COLÉGIO ESTADUAL OSMAR GUARACY FREIREENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA SERRA DO MAR, 90 – N. ADRIANO CORRÊAFONE/FAX:(43) 3424 6562 – APUCARANA - PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOE PROPOSTA CURRICULAR
APUCARANA/PR
− 2011-
1
COLÉGIO ESTADUAL OSMAR GUARACY FREIREENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
RUA SERRA DO MAR, 90 – N. ADRIANO CORRÊAFONE/FAX:(43) 3424 6562 – APUCARANA - PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E PROPOSTA CURRICULAR
Projeto elaborado no Estabelecimento de
Ensino, Colégio Estadual Osmar Guaracy
Freire – Ensino Fundamental e Médio,
para implantação a partir do ano de
2011, na medida das necessidades e
possibilidades, da referida comunidade
escolar.
APUCARANA/PR.
- 2011 -
2
Equipe Administrativa e Pedagógica da Escola
2011
Diretora: Marlene Beletato
Equipe Técnico Pedagógica: Renata Melissa B. Cabrini e Sandra
Sirlei Guirro Lazarini
Apoio Pedagógico: Maria Edna da Glória e Neide Maria da S. Grande
Secretário: Cícero Leandro Mortean
Corpo Docente da Escola/2011
Adauto Vicente Alves - Matemática
Aline Costa Lovo - Geografia
Antonio Paulo Mancino - Química
Arnaldo dos Santos - Inglês
Denise Vitor de Souza – Espanhol
Diva Aparecida Fornel - Geografia
Elivete Maciel de Sousa – Educação Especial
Erci Lopes Camargo – Geografia
Fabiana Patrícia Pires Neri - Inglês
Helena Pereira Cazarin – Língua Portuguesa
3
Jorge Miguel da Silva – CELEM-Espanhol
Luceli Aparecida dfa Silva – Língua Portuguesa
Luiz Antonio S. Rosa – Educação Física
Marcelo Spolador - Filosofia
Márcia Pereira Cunha – Língua Portuguesa
Maria Isabelle Palma Gomes C. de P. Souza – História
Milene Mayumi Makita – Arte
Nelci Pereira de Oliveira da Silva – Língua Portuguesa
Reinildis Portelinha Gasparetto - Biologia
Rosiane Novais da Costa
Salete Zanlorenzi – História e Ensino Religioso
Sebastião José Nogueira – Ciências
Simone Moreira de Oliveira – CELEM - Inglês
Simony Zandonadi de Souza – Física
Viviani Joly A. Martins -Matemática
Funcionários Técnicos-Administrativos / 2011
Benedito Raimundo
Élida Cristina dos Santos
Funcionários Serviços Gerais / 2011
Eledir Neres Carneiro
Lucinara Chemereha Brito
Maria Regina Sassi Silva
Solângela Alfieri
4
SUMÁRIO
I APRESENTAÇÃO 8II INTRODUÇÃO 102.1 Identificação/Localização 102.2 Histórico do Colégio 102.3 Organização do Espaço Físico 112.4 Estrutura Organizacional/Modalidades de Ensino 122.4.1 Organização e Distribuição das Turmas/2011 142.5 Recursos Humanos 152.5.1 Quadro de Pessoal/2011 15III OBJETIVOS GERAIS 15IV MARCO SITUACIONAL 174.1 Panorama da Educação 174.2 Contradições e Conflitos x Prática Educativa 184.3 Perfil da Comunidade 204.4 Perfil do alunado 214.5 Perfil do Cidadão 224.5.1 Respeito Mútuo 234.5.2 Justiça 234.5.3 Solidariedade 244.5.4 Diálogo 254.5.5 Autonomia 254.5.6 Ética 264.6 Educação Inclusiva 274.6.1 Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional (Tipo 1) 27
4.7 Desenvolvimento Socioeducacional 284.8 CELEM-Centro de Línguas Estrangeiras Moderna - Cursos 324.9 Salas de Apoio à Aprendizagem das Séries Finais do Ensino Fundamental 324.10 Atividades Complementares em Contra turno 33V MARCO CONCEITUAL 345.1 Fundamentos Epistemológicos 345.2 Perspectivas Filosóficas, Didáticas e Pedagógicas 365.2.1 Concepção de Mundo e de Homem 365.2.2 Concepção de Sociedade e de Cultura 385.2.3 Concepção de Trabalho 405.2.4 Concepção de Cidadania 40
5
5.2.5 Concepção de Conhecimento e de Educação 415.2.6 Concepção de Escola 425.2.7 Concepção de Aprendizagem 435.2.8 Concepção de Letramento 465.2.9 Concepção de Infância 475.2.10 Concepção de Adolescência 495.2.11 Concepção de Conteúdos 515.2.12 Concepção de Currículo 545.2.13 Concepção de Avaliação 585.2.14 Concepção de Tecnologia 595.3 Pressupostos Didáticos Pedagógicos 605.3.1 Filosóficos 605.3.2 Epistemológicos 605.3.3 Sociológicos 615.3.4 Didático-Metodológicos 615.4 Fundamentos Didáticos Pedagógicos 625.4.1 Metodologia 625.4.2 Recursos Didáticos / Recursos Tecnológicos 635.4.3 Professor 645.4.4 Aluno 655.4.5 Disciplina 665.5 Gestão Democrática / Ação Colegiada 67VI MARCO OPERACIONAL 696.1 Grandes Linhas de Ação6.1.1 Estágio Profissional – Ensino Médio
6973
6.2 Organização interna / Funções Específicas 746.2.1 Ações Administrativas e Pedagógicas 746.2.1.1 Administração 746.2.1.2 Equipe Pedagógica 756.2.1.3 Agentes Educacionais I e II 766.2.1.4 Formação Continuada de Professores e Funcionários 776.2.2 Organização do Espaço e Tempo Escolares 796.2.2.1 Organização do Espaço Escolar 796.2.2.2 Organização do Tempo Escolar 816.3 Ação Educativa x Papel das Instâncias Colegiadas 826.4 Avaliação 836.4.1 Avaliação do Desempenho de Professores e Funcionários 836.4.2 Avaliação do Projeto Político Pedagógico 84VII CONSIDERAÇÕES FINAIS 84VIII PLANO DE AÇÃO PARA O BIÊNIO 2010-2011 868.1 Projetos da Equipe Pedagógica 878.2 Projetos Propostos Pelos Professores 97IX PROPOSTA CURRICULAR 1299.1 Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental 1309.2 Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio 1329.3 Disciplinas da Matriz Curricular – Ensino Fundamental e Médio 1379.3.1 Proposta Curricular de Arte – Ensino Fundamental e Médio 1389.3.2 Proposta Curricular de Biologia – Ensino Médio 1559.3.3 Proposta Curricular de Ciências – Ensino Fundamental 164
6
9.3.4 Proposta Curricular de Educação Física – Ensino Fundamental e Médio
175
9.3.5 Proposta Curricular de Ensino Religioso – Ensino Fundamental 1889.3.6 Proposta Curricular de Filosofia – Ensino Médio 1959.3.7 Proposta Curricular de Física – Ensino Médio 2039.3.8 Proposta Curricular de Geografia – Ensino Fundamental e Médio
210
9.3.9 Proposta Curricular de História – Ensino Fundamental e Médio 2209.3.10 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol – Ensino Médio228
9.3.11 Proposta Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês – Ensino Fundamental
240
9.3.12 Proposta Curricular de Língua Portuguesa – Ensino Fundamental e Médio
252
9.3.13 Proposta Curricular de Matemática – Ensino Fundamental e Médio
275
9.3.14 Proposta Curricular de Química – Ensino Médio 2879.3.15 Proposta Curricular de Sociologia – Ensino Médio 294X CELEM 30010.1 Apresentação do CELEM 30010.2 Proposta Curricular do CELEM - Espanhol 30210.3 Proposta Curricular do CELEM - Inglês 321 X I ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO335
10.1 Aprofundamento da Aprendizagem em Língua Portuguesa – Leitura e Produção de Texto
336
10.2 Aprofundamento da Aprendizagem na disciplina de Matemática 339XII REFERÊNCIAS 341XIII MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL 344XIV MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO 345XV PROPONENTES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOXVI ANEXOS
• Plano de Estágio
346
348
7
I- APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico é uma conquista da escola no Paraná
oportunizando sua organização entre o ideal (utopia) e a autenticidade com a
realidade e seu contexto social, na busca de sua identidade.
Por autonomia entende-se o espaço de cada escola no atendimento aos
seus problemas específicos rompendo assim com os modelos centralizadores.
Tal autonomia deve estar amparada no arcabouço da Legislação, nas diretrizes
curriculares, na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nos Planos
Nacional e Estadual da Educação, no Estatuto do Menor e do Adolescente e na
abertura à participação ativa da comunidade escolar.
A Lei nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996 traz como consequência
um conjunto de reformulação na estruturação dos sistemas e dos
estabelecimentos de ensino.
O Art. 12 da LDB deixa bem claro que cabe à escola a competência para
elaborar sua proposta pedagógica e seu regimento, como expressão efetiva de
sua autonomia pedagógica, administrativa e de gestão, respeitadas,
evidentemente, as normas do sistema de ensino. A partir dessa perspectiva,
aos sistemas compete a apresentação de diretrizes que tenham caráter de
princípios norteadores.
No processo de elaboração do projeto algumas dificuldades se
apresentam no âmbito de mobilização de toda a comunidade escolar. Em
primeiro enfocamos a dificuldade de criar momentos de encontros e discussões
dos vários segmentos envolvidos: pais, alunos, corpo docente e discente,
membros representativos da comunidade social. Além de criar estímulos e
motivações para que se enquadrassem como responsáveis pelo processo
educativo escolar. Outra grande dificuldade foi encaminhar mecanismos,
estratégias e procedimentos para o trabalho em grupo. Porém esses encontros
foram significativos e constituíram um grande passo para a redemocratização 8
do ambiente escolar, da gestão escolar e da consciência e compromisso com a
Educação, resultaram na elaboração de projetos, sugestões de atividades
diversificadas, regimento escolar, normas, etc.
Através do presente Projeto Político Pedagógico pretende-se:
• Intensificar a parceria entre as diferentes instâncias governamentais e da
sociedade; para assistir a escola na complexa tarefa educativa.
• Compreender a importância da participação da comunidade na escola,
de forma que o conhecimento aprendido gere maior compreensão,
integração e inserção no mundo.
• Estimular nos alunos o compromisso e a responsabilidade com a própria
aprendizagem; na apropriação dos conhecimentos socialmente
elaborados que alicerçam a construção da cidadania e da sua
identidade.
• Ampliar a visão do conteúdo para além dos conceitos, desenvolvendo
procedimentos, atitudes e valores, preparando o jovem para atuar
conscientemente na sociedade.
9
II- INTRODUÇÃO
2.1. Identificação / localização
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e
Médio localiza-se na Serra do Mar, 90 – conjunto Habitacional Professor
Adriano Corrêa, no município de Apucarana. É servida por linha de ônibus de
50 em 50 minutos e em horário extras, de 20 em 20 minutos.
Site para consulta de informações sobre o colégio:
www.apuosmarguaracy.seed.pr.gov.br
Construída através de convênio Municipal/ Estado/ Fundepar
Resolução de Funcionamento nº 890/83 de 11/03/83
Reconhecimento da Escola nº 4973/86 de 28/11/86.
Código do INEP: 41026055
O estabelecimento de ensino oferece o curso fundamental de 6º ao
9º anos, nos períodos matutino e vespertino; Ensino Médio no período
matutino; Sala de Recursos Séries Finais, Área de Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais, no período matutino; Salas de
Apoio de 6º e 9º anos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática,
nos períodos matutino e vespertino; Atividades Complementares Curriculares
em Contra turno, nos períodos matutino e vespertino; Cursos de Língua
Estrangeira Moderna – Língua Espanhola e Língua Inglesa, pelo CELEM, em
período intermediário.
2.2. Histórico do Colégio
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e
Médio foi fundado em 1983 e recebeu este nome em homenagem ao Doutor
Osmar Guaracy Freire, advogado, vereador e cronista de Apucarana.
De sua inauguração até o ano de 1990 este estabelecimento de
ensino ofertou o curso de ensino fundamental de 1ª a 8ª séries, denominando-
se Escola Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino de 1º grau. A partir de
10
1991 o ensino de 1ª a 4ª série foi municipalizado e a escola passou a ofertar
apenas o ensino fundamental de 5ª a 8ª séries.
No de 2004 foi implantado o curso de Ensino Médio e, em
consequência, a escola passou a denominar-se Colégio Estadual Osmar
Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio.
A partir do ano de 2012, com a inserção do Ensino Fundamental de
09 anos na rede pública estadual, o colégio passará a ofertar o ensino
fundamental de 6º ao 9º anos.
Em seus vinte e oito anos de funcionamento, o colégio tem
desenvolvido várias atividades que ficaram marcadas na comunidade, como:
cursos na área de saúde e preparação para o trabalho, orientações aos pais,
festas juninas, mostras culturais e comemorações das data especiais ( dia das
mães, dia dos pais, ação de graças) e participação no desfile de 7 de
setembro.
O Colégio destaca-se também pelo desenvolvimento de projetos
educacionais voltados à promoção humana, buscando formar em seus alunos
valores como a cidadania, respeito, ética, solidariedade.
Desta forma, o colégio, ao longo de sua história, tem primado pelo
bom relacionamento com toda a comunidade escolar e pela qualidade do
ensino ofertado.
2.3. Organização do Espaço Físico
O Colégio possui sete salas de aula, sendo uma delas adaptada
para funcionamento dois laboratórios de informática. As áreas administrativa,
técnico pedagógica, biblioteca e sala de professores organizam-se em espaços
adaptados, não havendo espaço adequado para seu funcionamento.
O colégio conta com uma Sala de Recursos destinada às séries
finais do ensino fundamental, a qual é ofertada no período matutino, em uma
pequena sala adequada às atividades desenvolvidas pelos alunos que a
frequentam.
O mini-ginásio destinado às aulas de Educação Física é usado em
parceria com Escola Municipal do bairro e pertence à comunidade local.11
2.4. Estrutura Organizacional / Modalidades de ensino
O estabelecimento de ensino oferece o curso fundamental de 6º ao
9º anos, nos períodos matutino e vespertino; Ensino Médio no período
matutino; Sala de Recursos Séries Finais, Área de Deficiência
Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais, no período matutino; Salas de
Apoio de 6º e 9º anos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática,
nos períodos matutino e vespertino; Atividades Complementares Curriculares
em Contra-turno, nos períodos matutino e vespertino; Cursos de Língua
Estrangeira Moderna – Língua Espanhola e Língua Inglesa, pelo CELEM, em
período intermediário.
Os cursos de ensino fundamental de 6º ao 9º anos e o curso de
Ensino Médio são organizados de forma seriada.
A opção de organização de escolaridade pelo regime seriado
propicia uma ordenação do tempo escolar, e forma a favorecer o trabalho com
as diferenças e estilos de aprendizagem dos alunos, sem que o professor e a
escola deixem de vista as exigências propostas para cada série.
O currículo organizado por anos/séries respeita os requisitos
necessários para compreensão dos conteúdos previstos para cada ano/série, o
que permite considerar os diferentes ritmos de aprendizagem que os alunos
apresentam no decorrer de cada ano/série, evitando causar bloqueios no
processo de aprendizagem.
O professor deve intervir através de recuperação de conteúdos
paralelamente ao processo de ensino e aprendizagem, de forma contínua e
concomitante, para alterar o quadro de expressão de dificuldades, visto que a
avaliação é um processo de capacidades desenvolvidas pelo aluno de forma
progressiva, contínua e gradativa.
A flexibilidade permitida na prática pedagógica de sala de aula não
se limita de forma antagônica a definição de tempo e de etapas fixas. É
evidente que não existe uma fragmentação do percurso escolar só por ser
seriado, pois as séries subsequentes asseguram a continuidade do processo
educativo, sem que deixem de orientar sua prática pelas expectativas de
aprendizagem referidas ao período em questão.12
O Ensino Fundamental será organizado em 04(quatro) anos,
perfazendo um total de quatro anos letivos. As aulas têm duração de
50(cinquenta) minutos, com 05(cinco) aulas diárias de segunda a sexta-feira,
nos períodos matutino e vespertino.
Neste Estabelecimento, o Ensino Fundamental consta com o
calendário de 40 (quarenta) semanas anuais, perfazendo 833 anuais e um total
de 3.332 horas, durante os quatro anos.
A sala de recursos funciona no período matutino, das 7 h e 30 min
às 11 h e 10 min, de segunda a sexta-feira, atendendo alunos de 6º ao 9º anos
com deficiência mental ou distúrbios de aprendizagem. Cada um dos alunos
tem 4 horas aula semanais, divididas em dois dias, seguindo cronograma
estabelecido pela professora responsável pela sala de recursos.
O Ensino Médio é ofertado no período diurno , organizado por série,
perfazendo 03 (três) anos letivos. As aulas têm duração de 50 (cinquenta)
minutos, com 05 (cinco) aulas diárias, em cinco dias semanais (de segunda a
sexta-feira), no período matutino.
Neste Estabelecimento, o Ensino Médio consta com o calendário de
40 (quarenta) semanas anuais, o total de horas é de 833 (oitocentas e trinta e
três) horas anuais, totalizando 2 532 (duas mil e quinhentas e trinta e duas)
horas durante os 03 (três) anos.
As aulas das Salas de Apoio de 6º e de 9º anos, de Língua
Portuguesa e de Matemática, ocorrem duas vezes por semana, com uma
carga horária de 04 horas aula por disciplina, seguindo o calendário escolar em
vigência no estabelecimento a cada ano letivo.
Cada uma das Atividades Complementares Curriculares em Contra
turno ocorre duas vezes por semana, com uma carga horária semanal de 04
horas aula, seguindo o calendário escolar em vigência no estabelecimento a
cada ano letivo.
Os Cursos do CELEM de Língua Estrangeira Moderna – Língua
Espanhola e Língua Inglesa - ocorrem em período intermediário, duas vezes
por semana, com uma carga horária semanal de 04 horas aula, seguindo
calendário próprio estabelecido em consonância com o Calendário Escolar do
estabelecimento de ensino.13
2.4.1. Organização e Distribuição das Turmas de Ensino Fundamental e de
Ensino Médio - 2011
PERÍODO MATUTINO PERÍODO VESPERTINO
TURMA Nº DE ALUNOS TURMA Nº DE ALUNOS
9º A 24 6º A 34
9º B 24 6º B 34
1º A 23 7º A 22
1º B 25 7º B 20
2º A 30 8º A 20
3º A 32 8º B 18
2.4.2 Organização e Distribuição das Turmas de Sala de apoio, Sala de Recursos , CELEM e Atividades Complementares Curriculares em Contra turno
CURSO PERÍODO MATUTINO
PERÍODOVESPERTINO
PERÍODO INTERMEDIÁRIO
Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas Alunos
Sala de Recursos A 8 0 0 0 0
Sala de Apoio de Língua Portuguesa – 6º ano
A 20 0 0 0 0
Sala de Apoio de Matemática – 6º ano A 20 0 0 0 0
Sala de Apoio de Língua Portuguesa – 9º ano
0 0 A 20 0 0
Sala de Apoio de Matemática – 9º ano 0 0 A 20 0 0
ACC-Aprofundamento da Aprendizagem da Língua Portuguesa
A 25 0 0 0 0
ACC-Aprofundamento da Aprendizagem de Matemática
0 0 A 25 0 0
CELEM- Língua Espanhola 0 0 0 0 A 27
CELEM- Língua Inglesa 0 0 0 0 A 23
*ACC – Atividade Complementar Curricular em Contra turno.
14
2.5. Recursos Humanos
Todos os professores e funcionários que atuam neste
estabelecimento de ensino são devidamente habilitados e frequentam cursos
de capacitação ofertados pela Secretaria de Educação do Estado.
Também faz parte do quadro de recursos humanos do Colégio uma
professora especializada no atendimento a alunos com necessidades
especiais, na área de DM e distúrbios de aprendizagem, a qual trabalha no
período matutino, de segunda a sexta-feira.
Os funcionários que atuam nos Serviços Gerais e Apoio Técnico
Administrativo, bem como os professores, prestam atendimento humanizado a
toda comunidade escolar, valorizando a ética e a fraternidade no dia-a-dia.
2.5.1. Quadro de Pessoal – 2011
CARGO/FUNÇÃO Número de Profissionais por vínculos funcionais
QPM PSSDIRETOR 1 0DIRETOR AUXILIAR 1 0SECRETÁRIO 1 0PEDAGOGAS 1 1PROFESSORES – EDUCAÇÃO ESPECIAL 01 0PROFESSORES 21 14FUNCIONÁRIOS – SERVIÇOS GERAIS 3 1FUNCIONÁRIOS – TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS 02 0
III - OBJETIVOS GERAIS
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e
Médio tem como principal objetivo a formação integral do educando,
constituindo-se como uma ajuda intencional, sistemática, planejada e
15
continuada para os alunos durante o tempo em que estiverem matriculados
neste Estabelecimento, diferindo de processos educativos que ocorrem em
outras instâncias como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais
espaços de construção de conhecimentos e valores para o convívio social;
reconhecendo a diversidade dos alunos e buscando formas de acolhimento,
valorizando os conhecimentos e a forma de expressão de cada aluno como o
processo de socialização. Busca valorizar o conhecimento do aluno,
considerando suas dúvidas e inquietações, promovendo situações de
aprendizagem que façam sentido para ele. Exercendo o convívio social no
âmbito escolar favorecendo a construção de uma identidade pessoal, pois a
socialização se caracteriza por um lado pela diferenciação individual e por
outro pela construção de padrões de identidade coletiva, contribuindo para que
os alunos se apropriem de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e
construtiva.
A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em
diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem
(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É
desse modo que uma contra consciência, estrategicamente concebida como
alternativa necessária à internalização dominada colonialmente, poderia
realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212).
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente
aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento
étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem.
Essas características devem ser tomadas como potencialidades para promover
a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos.
Para estar em consonância com as demandas da comunidade, a
escola trata de questões que interferem na vida do aluno e com os quais se
vêem confrontando no seu dia a dia, promovendo a difusão de valores
fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de
respeito ao bem comum e à ordem democrática.
16
IV – MARCO SITUACIONAL
4.1. Panorama da Educação
Atualmente, a sociedade brasileira enfrenta muitos problemas como
violência, desemprego, má distribuição de renda, crise de valores éticos e
morais, entre outros. Problemas que assolam a maior parte da população e nos
faz pensar no seguinte questionamento: Como formar cidadãos capazes de
enfrentar tais problemas, que possam contribuir para o desenvolvimento de
nosso país?
A comunidade escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire
acredita que esse processo se fará através de uma educação de qualidade que
forme a consciência do educando, dotando-o da capacidade de aplicar sua
visão de mundo, de identificar os problemas sociais e o seu papel dentro deste
contexto social e que ele seja capaz e saiba como mudar essa sociedade. Isso
só será possível através de um sistema educacional que garanta o
cumprimento dos princípios estabelecidos pela Lei 9394/96 em seus artigos 2º
e 3º, principalmente no que diz respeito a igualdade de condições para o
acesso e a permanência na escola e a garantia de padrão de qualidade.
O Estado do Paraná tem se empenhado em atender as
necessidades educacionais da população, através do Plano Estadual de
Educação que visa definir a política educacional a ser implementada nos
próximos anos.
O PEE está pautado nos seguintes princípios:
Garantia da educação pública, gratuita e universal para
todos os alunos da escola pública;
instituição de processo coletivo de trabalho e compromisso
de consulta a respeito das decisões dos sujeitos que compõem o trabalho
pedagógico;
formação escolar de qualidade, em todos os níveis e
modalidades e etapas de ensino;
17
atenção às especificidades e às diversidades culturais para
uma educação democrática.
Os dados sobre os índices de evasão, repetência, distorção idade-
série e Estado de Proficiência em Língua Portuguesa e Matemática do Ensino
Fundamental revelados pelo MEC/INEP e IDEB, apontam para a necessidade
de investir na luta contra a seletividade, a discriminação e o rebaixamento do
ensino das camadas populares e de engajamento no esforço para garantir a
todos um ensino de qualidade, que privilegie a melhoria pedagógica e o
compromisso social.
Quanto ao Ensino Médio, no Paraná as estatísticas fornecidas pelo
INEP/SSC/MEC apontam altos índices de defasagem idade-série, bem como
evidenciam a realidade de que mais da metade da população paranaense em
idade adequada para o Ensino Médio não está matriculada. Estes fatos
demonstram que ainda existe muito a ser pensado, visando suprir a
necessidade de demanda e a adequação desta modalidade de ensino às reais
necessidades da população.
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire possui baixos índices de
evasão, repetência e de distorção idade/serie, porém tem entre suas metas, o
comprometimento com a melhoria da qualidade do ensino ofertado e a extinção
completa da evasão e repetência, desenvolvendo ações voltadas para a
efetivação desta aspiração.
As resultados alcançados nas avaliações externas demonstram que
o estabelecimento está conseguindo atingir essas metas. Em 2009, a nota do
IDEB da escola foi de 5,2, superando a meta que era de 4,4. Também no
ENEM, o colégio tem se classificado entre os primeiros colocados da rede
pública estadual, no município de Apucarana.
4.2. Contradições e Conflitos X Prática Educativa
O mundo contemporâneo vive um estágio de modernidade sequer
imaginado em outros períodos históricos. O conhecimento científico possibilitou
18
um grande desenvolvimento tecnológico, colocando a disposição da
humanidade recursos que facilitam a sobrevivência e o progresso deste
planeta. Se por um lado a humanidade desfruta de tantos benefícios neste
mundo tão avançado, por outro lado constata-se que fatores negativos também
resultam desta modernidade: aumento das desigualdades sócio-econômicas,
da violência, do desemprego, da proliferação e consumo de substâncias
tóxicas, da exploração de menores e da formação de contra-valores, entre
outros.
Sendo a escola parte indissociável da sociedade, naturalmente
convive com todos esses conflitos e contradições que nela ocorrem.
O Colégio Osmar Guaracy Freire, assim como outros
estabelecimentos de ensino, vem deparando-se cada vez mais com situações
de violência entre alunos, diversos casos de gravidez na adolescência, alunos
dependentes de substâncias tóxicas, casos múltiplos de alunos com problemas
de relacionamento social e desmotivados para os estudos, em decorrência de
fatores diversos como a desestruturação familiar, o desemprego, a baixa renda
familiar, entre outras causas.
Registram-se também situações de conflito no que se refere ao
trabalho pedagógico: classes numerosas, metodologia e práticas avaliativas
nem sempre adequadas, desestímulo dos educadores, necessidade de cursos
de aperfeiçoamento profissional, além da carência de recursos técnicos, físicos
e pedagógicos que possibilitem uma prática educativa mais instigante.
Para efetivar uma ação interventiva, a que o colégio se propõe
através de sua missão educadora, projetos são desenvolvidos com a
participação de toda a comunidade escolar, notadamente das instâncias
colegiadas (APMF e Conselho Escolar). Projetos voltados para a promoção da
paz; orientações sobre sexualidade, gravidez na adolescência, prevenção ao
uso de drogas; projetos visando o despertar da consciência ecológica, como o
projeto Com Ciência, a Agenda 21 e o projeto “ Sou responsável pelo lixo que
produzo”, que incentiva o aluno a recolher o lixo por ele produzido durante as
aulas em uma sacolinha sustentável de uso individual.
No que se refere à melhoria das práticas pedagógicas, o Colégio
tem se empenhado em promover grupos de estudos, palestras, pesquisas, 19
disponibilização de recursos didático-pedagógicos, como biblioteca bem
equipada e equipamentos tecnológicos modernos (televisão, vídeo cassete,
dvd, retro projetores), laboratório de Ciências Biológicas, Física e Química;
acompanhamento pedagógico direcionado aos professores e incentivo à
participação dos profissionais da educação em cursos de aperfeiçoamento,
visando a superação das dificuldades encontradas no dia-a-dia das salas de
aula.
A cada escola, dando seguimento ao processo de busca de melhoria
da educação, cabe a elaboração de seu Projeto Político Pedagógico, o qual
também deve ser construído de forma coletiva e democrática, pautado nas
reais necessidades e anseios do educando, da comunidade local e da
sociedade como um todo.
4.3 Perfil da Comunidade
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental
e Médio localiza-se numa região periférica do município de Apucarana,
abrangendo vários bairros residenciais, sendo os principais: Núcleo Adriano
Corrêa, Núcleo Recanto do Lago, Distritos Vila Reis e Correia de Freitas,
Jardim Curitiba, Décimo Oitavo Distrito Rodoviário, e áreas rurais adjacentes.
Além das imediações, atendemos alunos de outras regiões, por
motivos diversos (opção, transporte, falta de vagas).
O Colégio atende também alunos oriundos da zona rural, os quais
necessitam de atenção diferenciada, levando-se em conta fatores próprios da
vida rural, como o trabalho dos mesmos em época de colheitas. Estes alunos
precisam ter sua cultura e realidade respeitadas, como forma de valorizar o
homem do campo, contribuindo assim para a diminuição do êxodo rural.
A comunidade escolar apresenta baixa migração, sendo os pais, na
maioria, assalariados engajados nas empresas locais, exercendo atividades de
baixa remuneração, bem como nas casas residenciais como empregadas
domésticas; a forrmação religiosa predominante é católica, voltados aos
valores morais, éticos, com nível intelectual variando entre o ensino primário
20
incompleto ao ensino médio, procedentes em sua maioria da zona rural do
norte do Paraná, residindo em casas financiadas pelo BNH, tendo na sua
maioria boa índole, porém com participação insuficiente no aspecto de
acompanhamento pedagógico bem como nas atividades desenvolvidas pela
escola, o que leva à necessidade uma Associação de Pais, Mestres e
Funcionários bastante atuante, que preste assistência (emocional,
socioeconômica), como exemplo, suprindo a falta de uniforme, material didático
– pedagógico, campanhas beneficentes e outros.
4.4. – Perfil do alunado
No Ensino Fundamental apresentam-se alunos com faixa etária de
09 a 14 anos, caracterizando como infância e pré – adolescência, e no Ensino
Médio Regular, a distorção idade-série é baixa. Residem, em sua maioria, com
seus pais ou parentes próximos.
Boa parte dos alunos apresentam baixa auto-estima, sem muitas
perspectivas positivas para o futuro escolar e profissional, dada às condições
financeiras pessoais limitadas, a falta de ideal, a desestruturação familiar e a
atual conjuntura sócio-econômica do país, o que gera insegurança quanto a
formação de valores, desmotivação e descompromisso; por outro lado,
mostram-se consumistas e imediatistas, exigentes quanto aos seus direitos e
omissos com seus deveres.
Tendo como pressuposto o objetivo principal do colégio – formação
integral do aluno -, diante do quadro aqui apresentado, surge o
questionamento: qual é o perfil de aluno almejado?
Partindo dos princípios de que a educação básica atende crianças e
adolescentes, portanto, pessoas que estão em fase de formação física,
intelectual e humana e de que cabe à educação não apenas a formação
intelectual e a transmissão de conhecimentos, mas, principalmente, promover
o crescimento do educando como ser humano, dotando-o de princípios e
valores éticos e morais, como o respeito pelo outro e pela natureza,
solidariedade, justiça, responsabilidade, compromisso social e do
21
desenvolvimento de potencialidades como o espírito de iniciativa e criatividade,
a comunidade escolar define em poucas linhas o perfil de aluno almejado:
crianças e adolescentes capacitados a se transformarem futuramente, através
da educação, em cidadãos com bases humanitárias sólidas e com os
conhecimentos básicos de cada disciplina, pois o homem assim dotado será
capaz de trilhar seu caminho com autonomia, vivenciando situações diárias
proporcionadas pela escola, refletindo e interiorizando conceitos, redefinindo
assim sua vivência através de experiências adquiridas.
4.5 – Perfil do Cidadão
Hoje em dia não basta visar a capacitação dos alunos para futuras
habilitações nas especializações tradicionais. É necessário ter em vista a
formação dos alunos para o desenvolvimento de suas capacidades, em função
de novos saberes que se produzem e que demandam um novo tipo de
profissional.
A relação entre conhecimento e trabalho exige capacidade de
iniciativa e inovação, bem como predisposição à mudanças e à aceitação do
diferente.
Nossa escola visa oferecer ao educando ao longo de sua vida
escolar um ambiente educativo favorável à sua formação: contribuindo para o
desenvolvimento de um espírito investigativo, de uma visão crítica, da
capacidade de resolver problemas e de formar sua identidade respeitando
valores diversos; enfim, dotando-o da capacidade de agir com autonomia,
assumindo responsabilidades e desempenhando com eficácia seu papel de
cidadão.
Em suma, dar uma educação de qualidade capaz de formar
cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la.
Levando em consideração o fato de que as experiências e o convívio
escolar norteiam a aprendizagem, buscar-se-á trabalhar valores relacionados à
dignidade humana e à construção de autonomia moral pelos alunos.
22
Portanto, o colégio proporcionará contextos pedagógicos em que
possam vivenciar experiências de respeitar e ser respeitado, de receber
solidariedade, de ter acesso a conhecimentos que alimentem sua compreensão
e sua capacidade de analisar criticamente situações concretas dentro e fora da
escola. Desta forma a escola trabalhará as noções de valores como: respeito
mútuo, justiça, solidariedade, diálogo e autonomia com os alunos aprimorando
suas relações sociais para a convivência em sociedade.
4.5.1. RESPEITO MÚTUO
A reflexão sobre o respeito é bastante complexa. O respeito se
traduz pela valorização de cada indivíduo, em sua singularidade, nas
características que o constituem.
O respeito ganha seu significado mais amplo, quando se realiza
como respeito mútuo: ao dever de respeitar o outro, articula-se o direito, a
exigência de ser respeitado.
É necessário que os alunos aprendam com relação a respeitar e ser
respeitado.
• Compreensão de que todas as pessoas precisam sentir-se
respeitadas e sentir que delas se exige respeito.
• Identificação de diferentes formas de se demonstrar respeito
correspondentes a diferentes esferas de sociabilidade e convívio: relações
pessoais, relações formais e relações indiretas.
• Reconhecimento dos limites e possibilidades pessoais e alheias.
• Identificação e repúdio de situações de desrespeito.
4.5.2. JUSTIÇA
O conceito de justiça está relacionado a seguinte questão: “Como
respeitar os direitos dos outros e os nossos próprios direitos?”
Os princípios de igualdade rezam que todas as pessoas têm direitos
iguais.
23
A importância da valorização da justiça para a formação do cidadão
é evidente para o convívio social e a vida política.
A formação para o exercício da cidadania passa necessariamente
pela elaboração do conceito de justiça e seu constante aprimoramento.
Oportunizar-se-á procedimentos e atitudes no aprendizado que
favoreçam aos alunos:
• Identificação, formulação e discussão de critérios de justiça para
analisar situações na escola e na sociedade.
• Consideração de critérios de justiça para compreender, produzir e
legitimar regras.
• Identificação e repúdio de atitudes que violentam os direitos do
ser humano.
4.5 .3. SOLIDARIEDADE
O exercício da cidadania não se traduz apenas pela defesa dos
próprios interesses e direitos, embora tal defesa seja legítima.
Passa necessariamente pela solidariedade, por exemplo, pela
atuação contra injustiças ou injúrias que outros estejam sofrendo.
É pelo menos o que se espera para que a democracia seja um
regime político humanizado e não mera máquina burocrática.
Contemplar-se-á formas concretas de atuação do educando na
valorização de atitudes como:
• Reconhecimento e valorização da existência de diversas
formas de atuação solidária no âmbito político e comunitário.
• Atuação compreensiva nas situações cotidianas.
• Conhecimento de ações necessárias em situações
específicas.
• Repúdio a atitudes desleais, de desrespeito, violência e
omissão.
24
4.5.4. DIÁLOGO
“PARA NÃO SE ESTAR SÓ, NÃO BASTA ESTAR AO LADO DE ALGUÉM, É
PRECISO COMUNICAR-SE COM ELE”.
O diálogo é uma arte a ser ensinada e cultivada; e a escola é o
lugar privilegiado para que isso ocorra.
Um dos objetivos fundamentais da educação é fazer com que o
aluno consiga participar do universo da comunicação humana aprendendo por
meio da escuta, da leitura, do olhar, as diversas mensagens – artísticas,
científicas, políticas e outras – emitidas de diversas fontes, fazer com que seja
capaz de, por meio da fala, da escrita, da imagem, emitir suas próprias
mensagens.
No processo do ensino ressaltar-se-á:
• Valorização do diálogo nas relações sociais.
• Valorização das próprias ideias, disponibilidade para ouvir ideias e
argumentos do outro e reconhecimento da necessidade de rever pontos de
vista.
• Utilização do diálogo como instrumento de cooperação.
• Transformação e enriquecimento do saber pessoal pelo diálogo.
• Participação dialógica na tomada de decisões coletivas através de
alunos representantes de turmas.
4.5.5. AUTONOMIA
Na história das ideias pedagógicas, a autonomia sempre foi
associada ao tema da liberdade individual e social, da ruptura com esquemas
centralizadores.
A autonomia faz parte da própria natureza da educação, por isso
vários pensadores empenharam-se em conceituá-la. Para John Locke a
autonomia é o “autogoverno”, no sentido de autodomínio individual. Os
educadores soviéticos Makarenko e Pistrak a entendiam como “auto-
25
organização dos alunos”. Para Jean Piaget ela exerce um papel importante no
processo de socialização gradual da criança.
A ideia de autonomia é intrínseca à ideia de democracia e cidadania.
Cidadão é aquele que participa do governo, da tomada de decisões, de forma
democrática, seja em âmbito escolar ou político. Desta forma, a escola precisa
preparar o indivíduo para a autonomia pessoal, assim como para a inserção e
participação ativa na comunidade e para a emancipação social, capacitando-o
para participar de uma sociedade planetária em que ele seja sujeito de sua
aprendizagem e de sua história, atuando com autonomia e liberdade,
consciente do papel que deve exercer como cidadão.
4.5.6. ÉTICA
A ética está presente no dia-a-dia do Colégio Estadual Osmar
Guaracy Freire, pautando as relações interpessoais e profissionais de todos
os envolvidos com o processo escolar. Nas diversas situações cotidianas , a
ética é claramente perceptível em atitudes como:
• No respeito às diferenças
• Na receptividade à opiniões e sugestões de toda a comunidade
escolar
• Na valorização dos profissionais que trabalham no Colégio
• Na concessão de autonomia possível e necessária a todos da
equipe escolar
• Na prática da justiça e na promoção da igualdade e da paz entre
todos
• Na coerência entre o discurso e a prática de professores,
pedagogos e funcionários
• No compromisso de todos perante o trabalho
• Na relação entre alunos, professores e funcionários.
26
4.6. Educação Inclusiva
4.6.1. Educação Especial – Sala de Recursos Multifuncional (Tipo I)
A Educação Especial na atualidade está consolidando-se sobre
novos paradigmas que sinalizam para a construção de uma sociedade
inclusiva, orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de
aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de
oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da
vida ( Diretrizes Político-Pedagógicas p/ a Educação Especial - PEE).
São inúmeras as necessidades educacionais especiais existentes,
sendo assim o Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire, compromete-se com a
inclusão de todos os alunos regularmente matriculados, uma vez que
reconhece as diferenças entre os mesmos e não permite que estas sejam
fatores de exclusão.
A perspectiva deste colégio é de atender a todos os alunos,
universalizando o acesso a escola pública gratuita e de qualidade. Desta forma,
o currículo proposto em seu Projeto Político Pedagógico é aberto e flexível,
oportunizando a reflexão crítica sobre a história das minorias.
Atualmente, o colégio desenvolve projetos propostos pela
comunidade escolar e conta com políticas governamentais a fim de atingir
patamares de qualidade no que diz respeito à inclusão, como: Projeto Fica
Comigo; inserção de conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana
nos currículos escolares das modalidades de ensino fundamental e médio;
inserção interdisciplinar de conteúdos que trabalham a inter-relação da cidade
com o campo, enfatizando o valor e o respeito à cultura e ao trabalho do
homem do campo; inserção em seu currículo de conteúdos voltados para o
conhecimento e a valorização da cultura indígena; implantação de sala de
recursos multifuncional ( Tipo I) para atender alunos com deficiências
mentais/intelectuais e distúrbios da aprendizagem; oportunização de
reclassificação para alunos que se encontram com defasagem idade-série.
A Sala de Recursos Multifuncional (Tipo I), para a oferta na
27
Educação Básica, nas áreas da Deficiência Intelectual, Deficiência Física
Neuromotora, Transtornos Globais do Desenvolvimento e Transtornos
Funcionais Específicos, funciona no período matutino, das 7 h e 30 min às 11 h
e 10 min, de segunda a sexta-feira, atendendo alunos de 6º a 9º anos do
ensino fundamental, que necessitam de atenção especial, sendo que para
ingressarem na sala de recursos os alunos são avaliados pela equipe
pedagógica. Frequentarão a sala de recursos multifuncional (Tipo I) aqueles
alunos que apresentarem problemas de aprendizagem com atraso acadêmico
significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental (comprovado
por laudo médico) e que necessitam de apoio especializado complementar
para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
A meta da inclusão é não deixar ninguém fora do sistema escolar, o
que exigirá da escola a capacidade de atendimento às particularidades de
todos os alunos, através de seus recursos didáticos pedagógicos próprios e do
auxílio e manutenção prestados pela SEED, auxílio este que se faz necessário
para adequar o espaço físico às necessidades especiais, pois hoje o
estabelecimento não tem sua estrutura física para elas voltadas – faltam
banheiros adequados, rampas de acesso, carteiras apropriadas – além dos
investimentos necessários para capacitar os profissionais da educação para
melhor atenderem aos alunos que apresentam necessidades especiais.
4.7. Desenvolvimento Socioeducacional
A necessidade de tratar de temas relativos ao Desenvolvimento
Socioeducacional do educando decorre de demandas que possuem uma
historicidade, por vezes resultado das contradições da sociedade capitalista,
outras vezes oriundas dos anseios dos movimentos sociais e, por isso,
prementes na sociedade contemporânea. São de relevância para a
comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,
representações e identidades de educandos e educadores.
As principais demandas contemporâneas, que exigem abordagens
28
pedagógicas no cumprimento da função social da escola pública para o
desenvolvimento socioeducacional, são:
1. Educação Ambiental – A abordagem pedagógica da Educação
Ambiental desenvolve num processo permanente de formação e de busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a
qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e mio
biofísico, bem como para os problemas relacionados a esses fatores.
2. Educação Fiscal – A proposta pedagógica sobre a Educação
Fiscal visa despertar a consciência dos estudantes sobre os direitos e deveres
em relação ao valor social dos tributos e do controle social do Estado
democrático.
3. Enfrentamento à Violência nas Escolas – Ao desenvolver
estudos relativos a esta temática, o objetivo é propiciar um entendimento mais
amplo sobre a questão da violência, compreendendo as diversas realidades em
que se apresenta, visando o desenvolvimento da cultura da paz em oposição à
cultura da violência.
4.História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena – A
abordagem pedagógica sobre esta demanda objetiva promover o
reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população
paranaense, assegurando a igualdade e valorização das raízes africanas ao
lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do ensino de História e
Cultura Afro-Brasileira e Indígena.
5. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas – No Projeto Político
Pedagógico do colégio a abordagem pedagógica proposta para esta temática é
no sentido de que os profissionais da educação junto aos alunos realizem uma
abordagem fundamentada em resultados de pesquisa, desprovida de valores e
crenças pessoais, visando o conhecimento dos efeitos e a prevenção ao uso
indevido de drogas.
6. Sexualidade – A sexualidade é entendida como uma
construção social, histórica e cultural. Sendo assim, precisa ser discutida na
escola, pois essa constitui-se em espaço privilegiado para o tratamento
pedagógico desse desafio educacional contemporâneo.
7. Cidadania e Direitos Humanos – A abordagem pedagógica 29
desta demanda socioeducacional deve ter, em sua essência, a busca da
dignidade humana, o respeito aos diferentes sujeitos de direito e fomento maior
da justiça social. As ações desenvolvidas na comunidade escolar, quer seja por
meio de atividades extra curriculares , quer seja por meio de recortes de
conteúdos disciplinares, devem visar a implementação do Plano Nacional de
Educação em Direitos Humanos no espaço escolar.
8. Diversidades na Escola - Questões de gênero, raça e etnia e sua
combinação direcionam práticas preconceituosas e discriminatórias da
sociedade contemporânea.
O Brasil tem conquistado importantes resultados na
ampliação do acesso e no exercício dos direitos, por parte de seus cidadãos.
No entanto, há ainda imensos desafios a vencer, quer seja do ponto de vista
objetivo, como a ampliação do acesso à educação básica e de nível médio,
assim como do ponto de vista subjetivo, como o respeito e a valorização da
diversidade. As discriminações de gênero e étnico-raciais , são produzidas e
reproduzidas em todos os espaços da vida social brasileira. A situação tem
melhorado graças à atuação dos movimentos sociais e de políticas públicas
específicas. E a escola? Como pode contribuir para a mudança?
A escola, infelizmente, é um dos espaços que reproduz as
discriminações de gênero e étnico-raciais. Não bastarão leis que coíbam ações
discriminatórias, se não houver a transformação de mentalidades e práticas,
daí o papel estruturante que adquirem as ações que promovam a discussão
desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam para a
superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso. Ações
educacionais no campo do enfrentamento das desigualdades são fundamentais
para ampliar a compreensão e fortalecer a ação de combate à discriminação e
ao preconceito.
Os professores necessitam discutir tais questões com os/as
aluno/as, objetivando contribuir, mesmo que modestamente, para a oferta de
uma educação capaz de formar pessoas dotadas de espírito crítico e de
instrumentos conceituais para se posicionarem com equilíbrio em um mundo de
diferenças e de infinitas variações. Pessoas que possam refletir sobre o acesso
de todos/as à cidadania e compreender que, dentro dos limites da ética e dos 30
direitos humanos, as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não
utilizadas como critérios de exclusão social e política.
A escola tem grande responsabilidade no processo de
formação de futuros cidadãos e cidadãs e o que se espera é que, a partir do
tratamento dado a estas questões nas salas de aula, ela fortaleça o papel que
exerce de promotora da cultura de respeito à garantia dos direitos humanos, da
equidade étnico-racial, de gênero e da valorização da diversidade, contribuindo
para que a escola não seja um instrumento da reprodução de preconceitos,
mas seja espaço de promoção e valorização das diversidades que enriquecem
a sociedade brasileira.
Desta forma, a abordagem pedagógica que o colégio defende para o
tratamento das demandas inerentes ao Desenvolvimento socioeducacional
busca superar a prática de uma pedagogia de projetos, inserindo estas
carências educacionais nos conteúdos das diferentes disciplinas do currículo e,
também, contemplando-os em seu Projeto Político Pedagógico.
É necessário pontuar ainda que algumas das demandas para o
Desenvolvimento socioeducacional inseridas nas escolas e nas políticas
educacionais, hoje são marcos legais, como por exemplo, a Lei 10.639 que
regulamentam a inclusão do estudo da História da África e dos Africanos, a luta
dos negros no Brasil, a Lei 11.645 que trata da inclusão de História e Cultura
Afro Brasileira e Indígena no currículo escolar; a Lei 9.795- Lei da Educação
Ambiental no Brasil; A lei 11.340 – Lei Maria da Penha, que defende os direitos
da mulher; o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, entre outras
leis e documentos. Sendo assim, tais leis, bem como as lutas históricas e
coletivas da humanidade em defesa dos direitos dos cidadãos, não serão
negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo quando fazem parte da
totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo parte do recorte do
conteúdo de cada disciplina que compõe a matriz curricular e como
necessidade para explicação de fatos sociais, seja por questões da violência,
das relações étnico-raciais, da educação ambiental, do uso indevido de drogas,
da sexualidade ou dos Direitos Humanos.
31
4.8. CELEM – Centro de Línguas Estrangeiras Modernas –
Oferta de Cursos
A partir do ano letivo de 2011, o Colégio Estadual Osmar Guaracy
Freire – Ensino Fundamental e Médio passou a ofertar o CELEM (Centro de
Línguas Estrangeiras Modernas), como um ensino extracurricular, plurilinguista
e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino
Fundamental de 09 anos (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional
e Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade,
professores e agentes educacionais.
De acordo com reunião realizada com o Conselho Escolar, serão
ofertados os Crusos Básicos de Língua Espanhola e de Língua Inglesa.
O CELEM é regulamentado pela Resolução nº 3904/2008 e pela
Instrução Normativa nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações
do Projeto Político Pedagógico e do Regimento Escolar.
Segue, ao final deste documento, a Proposta Pedagógica Curricular
do CELEM.
4.9 – Salas de Apoio à Aprendizagem das séries finais do ensino
fundamental
O Programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de
atender às dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam as séries
finais do Ensino Fundamental.
Para os alunos da 5ª Série/6º Ano e 8ª Série/9º ano, a abertura da
Sala de Apoio se dá de forma automática. Para as demais séries, a abertura
deve ser solicitada.
Esses alunos participam de aulas de Língua Portuguesa e
Matemática no contra turno, participando de atividades que visam à superação
das dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas.
Cabe à Secretaria de Estado da Educação a promoção de eventos
de formação continuada para professores, direção e equipe pedagógica,
32
buscando esclarecer os objetivos e a forma de funcionamento das Salas de
Apoio.
Cabe à escola a organização das turmas e o acompanhamento das
atividades desenvolvidas pelos professores e dos resultados obtidos.
O estabelecimento de Ensino oferta, atualmente, sala de apoio à
aprendizagem, das disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, para
alunos do 6º ano, no período matutino e para os alunos do 9º ano, no período
vespertino.
4.10– Atividades Complementares Curriculares em Contra turno
As atividades complementares curriculares de contra turno,
normatizadas pela Resolução 1690/2011, são atividades educativas, integradas
ao Currículo Escolar, com a ampliação de tempos, espaços e oportunidades de
aprendizagem que visam a formação do aluno, com o objetivo de promover a
melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação do contra turno e de
oportunidades educativas realizadas na escola
Na prática, as escolas podem apresentar propostas de atividades
com 4 horas semanais para serem realizadas em contra turno e pautadas nas
necessidades da comunidade escolar.
Cada escola do ensino regular pode ter uma atividade por nível de
ensino (fundamental e médio) para, no mínimo, 25 alunos, que deve ser
discutida e aprovada pelo conselho escolar do estabelecimento de ensino.
Desta forma, precisa estar vinculada ao currículo da escola, além de ser
respeitada a realidade da comunidade na qual a escola está inserida. O
professor deve ter um perfil adequado para a proposta e a escola precisa
verificar o espaço adequado para possível implantação da atividade.
O programa compreende os seguintes macrocampos:
aprofundamento da aprendizagem; experimento e iniciação cientifica; cultura e
arte; esporte e lazer; tecnologias da informação, da comunicação e uso de
mídias; línguas estrangeiras modernas; meio ambiente; direitos humanos;
promoção da saúde; atividades relacionadas ao mundo do trabalho e geração
de rendas; e demandas específicas da comunidade escolar.33
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e
Médio oferta, atualmente, duas atividades complementares curriculares em
contra turno. No período matutino, oferta a atividade Aprofundamento da
Aprendizagem da Língua Portuguesa - Leitura e Produção de Textos, para
alunos de 7º e 8º anos, regularmente matriculados, no período vespertino. No
período vespertino, oferta a atividade Aprofundamento da Aprendizagem na
Disciplina de Matemática, para alunos regularmente matriculados no 9º ano, no
período matutino.
V – MARCO CONCEITUAL
5.1 – FUNDAMENTOS EPISTEMOLÓGICOS
Nosso colégio está passando por um momento de transição ainda
com característica tradicionalista e caminhando para uma prática pedagógica
progressista. Atualmente apresentamos algumas práticas tímidas ligadas a
esta linha pedagógica através de projetos, atividades extraclasse, visitas, etc.
Porém, muitos passos temos a avançar em relação a prática formal, ou seja, a
competência técnica do professor que ainda se coloca como fonte do
conhecimento ministrando aulas utilizando muitas vezes apenas de quadro-de-
giz, de livro didático e do ambiente de sala de aula. Para mudar este quadro
estamos planejando e fazendo acontecer momentos de encontros
pedagógicos, aproveitando principalmente a hora atividade do professor, para
constantes discussões e trocas de experiências e ideias a respeito de uma
nova prática pedagógica usando como referencial teórico os Planos Nacional e
Estadual de Educação, a LDB e autores teóricos como Paulo Freire, Pedro
Demo e Vygotsky, e atentos as mudanças e transformações na sociedade
que repercutem na educação.
Paulo Freire norteia nossa prática pedagógica nos seguintes
aspectos:
34
“É preciso que a educação esteja em seu conteúdo, em seus
programas e em seus métodos – adaptada ao fim que se persegue: permitir ao
homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo,
estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e
a história...”
“ O educador progressista precisa estar convencido como de suas
conseqüências é o de ser o seu trabalho uma especificidade humana...”
“...A realidade não pode ser modificada, senão quando o homem
descobre que é modificável, e que ele pode fazê-la ...”
“...É importante preparar o homem para isso por meio de uma
educação autêntica: uma educação que liberte, que não adapte, domestique
ou subjugue. Isto obriga a uma revisão total e profunda dos sistemas
tradicionais de educação, dos programas e dos métodos.”
Pedro Demo faz uma análise conceitual sobre o papel da Educação
nas transformações tecnológicas e científicas com relação ao moderno,
afirmando que ela é o caminho mais promissor e aceitável de domínio da
modernidade. E que o professor deve ser a imagem viva do “aprender a
aprender”, ou seja, sempre estar pesquisando e renovando seu conhecimento.
Quanto ao aluno compete a capacidade de saber pensar, aprender a aprender,
construir/reconstruir – dentro de seu contexto – questionamentos pertinentes.
Precisa ser, instigado, provocado, desafiado a contribuir, a desenvolver
capacidade de raciocínio, de posicionamento. Cada aula deve ser
instrumentadora da emancipação.
Segundo Vygotsky, o processo de desenvolvimento nada mais é do
que a apropriação ativa do conhecimento disponível na sociedade em que a
criança nasceu. É preciso que ela aprenda e integre em sua maneira de
pensar o conhecimento de sua cultura. Neste sentido, para ele, não se pode
aceitar uma visão única, universal de desenvolvimento humano. Salienta
ainda que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam
reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais
desenvolvimento.
A visão interacionista de desenvolvimento traz importantes
contribuições para a prática pedagógica. Ao considerar que o ser humano 35
constrói progressivamente novos conhecimentos e novas formas de pensar, a
escola passa a dar maior ênfase ao processo de aprendizagem ao aluno.
Não é desejável que o aluno simplesmente saiba coisas, mas sim e sobretudo
que pense competentemente sobre as mesmas.
O objetivo, assim, não é fornecer verdades prontas e acabadas aos
alunos, mas é antes, capacitar o aluno a elaborar estratégias de aprendizagem
a fim de alcançar o conhecimento desejado.
5.2 - PERSPECTIVAS FILOSÓFICAS, DIDÁTICAS E PEDAGÓGICAS
5.2.1 – CONCEPÇÃO DE MUNDO E DE HOMEM
O homem é um ser complexo. A sua formação ou a deformação
está intimamente ligada ao meio sociocultural e à base biológica.
Afirma Vygotsky que as características tipicamente humanas não
estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são meras pressões do
meio externo. Elas resultam da interação dialética do homem e seu meio
sociocultural. Ao mesmo tempo em que o ser humano transforma o seu meio
para atender suas necessidades básicas, transforma-se a si próprio.
A base biológica do funcionamento psicológico é o cérebro, visto
como órgão principal da atividade mental. Este cérebro é um sistema aberto,
de grande plasticidade, que poderá ser moldado, ao longo do processo
educativo. O desenvolvimento da atividade mental se processará através da
mediação dos seres humanos entre si e deles com o mundo, com a utilização
de instrumentos técnicos e sistemas de signos, destacando-se entre eles a
linguagem.
À escola, como instituição social de educação, compete propiciar
meios para o desenvolvimento intelectual do homem, na busca de sua
autonomia e realização pessoal em toda plenitude.
Os processos de globalização do mundo econômico e de 36
mundialização da cultura, desencadeados pela sociedade tecnológica em que
vivemos, recolocam as questões da sociabilidade humana em espaços cada
vez mais amplos, tornando as questões de identidade pessoal e social cada
vez mais complexas.
Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo dialético,
considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um
processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural. Nesta
perspectiva, a premissa é de que o homem constitui-se como tal, através de
suas interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e é
transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura. É por isso
que seu pensamento costuma ser chamado de sócio - interacionista.
Nas últimas décadas, novas formas de convivência humana foram
se desenvolvendo, novos paradigmas foram colocados, mas tanto no modelo
do mundo capitalista, quanto na tentativa frustrada do socialismo, a verdade
não reina soberana em nenhum deles. Dessa forma está se buscando um novo
modelo explicativo da sociedade atual.
No contexto em que o homem é um ser que interage socialmente no
seu meio, faz-se necessário que ele tenha uma formação básica geral, com
desenvolvimento do pensamento reflexivo, crítico, atuante e com habilidades
múltiplas para poder, com maior facilidade, ter acesso ao mundo do trabalho,
mas também vincular-se à prática social, na qual o exercício da afetividade, da
sensibilidade, da ética far-se-ão presentes, no mundo contemporâneo.
Quando a ciência e a tecnologia caminham a passos gigantescos,
não é mais possível conduzir o processo ensino-aprendizagem, no ensino
médio, de forma estanque, compartimentalizada, especializada, como se cada
qual - professor e aluno - olhasse apenas ao redor de seu umbigo e alheio ao
que se passa no mundo, no universo.
A visão do mundo precisa ser global. A economia e a sociedade
necessitam de homens, com formação básica geral, capazes de se adaptarem
à realidade, com flexibilidade e criatividade, para enfrentar novos padrões de
produtividade e competitividade impostos pelo avanço tecnológico.
37
5.2.2 - CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE E DE CULTURA
Hoje, na sociedade brasileira, os adolescentes e jovens são objetos
de um imaginário social contraditório: ao mesmo tempo que exaustivamente
utilizados pela publicidade como padrão de beleza e de vida prazerosa, são
quase sempre noticiados como "aborrecentes", irreverentes, desrespeitosos e
transgressores. De forma geral, a adolescência e a juventude que aparecem
associadas à ideia de beleza são aquelas de melhor poder aquisitivo e branca.
E ainda que jovens das classes médias e das elites também possam praticar
atos violentos e criminosos, são os jovens empobrecidos e do sexo masculino
que são associados à ideia de perigo para a sociedade. No primeiro caso, a
violência é vista como fruto de casos isolados; no segundo, trata-se de uma
associação coletiva.
Esse imaginário discriminatório em relação aos adolescentes e
jovens pobres, ainda mais aguçado quando se trata de jovens negros, tem
consequências sérias. A discriminação abrange tanto o descrédito em relação
às suas potencialidades e capacidades quanto a criação de situações
constrangedoras, ou mesmo a eliminação física do adolescente ou do jovem:
não é à toa que, hoje, os homicídios são a principal causa de mortalidade
juvenil.
A intensidade dos desafios e das descobertas leva a uma extrema
valorização do convívio entre os próprios adolescentes e jovens, fazendo com
que a sociabilidade ocupe posição central na vivência juvenil: os grupos de
amigos, os grupos de pares, constituem um importantíssimo espaço em que
vão buscar respostas para suas questões. É nesse espaço, entre iguais, que
podem vivenciar novas experiências, criar símbolos de identificação e de laços
de solidariedade, meios tipicamente juvenis para realizar descobertas (sobre o
mundo e sobre si mesmo) necessárias à elaboração de identidades e projetos
de vida.
A cultura ocupa um espaço central na vida dos adolescentes e
jovens tanto pela fruição de bens culturais quanto pela produção de cultura
(música, dança, teatro, grafite, estilos visuais etc.).
38
Há hoje uma cultura juvenil internacionalmente incentivada pela
indústria, pelo comércio e pela publicidade, que produzem bens específicos
para esse público e influem no estabelecimento dos símbolos juvenis. Essa
cultura identifica a juventude fundamentalmente ligada ao seu tempo de lazer e
ao consumo a ele relacionado: os jovens são associados à liberdade e à
autonomia, buscando no prazer e no consumo uma gratificação imediata. A
propagação veloz dessa cultura pelos mais diversos países permite que
adolescentes e jovens de diferentes grupos sociais e em diferentes locais do
mundo de alguma forma partilhem um mesmo universo cultural juvenil.
No entanto, essa cultura não anula, de forma alguma, as diferenças
socioculturais, e os jovens dela se apropriam de diferentes formas, dando lugar
a uma multiplicidade de vivências culturais — as chamadas culturas juvenis.
Ainda que os jovens valorizem o lazer, por exemplo, o tempo a ele dedicado e
suas características diferem entre os diversos grupos sociais e ao longo da
história.
Mas a cultura não pode ser analisada apenas pela dimensão do
consumo, pois é na dimensão da produção cultural que podemos perceber
mais claramente a grande efervescência criativa juvenil, seu enorme potencial
de inovação social. Os grupos culturais juvenis espalham-se por quase todas
as cidades do país, em torno das mais diferentes expressões: do teatro, da
dança e da música.
Junto com seus iguais, com seus amigos, distante do controle mais
estreito dos adultos, consumindo ou produzindo cultura, eles podem mais
livremente manifestar suas dúvidas e angústias, trocar conhecimentos, buscar
realizar seus desejos, testar suas opiniões, experimentar novos
comportamentos e atitudes. Esse é o espaço privilegiado pelos jovens para a
elaboração de suas identidades e de seu modo de relação com o mundo. Em
torno das atividades culturais os adolescentes e jovens adquirem e difundem
informações (incluindo também aqui a TV, as revistas etc.), desenvolvem a
imaginação e expressam suas questões, das convicções às dúvidas mais
profundas.
Fica evidente que não se pode falar de uma adolescência, de uma
juventude brasileira: existem juventudes, no plural, numa enorme diversidade 39
de formas de expressão. Mas algumas características vêm ganhando destaque
na vivência da condição juvenil contemporânea.
5.2.3- CONCEPÇÃO DE TRABALHO
É fato que todo o indivíduo inserido na sociedade executa seu papel
cultural, realizando ações concernentes aos seus valores e anseios. Uma das
principais ações que contribuem para a afirmação social do indivíduo é a
realização do trabalho. Este, por sua vez, advém de interações e interrelações
entre os indivíduos e o ambiente em que vivem. Expressa uma relação de
poder que, infelizmente, acaba por inferir em uma divisão social em que a
maioria se encontra numa posição subordinada e uma minoria em posição
privilegiada. É necessário estabelecer condições de trabalho que sejam
pertinentes à manutenção e garantia dos direitos.
O trabalho deve, ao contrário de agenciar desigualdades sociais,
fomentar relações de promoção social, uma vez que através de seus
resultados, a sobrevivência está a ele condicionada e a cidadania se revela
atrelada ao uso do conhecimento e à prática dos deveres.
No trabalho educativo o fazer o pensar entrelaçam-se dialeticamente
e é nesta dimensão que está posta a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma
atividade intencional que envolve, formas de organização necessária para
formação do ser humano.
5.2.4- CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a
superação das contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem
como base a consciência crítica, estruturada a partir de análises reflexivas,
onde o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e construtor de sua própria
história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente
40
vinculada à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar
com liberdade e respeito social, construindo uma sociedade sustentável.
A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas ao
cidadão, aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes
para a utilização de serviços, bem como o cumprimento de obrigações, como
pagamento de taxas e impostos e de sua participação ativa ou passiva na
administração comum. Por essa abordagem, verifica-se que a cidadania está
incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma
consciência de pertinência e responsabilidade coletiva.
Assim, o exercício da cidadania não se restringe ao exercício do
voto ou de outras ações determinadas por lei. Vai muito além disso. Consiste
em usufruir de seus direitos, cumprir seus deveres e principalmente respeitar
os direitos alheios, estejam eles relacionados aos próprios indivíduos, enquanto
pessoas, às comunidades, à sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com
responsabilidade e compromisso coletivo, maximizando a liberdade de ação,
sem desrespeitar limites que se estabelecem na estrutura social.
5.2.5- CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E DE EDUCAÇÃO
A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino
e pesquisa, nos movimentos sociais e organização da sociedade civil e nas
manifestações culturais , devendo vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social. ( LDB – Art. 1º).
O educando é o ser em desenvolvimento que busca o seu direito de
acesso, permanência e sucesso na escola. Ao buscar esse direito, ele deve
receber da escola tratamento diferenciado, visando promover igualdade entre
os desiguais. Isto significa que o educando, embora diferenciado em sua
condição sócio - econômica - cultural, tem direito, perante a justiça, na busca
de eqüidade no acesso à educação, ao emprego, à saúde, ao meio ambiente
saudável, e outros benefícios sociais e no combate a todas as formas de
41
preconceito e discriminação por motivo de raça, sexo, religião, cultural,
condição econômica, aparência ou condição física.
Dentro da LDB, há direitos do educando como: gratuidade do ensino
básico nas escolas públicas, atendimento educacional especializado gratuito
aos educandos com necessidades especiais, acesso aos níveis mais elevados
do ensino, segundo a capacidade de cada um, garantia de padrões mínimos de
qualidade de ensino, garantia de acesso e permanência na escola aos alunos -
trabalhadores.
O professor é o profissional que detém o conhecimento formal e que,
pela interação entre ele e o educando, deverá propiciar a este as
oportunidades de acessar as informações, observações, confrontações e de
exercer as atividades de reflexão e crítica para formação de conceitos e
construção de seus conhecimentos.
É preciso que o educador tenha visão global do currículo escolar dos
ensinos fundamental e médio e que conheça o nível de desenvolvimento
intelectual do educando para estabelecer a sua proposta escolar, selecionando
conteúdos, planejando atividades e escolhendo a metodologia adequada, em
função do objetivo educacional proposto.
O educador deve estar atento na formação do educando, não se
esquecendo dos eixos organizadores da doutrina curricular expressa na LDB:
interdisciplinaridade e contextualização e o desenvolvimento dos princípios
axiológicos e pedagógicos para que o educando alcance, ao final do ensino
fundamental e médio, o desenvolvimento dos conhecimentos estabelecidos na
proposta curricular.
O diagnóstico dos avanços e das dificuldades apresentadas pelos
alunos deve ser contínuo no decorrer das atividades escolares, para a
intervenção necessária do professor, a fim de dirimir os nós que emperram a
caminhada na construção do conhecimento.
5.2.6 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola é uma instituição criada pela sociedade, constituída em
função dela própria, para formação básica do indivíduo, que se modifica
42
através da aquisição de conhecimentos e modifica a sociedade na qual está
inserido.
A escola é um espaço constituído de diversas dimensões: a
pedagógica, a administrativa, a política, a social, a cultural, a humana. Cada
dimensão atende a determinados campos de ação. A pedagógica atende
questões pertinentes ao processo ensino - aprendizagem; a administrativa
cuida de questões de infraestrutura e de pessoal; a política, do processo
decisório; a social, da relação escola x comunidade; a cultural confere
identidade social, cultural e a humana se relaciona com sentimentos, conceitos
e preconceitos de cada ser humano da comunidade escolar.
O eixo central da escola é o pedagógico e as questões
administrativas são atividades - meio para a sua realização, mas para que o
pedagógico tenha êxito é preciso que todas as outras dimensões funcionem
interligadas, visando a sua finalidade maior, que é o de garantir o direito ao
saber científico, cultural e ético, para a formação básica do educando.
Não basta dizer, para a comunidade que a escola é importante. É
preciso mostrar à sociedade através de seus trabalhos, publicações de alunos
e professores; de participação na busca de soluções para os problemas
comunitários; realizar projetos e atividades dirigidas ao público, à comunidade;
fazer exposições de materiais; organizar e participar de seminários e fóruns
sobre assuntos de interesse comunitário onde se situa; dar voz à escola
através de publicações e manifestações nas mídias; desenvolver trabalhos
voltados ao lazer, esporte, cultura, arte e convivência fraterna com a
comunidade local e regional. Dessa forma a escola estará se firmando como
instituição social necessária e significativa para a vida dos alunos e da
comunidade.
5.2.7- CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado
que realiza num determinado grupo cultural, a partir da interação com outros
indivíduos da sua espécie.
O aprendizado depende das condições biológicas do indivíduo e da 43
dimensão social que fornecem instrumentos e símbolos que medeiam a relação
do indivíduo com o mundo. Como condições biológicas entende-se o
desenvolvimento perfeito do organismo humano e, como dimensão social, o
ambiente humano e natural impregnados de significado cultural. A
aprendizagem é que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento.
Segundo Vygotsky, o aprendizado pressupõe uma natureza social
específica e um processo, através do qual os indivíduos penetram na vida
intelectual daqueles que o cercam. Desse ponto de vista, o aprendizado é o
aspecto necessário e universal, uma espécie de garantia de desenvolvimento
das características psicológicas especificamente e culturalmente organizada.
O aprendizado se processa informalmente fora da escola, no entanto
é na escola que se introduzem elementos novos no desenvolvimento do ser
humano, de forma sistematizada.
O desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados.
Através da interação com o meio físico e social, o ser humano realiza uma
série de aprendizados.
Vysgotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um que se
refere às conquistas já efetuadas, que ele chama de nível de desenvolvimento
real ou efetivo, e o outro, o nível de desenvolvimento potencial, que se
relaciona às capacidades em vias de serem construídas. O desenvolvimento
real é aquilo que o indivíduo é capaz de fazer, de forma autônoma e
desenvolvimento potencial é aquilo que ele faz em colaboração com os outros
elementos do seu grupo social. Entre estes dois níveis encontra-se a zona de
desenvolvimento proximal que define aquelas funções que ainda não
amadureceram, portanto, aquilo que é zona de desenvolvimento proximal hoje,
será nível de desenvolvimento real amanhã. No seu cotidiano, observando,
experimentando, imitando e recebendo instruções de pessoas mais experientes
de sua cultura, aprende a fazer perguntas e também obter respostas para uma
série de questões.
O indivíduo, como membro de um grupo sociocultural determinado,
vivência um conjunto de experiências e opera todo o material cultural, como
conceitos, valores, ideias, objetos concretos, concepção de mundo a que tem
acesso, construindo o seu conhecimento, desenvolvendo suas funções 44
psicológicas superiores. À escola compete desenvolver os conhecimentos
construídos na experiência pessoal dos educandos, os chamados conceitos
cotidianos ou espontâneos, através de ensino sistemático, elaborado em sala
de aula, transformando-os em conceitos científicos.
Vygotsky ressalta que, se o meio ambiente não desafiar, exigir e
estimular o intelecto do adolescente, o processo de desenvolvimento poderá
atrasar ou mesmo não se completar, ou seja, poderá não chegar a conquistar
estágios mais elevados de raciocínio. Isto quer dizer que o pensamento
conceitual é uma conquista, que depende não somente do esforço individual,
mas principalmente do contexto em que o indivíduo se insere, que define, aliás,
o seu “ponto de chegada”
A escola deve propiciar ao educando um conhecimento sistemático
sobre aspectos associados aos conceitos espontâneos, possibilitando-lhe que
tenha acesso ao conhecimento científico, construído e acumulado pela
humanidade.
O aprendizado escolar exerce significativa influência no
desenvolvimento das funções psicológicas superiores através dos processos
de formação de conceitos, envolvendo operações intelectuais dirigidas pelo uso
de linguagens e códigos, atenção deliberada, memória lógica, reflexão,
abstração, capacidade de comparar e diferenciar, além de outras informações
recebidas do exterior, desencadeando uma intensa atividade mental no
educando.
As considerações gerais sobre a legislação indicam a necessidade
de construir novas alternativas de organização curricular comprometidas, de
um lado, com o novo significado do trabalho no contexto da globalização e, do
outro, com o sujeito ativo, a pessoa humana que se apropriará dos
conhecimentos para aprimorar-se como tal, no mundo do trabalho e na
prática social. Nesse contexto o conhecimento torna-se fator primordial da
produção e, por conseguinte, “aprender a aprender” coloca-se como
competência fundamental para inserção na dinâmica social que se
reestrutura continuamente. A perspectiva é, pois, de uma aprendizagem
permanente, de uma forma continuada, tendo em vista a construção da
cidadania.45
5.2.8 – CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO
Como descrevem as Orientações Pedagógicas para os Anos Iniciais
do Ensino Fundamental de 09 anos (SEED, 2010), o domínio da escrita exige a
aprendizagem da tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao
longo dos anos, ou seja, o domínio de um processo de representação:
codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou
grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e
equipamentos necessários à escrita: lápis, caneta, borracha, ….; a
aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita: papel sob
diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal....;além da aprendizagem
das convenções para uso correto destes instrumentos: a direção da escrita de
cima para baixo, da esquerda para a direita. A essa aprendizagem do sistema
alfabético e ortográfico de escrita e das técnicas para seu uso é que se chama
Alfabetização.
No entanto, como salientam as referidas Orientações Pedagógicas,
apenas a aquisição desta tecnologia não garante o desenvolvimento de
competências para o uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que as
envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever
apenas como um processo de codificação e decodificação –, é necessário
apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever de forma adequada
e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou
escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes
suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores,
para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para
imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, entre outros
objetivos e demandas.
A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia
da escrita é que se chama Letramento.
É bastante comum a entrada de alunos na etapa final do ensino
fundamental de anos de crianças razoavelmente alfabetizadas, porém sem ter
o adequado desenvolvimento das competências para uso da tecnologia da
escrita, ou seja, alunos que apresentam deficiências em seu letramento. 46
A escola necessita proporcionar a estes alunos as condições
necessárias para a aquisição do letramento. Mais do que lamentar ou procurar
culpados para as deficiências detectadas quanto ao letramento dos alunos, os
profissionais da educação e a escola como um todo devem buscar formas para
oportunizar a estes educandos a superação de suas dificuldades e a
complementação de seu processo de alfabetização e de letramento, visando o
progresso do aluno e a consequente melhoria da qualidade da educação
ofertada.
5.2.9 - CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-
se ao indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à
primeira infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da
razão. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente considera criança, para os
efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos.
Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente
para caracterizar a infância. É o que Khulmann Júnior (1998, p. 16) afirma
categoricamente:
“Infância tem um significado genérico e, como qualquer
outra fase da vida, esse significado é função das
transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas
de classes de idade e a cada uma delas é associado um
sistema de status e de papel”.
Se a idade cronológica não pode abarcar a concepção
contemporânea de criança, o que poderia mais se aproximar disso?
Philippe Ariès (1978), famoso historiador francês, afirmou que a
infância foi uma invenção da modernidade, constituindo-se numa categoria
social construída recentemente na história da humanidade. Para ele, a
emergência do sentimento de infância, como uma consciência da
particularidade infantil, é decorrente de um longo processo histórico, não sendo
uma herança natural. Essa sua afirmação trouxe grandes mudanças na
compreensão da infância. Os séculos XVI e XVII, como defende Áriès, 47
esboçam uma concepção de infância centrada na inocência e na fragilidade
infantil. O século XVIII inaugurou a construção da infância moderna, assumindo
o signo de liberdade, autonomia e independência.
Na verdade, o que Ariès quis dizer com a sua afirmação de que a
infância foi uma invenção da modernidade, é que a infância que conhecemos
hoje foi uma criação de um tempo histórico e de condições socioculturais
determinadas, sendo um erro querer analisar todas as infâncias e todas as
crianças com o mesmo referencial. A partir disso, podemos considerar que a
infância muda com o tempo e com os diferentes contextos sociais, econômicos,
geográficos, e até mesmo com as peculiaridades individuais. Portanto, as
crianças de hoje não são exatamente iguais às do século passado, nem serão
idênticas às que virão nos próximos séculos.
Por que interessa à escola a compreensão da concepção de
infância?
Pesquisas na área da psicologia do desenvolvimento reforçam a
ideia das diferentes formas de interação social na aprendizagem de acordo
com as diferentes idades de vida. A estrutura do trabalho pedagógico escolar
fundamenta-se na divisão por faixas etárias, na sequência, ordenação e
hierarquia deste tipo de distinção. Esta distinção desdobra-se, por sua vez, na
forma de um dispositivo pedagógico que atua no conjunto das regras
hierárquicas que organizam a atividade pedagógica na forma de classificações,
enquadramentos e modalidades que incluem os docentes e demais
profissionais na área educacional.
Por outro lado, as diversas concepções de aprendizagem apontam
que é na escola que as crianças se convertem em sujeitos ativos participantes
do processo de aprendizagem, quando despertadas para o prazer e a
responsabilidade de aprender. Essa atitude participativa é o ponto de partida
indispensável para a capacidade de pensar, discriminar, cooperar e ter a
habilidade de se adaptar às novas exigências do grupo e do meio.
Portanto, pedagogos e professores que trabalham com crianças que
ingressam na fase final do ensino fundamental de 09 anos, principalmente no
6º ano – fato que ocorre em torno dos 10 anos – devem buscar
conhecimentos sobre a aprendizagem na infância, desvendando o perfil 48
destas crianças a fim de caracterizar como aprendem, o que fazem, do que
brincam, como percebem o mundo e o ambiente escolar em que estão. Isso
contribuirá para assegurar uma aprendizagem eficaz, prazerosa e significativa
para estes alunos.
5.2.10 – CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a
adultície, vem do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à
puberdade, palavra derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de
transformações fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a
passagem progressiva da infância à adolescência. O termo adolescência se
aplica especificamente ao período da vida compreendido entre a puberdade e a
maturação orgânica do corpo, cuja idade ocorre aproximadamente dos 13 aos
21 anos.
A mais notável característica deste período é o acentuado
desenvolvimento físico com fortes transformações internas e externas.
Ocorrem também mudanças marcantes nos campos intelectual e afetivo
Paralelamente, ao desenvolvimento físico interno e externo, ocorrem
também, modificações de caráter social. O grupo de amigos tende a aumentar
em importância e a tendência à imitação e identificação acentua-se
marcadamente. Assim, a forma de se vestir, de falar, de agir, até mesmo os
gostos tendem a ser muito influenciados pelo grupo. Temem não serem aceitos
e valorizados pelos amigos e, portanto, procuram agir de acordo com o que faz
a maioria, num processo de identificação com o grupo e seus componentes.
Isso nos leva à compreensão de que o aspecto fisiológico, não é
suficiente para se pensar o que seja a adolescência. Segundo Ozella (2003, p.
20), "é necessário superar as visões naturalizantes e entender a adolescência
como um processo de construção sob condições histórico-culturais
específicas". Isso significa pensar que a adolescência deve ser vista e
compreendida como uma categoria construída socialmente, a partir das
49
necessidades sociais e econômicas dos grupos sociais, que lhe constituem
como pessoas, enquanto são constituídas por elas.
Segundo Vygotsky, citado por Palangana (2001), o indivíduo se
constrói a partir do meio social no qual esta inserido. Interagindo com os
demais, o indivíduo participa ativamente tanto na construção e na
transformação do ambiente social, como também na de si mesmo. Isso
equivale dizer que as funções complexas do comportamento humano são
elaboradas conforme são utilizadas, a depender do conteúdo adjetivo sobre o
qual incidem e das interações a partir das quais se constroem. Entende-se,
portanto, que a natureza humana é, desde o início, essencialmente social, na
medida em que ela se origina e se desenvolve na e pela atividade prática dos
homens. Portanto, a adolescência não é um período natural do
desenvolvimento, e sim um momento significado e construído pelos homens.
Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade
cronológica, da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos
de passagem, ou de elementos determinados aprioristicamente ou de modo
natural. A adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói,
se exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos.
É no sentido de refletir sobre a adolescência construída
historicamente que Aguiar; Bock; Ozella (2002) apontam elementos
fundamentais para a compreensão da adolescência numa perspectiva sócio-
histórica. Para eles é necessário não perder de vista o vínculo entre a
desenvolvimento do homem e a sociedade. Desse modo, as peculiaridades e
especificidades históricas, culturais e sociais precisam ser levadas em conta
nos estudos, pesquisas e atribuições de sentido feitos às vivências dos
adolescentes.
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a
transição da segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo
desenvolvimento de uma nova qualidade de mente, caracterizada pela forma
de pensar sistemática, lógica e hipotética.
Segundo Piaget (1972), a adolescência situa-se no quarto estágio
do desenvolvimento humano, o estágio das operações formais que se situa
entre os 11 anos até cerca dos 15/16 anos. 50
A partir desta altura a criança/adolescente já é capaz de fazer
operações sem o suporte da manipulação de objetos. As operações passam a
ser realizadas a um nível absolutamente verbal e conceitual, sendo capaz de
efetuar raciocínios hipotético-dedutivos, deduzindo mentalmente a partir de
hipóteses abstratas. Nesta fase, do ponto de vista psicológico, os adolescentes
adquirem uma nova e superior forma de pensamento, em relação à anterior
(fase das operações concretas, da infância) que lhes possibilitará conceber os
acontecimentos ao seu redor, de forma diferente de como faziam até então. Tal
pensamento, caracterizado por uma maior autonomia e precisão de seu
raciocínio, foi denominado pela tradição piagetiana de pensamento formal,
caracterizado pelo surgimento e desenvolvimento das operações formais
(Palacios, 1995). Numa visão construtivista o surgimento do pensamento
formal não é uma consequência da puberdade, embora ambos possam surgir
na mesma época. As estruturas formais são formas de equilíbrio que se
impõem pouco a pouco ao sistema de intercâmbio entre os indivíduos e o meio
físico. (Inhelder & Piaget, 1976)
Considerando que a adolescência é uma etapa em que os discentes
passam por importantes transformações bio-psico-sociais, faz-se necessário
que o docente compreenda as etapas do desenvolvimento do adolescente. É
importante ressaltar que para o educador ter um bom relacionamento e
desenvolver o processo de ensino e aprendizagem com seus alunos
adolescentes de forma significativa e eficaz , é preciso estar atento a todas as
especificidades que o jovem encontra no decorrer dessa fase e que são
fundamentais para a construção da aprendizagem, de sua identidade e da
convivência em sociedade.
5.2.11- CONCEPÇÃO DE CONTEÚDOS
As grandes diretrizes da educação básica, na perspectiva
democrática e participativa, são a formação do cidadão crítico, autônomo,
atuante e profissionalmente competente. A escola constitui um dos contextos
educativos propiciadores dessa formação. No entanto, ao contrário do que
51
acontece na maioria dos outros contextos, a instituição escolar precisa definir
suas intenções educativas de forma explícita: estabelecer sua parcela de
responsabilidade na tarefa de contribuir para a formação do indivíduo. Isto
remete a uma reflexão sobre o tipo de sociedade que se tem e se quer formar,
para que se possa utilizar a educação formal como instrumento de mudança do
indivíduo enquanto ser social.
A seleção dos conteúdos curriculares está diretamente ligada ao
tipo de sociedade que se pretende formar.
Como os conteúdos estarão a serviço do objetivo maior que é a
formação do cidadão democrático e participativo, não deverão ser tratados de
maneira estanque, mesmo que os conteúdos não apresentem possibilidade de
uso imediato, porque só se revestirão de sentido se forem relacionados com
questões de relevância social. Isto exige que o enfoque dos conteúdos não se
restrinja a fatos e conceitos, mas que envolva o tratamento de outros aspectos
como procedimentos, atitudes e valores.
Quantidade ou qualidade dos conteúdos? É uma reflexão a ser feita
para a seleção de conteúdos na proposta curricular.
Só a quantidade de conteúdos transmitidos não garante uma
formação consistente; também a perspectiva de busca de qualidade não pode
cair em um esvaziamento dos currículos em que pouco se aprende. A forma
excessivamente hierárquica de apresentar os conteúdos, onde se domina a
idéia de pré-requisitos necessários para prosseguir, leva a desconsiderar as
possibilidades de aprendizagem dos alunos.
É certo que o planejamento e a organização dos conteúdos
curriculares é uma questão complexa e polêmica.
Estabelecer os conteúdos curriculares requer uma análise do
momento histórico, social, político e econômico em que se vive; da relevância e
abrangência dos conhecimentos que se pretende que sejam desenvolvidos no
ensino fundamental e no ensino médio; da atuação dos professores em sala de
aula; dos materiais didáticos disponíveis; das condições de vida dos alunos e
dos seus objetivos. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em
detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária , mas
sim de garantir a seleção de conteúdos que zelem pela formação de conceitos 52
e concepções relacionados com a construção de uma visão de mundo, outros
práticos e instrumentais para a ação e, ainda, aqueles que permitem a
formação de um sujeito crítico.
Desta forma, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná
apontam para a organização curricular, no interior de cada uma das disciplinas
que compõem a matriz curricular, em conteúdos estruturantes, os quais são
entendidos como conhecimentos de maior amplitude e relevância, conjunto de
conceitos que se constituem partes importantes para a compreensão de cada
uma das áreas de uma disciplina. São entendidos como saberes mais amplos
da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de
um corpo estruturado de conhecimentos construídos e acumulados
historicamente.
Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como
saberes isolados entre si, estanques e sem comunicação; são, na verdade,
dimensões disciplinares da realidade e, como tais, cada um dialoga e
relaciona-se continuamente com os outros, constituindo uma rede de inter-
relacionamentos e articulações entre os conceitos de cada conteúdo
específico das diversas disciplinas escolares. Portanto, os conteúdos
curriculares devem merecer tratamento didático interdisciplinar e
contextualizado que propicie um avanço contínuo da construção de
conhecimentos, tanto em extensão quanto em profundidade.
A partir dessas reflexões, pode-se afirmar que currículo da escola
deve ser entendido como o conteúdo e o processo pelo qual os alunos
constroem conhecimentos, desenvolvem habilidades e alternam atitudes e
valores sob os auspícios da escola, tudo isso na prática diária, no cotidiano,
uma vez que o currículo não pode mais apresentar-se numa dicotomia entre
teoria e prática, isto é, uma coisa é o currículo expresso no documento oficial
da escola e outra coisa é o currículo colocado em prática.
Levando-se em conta essas considerações, conclui-se que, para
estabelecer seu currículo,a escola deverá propiciar um ambiente de discussão
enfocando a forma, a seleção, a organização e a análise dos conteúdos
respeitando sua relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento
intelectual do aluno.53
5.2.12 - CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo, conforme Yamamoto e Romeu (1995: 105 - 117) é
“como uma filosofia em ação”, baseado num referencial de valores que
representa a visão que o educador tem do mundo, do homem e da educação.
O currículo deve corporificar os interesses sociais e de luta cultural
que se processa na sociedade, como instrumento de ação política, que
fundamentada na concepção de mundo - homem - educação, seja prática,
pedagógica, aberta ao exame crítico, sendo traduzida efetivamente para a
prática, oferecendo experiências de aprendizagens significativas que reforcem
em cada educando a capacidade de exercer sua cidadania em prol de uma
transformação social, que atenda os interesses da população.
A finalidade fundamental de um currículo é preparar indivíduos para
serem cidadãos ativos e críticos, membros solidários e democráticos de uma
sociedade solidária e democrática. Portanto, as diretrizes que nortearão a
seleção de conteúdos devem promover a construção dos conhecimentos,
destrezas, atitudes, normas e valores necessários para ser um bom cidadão.
(Santomé).
A escola e o currículo, segundo Giroux, devem ser locais onde os
estudantes tenham a oportunidade de exercer as habilidades democráticas da
discussão e da participação, de questionamentos dos pressupostos do senso
comum da vida social. O currículo deve favorecer a construção de um espaço
onde os anseios, os desejos e os pensamentos dos estudantes possam ser
ouvidos e atentamente considerados. Alunos e professores devem ser vistos
como pessoas ativamente envolvidas nas atividades da crítica e do
questionamento, a serviço do processo emancipatório e de libertação.
O currículo da Educação Básica, que tem entre seus objetivos a
formação geral mais humana do homem para o exercício da cidadania e, ao
mesmo tempo, a preparação básica para a sua inserção no mundo do trabalho,
deve ser orientado para uma visão de mundo - homem - educação, tendo como
ponto de partida o seu conhecimento espontâneo, propiciando oportunidades
de desenvolvimento das capacidades de observar, de analisar, de comparar,
de compreender, de pesquisar, de criticar e de agir, ultrapassando as fronteiras 54
das disciplinas, em busca da criação ou a recriação de uma nova realidade,
num processo contínuo de formação de capacidades intelectuais superiores.
Dessa forma estará atendendo ao que preconiza os eixos organizadores da
doutrina curricular expressa na LDB: interdisciplinariedade e contextualização.
A parte diversificada, organicamente integrada à base nacional
comum, ocorrerá por enriquecimento, ampliação, contextualização,
desdobramento e diversificação dos conteúdos do currículo e da proposta
pedagógica, atendendo as peculiaridades locais e regionais.(Parecer nº 15/98 -
CNE, 4.6 - Base Nacional Comum e parte diversificada).
De forma mais específica, o currículo do Ensino Médio proposto
pela LDB, inspirado nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, deve estar em função do objetivo maior do ensino que é o de
propiciar ao educando o seu pleno desenvolvimento, o seu preparo para a
cidadania, a sua vinculação para o mundo do trabalho e a prática social,
mediante:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania do
educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com
flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III. o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo a formação ética
IV. a compreensão dos fundamentos científico - tecnológicos dos
processos produtivos relacionando com a prática, no ensino de cada disciplina.
A LDB, norteadora da organização curricular nacional, considerando
a grandeza territorial e diversificada sociocultural, tem no seu eixo
organizacional a flexibilidade de propostas pedagógicas diversificadas, mas
também deixa claro os princípios axiológicos e pedagógicos comuns a todos,
que conduzirão a formação básica necessária demonstrada ao final do curso
(Arts. 35 e 36).
São princípios que devem inspirar o currículo:
55
• fortalecimento dos laços de solidariedade e de tolerância
recíproca (respeito à diversidade);
• formação de valores;
• aprimoramento como pessoa humana;
• exercício da cidadania (inclusão e integração).
São princípios pedagógicos estruturadores do currículo a
interdisciplinariedade e a contextualização para atender o que a lei estabelece
quanto à capacidade de:
• preparar-se para o mundo do trabalho e à prática social;
• compreender os significados (conhecimento das formas
contemporâneas de linguagem);
• ser capaz de continuar aprendendo;
• ter autonomia intelectual e pensamento crítico;
• ter flexibilidade para adaptar-se a novas condições de ocupação;
• relacionar a teoria com a prática;
• transformar-se em reais sujeitos da construção e da reconstrução
do saber ensinado.
Diante dessa perspectiva e da necessidade de oferecer uma ensino
que, firmado em princípios de flexibilidade, assegure capacidade de
permanente adaptação, raciocínio lógico, habilidades de análise, síntese,
prospecção, leitura de sinais e agilidade na tomada de decisões, preconiza-se
a estruturação do currículo que contemple:
a) uma base científica comum, com o objetivo de dotar o educando
de conteúdos científicos potencializadores de progressivo domínio da
integração ciência e tecnologia;
b) domínio das linguagens, dos códigos, dos instrumentos e dos
conhecimentos sócio-culturais, indispensáveis à integração e reconstrução
social e à articulação do mundo do conhecimento com o do trabalho.
Nessa estruturação, tem-se como objetivo criar as possibilidades
para produção e construção do conhecimento, e, para isso, propõe-se a
estruturação curricular por disciplinas distribuídas em base nacional comum e
em parte diversificada, zelando, no entanto, pela integração dos diversos
56
conhecimentos científicos através da interdisciplinaridade e da
contextualização, superando o conhecimento enciclopédico esvaziado de
sentido e tratado de forma estanque em cada uma das diversas disciplinas que
compõem a matriz curricular.
A proposta pedagógica da escola prevê a aplicação dos princípios
didáticos pedagógicos no tratamento dos conteúdos de ensino visando a
formação básica explicitada na LDB.
A tecnologia deve ser compreendida como produto e como
processo, uma vez que a compreensão contemporânea do universo físico, da
vida planetária, da vida humana e do mundo do trabalho não pode prescindir
do entendimento dos instrumentos tecnológicos utilizados.
Na educação contemporânea, não se deve tratar apenas de apreciar
ou de dar significado ao uso da tecnologia, mas deve conectar os inúmeros
conhecimentos com suas aplicações tecnológicas, que podem ser exploradas
em cada nucleação de conteúdos. Citando como exemplos: traduções
simultâneas em seminários e conferências; as teleconferências; mundo da
multimídia, jogos de lazer em computadores; eleições computadorizadas;
cartões magnéticos em diversas operações bancárias; o fax; a telefonia; a
telegrafia, os robôs nas indústrias, etc.
A proposta curricular da escola somente tornar-se-á currículo em
ação, pelo desenvolvimento curricular real, feito na escola e pela escola,
tendo como protagonista o professor.
O currículo ensinado será o trabalho do professor em sala de aula.
Para que ele esteja em sintonia com os demais níveis - o da preposição e o da
ação - é indispensável que o professor se aproprie, não só dos princípios
legais, políticos, filosóficos e pedagógicos que fundamentam o currículo
proposto, de âmbito nacional, mas da própria proposta pedagógica da escola.
A reforma do ensino só ocorrerá quando este currículo proposto
tornar-se currículo em ação, mediante o trabalho de todos os professores com
o currículo ensinado.
De outra forma, ficaremos na mesmice, sem que haja avanço: a
escola como mera transmissora de conhecimentos certos e acabados, estática
ante a mudança vertiginosa do mundo tecnológico - científico.57
5.2.13. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
De acordo com a deliberação nº 007/99 do Conselho Estadual de
Educação, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor.
A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento
integrador, entre a aprendizagem e o ensino, que envolve múltiplos aspectos:
• O ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o
aluno aprenda da melhor forma;
• obtenção de informações sobre os objetivos que foram atingidos;
• obtenção de informações sobre o que foi aprendido e como;
• reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa,
tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades.
A avaliação deve ser vista como controle de aprendizagem, deve ser
contínua e centralizada no desempenho do aluno. Deve deixar de ser
meramente classificatória, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
aspectos quantitativos.
A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e
acompanhamento do processo pedagógico, avalia, portanto o educando, a
escola e o sistema escolar. O resultado obtido deverá indicar o ponto em que
o conteúdo deve ser retomado e em que aspecto o processo pedagógico deve
ser reformulado, sendo assim, será feita a recuperação simultânea para todos
os alunos independente de sua média, devidamente registrada em todos os
bimestres.
A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão
contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou
reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou
de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de
58
suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu
investimento na tarefa de aprender.
Neste Estabelecimento de Ensino, o sistema avaliativo é bimestral,
com atribuição de valor de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 9dez vírgula zero),
sendo que para aprovação o aluno necessita atingir média final igual ou
superior a 6,0 ( seis vírgula zero) e frequência igual ou superior a 75%.
Diversos instrumentos avaliativos são utilizados: simulados
quinzenais, trabalhos e pesquisas individuais ou em grupos, testes escritos e
orais, produção de textos, provas objetivas e subjetivas, atividades
diversificadas desenvolvidas em sala de aula, entre outros.
A recuperação de conteúdos ocorre de forma paralela, concomitante
ao processo de ensino e aprendizagem. A recuperação de notas é
oportunizada a todos os alunos, independente da nota alcançada, ocorrendo,
com notas parciais, em diversos momentos durante o bimestre. Ao final do
bimestre ainda é ofertada mais uma prova de recuperação para o fechamento
da média bimestral.
O sistema avaliativo prevê também a realização de Conselhos de
Classe bimestrais, os quais ocorrem com a participação da direção, de
pedagogos, professores, representantes de alunos e de pais. O Conselho de
Classe, mais do que uma reunião pedagógica, é parte integrante do processo
de avaliação desenvolvido pela escola; é o momento privilegiado para redefinir
práticas pedagógicas com o objetivo de superar a fragmentação do trabalho
escolar e oportunizar formas diferenciadas de ensino que realmente garantam
a todos os alunos a aprendizagem.
5.2.14- CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
Em uma sociedade tecnológica, onde os conhecimentos técnico-
científicos avançam em uma velocidade cada vez maior, uma escola que se
pretenda qualificar, “deve visar, ainda, a construção de indivíduos capazes de
bem lidar com as novas tecnologias, com a diferença e a mudança, que
valorizem a inovação e que saibam questionar, desafiar e propor alternativas”.
(Kress, 1986).59
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o
aumento das desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma
forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as
áreas.
Os avanços da tecnologia, trouxeram novas formas de trabalho e
possibilitaram às escolas e, consequentemente aos profissionais da
educação, uma nova forma de ensinar, com inovações nas suas práticas, no
intuito de transformação do cotidiano escolar, para um alunado que, muitas
vezes, já convive com toda a tecnologia disponível no mercado. Entretanto, há
que se pensar no encorajamento de todo o coletivo, para que se busque a
preparação e se faça o uso adequado e eficaz das tecnologias que estão
disponibilizadas na escola.
5.3 - PRESSUPOSTOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
5.3.1- FILOSÓFICOS
A visão do homem é a de um ser histórico, engajado e sujeito de
suas próprias ações na totalidade social, sejam eles de natureza social, política
ou eminentemente pedagógica, ou seja, um indivíduo que deve usar suas
capacidades intelectuais, psicomotoras e afetivas para a formação e
transformação das estruturas e das instituições sociais.
5.3.2- EPISTEMOLÓGICOS:
Partindo da tese de que a gênese do conhecimento está no
imbricado jogo das relações sociais, sendo o conhecimento e a realidade
construídos e transformados coletivamente, ocorrendo seu processo de
apropriação, sobretudo, via socialização e democratização do saber nossa
concepção de educação possui, portanto, um duplo sentido: fornecer a
assimilação e a sistematização do saber historicamente produzido na teia das
60
relações sociais e fomentar a necessidade de sua (re)elaboração constante,
com base na reflexão crítica dos conteúdos da estrutura social.
5.3.3- SOCIOLÓGICOS
Podemos apontar duas premissas básicas. Primeiro, o
reconhecimento de que, em virtude da dimensão histórica da luta de classes,
toda sociedade evidencia conflitos, contradições e paradoxos que permeiam as
relações pessoais e institucionais. Segundo, o fato de que, não estando ilha da
dos jogos e práticas sociais, a escola também não está imune aos problemas
gerados nas várias esferas da totalidade social, o que ocorre
fundamentalmente em decorrência das relações de poder, presentes em seu
interior.
5.3.4- DIDÁTICOS-METODOLÓGICOS
Entendemos que a sistematização do processo educativo precisa
ocorrer oportunizando a todos a assimilação ativa e crítica dos conteúdos, por
meio de metodologias participativas e contextualizadas, levando os avanços
em suas representações do real, sendo o professor um catalisador desse
processo; mediatizados por uma relação pedagógica humanizada e
humanizante, profissionais da educação, pois os alunos são construtores do
conhecimento e da realidade.
Em relação a esses pressupostos cabem duas observações:
A primeira refere-se à reflexão interdisciplinar – minimizar as
conseqüências negativas da fragmentação do saber – relacionando diversas
interfaces do conhecimento, a interdisciplinaridade, concebida para além da
questão didática metodológica e interpretada como construção crítica do
conhecimento, contribui para abordagens curriculares e gerenciais mais
contextualizadas e abrangentes a seu respeito.
A segunda: materialidade da escola, valorização dos profissionais,
recursos didáticos - pedagógicos a disposição dos professores, organização do
61
tempo, espaço, seriações, dimensão hierárquica – devendo todos os itens
serem analisados na elaboração de qualquer projeto.
Pressupondo que ninguém cria do nada, é razoável supor que
qualquer projeto pedagógico necessita assegurar certa base material. Contudo,
dependendo do seu nível se solidez, ele pode contribuir para a conquista de
condições materiais mais favoráveis à sua viabilização, de forma que a escola
não resuma suas práticas e forças aos problemas do dia-a-dia, mas aprenda a
pensar e propor ações a médio e longo prazos, ou seja, viabilize a construção
coletiva do seu projeto político - pedagógico.
5.4 - FUNDAMENTOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS
5.4.1 – METODOLOGIA
A conquista dos objetivos propostos para o ensino fundamental e
médio depende de uma prática educativa que tenha como eixo a formação de
um cidadão autônomo e participativo. Essa prática pressupõe que os alunos
sejam sujeitos de seu processo de aprendizagem e que construam significados
para o que aprendem, por meio de múltiplas e complexas interações com os
objetos de conhecimentos, tendo, para tanto, o professor como mediador.
Conscientes das leis que direcionam a política educacional brasileira
e da proposta curricular escolar, há que se planejar a proposta em ação,
juntamente com os professores que atuam nas mesmas séries e classes do
ensino fundamental, para uma atuação integrada entre as diversas áreas e
disciplinas, num determinado espaço de tempo ou desenvolver um projeto
específico envolvente. Também é muito importante a participação dos
educandos em projetos municipais, estaduais, nacionais e internacionais,
como: Viva Escola, Fera, Com Ciência, Concursos diversos de produções de
redação, textos, poesias, jogos escolares, etc.
Tendo em vista a preparação básica geral do cidadão para a prática
social e isenção no mundo do trabalho serão desenvolvidos conteúdos que irão
propiciar ao educando a construção dos conhecimentos necessários para o 62
desenvolvimento de suas competências e habilidades.
Para o desenvolvimento dos conteúdos, é necessário estabelecer as
atividades, tendo em mente os princípios pedagógicos estruturadores do
currículo (interdisciplinariedade e contextualização) e os princípios axiológicos
(valores éticos estéticos e políticos).
Entende-se interdisciplinariedade como a possibilidade de relacionar
as disciplinas em áreas de projetos de estudos, pesquisa e ação.
Contextualização é o estabelecimento de relações entre o sujeito e o objeto do
conhecimento. Contextualizar é ligar fatos (a prática) com a teoria, ou com o
conhecimento científico formal.
Os valores serão desenvolvidos na prática social e escolar, no dia-
a-dia, pelo relacionamento alunos x alunos; aluno x professor; professor x
professor; escola x comunidade.
A habilidade didática e pedagógica que se espera do professor já
não se resume ao formato expositivo das aulas, à fluência vernácula, à
aparência externa. Precisa centrar-se na competência estimuladora da
pesquisa, incentivando com engenho e arte a formação de sujeitos críticos e
autocríticos, participantes e construtivos.
5.4.2 - RECURSOS DIDÁTICOS / RECURSOS TECNOLÓGICOS
Os recursos didáticos desempenham um papel importante no
processo de ensino e aprendizagem, desde que se tenha clareza das
possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles
podem ser inseridos numa proposta global de trabalho.
Quando a seleção de recursos didáticos é feita pelo grupo de
professores da escola, cria-se uma oportunidade de potencializar o seu uso e
escolher, dentre a vasta gama de recursos didáticos existentes, quais são os
mais adequados à sua proposta de trabalho.
Atualmente, o colégio conta com uma série de recursos
tecnológicos: dois laboratórios de informática, com Internet em rede, TV Pen
drive em todas as salas de aula, aparelhos dvds, videocassetes, máquinas 63
fotográficas, máquinas copiadoras. A extensão do uso desses recursos
tecnológicos na educação, além de se constituir como uma prática libertadora,
uma vez que contribui para a inclusão digital, também busca levar os agentes
do currículo escolar a se apropriarem criticamente dessas tecnologias, de
modo que descubram as possibilidades que elas oferecem no incremento das
práticas educacionais. Assim, os professores são incentivados a fazerem o
melhor uso possível destes equipamentos, enquanto recursos didático-
pedagógicos ricos em possibilidades de uso no processo de ensino e
aprendizagem. No entanto, é igualmente importante fazer um bom uso de
recursos didáticos como quadro de giz, ilustrações, mapas, globo terrestre,
discos, livros, dicionários, revistas, jornais, folhetos de propaganda, cartazes,
modelos, jogos e brinquedos. Aliás, materiais de uso social e não apenas
escolares são ótimos recursos de trabalho, pois os alunos aprendem sobre
algo que tem função social real e se mantêm atualizados sobre o que acontece
no mundo, estabelecendo o vínculo necessário entre o que é aprendido na
escola e o conhecimento extra escolar.
Dentre os diferentes recursos, o livro didático é um dos materiais de
mais forte influência na prática de ensino brasileira. É preciso que os
professores estejam atentos à qualidade, à coerência e a eventuais restrições
que apresentem em relação aos objetivos educacionais propostos. Além disso,
é importante considerar que o livro didático não deve ser o único material a ser
utilizado, pois a variedade de fontes de informação é que contribuirá para o
aluno ter uma visão ampla do conhecimento.
5.4.3 – PROFESSOR
Para atingir patamares aceitáveis de qualidade educativa da
população é estratégia primordial resolver as questões dos professores, que é
bastante complexa incluindo pelo menos dois planos mais relevantes:
valorização profissional e a competência técnica.
64
A qualidade política do professor também é uma questão muito
grave, portanto se a educação básica é instrumento fundamental da cidadania,
o professor não poderia ser agente dela, sem ser, ele mesmo, cidadão.
Para desenvolver sua prática os professores precisam também desenvolver-se
como profissionais e como sujeitos críticos na realidade em que estão, isto é,
precisam poder situar-se como educadores e como cidadãos, e, como tais,
participantes do processo de construção da cidadania, de reconhecimento de
seus direitos e deveres, de valorização profissional.
Para o professor, a escola não é apenas lugar de reprodução de
relações de trabalho alienadas e alienantes. É também lugar de possibilidade
de construção de relações de autonomia, de criação e recriação de seu próprio
trabalho, de reconhecimento de si, o que possibilita redefinir sua relação com a
instituição, com o Estado, com os alunos, suas famílias e comunidade.
5.4.4–ALUNO
O aluno é o centro de todas as atividades da escola. Para ele
convergem todas as ações da escola. Entretanto, é necessário um clima
escolar de trabalho que favoreça o seu aprendizado de forma crítica,
sistemática e progressiva.
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo 53: a
criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II - direito de ser respeitado por seus educadores;III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;V - acesso à escola pública e gratuita próxima da sua residência.
É tarefa da escola compreender seus alunos e o mundo em que
vivem. Para se compreender os jovens da atualidade é preciso despir-se de
65
modelos e preconceitos e analisá-los à luz das transformações socioculturais,
compreendendo que a diversidade é uma marca desse tempo.
A adolescência é um momento de constante oscilação. Os
adolescentes querem ao mesmo tempo e temem serem independentes;
querem ser adultos e crianças; querem namorar e brincar. Nesse período de
ambivalência podem surgir saltos repentinos de humor: ora querem se unir a
colegas que têm o mesmo sentimento, ora querem o isolamento total, podendo
passar da euforia a uma indisposição difusa, sem causa aparente.
Este período também é marcado por novas possibilidades de
compreensão do mundo em função do desenvolvimento do pensamento lógico-
formal. O adolescente, em contato com situações estimulantes nos espaços de
convivência e na escola, torna-se gradativamente capaz de formular hipóteses
sofisticadas e de acompanhar e elaborar raciocínios complexos.
Os problemas da adolescência e da juventude são comumente
associados a uma crescente desestruturação das famílias. A ideia de
desestruturação familiar é mais forte quando se trata de adolescentes e jovens
dos setores populares em que se veem mais freqüentemente mães solteiras,
pais separados, pais alcoólatras, desempregados, etc... No entanto essas
características também estão presentes nas outras classes sociais.
Na ideia de desestruturação está contido um modelo de família em
que não só os pais vivem juntos aos filhos como lhes oferecem fortes
referências para a construção de suas identidades e de seus projetos de vida.
5.4.5 – DISCIPLINA
O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas
na escola, dentro e fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou
indiretamente todos os sujeitos da comunidade escolar. A tarefa de ensinar, em
nossa sociedade, não está concentrada apenas nas mãos dos professores. O
aluno não aprende apenas na escola, mas também através da família, dos
amigos, de pessoas que ele considera significativas, dos meios de
comunicação de massa, das experiências do cotidiano, dos movimentos
sociais.66
A escola acolhe alunos de vários tipos de organização familiar,
desse modo torna-se necessário trabalhar noções de valores: respeito,
solidariedade, justiça, ética, diálogo para amenizar certos desajustes
comportamentais ocorridos no convívio escolar.
É preciso lidar com a ansiedade do professor em relação a querer
um ambiente de silêncio; disciplina dos alunos no processo de aprendizagem;
visto que nem sempre o ambiente silencioso é sinônimo de aprendizagem.
As aulas devem ocorrer num clima saudável de respeito onde os
conhecimentos científicos aconteçam normalmente sem serem forçados e sim
estimulados.
É necessário salientar que só acontece aprendizagem onde se
respeita a individualidade de cada um e o espaço da palavra não ultrapasse o
limite do outro de participar, ou seja, deve-se saber dialogar. O clima deve ser
favorável à proposta de trabalho do professor.
5.5 - GESTÃO DEMOCRÁTICA / AÇÃO COLEGIADA
A gestão democrática é normalmente entendida como uma forma
regular e significante de envolvimento dos funcionários de uma organização no
seu processo decisório (Likert, 1917; Xavier, Amaral e Marra, 1994). Em
escolas democraticamente administradas, através da instâncias colegiadas
(APMF, Conselho Escolar, alunos representantes de turmas, Conselho de
Classe, Grêmio Estudantil) toda a comunidade é envolvida no estabelecimento
de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, no
estabelecimento e manutenção de padrões de desempenho e na garantia de
que sua organização está atendendo adequadamente as necessidades do
cliente. Ao se referir à escolas e sistemas de ensino, o conceito de gestão
participativa envolve, além dos professores e outros funcionários, os pais, os
alunos e qualquer outro representante da comunidade que esteja interessado
na escola e na melhoria do processo pedagógico.
O entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a idéia
de participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando
situações, decidindo sobre seu encaminhamento e agindo sobre elas em 67
conjunto. Isso porque o êxito de uma organização depende da ação construtiva
conjunta de seus componentes pelo trabalho associado, mediante
reciprocidade que cria um “todo” orientado por uma vontade coletiva (Luck,
1996). (Escola Participativa, Heloísa Luck).
A Gestão escolar participativa, em seu sentido pleno, caracteriza-se
por uma força de atuação consciente, pela qual os membros da escola
reconhecem e assumem seu poder de influenciar na determinação da dinâmica
dessa unidade escolar, de sua cultura e de seus resultados, cada um
desempenha sua função de acordo com sua formação e atribuições previstas
no regimento escolar.
Como exemplificação, os representantes de todos os seguimentos
da comunidade escolar desejam ter um alto grau de participação sobre:
determinação de métodos pedagógicos, definição do calendário escolar,
solução de problemas relativos a alunos, elaboração de projetos com ações
interventivas sempre que necessário, definição de compras de materiais e
equipamentos para o ensino, entre outras ações.
Atendendo os princípios de uma gestão democrática, o Colégio
Estadual Osmar Guaracy Freire conta com a Associação de Pais, Mestres e
Funcionários e com o Conselho Escolar, os quais são instâncias colegiadas
devidamente organizadas e regimentadas, tendo cada uma delas seu estatuto
próprio.
O Conselho de Classe, constituído pelo corpo docente, pedagogos,
direção e alunos representantes de turma tem sua atuação regulamentada pelo
Regimento Interno da Escola .
O Grêmio Estudantil encontra-se em fase de implantação. Os
primeiros passos para a sua efetivação foram dados através da participação de
alunos em grupos de Protagonismo Juvenil e sua organização esta sendo
orientada pelas pedagogas e administração da escola.
Por defender uma proposta de gestão democrática, o Colégio
Estadual Osmar Guaracy Freire tem nas instâncias colegiadas que atuam na
comunidade escolar, importantes parceiros que participam ativamente de todos
os processos decisórios da organização escolar, sugerindo, aprovando,
68
fiscalizando e contribuindo para o sucesso de todas as atividades realizadas
em âmbito escolar.
VI – MARCO OPERACIONAL
6.1- GRANDES LINHAS DE AÇÃO
O centro de todo trabalho da escola é o pedagógico, é a sua razão
de existir. A ação administrativo-financeira, bem como as demais gestões que
se efetivam no ambiente escolar, devem acontecer como suporte necessário
para a produção e a construção do conhecimento.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico e a Proposta Curricular
são considerados os diversos aspectos de formação do aluno, tais como a
aquisição de conhecimentos científicos e culturais, a realidade na qual o
educando se insere, o desenvolvimento de valores éticos e morais, a
espiritualidade, o exercício da cidadania, o lúdico integrado ao desenvolvimento
da aprendizagem, a valorização e autoestima.
A Proposta Curricular é elaborada coletivamente, observando-se as
legislações pertinentes, sendo atualizada constantemente para atender a
realidade local e as expectativas da comunidade escolar.
A Proposta Curricular, juntamente com o plano de trabalho de cada
professor, são realimentados a partir das necessidades e expectativas
detectadas durante as aulas, através de reuniões com toda comunidade
escolar, e discussões entre professores e equipe pedagógica nas horas-
atividades.
Para dinamizar a oferta do CELEM e participação mais intensa dos
alunos, todo final de ano letivo, no período de matrículas para o Ensino
Regular, será feita a divulgação do CELEM para toda a comunidade escolar.
69
As turmas do CELEM, bem como os professores deverão participar
de todas as atividades realizadas pela escola, de modo que haja uma
integração entre essas turmas e as turmas do ensino regular.
O colégio não oferta o regime de Progressão Parcial para os seus
alunos, porém oferta a matrícula para alunos com disciplinas em dependência,
oriundos de outros estabelecimentos de ensino que ofertam a Progressão
Parcial; para estes alunos será oportunizado plano de estudo para regularizar
as disciplinas em dependência.
Diversas ações são realizadas visando o monitoramento da
aprendizagem e a melhoria da gestão pedagógica; dentre elas, podemos
destacar os simulados semanais, que permitem o acompanhamento contínuo
da aprendizagem, o feedback imediato dos avanços e dificuldades. O resultado
desta prática tem sido muito satisfatório e acreditamos ser um dos diferenciais
de nosso estabelecimento de ensino que tem proporcionado melhorias no
rendimento escolar e nas taxas de aprovação.
Avaliações diagnósticas realizadas no início do ano letivo auxiliam na
triagem de alunos com dificuldades de aprendizagem, visando o
encaminhamento para a Sala de Recursos que funciona em contra turno e o
fornecimento de informações e subsídios para que os professores elaborem em
conjunto com seus pares os seus Planos de Trabalho Docente Bimestrais, o
que possibilita o planejamento de atividades interdisciplinares.
A recuperação ocorre de forma paralela e continuamente; para os
alunos que ainda apresentam dificuldades de aprendizagem e notas baixas
mesmo após as recuperações, os professores propõem atividades extras de
recuperação de conteúdos em respeito aos ritmos e maneiras diferenciados de
aprendizagem. Também a ficha avaliativa do aluno (que resulta das
informações registradas diariamente pelos professores em sala de aula) e a
participação em concursos e eventos educacionais propiciam resultados
positivos na aprendizagem.
Para monitoramento da aprendizagem dos alunos utilizam-se
gráficos, tabelas, livros registros de classe, conselhos de classe, fichas
avaliativas, resultando em ações de melhoria na aprendizagem, tais como:
70
recuperação, trabalhos diversos, encaminhamento a serviços especializados
como: sala de recursos, psicólogo, serviços médicos e fonoaudiológico.
A comunidade escolar está sempre empenhada em promover
inovações pedagógicas que resultam em melhoria da aprendizagem. Dentre as
ações inovadoras destacamos as seguintes:
a) Simulados Semanais – implantados já há quatro anos e com
resultados excelentes, possibilita o monitoramento contínuo da aprendizagem,
além de preparar alunos para concursos e vestibulares. Trata-se de uma
prática que veio inovar e otimizar o sistema avaliativo do colégio.
b) Site Pedagógico do Colégio – é um dos sites mais bem
organizados dentre as escolas estaduais da região. É constantemente
atualizado, contendo informações de interesse dos professores, pais e alunos.
Contém ainda atividades desenvolvidas por alunos e por professores, além de
material didático pedagógico tanto para alunos como para professores.
Endereço do site: www.apuosmarguaracy.seed.pr.gov.br.
c) Recursos e equipamentos tecnológicos - São amplamente
utilizados pelos professores em suas aulas: TVs multímidas em todas as salas
de aulas, interligadas em rede, possibilitando diversas ações pedagógicas
como o acesso a programas educativos da TV Escola e da TV Paulo Freire, a
exibição de filmes e aulas preparadas pelos professores, a apresentação de
trabalhos realizados pelos alunos; DVDs, laboratório de informática, data show
também são bastante utilizados.
d) Fanfarra Infanto-Juvenil – O colégio conta com uma fanfarra
infanto-juvenil. Sua principal característica é o fato de ser composta por
crianças e adolescentes, os quais são ensaiados por alunos do colégio que
tiveram formação com profissionais contratados nos dois primeiros anos de
atuação da fanfarra. A fanfarra participa de festivais locais e regionais e
desfiles cívicos em Distritos do município e em cidades próximas a Apucarana.
Além das ações descritas, muitas outras fazem parte do cotidiano da
escola. Destacam-se as palestras ministradas sobre cidadania, solidariedade,
meio ambiente, sexualidade, legislação do trânsito e em geral, orientação
vocacional e cursos profissionalizantes, entre outras.
71
Outra frente de ação pedagógica é o cuidado com a inclusão de
alunos com dificuldades de aprendizagem, com necessidades especiais, com
culturas diversificadas ou com atraso idade-série. O colégio acolhe a todos,
encaminha os que necessitam à Sala de Recursos, proporciona processo de
Reclassificação para aqueles que apresentam bons resultados e se encontram
fora da série adequada à sua idade.
Ressaltamos também o desenvolvimento de projetos voltados para a
superação de preconceitos e discriminação de raça, cor, religião e de gênero.
O Plano de Trabalho do Docente é elaborado semestralmente e
realimentado nos dias previstos em calendário para replanejamento (um dia em
cada semestre letivo). Durante a semana pedagógica que ocorre no início de
cada ano letivo, os professores reúnem-se com seus pares para analisarem a
Proposta Curricular e juntos estabelecerem a interdisciplinaridade dos
conteúdos, traçando planos conjuntos para a abordagem de determinados
conteúdos curriculares. O Plano de Trabalho do Docente é organizado sob a
orientação e supervisão da equipe técnico pedagógica do colégio. Para
elaboração de seus planos de trabalho, os professores consideram além da
Proposta Curricular e da legislação pertinente, as necessidades e expectativas
da comunidade escolar e a análise do resultado obtido pelos alunos em
avaliações diagnósticas aplicadas durante as primeiras semanas de aula.
Além do Plano de Trabalho Docente, também é elaborado
semestralmente e de forma coletiva o Plano de Atividades/Ações Pedagógicas,
onde são previstas ações extra curriculares que contribuem para a formação
dos alunos e para a integração com a comunidade.
O colégio dará continuidade ainda a ações voltadas para o
atendimento a comunidade, como já vem ocorrendo, através de palestras
dirigidas aos pais com profissionais de diversas áreas ( educação, saúde física
e mental, mercado de trabalho...), cursos em parceria com a Escola da
Oportunidade, e atividades culturais e recreativas, como a Festa Junina e
gincanas.
A formação continuada dos profissionais da educação ( professores,
pedagogos e funcionários) , através da realização de grupos de estudos e
incentivo a participação em cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela 72
Secretaria de Educação e por outras instituições de ensino e/ou
profissionalização, será também uma das linhas de ação do Projeto Político
Pedagógico.
Nosso objetivo é levar formação para alunos, pais, educadores e
funcionários, oportunizando o desenvolvimento de trabalhos não apenas
voltados para a transmissão/aquisição de conhecimentos, mas também para o
atendimento das reais necessidades da comunidade escolar e da sociedade
como um todo.
6.1.1 Estágio Profissional – Ensino Médio
Considerando a lei nº 9.394/96 – LDBEN; a Lei nº 11.780/2008, que
dispõe sobre o estágio de estudantes; a Lei 8.069/1990, que dispõe sobre o
Estatuto da Criança e do Adolescente; a Deliberação nº 02/2009-CEE e a
necessidade de explicitar as normas para a organização de estágio de alunos
que estejam frequentando o ensino em instituições de Educação profissional
Técnica de Nível médio, de Ensino Médio, da Educação Especial e dos anos
finais do Ensino Fundamental, na modalidade Profissional da Educação de
Jovens e Adultos, a Instrução nº 006/2009-SUED/SEED, dispõe que:
1. Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do
educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo.
2. Poderão ser estagiários os estudantes que frequentam o ensino
nas instituições de Educação profissional, de Ensino Médio, inclusive na
modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial, e dos
anos finais do Ensino Médio, exclusivamente na modalidade Profissional da
Educação de Jovens e Adultos.
Dentre as modalidades expostas no item 2, o Colégio Estadual
Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio oferta, atualmente,
apenas a modalidade de Ensino Médio, na qual o estágio classifica-se como
Estágio Profissional Não-Obrigatório, sendo exigida a idade mínima de 16
anos para a sua realização. Esta modalidade de estágio é assumida pela 73
instituição de ensino a partir da demanda dos alunos, desenvolvida como
atividade opcional para o aluno, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
A Instrução nº 006/2009-SUED/SEED dispõe, ainda, que o estágio
não-obrigatório não interfere na aprovação/reprovação do aluno, não devendo
ser computado como componente curricular e que o estágio obrigatório ou não-
obrigatório, concebido como procedimento didático-pedagógico e como ato
educativo intencional, é atividade pedagógica de competência da instituição de
ensino e será planejado, executado e avaliado em conformidade como os
objetivos propostos para a formação profissional dos estudantes, com os
previstos no Projeto político pedagógico e descritos no Plano de Estágio,
respeitadas as Leis que regem o estágio de estudantes, cujas normas
encontram-se explicitadas na citada Instrução.
Atendendo à referida Instrução, o Colégio Estadual Osmar Guaracy
Freire – Ensino Fundamental e Médio elaborou seu Plano de Estágio, o qual
encontra-se anexo a este PPP.
6.2 – ORGANIZAÇÃO INTERNA / FUNÇÕES ESPECÍFICAS
6.2.1 – Ações Administrativas e Pedagógicas
6.2.1.1 - Administração
A equipe técnico-administrativa tem como função precípua
coordenar todos os esforços no sentido de que a escola, como um todo,
produza os melhores resultados possíveis no sentido de atendimento às
necessidades dos educandos e promoção do seu desenvolvimento.
Dentro de uma concepção de educação integral, e tendo em vista a
relevância e a problemática do papel do professor no processo educativo,
conforme analisado anteriormente, devem revestir-se de sentido e natureza
especiais os esforços de coordenação e assistência aos professores.
74
Esse sentido e natureza devem estar voltados para o
desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes no professor, afim
de que a sua situação junto ao aluno torne-se gradativamente mais eficaz.
O papel do diretor da escola é de responsabilidade máxima quanto à
consecução eficaz da política educacional do sistema e desenvolvimento pleno
dos objetivos educacionais organizando, dinamizando e coordenando todos os
esforços nesse sentido, e controlando todos os recursos necessários para tal.
O diretor assume uma série de funções tanto de natureza
administrativa, quanto pedagógica, compete-lhe:
• organização e articulação de todas as unidades componentes da
escola;
• controle dos aspectos materiais e financeiros da escola;
• supervisão e orientação a todos aqueles a quem são delegadas
responsabilidades;
• dinamização e assistência aos membros da escola para que
promovam ações condizentes com os objetivos e princípios educacionais
propostos;
• liderança e inspiração no sentido de enriquecimento desses
objetivos e princípios;
• manutenção de um processo de comunicação clara e aberta entre
os membros da escola e entre a escola e a comunidade;
• estimulação à inovação e melhoria do processo educacional.
6.2.1.2 – Equipe Pedagógica
O papel do pedagogo escolar se constitui, em última análise na
somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de promover a
melhoria do processo ensino-aprendizagem.
A eficácia da ação do pedagogo escolar torna-se, pois, diretamente
ligada à sua habilidade em promover mudanças de comportamento no
professor, isto é, a aquisição de novas habilidades ou reforço a outras já
75
existentes, o desenvolvimento de novas perspectivas, ideias, opiniões, atitudes,
etc...
Essas mudanças serão notadas a partir do momento em que houve
melhora na sala de aula, isto é, na maneira de como se desenvolve o processo
ensino-aprendizagem.
O desempenho do professor em termos de seus conhecimentos,
atitudes e habilidades com relação ao processo ensino-aprendizagem são o
cerne para a melhoria da qualidade da educação e, conforme afirma Cogan
(1973), muito mais do que a melhoria de prédios, de materiais de ensino, de
métodos e de programas.
Portanto é crucial que o pedagogo escolar preste ao professor uma
assistência sistemática, no sentido de melhoria contínua do seu desempenho,
utilizando-se da hora-atividade e cursos de capacitação ofertados pelo governo
a fim de executar sua função.
6.2.1.3 – Agentes Educacionais I e II
Porque a sociedade humana é educadora, somos todos educadores.
Viver em sociedade é viver em constante aprendizado. Aprendemos quando
interagimos com o outro. A formação do indivíduo é sempre um processo
educativo, ou seja, nossa formação realiza-se sempre no interior das relações
concretas com outros indivíduos que atuam como mediadores entre nós e um
determinado conhecimento.
Como os agentes educacionais atuam como mediadores entre os
estudantes e o mundo humano?
Funcionários e funcionárias de escola são educadores. Em primeiro
lugar, são educadores porque são membros da sociedade humana, que é
essencialmente educadora. Reforçam esse papel, em muitos casos, por serem
pais e mães, a quem compete educar os filhos, coordenar a missão educativa
da família.
Aqui não estamos falando de ser educador ou educadora em geral,
na sociedade, e sim, na escola. De alguma forma, não resta dúvida de que
76
são, por pertencerem ao corpo de trabalhadores das escolas, agências formais
de educação.
O mundo oficial, a burocracia, faz essa distinção: o professor é
educador, os outros são seus auxiliares, seu apoio, seu suporte. É como se
participassem, em menor escala e com menor responsabilidade, da missão
educativa do professor. Precisamos mudar essa concepção. Professores,
funcionários, assim como os diretores, os coordenadores, são e devem ser
todos educadores, com funções distintas.
Aos professores compete o papel de garantir a aprendizagem dos
alunos, por meio das atividades de ensino. Às merendeiras, a educação
alimentar; aos encarregados da limpeza e manutenção, a educação ambiental;
às auxiliares de bibliotecas, de laboratórios, de vídeos, a educação para a
cultura, para a comunicação, para o lazer; aos que trabalham nas secretarias, a
educação para a gestão democrática, para a responsabilidade cidadã.
É claro que essa nova concepção não se efetiva da noite para o dia.
Mas é necessário que firmemos uma posição clara e definitiva. Há que se
avançar no sentido de proporcionar aos Agentes Educacionais I e II ampla
discussão da concepção educacional que vem sendo praticada pela SEED,
assegurando seu papel de educadores escolar, ou seja, profissionais
preparados e comprometidos com a educação e com a proposta pedagógica
da escola onde atuam, efetivando, assim, uma gestão verdadeiramente
democrática na escola.
6.2.1.4 – Formação Continuada de Professores e Funcionários
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem
também, como não poderia de ser, na formação dos profissionais da educação.
Continuar aprendendo durante toda a vida profissional é uma exigência não só
para os alunos da educação básica mas para todos os profissionais, ou seja,
todas aquelas pessoas que estão inseridas no mundo do trabalho.
A LDB, em consonância com a demanda do mundo do trabalho,
afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional 77
continuado e período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído
na carga horária do trabalho.”
A hora-atividade fez-se necessário uma vez que a escola é o local
privilegiado para a formação continuada e de estudos, a partir das demandas
dos profissionais envolvidos no trabalho escolar. Esses estudos contribuíram
para a constituição de modelos de formação permanente nas escolas com as
seguintes características:
• Formação dirigida à equipe de professores e não aos professores
individualmente
• Ter como eixo norteador a demanda concreta e contextualizada
dos professores que participam da formação
• Realizada em horário de trabalho, pois faz parte da atuação
docente
• Reconhecer que as tarefas de formação permanente são um
instrumento básico para garantir o desenvolvimento profissional
• Reconhecer o desenvolvimento de projetos pessoais de estudo e
trabalho.
A escola como contexto de formação vai planejar as atividades de
acordo com as necessidades de seus professores, o que implicará em formas e
conteúdos variados. As atividades podem ser realizadas nas horas atividade,
as quais são organizadas por área facilitando a comunicação entre professores
e pedagogos, a interdisciplinaridade e o estudo em grupo.
Algumas possibilidades:
a) grupos de estudos e seminários sobre a LDB, Diretrizes
Curriculares, ECA, DCEs, PEE, novas leis e deliberações com o objetivo de
ler, analisar, interpretar e contextualizar as ideias ali contidas para sua
realidade;
b) elaboração do projeto pedagógico pela equipe;
c) grupo de professores visita uma escola onde se está realizando
uma experiência interessante;
78
d) colegas de uma mesma série ou da mesma área ou da mesma
disciplina, da mesma escola ou de escolas diferentes discutem um projeto, um
tema, conteúdos, tipos de atividades;
e) convite a outras escolas para apresentação e discussão de seus
projetos pedagógicos;
f) observador externo (especialista) participa de alguma atividade da
escola (aula, reunião de equipe, etc.) e depois coloca e discute suas
observações com a equipe;
g) elaboração de critérios e indicadores de avaliação da prática
pedagógica pela equipe;
h) seleção e elaboração de material didático, discussão sobre
formas de utilização;
i) planejamento e estudo no laboratório de informática, através do
programa Paraná Digital e biblioteca do professor;
j) utilização da TV Paulo Freire;
k) Preenchimento do livro de registro de classe, conforme instrução
nº 03/06-DIE/SEED.
A lista poderia continuar, indefinidamente, expressando a grande
diversidade de instrumentos para a formação e que só dependem de propiciar
as condições necessárias de realizá-los.
6.2.2 – Organização do Espaço e Tempo Escolares
6.2.2.1 – Organização do Espaço Escolar
A organização do espaço físico reflete a concepção educativa
adotada pelos professores e pela escola, também a organização do espaço
reflete a concepção educativa adotada pelos professores e pela escola. Assim,
numa sala de aula, a simples disposição das carteiras pode facilitar o trabalho
em grupo, o diálogo e a cooperação; armários não trancafiados podem ajudar a
desenvolver a autonomia do aluno, como também favorecer o aprendizado da
preservação do bem coletivo. É importante, por exemplo, que os alunos
tenham acesso aos materiais de uso frequente, que as paredes sejam 79
utilizadas para exposição de trabalhos individuais ou coletivos, desenhos e
murais.
Nessa organização é preciso considerar a possibilidade dos alunos
assumirem a responsabilidade pela disposição, ordem e limpeza da classe,
bem como pela organização de murais para exposição de trabalhos, jornais,
programação cultural. Quando o espaço é tratado dessa maneira, passa a ser
objeto de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá através de
investimentos sistemáticos ao longo da escolaridade.
Os espaços existentes fora da sala de aula também podem ser
aproveitados para realizar atividades como ler, contar histórias, fazer desenho
de observação e buscar materiais para coleções. Muitas vezes, a
aprendizagem de determinados conteúdos requer a exploração de espaços da
comunidade, o que implica em visita a museus, teatro, cinema, fábricas,
marcenarias, estabelecimentos comerciais, postos de saúde etc.
Os alunos reconhecem a escola como importante espaço de
convivência com seus iguais, sentem necessidade de pertinência de buscar
alternativas para manifestar seus anseios e sua cultura, ao seu grupo. É
comum solicitarem um local para se reunirem (normalmente uma sala para o
grêmio), para produzirem jornais, ensaiar peças de teatro, danças, organizar
campeonatos, exporem seus trabalhos. Ao realizarem essas atividades,
experimentam possibilidades de planejar, executar e apresentar um projeto,
conhecendo assim seus limites e potencialidades, reconhecendo novos
caminhos de superação das dificuldades encontradas e replanejando
criticamente seus passos. Ampliam seu repertório de valores e atitudes: dão-se
limites e exigem limites, ensaiam novos papéis e modos de ser e estar em um
grupo de trabalho. São possibilidades de autogestão, fundamental para a
construção de suas identidades e projetos.
Buscando favorecer o uso democrático do espaço físico e dos
recursos, a escola procura manter um horário de atendimento ao público
através de regulamento interno ao uso da biblioteca e laboratório, e prévia
autorização da Direção para a utilização do Estabelecimento e recursos à
comunidade.
80
6.2.2.2 – Organização do Tempo Escolar
O tempo é sempre colocado como um problema a ser enfrentado
pela equipe escolar. Falta tempo para trabalhar coletivamente, seja no
planejamento das atividades escolares, seja dentro da sala de aula. Falta
tempo para ouvir os alunos, os pais, prestar atenção neles. Falta tempo,
finalmente, para olhar para o próprio trabalho e para redirecioná-lo.
O aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola
em atividades extra classe é outra importante tarefa a ser organizada. As
formas de chegar à escola, o uso dos diversos ambientes escolares (biblioteca,
laboratórios, quadra), o aproveitamento dos intervalos, a utilização de todos os
espaços de convívio escolar, precisam ser planejados.
A gestão de tempo é também uma variável que interfere na
construção da autonomia do aluno; ele precisa aprender a controlar o tempo de
realização de suas atividades, o que não quer dizer que arbitrem a respeito de
como e quando atuar na escola; o professor é também um orientador do uso
do tempo, ajudando os alunos nessa utilização.
Neste colégio, a forma de organização do tempo escolar adotada é a
seriação anual. São quatro séries do Ensino Fundamental – séries finais e três
séries do Ensino Médio.
Preocupados em atender aos interesses da comunidade escolar e
promover a aprendizagem a todos os alunos, a organização das classes por
períodos estão organizadas da seguinte forma: - Período matutino: Ensino
Fundamental e Médio –horário: 7 h e 30 min às 12 horas – Período vespertino
– Ensino Fundamental – horário: 13 h às 17 h e 30 min.
O calendário escolar é organizado de forma tal a garantir os 200 dias
letivos, com alunos em sala de aula e aulas efetivamente dadas, de acordo
com a carga horária de cada disciplina prevista na matriz curricular.
Em consonância com a Deliberação 02/02- CEE, amparado no
Parecer 631/97-CEE e no Parecer 03/02 da Câmara de Legislação e Normas,
que trata da inclusão no período letivo de dias destinados a atividade
pedagógica, a deliberação 02/02, em seu Artigo 4º concede ao
estabelecimento de ensino a liberdade de valer-se ou não deste direito.81
No calendário escolar deste estabelecimento de ensino estão
inclusos os dias destinados às reuniões pedagógicas no período letivo, sendo
que no início de cada novo ano letivo, os dias que se destinarão as citadas
reuniões serão escolhidos pelas equipes administrativa e técnico-pedagógica
juntamente com o corpo docente.
As reuniões pedagógicas do corpo docente, sob a coordenação da
equipe técnico-pedagógica, serão realizadas concomitantemente com
atividades desenvolvidas pelos alunos, como:
* Palestras, abordando temas emergentes;
* gincanas e outras atividades culturais e/ou esportivas com a
comunidade escolar;
* estudo dirigido, previamente planejado pelos docentes;
* projetos comunitários em parceria com o Posto de Saúde local, 10º
Batalhão da Polícia Militar, 30º BIM, setor privado, etc.
6.3 – AÇÃO EDUCATIVA X PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Entende-se como comunidade escolar o conjunto constituído pelo
corpo docente e discente, pais de alunos, funcionários, especialistas, todos
protagonistas da ação educativa em cada estabelecimento de ensino.
A escola vem assumindo funções cada vez mais complexas e que
exigem participação de toda comunidade escolar na condição de autores e
atores de um projeto pedagógico centrado na qualidade das respostas
educativas para todos os alunos.
Objetivando romper os desafios didáticos, a falta de compromisso ou
a pouca participação da comunidade escolar nas decisões dos processos
deliberativos, se fazem necessárias algumas ações que possibilitem a
aproximação dos pais no acompanhamento dos seus filhos como também no
da escola, isto se baseia na política do “fazer acontecer”.
Desta forma, as atividades programadas, explicitadas nas grandes
linhas de ação e, de forma mais específica, no plano de ação, estarão
pautadas na gestão democrática, onde as decisões serão sempre tomadas por 82
grupos colegiados como o Conselho Escolar, a Associação de Pais, Mestres e
Funcionários, representantes de turma, Grêmio Estudantil, visando o
fortalecimento das ações coletivas e também o envolvimento de todos os
segmentos do colégio.
6.4 - AVALIAÇÃO
6.4.1 – Avaliação do Desempenho de Professores e Funcionários
A avaliação de desempenho é uma apreciação do desempenho
sistemático do indivíduo no cargo e no seu potencial de desenvolvimento. Toda
avaliação é um processo para estimular ou julgar o valor, a excelência, as
qualidades ou o status de algum processo.
Informações, feedback sobre desempenho e responsabilidade são
três fatores associados à avaliação individual de desempenho de professores e
funcionários na escola.
A avaliação deve ter como princípio uma visão pró-ativa, orientada
para o feedback e a melhoria do desempenho. Em consequência, deve
também levar em consideração o contexto do trabalho e sua organização, que
são, em grande parte, condicionadores do desempenho.(Escola Participativa,
Heloisa Luck).
A avaliação de desempenho é acordada entre as partes,
estabelecendo os critérios de avaliação cada qual na sua área de atribuição
(direção, professores, equipe técnico-pedagógica, equipe administrativa e
serviços gerais e alunos).
A avaliação no Colégio constitui-se como parte de uma gestão
aberta, que busca alternativas para lidar com as questões pedagógicas e
administrativas, a fim de estabelecer o que pode ser melhorado no cotidiano
escolar.
Assim, a avaliação deve acompanhar todo o processo de ensino e
aprendizagem; dever ainda ser realizada com finalidades diagnósticas, visando
83
o redirecionamento das práticas pedagógicas por parte do professor. Desta
forma, a avaliação adotada pelo colégio é processual, cumulativa e diagnóstica.
O colégio adota o sistema avaliativo bimestral, com notas de 0,0
(zero vírgula zero) a 10,0 ( dez vírgula zero). Para compor a média bimestral
são aplicados diversos instrumentos avaliativos: simulados quinzenais, testes,
provas, debates, seminário, trabalhos individuais e em grupos, pesquisas, entre
outros. A recuperação de conteúdos acontece de forma concomitante ao
processo de ensino e aprendizagem, ocorrendo sempre que o professor
detecta situações de não aprendizagem. A recuperação de notas ocorre ao
final do bimestre, no valor de 0,0 a 10,0, independentemente do resultado
obtido pelo aluno durante o bimestre, sendo que entre o resultado bimestral e a
nota da recuperação, sempre prevalecerá a maior nota obtida pelo aluno.
6.4.2 – Avaliação do Projeto Político Pedagógico
Reavaliar permanentemente o Projeto Político Pedagógico é quase
tão importante quanto estabelecer seus objetivos. As mudanças são inevitáveis
e fazem parte do processo. É ilusão achar que tudo vai acontecer como
previsto. Mas sabendo aonde pretende chegar, estaremos mais preparados
para traçar planos de emergência. A reavaliação deverá ser feita pelo menos
uma vez ao ano.
VII – CONSIDERAÇÕES FINAIS
As complexas mudanças em curso na modernidade, marcadas pelo
processo de globalização econômica e cultural, exigem novas dinâmicas de
interação social sublinhadas por reflexões críticas acerca dos paradigmas
atuais e das práticas sociais que têm surgido.
O Projeto Político Pedagógico foi elaborado procurando respeitar as
diversidades culturais, políticas, tecnológicas e éticas da nossa comunidade
escolar e também construir uma identidade do Colégio como referencial
educativo.
84
Procuramos refletir sobre o papel da Educação na formação de um
cidadão consciente e ativo dentro da sociedade que se insere, analisando que
a escola por sua própria natureza faz parte de cada indivíduo e do todo social
de forma que no seu espaço acirram-se as lutas de participação, criação e
transformação. Com isso pretende-se criar condições na escola, que permitam
ao aluno ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e
reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania.
Ao definir-se os princípios da escola tem-se como objetivo implantar
um Projeto Político Pedagógico que dê condições reais à mesma e, a partir daí,
refletir sobre o que, quando e como ensinar e avaliar para o desenvolvimento
das capacidades humanas: cognitivas ou intelectuais motoras, de equilíbrio
pessoal (afetivas), de relação interpessoal; e de inserção e atuação social
(Coll, 1996).
A intervenção pedagógica vai no sentido de aprofundamento dos
saberes relacionados para o ensino, interseccionando-os ao conjunto de
normas culturais trazidos pelos alunos e àqueles de outras áreas de ensino,
sem perder de vista o objetivo geral da educação, o desenvolvimento pessoal,
interpessoal e social do aluno.
O Projeto Político Pedagógico é resultado do trabalho que contou
com a participação dos professores, alunos, pais e funcionários deste
estabelecimento de ensino, permitindo assim que fosse produzindo as
características da nossa realidade escolar.
Nosso Projeto Político Pedagógico tem por objetivo maior “ melhorar
a qualidade da educação o que implica melhorar os processos de ensino e
aprendizagem que ocorrem nas salas de aula, implica introduzir mudanças
naquilo que é ensinado e aprendido na escola e sobretudo na forma como se
ensina e como se aprende.” ( Coll, 1996:32).
Esperamos que o Projeto Político Pedagógico seja o referencial da
prática pedagógica que poderá ser revisto a cada novo ano letivo, com base no
acompanhamento e na avaliação de sua implementação, contribuindo para a
formação e atualização do educando.
85
PLANO DE AÇÃO
PARA
2011/2012
SUBPROJETOS86
VIII PLANO DE AÇÃO PARA O BIÊNIO 2010-2011
8.1 - PROJETOS DA EQUIPE PEDAGÓGICA
8.1.1 PROJETO SAÚDE SOLIDÁRIA
I JUSTIFICATIVA
Anualmente, o colégio propõe a Semana da Saúde Solidária. A cada ano, é priorizado um tema relativo à saúde física e mental, atendendo as necessidades levantadas junto à comunidade escolar.
II OBJETIVOS
Reconhecer a importância da conscientização da valorização e preservação da saúde
Divulgar os benefícios conquistados pela prática de melhoria da qualidade de vida
Identificar fatores que favorecem e os que prejudicam a saúde mental e física
Reconhecer a importância da saúde para o desenvolvimento harmônico da personalidade e a estruturação social
Usar o pensamento crítico frente aos problemas sociais e pessoais Favorecer condições para trabalhar com grupos organizados em
campanhas educativas em prol da saúde física e mental. Participação efetiva das atividades familiares, sociais e recreativas da
Escola e da comunidade Desenvolver ideias de responsabilidade, liberdade, respeito ao próximo,
amizade, cooperação, etc.
III METODOLOGIA
Leitura e interpretação de textos Seminários e debates Folhetos Educativos Palestras com profissionais da área de saúde Filmes sobre os temas relativos à saúde Consultórios itinerantes, com a colaboração de médicos, enfermeiros e
psicólogos
IV PARCEIRIAS
Profissionais liberais da área de saúde
87
FAP – Faculdade de Apucarana Unidade de Saúde Joaquim Trizotti
V AVALIAÇÃO
Será feita através da observação direta dos professores e pedagogas, e mudança de comportamento dos alunos em relação à saúde e às relações sociais, bem como, por meio de trabalhos produzidos pelos alunos ( cartazes, relatórios, textos, ilustrações).
8.1.2 PROJETO AULA 100%
I JUSTIFICATIVA
O calendário escolar estabelece o cumprimento de 200 dias letivos e a carga horária mínima de 800 horas por ano. É dever da escola zelar pelo seu cumprimento, tendo em vista a oferta de uma educação de qualidade, comprometida e o respeito ao direito do aluno de ter 100% do tempo letivo utilizado de forma consciente e produtiva. No entanto, por uma série de motivos (cursos, enfermidades, acidentes, luto, etc), o docente nem sempre pode cumprir sua carga horária. Para sanar o problema da falta do professor e garantir ao aluno o cumprimento da carga horária letiva, o colégio propõe algumas ações efetivas, às quais convenci0onou-se denominar de Projeto Aula100%.
II OBJETIVOS
Garantir o cumprimento da carga horária letiva prevista em calendário
Garantir o respeito ao direito do aluno de ter 100% de aulas durante o período letivo
Sanar problemas disciplinares decorrentes da ausência do professor em sala de aula
Zelar pela qualidade do ensino ofertado
III – METOLOGIA
Os professores das diversas disciplinas preparam atividades extras e vídeos educativos que são entregues às pedagogas para compor um banco de atividades, as quais são aplicadas pelas pedagogas ou pelos professores da hora atividade, em caso de ausência de algum dos docentes. O colégio possui ainda acervo de jogos educativos, livros e revistas que são utilizados também como atividades extras curriculares na ausência do professor.
88
As pedagogas adotam o uso de uma ficha de créditos e débitos onde são registradas as faltas dos professores e as aulas a mais que os professores ministram em suas horas atividades, controlando assim as faltas dos docentes, as reposições de aula e a carga horária que cada professor vai acumulando a mais com cada turma, a qual pode ser descontada caso o professor necessite faltar.
IV – AVALIAÇÃO
Durante as reuniões pedagógicas, professores e pedagogas discutem o resultado destas ações, reforçando os resultados positivos e adotando medidas para sanar possíveis falhas.
8.1.3. PROJETO: “ SOU RESPONSÁVEL PELO LIXO QUE PRODUZO”
I.JUSTIFICATIVA
Esse projeto almeja propiciar momentos de análise, reflexão, questionamentos sobre a importância de preservar o ambiente em que vivemos; indicar fontes de valorização do meio ambiente, para que os educandos percebam a parcela de contribuição que podem oferecer a sociedade mediante o respeito para com a natureza, com a casa e a escola; mostrar que o progresso pode caminhar de mãos dadas com a natureza, sem nenhum problema, podemos trilhar o mesmo caminho, mas com um novo jeito de caminhar, priorizando o meio ambiente para a formação de um mundo mais humano e com qualidade de vida.
O meio ambiente passará a ser um “ambiente inteiro” , com todas as propriedades naturais com qualidade e vida plena para todos.
II. OBJETIVOS
• Preservar o ambiente em que vivemos• Desenvolver a responsabilidade e o comprometimento em relação
ao destino do lixo que cada um produz• Contribuir para a limpeza da nossa escola e cidade• Estabelecer diferenças entre separar e reciclar o lixo• Identificar a composição do lixo• Descobrir maneira de se reaproveitar o papel• Resgatar atitudes de cooperação, participação, responsabilidade,
tolerância, sensibilidade, comprometimento, mostrando que é possível termos um ambiente com qualidade de vida.
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III. METODOLOGIA• Leitura de diferentes textos sobre a questão do lixo• Retirada dos latões de lixo das salas de aula• Confecção de Sacolas Sustentáveis individuais, onde cada aluno
depositará o lixo que produzir durante o período em que estiver na escola
• Colocação de recipientes para coleta seletiva do lixo no pátio do colégio, onde, ao final da aula, os alunos esvaziarão suas sacolas sustentáveis
• Para escolha de estampa das sacolas, os alunos participarão de um concurso interno de desenho.
• Recortes de jornais e revistas• Panfletos• Produção de texto• Pesquisas• Montar painéis• Elaboração de cartazes• Elaborar propostas para limpeza e conservação do espaço
escolar• Elaborar propostas para limpeza e conservação do espaço do
bairro onde a escola se insere, por meio de mutirão com a participação da comunidade local
IV. RESPONSÁVEIS PELO PROJETO
Todos os docentes, direção, pedagogas e funcionários do colégio
V. PARTICIPANTES
Todos os alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio
VI. CRONOGRAMA
De março a dezembro, podendo se estender para outros anos
VII. AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua através da observação de mudança comportamental em relação aos cuidados com o lixo e sua redução gradativa e dos cuidados com o espaço escolar, da exposição de trabalhos realizados pelos alunos.
90
8.1.4 PROJETO: EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS – ÉTICA E
CIDADANIA
I - JUSTIFICATIVA
O objetivo é contribuir, de forma relevante, para que profundas e
imprescindíveis transformações, há muito desejadas, se façam no panorama
educacional.
A escola deve ser um lugar onde os valores morais e éticos são
pensados,refletidos e não meramente impostos ou frutos do hábito.
Partindo do princípio de que cabe à educação não apenas a
formação intelectual e a transmissão de conhecimentos, mas, principalmente, a
promoção do crescimento do educando como ser humano, dotando-o de
princípios e valores éticos e morais, alicerçados nos direitos humanos, e
propiciando o desenvolvimento de potencialidades como o espírito de iniciativa
e criatividade, a comunidade escolar define em poucas linhas o perfil de aluno
almejado: crianças e adolescentes capacitados a se transformarem
futuramente, através da educação, em cidadãos com bases humanitárias
sólidas, cientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e com os
conhecimentos básicos de cada disciplina, pois o homem assim dotado será
capaz de trilhar seu caminho com autonomia, vivenciando situações diárias à
luz dos direitos humanos, refletindo e interiorizando conceitos, redefinindo
assim sua vivência e exercendo sua cidadania em plenitude.
II- OBJETIVOS
• Desenvolver espiritualidade e aquisição de valores morais e éticos;
• Desenvolver a arte do diálogo;
• Promover a socialização de uma cultura em Direitos Humanos.
• Desenvolver atitudes de cidadania responsável e interação com a
comunidade.
• Fazer um estudo sobre as vulnerabilidades específicas dos preconceitos
91
sociais em relação aos afro-descendentes, às mulheres e sua conquista
no espaço social e econômico.
• Promover o respeito à diversidade sociocultural exercitando e
estimulando convivências e relações de solidariedade.
• Intervir de forma sistemática na formação de valores, hábitos e atitudes
pautados nos Direitos Humanos.
• Contribuir para que alunos e alunas desenvolvam relações de respeito,
independentemente da origem social, étnica, religião, gênero , opinião e
cultura.
• Conhecer formas legais de lutar contra as diversas formas de
preconceito, ensinando as crianças e os jovens e, por extensão, a
comunidade escolar, a usar as leis para auto-proteção e proteção
coletiva dos ideais e projetos da sociedade.
• Fazer com que os alunos percebam a interdependência entre os direitos
e os deveres do cidadão e da cidadã.
• Atuar solidariamente em situações cotidianas de conflitos (em casa, na
escola, na comunidade local).
III- METODOLOGIA
Serão utilizadas metodologias como aulas expositivas, debates,
entrevistas, poesias, textos complementares, charge, cartazes, paródias e
pesquisa de campo.
Também serão estabelecidas parcerias com Instituição de Ensino
Superior, com o Posto de Saúde local, com profissionais liberais, com a FAP
e com a Secretaria da Mulher, os quais ministrarão palestras para todos os
alunos, professores e funcionários sobre questões como: Declaração
Universal dos Direitos Humanos, políticas afirmativas, direito à saúde, bullyng,
violência na escola.
Serão exibidos filmes que tratam das questões abordadas no
desenvolvimento do projeto, como A corrente do bem, que trata da violência
na escola, e Quase Deuses, filme sobre ética e racismo.
92
A partir dos assuntos tratados nas palestras e dos filmes assistidos,
os alunos e as alunas desenvolverão atividades variadas, tais como:
Pesquisas pela Internet e bibliográficas sobre os Direitos Humanos
Pesquisa e redação de textos para elaboração e publicação de um jornal ,
obedecendo sua função e utilidade, de acordo com os gêneros textuais
adequados à abordagem de questões relativas aos direitos humanos,
além de outros assuntos de interesse dos alunos e da comunidade
local.
IV- PÚBLICO ALVO
Toda a comunidade escolar
V- AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua através da observação diária dos
procedimentos e atitudes dos alunos, da participação dos pais e da melhoria do
relacionamento entre todos que compõem a comunidade escolar. Também os
diversos trabalhos realizados pelos aluno ( jornal, cartazes, redações, paródias,
ilustrações, etc) serão utilizados como instrumentos de avaliação.
8.1.5 PROJETO: DATAS COMEMORATIVAS
I JUSTIFICATIVA
Visando incentivar a participação e conscientização do educando
a respeito de datas que são ressaltadas em nosso calendário, a sua
importância e a relação das mesmas com seu cotidiano, busca-se através da
interdisciplinaridade resgatar valores culturais e cívicos adormecidos ou não
conhecidos por eles.
II OBJETIVOS
• Resgatar a importância das datas comemorativas
93
• Repassar valores culturais e cívicos
• Desenvolver a habilidade de pesquisar
• Desenvolver o gosto e prazer pela música brasileira
• Preparar alunos da fanfarra estudantil para apresentações e desfiles
cívicos
• Valorizar seus hábitos e costumes
• Incentivar a criatividade
• Desenvolver a linguagem oral
• Perceber a importância da participação individual e coletiva
• Desenvolver a habilidade de coletar dados
III- ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
• Leitura de textos e livros referentes as datas comemorativas
• Execução de hinos pátrios todas as segundas feiras, na entrada da aula
• Participação em Desfile Cívico
• Organização de Fanfarra Estudantil
• Pesquisas orientadas e entrevistas
• Filmes educativos sobre folclore
• Apresentação de personagens das datas comemorativas
• Confecção de cartazes
• Mostra de poesias e produção de texto
• Criar paródias e paráfrases
• Montagem de mural
• Teatros e dramatização
• Ilustrações de datas comemorativas
Em gera,l essas atividades procuram direcionar o aluno para a
busca de um enriquecimento interdisciplinar , ampliando seus horizontes e
percebendo tudo que se insere num universo mais plano.
São atividades mais livres e propõem um trabalho de
enriquecimento onde desenvolverão habilidades sobre o tema proposto.
94
IV AVALIAÇÃO
A avaliação é resultado de um processo de observação e
verificação tanto do conhecimento construído e adquirido pelo aluno quanto da
forma como ocorreu essa construção, sendo parte integrante do processo
ensino-aprendizagem e tem como objetivo principal aprimorar a qualidade
desse processo. Requer observações realizadas no cotidiano escolar e análise
dos trabalhos desenvolvidos pelos alunos.
8.1.6 PROJETO: “ GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA”
I – JUSTIFICATIVA
De acordo com o Ministério da Saúde, a adolescência caracteriza a faixa etária que varia entre 10 e 19 anos. Este é um período marcado por intenso crescimento e desenvolvimento. Trazendo modificações não só anatômicas e fisiológicas, como também psicológicas e sociais.
Ainda hoje, é comum a dificuldade pôr parte dos pais e educadores, em falar sobre sexo com adolescentes, talvez por um passado repressor relacionado a este assunto.
Considerado o relatório mensal do PSF ( Programa Saúde da Família) da UBS ( Unidade Básica de Saúde) Joaquim Trizotti, localizada no Núcleo Adriano Corrêa, referente ao inicio do segundo semestre do ano de 2009, observou-se que das 21 gestantes cadastradas na área de abrangência da UBS, 09 são adolescentes, correspondendo a 42,8% das gestantes.
Sabendo existir na rede pública de Apucarana um Programa de Planejamento Familiar e visando uma ampliação desse programa, a UBS propôs um projeto em parceria com o Colégio visando a formação de um grupo de adolescentes para multiplicar as orientações, estendo a formação para todos os alunos do colégio.
II OBJETIVOS
1. Queda no índice de gravidez na adolescência, na área de abrangência da UBS Joaquim Trizotti.2. Melhorar o inter-relacionamento entre pais e filhos.3. Aceitação dos adolescentes, pais e professores, havendo integração dos jovens aos grupos.4. Continuidade do projeto, sendo um processo contínuo.
95
III METODOLOGIA
1. Formar grupos de adolescentes, estudantes do ensino médio para exercerem a função de multiplicadores das orientações sobre sexualidade e gravidez na adolescência.2. Realizar palestras, dividindo cada turma em dois grupos – masculino e feminino, abordando o assunto gravidez na adolescência, com os temas planejamento familiar e DST.3. Realizar reuniões desses grupos a cada dois meses para debate do assunto com temas diferenciados.4. Organizar juntamente com o grupo de alunos multiplicadores ações como: palestras, confecção de cartazes, escolha de filmes sobre o tema que possam ser exibidos para os demais alunos, organização de grupos de debates.4. No final do ano, reunir o grupo para avaliar suas ações e os resultados
alcançados.
IV RESPONSÁVEIS PELO PROJETO:
Enfermeira da UBS Joaquim Trizotti: Marisa CarvalhoPedagoga do Colégio: Renata Melissa B CabriniAcadêmicas da FAP.
96
8.2 – PROJETOS PROPOSTOS PELOS PROFESSORES
8.2.1- PROJETO : RAÍZES – DIVERSIDADE DE GÊNERO E ÉTNICO
RACIAIS
PROFESSORAS RESPONSÁVEIS: Milene Mayumi Makita, Nair Pagliari e Salete Zanlorenzi
DISCIPLINAS: Artes, Língua Portuguesa e História
PÚBLICO-ALVO: Alunos de 6ª ao 9º anos do Ensino Fundamental e alunos do Ensino Médio.
I – INTRODUÇÃO
Assim como os outros estabelecimentos de ensino, o colégio vem
deparando-se com situações conflituosas decorrentes de preconceitos,
discriminação e desrespeito às diversidades presentes no espaço
escolar,casos múltiplos de alunos com problemas de relacionamento social e
desmotivados para os estudos, em decorrência de fatores diversos como a
desestruturação familiar, a violência doméstica, o desemprego, a baixa renda
familiar, entre outras causas.
O Projeto Raízes surgiu a partir de outro projeto já existente na
escola, o qual visava combater a discriminação étnico-racial, sofrida por negros
e indígenas. O projeto, que se iniciou há cerca de cinco anos, inicialmente
denominava-se Preto Sem Preconceito.
A partir de demandas observadas no ambiente escolar e na
sociedade como um todo, os objetivos do projeto foram sendo ampliados,
passando a tratar tanto do preconceito étnico-racial como das questões
relativas à discriminação de gênero.
Tendo a percepção de que apesar da fragmentação, gênero, raça e
etnia estão intimamente imbricados na vida social e na história das sociedades
humanas e que, portanto, necessitam de uma abordagem conjunta, os
professores das disciplinas de Artes, História e Língua Portuguesa vêm
97
trabalhando estes temas, por meio de projeto, já há alguns anos, alterando a
cada novo ano letivo as atividades, visando alimentar o interesse dos alunos
em tratar dessas temáticas e a superação de práticas discriminatórias no
ambiente escolar e, por extensão, na sociedade em que os alunos se inserem.
II JUSTIFICATIVA
Questões de gênero, raça e etnia e sua combinação direcionam
práticas preconceituosas e discriminatórias da sociedade contemporânea.
O Brasil tem conquistado importantes resultados na ampliação do
acesso e no exercício dos direitos, por parte de seus cidadãos. No entanto, há
ainda imensos desafios a vencer, quer seja do ponto de vista objetivo, como a
ampliação do acesso à educação básica e de nível médio, assim como do
ponto de vista subjetivo, como o respeito e a valorização da diversidade. As
discriminações de gênero e étnico-raciais , são produzidas e reproduzidas em
todos os espaços da vida social brasileira. A situação tem melhorado graças à
atuação dos movimentos sociais e de políticas públicas específicas. E a
escola? Como pode contribuir para a mudança?
A escola, infelizmente, é um dos espaços que reproduz as
discriminações de gênero e étnico-raciais. Não bastarão leis que coíbam ações
discriminatórias, se não houver a transformação de mentalidades e práticas,
daí o papel estruturante que adquirem as ações que promovam a discussão
desses temas, motivem a reflexão individual e coletiva e contribuam para a
superação e eliminação de qualquer tratamento preconceituoso. Ações
educacionais no campo do enfrentamento das desigualdades são fundamentais
para ampliar a compreensão e fortalecer a ação de combate à discriminação e
ao preconceito.
Ao propor o presente projeto, as professoras com ele envolvidas
buscam discutir tais questões com os/as aluno/as, objetivando contribuir,
mesmo que modestamente, para a oferta de uma educação capaz de formar
pessoas dotadas de espírito crítico e de instrumentos conceituais para se
posicionarem com equilíbrio em um mundo de diferenças e de infinitas
variações. Pessoas que possam refletir sobre o acesso de todos/as à cidadania 98
e compreender que, dentro dos limites da ética e dos direitos humanos, as
diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios
de exclusão social e política.
III OBJETIVOS
O projeto Raízes tem como proposta central propiciar aos alunos o
desenvolvimento de atitudes positivas e de superação em relação às
discriminações de gênero e étnico-raciais por meio das seguintes
competências/habilidades:
• Identificar situações onde é ferida a dignidade do ser humano.
• Respeitar todo ser humano independentemente de sua origem social,
étnica, religião, sexo, opinião e cultura.
• Respeitar as manifestações étnicas e religiosas, reconhecendo o
respeito mútuo como condição necessária para o convívio social
democrático.
• Conhecer formas legais de lutar contra as manifestações de
preconceitos.
• Repudiar a toda forma de humilhação e outras formas de violência na
relação com o outro.
• Reconhecer e identificar as formas de discriminação à mulher presentes
na sociedade, na família e no mercado de trabalho.
• Compreender o conceito de violência doméstica e familiar contra a
mulher, identificando suas possíveis causas, seus sintomas.
• Repudiar a violência doméstica e familiar contra a mulher, a partir do
conhecimento de medidas legais para defesa de seus direitos.
• Conhecer a importância e função da Constituição Brasileira, da
Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Lei 11.340 – Lei Maria
da Penha.
• Atuar solidariamente em situações cotidianas de discriminação e
preconceitos (em casa, na escola, na comunidade local).
99
IV – METODOLOGIA / DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
O projeto é desenvolvido de maneira interdisciplinar, intercalado nas
aulas de arte, história e língua portuguesa.
Para tratar das questões relativas a diversidade de gênero, da discriminação e
violência contra a mulher, foi estabelecida uma parceria com a Secretaria
da Mulher e Assuntos da Família , a partir da qual serão desenvolvidas
atividades variadas ( palestras, vídeos, debates, seminários, oficinas) no
período de agosto a novembro de 2008.
Distribuição da revista educativa publicada pela Secretaria da Mulher e
Assuntos da Família – Menina pode jogar bola? Menino pode lavar louça? -
edição nº 4. A partir da leitura da revista, promoção de debates em sala de
aula.
Assessoria jurídica prestada por advogado da Secretaria da Mulher e Assuntos
da Família, destinada às mães de alunos que necessitam de orientação e
encaminhamento para resolver questões relativas a divórcio e pensão para
os filhos.
Em parceria com os profissionais da Secretaria da Mulher, a professora de
Língua Portuguesa desenvolve estudos e debates em sala de aula
abordando a Constituição Brasileira, a Declaração Universal dos Direitos
Humanos e a Lei 11.340 – Lei Maria da Penha.
• Aulas expositivas, debates, pesquisas, entrevistas, poesias.
• Exposição no bairro, no dia 08 de março, de varal de poesias sobre a
mulher, elaboradas pelos alunos.
• Nas aulas das disciplinas envolvidas com o projeto serão trabalhados textos
complementares, peça teatral, charge, cartazes, paródias, músicas e jornal
informativo.
• Participação em desfile cívico de blocos de alunos ilustrando as temáticas
do projeto – preconceito étnico-racial e discriminação da mulher.
• Filme: Quilombo dos Palmares, resumo e debate sobre o mesmo –
valorização e respeito à cultura afro-brasileira.
100
• Filme: Vida Maria – discussões em torno da reprodução histórico-social dos
preconceitos contra a mulher
• Parceria com a FAP – Faculdade de Apucarana: Professores e estagiários
da citada faculdade participarão durante a Semana da Saúde Solidária
realizando palestras e oficinas sobre a sexualidade, a saúde da mulher,
respeito à diversidade de gênero, preconceitos contra a mulher e bullyng.
• Em parceria com a Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, serão
ofertados cursos de corte e costura para mulheres do bairro. Um ônibus,
devidamente equipado, permanece no estacionamento do Colégio, onde
são ofertados cursos em três horários diferentes, com o objetivo de
proporcionar às mães dos alunos do colégio capacitação profissional,
visando possibilitar-lhes melhores condições de vida.
• As atividades, a cada ano, serão encerradas com exposição e
apresentações culturais (teatro, dança, música, vestimentas e pratos
típicos). Para o ano de 2011, está previsto o encerramento no dia 20 de
novembro, quando haverá apresentações musicais, danças étnicas,
exposição de trabalhos, dramatização sobre questões étnico-raciais e
diversidade de gênero.
• A previsão é de que o Projeto tenha continuidade nos próximos anos,
sempre adequando a temática e as atividades às necessidades detectadas
no ambiente escolar e no meio onde vivem e atuam os alunos do colégio.
VII- RECURSOS
Humanos: Professores, direção, alunos, pais e comunidade em geral e
parceria com os profissionais da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família,
do Programa Saúde da Família e de Instituições de Ensino Superior.
Pedagógicos: Cartazes, vídeos, músicas, fotografias, Internet, livros, revista
Escola, revista Nova Escola, filme, textos complementares de artes, história e
língua portuguesa, visitas ao museu David Carneiro, à delegacia da mulher,
entre outros.
101
VIII – AVALIAÇÃO
A avaliação acontece de forma contínua e processual, observada através da
mudança comportamental dos alunos em suas relações pessoais. De forma
sistemática, os resultados também são observados a partir dos trabalhos
produzidos e apresentados pelos alunos na forma de cartazes, seminários,
debates, produções de texto (dissertações, poesias e outros gêneros textuais),
dramatização, exposição de artes, entre outros.
8.2.2- PROJETO: ESPORTE – CULTURA E CIDADANIA
I - JUSTIFICATIVA
A Educação Física e entendida como uma área que trata do
conhecimento, denominado cultura corporal, e movimentos, que tem como
temas : o jogo, a ginástica, o esporte e outras temáticas que apresentarem
relações com os principais problemas dessa cultura corporal de movimento e o
contexto histórico-social dos alunos.
A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os
alunos para que desenvolvam suas potencialidades de forma democracia e não
seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.
Os processos de ensino e a aprendizagem devem considerar as
características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal,
afetiva, ética, estética de redação interpessoal e inserção social)
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Luiz Antônio Silvestre
DISCIPLINA: Educação Física
III - OBJETIVO GERAL
Propiciar ao aluno a chance de desenvolver o seu potencial em todos
os movimentos corporais, seja no esporte, ginástica, etc., de modo que o aluno
102
leve para toda vida esse benefícios adquiridos, alem da integração social e
cultural.
Aprimorar a técnica desportiva dos alunos participantes das atividades
desenvolvidas.
Melhorar o relacionamento social e interpessoal dos alunos.
IV – METODOLOGIA
Jogos de futsal masculino com equipes do município de Califórnia e Novo
Itacolomi.
Jogos de Voleibol masculino e feminino com equipes de Califórnia e da
Escola Municipal José de Alencar.
Campeonato interclasses de xadrez, futsal , handebol e tênis de mesa.
Jogos de futsal masculino e feminino, handebol feminino com equipes da
escola Carlos Massareto.
V – DESENVOLVIMENTO
Jogos com equipes do município
Jogos com equipes de municípios vizinhos
Jogos interclasses
Treinamentos em horários extraclasse.
Trabalho individual e coletivo, envolvendo os fundamentos básicos das
modalidades praticadas ( futsal, handebol, voleibol, xadrez e tênis de
mesa).
VI- AVALIAÇÃO
• Observação do processo de aprendizagem, participação positiva e de
colaboração com o grupo;
• Observação individual e continuada do aluno;
• Desenvolvimento global do aluno, físico, mental e social.
103
8.2.3- PROJETO : APRENDIZAGEM NA VIAGEM
I –JUSTIFICATIVA
O aluno viaja conhecendo pontos turísticos do Paraná, nesta
temática trabalha-se a interdisciplinaridade, o aluno vivencia e busca fontes
históricas, econômicas e culturais.
O prazer de aprender em busca da aprendizagem. Nas estradas a
visão do relevo, da vegetação, transformações urbanas, diferentes classes
sociais, a indústria, o comércio, espaço rural e urbano, transporte, turismo
trânsito, etc.
DISCIPLINA: Geografia
II – OBJETIVOS
Conceituar turismo;
Reconhecer e identificar variedades de paisagens;
Identificar e localizar os mapas;
Produção de textos;
Pesquisa de campo;
Diversidade cultural;
Reconhecer diferentes classes sociais;
Identificar espaço rural/urbano;
Nomear e localizar pontos turísticos;
Reconhecer que atividades turísticas contribuem para o desenvolvimento
econômico;
Identificar processo de industrialização;
Meio ambiente;
Cidadania;
III – METODOLOGIA
Viagem cultural;
Localização/identificação no mapa Brasil;
104
Pesquisa de campo;
Fotos;
Murais;
Produção de textos;
Maquetes;
Confecção de mapa do local visitado;
Pesquisa no jornal;
Exposição dos materiais;
Visita a indústrias;
IV – AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, observando a participação e criatividade.
8.2.4- AGENDA 21 - PROJETO: “ ÁGUA – NOSSO DIREITO X NOSSA RESPONSABILIDADE”
I – JUSTIFICATIVA
Nas últimas décadas a questão ambiental tornou-se uma preocupação
mundial. A grande maioria das nações mundiais reconhecem a emergência dos
problemas ambientais e sabem que são grandes os desafios que o homem
moderno tende a enfrentar para direcionar suas ações de forma racional e
consciente para que seja possível uma total interação com o meio que este
vive e transforma .
Segundo os Pcn’s (2001)...o termo “meio ambiente “ tem sido utilizado
para indicar um “espaço em que um ser vive e se desenvolve , trocando
energia e interagindo com ele, sendo transformado no caso dos seres
humanos, ao espaço físico e biológico soma-se o espaço sócio-cultural.
Interagindo com os elementos do seu ambiente, a humanidade provoca tipos
de modificação que se transformam com o passar da história. E ao transformar
o ambiente, os seres humanos também mudam sua própria visão e do meio
em que vive”.
105
O meio ambiente está relacionado às interações dinâmicas dos
aspectos naturais e sociais . Haja vista que este meio não é inerte, sofrendo
transformações gradativas da natureza através de processos históricos,
políticos, culturais, e tecnológicos da sociedade em constante
desenvolvimento, que podem transformar o meio em que vivem de forma
positiva, ou seja através de uma transformação e manipulação dos meios
naturais voltadas para o “desenvolvimento sustentável”, ou transformar este
mesmo espaço de forma negativa , onde visa-se somente o capitalismo e o
lucro para o desenvolvimento econômico imediato e ignora-se a questão
ambiental, provocando a devastação e a degradação do meio .
A complexidade dos problemas ambientais exige mais do que
medidas pontuais que busquem resolver problemas a partir de seus efeitos,
ignorando ou desconhecendo suas causas. A questão ambiental deve ser
tratada de forma global, considerando que a degradação ambiental é resultante
de um processo social, determinado pelo modo como a sociedade apropria-se
e utiliza-se dos recursos naturais. Seria impossível resolver os problemas
ambientais de forma instantânea e isolada. É necessário introduzir uma nova
abordagem de corrente voltada para a conscientização e da compreensão de
que a existência humana esta ligada diretamente à qualidade e permanência
do meio ambiente.
A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez
mais urgente para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que
se estabelece entre a sociedade e a natureza, tanto na dimensão coletiva
quanto na individual. Diante disto é necessário repensar e questionar o nosso
modelo de desenvolvimento econômico e social, para que o futuro não seja tão
sinistro como apontam as perspectivas.
A situação se agrava a cada dia, pois muitos governantes,
empresários e administradores municipais, preocupam-se somente com lucros
imediatos ou com soluções imediatistas para seus problemas, não observando
que seu desenvolvimento econômico está fadado a falência devido o
comprometimento dos recursos naturais e consequentemente da matéria-prima
que é a base para o desenvolvimento capitalista.
106
É sabido que nas questões ambientais não se tem respostas
imediatas, pois tudo vem a longo prazo, devendo-se começar de dentro para
fora, ou seja dentro de nossas casas. Para se conseguir isto deve-se iniciar
com a “Educação Ambiental”, nas escolas nas empresas e na sociedade para
que esta prática exerça uma reação em cadeia, onde todos possam associar-
se com o meio de forma sustentável .
Dentro da preocupação com o meio ambiente surge o interesse e a
necessidade de desenvolver a agenda 21 escolar, visando a promoção e a
formação de uma consciência ambiental em nossos educandos, para que
somente assim possamos exercer as nossas reais responsabilidades e
requerer o nosso maior direito - o da sobrevivência.
II – OBJETIVOS
• Promover a educação ambiental no âmbito escolar, visando reflexos futuros da mesma na sociedade.
• Preservar o ambiente escolar e seu entorno.• Evitar o desperdício de água potável através de campanhas de
conscientização e preservação da mesma.• Realizar arborização do bairro e jardinagem da escola através da
distribuição d e plantas frutíferas e arbóreas aos educandos.• Reativar a coleta seletiva do lixo.• Distribuir coletores de lixo individuais aos educandos• Implantar na comunidade escolar a coleta permanente de ilhas.• Pleitear junto aos órgãos públicos, juntamente com a associação de
moradores do bairro, a fiscalização da mata ciliar e dos resíduos sólidos despejados no córrego Biguaçú
III – METODOLOGIA
• Palestras e debates• Construção e confecção de maquetes e cartazes• Contratação de profissional especializado e auxílio da comunidade para
ajardinamento• Distribuição de mudas de árvores para a comunidade• Pesquisas dos problemas ambientais da comunidade• Visitas ao córrego Biguaçu• Implantação da caixa de coleta de pilhas
107
IV – PROFESSORES RESPONSÁVEIS
Geografia: Erci Lopes CamargoPedagoga: Sandra Sirlei Guirro
V – POTENCIAIS PARCERIAS
• Sanepar• Associação de moradores do bairro• Igrejas do bairro• Associação de Pais, mestres e Funcionários• Secretaria Municipal do Meio Ambiente
VI – PARTICIPANTES
• Todos os alunos do Colégio e professores• Equipe administrativa e pedagógica da escola• Pais atuantes na APMF• Funcionários da escolaVII – AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, através da observação e acompanhamento da participação e da mudança comportamental de todos envolvidos com o projeto, analisando as ações efetuadas e propondo novos rumos, almejando formar cidadãos conscientes, conhecedores da situação atual dos recursos naturais, capazes de participarem ativamente da construção de uma sociedade sustentável através de pequenas ações e atitudes que contribuam para que as políticas públicas ambientais tenham sucesso, uma vez que se trata de uma comunidade urbana onde o acesso à educação acontece principalmente através da escola pública.
8.2.5. PROJETO: “PASSAPORTE PARA A LEITURA”
I.JUSTIFICATIVA:
Muito se tem discutido nas últimas décadas, sobre a importância da
leitura e, a escola deve ser o ambiente responsável para proporcionar
oportunidades de leituras aos alunos. Foi pensando nisso que este projeto foi
elaborado, buscando despertar o gosto e o interesse pela leitura e incentivando
ainda mais os alunos leitores.108
II.OBJETIVOS:
Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura Auxiliar na superação de dificuldades de leitura, escrita, interpretação e produção de texto
III.PARTICIPANTES:
Alunos do Ensino Fundamental e Médio
IV. PROFESSORAS RESPONSÁVEIS:
Língua Portuguesa: Helena Pereira Cazarin e Márcia Pereira
V. METODOLOGIA/DESENVOLVIMENTO:
Bimestralmente, os alunos deverão escolher dois livros para ler e completarão uma ficha técnica com dados dos livros lidos e um desenho sobre a história lida, compondo ao final do ano um diário de bordo, com registro dos livros lidos.
VI. CRONOGRAMA:
PERÍODO: de março a novembro
VII. AVALIAÇÃO:
Como o projeto visa desenvolver a prática da leitura, a avaliação será
feita ao longo de todo o seu desenvolvimento, através da observação direta
professor/aluno, respeitando a individualidade e o interesse de cada um. A
avaliação sistemática acontecerá por meio do preenchimento das fichas
técnicas e da composição do diário de bordo.
8.2.6. PROJETO: CONSTRUINDO PIPA PARA ESTUDAR GEOMETRIA
I.JUSTIFICATIVA
109
Através das aulas de matemática os alunos terão um maior conhecimento sobre aplicações geométricas usadas na construção de pipas, com a pretensão de desenvolver o raciocínio lógico.
II. OBJETIVOS
• Promover a integração dos alunos• Reconhecer que através de imagens, representadas por
desenhos, foram conceituados os significados matemáticos• Relacionar formas espaciais com os corpos reais• Desenvolver o raciocínio visual• Envolver a geometria com a aritmética e álgebra• Aplicar conhecimentos e medições, perímetros e áreas na
resolução de situações-problema• Desenvolver e pintar quadrados com motivos semelhantes aos
azulejos• Criar figuras e redes decorativas onde o triângulo seja o elemento
básico• Experimentar diferentes combinações de cores• Pesquisar diferentes possibilidades de harmonização de cores• Criar composição com figuras geométricas
III. RECURSOS:
Humanos: professores e alunos de 8º e 9º anosFísicos – sala de aula do colégio e campo de futebolMateriais – régua, cola, fita métrica, tesoura, papel de seda, linhas e varetas de bambu
IV. METODOLOGIA
O estudo da geometria deve ser iniciado pelo espaço e pelos objetos que povoam esse espaço, o desenvolvimento deste estudo dará sentido espaço-plano, sem, no entanto, Ter necessidade de obedecer a um sentido obrigatório único. Assim iniciamos a construção de pipas pela construção espacial, tornando a aula de matemática mais agradável e descontraída.
Após a construção de pipas ( em grupo ou individual) os alunos serão deslocados até o campo de futebol do bairro, juntamente com o professor responsável, para representar e soltar suas pipas.
Haverá uma competição, sendo escolhidas as melhores pipas por pessoas convidadas como jurados.
110
V. PROFESSOR RESPONSAVEL
Disciplina de Matemática: Adauto Vicente Alves
VI.AVALIAÇÃO:
Será diagnosticado a partir da participação e na inter-relação de cada um, sendo o acompanhamento realizado através de relatório do andamento das atividades feito pelo professor responsável e exposição de fotos tiradas dos alunos nos momentos que estiverem realizando atividades do projeto.
8.2.7. PROJETO - IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO ALIMENTAR
Tema : Patologias que afetam o sistema Circulatório.
Disciplinas: Ciências
Professora Responsável: Sebastião José Nogueira
I. JUSTIFICATIVA
Todos os seres vivos precisam de energia para se manter vivos e
saudáveis, a alimentação é um meio de onde garantimos não apenas a energia
para a manutenção dos processos vitais – respiração, circulação, ela também
repões as substâncias e estruturas desgastadas, garantindo o desenvolvimento
do ser.
Alimentar-se bem não significa comer, nem ao menos comer muito,
é preciso levar em consideração vários aspectos entre eles, ingerir os
nutrientes corretos na fase de crescimento é importante também para a saúde
no futuro.
Muitas doenças que afetam o Sistema Circulatório em grande
percentagem das pessoas decorrem de hábitos alimentes decorrente de uma
alimentação desequilibrada, visando esta situação, o projeto procurará orientar
e pré – adolescentes e adolescentes sobre a incorporação ou reeducação
alimentar com base em conhecimentos que obterem no decorrer deste.
II - OBJETIVOS
111
Gerais:
-Reconhecer os hábitos alimentares dos estudantes;
-Conscientizar os alunos sobre a importância da formação de bons hábitos
alimentares que influenciarão em seu desenvolvimento;
Específicos:
-Relacionar a importância da alimentação e sua relação com a saúde do corpo;
-Apresentar as causas que levam o indivíduo a desenvolver a Diabetes,
Hipertensão, Infarto e Derrame;
- Ter conhecimento sobre as consequências causadas pelo alto consumo de
açúcar;
- explicar como o organismo reage perante tais patologias;
-Apontar sugestões alimentares com intuito preventivo.
III – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia aplicada será diversificada, partindo de exposição,
demonstração e discussões com problematização. Durante o desenvolvimento
do tema será utilizado recursos de multimídia, bem como outros materiais –
cartazes, torço e outros mais concretos.
Os materiais e métodos utilizados visão uma maior e melhor
compreensão dos conteúdos estudados que facilitarão a aprendizado dos
adolescentes. De inicio será realizado uma instigação para identificar como
está o conhecimento sobre o assunta a ser trabalhado, abordando temas
como: diabetes, obesidade e hipertensão.
Para um melhor desempenho, o conteúdo explorado será mediado
com o tema já desenvolvido em sala- sistema circulatório, com isto um dos
materiais didáticos utilizado será apresentado o coração de dois mamíferos:
bovino e humano.
Ao final serão apresentadas várias opções alimentares, salientando
sempre a importância de uma alimentação equilibrada, pois seus nutrientes
estarão dispostos na corrente sanguínea, que será distribuído por todo o
organismo. Os alunos terão a oportunidade de degustação de alguns alimentos
saudáveis, que poderão após repassarem para a família tudo que aprenderão.112
IV – PÚBLICO ALVO
Alunos do ensino fundamental , 8° ano, na faixa etária de 13 a 16 anos
(pré-adolescente e adolescentes), cujo hábito alimentar encontra-se em grande
percentagem defasado pelo grande consumo de doces (balas principalmente).
V. Recursos Materiais
• TV pen-drive;
• cartazes;
• coração humano e bovino;
• alimentos naturais para degustação;
• torso humano.
VI Recursos Humanos
• experiências dos alunos sobre o assunto trabalhado;
• participação de uma estagiaria da FAP (Faculdade de Apucarana).
VII Parcerias
O desenvolvimento do projeto contará com a presença de uma
estagiaria da FAP e da professora regente mais alguns alunos que contribuirão
com depoimentos vivenciados por eles.
VIII Cronograma
O projeto será concluído no terceiro bimestre letivo, com a carga
horária total de 6 horas aula, onde 4 destas serão utilizadas para preparação
de materiais e estudos.
IX Avaliação
113
Os alunos serão avaliados por meio de um questionário entregue ao
final da execução do projeto e também pela participação e comprometimento
dos mesmos.
8.2.8 PROJETO DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR HISTÓRICO SOBRE LIBERDADE E IGUALDADE
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula SouzaSérie: 8º ano do Ensino Fundamental
Conteúdos Estruturantes: Relações Culturais, Relações de Poder e Relações de Trabalho.Conteúdos Básicos: Mineração no Brasil Colonial, Escravismo, Resistência.
I Objetivos:
• Inserir a discussão sobre o trabalho escravo no Brasil colonial na abrangência do debate sobre Direitos Humanos;
• Aproximar as questões de liberdade/escravidão e violência no contexto da mineração colonial comparativamente à análise da liberdade/escravidão e violência no Brasil contemporâneo;
• Compreender as variadas e múltiplas conjunturas históricas que viabilizaram e proporcionaram a existência de diferentes formas de escravidão, na colônia brasileira e no Brasil contemporâneo.
II Encaminhamentos metodológicos:
Partindo dos conteúdos acadêmicos, os alunos podem observar, através da leitura de textos, o momento peculiar do século XVII no Brasil, em que foi inaugurado um processo exploratório da colônia através de um novo viés: o da mineração. Concomitantemente ao surgimento desta nova demanda, também se transformaram as relações de trabalho, sobretudo as que se referem ao trabalho compulsório.
Na perspectiva da exploração acelerada, com obtenção rápida de riqueza (o que não ocorria com a mesma dinâmica na produção da cana-de-açúcar), as relações de trabalho sofreram substanciosas modificações, sobretudo no que diz respeito à exploração do trabalho e acentuação do escravismo no Brasil. A partir destas reflexões, serão oportunizados aos alunos vídeos que contemplem a análise histórica à luz do pensamento democrático contemporâneo. Os vídeos selecionados compreendem um conjunto de pequenas histórias cotidianas sobre o escravismo no Brasil colonial, formas de resistência (fugas, assassinatos dos senhores, formação de quilombos) e de controle (imposição religiosa, desconstrução da identidade, castigos corporais e a prática constante da mistanásia). Recortes do filme “Quanto vale ou é por
114
quilo?”, produção brasileira comparando o papel das ONG's nos dias atuais esvaziando as ações de políticas públicas do Estado com as atividades escravistas legitimadas pela Coroa Portuguesa, dão suporte para tornar mais concreta a leitura das fontes históricas. Na íntegra, o filme “Diamante de Sangue” pode promover uma significativa discussão sobre a escravidão contemporânea, definida pelo Centro de Direitos Humanos da ONU1 como qualquer forma de exploração relacionada ao trabalho ou não, de uma determinada faixa etária, etnia ou gênero.
As reflexões fomentadas a partir dos conteúdos acadêmicos permitem uma análise aprofundada da Declaração Universal dos Direitos Humanos, elaborada em 1948 e que deu origem a inúmeros documentos constitucionais no Ocidente. Após a leitura dos seus 30 artigos, estimula-se o debate entre os alunos no sentido de traçar comparações entre o texto da Declaração e sua real aplicação nas sociedades contemporâneas. Após esta leitura preliminar, os alunos em grupos elaboram desenhos que representassem artigos sorteados da Declaração. O professor acompanha a elaboração dos desenhos, sanando dúvidas, orientando pesquisas e alimentando debates. Nestas etapas, os conteúdos acadêmicos observados anteriormente fundamentam as reflexões sobre liberdade e escravidão, situações de privação de liberdade, igualdade, tolerância religiosa, direitos essenciais à vida (como saúde, bem-estar, segurança, escolarização gratuita e de qualidade).
Como forma de proporcionar subsídios para uma análise comparativa, o professor disponibiliza jornais escritos de circulação nacional e local para que os alunos identifiquem reportagens de diferentes naturezas em que se revele a violação dos Direitos Humanos em qualquer artigo estudado. Propõe-se ainda que após a seleção de texto jornalístico, os alunos elaborem uma pequena dissertação justificando a escolha do assunto e a relação com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assim, os estudantes podem expressar suas opiniões, sistematizar o conhecimento científico e construir um pensamento crítico.
Finaliza-se a proposta com uma visita ao Fórum “Desembargador Clotário de Macedo Portugal” da Comarca de Apucarana, para que os alunos observem como se consolidam os processos penais no nosso país, partindo dos princípios constitucionais de Igualdade e Liberdade.
III Critérios Avaliativos
Busca-se analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico nos alunos, esperando que eles possam:- Compreender-se como sujeitos históricos, capazes de interferir em sua própria realidade social e nas relações com a coletividade;- Compreender e sistematizar sua história pessoal, estabelecendo relações entre a sua história e a história do conjunto dos indivíduos e sociedades;- Perceber que o movimento histórico das sociedades e seus desmembramentos interferem diretamente nas nossas relações presentes e
1 PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Livro Didático
Público – História (Vários Autores). 2. ed. Curitiba: SEED, 2006. p. 88.115
que o resultado de contextos históricos anteriores podem refletir em ações e comportamentos contemporâneos significativos;- Re-significar o mundo em que vivem ao olhar o outro sobre o prisma da diversidade;- Conhecer e compreender que as leis são instrumentos para a vivência coletiva e que podem ser modificadas de acordo com as demandas sociais historicamente constituídas.
8.2.9 PROJETO POVOS INDÍGENAS E AFRICANOS NO BRASIL: UM ESTUDO HISTÓRICO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula Souza
Série: 7º anoConteúdos Estruturantes: Relações Culturais, Relações de Poder e Relações de Trabalho.Conteúdos Básicos: A propriedade coletiva entre os povos indígenas e quilombolas no Paraná, a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas e os grupos africanos. A constituição do latifúndio na América portuguesa colonial. Conflitos e resistência (missões jesuíticas, terras indígenas, quilombos e quilombolas).
I Objetivos: • Compreender a história indígena e africana a partir de sua própria
historicidade, nas relações pré-colonizadoras que estabeleceu com seus pares;
• Perceber que a história indígena e africana é anterior à sua relação com o europeu;
• Promover a leitura de narrativas indígenas e africanas, à luz de questões sociais contemporâneas;
• Despertar a harmonia entre as diferentes etnias não só no contexto escolar como em todo o contexto social;
• Analisar as variadas e múltiplas conjunturas históricas que viabilizaram e proporcionaram a existência de diferentes formas de compreensão da sociedade;
• Inserir a discussão sobre discriminação e preconceito sob o viés da exploração capitalista, reconhecida a partir da colonização na África e América Portuguesa;
• Associar posturas de preconceito e discriminação étnico-racial a partir de suas raízes históricas.
II Encaminhamentos metodológicos:
116
Ao problematizar os conteúdos básicos 7º ano do Ensino Fundamental, os alunos poderão perceber tais temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e relações dos sujeitos a serem a serem abordados em sua diversidade étnico-racial e de gerações.
Inicia-se o estudo através da leitura de textos que contribuam para compor a ideia da diversidade na formação histórica do povo brasileiro. Músicas que fomentem a discussão, como “Chegança” (de Antônio Nóbrega) e do cantor e compositor paranaense Palminor Rodrigues Ferreira (“Lápis”). Também serão utilizados vídeos curtos, demonstrando formas de organização social destes grupos étnicos, anteriores à exploração do trabalho pelo colonizador europeu. Divididos em grupos, os alunos poderão montar pesquisa do diferentes grupos étnicos indígenas e africanos, a partir de pesquisa na internet (ianomâmis, xetas, xokleng, kaingang, guarani e Gana, Mali, Hauças, Guiné, Kongo e Ndongo), percebendo sua diversidade lingüística, cultural, política e religiosa. Propõe-se a confecção de mídias que possam divulgar o trabalho escolar realizado pelos alunos (apresentações em slides, cartazes, histórias em quadrinhos, rap’s, charges, entre outros).
Na expectativa de se fomentar uma discussão contemporânea sobre as relações étnico-raciais na atualidade, serão abordados os temas do trabalho compulsório, dentro do contexto do Brasil colônia e suas formas atuais de exploração do trabalho, da imagem e da cultura afro-indígena.
Após estas atividades, busca-se a análise de fontes históricas a partir de imagens e textos de época que ajudem a construir a imagem de como foram estabelecidas as relações entre o europeu colonizador e o indígena (concebido como “bom selvagem”, tutelado pelo Estado). Também a percepção de como foi encaminhada a relação deste europeu com os povos africanos e sua consequente “coisificação” a partir da lógica mercantilista. Estas reflexões poderão ser concluídas com um amplo debate das percepções de mundo dos próprios estudantes, iniciado após leitura das fontes.
Entende-se que a organização político-social de uma sociedade está diretamente relacionada ao bem estar do cidadão na concretização de suas demandas e especificidades. Refletir sobre as políticas públicas e sistemas atuais de minimização das desigualdades históricas pela quais as minorias étnicas tem passado, possibilita um novo enfoque sobre a participação socioeconômica e cultural da população negra e indígena nas sociedades mundiais.
Introduzem-se concomitantemente aspectos de igualdade e liberdade presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos a fim de ampliar o debate e concretizar ações para erradicar formas de discriminação no espaço escolar e fora dele. Serão analisados jornais escritos (atuais e do século XIX) e confeccionado textos em que os alunos possam identificar formas de exploração e preconceito diante da diversidade étnico-racial da sociedade brasileira.
Pesquisa de personalidades afro-descendentes e indígenas sobre sua contribuição histórica na luta pelos movimentos negro e indígena, quer seja por oposição direta ao preconceito, quer seja pelo trabalho desenvolvido em vida.
117
III Critérios Avaliativos
Busca-se analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico nos alunos, esperando que eles possam:- Compreender-se como sujeitos históricos, capazes de interferir em sua própria realidade social e nas relações com a coletividade;- Compreender e sistematizar sua história pessoal, estabelecendo relações entre a sua história e a história do conjunto dos indivíduos e sociedades;- Perceber que o movimento histórico das sociedades e seus desmembramentos interferem diretamente nas nossas relações presentes e que o resultado de contextos históricos anteriores podem refletir em ações e comportamentos contemporâneos significativos;- Re-significar o mundo em que vivem ao olhar o outro sob o prisma da diversidade;- Conhecer e compreender que as leis são instrumentos para a vivência coletiva e que podem ser modificadas de acordo com as demandas sociais historicamente constituídas;- Perceber-se como cidadãos participativos da sociedade e diretamente responsáveis pelas ações cotidianas que interferem e modificam a vida em comum;- Construam coletivamente um ambiente escolar e social menos excludente e mais integrado às políticas de inclusão que norteiam o pensamento contemporâneo;- Re-signifiquem os conceitos historicamente acumulados a respeito da África e dos Povos da Floresta, na diáspora e na auto-conceituação de alunos negros, indígenas e afro-descendentes;- Reconheçam a realidade paranaense desmistificando a ideia de um Brasil europeu e branco ao sul;- Percebam a participação histórica das diferentes etnias na composição do nosso país.
8.2.10 PROJETO CONSUMO VERSUS DESENVOLVIMENTO: A HISTÓRIA DAS COISAS
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula Souza
Série: 8º anoConteúdos Estruturantes: Relações Culturais, Relações de Poder e Relações de Trabalho.Conteúdos Básicos: O nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor; a produção e a organização social capitalista; ideologia, ética e moral capitalista; a desvalorização do trabalho; as classes trabalhadoras no campo e as contradições da modernização; Desigualdade Social, Riqueza e Consumo.
I Objetivos:
118
• Conhecer as fases do processo de produção capitalista a partir da industrialização;
• Perceber que o capitalismo é um sistema político-econômico e sócio-histórico, portanto é produto da organização humana no tempo, tendo origens e podendo ser modificado;
• Compreender a relação dentre capitalismo e expropriação do trabalho;• Relacionar a distribuição desigual de riquezas com o incentivo ao
consumo acelerado;• Refletir sobre a relação entre a exploração do meio ambiente, lixo e
industrialização, sob a ótica da automação das sociedades;• Promover e disseminar a valorização do meio ambiente e de posturas
eco-responsáveis.
II Encaminhamentos metodológicos:
Partindo da leitura de textos sobre o processo de industrialização inglês, situando-o espaço-temporalmente, busca-se a problematização dos conteúdos básicos. Propõe-se a organização de atividades que apresentem as características gerais da industrialização no século XVIII, bem como seus efeitos sobre o mundo do trabalho (sobretudo na divisão do trabalho em que o operário/assalariado perde sua autonomia sobre o processo produtivo). Ao abordar o tema “divisão e expropriação do trabalho”, apresenta-se aos alunos a obra clássica de Charles Chaplin “Tempos Modernos” (1935), cujo conteúdo aborda questões cruciais para o entendimento dos efeitos da indústria moderna nas sociedades ocidentais contemporâneas. A partir do filme, estimulam-se nos alunos reflexões críticas sobre o assunto, contemplando questões como pobreza, criminalidade, relação patrão/empregado, fordismo, produtividade, salário, autonomia. Introduz-se, através de vocabulário elaborado, conceitos marxistas essenciais para o entendimento das relações capitalistas de produção, quais sejam: lucro, reprodução simples do capital, juros, mais valia, mercadoria, burguesia, proletariado, assalariamento, salário, meios de produção, capital, fetiche e ideologia. O vocabulário poderá ser composto após pesquisa no laboratório de informática em sites direcionados pelo professor. Também na internet, serão direcionadas atividades que promovam a compreensão da relação entre a nova organização do trabalho pós-industrial e os movimentos sindicais que proporcionaram a elaboração de garantias trabalhistas. Interessa-nos propor que os alunos iniciem uma reflexão sobre as leis trabalhistas que protegem os trabalhadores assalariados e as lutas sindicais ainda em pauta, enquanto direitos essenciais à vida, ao trabalho e à saúde, como na Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Levando em consideração a proposta da Equipe Pedagógica do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire em atribuir individualmente as responsabilidades sobre a produção de material descartado em ambiente escolar, de forma a garantir o bem comum, faz-se mister relacionar a questão da indústria e de suas demandas de consumo às posturas individuais que afetam a coletividade. Para tanto, será exibido o curta “História das Coisas”, com o texto de apoio para análise e reflexão sobre a origem do acúmulo de lixo
119
nas cidades, sua relação com o capitalismo e com a ideologia industrial por trás da geração desenfreada de lucro.
Leitura do texto “Lixo”, de Luís Fernando Veríssimo como forma de proporcionar a reflexão de quais eventos de nossas vidas privadas estão se tornando públicas com o descarte. Propõe-se também percorrer a comunidade, fazendo coleta de lixo urbano para exposição na escola.
III Critérios Avaliativos
Busca-se analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico nos alunos, esperando que eles possam:- Compreender a industrialização enquanto processo histórico, passível de mudanças e permeado de continuidades/permanências;- Identificar nas sociedades contemporâneas elementos da industrialização e dos conceitos elaborados para o entendimento da sua história;- Reconhecerem-se como sujeitos históricos capazes de organização e transformação das relações de trabalho estabelecidas;- Refletir sobre o consumo estimulado pela indústria e suas conseqüências sobre o indivíduo e a coletividade;- Assumir uma postura positiva diante da produção desnecessária de material descartado, contribuindo para a diminuição da produção de lixo;- Relacionar seus afazeres cotidianos a um comportamento eco-social responsável permanentemente;- Partilhar seu conhecimento com a comunidade ao multiplicar suas reflexões sobre a produção de um ambiente ecologicamente sustentável;- Perceber que o movimento histórico das sociedades e seus desmembramentos interferem diretamente nas nossas relações presentes e que o resultado de contextos históricos anteriores podem refletir em ações e comportamentos contemporâneos significativos;- Estabelecer relações simples entre o passado e o presente, percebendo suas mudanças/rupturas e continuidade/permanências;- Despertar o espírito crítico sobre as dificuldades pelas quais passam as comunidades, favorecendo uma postura política para os anseios e demandas sociais;- Perceberem-se como cidadãos participativos da sociedade e diretamente responsáveis pelas ações cotidianas que interferem e modificam a vida em comum;- Construir coletivamente um ambiente escolar e social menos consumista e mais integrado às políticas de sustentabilidade que norteiam o pensamento contemporâneo.
8.2.11 PROJETO ADRIANO CORRÊA: MEMÓRIA E IDENTIDADE
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula Souza
Série: 6º ano
120
Conteúdos Estruturantes: Relações Culturais, Relações de Poder e Relações de Trabalho.Conteúdos Básicos: Memória e história, memória local e memória da humanidade, os lugares de memória, o historiador e a produção do conhecimento histórico, o tempo como construção histórica, temporalidades e periodizações.
I Objetivos:
• Envolver os alunos em atividade de recuperação da memória local;• Promover a valorização dos personagens da comunidade, registrando
suas histórias pessoais;• Promover o entendimento da história local enquanto parte intrínseca da
história do Paraná, sobretudo nas suas origens;• Reconhecer o bairro enquanto espaço de construção do conhecimento
histórico e de memória;• Promover a valorização da comunidade, seus espaços públicos e
privados.
II Encaminhamentos metodológicos:
Inicia-se a reflexão sobre as experiências humanas no tempo, a partir das histórias pessoais dos alunos e suas relações com a comunidade. Busca-se a montagem de linhas do tempo e de autobiografias, no sentido de explorar historicamente estas relações. Após a elaboração de suas histórias pessoais no contexto da história local, organizados em grupos, os alunos passam a visitar membros da comunidade para entrevistá-los e recolher depoimentos de como está e esteve o bairro no tempo. Também podem ser proporcionadas visitas ao comércio local, recolhendo informações sobre as atividades desenvolvidas. Será realizada uma contagem de igrejas, especificadas por matriz religiosa, e dos serviços públicos oferecidos no bairro. Todo material coletado servirá de subsídios para a elaboração de um informativo a ser divulgado na comunidade e fora dela.
III Critérios Avaliativos
Busca-se analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico nos alunos, esperando que eles possam:- Compreenderem-se como sujeitos históricos, capazes de interferir em sua própria realidade social e nas relações com a coletividade;- Perceber que o registro da história é feito cotidianamente pelos homens e de acordo com necessidade e interesses igualmente históricos;- Compreender e sistematizar sua história pessoal, estabelecendo relações entre a sua história e a história do conjunto dos indivíduos e sociedades;- Reconhecer a memória local e seus personagens enquanto parte de uma comunidade maior que é a cidade, o Estado e o País;
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- Perceber que o movimento histórico das sociedades e seus desmembramentos interferem diretamente nas nossas relações presentes e que o resultado de contextos históricos anteriores podem refletir em ações e comportamentos contemporâneos significativos;- Re-significar o mundo em que vivem ao olhar o outro sob o prisma da diversidade;- Estabelecer relações simples entre o passado e o presente, percebendo suas mudanças/rupturas e continuidade/permanências;- Despertar o espírito crítico sobre as dificuldades pelas quais passam as comunidades, favorecendo uma postura política para os anseios e demandas sociais;- Perceber-se como cidadãos participativos da sociedade e diretamente responsáveis pelas ações cotidianas que interferem e modificam a vida em comum;- Construir coletivamente um ambiente escolar e social menos excludente e mais integrado às políticas de inclusão que norteiam o pensamento contemporâneo.
8.2.12 PROJETO “DO ESPÍRITO DAS LEIS”: POR UM ENTENDIMENTO HISTÓRICO DOS TRÊS PODERES
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula Souza
Série: 8º anoConteúdos Estruturantes: Relações Culturais, Relações de Poder e Relações de Trabalho.Conteúdos Básicos: Iluminismo, princípios filosóficos das democracias ocidentais contemporâneas e a luta pela cidadania.
I Objetivos:
• Compreender os pressupostos teóricos que inspiraram ideias e movimentos nos séculos XVII e XVIII;
• Relacionar as ideias filosóficas iluministas com aspectos político sociais das sociedades contemporâneas;
• Promover a leitura de fontes históricas do período iluminista e sua análise à luz de questões sociais contemporâneas;
• Analisar as variadas e múltiplas conjunturas históricas que viabilizaram e proporcionaram a existência de diferentes formas de compreensão da sociedade;
• Inserir a discussão sobre o processo eleitoral brasileiro no contexto dos princípios filosóficos iluministas;
• Disseminar o entendimento de questões eleitorais contemporâneas a partir do debate sobre os princípios de organização política das sociedades.
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II Encaminhamentos metodológicos:
Partindo da leitura de textos acadêmicos, os alunos podem observar o momento efervescente do século XVII europeu, em que se iniciam as primeiras discussões filosóficas de questionamento das monarquias absolutistas europeias.
Intencionados por um estabelecimento na sociedade européia, filósofos e livres pensadores, oriundos de uma burguesia mercantil em ascensão, buscam estabelecer sua condição social e humana num universo em que a nobreza detinha o poder decisório nas mãos. Buscando transtornar a ordem vigente, são estes filósofos que solidificarão pensamentos capazes de desmantelar a aristocracia, ao menos no seu poder de mando. São estes pensadores que buscam, através de ideias de liberdade e igualdade, uma organização social a partir do pressuposto de que por nascimento e origem todo ser humano é livre e igual em oportunidades e direitos individuais e coletivos.
Já no século XVIII, J.J. Rousseau em seu livro “Do Contrato Social” elabora os princípios filosóficos para a harmoniosa convivência coletiva, na garantia da vontade geral e do bem comum. Também consolida os conceitos de democracia representativa e democracia consensual, demonstrando a superioridade da segunda em relação à primeira. Na França, Voltaire produz suas obras na temática da tolerância, revelando um Estado pré-revolucionário francês absolutista e autoritário. Mas é certamente o Barão de Montesquieu quem incrustou a democracia moderna a partir das suas concepções de poder tripartido. Com a proposta de modificação do estabelecimento do poder político, Montesquieu lançou as bases para o processo eleitoral contemporâneo e para definir, em contraponto, as ditaduras modernas.
A fim de oportunizar aos alunos um primeiro contato com a filosofia iluminista, propõe-se a confecção de um quadro comparativo entre os diferentes filósofos, por meio de estudo dirigido na internet. Após esta primeira atividade, busca-se a análise de fontes históricas a partir de trechos das obras dos iluministas. Esta análise poderá ser concluída com um amplo debate das percepções de mundo dos próprios estudantes, iniciado após leitura das fontes.
Leitura do texto de Montesquieu em que seja apresentada a sua tese de que os poderes políticos devem ser tripartidos para garantir participação política de vários segmentos sociais. Concomitantemente, deve-se proceder com a reflexão sobre os textos de J.J. Rousseau (previamente selecionados) sobre a implantação da democracia como princípio político de organização da sociedade.
Entende-se que a organização política de uma sociedade está diretamente relacionada ao bem estar do cidadão na concretização de suas demandas e especificidades. Refletir sobre a política e sobre o processo eleitoral é também perceber a importância do poder representativo na vida cotidiana, assim como a relevância que adquire nossa participação neste processo democrático. Portanto, vídeos que relacionem a situação da sociedade brasileira com aspectos da democracia também podem ser utilizados para enfatizar o vínculo entre Cidadania, Direitos Humanos e participação política.
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Buscando relacionar e proporcionar significado às ideias teóricas do século XVIII, pretende-se que os alunos realizem pesquisas em grupos dos seguintes temas políticos atuais: Projeto de Lei de Iniciativa Popular, Lei Complementar 135/2010 (“Ficha Limpa”), funções e responsabilidades dos Três Poderes, Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional Eleitoral, Fiscalização e Dinheiro Público, Lei 9504/97 (“Lei das Eleições”).
Em parceria com a disciplina de Artes, após pesquisa dos temas sugeridos, os alunos produzirão um conjunto de apresentações que envolvam vários tipos de tecnologias a serem selecionadas em conjunto (música, vídeos, slides, textos/cartazes, banners) e apresentarão aos alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire, em contra turno.
Nesta perspectiva, compreende-se que a disciplina de história contribui para a formação da cidadania em adolescentes que iniciam sua vida política através do saber escolar e disseminam seu conhecimento, partilhando suas reflexões com outros segmentos da comunidade escolar. Esta proposta de trabalho alinha-se às instruções pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação no que concerne aos Desafios Educacionais Contemporâneos, ao apresentar reflexões sobre Cidadania e Educação em Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência na Escola (na perspectiva do diálogo e da participação política) e Educação Fiscal.
Ao final do debate, propõe-se formatar um documento coletivo compactuando com os alunos uma “Declaração de Direitos”, a ser validada pelo coletivo escolar, pertinentes às reflexões construídas pelos estudantes e mediadas pelo professor.
III Critérios Avaliativos
Busca-se analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico nos alunos, esperando que eles possam:- Compreender-se como sujeitos históricos, capazes de interferir em sua própria realidade social e nas relações com a coletividade;- Compreender e sistematizar sua história pessoal, estabelecendo relações entre a sua história e a história do conjunto dos indivíduos e sociedades;- Perceber que o movimento histórico das sociedades e seus desmembramentos interferem diretamente nas nossas relações presentes e que o resultado de contextos históricos anteriores podem refletir em ações e comportamentos contemporâneos significativos;- Re-significar o mundo em que vivem ao olhar o outro sob o prisma da diversidade;- Conhecer e compreender que as leis são instrumentos para a vivência coletiva e que podem ser modificadas de acordo com as demandas sociais historicamente constituídas;- Perceber-se como cidadãos participativos da sociedade e diretamente responsáveis pela transferência de poderes políticos aos representantes.
124
8.2.13 PROJETO WILLENDORF: POR UM PASSEIO NA PRÉ-HISTÓRIA
Professora Proponente: Maria Isabelle Palma Gomes Corrêa de Paula Souza
I JUSTIFICATIVA
A questão temporal numa abordagem historiográfica para a educação é um dado de difícil acesso para alunos do Ensino Fundamental. Tratando-se de crianças de 5ª série com idade escolar entre 11 e 13 anos, o tempo histórico e cronológico apresenta-se como um grande desafio em sala de aula. Buscar motivações que justifiquem o ensino de histórias tão antigas, como as das civilizações arcaicas ou mesmo pré-históricas, corresponde a um trabalho que exige do professor um esforço didático muito grande.
Em contrapartida, o estudo das origens relacionado ao surgimento do Cosmos é um assunto de instigante interesse para os alunos, uma vez que estão subentendidos nesta relação os grandes mistérios do mundo (o mysterium tremendum).
Tendo em vista as dificuldades e ao mesmo tempo as possibilidades de atuação didática no que se refere ao estudo da Antigüidade, propõe-se com o presente projeto de ensino minimizar os problemas de encaminhamento metodológico naquilo que diz respeito à temporalidade histórica, aliando essa curiosidade pelo misterioso numa perspectiva lúdica e não linear. Nota-se inclusive que a preocupação fundamental deste plano de estudo não é fixar datas ou períodos estanques, mas perceber a multiplicidade de tempos e culturas num convívio social aproximado.
Por se tratar de uma proposta de ensino que utiliza recursos variados, poderia ser expandido para outras disciplinas (como Ensino Religioso, Artes e Geografia).
II OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
11 Promover a compreensão de que o surgimento do Cosmos e do homem é ainda uma grande incógnita para o conhecimento, tendo algumas teorias que, em maior ou menor grau, sustentam uma explicação lógica e coerente. Havendo muitas controvérsias, a preocupação maior é apresentar algumas explicações possíveis (mitos antigos, Bíblia, fixismo, evolucionismo), com o objetivo de ampliar a análise comparativa.
• Utilização de textos de apoio, pesquisa bibliográfica e aulas expositivas.
2. Perceber através da teoria evolucionista (por ser a mais aceita pela comunidade científica), as diferentes etapas de desenvolvimento humano, frisando que não ocorreram linearmente nem tampouco em curtos ou médios espaços de tempo (na verdade, milhares de anos).
• Utilização de quadros comparativos (fotocópias e transparências).3. Desmistificar a idéia do evolucionismo como a “teoria do macaco”, a partir
da análise genealógica da espécie homo (desde o mais primitivo ancestral até a espécie sapiens sapiens).
125
• Utilização de quadros comparativos (fotocópias e transparências).4. Análise das grandes divisões pré-históricas – Paleolítico, Mesolítico,
Neolítico, reforçando as principais características dos períodos ao inserir conceitos históricos, como nomadismo, semi-nomadismo e sedentarismo.
• Pesquisa bibliográfica e aula expositiva5. Reconhecer que as divisões pré-históricas são didáticas e funcionais, mas
não correspondem ao verdadeiro desenvolvimento humano na terra. É preciso ressaltar que muitos grupos humanos paleolíticos e neolíticos conviveram com outros, em estágios de desenvolvimento tecnológico inferior ou superior. Esse enfoque importantíssimo para o entendimento da pré-história permite compreender a diversidade de tempos num convívio mútuo, promovendo a análise relativa do tempo histórico.
• Aula expositiva, exibição do filme “Guerra do Fogo”, com roteiro para posterior análise e debate.
6. Compreensão de outras características da pré-história, como o domínio do fogo, o uso da linguagem, a religiosidade e a arte na pré-história enquanto expressões genuínas de um momento da história humana responsável pela fundação das bases mais arcaicas das sociedades modernas.
• Galeria de imagens (transparências ou fotocópias), textos de apoio.
7. Comparação da religiosidade em sociedades arcaicas e contemporâneas, no que se refere à aproximação do homem com o transcendente: semelhanças e diferenças.
• Iconografia: imagens de santos (católicos, de religiões afro-brasileiras e orientais) e deusas da fertilidade.
• Pesquisa no laboratório de informática para composição de quadro comparativo: as deusas da fertilidade antigas (Grimaldi, Willendorf, Laussel, Von Gagarino, Kostenki, etc.)
8. Fechamento do projeto com atividade plástica: confecção de escultura em sabão de deusas da fertilidade (reprodução reais ou fictícias).
• Imagens das Vênus pré-históricas e sabão em pedra para esculpir.
III CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação terá como base os trabalhos produzidos pelos alunos.
8.2.14 PROJETO – ELEIÇÕES – E EU COM ISSO?
Tema: Eleições – Ficha Limpa
Professores Responsáveis: História: Salete Zanlorenzi ; Matemática: Adauto Alves Martins
I – Justificativa
126
Um projeto que tem como desafio o estudo das questões sociais, como a violência, fome, corrupção e, sobretudo, a importância do ato de votar, propiciando o desenvolvimento de atitudes, despertando o interesse pela pesquisa científica, visando a compreensão do presente para projeção do futuro.
II- Objetivos
* Identificar no próprio grupo de convívio problemas sociais, econômicos, políticos* Valorizar a importância do voto – exercício vivo da cidadania* Desenvolver o senso crítico em relação às questões políticas
III- Encaminhamentos metodológicos
Pesquisas em jornais e internet de fatos e acontecimentos que envolvem violência, fome, desemprego; coleta de dados e elaboração de gráficos e tabelas; entrevistas, desenho e elaboração de charges; análise de textos e reportagens; debates e discussões sobre a temática; pesquisa sobre a vida pregressa dos principais candidatos à eleição/2010, verificando a aplicação da Lei Ficha Limpa; pesquisas sobre financiamento das campanhas eleitorais, palestra sobre o sistema político brasileiro; elaboração de cartazes.
IV - CronogramaDuração de 4 aulas, no mês de setembro
V - Avaliação
O projeto será avaliado por meio das pesquisas e atividades desenvolvidas pelos alunos, por meio de uma exposição dos trabalhos e pela observação da aquisição/desenvolvimento de uma consciência política por parte dos alunos.
8.2.15 PROJETO – O POETA NA ESCOLA
Professora Responsável pelo Projeto: Helena Pereira CazarinDisciplina: Língua PortuguesaPúblico-alvo: Alunos do Ensino Fundamental
I- JUSTIFICATIVACom o projeto O POETA NA ESCOLA pretendemos valorizar a
cultura do aluno, desenvolver o senso crítico, levando-o a identificar suas qualidades, habilidades e limites pessoais, possibilitando o autoconhecimento, através da leitura e da produção de poesias. Isso fará com que os alunos percebam-se como cidadãos do futuro, valorizando o mundo em que vivem.
II- OBJETIVOS- Aprender a ler, produzir e interpretar poesias com prazer;- Compreender o texto em suas diferentes dimensões;
127
- Refletir sobre a produção de textos poéticos;- Desenvolver o gosto pela produção de textos poéticos.III- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS- Produção de poesias a partir da informação apresentada através de imagens, textos e momentos marcantes nas nossas vidas .- Seleção de poesias de autoria dos alunos;- Produção de um jornal poético com as poesias dos alunos.
As atividades serão desenvolvidas conforme o cronograma proposto, usando os espaços físicos da escola (sala de aula e biblioteca.)- As atividades serão compatíveis com a faixa etária da turma;- Essas atividades serão realizadas em grupos ou individualmente, fazendo o uso de leitura de poesias, revistas que ofereçam textos onde envolva a propaganda e a notícia do cotidiano dentro de seu cotidiano.- Os trabalhos serão desenvolvidos de acordo com a disciplina do período português.- As produções serão trabalhadas de acordo com o tema da linguagem verbal e não verbal, e da notícia apresentada podendo também expandir suas ideias, em relação ao que está acontecendo na mídia durante o projeto; mas poderão desenvolver juntos determinados temas, para que os alunos percebam os valores dos trabalhos realizados em grupos.
IV- CRONOGRAMAPeríodo de realização: de fevereiro a agosto de 2010.
V-RECURSOS MATERIAISRádio; TV PEN drive; Quadro de giz; Internet; Retro projetor; Data
show; Custos com xérox; sulfites, cartolinas; pincéis; Barbantes; despesas para impressão pela gráfica
VI- AVALIAÇÃOA avaliação ocorrerá por meio da participação dos alunos através
dos trabalhos realizados;
- Desempenho nas leituras e produção;- Interpretação da linguagem escrita e visual;- Interação entre professor e alunos;- Debates de idéias entre os participantes;
128
IX - PROPOSTA CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
APUCARANA – PR
- 2011 -129
9.1. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 09 anos
A atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina
que o Ensino Fundamental é prioridade no atendimento escolar, justificando o
seu caráter obrigatório e gratuito, inclusive para as pessoas que não tiveram
acesso à escolarização em idade própria e constitui-se, portanto, em um direito
público subjetivo. Público na medida em que a sua oferta não se restringe ao
interesse individual, mas de toda a sociedade; e subjetivo porque todo cidadão
individual ou coletivamente tem direito de exigir do Estado a sua oferta.
A função principal da escola fundamental é o trabalho com o
conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para
que adquiriam "chaves conceituais de compreensão de seu mundo e de seu
tempo; deve ainda permitir que tomem consciência das operações que
mobilizam durante a aprendizagem, contribuindo para que prossigam na
relação de conhecimento, que é desvendamento, compreensão e
transformação do que se dá a conhecer" (SAMPAIO, 1998, p.147).
A presente proposta está pautada em diretrizes estabelecidas pela
Secretaria de Educação do Estado do Paraná, as quais têm o propósito de
explicitar uma concepção de educação, de currículo e de cada um de seus
componentes curriculares, sendo elas:
a) DIRETRIZ 1 : As escolas da rede pública estadual que ofertam o
ensino fundamental pautarão todas as suas ações visando a garantia de
acesso, de permanência e de aprendizagem para todos os alunos em idade
escolar e para aqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental em
idade própria.
b) DIRETRIZ 2 : O processo de escolarização fundamental
contribuirá para o enfrentamento das desigualdades sociais, visando uma
sociedade justa.
c) DIRETRIZ 3: As escolas elaborarão as suas propostas
curriculares, tendo como referencia as diretrizes curriculares para o ensino
fundamental de 09 anos, objetivando o zelo pela aprendizagem dos alunos.
d) DIRETRIZ 4: O coletivo da escola elaborará as suas propostas
curriculares, com vistas à valorização dos conhecimentos sistematizados e dos
130
saberes escolares.
Para corresponder a essa demanda, a partir dessas Diretrizes, a
comunidade escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire decidiu
coletivamente o que ensinar, levando em conta o significado, a relevância, a
objetividade e universalidade dos conteúdos. Assim, a proposta curricular de
cada disciplina está dimensionada dentro de uma "proposta curricular inteira e
articulada, explicitando uma rede de relações que explica e justifica a presença
de cada uma das disciplinas que compõem a matriz curricular, as quais são as
partes constituintes do currículo que esta escola se propõe a implementar.
131
9.2 Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio
As transformações históricas mais recentes e seus reflexos no
pensamento pedagógico dos anos 90 trouxeram mais complexidade e urgência
na retomada das discussões sobre os conteúdos curriculares e suas relações
com o projeto de sociedade que se quer.
Sendo assim, tornou-se necessário retomar as discussões sobre
conteúdos curriculares para a educação básica, pensando numa escola e num
ensino que ampliem essa concepção, sem deixar de lado o conteúdo
culturalizador da educação.
O currículo do Ensino Médio deve ser composto por uma concepção
ampla do conhecimento, presente nos conteúdos de todas as disciplinas, que
envolva as dimensões científica, artística e filosófica. Esta escolha teórica, que
é também política, pretende a formação de um sujeito crítico, capaz de
compreender seu tempo histórico e nele agir com consciência.
É, sem dúvida, uma proposta ambiciosa, que pretende oferecer ao
estudante uma formação ampla, porém rigorosa e necessária para o
enfrentamento da realidade social, econômica e política. Esta ambição remete
às reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço do
conhecimento na escola deveria equivaler à ideia de atelier--biblioteca-oficina,
em favor de uma formação humanista e tecnológica. Alia-se e reforça-se aqui a
ideia de um currículo baseado nas dimensões cientifica, artística e filosófica do
conhecimento.
Esta analogia/argumentação reforça a ideia de que a produção
cientifica, as manifestações artísticas e o legado filosófico, de uma determinada
sociedade em uma determinada época, possibilitam a compreensão da mesma
em sua complexidade histórico-social. Para fundamentar esse argumento, faz-
se necessário uma breve retrospectiva sobre a questão do conhecimento.
Até o Renascimento o conceito de conhecimento era muito próximo
do que se entendia por pensamento filosófico. A reflexão filosófica buscava
explicação racional para o mundo e para todos os fenômenos naturais e
sociais. Era exercida por grupos seletos que, nas mais diferentes sociedades 132
podiam dedicar-se aos estudos e às indagações sem preocupar-se com a
produção de suas condições de existência..
Com o Renascimento e o processo de organização do modo
capitalista de produção, o pensamento ocidental sofreu modificações
importantes relacionadas ao novo período histórico que se anunciava. No final
do século XVII, Issac Newton, amparado nos estudos de Galileu, Tycho Brahe
e Kleper estabeleceu a primeira grande unificação dos estudos da Física:
unificou os estudos dos fenômenos físicos terrestres e celestes. Temas que
eram objeto de reflexão filosófica passaram a ser analisados pelo olhar da
ciência e "das explicações organizadas conforme o método cientifico surgiram
todas as ciências naturais", (ARAUJO, 2003, p.24).
O conhecimento científico foi, então, se desvinculando do
pensamento teocêntrico e Deus passou a ser encarado como criador do
universo presente apenas no momento da criação. Os saberes necessários
para explicar o mundo ficaram a cargo do ser humano que descreveria a
natureza por meio de leis, princípios, teorias, sempre baseado no método
científico.
A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o
desenvolvimento da razão cientifica. Embora trabalhem, muitas vezes, com os
mesmos problemas, a abordagem filosófica é diferente da científica, pois se
ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem obtidas pelo método
científico. A ciência preocupa-se em descobrir e explicar o que, e o como. É a
dimensão filosófica do conhecimento que possibilita ao cientista perguntar
quais as implicações de suas descobertas. Assim, o pensamento científico e o
pensamento filosófico constituem-se como dimensões do conhecimento que
não se confundem, mas não devem se separar.
Da mesma forma, a dimensão artística, caracteriza-se por uma
relação específica com o mundo e com o conhecimento. Está presente em toda
a história da humanidade, nas diversas culturas e é parte integrante da
realidade social, elemento da estrutura da sociedade e expressão da
produtividade social e espiritual do homem. É constituída pela razão, pelos
sentidos e pela transcendência da própria condição humana.
O conhecimento artístico tem como característica a criação ou 133
trabalho criador. Criar é fazer algo inédito, novo e singular, expressão do
sujeito criador que, simultaneamente, o transcende, pois o objeto criado é
portador de conteúdo social e histórico e enquanto objeto concreto é uma nova
realidade social.
As relações de trabalho na sociedade capitalista separam o trabalho
da criação e com a incorporação da ciência e das técnicas nos modos de
produção contemporâneo, houve uma alienação do trabalhador, que não pode
mais se identificar com o produto do seu trabalho. Esta dimensão do
conhecimento é a possibilidade e recuperação da unidade original do trabalho
como processo criativo.
No atual estágio do capitalismo e do esgotamento da utopia
racionalista do iluminismo, que produz sujeitos assujeitados pela racionalidade
instrumental, que a relação com o outro se dá apenas pelo princípio do ganho
pessoal, a dimensão artística do conhecimento, na escola, é a possibilidade de
romper com a dicotomia entre o cognoscível e o sensível, retomando a
perspectiva da integralidade do ser humano.
Essa dimensão do conhecimento deve ser entendida aqui para além
da disciplina de arte, bem como as dimensões filosófica e científica não se
referem exclusivamente à filosofia e às disciplinas científicas. Todas devem
permear os conteúdos das disciplinas do currículo do Ensino Médio.
O conhecimento, como saber escolar, se explica nas disciplinas de
tradição curricular no ensino médio: língua portuguesa, matemática, história,
geografia, biologia, física, química, filosofia, sociologia, arte, educação física,
língua estrangeira moderna.
As diretrizes curriculares de cada disciplina indicam os conteúdos
estruturantes, os quais são explicitados em conteúdos pontuais a serem
trabalhados de forma interdisciplinar e contextualizada a partir da realidade
onde a escola está inserida, descritos no Projeto Político-Pedagógico e nos
planos anuais.
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os saberes -
conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas - que identificam e
organizam os campos de estudos de um disciplina escolar, considerados
basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e/ou de 134
suas áreas.
É preciso destacar, ainda, que o conhecimento a ser trabalhado no
Ensino Médio não pode ser a reprodução das formas de organização e de
método da academia. Ele deve ter a especificidade de tratar as dimensões do
conhecimento em sua totalidade. O que implica numa abordagem teórico-
metodológica que considere a interdependência das dimensões científica,
artística e filosófica do conhecimento, nos conteúdos de cada uma das doze
disciplinas do Ensino Médio. Isso pressupõe independência e diálogo entre as
disciplinas da matriz curricular na escola e implica, também, na necessidade de
um maior equilíbrio na distribuição de aulas entre as disciplinas.
O currículo proposto para o Ensino Médio apresenta uma arquitetura
disciplinar, mas não pretende ser um elogio ao pensamento cartesiano. A
premissa dessa proposta curricular é a compreensão das disciplinas escolares
como campos do conhecimento constituídos historicamente e "delimitados" por
saberes que os identificam. Estes saberes são compostos por conteúdos
(estruturantes e pontuais) e por um quadro teórico conceitual de referência ou
práticas ( no caso das línguas materna e estrangeira), metodologicamente
tratados no ensino escolar. Nessa proposta a disciplina é compreendida como
elemento motor que constrói a interdisciplinaridade através do diálogo entre os
diferentes campos do conhecimento, por meio de seus quadros teóricos de
referência, uma vez que as disciplinas não são herméticas, fechadas em si
mesmas, e apesar de suas especificidades, a interdisciplinaridade está no
objeto de estudo e pode ser visualizada por meio da articulação entre as
disciplinas.
O conceito de interdisciplinaridade está profundamente relacionado
ao conceito de contextualização, enquanto princípios integradores do currículo,
uma vez que o contexto não é o entorno contemporâneo e espacial de um
objeto ou acontecimento, mas, antes de tudo, um elemento fundamental das
estruturas sócio-históricas, articuladas entre si, marcadas por uma
metodologia que faz uso necessariamente de conceitos teóricos precisos e
claros voltados para a abordagem das experiências sociais dos sujeitos
históricos produtores do conhecimento.
Em suma, é preciso que o ensino médio defina sua identidade como 135
última etapa da educação básica mediante um projeto que, conquanto seja
unitário em seus princípios e objetivos, desenvolva possibilidades formativas
que contemplem as múltiplas necessidades socioculturais e econômicas dos
sujeitos que o constituem - adolescentes, jovens e adultos -, reconhecendo-os
não como cidadãos e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos
de direitos no momento em que cursam o ensino médio. ( RAMOS apud
CIAVITA, 2004, p.41)
Neste contexto, uma proposta curricular para o Ensino Médio deve
pautar-se pela busca de um currículo que, por um lado ofereça uma formação
humanista consistente - por meio da qual o estudante possa se apropriar dos
conhecimentos historicamente constituídos, desenvolvendo um olhar crítico e
reflexivo sobre essa constituição - e, por outro lado possibilite uma
compreensão da lógica e dos princípios técnico-científicos que marcam o atual
período histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.
Trata-se da proposta de uma educação humanista e tecnológica,
que ofereça uma formação pluridimensional, para além do humanismo clássico
e da profissionalização específica. Uma proposta de educação que possibilite
ao estudante condições tanto de se inserir no mundo do trabalho quanto de
continuar seus estudos, ingressando no ensino superior. Assim, a
especificidade do Ensino Médio, enquanto Educação Básica, não o afasta nem
o dissocia da vida e do mundo do trabalho, mas não deve submetê-lo aos
interesses do mercado.
136
9.3 Disciplinas da Matriz Curricular - Ensino Fundamental e Médio
ENSINO FUNDAMENTALDE 09
ANOS
ENSINO MÉDIO
Disciplinas da Base Nacional
Comum
Arte
Ciências
Educação Física
Ensino Religioso
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Disciplinas da Base Nacional
Comum
Arte
Biologia
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
SociologiaDisciplina da Parte Diversificada
Língua Estrangeira Moderna -
Inglês
Disciplina da Parte Diversificada
Língua Estrangeira Moderna -
Espanhol
137
9.3.1 – PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Para a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em
nosso país e no Paraná, faz-se necessário conhecer sua trajetória histórica no
Brasil.
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a
congregação católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para
grupos de origem portuguesa, indígena e africana, uma educação de tradição
religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o
trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de artes
e ofícios, por meio da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura,
escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Idade Média e
renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações artísticas locais
(BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15).
Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma
série de obras e ações foram iniciadas para atender, em termos materiais e
culturais, a corte portuguesa. Entre essas ações, destacou-se a vinda de um
grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas-
Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos. Esse
grupo ficou conhecido como Missão Francesa, cuja concepção de arte
vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica.
Em termos metodológicos, propunham exercícios de cópia e reprodução de
obras consagradas, o que caracterizou o pensamento pedagógico tradicional
de arte.
Esse padrão estético entrou em conflito com a arte colonial e suas
características, como o Barroco presente na arquitetura, escultura, talhe e
pintura das obras de Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho); na música do
Padre José Maurício e nas obras de outros artistas, em sua maioria mestiços
138
de origem humilde que, ao contrário dos estrangeiros, não recebiam
remuneração pela sua produção.
Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com o fim
dos colégios-seminários e sua transformação em estabelecimentos públicos
como o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos,
como o Colégio Caraça, em Minas Gerais. Nos estabelecimentos públicos
houve um processo de dicotomização do ensino de Arte: Belas Artes e música
para a formação estética e o de artes manuais e industriais.
Com a proclamação da República, em 1890, ocorreu a primeira
reforma educacional do Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos
conflitos de ideias positivistas e liberais. Os positivistas defendiam a
necessidade do ensino de Arte valorizar o desenho geométrico como forma de
desenvolver a mente para o pensamento científico. Os liberais preocupados
com o desenvolvimento econômico e industrial defendiam a necessidade de
um ensino voltado para a preparação do trabalhador.
Benjamin Constant, responsável pelo texto da reforma, direcionou o
ensino para a valorização da ciência e da geometria e propagou o ideário
positivista no Brasil. Essa proposta educacional procurou atender aos
interesses do modo de produção capitalista e secundarizou o ensino de Arte,
que passou a abordar, tão somente, as técnicas e artes manuais.
Na década de 60, no período de repressão política e cultural
imposta pelo regime ditatorial, o ensino de Arte (disciplina de Educação
Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto, seu ensino foi
fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que
minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao
professor, tão somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que
seriam utilizados na sua expressão.
No currículo escolar, a Educação Artística passou a compor a área
de conhecimento denominada Comunicação e Expressão. A produção artística,
por sua vez, ficou sujeita aos atos que instituíram a censura militar. Na escola,
o ensino de artes plásticas foi direcionado para as artes manuais e técnicas e o
ensino de música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.
139
A partir de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização
social pela redemocratização. Nesse processo, os movimentos sociais
realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras
coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos
fundamentos políticos para a educação.
Dentre os fundamentos pensados para a educação, destacam-se a
pedagogia histórico-crítica elaborada por Saviani da PUC de São Paulo e a
Teoria da Libertação, com experiências de educação popular realizadas por
Organizações e movimentos sociais, fundamentados no pensamento de Paulo
Freire. Essas teorias propunham oferecer aos educandos acesso aos
conhecimentos da cultura para uma prática social transformadora, pretendo,
assim, fazer da escola um instrumento para a transformação social e nelas o
ensino de Arte retomou a formação do aluno pela humanização dos sentidos,
pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período
de 1997 a 1999, inclui a Arte, no Ensino Médio, na área de Linguagens,
Códigos e suas Tecnologias junto com as disciplinas de Língua Portuguesa,
Língua Estrangeira Moderna e Educação Física. Os encaminhamentos
metodológicos apresentados pelos PCN sugerem que o planejamento
curricular seja centrado no trabalho com temas e projetos, o que relega a
segundo plano os conteúdos específicos da arte.
Em 2003, iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os
professores da Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação
(NRE) e Instituições de Ensino Superior (IES) pautado na retomada de uma
prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes curriculares estaduais.
Tal processo tomou o professor como sujeito epistêmico, que pesquisa sua
disciplina, reflete sua prática e registra sua práxis. As novas diretrizes
curriculares concebem o conhecimento nas suas dimensões artística, filosófica
e científica e articulam-se com políticas que valorizam a arte e seu ensino na
rede estadual do Paraná.
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de arte,
ressaltamos ainda que foi sancionada pelo Presidente da República a lei8 que
estabelece no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática 140
“História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena”. Para o ensino desta disciplina
significa uma possibilidade de romper com uma hegemonia da cultura
europeia, ainda presente em muitas escolas.
Reconhece-se que os avanços recentes podem levar a uma
transformação no ensino de arte. Entretanto, ainda são necessárias reflexões e
ações que permitam a compreensão da arte como campo do conhecimento, de
modo que não seja reduzida a um meio de comunicação para destacar dons
inatos ou a prática de entretenimento e terapia. Assim, o ensino de arte deixará
de ser coadjuvante no sistema educacional para se ocupar também do
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e
em constante transformação.
O ensino da arte como disciplina escolar, possibilita o estudo como
campo de conhecimento constituído de saberes específicos, envolvendo as
manifestações culturais – locais, nacionais e globais – o contexto histórico-
social e o repertório de conhecimento do aluno, visando estimular no educando
dos ensinos fundamental e médio a liberdade de expressão, a criatividade e
espontaneidade e a apropriação do conhecimento científico.
A atividade criadora é uma necessidade humana, através da qual o
indivíduo descobre sua integridade. Sua função consiste assim, em aplicar o
conhecimento no que se refere aos conteúdos específicos das línguas
artísticas, aliando o ver, o pensar o fazer e o criar. Consiste também a
pretensão de analisar o espaço da arte na escola a partir de uma perspectiva
histórica, que visa desenvolver no educando uma percepção exigente, ativa em
relação a realidade; proporcionando a aquisição de instrumentos necessários
para a compreensão dessa realidade expressa na arte, bem como as
possibilidades de expressão nas atividades artísticas, tendo como elementos
norteadores os quatro eixos do ensino da arte: artes visuais, dança, música,
e teatro, os quais são organizados a partir de conteúdos estruturantes,
articulados entre si: elementos básicos das linguagens artísticas,
produções/manifestações artísticas e elementos contextualizadores.
141
B. OBJETIVOS GERAIS
Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que lhe
permitam utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas
manifestações culturais.
Observar as relações entre a arte e a realidade, investigando, indagando
interesse e curiosidade, exercitando a discussão a sensibilidade,
argumentando e apreciando a arte de modo criativo.
Desenvolver no educando potencialidades crítico-expressivas, estruturando
seu conhecimento, segundo sua percepção e consciência do mundo em
que vive, aliando o ver o pensar, o fazer e o criar.
Possibilitar a formação de um leitor de mundo mais crítico e eficiente dos
seus posicionamentos e tomadas de atitudes.
Entender o homem como um todo: razão, emoção, pensamento, percepção,
imaginação e reflexão, buscando ajudá-lo a compreender a realidade e a
transformá-la.
Oportunizar ao aluno o conhecimento tanto erudito como popular, através
dos movimentos artísticos, patrimoniais e seus precursores.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 6º Ano do Ensino FundamentalCONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalas: diatônicapentatônicacromáticaImprovisação
Greco-RomanaOrientalOcidentalAfricana
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA ARTES VISUAISElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PontoLinhaTexturaFormaSuperfície
BidimensionalFigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: Pintura, escultura,
Arte Greco-RomanaArte AfricanaArte OrientalArte Pré-Histórica
142
VolumeCorLuz
arquitetura...Gêneros: cenas da mitologia...
Desafios Contemporâneos: Enfrentamento à violência na escola
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA TEATROElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:Expressões corporais, vocais,gestuais e faciaisAçãoEspaço
Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereçosTécnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara...Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA DANÇA Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS MovimentoCorporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentosarticularesFluxo (livre e interrompido)Rápido e lentoFormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica:ImprovisaçãoGênero: Circular
Pré-históriaGreco-RomanaRenascimentoDança Clássica
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 7º Ano do Ensino FundamentalCONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
AlturaDuração
RitmoMelodia
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
143
TimbreIntensidadeDensidade
EscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e étnicoTécnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA ARTES VISUAISElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
ProporçãoTridimensionalFigura e fundoAbstrataPerspectivaTécnicas: Pintura, escultura,modelagem, gravura...Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta
Arte IndígenaArte PopularBrasileira e ParanaenseRenascimentoBarroco
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA TEATROElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:Expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço
Representação, Leitura dramática,Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica,improvisação, formas animadas...
Gêneros:Rua e arena, Caracterização.
Desafios Contemporâneos: Educação para as relações étnico-raciais e de gênero
Comédia dell’ arteTeatro PopularBrasileiro e ParanaenseTeatro Africano
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA DANÇAElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
MovimentoCorporalTempoEspaço
Ponto de ApoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e
Dança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígena
144
conduzido)Lento, rápido e moderadoNiveis (alto, médio e baixo)FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular e étnicaNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)Dimensões (pequeno e grande)Técnica:ImprovisaçãoGênero: Circular
Conteúdos Estruturantes e Básicos –8º ano do Ensino FundamentalCONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTonal, modal e a fusão de ambosTécnicas: vocal, instrumental e mista
Desafios Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos
Indústria CulturalEletrônicaMinimalistaRap, Rock, Tecno
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA ARTES VISUAISElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
SemelhançasContrastesRitmo VisualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista
Indústria CulturalArte no Séc. XXArte Contemporânea
145
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA TEATRO
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço
Representação no cinema e mídiasTexto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica
Indústria CulturalRealismoExpressionismoCinema Novo
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA DANÇA
Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
Movimento CorporalTempoEspaço
GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções ( frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria Cultural e Espetáculo
Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria CulturalDança Moderna
Conteúdos Estruturantes e Básicos – 9º Ano do Ensino Fundamental
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA MÚSICAElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGênero: popular, folclórico e étnico
Música EngajadaMúsica Popular BrasileiraMúsica Contemporânea
146
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA ARTES VISUAISElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura-fundoRitmo VisualTécnica: pintura, grafitte, performance...Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano
RealismoVanguardasMuralismo e Arte Latino-AmericanaHip Hop
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA TEATROElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-fórum
DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino
Desafios Contemporâneos: Educação para as relações étnico-raciais e de gênero
Teatro EngajadoTeatro do oprimidoTeatro pobreTeatro do absurdoVanguardas
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA DANÇAElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal
Tempo
Espaço
KinesferaPonto de ApoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance e moderna
VanguardasDança ModernaDança Contemporânea
147
D. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes e Básicos –Ensino MédioCONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA MÚSICA
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosCONTEÚDOS BÁSICOS
Altura, duração, timbre, intensidade, Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e fusãode ambos.Gêneros: erudito,clássico, popular,étnico, folclórico,Pop Técnicas: vocal,instrumental,eletrônica,informática e mistaImprovisação
Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA ARTES VISUAISElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo VisualSimetriaDeformaçãoEstilizaçãoTécnica: Pintura,desenho,modelagem,instalaçãoperformance,fotografia, gravurae esculturas,arquitetura, história
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte deVanguardaIndústria CulturalArteContemporâneaArte Latino-Americana
148
em quadrinhos...Gêneros: paisagem,natureza-morta,Cenas do Cotidiano,Histórica, Religiosa,da Mitologia...
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA TEATROElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
Personagem:expressõescorporais,vocais,gestuais efaciaisAçãoEspaço
Técnicas: jogosteatrais, teatro diretoe indireto, mímica,ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e leituradramáticaGêneros: Tragédia,Comédia, Drama eÉpicoDramaturgiaRepresentação nasmídiasCaracterizaçãoCenografia,sonoplastia, figurinoe iluminaçãoDireçãoProdução
Teatro Greco-RomanoTeatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro doOprimidoTeatro PobreTeatro deVanguardaTeatroRenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
CONTEÚD0S ESTRUTURANTES – ÁREA DANÇAElementos Formais Composição Movimentos e Períodos
CONTEÚDOS BÁSICOS
MovimentoCorporalTempoEspaço
KinesferaFluxoPesoEixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentosarticularesLento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveisDeslocamento
Pré-históriaGreco-RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDança
149
DireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo,industria cultural,étnica, folclórica,populares e salão
Contemporânea
E. METODOLOGIA
Como orientam as DCEs(2008), nas aulas de Arte é necessária a
unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em um encaminhamento
metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição artística
estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as
séries da Educação Básica. Para preparar as aulas, é preciso considerar para
quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-
se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se
contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização
pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie
a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar
conceitos artísticos
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e
acesso à obra de arte
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os
elementos que compõe uma obra de arte
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses
momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou
várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.
Sendo a educação básica um processo que se inicia no Ensino
Fundamental e se conclui no Ensino Médio, é necessário considerar nesta
proposta pedagógica, as características e necessidades dos alunos destas
duas modalidades de ensino. A partir de um aprofundamento dos conteúdos, a
ênfase será maior na associação da arte e conhecimento, da arte e trabalho
criador e da arte e ideologia. Dessa forma, o aluno deste Colégio terá acesso 150
ao conhecimento presente nessas diferentes formas de relação da arte com a
sociedade, de acordo com as proximidades das mesmas como o seu universo.
O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos que irá
desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade com
maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos
estruturantes.
Para tanto, é necessário no processo de ensino e de aprendizagem,
o desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a
articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas
singulares de pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas
Nos Ensinos Fundamental e Médio, o enfoque cultural permeia as
discussões em Arte, pois é na associação entre a Arte e a Cultura que podem
se dar as reflexões sobre a diversidade cultural e as produções/manifestações
culturais que dela decorrem.
Buscar-se-á formas originais e interdisciplinares de expressar ideias
com o grupo, promovendo observações, experimentações, discussões e
análises para que se possa entrar em contato não com as formas e linguagens
técnicas, mas também com ideias e reflexões propostas pelas diferentes
linguagens artísticas.
Do ponto de vista metodológico, o ensino da arte priorizará a
interação da leitura da produção de arte com a familiarização cultural e com o
exercício artístico.
Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e
do seu entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas,
produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de
caráter universal.
Assim, é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do
cotidiano das crianças, adolescentes e jovens, alunos da escola pública. Os
recursos tecnológicos disponíveis na escola serão amplamente utilizados: TV
multimídia, laboratório de informática, CDs e DVDs, retroprojetor, aparelhos de
som, máquina fotográfica, entre outros.
151
De modo geral para todas as áreas da disciplina recomenda-se, no
encaminhamento metodológico, o enfoque nos seguintes trabalhos com os
alunos:
• manifestação das formas de trabalho artístico que os alunos já
executam, para que sistematizem com mais conhecimentos suas próprias
produções;
• produção e exposição de trabalhos artísticos, a considerar a
formação do professor e os recursos existentes na escola.
Entende-se que aprender arte envolve não apenas uma atitude de
produção artística pelos alunos, mas também, compreender o que fazer e o
que os outros fazem; pelo desenvolvimento da percepção estética, no contato
com o fenômeno artístico, visto como objeto de cultura na história humana e
como conjunto das relações.
Sabe-se que ao fazer e conhecer arte, o aluno percorre os trajetos
de aprendizagem que proporcionam conhecimentos específicos sobre sua
relação com o mundo. Além disso, desenvolvem potencialidades que podem
contribuir para a consciência de seu lugar no mundo, e para compreensão de
conteúdos das outras áreas do conhecimento.
Esta Proposta Pedagógica Curricular também contempla a
Legislação vigente, através da abordagem de temas relativos ao
Desenvolvimento Socioeducacional, tais como:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana
• Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas:
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
• Cidadania e Direitos Humanos
• Enfrentamento a Violência na Escola
• Prevenção e Uso Indevido de Drogas
Também os temas Cidadania, Trabalho, Educação do Campo,
Gênero e Sexualidade, Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas
durante as aulas de Arte sempre que o professor encontrar oportunidade para
tal. Estes temas serão contemplados por meio de textos, músicas, filmes, que
propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna como datas
152
comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o exija e
em situações de pesquisas, apresentações, produções e de textos, ou de
forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação
deve ser “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais”.
Em consonância com a LDB e as DCEs, propomos que a avaliação
ocorra de maneira processual e contínua e leve em conta as relações
estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade,
evidenciadas tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva,
desenvolvidas a partir desses saberes, permitindo ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. O sistema da
avaliação consistirá também na observação e registro dos caminhos
percorridos por cada aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando
os avanços e dificuldades percebidas em suas criações/produções, sem
estabelecer comparações entre o desempenho dos alunos.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de
medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens
socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer
parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de
cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a
sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da
realidade.
Para possibilitar essa avaliação individual, é necessário utilizar
vários instrumentos de avaliação, como trabalhos artísticos, pesquisas, provas
teóricas e práticas, entre outras.
A recuperação de conteúdos acontecerá de forma paralela e
processual, realizando-se sempre que o docente diagnosticar a deficiência na
aprendizagem dos conteúdos trabalhados em sala. Ao final de cada bimestre
153
será proporcionada a recuperação de notas, no valor de 0,00 a 10,0, para
todos os alunos.
G. REFERÊNCIAS
_____Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana, 2011.
__________________Regimento Escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana, 2009.BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: lei de diretrizes e bases da educação nacional, LDB. Brasília, 1996.
NETO, M.J. de S.(Org). A (des)construção da Música na Cultura Paranaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Cadernos temáticos: a inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Disciplina Artes - Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Arte. Curitiba:SEED- PR, 2006
154
9.3.2 - PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO
A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm
origem na antiguidade. Ideias desse período, que contribuíram para o
desenvolvimento da Biologia, tiveram como um dos principais pensadores o
filósofo Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.). Este filósofo deixou contribuições
relevantes quanto à organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas
que buscavam, dentre outras, explicações para a compreensão da natureza.
Na idade média, a Igreja tornou-se uma instituição poderosa, tanto
no aspecto religioso quanto no social, político e econômico. O conhecimento
sobre o universo, vinculado a um Deus criador, foi oficializado pela igreja
católica que o transformou em dogma.
Essa concepção teocêntrica permeou as explicações sobre a
natureza e considerava que “para tudo que não podia ser explicado, visto ou
reproduzido, havia uma razão divina; Deus era o responsável” (RAW, 2002,
p.13).
A necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento
produzido pelo ser humano fez surgir as primeiras universidades medievais,
nos séculos IX e X, como as de Bolonha e Paris. Nas universidades,
sistematizou-se o conhecimento acumulado durante séculos e passou-se a
discuti-lo de maneira distinta do que ocorria nos centros religiosos. Nessas
universidades, mesmo sob a influência da Igreja, as divergências relativas aos
estudos dos fenômenos naturais prenunciaram mudanças de pensamento em
relação às concepções, até então hegemônicas, sobre aqueles fenômenos.
Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-
teológica medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro
plano, iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos
155
naturais. Esse movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de
superação de ideias antigas e emergência de novos modelos.
Naquele momento, não foi possível estabelecer conclusões sobre a
origem da vida, pois os conhecimentos desenvolvidos até então impediam
esclarecimentos e definições precisas sobre a natureza evolutiva.
Entretanto, as modificações nas estruturas sociais, políticas e
econômicas, concretizadas no Estado moderno europeu, favoreceram
mudanças filosóficas e científicas. Nesse contexto,
Conceitos consagrados, tais como a posição central da Terra no Universo foram desafiados. Newton, Descartes e outros desenvolveram teorias estritamente mecanicistas dos fenômenos físicos. Ao final do século XVIII, o conceito de um mundo mutável foi aplicado à astronomia por Kant e Laplace, que desenvolveram noções sobre evolução estelar; à geologia, quando vieram à luz evidências de mudanças na crosta terrestre e da extinção das espécies; aos assuntos humanos, quando o Iluminismo introduziu ideais de progresso e aperfeiçoamento humanos. (FUTUYMA, 1993, p. 03)
Nesse contexto, a complexidade dos problemas estudados pela
Biologia exigiu modificações do método. Mayr (1998) afirma que a necessidade
de entendimento de sistemas biológicos tão complexos como os fisiológicos,
implicou a necessidade de separar seus componentes, o que por um lado,
favoreceu a análise de tais sistemas e, por outro, exigiu a combinação de
diferentes abordagens para a compreensão da natureza como um todo.
A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou.
Uma delas é a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos
interesses biológicos na atualidade. Tais avanços, sobretudo os relativos à
bioquímica, à biofísica e à própria biologia molecular, permitiram o
desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento
biológico evolutivo. Por exemplo, ao conhecer a estrutura e a função dos
cromossomos foi possível desenvolver técnicas que permitiram intervir na
estrutura do material genético e, assim, compreender, manipular e modificar a
estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes alterações
biológicas.
156
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais
e põem em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o
fenômeno VIDA. Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo
explicativo se constitua como base para o desenvolvimento do pensamento
biológico da manipulação.
A Biologia precisa ser compreendida como uma ciência dinâmica, ou
seja, uma realidade em constante transformação e com significativos avanços
tecnológicos.
A incursão pela história e filosofia da ciência permite identificar a
concepção de ciência presente nas relações sociais de cada momento
histórico, bem como as interferências que tal concepção sofre e provoca no
processo de construção de conceitos sobre o fenômeno VIDA, reafirmado
como objeto de estudo da Biologia.
Sendo o objeto de estudo da Biologia o fenômeno VIDA, em toda
sua diversidade de manifestação, os conhecimentos construídos através de
seu estudo devem formar educandos críticos, capazes de compreender formas
para a melhoria de sua qualidade de vida sua participação na sociedade e
também contribuir para o desenvolvimento de uma mentalidade de respeito
pela vida e para uma integração cada vez maior do ser humano com a
natureza, para que possam usufruir do ambiente sem degradá-lo.
A evolução do conhecimento científico não pára, e a Biologia tem o
papel de acompanhar esse crescimento, dando aos educandos oportunidade
de receber, formular e passar informações, além de sistematizar novos
conhecimentos.
Sendo assim, esta proposta pretende que os conteúdos sejam
abordados de forma integrada destacando os aspectos essenciais do objeto de
estudo da disciplina, relacionando - os a conceitos oriundos das diversas
ciências de referências da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a
garantia do significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de
ensino.
Para organizar a proposta do ensino de Biologia faz-se necessário
separar a disciplina em conteúdos estruturantes:157
Organização dos seres vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
B. OBJETIVOS GERAIS
O ensino de Biologia deve propiciar ao educando a compreensão dos
avanços biotecnológicos, e da ciência, procurando sempre partir da sua
realidade, induzindo-o a construir conceitos científicos sobre tudo que o cerca,
bem como formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas
reais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes que
contribuirão para torná-lo sujeito crítico, reflexivo e atuante, entendendo o
objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em toda sua complexidade de relações.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Organização dos Seres Vivos - Este conteúdo estruturante possibilita
conhecer os modelos teóricos historicamente construídos que propõem
a organização dos seres vivos, relacionando-os à existência de
características comuns entre estes e sua origem única (ancestralidade
comum).
• Mecanismos Biológicos – Este conteúdo estruturante privilegia o estudo
dos mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres
vivos funcionam.
• Biodiversidade - Este conteúdo estruturante possibilita o estudo, a
análise e a indução para a busca de novos conhecimentos, na tentativa
de compreender o conceito biodiversidade
• Manipulação Genética - Este conteúdo estruturante trata das
implicações dos conhecimentos da biologia molecular sobre a VIDA, na
158
perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de manipular o
material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito
biológico da VIDA como fato natural, independente da ação do ser
humano.
D. CONTEÚDOS BÁSICOS
ENSINO MÉDIO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos efilogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
E. METODOLOGIA
159
A metodologia de ensino da Biologia, envolve o conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de
organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais,
políticas, econômicas e culturais.
Nesse contexto, as aulas experimentais podem apontar soluções
que permitam a construção racional do conhecimento científico em sala de
aula, sem dissociar as implicações deste conhecimento para o ser humano.
Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir
momentos de reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a
experimentação como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas
práticas dissociadas das teóricas. As aulas práticas passam a fazer parte de
um processo de ensino pensado e estruturado pelo professor, repensando-se
inclusive, o local onde possam acontecer, não ficando restritas ao espaço de
laboratório. As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas
teóricas, mas pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o
professor e o aluno, ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir
a respeito das implicações de seus pressupostos e revê-los à luz das
evidências científicas. Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso
de um método que privilegie a construção do conhecimento, em caráter de
superação à condição de memorização direta, comportamentalista. Parte-se do
pressuposto que a adoção de uma prática pedagógica fundamentada nas
teorias críticas deve assegurar ao professor e ao aluno a participação ativa no
processo pedagógico.
O ensino de Biologia abordará situações de aprendizagem a partir
da vivência do educando, confrontando, assim, os saberes do aluno com o
saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência
como atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o aluno
seja agente desta apropriação do conhecimento e compreenda que a ciência
está em constante transformação de conceitos e teorias elaboradas em cada
momento histórico, social, político e cultural.
Para estimular a participação ativa do educando no processo de
construção do seu conhecimento, oportunizando a apropriação dos saberes
160
numa perspectiva de totalidade, o ensino de Biologia deverá abordar atividades
diversas como:
Aula expositiva (método dialético)
Avaliações (orais e escritas)
Prática de laboratório (relatórios)
Leituras e pesquisas (livros, jornais, revistas e Internet)
Vídeos
Palestras
Seminários
Construção de maquetes
Visitas
Mostras Culturais
A Proposta Pedagógica Curricular, contempla a Legislação vigente,
através da abordagem de temas relativos ao Desenvolvimento
Socioeducacional, tais como:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana
• Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas:
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
• Cidadania e Direitos Humanos
• Enfrentamento a Violência na Escola
• Prevenção e Uso Indevido de Drogas
Também os temas Cidadania, Trabalho, Educação do Campo,
Gênero e Sexualidade, Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas
durante as aulas de Biologia sempre que o professor encontrar oportunidade
para tal. Estes temas serão contemplados nas aulas de Biologia por meio de
textos, músicas, filmes, que propiciem reflexões sempre que surgir uma
situação oportuna como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia
por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas, apresentações,
produções e de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos que se
identifiquem com estes temas.
161
F. AVALIAÇÃO
Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade
é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-
aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também
tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as
mudanças necessárias.
Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios
para a verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que
considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos”.
Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento
analítico do processo de ensino aprendizagem que se configura em um
conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo,
de modo que professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e
dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.
Destaca-se ainda que a avaliação deverá verificar a aprendizagem,
a partir daquilo que é básico e essencial.
A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma paralela, sempre que
forem diagnosticadas situações de não aprendizagem. A recuperação de notas,
conforme Regimento Escolar, ocorrerá ao final de cada bimestre e será no
valor de 0,0 a 10,0, sendo ofertada a todos os alunos, independente da média
apurada nos diversos instrumentos avaliativos aplicados durante o bimestre
(simulados, pesquisas, seminários, trabalhos, testes e provas, entre outros), e
entre a média bimestral e a nota de recuperação, prevalecerá a maior nota
obtida pelo aluno.
G. REFERÊNCIAS
___________________Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana, 2011.
162
__________________Regimento Escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana, 2009.
ARCO-VERDE, Yvelise F.S ( org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética/CNPq, 1993.
MAYR, E. Desenvolvimento do pensamento biológico: diversidade, Evolução e herança. Brasília: UnB, 1998.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Disciplina de Biologia: Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Orientações Curriculares da Disciplina de Biologia: Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Biologia. Curitiba:SEED- PR, 2006.
RAW, I. Aventuras da microbiologia. São Paulo: Hacker Editores/Narrativa Um, 2002.
163
9.3.3 - PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL
A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).
Nesse sentido, refletir sobre a ciência implica em considerá-la como uma
construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e instituições num
determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico,
cultural, religioso, ético e político. Por isso, conceituar ciência exige cuidado
epistemológico, pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se
necessário investigar a história da construção do conhecimento científico
(KNELLER, 1980).
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é
produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as
apoiam (KNELLER, 1980).
Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a
Natureza, interpretá-la e compreendê-la, nos diversos momentos históricos.
O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um
período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento
científico. Este estado representa a busca da superação das explicações
míticas, com base em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas
de fenômenos da natureza, além de intenso registro dos conhecimentos
científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.
Essas publicações representam a busca por superação dos modelos
explicativos produzidos sob a influência do pensamento mítico e teológico.
Muitas civilizações, ao longo do tempo, criaram mitos e divindades como
estratégias para explicar fenômenos da natureza. 164
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da
proposição de modelos científicos que valorizavam a observação das
regularidades dos fenômenos da Natureza para compreendê-los por meio da
razão, em contraposição à simples crença.
Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samo
(século III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento
dos movimentos dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo,
propunha-se o Sol como centro do Universo, regido por movimentos circulares
(modelo heliocêntrico).
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos
órgãos do corpo humano (modelo organicista). Aristóteles, por exemplo,
acreditava no coração como sendo o centro da consciência e no cérebro como
o centro de refrigeração do sangue (RONAN, 1997a, p. 114). Esse modelo
organicista passou a sofrer interferências das relações provenientes do período
renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a
ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do organismo
(modelo mecanicista).
O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico
marcado pelo estado científico, em que um único método científico é
constituído para a compreensão da Natureza. Isto não significa que no período
pré-científico os naturalistas não se utilizavam de métodos para a investigação
da Natureza, porém, tal investigação reduzia-se ao uso de instrumentos e
técnicas isolados.
O estado do novo espírito científico configura-se, também, como um
período fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a
necessidade de divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu
influências dos avanços científicos.
No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à
integração de campos de referência como a Biologia, a Física, a Química, a
Geologia, a Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além
e aponta para “questões que ultrapassam os campos de saber científico e do
saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais” (MACEDO e
LOPES, 2002, p. 84).165
A disciplina de Ciências, mesmo nos dias atuais, expressa a lógica de
sua criação: “a existência de um único método para o trato do conjunto das
ciências naturais” (MACEDO e LOPES, 2002, p. 73). Porém, aceitar a “ideia
positiva de método único imporia que a mesma fosse admitida para o conjunto
das Ciências e não apenas para aquelas que têm a natureza como objeto”
(MACEDO e LOPES, 2002, p. 82).
A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das
escolas brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo
de transmitir conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências
naturais de referência já consolidadas no currículo escolar brasileiro.
Tais movimentos, desde a década de 1940 (reforma Capanema) à
meados da década de 1950, contribuíram para que o ensino de Ciências
passasse por um processo de transformação no âmbito escolar, sob a
justificativa da necessidade do conhecimento científico para a superação da
dependência tecnológica, ou seja, para tornar o país auto suficiente com base
numa “ciência autóctone” (KRASILCHIK,2000, p. 86).
Porém, o golpe militar de 1964 impôs mudanças no sentido de
direcionar o ensino como um todo, envolvendo dessa forma os conhecimentos
científicos para a formação do trabalhador, “considerado agora peça importante
para o desenvolvimento econômico do país” (KRASILCHIK, 2000, p. 86).
Nesse contexto, o ensino de Ciências passou a assumir
compromisso de suporte de base para a formação de mão-de-obra técnico-
científica no segundo grau, visando às necessidades do mercado de trabalho e
do desenvolvimento industrial e tecnológico do país, sob controle do regime
militar.
Ao final da década de 1980 e início da seguinte, no Estado do
Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional
e estadual, iniciou-se no Paraná um processo de discussão coletiva com
objetivo de produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos
rumos e uma nova identidade para o ensino de Ciências, tendo a versão final
editada em 2008.
166
B. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
As Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Disciplina de
Ciências, conceituam Conteúdos Estruturantes como conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de
estudo e ensino. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que envolvem
conceitos científicos necessários para o entendimento dos conteúdos
estruturantes.
Esta Proposta Pedagógica Curricular, em consonância com as DCEs,
apresenta cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência,
base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no
Ensino Fundamental, os quais abrangem os seguintes eixos: astronomia -
retrata-se conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes, métodos e
instrumentos científicos, possibilitando estudos e discussões sobre a origem e
a evolução do Universo; matéria - neste conteúdo estruturante propõe-se a
abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo da constituição
dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que
se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994); Sistemas Biológicos -
aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas
características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares
e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem
os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a
digestão e a respiração; energia - propõe o trabalho que possibilita a
discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história
da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo
explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava as
mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas; e , por fim,
biodiversidade – cujo conceito, nos dias atuais, deve ser entendido para além
da mera diversidade de seres vivos. Esse conteúdo estruturante visa, por meio
dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do conceito
biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados. Espera-se que o
estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que 167
interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de
espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas
espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os
processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações.
6º ano
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Universo Sistema solarMovimentos terrestresMovimentos celestesAstros
Matéria Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos Níveis de organização celular
Energia. Formas de energiaConversão de energiaTransmissão de energia
Biodiversidade Organização dos seres vivosEcossistemaEvolução dos seres vivos
7º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
AstrosMovimentos terrestresMovimentos celestes
Matéria Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos CélulaMorfologia e fisiologia dos seres vivos
168
Energia.Formas de energiaTransmissão de energia
BiodiversidadeOrigem da vidaOrganização dos seres vivosSistemática
8º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
Origem e evolução do universo
MatériaConstituição da matéria
Sistemas Biológicos Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Energia Formas de energia
Biodiversidade Evolução dos seres vivos
9º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia AstrosGravitação universal
Matéria Propriedades da matéria
Sistemas Biológicos Morfologia e fisiologia dos seres vivosMecanismos de herança genética
Energia Formas de energiaConservação de energia
Biodiversidade Interações ecológicas
169
C. METODOLOGIA
Desafios Contemporâneos: Sexualidade e gravidez na adolescência
Não existe um único método científico, mas a configuração de
métodos científicos que se modificaram com o passar do tempo.
Desde os pensadores gregos até o momento histórico marcado pelo
positivismo, principalmente com Comte, no século XIX, observa-se uma
crescente valorização do método científico, porém, com posicionamentos
epistemológicos diferentes em cada momento histórico.
Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e
qualquer investigação científica da Natureza, no ensino de Ciências se faz
necessário ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os
conteúdos escolares de modo que os estudantes superem os obstáculos
conceituais oriundos de sua vivência cotidiana.
Segundo Vygotsky (1991b), a mente humana cria estruturas
cognitivas necessárias à compreensão de um determinado conceito trabalhado
no processo ensino-aprendizagem. As estruturas cognitivas dependem desse
processo para evoluírem e somente serão construídas à medida que novos
conceitos forem trabalhados. Esse processo propicia a internalização dos
conceitos e sua reconstrução na mente do estudante.
Os conceitos científicos que Vygotsky descreve em suas obras
referem-se ao conhecimento sistematizado e ensinado na escola, como forma
de representação, por meio de modelos, do conhecimento produzido pela
ciência. O processo de construção desse conhecimento escolar se constitui na
dialética entre os diferentes saberes sociais e seus respectivos significados. Tal
embate, ora contribui para a construção do conhecimento científico pelos
estudantes, ora se configura como obstáculo conceitual à sua (re) elaboração.
Alguns entendimentos são necessários ao professor de Ciências em
contínuo processo de formação como: conhecer a história da ciência,
associando o conhecimento científico com os saberes políticos, éticos e
sociais, conhecer os métodos científicos empregados na construção do
conhecimento, Conhecer as relações conceituais, interdisciplinares e
contextuais associadas à produção de conhecimentos, para superar a ideia
170
reducionista da ciência como transmissão de conceito e por fim saber
selecionar conteúdos científicos adequados ao ensino.
Assim, a construção de significados pelo estudante é o resultado de
uma complexa rede de interações composta por no mínimo três elementos: o
estudante, os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como
mediador do processo de ensino-aprendizagem.
Ao selecionar os conteúdos a serem ensinados na disicplina de
Ciências, o professor deverá organizar o trabalho docente tendo como
referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula
semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola; os interesses da realidade
local e regional onde a escola está inserida; a análise crítica dos livros didáticos
e paradidáticos da área de Ciências; e informações atualizadas sobre os
avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente espera-se que o
professor de Ciências reflita a respeito das abordagens e relações a serem
estabelecidas entre os conteúdos estruturantes, básicos e específicos. Tais
conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática estabelecida
pelo professor de Ciências, que pode fazer uso de estratégias que procurem
estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma,
conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais,
éticas e políticas.
No ensino de Ciências, alguns aspectos são considerados
essenciais tanto para a formação do professor quanto parta a atividade
pedagógica, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade
experimental. Tais aspectos não se dissociam em campos isolados, mas sim,
relacionam-se e complementam-se na prática pedagógica.
Em Ciências, assim como nas demais disciplinas, o processo
ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de:
• recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática
docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras,
revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, sistemas
biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho,
171
desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio,
televisor, computador, retroprojetor, entre outros;
• de recursos instrucionais como organogramas, mapas
conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos,
entre outros;
• de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,
museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns
elementos da prática pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências,
tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual, a relação
interdisciplinar, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a
observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico,
entre outros.
A Proposta Pedagógica Curricular, contempla a Legislação vigente,
através da abordagem de temas relativos ao Desenvolvimento
Socioeducacional, tais como:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana
• Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas:
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
• Cidadania e Direitos Humanos
• Enfrentamento a Violência na Escola
• Prevenção e Uso Indevido de Drogas
Também os temas Cidadania, Trabalho, Educação do Campo,
Gênero e Sexualidade, Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas
durante as aulas de Ciências sempre que o professor encontrar oportunidade
para tal.
D. AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem
dos conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n.
172
9394/96, deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem,
pois pode propiciar um momento de interação e construção de significados no
qual o estudante aprende. Será preciso respeitar o estudante como um ser
humano inserido no contexto das relações que permeiam a construção do
conhecimento científico escolar.
Desse modo, a considerar o modelo ensino-aprendizagem proposto
nestas diretrizes, avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do
estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir
de diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais
diversos.
Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente
instrumento de investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico
permite saber como os conceitos científicos estão sendo compreendidos pelo
estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária retomada do ensino
dos conceitos ainda não apropriados, diversificando-se recursos e estratégias
para que ocorra a aprendizagem dos conceitos origem e evolução do universo;
constituição e propriedades da matéria; sistemas biológicos de funcionamento
dos seres vivos; conservação e transformação de energia; diversidade de
espécies em relação dinâmica com o ambiente em que vivem, bem como os
processos evolutivos envolvidos.
Visando o processo avaliativo como mediador do conhecimento,
este se desenvolverá por meio de pesquisa de campo, onde os alunos
buscarão de forma prática ampliar seu saber científico, seminários ocorrem
durante o bimestre, onde há interpretação de diferentes gêneros necessitando
de análise de textos, pesquisa e trabalho em grupo, elaboração de maquetes e
provas não no sentido classificatório.
Durante todo o desenvolver do bimestre, o aluno terá oportunidade
de recuperação de conteúdo e de nota, sendo que a primeira ocorre de forma
paralela, e a segunda ao final de cada bimestre, no valor de 0 a 10,0
prevalecendo a maior nota.
173
F. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2011.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2009.
ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC, 1988.
BRASIL. Lei n.9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ed. do Brasil S/A.
GORNI, D. A. P. A reestruturação do Ensino Fundamental do Paraná após a abertura democrática do Brasil: retrospectiva e perspectivas. Londrina: EDUEL, 2002.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar. São Paulo: EDUSP, 1980.
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EDUSP, 1987.
PARANÁ. Cadernos temáticos: educação ambiental, inserção dos conteúdos de História e Cultura Afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED-PR, 2005,43 p.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação do Campo – versão preliminar. Curitiba: SEED, 2006.
RONAN, C.A. História ilustrada da ciência: Oriente, Roma e Idade Média. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997a.
174
9.3.4 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA - ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física escolar entendida como área de conhecimento
que introduz e integra o aluno na cultura corporal, tem como máxima
proporcionar aos educandos atividades diversificadas das manifestações
corporais, contribuindo desta forma na construção de uma autonomia que
possibilitará ao aluno adaptar as atividades às realidades e possibilidades de
suas características físicas, psíquicas, cognitivas, sociais e econômicas.
Sendo assim, as diversas formas de manifestações da cultura
corporal podem ser produzidas, transformadas e construídas, aumentando as
possibilidades de inclusão nas aulas de Educação Física.
Verifica-se também como papel da disciplina, contribuir na
construção de valores conceituais entre eles; a ética, higiene, identidade
cultural, respeito ao meio ambiente, orientação sexual e relação de trabalho e
consumo.
Percebe-se que a Educação Física escolar pode contribuir de
forma significativa para o desenvolvimento integral do aluno, no entanto, é
necessário que toda comunidade escolar a assuma como área de
conhecimento, como disciplina integrada e necessária para o sucesso da
educação formal.
Somente assim, a Educação Física escolar dará sua parcela de
contribuição, na formação dos aspectos bio/psico/sócio/econômico dos
educandos.
B. OBJETIVOS GERAIS
Contribuir para o desenvolvimento geral do educando, dimensionando a
educação física escolar, para além de uma visão somente prática e seletiva,
valorizando os aspectos afetivos, cognitivos, sociais, culturais e econômico
dos alunos.
175
Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está
inserido.
Ampliar o campo de intervenção da educação física, para além das
abordagens centradas na motricidade.
Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam
relevantes e estejam de acordo com a capacidade cognitiva do aluno.
Desenvolver as práticas corporais, tendo como princípio básico o
desenvolvimento do sujeito unilateral.
Promover a inclusão.
Superar da Educação Física o caráter de mera atividade de prática pela
prática.
Proporcionar a potencialização das formas de expressão do corpo:
1. do contato corporal e o necessário respeito mútuo que este reclama;
2. do grupo, em estabelecer critérios que contemplem todos os
participantes;
3. do respeito por aqueles que de alguma forma, não conseguem realizar o
que foi proposto pelo próprio grupo, levando à reflexão das formas já
naturalizadas de preconceito, sobre a domesticação e violência em
relação ao corpo.
Utilizar-se da leitura e da produção de textos que auxiliem o aluno a formar
conceitos próprios a partir do seu entendimento da realidade bem como
relata-los com clareza e coerência, relacionando os referenciais trabalhados
nas aulas de Educação Física e associando-os às outras áreas do
conhecimento, partindo de analises próximas e suas relações com o mundo
globalizado.
Propiciar aos alunos o direito e o acesso à prática esportiva que privilegie o
coletivo.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL
176
6º ANO
Conteúdo Estruturante: Esporte
Conteúdos Básicos e específicos:Coletivos - futebol; futebol de salão; futevôlei; voleibolIndividuais - atletismo; tênis de mesa
Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras Conteúdos Básicos e específicos:Jogos e brincadeiras populares - amarelinha; mãe pega; stop; peteca; fito; corrida de sacos; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.Brincadeiras e cantigas de roda - gato e rato; adoletá; capelinha de melãoJogos de tabuleiro - dama; trilhaJogos cooperativos - futsal; voleibol; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas;
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos e específicos:Danças folclóricas - fandango; dança de São Gonçalo; frevo;Danças de rua - break; funkDanças criativas - elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos e específicos:Ginástica rítmica - corda; arco; bola; maças; fita.Ginástica circense - malabares; acrobacias; trampolimGinástica geral – jogos rítmicos; movimentos rítmicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Conteúdo Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos e específicos:Lutas de aproximação - judô; Capoeira - angola; regional
7º ANO
Conteúdo Estruturante: Esporte
Conteúdos Básicos e específicos:177
Coletivos - futebol; voleibol; basquetebol; futebol de salão; futevôleiIndividuais - atletismo; tênis de mesa
Conteúdos Estruturantes: Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos e específicos:Jogos e brincadeiras populares - amarelinha; elástico; 5 marias; stop; peteca; corrida de sacos; pau ensebado; queimada; policia e ladrão.Brincadeiras e cantigas de roda - gato e rato; capelinha de melão; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.Jogos de tabuleiro: xadrez.Jogos cooperativos - futpar; tato contato; olhos de águia; dança das cadeiras cooperativas.
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos e específicos:Danças folclóricas frevo; samba de roda; batuque; carimbóDanças de rua - elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.Danças criativas - elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.Danças Circulares - contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos e específicos:Ginástica rítmica - corda; fita.Ginástica circenseGinástica geral - jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Conteúdo Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos:Lutas de aproximação luta olímpicaCapoeira - angola; regional
8º ANO
Conteúdo Estruturante: Esporte
Conteúdos Básicos e específicos:Coletivos: handebol; futebol de salão; futevôlei.Radicais - skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.
178
Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos e específicos:Jogos e brincadeiras populares - amarelinha; elástico; 5 marias; stop; peteca; relha; corrida de sacos; pau ensebado; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.Jogos dramáticos - improvisação; imitação; mímica.Jogos de tabuleiro - dama; xadrez.Jogos cooperativos - futpar; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos e específicos:Danças Circulares - contemporâneas; folclóricas; sagradas.Danças criativas - elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos e específicos:Ginástica olímpica - solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas. Ginástica rítmica - corda; arco; bola; maças; fita.Ginástica circense - malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.Ginástica geral - jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Conteúdo Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos e específicos:Lutas com Instrumento mediador - esgrima; kendôCapoeira - angola; regional
9º ANO
Conteúdo Estruturante: EsporteConteúdos Básicos e específicos:Coletivos - voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; beisebol.Radicais - skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.Conteúdo Estruturante: Jogos e brincadeiras
Conteúdos Básicos e específicos:Jogos e brincadeiras populares - amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; ets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau
179
ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.Jogos dramáticos - improvisação; imitação; mímica.Jogos de tabuleiro - dama; trilha; resta um; xadrez.Jogos cooperativos - futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.
Conteúdo Estruturante: Dança
Conteúdos Básicos e específicos:Danças Circulares - contemporâneas; folclóricas; sagradas.Danças criativas - elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Conteúdo Estruturante: Ginástica
Conteúdos Básicos e específicos:Ginástica rítmica - corda; arco; bola; maças; fita.Ginástica geral - jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Conteúdo Estruturante: Lutas
Conteúdos Básicos e específicos:Lutas com Instrumento mediador - esgrima; kendôCapoeira - angola; regional
ELEMENTOS ARTICULADORES PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Visando romper com a maneira tradicional como os conteúdos têm
sido tratados na Educação Física, faz-se necessário integrar e interligar as
práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada, o que é possível
por meio dos Elementos Articuladores:
1. Cultura Corporal e Corpo: As preocupações com o corpo e com os
significados que o mesmo assume na sociedade constituem um dos aspectos
que precisam ser tratados no interior das aulas de Educação Física, para que
sejam desmistificadas algumas perspectivas ingênuas no trato desta questão.
Pretende-se que as discussões que envolvem o corpo estejam atreladas a
todas as manifestações e práticas que emergem nos Conteúdos Estruturantes
desta proposta curricular.180
2. Cultura Corporal e Ludicidade: O lúdico se apresenta como parte
integrante do ser humano e se constitui nas interações sociais, sejam elas na
infância, na idade adulta ou na velhice. Ao vivenciar os aspectos lúdicos que
emergem das e nas brincadeiras, o aluno torna-se capaz de estabelecer
conexões entre o imaginário e o real, e de refletir sobre os papéis assumidos
nas relações de grupo. Reconhece e valoriza, também, as formas particulares
que os brinquedos e as brincadeiras tomam em distintos contextos e diferentes
momentos históricos, nas variadas comunidades e grupos sociais.
3. Cultura Corporal e Saúde: Os cuidados com a saúde não podem ser
atribuídos tão somente a uma responsabilidade do sujeito, mas sim,
compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de práticas e
análises críticas dos discursos a ela relativos. São elementos constitutivos a
serem abordados: nutrição, aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal,
lesões e primeiros socorros, doping, uso de substâncias entorpecentes,
sexualidade, uso de anabolizantes, excesso de atividades físicas,
sedentarismo.
4. Cultura Corporal e Mundo do Trabalho: O mundo do trabalho torna-se
elemento articulador dos conteúdos estruturantes na medida em que concentra
as relações sociais de produção/assalariamento vigentes na sociedade, em
geral, e na Educação Física, em específico. O professor deverá debater com
seus alunos, por exemplo, as consequências da profissionalização e o
assalariamento de diversos atletas, vinculados às diferentes práticas corporais.
5. Cultura Corporal e Desportivização: O processo de desportivização das
práticas corporais é um fenômeno cada vez mais recorrente, impulsionado pela
supervalorização do esporte na atual sociedade, como por exemplo, uma Copa
do Mundo de Futebol em detrimento de causas sociais como a fome. O
professor deverá discutir com seus alunos as contradições presentes nesse
processo de esportivização das práticas corporais, visto que no ensino da
Educação Física é preciso compreender o processo pelo qual uma prática 181
corporal é institucionalizada internacionalmente com regras próprias e uma
estrutura competitiva comercial.
6. Cultura Corporal – Técnica e Tática: Os aspectos técnicos e táticos são
elementos que estão presentes nas mais diversas manifestações corporais,
especificamente naquelas que constituem os conteúdos da Educação Física na
escola; constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas
corporais, por isso, deve se conceber que o conhecimento sobre estas práticas
vai muito além dos elementos técnicos e táticos, para não correr-se o risco de
reduzir ainda mais as possibilidades de superar as velhas concepções sobre o
corpo, baseadas em objetivos focados no desenvolvimento de habilidades
motoras e no treinamento físico, por meio das conhecidas progressões
pedagógicas.
7. Cultura Corporal e Lazer: O lazer possui um duplo processo educativo que
pode ser visto como veículo de educação ( educação pelo lazer) ou como
objeto de educação ( educação para o lazer). Na escola, o professor deve
procurar educar para o lazer, conciliando a transmissão do que é desejável em
termos de valores, funções e conteúdos, de modo que o lazer se torne um dos
elementos articuladores do trabalho pedagógico.
8. Cultura Corporal e Diversidade: Propõe-se uma abordagem que privilegie
o reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais. Por isso,
as aulas de Educação Física podem revelar excelentes oportunidades de
relacionamento, convívio e respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de
idias e de valorização humana, para que o outro seja considerado. Destaca-se
que inclusão representa uma condição de afirmar a pluralidade, a diferença, o
aprendizado com o outro, algo que todos os alunos devem ter como
experiência formativa.
9. Cultura Corporal e Mídia: Esse elemento articulador deve propiciar a
discussão das práticas corporais transformadas em espetáculos e, como objeto
de consumo, diariamente exibido nos meios de comunicação para promover e 182
divulgar produtos. Para uma análise crítica dessa concepção de práticas
corporais, diversos veículos de comunicação podem servir de referência, quais
sejam: programas esportivos de rádio e televisão, artigos de jornais, revistas,
filmes, documentários, entre outros. Além disso, é importante lembrar que a
mídia está presente na vida das pessoas e a rapidez das informações dificulta
a possibilidade de reflexão a respeito das notícias. Desse modo, torna-se
importante que o aluno reflita acerca desse elemento articulador e o professor
não pode ficar alheio a essa discussão.
D - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
ESPORTE* Coletivos* Individuais* Radicais
JOGOS E BRINCADEIRIAS
* Jogo de tabuleiro* Jogos dramáticos* Jogos cooperativos
DANÇA* Danças folclóricas* Danças de salão* Danças de rua
GINÁSTICA * Ginástica artística / olímpica* Ginástica de condicionamento físico* Ginástica geral
LUTAS * Lutas de aproximação * Lutas que mantém distância * Lutas com instrumento mediador * Capoeira
E. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Considerando o objeto de estudo da Educação Física, isto é, a
Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – esporte, 183
dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras - , a Educação Física tem a função
social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de
reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e
refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade
de organizar e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que
possibilita a comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo
pedagógico, o senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas
de Educação Física e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se
esgotam nos conteúdos, nas metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Na metodologia crítico-superadora, o conhecimento é transmitido,
levando-se em conta o momento político, histórico, econômico e social em que
está inserido, seguindo as estratégias: prática social, problematização,
instrumentalização, catarse e o retorno à prática social.
• PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se com uma
preparação (aluno) para a construção do conhecimento escolar, e ir além da
idéia de que o movimento é predominantemente um comportamento motor,
visto que também é histórico-social. É preciso levar em conta, inicialmente,
aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto, ou seja,
é uma primeira leitura da realidade. Esse momento caracteriza-se como
preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento
escolar.
• PROBLEMATIZAÇÃO trata do desafio, e o momento
em que a prática social é colocada em questão, analisada e interrogada. Após
o breve mapeamento daquilo que os alunos conhecem sobre o tema de estudo,
o professor propõe um desafio, criando um ambiente de dúvidas sobre os
conhecimentos prévios.
• INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do
qual o conteúdo sistematizado é colocado a disposição dos alunos para que
184
assimilem e o recriem, e ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de
construção pessoal e profissional. E ter a capacidade de reconhecimento da
gênese da cultura corporal, a qual reside na atividade humana garantindo a
existência da espécie, destacando os elementos lúdicos e agonísticos.
• CATARSE é a fase em que o educando sistematiza
e manifesta o que assimilou.
• RETORNO À PRÁTICA SOCIAL é o ponto de
chegada do processo pedagógico na perspectiva histórica-crítica.
Desta forma, prioriza-se na prática pedagógica o
conhecimento sistematizado, como oportunidade para reelaborar ideias e
atividades que ampliem a compreensão do estudante sobre os saberes
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é
resultado de experiências objetivas, fruto de nossa interação social nos
diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o
trabalho e o lazer.
Para o Desenvolvimento Socioeducacional do educando
serão trabalhados nas aulas de Educação Física os seguintes temas:
1. Cidadania e Direitos Humanos – Programa Bolsa Família, Educação
Fiscal, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, Programa Escola
Aberta, Programa Saúde na Escola.
2. Educação Ambiental - Lei 9795/99.
3. Enfrentamento à violência
4. Prevenção ao uso indevido de drogas
5. Gênero e Diversidade Sexual
6. História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Lei 10639/03
7. História e Cultura dos Povos Indígenas – Lei 11645/08
185
F. AVALIACAO
O processo de avaliação estará vinculado à ação educativa que
poderá ser individual ou coletiva, contínua, permanente, cumulativa, traduzida
em forma de notas, que serão registradas no livro de classe ( PPP ).
Será uma avaliação diagnóstica num processo contínuo que servirá
para revisitar o processo desenvolvido para identificar lacunas na
aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas nas diversas manifestações
corporais, evidenciadas nas: brincadeiras, jogos, ginástica, esporte e dança.
Os instrumentos de avaliação estão diretamente relacionados com o
grau de abordagem dos conteúdos em função dos objetivos propostos. Assim
podendo construir inúmeros instrumentos de avaliação para cada conteúdo e
para cada objetivo específico, como por exemplo:
• Fichas de acompanhamento do desenvolvimento pessoal.
• Relatório de atividades em grupo.
• Participação de todos nas aulas teóricas e práticas, copiando e
questionando os conteúdos apresentados.
• Trabalhos, provas teóricas e práticas.
A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma sistemática e
processual, ou seja, será observada a assimilação prática e teórica dos
conteúdos apresentados, considerando a individualidade de cada aluno,
retomando-se conteúdos não apreendidos ao longo de todo o processo ensino-
aprendizagem. A Recuperação de notas ocorrerá ao final de cada bimestre, por
meio de trabalhos, atividades teóricas e práticas, no valor de 0,00 a 10,0 e será
oportunizada a todos os alunos, prevalecendo sempre a maior nota.
F. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2011.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire.
Apucarana: 2009.186
_______________Introdução as Diretrizes Curriculares. Profª Yvelise F. S. Arco- Verde ( org. )Curitiba: SEED, 2006.BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. Cadernos CEDES, v. 19. n.18 Campinas, 1999.
PARANÁ Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. SEED: Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Educação Física- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006
187
9.3.5 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Como descrevem as Diretrizes Curriculares da Educação Básica da
Rede Pública do Estado do Paraná – Ensino Religioso, há muito tempo a
disciplina de Ensino Religiosos participa dos currículos escolares no Brasil e,
em cada período histórico, assumiu diferentes características pedagógicas e
legais.
Credita-se à Companhia de Jesus e outras instituições religiosas de
confissão católica, a inclusão dos temas religiosos na educação brasileira,
durante o período colonial.
Com o advento da República, surgiu entre os seus defensores o
impulso de dissolver o modelo de educação baseado na catequese religiosa,
porém ainda por muitos anos manteve-se o ensino confessional, de
responsabilidade da Igreja Católica. Somente em 1934, a disciplina de Ensino
Religiosos foi introduzida nos currículos da educação pública, salvaguardando
o direito individual de liberdade de credo, passando então a ser de frequência
facultativa e ministrado de acordo com os princípios da confissão religiosa do
aluno manifestada pelos pais ou responsáveis.
Em meados da década de 60, o aspecto confessional do Ensino
Religiosos foi suprimido da Constituição de 1967, porém a possibilidade de um
Ensino Religiosos aconfessional e público só se concretizou legalmente na
redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. a partir
de então foi proposto um modelo laico e pluralista para o Ensino Religiosos,
com a intenção de impedir qualquer forma de prática catequética nas escolas
públicas.
No Estado do Paraná, o Conselho Estadual de Educação aprovou,
no ano de 2006, a Deliberação n. 01/06, que instituiu novas normas para o
Ensino Religioso no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, propondo a
implementação de um Ensino Religiosos laico e de forte caráter escolar.
188
Entre os notáveis avanços obtidos a partir desta Deliberação,
destacam-se:
• o repensar do objeto de estudo da disciplina;
• o compromisso com a formação continuada do docente;
• a consideração da diversidade religiosa no Estado frente à superação
das tradicionais aulas de religião;
• a necessidade do diálogo e do estudo na escola sobre as diferentes
leituras do Sagrado na sociedade;
• o ensino da disciplina em cuja base se reconhece a expressão das
diferentes manifestações culturais e religiosas.
Um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino
Religiosos é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do
preconceito religioso, como também, desprender-se do seu histórico
confessional catequético, para a construção e consolidação do respeito à
diversidade cultural e religiosa.
Tratado nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para
superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional
de liberdade de preceitos e sacramentos. Desta forma, a disciplina de Ensino
Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e análise das diferentes
manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos
significados. Ainda subsidiará o educando na compreensão de conceitos
básicos no campo religioso e na forma como as sociedades são influenciadas
pelas tradições religiosas, tanto na afirmação quanto na negação do Sagrado.
Assim, a abordagem proposta para o Ensino Religiosos é a definição
do Sagrado como objeto de estudo, sendo ele a base a partir da qual serão
tratados os conteúdos, proporcionando o conhecimento dos elementos básicos
que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas
percebidas no contexto do educando.
No cotidiano de sala de aula buscar-se-á superar as tradicionais
aulas de religião e entender essa disciplina como processo pedagógico, cujo
enfoque é entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa.
189
B. OBJETIVO GERAL
A disciplina de Ensino Religioso tem como objetivos: oportunizar
aos educandos que se tornem capazes de entender os movimentos
específicos das diversas culturas; colaborar na constituição do sujeito por meio
do elemento religioso, contribuindo para o desenvolvimento humano, além de
possibilitar o conhecimento, a compreensão e o respeito das expressões
religiosas advindas de culturas diferentes, inclusive das que não se organizam
em instituições, e suas elaborações sobre o fenômeno religioso.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Paisagem Religiosa – materialidade fenomênica do Sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. É a exterioridade do Sagrado e sua
concretude, os espaços Sagrados.
Universo Simbólico Religioso – apreensão conceitual através da
razão, pela qual concebe-se o Sagrado pelos seus predicados e
reconhece-se a sua lógica simbólica. É entendido como sistema
simbólico e projeção cultural.
Texto Sagrado – tradição e natureza do Sagrado enquanto fenômeno.
Neste sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das
Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.
190
D. CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Texto Sagrado
6º ANO
• Organizações Religiosas
• Lugares Sagrados
• Textos Sagrados orais ou escritos
• Símbolos Religiosos
7º ANO
• Temporalidade Sagrada
• Festas Religiosas
• Ritos
• Vida e Morte
E. METODOLOGIA
Para o tratamento pedagógico das aulas de Ensino Religioso,
propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada, isto
é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios
para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado, exercendo o
professor o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os
conteúdos a serem trabalhados em sala de aula. A problematização e a
contextualização dos conteúdos devem ser utilizadas frequentemente, pois o
conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e
social vivenciado pelo educando. Desta forma, propõe-se um encaminhamento
metodológico baseado na aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa 191
do aluno e de seus conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o
conteúdo que será trabalhado.
Ao trabalhar com esta disciplina, o professor necessita estar atento
ao fato de que nas aulas de Ensino Religioso é preciso respeitar o direito à
liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, valorizando os
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da
diversidade sociocultural.
Algumas técnicas utilizadas na disciplina de Ensino Religioso :
1. Aulas expositivas, utilizando o quadro-negro.
2. Trabalhos de reflexão em grupos realizados pelos alunos com
acompanhamento do professor.
3. Palestras.
4. Filmes em Vídeos.
5. Aulas recreativas.
O tratamento didático dos conteúdos de Ensino Religioso prevê,
ainda, como nas outras disciplinas, a organização social das atividades,
organização do espaço e tempo, seleção e critérios de uso de material e
recursos.
Essa previsão acontece no Ensino Religioso:
Pela organização social das atividades a fim de produzir o diálogo.
Através da organização do tempo e do espaço, no aqui e agora, pela
observação direta, pois o sagrado acontece no cotidiano está presente da
sala de aula.
Na organização da seleção e critérios de uso de materiais e recursos;
prevê-se a colaboração de cada educando na indicação ou no fornecimento
de seus símbolos, a origem histórica, os ritos e os mitos da sua tradição
religiosa.
Educação ambiental – Lei 9795/99; educação fiscal; educação em
direitos humanos; história da cultura afro, afro-brasileira, e indígena – Leis
10639/03 e 11645/08; prevenção ao uso de drogas e sexualidade serão
contemplados nas aulas de Ensino Religioso por meio de textos, músicas,
filmes, que propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna como
192
datas comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o
exija e em situações de pesquisas, apresentações, produções e de textos, ou
de forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do
conteúdo, como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu
processo de concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu
conhecimento em torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado,
sua complexidade, pluralidade, amplitude e profundidade.
Embora não haja aferição de notas e a frequência seja optativa, o
processo de avaliativo deve ser registrado por meio de instrumentos que
permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos
progressos obtidos na disciplina (Livro Registro de Classe, caderno do aluno,
relatórios, trabalhos e pesquisas realizados pelos alunos, entre outros).
A apropriação do conteúdo trabalhado será observada pelo
professor em diferentes situações de ensino e aprendizagem e por meio de
critérios variados, tais como:
• O aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de
classe que têm opções religiosas diferentes da sua?
• O aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
• O aluno reconhece que o fenômeno religioso pé um dado de
cultura e de identidade de cada grupo social?
• O aluno emprega conceitos adequados para referir-se às
diferentes manifestações do Sagrado?
Desta forma, a avaliação será contínua e se dará através da
observação das atitudes dos alunos em relação ao outro, ao respeito à
193
diversidade; através de diálogos, produção de textos, cartazes e participação
efetiva dos alunos nas aulas.
G- REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2011.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire.
Apucarana: 2009.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Ensino Religioso. Curitiba: SEED, 2008.
194
9.3.6 - PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA – ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares
desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio
Studiorum – documento publicado em 1599, que segundo Ribeiro (1978)
objetivava a organização e o planejamento do ensino dos jesuítas, com base
em elementos da cultura europeia, ignorando a realidade, as necessidades e
interesse do índio, do negro e do colono.
Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte
dos currículos oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória.
A LDB nº 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia
e, com a Lei nº 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos
currículos escolares do Segundo Grau, sobretudo por não servir aos interesses
políticos, econômicos e ideológicos do período.
A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e
de redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da
Filosofia ao Ensino Médio ocorreram em vários estados do Brasil.
A partir da LDB nº 9.394/96, o ensino de Filosofia, no nível Médio,
começou a ser discutido. Esta Lei determinava que, ao final do Ensino Médio, o
estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e Sociologia
necessários à cidadania, embora a tendência das políticas curriculares oficiais
fosse a de manter a Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do
currículo.
Propostas de mudanças foram discutidas pelo coletivo de
professores e pelo MEC no período de 2004 a 2006. Em agosto de 2006, o
parecer CNE/CEB nº 38/2006 tornou a Filosofia e a Sociologia disciplinas
obrigatórias no Ensino Médio.
195
No Estado do Paraná, foi aprovada a lei nº 15.228, em julho de 2006,
tornando a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino
Médio.
Considerando que todos os conteúdos filosóficos configuram-se
como discursos, os quais apresentam um caráter crítico-reflexivo e
problematizador, o papel formativo específico da Filosofia no Ensino Médio
volta-se, primariamente, para a tarefa de fazer o educando aceder a uma
competência discursivo-filosófica, à medida que este, indissociavelmente
constrói e exercita a capacidade de indagação e apropria-se reflexivamente do
conteúdo. De fato, a conexão interna entre conteúdo (discurso) e método
(forma de análise, interpretação, crítica, reconstrução de conceito racional,
argumentação e posicionamento) deve tornar-se evidente, sem o qual esvazia-
se o específico do ensino filosófico.
A disciplina de filosofia tem como compromisso fazer dos
estudantes pessoas com a capacidade de ler textos filosóficos de modo
significativo, a partir do desenvolvimento de capacidades como: entender mito
e filosofia, com condições de interpretação da teoria do conhecimento; da
abordagem e compreensão do texto de Ética; da reflexão crítica da filosofia
Política; de problematização sobre Filosofia da ciência ; da reconstrução
racional de estética filosófica, pois entendemos ser de grande amplitude os
conteúdos de filosofia, abrangendo sua historia e seus filósofos, fazendo-se
necessários recortar tais capacidades na forma de conteúdos estruturantes, já
expressos nas diretrizes curriculares.
B. OBJETIVOS GERAIS
Possibilitar ao estudante do ensino médio uma reflexão clara de
ensino-aprendizagem em filosofia com uma peculiaridade que a faz diferente
de todas as outras disciplinas. Numa relação que se concretizará na
experiência da relação docente e discente e com o texto filosófico.
196
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. Mito e Filosofia
2. Teoria do Conhecimento
3. Ética
4. Filosofia e Política
5. Filosofia da Ciência
6. Estética
* Saber Mítico;* Saber Filosófico;* Relação Mito e Filosofia * Atualidade do mito* O que é Filosofia?
* Possibilidade do Conhecimento;* As formas de conhecimento;* Filosofia e Método* Perspectivas do Conhecimento.
A Filosofia do Período Clássico ao Greco-Romano* Sofistas – os primeiros mestres na arte da argumentação;* Sócrates de Atenas – ironia, maiêutica, um corruptor da juventude;* Platão –o método dialético de Platão; a filosofia no poder: os reis-filósofos.* Aristóteles – do nascimento da lógica à ordenação do universo.* Filosofias Helenísticas.* Período greco-romano – A filosofia pagã e a penetração do cristianismo.
O Pensamento Cristão: A Patrística e a Escolástica*Igreja Católica – a filosofia medieval e o cristianismo.* Patrística – Santo Agostinho: a certeza da razão por meio da fé.* Escolástica – os caminhos de inspiração aristotélica até Deus; Santo Tomás de Aquino: a cristianização de Aristóteles.
2º ANO DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. Mito e Filosofia * Política e Ideologia
197
2. Teoria do Conhecimento
3. Ética
4. Filosofia e Política
5. Filosofia da Ciência
6. Estética
* Esfera pública e privada* Cidadania formal e/ou participativa* Política e Violência* A Democracia em questão
* Relações entre comunidade e poder;* Em busca da essência do político;* A política em Maquiavel.* Liberdade e igualdade política.
* Ética e Moral;* Pluralidade ética;* Ética e Violência;* Razão, desejo e vontade;* Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;* Liberdade em Sartre;* A virtude em Aristóteles e Sêneca
Filosofia Moderna: Novos Valores da Ciência, Bacon e Descartes*A Idade Moderna – A construção de uma nova imagem do homem e do mundo; o Renascimento; razão e experiência – as bases do conhecimento seguro – Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes, Pascal, Espinosa.
3º ANO DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
1. Mito e Filosofia
2. Teoria do Conhecimento
3. Ética
• Concepções de Ciência• A questão do método científico• O Progresso da Ciência• Contribuições e limites da Ciência• Ciência e Ideologia
• Natureza da Arte;• Filosofia e Arte;• Categorias estéticas – feio, belo, sublime,
trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.;• A universalidade do gosto;• Estética e sociedade;• O cinema e uma nova percepção
198
4. Filosofia e Política
5. Filosofia da Ciência
6. Estética
Filosofia Moderna: Empirismo e Iluminismo* Empirismo – Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley, David Hume.* O movimento iluminista do século XVIII – Montesquieu, Voltaire, Diderot e D’Alembert, Rousseau, Adam Smith, Immanuel kant
Filosofia Contemporânea:* Existencialismo – a realização completa da vida humana - Filósofos inspiradores do existencialismo ( Nietzche, Husserl, Heidegger, Sartre, Russel, Wittgenstein.* A escola de Frankfurt – uma teoria crítica contra a situação social existente Adorno e Horkheimer, Benjamin, Marcuse, Habermas.* Filosofia Pós-Moderna – a pluralidade dos caminhos e das culturas – Foucault, Derrida, Baudrillard.
D. METODOLOGIA
A abordagem se dará por meio da sensibilização, da
problematização, da investigação e da criação /recriação de conceitos.
Serão desenvolvidas atividades coletivas que levem os alunos a
serem usuários competentes da escrita e da fala, ou seja, que tenham
condição para efetiva participação social.
A análise de textos filosóficos terá um encaminhamento crítico-
reflexivo, com questionamentos sociais, éticos, econômicos, históricos e
culturais, relacionados aos tempos atuais.
Através da filosofia pretende-se criar no aluno, oportunidades que
favoreçam o reconhecimento, a utilização e a familiarização de diferentes
códigos presentes em nosso meio.
A promoção de momentos e eventos culturais e artísticos, fará parte
da prática escolar, para que os educandos possam apresentar os produtos da
pesquisa, da análise crítica e da criatividade no campo filosófico, sempre que
possível, integrando todas as áreas do conhecimento.
A organização e a participação em projetos e debates sobre
199
assuntos de relevância social estará proporcionando ao educando espaço para
formação ética, autonomia intelectual e desenvolvimento do pensamento
crítico.
Utilização do vídeo com a projeção de filmes relacionados a temas
filosóficos.
Trabalhos de leitura e reflexão em grupos pelos alunos, com o
acompanhamento do professor.
Atualidades: abordagem e reflexão, leitura de textos, jornais, revistas
cientificas, vídeos, seminários com debates e reflexões em grupo, pesquisas
individuais e em grupos, apreciações e resenhas criticas.
Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história da cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas, enfrentamento à violência,
gênero e diversidade e sexualidade, serão contemplados nas aulas de
Filosofia por meio de textos, músicas, filmes, que propiciem reflexões sempre
que surgir uma situação oportuna como datas comemorativas, destaque do
assunto na mídia por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas,
apresentações, produções e de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos
que se identifiquem com estes temas.
E. AVALIAÇÃO
Conforme a LDB nº 9394/96, no seu artigo 24, a avaliação deve ser
concebida na sua função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de
subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-
aprendizagem.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A
Filosofia como prática, como discussão com o outro e como construção de
conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Esta
experiência, o professor pode propiciar e preparar, porém não determinar e,
200
menos ainda, avaliar ou medir.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é
a capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a
capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e
interesses subjacentes aos temas e discursos.
Assim torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do
Ensino Médio de trabalhar e criar conceitos. A Avaliação de Filosofia, desta
forma, se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise
comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo.
Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo.
Critérios de Avaliação:
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa
compreender, pensar e problematizar os conteúdos básicos dos conteúdos
estruturantes da disciplina de Filosofia, elaborando respostas aos problemas
suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá
a atividade filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas
respostas quando toma posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou
seja,m cria conceitos. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com
caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio
estudante e pelo professor.
Como instrumentos de avaliação serão realizados exercícios
intelectuais, avaliações diagnósticas individuais por escrito e produção de
trabalhos no transcorrer do ano letivo, considerando a participação dos alunos
em sala de aula. Provas e testes escritos, exposições orais, produção de textos
dissertativos, apresentação de tarefas preestabelecidas, pesquisa individual ou
em grupo, avaliação sócio-afetiva e outros tipos, se houver necessidade.
A recuperação de conteúdos e de notas ocorrerá de forma paralela 201
ao longo de cada bimestre, por meio de instrumentos como: trabalhos
individuais e em grupos, pesquisas, provas, simulados, produção de textos.
F. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2010.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire.
Apucarana: 2009.
ARCO-VERSE, Yvelise F.S ( org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Filosofia- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006.
RIBEIRO, R.J. Último vôo da andorinha solitária. Estado de São Paulo, 06 mar.2005. IN: PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
202
9.3.7 - PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO
A. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua
complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o
estudo da natureza, entendida como realidade material sensível. Ressalte-se
que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino
Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos
elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
Ao propor um currículo de física, é preciso considerar que a
educação científica é indispensável à participação política e capacita os
estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de
sua vida e do meio que o cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além
da mera compreensão do funcionamento dos aparatos tecnológicos.
A Física deve apresentar-se como uma disciplina que aborde os
fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma
ciência em construção, porém com uma respeitável consistência teórica. È
importante compreender, também, a evolução dos sistemas físicos, suas
aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não-neutralidade
da produção científica.
Desde tempos remotos, a humanidade observa a natureza, na
tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.
Porém bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações com
interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus.
Esses registros deram origem a Astronomia, talvez a mais antiga
das ciências e com ela, o estudo dos movimentos.
Esses acontecimentos acentuaram ao longo dos séculos e levaram
os cientistas a refletirem sobre o próprios conceitos de ciência sobre os
critérios de verdade e validade dos modelos científicos.
203
Nosso desafio é, portanto, buscar meios para concretizar esses
novos horizontes, especialmente dentro da realidade escolar hoje existente.
O estudo da Física no Ensino Médio tem como objetivos:
• Compreender a Física como ciência presente em todos os
momentos da nossa vida, capaz de explicar avanços tecnológicos e científicos
que fazem parte do nosso cotidiano.
• Compreender a Física como a busca de novos conhecimentos e
descobertas, incentivando o aluno a participar do processo de ensino rumo ao
desconhecido e instigante mundo cientifica, para que possam se sentir
valorizados e, sua postura em relação ao aprendizado, uma etapa cumprida de
forma prazerosa e realmente significativa.
• Propiciar ao educando a busca pela aquisição da cultura
elaborada e da cultura cotidiana resultante da atividade humana, possibilitando
ao estudante o pleno exercício da cidadania.
B. CONTEUDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTOS
CONTEÚDOS BÁSICOS:
_ Momentum e Inércia
_ Conservação de Quantidade de Movimento ( Momentum )
_ Variação da Quantidade de Movimento = Impulso
_ 2ª Lei de Newton
_ 3ª Lei de Newton e Condições de Equilíbrio
_ Energia e o Princípio da Conservação da Energia
_ Gravitação
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE - TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
_ Leis da Termodinâmica: 204
_ Lei Zero da Termodinâmica
_ 1ª Lei da Termodinâmica
_ 2ª Lei da Termodinâmica
• CONTEÚDO ESTRUTURANTE - ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS:
_ Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas;
_ Força eletromagnética;
_ Equações de Maxwell:
_ Lei de Gauss para Eletrostática
_ Lei de Coulomb
_ Lei de Ampère
_ Lei de Gauss Magnética
_ Lei de Faraday
_ A natureza da Luz e suas propriedades
C. METODOLOGIA
O planejamento do trabalho de sala de aula é a base da construção
do processo de ensino e de aprendizagem. Têm-se a possibilidade de fazer
exatamente o ponto de partida e o ponto de chegada de cada tema abordado
no Curso.
Assim o ensino de física deve estar centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo
das ciências, sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da
racionalidade científica. É preciso ver o ensino de física com mais gente e com
menos álgebra, a emoção dos debates , a força dos princípios e a beleza dos
conceitos científicos - o Universo – sua evolução , suas transformações e as
interações que nele ocorrem.
205
O Ensino de Física considera a ciência uma produção cultural,
objeto humano construído e produzido nas e pelas relações sociais, sendo que
o processo de ensino-aprendizagem deve partir do conhecimento trazido pelos
estudantes, fruto de suas experiências de vida em seu contexto social.
A experimentação no Ensino de Física, como metodologia de ensino
contribui no relacionamento teórico-prático, e o uso da Matemática como uma
ferramenta no processo de apropriação dos conceitos físicos, demonstra que a
Física não se separa das outras disciplinas.
Os recursos que poderão ser utilizados são: aulas expositivas sobre
os temas centrais, trabalho de campo com observações, usos de vídeo; sites
da internet; TV Pendrive, jornais com temas abordando notícias científicas;
aulas práticas; interpretações de textos; resoluções de problemas e exercícios;
realização de simulados com o intuito de estimular a sua compreensão.
Segundo a educadora Zuleika Muriê, professora-doutora pela escola
de Educação da USP, que trabalhou no ENEM, os simulados preparam o olhar
do estudante para questões objetivas, prática regular em concursos, ENEM e
vestibulares.
A Proposta Pedagógica Curricular, contempla a Legislação vigente,
através da abordagem de temas relativos ao Desenvolvimento
Socioeducacional, tais como:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana e
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: serão trabalhados
os diferentes Modos de Produção e Suas Influências Sociais, associados a
estas culturas.
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental: tema
essencial a ser desenvolvido dentro dos conceitos tanto da referida disciplina
como de todas as outras do currículo escolar;
• Cidadania e Direitos Humanos - Proporcionar uma
aprendizagem de maneira consciente voltada ao exercício da cidadania é
nosso dever enquanto educadores;
• Enfrentamento a Violência na Escola: tema trabalhado no
decorrer da disciplina, sempre que surgirem situações que necessitem do
enfrentamento à violência;206
• Prevenção e Uso Indevido de Drogas: a produção e o consumo
de tais substâncias evidenciam a necessidade de utilização das propriedades
químicas, assim como a efetivação dos Fenômenos Físicos. Eis aí a
responsabilidade dos conceitos trabalhados: a Ciência sendo vista sob seus
dois paradoxos: a utilização para o bem e para o mal.
Os temas Cidadania, Trabalho, Educação do Campo, Gênero e
Sexualidade, Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas durante
as aulas de Física assim que o professor encontrar oportunidade para tal.
D. AVALIAÇÃO
A avaliação nas diferentes concepções, assume diferentes papéis
descritos pelas DCEs de Física, as quais preconizam que para qualificar a
aprendizagem de nossos educandos, importa, de um lado, ter clara a teoria
que utilizamos como prática pedagógica, e, de outro lado, o planejamento de
ensino que estabelecemos como guia para nossa prática de ensinar no
decorrer das unidades de ensino do ano letivo. (LUCKESI,2004,s/p).
Assim, do ponto de vista específico, a avaliação deve levar em conta
os pressupostos teóricos adotados nas DCEs, ou seja, a apropriação dos
conceitos, leis e teorias que compõem o quadro teórico da Física pelos
aprendizes. Isso pressupõe o acompanhamento constante do progresso do
aprendiz quanto a compreensão dos aspectos históricos, filosóficos e culturais,
da evolução das ideias em Física e não da neutralidade da ciência.
Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um
instrumento tanto para que o professor conheça seu aluno, antes que se inicie
o trabalho com os conteúdos escolares, quanto para o desenvolvimento de
outras etapas do processo educativo.
A avaliação pode ser realizada utilizando diversos instrumentos, tais
como:
• Participação do aprendiz em sala de aula e nas aulas de
laboratório (avaliação diagnóstica );
207
• Provas escritas;
• Seminários utilizando textos diversos, inclusive textos do Livro
Didático Público - Física;
• Debates;
• Apresentação de experiências no laboratório;
• Relatório sobre aulas práticas e experiências realizadas no
laboratório;
Assim, a avaliação oferece subsídios para que, tanto o aluno quanto
o professor, acompanhem o processo ensino aprendizagem.
Para o professor a avaliação deve ser vista como um ato educativo
essencial para a condução de um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a
aprendizagem seja um direito de todos e a escola pública o espaço onde a
educação democrática deve acontecer.
A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto
do ponto de vista instrumental. Do ponto de vista qualitativo, o professor deverá
seguir um processo contínuo e cumulativo.
A avaliação compreendida como prática reflexiva e diagnóstica
orienta a intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e
aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem, buscando utilizar técnicas e
instrumentos diversificados, com as finalidades educativas expressas na
proposta pedagógica.
Quanto aos critérios de avaliação em Física deve-se verificar:
• A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade
de ensino e aprendizagem planejada;
• A compreensão dos conteúdos físicos expressados em textos
científicos;
• A compreensão de conceitos físicos expressados em textos não
científicos;
• A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os
conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro
evento que envolva os conhecimentos da Física.
208
Tendo como finalidade o crescimento do educando e
consequentemente o aperfeiçoamento da práxis pedagógica, a avaliação se
caracteriza como um processo que objetiva explicitar o grau de compreensão
da realidade, emergentes na construção de conceitos. Isto ocorre com o
confronto de textos, trabalhos em grupo, avaliações escritas, experimentações,
etc, servindo também para que o professor avalie seu trabalho.
O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino e
normatizado em seu Regimento Escolar é bimestral, sendo composto por pela
somatória de variados instrumentos que totalizam a média 10,0 ( dez vírgula
zero).
A recuperação de estudos é direito dos alunos, devendo ser
proporcionada de forma paralela, ao longo da série ou do período letivo,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Desta
forma, a recuperação de conteúdos será processual, ocorrendo ao longo de
todo o processo de ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será por
meio de instrumentos variados, a critério do professor ( pesquisas, trabalhos,
seminários, testes) no valor de 0 (zero) a 3,0 e por meio da aplicação de prova
no valor de 0 (zero) a 7,0 (sete vírgula zero), não devendo a recuperação de
notas incidir sobre cada instrumento de avaliação e sim sobre os conteúdos
não apropriados e já revisados durante o bimestre, prevalecendo sempre a
maior nota obtida pelo aluno.
E. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2010.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2009.
ARCO-VERDE, Yvelise F.S ( org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Disciplina de Física. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Física- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006
209
9.3.8 - PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIOProfessores:
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A geografia possibilita uma compreensão e uma visão ampliada do
conjunto das relações da sociedade com a natureza e com o espaço
geográfico, desde as suas primeiras formas de organização. A partir desta
percepção surgiram várias transformações aliadas à mudanças históricas,
políticas, sociais, econômicas e filosóficas do saber geográfico na linha dos
pensadores famosos como: Humboldt, Ritter; Ratzel, La Blache, Santos...
A disciplina de Geografia, segundo proposta das Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná,
propõe a formação de um aluno, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino
Médio, consciente das relações sócio espaciais de seu tempo, tendo como
objeto de estudo o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e
apropriado pela sociedade, composto por indivíduos, objetos e ações inter
relacionados.
A expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da
Geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade – não se
auto explicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois, a
depender do fundamento teórico a que se vinculam, refletem posições
filosóficas e políticas distintas.
No estudo geográfico, os elementos naturais e os aspectos físicos
são agregados aos aspectos sociais destacando-se a ação antrópica no
espaço, de que maneira exploram e se organizam neste espaço, problemas
ambientais decorrentes desta exploração e forma de organização. O estudo da
geografia também se remete à coleta e dados e levantamento de aspectos que
influenciam diretamente na vida humana.
Também é objeto da disciplina de geografia compreender a
transformação do espaço geográfico, as desigualdades e contradições nos
vários aspectos; sociais, econômicos, étnicos, culturais e religiosos,
210
desmistificando valores inadequados, impregnados em determinados grupos
sociais.
A geografia, tanto no ensino fundamental como no ensino médio,
proporciona ao individuo a apropriação do conhecimento sistematizado de
mundo através de análises e investigação levando-o a conhecer e
compreender o espaço local, regional, nacional e mundial, e as relações entre
esses e a sociedade. Estabelecidas estas relações o cidadão será capaz de
conquistar seu espaço, transformar e usufruir dos benefícios da natureza com
consciência socioambiental. A geografia proporciona ao cidadão o universo do
conhecimento das diferenças, tornando-o mais flexível e versátil para
compreensão dos desafios contemporâneos, pois a disciplina mostra que o
homem modifica o meio, mas também pode ser por ele modificado.
Propõe-se um trabalho pedagógico que visa a ampliação da
capacidade dos alunos do ensino fundamental e do ensino médio de observar,
conhecer, explicar, comparar e representar as características do lugar em que
vivem e diferenciem paisagens e espaços geográficos. Os conteúdos
estruturantes da disciplina como: a dimensão econômica da produção do/no
espaço, geopolítica, dimensão sócio ambiental, dinâmica cultural e
demográfica, devem permear a prática didática promovendo ao aluno o
discernimento e a consciência de que o espaço geográfico é o produto da
ação humana sobre a natureza.
O trabalho pedagógico com esse quadro conceitual de referência é
fundamento para que o ensino da Geografia na Educação Básica contribua
com a formação de um aluno capaz de compreender o espaço geográfico, nas
mais diversas escalas, e atuar de maneira crítica na produção socioespacial do
seu lugar, território, região, enfim, de seu espaço.
Espera-se que ao longo das quatro séries finais do ensino
fundamental e das três séries do ensino médio os alunos construam um
conjunto de conhecimentos referentes a conceitos, procedimentos e atitudes
relacionados à Geografia, que lhes permita ser capazes de:
211
• Conhecer a organização do espaço e o funcionamento da natureza em suas
múltiplas relações, de modo a compreender o papel da sociedade na sua
construção, na produção do território, da paisagem e do lugar.
• Identificar e avaliar as ações humanas em sociedade e suas consequências
em diferentes espaços e tempos, refletindo nas questões sócios -
ambientais.
• Saber utilizar a linguagem cartográfica para obter informações e representar
fatos e fenômenos geográficos.
• Valorizar o patrimônio cultural e social, respeitando a sócio – diversidade,
buscando a justiça social.
B. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos da Geografia são importantes para a vida em
sociedade, em particular, para o desempenho das funções da cidadania: cada
cidadão ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar
onde vive, bem como os de outros lugares, pode comparar, explicar,
compreender e especializar as múltiplas relações que diferentes sociedades em
épocas variadas estabeleceram e estabelecem com a natureza na construção
do seu espaço geográfico. A aquisição desses conhecimentos permite maior
consciência dos limites e responsabilidades da ação individual e coletiva com
relação ao seu lugar e a contextos mais amplos da escala nacional a mundial.
Portanto, a seleção dos conteúdos da Geografia deve contemplar temáticas de
relevância social, cuja compreensão por parte dos alunos, mostra-se essencial
em sua formação como cidadão.
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do
Espaço Geográfico
Dimensão Política do
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
212
Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e
Demográfica do Espaço
Geográfico
Dimensão Socioambiental
do Espaço Geográfico
produção
A formação , localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico
As relações entre campo e cidade na sociedade capitalista
A transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos da população
A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade cultural
As diversas regionalizações do espaço geográfico
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do
Espaço Geográfico
Dimensão Política do
Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e
Demográfica do Espaço
Geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção
As diversas regionalizações do espaço brasileiro
As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações
O espaço rural e a modernização da agricultura
A formação, o crescimento das cidades, a
213
Dimensão Socioambiental
do Espaço Geográfico
dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização
A distribuição espacial das atividades produtivas, as (re)organização do espaço geográfico
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do
Espaço Geográfico
Dimensão Política do
Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e
Demográfica do Espaço
Geográfico
Dimensão Socioambiental
do Espaço Geográfico
As Diversas regionalizações do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
O espaço rural e a modernização da agricultura
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população
Os movimentos migratórios e suas motivações214
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do
Espaço Geográfico
Dimensão Política do Espaço
Geográfico
Dimensão Cultural e
Demográfica do Espaço
Geográfico
Dimensão Socioambiental do
Espaço Geográfico
As Diversas regionalizações do espaço geográfico
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado
A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção
O comércio mundial em suas implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
215
ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
Dimensão Política Do Espaço Geográfico
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico
Dinâmica Cultural e Demográfica do Espaço
Geográfico
A formação e transformação das paisagens
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.
A formação. Localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico-científica- informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
216
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
C. METODOLOGIA
O ensino de geografia hoje é pensado á partir de uma seleção de
conteúdos estruturantes e específicos que propiciem ao aluno a construção de
conceitos elaborados através da observação e análise crítica de tudo que
acontece no espaço geográfico. Assim o aluno é incentivado a refletir, discutir,
propor e testar hipóteses, motivando – se com estudo da dinâmica da
sociedade e da natureza, para que o mesmo possa interligar a teoria com a
prática, utilizando - se da linguagem cartográfica como ferramenta essencial.
A aprendizagem do aluno requer um longo caminho no decorrer da
abordagem dos conhecimentos através dos diferentes materiais didáticos
disponíveis. Além dos recursos tradicionais de sala de aula o professor
promoverá atividades de campo e práticas como também projetos, buscando
contextualizar a teoria interligando–a com a prática, garantindo melhor
compreensão dos conteúdos estruturantes que serão abordados no ensino
médio e que devem ser considerados uma continuação do ensino fundamental.
A Geografia do Paraná deve ser ensinada na Educação Básica de
forma a valorizar a identidade regional, construindo o conhecimento geográfico
a partir de um estudo significativo das características do estado, articuladas ao
contexto do mundo globalizado.
O docente da disciplina de geografia deve ainda em suas aulas, de
forma integrada, tratar de questões relativas às demandas para o
Desenvolvimento Socioeducacional:
217
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana e
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: serão trabalhados
os diferentes Modos de Produção e Suas Influências Sociais, associados a
estas culturas.
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental: A
Educação Ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e
permanente, no desenvolvimento dos conteúdos de ensino da Geografia. Esta
temática deve ser tratada de forma contextualizada e a partir das relações que
estabelece com as questões políticas e econômicas.
Além dos temas supra citados, outros temas como a Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à
Violência na Escola, Trabalho, Educação do Campo, Gênero e Sexualidade,
Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas durante as aulas de
Geografia por meio de textos, músicas, filmes, que propiciem reflexões sempre
que surgir uma situação oportuna como datas comemorativas, destaque do
assunto na mídia por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas,
apresentações, produções e de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos
que se identifiquem com estes temas.
Os recursos tecnológicos e pedagógicos utilizados serão: Retro-
projetor, Laboratório de Informática para pesquisas pela internet e montagens
de trabalhos, Vídeos, Livro didático e paradidático , Aulas expositivas, Leitura e
interpretação de textos, Jornais e revistas, Quadro de Giz e Mapas.
D. AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo; deve ser formativa e
permanente, com finalidade diagnóstica, deverá contemplar diferentes práticas
pedagógicas, num processo de observação direta e indireta no dia a dia,
levando em consideração as desigualdades, usando práticas variadas como:
leitura, interpretação de fotos, mapas, imagens, tabelas e gráficos; relatórios,
maquetes, relatos de fatos vivenciados, debates e seminários testes
diagnósticos e trabalhos de campo. 218
Assim, deve-se avaliar continuamente o desempenho do aluno
recuperando-o nas dificuldades que surgirem, para que o mesmo, possa ter
oportunidades de construir sua aprendizagem, resgatando a sua autoestima.
A avaliação ocorrerá através de simulados quinzenais, provas
bimestrais e trabalhos, totalizando nota de 0,0 a 10,0. A Recuperação de
Conteúdos será contínua e a recuperação de notas ocorrerá por meio de
provas no valor de 0,0 a 10,0 , prevalecendo a maior nota, sendo
oportunizadas a todos os alunos.
E. REFERÊNCIAS
_______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2010.
_______Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire.
Apucarana: 2009.
_______Projeto Araribá – Geografia. São Paulo: Moderna, 2007
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Fronteiras da Globalização. São Paulo:
Ática, 2010
ARCO-VERDE, Yvelise F.S ( org). Introdução às Diretrizes Curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia: a construção do mundo: geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina de Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Geografia- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006.
219
9.3.9 - PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
A- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de História foi introduzida nos currículos escolares
brasileiros a partir do século XIX; passou por diversas fases e alterações no
seu processo de ensino em virtude das influências teóricas e correntes de
organização do pensamento.
Neste processo, consolidou-se o que historiadores e pesquisadores
vêm considerando como ensino tradicional de História, ou seja, um ensino que
privilegia visões factuais e desarticuladas das relações sociais, um ensino que
privilegia o estudo do passado em concepções despolitizadas e acríticas,
mantendo o professor como transmissor de informações e o estudante como
receptor passivo.
Em vista do contexto vivido pelo país na década de 1980, de fim dos
governos da ditadura militar e redemocratização, ocorreram diversas
discussões em torno de novas concepções sobre o ensino de História,
metodologias, avaliações e finalidades da disciplina. Este movimento ajudou a
diagnosticar a compreensão que os estudantes vinham tendo da disciplina por
meio de seu ensino e a canalizar esforços para a reestruturação de novas
diretrizes curriculares.
No Estado do Paraná, desde 2004, dando continuidade ao processo
de discussão sobre o ensino e aprendizagem desta disciplina e realizando a
proposta de formação continuada de professores também no contexto de
produção coletiva das Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da
Educação, os educadores propuseram-se a repensar o ensino de História,
estabelecendo alguns parâmetros, conteúdos estruturantes e resgatando as
finalidades deste ensino para que essa disciplina possa assumir sua
contribuição e responsabilidade com a produção de conhecimento e a
formação da consciência crítica e cidadã.
220
É urgente que a educação escolar e o conhecimento adquirido
através da História sejam elementos de constituição da autonomia e da
identidade própria do aluno, assim como de sua capacidade de reconhecer a
diversidade, de ver no outro uma individualidade distinta, mas igualmente
imbuída dos mesmos direitos civis e humanos.
Dessa forma, buscou-se ampliar e melhor fundamentar o
desenvolvimento da disciplina relacionando-o com a História crítica da
realidade vivida de acordo com as produções e pesquisas mais recentes.
Elaborou-se propostas de inclusão de conteúdos e temas pertinentes,
especialmente os indicados pela Lei nº 13.381/01, que torna obrigatório, no
Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, os conteúdos de
História do Paraná; pela Lei nº 10.639/03, que inclui no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-brasileira, seguidas das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações étnico-raciais e
para o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana e pela Lei
11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da história
e cultura dos povos indígenas do Brasil.
B- OBJETIVOS GERAIS
O objetivo primordial do ensino de História é oferecer aos alunos
estímulos para que desenvolvam a capacidade de análise crítica da realidade
que os cerca, levando-os a refletirem sobre as relações humanas e sobre as
consequências de suas ações. Pretende-se com isso fazê-los entender que a
organização e o funcionamento da sociedade resultam das decisões humanas,
e que cada cidadão contribui de alguma forma para sua (re)construção. Nessa
perspectiva, o aluno será estimulado a participar ativamente da construção do
conhecimento e a desenvolver autonomia no pensar e agir.
Desta forma, deseja-se que ao final do trabalho na disciplina de
História, os alunos tenham condições de identificar processos históricos,
reconhecer criticamente as relações de poder neles existentes, bem como 221
intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a se fazerem sujeitos da
própria história.
C- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO
FUNDAMENTAL
6º anoCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
A experiência humana no tempo
Os sujeitos e suas relações com o
outro no tempo
As culturas locais e a cultura comum7º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
As relações de propriedade
A constituição histórica do mundo do
campo e do mundo da cidade
As relações entre o campo e a cidade
Conflitos e resistências e produção
cultural campo/cidade8º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
História das relações da humanidade
com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O trabalho e as contradições da
modernidade
Os trabalhadores e as conquistas de
222
direito9º ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS
A constituição das instituições sociais
A formação do Estado
Sujeitos, Guerras e revoluções
D- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS PARA O ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 1
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado
e o Trabalho LivreRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 2
Urbanização e industrializaçãoRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 3
O Estado e as relações de poderRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 4
Os sujeitos, as revoltas e as guerrasRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 5
Movimentos sociais, políticos e
culturais e as guerras e revoluçõesRelações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
Tema 6
Cultura e religiosidade
E- METODOLOGIA
223
A produção de conhecimento, pelo historiador, requer um método
específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado.
Construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, a
problematização produz uma narrativa histórica que tem como desafio
contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos
sujeitos e suas relações.
Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem
ser analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou
comparar documentos entre si e com o contexto social e teórico que os
constituíram, a produção do conhecimento propicia validar, refutar ou
complementar a produção historiográfica existente. Como resultado, pode
ainda contribuir para rever teorias, metodologias e técnicas na abordagem do
objeto de estudo historiográfico.
No Ensino Fundamental, os conteúdos estruturantes, tomados em
conjunto, articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias
locais e do Brasil e suas relações ou analogias com a História Geral, e
permitem acesso ao conhecimento de múltiplas ações humanas no tempo e no
espaço. Por meio do processo pedagógico, busca-se construir uma consciência
histórica que possibilita compreender a realidade contemporânea e as
implicações do passado em sua constituição.
Para o Ensino Médio, a metodologia propostas relaciona-se à
História Temática. Os conteúdos Básicos/temas históricos selecionados para o
ensino devem articular-se aos Conteúdos Estruturantes. Para trabalhar coma
História Temática deve-se constituir uma problemática por meio da
compreensão, na aula de História, das estruturas e das ações humanas que
constituíram os processos históricos do presente, tais como a fome,
desigualdade e exclusão social, confrontos identitários (individual, social,étnica,
sexual, de gênero, de idade, de propriedade, de direitos, regionais e nacionais).
A História, nos Ensinos Fundamental e Médio, deve valorizar a
diversificação de documentos, como imagens, canções, objetos arqueológicos,
entre outros, na construção do conhecimento histórico. Tal diversidade permite
relações interdisciplinares com outras áreas do conhecimento.224
O ensino de história deverá conduzir o aluno a ser mais crítico e
capaz de entender a estrutura do mundo onde está inserido e de outras
sociedades a partir o domínio dos conteúdos desenvolvidos
Para isso o método será dialético, oportunizando o desenvolvimento
da sua capacidade de análise crítica da realidade, priorizando as diversidades
existentes entre o cotidiano dos povos e ressaltando fatos locais que levam ao
todo global, através do uso de textos jornalísticos, de revistas, livros didáticos,
filmes, músicas, notícias de TV, etc., realizando estudos que levem a
comentários e interpretações críticas através da oralidade ( debates) e da
escrita. É importante que o aluno tenha a oportunidade de coletar, analisar e
classificar dados históricos e que possa identificar as sucessivas
transformações ocorridas no tempo e no espaço. Para tanto, é importante
considerar, na abordagem dos conteúdos básicos e específicos:
• múltiplos recortes temporais;
• diferentes conceitos de documento;
• múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade;
• formas de problematização em relação ao passado;
• condições de elaborar e compreender conceitos que permitam pensar
historicamente; superação da ideia de História como verdade absoluta por
meio da percepção dos tipos de consciência histórica expressa em
narrativas históricas.
O docente da disciplina de História deve ainda em suas aulas, de
forma integrada, tratar de questões relativas às demandas para o
Desenvolvimento Socioeducacional:
• Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana e
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: serão trabalhados
os diferentes Modos de Produção e Suas Influências Sociais, associados a
estas culturas.
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental: A
Educação Ambiental deverá ser uma prática educativa integrada, contínua e
permanente, no desenvolvimento dos conteúdos de ensino de todas as
225
disciplinas. Esta temática deve ser tratada de forma contextualizada e a partir
das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas.
Além dos temas supra citados, outros temas como a Prevenção ao
Uso Indevido de Drogas, Cidadania e Direitos Humanos, Enfrentamento à
Violência na Escola, Trabalho, Educação do Campo, Gênero e Sexualidade,
Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas durante as aulas de
História por meio de textos, músicas, filmes, que propiciem reflexões sempre
que surgir uma situação oportuna como datas comemorativas, destaque do
assunto na mídia por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas,
apresentações, produções e de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos
que se identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
Segundo Luckesi (2002,p.81), a avaliação dever ser assumida como
um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se
encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para
que possa avançar no seu processo de aprendizagem. Assim, a avaliação em
História deve ser diagnóstica, processual e cumulativa.
A fim de que as decisões tomadas na avaliação diagnóstica sejam
implementadas na continuidade do processo pedagógico, faz-se necessário o
diálogo acerca de questões relativas aos critérios e à função da avaliação, seja
de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser
compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo, processual e
diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser
retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. Assim, tanto no
ensino fundamental como no ensino médio, após a avaliação diagnóstica, o
professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então,
de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico e busquem superá-
las.
A avaliação será feito num processo de observação direta e indireta
no dia a dia, levando em consideração as diferenças individuais. Através da 226
leitura de textos obtidos em jornais, livros, revistas, etc., por meio de síntese,
relatos de fatos vivenciados ou relatados, debates, seminários, etc.. Assim,
deve-se avaliar continuamente para diagnosticar o estágio de conhecimento e
dar continuidade ao processo de ensino partindo do que o aluno já sabe , e
visando ainda a adoção de novos métodos e ações para sanar as dificuldades
diagnosticadas.
A recuperação de conteúdos deve ocorrer de forma paralela, com a
retomada de conteúdos sempre que situações de não aprendizagem forem
diagnosticadas. A recuperação de notas acontecerá bimestralmente, por meio
de instrumentos avaliativos variados, totalizando o valor de 0,00 a 10,0 e
deverá ser propiciada a todos os alunos.
G. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2010.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. In: PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina História. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Disciplina História. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. História- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006.
227
9.3.10 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – ESPANHOL – ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino das línguas estrangeiras modernas começou a ser
valorizado depois da chegada da família real ao Brasil, em 1808, e
contemplava o ensino de Francês, Inglês e Alemão. A partir de 1916, com
Saussure, inauguram-se os estudos da língua em caráter científico.
A partir do final do séc. XIX, motivados por vários fatores que
atingiam a Europa e também motivados pela propaganda do governo brasileiro
para atrair mão-de-obra principalmente para a lavoura com o fim da escravidão,
o país se viu às voltas com pessoas dos mais diferentes idiomas, inclusive o
japonês. Com a falta de escolas promovidas pelo governo brasileiro, esses
imigrantes acostumados a alfabetizar e instruir seus filhos, construíram escolas
onde ensinavam os próprios idiomas e culturas e onde a Língua Portuguesa
era o idioma estrangeiro, fenômeno esse que permanece até os dias de hoje
em algumas escolas. (DCE, p.39/40) No entanto a maioria dessas escolas foi
fechada, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, visto que o governo
brasileiro via no ensino de idiomas dos países envolvidos na guerra como
alemão, italiano e japonês, bem como o ensino de suas culturas, uma ameaça
à unidade nacional, optando por um ensino maior da Língua Portuguesa e
maior enaltecimento de nossos heróis.
A Língua Espanhola foi lembrada como umas das Línguas
Estrangeiras Modernas visto que o pequeno contingente de imigrantes
espanhóis não representava uma ameaça à nação brasileira. A Língua
Espanhola foi valorizada como Língua Estrangeira porque representava para o
governo um modelo de patriotismo e respeito daquele povo às suas tradições e
à história nacional. Tal modelo deveria ser seguido pelos estudantes
brasileiros.
228
A partir do início dos anos 90, devido à abertura política e pela
criação do MERCOSUL, as escolas voltam a ofertar o espanhol com uma
alternativa ao Inglês nas grades curriculares. Em 1996 foi publicada a mais
recente LDB onde encontra-se o registro da obrigatoriedade do ensino da
língua estrangeira no ensino fundamental e médio, e em 2005 foi criada a Lei
nº 1 116/05, que decreta a obrigatoriedade da oferta da Língua Espanhola nos
estabelecimentos de ensino médio, mas de matrícula facultativa para o aluno,
sendo que os estabelecimentos têm um prazo de 5 anos para a
implementação.
A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas
públicas, faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidades que os
alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas têm, sendo a escola,
muitas vezes, o único espaço para aprender e conhecer uma Língua
Estrangeira. Por outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar
aos nossos educandos conhecer uma outra cultura, possibilitar a construção
de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como também
alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para
a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para
transformar a realidade.
Segundo as DCEs( 2008, p.53), “Toda língua é uma construção
histórica e cultural em constante transformação”. Nisso estão pautadas as
diferentes variantes linguísticas encontradas dentro de um mesmo idioma,
tendo em vista que devem ser consideradas as variações históricas e
geográficas e que o estudo de qualquer idioma deve ser contínuo. Prova disso
é a adaptação do idioma português à nova ortografia de Língua Portuguesa
ocorrida nos últimos anos.
Ainda segundo Baktin, “... não há discurso individual”, sendo
portanto necessárias as vozes de pelo menos duas pessoas, o emissor e o
receptor, chamado por ele de “eu e o outro”, relação essa que faz com que os
sujeitos se constituam socialmente. O estudo de língua estrangeira permite o
conhecimento do outro, bem como de sua cultura.
Desta forma, no Ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de
estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a 229
identidade. Torna-se fundamental que o professor compreenda o que se
pretende com o ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja:
ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de
mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que
se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido.
Dentro das novas leis que se preocupam com aspectos que
envolvem preconceito, xenofobia, o estudo de LEM vem reforçar o
entendimento do outro e forçar o rompimento de barreiras criadas ao longo dos
anos, aumentando o conhecimento do aluno sobre uma outra cultura,
apresentando mais oportunidades para seu desenvolvimento e sua vida como
ser social.
As aulas de Língua Estrangeira se configuram como espaços de
interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de
mundo que se revelam no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as
questões sociais-poliíticas-econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade.
B. OBJETIVOS
O ensino de LEM deve oportunizar o desenvolvimento da consciência
crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade
brasileira e no cenário internacional, para que os alunos possam analisar as
questões da nova ordem global e suas implicações, bem como, construir
identidades, aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos,
formar subjetividades.
No Ensino Médio, o Espanhol como LEM deve também, contribuir
para formar alunos críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do
Ensino Médio, espera-se que o aluno:
230
• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita;
• Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação
que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
• Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos e , portanto, passíveis de transformação na prática social;
• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
• Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento do país.
Os objetivos acima elencados são flexíveis, posto que as diferenças
regionais devam ser contempladas.
A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo
mais ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e
crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as
relações que podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão
social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
Um outro objetivo da disciplina de LEM-Espanhol no Ensino Médio é
que os envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que está
aprendendo em situações significativas e relevantes. Além disso, o ensino de
LEM deve contemplar os discursos sociais que o compõem, ou seja,
desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação
com os textos, comunicar-se com eles, interagindo ativamente, sendo capaz de
comunicar-se de diferentes formas, com os diferentes tipos de textos,
desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O Ensino de LEM favorecerá o contato com os discursos diversos da
língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando
alargar a compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos
interpretativos, tornando possível a construção de significados, ampliando suas
possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua
transformação.
231
C. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A língua, entendida como interação, enquanto espaço de produção
de sentidos, marcada por relações contextuais de poder, terá como conteúdo
estruturante, o Discurso enquanto prática social – efetivado por meio das
práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade e escrita.
Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas
diferentes relações sociais, é preciso que os níveis de organização linguística
sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral,
verbal e não-verbal.
De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho
pedagógico recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente
com o discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes textos,
os quais definirão os conteúdos linguísticos discursivos, bem como as práticas
discursivas a serem trabalhadas.
A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no Ensino
Médio, devem articular-se com o Discurso como prática social,
contemplando as práticas discursivas da leitura, oralidade e escrita.
É importante ressaltar que, para os alunos perceberem as
condições de produção dos diferentes discursos e das vozes que permeiam as
relações sociais e de poder, é preciso trabalhar em sala de aula os níveis de
organização lingüística-fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe e que
isso sirva ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral,
verbal e não verbal.
D. CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos por série para o Ensino Médio serão desdobrados a
partir de textos (verbais e não-verbais) de diferentes gêneros, considerando
seus elementos linguísticos-discursivos (fonéticos-fonológicos, léxico-
semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, 232
oralidade e escrita). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico
definirão os conteúdos linguísticos-discursivos, bem como as práticas
discursivas a serem trabalhadas.
Será dada ênfase especial ao estudo de gêneros em sua ampla
diversidade à medida em que puderem ser introduzidos. Exemplo: Ao se
estudar o álbum de família se estará estudando os familiares e assim por
diante. Nas receitas se estudará os ingredientes em geral: frutas, verduras,
legumes, carnes e outros produtos alimentícios como sal, açúcar, farinha, etc.
Nos emails, o gênero bilhete, carta, apresentação, pronomes, verbos ser e
estar. Na música, pode-se estudar o léxico, verbos, formação frasal, gírias,
partindo-se das de mais fácil compreensão para de maior grau de dificuldade e
assim estudando-se os mais variados gêneros.
São conteúdos básicos para o Ensino Médio:
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação:
• Publicitária – anúncio, cartazes, placas, comerciais, paródias, músicas,
etc.
• Política – abaixo-assinado, carta de emprego, manifesto, fórum, debate
regrado, etc.
• Jurídica – boletim de ocorrência, Constituição Brasileira, contrato,
Declaração dos Direitos, discursos de defesa e de acusação,
procuração, ofício, etc.
• Produção e consumo – bulas, manual técnico, placas, textos
argumentativos, textos de opinião, etc.
• Midiática – blog, chat, desenho animado, e-mail, vídeo clip, telejornal,
filmes, entrevistas, etc.
LEITURA
• Tema do texto;
233
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem;
• Léxico
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;234
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal
ORALIDADE
• Conteúdo temático; Finalidade;
• aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e
gestual, pausas;
• adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito
E. METODOLOGIA
A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais
do que um meio de acesso à informação, é importante compreender que o
trabalho docente com a LEM-Espanhol é uma possibilidade de conhecer,
expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve ser apresentado
235
como princípio gerador de toda unidade temática e de desenvolvimento das
práticas linguístico-discursivas. É um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e
agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes
culturas, crenças e valores.
Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes
gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa esta pertinente entre as
atribuições da disciplina de LEM - Espanhol.
Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de
significados, porque o falante/escritor tem papel ativo na construção de
significados na interação, assim como seu interlocutor. Desse modo, a Língua
deve ser entendida como prática sociocultural.
A aula de LEM deve ser um momento de discussão da linguagem
oral, escrita e ou visual a partir do texto lido, integrando todas as práticas
discursivas nesse processo.
Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho
pedagógico, para que os alunos com deficiência auditiva possam participar da
aula de Língua Estrangeira Moderna.
Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as
aulas e a ter uma posição crítica frente aos textos acerca das visões de mundo,
tais como:
• Que pressupostos estão por trás de tal discurso?
• Qual é o seu propósito?
• Aos interesses de quem serve?
• Como o autor compreende a realidade?
• Quais as implicações de sua posição e afirmação?
Isso posto, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu
contexto social de produção e nos itens gramaticais que indiquem a estrutura
da língua. Portanto, serão apresentados em sala de aula os diversos tipos de
textos, em atividades diversificadas, tais como:
236
• Comparação das unidades temáticas, linguísticas e com
posicionais de um texto com outros textos;
• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da
sala de aula;
• Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo
idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais)
sobre o mesmo tema e as abordagens de tais publicações;
• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações
sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estudada como língua materna.
Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o
conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões
dos temas abordados, como também, subsidiar os educandos para que eles se
posicionem em relação ao texto, contemplando as práticas discursivas, de
modo a desenvolver o próprio sentido acerca do contexto que o perpassa.
Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história da cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas, enfrentamento à violência,
gênero e diversidade e sexualidade, serão contemplados nas aulas de Língua
Estrangeira Moderna - Espanhol por meio de textos, músicas, filmes, que
propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna como datas
comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o exija e
em situações de pesquisas, apresentações, produções e de textos, ou de
forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina que a
avaliação seja contínua e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os
quantitativos.
237
A avaliação, além de ser útil para a verificação da aprendizagem
dos alunos, servirá também para que o professor repense a sua metodologia e
planeje as suas aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. A partir
do ato avaliativo, é possível perceber quais os conhecimentos (linguísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura, escrita e
oralidade) que merecem mais atenção, ou seja, que ainda não foram
suficientemente trabalhados e que necessitam ser abordados para garantir a
efetiva aprendizagem do aluno em Língua Estrangeira.
Avaliação é uma das questões cruciais em educação, não pode ser
vista como algo que se realiza após a aprendizagem. Ela é “parte integrante do
processo educacional”. Portanto, deve ser diagnosticada, para que o professor
identifique como seus alunos estão aprendendo. Assim, o trabalho docente
pode ser redirecionado para planejar e propor outros encaminhamentos para
superar as dificuldades encontradas no processo ensino aprendizagem.
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem
e contribuir para a construção de saberes; para tal, a avaliação deverá ser
diagnóstica, contínua e cumulativa e deverá ocorrer durante todo o processo de
ensino e aprendizagem, por meio de instrumentos variados ( produção de
texto, provas, trabalhos, pesquisas, seminários, etc), em consonância com o
projeto Político Pedagógico da escola.
O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino e
normatizado em seu Regimento Escolar é bimestral, sendo composto por pela
somatória de variados instrumentos que totalizam a média 10,0 ( dez vírgula
zero).
A recuperação de estudos é direito dos alunos, devendo ser
proporcionada de forma paralela, ao longo da série ou do período letivo,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Desta
forma, a recuperação de conteúdos será processual, ocorrendo ao longo de
todo o processo de ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será por
meio de instrumentos variados, a critério do professor ( pesquisas, trabalhos,
seminários, testes) no valor de 0 (zero) a 3,0 e por meio da aplicação de prova
no valor de 0 (zero) a 7,0 (sete vírgula zero), não devendo a recuperação de
notas incidir sobre cada instrumento de avaliação e sim sobre os conteúdos 238
não apropriados e já revisados durante o bimestre, prevalecendo sempre a
maior nota obtida pelo aluno.
G. REFERÊNCIAS
_____. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2010.
_____. Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire. Apucarana: 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR, 2006.
239
9.3.11 PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil começou a ser
valorizado no início da colonização. Os jesuítas usavam o Latim como
exemplo de língua culta, mas com a expulsão dos padres jesuítas do Brasil,
implantou-se o sistema de ensino com professores não religiosos que
continuaram a ensinar Latim e o grego.
Com a chegada da família real em 1808, o ensino de línguas
modernas teve um incremento e em 1837 ganhou importância com a fundação
da primeira escola pública de nível médio,o colégio Pedro II. Assim, foi
implantado o currículo de francês, Inglês e alemão. Esse currículo funcionou
como modelo por quase um século. O Francês sempre esteve em primeiro
lugar por representar um ideal de cultura e colonização. Na Europa, em 1916,
foi inaugurado o sistema linguístico e o uso desse sistema em contextos
sociais, o que tornou-se um marco histórico. No primeiro governo de Getúlio
Vargas, intelectuais iniciaram estudo para uma reforma no sistema de ensino, a
qual propunha que a escola proporcionasse formação geral e preparação para
o ensino superior, no qual o ensino de Língua Estrangeira foi oficialmente
estabelecido pelo Método Direto, que se dava de forma a ensinar diretamente
e constantemente a L.E. sem a mediação da Língua Materna. Dava-se
preferência aos professores nativos ou fluentes na língua alvo.
O governo de Getúlio Vargas também tentou conter as minorias
étnicas, linguísticas e culturais com a chegada dos imigrantes, pois estes
formando colônias, muitas vezes mantinham escolas nas quais estudavam sua
própria língua e o Português era tido como L.E..O governo considera essas
colônias como um perigo à segurança nacional e em razão dessa ameaça
muitas escolas foram fechadas. A partir de 1942, era o Ministério de Educação
que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas e houve uma 240
intensificação do processo de nacionalização do ensino. O uso do Método
Direto, passou a ter fins educativos, culturais. Nesse período a língua
espanhola foi valorizada pois representava um modelo de patriotismo. O Inglês
tinha seu espaço garantido por ser o idioma mais usado nas transações
comerciais. Nos anos 50 e 60, surge um crescente interesse pela
aprendizagem de línguas e os linguistas da época sistematizaram os métodos
audiovisuais e áudio oral.
Em 1950, surge a Gramática Gerativa Transformacional que
reestruturou a visão de língua e sua aquisição. Nessa época o ensino de todas
as habilidades da língua foi valorizado ( o falar, o ouvir, ler e escrever).
Na década de 50, a política incentivou a industrialização e em
consequência desse incentivo o sistema educacional viu-se responsável pela
formação de alunos para o mundo do trabalho. O currículo passou a ser mais
técnico, o que acarretou diminuição da carga horária das L.E. . O ensino de
Inglês ganhou mais espaço, em detrimento do ensino de Francês que aos
olhos dos dirigentes militares cultivava valores obsoletos e a língua espanhola
também ganhou espaço pela propagação da Literatura no mundo. Após o
golpe militar em 64, a partir da Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.5692/71,
desobrigou-se a inclusão de L.E. no currículo alegando que a escola não
deveria contribuir com a impregnação cultural estrangeira. A partir da década
de 70, o ensino de L.E. passou a ser visto como instrumento de classes
favorecidas e portanto ensinada como um acréscimo, um privilégio. Este
modelo foi aceito diante das características histórico-sociais e políticas da
época.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394
determinou a oferta obrigatória de uma língua estrangeira moderna no Ensino
Fundamental, a partir do 6º ano, e a escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar.
B. OBJETIVOS GERAIS
No ensino de Língua Estrangeira, a língua objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-241
se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o
ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica, ou seja: ensinar e aprender
línguas são também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de
atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheçam no uso
da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau
de proficiência atingido. As aulas de Língua Estrangeira se configuram como
espaços de interações entre professores e alunos e pelas representações e
visões de mundo que se revelam no dia-a-dia. Objetiva que os alunos analisem
as questões sociais político-econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade.
De acordo com as DCEs, o ensino de Língua Estrangeira Moderna,
na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou
instrumentais que historicamente tem marcado o ensino desta disciplina.
Espera-se que o aluno seja capaz de:
Usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Vivenciar, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que
lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreender que os significados são sociais e historicamente
construídos, portanto, passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Neste sentido, o professor deve buscar:
Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos pelos alunos,
com vista ao prosseguimento de seus estudos.
Contribuir para a constituição das identidades dos alunos sujeitos
como agentes críticos e transformadores ao longo da Educação Básica.
Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que ampliem
as possibilidades de ver o mundo.
Proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas
potencialidades na interação humana.
242
Propiciar o contato com a cultura afro-americana em diferentes
contextos sociais e profissionais.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para
contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante
para apontar um norte comum na seleção de conteúdos específicos.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
• Conteúdo Estruturante
O objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo
Estruturante da Língua Estrangeira Moderna é também o Discurso enquanto
prática “educativa” e social, concretizada na oralidade, na leitura, na escrita e ,
sendo que a Análise Linguística permeia essas práticas.
• Conteúdos Básicos
Os conteúdos por série para o Ensino Fundamental serão desdobrados
a partir de textos (verbais e não verbais) de diferentes gêneros, considerando
seus elementos linguísticos discursivos (fonético-fonológicos, léxico-
semânticos e sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita,
oralidade) . Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão
os conteúdos linguísticos-discursivos, bem como as práticas discursivas a
serem trabalhadas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:O DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALCONTEÚDOS BÁSICOS POR ANO
6º ano 7º ano 8º ano 9º anoGENEROS
TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
GENEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
GENEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
GENEROS TEXTUAIS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise adotadas
243
adotadas como conteúdos básicos, os gêneros textuais conforme suas esferas sociais de circulação.
Ficha de RegistroAdivinhasÁlbum de família BilhetesCantiga de RodaCarta PessoalCartão- Exposição OralFotosMúsicasParlendasProvérbiosQuadrinhasCartazesDiálogo
LEITURA-Tema do texto;-Interlocutor-Finalidade-Aceitabilidade do texto;-Informatividade-Elementos composicionais do gênero;-Léxico-Repetição proposital de palavras;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
análise adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme esferas sociais de circulação.
-Ficha de Registro-Adivinhas-Álbuns de Família-Bilhetes-Cantigas de Roda-Carta Pessoal-Cartão Exposição Oral-Fotos-Músicas-Parlendas-Provérbios-Quadrinhas-Cartazes-Diálogo
LEITURA
-Tema do texto;-Interlocutor;-Finalidade do texto;-Informatividade;-Situacionalidade;-Informações explícitas-Discurso direto e indireto;-Elementos composicionais do gênero-Repetição proposital de
análise adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme esferas sociais de circulação.-Ficha de Registro-Adivinhas-Álbuns de Família-Bilhetes-Cantigas de Roda-Carta Pessoal-Cartão Exposição Oral-Fotos-Músicas-Parlendas-Provérbios-Quadrinhas-Cartazes-Diálogo-Entrevista-E-mail-Manual Técnico-Placas-Rótulos, embalagens-Relatos-Experiências vividas-Propaganda-Receitas
LEITURA-Conteúdo Temático;-Interlocutor-Finalidade do texto;-Aceitabilidade do texto;-Informatividade
como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.-Ficha de Registro-Adivinhas-Álbuns de Família-Bilhetes-Carta Pessoal-Cartão Exposição Oral-Fotos-Músicas-Provérbios-Quadrinhas-Cartazes-Diálogo-Entrevista-E-mail-Manual Técnico-Placas-Rótulos, embalagens-Relatos de experiências vividas-Propaganda-Receitas-Narrações de histórias
LEITURA-Conteúdo Temático;-Interlocutor-Finalidade do texto;-Aceitabilidade do texto;-Informatividade-Situacionalidade;-Intertextualidade-Vozes sociais presentes no texto;-Elementos
244
figuras de linguagem.
ESCRITA-Tema do texto;-Interlocutor-Finalidade do texto;-Informatividade;-Elementos composicionais do gênero;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão , negrito, figuras de linguagem;-Ortografia-Concordância nominal
ORALIDADE
-Tema do texto;-Finalidade;-Papel do locutor e interlocutor;-Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;-Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala;-Variações linguísticas ;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias,
palavras;-Léxico;-Marcas linguísticas : coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos( como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
ESCRITA-Tema do texto;-Interlocutor;-Finalidade do texto:-Discurso direto e indireto;-Elementos composicionais do gênero;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem;-Acentuação gráfica;
ORALIDADE-Tema do texto;
-Situacionalidade;-Intertextualidade-Vozes sociais presentes no texto;-Elementos composicionais do gênero;-Marcas linguísticas : coesão , coerência , função das classes gramaticais no texto, pontuação , recursos gráficos como: como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.- Semântica: operadores argumentativos; -ambiguidade;-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA-Conteúdo Temático;-Interlocutor-Finalidade do texto;-Informatividade;-Situacionalidade
composicionais do gênero;-Marcas linguísticas : coesão , coerência , função das classes gramaticais no texto, pontuação , recursos gráficos como: como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.- Semântica: operadores argumentativos; -ambiguidade;-sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;- expressões que denotam ironia e humor no texto. -Léxico
ESCRITA-Conteúdo Temático;-Interlocutor-Finalidade do texto;-Informatividade;-Situacionalidade-Elementos composicionais do gênero;- Vozes sociais presentes no texto;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito,
245
repetição, recursos semânticos.
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação , pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos
-Finalidade;-Papel do locutor e interlocutor;-Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;-Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala;-Variações linguísticas ;-Marcas
linguísticas:
coesão,
coerência,
gírias, repetição,
recursos
semânticos.
-Elementos composicionais do gênero;- Vozes sociais presentes no texto;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem;-Semântica: operadores argumentativos;- Ambiguidade;-Significado das palavras;-Figuras de linguagem: sentido conotativo e denotativo;- Expressões que denotam ironia e humor de texto;- Concordância nominal e verbal
ORALIDADE-Conteúdo Temático;-Finalidade;-Papel do locutor e interlocutor;-Aceitabilidade do texto;
figuras de linguagem;-Semântica: operadores argumentativos;- Ambiguidade;-Significado das palavras;-Figuras de linguagem: sentido conotativo e denotativo;- Expressões que denotam ironia e humor de texto;- Concordância nominal e verbal-Intertextualidade
ORALIDADE-Conteúdo Temático;-Finalidade;-Papel do locutor e interlocutor;-Aceitabilidade do texto;-Adequação do discurso ao gênero;-Papel do interlocutor e do locutor;-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual pausas, gestos...;-Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala;-Variações linguísticas ;-Marcas linguísticas: coesão, coerência,
246
-Informatividade;-Papel do interlocutor e do locutor;-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual pausas, gestos...;-Adequação do discurso ao gênero; -Turnos de fala;-Variações linguísticas ;-Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; recursos semânticos, elementos semânticos;-Adequação da fala contexto (uso de conectivos, gírias, repetição; (uso de conectivos, gírias, repetições, etc;-Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
gírias, repetição; recursos semânticos, elementos semânticos;-Adequação da fala contexto (uso de conectivos, gírias, repetição; (uso de conectivos, gírias, repetições, etc;-Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
D. METODOLOGIA
A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais
247
as práticas de leitura, escrita e oralidade interajam entre si e constituam uma
prática sociocultural.
* Prática da Oralidade - As estratégias específicas da oralidade têm como
objetivo expor os alunos a textos orais pertencentes aos diferentes discursos,
procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a
expressarem suas ideias em língua estrangeira dentro de suas limitações. É
necessário que se explicite que mesmo oralmente, há uma diversidade de
gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de
adequação de variedade linguística para as diferentes situações, tal como
ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. É
importante organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos ;
prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas em seu uso formal
e informal; oriente sobre o seu contexto de acordo com gênero oral
selecionado e selecione discursos de outros para analise dos recursos da
oralidade.
* Prática da Leitura - Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do
aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas
sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que se está
aprendendo- (literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc.). Serão criadas
condições para que o aluno seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes
textos com que se depare e entenda que por trás de cada texto há um sujeito,
com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da
comunidade em que está inserido. E, além disso, ao interagir com textos
provenientes de diferentes gêneros, o aluno perceberá que as formas
lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação
em que a prática social de uso da língua ocorre. Para isso é necessário
propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando o
conhecimento prévio dos alunos, fazer inferências no texto, contextualização e
conseqüentemente promover uma discussão sobre esses assuntos e com isso
oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.
248
*Prática da Escrita - Com relação a escrita, não podemos esquecer que ela
deve ser vista como uma atividade sócio interacional e significativa, pois em
situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém de quem se constrói
uma representação. Assim, é preciso no contexto escolar que esse alguém
seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai
produzir um diálogo imaginário fundamental para a construção do texto e de
sua coerência.
Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor
proporcione aos alunos elementos necessário para que consiga expressar-se e
dos quais não dispõe, tais como conhecimentos discursivos linguísticos, socio-
pragmáticos e culturais. Para isso, é necessária a produção textual seja
planejada a partir da delimitação do tema e seu gênero, amplie leituras sobre
os mesmos, encaminhando a reescrita textual onde será feita análise dos
elementos do texto e seu contexto e com isso conduza a uma reflexão dos
elementos discursivos textuais, estruturais e normativos.
Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história da cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas, enfrentamento à violência,
gênero e diversidade e sexualidade, serão contemplados nas aulas de Língua
Estrangeira Moderna - Espanhol por meio de textos, músicas, filmes, que
propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna como datas
comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o exija e
em situações de pesquisas, apresentações, produções e de textos, ou de
forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com estes temas.
E. AVALIAÇÃO O processo de avaliação implica em apreciação e valorização. O que
compreende observar, analisar e refletir sobre as práticas avaliativas, com o
objetivo de favorecer o processo de ensino aprendizagem, ou seja, nortear o
trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do
ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
249
A avaliação assume a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida, orientar as intervenções pedagógicas, embasar
as discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções .
Dentro do ensino de LEM que pretende formar um leitor ativo, isto é,
capaz de construção dos significados na interação com textos e nas produções
textuais dos alunos, tendo em vista que, vários significados são possíveis e
válidos, desde que apropriadamente justificados.
Espera-se que o aluno subsidie discussões acerca das dificuldades e
avanços dos alunos, a partir de suas produções.
A avaliação será diagnóstica e contínua, constituindo-se num
instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas.
Realizar-se-á através instrumentos diversificados como : pesquisas diversas,
participação em atividades individuais ou em grupo, relatórios ,debates, tarefas
propostas, simulados, seminários, discussões , jogos e atividades orais e
escritas, entre outros.
O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino e
normatizado em seu Regimento Escolar é bimestral, sendo composto por pela
somatória de variados instrumentos que totalizam a média 10,0 ( dez vírgula
zero).
A recuperação de estudos é direito dos alunos, devendo ser
proporcionada de forma paralela, ao longo da série ou do período letivo,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Desta
forma, a recuperação de conteúdos será processual, ocorrendo ao longo de
todo o processo de ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será por
meio de instrumentos variados, a critério do professor ( pesquisas, trabalhos,
seminários, testes) no valor de 0 (zero) a 3,0 e por meio da aplicação de prova
no valor de 0 (zero) a 7,0 (sete vírgula zero), não devendo a recuperação de
notas incidir sobre cada instrumento de avaliação e sim sobre os conteúdos
não apropriados e já revisados durante o bimestre, prevalecendo sempre a
maior nota obtida pelo aluno.
250
F. REFERÊNCIAS
______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
_____Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares DA Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
251
9.3.12 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
A. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar, passou a integrar
os currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX,
depois de já há muito organizado o sistema de ensino. Quando
institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino moldavam-se
ao ensino do Latim, para os poucos que tinham acesso a uma escolarização
mais prolongada.
Tratava-se de um ensino eloquente, retórico, imitativo, elitista e
ornamental, visando à perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e
colonial; inculcando a obediência à fé, ao rei à lei.
Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório
o ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, O estudo da
Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas
Gramática, Retórica e Poética, abrangendo esta última a Literatura. Somente
no século XIX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português e,
em l871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de
Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve sua característica elitista
até meados do século XX, quando iniciou-se, no Brasil, a partir de 1967, um
processo de democratização do ensino, com ampliação de vagas, eliminação
dos chamados “exames de admissão”, entre outros fatores. Com a expansão
quantitativa da rede escolar e com o processo de industrialização, iniciado já no
governo de Getúlio Vargas, se institucionalizou a vinculação da educação com
a industrialização através da Lei 5.692/71 que dispunha que o ensino devia
estar voltado à qualificação para o trabalho.
A disciplina de Português, com a Lei 5.692/71, passou a denominar-
se, no primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries )
252
e Comunicação em Língua Portuguesa ( nas quatro últimas séries ), visto que,
estava pautada nas teorias da comunicação, com viés mais pragmático e
utilitário do que com o aprimoramento das capacidades linguísticas do falante.
Durante a década de 1970 e até os primeiros anos de 1980, o ensino de
Língua Portuguesa fazia-se ,então, através de exercícios estruturais, técnicas
de redação e treinamento de habilidades de leitura.
A ampliação de vagas e o acesso das camadas populares à
educação formal exigia expansão da demanda de profissionais do magistério.
A necessidade de suprir tal demanda em curto espaço de tempo, lança para
um segundo plano a formação pedagógica dos docentes e transfere para o
livro didático a responsabilidade do planejamento e da preparação das aulas.
Com a utilização dos livros didáticos tem-se um ensino reprodutivista e uma
pedagogia de transmissão, desconsiderando, nesse processo, o professor seu
conhecimento, sua experiência e senso crítico.
Os estudos linguísticos, centrados no texto e na interação social das
práticas discursivas e as novas concepções sobre a aquisição da língua
materna chegaram ao Brasil em meados da década de 1970 e contribuíram
para fazer frente à pedagogia tecnicista. Essas ideias tomaram corpo,
efetivamente, a partir dos anos 80, com o avanço dos estudos em torno da
natureza sociológica da linguagem, contribuições teóricas dos pensadores que
integram o Círculo de Baktin.
No que tange ao ensino da literatura, vigorou até meados do século
XX, a predominância do cânone. Para esse ensino, o principal instrumento do
trabalho pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960-70,
a leitura do texto literário tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua,
constituindo base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores
religiosos, morais e cívicos.
A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então
2º grau, com abordagens estruturalistas e historiográficas do texto literário. A
historiografia literária, que ainda resiste nas salas de aula, excluía ( e ainda
exclui) o aluno de um papel ativo no processo de leitura, impossibilitando seu
aprimoramento como leitor e proliferação do pensamento, devido ao pouco
tempo que se tem para o ensino de uma extensa produção literária.253
A partir dos anos 80, os ensinos de Língua e literatura vem
buscando a superação do ensino normativo/ historiográfico, através de
estudos lingüísticos e mobilizando professores para a discussão e o repensar
sobre o trabalho realizado nas salas de aula.
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura desenvolvido por esta
escola está ancorado numa concepção interacionista de linguagem
sócio/histórica, pois entende-se que a língua não é um simples meio de
comunicação, tampouco um dado individual; é sim, um produto histórico-
cultural, um fato social coletivo. A língua é organizada pelas atividades dos
falantes / ouvintes e dos escritores / leitores de maneira dinâmica, de acordo
com as intenções ideológicas de cada comunidade. É pela linguagem que os
homens se comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem
pontos de vista, atuam sobre o interlocutor, partilham ou constroem visões de
mundo, ou seja, produzem cultura. Portanto, entende-se que o domínio da
linguagem é condição necessária para que o aluno tenha oportunidade de
participar plenamente de sua sociedade.
Para isso, a proposta aqui é de que o aprendiz, reelabore seus
conceitos e desenvolva sua competência linguística por meio do uso e reflexão
sobre a língua. Dessa maneira, os conhecimentos linguísticos construídos por
ele serão continuamente aprofundados, ampliados, ou seja, aprimorados para
que ele saiba agir adequadamente frente às diferentes situações sociais, pois é
usando a linguagem que ele constrói os sentidos sobre a vida, sobre si mesmo,
bem como sobre a própria linguagem.
Assim, esta concepção considera o ensino/aprendizagem da língua,
uma resultante da articulação de três variáveis: o aluno, a língua e o ensino.
Com relação a este último, a ideia é de que seja contínuo, num grau de
complexidade crescente, pois se espera que os alunos adquiram
progressivamente uma competência em relação à linguagem até alcançarem o
grau de letramento necessário para, realmente, exercer cidadania.
Nesta perspectiva, considera-se obrigação da escola, enquanto
agente transmissor do conhecimento, proporcionar ao aluno condições para
produzir seu discurso, desenvolver competência linguística para estabelecer a
comunicação, interagir de maneira adequada aos seus próprios objetivos bem 254
como aos objetivos dos diferentes interlocutores, desenvolver valores e
atitudes que permeie não só sua vida escolar, também sua vida pessoal e
social, tornando-o capaz de exercer com dignidade sua cidadania.
Neste processo, a função do professor é propiciar situações para que
o aluno construa e exercite seu sistema de significação linguística, o qual lhe
proporcionará a leitura, a compreensão, a produção da comunicação oral ou
escrita através da linguagem. O professor torna-se assim o mediador, o
facilitador interagindo com os alunos, através da linguagem num processo
dialógico.
Assim, o que se procura é que o aluno chegue ao domínio linguístico
aprimorando constantemente a língua falada e escrita em situações de uso, de
forma que saiba empregar adequadamente as regras linguísticas e discursivas
e não apenas seja capaz de reconhecê-las.
No que tange à literatura, o trabalho pedagógico tradicionalmente
realizado no Ensino Médio tem deixado de lado a formação do leitor ao não
valorizar a experiência real de leitura, de interação com o texto literário.
O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada
com a oralidade, leitura e escrita e se constitui num forte influxo capaz de fazer
aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
B. OBJETIVOS GERAIS:
Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, fundamentarão todo o processo de ensino os
seguintes objetivos:
• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão
implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os
255
seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto
de produção/leitura;
• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
sua organização;
• aprimorar pelo contato com textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através
da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão
lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
• Propiciar aos alunos o contato com a cultura africana e
afrodescendentes através de atividades que tenham como foco a diversidade
cultural na formação étnica e cultural brasileira.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante
de Língua Portuguesa/Literatura é o Discurso enquanto prática social
concretizando-se na oralidade, na leitura e na escrita.
A ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos dar-
se-á conforme autonomia linguística adquirida pelos alunos na realização das
práticas discursivas.
PRÁTICA DA ORALIDADE:
Considerando que o aluno chega à escola falando, embora cada um
“do seu jeito”, compete a ela, em suas aula de Língua portuguesa e literatura,
tomar como ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos e
promover situações que os incentivem a falar e aprimorar seu discurso através
de:
• Relatos sobre experiências pessoais, histórias familiares,
brincadeiras, parlendas, trava-línguas, textos lidos (literários, informativos,
256
científicos, dissertativos, etc.), programas de TV ou rádio, filmes, entrevistas ,
etc.
• Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelos
alunos ou pessoas de seu convívio;
• Debates sobre acontecimentos, situações polêmicas, filmes,
programas, livros ou assuntos lidos; seminários, júris-simulados, e outros;
• Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender
pontos de vista, colher e transmitir informações, dar avisos, etc.
• Postura de ouvinte diante do discurso do outro, ouvindo e
respeitando idéias contrárias, aguardando sua vez de falar;
PRÁTICA DA LEITURA:
Na prática da leitura, a ação pedagógica deve permitir ao aluno a
leitura dos mais variados tipos de textos e a partir da leitura e compreensão,
fazer interações, inferências e estabelecer relações dialógicas entre o texto e o
leitor. Nesta prática, o texto literário trabalhado para aprimorar a reflexão e
fazer proliferar e expandir seu pensamento, movimentando-o através de um
tempo imaginário.
O trabalho com leitura será realizado a partir de:
• Textos narrativos ( curtos e longos ) dissertativos e descritivos;
• Textos literários, poemas, romances, crônicas, canções, textos
dramáticos;
• Textos de imprensa: notícias, reportagens, entrevistas, ensaios,
etc;
• Textos publicitários; científicos, instrucionais;
• Textos de correspondência: cartas, bilhetes, relatórios,
telegramas, cartões, curriculum vitae, recibo, ofício, requerimento, declaração;
• Textos infográficos, histórias em quadrinhos, gráficos, estatísticas,
etc;
• Textos mediáticos: e-mail, MSN, ORKUT
257
PRÁTICA DA ESCRITA:
Em relação à escrita, deve-se estar claras as condições da produção
de um texto: (quem escreve, o que escreve, para quem, por que, quando, onde
o como se escreve), pois são elas que determinam o texto. É necessário que
os alunos se envolvam com os textos a fim de assumiram a condição de
autores de seus textos.
A escrita será praticada através de:
• Produção dos vários tipos de textos: narrativos, descritivos e
argumentativos;
• Produção de textos poéticos, paródias, canções, etc.
• Criação de histórias em quadrinhos, textos teatrais, etc;
• Produção de textos de imprensa: notícias, entrevistas, textos
publicitários, etc;
• Produção de textos de correspondência: cartão, bilhete, carta, etc;
• Elaboração de relatórios e sínteses entre outras modalidades de
textos.
ANÁLISE LINGÜÍSTICA:
A prática de análise linguística constitui-se num trabalho de reflexão
sobre a organização de texto escrito, é importante o aluno perceber a
multiplicidade de usos e funções da língua, as diferentes possibilidades de
construções e ligações frasais, a reflexão sobre as particularidades
linguísticas, conduzindo-o à construção de um saber linguístico mais
elaborado. Vale ressaltar que a escolha deste ou daquele conteúdo, neste ou
naquele nível de ensino, vai depender do desenvolvimento cognitivo e
linguísticos dos alunos.
A prática da análise lingüística na oralidade:
• Reconhecimento das diferentes modalidades de uso da língua;258
• Recursos linguísticos próprios da oralidade;
• As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao
contexto de uso; diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à
escrita;
• Aspectos formais e estruturais do texto;
• Adequação vocabular;
• Clareza e consistência argumentativa;
• Objetividade e coerência;
A prática da análise linguística na leitura:
• Organização do plano textual: conteúdo veiculado, possíveis
interlocutores, assunto, fonte, papéis sociais representados, intencionalidade
e valor estético.
• Diferentes vozes presentes no texto;
• Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e
marcadores de discurso para a progressão textual, encadeando as ideias e
para a coerência do texto, incluindo o estudo, a análise e a importância
contextual de conteúdos gramaticais na organização do texto:
• A importância e função das conjunções no conjunto do texto e
seus efeitos de sentido;
• Expressividade dos nomes e função referencial no texto
(substantivos, adjetivos, advérbios) e efeitos de sentido.
• O uso de artigo como recurso referencial e expressivo em função
da intencionalidade do conteúdo textual;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomada e sequenciação do texto;
• Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• Relações semânticas que as preposições e os numerais
estabelecem no texto;
259
• A pontuação como recuso sintático e estilístico em função dos
efeitos de sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do
texto.
A prática da análise linguística na escrita:
• Conteúdos relacionados à norma padrão em função do
aprimoramento das práticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da
regularidade: concordância verbal e nominal; regência verbal e nominal;
acentuação; crase; ortografia; pontuação; tempos verbais.
• Elementos de coesão e coerência na constituição textual, incluindo
os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos e léxicos; sinônimos,
antônimos, polissemia, nominalização hiperonímia.
• Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes
gêneros discursivos.
A CULTURA AFRO-BRASILEIRA:
As atividades de Língua Portuguesa/Literatura atendem ao proposto
pela Lei 10.639/03 através de práticas desenvolvidas tendo a cultura do negro,
sua importância e influência na formação da cultura do povo brasileiro como
objeto de trabalho. Isto se faz através de:
• leitura, interpretação e análise de textos relacionados à questão
social;
• discussões e debates sobre temas como: preconceito, racismo,
discriminação racial e toda a carga pejorativa atribuída ao negro;
• entrevistas e estatísticas que permitam detectar e analisar a
presença de preconceito e racismo na comunidade;
• utilização de músicas e poesias relacionadas aos
afrodescendentes e sua cultura;
260
• estudos e pesquisas sobre a influência da cultura africana na
língua, na alimentação, na música, na religião, na arte, entre outros;
• a contribuição e a presença do negro na literatura através de
escritores como: Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis, Solano
Trindade;
• estudos de obras literárias que discutam ou abordem questões
relacionadas á cultura afro-brasileira: Macunaíma; Casa Grande e Senzala, O
escravo, a cidade de Deus, entre outras;
• produção de textos poéticos ou argumentativos sobre temas
como: o racismo, a presença do negro na mídia, as cotas, mercado de
trabalho, preconceito, etc;
D. CONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL E
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO SOCIALCONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE – ENSINO
FUNDAMENTAL6º ANO 7º ANO
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Letras maiúsculas e minúsculas e ordem alfabética
Encontros consonantais e vocálicos
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
Expressividade do artigo e do substantivo e sua função referencial no texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen,
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:
Interpretação de textos
Uso do dicionário
Texto narrativo
Verbo - flexões
Requerimento
Leitura de textos do livro didático
Poema
Dramatização
Pronome indefinido
Debate - discussão coletiva
261
itálico, etc. Acentuação gráfica Particularidades de grafia
de algumas palavras Procedimentos básicos de
concordância verbal e nominal
Leitura de duas obras literárias por bimestre
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.
Acentuação gráfica Particularidades de grafia de
algumas palavras Procedimentos básicos de
concordância verbal e nominal
Classificação dos substantivos
Texto visual – história em quadrinhos
Texto publicitário – folder
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
Adjetivo – conceito e classificação
Função do adjetivo como elemento do texto
Adjetivo – flexão
Dificuldades ortográficas Coesão e coerência do
texto lido ou produzido pelo aluno
Texto narrativo – lenda Texto narrativo - biografia Texto epistolar – carta de
solicitação Pronome pessoal Pronome possessivo Pronome demonstrativo
Interpretação de texto oral e
escrito
Leitura
Texto Narrativo
Pronome Relativo
Paródia
Flexão dos verbos regulares
Texto argumentativo – Debate
Aviso
Texto argumentativo – Discussão
coletiva
Álbum de família
Acentuação
Interpretação de textos orais e
escritos
Leitura de textos do livro didático
Leitura de duas obras literárias
Discussão coletiva
Canção
Relato diário
Texto publicitário
Advérbio
Texto narrativo - poema
Texto jornalístico
Interjeição
Interpretação de texto oral e
escrito
Provérbios
Pontuação
Texto narrativo – Paródia
Texto narrativo – Histórias em 262
Pronome interrogativo Verbo
Gêneros discursivos trabalhados no 6º ano: história em quadrinhos, anedotas, advinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de enigma, narrativas de aventuras, dramatização, exposição oral, causos, relatos de histórias, comercial para TV, carta pessoal, e-mail, receita, convite, cartão, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, regras de jogo, horóscopo, cartaz, carta do leitor, autobiografia, entre outros.
quadrinhos
Preposição
Texto narrativo – conto
Texto narrativo – lendas
Leitura dos textos do livro
didático
Gêneros discursivos trabalhados no 7º ano: história em quadrinhos, anedotas, advinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, narrativas de enigma, narrativas de aventuras, dramatização, exposição oral, causos, relatos de histórias, comercial para TV, carta pessoal, e-mail, receita, convite, cartão, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, regras de jogo, horóscopo, cartaz, carta do leitor, autobiografia, entre outros.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO SOCIALCONTEÚDOS BÁSICOS POR SÉRIE – ENSINO
FUNDAMENTAL8º ANO 9º ANO
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura,, escrita e oralidade:
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.
Acentuação gráfica Semelhanças e diferenças
entre o discurso oral e escrito
Conotação e denotação
ANÁLISE LINGUÍSTICA perpassando as práticas de leitura, oralidade e escrita
Conotação e Denotação Coesão e Coerência textual Operadores argumentativos e o
efeito de sentidos Expressões modalizadoras (que
revelam a posição do falante em relação ao que diz como: felizmente, comovedoramente...)
Período simples e composto Período composto por
coordenação Período composto por
263
Gírias Valor sintático e estilístico
dos modos e tempos verbais Concordância verbal e
nominal A representação do sujeito
no texto (expressivo /elíptico/ passivo/ativo)
Leitura de duas obras literárias por bimestre
Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.
Acentuação gráfica Algumas figuras de
pensamento (prosopopeia, ironia, hipérbole, onomatopeia, antítese...)
Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto
Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e outras categorias gramaticais como elementos do texto
Compreensão das semelhanças e diferenças dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos
Discussão sobre os recursos utilizados na linguagem verbal e não verbal
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:
- de gêneros selecionados para leitura e escuta- de textos produzidos pelos alunos- das dificuldades
subordinação Semântica Expressividade do substantivo e
sua função referencial no texto Função do adjetivo, do artigo e
outras categorias como elementos do texto
A pontuação e seus efeitos de sentido no texto
Leitura de duas obras literárias por bimestre
Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, etc.
Emprego da crase Procedimentos de concordância
nominal Valor sintático e estilístico dos
tempos e modos verbais Função do advérbio e do
pronome como elemento do texto
Procedimentos de concordância Estrangeirismo, neologismo,
gírias A função das conjunções e
preposições na conexão das partes do texto
GÊNEROS DISCURSIVOS PARA O TRABALHO COM A ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA NO 9º ANO: textos literários, textos dramáticos, romance, novela, crônica, conto, poema,contos de fadas, fábulas, diários, testemunhos, biografias, artigos de opinião, editorial, classificados, notícias, reportagem entrevista, anúncio, carta do leitor, resumos, resenhas, relatórios, dissertação escolar, regras em geral,leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródias, propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotos, pinturas, esculturas, depoimentos, folhetos,
264
apresentadas pela turma - de atividades diferenciadas propostas pelo professor e desenvolvidas pelos alunos
Frase, oração e período Período simples e composto Tipos de sujeito e predicado Verbos significativos e de
ligação Predicação m verbal,
nominal e verbo-nominal Coesão e coerência dos
textos lidos Produção escrita de
diferentes tipos de textos Leitura e interpretação de
diferentes tipos de textos Predicativos do sujeito e do
objeto Conjunção, locução
conjuntiva e tipos de conjunções
Vozes verbais: voz ativa, passiva e reflexiva
Aposto e vocativo Figuras de pensamento:
prosopopéia, ironia, hipérbole, antítese
Adjunto adverbial e adnominal
Produção de textos em linguagem verbal e não verbal
Reestruturação e reescrita de textos
Interpretação subjetiva de diferentes tipos de textos
Gêneros discursivos trabalhados no 8º ano: regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto, narrativas de terror, charge, narrativas de humor, crônicas, paródia, resumo, anúncio, publicitário, sinopse de filme,
mapas, croqui, horóscopo, provérbios e outros.
265
poema, biografia, narrativa de ficção, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricaturas, esculturas, obras de arte, entre outros.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIOCONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO SOCIAL
1º ANOCONTEÚDOS BÁSICOS
• A linguagem e a construção dos sentidos• Teoria da comunicação• Funções da linguagem • O sentido das palavras: conotação / denotação / ambiguidade / ironia
e humor• Relação entre a fala e a escrita• Classificação dos fonemas: encontros vocálicos / hiato / ditongo /
tritongo• encontros consonantais / dígrafos• Acentuação gráfica: sílaba tônica / regras de acentuação / acento
diferencial
LITERATURA:
• Introdução à literatura• características da obra literária• Gêneros literários• A linguagem poética: métrica / rimas/• Figuras de linguagem• Origens da literatura• Trovadorismo• Classicismo
PRODUÇÃO TEXTUAL:• Tipos de textos: estrutura / conteúdo / linguagem• Descrição: enfoque subjetivo e objetivo / descrição estática e animada• Narração: elementos da narrativa• Foco narrativo: narrador personagem / narrador observador• Discurso direto / discurso indireto•Produção e interpretação de textos diversos
266
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIOCONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO SOCIAL
2º ANOCONTEÚDOS BÁSICOS
• A construção das palavras: radical / desinência / vogal temática / afixos• Formação das palavras: radicais latinos e gregos /• * Processos de formação das palavras: derivação / redução /
empréstimos / neologismo • Onomatopeias• Classe de palavras: substantivo / gênero / número / grau • adjetivo / gênero / número / grau• Artigos e numerais• pronomes: classificação e uso• Emprego da crase• Verbos: classificação / flexão /conjugação / tempos primitivos e
derivados• Advérbio: classificação / locução adverbial• Preposição• Conjunção / interjeição
LITERATURA :
• Literatura no Brasil: literatura de informação / literatura jesuítica• Barroco• Romantismo: a poesia romântica• Romantismo: a prosa romântica / regionalismo / indianismo / transição• Realismo – Naturalismo• Parnasianismo• Simbolismo
PRODUÇÃO DE TEXTO:
• Resumo de textos• Dissertação: apresentação / linguagem• Desenvolvimento da dissertação: introdução / argumentação
/conclusão• Características de um texto dissertativo: tomada de posição / argumentaçãoProdução e interpretação de textos diversificados
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIOCONTEÚDO ESTRUTURANTE : DISCURSO SOCIAL
3ª SÉRIECONTEÚDOS BÁSICOS
267
• Emprego dos porquês• Concordância verbal ( regras especiais )• Concordância nominal ( regras especiais )• Regência verbal• Período simples e composto• Orações coordenadas sindéticas e assindéticas• Orações subordinadas• Análise sintática• Colocação pronominal
LITERATURA:
• O Pré-Modernismo no Brasil• Semana da Arte Moderna• A vanguarda artística europeia• O Modernismo no Brasil;• principais autores e obras• Tendências da poesia brasileira contemporânea ( poesia concreta,
poesia-práxis, poesia marginal, poesia de caráter social )• Tendências da prosa brasileira contemporânea• O Modernismo em Portugal e seus principais autores e obras• Tendências da literatura africana; principais autores e obras:
P PRODUÇÃO DE TEXTO:
• Resumos e sínteses de textos• Produção de textos dissertativos e de opinião• Produção de textos descritivos• Produção de textos narrativos e outros
P
E. METODOLOGIA
O ensino de Língua Portuguesa e Literatura, nos ensinos
fundamental e médio, estará voltado ao domínio efetivo do falar, escutar, ler e
escrever. Isto se dará numa perspectiva de continuidade e grau de
complexidade crescente, buscando o aprimoramento da linguagem de forma
gradativa e eficiente.
O material articulador da metodologia será todos os tipos de textos e
ações que envolvam o falar e o ouvir, a leitura, a produção, a análise e a
268
reflexão sobre a língua e as ideologias e intenções contidas nos textos e no
discurso dos interlocutores.
Para isso, é importante respeitar e valorizar a linguagem do aluno e
ajudá-lo a compreender e expressar a realidade que o cerca. É preciso
considerar seus conhecimentos, habilidades e experiências para que a escola
seja a extensão de seu mundo e, a partir desta realidade, ele possa
compreender e interagir com outras realidades.
Essa tarefa cabe ao professor que deverá facilitar, explicitar e
desmascarar as marcas ideológicas dos vários tipos de discurso, sensibilizando
o aluno à força ilocutória presente em cada texto, tornando-o consciente de que
a linguagem é uma forma de intervir no comportamento alheio.
* PRÁTICA DA ORALIDADE: A oralidade deve ter como ponto de
partida os conhecimentos linguísticos dos alunos, promovendo situações que
os incentivem a falar, ainda que fazendo uso da variedade de linguagem que
eles empregam em suas interações familiares, no cotidiano. As atividades
serão desenvolvidas de modo que favoreçam o desenvolvimento das
habilidades de falar e de ouvir. Através de atividades como: relatos,
depoimentos, debates, seminários e outras, o aluno terá a possibilidade de
tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, sendo capaz
compreender o discurso dos outros e de organizar seu próprio discurso de
forma clara, organizando ideias e expondo pontos de vista de maneira
coerente. É importante considerar que sem ouvinte não há interação, sendo
assim, a prática da oralidade, deve desenvolver no aluno a postura de
ouvinte, uma vez que escutar com atenção e respeito os mais diferentes
interlocutores é fundamental.
* PRÁTICA DA LEITURA: A pluralidade de linguagens (diferentes
tipos de textos, slogans, cartazes, propagandas, revistas, jornais, músicas,
poemas, filmes e outros) será trazida para a sala de aula, abrindo espaço para
a leitura, a reflexão e o diálogo. O professor deve criar estratégias diversas
para envolver o aluno com a leitura, ser o intermediário entre o aluno e o texto,
269
trabalhando todas as dificuldades que impeçam o entendimento do mesmo,
oportunizando e apoiando o aluno para que discuta as ideias do texto. É
importante levar o aluno a confrontar a visão, as ideias e os valores contidos
no texto com sua própria visão do assunto e assim fazer a sua própria leitura
do texto.
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à
vida social. O entendimento do que seja o produto literário está sujeito a
modificações históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua
constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e sua
articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a
linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros.
Eagleton (1983) comenta sobre a dificuldade em definir literatura,
uma vez que depende da maneira como cada um atribui o significado a uma
obra literária, tendo em vista que esta se concretiza na recepção. Segundo
esse teórico (1983, p. 105), “Sem essa constante participação ativa do leitor,
não haveria obra literária”.
A partir desse conceito, propõe-se, nas DCEs, que o ensino da
literatura seja pensado a partir dos pressupostos teóricos da Estética da
Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias buscam formar um
leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com condições de
reconhecer, nas aulas de literatura, um envolvimento de subjetividades que se
expressam pela tríade obra/autor/leitor,por meio de uma interação que está
presente na prática de leitura. A escola, portanto, deve trabalhar a literatura em
sua dimensão estética.
O professor selecionará os textos a serem trabalhados pelos alunos,
dando ênfase à literatura infanto-juvenil para a 5ª e 6ª séries.. Ao trabalhar os
textos, o professor estimulará as relações dos textos com o contexto presente
e com outros textos sobre o mesmo assunto, mas escritos em épocas e
contextos diferentes. A leitura, na Literatura, será um constante texto-puxa-
texto, levando o aluno à reflexão, ao aprimoramento e liberdade de
pensamento.
270
• PRÁTICA DA ESCRITA: A partir do envolvimento do aluno em
situações de oralidade e leitura, a escrita acontecerá numa perspectiva
discursiva que aborda o texto como uma unidade de sentidos, através da
prática textual. O aluno precisa antes de tudo compreender os mecanismos de
funcionamento de um texto, que são diversos da oralidade. Depois, internalizar
essas diferenças e amadurecer sua produção textual, aprimorando, de forma
consciente, o seu texto. Através de exercícios contínuos e criativos, o
professor deverá fazer com que o aluno manipule cada vez menos a linguagem
coloquial, assumindo-se como autor do que escreve. Depois de escrita a
primeira versão, o aluno deve revisar, reestruturar e reescrever o texto, fazendo
a adequação vocabular à tipologia, ao destinatário, e ao objetivo a que se
propõe o texto. Serão trabalhados, na produção escrita, os mais diversos tipos
de textos.
* ANÁLISE LINGUÍSTICA: O objetivo do ensino da língua é formar
usuários competentes que, através da fala, leitura e escrita, exercitem a
linguagem de forma consistente e flexível, adaptando-se às diferentes
situações de uso. Para o aperfeiçoamento da comunicação oral e escrita, é
imprescindível o conhecimento dos fenômenos linguísticos. O conhecimento de
estruturas linguísticas deve atuar como instrumento de construção de um texto
organizado com unidade, coerência, coesão e clareza, por isso, serão
trabalhadas de forma contextualizada e sistematizada, segundo as regras das
gramáticas descritivas e/ou normativa, considerando as necessidades dos
conteúdos e serem trabalhados. O trabalho com a exploração das categorias
gramaticais deve proporcionar ao aluno as formas corretas de elaboração de
textos escritos.
Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história da cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas, enfrentamento à violência,
gênero e diversidade e sexualidade, serão contemplados nas aulas de Língua
Estrangeira Moderna - Espanhol por meio de textos, músicas, filmes, que
propiciem reflexões sempre que surgir uma situação oportuna como datas 271
comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum motivo que o exija e
em situações de pesquisas, apresentações, produções e de textos, ou de
forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
Numa perspectiva interacionista de língua e literatura, devemos
compreender uma avaliação que contemple dois aspectos fundamentais: por
um lado, há que se tomar a produção oral e escrita como parâmetro de
avaliação do nível de aprendizagem de aluno; por outro lado, ter o próprio
aluno como ponto de partida. Isso implica em não abandonar o aluno ao seu
próprio ritmo, é importante estabelecer metas precisas para garantir o
aprimoramento de sua linguagem e seu desenvolvimento intelectual.
Portanto, no ensino / aprendizagem de diferentes variedades
linguísticas, o que se almeja não é levar os alunos a falarem “certo” ou “mais
bonito”, mas permitir-lhes a escolha da forma de fala e escrita a utilizar,
considerando as características e condições do contexto de produção, ou seja,
que saibam adequar os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo
às diferentes situações comunicativas: saber coordenar satisfatoriamente o que
fala ou escreve e como fazê-lo; saber qual expressão é pertinente em função
de sua intenção enunciativa – dado o contexto e os interlocutores a quem o seu
discurso se dirige. A questão não é de erro, mas de adequação de linguagem
ás circunstâncias de seu uso.
Para avaliar é preciso identificar, de fato, as aprendizagens
realizadas. Para tanto, o professor necessita de indicadores, os critérios de
avaliação devem ser claros e analisados à luz dos objetivos que realmente
orientam o ensino de língua/literatura oferecido aos alunos.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação será diagnóstica e
somativa. O instrumento básico para a avaliação será a produção textual do
aluno, mas o professor pode utilizar-se de instrumentos diversificados como:
272
NA ORALIDADE: será considerada a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões; a clareza em expressar suas ideias, a fluência
da sua fala, o seu desembaraço; a argumentação ao defender pontos de vista
e sua capacidade de adequar o seu discurso aos diferentes interlocutores e
situações.
NA LEITURA: será proposto aos alunos questões abertas e
discussões sobre o tema da leitura, a compreensão do texto, o posicionamento
do aluno diante do tema e a reflexão que e faz a partir do texto lido.
NA ESCRITA: sendo e texto o objeto da produção escrita, o aluno
deve envolver-se com diferentes tipos de textos e através de propostas claras e
significativas produzir textos que atendam as exigências estruturais, tipológicas
e de adequação ao contexto. Na produção escrita, é importante o professor ter
consciência que o texto do aluno é uma fase do processo e nunca o resultado
final de produção.
NA ANÁLISE LINGUÍSTICA: todos os aspectos linguísticos:
discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais serão avaliados de acordo com
seu emprego nas produções textuais do aluno, pois é no texto que todo o
aprendizado da língua se manifesta.
Como o processo de aquisição da linguagem oral e escrita é
contínuo, a avaliação deve ser feita continuamente, efetuando operações com
a linguagem e refletindo sobre as diferentes possibilidades de uso da língua,
conduzindo, gradativamente, o aluno ao nível de letramento almejado.
RECUPERAÇÃO PARALELA : A recuperação de conteúdos
acompanhará todo o processo ensino-aprendizagem, ou seja, será processual,
sendo que a cada atividade avaliativa, o professor terá o diagnóstico de
possíveis dificuldades de aprendizagem por parte dos alunos e retomará os
conteúdos trabalhados. Já a recuperação de notas acontecerá ao final de cada
bimestre e será no valor de 0,0 a 10,0, por meio de instrumentos avaliativos
variados, possibilitando a recuperação de notas para todos os alunos.273
G. REFERÊNCIAS
______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
_____Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2009.
ARCO-VERDE, Yvelise F.S ( org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Ensino Médio. Curitiba: Base, 2005.
FARACO & MOURA. Língua e Literatura. São Paulo: Ática, 1991.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Cadernos témáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:SEED- PR, 2005
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Portuguesa/Literatura . Curitiba:SEED-PR, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Língua Portuguesa e Literatura - Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006
274
9.3.13 - PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA - ENSINO
FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Matemática está presente na civilização desde os tempos mais
remotos, tendo emergido como ciência nos séculos VI e V a.C na Grécia ,
onde a matemática tinha importância no ensino e na formação das pessoas. No
século V a .C , a matemática baseava-se nos conhecimentos de aritmética,
geometria, música e astronomia. A partir do século II d.C ,o ensino da
matemática teve uma orientação privilegiada, uma exposição mais completa de
conceitos. No século V d.C, o ensino da matemática tem caráter religioso cujo
objetivo era entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas
religiosas. A Matemática teria surgido, devido à necessidade de melhoria na
vida cotidiana e foi se transformando através das várias disciplinas tendo um
alto nível de abstração, tornando-se inacessível para que aqueles que não são
especialistas no assunto.
É claro que a abstração não é presente apenas em matemática e
sim nas várias áreas da ciência fazendo parte do processo. Assim precisamos
na medida do possível utilizar no ensino da matemática a sua aplicabilidade.
Essa aplicação depende principalmente do contexto que se está inserido.
Como educadores devemos contribuir com a formação crítica de
nossos alunos, intervindo entre os conhecimentos matemáticos abstratos e os
conhecimentos matemáticos aplicáveis.
Tanto no ensino fundamental como no ensino médio, é importante a
demonstração matemática, através de teoremas e métodos que levam os
nossos alunos a compreensão da sua aplicabilidade, porém não devemos
exigir o rigor dessas abstrações.
Nossa sociedade exige uma informação globalizada, então a
matemática não deve ser vista como um instrumento de forma isolada nas
275
outras áreas da ciência, mas sim, “ser inserida num contexto mais amplo:
auxiliar importante na formação de capacidades” (LONGEM, 2004).
É através da história das civilizações que os primitivos
conhecimentos matemáticos vieram compor a Matemática de hoje. As ideias
eram provenientes de observações dentro das condições humanas de
reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e
quantidades.
A disciplina de Matemática, tendo seu objeto de estudo ainda em
construção, mas visando a prática pedagógica e as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático, objetiva manter uma postura que
possibilite ao estudante dos ensinos fundamental e médio realizar análise,
discussões, conjecturas, apropriações de conceitos e formulação de ideias.
Desenvolver enquanto o campo de investigação e produção de conhecimento,
natureza científica e a melhoria de qualidade de ensino e da aprendizagem da
matemática. A educação matemática tem como objetivo desenvolver a
consciência crítica, mudar concepções, permitir a interpretação do mundo e
suas relações sociais, adquiridas por todo contexto histórico da humanidade,
pois a história da Matemática é inseparável da anteriormente citada.
O ensino da matemática deve contribuir para a formação de um
estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais
apropriando-se de conhecimentos matemáticos. Fazer com que o estudante
compreenda e se aproprie da própria matemática concebida como um conjunto
de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, construindo valores para
formação integral do ser humano que contribui para uma formação social.
Deverá ser usada como auxílio nas tecnologias existentes e de
novas tecnologias, contribuindo para que o aluno tenha apropriações tanto das
generalizações, linguagens como da interpretação que ela exerce nessa área.
O ensino da matemática objetiva-se pela transformação legítima da
sociedade, para o avanço do conhecimento dos homens, se faz necessário,
porque é fundamental para o homem saber, codificar, ordenar, quantificar,
interpretar compassos, taxas, dosagens, coordenadas, tensões, frequências e
tantas outras variáveis, presente nas atividades exercidas pelo homem, tais
276
como a música, informática, comércio, meteorologia, medicina, cartografia,
engenharia, física, química, etc.
É a forma de orientar o aluno do ensino fundamental e do ensino
médio a usar a ferramenta mais importante que serve para a vida cotidiana e
para muitas tarefas específicas presente em quase todas as atividades.
B. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DA DISCIPLINA
Sendo a matemática tão vasta, é necessária uma “divisão” para que
o estudo se torne mais sistematizado. Entretanto, isto não quer dizer que os
campos de conhecimento não tenham relação entre si. Tanto no Ensino
Fundamental como no Ensino Médio, os conteúdos estruturantes da disciplina
são: números e álgebra; grandezas e medidas; funções; geometrias e
tratamento da informação. No primeiro deles encontra-se a base para que
haja uma análise e se descrevam vários contextos onde a matemática é
utilizada. No que diz respeito às grandezas e medidas, seu aprendizado e
utilização é de suma importância, visto que é um dos campos mais antigos e
também mais próximo ao dia a dia das pessoas. Nas geometrias, o aluno pode
fazer a relação entre o abstrato e o concreto, pode ter uma visão muito mais
ampla sobre as relações que ocorrem dentro da matemática. Em funções,
observa-se a apropriação da linguagem matemática para descrever e
interpretar fenômenos entre a matemática e outras áreas. Em tratamento da
informação, são fornecidas ao aluno ferramentas para que este tenha
condições de interpretar gráficos e tabelas, bem como proceder uma leitura
crítica de fatos ocorridos.
Conteúdos Estruturantes e Básicos de 6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino
Fundamental
6º anoCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BASICOS
• Sistemas de numeração;• Números Naturais;
277
NÚMEROS E ÀLGEBRA • Múltiplos e divisores;• Potenciação e radiciação;• Números fracionários;• Números decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de comprimento:• Medias de massa:• Medidas de área• Medidas de volume;• Medidas de tempo;• Medidas de ângulos;• Sistema monetário.
GEOMETRIAS• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
• Dados tabelas e gráficos• porcentagem
7º anoCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Inteiros
• Números Racionais;
• Equações e Inequação do 1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de temperatura:• Medidas de ângulos
GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial• Geometria não-euclidianas.
8º anoCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Racionais e Irracionais;• Sistemas de Equações do• 1º grau• Potências;• Monômios e Polinômios;• Produtos Notáveis
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento;• Medidas de Área;• Medidas de volume;
278
• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica• Geometria não euclidianas.
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
• Gráfico e Informação;• População e Amostra.
9º anoCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;• Propriedades dos radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;• Trigonometria no Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES• Noção intuitiva de Função Afim.• Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS
• Geometria plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica• Geometria não euclidianas.
Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA• Números reais
• Equações e inequações exponenciais,
logarítmicas e modulares
FUNÇÕES
• Função afim
• Função quadrática
• Função polinomial
• Função exponencial
• Função logarítmica
• Funções trigonométricas 279
• Função modular
• Progressão aritmética
• Progressão geométrica
GEOMETRIAS• Geometria plana
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Matemática financeira
2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA• Sistemas lineares
• Matrizes e determinantes
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de área
• Medidas de volume
• Trigonometria
• Função modular
• Progressão aritmética
• Progressão geométrica
GEOMETRIAS• Geometria plana
• Geometria espacial
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Análise Combinatória
• Binômio de Newton
• Estudo das probabilidades
• Estatística
3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA• Números complexos
• Polinômios
280
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de Grandezas Vetoriais
• Medidas de informática
• Medidas de Energia
GEOMETRIAS• Geometria Analítica
• Geometrias não-euclidianas
C. METODOLOGIA
Ainda hoje, mesmo com a globalização e interdisciplinaridade as
aulas de matemática muitas vezes não envolvem o pensamento matemático
participativo do aluno.
Desejando que o aluno construa o conhecimento, é importante
propor situações, questões que levem o aluno a reflexão, questionamento
permitindo a compreensão, estabelecendo uma relação entre o conhecimento
do aluno e aquele a ser construído.
As aulas de matemática devem se desenvolver através de uma
dinâmica reflexiva, estimulando o aluno a questionamentos e o professor a
buscar melhorias do desenvolvimento dos procedimentos matemáticos desse
aluno.
O docente deve partir dos inter-relacionamentos e articulações entre
os conceitos de cada conteúdo específico, garantindo, através das tendências
da modelagem matemática, etnomatemática, resolução de problemas, uso das
tecnologias, história da Matemática e investigação matemática, o crescimento
de possibilidades da aprendizagem sem fragmentações, levando à auto
confiança.
Esse trabalho deve ser enriquecido priorizando relações
interdependentes não deixando isolado e sim promovendo a organização de
um trabalho escolar, que se insere e se expresse em articulações entre os
contextos, de forma que as significações sejam reforçadas, partindo do
enriquecimento e das construções de novas relações.
A resolução de problemas e a investigação matemática possibilitam,
tanto ao aluno do ensino fundamental como ao aluno do ensino médio, a 281
pensar, compreender, enfrentar e argumentar os conhecimentos matemáticos
de maneira a levantar hipóteses e comprová-las, deixando as aulas de
matemática mais interessantes e desafiadoras.
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social, que produzem conhecimentos matemáticos onde se busca
uma organização de sociedade que permite o exercício, a crítica e a análise de
realidade, pois é importante priorizar um ensino que valorize a história dos
estudantes através do reconhecimento e respeito de suas razões culturais.
Ainda, o estudo da história da matemática também se faz necessário, pois leva
o estudante a compreender que o conhecimento é construído a partir de
situações do cotidiano.
A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamento
sobre situações de vida dando significado na aprendizagem da matemática.
O uso das mídias tecnológicas, sejam elas software, calculadoras e
aplicativos da internet, tem fornecido as experimentações matemáticas,
potencializando formas diferenciadas de resolução de problemas.
Essas tendências fundamentaram a prática docente, onde uma
completará a outra, pois todas têm um único fim: a aprendizagem.
As atividades no desenvolvimento desse processo de aprendizagem
levam o professor a ser um condutor, motivador, nos trabalhos individuais ou
de grupos, levando o aluno a compreensão dos vários temas interessantes
hoje, buscando suas aplicações na melhoria da vida, na sua valorização e uma
compreensão duradoura do saber matemático. Para isso, contamos com
recursos como: livro didático, livros paradidáticos, textos de jornal, revistas, TV
pendrive, computador, retroprojetor etc.
Por fim, de forma paralela aos conteúdos e atividades
desenvolvidas, levar-se-á em conta os seguintes temas – Desenvolvimento
Socioeducacional e Diversidade, história e cultura afro-brasileira e africana –
Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas – Lei 11645/08, bem
como a educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental e outros temas socioeducacionais, tais como: cidadania e direitos
humanos; educação fiscal; enfrentamento à violência na escola; prevenção ao 282
uso indevido de drogas, gênero e diversidade sexual, os quais serão
contemplados nas aulas de Matemática por meio de textos, dados estatísticos
situações-problema, que propiciem reflexões sempre que surgir uma situação
oportuna como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia por algum
motivo que o exija e em situações de pesquisas, apresentações, produções e
de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos que se identifiquem com
estes temas.
D. AVALIAÇÃO
A educação matemática tem como meta a incorporação do
conhecimento objetivando que o aluno seja capaz de superar as dificuldades,
permitindo a interpretação e a compreensão do mundo, pois o homem faz uso
da matemática independente do conhecimento escolar, nas mais diversas
atividades humanas.
Dessa forma a avaliação deve ser planejada como parte do
processo ensino aprendizagem, permitindo utilizar-se de entrevistas,
observações, discussões, trabalhos em grupos, maquetes, construções de
material facilitador da aprendizagem matemática, resolução com cálculos de
atividades aplicativas, integração da abstração quando possível com o
cotidiano.
A avaliação fará parte integrante do processo do ensino
aprendizagem, permitindo continuidade ou uma nova abordagem, com
alternativas na forma de encaminhar a aprendizagem como um todo. Então, a
avaliação contemplará os diferentes momentos do ensino da matemática com
oportunidade de análise pedagógica da metodologia utilizada e, através de
erros constatados, possibilitar ao aluno novas formas de estudo, ou seja, a
avaliação será instrumento de medida na aquisição de conhecimento, tornando
o aluno responsável e interessado pelo que deve aprender.
Antes de qualquer coisa, a avaliação dever ser uma orientação para
o professor, como ponto de partida, para a continuidade de sua prática
docente, levando o aluno a organizar suas ideias, relacionar conceitos e tomar
283
decisões, ou seja, deve ser contínua, diversificada, processual, diagnóstica,
formativa, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
considerando não somente uma formação matemática dirigida para o
desenvolvimento social intelectual do aluno, como também seu esforço
individual, sua cooperação com os colegas, a construção de sua
personalidade.
Assim, quanto mais o professor diversificar a avaliação e conseguir
interpretá-la como um meio para analisar se juntamente com os alunos e para
alcançar os objetivos propostos, mais ele se aproximará de um novo tipo de
avaliação que leva em conta os sonhos e projetos dos alunos, até mesmo a
auto-avaliação.
Poderão ser usados como instrumentos de avaliação, conforme a
necessidade do conteúdo, os seguintes recursos: provas, pesquisas,
seminários, análise e produção de texto, construção de tabelas e gráficos,
atividades em grupo, debates e outros.
Critérios de avaliação:
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas
pelo professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o
aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meios diversos para a resolução de um problema
matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser
estimulado a:
• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na
solução dos problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
284
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as
condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma
linguagem adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem
a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da
aprendizagem ( DCEs, 2008).
Recuperação Paralela:
A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma paralela, durante
todo o processo, baseada na revisão dos conteúdos que o aluno não se
apropriou. A recuperação de notas será através de teste escrito e/ou oral,
trabalhos ou pesquisas, no valor de 0,00 a 10,0, sendo propiciada a todos os
alunos, devendo prevalecer a maior nota obtida por estes.
F. REFERÊNCIAS
______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
_____Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2009.
ARCO-VERDE, Yvelise F.S (org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
DANTE, Luiz Roberto. Tudo é matemática. 1ª Ed.. São Paulo: Ática, 2004.
NETTO, Scipione Di Pierrô . Matemática em atividades. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2002.
PAIVA, Manoel. Matemática. 2ª ed. São Paulo: Moderna.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado. Superintendência da Educação. Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
285
________Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
_______Regimento Escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
286
9.3.14 - PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA - ENSINO MÉDIO
A- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Considerando que cidadania se refere à participação dos indivíduos
na sociedade, torna-se evidente que, para o cidadão efetivar a sua participação
comunitária, é necessário que ele disponha de informações.
O desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à
transformação da matéria e presentes na formação das diversas civilizações foi
estimulado por necessidades humanas, tais como: a comunicação, o domínio
do fogo e, posteriormente, o domínio do processo de cozimento.
Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de
Química, considera-se essencial retomar fatos marcantes da história do
conhecimento químico em suas inter-relações econômica, política e social, pois
o conhecimento químico se enquadra nessas condições.
Com o avanço tecnológico da sociedade, há tempos existe uma
dependência muito grande em relação a química. Essa dependência vai desde
a utilização diária de produtos químicos, até as inúmeras influências e impactos
no desenvolvimento dos países, nos problemas gerais referentes à qualidade
de vida das pessoas, nos efeitos ambientais das aplicações tecnológicas.
Neste sentido, é necessário que os alunos conheçam como utilizar
as substâncias no seu dia-a-dia, bem como se posicionem criticamente em
relação aos efeitos ambientais da utilização da química, a fim de buscar
soluções para os problemas sociais que podem ser resolvidos com a ajuda de
seu desenvolvimento e assim dará aos professores condições de enriquecer os
debates sobre os conteúdos que estruturam esse campo do conhecimento.
Com isso destaca-se os objetivos gerais de Química:
• Incentivar a aprendizagem da química, apresentada como um ramo do
conhecimento digno de estudo, como parte de preparação para a vida;
• Levar os estudantes a compreenderem o papel da ciência química na
sociedade em que vivem e sua importância na localização da devida
287
perspectiva do conflito atual entre tecnologia e o limite da preservação.
Alem disso, levar os alunos a compreenderam
• aspectos econômicos e sociais que influenciam o desenvolvimento das
industrias e o uso de processos e materiais alternativos;
• Levar os alunos a compreenderem que a química não representa
apenas materialismo, que ela é produto do trabalho e imaginação de
muitos homens e que a história da descoberta e do pensamento da
química está ligada a história social da humanidade;
• Conhecer a diversidade do patrimônio etnocultura-afro, desenvolvendo
uma atitude de respeito para com as pessoas e grupos que a
compõem, reconhecendo a diversidade
• cultural como um direito dos povos e dos indivíduos e elemento de
fortalecimento das democracias;
• Combater o racismo desenvolvendo uma atitude de ampla
solidariedade com aqueles que sofrem discriminação;
• Repudiar toda discriminação baseada em diferenças de raça/etnia,
classe social e outras características individuais ou sociais.
B - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes para o estudo da Química foram
colocados de forma que fossem representativos do campo de conhecimento da
disciplina, constituído historicamente. Selecionaram-se, então, os seguintes
conteúdos estruturantes:
• Matéria e sua natureza:
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudos: a
matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor
entendimento dos demais conteúdos estruturantes.
288
• Biogeoquímica:
Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos
seres vivos sobre a composição química da Terra, caracteriza-se pelas
interações existentes entre hidrosfera, litosfera e atmosfera e pode ser bem
explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos.
• Química Sintética:
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos
produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos,
da indústria alimentícia, fertilizantes e dos agrotóxicos.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
-Matéria
-Solução
-Velocidade das reações
-Equilíbrio químico
-Ligação química
-Reações químicas
-Radioatividade
- Gases
- Funções químicas
C. METODOLOGIA
A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o
professor deixe de lado uma metodologia de transmissão de conteúdos para
adotar um maior envolvimento no ato de ensinar, que parta do conhecimento
prévio dos alunos, onde se incluem ideias pré-concebidas ou concepções
espontâneas a partir das quais o aluno elabora um conceito científico.
Não se pode negar que a Química tem um papel fundamental na
vida das pessoas, na verdade esta só pode evoluir apoiando-se as outras
ciências. Estas ciências fazem parte do dia-a-dia das pessoas e é importante
289
para o equilíbrio da vida no planeta. Portanto, ao observar o mundo à sua volta
os participantes do processo educativo devem compreender como é frequente,
intensa e contínua, a aplicação do conhecimento químico na sociedade atual. E
perceber ainda como esse conhecimento tem sido constantemente reformulado
ao longo da história da humanidade.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento
científico historicamente produzido. Portanto quando os alunos chegam a
escola eles não estão totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no seu
dia-a-dia e na interação com os diversos objetos no seu espaço de
convivência, muitas concepções são elaboradas.
Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a
reunião de pessoas com diferentes costumes, tradições, preconceitos e ideias
que dependem da sua vivencia cotidiana. Isso torna impossível a utilização de
um único tipo de encaminhamento metodológico com o objetivo de uniformizar
a aprendizagem.
Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é
necessário proporcionar condições para a construção de conhecimentos
científicos, através de uma linguagem clara e acessível a respeito dos
conhecimentos químicos.
É importante salientar que a química possui um caráter experimental
e interdisciplinar. A experimentação desempenha uma função essencial na
consolidação e compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão sobre a
teoria e a prática. Muitas vezes, para a assimilação destes conceitos é
necessário que ela atue em conjunto com outras ciências.
Estas ações pedem maior engajamento do professor com a
abordagem de temas relevantes, primando sempre pelo rigor conceitual. Estes
temas abordados corretamente devem intervir positivamente na qualidade de
vida das pessoas e da sociedade.
Pode-se apontar que as melhores estratégias de ensino-
aprendizagem são aquelas que desenvolvam a participação do estudante. Para
isso, devem ser utilizadas atividades, como: discussão e debates, estudo de
caso, análise de dados, leitura de textos, experimentações, pesquisas de
campo e ações comunitárias. Estas atividades propiciam ao aluno 290
compreender problemas locais, levando em conta vários fatores químicos
envolvidos, para se tomar uma decisão. Desse modo, solicita-se aos alunos,
cálculos que estejam relacionados com problemas sociais, os quais, poderão
auxiliar na compreensão da natureza daqueles problemas. É fundamental,
também que a discussão dos temas sociais envolva diversos aspectos para a
resolução da problemática em questão, incluindo valores éticos. O professor
deve trabalhar e direcionar positivamente as relações entre alunos de
diferentes pertencimentos étnico-raciais, no sentido do respeito e da correção
de posturas, atitudes e palavras preconceituosas.
Técnicas diversificadas devem ser utilizadas: exibição de vídeos,
leitura de textos informativos, matéria de reportagens sobre o racismo e
discriminação, pesquisa, entrevista e debate sobre o assunto, proporcionando
ao aluno atos de valorização e conscientização sobre atitudes de respeito e
solidariedade com o outro.
A Proposta Pedagógica Curricular, contempla ainda a Legislação
vigente, através da abordagem de temas para o desenvolvimento
socioeducacional:
Lei 10639/03 – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana e
Lei 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas: propomos:
abordagem de conhecimentos e instrumentalização sobre alimentos, remédios,
corantes e outros produtos, utilizados no nosso cotidiano advindos das citadas
culturas.
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental: tema
essencial a ser desenvolvido dentro dos conceitos dentro dos conceitos tanto
da referida disciplina como de todas as outras do currículo escolar;
• Cidadania e Direitos Humanos - Proporcionar uma
aprendizagem de maneira consciente voltada ao exercício da cidadania é
nosso dever enquanto educadores;
• Enfrentamento a Violência na Escola: tema trabalhado no
decorrer da disciplina, sempre que surgirem situações que necessitem do
enfrentamento à violência;
• Prevenção e Uso Indevido de Drogas: a produção e o consumo
de tais substâncias evidenciam a necessidade de utilização das propriedades 291
químicas. Eis aí a responsabilidade dos conceitos trabalhados: a Ciência sendo
vista sob seus dois paradoxos: a utilização para o bem e para o mal.
Os temas Cidadania, Trabalho, Educação do Campo, Gênero e
Sexualidade, Igualdade Racial e Educação Fiscal serão abordadas durante
as aulas de Física assim que o professor encontrar oportunidade para tal.
D - AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa. É
prioridade no processo educativo, sob os condicionantes do diagnóstico e da
continuidade. Esse processo ocorre em interações recíprocas, no dia-a-dia, no
transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual, portanto, está
sujeito a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação leva em
conta o processo de construção do aluno e reconstrução de conceitos, além de
facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem finalidade em si, mas deve
subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de
assegurar a qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
É necessário que o professor a diversifique para avaliar a linguagem
oral e escrita do aluno, o seu poder de argumentação, a sua disponibilidade de
trabalhar em grupo, a sua atuação para resolver situações-problema e as
contribuições individuais e os resultados parciais e finais dos grupos na
execução das atividades. Cabe ao professor decidir a natureza da avaliação
que o momento pede: diagnóstica, cumulativa, participativa, etc. Mas é
desejável que ela seja contínua e que em cada avaliação as naturezas sejam
mescladas:- leitura, interpretação e produção de textos; pesquisas
bibliográficas; relatório de aulas experimentais; apresentação de seminários;
trabalhos interdisciplinares individuais e em grupos;
Esses instrumentos avaliativos são mecanismos para estimular a
inclusão do aluno, ao mesmo tempo desafiando-o a ser participativo, crítico e
criativo.
O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino e
normatizado em seu Regimento Escolar é bimestral, sendo composto por pela
292
somatória de variados instrumentos que totalizam a média 10,0 ( dez vírgula
zero).
A recuperação de estudos é direito dos alunos, devendo ser
proporcionada de forma paralela, ao longo da série ou do período letivo,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Desta
forma, a recuperação de conteúdos será processual, ocorrendo ao longo de
todo o processo de ensino e aprendizagem. A recuperação de notas será por
meio de instrumentos variados, a critério do professor ( pesquisas, trabalhos,
seminários, testes) no valor de 0 (zero) a 3,0 e por meio da aplicação de prova
no valor de 0 (zero) a 7,0 (sete vírgula zero), não devendo a recuperação de
notas incidir sobre cada instrumento de avaliação e sim sobre os conteúdos
não apropriados e já revisados durante o bimestre, prevalecendo sempre a
maior nota obtida pelo aluno.
E. REFERÊNCIAS
______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
_____Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2009.
Cadernos Temáticos – Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana Ed. Curitiba, 2005.
Camargo, C. G.; Souza, L. C. Química de Olho no Mundo do Trabalho. 1º edição. São Paulo: Scipione, 2003.
Paraná. Secretária do Estado do Paraná – Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Química. Curitiba: SEED, 2008.
Sardella, A. Química –5ª edição. Editora Ática.- São Paulo, 2005.Schnetzler, P. R. Educação em química. 3ª edição. – Rio Grande do Sul. UNIJUÍ, 2003.
293
9.3.15 - PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Sociologia delineou-se como ciência no rastro do pensamento
positivista, vinculado à ordem das ciências naturais, tendo no centro os
pensadores sociológicos, a preocupação na busca de soluções para os graves
problemas sociais gerados pelo modo de produção capitalista e um olhar crítico
e questionador sobre a sociedade.
O estudo da Sociologia no Ensino Médio tem como princípio
fundamental levar o aluno a buscar uma compreensão do sujeito integral, ou
seja, a entender o que é o sujeito social, inserido numa sociedade composta
por vários tecidos sociais. O educando deve-se perceber como sujeito que
interage em seu contexto social, político, econômico e cultural, e compreender
suas possibilidades de intervenção na realidade. Desta forma , a Sociologia
deve possibilitar a formação crítica e humanística do educando, fazendo com
que o aluno se perceba no centro dos movimentos e da dinamicidade social
como sujeito do processo, com uma perspectiva de intervenção, capaz de
contribuir para a transformação positiva da sociedade em que vive.
B. OBJETIVO GERAL
A Sociologia tem como objetivo geral possibilitar a formação do
educando em uma perspectiva de compreensão da sociedade, das relações
sociais, das diferentes manifestações culturais como expressão de povos,
etnias, nacionalidades, segmentos sociais diversos, pois os direitos do cidadão
294
fazem parte de uma constituição social , o que o torna construtor de
conhecimentos e transformador da sociedade, reafirmando assim sua
cidadania.
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Sociologia são:
• O processo de Socialização e as instituições sociais –
Socialização é o processo que persiste ao longo da vida do indivíduo, seta
presente na sociedade em tudo o que ela produz de comum e é a base da
Sociologia formal. Por outro lado, as instituições são a forma organizada mais
estável da sociedade nas suas articulações duráveis e reconhecidas. a família,
a escola, a igreja, são algumas expressões institucionais que socializam os
indivíduos e favorecem a formação de identidades sociais.
• Cultura e indústria cultural – é importante problematizar o conceito
de cultura e suas derivações par aos alunos do ensino médio, para perceberem
que não existem culturas superiores ou inferiores e possam reconhecer que há
grupos diferentes, quanto aos aspectos de constituição de vida como a família,
o trabalho, o lazer, a religião, etc., bem como desenvolverem a percepção de
que a indústria cultural organiza a produção de bens culturais como se fossem
mercadorias.
• Trabalho, produção e classes sociais – Para produzir a
sobrevivência, os homens se associam, o que faz o trabalho ser uma atividade
social por excelência. O trabalho é, então, uma relação social que pode ser
organizada de várias formas, a partir da divisão do trabalho. Numa perspectiva
crítica que contemple diferentes linhas interpretativas, a análise sociológica da
categoria trabalho deve ser tratada no ensino médio.
• Poder, política e ideologia Poder é um dos temas ao qual a
Sociologia tem dedicado maior atenção, não apenas interessada em analisar
no que consiste, mas sobretudo como e se o poder é legitimado. O poder e a
ideologia, como faces de um fenômeno social, são exercidos por organizações
formais, como o Estado, e também por diversas instituições da sociedade civil.
295
• Direitos, cidadania e movimentos sociais – Nas sociedades
modernas, os direitos sociais devem ser pensados como construções históricas
dos sujeitos desses próprios direitos. A cidadania diz respeito à relação entre
Estado e cidadão quanto aos direitos e obrigações. Já os movimentos sociais
inserem-se na teoria de pensar a realidade a partir dos direitos sociais. O
estudo deste conteúdo facilita aos estudantes compreenderem a dinâmica das
reivindicações da sociedade organizada
ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS
ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS
Surgimento da Sociologia e Teorias
Sociológicas
O Processo de Socialização e as
Instituições Sociais
Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.
Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkhein, Engels.
Teorias Sociológicas clássicas: Marx, Weber
O desenvolvimento da Sociologia no Brasil
Processo de Socialização. Instituições sociais: familiares, escolares
Instituições sociais: Religiosas
Instituições de Reinserção – prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.
Cultura e Indústria Cultural
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades
Diversidade cultural Identidade Indústria cultural Meios de comunicação de massa Sociedade de consumo Indústria cultural no Brasil Questões de gênero Culturas afro brasileiras e africanas Culturas indígenas
O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
296
Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
Globalização e Neoliberalismo
Relações de trabalho
Trabalho no Brasil
Poder, Política e Ideologia
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno
Democracia, autoritarismo, totalitarismo Estado no Brasil Conceitos de Poder Conceitos de Ideologia Conceitos de dominação e legitimidade As expressões da violência nas
sociedades contemporâneas
Direitos: civis, políticos e sociais. Direitos Humanos Conceito de Cidadania Movimentos Sociais
Movimentos Sociais no Brasil
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas
A questão das ONG’s
D. METODOLOGIA
Os procedimentos metodológicos fundamentam-se e sustentam-se
em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas, cada uma delas
com seu potencial explicativo, reconstruindo dialeticamente o conhecimento
que aluno já dispõe, uma vez que o mesmo já se encontra imerso em uma
prática social, possibilitando ao mesmo o acesso a conhecimentos elaborados
de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca da realidade social na qual o
mesmo está inserido.
Deve-se propiciar aos alunos o contato com a linguagem sociológica
através de textos dos pensadores clássicos e contemporâneos, usando a
297
pesquisa teórica aliada à pesquisa de campo, com temas como Instituições
Sociais, Movimentos Sociais, questões sobre desemprego, violência, etc..
O trabalho com filmes, músicas e com a literatura, contribuem para
a compreensão de determinadas teorias ou conceitos e para o
desenvolvimento do raciocínio sociológico.
Educação Ambiental – Lei 9795/99, educação fiscal, educação em
direitos humanos, história da Cultura Afro-Brasileira e Africana – Lei 10.639/03,
História e Cultura dos Povos Indígenas – Lei 11.645/08, prevenção ao uso de
drogas e sexualidade, serão contemplados nas aulas de Sociologia por meio
de textos, músicas, filmes, que propiciem reflexões sempre que surgir uma
situação oportuna como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia
por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas, apresentações,
produções e de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos que se
identifiquem com estes temas.
E. AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem e
requer preparo técnico e grande capacidade de observação da parte do
professor.
A principal função da avaliação é a diagnóstica por permitir detectar
diariamente os pontos de conflito geradores do fracasso escolar.
Sendo assim, a avaliação da disciplina em questão será flexível a
partir dos pontos detectados e utilizados pelo professor como referenciais para
as mudanças nas ações pedagógicas, objetivando um melhor desempenho do
aluno.
A avaliação do aproveitamento escolar será procedida na forma
estabelecida pelo regimento escolar, considerando-se:
Seu desempenho em arguições orais ou em provas e testes escritos.
Seu desempenho em trabalhos individuais ou em grupos.
Seu interesse em pesquisas ou atividades extraclasses.
298
Sua participação em atividades, desenvolvidas pela escola.
A recuperação será processual, ocorrendo ao longo do
desenvolvimento dos conteúdos, sempre que for diagnosticada falhas na
aprendizagem. A recuperação de notas será propiciada ao final de cada
bimestre, no valor de 0,00 a 10,0, sendo oportunizada a todos os alunos,
independente da média alcançada.
F- REFERÊNCIAS
_______Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
______Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio. Apucarana, 2011.
ARCO-VERSE, Yvelise F.S ( org). Introdução às diretrizes curriculares. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Disciplina de Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Livro Didático Público. Sociologia- Ensino Médio. Curitiba:SEED- PR, 2006
299
X. CELEM – CENTRO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS MODERNAS –
PROPOSTA CURRICULAR
10.1 Apresentação do CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, criado no
ano de 1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED,
integra o Departamento de Educação Básica – DEB e tem por objetivo ofertar o
ensino gratuito de idiomas, aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica,
matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação
Profissional e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos professores e
funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na rede
estadual e também à comunidade.
O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias
formadoras do povo paranaense, contribui para o aperfeiçoamento cultural e
profissional de seus alunos.
A Resolução 3904/2008 – SEED, considera "a importância que a
aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem no
desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a
aquisição de conhecimento sobre outras culturas". Este documento
regulamenta e organiza a oferta do ensino extracurricular, plurilinguista e
gratuito de cursos básicos e de aprimoramento, em língua estrangeira
moderna, para alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no
Ensino Fundamental de 09 Anos (anos finais), no Ensino Médio, Educação
Profissional e Educação de Jovens e Adultos, bem como garante a oferta
destes cursos e sua extensão ao atendimento à comunidade, professores e
agentes educacionais. A referida resolução ainda define que o funcionamento
dos cursos deverá ser regulamentado por Instrução Normativa da
Superintendência de Educação.
Atualmente, a Instrução Normativa acima referida em vigor é a
Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED, que estabelece critérios para a
implantação e funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas
(LEM) e atribuições para os profissionais com atuação nos Centros de Línguas 300
Estrangeiras Modernas (CELEM) da Rede Estadual de Educação Básica do
Estado do Paraná.
A comunidade escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire –
Ensino Fundamental e Médio optou pela oferta de duas línguas estrangeiras
modernas pelo CELEM:
1. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol
2. Língua Estrangeira Moderna – Inglês
Os cursos de LEM - Espanhol e LEM - Inglês, no Colégio
Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e Médio, foram
elaborados para transmitir conhecimentos básicos aos alunos, para que
consigam comunicar-se de maneira satisfatória, em ocasiões que não seja
exigido um conhecimento profundo sobre as referidas línguas.
301
10.2 Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas
públicas, faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidades que os
alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas têm, sendo a escola,
muitas vezes, o único espaço para aprender e conhecer uma Língua
Estrangeira. Por outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar
aos nossos educandos conhecer uma outra cultura, possibilitar a construção
de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como também
alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para
a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para
transformar a realidade.
Segundo as DCEs( 2008, p.53), “Toda língua é uma construção
histórica e cultural em constante transformação”. Nisso estão pautadas as
diferentes variantes linguísticas encontradas dentro de um mesmo idioma,
tendo em vista que devem ser consideradas as variações históricas e
geográficas e que o estudo de qualquer idioma deve ser contínuo. Prova disso
é a adaptação do idioma português à nova ortografia de Língua Portuguesa
ocorrida nos últimos anos.
Ainda segundo Baktin, “... não há discurso individual”, sendo
portanto necessárias as vozes de pelo menos duas pessoas, o emissor e o
receptor, chamado por ele de “eu e o outro”, relação essa que faz com que os
sujeitos se constituam socialmente. O estudo de língua estrangeira permite o
conhecimento do outro, bem como de sua cultura.
Dentro das novas leis que se preocupam com aspectos que
envolvem preconceito, xenofobia, o estudo de LEM vem reforçar o
entendimento do outro e forçar o rompimento de barreiras criadas ao longo dos
anos, aumentando o conhecimento do aluno sobre uma outra cultura,
302
apresentando mais oportunidades para seu desenvolvimento e sua vida como
ser social.
A comunidade escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire –
Ensino Fundamental e Médio defende a oferta para os seus alunos e para a
comunidade de aulas da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, na
modalidade CELEM, tendo em vista a importância deste idioma na atualidade,
notadamente para a Região Sul do Brasil, devido às relações comerciais e
culturais com os países do MERCOSUL, e da América Latina em geral.
Considere-se ainda que o Espanhol é o terceiro idioma mais falado no mundo,
sendo a língua oficial de mais de 22 países, tratando-se de um dos idiomas
mais importantes nos encontros internacionais, políticos e de negócios.
Portanto, conhecimentos básicos de LEM-Espanhol facilitarão a inserção de
nossos jovens e adultos no mercado de trabalho, além de propiciar aos
mesmos o enriquecimento cultural advindo do estudo de uma língua
estrangeira moderna.
Como destacam as DCEs de Línguas Estrangeiras Modernas, na
relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na
sociedade, residem as causas da ascensão ou do declínio do prestígio das
línguas estrangeiras nas escolas. Com o objetivo de analisar tais relações,
abordaremos, na sequência, a dimensão histórica desse componente
curricular.
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura
do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da
organização social, política e econômica ao longo da história.
No período colonial, o latim foi a primeira língua ensinada aos povos
que habitavam o território brasileiro, sendo ensinada pelos jesuítas, a quem
cabia a responsabilidade de evangelizar e ensinar. Após a expulsão do Brasil
dos padres jesuítas, o ministro Marquês de Pombal instituiu, em 1759, o
sistema de ensino régio , por meio do qual cabia ao Estado a responsabilidade
de contratar professores não-religiosos. As línguas que continuaram a integrar
o currículo eram o grego e o latim, por meio das quais ensinavam-se o
vernáculo, a História e a Geografia.
303
Com a chegada da família real em 1808, o ensino de línguas
modernas teve um incremento e em 1837 ganhou importância com a fundação
da primeira escola pública de nível médio,o colégio Pedro II. Assim, foi
implantado o currículo de francês, Inglês e alemão. Esse currículo funcionou
como modelo por quase um século. O Francês sempre esteve em primeiro
lugar por representar um ideal de cultura e colonização. Na Europa, em 1916,
foi inaugurado o sistema linguístico e o uso desse sistema em contextos
sociais, o que tornou-se um marco histórico. No primeiro governo de Getúlio
Vargas, intelectuais iniciaram estudo para uma reforma no sistema de ensino, a
qual propunha que a escola proporcionasse formação geral e preparação para
o ensino superior, no qual o ensino de Língua Estrangeira foi oficialmente
estabelecido pelo Método Direto, que se dava de forma a ensinar diretamente
e constantemente a L.E. sem a mediação da Língua Materna. Dava-se
preferência aos professores nativos ou fluentes na língua alvo.
O governo de Getúlio Vargas também tentou conter as minorias
étnicas, linguísticas e culturais com a chegada dos imigrantes, pois estes
formando colônias, muitas vezes mantinham escolas nas quais estudavam sua
própria língua e o Português era tido como L.E..O governo considera essas
colônias como um perigo à segurança nacional e em razão dessa ameaça
muitas escolas foram fechadas. A partir de 1942, era o Ministério de Educação
que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas e houve uma
intensificação do processo de nacionalização do ensino. O uso do Método
Direto, passou a ter fins educativos, culturais. Nesse período a língua
espanhola foi valorizada pois representava um modelo de patriotismo. O Inglês
tinha seu espaço garantido por ser o idioma mais usado nas transações
comerciais. Nos anos 50 e 60, surge um crescente interesse pela
aprendizagem de línguas e os linguistas da época sistematizaram os métodos
audiovisuais e áudio oral.
Em 1950, surge a Gramática Gerativa Transformacional que
reestruturou a visão de língua e sua aquisição. Nessa época o ensino de todas
as habilidades da língua foi valorizado ( o falar, o ouvir, ler e escrever).
Na década de 50, a política incentivou a industrialização e em
consequência desse incentivo o sistema educacional viu-se responsável pela 304
formação de alunos para o mundo do trabalho. O currículo passou a ser mais
técnico, o que acarretou diminuição da carga horária das L.E. . O ensino de
Inglês ganhou mais espaço, em detrimento do ensino de Francês que aos
olhos dos dirigentes militares cultivava valores obsoletos e a língua espanhola
também ganhou espaço pela propagação da Literatura no mundo. Após o
golpe militar em 64, a partir da Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.5692/71,
desobrigou-se a inclusão de L.E. no currículo alegando que a escola não
deveria contribuir com a impregnação cultural estrangeira. A partir da década
de 70, o ensino de L.E. passou a ser visto como instrumento de classes
favorecidas e portanto ensinada como um acréscimo, um privilégio. Este
modelo foi aceito diante das características histórico-sociais e políticas da
época.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394
determinou a oferta obrigatória de uma língua estrangeira moderna no Ensino
Fundamental, a partir da 5ª série, e a escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. Para o
Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma língua estrangeira
moderna como disciplina obrigatória , escolhida pela comunidade escolar, e
uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
A partir de então, devido à abertura política e à criação do
MERCOSUL, as escolas voltam a ofertar o espanhol com uma alternativa ao
Inglês nas grades curriculares. Em 2005 foi criada a Lei nº 11 161, que decreta
a obrigatoriedade da oferta da Língua Espanhola nos estabelecimentos de
ensino médio, mas de matrícula facultativa para o aluno, sendo que os
estabelecimentos teriam um prazo de 5 anos para a implementação.
Em 15 de agosto de 1986 foi criado oficialmente o Centro de Língua
Estrangeira Moderna (CELEM), como forma de valorizar o plurilinguismo e a
diversidade étnica que marca a história paranaense. Essa demanda tem sido
preservada pela SEED por mais de vinte anos. Entre os cursos de línguas
estrangeiras ofertados pelo CELEM encontra-se a LEM-Espanhol, a qual
passará a ser ofertada pelo Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino
Fundamental e Médio, a partir do ano de 2011, na modalidade de Curso
305
Básico-CELEM, para alunos matriculados no ensino fundamental, com oferta
de vagas também para a comunidade local.
B. OBJETIVOS
O ensino de LEM - Espanhol deve oportunizar o desenvolvimento da
consciência crítica sobre o papel exercido pelas línguas estrangeiras na
sociedade brasileira e no cenário internacional, para que os alunos possam
analisar as questões da nova ordem global e suas implicações, bem como,
construir identidades, aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentidos, formar subjetividades.
O Espanhol como LEM deve também, contribuir para formar alunos
críticos e transformadores da realidade. Assim, ao final do curso básico do
CELEM - LEM Espanhol, espera-se que o cursista:
Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e
escrita;
Vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que
lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente
construídos e , portanto, passíveis de transformação na prática social;
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem
como seus benefícios para o desenvolvimento do país.
A língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma visão de mundo
mais ampla, para que ele seja capaz de avaliar os paradigmas já existentes e
crie novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as
relações que podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão
social; o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o
reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das
identidades transformadoras.
Um outro objetivo da LEM-Espanhol, no CELEM, é que os
envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão
aprendendo em situações significativas e relevantes. Além disso, o ensino de
306
LEM deve contemplar os discursos sociais que o compõem, ou seja,
desenvolver pedagogicamente maneiras de construção de sentidos, de relação
com os textos, comunicar-se com eles, interagindo ativamente, sendo capaz de
comunicar-se de diferentes formas, com os diferentes tipos de textos,
desenvolvendo a criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.
O Ensino de LEM favorecerá o contato com os discursos diversos da
língua manifestados em forma de textos de diferentes natureza, buscando
alargar a compreensão dos diversos tipos de linguagem, ativar procedimentos
interpretativos, tornando possível a construção de significados, ampliando suas
possibilidades de entendimento de mundo para contribuir na sua
transformação.
C. CONTEÚDO ESTRUTURANTE
A língua, entendida como interação, enquanto espaço de produção
de sentidos, marcada por relações contextuais de poder, terá como conteúdo
estruturante, o Discurso enquanto prática social – efetivado por meio das
práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, oralidade e escrita.
Para que os alunos-sujeitos percebam a interdiscursividade nas
diferentes relações sociais, é preciso que os níveis de organização linguística
sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral,
verbal e não-verbal.
De acordo com a abordagem crítica da leitura, a ênfase do trabalho
pedagógico recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente
com o discurso, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes textos,
os quais definirão os conteúdos linguísticos discursivos, bem como as práticas
discursivas a serem trabalhadas.
A escolha dos conteúdos específicos a serem trabalhados no curso
de LEM - Espanhol ofertados pelo CELEM, devem articular-se com o Discurso
como prática social, contemplando as práticas discursivas da leitura,
oralidade, e escrita, dependendo do nível dos alunos e da realidade local.
É importante ressaltar que, para os alunos perceberem as
condições de produção dos diferentes discursos e das vozes que permeiam as 307
relações sociais e de poder, é preciso trabalhar em sala de aula os níveis de
organização linguística-fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe e que
isso sirva ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral,
verbal e não verbal.
D. CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e
não-verbais) de diferentes gêneros, considerando seus elementos linguísticos-
discursivos (fonéticos-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),
manifestados nas práticas discursivas (leitura, oralidade e escrita). Portanto, os
textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos
linguísticos-discursivos, bem como as práticas discursivas a serem
trabalhadas.
Será dada ênfase especial ao estudo de gêneros, explorando sua
ampla diversidade Exemplo: Ao se estudar o álbum de família se estará
estudando os familiares e assim por diante. Nas receitas se estudará os
ingredientes em geral: frutas, verduras, legumes, carnes e outros produtos
alimentícios como sal, açúcar, farinha, etc. Nos e-mails, o gênero bilhete, carta,
apresentação, pronomes, verbos ser e estar. Na música, pode-se estudar o
léxico, verbos, formação frasal, gírias, partindo-se das de mais fácil
compreensão para de maior grau de dificuldade e assim estudando-se os mais
variados gêneros.
São conteúdos básicos, para o Ensino de LEM-Espanhol ofertada
no CELEM, para os dois anos:
1. CONTEÚDOS BÁSICOS - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:
Bilhete
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**
Esfera produção de circulação:
Bula
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio
308
Carta pessoalCartão felicitações
Cartão postalConvite
Letra de músicaReceita culinária
Comercial para radio*FolderParódiaPlaca
Publicidade Comercial
Slogan
EmbalagemPlaca
Regra de jogoRótulo
classificadosCartumCharge
Entrevista**Horóscopo
Reportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de circulação:
CartazDiálogo**
Exposição oral*Mapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
ContoCrônicaFábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centradas
no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos:
entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:
· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do gênero;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão,
309
·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
negrito);· Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas
no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo·Temporalidade; ·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de circulação:Comunicado
Curriculum VitaeExposição oral*
Ficha de inscriçãoLista de compras
Piada**Telefonema*
Esfera publicitária de
circulação:Anúncio**
Comercial para televisão*
FolderInscrições em
muroPropaganda**Publicidade Institucional
Slogan
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de
circulação:Artigo de opinião
Boletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**
Notícia**Obituário
Reportagem**
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContrato
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oral
Esfera literária de circulação:Contação de
história*Conto
Esfera midiática de circulação:
Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico
310
LeiOfício
ProcuraçãoRequerimento
Palestra*Resenha
Texto de opinião
Peça de teatro*Romance
Sarau de poema*
(e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;·Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto;·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:
Fatores de textualidade centradas no texto:
311
·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
E. METODOLOGIA
A partir do entendimento do papel das línguas na sociedade, mais
do que um meio de acesso à informação, é importante compreender que o
trabalho docente com a LEM-Espanhol é uma possibilidade de conhecer,
expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados. Baseado nesses pressupostos, o texto deve ser apresentado
como princípio gerador de toda unidade temática e de desenvolvimento das
práticas linguístico-discursivas. É um espaço para a discussão de temáticas
fundamentais para o desenvolvimento intelectual manifestado por um pensar e
agir críticos, por uma prática cidadã imbuída de respeito às diferentes
culturas, crenças e valores.
Portanto, é importante trabalhar a partir de textos de diferentes
gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia
nacional e internacional ou no mundo editorial, tarefa esta pertinente entre as
atribuições da disciplina de LEM - Espanhol.
Assim, a Língua deve ser abordada como espaço de construção de
significados, porque o falante/escritor tem papel ativo na construção de
significados na interação, assim como seu interlocutor. Desse modo, a Língua
deve ser entendida como prática sociocultural.
312
A aula de LEM deve ser um momento de discussão da linguagem
oral, escrita e ou visual a partir do texto lido, integrando todas as práticas
discursivas nesse processo.
Ressaltamos aqui, a importância dos recursos visuais no trabalho
pedagógico, para que os alunos com deficiência auditiva possam participar da
aula de Língua Estrangeira Moderna.
Os alunos serão encorajados a levantar questionamentos durante as
aulas e a ter uma posição crítica frente aos textos acerca das visões de mundo,
tais como:
* Que pressupostos estão por trás de tal discurso?
* Qual é o seu propósito?
* Aos interesses de quem serve?
* Como o autor compreende a realidade?
* Quais as implicações de sua posição e afirmação?
Isso posto, o trabalho em sala, será pautado no texto em seu
contexto social de produção e nos itens gramaticais que indiquem a estrutura
da língua. Portanto, serão apresentados em sala de aula os diversos tipos de
textos, em atividades diversificadas, tais como:
• Comparação das unidades temáticas, linguísticas e com
posicionais de um texto com outros textos;
• Interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da
sala de aula;
• Leitura e análise de textos de outros países que falam o mesmo
idioma estudado na escola e dos aspectos culturais que ambos veiculam;
• Leitura e análise de textos publicados (nacionais e internacionais)
sobre o mesmo tema e as abordagens de tais publicações;
• Comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações
sintáticas e morfológicas da língua estrangeira estudada como língua materna.
Dessa forma, será valorizado no espaço da sala de aula, o
conhecimento de mundo e as experiências dos alunos, por meio de discussões
dos temas abordados, como também, subsidiar os educandos para que eles se
313
posicionem em relação ao texto, contemplando as quatro habilidades
linguísticas, de modo a desenvolver o próprio sentido acerca do contexto que o
perpassa.
Encaminhamentos metodológicos para cada uma das práticas
discursivas:
LEITURA
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos
de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos
prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que
possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,
época;
• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e
outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
314
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de
palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros.
ESCRITA
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do
interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia.
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer
a referência textual;
• Conduza à utilização adequada das partículas conectivas;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• acompanhe a produção de texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos
das ideias, dos elementos que compõem o gênero;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimule produções em diferentes gêneros;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais
e normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e
finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
315
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se de
recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal
e gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,
como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, entre outros.
Quanto ao Desenvolvimento Socioeducacional do educando, as
demandas Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história e cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas e sexualidade, serão
contempladas nas aulas de língua estrangeira moderna - espanhol por meio de
textos, músicas, filmes que propiciem reflexões sempre que surgir uma
situação oportuna como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia
por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas, apresentações,
produções de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos que se
identifiquem com estes temas.
F. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação implica em apreciação e valorização. O que
compreende observar, analisar e refletir sobre as práticas avaliativas, com o
objetivo de favorecer o processo de ensino aprendizagem, ou seja, nortear o
trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do
ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
A avaliação assume a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida, orientar as intervenções pedagógicas, embasar
as discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções .
316
A avaliação será diagnóstica e contínua, constituindo-se num
instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas.
Realizar-se-á através instrumentos diversificados como : pesquisas diversas,
seminários, em atividades individuais ou em grupo, relatórios, debates, tarefas
propostas, simulados, provas orais e escritas, discussões , jogos e atividades
orais e escritas.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma paralela, sempre
que o professor diagnosticar situações de não aprendizagem dos conteúdos
trabalhados. A recuperação de notas ocorrerá ao final de cada bimestre, no
valor de 0,00 a 10,0, sendo oportunizada a todos os alunos, independente do
grau de apropriação dos conhecimentos de cada um deles.
A recuperação será organizada com atividades trabalhadas
durante todo o bimestre, com procedimentos didático-metodológicos
diversificados ( pesquisas, testes, provas, produção de textos, etc.).
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados
durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e
as dificuldades detectadas, para que haja um aperfeiçoamento da metodologia
adotada, visando prosseguir os trabalhos de forma satisfatória.
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano
letivo.
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução
3794/2004.
Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de
75% do total de horas
letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula
zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
I. freqüência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;317
1. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas
e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
Critérios de Avaliação:
1. Leitura:
Espera-se do aluno:
*0 Realização de leitura compreensiva do texto;
*1 Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
*2 Posicionamento argumentativo;
*3 Ampliação do horizonte de expectativas;
*4 Ampliação do léxico;
*5 percepção do ambiente no qual circula o gênero;
*6 Identificação da ideia principal do texto;
*7 Análise das intenções do autor;
*8 Identificação do tema;
*9 Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*10 Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo.
Escrita:
Espera-se do aluno:
• Expressão de ideias com clareza;
• Elaboração de textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferenciação do contexto de u8so da linguagem formal e informal;
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, substantivo,etc.
318
• Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto.
• Oralidade
Espera-se do aluno:
• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
• Apresentação de ideias com clareza;
• Compreensão de argumentos no discurso do outro;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Organização da sequência da fala;
• Respeito aos turnos da fala;
• análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário
em língua materna;
• Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, filmes, etc.
Recursos didáticos
No decorrer das aulas, serão utilizados: o quadro, filmes, TV
multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio,
entre outros.
G. REFERÊNCIAS
________Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fund. E Médio. Apucarana, 2011.
_______Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fund. E Médio. Apucarana, 2009.
319
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Educação Básica. Curitiba, SEED-PR. 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR. Versão preliminar, Julho 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Identidade do Ensino Médio. Curitiba, SEED-PR, 2006.
320
10.3 Proposta Pedagógica Curricular de Língua Estrangeira Moderna – Inglês
A . APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A inclusão da LEM na proposta curricular, em especial das escolas
públicas, faz-se necessária tendo em vista a falta de oportunidades que os
alunos oriundos das classes sociais menos favorecidas têm, sendo a escola,
muitas vezes, o único espaço para aprender e conhecer uma Língua
Estrangeira. Por outro lado, aprender uma Língua Estrangeira é oportunizar
aos nossos educandos conhecer uma outra cultura, possibilitar a construção
de significados além daqueles permitidos pela Língua Materna, como também
alargar as possibilidades de entendimento do mundo, contribuindo assim, para
a formação de um sujeito ativo capaz de intervir no seu meio social para
transformar a realidade.
Segundo as DCEs( 2008, p.53), “Toda língua é uma construção
histórica e cultural em constante transformação”. Nisso estão pautadas as
diferentes variantes linguísticas encontradas dentro de um mesmo idioma,
tendo em vista que devem ser consideradas as variações históricas e
geográficas e que o estudo de qualquer idioma deve ser contínuo. Prova disso
é a adaptação do idioma português à nova ortografia de Língua Portuguesa
ocorrida nos últimos anos.
Ainda segundo Baktin, “... não há discurso individual”, sendo
portanto necessárias as vozes de pelo menos duas pessoas, o emissor e o
receptor, chamado por ele de “eu e o outro”, relação essa que faz com que os
sujeitos se constituam socialmente. O estudo de língua estrangeira permite o
conhecimento do outro, bem como de sua cultura.
Dentro das novas leis que se preocupam com aspectos que
envolvem preconceito, xenofobia, o estudo de LEM vem reforçar o
entendimento do outro e forçar o rompimento de barreiras criadas ao longo dos
anos, aumentando o conhecimento do aluno sobre uma outra cultura,
321
apresentando mais oportunidades para seu desenvolvimento e sua vida como
ser social.
A comunidade escolar do Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire –
Ensino Fundamental e Médio defende a oferta para os seus alunos e para a
comunidade de aulas da Língua Estrangeira Moderna – Inglês, na modalidade
CELEM, tendo em vista a importância deste idioma na atualidade, sendo o
idioma oficial adotado por muitos países. Considere-se ainda que o Inglês é o
idioma mais falado no mundo, tratando-se de um dos idiomas mais importantes
nos encontros internacionais, políticos, de negócios e culturais, nas viagens
turistícas, etc.. Portanto, conhecimentos básicos de LEM-Inglês facilitarão a
inserção de nossos jovens e adultos no mercado de trabalho, além de propiciar
aos mesmos o enriquecimento cultural advindo do estudo de uma língua
estrangeira moderna.
Como destacam as DCEs de Línguas Estrangeiras Modernas, na
relação entre as abordagens de ensino, na estrutura do currículo e na
sociedade, residem as causas da ascensão ou do declínio do prestígio das
línguas estrangeiras nas escolas. Com o objetivo de analisar tais relações,
abordaremos, na sequência, a dimensão histórica desse componente
curricular.
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura
do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da
organização social, política e econômica ao longo da história.
No período colonial, o latim foi a primeira língua ensinada aos povos
que habitavam o território brasileiro, sendo ensinada pelos jesuítas, a quem
cabia a responsabilidade de evangelizar e ensinar. Após a expulsão do Brasil
dos padres jesuítas, o ministro Marquês de Pombal instituiu, em 1759, o
sistema de ensino régio , por meio do qual cabia ao Estado a responsabilidade
de contratar professores não-religiosos. As línguas que continuaram a integrar
o currículo eram o grego e o latim, por meio das quais ensinavam-se o
vernáculo, a História e a Geografia.
Com a chegada da família real em 1808, o ensino de línguas
modernas teve um incremento e em 1837 ganhou importância com a fundação
da primeira escola pública de nível médio,o colégio Pedro II. Assim, foi 322
implantado o currículo de francês, Inglês e alemão. Esse currículo funcionou
como modelo por quase um século. O Francês sempre esteve em primeiro
lugar por representar um ideal de cultura e colonização. Na Europa, em 1916,
foi inaugurado o sistema linguístico e o uso desse sistema em contextos
sociais, o que tornou-se um marco histórico. No primeiro governo de Getúlio
Vargas, intelectuais iniciaram estudo para uma reforma no sistema de ensino, a
qual propunha que a escola proporcionasse formação geral e preparação para
o ensino superior, no qual o ensino de Língua Estrangeira foi oficialmente
estabelecido pelo Método Direto, que se dava de forma a ensinar diretamente
e constantemente a L.E. sem a mediação da Língua Materna. Dava-se
preferência aos professores nativos ou fluentes na língua alvo.
O governo de Getúlio Vargas também tentou conter as minorias
étnicas, linguísticas e culturais com a chegada dos imigrantes, pois estes
formando colônias, muitas vezes mantinham escolas nas quais estudavam sua
própria língua e o Português era tido como L.E..O governo considera essas
colônias como um perigo à segurança nacional e em razão dessa ameaça
muitas escolas foram fechadas. A partir de 1942, era o Ministério de Educação
que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas e houve uma
intensificação do processo de nacionalização do ensino. O uso do Método
Direto, passou a ter fins educativos, culturais. Nesse período a língua
espanhola foi valorizada pois representava um modelo de patriotismo. O Inglês
tinha seu espaço garantido por ser o idioma mais usado nas transações
comerciais. Nos anos 50 e 60, surge um crescente interesse pela
aprendizagem de línguas e os linguistas da época sistematizaram os métodos
audiovisuais e áudio oral.
Em 1950, surge a Gramática Gerativa Transformacional que
reestruturou a visão de língua e sua aquisição. Nessa época o ensino de todas
as habilidades da língua foi valorizado ( o falar, o ouvir, ler e escrever).
Na década de 50, a política incentivou a industrialização e em
consequência desse incentivo o sistema educacional viu-se responsável pela
formação de alunos para o mundo do trabalho. O currículo passou a ser mais
técnico, o que acarretou diminuição da carga horária das L.E. . O ensino de
Inglês ganhou mais espaço, em detrimento do ensino de Francês que aos 323
olhos dos dirigentes militares cultivava valores obsoletos e a língua espanhola
também ganhou espaço pela propagação da Literatura no mundo. Após o
golpe militar em 64, a partir da Lei de Diretrizes e Bases, Lei n.5692/71,
desobrigou-se a inclusão de L.E. no currículo alegando que a escola não
deveria contribuir com a impregnação cultural estrangeira. A partir da década
de 70, o ensino de L.E. passou a ser visto como instrumento de classes
favorecidas e portanto ensinada como um acréscimo, um privilégio. Este
modelo foi aceito diante das características histórico-sociais e políticas da
época.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.9394
determinou a oferta obrigatória de uma língua estrangeira moderna no Ensino
Fundamental, a partir da 5ª série, e a escolha do idioma foi atribuída à
comunidade escolar, conforme suas possibilidades de atendimento. Para o
Ensino Médio, a lei determinou que fosse incluída uma língua estrangeira
moderna como disciplina obrigatória , escolhida pela comunidade escolar, e
uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição.
Em 15 de agosto de 1986 foi criado oficialmente o Centro de Língua
Estrangeira Moderna (CELEM), como forma de valorizar o plurilinguismo e a
diversidade étnica que marca a história paranaense. Essa demanda tem sido
preservada pela SEED por mais de vinte anos. Entre os cursos de línguas
estrangeiras ofertados pelo CELEM encontra-se a LEM-Inglês, a qual passará
a ser ofertada pelo Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino
Fundamental e Médio, a partir do ano de 2011, na modalidade de Curso
Básico-CELEM, em atendimento à LDB, como disciplina optativa para os
alunos matriculados no Ensino Médio, com oferta de vagas também para a
comunidade escolar.
B. OBJETIVOS GERAIS
No ensino de Língua Estrangeira, a língua objeto de estudo dessa
disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-
se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o 324
ensino da Língua Estrangeira no CELEM: ensinar e aprender línguas são
também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir
sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheçam no uso da
língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de
proficiência atingido. As aulas de Língua Estrangeira se configuram como
espaços de interações entre professores e alunos e pelas representações e
visões de mundo que se revelam no dia-a-dia. Objetiva que os alunos analisem
as questões sociais político-econômicas da nova ordem mundial, suas
implicações e que desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel
das línguas na sociedade; que usem a língua em situações de comunicação
oral e escrita; que vivenciem, na aula de Língua Estrangeira, formas de
participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e
coletivas; que compreendam que os significados são sociais e historicamente
construídos, portanto, passíveis de transformação na prática social; que
tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; que
reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como
seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
• São objetivos, ainda, do ensino de Língua Estrangeira Moderna –
Inglês:
• Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos pelos
alunos, com vista ao prosseguimento de seus estudos.
• Contribuir para a constituição das identidades dos alunos sujeitos
como agentes críticos e transformadores ao longo do processo educacional.
• Oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que
ampliem as possibilidades de ver o mundo.
• Proporcionar a consciência sobre o que seja língua e suas
potencialidades na interação humana.
• Propiciar o contato com a cultura afro-americana em diferentes
contextos sociais e profissionais.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para
contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante
para apontar um norte comum na seleção de conteúdos específicos.
325
C. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
• Conteúdo Estruturante
O objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo
Estruturante da Língua Estrangeira Moderna é também o Discurso enquanto
prática “educativa” e social, concretizada na oralidade, na leitura, na escrita e ,
sendo que a Análise Linguística permeia essas práticas.
• Conteúdos Básicos
1. Conteúdos Básicos - P1
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:
BilheteCarta pessoal
Cartão felicitaçõesCartão postal
ConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**Comercial para
radio*FolderParódiaPlaca
Publicidade Comercial
Slogan
Esfera produção de circulação:
BulaEmbalagem
PlacaRegra de jogo
Rótulo
Esfera jornalística de circulação:
Anúncio classificados
CartumCharge
Entrevista**Horóscopo
Reportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:Autobiografia
Biografia
Esfera escolar de circulação:
CartazDiálogo**
Exposição oral*Mapa
Resumo
Esfera literária de circulação:
ContoCrônicaFábula
História em quadrinhos
Poema
Esfera midiática de circulação:
Correio eletrônico (e-mail)
Mensagem de texto (SMS)
Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centradas
no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;
326
·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: .
entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas.
·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do gênero;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;. Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas
no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo·Temporalidade; .Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:
·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
327
2. conteúdos Básicos - P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAISEsfera cotidiana de
circulação:Comunicado
Curriculum VitaeExposição oral*
Ficha de inscriçãoLista de compras
Piada**Telefonema*
Esfera publicitária de circulação:
Anúncio**Comercial para
televisão*Folder
Inscrições em muroPropaganda**Publicidade Institucional
Slogan
Esfera produção de circulação:
Instrução de montagem
Instrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de
circulação:Artigo de opinião
Boletim do tempo**
Carta do leitorEntrevista**
Notícia**Obituário
Reportagem**Esfera jurídica de
circulação:Boletim de ocorrênciaContrato
LeiOfício
ProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:
Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oral
Palestra*Resenha
Texto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de
história*Conto
Peça de teatro*Romance
Sarau de poema*
Esfera midiática de circulação:
Aula virtualConversação
chatCorreio eletrônico
(e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: OralidadeFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto; ·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;·Adequação do discurso ao gênero; ·Turnos de fala;·Variações linguísticas.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
PRÁTICA DISCURSIVA: LeituraFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;
Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Léxico: repetição, conotação,
328
·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
denotação, polissemia;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);·Partículas conectivas básicas do texto;·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
PRÁTICA DISCURSIVA: EscritaFatores de textualidade centradas no leitor:·Tema do texto;·Conteúdo temático do texto;·Elementos composicionais do gênero;·Propriedades estilísticas do gênero;·Aceitabilidade do texto;·Finalidade do texto;·Informatividade do texto;·Intencionalidade do texto;·Situacionalidade do texto;·Papel do locutor e interlocutor;·Conhecimento de mundo;·Temporalidade; ·Referência textual.
Fatores de textualidade centradas no texto:·Intertextualidade;·Partículas conectivas básicas do texto;·Vozes do discurso: direto e indireto;·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);·Acentuação gráfica;·Ortografia;·Concordância verbal e nominal.
D. METODOLOGIA
A abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e
garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais
as práticas de leitura, escrita e oralidade interajam entre si e constituam uma
prática sociocultural.
* Prática da Oralidade - As estratégias específicas da oralidade têm como
objetivo expor os alunos a textos orais pertencentes aos diferentes discursos,
329
procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a
expressarem suas ideias em língua estrangeira dentro de suas limitações. É
necessário que se explicite que mesmo oralmente, há uma diversidade de
gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a necessidade de
adequação de variedade linguística para as diferentes situações, tal como
ocorre na escrita e em língua materna. Também é importante que o aluno se
familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. É
importante organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos ;
prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas em seu uso formal
e informal; oriente sobre o seu contexto de acordo com gênero oral
selecionado e selecione discursos de outros para analise dos recursos da
oralidade.
* Prática da Leitura - Ler em língua estrangeira pressupõe a familiarização do
aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes das várias práticas
sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que se está
aprendendo- (literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc.). Serão criadas
condições para que o aluno seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes
textos com que se depare e entenda que por trás de cada texto há um sujeito,
com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da
comunidade em que está inserido. E, além disso, ao interagir com textos
provenientes de diferentes gêneros, o aluno perceberá que as formas
linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo
significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação
em que a prática social de uso da língua ocorre. Para isso é necessário
propiciar práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando o
conhecimento prévio dos alunos, fazer inferências no texto, contextualização e
consequentemente promover uma discussão sobre esses assuntos e com isso
oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
*Prática da Escrita - Com relação a escrita, não podemos esquecer que ela
deve ser vista como uma atividade sócio interacional e significativa, pois em
situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém de quem se constrói
uma representação. Assim, é preciso no contexto escolar que esse alguém 330
seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai
produzir um diálogo imaginário fundamental para a construção do texto e de
sua coerência.
Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor
proporcione aos alunos elementos necessário para que consiga expressar-se e
dos quais não dispõe, tais como conhecimentos discursivos linguísticos, socio-
pragmáticos e culturais. Para isso, é necessária a produção textual seja
planejada a partir da delimitação do tema e seu gênero, amplie leituras sobre
os mesmos, encaminhando a reescrita textual onde será feita análise dos
elementos do texto e seu contexto e com isso conduza a uma reflexão dos
elementos discursivos textuais, estruturais e normativos.
Educação ambiental – Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação
Ambiental, educação fiscal, educação em direitos humanos, história e cultura
afro-brasileira e africana – Lei 10639/03, história e cultura dos povos indígenas
– Lei 11645/08, prevenção ao uso de drogas e sexualidade, serão
contemplados nas aulas de língua estrangeira moderna - inglês por meio de
textos, músicas, filmes que propiciem reflexões sempre que surgir uma
situação oportuna como datas comemorativas, destaque do assunto na mídia
por algum motivo que o exija e em situações de pesquisas, apresentações,
produções de textos, ou de forma entrelaçada aos conteúdos que se
identifiquem com estes temas.
E. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação implica em apreciação e valorização. O que
compreende observar, analisar e refletir sobre as práticas avaliativas, com o
objetivo de favorecer o processo de ensino aprendizagem, ou seja, nortear o
trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do
ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
A avaliação assume a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida, orientar as intervenções pedagógicas, embasar
331
as discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas
produções .
A avaliação será diagnóstica e contínua, constituindo-se num
instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções pedagógicas.
Realizar-se-á através instrumentos diversificados como : pesquisas diversas,
seminários, em atividades individuais ou em grupo, relatórios, debates, tarefas
propostas, simulados, provas orais e escritas, discussões , jogos e atividades
orais e escritas. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas
expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A recuperação de conteúdos ocorrerá de forma paralela, sempre
que o professor diagnosticar situações de não aprendizagem dos conteúdos
trabalhados. A recuperação de notas ocorrerá ao final de cada bimestre, no
valor de 0,00 a 10,0, sendo oportunizada a todos os alunos, independente do
grau de apropriação dos conhecimentos de cada um deles.
A recuperação será organizada com atividades trabalhadas
durante todo o bimestre, com procedimentos didático-metodológicos
diversificados ( pesquisas, testes, provas, produção de textos, etc.).
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados
durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e
as dificuldades detectadas, para que haja um aperfeiçoamento da metodologia
adotada, visando prosseguir os trabalhos de forma satisfatória.
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano
letivo.
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução
3794/2004.
Os alunos do CELEM que apresentarem freqüência mínima de
75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;332
II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e
média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
Critérios de Avaliação:
1. Leitura:
Espera-se do aluno:
*11 Realização de leitura compreensiva do texto;
*12 Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
*13 Posicionamento argumentativo;
*14 Ampliação do horizonte de expectativas;
*15 Ampliação do léxico;
*16 percepção do ambiente no qual circula o gênero;
*17 Identificação da ideia principal do texto;
*18 Análise das intenções do autor;
*19 Identificação do tema;
*20 Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
*21 Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo.
• Escrita:
Espera-se do aluno:
• Expressão de ideias com clareza;
• Elaboração de textos atendendo:
- às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e
função do artigo, pronome, substantivo,etc.
• Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em
conformidade com o gênero proposto.
333
• Oralidade
Espera-se do aluno:
Utilização do discurso de acordo com a situação de produção
(formal/informal);
Apresentação de ideias com clareza;
Compreensão de argumentos no discurso do outro;
Exposição objetiva de argumentos;
Organização da sequência da fala;
Respeito aos turnos da fala;
análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário
em língua materna;
Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas
infanto-juvenis, filmes, etc.
Recursos didáticos
No decorrer das aulas, serão utilizados: o quadro, filmes, TV
multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de apoio,
entre outros.
F. REFERÊNCIAS
____Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fund. E Médio. Apucarana, 2011.
_______Regimento Escolar. Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fund. E Médio. Apucarana, 2009.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED-PR, 2008.
334
XI. ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM CONTRATURNO
O Colégio Estadual Osmar Guaracy Freire – Ensino Fundamental e
Médio desenvolve Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
ofertando, em 2011, uma atividade no período matutino, atendendo alunos de
7º e 8º anos do Ensino Fundamental, e uma atividade no período da tarde,
atendendo alunos do Ensino Médio.
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11.1 Atividade Complementar Curricular em Contra turno - Projeto “Aprofundamento da Aprendizagem da Língua Portuguesa - Leitura e Produção de Textos”
ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Colégio Estadual Osmar Guaracy FreireEnsino Fundamental e Médio
MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem
NOME DA ATIVIDADE Aprofundamento da Aprendizagem da Língua Portuguesa - Leitura e Produção de Textos
TURNO Tarde
NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino Fundamental – 8ª séries
NÚMERO DE ALUNOS 25
OBJETIVOS
Essa proposta visa:
* criar situações reais de uso da língua portuguesa, através de atividades significativas que envolvam a escola, a comunidade, os pais e os amigos;
* reforçar o trabalho já feito em sala de aula pelos professores de língua portuguesa e demais áreas.
* estimular a reflexividade, o posicionamento crítico e a capacidade de sintetizar os conhecimentos adquiridos.
* possibilitar que os estudantes desenvolvam suas habilidades de escrita e e de domínio da língua portuguesa padrão, habilidades estas necessárias para a efetiva comunicação escrita.
* desenvolver a capacidade de produzir textos de gêneros diversificados;estimular a ampliação da responsabilidade e do senso de organização dos
alunos;* privilegiar o trabalho em equipe, visando a mobilização e cooperação;proporcionar situações em que os alunos utilizem a linguagem
significativamente;* trabalhar com gêneros textuais diversificados;* criar, incentivar e manter o gosto pela leitura.
CONTEÚDOS
Formar leitores e escritores proficientes deve ser um dos objetivos do ensino de Língua Portuguesa. A capacidade de ler criticamente garante ao indivíduo condições de interferir no meio em que está inserido, podendo, inclusive, transformar a realidade.Ler e escrever devem ser considerados dois atos inseparáveis. A prática da leitura favorece a escrita. Por isso faz-se necessário propiciar e/ou ampliar os conhecimentos dos alunos por meio de leituras e reflexões que contemplem a variedade de gêneros textuais.Com esse propósito serão elaboradas sequências didáticas que desenvolvam
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os seguintes conteúdos: - Leitura de diversos gêneros. - Reflexão sobre a finalidade, as características e a linguagem de cada gênero. - Interpretação oral e escrita dos gêneros estudados. - Produção de textos a partir de temas e gêneros propostos pelo professor e/ou de interesse dos alunos. - Análise e reescrita dos textos produzidos: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem o gênero. - Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos, função das classes gramaticais no texto. - Exposições orais e apresentação dos textos produzidos pelos alunos.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Alunos dos 7º e 8º anos do ensino fundamental, regularmente matriculados no período da tarde, frequentam, em contra turno, as aulas de aprofundamento da Língua Portuguesa.Os trabalhos com os alunos serão orientados e mediados pela professora com atividades diferenciadas, elaboradas e planejadas por meio de sequências didáticas.Haverá momentos de trabalhos em grupo e individual, com leituras e temas que despertam o interesse e a participação dos alunos.Serão promovidos momentos em que se faça necessário o uso da linguagem oral e escrita e que esse uso aproxime-se o máximo possível de situações reais. Falar, escutar, refletir e escrever farão parte de atividades, sendo devidamente planejadas para esses propósitos: leitura, produção, dramatização, debate, pesquisa, simulação, etc. Recursos tecnológicos também serão utilizados como instrumentos auxiliares no processo de ensino e aprendizagem. O computador, por exemplo, servirá como um valioso instrumento pedagógico. Os alunos poderão criar seus próprios arquivos, produzir materiais impressos – como a edição de um livro com textos elaborados pela turma – entre outras possibilidades.Livros, dicionários, enciclopédias e gramáticas estarão disponíveis para leituras e consultas, com o intuito de conscientizar os alunos da importância desses materiais para sanar dúvidas e e ampliar conhecimentos.As questões de estudo do texto serão respondidas oralmente, para evitar que os aprendizes associem a leitura do texto à tarefa, para eles às vezes enfadonha.
AVALIAÇÃO
Serão considerados como critérios de avaliação a frequência dos alunos, o cumprimento do cronograma das atividades específicas, o atendimento às necessidades de leitura, escrita e socioeducacionais dos participantes, a produção de textos de gêneros variados e a socialização dos mesmos. A Atividade será avaliada continuamente pela professora e periodicamente pela equipe pedagógica e direção. Como instrumentos, serão utilizados os trabalhos produzidos pelos alunos e a participação efetiva dos mesmos nas
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atividades propostas pelo professor .
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO - Espera-se que as atividades desenvolvidas consigam envolver os alunos em situações comunicativas reais, com significado, criando situações de companheirismo, cooperação e aprendizagem, formando, assim, leitores capazes de interpretar com criticidade os textos lidos e escritores competentes, capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.PARA A ESCOLA – Espera-se a melhoria da aprendizagem em língua portuguesa. PARA A COMUNIDADE – Espera-se que a comunidade na qual os alunos se inserem, seja beneficiada pela aprendizagem conquistada pelos mesmos, os quais, a partir da participação na atividade complementar curricular, estarão melhor qualificados para o trabalho, para avaliações nacionais como a Prova Brasil e o ENEM, além de concursos públicos e vestibulares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa. SEED: Curitiba, 2008.
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11.2 Atividade Complementar Curricular em Contra turno - Projeto “Aprofundamento da Aprendizagem na Disciplina de Matemática”
ESTABELECIMENTO DE ENSINO
COLÉGIO ESTADUAL OSMAR GUARACY FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
MACROCAMPO Aprofundamento da Aprendizagem
NOME DA ATIVIDADE Aprofundamento da Aprendizagem na Disciplina de Matemática
TURNO Tarde
NÍVEL DE ESCOLARIDADE Ensino Médio
NÚMERO DE ALUNOS 25
OBJETIVOS
* Proporcionar para o aluno o aprofundamento na aprendizagem dos conteúdos vistos no ensino regular utilizando metodologias diferenciadas.
* Enfatizar a preparação do aluno para concursos, Enem e vestibulares seriados e tradicionais.
* Desenvolver a capacidade de identificar, formular, ler e resolver situações problemas. Garantir a compreensão de diferentes formas de raciocínio e habilidades, estabelecendo elos de significação entre ideias matemáticas e a vida cotidiana do educando.
* Estimular a curiosidade, o interesse e a criatividade do aluno para que ele explore novas ideias e descubra novos caminhos na aplicação dos conceitos adquiridos e na resolução de problemas.
* Possibilitar ao aluno o reconhecimento da inter-relação entre vários campos da matemática e desta com outras áreas.
* Desenvolver no aluno o uso do pensamento, a elaboração de hipóteses, a descoberta de soluções e a formação de conclusões.
CONTEÚDOS
Aprofundamento de conhecimentos e revisão de conteúdos dos ensinos fundamental e médio, tais como: números e álgebra, grandezas e medidas, geometrias, funções e tratamento da informação.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Será trabalhado o conhecimento matemático de forma interligada, a fim de que o aluno tenha uma visão global dos conteúdos, procurando relacionar estes, sempre que possível, com realidades do quotidiano.Serão aplicados também exercícios, atividades e simulados nos moldes dos concursos, vestibulares e Enem.Os conteúdos serão abordados através das tendências metodológicas da Educação Matemática (resolução de problemas, mídias tecnológicas, história
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da matemática e investigações matemáticas), conforme o que consta nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica.Pretende-se utilizar metodologias diversificadas que estimulem o gosto dos alunos pela matemática. Também serão utilizados os recursos tecnológicos existentes no colégio como forma de motivação e de enriquecimento das práticas pedagógicas.
AVALIAÇÃO
Proceder-se-á uma observação constante com o objetivo de verificar se o aluno “comunica-se matematicamente, oral ou por escrito” (BURIASCO, 2004) e compreende, por meio da leitura, o problema matemático, encontrando meios diversos para a resolução dos problemas propostos. Também será averiguado constantemente junto aos professores do ensino regular se estão ocorrendo melhorias na aprendizagem dos alunos nas aulas de matemática .
RESULTADOS ESPERADOS
PARA O ALUNO - Espera-se que haja uma melhora do conhecimento matemático, de um modo geral, a fim de o aluno obtenha um maior êxito no ensino regular, bem como em provas de vestibulares, Enem, concursos e nas situações cotidianas.PARA A ESCOLA – Espera-se propiciar ao aluno mais uma ferramenta para enriquecimento de sua aprendizagem, melhorando, assim, a qualidade do ensino ofertado pela escola.PARA A COMUNIDADE – Espera-se que por meio da convivência dos alunos participantes das atividades complementares na comunidade onde se inserem haja uma socialização do conhecimento adquirido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASDANTE, Luiz Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2008.GIOVANNI, J. R.; BONJORNO, J. R. Matemática Completa. São Paulo: FTD, 2005.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática. SEED: Curitiba, 2008.
340
XII- REFERÊNCIAS
AGUIAR, W; BOCK, A; OZELLA, S. A orientação profissional com adolescentes: um exemplo de prática na abordagem sócio-histórica. In: BOCK, A.; GONÇALVES, M. G.; FURTADO, O.(Orgs.). Adolescências construídas: a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002. p. 163-178.
ARIÈS, P. A História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1978.
BRASIL. Lei nº 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da União]. Brasília: MEC, 23 dez.1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Funcionários de escolas : cidadãos, educadores, profissionais e gestores/elaboração: João Antônio Cabral de Monlevade. – Brasília : Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, 2005.
CBIA/Ministério do Bem- Estar Social. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasil, 1990.
CERRI, Luís Fernando. O que a história fez com a lógica de organização dos conteúdos, e o que o ensino de História fará com essa história? In: Diretrizes Curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná: ensino fundamental - versão preliminar. Curitiba: 2005.
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 8ª. Edição, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
INHELDER & PIAGET. 1976. Da lógica da Criança à Lógica do Adolescente. Pioneira. SP.
KHULMANN Jr., M. Infância e educação infantil – uma abordagem histórica. Porto
341
Alegre: Mediação, 1998.
LUCK, Heloisa et. Al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.
OZELLA, S. (Org). Adolescências construídas – a visão da psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2003.
PALÁCIOS, J. O que é a adolescência. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. p. 263 - 272. v. 1.
PALANGANA, I. C. A concepção de Lev Semynovich Vygotsky. In: ______. Desenvolvimento e Aprendizagem em Piaget e Vygotsky: A relevância social. São Paulo: Summus, 2001. cap. 2. p. 85-125.
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Cadernos témáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba:SEED-PR,2005
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes curriculares da educação básica da disciplina de arte. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes curriculares da educação básica de ciências Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes curriculares da educação básica de educação física Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de ensino religioso Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de geografia . Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de história .Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de língua portuguesa e literatura. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de matemática .Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares de língua estrangeira moderna .Curitiba: SEED, 2008
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PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de biologia. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de física. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de química. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de filosofia. Curitiba: SEED, 2008
PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Diretrizes Curriculares da educação básica de sociologia. Curitiba: SEED, 2008
PIAGET, Jean. Os Estágios do Desenvolvimento Intelectual da Criança e do Adolescente. In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
VIGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VIGOTSKY, L.S. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1987
343
XIII – MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL DE 6ª AO 9º ANO
NRE: APUCARANA MUNICÍPIO: APUCARANA CÓDIGO: 0140ESTABELECIMENTO: COLÉGIO EST. OSMAR GUARACY FREIRE – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - CÓDIGO: 0550ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS. FUND. 6/9 ANOS - TURNOS: MATUTINO E VESPERTINOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 – SIMULTÂNEA – MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
6º ANO 7º ANO 8º ANO 9º ANO
Ciências 3 3 3 4
Arte 2 2 2 2Educação Física 3 3 3 3Ensino Religioso* 1 1 0 0
Geografia 3 3 3 3
História 3 3 4 3Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
SUBTOTAL 22 22 23 23
PARTE
DIVERSIFICADA
LEM-Inglês 2 2 2 2
SUBTOTAL2 2 2 2
TOTAL GERAL25 25 25 25
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
344
XIV– MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO
MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIONRE: APUCARANA MUNICÍPIO: APUCARANA CÓDIGO: 0140ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL OSMAR GUARACY FREIRE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO - CÓDIGO: 0550ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MATUTINOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 - SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS 1ª Série 2ª Série 3ª Série
ARTE0 2 2
BIOLOGIA2 2 2
EDUCAÇÃO FÍSICA2 2 2
FILOSOFIA2 2 2
FÍSICA2 2 2
GEOGRAFIA2 2 3
HISTÓRIA2 2 3
LÍNGUA PORTUGUESA4 2 3
MATEMÁTICA3 3 2
QUÍMICA2 2 2
SOCIOLOGIA 2 2 2
SUBTOTAL 23 23 23
Parte Diversificada
L.E.M - ESPANHOL
2 2 2
SUB -TOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL
25 25 25
Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDBEN nº 9394/96
345
XV – PROPONENTES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
NOME FUNÇÃO ASSINATURA
Marlene Beletato Diretora
Renata Melissa B.Cabrini Pedagoga
Sandra Sirlei G. Lazarini Pedagoga
Adauto Vicente Alves Professor/Matemática
Aline Costa Lovo Professora/Geografia
Antonio Paulo Mancino Professor/Química
Arnaldo dos Santos Professor/Inglês
Denise Vitor de Souza Professora/Espanhol
Diva Aparecida Fornel Professor/Geografia
Elivete Maciel de Sousa Professora/Ed.Especial
Erci Lopes Camargo Professor/Geografia
Fabiana Patrícia P. Neri Professora/Inglês
Helena Pereira Cazarin Professora/L. Port. e Ingl.
Jorge Miguel da Silva Professor/LEM Espanhol
Luceli Aparecida da Silva Professora/L.Portuguesa
Luiz Antonio S. Rosa Professor/Ed. Física
Marcelo Spolador Professor/Filosofia
Márcia Pereira da Cunha Professora/L. Portuguesa
Maria Édna da Glória Profª Readap./Apoio Ped.Maria Isabelle Palma Gomes C. de P. Souza Professora/Hist. e En.Rel.
Milene Mayumi Makita Professora/Arte
Neide Maria da S. Grande Profª Readap./Apoio Ped.
Reinildis P. Gasparetto Professora/Biologia
Rosiane Novais da Costa Professora/Ciências
Salete Zanlorenzi Professora/His./Sociol.
Sebastião José Nogueira Professor/Ciências
Simone Moreira de Oliveira Professora-CELEM-Ingl.
Simony Zandonadi Professora/Química
Viviani Joly A . Martins Professora/Matemática
Benedito Raimundo Tec. Adminstrativo
Cícero Leandro Mortean Secretário
Eledir Neres Carneiro Aux. Serv. Gerais
Elida Cristina dos Santos Téc. Administrativo
Lucinara Chmereha Brito Aux. Serv. Gerais
Maria Regina Sassi Silva Aux. Serv. Gerais
Marisa M. Carvalho Repr. da APMF
Jose Iran de Almeida Repr. Cons. Escolar
346
ANEXOS
347
PLANO DE ESTÁGIO
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
NOME: COLÉGIO ESTADUAL OSMAR GUARACY FREIRE – ENS. FUND.
E MÉDIO
ENDEREÇO: RUA SERRA DO MAR, 90 – NÚCLEO ADRIANO CORRÊA
ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – GOVERNO DO ESTADO DO
PARANÁ
MUNICÍPIO: APUCARANA - PARANÁ
NRE: APUCARANA
IDENTIFICAÇÃO DO CURSO
Habilitação: ENSINO MÉDIO
Nome do Professor Orientador: Sandra Sirlei Guirro Lazarini
Ano Letivo: 2010
JUSTIFICATIVA
O Estágio Profissional é uma atividade curricular, um ato educativo
assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração
dos estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso
pedagógico que permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e
a formação teórico-prática adquiridas nos estabelecimentos de ensino,
oportunizando a formação de profissionais com percepção crítica da realidade
e capacidade de análise das relações técnicas de trabalho.
O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades
a serem executadas devem estar devidamente adequadas às exigências
pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal, profissional e social do
educando, prevalecendo sobre o aspecto produtivo. 348
O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática
está presente por ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o
entendimento do mundo do trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida
profissional, conhecer formas de gestão e organização, bem como articular
conteúdo e método de modo que propicie um desenvolvimento ominilateral.
Sendo também, uma importante estratégia para que o aluno trabalhador tenha
acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.
O Estágio Profissional Supervisionado, de caráter não obrigatório,
atende as necessidades da escola conforme previsto na legislação vigente:
*22 Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;
*23 Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;
*24 Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
Adolescente, em especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que
estabelece os princípios de proteção ao educando;
*25 O Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis
do Trabalho- CLT, que estabelece que as partes envolvida devem tomar os
cuidados necessários para a promoção da saúde e prevenção de doenças e
acidentes, considerando principalmente, os riscos decorrentes de fatos
relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do
trabalho e a;
*26 Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.
*27 Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED
O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os
Estágios dos Alunos do Ensino Médio.
OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO
Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo
do trabalho, propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da
prática social, contemplando as diversas áreas que contribuem para a
formação integral do aluno.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO
349
* Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao curso do
Ensino Médio;
* Oportunizar experiência profissional diversificada na área de abrangência do
curso;
* Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no
campo de estágio;
* Desenvolver projetos disciplinares e/ou interdisciplinares nos diversos setores
do campo de estágio.
LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO
O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas
desde que esteja relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a
Proposta Curricular do curso.
ATIVIDADES DO ESTÁGIO
O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o
momento de inserção do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo
que coloque os conhecimentos construídos ao longo das séries em reflexão e
compreenda as relações existentes entre a teoria e a prática.
Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como
instante de seleção, organização e integração dos conhecimentos construídos,
porque possibilita ao estudante contextualizar o saber, não apenas como
educando, mas como cidadão crítico e ético, dentro de uma organização
concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a desempenhar.
ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO
O Estágio Profissional Supervisionado, concebido como
procedimento didático-pedagógico e como ato educativo intencional é atividade
pedagógica de competência da instituição de ensino, sendo planejado e
avaliado em conformidade com os objetivos propostos para a formação 350
profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-Pedagógico, Plano de
Curso e descrito no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável
pelo desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de
Estágio, observado:
• Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou
com seu representante ou assistente legal e com a parte concedente,
indicando as condições adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso,
à etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e
calendário escolar;
• Respeitar legislação vigente para estágio obrigatório;
• Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de
18 anos; com seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade
contada na data de assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se
idade inferior a 16 anos e com o ente concedente, seja ele privado ou público;
• Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público
ou privado concedente do estágio;
• Elaborar o Plano de Estágio, a ser apresentado para análise juntamente
com o Projeto Político Pedagógico;
• Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável
pelo acompanhamento e avaliação das atividades;
• Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;
• Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do
estágio previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação
Técnica e Convênios que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado
pelo professor orientador de estágio;
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estudante, vedadas atividades:
a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;
b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas
horas de um dia às cinco horas do outro dia;
351
c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica
e moral;
d) perigosas, insalubres ou penosas.
PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO
O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação de professor
orientador de estágio, especificamente designado para essa função, o qual
será responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades.
COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR
• Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o
Termo de Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta:
local de estágio; agentes físicos, biológicos e químicos; o equipamento de
trabalho e sua utilização; os processos de trabalho; as operações e a
organização do trabalho; a formação e a instrução para o desenvolvimento
das atividades de estágio;
• Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades,
em prazo não superior a 6 (seis) meses;
• Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de
Estágio e o Calendário Escolar;
• Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o
cronograma de atividades a serem realizadas pelo estagiário;
• Proceder a avaliações que indiquem se as condições para a realização
do estágio estão de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no
Termo de Compromisso, mediante relatório;
• Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;
• Conhecer o campo de atuação do estágio;
• Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de
Compromisso;
352
• Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos
conteúdos aprendidos à prática pedagógica;
• Orientar os estagiários na elaboração do Plano Individual de Estágio,
relatórios e demais atividades pertinentes;
• Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao
local, procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre
outro Propor alternativas operacionais para realização do estágio;
• Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades
previstas no estágio;
• Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das
atividades dos estagiários;
• Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.
ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO
A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão
contar com serviços auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados,
mediante condições acordadas em instrumento jurídico apropriado.
Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de
personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que
estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de
fiscalização profissional.
Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio,
cumpridos os requisitos citados anteriormente, e estará criada a condição legal
e necessária para a realização do estágio supervisionado na organização
concedente de estágio.
A organização escolhida como concedente do estágio deverá
possuir condições mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser
assistido e participar das atividades, durante a execução do estágio
supervisionado. Ofertando instalações que tenham condições de proporcionar
ao aluno, atividades de aprendizagem social, profissional e cultural.
353
O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de
proteção ao estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente,
sendo vedadas algumas atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA
e também 405 e 406 da CLT).
Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios
relacionados a transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não
caracterizando vínculo empregatício.
A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar
acompanhamento de profissionais especializados aos estagiários com
necessidades educativas especiais.
A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a
disposição para eventual fiscalização. A oferta de estágio pela parte
concedente será efetivada mediante:
• Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o
estudante;
• A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante
atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;
• Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou
experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do
estagiário, para orientar e supervisionar o desenvolvimento das atividades
de estágio;
• Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário,
cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no
Termo de Compromisso de Estágio e no caso de estágio obrigatório, a
responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais,
poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de
ensino;
• Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por
ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das
atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;
• Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo
354
funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio;
• Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.
• Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento
de ensino;
• Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de
estágio;
• Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na
empresa;
• Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;
• Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que
permitam uma visão real da profissão;
• Ambiente receptivo e favorável ao desenvolvimento do estágio.
propiciar
• Deverá ser indicado pela empresa concedente, um responsável para
supervisionar e acompanhar o estágio e ter conhecimento técnico ou
experiência na área.
ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO
A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades
escolares e constar no Termo de Compromisso, considerando:
• A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou
assistente legal, se menor;
• A concordância da instituição de ensino;
• A concordância da parte concedente;
• O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento
dos demais compromissos escolares;
• A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte,
alimentação e saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;
• Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de
contraprestação, sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1
(um) ano, um período de recesso de 30 (trinta) dias, a ser gozado 355
preferencialmente durante suas férias escolares.
• Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no
trabalho, sendo sua implementação de responsabilidade da parte
concedente do estágio.
ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:
• Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;
• Participar de atividades de orientação sobre o estágio;
• Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;
• Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador
de Estágio.
DURANTE A REALIZAÇÃO:
Conhecer a organização da Unidade Concedente;
Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da
carga horária no período estabelecido pelo o professor orientador de
Estágio;
Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;
Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;
Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;
Cumprir o Plano Individual de Estágio e o Termo de Compromisso
firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade Concedente.
Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para
discussão do andamento do estágio;
Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e
responder pelos danos pessoais e materiais causados;356
DEPOIS DA REALIZAÇÃO
• Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas
exigidas;
• Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do curso;
FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO
O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em
Instituições Públicas e/ou Privadas, por um responsável que deverá ter
conhecimento na área.
Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de
encaminhamento:
2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento ao
Plano Individual de Estágio do aluno, que deverá ser traçado juntamente com o
estagiário e deverá ser instrumento de base ao Supervisor do local de
realização do Estágio.
2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e
concretização do Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando
seguir o plano estabelecido pelo Aluno e pelo Professor Orientador.
As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade
da situação do estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos
telefônicos, documentação de estágio exigida pela escola, de maneira a
propiciar formas de integração e parceria entre as partes envolvidas.
Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a serem
aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:
357
A avaliação do Estágio Profissional Supervisionado é concebida como
um processo contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto,
estar presente em todas as fases do planejamento e da construção do
currículo, como elemento essencial para análise do desempenho do aluno e da
escola em relação à proposta.
• Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;
• Relatório apresentando os conteúdos observados durante o Estágio
Profissional Supervisionado.
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