PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Desafios epistemológicos para a construção do conhecimento em
inovação social
Luiz Paulo Bignetti
[email protected]@hotmail.com
PIESO – Grupo de Pesquisa em Inovação e Empreendedorismo Social - UNISINOS
“Tanto no Ocidente como no Oriente estamos embarcados numa sociedade formada por
três grupos:
A. Touraine, 1995, p. 180
Os pilotos, grupo pouco numeroso daqueles que não
apenas comandam, mas, também, respondem às
incitações do mercado e do ambiente em geral;
A. Touraine, 1995, p. 180
os passageiros, que são ao mesmo tempo consumidores e
membros da população;
A. Touraine, 1995, p. 180
e os náufragos, que foram jogados ao mar como carga inútil ou como sobrecarga.”
A. Touraine, 1995, p. 180
Os estudos em Administração e os pilotos
Estratégia e liderança
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
O ciçlo de vida da empresa (MARSHALL, 1890)1890
O ciclo de vida dos produtos (DEAN, 1950)1950
Anatomia do planejamento corporativo (GILMORE/BRADENBURG, 1962)1960
Da firmaà grandeempresa
A empresadiversificadanum mundo
emcrescimento
A matriz crescimento/participação (BCG/HENDERSON, 1969)
O modelo SWAT (LEARNED, CHRISTENSEN, ANDREWS e GUTH, 1965)O vetor de crescimento (ANSOFF, 1965)
1970A matriz força competitiva/atratividade (MCKINSEY/JONES, 1970’s)A matriz “maturidade/posição competitiva (ADL/WRIGHT, 1973)O modelo PIMS (Profit Impact of Market Strategy) (SPI/HARVARD, 1975)A resposta estratégica (ANSOFF, 1975)
1980
1990
2000
As cinco forças e as estratégias genéricas (PORTER, 1980)O portfólio de tecnologias (ADL , 1981)Matriz competitiva e tipologia dos setores industriais(BCG, 1982)O modelo dos 7 S de excelência (PETERS/WATERMAN, 1982)A visão baseada em recursos (WERNERFELDT, 1984)A cadeia de valor (PORTER, 1985)A curva em S da tecnologia (FOSTER/MCKINSEY, 1986)O benchmarking (CAMP, 1989)
Capacidade absortiva (COHEN/LEVINTHAL, 1990)Reatividade e análise do tempo (BCG/STALK , 1990)As core competencies (HAMEL/PRAHALAD, 1990)A plataforma estratégica, (BCG, 1990)O Balanced Score Card (KEPLER/NORTON, 1992)A reengenharia (HAMMER, 1993)Dynamic Capabilities (TEECE, PISANO e SHUEN, 1997)
A Estratégia do Oceano Azul (KIM/MAUBORGNE, 2003)...
Aerupção
dasempresasjaponesas
O mitoda
cultura
A gestão das urgências nummundo em crise
A estratégia naglobalização
Adaptado de Allouche e Schmidt (1995)
As funções do executivo (BARNARD, 1937)
Alguns pioneiros: (BARNARD, 1937; SELZNICK, 1957; CHANDLER, 1962),
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A turbulência da competição
numaeconomia
generalizada
Teoria do grande homem pragmático (MACHIAVELLI, 1518)1500
Estilos comportamentais de liderança (LEWIN, LIPPIT e WHITE, 1939)1940
1950
TeoriasComporta-
mentais
Teoria dos incidentes críticos (FLANAGAN, 1951)
1960
1970
1980
2000
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Sistemas gerenciais(LIKERT, 1947)
Teoria dos traços (STODGILL, 1948, 1974)
Habilidades técnicas, humanas e conceituais (KATZ, 1955)
Teoria dos grupos de papéis (MERTON, 1957)
Comportamentos do líder (TANNENBAUM e SCHMIDT, 1958)
Teoria X e Y (McGREGOR, 1960)
Grid administrativo (BLAKE e MOUTON, 1964)
Teoria da contingência (FIEDLER, 1967)
Teoria das necessidades do líder – N-Ach (MCLELLAND, 1965)
Teoria trajetória-meta (HOUSE, 1971)
Liderança-participação (YUKL, 1971; VROOM e YETTON, 1973)
Papéis gerenciais (MINTZBERG, 1973, 1975)
Liderança transacional e transformacional (BURNS, 1978)
Liderança como dúvida, sensemaking (WEICK, 2001)
Liderança carismática e visionária (CONGER e KANUGO, 1987;COLLINS, 1991; KLEIN e HOUSE, 1995; MAX WEBER)
Líder servidor (HUNTER, 2003)
Liderança e complexidade (MORIN, 2001)
1990_
Liderança coletiva, compartilhada, coliderança (HOOVER ;VALENTI, 2006)
Liderança ética e responsável (WATTS, 2008; STANSBURY, 2009)
Estudos escandinavos (EKVALL e ARVONEN, 1991)
Teoriasdos
traços
Teoriascontigen-ciais ou
situacionais
Teorias de Carisma
Complexidade
Os estudos em administração e os passageiros e membros
da tripulação.
Teorias organizacionais
Precursores dos estudos em administração
Administração científica (TAYLOR, 1903, 1911, GILBRETH; GANT1900
1920 Psicologia Industrial (FOLLET, 1927)
1950
1970
1980
2000
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Produção em massa (FORD, 1914)
Organização Administrativa do Trabalho (FAYOL, 1916)
Relações Humanas (MAYO,1933; ROETHLISBERGER y DICKSON, 1939)
Teorias de equilíbrio (BARNARD, 1937; SIMON, 1947)
Objetivismo pós-Hawthorne y motivação (MASLOW, 1943)
Teoría X e Y (McGREGOR, 1960)
Sistemas socio-técnicos (TRIST y BAUFORD, 1951; )
Teoria da contingencia (LAWRENCE y LORSCH, 1967; THOMPSON, 1967)
Funcionalismo estrutural (WEBER; PARSONS, 1951, 1958; SELZNICK, 1948)
Teoria da ação social (WEBER; SILVERMAN, 1970 )
Teoria pluralista (BLAU, 1964; CROZIER, 1964; PEROW, 1967
Organização como sistema aberto (BERATANFFY, 1940; 1968; RICE,1963
Teoria neoinstitucional (MEYER y ROWAN, 1977,DIMAGGIO y POWELL, 1983)
Ecologia das populações (HANNAN y FREEMAN, 1977)
Teoria ator-rede (LATOUR, 1982; CALLON, 1986 )Poder nas organizações (PERROW, 1972, BOURDIEU, 1984)
1990_
Visão baseada em recursos (WENERFELDT, 1984; BARNEY, 1991)
Sociedade em rede (GRANOVETTER, 1973; CASTELS, 2004)
Teoria da dependência dos recursos (PFEFFER, y SALANCIK . 1978).
1930_
1940_
1960_
Organizações globais, estudos interculturais, capacidades, competências, gestão ambiental, sustentabilidade
Gestão do conhecimento (NONAKA Y TAKEUCHI, 1995)
2010_
Os estudos organizacionais e os náufragos
230 milhões de náufragos
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Fotos: Andy Goldstein
País
População
% daPopulação Pessoas TOTAL
Argentina
40.700.000
Pobreza (urb.) 8.6 3.250.000
4.390.000Indigência 2.8 1.140.000
Bolívia
10.000.000
Pobreza 54.0 5.400.000
8.520.000Indigência 31.2 3.120.000
Brasil
195.500.000
Pobreza 24.9 48.680.000
62.330.000Indigência 7.0 13.650.000
Chile
17.100.000
Pobreza 11.5 1.970.000
2.585.000Indigência 3.6 615.000
Colombia
46.300.000
Pobreza 44.3 20.500.000
27.350.000Indigência 14.8 6.850.000
Equador
13.800.000
Pobreza 39.2 5.410.000
7.675.000Indigência 16.4 2.265.000
Guatemala
14.400.000
Pobreza 54.8 7.890.000
12.080.000Indigência 29.1 4.190.000
México
110.700.000
Pobreza 36.3 40.185.000
54.910.000Indigência 13.3 14.725.000
Perú
29.500.000
Pobreza 31.3 9.235.000
12.125.000Indigência 9.8 2.890.000
Rep. Dom.
9.900.000
Pobreza 41.4 4.100.000
6.170.000Indigência 20.9 2.070.000
Amer. Latina
575.000.000
Pobreza 30.4 164.000.000
Indigência 12.8 68.000.000 232.000.000CEPAL, 2013
DESIGUALDADE DE RENDA
Guatemala
Honduras
Colombia
Brasil
Republica Dominicana
Bolivia
O grau de civilização que uma sociedade atinge é medido
pela forma pela qual tal sociedade trata os mais
fracos.
Adaptado de J-F Chanlat, 2000
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Uma forma de preocupação com os náufragos: a inovação social
As tensões do campo
As tensões do campo(ou do pântano?)
INOVAÇÃO SOCIAL
INOVAÇÃO SOCIAL
QUE INOVAÇÃO É ESSA?
INOVAÇÃO SOCIAL
QUE SOCIAL É ESSE?
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Inovação: palavra da moda
?
Inovação é o novo que gera valor econômico
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Inovação é o novo que gera valor econômico
Ѵ Inovação é o novo que gera valor econômico
Ѵ
Inovação é o novo que gera valor econômico
Ѵsocial
Inovação é o novo que gera valor social.
Autor ConceitoTaylor (1970)
Formas aperfeiçoadas de ação, novas formas de fazer as coisas, novas invenções sociais.
Cloutier (2003)
Uma resposta nova, definida na ação e com efeito duradouro, para uma situação social considerada insatisfatória, que busca o bem-estar dos indivíduos e/ou comunidades.
Standford Social Inno-vation Review (2003)
O processo de inventar, garantir apoio e implantar novas soluções para problemas e necessidades sociais.
Novy e Leubolt (2005)
A inovação social deriva principalmente de: satisfação de necessidades humanas básicas; aumento de participação política de grupos marginalizados; aumento na capacidade sócio-política e no acesso a recursos necessários para reforçar direitos que conduzam à satisfação das necessidades humanas e à participação.
Moulaert et al. (2007) Ferramenta para uma visão alternativa do desenvolvimento urbano, focada na satisfação de necessidades humanas (e empowerment) através da inovação nas relações no seio da vizinhança e da governança comunitária.
Mulgan et al. (2007)
Novas ideias que funcionam na satisfação de objetivos sociais; atividades inovativas e serviços que são motivados pelo objetivo de satisfazer necessidades sociais e que são predominantemente desenvolvidas e difundidas através de organizações cujos propósitos primários são sociais.
Phills et al. (2008) O propósito de buscar uma nova solução para um problema social que é mais efetiva, eficiente, sustentável ou justa do que as soluções existentes e para a qual o valor criado atinge principalmente a sociedade como todo e não indivíduos em particular.
Pol e Ville (2009) Nova ideia que tem o potencial de melhorar a qualidade ou a quantidade da vida.
Murray et al. (2010) Novas ideias (produtos, serviços e modelos) que simultaneamente satisfazem necessidades sociais e criam novas relações ou colaborações sociais. Em outras palavras, são inovações que, ao mesmo tempo, são boas para a sociedade e aumentam a capacidade da sociedade de agir.
Bignetti (2011) Resultado do conhecimento aplicado a necessidades sociais através daparticipação e da cooperação de todos os atores envolvidos, gerando soluçõesnovas e duradouras para grupos sociais, comunidades ou para a sociedade emgeral.
A inovação social é entendida como o resultado do conhecimento aplicado a
necessidades sociais através da participação e da cooperação dos atores envolvidos,
gerando soluções novas e duradouras para grupos sociais, comunidades ou para a
sociedade em geral.
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Da inovação tecnológica à inovação social
O que aconteceu nos últimos 40 anos?
C & T
Tecnologiaavançada
(MOT)
Tecnologiaapropriada(contexto
social)
Inovação
Inovaçãotecnológica
Tecnologiassociais
O que aconteceu nos últimos40 anos?
Valor
Apropriação
Criação
O que aconteceu nos últimos40 anos?
Estratégia
Vantagemcompetitiva
Cooperação
O que aconteceu nos últimos40 anos?
Locus
Firma
Comunidade
O que aconteceu nos últimos40 anos?
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
Processo
StageGate
Construçãosocial
O que aconteceu nos últimos40 anos?
1970
1980_
_ TAYLOR, 1970
CHAMBON, DAVID y DEVEVEY (1982)
1986 Centre de recherche sur les innovations sociales, (CRISES), Montreal
1990 Zentrum für Soziale Innovation (ZSI), Viena
1995 Soziale Innovation GmbH, Dortmund
1997 Groupe de travail sur les innovations sociales, Québec
2004 Center for Social Innovation Stanford University, Estados Unidos
2004 Centre for Social Innovation (CSI), Toronto
2004 Institut für Sozialinnovation, Berlin
2005 The Young Foundation, Londres
2005 Preis für soziale Innovation, Wien
2006 Nederlands Centre for Social Innovation (NCSI), Utrecht
2006 New Zealand Centre for Social Innovation (NZCSI), Auckland
2009 The Australian Centre for Social Innovation (TACSI), Adelaide
2010 Social Innovation and Social Entrepreneurship Centre, Nueva Zelandia
Cortes analíticos em estudos de ISAutores Abordagem Cortes analíticos
Chambon et al. (1982) Dimensões da
inovação social
FormaProcesso de criação e implantaçãoAtoresObjetivos de mudança
Mulgan et al. (2007)
Dinâmicas inerentes ao seu desenvolvimento e à sua aplicação
CombinaçõesFronteirasNovas relações sociais
Dees et al.(2004)
EmpreendedorismoResultados e formasde difusão
Modelo organizacionalProgramaPrincípios
CRISES(2010)
Eixos deconcentração doprograma depesquisa
TerritórioQualidade de vidaTrabalho e emprego
Cloutier (2003) Níveis de análise
Inovações centradas no indivíduoInovações orientadas sobre o meioInovações no seio das empresas
A inovação social surge...Da SOCIEDADE CIVIL
Movimentos sociaisCooperativismoEmpreendedorismo socialVoluntariadoOrganizações de caridadeEcologistas
Do SETOR PÚBLICOSaúdeEducaçãoUrbanismo
De ORGANIZAÇÕESResponsabilidade social corporativaAções na comunidade
O espectro das organizações
vSEM FINS
LUCRATIVOSTRADICIONAL
SEM FINSLUCRATIVOS
COM RECEITA
EMPRESA SOCIAL
NEGÓCIOSOCIALMENTERESPONSÁVEL
COM FINSLUCRATIVOS
TRADICIONAL
CORPORAÇÃOQUE PRATICARESPONSABIL.
SOCIAL
ESPECTRO HÍBRIDO
Motivada pela Missão •Accountability dos stakeholders •
Receita reinvestida em programas •sociais ou em custos operacionais.
• Motivada pelo lucro• Accountability dos acionistas• Lucro redistribuído entre acionistas
ou donos.
Adaptado de Alter, 2006
As aproximações ao tema:as inquietações do PIESO.
PROFESSOR LUIZ PAULO BIGNETTIGRUPO DE PESQUISA EM INOVAÇÃO EEMPREENDEDORISMO SOCIAL – PIESO
IS
ATOR-REDE
TEORIA DAESTRUTURAÇÃO
S.C.O.T.
TEORIASDE VALOR
CUSTOS DETRANSAÇÃO
EMPREENDEDORISMO
TEORIAINSTITUCIONAL
...
A morte devagarMorre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto (...)Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.Morre lentamente quem não acha graça de si mesmo.Morre lentamente quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho ...
Martha Medeiros
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