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ESCOLA DOM JAIME LUIZ COELHO – EDUCAÇÃO INFANTIL, ENSINO
FUNDAMENTAL, PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO DE JOVENS E AD ULTOS –
MODALIDADE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
MANDAGUARI 2010
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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A Escola Dom Jaime Luiz Coelho envolve-se como um todo na elaboração do
Projeto Político Pedagógico.
Nestes últimos anos, as Escolas Especiais tem passado por momentos de
profunda reflexão, buscando oferecer cada dia mais a escola se torne um ambiente aberto
e acolhedor, visando a participação de todos neste processo de construção de uma
escola inclusiva.
Entendemos o ser humano como sujeito social e histórico, fazendo parte de uma
organização familiar, inserida numa sociedade, tendo uma cultura e vivenciando um dado
momento histórico.
Assim a escola não tem apenas a função de produzir e difundir o saber
culturalmente construído através dos tempos, mas tem o compromisso com a formação
do cidadão, pautado nos princípios de dignidade, igualdade de direitos, solidariedade,
respeito e não discriminação, buscando o exercício consciente da cidadania, construção
de sua identidade social e a preparação para o trabalho.
Nossa escola tem buscado em seu trabalho oferecer atendimento aos nossos
educandos, considerando a diversidade destes, oferecendo práticas educativas
adequadas às suas necessidades de além do que a escola tem tentado implementar
suas ações em relação às práticas inclusivas junto a comunidade onde está inserida.
1.1 Dados da Mantenedora
MANTENEDORA: Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari
CNPJ: 78.961.034/0001-30
ENDEREÇO: Rua Barão do Rio Branco, 572 – Jardim Esplanada
Mandaguari – PR, CEP 86.975-000, Caixa Postal 246
TELEFONE/ FAX: (44) 3233-1388
DATA DE FUNDAÇÃO : 26 de junho de 1967
REGISTROS:
CNAS – Nº. 28987010544/94-04
CERTIFICADO DE FINS FILANTRÓPICOS : Nº44006001791/99-88
UTILIDADE PÚBLICA
MUNICIPAL – Nº. 2/69 de 11/09/69
ESTADUAL – Nº. 6286 de 15/06/72
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FEDERAL – Nº. 9333 de 03/10/86
PREDIDENTE: Luiz Carlos Bovo
ENDEREÇO: Rua João Ernesto Ferreira, 1.700 – Centro
Mandaguari – PR, CEP 86.975-000
CPF: 054.792.749-53
RG: 514.982/SSP/PR
1.2 Dados da Escola
NOME DA ESCOLA
Escola Dom Jaime Luiz Coelho – Educação Infantil, Ensino Fundamental, Profissional e
Educação de Jovens e Adultos – Modalidade de Educação Especial
ENDEREÇO
Rua Barão do Rio Branco, 572 – Jardim Esplanada
Mandaguari-PR, CEP 86.975-000, Caixa Postal 246
TELEFONE/ FAX (44) 3233-1388
LOCALIZAÇÃO
Jardim Esplanada – Zona Urbana – Próximo às Estações Ferroviária e Rodoviária
NRE DE ENSINO
NOME: NRE de Maringá
ENDEREÇO: Avenida Carneiro Leão, 93 – Maringá-PR
CEP 87.013-080 TELEFONE: (44) 3218-7100
DATA DE CRIAÇÃO DA ESCOLA: 26 de agosto de 1967
AUTORIZAÇÃO: DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – CEE
Nº. 498/68
DATA: 18/01/68
RECONHECIMENTO: DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO –
CEE
Nº. 4842/99
DATA: 28/12/99
TURNO DE FUNCIONAMENTO
MANHÃ: das 7:45 às 11:45 horas
TARDE: das 13:00 às 17:00 horas
NÍVEL DE ENSINO OFERTADO: Ensino Fundamental (1º ciclo)
PROGRAMAS E PROJETOS ESPECIAIS OFERTADOS PELA ENTID ADE
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1. Educação Infantil
2. Ensino Fundamental/ Educação Especializada
3. Educação Profissional
3.1 Programas e Projetos Especiais: Estimulação Essencial; Método Estruturado
(baseado na Metodologia Teacch); Programa de Habilidades e Conceitos Básicos;
Serviço de Apoio Pedagógico Especializado.
1.3 Histórico da Escola
A fundação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari
ocorreu dia 26 e junho de 1967, em uma reunião na Escola Normal Princesa Isabel.
O Primeiro presidente desta foi o Sr. Manuel D. Sanches, cujo mandato foi de 28
de junho de 1967 a 31 de dezembro de 1969, conforme ata arquivada.
Essa diretoria criou a Escola de Excepcionais “Dom Jaime Luiz Coelho”, que
passou a funcionar no dia 24 de agosto de 1967, com 24 alunos, 06 professores
municipais, 01 professora estadual, dentre elas, duas especializadas.
A Escola Dom Jaime Luiz Coelho tem sua sede própria, desde a fundação, na Rua
Barão do Rio Branco, nº572.
Iniciou suas atividades em um prédio de madeira, onde funcionava a Escola
Estadual Grupo Escolar Marechal Costa e Silva. Esse prédio foi doado para esta escola
no mandato do Presidente Manuel Donha Sanches.
Diretoras da Escola Dom Jaime Luiz Coelho:
1ª. – Firomi M. Saito...................................................16/08/1967 a 1968
2ª – Adriana J. F. Dias ...............................................1969
3ª – Neusa Hamamoto .............................................. 16/07/1970 à 04/01/1975
4ª – Henriqueta Favaro .............................................. 05/01/1975 à 31/03/1979
5ª – Josefa Malacário ................................................. 01/04/1979 até a presente data
Primeiro presidente da APAE de Mandaguari: Sr. Manuel Donha Sanches
Mandato: 28/06/1967 a 31/15/1969
Realizações:
Fundou a Escola de Excepcionais Dom “Jaime Luiz Coelho” da APAE de
Mandaguari.
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Funcionamento : Em 24 de agosto de 1967 com 24 alunos, 06 professores
municipais, 01 estadual, sendo duas professoras especializadas.
A Escola tem sua sede própria desde sua fundação na Rua Dr. Miguel Couto, em
um prédio de madeira onde funcionava o Grupo escolar Marechal Costa e Silva. Esse
prédio e o terreno foram doados na gestão do Prefeito Manuel Donha Sanches que
também foi o primeiro presidente. A escola continua no mesmo terreno, só que, a entrada
da escola passou para a Rua Barão do Rio Branco, 572.
Segundo Presidente da APAE de Mandaguari : Domingos Pereira
Mandato : 25/06/1969 a 19/07/1987
Diretoras : Adriana J. F. Dias, Neusa Hamonato, Henriqueta Fávoro e Josefa
Malacário.
Realizações :
Em 1971, foi construída a primeira ala de alvenaria, abrangendo 10 salas de aulas,
bem como foram legalizadas as datas de terra Nº 15 e 16.
Em 1972, foi construída a segunda ala de alvenaria com 03 sanitários, um salão
para a futura instalação da marcenaria, refeitório, área de serviço, despensa e cozinha.
Em 1973, foi adquirida a data de terra n.º 4.
Em 1974, foram adquiridas as datas de terra n.º 13 e 14.
Em 1978, iniciou-se a construção da terceira ala da escola em alvenaria, sendo
interrompida nos alicerces por falta de recursos financeiros.
Em 1983, foi realizada reforma dos três banheiros da segunda ala.
Em 1986, com recursos financeiros da Nederlands Comitê Voor Kinderpostzegls da
Holland, completou-se a terceira ala da Escola, num total de 447,72 m² de construção. Foi
construída a área administrativa e pedagógica: Secretaria da Escola, sala de Orientação
Pedagógica, Direção, Sala de Material de Consumo e Arquivo Morto, Lojinha, sala de
Contabilidade da APAE, três banheiros e área de circulação.
Em 1986, com recursos da PROVOPAR ( Ação Social – Programa do Voluntariado
Paranaense), foi dado continuidade à construção da terceira ala, sendo construída a sala
de Fisioterapia, subdividida em dois consultórios, fisioterapia e Setor Médico. Foram
concluídos em 1987.
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Em 27 de fevereiro de 1987 , a pedido da Federação Nacional das APAEs, mudou-
se o nome da Associação de Pais e Amigos da Criança Excepcional de Mandaguari para
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mandaguari.
O Sr. domingos Pereira ficou na presidência da APAE até 1987, quando por
motivos particulares pediu demissão do cargo, assumindo a vice-presidente Maria Inês
Botelho até 27/12/1988.
Terceiro Presidente da APAE de Mandaguari : Maria Inês Botelho
Mandato : 28/12/1988 a 30/08/1995
Diretora : Josefa Malacário
Realizações :
Em 1990, com recursos da FUNDEPAR, foram concluídos o Consultório
Psicológico e sala de Serviço Social, pertencentes a terceira ala da escola.
Em 1991, foram realizadas construções e adquiridos materiais com recursos
próprios da APAE e da FUNDEPAR, construiu-se mais três salas e o consultório
odontológico. Com recursos da Nederlands Comitê Voor Kinderpostze gls da Holland
e do Ministério da Saúde , adquiriu-se todos os aparelhos e instrumentais do consultório
odontológico. Com recursos do CORDE, construiu - se a sala de Fonoaudiologia,
Psicomotricidade, Educação Precoce e Banheiro. Foram 86,26 m2 de construção,
incluídos na terceira ala da escola. Com recursos da LBA e MEC, iniciou-se a quarta ala
da escola, em alvenaria, sendo construído um depósito para madeiras e um salão para a
futura instalação da Marcenaria, com um sanitário interno.
Em 1992, foram concluídos 111,36 m² de construção.
Também em 1992 , iniciou-se a construção de uma piscina de 7x14 m, com 98 m² .
Em 1993, foi concluída a piscina, sendo construída uma cerca de alambrado de 47
metros, protegendo a piscina e o playground dos alunos.
Em 1993, foi regulamentada a data de terra n.º 01.
Em 1993, foram instalados 510 m2 de piso antiderrapante em 10 salas e na
circulação da primeira e segunda ala da escola. Também foi construído um banheiro
dentro de uma sala de aula, porque o programa de Educação Precoce II foi ampliado.
Em 1995, foi doada pela PROVOPAR uma Kombi, 0 KM, ano 1995, Cor Branca,
Chassis 9BWZZZ231SP0034142, a Gasolina, a ser utilizada para o transporte dos alunos
desta escola.
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Em 28 de dezembro de 1995 , foi vendida uma Kombi ano 1985, Cor Bege, a
álcool, Chassis 9bWZZZ23xfp001510 para Vanessa Rosana Movivo no valor de R$
4.000,00 (quatro mil reais).
Em 19/03/1996, adquiriu-se um veículo Gol 1000, ano 1994, cor azul, a gasolina,
Chassis 9BWZZZ30ZRT119647 no valor de R$ 7.500,00 (sete mil e quinhentos reais),
para ser utilizado a serviço da escola.
Em setembro de 1995 a presidente Maria Inês se afastou para candidatar-se a
prefeita, assumiu o Sr. Osni Del Moro vice-presidente até 01/09/1995.
Quarto Presidente da APAE de Mandaguari : Osni Del Moro
Mandato : 25/03/1996 a 15/03/2002
Diretora : Josefa Malacário
Realizações :
Em 1996, foram regulamentadas as datas de terra n.º 02 e 03.
Em 1996, com recursos do MEC/FNDE foi ampliada a quarta ala da área de
profissionalização, com 144,38 m² de construção, sendo quatro salas e um almoxarifado
para ferramentas.
Ainda em 1996 , com recursos do MEC/FNDE, foi construída uma sala de
Educação Precoce de 60,38 m² com lavatório especial, chuveiro para os bebês, uma
banheira infantil de hidromassagem, dois vasos sanitários e dois lavatórios, pertencentes
a terceira ala.
Em 1996, também com recursos do MEC/FNDE, foi reformado o telhado da
segunda ala da Escola e com recursos próprios da APAE, construiu-se um apartamento
para o caseiro com 62,44 m2 , sobre o final da terceira ala da escola (dois quartos,
cozinha, banheiro, área de serviço e sacada). Ainda neste ano, com recursos da
SEED/DEE, foram reformados 353 m2 de telhado da primeira ala da escola, sendo
realizado 2.571 m2 de pintura na escola.
Também com recursos da SEED/DEE, construiu-se 128,50 m2 de muro com
grades de ferro, três portões na frente da escola e 141,50 m² de alambrado em cima do
muro na lateral da escola.
Em 1997, adquiriu-se um ônibus rodoviário, ano 1983, cor azul, Diesel, Chassis
DE000C18991, com recursos dos programas humanitários da Fundação Rotárica do
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Rotary Internacional, denominado “Subsídios Equivalentes”, bem como recursos
financeiros da APAE e do Rotary Clube de Mandaguari.
Em 1998, reformaram-se totalmente os três banheiros da segunda ala da Escola,
instalando-se divisórias de granito e trocando-se toda a instalação hidráulica e de
esgotos, além da construção de lavatórios e sanitário adaptado para deficientes.
Também em 1998 , foi trocado o piso da ala administrativa e pedagógica, de taco
por cerâmica, num total de 203,26 m2. Foi pintada a ala administrativa, 704,43 m2. Com
recursos próprios da APAE foi construído uma garagem grande para proteger os veículos
da escola, bem como uma área de serviço para as serventes e um sanitário.
Ainda em 1998 , foi reformada a instalação elétrica em toda a escola, com
instalação de lâmpadas florescentes nas salas de aulas, áreas técnicas, administrativa de
circulação, bem como poste de luminárias no pátio e jardins.
Em 30 de setembro de 1998 , considerando-se a LDB nº 9.394/96, a Res. 3120/98
– SEED e Deliberação 003/98 – CEE, mudou–se o nome de Escola de Excepcionais Dom
“Jaime Luiz Coelho” para Escola de Educação Especial Dom “Jaime Luiz Coelho”.
Em 1999, foi construída uma cozinha para as alunos da Sala de Qualificação
Profissional Feminina, com colocação de 70 m2 de azulejos , 30 m2 de piso e uma pia
grande de granito.
Também em 1999 , foram alargadas 11 portas das salas de aulas, com largura de
90cm, adaptadas para os alunos cadeirantes. Também foi pintada toda a Escola de
Educação Especial Dom “Jaime Luiz Coelho” da APAE de Mandaguari.
Ainda em 1999 , foi doado pela PRÓ-VIDA – Central Geral do Dízimo – São Paulo,
um veículo Besta 0 km importada marca Kia, 12 passageiros, GS motor diesel, cor branco
cristal, ano de fabricação 98, modelo 99, Chassis KNHTR7312W6329932 e um Sistema
de Som Profissional.
Em 2000 foi construída uma calçada ao lado da terceira ala.
Em 2001 foi reformada a cozinha da escola, a área de serviço e o banheiro das
cozinheiras perfazendo uma área de 35,28 m2
Também em 2001 foi construída uma estufa para cultivo de verduras e outras
mudas de plantas.
Neste ano de 2001 também foram enterradas 07 fossas e ligando a rede de esgoto
com aproximadamente 250 metros de canos.
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Quinto Presidente da APAE de Mandaguari : João Alves do nascimento
Mandato : 15/03/2002 a 15/03/2003. Obedecendo a ordem estatutária o mandato
foi prolongado até 30/11/2004, sendo que o Sr. João do nascimento pediu demissão em
22/09/2004, assumindo o vice presidente Luiz Carlos Bovo até 31/12/2004.
Diretora : Josefa Malacário
Realizações :
Em novembro de 2003 , foi reformada uma sala com a abertura de uma porta
comercial para a Rua Dr. Miguel Couto e foi aberta à comunidade a Lojinha da APAE.
Em 22/09/2004 o Sr. João do Nascimento pediu demissão do cargo, assumiu o vice
presidente Luiz Bovo em 23/09/2004.
Em dezembro de 2004 com recursos financeiros do Programa de
Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de
Deficiência – PAED/FNDE. Foram reformados os beirais dos telhados da escola onde
havia infiltrações de água.
Sexto Presidente da APAE de Mandaguari : Luiz Carlos Bovo
Mandato : 01/01/2005 a 31/12/2006, prorrogado até 31/12/2007.
Diretora : Josefa Malacário
Em 2005 foram instaladas seis grades de proteção em ferro quadrado 3/8”
medindo 4,52 X 1,98 nas salas de: Educação Musical, Educação Profissional Feminina
(Cozinha) e quatro salas de aulas, adquiridas com recursos do MEC/FNDE - PAED.
Foram instalados 12 ventiladores de parede e um de coluna beneficiando as
seguintes salas: Fisioterapia, Serviço social, Psicologia, Fonoaudiologia,
Psicomotricidade, Educação Musical e seis salas de aula.
E também foram adquiridos 06 micro-computadores completos para a sala de
informática dos alunos.
Foram consertadas as rachaduras da sala de Educação Precoce, consultório
Psicológico, Sala de Serviço Social, Consultório Odontológico, Sala de Atendimento de
Fonoaudiologia.
Em 2006, com recursos do Programa de Complementação ao atendimento
Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência - PAED/FND foi dado
continuidade a instalação de 11 grades de proteção na escola.
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Também em 2006, com recursos próprios e do SUS, foi demolida a antiga
marcenaria, devido o risco constatadas por peritos e dado inicio a construção de um novo
prédio dentro dos padrões de segurança da engenharia civil. São 184,31x2 m2 de
construção no térreo e 184,31x m2, 1º andar.
Também em 2006, devido as rachaduras aumentarem, foi reformada toda a
estrutura física de parte da ala técnica. Sala de fisioterapia, consultorias: médico,
psicológico, fisioterapia e sala da assistente social, e foi realizada a pintura da sala de
educação precoce, do consultório médico, fisioterapia, circulação da ala técnica,
secretaria, orientação, contabilidade, direção, sala de informática, sala de espera e
circulação da área administrativa, foi aproximadamente 800 m de pintura.
Também em 2006 foi construído um depósito dentro das normas exigidas pelo
Ministério da Saúde, para o lixo hospitalar produzido.
Em 30/10/2006, por determinação da Federação Nacional das APAEs, houve
mudança do Estatuto, não sendo realizadas as eleições para Diretoria prorrogando assim
por mais 01 (um) ano, o mandado do Presidente Sr. Luiz Carlos Bovo, tendo como vice-
presidente o Sr. Osni Del Moro.
Em 2007 foi construída a Ala Profissionalizante com 615 m2 de construção, foram
reformadas 03 salas e reforçado as lages.
A construção foi realizada com recursos próprios, promoções e imposto de renda
pago por empresas, pessoas da APAE e comunidade.
Em 2007 foram realizadas novas eleições para presidente, sendo reeleito para o
mandato de 2008 a 2010 o Sr. Luiz Carlos Bovo e Sr. Osny Del Moro vice-presidente.
A Escola, ao longo de sua história, foi acumulando experiência na Educação
Especial, na área de deficiência mental com relação ao ensino, currículo e organização
escolar.
Nossos professores, em conjunto com as equipes técnicas e pedagógicas, têm
papel central nessa história. São os principais atores/ construtores da proposta
pedagógica que ao longo desses quarenta e dois anos contribui para construção da
identidade educacional desenvolvida pelo movimento apaeano.
Nosso campo de atuação educacional especializada faz parte do Sistema Nacional
de Educação. Trabalhamos com Educação Infantil, Ensino Fundamental (1º Ciclo),
Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos, além de projetos especiais
dentro dos níveis e modalidades de ensino.
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Atualmente conforme reunião seguida de ata do dia 15/06/2010, a
mencionada Escola Especial passa a ser chamada de: Escola Dom Jaime Luiz Coelho-
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Profissional e Educação de Jovens e Adultos-
modalidade de Educação Especial. Tal necessidade surgiu da atual demanda da Política
Educacional de Inclusão conforme orientações do MEC.
1.4 Apresentação da visão, missão e objetivo da esc ola.
Enquanto visão e missão do Movimento Apaeano, temos que a primeira diz
respeito ao movimento de pais, amigos e pessoas portadoras de deficiência, de
excelência e referência no país, na defesa de direitos e prestação de serviços, e a
segunda refere-se à promoção e articulação de ações de defesa de direitos, prevenção,
orientações, prestação de serviços, apoio à família, direcionadas à melhoria da qualidade
de vida da pessoa portadora de deficiência e à construção de uma sociedade justa e
solidária.
A instituição escolar deve respeitar as diversidades culturais, regionais, religiosas,
étnicas e políticas da nossa sociedade, contribuindo, de forma decisiva, para o processo
de construção da cidadania. Ela deve respeitar não só a diversidade sócio-cultural como
também a diversidade de necessidades da população escolar, atendendo-a com
adaptações curriculares.
Assim, a Escola Especial, busca em seu trabalho atender em caráter de
dinamicidade e flexibilidade que o currículo escolar requer, considerando a diversidade
dos alunos e oferecendo práticas educativas às suas necessidades e características.
É preciso considerar que o aluno com necessidades educativas especiais vem de
um contexto social que deve ser o ponto de partida do processo de ensino e
aprendizagem. Devem ser buscadas as semelhanças do modo de aprender das crianças
ditas normais e das crianças com deficiência intelectual, almejando uma aproximação da
Educação Especial ao Ensino Regular, para se alcançar um sistema democrático de
Educação, direito de todos os cidadãos. A escola deve oportunizar ao aluno com
deficiência a aquisição dos conhecimentos básicos exigidos pela sociedade, incluindo a
alfabetização, já que a leitura e a escrita são instrumentos básicos para o ingresso e
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participação na sociedade letrada, efetivando assim, o processo de construção da
cidadania, o que é propiciado pela abordagem construtiva.
A convicção de que pessoas que apresentam problemas ou atraso no
desenvolvimento ou na aprendizagem são capazes de construir o seu conhecimento e a
sua inteligência constitui-se em condição fundamental ao desenvolvimento de uma prática
pedagógica que ensine a pessoa a pensar e a aprender, levando o educando, a uma
postura crítica.
Os objetivos de nossa entidade escolar são os seguintes:
• Oferecer às pessoas com deficiência, condições adequadas para o
desenvolvimento do seu potencial, proporcionando sua integração no meio social e
respeitando suas limitações;
• Oferecer programas educacionais adequados de acordo com seus interesses,
necessidades e possibilidades e, abrangendo todos os aspectos que favoreçam o
desenvolvimento global do educando, permitindo minimizar as diferenças e
maximizar as semelhanças, visando sua integração, participação e realização
pessoal no meio em que vive;
• Dar oportunidade de aperfeiçoamento aos profissionais, visando ampliar
conhecimentos para obter o máximo aproveitamento no desenvolvimento integral
do aluno;
• Proporcionar orientação familiar e comunitária de modo a gerar ambiente
adequado à pessoa com deficiências, tanto em casa como no contexto em que
está inserido, de maneira a desenvolver ao máximo suas potencialidades;
• Promover, através de iniciativa própria ou com o auxílio de Órgãos Públicos
(Município, Estado, União) e segmentos da comunidade, medidas de prevenção
primária para a diminuição dos casos de excepcionalidades existentes.
• Implementação de ações da Escola Especial junto à comunidade e órgãos públicos
competentes em busca de proporcionar a efetivação.
1.5 Diagnóstico da Realidade Social e Educacional
O município de Mandaguari possui uma extensão de 337, 462 km2 situa-se no ao
norte do Estado do Paraná, no sul do Brasil.
A população estimada é de aproximadamente 35.093 habitantes, sendo que,
aproximadamente 80% da população é de baixo poder aquisitivo. São trabalhadores,
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operários, bóias frias, diaristas e empregadas domésticas que em sua maioria residem em
bairros e periferia.
A economia do município predomina a agricultura, pecuária e indústria.
No aspecto educacional o município atende desde a educação infantil até o ensino
superior, onde a educação especial permeia todos estas modalidades.
A escola recebe ajuda do Governo Federal, Estadual, Municipal e da comunidade
em geral, tendo como objetivo dar atendimento a pessoas com necessidades
educacionais especiais.
As escolas mantidas pelas APAEs caracterizam-se como entidades filantrópicas,
que visam prestar atendimento (pedagógico e específico) a pessoa com necessidades
educacionais especiais, de forma gratuita.
A escola atende 106 alunos aproximadamente, funcionando no período matutino e
vespertino. A clientela refere-se á portadores de deficiência intelectual, associada ou não
a outras deficiências, a partir de zero ano, oriundas de famílias, em sua maioria de nível
baixo sócio – econômico – cultural.
Estes alunos recebem atendimentos nos seguintes programas:
• Estimulação Essencial I e II;
• Programa Pedagógico Específico: I e II;
• Educação Infantil I, II e III;
• Educação Escolar I, II e III;
• Alfabetização de Jovens e Adultos;
• Educação Profissionalizante Mista;
• Educação Profissionalizante Masculina;
• Educação Profissionalizante Feminina;
• Qualificação Prof. Marcenaria;
• Educação Física;
• Arte;
A escola Dom Jaime Luiz Coelho oferece atendimento especializado, com o apoio
de uma equipe técnica dando atendimento psicológico, social, médico, psiquiátrico,
pediátrico, neurológico, fisioterápico, fonoaudiológico, terapia ocupacional e atendimento
odontológico.
Outros atendimentos especializados são encaminhados para cidades maiores:
Maringá, Londrina e Curitiba.
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1.6 Estruturação Organizacional Funcional da Escola
Para direcionar os níveis e modalidades de ensino ofertados, projetos e respectivas
faixas etárias dos educandos, consideramos a Estrutura Operacional da APAE
Educadora, orientações do NRE e SEED.
A Escola Dom Jaime Luiz Coelho atende a uma clientela com necessidades
educacionais especiais (deficiência intelectual, associada ou não a outra(s) deficiência(s),
a partir de zero ano (para matrícula), funcionando nos período matutino (das 7:45 às
11:45 horas) e vespertino (das 13:00 às 17:00 horas).
Nossa Escola atende, em média, 106 alunos, no qual se dividem: programação de
Educação Infantil, Ensino Fundamental, e Educação Profissional, com funcionamento no
período matutino e vespertino.
Nossa escola segue o Regimento Escolar.
Consideramos, no atendimento aos educandos, os princípios básicos de
normalização, integração e individualização, isto significa aceitar a pessoa com
deficiência, respeitando suas diferenças individuais, necessidades e potencialidades,
facilitando-lhes experiências compatíveis com o período de desenvolvimento em que se
encontra, estimulando a independência e possibilitando sua participação dentro do
contexto escolar, familiar e social.
Dentro da característica de Escola Especial, devemos atender as necessidades e
especificidades de nossa clientela, tendo como referência o Ensino Regular, buscando
uma adaptação progressiva, garantindo que os alunos tenham uma programação dentro
dos princípios do Currículo Básico Nacional.
No que se refere à faixa etária de 0 a 6 anos e 11 meses, temos a Educação Infantil,
a qual se baseia nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
(RCNEI).
Quanto à faixa etária de 7 a 16 anos, temos o Ensino Fundamental, sendo que nos
baseamos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNEF), que envolve as seguintes
áreas de conhecimento: Língua Portuguesa, Matemática, Ciências Naturais, História e
Geografia. Os objetivos e conteúdos das referidas áreas dividem-se em 1º Ciclo (1ª e 2ª
séries) e 2º Ciclo (3ª e 4ª séries). Baseamo-nos nesta divisão, mas com flexibilidade,
visando adaptações progressivas, considerando a diversidade de nossa clientela, já que a
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mesma exige práticas educativas específicas, procurando atender suas características e
necessidades. Nesse sentido, nossa ênfase será quanto aos objetivos e conteúdos do 1º
Ciclo. Todavia, com possibilidade de utilização de alguns aspectos do 2º Ciclo.
Em nossa instituição, a Educação Profissional Especializada (a partir dos 16 anos)
visa o treinamento e a habilitação da pessoa com deficiência intelectual, voltados para a
aquisição de hábitos, atitudes e experiências, tendo como finalidade o ajustamento e
integração na diferentes situações de trabalho, conduzindo os educandos a uma vida
mais digna e participativa na sociedade.
A Escola Dom Jaime Luiz Coelho conta com corpo docente, técnico, administrativo e
de serviços gerais.
Nosso corpo docente é composto, atualmente por 19 professores e coordenadora
pedagógica, distribuído nas modalidades de Educação Infantil, Ensino Fundamental e
Educação Profissional, além dos setores de Educação Física, Arte.
No que se refere ao quadro técnico, à escola dispõe de neurologista, psiquiatra,
pediatra, odontólogo, assistente social, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, psicólogas e
terapeuta ocupacional.
No que diz respeito ao quadro administrativo e de serviços gerais, a escola
apresenta: diretora, técnico contábil, secretárias, auxiliar de secretaria, instrutor de
marcenaria, cozinheiras, serventes de limpeza geral, motorista, atendente e vigia noturno.
1.7 Espaço Físico
A) Ala Administrativa:
01 – Secretaria da Escola
01 – Sala da Direção
01 – Sala de Orientação Educacional
01 - Sala da Diretoria da APAE e Contabilidade
01 – Sala dos Professores e Biblioteca
01 – Sala de Espera das Mães
01 – Sala de Materiais Pedagógicos, Materiais Escolares e de Consumo
01 – Sanitário
01 – Área de Circulação Fechada
B) Ala Técnica;
19
01 – Sala de Serviço Social
01 – Consultório de Psicologia
01 – Consultório Médico
01 – Consultório de Fisioterapia
01 – Consultório de Odontologia
01 – Sala de Atendimento de Terapia Ocupacional
01 – Sala de Estimulação Essencial com banheiro
01 – Sala de aula com banheiro
02 – Banheiros com sanitários e chuveiros M e F
C) Ala Pedagógica;
06 – Salas de Aulas
01 - Sala de Aula com sanitário
01 – Sala de Música
01 – Cozinha experimental das alunas e mães
01 – Sala de Psicomotricidade
01 – Sala de Arte
01 – Sala de Educação Física
01 – Almoxarifado
03 – Sanitários M-F e dos Professores
D) Ala de Atendimento em Alimentação:
01 – Cozinha
01 – Refeitório
01 – Dispensa
01 – Área de serviço
E) Ala Profissionalizante:
Térreo
01 – Oficina Protegida
01 – Oficina de Montagem
20
01 – Oficina de Pintura
01 – Sala de Guardar Materiais e artesanatos prontos
01 – Lojinha da APAE
01 – Almoxerifado
01 – Circulação
02 – Sanitários (F e M)
01 – Espaço para o compreessor
01º Andar
01 – Oficina de Costura
01 – Clube de Mães
01 – Sala de Educação Profissionalizante Masculino
01 – Sala de Educação Profissionalizante Mista
01 – Sala de Educação Profissionalizante Feminina
01 – Oficina de Serigrafia e Pintura
01 – Sala de Informática
01 – Sala de Audio visuais
02 – Sanitários (F e M)
01 – Área de Circulação
01 – Rampa coberta que liga o térreo com o 01º andar
F) Área Coberta:
01 – Garagem para 03 veículos
01 – Área de Serviço
01 – Sanitário
G) Área de Lazer:
01 – Piscina de (14x07m) de concreto
01 – Área gramada e jardinagem
21
1.8 Número de Turmas e Turnos
Período Matutino
Nível Programa Número de Turmas
Número de alunos
Educação Infantil
Estimulação Essencial Educação Pré Escolar
00 02
00 12
Ensino Fundamental Educação Escolar 04 22
Educação Profissional
Alfabetização de Jovens e Adultos Educação Profissional Inicial Qualificação para o Trabalho
01 02 01
08 17 06
Total 10 65
Período Vespertino
Nível Programa Número de Turmas
Número de alunos
Educação Infantil
Estimulação Essencial Educação Pré Escolar
01 01
06 04
Ensino Fundamental Educação Escolar 04 17
Educação Profissional
Educação Profissional Inicial Qualificação para o Trabalho
03 01
30 07
Total 10 64
22
1.8.1 Número de alunos
Matutino: 65
Vespertino: 64
Total: 129 (23 destes são referentes a alunos que permanecem na escola em período
integral)
1.9 Profissionais
1.9.1 Quadro dos Docentes
Nome Função
01 Aparecida de Cássia da Rocha Educação Infantil
02 Edilaine Bighi Garcia Educação Infantil
03 Maria Rosa Altomani Educação Infantil
04 Rosangela Aparecida do Nasc. Vivian Educação Infantil / Orientação
05 Marcia Denise Cúccolo Capóia Educação Infantil / Prof. Artes
06 Vera Lucia Ruiz Meleiro Zubiolo Educação Profissional
07 Cristiane Regina Bledon Educação Profissional
08 Emília Domingues Freire Educação Profissional
09 Helena Malacária Perez Educação Profissional
10 Maria Márcia Deffáccio Schincariol Educação Profissional
11 Eliane Gomes da Silva Ensino Fundamental
12 Marly Séspede Mazia Ensino Fundamental
13 Gisele Silva Bengozi Ensino Fundamental
14 Rosemary de Oliveira Weiss Ensino Fundamental
15 Silvana Regina Aguilar Ensino Fundamental
16 Valéria de Souza Pinheiro Ensino Fundamental
17 Dicéia Batista Antunes Professora de Educação Física
18 Suiane Priscilla Perez Felício Professora de Arte
19 Liziane Botelho Coutinho Professora de Arte /Orientação
23
1.9.2 Quadro de Agente de Execução e Apoio
Nome Função
01 Vanessa Bighi Garcia Atendente
02 Rafaela da Silva Ribeiro Atendente
03 Alzira Lucia da Silva Ribeiro Auxiliar Serviços Gerais
04 Lourdes Apª Agostinho Maian Auxiliar Serviços Gerais
05 Floripa Celestino dos Santos Auxiliar Serviços Gerais
06 Marlene Nantes Prestes Auxiliar Serviços Gerais
07 Nilza Paulino Auxiliar Serviços Gerais
08 Emilia Cardoso Pereira Auxiliar Serviços Gerais
09 Josefa Malacário Diretora
10 Osny Antonio Scaramal Fascio Instrutor Informática
11 Donizetti José Ribeiro Instrutor Oficina
12 Rogério Francisco S. Ribeiro Instrutor Oficina
13 Camila da Silva Miranda Instrutora
14 Marcos Luiz Alexandre Motorista
1.9.3 Quadro da Equipe Multiprofissional
Nome Função
1 Lucilene Pavesi Fisioterapeuta
2 Patrícia de Oliveira Lima Fisioterapeuta
3 Adriany Faria G. Bernardino Terap. Ocupacional
4 Sandra Ap. Mendes Dianin Psicóloga
5 Karliny Sales Pinto Uchôa Psicóloga
6 Emanuelle Fanton Tanganelli Fonoaudióloga
7 Ana Patrícia F. Turkowski Fonoaudióloga
8 Valdirene Lima dos Santos Assistente Social
9 Gabrielle Cristina Z. M. Badan Médica Psiquiatra
10 Mariane Carrasco Médica Neurologista
11 Ronaldo Azim Cardoso Médico Pediatra
12 Gabriela Maria M. T. César Dentista
2. PRINCÍPIOS NORTEADORES
24
2.1 Fundamentos Éticos
Cientes do papel da escola enquanto espaço privilegiado onde os alunos poderão
exercer sua cidadania plenamente, partimos dos seguintes valores para desenvolver
capacidades pessoais: ÉTICA, SOLIDARIEDADE e DEMOCRACIA.
ÉTICA é um conjunto de princípios produzidos pela sociedade, que regem a vida
social.
Em todos os âmbitos institucionais, quanto mais conscientes e reflexivas forem as
relações que se estabelecem entre os que dela fazem parte, maior a possibilidade de
harmonia e comprometimento. Em termos gerais, a promoção do bem estar e de uma
educação de qualidade, está vinculada ao exercício da ética, pois se trata de uma postura
de respeito e sensibilidade aos aspectos sigilosos, bem como percepção de habilidades e
dificuldades dos educandos, seus familiares e outros profissionais. Implica em esforçar-se
para obter eficiência máxima em seu trabalho, mantendo-se atualizado quanto ao
conhecimento e postura profissional.
SOLIDARIEDADE envolve a capacidade de se colocar no lugar do outro,
realizando tudo o que está ao alcance e dentro de suas possibilidades, para favorecer a
superação de possíveis conflitos ou dificuldades, em um ambiente de ajuda mútua, todos
se ajudarão e serão ajudados.
Tudo isso está em dependência do estabelecimento e manutenção de uma
situação democrática.
DEMOCRACIA implica na possibilidade de realizar escolhas, podendo decidir,
responsabilizando-se por suas opções, o que favorece o desenvolvimento cognitivo e a
construção da personalidade em termos de valores morais e éticos.
2.2 Fundamentos Epistemológicos
Nossa proposta de alfabetização fundamenta-se na obra e teoria de Piaget,
Vygotsky e Emília Ferreiro principalmente.
A partir da nova Lei de Diretrizes e Bases, em vigor no país desde dezembro de
1996, estudos e reflexões sobre a teoria construtivista de Jean Piaget e do
sóciointeracionismo de Lev Vygotsky vem desencadeando mudanças na prática na
prática brasileira de alfabetização.
25
Muito embora nenhum desses teóricos pretendam elaborar uma pedagogia
propriamente dita, contribuíram consideravelmente para a Educação, desvendando como
se dá o desenvolvimento intelectual.
Jean Piaget (1896 - 1980) foi o formulador da teoria do desenvolvimento da
inteligência humana. Segundo suas pesquisas, o conhecimento é construído através da
interação do sujeito com o objeto, e o motor interno do desenvolvimento é a busca de
uma melhor adaptação ao meio.
Para se adaptar ao meio, desde cedo o indivíduo tem que conseguir realizar
progressivos estados de equilíbrio entre assimilação (incorporação de dados aos
esquemas já existentes através da própria atividade do sujeito) e acomodação
(transformação dos esquemas). Sendo o processo de adaptação intelectual
extremamente dinâmico, envolvendo a todo o momento, tanto a assimilação quanto a
acomodação.
O desenvolvimento da inteligência e da aprendizagem são processos ativos, pois
tem como fonte a ação da própria pessoa e depende de sua interação. É a criança que
constrói seu conhecimento, sendo que esta construção envolverá quatro determinantes
básicos: a maturação, a estimulação do ambiente físico, a interação com o ambiente e a
tendência ao equilíbrio.
Na perspectiva construtivista, o aprendizado é um processo gradual no qual a
criança vai se capacitando a níveis cada vez mais elaborados de conhecimento,
percorrendo uma seqüência lógica de pensamento.
A psicogênese infantil é concebida como um desenvolvimento em que todas as
crianças passam por quatro estágios, que são:
• O estágio sensório – motor (de 0 a 2 anos aproximadamente);
• O estágio pré-operatório (de 2 a 7 anos aproximadamente);
• O estágio das operações concretas (de 7 a 9/12 anos aproximadamente);
• O estágio lógico – formal (a partir de 12 anos aproximadamente).
Para Piaget, toda evolução mental caminha no sentido de sair do egocentrismo
para uma descentralização.
Desde o seu nascimento, o ser humano está sujeito ao meio social, que atuará
sobre ele e o transformará.
No estágio sensório – motor, a criança age individualmente, não sendo ainda capaz
de fazer “trocas sociais”.
Com a aquisição da função simbólica, as relações com o mundo social se
enriquecem e transformam o pensamento do indivíduo. No estágio pré-operatório (de 2 a
26
6/7 anos) as “trocas sociais” se ampliam, apesar das limitações próprias das crianças
desta fase, essencialmente o pensamento egocêntrico (centrado no “eu”), com dificuldade
em colocar-se no ponto de vista do outro, elegendo o ponto de vista próprio como
absoluto.
Piaget considera que as noções do “Eu” e do “Outro” são construídas
conjuntamente, num processo de diferenciação.
Enquanto no estágio pré-operatório as trocas intelectuais são restritas, com um
grau de socialização precário, no estágio concreto as crianças começam a realizar trocas
mais consistentes e, paralelamente, alcançam o que Piaget denomina personalidade –
produto mais refinado da socialização – quando a criança torna-se capaz de submeter-se
às normas de reciprocidade e de universalidade. Sendo assim, a personalidade é uma
coordenação da individualidade com o universal.
Piaget salienta que o equilíbrio das relações sociais somente é possível entre
sujeitos que tenham atingido o estágio de pensamento operatório, que representa o grau
máximo de socialização de pensamento, sendo o ser social de mais alto nível, aquele que
consegue relacionar-se com seus semelhantes de forma equilibrada.
A lógica representaria a forma final do equilíbrio das ações, com os esquemas de
ação no sensório – motor (lógica das ações e percepções), passando à interiorização
através de símbolos no pré-operatório, e a construção da reversibilidade nos estágios
operatórios – concreto e formal.
Conforme Piaget, as relações inter-individuais tem papel fundamental no
desenvolvimento cognitivo de qualquer pessoa, que necessita construir conhecimentos
para dar conta de demandas sociais, além de comunicar seu pensamento, que será
avaliado pelos outros em termos de coerência e validade.
Dois tipos de relação social são considerados por Piaget: a coação e a cooperação.
A coação social seria toda relação entre dois ou mais indivíduos na qual intervém
um elemento de autoridade ou de prestígio, que possibilita a permanência de dogmas e
crenças, já que impede o desenvolvimento da inteligência, empobrecendo as relações
sociais e reforçando o egocentrismo.
A cooperação, por sua vez, representaria o mais alto nível de socialização, pois
envolve relações sociais que propiciam a discussão, a troca de pontos de vista e,
consequentemente, o desenvolvimento da inteligência.
Todavia, Piaget postula que a coação constitui-se em uma etapa obrigatória e
necessária à socialização da criança.
27
À medida que as instituições se articulam, a criança se torna cada vez mais apta à
cooperação, que pressupõe uma reciprocidade entre indivíduos que sabem diferenciar
seus pontos de vista.
Para Piaget, ser coercivo ou ser cooperativo depende de uma atitude moral.
O desenvolvimento cognitivo constitui-se em condição ao pleno exercício da
cooperação, mas não condição suficiente, já que a postura ética completará o quadro.
Nas relações interindividuais, que pressupõem regras, a dimensão ética está
presente.
Em sua teoria, Piaget busca demonstrar que a democracia é condição necessária
ao desenvolvimento cognitivo e à construção da personalidade dos indivíduos. Sendo
assim, cabe às escolas e instituições valorizar a igualdade e a democracia.
Piaget estudou o desenvolvimento da moralidade infantil, verificando como a
criança encara situações sociais por normas e valores. Constatou que à medida que a
criança amadurece e interage com o seu meio ambiente social, vai evoluindo, a partir de
um estágio de egocentrismo em direção a uma gradativa descentralização, quando se
conscientiza de seu próprio ponto de vista e o coordena com o das outras pessoas.
Distingue quatro estágios dentro do desenvolvimento moral infantil:
• Estágio pré-moral (até 4/5 anos aproximadamente);
• Moralidade heterônoma (entre 4/5 anos e 7/8 anos aproximadamente);
• Estágio intermediário da moralidade semi-autônoma;
• Estágio da moralidade autônoma.
No estágio pré-moral, a criança desconhece regras de forma mais ou menos
inconsciente. As proibições e ordens não são compreendidas, porém consideradas
imutáveis e, por isso, obedecidas de forma mecânica. A criança ainda não é capaz de
julgar os atos, pois desconhece as intenções e conseqüências na maior parte das vezes.
No estágio da moralidade heterônoma, a criança já considera os deveres e valores,
mas os encara como impostos de modo coercitivo de fora, e não como obrigações
elaboradas pela consciência, devendo ser cumpridos na totalidade, sem relativizar. O
julgamento dos atos é feito conforme a conseqüência objetiva de ação, e não pela
intenção de quem as praticou.
Entre oito e dez anos, a criança encontra-se em fase de transição do seu
desenvolvimento rumo à autonomia moral. Ainda que perceba as normas como impostas
de fora e não como resultado de uma elaboração própria, já não manifesta uma
obediência regida às proibições e regras, observando-as de modo mais flexível e de
acordo com as situações específicas.
28
A moralidade autônoma é alcançada a partir dos 10 ou 12 anos, quando as regras
e leis tem sua origem reconhecida: o consenso social. Julga tanto mais grave um ato
quanto mais o indivíduo teve a intenção de causar dano ou prejuízo.
Na abordagem construtivista, o objetivo da educação moral consiste em construir
personalidades autônomas aptas à cooperação.
A criança com deficiência intelectual, assim como o pré-escolar, é heterogênea,
submetendo-se às regras estabelecidas por pessoas que ela respeita, embora ainda sem
compreendê-las. Julga os atos pela consequência, sem levar em conta a intenção de
quem os praticou. Além disso, a criança especial permanece mais tempo no
egocentrismo, o que dificulta ver as coisas do ponto de vista do outro.
O fundamental para que as pessoas possam adquirir as noções de moral é o
respeito. Se as crianças respeitam seus pais e professores, suas ordens são aceitas e se
tornam obrigatórias, formando a consciência da obrigação na criança.
Piaget destacou, no estudo da gênese da norma e da consciência moral, a
influência de outras crianças sobre a ação infantil, visto a importância não só do fator
biológico maturacional, mas principalmente do desenvolvimento da cooperação e do
respeito pelos outros.
As atitudes de cooperação devem ser promovidas através de relações não-
coercitivas (não impostas pela autoridade), mediante o respeito mútuo.
À medida que o indivíduo pode escolher e decidir aprende a cooperar
voluntariamente com os outros e a construir o seu próprio sistema de valores morais.
Caso não possa decidir ou escolher por si mesmo, ficará sempre dependente, seguindo a
vontade dos outros. Por isso é tão importante, na educação da criança com deficiência
intelectual, dar liberdade para escolher, para decidir. É claro que este processo de
escolha deve ser orientado, pois é impossível dar-lhe liberdade absoluta.
Lev Vygotsky (1896 - 1934) e seus seguidores (Luria e Leontiev, entre outros)
desenvolveram estudos sobre a aquisição da linguagem como fator histórico e social,
enfatizando a importância da interação e da informação lingüística para a construção do
conhecimento, numa visão social, histórica e cultural.
Enquanto Piaget considera os níveis maturacionais, Vygotsky trabalha com a
relação aprendizagem – desenvolvimento, enfocando o uso e a funcionalidade da
linguagem, no discurso e nas condições de produção. Dentro desta perspectiva, o papel
do professor é o de mediador, que integram com os educandos, por meio da linguagem,
num processo dialógico.
29
Para Vygotsky, o cérebro constitui-se em um sistema aberto, de grande
plasticidade, cuja estrutura e modos de funcionamento são moldados pela ação de
elementos externos, sem que haja transformações morfológicas no órgão físico.
Vygotsky considera que o aprendizado ocorre na integração social, e uma pessoa
só se desenvolve no âmbito cultural em que vive se contar com o suporte de seu grupo.
Vygotsky apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal como
fundamental para compreender as relações entre desenvolvimento e aprendizado,
explicando que é no âmbito dessa zona proximal que pode se dar a aprendizagem, sendo
a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.
Diferencia nível de desenvolvimento real de nível de desenvolvimento proximal. O
primeiro refere-se a etapas já alcançadas, resultado de processos de desenvolvimento já
complementados, e o segundo a capacidade de desempenhar tarefas com a ajuda de
adultos ou de companheiros mais capazes.
Na psicogenética de Henri Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar central, tanto do
ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento. Ambos se iniciam num
período que ele denomina impulsivo – emocional e se estende ao longo do primeiro ano
de vida.
Neste momento a afetividade reduz-se praticamente ás manifestações fisiológicas
da emoção, que constitui, portanto, o ponto de partida do psiquismo.
Na perspectiva genética de Henri Wallon, inteligência e afetividade estão
integradas: a evolução da afetividade depende das construções afetivas. No entanto, o
autor admite que, ao longo do desenvolvimento humano, existem fases em que
predominam o afetivo e fases em que predominam a inteligência.
Nos momentos dominantemente afetivos do desenvolvimento o que está em
primeiro plano é a construção do sujeito, que se faz pela interação com os outros sujeitos;
naqueles de maior peso cognitivo, é o objeto, a realidade externa, que se modela, á custa
da aquisição das técnicas elaboradas pela cultura.
Ambos os processos são, por conseguinte sociais, embora em sentidos diferentes:
no primeiro, social é sinônimo de interpessoal, no segundo, é o equivalente de cultural.
Para Wallon (1989) a afetividade não é apenas uma das dimensões da pessoa,
mas também uma fase do desenvolvimento a mais arcaica.
Segundo ele, o ser humano foi, logo que saiu da vida puramente orgânica, um ser
afetivo. Da afetividade diferenciou-se, lentamente, a vida racional e, portanto no início da
vida, afetividade e inteligência estão sincreticamente misturada, com predomínio da
primeira. Desta forma em sua teoria, o desenvolvimento da pessoa é visto como uma
30
construção progressiva em que fases se sucedem com predominância alternadamente
afetiva e cognitiva.
A teoria das Inteligências Múltiplas de Houward Gardner (1985) é uma alternativa
para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite
aos indivíduos uma desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação. Sua
insatisfação com a idéia de Q.I. e com visões unitárias de inteligência, que focalizam,
sobretudo as habilidades importantes para o sucesso escolar, levou Garden a redefinir
inteligência á luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas.
Gardner propõe que todos os indivíduos em principio têm a habilidade de
questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. Todos os indivíduos
possuem como parte de sua bagagem genética, certas habilidades básicas em todas as
inteligências. A linha de desenvolvimento de cada inteligência, no entanto, será
determinada tanto por fatores genéticos e neurobiológicos quanto por condições
ambientais.
Gardner (1995) afirma que a inteligência é responsável por nossas habilidades de
criar, resolver problemas e fazer projetos, em uma determinada cultura. Segundo ele cada
indivíduo possui alguns tipos diferentes de capacidade, que caracterizam sua inteligência.
A teoria de Gardner apresenta alternativas para algumas práticas educacionais
atuais, oferecendo uma base para:
1. O desenvolvimento de avaliações que sejam adequadas ás diversas habilidades
humanas;
2. Uma educação centrada na criança com currículos específicos para cada área do
saber;
3. Um ambiente educacional mais amplo e variado, e que dependa menos do
desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lógica.
Quanto à avaliação, Gardner faz distinção entre avaliação e testagem. A avaliação,
segundo ele, favorece métodos de levantamento de informações durante atividades do
dia a dia, enquanto que as testagens geralmente acontecem fora do ambiente conhecido
do indivíduo sendo testado.
Para Gardner, a avaliação deve ser feita em ambientes conhecidos e deve utilizar
materiais conhecidos das crianças sendo avaliadas.
Este autor também enfatiza a necessidade de avaliar as diferentes inteligências em
termos de suas manifestações culturais e ocupações adultas específicas. Assim, a
habilidade verbal, mesmo na pré-escola, ao invés de ser medida através de testes de
31
vocabulário, definições ou semelhanças, deve ser avaliadas em manifestações tais como
a habilidade para contar histórias ou relatar acontecimentos.
Ao invés de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente, deve-se observar as
crianças durante uma atividade de desenho ou enquanto montam ou desmontam objetos.
Finalmente, ele propõe a avaliação, ao invés de ser um produto do processo educativo,
seja parte do processo educativo, e do currículo, informando a todo o momento de que
maneira o currículo deve se desenvolver.
Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a atenção para o fato de que,
embora as escolas declarem que preparam seus alunos para a vida, a vida certamente
não se limita apenas a raciocínios verbais e lógicos.
2.3 Inteligência Múltipla de Gardner
Abstrata – Lógico – Matemática (Região Temporo – Paríeto – Occipital).
• Habilidade para raciocínio dedutivo e para solucionar problemas matemáticos. É a
mais associada com a idéia tradicional de inteligência. Facilidade para detalhes e
análises, sistemáticas no pensamento e no comportamento; prefere abordar os
problemas por etapas (passo a passo); discernimento de padrões e relações entre
objetos e números.
Lingüística – Habilidade para lidar com palavras de maneira criativa e de se expressar de
maneira clara e objetiva. É a inteligência da fala e a comunicação verbal e escrita e não
tem relação com a cultura da pessoa. Habilidade de expressão; facilidade para se
comunicar, aprecia a leitura, possui amplo vocabulário, competência para debates
transmite informações complexas com facilidades, absorve informações verbais
rapidamente.
Musical - Capacidade de entender a linguagem sonora e de se expressar por meio dela.
Permite organizar elementos sonoros (timbres, ritmos, sons.) de forma criativa e
independe de aprendizado formal. É a mais associada com a idéia de talento. Bom senso
de ritmo, identificação com sons e instrumentos musicais, a música evoca emoções e
imagens, boa memória musical.
2.3.1 Concreta
Pictórica – Espacial – Capacidade de reproduzir, pelo desenho, situações reais ou metais,
de organizar elementos visuais de forma harmônica; de situar-se e localizar-se no espaço.
32
Permite formar um modelo mental preciso de uma situação espacial, utilizando-o para fins
práticos (orientação / disposição). Capacidade de transportar-se mentalmente a um
espaço. Sua percepção do mundo é multidimensional, facilidade para distinguir objetos no
espaço, bom senso de orientação, prefere a linguagem visual á verbal.
Corporal – Sinestésico – Capacidade de utilizar o próprio corpo expressar idéias e
sentimentos. Facilidade de usar as mãos. Inclui habilidades como coordenação, equilíbrio,
flexibilidade, força, velocidade e destreza. Boa mobilidade física; prefere aprender
“fazendo”, prefere trabalhos manuais, facilidade para atividades como dança e esportes
corporais.
2.3.2 Social
Interpessoal – Capacidade de compreender as pessoas e de interagir bem com os outros,
o que significa ter sensibilidade para o sentido de expressões faciais, voz, gestos e
posturas de habilidades para responder de forma adequada as situações interpessoais.
Facilidade para comunicação aprecia a companhia de outras pessoas, prefere esportes
em equipe.
Intrapessoal – Capacidade de conhecer-se e de estar bem consigo mesmo, de
administrar os próprios sentimentos a favor de seus projetos. Inclui disciplina, auto-estima
e auto-aceitação. Reflexiva e introspectiva, capaz de pensamentos independentes, auto
desenvolvimento e auto-realização.
Interpessoal + Intrapessoal = Emocional – Envolve a capacidade de interagir com o
mundo levando em conta os próprios sentimentos e a habilidade de compreender as
emoções próprias e alheias, utilizando para as nossas decisões pessoais e profissionais.
2.3.3 Espiritual
Naturalista / Espiritual – É a capacidade de aplicar, nas ações do cotidiano, princípios e
valores espirituais, como o objetivo de encontrar paz e tranqüilidade. Envolve a
capacidade de encontrar um propósito para a própria vida e de lidar com problemas
existenciais. Confortável com os elementos da natureza; bom entendimento de funções
como a origem do universo, evolução.
Para todos estes teóricos, a mediação e a interação social são de suma
importância para o desenvolvimento e para a construção do conhecimento, onde o
33
professor deve assumir o papel de estimulador e desafiador do pensamento do aluno,
proporcionando, na sala de aula, um clima sócio afetivo favorável para o alcance de sua
autonomia intelectual, moral e social, a fim de que sejam valorizados o respeito mútuo e
cooperação entre estes, facilitando a atuação livre e criativa.
Emília Ferreiro e Ana Teberosky desenvolveram estudos sobre a Psicogênese da
língua escrita, mostrando que a criança reconstrói o código lingüístico e reflete sobre a
escrita, a partir da compreensão do funcionamento do sistema alfabético.
A aprendizagem seria um modo particular de construção de conhecimentos em que
a criança formula e reformula hipóteses para interpretar o sistema da escrita (Ferreiro,
1985; Ferreiro e Teberosky, 1986; Grossi 1990; Kaufman, 1994), ou seja, o processo de
reconstrução do código lingüístico não dependeria de exercícios de coordenação
perceptiva – motora ou do conhecimento de vogais e consoantes, mas de uma
compreensão do funcionamento do código.
Para Emília Ferreiro, “alfabetizar é construir conhecimento”. Suas pesquisas
indicam que a criança passa por determinados níveis conceituais lingüísticos, refazendo o
mesmo caminho percorrido pela humanidade na organização de seu conhecimento. Inicia
a representação de seu conhecimento. Inicia a representação do mundo mediante gesto
ou desenho e chega ao símbolo e às regras sistemáticas, reconstruindo o sistema de
representação utilizado em sua comunidade, em seu ambiente cultural. Utilizamos os
níveis conceptuais lingüísticos apresentados por Cócco (1996):
• Nível 1 – pré-silábico (fases pictórica, gráfica primitiva e pré-silábica propriamente
dita);
• Nível 2 – intermediário I;
• Nível 3 – silábico;
• Nível 4 – intermediário II ou silábico – alfabético;
• Nível 5 – alfabético.
Na fase pictórica do pré-silábico, a criança realiza garatujas, desenhos sem
figuração e, mais tarde, com configuração.
Na fase gráfica do nível 1, a criança registra símbolos e pseudoletras misturadas
com letras e números.
No final do nível 1, ou seja, na fase pré-silábica propriamente dita, a criança inicia
a diferenciação entre letras e números, percebendo que aquelas servem para escrever,
embora não saiba como isso ocorra.
O nível 2 (intermediário 1) caracteriza-se por uma ligação difusa entre pronúncia e
escrita.
34
No nível 3 (silábico), a criança coloca um símbolo (letra) para cada pedaço sonoro,
ocorrendo à sonorização ou fonetização da escrita.
Quando chega ao nível 4 (intermediário II ou silábico-alfabético), o valor sonora
torna-se prioritário, e a criança começa a acrescentar letras principalmente na primeira
sílaba, estando a um passo da escrita alfabética.
No nível 5, a criança reconstrói o sistema lingüístico, compreendendo sua
organização. Escreve foneticamente (fazendo a relação entre som e letra), mas não
ortograficamente, requerendo um trabalho que leve à correção ortográfica e gramatical.
Segundo Cócco (1996), a sondagem capacita o educador a conhecer as hipóteses
dos alunos envolvidos no processo de alfabetização (pré-silábico, intermediário I, silábico,
intermediário II e alfabético), possibilitando-lhe atuar como mediador no processo ensino-
aprendizagem, fornecendo pistas para que o educando se torne alfabético.
Com base no material obtido através da sondagem, pode-se refletir sobre o
pensamento da criança e perceber sua hipótese lingüística, planejando atividades
diversificadas e formando grupos de trabalho heterogêneos, que levem à desestruturação
da hipótese que o aluno tem sobre a linguagem escrita, assim como à construção de uma
nova hipótese, percebendo o valor sonoro convencional e chegando a reconstrução do
código lingüístico.
3. PROGRAMA DE ATENDIMENTO
A Escola de Educação Especial visa em seu dia a dia oferecer respostas
educativas, adotando práticas voltadas a educação, visando uma função formativa
estendendo-se ao mundo do trabalho, realizando-se por meio da integração dos níveis de
ensino.
No momento a escola oferece os seguintes programas:
• Educação Infantil
• Ensino Fundamental
• Educação Profissional
3.1 Educação Infantil
As escolas especiais oferecem atendimento na modalidade de Educação Infantil,
onde tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físicos,
35
psicológicos, intelectual e social, assim essas escolas organizam-se por meio de dois
programas:
• Programa de Estimulação Essencial
• Programa de Educação Pré-Escolar
3.1.1 Programa de Estimulação Essencial
Este programa educacional preventivo, destinado a crianças na faixa etária de 0 a
3 anos e 11 meses, com problemas evolutivos decorrentes de fatores genéticos,
orgânicos e/ ou ambientais. Realiza-se por meio de atividades educacionais e
psicopedagógicas desenvolvidas por profissionais qualificados e em colaboração com a
família.
O programa de Estimulação Essencial busca em seu trabalho evitar o surgimento
de seqüelas adicionais (no caso de bebês de risco) e minimizar o efeito de deficiências ou
defasagens já existentes.
São elegíveis para egresso nos programas as crianças:
• Consideradas de risco
• Com deficiência intelectual e outras deficiências associadas a esta
• Com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
O Programa de Estimulação Essencial realiza-se em parceria com a família e sua
operacionalização, obedece às orientações teórico-metodológicas pautadas no
conhecimento de teorias sobre o desenvolvimento infantil e construção do conhecimento
de forma significativa, bem como na abordagem de crianças de risco e com necessidades
especiais, com reuniões de orientações aos pais semestralmente com equipe
multiprofissional. Exige, portanto, educadores preparados e competentes para sua
realização, capacitados (por profissionais de diferentes áreas) em uma abordagem
interdisciplinar, nos diferentes aspectos do desenvolvimento. O programa é desenvolvido
por professores especializados, com apoio de equipe técnica interdisciplinar composta por
um ou mais dos seguintes profissionais de acordo com as necessidades da criança:
• Médico Pediatra
• Médico Neurologista
• Médico Psiquiatra
• Psicólogo
• Fonoaudiólogo
• Fisioterapeuta
36
• Terapeuta Ocupacional
• Assistente Social
Quando indicado, a criança deve ser atendida pelo especialista qualificado na sua
área. No entanto, recomenda-se apenas um profissional no desenvolvimento do
programa, devido à vulnerabilidade e ao desconforto causado a criança pelo toque de
pessoas estranhas. A familiaridade com o profissional facilita a formação de vínculos
afetivos, favoráveis ao desenvolvimento e aprendizagem da criança.
O programa inicia-se após o nascimento, podendo prosseguir até os 3 anos e 11
meses de idade.
A proposta pedagógica específica para realização da Estimulação Essencial será
elaborada pela escola da APAE, tendo como base o Referencial Curricular da Nacional
para a Educação Infantil (MEC/SEF, 1998) as Diretrizes Curriculares para a Educação
Infantil do Estado do Paraná e coletânea específica institucional (Escala de
Desenvolvimento Infantil segundo Geisel e Vitor da Fonseca e Inventário Portage). O
planejamento que é individualmente de acordo com as peculiaridades e potencialidades
de cada aluno que tem como eixo o brincar como forma de construção e expressão do
pensamente, o processo de interação e comunicação, o aprender e a socialização pela
oportunidade de participação em todo as atividades na escola, no lar e comunidade.
Os programas de Estimulação Essencial devem integrar o cuidar, o valorizar a
educação como forma de desenvolvimento psicoafetiva, autonomia pessoal, moral,
intelectual e de competências. Dessa forma, o currículo na Educação Infantil deve
abranger tanto a formação pessoal e social (identidade, autonomia, brincar, movimento,
conhecimento de si e do outro) como o conhecimento do mundo pela experiência e
diferentes formas de linguagem e expressão (linguagem oral, corporal, literatura infantil,
musica, artes).
3.1.2 Programa de Educação Pré-Escolar
Destinado a crianças de 4 a 5 anos e 11 meses de idade, visa patrocinar condições
adequadas e favoráveis ao seu desenvolvimento nas dimensões físicas, emocionais,
cognitivas e sociais.
A educação infantil realiza-se em complementação a ação da família, sendo
considerada um direito da criança, conquanto não efetiva como obrigatória nos sistemas
educacionais. Desse modo, são incipientes as ofertas nas cidades brasileiras.
37
Nossa escola visa na Educação Infantil, de acordo com sua proposta pedagógica
reconhecer e relevar a importância do processo educacional nos primeiros anos de vida e
no desenvolvimento da criança. Essa relevância torna-se mais significativa quando a
criança é portadora de deficiência(s). Nesse caso, além da natureza educativa, confere-se
ao programa um caráter preventivo.
Na escola especial, são considerados para iniciar na educação pré-escolar
crianças:
• Egressas do programa de Estimulação Essencial da Escola Especial e de outras
instituições especializadas;
• Com deficiência intelectual associada, ou não, a outras deficiências ou quadro
neurológicos (paralisia cerebral);
• Com atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor;
• Crianças em situação de risco e vulnerabilidade quanto ao seu desenvolvimento
global, ou transtorno global do desenvolvimento com necessidades maiores do que
aquelas supridas no Ensino Regular.
A educação infantil orienta-se pelo Referencial Curricular Nacional Infantil (MEC/
SEF, 1998) e por outras literaturas do gênero. Recomenda-se a proposição de um
currículo flexível, com ajustes necessários que atendam, também, as peculiaridades das
crianças. Caso necessário, o programa pedagógico pode ser complementado com
atendimentos especializados nas áreas emocional, cognitiva, psicomotora,
fonoaudiológica, comportamental, fisioterápica, etc.
Ao finalizar a educação infantil, o aluno mediante um processo avaliativo, poderá
ser encaminhado para o ensino fundamental nas escolas regulares da comunidade. Se
indicado pela avaliação, ele pode permanecer matriculado na Escola Especial da APAE
para continuidade no seu processo educacional.
Recomenda-se que o currículo, a avaliação e o programa pedagógico para alunos
com múltipla deficiência contemplem adaptações, ajustes e/ou complementação que
possibilitem a aprendizagem significativa e a participação do aluno em todas as atividades
escolares.
Cabe ressaltar que a inclusão escolar dos alunos poderá ser efetuada a qualquer
momento, mediante documento de transferência para a Educação Infantil da rede Regular
de Ensino. Recomenda-se que os critérios específicos no Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil (MEC/ SEF, 1998 vol.1, p.37) sejam observados, ao proceder a
inclusão escolar do aluno:
Condições e potencialidades de cada criança;
38
Idade cronológica;
Disponibilidade de recursos e materiais existentes na comunidade;
Condições socioeconômicas e culturais da região;
A Educação Infantil determina marcos temporais que indicam à idade de início e de
finalização dos seus níveis no processo educativo correspondente a faixa etária de 0 a 5
anos e 11 meses. Esses limites de idade são respeitados e válidos também para os
educandos com necessidades educacionais especiais, uma vez que as pessoas com
deficiência são muitas vezes confundidas como eternas crianças a despeito de sua idade
cronológica. Desse modo, a educação infantil de crianças com deficiência também se
realiza na faixa etária de 0 a 6 anos e 11 meses.
Compreende a Estimulação Essencial (0 a 3 anos e 11 meses) e Educação Pré
Escolar (4 a 5 anos e 11 meses). Conta com currículo próprio baseada na Escala de
Desenvolvimento Infantil segundo Geisel e Vitor da Fonseca, Inventário Portage e o
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.
A prática na sala de aula é baseada na organização contida no Referencial
Nacional para a Educação Infantil nos eixos: Identidade e Autonomia e Conhecimento de
Mundo com as adaptações curriculares de pequeno, médio e grande porte considerando
aqueles alunos com diagnóstico de autismo atraso significativo no desenvolvimento global
que necessitam de apoios intensos e contínuos na sala de Estimulação Essencial e Pré-
Escolar. Todas as atividades estão fundamentadas nas áreas de desenvolvimento:
motora, sensorial, cognitiva, afetiva e social.
As atividades pedagógicas são desenvolvidas a partir do lúdico levando as
crianças a viver experiências prazerosas na aprendizagem escolar com vistas no seu
desenvolvimento integral partindo da potencialidade do mesmo. São ainda realizadas
adaptações curriculares de médio e grande porte para atender as especificidades dos
alunos.
O ato de cuidar na Educação Infantil na Escola Especial envolve a função
educativa de construção da identidade e autonomia do aluno dentro das potencialidades
de cada um.
A avaliação é realizada pela Equipe Multidisciplinar composta por psicóloga,
fonoaudióloga, fisioterapeuta, assistente social, terapeuta ocupacional, neurologista e
pedagogo que utilizam instrumentos formais e informais específicos para cada área. Após
a avaliação diagnóstica o aluno é avaliado pela área pedagógica para os
encaminhamentos necessários. A avaliação é contínua com acompanhamento de cada
setor concomitamente com a avaliação pedagógica.
39
3.2 Ensino Fundamental
O ensino fundamental consolida-se na LDB (1996) como segunda etapa da
educação básica e realiza-se por meio de conteúdos curriculares que integram
conhecimentos úteis ao exercício da cidadania, incorporados a valores éticos que
contemplem a auto-estima do aluno e atividades adequadas ao convívio social. Enfim,
currículos que façam com que o educando comprometa-se com posturas relevantes para
sua vida pessoal e coletiva.
O programa objetiva a formação integral do aluno por meio de sua escolarização.
Contempla o primeiro Ciclo do Ensino Fundamental que tem por base para construção de
seus objetivos e definição de conteúdos, os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Fundamental com as devidas adaptações curriculares e complementares que se fizerem
necessárias, bem como o desenvolvimento de currículos funcionais de acordo com as
necessidades e peculiaridades dos educandos.
São elegíveis para egresso do ensino fundamental da escola especial educandos
com deficiência mental:
• Egressos da Educação Infantil da Escola Especial - APAE e de outras instituições
especializadas;
• Oriundos da comunidade com deficiência intelectual e outra(s) associada(s) a esta;
• Encaminhamentos pelas escolas do Ensino Regular de Ensino indicativo pelo
processo avaliativo para este atendimento.
No programa de escolarização do ensino fundamental, o aluno poderá ser
transferido para as escolas comuns do ensino regular, para prosseguimento de sua
escolarização. Se indicado pelo processo avaliativo, poderá receber da Escola de Dom
Jaime Luiz Coelho, atendimento de apoio especializado, pedagógico e psicopedagógico,
bem como beneficiar-se de outros serviços disponíveis na entidade. É importante
considerar, na transferência do aluno para o ensino regular, a observância do sistema de
progressão adotado pela escola que receber o mesmo, de modo a adequá-lo ao sistema
de avaliação da referida escola. Nesse caso a terminalidade específica será concedida
pela escola regular que receber o aluno.
Em relação à família, a mesma deve participar da avaliação diagnóstica onde são
levantados os dados sobre anamnese e observação exploratória do cotidiano da criança;
recebem orientação da Equipe Multiprofissional, participam de comemorações e
40
promoções realizadas pela escola e entidade mantenedora. É realizado um trabalho de
conscientização sobre a necessidade da família como parceria no processo pedagógico.
As turmas são divididas em Programas de Educação Escolar (I, II e III). Uma
mesma turma pode haver alunos de diferentes níveis, a metodologia é variada utilizando
tanto método sintético como o global, conforme a necessidade. As disciplinas são as
mesmas que compreendem o núcleo comum do ensino Regular com adaptações
curriculares de médio e grande porte, de acordo com a área curricular.
O currículo desse nível de ensino está em consonância as capacidades de ordem
cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, tendo em vista uma
formação ampla.
A necessidade de um currículo especial, voltado para o desenvolvimento de
habilidades básicas, requer a participação familiar e uma avaliação educacional e
psicopedagógica do aluno, e da eficiência dos procedimentos pedagógicos empregados
em sua educação, bem como retornar e retomar conteúdos específicos correspondentes
a faixa etária inferior aquelas em que se encontra o aluno, porem abordados conforme
sua idade cronológica.
Aquele aluno, cujo comprometimento não permite o pleno domínio da leitura,
escrita e cálculo, poderá demonstrar sua capacidade de aprender por formas diferentes
de expressão, como: desenho, expressão corporal, linguagem oral, pintura, etc.
As Adaptações Curriculares são realizadas sempre que as condições dos
alunos assim a exigirem, com base no reconhecimento da diversidade e na necessidade
de respeitar e atender essa especificidade. São realizadas adaptações curriculares de
médio e grande porte para atender as especificidades dos alunos.
A avaliação é realizada pela Equipe Multiprofissional composta por psicóloga,
fonoaudióloga, fisioterapeuta, assistente social, terapeuta ocupacional, neurologista e
pedagogo que utilizam instrumentos específicos para cada área. É realizada a sondagem
pedagógica pelo pedagogo e feito o encaminhamento na turma que mais adeque às suas
necessidades.
3.3 Educação Profissional
41
Esta escola destaca a educação profissional como forma de propiciar o
permanente desenvolvimento de aptidões e habilidades da pessoa portadora de
deficiência para a vida produtiva.
A vinculação da Educação Profissional ao desenvolvimento de capacidades para a
vida produtiva serve de base para as ações propostas quanto à formação do indivíduo.
Desse modo, os currículos devem contemplar também o desenvolvimento de
competências e habilidades necessárias para o exercício profissional.
Por tratar-se de escola especializada e considerando a natureza dos educandos,
as ações de Educação Profissional a serem realizadas desenvolvem-se de forma
articulada, com metodologias diversas, envolvendo inclusive os ambientes de trabalho,
possibilitando formas de qualificação diversificadas, compatíveis com os níveis de
escolaridade dos educandos. O programa de Educação Profissional de nossa APAE
considera as seguintes:
1- Iniciação ao Trabalho;
2- Preparação para o Trabalho;
3- Qualificação para o Trabalho;
4- Colocação no Trabalho.
3.3.1 Iniciação ao Trabalho
Esta etapa tem como objetivo a avaliação das condições do aprendiz para o
trabalho e a sondagem de suas aptidões para posterior encaminhamento aos Programas
de Educação Profissional e Colocação no Trabalho.
O aprendiz, necessariamente, não precisa passar por todos os programas de
Qualificação Profissional, cabe aos professores, técnicos, instrutores e coordenador,
indicarem o programa que mais se adeque as suas características.
3.3.2 Preparação para o Trabalho
O Treinamento para o Trabalho na Instituição apresenta situações reais e
vivenciadas compatíveis com a demanda do mercado e com a região. É trabalhado as
habilidades necessárias ao desempenho de uma tarefa, sendo integrado às habilidades
básicas, específicas e de gestão. O Treinamento para o Trabalho é desenvolvido na
própria instituição, utilizando diversos recursos.
42
3.3.3 Qualificação para o Trabalho
Trata-se de um programa que visa à qualificação para o mundo do trabalho,
considerando, ou não, o nível de escolaridade do mesmo. Realiza-se por meio de cursos
de habilitação profissional de nível básico, na própria instituição ou em agências
formadoras da comunidade e ainda por meio do treinamento profissional na instituição ou
em ambientes reais de trabalho.
Considerando que tanto os programas de iniciação para o trabalho quanto o de
qualificação profissional priorizam o desenvolvimento de habilidades e competências
relativas ao pensar, ao fazer e ao agir, relacionadas aos conhecimentos, atitudes e
práticas do trabalho, é imprescindível que ao implantar ou implementar os programas de
profissionalização se considere as expectativas do mercado e, principalmente, as
potencialidades, aptidões, interesses e aspirações dos alunos. Cabe ressaltar que não se
trata de reduzir os conteúdos apenas ao aspecto funcional ou operacional do trabalho,
mas também propiciar conhecimentos que contribuam para a compreensão da cultura do
trabalho, associados a conhecimentos filosóficos, éticos, que permitam a pessoa
portadora de deficiência o exercício de sua cidadania.
3.3.4 Colocação no Trabalho
A colocação no trabalho consiste na inserção do educando em algum tipo de
atividade laboral, primordialmente competitiva, e sempre condizentes com as condições
física, aspirações pessoais e potencial do educando, assim como as possibilidades
existentes na comunidade.
Os programas de qualificação, além de contribuir para a formação, devem
desdobrar-se em ações, que visam à colocação da pessoa portadora de deficiência no
mundo do trabalho. Essa ação possibilita a concretização da validade e eficiência de todo
o processo de educação profissional.
A colocação no trabalho exige que se realizem pesquisas de mercado, visando à
formação de um cadastro das empresas da comunidade. Essas pesquisas serão
orientadas não só para os cursos a serem oferecidos como também para os estágios e
empregos para os aprendizes.
3.3.5 Escolarização e Profissionalização
43
A fase de escolarização e Profissionalização é destinada a educandos acima de 16
anos de idade, constitui-se em um ciclo de atendimento com a oferta de educação
Profissional que visa atender às necessidades e possibilidades de seu alunado.
A LDB (1996) propõe a vinculação da educação com o mundo do trabalho, ou seja,
destaca a relação estreita entre a escolarização e a preparação para a vida produtiva.
Portanto, os currículos devem oferecer aos educandos portadores de deficiência,
oportunidades de desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao
exercício profissional para o mundo do trabalho.
A modalidade educativa para jovens e adultos fundamenta-se em considerações
de natureza social, ética e política, considerando a importância dos preceitos legais que
garantem o direito de ensino fundamental às pessoas de todas as faixas etárias, de modo
a beneficiar os que ultrapassaram a idade de escolarização regular.
Oferecemos programas para educandos com idade a partir de 16 anos no nível do
ensino fundamental, contemplando a alfabetização para acesso ao conhecimento até o
nível de primeiro e segundo ciclo do ensino fundamental por meio da modalidade de
alfabetização de jovens e adultos.
A flexibilidade curricular revela-se positiva, particularmente no atendimento às
necessidades específicas de alunos portadores de deficiência. Pode-se depreender a
importância dessa adequação no seguinte texto da proposta curricular do MEC para
jovens e adultos (RIBEIRO, 1999):
“Qualquer projeto de educação fundamental orientação, implícita ou explicitamente,
por concepções sobre o tipo de pessoas e de sociedade que se considera desejado, por
julgamento sobre quais elementos da cultura são mais valiosos e essenciais. O currículo é
o lugar onde esses princípios gerais devem ser explicitados e sintetizados em objetivos
que orientem a ação educativa”. (P. 15).
Em cada área sugere-se a definição de blocos de conteúdos, organizados em
diferentes graus de aprofundamento levando em conta à flexibilidade a seqüência da ação
do ensino, dentre outros ajustes curriculares.
O programa de alfabetização de jovens e adultos orienta-se, ainda, para
consideração do contexto sociocultural do aluno, visando à aquisição de competências e
habilidades que permitam ao aluno uma formação a sua inserção na vida comunitária e
ao mundo do trabalho. Deve contemplar conhecimentos acadêmicos adequados as suas
condições pessoais, o domínio da leitura e da escrita, das operações matemáticas
básicas e conhecimentos sobre a natureza e a sociedade.
44
O programa deve focalizar conquistas na dimensão cognitiva, além da
aprendizagem de valores e atitudes sociais, bem como oportunizar a educação para a
cidadania. Enfim, deve tornar possível para os educandos: “dominar instrumentos básicos
da cultura letrada, que lhes permitam melhor compreender e atuar no mundo em que
vivem”.
A organização curricular da Sala Pedagógica para continuidade na Alfabetização
de Jovens e Adultos fundamenta-se em considerações de natureza social, ética e política,
relevando a importância dos preceitos legais que garantem o direito do Ensino
Fundamental às pessoas de todas as faixas etárias, de modo a beneficiar os que
ultrapassaram a idade de escolarização.
As disciplinas contempladas são as mesmas contemplando a alfabetização e
séries iniciais com flexibilidade e adaptações necessárias. A prática pedagógica baseia-se
ainda, nas conquistas na dimensão cognitiva, além da aprendizagem de valores e atitudes
sociais, bem como oportunizar a educação da cidadania, considerando o contexto sócio-
cultural do aluno, visando sua formação integral, à sua inserção na vida comunitária e ao
mundo do trabalho com conhecimentos acadêmicos adequados às suas condições
pessoais, o domínio da leitura e da escrita, das operações matemáticas básicas e
conhecimentos sobre a natureza e a sociedade.
A avaliação é realizada pela Equipe Multiprofissional composta por psicóloga,
fonoaudióloga, fisioterapeuta, assistente social, terapeuta ocupacional, neurologista e
pedagogo que utilizam instrumentos específicos para cada área. É realizada a sondagem
pedagógica pelo pedagogo e realizado o encaminhamento na turma que mais adeque às
suas necessidades. O aluno recebe atendimento e acompanhamento da Equipe
Multiprofissional de cada serviço.
3.3.6 Programa Pedagógico Específico
Os programas pedagógicos específicos destinam-se aos educandos com
deficiência intelectual severa, associada, ou não, a outras deficiências. São alunos que
por possuírem alterações significativas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e
adaptação social requerem uma proposta educacional diferenciada que atenda às suas
necessidades específicas.
São elegíveis para esses programas os seguintes alunos:
• Oriundos do programa de escolarização inicial da escola da APAE;
• Transferidos de outras unidades da APAE e outras instituições congêneres;
45
• Oriundos da comunidade, sem escolarização.
Para esse grupo de alunos é indicada a construção de um currículo funcional, cuja
finalidade é desenvolver ações educativas que enfatizem o desenvolvimento de
capacidades/ habilidades que os tornem independentes produtivos e conseqüentemente
mais aceitos socialmente, contemplando:
• Escolarização formal – com adaptações curriculares significativas e ênfase nas
atividades de artes, cultura e lazer.
• Domínio da vida diária – caracteriza-se pela autonomia no lar, na escola e na
comunidade.
• Domínio labor ativo – este domínio inclui: a ocupação no lar e a iniciação para o
trabalho.
Na construção do currículo funcional deve-se considerar:
• Habilidades acadêmicas adquiridas na escolarização formal, que devem ser
aplicadas em situações reais nas quais elas são requeridas;
• Diretrizes na construção do currículo, levando em consideração o planejamento
sob a forma de atividades, respeito aos interesses e preferências do educando,
valorização da participação do alunos e a participação da família.
É importante ressaltar que neste programa o número de alunos é reduzido, pois
se faz necessário por parte do professor um trabalho individualizado.
3.3.7 Teacch: Tratamento de Educação para Crianças Autistas e com Distúrbios
Correlatos da Comunicação
O Método Teacch utiliza uma avaliação chamada PEP-R (Perfil
Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança, levando em conta os seus pontos
fortes e suas maiores dificuldades, tornando possível um programa individualizado.
O Teacch se baseia da organização do ambiente físico através de rotinas
organizadas em quadros, painéis ou agendas e sistemas de trabalho, de forma a adaptar
o ambiente para tornar mais fácil para a criança compreendê-lo, assim como
compreender o que se espera dela. Através da organização do ambiente e das tarefas da
criança, o Teacch visa desenvolver a independência da criança de modo que ela
46
necessite do professor para o aprendizado, mas que possa também passar grande parte
de seu tempo ocupando-se de forma independente.
Devido ao grau de comprometimento, os alunos inseridos nesta programação
são em número reduzido, pois em determinadas ocasiões manifestam condutas
inadequadas e/ou auto-agressivas.
3.3.8 Projeto de Reflorestamento da Mata Ciliar
O projeto de Reflorestamento da Mata Ciliar foi inserido neste ano letivo de
2009, o mesmo conta com 17 colaboradores que produzem mudas de árvores nativas
para recomposição da mata ciliar nas áreas de atuação da Cocari. Eles trabalham quatro
horas por dia na APAE e tem todos os benefícios (e descontos) de um trabalhador
comum: salário, férias, cesta básica, cartão alimentação etc. A única diferença é que
esses colaboradores têm deficiência intelectual, o que não os impede de ter uma vida
normal.
Este projeto envolve a Cocari, a APAE e uma parceria com o IAP (Instituto
Ambiental do Paraná).
4. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
O currículo da Escola Dom Jaime Luiz Coelho, está organizado por nível de
escolaridade. Trabalha com as mesmas disciplinas da Matriz Curricular do Ensino
Comum, com as disciplinas: Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, Ciências,
História, Arte e Ed. Física, com as adaptações de acordo com as possibilidades dos
alunos, considerando-se as especificidades da proposta curricular. Os estudos sobre o
Estado do Paraná são ofertados através de projetos, assim como os temas de Inclusão e
Cultura Afro-brasileira e Africana.
São inseridos no currículo alguns aspectos distintos, pois além das habilidades
acadêmicas, enfatizam a inclusão educacional e social. Entre essas especificidades,
destacam-se as condições de aprendizagem do aluno com déficit intelectual, a sua
maneira de agir com os conteúdos, materiais e equipamentos, que dão suporte ao
processo ensino-aprendizagem, as limitações impostas pelas propostas curriculares
seriadas e a dificuldade ou incapacidade, muitas vezes de envolver e dominar conteúdos
que envolvem predominantemente o intelecto.
47
Por esse motivo o Ensino Fundamental é trabalho por nível cujo aluno tem mais
tempo para adquirir os conteúdos necessários para sua inclusão educacional e ou
inserção no mundo ou no mercado de trabalho.
A Escola Especial trabalha com três níveis escolares, havendo uma progressão
de conteúdos e acompanhamento no progresso acadêmico do aluno. Além de contar com
esse referencial, os professores têm a liberdade de inserir no planejamento conteúdos de
níveis diferentes daquele da sua turma de acordo com a necessidade do aluno.
Os conteúdos são trabalhados de forma contextualizada para melhor utilizar o
conhecimento no seu espaço social e no tempo real com situações que fazem parte de
sua vivência cotidiana.
Se a formação de conceitos está relacionada às experiências de aprendizagem
do aluno, deduz-se que a seleção dessas implica que as mesmas sejam significativas,
compatíveis com o nível de desenvolvimento dos alunos e que evoluam de situações
concretas para abstratas, alertando-se para a necessidade de se reforçar os conceitos
adquiridos através de atividades diversificadas, visando a sua manutenção.
Muitas vezes é necessário retomar conteúdos anteriores. No caso de aluno com
alto grau de comprometimento a nível sensorial e intelectual, a seleção dos conteúdos é
determinada de forma a garantir, em princípio, o desenvolvimento dos sentidos
remanescentes, podendo, em decorrência da reação de cada um, extrapolar para outras
situações de aprendizagem.
Consideramos prudente, em se tratando da educação com pessoas especiais,
que a organização e seleção dos conteúdos na proposta curricular, embora respeitando
as disciplinas do Núcleo Comum, previsto em Lei, fosse cumprido de forma desvinculada
da compartimentalização em disciplinas estanques, onde os conteúdos sejam abordados
em temas amplos, concretos, significativos, em torno das competências das diferentes
áreas do conhecimento.
O currículo funcional e elaborado a partir das propostas curriculares nos
diferentes níveis de ensino ofertados, preparando um plano de trabalho onde os
conteúdos são abordados de forma a desenvolver atividades funcionais na vida diária,
independência e inclusão social. Portanto o currículo funcional é elaborado
individualmente para cada aluno que tem grau de dificuldade não permitindo a aquisição
de conteúdos acadêmicos.
Os níveis de adaptações curriculares não devem ser entendidos como um
processo exclusivamente individual ou uma decisão que envolve apenas o professor e o
48
aluno, pois acontecem no Âmbito do currículo, nas estratégias e metodologias
desenvolvidas na sala de aula e a nível intelectual.
O currículo não é um documento pronto e acabado, devido a sua eficácia
depender das especificidades de cada aluno. O que se propõe é que o currículo seja
revisto a cada ano a fim de torná-lo o mais adequado possível para o aluno especial,
atendendo suas necessidades individuais e coletivas.
4.1 Conteúdos
Os conteúdos trabalhados estão relacionados com os objetivos de
aprendizagem, dentro do sistema educacional vigente.
Esses conteúdos tem contribuído a longo prazo para a aquisição de
aprendizagens básicas, mas ainda necessitamos desenvolver cursos para alunos com
condições e possibilidades de serem inseridos no mercado de trabalho existente na
região, fazendo parcerias com Associação Comercial, Agência de Empregos e outros.
A flexibilização e adaptação não podem ser entendidos como empobrecimento,
porém adaptamos conteúdos que são tratados na sala de aula com ajuda intensa e
contínua.
Na nossa escola especial as disciplinas são as mesmas que contemplam o
núcleo comum da primeira série do ensino comum. Tais conteúdos são adaptados nos
diferentes programas e níveis oferecidos pela escola. Além da adaptação do currículo,
temos ainda as adaptações que são feitas por programa e por aluno. As adequações são
construídas coletivamente com professor e equipe multiprofissional.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhos de acordo com os
objetivos específicos das disciplinas do núcleo comum.
4.2 Metodologia
Cada professor tem sua metodologia própria devido sua formação e bagagem
cultural. Não podemos dizer que a metodologia utilizada até o momento tenha sido
inadequada, pois nosso trabalho têm colaborado para o crescimento cognitivo e
emocional dos alunos. Estes têm alcançado os objetivos propostos.
Precisamos ainda aprimorar cada dia nosso conhecimento e adotar uma linha
metodológica que globalize nosso trabalho e devemos estar abertos às mudanças que
ocorrem no dia-a-dia, pois a educação não é estanque.
49
Os alunos que chegam à escola ainda em idade de Pré Escola tem a
possibilidade de adquirir as competências básicas para a inserção no mundo do trabalho,
dependendo do seu nível intelectual, sua adaptação, socialização, etc.
Dentro da metodologia utilizada, hoje o aluno que têm condições intelectuais é
encaminhado para escolas onde possa dar continuidade aos seus estudos no Ensino
Regular.
Os alunos mais comprometidos continuam na escola desenvolvendo trabalho
em oficina profissionalizante.
4.3 Recursos Didáticos
São usados em todas as situações que se fazem necessários de forma ampla
e diversificada dentro da aprendizagem como recursos áudio visuais, brinquedos lúdicos e
pedagógicos, jogos, literatura, assim também como os recursos oferecidos pela natureza.
Sendo bem utilizados os recursos didáticos, os objetivos desejados serão
atingidos.
O livro didático como outros recursos pedagógicos, deverá ser utilizado como
um apoio didático e bibliográfico, mas não como um método a seguir de forma decisiva e
única, pois não devemos nos esquecer da individualidade de cada aluno.
Os recursos tecnológicos, tais como: computadores e o uso da TV pendrive
tem como objetivo potencializar a aprendizagem dos alunos, inclusive com a comunicação
alternativa.
4.4 Plano de Avaliação
O processo de avaliação em nossa escola é contínuo, dinâmico e permanente em
todas as programações (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação
Profissional).
Tem por objetivo servir de retro alimentação para o trabalho pedagógico,
subsidiando a reflexão do professor sobre o desenvolvimento de todo o processo
educacional, direcionando as mudanças necessárias na proposta curricular e nos
planejamentos.
Dessa forma, todos se avaliam (aluno, professor, equipe técnica, equipe
pedagógica e equipe administrativa), contribuindo à melhoria do trabalho, possibilitada
pela democratização da avaliação.
50
A avaliação é feita de diferentes modos e em diversos momentos, abrangendo
dois níveis: o coletivo e o individual.
A proposta de avaliação coletiva envolve:
a) Registro do trabalho pedagógico em salas de aulas, para discussão e reflexão
sobre o trabalho realizado.
b) Realização de reuniões técnicas periódicas (semanais ou quinzenais,
dependendo da demanda), objetivando o estudo de casos novos (triagens) e o de
casos já atendidos na entidade, pela equipe técnica (assistente social,
fisioterapeuta, fonoaudióloga, coordenadora pedagógica, neurologista, psiquiatra
pediatra e psicóloga), para estabelecimento de estratégias e procedimentos
integrados e integradores.
c) Efetivação de reavaliações periódicas dos alunos, seguidas de discussão de
dados levantados com o corpo docente e técnico, bem como viabilização imediata
de procedimentos que se fizerem necessários (possíveis encaminhamentos a
outros profissionais ou instituições, para realização de avaliações, exames e/ou
atendimentos pedagógicos, acompanhamento pós-operatório e de adaptação a
próteses, orientação a pais e/ou familiares, etc.).
d) Realização de supervisões semanais com corpo docente.
Nas supervisões periódicas, coordenadas por setor pedagógico e setor
psicológico, discutem-se observações, produções dos educandos, sondagens,
registros diários, elaboram-se estratégias e planejamentos, enfim, reflete-se sobre
a prática pedagógica, redimensionando-a conforme se dá a construção do
conhecimento dos alunos, com troca de experiências.
e) Programação de grupos de estudo mensais com corpo docente.
Nesses encontros, oportuniza-se o estudo e aprofundamento dos conhecimentos
práticos e científicos dos profissionais, introduzindo novos conhecimentos ou
retomando assuntos que devem ser melhor assimilados e acomodados. Neste
momento, o corpo docente também se avalia e se repensa, apontando
dificuldades a ultrapassar e as mudanças necessárias.
f) Realização de reuniões com a família periódicas ou conforme a necessidade, bem
como orientações aos pais.
Os dados referentes à família do aluno podem ajudar a avaliar a sua capacidade
de estimular a aprendizagem assistemática e social.
No que se refere a avaliação individual, trata-se de tarefa de responsabilidade do
professor, que deve envolver todo o trabalho escolar, para que seja possível determinar
51
as forças positivas e restritivas que influenciam o processo de aprendizagem. Serão
utilizados o registro diário , bem com fichas de acompanhamento e sondagens
diagnósticas.
No registro diário, a professora fará observações sobre os comportamentos mais
significativos do aluno, baseado em observações, produções, verbalizações, entre outros
trabalhos, avaliando seus progressos e propondo aquisições mais complexas (desafios).
Este processo também servirá ao professor como uma auto-avaliação, direcionando
conteúdos e atividades a serem retomados ou aprofundados, melhorando sua eficácia.
As fichas de acompanhamento fundamentam-se nos registros diários, mas com
caráter sintético, com periodicidade semestral ou bimestral (dependendo da
programação). Comparado com registros anteriores, pode dar um parecer sobre a
evolução do aluno e o sucesso do trabalho educativo.
As sondagens diagnósticas são aplicadas aos alunos em processo de
alfabetização (no caso de nossa escola, sem limite de idade). A sondagem capacita o
educador a conhecer as hipóteses dos alunos envolvidos no processo de alfabetização
(pré- silábico intermediário I, silábico, intermediário II e alfabético), possibilitando-lhe atuar
como mediador no processo ensino – aprendizagem, fornecendo pistas para que o
educando se torne alfabético.
Por meio das sondagens, o professor pode intervir de forma adequada e
contínua, tornando-se mediador e organizador do processo de reconstrução do
conhecimento.
Neste sentido, a avaliação não se restringe apenas a medir a qualidade e
quantidade de informações retidas, não podendo assumir um caráter meramente seletivo
e competitivo.
Portanto, a função da avaliação é de verificar em que medidas os alunos estão
alcançando os objetivos propostos para o processo ensino-aprendizagem, sendo assim
processual, verificando se eles estão sendo realmente atingidos e em que grau se dá
essa consecução para ajudar o aluno avançar na aprendizagem e na construção do seu
saber final.
A avaliação é um nível de aprendizagem que está em transformação a cada
dia, devido ao fato do aprendizado da nossa clientela estar sempre relacionado ao seu
estado emocional e familiar, mesmo porque a aprendizagem é contínua.
O desempenho da avaliação interna vai decorrer mediante as atividades
propostas, observando o desempenho, participação e interesse do educando.
52
De forma geral, a avaliação só é possível através de atividades que provoquem
situações de conflitos no aluno, ou seja, o professor necessita possuir muita criatividade e
discernimento para extrair e captar do aluno suas potencialidades.
4.5 Reflexão sobre o Trabalho Pedagógico
Baseados nas avaliações pedagógicas e pareceres finais constatamos que os
objetivos de aprendizagem têm ocorrido com sucesso por grande parte dos alunos.
Verificamos que o diagnóstico neurológico contribui para o direcionamento do trabalho
pedagógico, tornando-se imprescindível na maioria dos casos para o direcionamento e
atendimento pela equipe multidisciplinar.
Observamos também que aqueles alunos que não apresentam uma boa
freqüência apresentam um desenvolvimento mais lento, sem seqüência, prejudicando
todo trabalho pedagógico, de habilitação e reabilitação.
Após essas constatações a equipe pedagógica juntamente com professores e
equipe de apoio vêm estabelecendo ações que contribuem para o acompanhamento do
desenvolvimento dos alunos, oferecendo apoio na área pedagógica e articulando o
trabalho da equipe técnica a fim de viabilizar outros atendimentos da área da saúde e da
assistência social que se fazem necessários.
Os objetivos de aprendizagem que a Escola Dom Jaime Luiz Coelho, tem
perseguido, inicia-se no programa de Estimulação Essencial, com estimulação adequada
nas áreas físico, emocional, cognitivo, com orientações à família visando o
desenvolvimento global do aluno. Temos o Programa de Ed. Pré Escolar para crianças de
4 a 6 anos, onde são trabalhadas as áreas de desenvolvimento infantil. No programa
Educação Escolar são trabalhados objetivos de oralidade, Leitura, escrita, produção de
textos, contagem, numerais, operações, resoluções de problemas seguindo planejamento
do currículo da escola comum com adaptações.
No setor Profissionalizante é trabalhado os objetivos de iniciação e preparação
para o trabalho como atitudes adequadas, cooperação, higiene, responsabilidade,
pontualidade, administração do dinheiro e atividades específicas profissionais.
No programa de Ed. Escolar o aluno é encaminhado para o ensino regular
quando se encontra em condições para ter sucesso, onde o professor que irá receber
esse aluno é também orientado pela equipe técnica.
53
Os recursos humanos de nossa escola são pessoas preparadas com cursos de
especialização e nossos materiais didáticos são de acordo com a necessidade dos
alunos.
Os objetivos são desenvolvidos de acordo com o currículo e o nível de
aprendizagem, utilizando para isso metodologia diferenciada atendendo as diversidades
de cada aluno com a intervenção de que o aluno construa uma aprendizagem significativa
e útil para sua inclusão educacional e social.
4.6 Trabalho Coletivo
A informação dos aspectos pedagógicos são atualizados pela Equipe
Pedagógica e os administrativos pela Direção da escola, contribuindo para uma
convivência produtiva e solidária.
As atividades pedagógicas devem contribuir para trabalhar as diferenças de
gênero, cor, religião, condições especiais de aprendizagem, etnia, promovendo o respeito
e o acolhimento da diversidade que pode trazer a motivação da aprendizagem e
consequentemente à evolução desta.
Na diretriz 4 das diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental “o coletivo da
escola elaborará as suas propostas curriculares, com vistas à valorização dos
conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.”
Dessa forma, a escola promove um trabalho com os pais, funcionários, alunos
na busca de atender os anseios em relação as necessidades físicas, financeiras,
pedagógicas dos alunos, com dinâmicas que visam ouvir, respeitar e atender as
expectativas dentro do possível.
No trabalho do dia-a-dia é oferecido ao aluno a oportunidade para expressar
suas idéias de forma oral, escrita ou artística faltando ainda levar essas informações até a
comunidade, apesar de esforços nesse sentido já terem sido realizados.
Através da escolha do aluno auto defensor, desenvolvemos atividades
pedagógicas para que eles percebam que há necessidade de se organizar para alcançar
determinados objetivos e que as pessoas unidas são mais forte para reivindicar e lutar
pelos seus direitos ou idéias.
Em se tratando dos recursos financeiros, todos são bem administrados, sua
aplicação é transparente e democrática e sua distribuição se dá onde se faz necessário,
54
segundo o consenso do corpo docente e membros da associação (pais, pessoas da
comunidade, autoridades, etc.).
Nesse sentido o trabalho em grupo torna-se imprescindível para atender a
demanda e percebemos que isso vem ocorrendo, pois sentimos o empenho tanto da
diretoria que mantém a escola, do Governo do Estado que gradativamente tem
contribuindo para um atendimento de qualidade e principalmente dos professores, equipe
técnica, e demais funcionários que se dedicam e desenvolvem seu trabalho de forma
coerente com a legislação.
5. CREDECIAMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Credenciamento da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de
Mandaguari – Paraná, junto ao SUS para Reabilitação Mental / Autismo, de acordo com a
portaria GM Nº. 1635 de 12/09/2002.
Com este credenciamento junto ao SUS a Escola de Educação Especial “Dom
Jaime Luiz Coelho” tem realizado a manutenção e a própria ampliação dos atendimentos
especializados disponibilizando aos educandos da entidade escolar, envolvendo os
setores de fisioterapia, fonoaudióloga, psicologia, serviço social, terapia ocupacional,
pediatria, psiquiatria e neurologia.
Com o credenciamento junto ao SUS para manutenção e implementação dos
atendimentos com a equipe multiprofissional, tem o objetivo de melhorar a qualidade nas
áreas médicas, psicossocial e pedagógico á pessoa com necessidades especiais, nos
casos com deficiência intelectual associada ou não a outras deficiências.
A partir do credenciamento temos buscado adequar à demanda de atendimento
multiprofissional á clientela dos programas de: Educação Infantil, Educação Escolar e
Educação Profissional.
Temos realizado avaliações constantes nos educandos, considerando seu
contexto biopsicossocial, relevando aspectos pedagógicos.
No decorrer destes atendimentos temos visado aprimorar a qualidade de
atendimento a pessoa com deficiência, orientando as famílias quanto ao manejo e
estimulação adequada das pessoas com deficiência, mediante compreensão e aceitação
da problemática, com efetiva cooperação.
Todos os técnicos atendem os alunos, de acordo com suas necessidades e as
especificidades do quadro que apresenta mediante avaliações clínicas, sendo realizado o
estudo de caso das necessidades e potencialidades deste educando, sendo organizados
55
horários nos setores pertinentes á suas necessidades, ficando assim pré-estabelecidos os
horários de atendimentos destes alunos.
As condutas com os médicos (neurologista, psiquiatra e pediatra) são
agendadas com antecedências, visto que cada médico já tem fixado o dia de consulta
nesta escola, nestes atendimentos os pais acompanham e recebem as devidas
orientações e encaminhamentos pertinentes a situação em questão.
Cada aluno pode receber durante o mês até 20 procedimentos de todos os
técnicos que compõem a equipe, mas isso não quer dizer que se o caso ou situação do
aluno requer mais atendimentos que o estabelecido o mesmo receberá de acordo com
suas necessidades.
5.1 Plano de Trabalho da Equipe Técnica
No que diz respeito ao trabalho realizado pela equipe técnica buscamos elaborar
de forma bem sintetizada o que cada setor desenvolve.
5.1.1 Plano de Trabalho do Setor Social
Sabemos que a família é de extrema importância no desenvolvimento da pessoa
com necessidades especiais, pois é ela quem trabalha a maior parte do tempo com o
deficiente. A escola da o suporte, mas uma família colaboradora e participativa é
fundamental.
O setor social é responsável pelo estudo sócio-econômico-cultural da família,
orientando e encaminhando com finalidade de integrá-la, buscando a promoção humana,
utilizando-se de técnicas, e documentos, tais como: reuniões com pais, reuniões com
equipe técnica, atendimentos individuais, visitas domiciliares, relatórios, anamneses,
laudo diagnósticos, reavaliações, palestras, encaminhamentos, contatos telefônicos e
pessoais com órgãos e entidades que prestam outros serviços que podem beneficiar
nossos alunos e familiares, encaminhamentos para fazer documentação pessoal e
estudos de caso.
Com a finalidade de promover a integração entre a escola e a família e estimular a
participação das mães, avós e irmãs de alunos na dinâmica, fortalecendo o
associativismo e despertando o valor de seu papel em quanto auxiliadora no orçamento
doméstico, o setor social, coordena e supervisiona o grupo de mães, com reuniões
semanais, cursos de culinárias e trabalhos manuais.
56
5.1.2 Plano de Trabalho do Setor Psicológico
O setor de psicologia desta Escola busca realizar avaliação e acompanhamento do
corpo discente sob uma perspectiva de eficiência e eficácia dos educandos, com respeito
ás suas limitações e dificuldades, mas priorizando suas potencialidades, habilidades e
qualidades.
Efetivamos o trabalho de psicologia escolar dentro de uma abordagem
psicopedagógica uma vez que a psicopedagogia lida com o processo de aprendizagem e
seus problemas estão comprometidos com a construção do conhecimento, propiciando
uma compreensão diferente do processo institucional, suas características e conflitos.
O setor de psicologia é responsável ainda pelo setor de Psicomotricidade, o qual
funciona em período integral. Atende crianças com dificuldades psicomotoras, sendo
atendidas em horários pré determinados, preferencialmente em contra turno, por
professora da Escola (cedida pelo município) sob orientação e supervisão do psicólogo.
Tal setor realiza um trabalho, com objetivo de desenvolver o comportamento
psicomotor da criança, proporcionando a formação de requisitos básicos necessários ao
processo de aprendizagem. Esta ação propõe-se a analisar os problemas encontrados
atuando de forma sistemática frente ás diferentes condutas motoras e psicomotora da
criança, a fim de facilitar sua integração social e escolar.
A educação psicomotora parte do desenvolvimento psicológico da criança,
considerando-a, porém, em seu todo, buscando desenvolvimento progressivo do
comportamento geral da criança e de suas possibilidades de adaptação ao mundo
externo, com uma visão integrada e globalizadora do ser associado diretamente à
consciência á ação.
O atendimento é realizado através de sessões, organizadas pelo professor com
orientações do psicológico, buscando atingir as especialidades de cada educando com
objetivos pré-estabelecidos, baseados num acompanhamento global bem como sócio-
afetivo da criança.
O setor realiza reuniões e orientações com os pais e professores, reuniões com
equipe técnica, estudo de caso, orientação a alunos (individual e grupos),
encaminhamentos, reavaliações, entrevista para anamnese, laudo diagnóstico, laudos de
desligamento, elaboração do plano técnico, acompanhamento em sala de aula, entre
outros.
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5.1.3 Plano de Trabalho do Setor Fisioterápico
O setor de fisioterapia atua na prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas
com deficiência física e atrasos no desenvolvimento motor, visando corrigir e evitar
deformidades, estimular as reações básicas e de equilíbrio, bem como facilitar
movimentos normais.
A fisioterapeuta quando necessário realiza encaminhamentos ao ortopedista, para
avaliar a necessidade de correções cirúrgicas e/ou uso de adaptações que estabilizem ou
diminuam deformidades.
Os alunos que recebem atendimento no setor de fisioterapia duas a três vezes por
semana, por trinta minutos, e são reavaliados periodicamente.
O professor recebe orientações específicas quanto ao manejo, posturas e posições
adequadas ao bom desenvolvimento. Em alguns casos, há necessidade de adaptações
em carteiras, cadeiras e carrinhos.
O setor ainda realiza reuniões e orientações com pais, reunião com equipe técnica,
estudo de caso, encaminhamentos, reavaliações, entrevista para anamnese, laudo
diagnóstico, laudo de desligamento, elaboração do plano técnico, acompanhamento em
sala de aula, entre outros.
5.1.4 Plano de Trabalho do Setor Fonoaudiológico
O setor de fonoterapia trabalha todas as etapas da aquisição da fala, o seu
desenvolvimento tentando solucionar os problemas mais freqüentes que ocorrem, bem
como suas prováveis causas e as providencias necessárias a serem tomadas, assim, a
fonoaudiologia tem por objetivo o estudo e pesquisa dos métodos e técnicas de
prevenção e terapia, realizadas na comunicação oral e escrita, voz, audição e
psicomotricidade.
Sempre que necessário, faz-se contato e orientações com os pais, já que estes
exercem papel de maior influencia no desenvolvimento de suas crianças, sendo os
mesmos, modelo básico para que seu filho tenha a primeira noção do que é a voz e fala
no mundo que os cercam.
São realizados exercícios que são capazes de corrigir a deglutição atípica, a
respiração bucal e vícios posturais de língua e lábios.
58
Enfoca-se a parte sensório-auditiva e quando necessário, realiza-se
encaminhamentos. Além disso, trabalha-se o sistema motor oral, o sistema funcional de
linguagem, e suas funções neuro-vegetativas, a voz, os distúrbios de leitura e escrita, e
também incluindo uma assistência as crianças trabalhadas dentro da proposta sócio-
construtivista.
Além disso, a profissional do setor passa orientações aos professores para que os
mesmos diariamente executem exercícios fonoterápicos com seus alunos, bem como aos
pais para que possam propiciar o maior envolvimento possível no tratamento de seu filho.
O setor ainda realiza reuniões e orientações com pais, reuniões com equipe
técnica, estudo de caso, encaminhamentos, reavaliações, entrevista para anamnese,
laudo diagnóstico, laudo de desligamento, elaboração do plano técnico, acompanhamento
em sala de aula, entre outros.
5.1.5 Plano de Trabalho do Setor de Terapia Ocupaci onal
O setor de terapia ocupacional busca propiciar atividades de forma unificada tendo
como meta o desenvolvimento mais preciso do ser humano.
O terapeuta ocupacional realiza a avaliação inicial, onde juntamente com a equipe
técnica ou de maneira autônoma, estabelece um programa de atividades com metas e
objetivos definidos.
Deve-se considerar no trabalho do terapeuta ocupacional, vários aspectos como:
capacidade de adaptação ao meio, grau de deficiência (física, mental ou sensorial),
condições sócio-econômico, organização, disciplina, tolerância, entre outros.
Na escola o terapeuta ocupacional tem buscado adaptar situações dentro da sala
de aula e com acompanhamento individuais de acordo com as especificidades de cada
aluno.
O setor ainda realiza reuniões e orientações com pais, reuniões com equipe
técnica, estudo de caso, encaminhamentos, reavaliações, entrevista para anamnese,
laudo diagnóstico, laudo de desligamento, elaboração do plano técnico, acompanhamento
em sala de aula, entre outros.
5.1.6 Plano de Trabalho do Setor Médico
• Neurológico;
59
• Pediátrico;
• Psiquiátrico.
O objetivo do Setor Médico desta escola é o de diagnosticar e dar atendimento
médico efetivo ou de urgência, visando assim, melhoria geral da saúde do aluno.
O médico neurologista realiza o atendimento dos alunos de nossa instituição,
realizando acompanhamento dos alunos com necessidades específicas no que diz
respeito aos aspectos neurológicos, prescrevendo medicação quando necessário, bem
como realizando encaminhamentos e solicitando exames (eletro encefalograma,
tomografia, ressonância e outros) quando necessário.
O médico pediatra faz o acompanhamento dos alunos, realizando consultas
periódicas, solicitando exames e encaminhamentos, prescrevendo medicamentos entre
outros.
A médica psiquiátrica realiza atendimento semanal, com carga horária de 02 horas,
onde faz acompanhamentos individual com pacientes e familiares, prescreve medicação
específica ao caso, realiza estudo de caso e os encaminhamentos específicos (distúrbios
mentais, psicoses, etc.) cada paciente possui um prontuário, com seus antecedentes
clínicos e medicação usada, bem como exames realizados para melhor acompanhamento
médico.
Os atendimentos nos setores médicos são realizados na presença dos pais ou
responsáveis. Uma atendente acompanha os alunos ás consultas, exames e na aquisição
de medicamentos, quando se faz necessário.
De acordo com os atendimentos oferecidos, são realizados encaminhamentos
quando se faz preciso aos serviços de ortopedia, gastroenterologista,
otorrinolaringologista, bem como cirurgias e os exames específicos a estas áreas.
5.1.7 Plano de Trabalho do Setor Odontológico
O atendimento odontológico é realizado no consultório desta escola.
Os procedimentos são realizados sob a coordenação de odontopediatria, que conta
com o auxílio de uma atendente.
Os procedimentos preventivos e curativos realizados pelo setor envolve:
- Exames odontológicos; aplicações de flúor por sessão; RPA e profilaxia por
paciente; restauração de Ang de Af uma face; pulpotomias; exodontias de dentes
permanentes; escariação; frenectomia; restaurações de duas ou mais faces foto
polimirizável; restaurações de Amg de Ag de duas ou mais faces; controle de placa;
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aplicação de selante por dente; aplicações de cariostático por hemiarcada; restaurações
de uma face foro polimirizável; exodontias de dentes decíduos; exodontias de raiz
residual; restauração provisória;
6. PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
6.1 Acesso do aluno na escola
A matrícula do aluno na Educação Especial é efetivada somente após a avaliação
diagnóstica realizada pela Equipe Técnico Pedagógica.
O processo de avaliação diagnóstica compreende diversas etapas que, quando
seguidas de procedimentos sistemáticos, permitem confrontar os dados, os resultados e
também efetuar uma análise científica. Estas etapas compreendem: identificação
(anamnese, ficha de referência e análise do material escolar), observação exploratória,
sistematização dos dados, formulação de hipóteses diagnósticas, organização de um
plano estabelecido, interpretação dos resultados, síntese diagnóstica, recomendações,
encaminhamentos e comunicação dos resultados.
A primeira etapa, a identificação, acontece, na maioria das vezes no meio familiar e
escolar. A partir dos primeiros sinais de alerta, que podem ser identificados por médico
pediatra, neurologista, enfermeiros do Programa Saúde da Família, agentes de saúde e
outros, é realizada com os pais ou responsáveis do educando a anamnese, que é junção
sistematizada dos dados relativos à origem, ao desenvolvimento e ao estágio atual das
dificuldades que o indivíduo apresenta. A primeira etapa da avaliação é realizada pela
equipe individualmente ou em grupo conforme o caso. Outros dados são obtidos através
de um instrumento de registro preenchido pelo professor do educando, quando este é
encaminhado por outra instituição escolar, denominado Ficha de Referência, que, após
observação efetiva, deverá fornecer informações fidedignas sobre a interação do
educando no contexto escolar e o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.
A análise do material escolar é outro referencial incorporado ao conjunto de
informações educacionais que fazem parte da avaliação diagnóstica do educando. Dados
significativos são coletados dos cadernos de exercícios, dos textos, dos relatórios, dos
desenhos, dos recortes, das colagens e outras produções realizadas no âmbito escolar.
Todo este material é parte importante para o entendimento do desempenho do
educando nos diversos períodos de escolaridade, compreendendo os métodos de
trabalhos utilizados, as facilidades e dificuldades encontradas, as áreas de interesses, o
61
desempenho acadêmico, a adaptação ao ambiente escolar e a estruturação e
funcionamento curricular.
A investigação inicial do comportamento, buscando observar os aspectos
significativos detectados na identificação, dá-se o nome de observação exploratória.
Essas etapas iniciais vão possibilitar a coleta de dados significativos do desenvolvimento
e funcionamento do indivíduo que, depois de adequada sistematização, possibilitarão o
estabelecimento das ações a serem desenvolvidas. A partir daí, é possível aos
avaliadores a formulação de hipóteses diagnosticas sobre o caso.
A aplicação dos instrumentos formais e informais, selecionados previamente,
oportuniza a realização do plano estabelecido.
O registro do comportamento do aluno frente às tarefas propostas são de suma
importância. Os resultados são quantificados inicialmente e, depois passam por uma
análise interpretativa das mesmas nas diferentes áreas avaliadas (sócio-emocional,
habilidade mental, psicomotora, sensorial, linguagem, acadêmica). Em seguida, é
realizada a interpretação dos resultados, que consiste em reunir e interrelacionar todos os
dados significativos obtidos na análise com os resultados da observação durante a
avaliação e dos instrumentos utilizados no plano organizado para a confirmação das
hipóteses formuladas.
São utilizados pelo psicólogo, na avaliação formal instrumentos de testes
padronizados: Teste escola de inteligência Wechsler – Wisc III; Teste de maturidade
mental – Colúmbia; Teste projetivo H.T.P.; Teste projetivo – Desenho da família; Teste
Raven; Escala de desenvolvimento infantil segundo Geisel e outros.
7. CAPACITAÇÃO CONTINUADA
Além da capacitação oferecida pela Rede Estadual de Ensino: Grupo de Estudo
aos sábados, Semana Pedagógica semestral, etc. A capacitação continuada na Escola
Especial ocorrerá conforme dispõe na Deliberação n º 02/2002 – CEE, Art. 2º, durante as
reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas com temas definidos durante a reunião
pedagógica no início do ano letivo. Os professores participam ainda do Programa de
Desenvolvimento Educacional e Jornada Pedagógica
8. HORA ATIVIDADE
62
A hora atividade na Escola Especial é realizada por cronograma específico das
turmas procurando agrupar os professores que trabalham com o mesmo nível de ensino,
ou seja, Ed. Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos ou Educação
Profissional. Importante lembrar que a hora atividade será organizada de modo que os
alunos estejam em atividades extra-classe Arte, Ed. Física e outros projetos, sendo que a
Escola Especial trabalha com hora/relógio e não hora/aula, cujo aluno permanece em
ambiente escolar nas quatro horas com atividades pedagógicas.
A organização da hora atividade é realizada pela Coordenação Pedagógica e
Direção do Estabelecimento, devendo o professor cumpri-la na própria escola, utilizando
esse horário para estudo, preparação de aula, leituras, planejamento, registro das
observações do desenvolvimento dos alunos durante a semana, receber orientações da
Equipe Técnica Pedagógica, e demais atividades que estejam relacionadas com ao
cumprimento de sua função pedagógica na escola.
9. TIPOS DE GESTÃO
9.1 Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais:
Assegurar os direitos das pessoas com deficiência no município, contribuindo para
a manutenção da Escola Especial com parcerias das esferas governamentais,
empresários, pessoas da comunidade local.
9.2 Autodefensor
Durante um grande período da história, o mundo foi desenhado sem a participação
de pessoas com deficiência. A sociedade se apropriou de sua fala, de sua linguagem e
dos seus afazeres. Suas famílias, professores e associações tornaram-se porta vozes dos
seus interesses, defendendo o que era bom para eles.
Preocupada com essa questão, objetivando capacitar os alunos com deficiência
intelectual ou múltipla atendidos nas escolas apaeanas para externarem o que pensam,
tomarem suas próprias decisões e fazerem escolhas sobre aspectos importantes sobre
suas vidas, foi criada em 1999 pela Federação Nacional das APAEs a Coordenadoria de
Autodefensoria.
Por meio de reuniões, encontros e fóruns os autodefensores eleitos em cada APAE
vem discutindo temas que dizem respeito as suas vidas. Esses eventos são coordenados
63
por um profissional e vêm proporcionando, cada vez mais, escutar as suas sugestões e
aspirações, conhecer, enfim, as suas expectativas, aprimorando o exercício da cidadania.
Tendo por base, as “cartas dos autodefensores” escritas em eventos nacionais,
pretendemos implantar o Programa de Autodefensores, com orientações do Manual de
Orientação da Federação Nacional das APAEs, a fim de intensificar as discussões e os
anseios do aluno especial.
9.3 Coordenadorias Locais
Os coordenadores das áreas: Pedagógicas, Profissionalizante, Artes, Educação
Física, Prevenção e Saúde, Jurídica, Informática, Administrativa e autodefensoria tem
como objetivo manter atualizado as informações de nível regional, estadual e nacional,
participando de encontros, cursos, reuniões, etc., organizando atividades para
participação em Festivais, Jogos, Olimpíadas regionais, estaduais e nacionais em
parceria com os coordenadores regionais e estaduais. Pretendemos dar continuidade
nesse trabalho a fim de melhorar todos os setores da escola.
9.4 Conselho de Classe
O Conselho de Classe irá ocorrer por bimestre nos dias estabelecidos pelo
calendário escolar. A sua organização será feita pela equipe pedagógica que elaborou
uma forma de registro por sala cujo professor e equipe pedagógica fazem uma avaliação
do trabalho como um todo, verificando os pontos que merecem adequações e alterações
no âmbito pedagógico.
9.5 Conselho Escolar
O Conselho Escolar foi organizado e eleito neste ano letivo com as orientações
contidas no Estatuto do Conselho Escolar da Secretaria de Estado da Educação. Os
membros foram eleitos entre seus pares de acordo com os seguimentos que
representam. Foi realizada reunião para explicar os aspectos específicos do Conselho
Escolar como a finalidade e o papel dos membros.
9.6 Representação em Conselhos Municipais
64
A Escola Jaime Luiz Coelho, tem seus representantes em vários conselhos
municipais como: Conselho Municipal de Assistência Social, Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal da Saúde, Conselho Municipal
do Trabalho, Conselho Municipal da Educação, Gerando Saúde Mental, etc. Esses
representantes são tanto membros da diretoria como professores ou funcionários da
escola que envolvem-se nas discussões a nível municipal ressaltando a importância da
participação de um representante da Escola Especial.
10. CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR
O calendário escolar é elaborado com orientações do Núcleo Regional de
Educação, Delegacia Regional das APAEs – APAE de Maringá e Secretaria Municipal de
Educação obedecendo a Resolução n º 5342/2006 que estabelece normas para sua
elaboração, baseando na LDBEN º 9394/96, a qual determina o mínimo de oitocentas
horas distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar.
A Escola Especial tenta adequar-se ao início e término dos períodos letivos de
acordo com o município, devido à utilização do transporte escolar por alguns alunos da
zona rural.
11. CRITÉRIO PARA ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUI ÇÃO POR
PROFESSOR EM RAZÃO DE ESPECIFICIDADES
As turmas são organizadas pela Equipe Pedagógica e Direção levando em
consideração o nível de escolarização, a idade cronológica e as especificidades de cada
aluno.
A escolha dos professores para trabalhar com as turmas são feitas também pela
Equipe Pedagógica, Direção e Setor Psicológico, considerando as habilidades e
experiências pedagógicas para trabalhar com determinado grupo de alunos. Após a
distribuição das turmas e professores, a Equipe Pedagógica e Direção aceitam sugestão
de alterações com justificativas que colaborem com a melhoria no atendimento
pedagógico.
12. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
65
Os recursos que a escola dispõe são aqueles provenientes de convênios, projetos
com Governo Estadual e Federal e promoções realizadas pela mantenedora para atender
as necessidades da escola. Os recursos humanos são bastante variados, pois conta com
Equipe Técnica, professores, funcionários, alunos, pais, membros da diretoria e
comunidade em geral.
13. CRITÉRIOS PARA ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESP AÇOS EDUCATIVOS
Todos os espaços da escola são utilizados para fins educativos. As salas de aula
são distribuídas pela Equipe Pedagógica e Direção a fim de contribuir para a
acessibilidade dos alunos, número de alunos por turma, adaptação de móveis para alunos
da Educação Infantil, etc. Após a distribuição, os professores podem propor alterações
através de justificativa baseada na melhoria do atendimento do aluno.
14. DIRETRIZES PARA A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PE SSOAL DOCENTE E
NÃO DOCENTE; DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRA-CUR RICULARES E DO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Para avaliação de docentes será utilizado as diretrizes para avaliação geral de
desempenho que são elaborados de acordo com a Resolução n º 5270 de 27/11/85,
obedecendo os critérios de desempenho profissional, produtividade, participação,
pontualidade e assiduidade, considerando sempre a qualidade e o rendimento do trabalho
nas atividades internas e externas. Os demais funcionários serão avaliados pelos
mesmos critérios.
O currículo está sempre em construção, isto é, preciso rever aspectos de
conteúdos e adaptações que melhorem o desempenho dos alunos. Assim fica
estabelecido que a cada final de ano será feita avaliação do currículo com toda equipe
pedagógica.
As atividades extracurriculares serão realizadas mediante a apresentação de
projeto com avaliação específica a atividade desenvolvida.
O Projeto Político Pedagógico serÁ avaliado anualmente, refazendo-se o plano de
ação de cada dimensão.
15. INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS
66
Os alunos egressos recebem acompanhamento da Equipe Técnico Pedagógica
durante seis meses, com as escolas do ensino comum, mercado de trabalho, etc.
São elaborados relatórios e encaminhamento para atendimentos clínicos
necessários bem como relatórios pedagógicos que auxiliem o professor do Ensino
Regular na prática da sala de aula, bem como as adaptações necessárias.
Após os seis meses, a escola faz o desligamento do aluno e coloca-se a
disposição para eventuais dúvidas.
15.1 Rede de Apoio integrada para o atendimento aos alunos com NEE
A Rede de Apoio é composta pela Equipe Multiprofissional com os serviços de
Psicologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Assistente Social e
Pedagogia
Aos alunos encaminhados para o Ensino Regular a escola oferece esses serviços
de apoio que tem por objetivo o acesso e permanência do aluno especial no Ensino
Regular.
Ações:
• Encaminhamento de relatório sobre condutas a serem mantidas pelo
município como terapias em Fonoaudiologia e Fisioterapia e em alguns casos o
aluno continua freqüentando o setor na própria Escola Especial;
• Acompanhar a adaptação do aluno com orientações a pais e
professores;
• Acompanhamento bimestral para observação e verificação da sua
adaptação e aprendizagem;
• Disponibilidade a qualquer tempo quanto a solicitação da Equipe
Pedagógica ou Professores do Ensino Regular sobre orientações com a Equipe
Técnica;
16. PRÁTICAS AVALIATIVAS
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A avaliação é um processo que está frequentemente em discussão, construção nas
horas atividades, reuniões, cursos de capacitação a fim de promover o aluno a uma
evolução significativa em todas as áreas.
Ao mesmo tempo ao avaliarmos o aluno, estamos avaliando também o nosso
trabalho e tomando as medidas necessárias para as intervenções que precisam ser
realizadas tanto no âmbito pedagógico como no âmbito institucional.
17. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO E A PRATICA DOCENTE, A
PARTIR DO CURRÍCULO ENQUANTO NÚCLEO DO PROJETO POLÍ TICO
PEDAGÓGICO
17.1 Construção de culturas inclusivas (Comunidade Escolar e Sociedade em Geral)
Essa dimensão envolve propostas para a construção de uma comunidade escolar
segura, receptiva, colaboradora e estimulante em que todos são considerados
importantes para a remoção de barreiras para a aprendizagem e para a participação.
São ações para essa dimensão
• Elaboração atividades cujos pais sintam-se parte do processo de
aprendizagem, colaborando, participando e dando sugestões.
• Organização palestras para alunos do Ensino Regular a fim de evitar
comportamentos discriminatórios relacionados a deficiência
• Dar continuidade no envolvimento dos profissionais da escola para delinear
prioridades para o desenvolvimento da escola
• Informação os pais sobre as políticas e praticas da escola
• Fazer um trabalho na mídia para a inclusão responsável utilizando-se da Rádio
local.
17.2 Elaboração de políticas inclusivas (Secretaria s municipais e estaduais de
educação)
Essa dimensão envolve a organização de apoios e a formação continuada dos
professores e demais profissionais da educação, de modo que a escola desenvolva sua
capacidade de responder as necessidades dos alunos, sem nenhum mecanismo de
exclusão.
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• Promover espaços de discussão a fim de articular ações entre a Educação
Especial e o Ensino Regular no processo de inclusão.
• Continuar com a gestão que prioriza a eficiência, transparência e uso
democrático dos recursos financeiros para beneficiar o atendimento ao aluno especial
• Valorizar o papel de cada um da comunidade escolar
• Estimular a participação de pais e familiares nas reuniões e demais atividades
da vida escolar do filho.
• Promover atividades festivas, comemorativas com participação de pais e
comunidade local
• Desenvolver parcerias com outras instituições para o financiamento de projetos
ou para o desenvolvimento de ações conjuntas como comemorações, formação de
professores, etc.
17.3 Desenvolver práticas inclusivas (sala de aula/ professor/aluno)
Essa dimensão envolve a organização do processo de aprendizagem, por meio da
flexibilização e adaptações curriculares (de conteúdos, métodos, avaliação), de modo a
contemplar a participação de todos os alunos, considerando seus conhecimentos prévios,
suas necessidades lingüísticas diferenciadas e o contexto social.
• Motivar o profissional a participar de cursos de formação continuada
• Fazer parcerias com instituições para a inserção do aluno no mundo e/ou no
mercado de trabalho
• Revisar os procedimentos metodológicos sempre que a evolução dos alunos não
ocorrer de forma satisfatória, propondo novas metodologias e recursos específicos
(comunicação alternativa, uso da informática, etc.)
• Esclarecimentos quanto a necessidade e a importância da medicação para o
desenvolvimento do aluno.
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18. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração do Projeto Político Pedagógico tem representado em nosso dia a dia
a possibilidade de refletir buscando criar, elaborar e desenvolver práticas educativas
inclusivas visando impulsionar o trabalho em busca do implementar o atendimento
prestado a nossa clientela.
Encaramos este momento como uma conquista das escolas especiais
principalmente no que diz respeito há construção de uma escola que tenha um
compromisso social para com as pessoas com deficiência mental.
Temos visado suprir as necessidades especiais de nossos educandos, bem como
atender as demandas sociais, de acordo com as políticas publicas, sistematizando as
ações pedagógicas, na busca do compromisso com as práticas educativas inclusicas e do
direito de todos a uma educação de qualidade.
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19. REFERÊNCIAS
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educacionais, coordenação geral : Ivanilde Maria Tíbola. Brasília: Federação Nacional
das APAEs, 2001.
ANAIS – 39º Encontro das APAEs do Paraná – ALMEIDA, M.A, Sertanópolis, 30 de
junho, 01 e 02 de julho de 2000.
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prática. Petrópolis: Vozes, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais . Brasília: MEC/SEF, 1997.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96.
_______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
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1998.
_______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Adaptações Curri culares . Brasília:
MEC/SEF/SEESP, 1999.
FERREIRA, I.N. Caminhos do aprender: uma alternativa educacional p ara a criança
com deficiência intelectual . Brasília: Coordenação Nacional para interação da Pessoa
Portadora de Deficiência, 1993.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização . São Paulo: Cortez, 1995.
FIGUEIREDO, W.E. Uma Proposta de Intervenção Psicopedagógica em uma
Escola Especial . Man, 1996.
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São Paulo: (28): 19-22, 1994.
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MOSCOVICI, F. Desenvolvimento interpessoal. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos
e Científicos Editora S.A., 1985.
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Psicopedagogos realizado nos dias 8, 9, 10 de julho de 1994. São Paulo. (Trabalho não
publicado).
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