1
COLÉGIO ESTADUAL OCTÁVIO TOZO - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
CASCAVEL -2010
2
DEDICATÓRIA
Ao educando: principal beneficiado e razão de ser do educador.
A equipe de educadores, que não apenas sonharam isoladamente, mas que tem participado efetivamente na construção da proposta e tem tornado realidade na sala de aula.
A equipe da Escola Aquiles Bilibio, que tem partilhado com a Escola Octávio Tozo, não somente o espaço físico, mas todas as ações técnico administrativas e pedagógicas.
3
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................06
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO.................................................................................091.1 ESTABELECIMENTO...........................................................................................09
1.2 LOCALIZAÇÃO.....................................................................................................09
1.3 AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO..............................................................09
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE ALUNO POR TURMA...........................................................09
1.5 ENTIDADE MANTENEDORA...............................................................................09
1.6 DIREÇÃO..............................................................................................................10
1.7 EQUIPE PEDAGÓGICA........................................................................................10
1.8 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS............................................................................10
2 ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA..........................................................122.1 ATRIBUIÇÕES DA DIREÇÃO...............................................................................14
2.2 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL II..................................................18
2.3 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL I...................................................19
3 TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA ESCOLA................................................................223.1 ORIGEM DA COMUNIDADE E DO NOME DO ESTABELECIMENTO................22
4 HISTÓRICO DOS DIRETORES..............................................................................24
5 OBJETIVOS GERAIS..............................................................................................245.1 ENSINO FUNDAMENTAL.....................................................................................25
5.2 ENSINO MÉDIO....................................................................................................25
5.3 ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO-OBRIGATÓRIO...............................................25
6 APROVEITAMENTO ESCOLAR.............................................................................27
7 CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA CULTURAL.......................................297.1 CONDIÇÃO DA PROPRIEDADE DA FAMÍLIA.....................................................30
7.2 TEMPO QUE AS FAMÍLIAS RESIDEM NA COMUNIDADE.................................30
7.3 RENDA MENSAL DAS FAMÍLIAS........................................................................31
47.4 GRAU DE ESCOLARIDADE DO PAI....................................................................31
7.5 GRAU DE ESCOLARIDADE DA MÃE..................................................................32
7.6 NÚMERO DE FILHOS DA FAMÍLIA......................................................................32
7.7 DESCENDÊNCIA DAS FAMÍLIAS........................................................................33
8 FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DE ESTABELECIMENTO.......................348.1 RECURSOS HUMANOS......................................................................................35
8.2 ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR........................................................35
8.3 ATRIBUIÇÕES DO REPRESENTANTE DE TURMA...........................................36
8.4 ATRIBUIÇÕES DO GRÊMIO ESTUDANTIL.........................................................37
8.5 APMF.....................................................................................................................37
8.6 CONSELHO ESCOLAR........................................................................................39
8.7 GRÊMIO ESTUDANTIL........................................................................................40
9 RECURSOS FINANCEIROS...................................................................................419.1 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA...................................................41
9.2 FUNDO ROTATIVO...............................................................................................42
9.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS....................................42
10 RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS...................................................................42
11 MARCO CONCEITUAL.........................................................................................4311.1 CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO COLÉGIO.......................................................43
11.2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS...................................................................46
11.3 PRESSUPOSTOS PSICOLÓGICOS..................................................................47
11.4 OBJETIVOS EDUCACIONAIS............................................................................48
11.5 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E
FUNCIONÁRIOS.........................................................................................................49
11.6 CURRÍCULO.......................................................................................................50
11.7 PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM...........................................................51
11.8 MÉTODO DIALÉTICO.........................................................................................55
11.9 EDUCAÇÃO ESPECIAL......................................................................................56
11.10 DISCIPLINA.......................................................................................................60
511.11 AVALIAÇÃO.......................................................................................................63
11.12 ASSEMBLÉIAS ESCOLARES – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL......................66
11.13 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS......................................................................66
11.14 CONSELHO DE CLASSE.................................................................................67
12 RELATÓRIO AVALIATIVO DE APLICAÇÃO DA PROPOSTA EM 2010.............6812.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO....................................69
13 MARCO OPERACIONAL......................................................................................7013.1 COMUNIDADE ESCOLAR.................................................................................70
13.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.....................70
13.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR – ENSINO FUNDAMETAL E MÉDIO.............70
13.4 DESAFIOS CONTEMPORÊNEOS.....................................................................73
13.5 AGENDA 21.........................................................................................................75
13.6 CULTURA AFRO-BRASILEIRA..........................................................................75
13.7 PREVENÇÃO – DROGAS E SEXUALIDADE....................................................76
13.8 ESTUDOS SOBRE O PARANÁ..........................................................................77
13.9 COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR................................................................77
13.9.1 CELEM.............................................................................................................78
13.9.2 Viva a Escola....................................................................................................79
13.9.3 Apoio a Aprendizagem.....................................................................................80
14 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO...............................................81
15 PLANO DE AÇÃO.................................................................................................8215.1 PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA.................................................82
15.2 TRABALHO COM OS PAIS................................................................................83
15.3 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO, APMF E CONSELHO ESCOLAR.................84
15.4 PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS.........................................................84
15.5 PLANO DE AÇÃO PARA 2010 – GRÊMIO ESTUDANTIL.................................85
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................89
6APRESENTAÇÃO
Projeto Político-Pedagógico, é o documento no qual consta o
planejamento das práticas que temos intenção de desenvolver. Lançamo-nos para
diante, com base no que temos, buscando o possível e antevendo um futuro
diferente do presente.
Para Gadotti (1994, p. 579), todo projeto supõe rupturas com o presente e
promessas para o futuro, e projetar significa tentar quebrar um estado confortável
para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova
estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do
que o presente. As promessas tornam visíveis os campos de ações possíveis,
comprometendo seus e autores.
O projeto busca um rumo, uma direção. Ele é construído e vivenciado em
todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar
compromissado com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. “A
dimensão política se cumpre na medida em que ela se realiza enquanto prática
especificamente pedagógica”. (Saviani 1983, p.93).
Na dimensão pedagógica reside a possibilidade da efetivação da
intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,
compromissado, crítico e criativo. No sentido de definir as ações educativas e as
características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua
intencionalidade.
Nesse sentido é que se deve considerar o Projeto Político-Pedagógico
como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola,
na busca de alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que é
constitutiva. Ao se constituir em processo democrático de decisões, preocupa-se em
instaurar uma forma de organização do trabalho pedagógico que supere os conflitos,
buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias, rompendo
com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que permeia no
interior da escola, buscando a organização do trabalho pedagógico na sua
globalidade.
Desse modo, a possibilidade de construção do Projeto Político-
7Pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear
sua própria identidade, para um resgate da escola como um espaço público, lugar
de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva, buscando uma nova
organização para a escola, constituída com ousadia pelos educadores, pais, alunos,
funcionários e demais segmentos.
Ao buscar a qualidade em educação, o Colégio Estadual Octávio Tozo,
organiza o trabalho da escola, seguindo os princípios que norteiam a escola pública
e democrática como:
a) Igualdade de condições para acesso e permanência na escola. Há uma
desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada
deve ser garantida pela mediação da Escola. Saviani destaca:
"Portanto, só é possível considerar o processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no ponto de chegada” (1982, p.63).
Igualdade de oportunidades requer, mais que a expansão quantitativa de
ofertas; requer ampliação do atendimento com simultânea manutenção de
qualidade.
b) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e
sociais, mas o desafio que se coloca ao Projeto Político-Pedagógico, é o
de propiciar uma qualidade para todos. Essa qualidade implica duas
dimensões: a formal ou técnica e a política. Uma enfatiza os instrumentos
e os métodos; a outra a participação voltada aos valores e conteúdos
para que o sujeito possa participar efetivamente do processo histórico.
Nesse sentido pensar a escola de qualidade, que garanta aos educandos
a apropriação máxima dos conhecimentos científicos, a permanência dos que nela
ingressam e uma formação que, lhes possibilite a construção da consciência crítica
e a capacidade de ação para intervir na realidade visando à transformação, é que, o
Colégio Octávio Tozo através dos seus educadores, funcionários, pais e alunos se
propõe a garantir tanto a qualidade formal como a qualidade político implícita no seu
Projeto Político-Pedagógico.
8c) Gestão Democrática abrange as dimensões pedagógicas,
administrativas e financeiras, exigindo uma compreensão em
profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica, rompendo
com a separação entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer,
entre teoria e prática, buscando resgatar o controle do processo e do
produto do trabalho pelos educadores. Ela também implica o repensar da
estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização,
propiciando a prática da participação coletiva, que atenue o
individualismo; da reciprocidade, eliminando a exploração; superação da
opressão através da solidariedade; e a autonomia que anula a
dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas
educacionais das quais, a escola é mera executora.
d) Liberdade está sempre associada à ideia de autonomia e remetem-nos
a regras e orientações criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa,
sem imposições externas.
e) Valorização do magistério é um princípio central na discussão do
Projeto Político-Pedagógico, pois, a qualidade do ensino ministrado na
escola e seu sucesso na tarefa de formar cidadãos capazes de participar
da vida socioeconômica, política e cultural relacionam-se estreitamente a
formação inicial e continuada, condições de trabalho, como recursos
didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola,
redução do número de alunos na sala de aula, além de remuneração
justa.
91. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 ESTABELECIMENTO:Colégio Estadual Octávio Tozo - Ensino Fundamental e Médio
Código: 03060
1.2 LOCALIZAÇÃO:BR 277, KM 578, Zona Rural, telefone: 32256326 - 32256012.
CEP: 85823990 - Centralito - Cascavel
Código: 0480
1.3 AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO:Resolução nº 4938/93 DOE 06/01/93
1.4 DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS POR TURMA:Alunos de 5ª – Período Vespertino:
5ª Série – 42 alunos;
Alunos de 6ª a 8ª Séries – Período Matutino:
6ª Série – A- 20 alunos e 6B 20 alunos
7ª Série – 32 alunos;
8ª Série – 30 alunos.
Alunos do Ensino Médio – Período Matutino:
1º Série – 32alunos.
2º Série – 24 alunos
3º Série – 12 alunos
Nº de turmas: 08- (2 11 alunos) - Ensino Fundamental e Médio.
1.5 ENTIDADE MANTENEDORA:Governo do Estado do Paraná.
101.6 DIREÇÃO:Dilar deMagalhães
1.7 EQUIPE PEDÁGOGICA:Tania Marisa Mantovani - Professor Pedagogo
Débora Filipiak - Professor Pedagogo
1.8 QUADRO DE PROFISSIONAIS
Funcionário Função Formação
Adriana VesohoskiMatemática / Física
Licenciatura Plena – Matemática – Pós – Graduação - Educação Especial: atendimento às Necessidades Especiais
Aldiane Fontanela Arte Licenciatura Plena – Moda e Acadêmica de Artes Visuais
Ângela Maria Limberger
MatemáticaLicenciatura Plena – Matemática e Pós Graduação em Didática e Metodologia do Ensino da Matemática
Antônia Edi Siqueira
Inglês
Licenciado em Letras e Pedagogia - Pós-graduação em Pedagogia Religiosa – Língua, Literatura e Ensino – Linguística Aplicada em Língua Estrangeira
Angelica Celestino Geografia Licenciatura Plena – História – História da Educação Brasileira
Cassiana Húngaro Português Licenciatura Plena – Letras e Pós-graduação em Língua Portuguesa Metodologia e Técnica de Produção de Texto.
Débora Filipiak PedagogaLicenciatura Plena em Pedagogia – Pós-Graduação -Educação Especial: Atendimento às Necessidades Especiais
Dilair de Magalhães
Diretora Estudos Sociais – Pós Graduação em Metodologia do Ensino - Aprendizagem de Geografia no Processo Educativo
Elizandra Kusnik Educação- Física
Licenciatura Plena - Educação Física- Pós–Graduada- Ciências Morfofisiológicas: Enfoque no Corpo Humano
Fátima Kotz Filosofia Graduanda do Curso de Filosofia
Graziela Ivana Montenegro Passarim
Sala de Recursos
Licenciatura Plena – Pedagogia- Pós-graduação Educação Inclusiva em Gestão Escolar na Perspectiva da Educação Infantil
Idelvira Fátima da Luz Bebber
Agente Educacional I
Ensino Fundamental Completo
Ione Jussara Pastre
Língua Portuguesa
Licenciatura Plena – Letras – Pós-graduação Arte e Educação
11Irdes Maria Sarturi Química Graduanda do Curso de QuímicaIsaias Mendonça dos Santos
História Licenciatura Plena – História – Pós-graduação em Educação Especial
Ivania Terezinha Bueno
Língua Portuguesa
Licenciatura Plena – Letras – Pós- graduação em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa
Marly Lemos Ribeiro da Silva
Agente Educacional I
Ensino Médio Completo
Marines T. T. Barboza
História Licenciatura Plena - História – Pós-graduação História e Educação Especial
Marta Grillo Ogido Celem - Língua Espanhol
Licenciatura Plena – Língua Portuguesa/Espanhol
Odilaine Regina Braga
Secretária – Agente Educacional II
Graduanda do Curso de Pedagogia
Orivaldo de Azevedo
Educação Física
Licenciatura Plena – Educação Física – Pós-graduação Saúde e Qualidade de Vida
Roger Nienck Artes Visuais Licenciatura Plena – Artes Virtuais Rogério M. Oro Agente
Educacional I I
Ensino Médio Completo
Rosiane Geraldo Martin
História Licenciatura Plena - História -
Salete Maria Rosa Língua Portuguesa
Licenciatura Plena – Letras – Língua Portuguesa e Literatura – Gestão Escolar e Supervisão Escolar – Arte e Educação
Silvana Brites de Oliveira
Agente Educacional II
Licenciatura Plena – Pedagogia – Pós-graduação Educação Especial Surdez
Simone Aparecida Kaibers
Educação Física
Licenciatura em Educação Física e pós-graduação em Educação Física Escolar
Tânia Marisa Mantovani
Pedagoga Licenciatura Plena em Pedagogia e Pós-graduação em Administração E Supervisão Escolar
Tereza Magalhães Marques
Geografia Licenciatura Estudos Sociais – Pós-graduação em Metodologia do Ensino e Aprendizagem de Geografia no Processo Educativo
Vadim Miranda Della Torre
Geografia Licenciatura Plena - Geografia – Pós-graduação em Educação Ambiental e Educação Especial
Veroni de Magalhães Faino
Biologia Licenciatura Plena – Biologia – Pós-graduação Supervisão e Orientação Educacional
Vilma Grott Arruda Sociologia Licenciatura Plena – Pedagogia – Pós-graduação Educação Especial
122. ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE PEDAGÓGICA
Garantir o alcance dos objetivos educacionais do Estabelecimento de
Ensino definidos no Projeto de Implantação – Plano Curricular.
Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e
para a elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
Participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho
pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a
especificidade da educação escolar;
Participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos
os profissionais da escola, tendo como finalidade a realização e o
aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
Analisar os projetos de natureza pedagógica a serem implantados na
escola;
Coordenar a organização do espaço-tempo escolar a partir do Projeto
Político-Pedagógico e da Proposta Curricular da Escola, intervindo na
elaboração do calendário letivo, na formação de turmas, na definição e
distribuição do horário semanal das aulas e disciplinas, do “recreio”, da
hora-atividade e de outras atividades que interfiram diretamente na
realização do trabalho pedagógico;
Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e
disciplinas a partir de critérios legais, pedagógico-didáticos e da Proposta
Pedagógica Curricular da Escola;
Responsabilizar-se pelo trabalho pedagógico-didático desenvolvido na
escola pelo coletivo dos profissionais que nela atuam;
Implantar mecanismos de acompanhamento e avaliação do trabalho
pedagógico escolar pela comunidade interna e externa;
Apresentar propostas, alternativas, sugestões e/ou críticas que
promovam o desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico
escolar, conforme o Projeto Político-Pedagógico, a Proposta Curricular e
o plano de ação da escola e as políticas educacionais da SEED;
Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e
13seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-
pedagógico, a partir da proposta curricular e do Projeto Político-
Pedagógico da escola;
Participar da organização pedagógica da biblioteca da escola, assim
como do processo de aquisição de livros e periódicos;
Orientar o processo de elaboração dos planejamentos de ensino junto
ao coletivo;
de professores da escola;
Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de
professores da escola, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
Elaborar o projeto de formação continuada do coletivo de professores e
promover ações para sua efetivação; organizar a hora-atividade do
coletivo de professores da escola, de maneira a garantir que esse
espaço-tempo seja de reflexão-ação sobre o processo;
pedagógico desenvolvido em sala de aula;
Atuar, junto ao coletivo de professores, na elaboração de projetos de
recuperação de estudos a partir das necessidades de aprendizagem
identificadas em sala de aula, de modo a garantir as condições básicas
para que o processo de socialização do conhecimento científico e de
construção do saber realmente se efetive;
Organizar a realização dos Conselhos de Classe, de forma a garantir
um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico
desenvolvido pela escola e em sala de aula, além de coordenar a
elaboração de propostas de intervenções decorrentes desse processo;
Informar ao coletivo da comunidade escolar os dados do
aproveitamento escolar, de forma a promover o processo de reflexão-
ação sobre os mesmos para garantir a aprendizagem de todos os alunos;
Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar da escola, garantindo a participação democrática de
toda a comunidade escolar; orientar a comunidade escolar a interferir na
construção de um processo pedagógico numa perspectiva
transformadora;
14 Desenvolver projetos que promovam a interação escola-comunidade,
de forma a ampliar os espaços de participação, de democratização das
relações, de acesso ao saber e de melhoria das condições de vida da
população;
Participar do Conselho Escolar subsidiando teórica e
metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e
efetivação do trabalho pedagógico escolar; propiciar o desenvolvimento
da representatividade dos alunos e sua participação nos diversos
momentos e órgãos colegiados da escola;
Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de
todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social e de
ampliação do compromisso ético-político com todos as categorias e
classes sociais;
Observar os preceitos constitucionais, a legislação educacional em
vigor e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como fundamentos da
prática educativa.
2.1 ATRIBUIÇÕES DA DIREÇÃO
A Direção da escola é órgão responsável pelo funcionamento dos serviços
escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais do
Estabelecimento de Ensino definidos neste Projeto Político Pedagógico.
I. coordenar e acompanhar a execução do Projeto Político Pedagógico
da escola, responsabilizando-se pela efetivação;
II. coordenar e acompanhar a elaboração e execução do Projeto Político
Pedagógico da escola, submetendo-o em, todas as suas faces, à
apreciação e aprovação do conselho escolar;
III. coordenar e acompanhar a elaboração, execução e realimentação a
Proposta Pedagógica Curricular da Escola, juntamente com o corpo
docente em consonância com as diretrizes pedagógicas definidas pela
SEED;
IV. acompanhar a execução da Proposta Pedagógica Curricular da
Escola, consoante com as diretrizes pedagógicas definidas pela SEED;
15V. avaliar juntamente com o corpo docente e discente a proposta
pedagógica da escola, considerando a qualidade de ensino, e propondo
alternativas de solução para os problemas detectados;
VI. assegurar o cumprimento do Regimento Escolar, das disposições
legais, das diretrizes de política educacional da SEED e das deliberações
do Conselho Escolar;
VII. organizar o funcionamento geral da escola e a utilização do espaço
físico, observadas as diretrizes especificadas da SEED, submetendo as
medidas adotadas para apreciação do Conselho Escolar, no que diz
respeito:
a) ao atendimento e acomodação da demanda, inclusive à cria-
ção e supressão de classes;
b) aos turnos de funcionamento;
c) à distribuição de séries e classes por turno;
Dar conhecimento aos alunos e pais e/ou responsáveis:a) da proposta de trabalho da escola;
b) do desenvolvimento do processo educativo;
c) das formas de acompanhamento da vida escolar dos educandos;
d) das formas e procedimentos adotados no processo de avalia-
ção dos educandos.
VIII. encaminhar propostas de modificação no presente Regimento Esco-
lar, a partir das necessidades detectadas na prática escolar, subme-
tendo-as ao Conselho Escolar, remetendo-as à SEED, para medidas
cabíveis;
IX. analisar e aprovar o regulamento da biblioteca escolar, bem como ori-
entar o seu funcionamento para garantia do espaço pedagógico;
X. definir em conjunto com a equipe docente todas as atividades ex-
tra classe a serem realizadas;
XI. promover a integração escola – comunidade proporcionando condi-
ções para a participação de órgãos, entidades e elementos representati-
vos da comunidade nas programações de natureza sócio-cultural, cívica
e desportiva;
16XII. participar, sempre que convocado por órgão competente, de cursos,
seminários, reuniões, encontros, grupos de estudos e outros eventos;
XIII. fazer cumprir as funções específicas do pessoal que atua na escola,
definidas na legislação vigente;
XIV. adotar procedimentos cabíveis sobre petições, recursos e processos
de sua área de competência, remetendo-os devidamente informados a
quem de direito, nos prazos legais;
XV. proceder de acordo com a legislação vigente e diretrizes, a matrícula
e transferência de aluno;
XVI. apurar ou fazer apurar irregularidades de que venha tomar conheci-
mento no âmbito da escola;
XVII. aplicar penalidades, nos casos que assim o exija de acordo
com as normas previstas nesse regimento;
XVIII. executar as atividades administrativas a:
a) assinatura, juntamente com o secretário, de todos os documen-
tos relativos à vida escolar de alunos, expedido pela escola;
b) conferência de documentos relativos à vida escolar dos alunos;
c) controle de frequência diária dos funcionários, da frequência men-
sal, bem como responder pelos cartões pontos de todos os funcioná-
rios da escola;
d) fluxo de documentos de vida escolar;
e) fluxo de documentos de vida funcional;
f) fornecimento de dados de direito, respondendo por sua fidedigni-
dade e atualização;
g) comunicação às autoridades competentes e ao conselho esco-
lar dos casos de doença contagiosa e irregularidades graves ocor-
ridas na escola;
h) adoção de medidas em situações emergenciais ouvido, quan-
do possível o conselho escolar e comunicado à SEED;
i) decisão nos casos de absoluta necessidade de serviço sobre a im-
possibilidade de gozo de férias regulamentares não usufruídas no
exercício correspondente, por funcionários com férias não previstas
no calendário escolar;
17j) autorização de saída de funcionário durante o expediente, respei-
tando a legislação vigente;
k) cessão do prédio escolar, observando os dispositivos legais ema-
nados pela mantenedora e respeitados os critérios definidos pelo
conselho escolar;
XIX. responsabilizar-se para que o prédio escolar, bem como os bens
patrimoniais da escola sejam mantidos e preservados:
a) orientar todos os funcionários da escola sobre o uso racional dos
equipamentos e materiais de consumo;
b) orientar a equipe escolar quanto à manutenção e conservação
dos bens patrimoniais da escola, realizando o seu inventário anual-
mente ou quando solicitado pela SEED;
c) adotar, em colaboração com o conselho escolar e as institui-
ções auxiliares, medidas que estimulem a comunidade a se co-
responsabilizar pela preservação do prédio e dos equipamentos es-
colares;
d) comunicar à SEED sobre as necessidades de reparos, reformas
e ampliações, para que o prédio escolar e suas instalações
sejam mantidas em boas condições.
XX. garantir a organização, atualização e divulgação da legislação básica
referente ao funcionamento da escola, como: leis, decretos, portarias,
pareceres, deliberações e outras pertinentes;
XXI. garantir a circulação e acesso a toda informação de interesse da co-
munidade, da equipe escolar e dos alunos da escola;
XXII. cumprir e fazer cumprir a legislação vigente comunicando ao
conselho escolar e à SEED, as irregularidades verificadas na escola e
aplicar medidas cabíveis no âmbito de sua competência;
XXIII. supervisionar o trabalho de todos os funcionários da escola, comu-
nicando a SEED qualquer irregularidade;
XXIV. convocar, sempre que necessário, o conselho escolar, conforme o
que prescreve a organização deste;
XXV. gerenciar os recursos financeiros sempre em conjunto com o
conselho escolar;
18XXVI. presidir o conselho de classe.
2.2 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL II
➢ Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar
onde trabalha;
➢ auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como
educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia; manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos;
redigir e digitar documentos em geral e redigir e assinar atas;
➢ receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a
direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e
transferências escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos;
prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial;
➢ Atender ao telefone; prestar orientações e esclarecimentos ao público
em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade
escolar;
➢ lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração;
manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não
docentes do estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica
com os números mais utilizados no contexto da escola;
➢ comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; manter
organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao
estabelecimento de ensino;
➢ executar trabalho de mecanografia e de reprografia; acompanhar os
alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares;
➢ participar de reuniões escolares sempre que necessário;
➢ participar de eventos de capacitação sempre que solicitado;
➢ manter organizado o material de expediente da escola;
➢ comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de
expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam
realizados;
➢ executar outras atividades correlatas às ora descritas; catalogar e
19registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material
didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de
informática;
➢ manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e
informática;
➢ restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; atender aos
alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco
de dados;
➢ zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da
Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais
existentes nos laboratórios de informática e de ciências; reproduzir
material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e
som em vídeos, “slides”, CD e DVD;
➢ registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda
para utilização de espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de
uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar
pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização, agir como
educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando,
facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola;
➢ quando solicitado; participar das capacitações propostas pela SEED ou
outras de interesse da unidade escolar; decodificar e mediar o uso dos
recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar;
➢ executar outras atividades correlatas às ora descritas.
2.3 ATRIBUIÇÕES DO AGENTE EDUCACIONAL I
Os serviços gerais tem a seu encargo o serviço de manutenção,
preservação e segurança do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela direção, ficando a ela subordinado.
Compõem os serviços gerais: o(a) zelador(a), conforme a necessidade da
escola.
Compete ao (a) Agente Educacional I:I. Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o
20ambiente físico escolar;
II. executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer,
encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros
espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não
docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço; lavar,
passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; utilizar
aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do
mobiliário escolar;
III. abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica
para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes
na escola;
IV. efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário,
garantindo acomodação necessária aos turnos existentes na escola;
disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente,
garantindo a coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou
outras pessoas que estejam na escola para tal;
V. coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto;
VI. executar serviços internos e externos, conforme demanda
apresentada pela escola;
VII. racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos
materiais como vassouras, baldes, panos, espanadores, etc.;
VIII. comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de
material de limpeza, para que a compra seja providenciada;
IX. abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal,
garantindo o bom andamento do estabelecimento de ensino e o
cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola;
X. guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for
o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;
XI. zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, realizando rondas
nas dependências da instituição, atentando para eventuais
anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e
solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de
bombeiros, atendimento médico de emergência devendo,
21obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;
XII. controlar o movimento de pessoas nas dependências do
estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das
atividades desenvolvidas na unidade escolar;
XIII. encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da
escola, conforme necessidade;
XIV. acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado;
XV. preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; participar de
cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos
às funções exercidas ou sempre que convocado;
XVI. agir como educador na construção de hábitos de preservação e
manutenção do ambiente físico, do meio-ambiente e do patrimônio
escolar;
XVII. efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas;
XVIII. preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os
princípios de higiene, valorizando a cultura alimentar local, programando e
diversificando a merenda escolar;
XIX. responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos
insumos recebidos para a preparação da alimentação escolar;
XX. verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em
data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos;
XXI. atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e
dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água
como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de
bons hábitos alimentares e ambientais;
XXII. organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a
distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;
XXIII. acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e
extraclasse quando solicitado;
XXIV. realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros,
policiais, quando necessário, comunicando o procedimento à chefia
imediata;
XXV. preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;
22XXVI. comunicar ao(à) diretor(a), com antecedência, a falta de algum
componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o
mesmo seja adquirido;
XXVII. efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.
A escola não conta com auxiliar de manutenção e tão pouco vigia noturno.
3. TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA ESCOLA
3.1 ORIGEM DA COMUNIDADE E DO NOME DO ESTABELECIMENTO
Esta era uma região dominada pelos Paraguaios que estavam aqui
tentando invadir as fronteiras com o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
para ampliarem seu território nacional. Eles tiravam madeira e erva-mate e
armazenavam em 4 centrais: Central Santa Cruz, Central Média, Central Pequena e
Centralito a menor de todas. Comenta-se que era do tamanho de um litro (Litro. É a
área do terreno em que se faz a semeadura de um litro (capacidade) de sementes
de milho debulhado, num compasso de um metro quadrado, para cada cinco ou seis
grãos, cobrindo uma área de 605 metros quadrados) daí a origem do nome.
As pessoas que mais tarde chegaram e viram esta comunidade nascer e
se desenvolver foram: Alfredo Marcolino de Lima, Antônio Lucas de Castilho,
Joaquim Meister, Henrique, Manoel Stocker, Valdomiro Cheluriskoski, Basilio Oribka,
Marico Batista, Lucindo Nazari, Antonio Nazari, José Gonjorski, Alexandre Kachuba,
Pedro Kachuba e Luiz Sganzela, residente na comunidade desde 1945.
Entre eles esta o Sr. Octávio Tozo que foi agricultor, pioneiro da
localidade de Curitibanos em Santa Catarina, nascido em 16 de julho de 1929 e
falecido em 15 de dezembro de 1985 aos 56 anos.
Filho de Álvaro Tozo e Palmira Espanholi Tozo, imigrantes italianos. Era
casado com Iraci Tessaro Tozo com quem teve 7 filhos. Em 196l veio de Curitibanos
residir na Colônia Esperança, próximo a Cascavel para onde mais tarde se mudou
sempre trabalhando no ramo de cerraria e depois agricultura. Sendo que mais tarde
23sua esposa deu continuidade somente ao ramo da agricultura.
Esteve doente durante dois anos, mesmo assim continuava à frente dos
negócios da família, sempre demonstrando força, bom caráter, calma, alegria,
deixando bons exemplos para os filhos, netos e a todos os que com ele conviveram.
O Colégio Estadual Octávio Tozo surgiu após alguns anos da existência
da Escola Rural Municipal Aquiles Bilibio pela necessidade de continuidade dos
estudos dos alunos das comunidades: local e circunvizinhas. Foi então, criada em
18 de dezembro de 1992, e autorizada a funcionar pela Secretaria do Estado de
Educação do Paraná pela Resolução nº 4938/92, com início as suas atividades a
partir do ano letivo de 1993 nas quatro últimas séries do ensino fundamental, no
período Diurno e Noturno com implantação simultânea. Teve o seu reconhecimento
do estabelecimento e curso autorizado pela Resolução nº 4430/94 D.O.E. de
30/09/94. Saiba-se também que o prédio escolar é cedido pelo município para o
funcionamento da Escola Estadual.
A partir do ano de 2003, a comunidade mobiliza-se para a implantação do
Ensino Médio, para que os alunos concluintes do Ensino Fundamental, pudessem
dar prosseguimento aos estudos, pois muitos alunos deixavam a escola ou então as
famílias eram obrigadas a sair do campo, para que seus filhos pudessem concluir
sua formação a nível médio.
Foi então solicitada à Secretaria da Educação do Estado do Paraná a
autorização para o funcionamento do Ensino Médio na Escola Estadual Octávio
Tozo, no período diurno: matutino. A autorização foi concedida pela Resolução nº
1872/04 de 20 de maio de 2004 e em decorrência desta autorização,o
estabelecimento passou a denominar Colégio Estadual Octavio Tozo Ensino
Fundamental e Médio. Sendo que o reconhecimento do Ensino Médio foi concedido
pela Resolução nº 2624/05 em 23 de setembro de 2005.
Atualmente o colégio conta com cinco turmas de Ensino Fundamental e
três de Ensino Médio no período diurno , duas turmas de Celem (Língua Espanhola)
no, Sala de Recurso destinada a alunos com Deficiência Intelectual e Transtornos
Funcionais Específicos, Laboratório de Matemática e o Projeto Conhecer para
Valorizar o Campo atividades do programa Viva Escola.
244. HISTÓRICO DOS DIRETORES
1ª Diretora
Zilda Teixeira de Souza Pereira ocupou o cargo de diretora nos anos de 1993 e
1994.
2ª Diretora
Dilair de Magalhães ocupou o cargo de diretora desde o ano de 1995 até o ano de
2000.
3ª Diretora
Ivania Terezinha Bueno ocupou a direção desde o ano de 2001 até a 2007.
4ª Diretora
Dilair de Magalhães retorno a direção em 2007 e encontra-se no cargo até a
presente data.
5. OBJETIVOS GERAIS
Possibilitar aos educandos o estudo de um modelo de
desenvolvimento do campo que se contraponha ao modelo hegemônico,
emergindo os conteúdos e debates sobre a diversificação de produtos, a
utilização de recursos naturais, a agroecologia, questões agrárias e
demandas históricas por melhores condições de trabalho.
Conceber a escola como local de apropriação de conhecimentos
científicos, construídos historicamente pela humanidade e como local de
produção de conhecimentos mediante a relação entre o conhecimento
científico e o conhecimento de mundo.
Selecionar conteúdos e metodologias de ensino que possibilitem a
participação ativa dos educandos, dando sentido ao estudo articulando
25entre o compreender o mundo que vive e usufruir o patrimônio acumulado
pela humanidade.
5.1 OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Segundo o Art. 32 da LDBEN 9394/96, o Ensino Fundamental tem por objetivo a
formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
5.2 OBJETIVOS DO ENSINO MÉDIO
Segundo o Art. 35 da LDBEN 9394/96, o Ensino Fundamental tem por
objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
Art. 35o. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posterior; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
5.3 ESTÁGIO PROFISSIONAL NÃO-OBRIGATÓRIO
Em decorrência da Deliberação nº 02/09, do Conselho Estadual de
Educação, aprovada em 06/03/09,que estabelece normas para a organização e a
realização de Estágio obrigatório e não obrigatório dos alunos regularmente
26matriculados, expedida por força de Lei nº 11.788 de setembro de 2008 .
Compreendendo a importância da inserção do jovem no mundo do trabalho o
Colégio Estadual Octávio atenderá os princípios da lei citada acima.
Segundo a Lei nº 11.788 no artigo primeiro define como objetivo do
estágio” aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à
contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida
cidadã e para o trabalho.”
Partindo do pressuposto de que o trabalho humaniza o homem, pois é,
através dele que o sujeito se transforma e transforma a natureza por meio de uma
ação intencional de planejada o Colégio Octávio Tozo intende que:
Considerar o trabalho como principio educativo aquivale dizer que o ser humano é produtor da sua realidade e, por isto, se apropria dela e pode transformá-la. Equivale dizer ainda que nós somos sujeitos de nossa realidade. Em síntese o trabalho, é a primeira mediação entre o homem e a realidade material e social. (MEC, 2007)
Por meio dessas relações, o sujeito apropria-se das características
propriamente humana. Nesta perspectiva o Colégio Octavio Tozo concebe o Estágio
Não-Obrigatório para o aluno do Ensino Médio, em seu processo de
formação/ominização, como uma oportunidade de relacionar a teoria com a prática
compreendendo as relações que são estabelecidas no mundo do trabalho
considerando seus aspectos históricos e sociais, pois:
[…] ao tomar como principio educativa o trabalho, implica em desenvolver um percurso educativo em que estejam presentes e articuladas as duas dimensões, a teórica e prática em todos os momentos da formação, contemplado ao mesmo tempo uma sólida formação cientifica e a formação tecnológica de ponta, ambas sustentadas em um consistente domínio da linguagem e dos conhecimentos sócios-históricos. Isto significa afirmar...(grifos, SEED, 2005, p. 21-22)
O princípio educativo do trabalho parte do pressuposto de que o trabalho,
é uma atividade especificamente humana possuí uma dupla dimensão: ontológica,
ou seja, de criação da vida humana e histórica, pois é um processo e sua forma de
organização em uma sociedade traz transformações sociais específicas. Assim o
trabalho, é uma forma de fazer o homem pensar, portanto tem um princípio
educativo.
27Porém, na forma social do capitalismo, o trabalho tornou-se mercadoria e
o trabalhador não é dono do produto do seu trabalho, ou seja, na sociedade
capitalista, o trabalhador realiza um trabalho alienado. Sendo assim cabe a escola
promover os conhecimentos necessários , para que os educandos percebam como o
trabalho pode ser alienante, bem como as formas de superação desta prática.
Compreendendo a especificidade do trabalho na sociedade capitalista e
as contradições nele existente, acreditamos que não podemos negar a necessidade
de prover os meios de inserção do indivíduo no mundo do trabalho e o Estágio
Profissional não Obrigatório aliadado a um processo educacional centrado na
transmissão dos conteúdos historicamente acumulados, são mecanismos
importantes para tal tarefa. (Segue em anexo Plano de Estágio não Obrigatório).
6. APROVEITAMENTO ESCOLAR
O gráfico abaixo mostra os números de evasão, reprovação e aprovação
em 2007.
2007- Em 2007 foram realizadas duzentos e vinte seis matriculas, trinta e
20070
50
100
150
200
250
MatrículasTransf.EvasãoAprovadosReprov.Reprov.Reprov.
28nove (39) transferências, seis (06) evasões, cento e setenta e seis (176) aprovações
e cinco (05) reprovações.
Outro dado a destacar, é o número de transferência, pois, os alunos são
filhos de trabalhadores rurais, e ao perderem o emprego deixam a comunidade.
O gráfico abaixo mostra os números de evasão, reprovação e aprovação
em 2008.
2008 - Em 2008 foram realizadas duzentos e quarenta (240) matrículas,
trinta e quatro (34) transferência, três (03) alunos evadidos, cento e oitenta (180)
aprovados e quinze (15) reprovados. Neste ano, encontramos dificuldade em
relação às articulações de ações, junto ao órgão responsável pela proteção de
menor, e não conseguimos fazer com que estes alunos retornassem a escola. Neste
ano iniciamos novas discussões em torno da aprovação com qualidade.
Tendo em vista a falta de atividade de apoio pedagógico, nosso índice de
reprovação.
20080
50
100
150
200
250
MatrículasTransf.EvasãoAprovadosReprovadosReprovadosReprovados
29O gráfico abaixo mostra os números de evasão, reprovação e aprovação
em 2009.
2009 – Em 2009 foram realizadas duzentos e sessenta e quatro (264)
matrículas, cinquenta e oito (58) transferências, não houve registro de evasão, cento
e noventa e seis (196) alunos foram aprovados e sete reprovados. O número de
evadidos foi reduzido graças ao acompanhamento efetivo da equipe pedagógica,
direção e professores que, mantiveram-se atentos aos alunos em situações de risco.
Podemos citar ainda a inclusão destes alunos nas atividades de
Complementação Curricular que foram ampliadas, neste ano.
O aumento de transferências é explicado pelo atendimento dos alunos
que treinam na escola de futebol e constantemente, são transferidos para clubes
esportivos de outras cidades.
7. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO ECONÔMICA CULTURAL
7.1 CONDIÇÃO DA PROPRIEDADE DA FAMÍLIA
A comunidade escolar Octávio Tozo é oriunda da área rural, sendo
20090
50
100
150
200
250
300
MatrículasTransf.EvasãoAprovadosReprov.Reprov.Reprov.
30constatados os seguintes dados no que se refere:
Tipo de moradia dos alunos em 2010:
O gráfico abaixo mostra os dados sobre o tempo que as famílias dos alunos
residem na comunidade em 2010:
O gráfico abaixo mostra os dados sobre renda mensal das famílias dos
alunos em 2010:
52,69
5,99
41,32
Condição de moradia
Residência Própria Paga aluguelResidência cedida
13,17
14,97
4,79
65,27
1,80Tempo que as famílias residem na comunidade
menos de um anoentre 1 a 3 anosentre 3 a 5 anosmais que 5 anosnão sei
31
O gráfico abaixo mostra os dados sobre grau de escolaridade do pai do
aluno em 2010:
O gráfico abaixo mostra os dados sobre grau de escolaridade da mãe dos
alunos em 2010:
5,99
42,51
35,93
11,38
2,401,80
Escolaridade do pai
Nenhuma escolaridadeEnsino Fundamental: de 1ª a 4ª sérieEnsino Fundamental: de 5ª a 8ª sérieEnsino MédioSuperiorNão sabe
11,98
59,28
22,75
5,99
Renda mensal das famílias
menos que 1 salário mínimo de 1 até 3 salários-mínimosde 4 a 10 salários-mínimosmais que dez salários mínimos
32
O gráfico abaixo mostra os dados sobre quantidade de filhos por família
dos alunos em 2010:
O gráfico abaixo mostra os dados sobre descendência dos alunos em 2010:
5,39
39,52
31,74
14,37
8,98
Escolaridade da mãe
Nenhuma escolaridadeEnsino Fundamental: de 1ª a 4ª sérieEnsino Fundamental: de 5ª a 8ª sérieEnsino MédioSuperior
13,77
32,9349,10
4,19
Número de filhos das famílias
123 à 5mais que 5
33
A comunidade escolar Octávio Tozo é ouvindo da área rural, sendo que
mais de 52,69% das famílias tem residência própria e que 41,32% representam o
número de famílias que trabalham como empregados em atividades ligadas a
agricultura e pecuária.
Temos uma população fixa 65,27%, residem a mais de 5 (cinco) anos. É
um percentual de 13,17% que reside a menos de um ano. Tendo em vista o tempo
de moradia e o trabalho desenvolvido junto a comunidade escola, temos pais que
compreendem e apoiam as ações da escola, estes mantem diálogo aberto com a
equipe e direção, o que facilita a resolução de problemáticas relacionadas ao
processo de ensino-aprendizagem.
Outro dado importante a destacar é a baixa escolaridade dos pais, que
mostra a necessidade de implantar uma turma de Educação de Jovens e Adultos
para atender a esta demanda.
No entanto a dificuldade de acesso devido a distância das comunidades e
o horário do transporte escolar, que condiz com a realidade do trabalhador do campo
que tem atividades específicas que coincidem com o horário do transporte.
19,16
13,17
31,74
10,78
25,15
Descendência das famílias
AlemãPolonêsItalianaAfro descendenteOutros
348. FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
O Colégio Estadual Octávio Tozo oferece aos seus alunos, um ensino
com base nos princípios fundamentais das Constituições Federal e Estadual e da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96.
Atende a modalidade de Educação Básica nos níveis de: Ensino
Fundamental de 5ª à 8ªsérie, equivalente ao 6º ao 9º Ano e Ensino Médio.
O estabelecimento em 2010, conta com oito (08) turmas, sendo 07 no
período matutino e 1 vespertino. No período vespertino funciona a Sala de Recurso-
especializado no atendimento a alunos com Deficiência Intelectual e Transtornos
Funcionais Específicos, Centro de Língua Estrangeira Moderna(CELEM)o qual
oferta a Língua Espanhola e as atividades de complementação curricular do
Programa Viva Escola( Laboratório de Matemática e Conhecer para valorizar o
Campo).
A organização do tempo escolar é de cinco horas/aula de 50 minutos
cada, sendo no período matutino das 7:20 às 11:45 horas e o horário do intervalo
das 9:50 às 10:05 horas no período vespertino, a entrada é das 13:00 às 17:25
horas e o intervalo das 15:30 às 15:45 horas.
O Colégio é organizado em salas ambientes, sendo os alunos que
mudam de sala a cada troca de disciplina e não o professor.
Quando por algum motivo os alunos tiverem aula vaga, estes
permanecem no pátio do Colégio realizando alguma atividade extra-classe ou em
sala com a pedagoga que trabalha temas como o Regimento Escolar, Grêmio
Estudantil, textos sobre prevenção ao uso de drogas, exploração sexual,organização
e participação dos alunos nas questões escolares.
Outro dado a destacar é que 97% dos alunos utilizam transporte escolar.
358.1 RECURSOS HUMANOS
O Colégio conta com o trabalho da Direção, Equipe Pedagógica,
Professores, Agente Educacional I e II, conforme demonstra quadro em anexo.
O trabalho desenvolvido no âmbito escolar conta ainda com o auxílio da
APMF Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que em conjunto com a direção
da escola e pais desenvolvem um trabalho de auxílio à aprendizagem, tendo seu
Estatuto próprio.
8.2 ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR
As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das
condições reais da escola, da organicidade do próprio órgão e das competências
dos profissionais em exercício na escola.
São atribuições do Conselho Escolar:
I. estabelecer o Projeto Político Pedagógico da escola;
II. acompanhar e avaliar o desempenho da escola, face às diretrizes, pro-
priedade e metas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico, redirecio-
namento das ações, quando necessário;
III. definir critérios para cessão do prédio escolar para outras atividades
que não as de ensino;
IV. analisar, projetos elaborados por qualquer dos segmentos que
compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos
mesmos no processo ensino – aprendizagem;
V. arbitrar sobre o impasse de natureza administrativa e/ou pedagógica,
esgotadas as possibilidades de solução pela equipe escolar;
VI. propor alternativas de solução aos problemas de natureza adminis-
trativa e/ou pedagógica, tanto aqueles detectados pelo próprio órgão,
como os que forem a ele encaminhados pelos diferentes segmentos parti-
cipantes da comunidade escolar;
VII. apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um ou mais
membros do Conselho Escolar, quando não cumprimento das normas
36estabelecidas neste Regimento e em seu estatuto próprio, e/ou proce-
dimento incompatível com a dignidade da função;
VIII. assessorar, apoiar e colaborar com o diretor em matéria de
sua competência, em todas as suas atribuições, com destaque especial
para:
a) o cumprimento das disposições legais;
b) a preservação do prédio e dos equipamentos escolares;
c) a aplicação de penalidades previstas neste regimento;
d) adoção e comunicação ao (s) órgão (s) competente (s) das medi-
das de emergência em casos de irregularidade graves na escola.
IX. articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir
para a melhoria da qualidade do processo de ensino – aprendizagem;
X. fazer cumprir as normas disciplinares relativas a direitos e deveres de
todos os elementos da comunidade escolar, dentro dos parâmetros deste
regimento e da legislação em vigor.
8.3 ATRIBUIÇÕES DO REPRESENTANTE DE TURMA
O representante de turma é um importante elemento no desenvolvimento
das atividades educacionais, e podem auxiliar da seguinte forma:
Organizar a turma, os estudantes a defenderem os seus direitos no
processo de ensino aprendizagem;
Representar a turma de forma consciência nas questões da escola no
processo ensino aprendizagem;
Fazer o registro de frequência dos alunos em formulário expedido
pela Equipe Pedagógica;
Estimular os colegas a participar de palestras e debates;
Organizar discussões sobre a avaliação dos diretores, professores e
alunos no processo de aprendizagem;
Participar na reunião de representantes de classe;
Repassar aos alunos, informações que lhe foram conferidas pela
equipe Pedagógica;
378.4 ATRIBUIÇÕES DO GRÊMIO ESTUDANTIL
Representar condignamente o corpo discente;
Defender ativamente os interesses individuais e coletivos dos
alunos do colégio;
Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus
membros;
Promover a cooperação entre administradores, funcionários,
professores e alunos no trabalho escolar buscando seus
aprimoramentos;
Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e
educacional com outras instituições de caráter educacional;
8.5 APMF
A APMF do Colégio Octávio Tozo é constituída por uma diretoria,
escolhida em Assembleia Extraordinária pelos pais presentes com o objetivo de
trabalhar para a melhoria da escola, representando o pensamento da comunidade
na avaliação e discussão dos problemas ligados ao ensino.
Trabalha em consonância com os pais e a direção da escola de maneira a
atingir os objetivos de trabalho propostos
Auxilia no cumprimento do Projeto Escola e Comunidade, bem como em
decisões referentes ao bom andamento da escola.
Através da APMF, se fortalece a participação dos pais na escola
aumentando o vínculo entre comunidade e escola. Os pais tornam-se parceiros da
escola e passam a entender que, as ações são pautadas nas decisões da
comunidade, e nas atividades escolares de seus filhos buscando sempre um
trabalho com mais oportunidades que priorize a todos um ensino mais satisfatório e
de melhor qualidade.
Sabemos que o respeito da comunidade pela escola se consolida a partir
de sua aproximação com o ambiente escolar e da tomada de decisões coletivas que
38garantam um ensino de melhor qualidade. Afinal o desenvolvimento das
capacidades cognitivas dos educandos é o estímulo para o desenvolvimento de
nosso trabalho. Sendo assim a diretoria trabalha, em consonância com a
comunidade escolar propondo sugestões, assumindo tarefas e fazendo com que a
participação dos pais se efetive dentro da escola.
Em seguida segue o quadro da atual diretoria, eleita em 2009 para o
mandato de dois anos:
Presidente: Iraci Nazari Kaucz;
Vice - Presidente: Janete Correia;
Primeira Secretária: Débora Filipiak;.
Segunda Secretária: Odilaine Regina Braga;
Primeiro tesoureiro : José Greim;
Segundo Tesoureiro: Elaine Becker;
Conselho Fiscal - Membros Efetivos:
Irizontina da Luz Pereira;.
Ivoni de Paula Teixeira Popiolski;
Cleonice da Silva Santos;
Marli Lemes Ribeiro da Silva
Ezilda Greim da Silva;
Conselho Fiscal - Membros Suplentes:
Idelvira Fátima da Luz;
Angela Maria Limberg;
Inês Teresinha Kaucz;
39Tereza Magalhães;
Primeiro Diretor Sócio Cultural Esportivo:.
Dirceu Correia;
Segundo Diretor Sócio Cultural Esportivo:
Eneli Terezinha Bertan Titon;
8.6 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Octávio Tozo Ensino
Fundamental e Médio, localizado às margens da BR 277, no Km 578 em Centralito,
no Município de Cascavel, Estado do Paraná e será regido pelo Estatuto próprio,
bem como pelos dispositivos legais que lhe forem aplicáveis.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, que tem como principal atribuição o acompanhamento do
Projeto Politico Pedagógico a ser desenvolvido pela Escola.
É composto pelo diretor - presidente, representante dos professores, dos
funcionários, de pais de alunos e do corpo discente e conta com Estatuto próprio o
qual segue em anexo.
A atual diretoria do Conselho Escolar foi eleita em 2009 em reunião
convocada para esse fim, com pais, alunos, professores, demais funcionários, APMF
e representantes da comunidade . Essa diretoria tem mandato de dois anos e os
conselheiros representantes são:
CONSELHEIROS
Presidente - Dilair de Magalhães
Equipe Pedagógica - Débora Filipiak
Suplente- Equipe Pedagógica - Tania Marisa Mantovani
Corpo Docente - Cassiana Hungaro
40Suplente do Corpo Docente - Grasiela Ivana Montenegro Passarim
Funcionários Administrativo - Agente Educacional II – Odilaine Regina
Braga
Funcionários Serviços Gerais - ( Agente Educacional I)- Idelvira Fátima da
Luz Beber
Suplente - Marly Lemes Ribeiro da Silva
Corpo Discente - Darlon Irineu Bernardi
Suplente - Djonata Dyeferson Stertz
Pais de alunos - Marcia Maria Stertz – Suplente - Ines Kaucz
Grêmio Estudantil - Daiane Kachuba
Associação de Moradores - Edimara Biazus do Prado
Suplente - José Luiz Nazari
Grêmio Estudantil – Zilmara Mello Eurich
Suplente - Manira Ferreira
8.7 GREMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil é um órgão máximo de representação dos
estudantes na Escola. Ele é formado por aluno, de forma independente visando
desenvolver atividades culturais e esportivas, debate sobre assuntos e questões de
interesse dos estudantes e da comunidade escolar, também pode reivindicar a
aquisição de materiais pedagógicos, sugerir mudanças e melhorias no ambiente
escolar e pedagógico, objetivando melhorar a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.
O Grêmio é composto por representantes dos alunos e o processo de
41eleição da diretoria ocorre a cada 2 anos com formação de chapas, apresentação de
propostas e voto secreto conforme descrito no estatuto que segue em anexo.
A ATUAL DIRETORIA É COMPOSTA POR:
Presidente - Débora de Mello
Vice – Presidente - Zilmara Mello Eurichi
Secretário Geral - Bruno Felipe Chagas
1º Secretário - Karina de Mello
Tesoureiro Geral – Jenifer Vieira
1º Tesoureira – Aline Ramos
Diretor Social – Micheli Silva
Diretor de Imprensa – Francisco Shmith
Diretor de Cultura e Esportes – Manira Ferreira
9. RECURSOS FINANCEIROS
O Colégio Estadual Octávio Tozo se mantém com a verba anual recebida
pelo FNDE, Fundo Rotativo e pelas verbas arrecadadas através de promoções e
contribuição da APMF- Associação de Pais, Mestres e Funcionários.
9.1 PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA
Esse programa foi implantado inicialmente em 1995 com o nome de
“Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental” - PMDE e
em 1998 o mesmo passou a denominar-se Programa Dinheiro Direto na Escola -
PDDE. Seu objetivo, é atender à política de descentralização dos recursos públicos,
para a melhoria da qualidade do Ensino Fundamental, possibilitando a escola
42gerenciar a verba que é depositada em conta corrente da própria escola. O valor
recebido por essa unidade escolar é de um mil e oitocentos reais, sendo trezentos
reais para bens permanentes e um mil e quinhentos reais para materiais de custeio.
9.2 FUNDO ROTATIVO
Este programa tem como objetivo repassar mensalmente às escolas
estaduais, recursos financeiros de acordo com o número de alunos matriculados,
para manutenção, pequenos reparos e outras necessidades do cotidiano escolar.
9.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS , MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A Associação de Pais e Mestres, realiza atividades para a arrecadação
de fundos para manutenção da escola, como rifas, uma festa por ano, contribuição
espontânea pelos pais uma vez no ano. A partir desses recursos são arrecadados
alguns fundos para atender às necessidades emergenciais da escola.
O Colégio é mantido pela APMF, através de promoções realizadas durante o
ano, recebe uma verba mensal da FUNDEPAR correspondente a aproximadamente
dois reais por aluno e ainda a verba do FNDE (uma vez no ano).
10. RECURSOS FÍSICOS E MATERIAIS
O espaço físico é constituído de 1.047 m² de área construída divididos em:
7 salas de aula;
1 secretaria;
1 sala de Direção e Coordenação
1 biblioteca;
1 cozinha;
1 sala de professores;
1 banheiro para funcionários adaptado;
6 banheiros femininos;
435 banheiros masculinos.
1 saguão coberto
1 laboratório de Informática com 12 computadores
Equipamentos físicos e pedagógicos registrados em livro próprio.
11. MARCO CONCEITUAL
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS E FILOSÓFICOS
11.1 CONCEPÇÃO FILOSÓFICA DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Otávio Tozo, por ser uma escola no e do campo, tem
como compromisso uma educação como meio de desenvolvimento cultural que se
constrói entre diferentes sujeitos que produzem entre os símbolos, os ritos, a
técnica, a ciência, as narrativas, os saberes da tradição, ao mesmo tempo que
produzem e geram novos valores sociais.
Entendemos que o Ser Humano como sujeito da história, pode estar
organizado em movimentos sociais, em associações ou estar atuando de forma
isolada, mas necessita criar alternativas de sobrevivência econômica num mundo de
relações capitalistas selvagens, e é na escola que ele irá apropriar-se de
conhecimentos científicos, construídos historicamente pela humanidade e também
para a produção deste conhecimento científico.
Há necessidade de direcionar a educação garantindo a aquisição dos
conhecimentos científicos aos educandos para que durante a vida sirvam de algum
modo e para cada sujeito como possibilidade de intervenção na sociedade na qual
estão inseridos. Entretanto, não perdendo de vista as suas características de campo,
na produção, no trabalho, na diversão e nas experiências vividas, é que se produz
saberes, que serão acumulados ao longo das experiências vividas pelos sujeitos do
campo.
“Se o homem faz a si próprio é porque pode ver-se a si mesmo em todos os desafios que enfrenta e em todos os instrumentos que fabrica”.
44Roberto da Mata
Fundamentado da Teoria Materialista Histórica Dialética que compreende
a sociedade e o homem como produtos das relações sociais, que são estabelecidas
historicamente entre os homens e a natureza, o Colégio Estadual Octávio Tozo se
propõe a desenvolver um trabalho pedagógico voltado para a humanização dos
sujeitos com quem trabalha.
Entendendo a educação como o processo pelo qual o sujeito se apropria
da cultura produzida e acumulada ao longo da história da humanidade, compreende
que o papel fundamental da escola é o de garantir ao aluno o acesso ao saber
sistematizado possibilitando através da mediação do professor a assimilação e
apropriação do conhecimento científico.
O conhecimento e a compreensão de como as relações sociais de
dominação, alienação e emancipação se concretizam possibilita ao sujeito desvelar
a realidade concreta e perceber que esta pode ser modificada/transformada pela
sua ação consciente.
Sabemos que estamos inseridos em uma sociedade capitalista na qual há
a divisão social de classes e consequentemente, a desigualdade social, econômica
e cultural. Diante disso entendemos que a responsabilidade da escola é ainda maior
no sentido de garantir a socialização do conhecimento científico, pois, é sabido que
historicamente é através dele que a classe dominante se mantem no poder
dominando a classe popular, que se encontra alienada pela falta de compreensão de
como se estabelecem as relações de poder que perpetuam as desigualdades
sociais.
Ao compreender a importância do trabalho enquanto princípio educativo,
que humaniza o homem, o sujeito se torna capaz de entender e diferenciar a
concepção de trabalho disseminada pela sociedade capitalista daquela que
originalmente lhe foi atribuída.
Atrelada à concepção do rural como algo atrasado, está a ideia de
“escolinha rural”, que precisa ser desmistificada e superada, para que este espaço
não seja visto apenas somente para abastecer a cidade, pois daí vem o
entendimento de que as pessoas no meio rural não precisam estudar. O conceito de
campo que queremos propõe desenvolver, discutir, ampliar e superar esta visão,
45colocando a necessidade de uma educação que valorize a identidade e a produção
dos sujeitos que vivem no e do campo, contrapondo-se à lógica de que escola do
campo é escola pobre, ignorada e marginalizada, numa realidade de milhões de
camponeses analfabetos e de crianças e jovens condenados a um círculo vicioso:
sair do campo para continuar a estudar, e estudar para sair do campo. É preciso
estudar para viver no campo, pois os povos do campo têm uma raiz cultural própria,
um jeito de viver e de trabalhar, distinta do mundo urbano, e que inclui diferentes
maneiras de ver e de se relacionar com o tempo, o meio ambiente, o espaço, bem
como de viver e de organizar a família, a comunidade, o trabalho e a educação. Nos
processos que produzem sua existência, vão também se produzindo como seres
humanos. Considerando também, o campo como um espaço de produção cultural,
juntamente com suas especificidades, é que, produzirá uma identidade que deve ser
valorizada. Faz-se necessário distinguir os conceitos de campo e rural, pois a
tendência dominante no país, historicamente existente, valoriza a cultura urbana em
detrimento do meio rural, considerando este como algo atrasado. Campo é aqui
entendido como:
...“lugar de vida, onde as pessoas podem morar, trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar, a sua identidade cultural. O campo não é só lugar de agropecuária e agroindústria, do latifúndio e da grilagem de terras. O campo é espaço e território dos camponeses e dos quilombolas. É no campo que estão as florestas, onde vivem as diversas nações indígenas. Por tudo isso, o campo é o lugar de vida e sobretudo de educação” (Fernandes, 2004, p. 137).
Uma conquista para a educação do campo foi a aprovação das “Diretrizes
Operacionais para Educação Básica nas Escolas do Campo”. (Parecer n.º 36/2001 e
a Resolução 1/2002 do Conselho Nacional de Educação).
Dois grandes objetivos destes movimentos por uma educação no campo:
Mobilizar o povo que vive no campo, com suas diferentes identidades,
e suas organizações para conquista /construção de políticas públicas na
área da educação e, prioritariamente, da escolarização em todos os
níveis.
Contribuir na reflexão política-pedagógica da educação no campo,
partindo das práticas já existentes e projetando novas ações educativas
que ajudem na formação dos sujeitos do campo.
46Para isso é necessário que os professores, que são educadores,
trabalhem com os saberes acumulados socialmente, contextualizados a partir da
realidade do campo, passando necessariamente pelo entendimento de que a
educação deve possibilitar a reflexão a partir do lugar onde se vive, na prática social
dos sujeitos, a fim de que se reconheça a construção de uma identidade cultural e
de um sentimento de pertencer, condição fundamental para a formação humana.
Caldart (2002, p.83) afirma, que ser um educador do campo é antes de
tudo ser um educador do povo brasileiro que vive no campo, com suas diferentes
identidades e faz também uma reflexão sobre a construção desta identidade, através
do decálogo de ser educador do povo do campo.
Ser educador do povo do campo é...
1.Reconhecer a existência do campo, ver sua realidade histórica, ver seus sujeitos.2.Ver a educação como ação para o desenvolvimento humano e a formação de sujeitos.3.Compreender e trabalhar as grandes matrizes da formação dos sujeitos do campo.4.Participar das lutas sociais do povo brasileiro do campo.5.Lutar por políticas públicas que afirmem o direito do povo do campo à educação. 6.Provocar o debate sobre educação entre os diversos sujeitos do campo.7.Aprender e ajudar no cultivo da pedagogia do cuidado com a terra.8.Aprender dos movimentos sociais que formam os novos sujeitos sociais do campo.9.Ocupar-se da escola do campo com um lugar de formação dos sujeitos do campo.10.Deixar-se educar pelos sujeitos do campo e pelo processo de sua formação.
11.2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS
Seguindo as proposições vygotskyanas, está a Pedagogia Progressista
onde a escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais,
apontando a possibilidade de transformação social; a educação possibilitando a
compreensão da realidade histórico-social e explicitando o papel do sujeito
construtor/transformador dessa mesma realidade.
A teoria crítica sustenta a finalidade sócio-política da educação, sendo
instrumento de luta de professores ao lado de outras práticas sociais.
A Pedagogia Histórico-Crítica apresenta valorização da escola como
47espaço social responsável do saber universal e a socialização do saber elaborado
às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e histórica do
conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e atuação
crítica e democrática para a transformação desta realidade. Os conteúdos são
culturais universais incorporados pela humanidade, permanentemente reavaliados
face às realidades sociais, indispensáveis à compreensão da prática social, revelam
a realidade concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos
sujeitos no processo de transformação desta realidade.
11.3 PRESSUPOSTOS PSICOLÓGICOS
A formação do sujeito é sempre um processo educativo no qual o homem,
desde seu nascimento apropria-se das atividades da vida cotidiana por meio das
relações sociais que são constituídas pelos objetos, pela linguagem, pelos usos e
costumes.
Dessa forma cabe a educação escolar mediar a formação dos indivíduos
e a produção da cultura universal humana, através de um processo educativo
intencional e sistemático. Nesse sentido, afirma Saviani:
[...] o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas de atingir esse objetivo. (SAVIANI, 1991, p.21)
Portanto, a função social da escola é de garantir a transmissão e a
assimilação da cultura humana em um processo que envolve a relação entre o
conhecimento: objeto de estudo, e professor e aluno como sujeitos desse processo,
cabendo ao aluno apreender os conteúdos mediados pelo professor e a este
conhecer os elementos que estão envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
A Psicologia Sócio Histórica de Vygotski compreende o homem como ser
histórico-social, determinado pelas interações sociais que estabelece com o outro.
Essas interações se dão por meio da linguagem, entendida como um sistema de
signos criados socialmente para atender a necessidade de comunicação e interação
entre os indivíduos, sendo o principal elemento mediador no desenvolvimento das
48funções psicológicas superiores,( percepção, atenção voluntária, memória, emoção,
o pensamento, a linguagem, a resolução de problemas e o comportamento), que são
interiorizadas à medida que o sujeito vai se apropriando da cultura.
Partindo do pressuposto de Vygotsky, os sujeitos trazem um acúmulo de
conhecimento não sistematizado (conceitos cotidianos, aspectos da cultura e classe
social a que pertencem, entre outros, os quais são aprendidos nas relações
familiares e em outros grupos sociais.
De acordo com Marx (1999) o homem apropria-se da produção cultural
universal e nas relações sociais que estabelece vai produzindo sua consciência,
diferenciando-se dos animais podendo acumular as experiências e interferir na
natureza de forma a garantir cada vez mais satisfatoriamente sua sobrevivência.
Vygotsky caracterizou este nível como nível de desenvolvimento real. Ao
passo que o professor promove novas situações de aprendizagem, provoca
alterações neste nível, e o sujeito apropria-se de novos conhecimentos, superando o
nível de desenvolvimento intelectual em que o aluno se encontrava, passando dessa
forma para Nível de Desenvolvimento Proximal, ou seja, por meio da mediação
(ação pedagógica) intencional do professor, ocorrem novas aprendizagens que
promovem o desenvolvimento cognitivo.
11.4 OBJETIVOS EDUCACIONAIS
Possibilitar aos educandos os conteúdos mínimos necessários para a
sua formação e desenvolvimento enquanto cidadão, oferecendo
ferramentas para que os alunos possam transformar a sociedade em que
vivemos.
Desenvolver no aluno o desejo do saber, do participar, do fazer,
oportunizando o desenvolvimento de suas potencialidades que levem a
sua auto-realização para o exercício real da cidadania, aguçando o desejo
de participar e interagir no seu meio.
Conduzir o trabalho pedagógico, bem como a abordagem de
conteúdos de acordo com os princípios éticos da autonomia, da
responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum
49exercitando a prática da cidadania, do exercício da criticidade, da
sensibilidade, da criatividade e da diversidade das manifestações
artísticas e culturais;
11.5 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
No momento dispomos de Reuniões Pedagógicas, Conselho de Classe,
Grupos de Estudos nos Sábados, Simpósios, Hora Atividade com tempo disponível
para estudos e busca de informações. Assim, a hora atividade feita semanalmente
também é utilizada para estudos. A prática da equipe pedagógica, nesse sentido,
está sendo a de encaminhar textos com discussões importantes acerca das
questões pedagógicas escolares para uma pasta de Hora Atividade na biblioteca,
com um comunicado para leitura e possível discussão com a Equipe Pedagógica.
As Reuniões Pedagógicas e Conselhos de Classe acontecem conforme
calendário escolar mensalmente com o objetivo de estudo e não para se falar de
nota de aluno. Nessas ocasiões faz-se uma reflexão crítica, coletiva e constante
sobre a prática de um trabalho, que se quer transformador. Destacamos a
importância do encontro tendo em vista a efetivação da interdisciplinaridade.
No entanto tem se verificado que os objetivos esperados não tem sido
alcançados. Acredita-se que um dos fatores que contribui com a carga horária
destinada para Hora Atividade do professor é insuficiente para o desenvolvimento de
todas as atividades necessárias ao exercício da prática docente onde o professor
acaba centrando este tempo mais para as questões práticas como preparar aulas,
corrigir provas, trabalhos e atividades, ficando comprometido o tempo destinado ao
estudo.
Também há a participação dos docentes em grupos de estudo e cursos
oferecidos pela SEED, UNIOESTE, Instituições particulares sempre que há
oportunidade, bem como o incentivo à participação em eventos educacionais
promovidos pelas diversas Instituições de Ensino Superior de Cascavel. Os demais
funcionários participam das reuniões e cursos fornecidos pela SEED.
5011.6 CURRÍCULO
O currículo é um importante elemento constitutivo da organização escolar,
implica a interação entre sujeitos que têm um mesmo objetivo e a opção por um
referencial teórico que o sustente. É uma construção social do conhecimento,
pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive;
visando a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de
assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que
compõem uma metodologia de construção coletiva dos saberes escolares.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, daí, a necessidade de se promover, na escola, uma reflexão
sobre o processo de produção do conhecimento escolar, visto que, ao mesmo
tempo, que ele é processo é também produto.
Na organização curricular é preciso considerar que o currículo explicita
opção ideológica e a escola precisa identificar e desvelar os componentes
ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a
manutenção de privilégios. Por isso, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto
da cultura dominante, quanto da cultura popular.
O currículo não pode ser separado do contexto social, uma vez que é
historicamente situado e culturalmente determinado.
Como alertou Domingos (1985, p.153 ), “cada conteúdo deixa de ter
significado por si só, para assumir uma importância relativa e passar a ter uma
função bem determinada e explícita dentro do todo de que faz parte”.
O currículo formal (conteúdos curriculares, metodologias, recursos de
ensino, avaliação e relação pedagógica) implica controle. Por outro lado, o controle
social é instrumentalizado pelo currículo oculto como as “mensagens transmitidas
pela sala de aula e pelo ambiente escolar” (Cornbleth 1992, p. 56). Assim, as visões
de mundo, as normas e os valores dominantes são passados aos alunos no
ambiente escolar, no material, por intermédio dos livros didáticos, na relação
pedagógica, nas rotinas escolares. O resultado do currículo oculto “estimulam a
conformidade a ideias e convenções sociais, ao mesmo tempo em que mantém
desigualdades socioeconômicas e culturais”. (ibdt, p. 56)
O art. 28 da LDB,refere-se ao currículo da educação do campo, citando
51que a educação deve e pode ser diferente, pois as diferenças estão nos conteúdos e
métodos que devem adaptar-se à realidade da zona rural, na forma de organização
escolar, com calendários adequados ao trabalho na agricultura(plantio, colheita,etc).
A organização escolar deve adequar-se também às condições do trabalho rural,
como horário das aulas, tempo de locomoção dos alunos, entre outros fatores.
O tempo é um dos elementos constitutivos da organização do trabalho
pedagógico. É o calendário escolar que determina o início e o fim do ano letivo
prevendo os dias letivos, as férias, os períodos escolares em que o ano se divide, os
feriados cívicos e religiosos, as datas reservadas à avaliação, os períodos para
reuniões técnicas, cursos, etc.
O art. 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96,
prevê a carga horária mínima no calendário escolar sendo de oitocentas horas,
distribuídas no mínimo em duzentos dias letivos de trabalho escolar. Sendo que para
um aluno ser aprovado, ele precisa frequentar a escola no mínimo 75% do total de
horas-aulas
11.7 PROCESSO ENSINO - APRENDIZAGEM
A aprendizagem ocupa o núcleo da finalidade da prática docente, pois
aprender é de suma importância numa sociedade cada vez mais letrada, urbana,
industrial e globalizada. A restruturação do atual sistema produtivo exige
desempenho profissional além da execução manual do trabalho.
Para Martins (2008, p. 27) “torna-se fundamental que a escola prepare um
trabalhador intelectualmente ativo, criativo”.A aprendizagem realizada na escola
direciona-se para a sistematização das experiências cotidianas para a mudança em
conhecimento científico, universal, pensamento explicativo, generalista, distinto do
pensamento empírico.
Os saberes escolares decorrentes dos conhecimentos disciplinares,
científicos e formais, são vistos como diferentes do conhecimento do senso comum,
do conhecimento tácito. A escola é instituição pertinente para contribuir com
aprendizagem para o desenvolvimento da cognição, no desenvolvimento de formas
de pensamento de grau superior de generalização. A esse respeito, Oliveira (2000),
aponta que nem sempre a escolarização promove o desenvolvimento dos processos
52cognitivos.
Na prática pedagógica é importante, conhecer e compreender como se
realiza o processo de desenvolvimento cognitivo dos alunos.
No ensino tradicional, a aprendizagem valoriza a capacidade de imitação,
reprodução e memorização do conhecimento. O aluno aprende por seguir modelo,
observa e copia, repete e memoriza, no qual, o professor é o modelo referencial.
Os atuais projetos pedagógicos têm assumido uma nova perspectiva de
aprendizagem com proposições de desenvolvimento da cognição com base nos
fundamentos piagetianos ou conforme as proposições de Vygotsky, em que a
aprendizagem desenvolve-se da relação entre os sujeitos e com o meio, na escola
entre as pessoas e entre o sujeito e o conhecimento, mediada pela ação do
professor e dos instrumentos que ele utiliza para desenvolver suas aulas. A
aprendizagem exige sempre uma atividade do sujeito na interação estabelecida
entre ele e o conteúdo a ser aprendido, pois, antes da aprendizagem, é necessário o
desenvolvimento das funções psicológicas, condições biológicas e dos esquemas
cognitivos.
Nas proposições Vygotskyanas, a aprendizagem é compreendida como
resultante da interação entre os processos externos e internos da cognição. Na
efetivação da cognição, o sujeito opera frente a um fato, um objeto, uma
circunstância, um conhecimento. A interação do sujeito no mundo promove a
integração do conhecimento novo ao existente, realiza a desconstrução de
preconceitos, possibilita novos procedimentos de ação. Uma boa aprendizagem
produz sentido, mudanças significativas e duradouras.
O sujeito constitui-se por interação, por relação, por mediação. Oliveira
(1992) explica que na elaboração dos processos mentais superiores, as
representações dos objetos, acontecimentos e situações do mundo real são as
coisas com as quais os sujeitos realizam esses processos. Para efetivar a cognição
é empregado um sistema de símbolos para manipular as representações mesmo
quando os acontecimentos, fatos e objetos estão ausentes. Essa capacidade de
representação simbólica, permite pensar sobre coisas passadas ou futuras,
inexistentes, formular planos, projetos, intenções no tempo e no espaço.
No processo de ensino-aprendizagem, a relação é interativa entre
professor e aluno, pois ambos são sujeitos ativos, seres concretos (sócio-históricos),
53situados numa classe social e o professor é autoridade competente que direciona o
processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do
conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.
O método de ensino é a prática social, decorrendo das relações
estabelecidas entre conteúdo método e concepção de mundo, confrontando os
saberes trazidos pelo aluno com o saber elaborado, na perspectiva da apropriação
de uma concepção científico/filosófica da realidade social, mediada pelo professor,
incorporada a dialética como teoria de compreensão da realidade e como método de
intervenção nesta realidade. Fundamenta-se no Materialismo Histórico Didático:
ciência que estuda os modos de produção; e os fins a serem atingidos é que
determinam os métodos e processos de ensino-aprendizagem. Os passos do
método da prática – social:
Prática social (ponto de partida): -Demonstração do domínio teórico do conteúdo e no seu uso pelo aluno,
em função das necessidades sociais a que deve responder.
-Conhecimento teórico-prático.
-Conteúdos contextualizados.
-Conteúdos conceituais, científicos, históricos, econômicos, ideológicos,
políticos, culturais e educacionais.
-Teorização sobre a prática social.
-Zona de desenvolvimento imediato do educando.
-Explicitação dos principais problemas da prática social.
-Identificação e discussão.
-Transformação do conteúdo em questões problematizadoras.
Problematização:-Transição entre a prática e a teoria.
-Transição entre cotidiano e cultura elaborada.
-Momento para detectar as questões que precisam ser resolvidas no
âmbito da prática social e, em consequência, que conhecimentos são
necessários a serem dominados.
“A problematização é um desafio, ou seja, é a criação de uma
54necessidade para que o educando, através de sua ação, busque o conhecimento”
( Gasparin, 2003, p. 35)
Instrumentalização:
-Apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais
necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que
vivem.
-Procedimentos didáticos: desenvolver ações conjuntas, assumir postura
de co responsabilidade e parceria, respeitar a faixa etária, ser criativo,
disponibilidade para o diálogo,cuidar da expressão e comunicação como
instrumento de aprendizagem, novas tecnologias: informática,
computador, multimídia, internet, CD-ROM, lista de discussão, correio
eletrônico.
Catarse ( situação que provoca a solução de um problema)-Momento em que o aluno se aproxima da solução do problema.
-É quando o conteúdo empírico se torna científico, passagem da ação
para a conscientização.
-Incorporação dos instrumentos culturais, transformados em elementos
ativos de transformação social.
Prática social ( ponto de chegada ):-Retorno a pratica social, com o saber concreto pensado para atuar
e transformar as relações de produção que impedem a construção de
uma sociedade igualitária.
-A compreensão sincrética dos alunos no ponto de partida é agora
elevada ao nível sintético;
-Visão sintética ( elaborada, sistematizada, explícita,
orgânica, compreendida );
-Reduz-se a precariedade da síntese do professor (fragmentação) no
ponto de partida, para uma compreensão mais orgânica no ponto de
chegada- visão de totalidade.
-O consenso, é o ponto de chegada;
55-A educação, põe-se a serviço da referida transformação das relações de
produção.
A função da avaliação nesta tendência é de prática emancipadora,
diagnóstica (permanente e contínua), sendo o meio de obter informações
necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para a
intervenção/reformulação desta prática e dos processos de aprendizagem, o aluno
toma conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as
mudanças necessárias.
11.8 MÉTODO DIALÉTICO
A educação, é um processo histórico, global e dialético de compreensão
da realidade tendo em vista a sua transformação. A escola, é um espaço onde se
desenvolve um processo de ação-reflexão-ação comprometido com ações
transformadoras, deslocando-se para a práxis social e a questão central está na
relação dialética da compreensão-transformação, e o centro do processo desloca-se
para a práxis social de alunos e professores.
1- Princípio da totalidade: tudo se relaciona, a natureza se apresenta
como um todo coerente em que os objetos e os fenômenos se
relacionam entre si.
2- Princípio do movimento: tudo se transforma, a natureza e a
sociedade não são entidades acabadas, mas em contínua
transformação.
3- Princípio da mudança qualitativa: as transformações podem
assumir diferentes ritmos, passando por períodos de aceleração, que
precipitam alterações qualitativas.
4- Princípio da contradição: consiste na unidade e luta dos contrários, a
transformação das coisas só é possível porque no seu próprio interior,
coexistem forças opostas tendendo simultaneamente unidade e
oposição.
O método dialético é uma visão da realidade, do mundo, do homem e da
história, que resulta no desenvolvimento através da luta. A realidade que o método
dialético analisa e reconstrói é sempre uma realidade concreta, palco de
56movimentos e transformações constantes. É prático, pois na práxis, ou seja, no
conjunto das atividades humanas que o homem deve demonstrar a realidade.
É o modo de pensarmos as contradições da realidade e sua permanente
transformação. As características essenciais desse método são: espírito crítico e
auto crítico, questionador e contestador.
11.9 EDUCAÇÃO ESPECIAL
O tema inclusão e diversidade, são temas que vêm permeando as
discussões na área educacional na última década. Entretanto não significa que ao
se discutir entre estas duas temáticas, estejam se efetivando práticas concretas de
discussões e enfrentamento de epistemologias sobre a diversidade de sujeitos que
se encontram marginalizados no processo social e educacional de nossas escolas,
ou que na maioria das vezes são expropriados de ter o acesso a uma educação de
qualidade independente de suas diferenças individuais.
Os indivíduos ou sujeitos sociais são dotados de diferenças, identidades
que são determinadas ou influenciadas pelo contexto social e histórico da realidade.
A aprendizagem no âmbito escolar e educacional, pressupõe por parte de
todos o reconhecimento das multiculturas, advindas das mais complexas
transformações determinadas pelo modo de produção social e que refletem a
necessidade de redimensionar as práticas por parte dos educadores e sistemas
políticos. Tais práticas podem ter como objetivo reconhecer e garantir os direitos
sociais ''daqueles''1 que sofreram ou sofrem exclusão social.
Pensando sobre este contingente de grupos sociais que historicamente
foram e ainda são silenciados e segregados de nossa sociedade capitalista, é que
vimos como relevantes à implementação e ações educacionais de políticas públicas,
para de forma concreta possam promover o reconhecimento político e social dos
excluídos e marginalizados.
As políticas educacionais e seus sistemas de ensino (escolas) devem
reconhecer e atender á diversidade social, (econômica e cultural de seus alunos).
1 Refere-se aos moradores do campo, populações indígenas, grupos afro-descendentes,
pessoas que apresentam necessidades especiais, oriundas ou não de deficiências.
57Desta maneira o Colégio Estadual Octávio Tozo juntamente com a secretaria de
Estado da Educação e sob instrução Nº 17/01 estabelecem critérios para o funcionamento da sala de recursos para o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, na área da Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos.
Com este propósito, sendo uma das metas, é a apresentação de
propostas e encaminhamentos pedagógicos que possibilitem um atendimento digno
aos educandos com necessidades educacionais especiais e as demais áreas das
deficiências destes alunos no contexto escolar, possibilitando uma real participação
no processo de aprendizagem.
A educação especial no campo educacional é uma área de estudos e
práticas educacionais relativamente nova. Nos estudos da Pedagogia foi constituída
em meados do séc XX e por volta da década de 60 passou a integrar a organização
das secretarias de estado da educação como um elemento em funcionamento dos
sistemas de Ensino. Sendo um fato educacional pioneiro no Paraná em 1963. Este
momento histórico definiu a Educação Especial como parte integrante do sistema de
ensino em meio às contradições existentes no contexto geral de educação, e que
atualmente ainda se constituem enquanto uma prática, decorrentes de suas formas
de participação no mundo capitalista.
Segundo as novas políticas educacionais, a Educação Especial amplia
seu intento de atuação procurando atender a diversidade de alunos com
necessidades educacionais especiais, e que não necessariamente apresente
alguma deficiência, mas atender a todos aqueles que precisam de ações e olhares
pedagógicos específicos as suas necessidades de aprendizagem.
Mas quais as implementações e práticas reais por meio das escolas
para que isto se efetive?
Quais as iniciativas práticas educacionais isoladas são desenvolvidas
por meio das políticas que realmente se efetivam dentro de suas
limitações e possibilidades?
Quais respostas educativas daremos aos alunos que supostamente
não têm a possibilidade de aprendizagem no coletivo às classes comuns?
Diversidade de alunos refere-se ao grupo de pessoas que por motivos
diversos não correspondem à expectativa de normalidade ditada pelos
58padrões sociais.
A Educação Especial consolida-se como área que tem por finalidade tais
objetivos:
exercer um poder de conscientização sobre os sujeitos, possibilitando a
mudança sobre concepção das pessoas com deficiência, para que estas
possam ser vistas como cidadãos com direitos e deveres na sociedade;
reconhecer o potencial para a aprendizagem dos sujeitos com
deficiências e ou necessidades especiais nas suas possibilidades
individuais, além do compromisso em atendê-los em nosso contexto
escolar comum;
aprender juntamente com todos que compõem a escola e a sua
comunidade administrar a convivência respeitosa e enriquecedora, com a
diversidade de nossos educandos;
socializar a todos o aparato histórico cultural dos conteúdos
curriculares;
elaborar metodologias pedagógicas diferenciadas que visem observar
as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetiva
-emocional);
subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de
aprendizagem para atingir o currículo da classe comum;
promover debates e discussões com representantes dos diferentes
segmentos de nossa sociedade escolar para resgatar o princípio do
trabalho educacional que realmente atenda a Educação Especial, no
referente a qualidade de ensino;
garantir ao aluno que apresenta comprometimento nas áreas de
desenvolvimento, atendimento educacional adequado;
1- Áreas do desenvolvimento1-Psicomotricidade
a-Esquema Corporal
b-Lateralidade
c-Estruturação e Organização Espacial
59d-Estruturação e Orientação Temporal
e-Tônus e Postura
f-Coordenação dinâmica Manual.
2- Cogniçãoa-Percepção (visual, auditiva, gustativa, olfativa, tátil e temporal)
b-Memória ( visual, auditiva e viso motora)
c-Atenção
d-Raciocínio
e-Conceituação
f-Linguagem
3- Desenvolvimento Afetivo- Emocional
4- Conteúdos Acadêmicos - Estes não diferem daqueles propostos para o Ensino
Fundamental com devidas adaptações atendendo às necessidades individuais.
Português 5ª a 8ª séries (noções básicas)
Linguagem escrita e oral
Matemática 5ª a 8ª séries (noções básicas)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 determina,
que a educação dos alunos que apresentam necessidades especiais deva ocorrer,
preferencialmente, na rede regular de ensino. Assim sendo, os serviços de educação
especial se inserem nos diferentes níveis da formação escolar (Educação Infantil,
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação Superior) e na interatividade com as
demais modalidades da educação escolar, favorecendo alunos e professore, dentro
dos princípios da escola inclusiva. Entendida como aquela que, além de acolher
todas as crianças, garante uma dinâmica curricular que contemple mudar o caráter
discriminatório do fazer pedagógico, a partir das necessidades dos alunos (BRASIL,
1998).
A temática vem sendo abordada nas reuniões dos Conselhos de Classe e
discutida com os professores, de forma a ficar claro que a inclusão ajuda a criança e
o jovem a elevar auto-estima, desenvolver a autonomia e respeitar seus colegas,
60pais e professores. Temos buscado novos recursos e novos posicionamentos na
educação inclusiva, diante do processo ensino – aprendizagem; recursos físicos e
didáticos são insuficientes em nossa realidade.
Os professores atendem esses alunos individualmente em sala de aula,
de forma que possam ajudá-los a superar tais dificuldades e a Equipe Pedagógica
escolar também procura atender isoladamente ao aluno, tentando auxiliá-lo no
possível para sua inclusão escolar.
Mais do que criar condições para os portadores de deficiência, a inclusão
é um desafio que implica mudar a escola como um todo, no projeto pedagógico, na
postura diante dos alunos, na filosofia... E não se trata apenas de admitir a matrícula
desses alunos – isso nada mais é do que cumprir a lei. O que realmente vale é
oferecer serviços complementares, adotar práticas diferenciadas na sala de aula,
adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia
educativa (GUIMARÃES, 2003).
Assim, a perspectiva que existe na escola é uma completa integração
entre crianças, jovens e adultos que convivem lado a lado, ajudando-se mutuamente
na tarefa de superar suas dificuldades.
11.10 DISCIPLINA
Segundo o autor Celso Vasconcelos (1994, p. 37), em seu livro
"Disciplina", a questão da disciplina é bastante complexa, uma vez que um grande
número de variáveis influenciam o processo de ensino – aprendizagem. No entanto,
apesar dessa complexidade, a verdade é que há um consenso sobre o fato de que
sem disciplina não se pode fazer nenhum trabalho pedagógico significativo. Resta
saber o que entendemos por Disciplina.
A disciplina pode ser entendida diferentemente: segundo a tarefa do
mestre é considerada como de puro ensino ou de educação e segundo o aluno é
considerado como uma simples inteligência a guarnecer de conhecimentos ou como
um ser a formar para a vida.
Numa primeira abordagem da disciplina, pode-se dizer que, em grandes
61linhas, disciplinar significa participar do esforço civilizatório e a escola nada mais
faria que colaborar com esse esforço geral. Ocorre, no entanto, que esta é uma
visão idealista, uma vez que, na verdade, não existe civilização em geral, mas
formas históricas de civilização, que no nosso caso corresponde ao modo capitalista
de produção, com sua divisão em classes sociais antagônicas; portanto, na nossa
realidade, no sentido geral, disciplinar corresponde a adequação à sociedade
existente; significa, pois, inculcação, domesticação, resignação à exploração, etc.
Esses métodos que permitem o controle minucioso das operações do
corpo, que realizam a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação
de docilidade, são o que podemos chamar as “disciplinas”.
Ganhamos clareza da disciplina que não queremos: a autoritária ou a
espontaneísta. O desafio agora é vislumbrar – e concretizar – a superação de
ambas.
O que almejamos em termos de disciplina? Buscamos construir uma nova
disciplina “que deixe de ser a expressão das relações sociais alienadas”.
Basicamente, podemos dizer que o objetivo é conseguir o auto-governo dos sujeitos
participantes do processo educativo, e dessa forma as necessárias condições para o
trabalho coletivo em sala de aula (e na escola), onde haja o desenvolvimento da
autonomia e da solidariedade, ou seja, as condições para uma aprendizagem
significativa, crítica, criativa e duradoura. Almejamos uma disciplina consciente e
interativa, marcada pela:
•Participação;
•Respeito;
•Responsabilidade;
•Construção do conhecimento;
•Formação do caráter e da cidadania.
A disciplina significa a capacidade de comandar a si mesmo, de se impor
62aos caprichos individuais, às veleidades desordenadas, significa, enfim, uma regra
de vida. Além disso, significa a consciência da necessidade livremente aceita, na
medida em que é reconhecida como necessária para que, um organismo social
qualquer, atinja o fim proposto.
Assim, não deve ter fim em si mesma; deve estar relacionada aos
objetivos maiores da escola, que deve formar o aluno como pessoa capaz de
pensar, de estudar, de dirigir ou de controlar quem dirige.
Antes de tudo, nossa disciplina deve ser sempre uma disciplina
consciente. Nossa disciplina, como fenômeno moral e político, deve vir
acompanhada de consciência, isto é, de uma noção do que é disciplina e para que a
necessitamos.
Esta é a moral, que consagra o que não deve fazer-se. Chama-se a isto
de disciplina da abstenção ou da inibição. Consideramos que a disciplina na
coletividade infantil deve ter um caráter: o impulso de avançar. Esta é a disciplina da
vitória, disciplina da superação. Podemos nos orgulhar da disciplina que chama
adiante, que exige algo do homem, algo maior que a inibição.
A disciplina, portanto, deve apontar os limites – como normalmente se faz,
mas também as possibilidades – geralmente esquecidas.
Numa visão dialética-libertadora, compreende-se que a disciplina se
constrói pela interação do sujeito com outros e com a realidade, até chegar ao
autodomínio; podemos afirmar, parafraseando Freire: “Ninguém disciplina ninguém.
Ninguém, se disciplina sozinho. Os homens se disciplinam em comunhão, mediados
pela realidade” (Vasconcelos 2000, p.41).
O educador, num primeiro momento, pode assumir a responsabilidade
pela disciplina, enquanto articulador da proposta, levando, no entanto, a classe a
assumi-la progressivamente. Tem como parâmetro não a sua pessoa, mas as
necessárias condições para o trabalho coletivo em sala de aula.
É importante destacar que: até hoje ninguém deu uma receita mágica que
faça com que os alunos, do dia para noite, transformem suas condutas e ajam de
63acordo com o esperado. De nada resolve enfileirar estudantes às portas da
Coordenação Pedagógica, esperando que de lá, voltem “curados”; tão pouco adianta
fingir que tudo está bem e continuar dando aulas de qualidade duvidosa, que não
atingem a todos e nem alcançam o seu fim.
O trabalho deve ser diário e cada professor precisa encontrar uma
suposta “fórmula”. Nos dias de hoje, quando os valores são tão pouco enaltecidos, é
necessário resgatá-los constantemente, mostrando que existem regras a serem
cumpridas de ambos os lados, cobrando, reforçando, agindo com firmeza e
segurança, traçando metas, firmando pactos, demonstrando que temos um trabalho
a fazer e que ele é sério, a ponto de não se concretizar sem o comprometimento de
todos.
Por mais árduo que pareça, é possível conquistar muito sucesso com
diálogo e compreensão, resolvendo os problemas que surgem com os próprios
alunos e no momento que acontecem (STUDERT, 2004).
Infelizmente, existem alguns casos de indisciplina que já foram analisados
e utilizados todos os recursos para a resolução do problema, resultando na
necessidade de utilizar-se das sanções previstas no regimento escolar conforme
seção V.
11.11 AVALIAÇÃO
A avaliação escolar é, antes de tudo, uma questão política, está
relacionada ao poder, aos objetivos, às finalidades, aos interesses que estão em
jogo no trabalho educativo,pois está relacionada a uma concepção de homem, de
sociedade e educação que queremos formar e ao Projeto Político Pedagógico da
instituição
Portanto, a avaliação:
É um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitando uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos.(Vasconcelos 2005, p. 53)
64Na pedagogia do Tecnicista, a nota é algo fora do processo educativo,
enquanto que na pedagogia da autonomia progressista, a avaliação remete ao
interior do próprio processo de ensino-aprendizagem.
A partir de uma concepção dialética de educação, supera-se tanto o
sujeito passivo da educação tradicional, quanto o sujeito ativo da educação nova,
em direção ao sujeito interativo.
A principal finalidade da avaliação no processo escolar é garantir a
formação integral do sujeito pela efetiva construção do conhecimento.
O Art. 24, inciso V, alíneas a,b,c,d e e, da LDB prevê que:
...V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
Dessa forma, determina que a avaliação da aprendizagem seja feita,
principalmente com base em aspectos qualitativos (desempenho em sala de aula) e
aspectos quantitativos (notas de provas e exames) que assumem um valor
secundário. Do mesmo modo, os resultados obtidos no decorrer do ano são
considerados mais importantes que os resultados obtidos nas provas finais.
No Estado do Paraná a avaliação deve atender ainda a Deliberação N.º
007/99 que estabelece:
Art. 19 - A avaliação deverá subsidiar permanentemente o professor e a instituição permitindo:I. o processo de avaliação sistemática;II. a organização ou reorganização das ações pedagógicas junto aos alunos;III - a observação, a reflexão e o diálogo, centrados nas manifestações de cada aluno, representando o acompanhamento do cotidiano escolar;
65IV. os registros sobre o desenvolvimento do aluno, de forma contínua.
Art. 20 - A avaliação deverá ter dimensão formadora, com o acompanhamento do processo contínuo de desenvolvimento do aluno e da apropriação do conhecimento, tornando-se o suporte para a ação educativa.§ 1.o - A avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem não terá caráter seletivo e será o indicador da necessidade de intervenção pedagógica.§ 2.o - Os registros elaborados durante o processo educativo deverão conter indicações sobre os diferentes aspectos do desenvolvimento e da aprendizagem do aluno.
Para os alunos com atraso escolar, a lei prevê a possibilidade de
aceleração de estudos bem como a possibilidade de avanços nos cursos e nas
séries mediante verificação do aprendizado além da obrigatoriedade da
recuperação, que deve ocorrer de preferência paralela ao período letivo.
No Colégio Octávio Tozo, a recuperação de estudos acontece ao final de
cada conteúdo trabalhado pelo professor, onde este faz uma retomada do mesmo
sanando as possíveis dúvidas e oportunizando aos alunos que por algum motivo
faltaram a aula ou perderam algum item trabalhado, o acesso ao mesmo. Isto
acontece antes dos momentos pontuais de avaliações sistemáticas realizadas
através de instrumentos como provas trabalhos escritos dentre outros.
A avaliação precisa ser diagnóstica, processual e contínua para que o
aluno construa sua autonomia. Levando em consideração que o aluno não
conseguiu alcançar os objetivos propostos no semestre, o professor deverá
acompanhá-lo em uma recuperação paralela a fim de recuperar os conteúdos
previstos, que deverá ser: relatórios e exposições, trabalhos extra classe, revisão
das avaliações, teste oral e escrito, com o objetivo de levar o aluno a assimilar o
conteúdo em estudo de forma mais abrangente levando-o a perceber as falhas
ocorridas no período normal.
Os alunos que mesmo após estes encaminhamentos não se apropriarem
satisfatoriamente, considerando a média 6,0 prevista pela SEED e estabelecida no
Regimento Escolar, ao final do semestre é realizada uma revisão geral dos
conteúdos trabalhados e uma nova verificação com uso de um novo instrumento
avaliativo.
6611.12 ASSEMBLÉIAS ESCOLARES – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
As Assembleias Escolares, são momentos de avaliação de todos os
aspectos que envolvem o processo pedagógico: desde estrutura física da escola,
gestão escolar, trabalho pedagógico realizado pelos professores, participação dos
alunos.
Participam das assembleias alunos professores, equipe pedagógica.
Durante o semestre é reservado um espaço no qual os alunos registram felicitações
e críticas do período. Ao final do semestre, é realizada a reunião com a turma,
professor regente e Pedagogo, para discussões dos pontos levantados e sugestões
de melhoria, que são registrados em livro ata próprio.
Compreendemos que através desta prática, além de avaliarmos e
redimensionarmos as ações da escola, estamos construindo uma concepção de
Gestão Democrática promovendo a participação efetiva dos envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, compreendendo a importância da mesma como mecanismo
de intervenção política emancipadora.
As Assembleias Escolares estão sendo instituídas neste último semestre
e deverão acontecer semestralmente a partir do próximo ano letivo.
Embora a experiência está sendo positiva, no entanto, reconhecemos a
necessidade de extensão desta prática visando incluir no processo gradativamente
os pais de alunos, agentes educacionais e os demais segmentos neste momento
importante da Avaliação Institucional.
11.13 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A Recuperação de estudos acontece ao final de cada conteúdo trabalha
pelo professor onde este faz uma revisão/retomada do mesmo tirando as possíveis
dúvidas e oportunizando aos alunos que por algum motivo faltará aula ou perderam
o conteúdo. Esta se dá, antes dos momentos pontuais de avaliações sistemáticas
realizados através de instrumentos como provas, trabalhos.
Em casos de alunos, que mesmo após esta recuperação de estudos, não
se apropriam satisfatoriamente, considerando a média 6,0 (seis) prevista pela SEED
e que consta no Regimento, ao final do semestre é ofertado uma revisão geral dos
67conteúdos trabalhados e realização de uma nova forma de recuperar.
11.14 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é o órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com responsabilidade de analisar as
ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do
processo ensino aprendizagem.
Concebendo o Conselho de Classe com um dos momentos de efetivação
da Gestão Democrática que propicia a participação de todos os segmentos da
escola na discussão e avaliação das questões pedagógicas, o Conselho de Classe é
realizado bimestralmente, e em três (03) momentos específicos:
Pré-Conselho com o professor de cada disciplina e equipe
pedagógica; onde são apontados os avanços e dificuldades de cada
aluno em relação à aprendizagem do conteúdo da disciplina, também
avalia-se as estratégias metodológicas e encaminhamentos realizados
pelo professor com o objetivo de redimensionar os aspectos que se fazem
necessários ao processo ensino-aprendizagem, visando melhorar a
qualidade da educação.
Professor Regente, Pedagogo e Turma, onde o professor regente e a
pedagoga, realizam a avaliação de vários aspectos, relacionados a
prática pedagógica dos professores incluindo metodologias, conteúdos,
avaliações, instrumentos avaliativos, pontos positivos e negativos e
sugestão de melhoria. Analisam também o desempenho dos alunos no
processo de construção do conhecimento.
Participação do diretor, equipe pedagógica, docentes, agentes
educacionais I e II e representantes dos alunos, onde são expostos, as
questões levantadas nos momentos anteriores para discussão, análise e
encaminhamentos.
Os representantes das Instâncias Colegiadas externas, APMF, Conselho
Escolar, Grêmio Estudantil, são convidados a participar. No entanto devido à
distância da escola e as atividades específicas das atividades no campo, na maioria
das vezes os membros que participam são os professores, alunos e funcionários,
68que já se encontram na escola.
Precisamos avançar no sentido de ampliar a participação das instancias
externas, no processo de avaliação de todos os segmentos da escola. As
Assembleias Escolares implantadas no segundo semestre do ano 2010,
caracterizam-se como um avanço neste sentido.
12. RELATÓRIO AVALIATIVO DE APLICAÇÃO DA PROPOSTA EM 2010
Com relação à aplicação da proposta em 2010 pode-se dizer que a escola
atingiu os objetivos esperados no que se refere a ensino – aprendizagem;
desenvolvimento de projetos, ações voltadas à participação da comunidade e
principalmente na implementação e desenvolvimento do tema gerador o qual
trabalha-se dentro das necessidades da comunidade, onde repensamos a prática
pedagógica valorizando as iniciativas inovadoras que já estão acontecendo.
Não se tem resultado positivo no que diz respeito às metas de
recuperação e ampliação da área física, tendo em vista o envolvimento de recursos
financeiros que não dependem da administração escolar, ou seja, envolve valores
muito altos que não podem ser bancados pela escola e sim pela entidade
mantenedora – o Estado.
Em relação aos laboratórios de Química, Física e Biologia, recebemos os
kits para desenvolverem as experiências nestas áreas, porem não conseguimos os
espaços físicos para a instalação dos mesmos.
Avaliamos como positivo também, a conquista da Sala de Recursos que
vem proporcionando um melhor rendimento e aproveitamento escolar dos alunos
que apresentam dificuldades de aprendizagem ou defasagem nos conteúdos.
Devido a este atendimento conseguimos diminuir o índice de reprovação e melhorar
a qualidade do ensino.
Ainda conseguimos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a
média de 47,7 pontos ( soma o resultado das provas objetivas e redação),
superando a média Nacional que é de 42,8 pontos. Somos a segunda maior média
do ensino público da Rede Estadual pública de Cascavel.
6912.1 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Levando em conta que o processo de elaboração do Projeto Político-
Pedagógico, é coletivo e por isso demanda reuniões pedagógicas, tempo para
estudo e aprofundamento teórico, estamos discutindo e elaborando gradativamente
os textos referentes a cada tópico proposto em especial os marcos: Situacional,
Conceitual e Operacional.
No decorrer deste ano letivo, conseguimos avançar significadamente em
relação à elaboração das propostas curriculares das disciplinas e do plano de
trabalho docente, pois, nos momentos de parada pedagógica e replanejamento,
priorizamos o estudo do Plano de Trabalho Docente, definindo conteúdos
estruturantes, conteúdos básicos, encaminhamento metodológico e recursos,
critérios e instrumentos de avaliação, concepção de ensino aprendizagem, de
avaliação, papel do professor como mediador do processo ensino aprendizagem.
Este processo ocupou grande parte do tempo disponível para estudos,
especialmente nas disciplinas que não têm professores com formação na área
específica, pois, exige um tempo maior de professores e da equipe no conhecimento
e compreensão destas disciplinas.
Entretanto as discussões, têm sido produtivas, pois, percebemos que as
concepções de ensino, aprendizagem, avaliação, estão ficando mais claras para o
grupo o que tem possibilidade de avanços no processo ensino-aprendizagem,
principalmente em relação à avaliação, recuperação, a partir da definição de critérios
avaliativos mais coerentes, condizentes com os conteúdos específicos.
Ainda precisamos avançar em relação aos instrumentos avaliativos em
algumas disciplinas e na compreensão do método. Em relação ao planejamento das
atividades escolares como um todo, os espaços de discussão coletiva previstas em
Calendário e Hora Atividade, não são suficientes para aprofundar as discussões.
Outro fato que dificulta é o grande número de professores bem como a
rotatividade dos mesmos na escola, o que dificulta continuamente no trabalho além
da formação dos professores que tem linhas teóricas divergentes a proposta das
Diretrizes Curriculares do Estado do Parana e do Projeto Politico-Pedagógico.
7013. MARCO OPERACIONAL
13.1 COMUNIDADE ESCOLAR
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais
da educação atuantes na escola, estudantes devidamente matriculados, pais e/ou
responsáveis, e comunidade do entorno da escola, isto é, associação de moradores,
igreja, empresários locais, clube de mães, movimentos sociais. Podemos citar ainda
as instâncias colegiadas, APMF, Conselho Escolar e o Grêmio Estudantil.
Em nossa comunidade há uma participação consciente e responsável de
grande parte da comunidade escolar, o que vem possibilitando a execução de
diversos projetos que tem contribuído para a melhoria das condições físicas e
pedagógicas da escola.
13.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
No Ensino Fundamental a Base Nacional Comum é composta pelas
disciplinas: Ciências, Arte, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia, História,
Matemática e Língua Portuguesa; na Parte Diversificada a disciplina de Língua
Estrangeira Moderna - Inglês.
No Ensino Médio a Base Nacional Comum é composta pelas disciplinas:
Biologia, Arte, Educação Física, Geografia, Física, História, Língua Portuguesa,
Matemática , Química, Filosofia e Sociologia; na Parte Diversificada a disciplina de
Língua Estrangeira Moderna- Inglês, como disciplina de matrícula obrigatória e
Língua Espanhola de matrícula facultativa e será ofertada no período de contra turno
no CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna).
13.3 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Primeiramente, é preciso considerar que a escola, instituída no projeto da
modernidade tem a função social de construir as bases de uma nova sociedade pela
71emancipação da razão humana, buscando a estabilidade de seu projeto pedagógico
na definição do conceito de homem, no entendimento do seu processo de
desenvolvimento e na projeção de uma sociedade mais humana, justa e igualitária .
O projeto escolar propõem-se a contribuir para o alcance desses objetivos
por meio de um currículo sistematicamente organizado e capaz de conduzir o
educando à mudança de atitude pelo domínio de conhecimentos científicos
necessários a compreensão da realidade social possibilitando-lhe a intervenção na
sociedade em que vive.
Portanto, a dimensão política se fortalece e se evidencia nas opções
curriculares e se está inevitavelmente comprometido com aquilo que se propõe e se
coloca em prática no âmbito da escola – uma vez que os significados imbricados nas
práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e atitudes que
definem posições de poder – e, na dinâmica destas relações.
Assim, o ponto de partida de uma proposta pedagógica deve ser a
compreensão de que a escola está inserida na complexidade do mundo social
histórico, articulando processos de relações de poder e saber. Essas relações são
constituídas de elementos culturais, éticos, políticos e ideológicos que produzem um
conhecimento legítimo e determinante com base nos quais são construídas as
organizações que conduzem e orientam a vida social.
Desse modo, o currículo elaborado como elemento dinâmico de uma
proposta pedagógica deve ser visto como “matéria significante”, onde se
estabelecem conflitos, na disputa pela hegemonia na atribuição dos sentidos. Tudo
aquilo que estrutura e organiza a vida na escola reflete essa disputa, reforça
posições e traduz as opções feitas na condução política do projeto pedagógico.
É nessa perspectiva que a proposição de um currículo democrático
implica perceber essas relações, respeitar a diversidade cultural presente na
sociedade, valorizando as expressões e saberes que compõe as diferenças. Porém
esse currículo precisa instrumentalizar os sujeitos através do conhecimento
cientifico, universal para que eles possam compreender a realidade social como
produzida historicamente pelo conjunto de ações e relações sociais estabelecidas
72entre os homens e fazer dele um campo aberto à produção de significados,
permitindo a criatividade, a inovação, abrindo espaços para a pluralidade de saberes
e expressões culturais.
Então, a primeira tarefa dos professores e demais responsáveis pela
organização da proposta pedagógica da escola é, ainda conhecer a realidade por
meio de um diagnóstico que permita caracterizar os elementos históricos e culturais.
Perceber o currículo nessa dimensão como espaço de conflito e dar lugar
à diversidade não significa abdicar do direito e compromisso de propor alternativas.
Apenas amplia o desafio de romper com estruturas tradicionais para que,
respeitando as diferenças a escola proporcione condições de aprendizagem a todos.
Uma consideração fundamental é a de que os conteúdos não poderão
mais ser vistos como mera listagem de informações, mas sim como elementos
mediadores entre o mundo concreto das vivências do educando e o conhecimento
científico, que fornece explicações legítimas para os fenômenos sociais e naturais,
dando sustentação ao desenvolvimento da tecnologia usada hoje em todos os
setores da vida moderna.
Centrar a organização dos conteúdos na estruturação de conceitos
implica usar as informações como instrumento para estimular a reflexão e o
estabelecimento de relações significantes, já que a exploração dessas informações
na sala de aula, em situações didático-pedagógicas, não busca a assimilação
objetiva de um saber específico, mas cria condições para o domínio de códigos que
serão requisitos para a aprendizagem. (SANTIAGO apud VEIGA, 2001).
É importante destacar que o Ensino Fundamental compõe, juntamente
com a Educação Infantil e o Ensino Médio, o que a nova Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 – nomeia como Educação Básica e que tem
por finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em
estudos posteriores” (BRASIL, 1998, p. 41).
Sendo assim, a função da escola em proporcionar um conjunto de
73práticas pré-estabelecidas tem o propósito de contribuir para que os alunos se
apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. A escola,
ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuar com compromisso
social, político e dignidade na sociedade, buscará eleger, como objeto de ensino
conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que marcam cada
momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação, são as consideradas
essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e deveres.
O conhecimento é, então apontado como recurso controlador e fator de
produção decisivo de inserção social. Esse fato tende a mudar fundamentalmente a
estrutura da sociedade, criar novas dinâmicas sociais e econômicas, como também
novas políticas. Trata-se de ter em vista a formação dos estudantes para
desenvolvimento de suas capacidades, em função de novos saberes que se
produzem e que demandam um novo tipo de profissional. Formação para o mundo
do trabalho
O Ensino Médio é parte da Educação Básica, que é direito
constitucionalmente garantido ao cidadão e deve assegurar-lhe uma formação de
qualidade para que o mesmo possa compreender-se como sujeito do processo
histórico e entender as relações que estão postas na sociedade como determinantes
de sua condição social, possibilitando -lhe a intervenção nessa sociedade. Por isso,
propõem-se um currículo baseado no domínio de conhecimentos básicos e não no
acúmulo de informações. E ainda um currículo que tenha vínculos com os diversos
contextos de vida dos alunos.
13.4 DESAFIOS COMTEMPORÂNEOS
A sociedade atual exige que a escola além dos conhecimentos científicos
das diferentes áreas do conhecimento, trabalhe com demandas que também
possuem uma historicidade fruto das contradições da sociedade capitalista oriundos
dos anseios dos momentos sociais que buscam pelo processo democrático
conquistar seu espaço social.
Estas demandas, compõe os denominados Desafios Contemporâneos a
74saber:
Educação Ambiental;
Educação Fiscal;
Cidadania e Direitos Humanos;
Enfrentamento e Violência na Escola;
Educação para as Relações Étnicas Raciais;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Educação Escolar Indígena;
Gênero e Diversidade Educacional (Inclusão Educacional);
Cultura Afro Brasileira e Africana;
Educação Indígena;
Educação do Corpo;
História do Paraná.
Estas temáticas são trabalhadas de forma integrada às disciplinas, sendo
mais aprofundadas conforme as demandas da comunidade escolar, sendo que
algumas das temáticas são sugeridas solicitadas pelos próprios pais em reuniões ou
quando compareceu a escola para saber do rendimento de seus filhos ou solicitados
pelos próprios alunos que participam da avaliação das atividades desenvolvidos pela
escola em Conselho de Classe, avaliação da turmas, do trabalho pedagógico como
um todo, nas assembleias escolares com que estão sendo implantadas neste
segundo semestre.
Além das atividades integradas aos conteúdos das disciplinas, a escola
desenvolve projetos específicos em algumas áreas ou ainda no Viva Escola como é
o caso do Projeto “Conhecer para Valorizar o Campo”, tendo em vista a localização
da escola no espaço rural visando a valorização de cultural local.
75O grupo compreende que é preciso superar a fragmentação que ainda
ocorre nas atividades que são desenvolvidas através dos projetos e acredita que
alguns fatores como a falta do quadro fechado no início do ano letivo, a rotatividade
de professores dificulta a totalidade do processo.
13.5 AGENDA 21
As atividades relacionadas a Agenda 21, estão sendo trabalhados de
forma integrada as disciplinas e projetos.
A escola desenvolve no primeiro semestre, um trabalho específico
relacionado a questão ambiental, buscando relacionar os aspectos do
desenvolvimento econômico, social e tecnológicos aos impactos ambientais, bem
como as possibilidades do uso sustentável dos recursos naturais visando minimizar
os impactos causados pela ação humana possibilitando a continuidade da vida no
planeta, resguardando o direito das próximas gerações/a viabilidade da subsistência
da vida humana no planeta.
Neste ano o tema escolhido foi a preservação do solo , dando
continuidade ao trabalho de prevenção ambiental (associado a água, coleta de lixo,
jardinagem, cuidado com o ambiente escolar, fontes renováveis de energia...) que já
vêm sendo trabalhados pela escola.
13.6 CULTURA AFRO- BRASILEIRA
A Lei 11.645/02 que altera a Lei Federal Nº 10.639/2003, alterou também
a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional, incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade
da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.A equipe pedagógica tem
realizado orientação aos professores em relação à organização dos Planos de
Trabalho docente para que neste, sejam contemplados os conteúdos referentes a
cultura afro-brasileira em cada disciplina. Também estão sendo utilizados materiais
enviados pela Secretaria Estadual de Educação.
76O grupo apresenta algumas limitações em colocar em prática a
legislação, devido à falta de clareza em relação à especificidade do trabalho,
incorrendo na dúvida se esta forma de discutir o conteúdo realmente ajuda a
diminuir o preconceito, ou aumenta ainda mais a segregação, visto que, em algumas
disciplinas, a abordagem é pontual, o que demonstra a necessidade de
aprofundarmos a discussão.
Estamos prevendo momentos coletivos de estudo a respeito do tema
envolvendo professores e demais funcionários. A escola tem realizado Amostra dos
trabalhos realizados no decorrer do ano letivo no dia vinte de novembro,''Dia
Nacional da Consciência Negra” definido pela referida lei.
13.7 PREVENÇÃO - Drogas e Sexualidade
A escola realiza projetos específicos que abordam a temática de forma
integrada aos conteúdos das diferentes áreas do conhecimento.
A discussão sobre a inclusão da temática da sexualidade das escolas de
ensino fundamental e médio vem se intensificando desde a década de 70,
provavelmente em função das mudanças comportamentais dos jovens dos anos 60,
dos movimentos feministas e de grupos que pregavam o controle da natalidade.
Com diferentes enfoques e ênfases, há registros de discussões e de trabalhos em
escolas desde a década de 20.
A retomada contemporânea dessa questão deu-se juntamente com os
movimentos sociais que se propunham, com a abertura política, repensar o papel da
escola e dos conteúdos por ela trabalhados. Mesmo assim não foram muitas as
iniciativas tanto na rede pública como na rede privada de ensino.
A partir de meados dos anos 80, a demanda por trabalhos na área da
sexualidade nas escolas aumentou em virtude da preocupação dos educadores com
grande crescimento da incidência de gravidez in- desejada entre as adolescentes e
com o risco da infecção pelo HIV (vírus da Aids) entre jovens.
A orientação sexual na escola é um dos fatores que contribui para o
conhecimento e valorização dos direitos sexuais e reprodutivos. Estes dizem
respeito à possibilidade de que homens e mulheres tomem decisões sobre sua
fertilidade, saúde reprodutiva e criação de filhos, tendo acesso às informações e aos
77recursos necessários para implementar suas decisões.
Em nossa comunidade enfrentamos o fato de várias famílias terem
valores conservadores e professar alguma crença religiosa, sendo assim não
dialogam com seus filhos o que resulta em gravidez na adolescência ou posturas
inadequadas, frente à sua sexualidade. Daí a necessidade deste projeto onde
estaremos de forma clara e ao mesmo tempo sutil informando nossos alunos a se
valorizarem e terem respeito por seu corpo e por sua própria vida.
13.8 ESTUDOS SOBRE O PARANÁ
A Lei 13.381/01, estabelece o Ensino da História do Paraná nas escolas
públicas.
O estudo sobre o Paraná, acontece de forma integrada as disciplinas que
formam a grade curricular. O estudo do Paraná ,parte da totalidade para a
peculiaridade dos aspectos econômicos, políticos, físicos (hidrografia, relevo
vegetação, localização... ) e culturais.
Verificamos a fragilidade em relação à especificidade dos conteúdos
sobre o Paraná da forma como vem sendo trabalhados.
Compreendemos que por força da Lei os professores são orientados a
trabalhar este conteúdo de forma interdisciplinar, porem a dificuldade em reunir
todos os professores no início do ano (semana de capacitação) para planejar
coletivamente a integração deste conteúdo nas diferentes áreas do conhecimento
acaba restringindo-o as disciplinas de História, Geografia e Arte.
Deste modo a Equipe Pedagógica tem proposto em momentos de Hora
Atividade a elaboração de PTD a inclusão da temática nas aulas.
13.9 COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
Atividades de Complementação Curricular, são atividades realizadas em
período de contra-turno e tem como objetivos viabilizar o acesso, permanência e
participação dos educadores em atividades pedagógicas de seu interesse,
possibilitar aos educandos, maior integração na comunidade escolar interagindo
com colegas, professores e comunidade. Oportunizando aos alunos que se
78encontram em situação de vulnerabilidade social, outras formas de acesso ao
conhecimento.
A seleção das atividades que farão parte da complementação curricular é
realizada nos momentos de discussão sobre as demandas da escola, onde são
apontados temáticas que devem ser abordadas nas atividades de complementação
curricular, para o ano seguinte.
13.9.1 CELEM
Nosso estabelecimento de ensino está localizado na Região Oeste do
Paraná fronteira com o Paraguai e Argentina, cuja língua oficial é o Espanhol.
Muitos de nossos alunos são oriundos de assentamentos, cujas famílias residiram
por algum tempo no Paraguai. Destaca-se ainda que a Rede Municipal de Cascavel
tem em sua grade curricular a disciplina de Espanhol e, portanto a oferta da Língua
espanhola pelo CELEM é uma opção da escola para dar continuidade aos estudos
dessa língua estrangeira.
Destacamos ainda a ampliação das relações comerciais entre os países
da América Latina, sendo assim aumenta-se a necessidade do domínio da língua
mais falada nessa porção do continente. Logo, a escola estará oportunizando os
instrumentos (conhecimentos) necessários para a inserção deste aluno no mundo do
trabalho, além de e ampliar seus conhecimentos a respeito da cultura latino
americana.
Neste sentido, o ensino de Língua Espanhola, por meio do CELEM, vem
oportunizar aos alunos da Rede Pública Estadual o aprendizado desta língua, de
forma que se apropriem dos conteúdos historicamente produzidos para poderem se
comunicar, efetivamente, em todos os contextos.
Aprender Espanhol não é somente importante do ponto de vista
econômico e comercial, mas principalmente cultural e universal, uma vez que,
apropriar-se dessa língua falada por milhões de pessoas é apropriar-se de diferentes
culturas e, consequentemente, da produção humana. No caso dos brasileiros, é
compreender a realidade de “nossos irmãos”, pois, como afirma Sedycias (2005, p.
65),a aprendizado da língua espanhola possibilita:
79[...] formar brasileiros capazes de interagir com estrangeiros, não só espanhóis, mas também, e principalmente, chilenos, argentinos, venezuelanos, uruguaios, mexicanos e tantos outros latino- americanos – povos com os quais compartilhamos fatos históricos e realidades atuais muito semelhantes.
Diante do exposto, o ensino da língua espanhola na Região Oeste do
Paraná, assim como no Colégio Estadual Octávio Tozo Ensino Fundamental e
Médio; justifica-se para atender a demanda existente. Registramos ainda a procura
dos alunos pelo curso de Língua Espanhola.
13.9.2 VIVA A ESCOLA
Conhecer para valorizar o Campo
O Colégio Estadual Octávio Tozo, atende alunos de doze comunidades,
que desempenham atividades agropecuárias, desenvolvida em pequenas
propriedades com uso de mão- de- obra familiar. Tendo em vista está especificidade
entendemos a necessidade de desenvolver um estudo aprofundado a respeito da
questão econômica e cultural do campo, bem como estimular as atividades de
pesquisa que tem mostrado como um mecanismo importante no que se refere ao
desenvolvimento da cognitivo e a preservação da memória, dos costumes e festas
que promovem a unidade sociocultural local. A preservação da memória é uma
possibilidade de reinterpretação do passado, na constituição do espaço vivencial, no
cotidiano e no presente.
Pretende-se que a escola organize um acervo, com fotos, narrativas,
objetos que fizeram e fazem parte da história das comunidades, perpassando pela
história da Região Oeste do Paraná, através da investigação científica. São objetivos
desta atividade:
Resgatar a memória histórica e cultural de cada comunidade;
Compreender o desenvolvimento da agricultura e dos instrumentos de
trabalho no decorrer do tempo e sua relação com os aspectos
econômicos;
Compreender que o conhecimento histórico é produzido com base no
método de problematização de distintas fontes documentais e textos
80historiográficos a partir, dos quais, o pesquisador produz a narrativa
histórica e que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar
ou complementar a produção historiográfica já existente.
Para participar das atividades são selecionados os alunos com dificuldade
de aprendizagem e convívio social ( tímido, baixa-estima, indisciplinados) de
comunidades diferentes.
Laboratório de Matemática
De acordo com Struik, Ifrah, a matemática está presente na vida do
homem desde os tempos mais remotos, sendo utilizada em situações práticas
relacionadas ao pensamento abstrato tendo em vista a importância de materiais
pedagógicos para auxiliar à pratica pedagógica, visando uma melhor compreensão
dos conteúdos por parte dos nossos educandos, percebemos a importância que esta
proposta representa para nossa comunidade escolar, uma vez que pretende-se
enriquecer as aulas de matemática com a construção e utilização de material
pedagógico manipulável. Sabemos que estes materiais de apoio como jogos,
quebra-cabeças, desafios, estimulam a participação, desenvolvem as funções
psicológicas superiores e favorecem a aprendizagem dos alunos, por estes motivos
a necessidade da construção do laboratório de matemática.
Participam da atividade os alunos regularmente matriculados na Rede
Pública Estadual e serão priorizados os alunos que se encontram em situação de
vulnerabilidade social que tenham disponibilidade de horário em contra-turno, alunos
que apresentam: baixo rendimento escolar, desinteresse pela escola e também pela
disciplina, defasagem de conteúdos,alunos com dificuldades no relacionamento
interpessoal .
13.9.3 APOIO A APRENDIZAGEM
Sala de Recursos, é um serviço de natureza pedagógica que apoia e
complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns, nas séries
finais do Ensino Fundamental.
Os alunos atendidos são avaliados inicialmente pelos professores da
81classe comum, posteriormente por professor especializado e por equipe
multidisciplinar do Núcleo Regional de Educação, que após emitir parecer,
encaminha para o atendimento na Sala de Recurso, destinada a atender alunos com
Deficiência Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos.
14. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO
PROJETO CRONOGRAMA
SEGMENTOS
ENVOLVIDO
RESPONSÁVEL
OBJETIVOS GERAL
Oratória 2º semestre
Toda a Comunidade Escolar
Professores de Língua Portuguesa
- Desenvolver as habilidades da leitura, escrita e oralidade.
Tarde da Poesia
2º semestre
Toda a Comunidade Escolar
Professores de Língua Portuguesa , Equipe Pedagógica e Grêmio
- Desenvolver as habilidades da leitura, escrita e oralidade.- Despertar o gosto pela leitura e o conhecimento de autores brasileiros,
Agenda 21 Ano Letivo Toda a Comunidade Escolar
Equipe Pedagógica e Professores.
-Desenvolver na comunidade Escolar, uma consciência global, a respeito das questões ambientais e a formação de novas atitudes.
Torneio de Futsal
Duas vezes ao ano.
Alunos e Professores
Simone Ap. Kaibers
-Conscientizar os alunos da importância da atividade física para a saúde física e mental.
Xadrez na Sala de Aula
Ano letivo Alunos e Professores.
Simone Ap. Kaibers
-Desenvolver o raciocínio lógico e concentração.
Gincana Ecológica
Uma Vez ao Ano
Alunos e Professores
Equipe pedagógica, Corpo Docente, Direção e representantes de turma.
- Contribuir para a preservação da natureza e para o desenvolvimento de uma nova Consciência
82Ecológica.
Valorização do Ambiente Escolar
Ano letivo Toda a comunidade escolar
Direção, Representantes de Turmas
- Despertar a consciência e atitudes de valorização e zelo do Ambiente Escolar.
Horta Escolar Ano Letivo Alunos, Corpo Docente e Funcionários.
Ana Isabel Palauro
- Estimular o Cultivo de hortaliças e produtos orgânicos.
Jardinagem Ano Letivo Alunos, Corpo Docente e Funcionários.
Ana Isabel Palauro
- Desenvolve o senso de cuidado para com o ambiente escolar e a natureza.
Olimpíada de Matemática
Professores de matemática e alunos.
Professores de matemática e Equipe Pedagógica.
- Estimular e promover o estudo da matemática entre alunos do Colégio.
15. PLANOS DE AÇÃO
Visando dinamizar o trabalho desta instituição segue abaixo os Planos de
ação dos diferentes profissionais e segmentos escolares.
15.1 PLANO DE AÇÃO - 2010 EQUIPE PEDAGÓGICA
METAS AÇÕES1. Diminuir o índice de repetência e evasão na sala de aula.
1. Acompanhar os alunos com dificuldade individualmente;2. Elaboração de instrumentos (caderno, fichas) para o acompanhamento, rendimento desenvolvimento e ;3. Articulações do trabalho da Equipe Pedagógica com o Conselho Tutelar e NRE, Cascavel;4. Conscientização aos pais quanto a importância da pontu-alidade e assiduidade na escola;5. Organizar as reuniões pedagógicas e outros momentos de discussão visando estabelecer estratégias para a melho-ria do processo de aprendizagem;6. Organizar e realizar recuperação de estudo com a equipe de professores, para aproveitamento e recuperação dos alu-nos com dificuldades de aprendizagem;
83
7. Participar da seleção dos alunos para o Viva Escola, Ce-lem, e demais atividades, realizadas pela escola;8. Acompanhar as atividades de Sala de Recurso periodica-mente, promovendo o intercâmbio entre os professores da Sala de Recurso;9. Promover momentos de discussão sobre o papel da esco-la, as práticas avaliativas, a forma pela qual os indivíduos se apropriam do conhecimento;10. Rever a proposta de Avaliação Institucional do estabele-cimento de ensino.11. Planejar e acompanhar as atividades referentes a refor-mulação do Projeto Político Pedagógico;12. Definir junto a comunidade escolar quais os projetos que serão desenvolvidos pela escola;13. Elaborar calendário das atividades a serem desenvolvi-das pela escola, incluindo os seguintes projetos:
2. Desenvolver projetos e gincanas que auxiliem a aprendizagem do aluno, bem como o gosto pela escola e incentivem a participação dos pais.
1. Concurso de Oratória2. Tarde da Poesia3. Semana Cultural4. Gincana Ecológica5. Passeios Culturais6. Lixo Uma Preocupação Ambiental7. Horta Escola8. Jardinagem9. Plantas Medicinais, fonte de mais saúde 10. Torneios de Futsal.11. Xadrez na sala de aula .12. Recuperação de Estudos.13. Temas Geradores 14. Outros projetos que o colégio for convidado a participar durante o ano promovido pelo Núcleo ou por outra instituição educacionais.15. Estabelecer parcerias com instituições da sociedade cível, para o desenvolvimento de projetos que venham contribuir para a formação dos educandos.
3. Definir e executar plano de formação continuada.
Incentivar a comunidade escolar a participar de momentos de estudo, para melhoria do trabalho realizado , visando melhor o embasamento teórico do trabalho realizado na escola ( professores, funcionários, Grêmio Estudantil ,agente educacionais e direção).
15.2 TRABALHO COM OS PAIS
METAS AÇÕES
Aproximar os pais do contexto escolar
• Encontros com pais durante o ano letivo para dis-cussões sobre o que eles o que eles acham que precisa
84ajudando na tomada de decisões sugerindo, alternativas e opinando nas decisões a serem tomadas.
ser melhorado na escola; • Apresentação aos pais proposta pedagógica do ano le-tivo ( projetos que serão desenvolvidos na escola;• Encontro para apresentação e sugestão de melhorias para o Projeto Político Pedagógico;• Sugestões dos pais para temas que eles querem que seja trabalhado dentro do projeto Escolar e Comunidade ( discussão dos Temas Geradores); • Convite aos pais para assistirem aulas do professor do seu filho;• Atividades recreativas envolvendo os pais. Ex. festa do dia das mães, festa junina ( quadrilha com os pais ), festa do dia dos pais, jantar dançante, passeios, etc;• Participação de todo o corpo escolar ( direção, Coorde-nação, professores e demais funcionários) em eventos promovidas pela comunidade;• Encontro para avaliação ( pelos pais ) das atividades escolares;• Discussão de todos os problemas do contexto com os pais para futura tomada de decisões.
15.3 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO, APMF E CONSELHO ESCOLAR
METAS AÇÕES1. Construção de 4 salas de aula; quadra de espor-te e refeitório.
• Acompanhamento junto à SUED a ampliação do estabelecimento.
2. Compra de material pe-dagógico. Compra de li-vros e materiais didático- pedagógico específicos para Ensino Médio.
• Através de promoção realizada pela APMF, verba pelo FNDE e Verba Mensal: Fundo Rotativo.
3. Apoio as ações previs-tas no Plano de Ação da Escola, objetivando a me-lhoria da qualidade de en-sino
• Manter dialogo constante com a equipe pedagó-gica, funcionários, comunidade escolar, visando a efetivação dos projetos previstos no Projeto Político Pedagógico e consequentemente a melhoria da qualidade da educação
15.4 PLANO DE AÇÃO DOS FUNCIONÀRIOS
ATIVIDADES OBJETIVOSParticipação em
capacitações e
cursos.
Ampliar seu conhecimento a respeito de sua função
enquanto funcionário de uma instituição educativa.
Conhecer o PPP da escola.
Elaborar seu plano de ação na implementação do
85PPP.
Avaliação das proposições do PPP.
Reuniões Setoriais
Melhorar a produtividade do setor, resolver situações
diversas.
Retirar sugestões para ser apresentadas a direção e
demais órgãos colegiados.
Eleição de
representantes para
os órgãos colegiados
e sindicato.
Maior participação nas decisões da escola e de sua
vida funcional.
15.5 PLANO DE AÇÃO PARA 2010 - GRÊMIO ESTUDANTIL
DIAGNÓSTICO
Disciplinas Recuperação de alunos com dificuldades na aprendizagem
SEXUALIDADE VIOLÊNCIA
ÁREAS DE AÇÃO
Cultural: Palestras sobre sexualidade, uso de preservativos;
Organização de grupos de teatro, dança e música na escola;
Promoção de gincanas voltadas a preservação do meio ambiente.
Palestras com psicólogos envolvendo pais, alunos e a comunidade sobre a
disciplina no lar e na escola.
Esportivo: Buscar parcerias junto com a APMF, Conselho Escolar, com a Prefeitura
Municipal e o Governo Estadual para a construção do ginásio de esportes;
Promoção de torneios.
86
Ambiental: Coleta seletiva do lixo;
Confecção de produtos artesanais com utilização de matérias recicláveis;
Educacional: Organização de grupo de estudos com alunos que apresentam dificuldades de
aprendizagem ou baixo rendimento escolar, com monitores (próprios alunos);
Organização de olimpíadas internas para testar e estimular o aperfeiçoamento
dos conhecimentos dos alunos e preparação para o vestibular.
PROJETOS:
1-Esporte na escola
Objetivos:
Estimular os alunos a terem uma melhor qualidade de vida através da pratica de
exercícios físicos;
Proporcionar momentos de lazer
2- Sexualidade e prevenção ao uso de drogas
Objetivos: Conscientizar os alunos sobre o uso de preservativos para evitar a transmissão
de DSTs , AIDS e gravidez na adolescência;
Conscientizar sobre os malefícios que o uso de drogas causa à saúde;
Esclarecer sobre os problemas e traumas que o uso do álcool e outro tipos de
drogas podem causar aos familiares.
3- Reforço escolar:
Objetivos:
87 Melhorar os níveis de aprendizagem e diminuir os índices de reprovação;
Desenvolver a solidariedade e cooperação entre os estudantes;
Melhorar o desempenho escolar dos alunos;
4- Teatro na escola:
Objetivos:
Formar grupos de teatro com o auxilio e acompanhamento dos professores e
equipe pedagógica;
Incentivar a elaboração de peças teatrais que abordem assuntos atuais e
polêmicos de interesse dos educandos e da comunidade;
Realizar apresentações de peças de teatro em momentos culturais promovidos
na escola;
NÍVEIS DOS ESTUDANTES ENVOLVIDOS
Projeto sexualidade: priorizar 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e
ensino médio
Os demais projetos, envolver todos os níveis de acordo com o interesse e
disponibilidade dos alunos.
CRONOGRAMA DAS AÇÕES:
Com o auxilio e participação dos professores e equipe pedagógica,
organizar as ações no decorrer do ano letivo indicando em cada grupo, conforme o
interesse e compromisso dos alunos, quem irá coordenar cada ação proposta.
Pretende-se realizar um projeto por bimestre na escola, sendo que a
recuperação de alunos acontecerá durante todo ano letivo.
O Grêmio Estudantil Tiago Schefel Gusso foi criado em 2008, e está em
fase de consolidação, esperamos que o grêmio estudantil possa possibilitar e
garantir aos alunos a efetiva participação em todas as atividades desenvolvidas no
âmbito escolar no decorrer do ano letivo, buscando melhorar o desenvolvimento dos
88projetos, bem como a implantação de novas ações a partir do acompanhamento e
avaliação das ações propostas.
8916. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli e MOLINA, Mônica Castagna. Por uma Educação do Campo. Petrópolis: Editora Vozes, 2005.
BRASIL. Lei nº 9.394 de 20/12/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2002.
____________________.Lei nº 9.394 de 20/12/1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 1998.
____________________. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998a.
CALDART, Roseli. Pedagogia da Terra? Formação da identidade e identidade da formação. In: Pedagogia da Terra. MST/ITERRA. Cadernos do ITERRA, Veranópolis, RS, ano II, n.6, 2002.
CORNBLETH, Catherine. Para além do currículo oculto?. In: Teoria e Educação n° 5. Porto Alegre, Pannonica, 1992.
DOMINGOS, Ana Maria et alli. A teoria da Bernstein em sociologia da educação. Lisboa, Fundação Calouste Gulbekian, 1985.
FERNANDES, Bernardo Mançano. Diretrizes de uma caminhada. In: ARROYO, Miguel Gonzalez; CALDART, Roseli; MOLINA, Mônica Castagna (Org.). Por uma Educação do campo. Petrópolis: vozes, 2004.
GADOTTI, Moacir. Pressupostos do projeto político-pedagógico. In: O Projeto Político-Pedagógico da escola. Brasília: MEC/SEF, 1994.
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2003.
GUIMARÃES, A. Inclusão que funciona. In: Revista Nova Escola. São Paulo: Abril. Ano XVIII, nº 165, Set. 2003.
LEONTIEV. A N. O Desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizontes, 1978.
90LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 17ª edição. São Paulo: Editora Cortez, 2005.
MARX, Karl; ENGELS, F. Ideologia Alemã (Feuerbach). 11 ed. Tradução do alemão por José Carlos Brunni e Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Hucitec. 1999.
____________________. O método da economia política. Os pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. Curitiba: Ibpex, 2008.
OLIVEIRA, Marcos Barbosa, Oliveira, Martha Kohl (org). Investigações cognitivas: Conceitos, Linguagem e Cultura. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
OLIVEIRA, M. K. Teorias psicogenéticas em discussão. 5. ed. São Paulo: Summus, 1992.
SÁ, V. A. (não) participação dos pais na escola: a eloqüência das ausências. In: VEIGA, I. P. A. e FONSECA, M. (orgs.) As dimensões do Projeto Político Pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas: Papirus, 2001.
SANTIAGO, A. R. F. Projeto Político Pedagógico e a organização curricular: desafios de um novo paradigma. In: VEIGA, I. P. A. e FONSECA, M. (org.). As dimensões do Projeto Político Pedagógico: novos desafios para a escola. Campinas: Papirus, 2001.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1983.
___________________. Para além da curvatura da vara. In Revista Ande, 1982.
STUDERT, J. Como agir quando um aluno é indisciplinado em sala de aula? In: Aprende Brasil: a revista da sua escola. Curitiba: Positivo. Ano I, nº 1, maio, 2004.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação Concepção Dialética- Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 15ª edição. São Paulo; Editora Libertad, 2005.
________________________. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994
________________________. Disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. 11ª ed. São Paulo. Libertad, 2000.
91VEIGA, Ilma P. A. Projeto Político-Pedagógico da Escola, uma construção possível. 20ª edição, Campinas, São Paulo: Papirus Editora, 2005.
VEIGA, Z. de P. A. As instâncias colegiadas da escola. In: VEIGA, I. P. A. e REZENDE, L. M. G. de. Escola: espaço do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.
VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Tradução de Maria Penha Villalobos. São Paulo: Ícone, 2006.
Top Related