número considerável de fogos degradados que permitiram a consequente melhoria da qualidade de vida de indivíduos e famílias em situação de precariedade habitacional. Assim, entre 2007 e 2011 (os programas foram suspensos pelo Estado no final de
2011), deram entrada na MatosinhosHabit um total de 346 candidaturas ao programa Recria, das quais 105 foram aprovadas e executadas até 31 de Outubro de 2012, correspondentes a um total de 210 fogos habitacionais e nove espaços comerciais reabilitados. “Ao total dos orçamentos aprovados corresponde um montante global de 3.417.084,90 euros, dos quais
649.571,72 euros correspondem a comparticipação a fundo perdido atribuída pelo município”, adianta fonte do município.
Devido à suspensão destes programas pela administração central os serviços da MatosinhosHabit, por indicação do presidente da autarquia, estão a estudar a criação de um programa municipal para apoio nesta área.
IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013 Oportunidades 07
Oportunidades
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Perfil sociodemográfico Valor Ranking nacional
62175.478
2.81967.88382.234
264º8º6º
10º11º
N.º novos fogos licenciados (acum. 2007-09)N.º fogos com DCR emitido (acum. 2009-10 )% De 1 quarto ou inferior% De 2 quartos% De 3 quartos% De 4 quartos ou superior% Com certificação A ou A+
Dinâmica de promoção nova Valor Ranking nacional
8497699%
26%44%21%87%
30º26º
Índice confidencial imobiliário
Perfil demográficoConcelho de Matosinhos
Licenciamento de novas habitações
Valor médio de oferta/m2Total 3.º T de 2012
1.º T 2005 3.º T 201290
95
100
105
A
G
F
E
D
C
BLavraPerafitaLeça da PalmeiraMatosinhosSta. Cruz do BispoGuifõesSenhora da Hora
H
J
ICustóiasLeça do BalioS. Mamede de Infesta 1000€ - 1250€1250€ - 1400€1400€ - 1600€1600€ - 1800€
Fonte: INE; Estatísticas Ci/ADENE; LardoceLar.com
A
B
C
D
E
F
G
H
I
J
Loja(Ref. 22654)Preço: 83.000 eurosFreguesia de Custóias
Loja de 1992 em Custóias com 162 m2. Fica localizada na Praceta de Avilho, 66 R/C.
Loja(Ref. 26964) Preço: 110.000 eurosFreguesia da Lavra
Espaço comercial de 145 m2 com duas casas de banho e lugar de aparcamento e arrumo na cave. Fica localizada na Rua da Cruz, 1224 - R/C.
Susana Ribeiro
O Prémio Nacional de Reabilitação Urbana vai distinguir os melhores projetos de reabilitação urbana
08 Reabilitação IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
Candidaturas ao Prémio Nacional de Reaterminam a 15 de fevereiro
A fase de candidaturas ao Prémio
Nacional de Reabilitação Urbana –
Reabilitar, Renovar e Regenerar foi
alargada, decorrendo até fi nal desta
semana, 15 de fevereiro. A organiza-
ção, uma parceria entre a Vida Imo-
biliária e a Promevi, convida, assim,
à apresentação de projetos de reabi-
litação urbana nas áreas residencial,
comercial, turística, de serviços e,
ainda, de projetos com impacto so-
cial. A iniciativa, que terá uma pe-
riodicidade anual, visa distinguir os
melhores projetos de reabilitação
imobiliária no nosso país, bem como
os protagonistas que se empenham
em reabilitar o património das cida-
des, e recebeu já diversas candida-
turas de projetos de referência de
norte a sul do país.
Arturo Malingre, diretor do pré-
mio, explica: “A reabilitação urbana
é um desígnio nacional, numa altura
em que as cidades portuguesas se
encontram tão degradadas e enve-
lhecidas e em que se exige uma ati-
tude empreendedora e revitalizado-
ra de todos os agentes que podem
ter um impacto na requalifi cação
do tecido urbano e da melhoria da
qualidade de vida que estas inter-
venções aportam. Este prémio visa
precisamente discriminar, de forma
positiva, as intervenções urbanas
que reavivem as cidades e, adicio-
nalmente, motivar todos quantos
nelas estão envolvidos, sejam pro-
motores, construtores, arquitetos,
utilizadores ou autarquias. E não es-
tamos apenas a falar do valor eco-
nómico e estético da reabilitação,
mas também do seu impacto para
as comunidades em que se insere e
pelo valor que gera para a sociedade
e para a economia regional. É isso
que queremos distinguir com este
prémio”.
Convento das Bernardas Residence
Rosa Araújo 49
Bonjardim 953
Tavira | HabitaçãoO Convento das Bernardas, em Tavira, é o maior edifício conventual do Algarve e o único da Ordem de Cister na região, tendo mais de 500 anos de história. O imóvel foi adquirido num elevado estado de degradação, pelo Entreposto Gestão Imobiliária, sendo alvo de uma profunda recuperação, num projeto assinado pelo arquiteto Souto Moura. A recuperação resultou num projeto residencial, o Convento das Bernardas Residence, dando origem a um condomínio com 76 apartamentos, sobretudo direcionados para o segmento de segunda habitação. O condomínio integra ainda um restaurante de luxo. As mais modernas tecnologias e materiais foram aplicadas ao Convento das Bernardas Residence, mas este preservou a sua herança histórica, mantendo o portal manuelino e a traça original das fachadas. A reabilitação do Convento das Bernardas Residence teve início em 2009 e implicou um investimento global na ordem dos 20 milhões de euros.
Lisboa | ResidencialO Edifício nº 49 da Rua Rosa Araújo, em Lisboa, é representativo do período romântico do início do séc. XX e é um exemplo de habitação coletiva para a classe média alta/alta da época. Sobretudo devido à sua localização, os pisos foram sendo ocupados sucessivamente por escritórios, restando apenas no último o seu uso habitacional. A ESAF, sociedade gestora de fundos de investimento imobiliário do grupo Espírito Santo, desenvolveu então um projeto de reabilitação para este imóvel, alterando-o e requalificando-o, restituindo-lhe o uso habitacional e mantendo a traça e a história arquitetónica. O edifício tem 6 pisos. Foram recuperadas as fachadas e requalificou-se o uso habitacional, subdividindo o apartamento por piso em dois, à exceção do piso 1, onde para aproveitamento dos espaços exteriores (piso 0), se desenvolvem em duplex, e o piso 5, que é ocupado por um único fogo. Foi realizada a ampliação do último piso do edifício, cujo corpo segue a forma do edifício existente, embora ligeiramente recuado, destacando-se através do desenho e material.
Porto | ResidencialLocalizada na Rua do Bonjardim nº 953, na zona de Santo Ildefonso, no centro da cidade do Porto, esta moradia unifamiliar de 4 pisos permitiu recuperar grande parte da construção existente, incluindo as paredes perimetrais em granito, a estrutura interior em madeira, o soalho de madeira maciça, a escadaria interior que divide a casa ao meio ou os tetos em estuque trabalhado. A recuperação teve início em 2011 e é um projeto de um jovem casal portuense, que desde sempre defendeu que a melhor forma de habitar no Porto seria numa casa secular no centro da cidade. Ao longo de 2012 decorreu a reabilitação da moradia, que pretendeu manter as características originais do imóvel, atualizando-as às necessidades habitacionais atuais, sem descaracterizar a consciência histórica e patrimonial herdada. Toda a casa se encontra atualmente reconstruída, respeitando a traça original da construção de 1910, com grandes preocupações a nível de detalhe construtivo e opção de materiais, que não entrassem em conflito esteticamente e construtivamente com o existente.
Depois desta fase, serão anuncia-
das as candidaturas aceites a con-
curso, iniciando-se a 22 de fevereiro
a data para entrega dos dossiers das
candidaturas fi nalistas, que termina
a 8 de março. Estas candidaturas se-
rão depois analisadas pelo júri, que
é já conhecido e integra cinco per-
sonalidades de referência em Portu-
gal. O painel de jurados é constituí-
do por André Jordan, presidente do
grupo André Jordan; António Tomás
Correia, presidente do conselho de
administração do grupo Montepio
Geral; Augusto Mateus, presidente
da Augusto Mateus & Associados;
Luís Lima, presidente da APEMIP
e presidente da CIMLOP e Gonçalo
Byrne, fundador e presidente Gon-
çalo Byrne Arquitetos. Ao júri cabe-
rá eleger os vencedores nas diversas
categorias a concurso, que serão
conhecidos a 3 de Abril no Porto,
num jantar de gala que decorrerá
no âmbito da Semana de Reabilita-
ção Urbana, uma iniciativa que ce-
lebra a regeneração a regeneração
da cidade, integrando um conjunto
diversos de atividades, seminários
e mostras na Invicta. A Semana da
Reabilitação Urbana é também uma
iniciativa da Vida Imobiliária e da
Promevi, desenvolvida em parceria
com a Câmara Municipal do Porto.
Esta é a 1ª edição do Prémio Na-
cional de Reabilitação Urbana, que
foi lançado em dezembro passado,
e tem vindo a reunir o apoio de di-
versas entidades e organizações, in-
cluindo a Santa Casa da Misericórdia
de Lisboa, que se associou à iniciati-
va. Estão também confi rmados os pa-
trocínios da Schmitt+Sohn Elevado-
res, da Aguirre Newman, da Adene,
e da Revigrés; bem como os apoios
institucionais do INCI, APEMIP, AIC-
COPN, APRUPP e AECOPS.
Conheça, de seguida, alguns dos
projetos candidatos ao prémio.
Santa Casa da Misericórdia de Lisboa apoia:
REABILITAR, RENOVAR, REGENERAR candidaturas abertas em www.vidaimobiliaria.com/premio
APOIO À REABILITAÇÃO URBANA:
Cuidamos do nosso património
ORGANIZAÇÃO:
IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013 Reabilitação 09
bilitação Urbana
Liberdade Street Fashion
Plataforma das Artes e da Criatividade
Páteo da Galé e Sala do Risco
Alcântara Red Houses
Edifício D. Carlos I
Braga | ComercialNo coração do centro histórico de Braga, o grupo Regojo desenvolveu um projeto imobiliário inovador de uso misto, com um investimento global de 40 milhões de euros, que alia a componente comercial às vertentes habitacional e de serviços, contribuindo para a dinamização do comércio no Centro Histórico desta cidade. O Liberdade Street Fashion tem uma área bruta de construção de 32.000 m2, com comércio (12.600 m2), escritórios (2.300 m2), habitação (4.300 m2) e três pisos de estacionamento subterrâneo (12.800 m2).Este conjunto comercial tem uma característica singular, pois o pé-direito das lojas, bastante generoso, permite uma utilização plena dos espaços, o que permite a conjugação de lojas com área comercial no rés-do-chão, lojas com área comercial também no mezanino ou no piso de cave. Nos pisos 1 e 2, as lojas já obedecem a uma filosofia mais parecida à lógica de centro comercial, apesar de todas as lojas terem frente para a rua, com entrada pelos dois halls que separam a parte reabilitada da nova construção.
Guimarães | Impacto SocialO projeto, inaugurado no dia 24 de junho de 2012, é a obra mais emblemática da Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012. Promovido pela Câmara Municipal de Guimarães, resultou na transformação da praça do antigo mercado municipal num espaço multifuncional, dedicado à atividade artística, cultural e económico-social. Foi assim recuperada uma área fundamental do espaço da cidade, reintegrando-a física e funcionalmente na malha urbana. A intervenção foi realizada assegurando a manutenção da parte classificada pelo IGESPAR. O projeto incluiu ainda uma construção nova com uma solução de fachada com um material nobre (latão) e a utilização da luz que ilumina essa fachada; a criação de uma praça pública, com integração do conforto do estacionamento subterrâneo e a manutenção do edifício envolvente, são aspetos também a destacar. O equipamento aloja uma série de valências e espaços dedicados a três grandes áreas programáticas: o Centro de Arte, os Ateliers Emergência e os Laboratórios Criativos.
Lisboa | TurismoO Pátio da Galé nasce integrado no plano de recuperação da zona do Terreiro do Paço, em Lisboa, naquela que é a maior praça da cidade e que tem sido alvo de um projeto de grande dimensão para recuperar a sua atividade turística e de lazer, devolvendo-lhe as suas características de espaço nobre e emblemático da cidade. Promovido pela Associação Turismo de Lisboa, o espaço do Pátio da Galé, nas arcadas do Terreiro do Paço, resulta da transformação de uma área anteriormente utilizada como estação e depósito dos correios, em equipamentos que pretendem impulsionar o desenvolvimento da vocação turística da Baixa de Lisboa. De caráter multifuncional, este espaço integra uma zona para eventos, um renovado posto de turismo, dois restaurantes e uma geladaria com esplanadas. A intervenção realizada preconiza a recuperação dos espaços segundo os princípios de devolução das suas características arquitetónicas originais, removendo intervenções anteriores que, quase sempre, as desvirtuaram.
Lisboa | ResidencialO projeto de recuperação deste edifício de habitação em Alcântara, um bairro tradicional da cidade de Lisboa, pretendeu sobretudo requalificar o imóvel dentro das suas características, estéticas e volumétricas, aplicando uma abordagem contemporânea ao nível do espaço interior. Com promoção da Sociedade Imobiliária Quinta do Funchal, o projeto integra quatro apartamentos T2, além de contemplar uma área comercial no rés-do-chão, localizando-se na Rua Luís de Camões. Assim sendo, numa equilibrada relação com a envolvente, manteve-se uma volumetria com quatro pisos acima do solo na fachada principal e a tardoz, implementou-se um novo ultimo piso que seria já recuado. A fachada foi integralmente mantida. Já no alçado tardoz previu-se uma reformulação geral, sobretudo no que diz respeito à limpeza das construções indevidas existentes. A sua reformulação foi determinada mais no sentido de o clarificar e reabilitar face à traseira que o envolve.
Lisboa | ResidencialLocalizado na Avenida D. Carlos I, em Lisboa, este edifício é de final do XIX e tinha características construtivas e decorativas peculiares, encontrando-se devoluto e em mau estado de conservação. A reabilitação foi promovida pela Ribabest e resultou num edifício habitacional com 4 pisos acima do solo, além de integrar uma cave com capacidade para 17 viaturas e 6 arrecadações. O projeto, da autoria do arquiteto Diogo de Lima Mayer, veio prever a recuperação e reconversão da antiga moradia unifamiliar, num edifício de 6 apartamentos modernos, mantendo a traça histórica do edifício. Teve como principais objetivos a ampliação de um piso com a mesma linguagem do existente, a recuperação de todo o átrio e núcleo de escadas originais com recurso a técnicas de restauro, a extensão da escada para permitir o acesso aos outros pisos, a introdução de um elevador, a ampliação da cave para possibilitar o estacionamentos.
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O prémio destina-se a projetos de reabilitação nas categorias de uso residencial, comercial, escritórios e turismo, bem como intervenções de reconhecido impacto social
PRATROCÍNIOS PLATINA:
APOIO INSTITUCIONAL:PRATROCÍNIO PRATA: JORNAL OFICIAL:
10 Reabilitação & Arrendamento IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
Mediadoras criam soluções para garantir pagamento das rendas
A rede RE/MAX foi pioneira a lançar
no mercado nacional a solução Ren-
da Garantida, que assegura a pro-
teção dos arrendatários no caso de
incumprimento no pagamento das
rendas, independentemente do mo-
tivo para a quebra do compromisso e
após a falha do primeiro pagamento.
Poucos dias depois a ERA avançou
com a solução Arrendamento Segu-
ro, um serviço alinhado com a nova
lei do arrendamento, que assenta na
“referenciação” dos inquilinos, que
identifi ca os que têm menor risco
de incumprimento através de um
sistema independente de qualifi -
cação profi ssional, autorizado pela
Comissão Nacional de Proteção de
Dados (CNPD).
De acordo com a RE/MAX a “solu-
ção é acionada assim que o inquilino
DR
As soluções de renda garantida podem estimular ainda mais o arrendamento.
A RE/MAX e a ERA foram pioneiras no lançamento de soluções de proteção dos arrendatários no pagamento de renda
falha o pagamento da primeira ren-
da, o que por lei terá de acontecer até
dia oito de cada mês. Ao aderir a esta
solução, os proprietários asseguram
o retorno do seu investimento em
imobiliário”. Esta rede lança esta so-
lução em parceria com a Maxfi nance,
sendo ativada independentemente
da razão que leva ao incumprimento,
cobrindo rendas até três mil euros
por um prazo máximo de 12 meses.
Assim, “os custos inerentes à pro-
teção jurídica, como honorário de
advogados, custas jurídicas, custos
relacionados com ordem despejo,
entre outros, estão abrangidos pela
solução Renda Garantida, pelo qual
o proprietário paga 4% do valor anu-
al das rendas. Para além disso, a RE/
MAX trata de todos os procedimen-
tos burocráticos inerentes a um pro-
cesso de arrendamento”, lê-se no
comunicado.
Elisabete Soares
Identifi cação do inquilinoPor seu lado a ERA, “após o con-
sentimento do potencial inquilino,
apresenta ao proprietário, num pe-
ríodo máximo de 48 horas, um do-
cumento que identifi ca o historial
do inquilino (referências dadas por
anteriores senhorios, pela entidade
patronal, pelas Finanças, pela Se-
gurança social entre outras entida-
des). A imobiliária garante, ainda,
o pagamento ao proprietário, até
12 meses, para rendas mensais até
3500 euros, em caso de incumpri-
mento do inquilino.
O Arrendamento Seguro foi im-
plementado em parceria com a
empresa inglesa Renda Protec,
o que permite à ERA beneficiar
da experiência vivida de quase 15
anos no mercado inglês, onde a
referenciação é prática corrente,
sendo usada por 84% do mercado
de arrendamento com uma taxa de
cumprimento dos contratos de ar-
rendamento de 98%.
Em 2012, a RE/MAX “registou um
crescimento de cerca de 30% no nú-
mero de transações face ao ano ante-
rior. No fi nal do ano, o arrendamento
correspondia a 60% da atividade da
rede, o que revela um crescimento
de 8% face a 2011”. O concelho de
Lisboa é o que mais contribui para
o mercado do arrendamento da re-
de, representando cerca de 24% dos
negócios efetuados.
Por seu turno as operações de
arrendamento da ERA “cresceram
quase 100%. Em 2011, o arrendamen-
to representava 18% do número de
transações e em 2012 irá representar
34%” (dados até novembro).
Consultório JurídicoPara proceder à denúncia de um contrato de arrendamento para a realização de obras não é necessário recorrer aos Tribunais? Entre as recentes alterações ao Regime Jurídico das Obras nos Prédios Arrendados, introduzidas pela Lei n.º 30/2012, de 14 de Agosto, insere-se a alteração do regime previsto para a denúncia do contrato de arrendamento pelo senhorio com fundamento na realização de obras de remodelação e restauro profundos. Assim, e em resposta à questão colocada, confirmamos que, de facto, nos termos do novo regime, o senhorio que pretenda fazer obras de remodelação e
restauro profundos – definidas como aquelas que obrigam à desocupação do locado – poderá proceder à denúncia do contrato de arrendamento, mediante comunicação ao arrendatário, com a antecedência mínima de seis meses, sem necessidade de recorrer a qualquer ação judicial.
Para ser eficaz, a comunicação de denúncia deve conter o comprovativo de que o procedimento de controlo prévio – se for o caso – foi iniciado junto da entidade competente, bem como um termo de responsabilidade do técnico autor do projeto legalmente habilitado que declare que a operação urbanística obriga a desocupação
do locado. Tratando-se de operação urbanística não sujeita a controlo prévio, deverá ser junto o descritivo da operação urbanística a efetuar no locado, indicando que a operação urbanística está isenta de controlo prévio e as razões pelas quais a mesma obriga à desocupação do locado. No caso de operação sujeita a controlo prévio, a eficácia da denúncia depende de nova comunicação ao arrendatário com comprovativo do deferimento do pedido, no caso de operação urbanística sujeita a licença administrativa, ou, no caso de operação urbanística sujeita a comunicação prévia, comprovativo de que a pretensão
não foi rejeitada. Com a denúncia, o senhorio está obrigado ao pagamento de uma indemnização ao arrendatário correspondente a um ano de renda ou a garantir-lhe o realojamento em condições análogas às que este detinha, pelo período mínimo de dois anos. Se, em trinta dias após a comunicação da denúncia, as partes não lograrem chegar a acordo quanto à opção pela indemnização ou realojamento, o senhorio deverá pagar ao arrendatário uma indemnização nos termos supra descritos.
Salvo existência de motivo não imputável ao senhorio, a não realização das obras no prazo de seis meses a contar da
desocupação do locado, obriga o senhorio ao pagamento de uma indemnização equivalente a dez anos de rendas. Este novo regime aplica-se aos contratos de arrendamento celebrados após a entrada em vigor da nova lei, bem como àqueles que se encontravam em vigor, estando previsto um conjunto de normas transitórias para os contratos celebrados antes do RAU (1990), onde está prevista uma proteção acrescida para os arrendatários com mais de 65 anos ou com uma deficiência com grau de incapacidade superior a 60%. Isabel Pinheiro [email protected]
A etiqueta energética como instrumento para promover a eficiênciaA promoção da efi ciência energética
e a redução de consumos de energia
são temas que vêm sendo desenvol-
vidos a nível europeu, sendo a rotula-
gem energética um dos instrumentos
utilizados para o efeito. Trata-se de
algo já perfeitamente integrado no
dia-a-dia dos consumidores e que
permite uma clara e fácil compara-
ção de produtos em termos do seu
desempenho energético, expresso na
forma de uma classe energética.
A rotulagem europeia de produ-
tos incide já sobre um conjunto de
produtos regulados, frigorífi cos, ma-
quinas de lavar roupa e louça, televi-
sores, ar condicionado, etc., sendo
mesmo obrigatória a divulgação da
classe energética na publicidade rea-
lizada a este tipo de produtos. Apesar
de muito relevante, este universo de
produtos é ainda limitado, existindo
por isso um potencial de caracteriza-
ção do desempenho energético a um
vasto número de outros produtos.
O Sistema SEEPBaseando-se neste conceito de ro-
tulagem, a ADENE - Agência para
a Energia desenvolveu um sistema
inovador que, para além de permitir
a caracterização energética a produ-
tos não regulados, incorpora outros
aspetos associados à comunicação
e à promoção da qualidade desses
mesmos produtos. O SEEP - Sistema
de Etiquetagem Energética de Pro-
dutos permite que diversos atores
associados ao processo de fabrico,
comercialização, verifi cação de qua-
lidade, certifi cação, associações pro-
fi ssionais, etc, de um determinado
produto possam trabalhar em con-
junto no sentido de promover esse
produto e de potenciar a sua visibili-
dade e comercialização.
Mais do que um mero alargar da
etiquetagem a outros produtos, es-
ta ação concertada visa criar condi-
ções que permitem a realização de
campanhas de informação e ações
de divulgação, junto dos potenciais
consumidores, promovendo a esco-
lha de produtos etiquetados e mais
A rotulagem de produtos é feita já em frigoríficos, máquinas de lavar roupa e louça e televisores
Perguntas & RespostasO que é o SEEP (Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos)?O SEEP é um sistema voluntário de marcação ou etiquetagem que permite ao utilizador final comparar produtos de acordo com o desempenho energético e com reflexo no consumo de energia.Que produtos são abrangidos pelo SEEP?O sistema incide prioritariamente sobre produtos não regulados pela Diretiva de rotulagem energética e com influência no consumo energético nos edifícios. O primeiro produto com etiqueta energética do SEEP são as janelas.Que informação se pode obter da etiqueta SEEP?A etiqueta classifica o
desempenho energético numa escala de “G” (menos eficiente) a “A” (mais eficiente), o que permite comparar entre produtos e para as mesmas condições de ensaio. A etiqueta inclui ainda mais alguns parâmetros técnicos característicos do produto etiquetado. A etiqueta SEEP é única para cada produto?Sim, cada etiqueta é identificada com um número único que permite a sua rastreabilidade. Com esse número poder-se-á consultar o site do SEEP e aí encontrar a ficha técnica do produto.Existe controlo da qualidade das etiquetas SEEP emitidas?Sim. Este é um dos fatores mais distintivos da etiquetagem SEEP: a existência de verificação
PUBLICIDADE
efi cientes. Esta comunicação dará
maior visibilidade às questões de
efi ciência energética, chamando a
atenção dos consumidores para a
importância dessa dimensão nas suas
escolhas e dos benefícios de poupan-
ça que as melhores soluções poderão
ter na sua fatura energética.
Outro aspeto diferenciador do
SEEP é o controlo de qualidade das
etiquetas emitidas no que diz res-
peito à adequação e rigor técnico do
desempenho energético anunciado.
Os fabricantes aderentes ao sistema
estão sujeitos a procedimentos de
verifi cação da correta utilização das
etiquetas emitidas, reforçando-se as-
sim a credibilidade dos seus produtos
junto dos consumidores.
Este conceito de etiquetagem
irá aplicar-se preferencialmente
a produtos não regulados pela di-
retiva, sendo suportado por me-
todologias de avaliação de desem-
penho energético especifi camente
desenvolvidas pela ADENE em co-
laboração com organismos inde-
pendentes do sistema científi co e
tecnológico nacional, com base em
normas europeias ou internacionais.
O SEEP deverá permitir que di-
versos produtos sejam tratados em
paralelo dentro do sistema e que a
criação de um portal web que per-
mita ao consumidor fi nal interagir
com todos eles, acedendo assim à
informação útil disponível sobre os
mesmos. Aspetos como as caracterís-
ticas gerais dos produtos, catálogos,
manuais, informação técnica, bem
como o rastreamento de qualquer
produto etiquetado pelo SEEP será
possível, permitindo assim encurtar
a distância entre o consumidor fi nal
e os fabricantes.
O sistema potenciará igualmente
o desenvolvimento de produtos in-
teligentes e a incorporação de no-
vas tecnologias, como o recurso a
códigos QR e a etiquetas NFC - near
fi eld communication, que permiti-
rão alojar no seu interior um con-
junto de dados que caracterizam o
produto.
IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013 Certificação Energética 11
sistemática da validade técnica e da adequação das etiquetas emitidas, com recurso a mecanismos de fiscalização e a ensaios independentes dos produtos. Existem custos associados à emissão e utilização da etiqueta SEEP?Não existem custos para o consumidor, que recebe o produto já etiquetado e pode aceder gratuitamente a toda a informação sobre o produto no SEEP. A etiqueta é emitida numa plataforma informática gerida pela ADENE e por ordem do fabricante, sendo o custo marginal de emissão suportado por este.
Mais informações veja o site: www.seep.pt
DR
superfície de projecção. Felizmente
os tectos em gesso cartonado (pla-
dur) têm facilitado a colocação de
telas motorizadas e encastradas no
tecto. É ainda possível pintar uma
determinada área da parede com
tinta própria para projecção, que
cria as condições próprias para
visionamento, desde que a pare-
de reúna as condições e geome-
tria adequadas. A tela tem ainda a
possibilidade de ser acusticamente
transparente. Quer isto dizer que,
no caso de colunas em parede, a
coluna central não necessita de es-
tar exposta, pode antes estar atrás
da tela e esta última não interfere
com o som.
Com esta situação da instalação
do projector podemos então fi car
com dois cenários: um para visu-
alização corriqueira de televisão,
normalmente tendo em vista os
programas diários habituais. Neste
caso o projector e a tela estarão des-
ligados e até recolhidos. É possível
até optar por um tamanho de tele-
visão menor. No segundo cenário
de visualização de cinema, temos a
12 Inovação & Tecnologia IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
Cinema em Casa: a imagemContinuando o tema anterior - ten-
do o primeiro artigo sido publica-
do há duas semanas - hoje vamos
debruçar-nos sobre a imagem nas
salas de cinema domésticas.
Se um televisor de 42 polegadas
(107 cm) de diagonal pode parecer
grande para a larga maioria dos
consumidores, em muitas situa-
ções e dependendo da distância e
do local de visionamento, podemos
ter a sensação de que estamos sim-
plesmente na primeira ou segunda
fi la… do fundo da sala de cinema.
Para ter a sensação mais imersiva
possível, opte pelo maior tamanho
de ecrã que puder.
Não pretendemos afi rmar com
isto que devemos ter um televisor
completamente exagerado, mas
tendo em vista sessões de cinema
pautadas por uma boa aproximação
ao cinema comercial, tente orien-
tar-se pela fórmula de distância X
2 = diagonal do ecrã. Simulando
este cálculo, para uma distância
de dois metros o ideal será então
ter um televisor com uma diagonal
de 42 polegadas (107 cm) e mesmo
um maior de 46 polegadas (117 cm)
não será um exagero: lembremo-
nos que estamos a falar de cinema,
onde o fi lme a ser visto muito pro-
vavelmente será em alta defi nição e
não queremos perder todos aqueles
pormenores fotográfi cos e textu-
ras que deram tanto trabalho para
fazer. Além disso, se estivermos a
falar de um televisor 3D, com um
televisor pequeno será muito mais
fácil fi car visualmente cansado do
3D e também não terá a experiência
imersiva que se pretende.
Em relação a ligações, como
quantidade de portas HDMI ou
outras funcionalidades, cada con-
sumidor saberá do que necessi-
ta, dependendo do que quiser lá
ligar. Além disso, com o advento
das smart tv’s, múltiplas funcionali-
dades foram acrescentadas que são
sem dúvida uma mais-valia, fazen-
do dos televisores modernos ver-
Para ter a sensação mais imersiva possível, opte pelo tamanho de ecrã para o máximo que puder.
Inovação & Tecnologia é uma parceria da
Os produtosBang & Olufsen – BeoVision 11A conceituada marca dinamarquesa lançou recentemente o novo televisor BeoVision 11. Com funcionalidade de SmartTV, o BeoVision 11 está disponível em diagonais de 40 a 55 polegadas. Um sensor mede permanentemente a luz ambiente, adaptando a imagem. A própria imagem é referencial e a B&O estabeleceu um marco na qualidade de som difícil de ultrapassar.
TelasDentro dos fabricantes mais conceituados, existem gamas muito diversificadas de telas: manuais ou motorizadas, fixas ou emolduradas, normais ou acusticamente transparentes, as telas de projecção estão disponíveis em múltiplos tamanhos, formatos, acabamentos e opções. Há que ter em conta se correspondem a padrões de qualidade e desempenhos elevados.
Mitsubishi HC9000DO fabricante japonês trás aqui um produto reconhecido, com 1000 ansiLumens (fluxo luminoso de projetores) mais do que suficientes para cinema em casa. A este nível, já elevado, encontramos características como a smooth motion (movimento suave) que evita arrastamento em imagens rápidas, o zoom motorizado, uma
taxa de contraste de 120.000:1, um desempenho 3D
a alta-definição, e compatibilidade HDMI 1.4, características entre outras que fazem o HC9000D
uma referência.
PUBLICIDADE
dadeiros centros de entretenimen-
to multimédia ligados à Internet,
mas essas dependendo também do
orçamento essas funcionalidades
poderão ser preteridas a favor de
outras características mais relacio-
nadas directamente com cinema
em casa.
Existem, no entanto, outros fac-
tores a ter em conta além do tama-
nho: atente a boas taxas de contras-
te, que lhe permitirão ter negros
profundos e não cinzentos de as-
pectos leitoso bem como brancos
mais brancos; boas taxas de actua-
lização, que hoje em dia até pode-
rão rondar os 400 Hz (medidas das
ondas de frequência) e, principal-
mente, em caso de jogos e imagens
com muito movimento rápido, um
bom tempo de resposta.
Do televisor para o projectorQuando os tamanhos dos televiso-
res começam a elevar o orçamento,
pode-se colocar a hipótese de um
bom projector de alta-defi nição – e
também 3D já agora. O problema
é que convém ter uma tela como
tela aberta em frente ao televisor e
o projector em funcionamento. Pa-
ra facilitar a troca entre estes dois
cenários, o comando de um sistema
de domótica facilita: bastará esco-
lher algo como “Cinema” e todos os
passos são dados: desligar o televi-
sor, baixar o projector e tela, ligar
e ajustar a amplifi cação, escolher a
fonte como leitor multimédia, blu-
ray ou outras.
Desta maneira é possível poupar
materiais, em particular as dispen-
diosas lâmpadas muito específi cas
para os sistemas de projecção. Ou-
tro dos factores a ter em conta ao
comprar um projector é justamente
a duração das lâmpadas e o valor:
nesta área muitas vezes o barato sai
caro. Novas tecnologias estão a ser
utilizadas, nomeadamente híbridos
laser e LED, mas ainda
só se encon-
tram em pro-
jectores vo-
cacionados
para a ver-
tente pro-
fi ssional.
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quinta,dia 14
Fevereiro
14 Escritórios IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013
de espaço diz respeito”. Segundo
João Vargas a maior transação do
mercado acabou por ser registada
na zona Norte (Campo Grande),
com a ocupação pela Zon de cerca
de 12 mil m2 no empreendimento
Metrópolis.
Os resultados obtidos acabam por
contrariar a tendência de queda con-
tínua na absorção de escritórios que
se vinha verifi cando desde 2009, o
que, por si só, acaba por transmitir
alguma sensação de otimismo quan-
to ao futuro.
Já para Jorge Bota, da B. Prime, “o
mercado de escritórios em Lisboa,
durante 2012, manteve-se no mes-
mo nível de 2011, com uma atividade
reduzida, com rendas pressionadas,
tendo-se reduzido ligeiramente, e as
taxas de disponibilidade a aumenta-
rem ligeiramente em praticamente
todas as zonas. Em suma, depois da
grande quebra em 2011, o ano passa-
do a situação manteve-se não tendo
havido recuperação em nenhuma
das características do mercado”.
De acordo com Pedro Salema Gar-
O ano de 2012 acabou por revelar-se
mais positivo do que se previa, no
início do ano, no mercado de escri-
tórios de Lisboa, tendo em conta a
situação vivida em 2011. De acordo
com o LPI (ver texto na página ao
lado), no que diz respeito à absorção
de espaços, foram transacionados
cerca de 102.000 m2, um resultado
que representa um crescimento de
cerca de 16%, comparativamente ao
ano anterior.
A opinião é partilhada pela maio-
ria dos responsáveis dos departa-
mentos de escritórios das seis
consultoras que responderam às
questões enviadas, o caso da Aba-
cus/Savills, BPrime, Worx, Aguirre
Newman, Jones Lang La Salle ( JLL)
e Cushman & Wakefi eld (C&W).
João Vargas, da Abacus, consi-
dera que “contra o que se poderia
esperar no início do ano de 2012,
o comportamento do mercado de
escritórios acabou por revelar-se de
forma positiva no que à absorção
Elisabete Soares
Escritórios em Lisboa recuperaram ligeiramente e mercado está otimista
Embora se tenha assistido a uma descida dos valores de renda praticados no mercado, ainda que de forma moderada, a área arrendada aumentou 16%
DR
Em 2012 foram realizadas várias operações de arrendamento em Lisboa. É o caso do Edifício Taguspark
ção, da Worx, “uma parte da ativida-
de tem sido motivada pela relocali-
zação numa ótica de racionalização
de custos quer em termos de valores
de renda quer da área ocupada”. A
zona 3 - Eixo da 2ª Circular ao Cam-
po Grande - registou a maior absor-
ção seguindo-se o Corredor Oeste
(A5), de destacar a zona prime do
CBD (Av. Liberdade) que tem vindo
a aumentar a sua dinâmica – com
um aumento de absorção de 35%.
Na opinião de Pedro Garção “este
segmento de mercado continua a
revelar uma dinâmica reduzida e um
baixo grau de maturidade”.
Na opinião de Eduardo Fonseca,
da Aguirre Newman, “comparativa-
mente a 2011, podemos dizer que o
mercado teve um comportamento
positivo, pois o ano de 2012 termi-
nou com um acréscimo de área co-
locada”.
Também para Mariana Seabra, da
JLL, “ o comportamento do mercado
de escritórios no decorrer de 2012
foi muito semelhante ao de 2011,
mas ainda assim abaixo da média
O ano de 2012 revelou-se positivo
para a Worx, já que a consultora
esteve envolvida em operações
de, aproximadamente, 43.500 m2
de escritórios, ou seja, cerca de
25% da quota de mercado dos ne-
gócios efetuados entre agentes. A
Worx fechou ainda uma das maio-
res operações de arrendamento do
ano na zona do Parque das Nações,
com um total de aproximadamente
5.000 m2, sendo esta, igualmente,
a maior operação realizada entre
agentes no ano passado.
O maior negócio de 2012, embora
sem intervenção das consultoras,
foi a do arrendamento da nova sede
da Zon com 12.416 m2 e que resulta
de um pré-arrendamento negocia-
do e formalizado em 2010. Destaca-
se, ainda, o negócio da CMVM com
7.676 m2 resulta de uma aquisição
de um edifício de escritórios para
ocupação própria e que tem como
interveniente do lado do vendedor
a Estamo (fundo imobiliário do Es-
tado). Dois outros negócios foram
feitos com a Teleperformance que
juntos totalizam 8.750 m2.
Por seu lado a Jones Lang LaSal-
le esteve envolvida em 31.649 m2
de escritórios, dos quais 16.330
m2 dizem respeito a operações
de arrendamento na área de agên-
cia. Entre as principais operações,
destacam a SAP no Lagoas Park, a
Servedpt na Torre Ocidente, a Mer-
ck no Duo Mirafl ores Premium, a
Stanley Security Portugal na Quinta
da Fonte (todas com áreas superio-
res a 1.000 m2), e, ainda, a Astellas
Farma, também no Lagoas Park e
uma entidade pública no edifício
Alvalade 6.
A Aguirre Newman realizou o
arrendamento de um edifício no
Chiado com uma área acima do solo
de 3.300 m2. A consultora destaca
também a realização de um maior
número de negócios de áreas entre
os 500 m2 e os 1.000 m2.
A consultora B Prime alerta pa-
ra as operações de investimento
feitas por investidores brasileiros
com o Edifício Microsoft e o Edifício
Axa. Estas foram as mais relevan-
tes no mercado de escritórios, até
por marcarem um novo perfi l de
investidores estrangeiros no mer-
cado português.
A Abacus Savills, em representa-
ção da sociedade gestora Fundbox
SA, concluiu em Dezembro uma das
maiores operações de investimento
do ano no mercado de escritórios,
com a venda do edifício Avenida da
Liberdade, 224, por um valor próxi-
mo dos 19 milhões de euros.
Elisabete Soares
As melhores operações de arrendamento
registada até 2008”. Mariana Sea-
bra recorda que a média anual de
absorção de escritórios entre 2003 e
2008 foi de 175.000 m2, um volume
signifi cativamente mais elevado que
a média de 100.000 m2 anuais que
se verifi ca desde 2009.
Para Amílcar Silva, da C&W, “há
um sentimento geral dos agentes
do mercado de escritórios de que
o ano de 2012 foi provavelmente o
ano mais difícil e desafi ante dos últi-
mos 10 anos em Portugal”. Embora
se preveja que o ano de 2013 vá ser
igualmente difícil, acredita “que se
conseguiu pôr fi m à espiral de des-
cida de absorção de escritórios dos
últimos anos, pós subprime, e des-
ta forma ganhar um pouco mais de
ânimo e estabilidade para o futuro
próximo”. Na opinião de Amílcar
Silva “o custo fi nanceiro é o fator
preponderante que dita a estraté-
gia imobiliária de ocupação das em-
presas, criando assim uma grande
pressão nos valores de renda que
no ano de 2012 corrigiram de forma
agressiva”.
IMOBILIÁRIO 13 FEVEREIRO 2013 Escritórios 15
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A absorção de escritórios em Lisboa
recuperou em 2012 encerrando o ano
com 102 mil m2, traduzindo assim
uma recuperação do nível mais baixo
de sempre registado em 2011, quan-
do o LPI registou apenas 87 mil m2. O
mercado de escritórios de Lisboa vol-
ta assim ao nível de atividade de 2010,
quando se registaram 105 mil m2.
A área de expansão de Lisboa da
2ª Circular dominou o mercado ao
concentrar as operações de maior
volume, com natural destaque para
a maior transação do ano que foi a
mudança da ZON para o novo edi-
fício Metrópolis, mesmo em frente
ao estádio de Alvalade. A ZON ocupa
agora 12.400 m2 neste novo edifício,
que marca uma nova referência no
principal acesso viário ao centro da
cidade.
Mas também nesta zona, a boa per-
Absorção em Lisboa recupera em 2012
formance das Torres Colombo asse-
gurou uma boa performance a esta
zona, que contou ainda com a ocupa-
ção da CMVM que se mudou da zona
mais nobre da Av. da Liberdade para
a zona da Av. 5 de Outubro. Nesta
zona de expansão da cidade concen-
traram-se assim quase 30 mil m2, o
que constitui um novo recorde para
esta zona da cidade que não tinha em
regra a mesma atratividade.
Uma renda média de 13,5€ / m2 /
mês para esta zona da cidade, mar-
ca a atração das empresas para esta
zona da cidade, uma vez que con-
seguem em edifícios recentes ou
mesmo novos, rendas muito atra-
tivas face a outras zonas da cidade,
mesmo quando comparado com o
Parque das Nações, que constitui o
outro polo de expansão de serviços
da cidade de Lisboa.
Olhando para trás, para a evolução da faturação e para a atividade dos diferentes departamentos da empresa, qual o balanço de 2012?Todos os departamentos estiveram
ativos, embora nem todos tenham
conseguido que os seus resultados
estivessem em conformidade com o
bom trabalho que foi desenvolvido.
Este é um problema que acredito ser
transversal às várias empresas que
atuam neste setor. De forma geral,
não nos distinguimos muito do que
se passou no setor imobiliário em
2012, com as áreas transacionáveis
a sofrerem claramente mais com a
falta de dinâmica que houve no mer-
cado. À parte da área de escritórios,
sentimos que nas áreas de retalho e
de indústria houve um menor nú-
mero de operações, o que se refl etiu
na faturação.
Surpreendentemente, em relação
ao que seria expectável, na área de
investimento registámos níveis de ati-
vidade superiores aos de 2011. Uma
performance em contraciclo com o
próprio mercado, já que valor global
de investimento imobiliário transa-
cionado em Portugal caiu em 2012.
Em relação às áreas técnicas, que
englobam departamentos como ar-
quitetura, gestão de imóveis ou con-
sultoria, houve uma melhoria gene-
ralizada em relação a 2011, tendo-se
registado incrementos ao nível do
número de operações e de faturação.
O nosso departamento de ava-
liações tem evoluído bem, e só no
ano passado fomos instruídos para
avaliar cerca de 700 ativos e temos
já trabalho garantido até abril deste
ano. É interessante notar que esta é
uma área de negócio que tem uma
elevada taxa de fi delização: cerca de
92% dos nossos clientes são repeten-
tes, o que é extramente positivo pois
atesta a confi ança no trabalho que
fazemos. Uma situação que também
Susana Ribeiro
Entrevista
Área de investimento da Aguirre Newman surpreendeu em 2012
acontece na área de gestão imóveis,
na qual não perdemos um edifício
para um concorrente há mais de seis
anos, sendo atualmente responsá-
veis por um portfólio sob gestão de
cerca de 100.000 m² em Portugal.
No rescaldo do ano, podemos
dizer que tudo se conjugou para
que, no que diz respeito à ativida-
de da empresa viéssemos a ter um
ano de 2012 signifi cativamente me-
lhor do que foi 2011, embora pese a
quebre registada ao nível da área de
agência, que foi a mais afetada pelo
próprio contexto da economia e do
mercado imobiliário.
A Aguirre está neste momento a desenvolver algum trabalho de apoio às empresas que desejem apostar em países falantes de língua portuguesa?Desenvolvemos esse trabalho de
apoio não só para mercados lusófo-
nos, mas também para os mercados
de língua espanhola. Ainda há pou-
co acompanhámos dois processos,
um para o Brasil e outro para o Chi-
le. E temos também propostas para
fazer estudos de mercado, tanto em
Angola como em Moçambique, em-
bora ainda não tenhamos expressão
nesse sentido. Além disso, estamos
também a acompanhar investido-
res portugueses em investimentos
em Espanha, nomeadamente family
offi ces. Tem sido esta a nossa inter-
venção a nível internacional.
Antecipando aquele que será o mercado em 2013, qual a sua expetativa para a atividade da empresa ao longo dos próximos 12 meses?Se apenas nos restringíssemos às
perspetivas do mercado, facilmen-
te nos desmotivaríamos. Mas, não é
essa a nossa postura, até porque es-
tamos com uma energia interna, da
nossa equipa, muito grande. Conta-
mos com uma equipa versátil, moti-
vada e com competências muito for-
tes, e que aposta forte na comunica-
ção entre os vários departamentos.
Para já, e embora o ano mal tenha
começado, estamos muito fortes na
área de arquitetura, que tem em car-
teira um conjunto de projetos que
assegurará que a sua performance
no fi nal de março fi que em linha
com o que estava previsto em ter-
mos de orçamento para 2013. E, se
continuar assim, seguramente que
iremos terminar bem este ano.
Paulo Silva, diretor-geral da Aguirre Newman em Portugal
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