PORTFÓLIO
setembro 2011
CURRICULUM VITAE
AMADORAzona UOP04
BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURAinfra-estrutura urbana, espaço público, mercado multicultural
DEZ CASASAmadora/Buraca
BARREIROReinventar o território
BARREIROinterface rodo-metro-fluvial
HABITAÇÃO COLECTIVA no aterro da Boavista+ fórum de eventos + comércio + parqueamento
ABRIGO DE FIM-DE-SEMANAfotógrafo Daniel Malhão
P10P 10P 10P 10
P09P09P09P09
P08P08P08P08
P07P07P07P07
P06P06P06P06
P05P05P05P05
P03P03P03P03
ÍNÍNÍNÍNDICDICDICDIC
E E E E ___
.059
.127
.093
.113
.141
.031
.002
.011
CURRICULUM VITAECURRICULUM VITAECURRICULUM VITAECURRICULUM VITAE___
BrunoBrunoBrunoBruno AndréAndréAndréAndré MacedoMacedoMacedoMacedo FerreiraFerreiraFerreiraFerreira
15 de Julho de 1987, Barcelos
Rua da Senhora das Candeias nº89, Galegos Santa Maria4750-463 Barcelos, Portugal
Alameda das Linhas de Torres nº 68, 3ºandar1750-147 Lisboa, Portugal
+351 912109672
www.wix.com/brunomferreira/arquitectura
ARQUITECTO ESTAGIÁRIO
.003
INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO INFORMAÇÃO PESSOALPESSOALPESSOALPESSOAL
nome
nascimento
morada permanente
morada temporária
telemóvel
correio electrónico
site
EMPREGO PRETENDIDO EMPREGO PRETENDIDO EMPREGO PRETENDIDO EMPREGO PRETENDIDO
004.
ArquitectoArquitectoArquitectoArquitecto EstagiárioEstagiárioEstagiárioEstagiário nononono PROMONTÓRIOPROMONTÓRIOPROMONTÓRIOPROMONTÓRIO arquitectosarquitectosarquitectosarquitectos
desde Abril de 2011
. Hotel Kempinski Damascus, Damasco, Síria. Estudo Prévio;
. Comporta Terraces, Alcácer do Sal, Portugal. Estudo Prévio;
. Concurso de ideias para o projecto habitacional nas parcelas 2.2 e2.3 da Quinta do Correio-Mor, Loures, Portugal.Concurso;. Concurso Público de Concepção, a nível de estudo prévio, para aelaboração do projecto das novas instalações da EGP-UPBS,Matosinhos, Portugal.Concurso;. Actualização do site do atelier.
www.promontorio.net
VoluntárioVoluntárioVoluntárioVoluntário nananana BienalBienalBienalBienal InternacionalInternacionalInternacionalInternacional ExperimentaDesing’ExperimentaDesing’ExperimentaDesing’ExperimentaDesing’11111111
de Setembro de 2011 a Novembro de 2011
. Assistente de Montageme Assistente de Exposição/Sala
www.experimentadesign.pt/2011/pt/index.html
A rquitectoArquitectoArquitectoArquitecto
desde Junho de 2011
. Projecto de Reabilitação do Centro Histórico de Odivelas – estudode caracterização morfológica. Estudo encomendado ao Centro deInvestigação em Arquitectura e Áreas Metropolitanas (CIAAM) doISCTE - Instituto Universitário de Lisboa pela Câmara Municipal deOdivelas (CMO), co-financiado pelo PORLisboa, QREN e FundoEuropeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia;
Investigador/ColaboradorInvestigador/ColaboradorInvestigador/ColaboradorInvestigador/Colaborador
desde Março de 2011
. Projecto de Investigação "Gabinetes Coloniais de Urbanização:Cultura e Prática Arquitectónica". Projecto coordenado por Ana VazMilheiro e financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia;
http://gabinetescoloniais.wordpress.com
(cont.)
EXPERIÊNCIA PROFISSIONALEXPERIÊNCIA PROFISSIONALEXPERIÊNCIA PROFISSIONALEXPERIÊNCIA PROFISSIONAL
função
datas
principais actividades e responsabilidades
endereço
função
datas
principais actividades e responsabilidades
endereço
função
datas
principais actividades e responsabilidades
função
datas
principais actividades e responsabilidades
endereço
Arquitecto/TécnicoArquitecto/TécnicoArquitecto/TécnicoArquitecto/Técnico dededede LevantamentoLevantamentoLevantamentoLevantamento
de Dezembro de 2010 a Fevereiro de 2011
. Projecto de Reabilitação do Centro Histórico de Odivelas – estudode caracterização sócio-demográfica e arquitectonico-construtiva.Estudo encomendado ao CIAAM do ISCTE-IUL pela CMO, co-financiado pelo PORLisboa, QREN e FEDR da UE.
Voluntário/EstudanteVoluntário/EstudanteVoluntário/EstudanteVoluntário/Estudante
de Outubro de 2010 a Janeiro de 2011
. Estudo sobre o perfil social dos visitantes da Trienal de Arquitecturade Lisboa 2010. Parceria da Trienal de Arquitectura de Lisboa com oCIAAM do ISCTE-IUL.
http://www.trienaldelisboa.com/
de Setembro de 2005 a 17 de Novembro de 2010
Mestre Arquitecto
ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, PortugalAv. das Forças Armadas, 1649-026Lisboa
média final: Muito Bom 16/20 valores
. Projecto Final em Arquitectura. 5º ano 2009/2010: Prova de DefesaPública realizada em 17 Novembro de 2010.Classificação final de 18/20 valores;disponível para consulta no repositório do ISCTE-IULem:http://repositorio-iul.iscte.pt/handle/10071/2292
. 18/20 valores. Componente prática orientada pelo Doutor PauloTormenta Pinto, Arquitecta Ana Lúcia Barbosa e Arquitecto GonçaloByrne;
. 19/20 valores. Componente teórica – “[in]formar a CidadeContemporânea: a criação de uma imagem/modelo de periferia coma obra do arquitecto Fernando Silva” orientada pela Doutora AnaVaz Milheiro;disponível para download em:http://www.issuu.com/brunomacedoferreira/docs/informar_a_cidade_contemporanea_bruno_m_ferreira
.005
função
datas
principais actividades e responsabilidades
função
datas
principais actividades e responsabilidades
endereço
EDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃOEDUCAÇÃO EEEE FORMAÇÃOFORMAÇÃOFORMAÇÃOFORMAÇÃO
datas
designação da qualificação atribuída
nome da instituição de ensino
nível segundo a classificação nacional
principais disciplinas
(cont.)
006.
Português
EspanholInglêsFrancês
. 11 de Maio a 8 de Junho, Formação em Língua Inglesa – informações acerca da vida quotidiana, compras e serviços e locais de interesse turístico. CECOA.
. 15 de Junho a 14 de Julho de 2011, Formação em Lingua Inglesa –atendimento. CECOA
. curadoria, organização do catálogo e montagem da Exposição “ODia Seguinte: prémios, experiências e projectos dos alunos do MIA –Barreiro, Marvila, Luanda e Cova da Moura”. Exposição realizadaentre 18 e 28 de Maio de 2011. Átrio do Edifício II do ISCTE-IUL,Lisboa;
. curadoria e montagem da Exposição de Fotografia “A Arquitecturadas Cidades Gémeas, Viena-Bratislava”. Exposição realizada entre 20de Maio e 12 de Junho de 2009. Sala de Exposições do Edifício II doISCTE-IUL, Lisboa;
. co-organização da Viagem de Estudo a Viena e Bratislava,subordinada ao tema “A Arquitectura das Cidades Gémeas, Viena-Bratislava”, realizada entre 13 e 19 de Abril de 2009;
. domínio de AutoCAD (2D e 3D); ArchiCAD; Adobe Photoshop;CorelDRAW Graphics Suite; Artlantis Studio; 3D StudioMax; GoogleSketchUp – prática adquirida no contexto universitário e profissional;
. domínio de Microsoft Office: Word, Excel, Outlook, PowerPoint.Curso de Informática Operadores. Classificação final de 17/20 valores.1998.
APTIDÕES E COMPETÊNCIAS PESSOAISAPTIDÕES E COMPETÊNCIAS PESSOAISAPTIDÕES E COMPETÊNCIAS PESSOAISAPTIDÕES E COMPETÊNCIAS PESSOAIS
língua materna
outras línguas
aptidões e competências de organização
aptidões e competências informáticas
compreensão: excelentecompreensão: médiacompreensão: média
expressão: médiaexpressão: médiaexpressão: elementar
. “Prémio Caixa Geral de Depósitos – Melhor Aluno Finalista do Mestrado Integradoem Arquitectura no ano lectivo 2009/2010”. 13 de Dezembro de 2010. GrandeAuditório ISCTE-IUL;
. Short list "30 projectos seleccionados para integrar a Exposição Falemos de Casas:Concursos – Projecto Cova da Moura". Setembro 2010;
. “Prémio de Excelência Académica – As melhores notas de frequência de Mestrado”,obtido no ano lectivo 2008/2009. 16 Dezembro de 2009. Grande Auditório ISCTE-IUL;
. “Menção Honrosa no Concurso de Fotografia A Arquitectura das Cidades Gémeas,Viena-Bratislava”. Exposição realizada entre 20 de Maio e 12 de Junho de 2009. Salade Exposições do Edifício II do ISCTE-IUL;
. “Bolsa de Mérito 2009 atribuída pelo Departamento de Arquitectura e Urbanismo doISCTE-IUL para participação na Viagem de Estudo a Viena e Bratislava”, realizadaentre 13 e19 de Abril de 2009;
. “Prémio de Excelência Académica – As melhores notas de frequência de Licenciatura,obtido no ano lectivo 2006/2007”. 17 Dezembro de 2007. Grande Auditório ISCTE-IUL.
. Exposição “O Dia Seguinte: prémios, experiências e projectos dos alunos do MIA –Barreiro, Marvila, Luanda e Cova da Moura”. Exposição realizada entre 18 e 28 deMaio de 2011. Átrio do Edifício II do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Exposição “Falemos de Casas: Concursos – Projecto Cova da Moura”. Exposiçãorealizada entre 16 de Outubro de 2010 e 16 de Janeiro de 2011. Fundação EDP - Museuda Electricidade, Lisboa;
. Exposição de Fotografia “A Arquitectura das Cidades Gémeas, Viena-Bratislava”.Exposição realizada entre 20 de Maio e 12 de Junho de 2009. Sala de Exposições doEdifício II do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Exposição “Habitar em Colectivo: Arquitectura Portuguesa antes do S.A.A.L. –Unidade Residencial de Ramalde”. Exposição realizada entre 13 de Maio e 12 de Julhode 2009. Sala de Exposições do Edifício II do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Exposição “Caixas Negras ou um elogio do Processo”. Exposição realizada entre 14 e25 de Setembro de 2009. Sala de Exposições do Edifício II do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Exposição referente ao workshop de abertura do ano lectivo 08/09 “A Cápsula”.Exposição realizada entre 08 e 10 de Outubro de 2008. Sala de Exposições do EdifícioII do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Exposição “Trabalhos de Arquitectura realizados na Licenciatura em Arquitectura,ano lectivo 2006/2007”. Exposição realizada entre 4 e 19 de Outubro de 2007. Sala deExposições do Edifício II do ISCTE-IUL, Lisboa.
.007
INFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃOINFORMAÇÃO ADICIONALADICIONALADICIONALADICIONAL
prémios e distinções
exposições
008.
. FERREIRA, Bruno. Cova da Moura: Infra-estrutura urbana, Espaço público e MercadoMulticultural, in Falemos de Casas: Concursos, Lisboa: Athena, 2010, p.190-191;
. FERREIRA, Bruno; DIONÍSIO, Frederico; SANTOS, Margarida; ANASTÁCIO, Susana.ISCTE – DAU Projecto Urbano Barreiro, in Estuarium, 2º Semestre 2009. Lisboa: AML, p.33;
. FERREIRA, Bruno; DIONÍSIO, Frederico; SANTOS, Margarida; ANASTÁCIO, Susana.Unidade Residencial de Ramalde, in Habitar em Colectivo: Arquitectura Portuguesa antesdo S.A.A.L.. Lisboa: ISCTE-IUL, 2009, p. 27-34;
. FERREIRA, Bruno; FÉLIX, Débora; COELHO, Hugo; MENEZES, Salvador. OptimistSuburbia, Uma periferia perfeita: Urbanização da Portela, in Jornal Noticias da Portela, nº75, Setembro 2010, p. 14-15;
. “Cova da Moura: Infra-estrutura urbana, Espaço público e Mercado Multicultural”.Apresentação pública dos trabalhos expostos em "O dia seguinte: prémios, experiências eprojectos dos alunos do MIA – Barreiro, Marvila, Luanda e Cova da Moura, 23 de Maiode 2011. Auditório B203 do ISCTE-IUL, Lisboa;
. “Optimist Suburbia – uma periferia perfeita (o caso da Urbanização da Portela)".Entrevista à Radio Horizonte FM por Bruno Ferreira, Débora Felix e Hugo Coelho, 31 deAgosto de 2010;
. Apresentação do projecto de investigação “Optimist Suburbia – uma periferia perfeita”.Apresentação pública por Bruno Ferreira, Debora Felix, Hugo Coelho e SalvadorMenezes. 25 de Agosto de 2010. Junta de Freguesia da Portela, Loures.
. “1st Symposium Digital Fabrication – a state of art”. 9 e 10 de Setembro de 2011. Grandeauditório ISCTE-IUL, Lisboa;
. Apresentação e debate a partir de “Learning from Macau #1” e “Learning from Macau#2. Fai Chi Kei (1981-2011)”. 29 de Julho de 2011. Museu do Oriente, Lisboa;
. Debate “Grupo de Macau, caminhos na arquitectura portuguesa”. 15 de Julho de 2011.Museu do Oriente, Lisboa;
. “Nós e os Outros – Arquitectos em Fuga (Internacionalização); Indústrias Criativas naArquitectura; Arquitectura em Tempo de Crise”. 31 de Maio, 28 de Junho e 19 de Junho de2011. LUX, Lisboa;
. Seminário e Exposição “Luiz Cunha – 57 anos de Arquitectura e Artes Plásticas”. 04 deMaio de 2011. Auditório B203 do ISCTE-IUL, Lisboa;
. “TEDx O’Porto”. 21 de Março de 2011. Casa da Música, Porto;
. Mesa Redonda “O Lugar do Bairro”. 19 de Janeiro de 2011. Auditório do Centro deInformação Urbana de Lisboa;
. Conferência “Jarques Herzog”. 18 de Janeiro de 2011. Aula Magna da Reitoria daUniversidade de Lisboa;
publicações
comunicações
colóquios/conferências/workshops
. Conferência Internacional “Arquitectura [in] ]out[ Política”. 15 e 16 de Janeiro de 2011.Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa;
. Colóquio Internacional “Habitar, Pensar, Investigar, Fazer”. 14 e 15 de Janeiro de 2011.Auditório do Departamento de Arquitectura da Universidade Autónoma de Lisboa;
. “1º Congresso Internacional (da) Habitação no Espaço Lusófono”. 22 a 24 deSetembro 2010. Grande auditório ISCTE-IUL, Lisboa;
. Ciclo de Conferências e Workshops “Making Of”. 8 e 9 de Maio de 2010. Instalaçõesdo ISCTE-IUL, Lisboa;
. Seminário e Exposição “Manuel Vicente, 15 edifícios da rota do Oriente”. 14 de Abrilde 2010. Auditório B203 do ISCTE-IUL, Lisboa;
. “2º Workshop de Investigação As Cidades”. 25 de Fevereiro 2010. Auditório 3 daFundação Calouste Gulbenkian, Lisboa;
. “Seminário Universidades Cova da Moura”. 25 de Janeiro de 2010. Teatro Camões,Lisboa;
. Conferência “Bairros Vivos, Cidades Vivas – Comemoração dos 40 anos do NAULNEC”. 24 de Novembro de 2009. Auditório LNEC, Lisboa;
. Workshop “Caixas Negras ou um elogio ao Processo”. 14 a 22 de Setembro de 2009.Auditório B203 do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Seminário e Exposição “Habitar em Colectivo: Arquitectura Portuguesa antes doS.A.A.L.”. 13 de Maio de 2009. AuditórioB203 do ISCTE-IUL, Lisboa;
. Conferência “(Re) Habitar Lisboa”. 6 de Março de 2009, Teatro Aberto, Lisboa;
. Ciclo de Conferências A Cidade no Século XXI. “Da Cidade que Deixará de SerViária”, “The European Metropolitan Competition Perspective: Challenges andStrategies in a cross-border region: Copenhagen-Malmö”, “A Condição Urbana”. 18,20 e 25 de Novembro 2008. Pavilhão de Portugal, Lisboa;
. Ciclo de Conferências “Swissport09”. 24 e 25 de Setembro de 2009. Casa da Música,Porto;
. Seminário Internacional “Berlim: Reconstrução Crítica”. 8 de Novembro de 2008.Auditório de Serralves, Porto;
. Colóquio Internacional “A Industrialização em Portugal no séc. XX – o Caso doBarreiro”. 8 a 10 de Outubro de 2008. Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro;
. Assistência de inúmeras conferências, não enumeradas, promovidas pela Ordem dosArquitectos, pelo DAU/ISCTE-IUL assim como por outras faculdades e entidadesexteriores sobre temas de Arquitectura, Urbanismo e Território.
. Barcelona, Berlim, Bratislava, Corunha, Londres, Madrid, Paris, Santiago de Compostela, Sevilha, Viena e todo o território de Portugal continental
. autor do blog One Urban Question, disponível em: ttp://1urbanquestion.blogspot.com (actualmente em processo de reformulação)
.009
viagens
outros
(cont.)
___
VERTENTE PROJECTUAL
AMADORA AMADORA AMADORA AMADORA
zona zona zona zona UOP04UOP04UOP04UOP04
. Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Projecto Final de Arquitectura
5º ano . Out./Set. 2010
classificação final: 18/20 valores
. Trabalho de grupo desenvolvido em parceria com Filipa Fiúza, Frederico Dionísio, Susana Anastácio e Teresa Durão....
Docentes:
Doutor Paulo Tormenta Pinto
Arquitecta Ana Lúcia Barbosa
Arquitecto Gonçalo Byrne
P10
P10AMADORAAMADORAAMADORAAMADORA
zona zona zona zona UOP04UOP04UOP04UOP04___
Localizando-se o nosso caso de estudo na periferia da cidade de Lisboa, no concelho da Amadora,
importa para esta análise perceber o aparecimento e crescimento dos subúrbios.
Antigamente – até ao princípio do séc. XX – a noção de periferia era a de um arrabalde que produzia
e abastecia Lisboa, mas também a de um local de lazer bucólico e campestre para gente endinheirada, que
aí comprava as suas quintas e erguia palacetes, era uma zona saudável de ares limpos e puros para quem
fugia à peste que dizimava a cidade. Era por isso considerado um local aprazível e de descanso.
Pois esta conotação alterou-se como do dia para a noite. Antes de mais, a expansão da linha
ferroviária para Sintra - cuja estação foi inaugurada na povoação da Porcalhota em 1887 – permitiu o
surgimento ou crescimento de povoados presentes ao longo da mesma. A instalação das indústrias ficou
facilitada, o que iniciou uma longa mudança no quotidiano e tipo de actividades – predominantemente
agrícolas – da população residente.
Nas décadas de 30 e 40 do séc. XX, em pleno regime do Estado Novo, iniciou-se a primeira expansão
da cidade de Lisboa através da Estrada de Benfica. Nos anos 40 e 60 verifica-se um rápido processo de
industrialização que provoca uma primeira explosão demográfica e a densificação da zona da Amadora.
Por esta altura os conceitos de urbano e de cidade distanciam-se perante esta nova organização
territorial, sendo que urbano se passa a associar, não a cidade mas, a “uma escala muito mais ampla já que a
de «cidade» parece designar outra realidade, mais restritiva e localizada”.
Mas é a partir da década de 70 que se inicia a verdadeira ocupação suburbana das zonas peri féricas
da cidade de Lisboa, sobretudo devido ao boom demográfico que se verificou pela altura da atribulada
descolonização africana, em que milhares de retornados e africanos entraram no país, que não tinha
capacidade de os acolher, entrando em acção a especulação imobiliária. Por suburbana entenda-se a área
.013
dens. populacional (hab/Km2)
pop. residente
área (Km2)
Cascais Lisboa Loures Mafra Oeiras Sintra Vila Franca de Xira Amadora Odivelas
população residente e densidade populacional, em 2001, por concelho na grande Lisboapopulação residente e densidade populacional, em 2001, por concelho na grande Lisboapopulação residente e densidade populacional, em 2001, por concelho na grande Lisboapopulação residente e densidade populacional, em 2001, por concelho na grande Lisboa
AM
AD
OR
A1
75
87
2
ha
b
urbana desqualificada que proli fera com de ficiências ao nível dos equipamentos e de infra-estruturas, nestaszonas o maior ênfase é dado à habitaçã o, geralmente com melhores condições e áreas mais generosas doque na cidade compensando a fraca qualidade de vida urbana dos seus habitantes.
Assim cresceu a zona da Amadora, e tantas outras pertencentes à Área Metropolitana de Lisboa, aosabor da especulação imobiliária e d os bairros ditos clandestinos, que surgiram fruto da oferta habitacionalunidireccionada para a classe média.
A Amadora não deve ser circunscrita aos seus 175 872 habitantes, mas sim, aos 2 661 850 dehabitantes da área Metropolitana de Lisboa que em menos de uma hora podem deslocar-se até à cidadeda Amadora. Entendemos, assim, que o potencial público alvo da cidade é muito mais alargado, nãopodendo esta ser reduzida ao limite geográfico do concelho.
Os transportes e boas acessibilidades têm um papel preponderante na relação da Amadora com arestante Área Metropolitana de Lisboa.
A infra-estruturação d o territ ório da Amadora iniciou-se no século XVIII, com a construção d oAqueduto das Águas Livres, por esta altura o aqueduto alimentava a zona da Falagueira e possibilitou aprimeira ligação à cidade de Lisboa.
A segunda grande infra-estrutura que surgiu na zona foi a linha ferroviária, em finais do século XIX.No século passado, devido à democratização d o automóvel, iniciou-se a construção d o IC19. Maisrecentemente está a ser concluído um troço da CRIL, o nó da Bu raca. Estas infra-estruturas que atravessamo concelho da Amadora foram o motivo do crescimento deste território, trazendo tanto aspectos positivoscomo aspectos negativos. Estas possuem uma identidade de tal forma marcante que transfere, transforma eacompanha a imagem da cidade da Amadora.
O concelho da Amadora foi aumentando ao ritmo das necessidades prementes da áreametropolitana de Lisboa, apoiado e alinhado com essas infra-estruturas. Ao olhar para o territórioapercebemo-nos que estas foram as principais causas da quebra do tecido urbano, enfatizando diferenças,e, ao mesmo tempo, transformando-se elas próprias em barreiras tanto a nível físico, visual, sonoro, entreoutros aspectos, impulsionando “colagens” num território ausente de permeabilidade – mais do queoportunidades, foram-se transformando barreiras.
.021
CONCEITO
A cultura da congestão é um dos pontos de partida para a nossa abordagem à periferia. A periferia
é, geralmente, conotada com a dispersão do edificado, resultando em diferentes malhas que se confrontam
e que provocam terrenos baldios. Ao congestionar a cidade estamos a concentrá-la e a dar-lhe uma
vivência metropolitana, hoje inexistente devido ao facto de o subúrbio ser o grande “dormitório” da cidade
central.
O livro Delirious New York, da autoria de Rem Koolhaas deu-nos pistas para incorporar os conceitos
da cultura da congestão, da condição metropolitana e dos condensadores sociais. A criação de novas
centralidades com várias valências é fundamental. Podemos comparar a dinâmica das construções
propostas para a concentração de serviços e comércio com a dos arranha-céus de Nova Iorque,
obviamente a uma escala menor. Este tipo de concentração pretende captar e entrecruzar diversos tipos de
fluxos – de informação, de pessoas –, apresentando uma grande densidade de funções num espaço
reduzido.
Em Learning from Las Vegas, de Robert Venturi, Denise Scott Brown e Steven Izenour, percebemos as
valências que o strip development pode ter e como a cidade pode ser desenvolvida ao longo destas faixas
de rodagem, assim como a importância que o simbolismo e a mensagem terá que exercer no momento de
comunicação da arquitectura. Assim podemos comparar o IC19 a uma strip e tirar partido da visibilidade
que o território da Amadora pode ter para milhares de pessoas diariamente. Criando uma mais-valia para
a instalação de empresas no terreno.
PROPOSTA
Actualmente as infra-estruturas que rasgam o território não têm qualquer relação entre si, são
apenas “linhas” que condicionam o seu desenvolvimento. A nossa proposta passa por aproveitar as infra-
estruturas existentes e conectá-las entre si, dando uma nova forma ao modo como se percepciona o
território. Pretendemos que exista uma rede hierarquizada de infra-estruturas, existentes e propostas, que
“contamine” e facilite o percurso pela cidade. Espera-se que esta “contaminação” traga novas possibilidades
de expansão e de atractividade ao concelho.
.023
AAAA C IDADEC IDADEC IDADEC IDADE AAAA DOISDOISDOISDOIS TEMPOSTEMPOSTEMPOSTEMPOS eeee AAAA DUASDUASDUASDUAS INTENSIDADESINTENSIDADESINTENSIDADESINTENSIDADESApós a análise ao território e à forma como este se organiza concluímos que a cidade de hoje se
vive a dois tempos. Podemos defini-los com base em três características fundamentais – velocidade, escala epapel do habitante. A compreensão destes dois estados de interacção com a cidade é de fulcral importânciaquando nela somos chamados a intervir. Esbatidos os limites entre a cidade tradicional e o meio rural, é naperiferia suburbana que se jogam os dados para o futuro da metrópole. O perfeito entendimento dosubúrbio é inatingível. A maneira de nele actuar carece de experimentação. O tempo com que lidamos éduplo.VELOCIDADE
A expansão suburbana deu-se ao longo das principais infra-estruturas de mobilidade – a linhaferroviária e a auto-estrada –, que procuravam permitir o acesso fácil e rápido ao centro da cidade que,contendo as actividades que nunca chegaram a “emigrar” para o subúrbi o, se tornou num concentrado delocais de trabalho/lazer.
Nestas infra-estruturas, a cidade mede-se a alta velocidade. Ao utilizá-las, a paisagem urbana discorrecomo um cenário – visto através da janela do comboio ou do automóvel –, inalcançável fisicamente, carentede pontos de referência, desinteressante. O subúrbio passa como o genérico antes do programa principal –a chegada ao centro da vida citadina.
A outra velocidade é vivida nos núcleos suburbanos. Muitas vezes apenas dormitórios com serviçosbásicos, os subúrbios albergam a vida íntima dos seus habitantes. Neste tempo mais lento, vivem-sesensações completamente antagónicas às do centro da cidade – aconchego, descanso, retiro do exterior,vida no espaço interior das habitações.ESCALA
As diferentes escalas que percepcionamos são resultado destes dois tempos que se movem emsentidos contrários. Junto das infra-estruturas, assistimos a uma macro-escala nos espaços – as estações decomboio, os viadutos, as conexões viárias – de modo a serem apreendidos a uma velocidade superior, parauma grande quantidade de utilizadores, estabelecendo a organização do subúrbio. À medida que nosafastamos do rai o de acção das infra-estruturas, a escala vai diminuindo, procurando uma medida maishumana para compor os bairros suburbanos.PAPEL DO HABITANTE
O último aspecto que nos ajuda a distinguir estes dois tempos é a forma como o habitante interagenos diferentes contextos. Em trânsito, o habitante é um mero observador. A sua relação com a cidade épassiva, distante, passageira. É somente quando experimenta a cidade que o observador se tornaparticipante, deambulando, interagindo, tomando a verdadeira condição metropolitana.
A nossa proposta parte da identificação e compreensão destes dois tempos, do desmanchar das suascaracterísticas e do remontar das suas virtudes. Na relação da cidade central com a periferia, estes doistempos colidem. Pretendemos, ao invés, que eles se contaminem, e que do seu cruzamento resulte umasolução que permita a união da cidade e do subúrbio num só – a METRÓPOLE.
.027
estrutura urbana existente
estrutura urbana proposta
___
VERTENTE PROJECTUAL
BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURA BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURA BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURA BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURA
infrainfrainfrainfra----estrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multicultural
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Projecto Final de Arquitectura 5º ano . Out./Set. 2010classificação final: 18/20 valores
. Trabalho seleccionado para a Exposição “Falemos de Casa: Concurso – Projecto Cova da Moura”. Exposição realizada entre 16 de Out. de 2010 e 16 de Jan. de 2011 . Fundação EDP – Museu da Electricidade e publicado no catálogo da mesma;. Trabalho seleccionado para o Prémio Secil Universidades Arquitectura 2010 (concurso a decorrer);. Trabalho participante na Exposição “O Dia Seguinte: prémios, experiências e projectos dos alunos do MIA – Barreiro, Marvila, Luanda e Cova da Moura”. Exposição realizada entre 18 e 28 de Maio de 2011. Átrio do Edifício II do ISCTE-IUL, Lisboa.
Docentes:Doutor Paulo Tormenta Pinto Arquitecta Ana Lúcia BarbosaArquitecto Gonçalo Byrne
P09
P09BAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURABAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURABAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURABAIRRO DO ALTO DA COVA DA MOURA
infrainfrainfrainfra----estrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multiculturalestrutura urbana, espaço público e mercado multicultural___
Durante 30 anos, o bairro do Alto da Cova da Moura, constituiu-se como um bloqueio, impedindo alivre circulação entre todo o território da Amadora. Desfazermo-nos deste obstáculo, permite a emergênciade um potencial latente; proporciona a oportunidade de criar uma verdadeira miscigenação de comunidadesque ate agora se mantiveram isoladas; voltar a conectar a cidade com este potencial pólo de atracção; ecriar as bases para uma nova comunidade baseada não só no comércio, no turismo ou na nostalgia, mastambém nas realidades da vida urbana do século XXI.
O cenário está lido! Por onde começamos?...
PROPOMOSPROPOMOSPROPOMOSPROPOMOS UMAUMAUMAUMA ESTRATÉGIAESTRATÉGIAESTRATÉGIAESTRATÉGIA REGENERATIVAREGENERATIVAREGENERATIVAREGENERATIVA PARAPARAPARAPARA OOOO ESPAÇOESPAÇOESPAÇOESPAÇO PÚBLICOPÚBLICOPÚBLICOPÚBLICO DODODODO BAIRROBAIRROBAIRROBAIRRO....
ESTRATÉGIA URBANAEste bairro, oriundo de circunstâncias históricas peculiares e com um percurso atípico, é o palco de
uma realidade complexa em termos sociais e culturais. Possui, no entanto, uma atractividade especial, frutoda sua singularidade histórica, cultural e étnica, facto que o levou a ser escolhido como local de estudo, parao Concurso Universidades – Trienal de Arquitectura 2010.
A opção de projecto partiu de uma leitura/juízo sobre a transformação deste território, as suascondições topográficas e antropológicas que exprimem os seus princípios instaladores. Não se pretendia umexercício puramente linguístico. Procurou-se um processo inverso ao da conceptualização de um espaçorepresentativo de uma solução absoluta. Uma atitude de contaminação e diálogo, mais do que uma atitudede resistência ou admiração miserabilista. Experimentou-se a transformação concreta do sítio, da realidade,atingindo laboratorialmente, com gestos discretos e precisos. Acrescentando, subtraindo, deslocando,dividindo, desenhado espaços e matérias, o projecto constitui-se, em síntese, como “refundador” do
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contexto urbano existente
contexto urbano proposto
O ÚNICO ESPAÇO PÚBLICO QUE EXISTE É A RUA DE ACESSO ÀS HABITAÇÕESO ÚNICO ESPAÇO PÚBLICO QUE EXISTE É A RUA DE ACESSO ÀS HABITAÇÕESO ÚNICO ESPAÇO PÚBLICO QUE EXISTE É A RUA DE ACESSO ÀS HABITAÇÕESO ÚNICO ESPAÇO PÚBLICO QUE EXISTE É A RUA DE ACESSO ÀS HABITAÇÕES
3333
2222
1111
viasligações viárias propostasprincipais ruas requalificadasespaços públicos propostos
espaços vazios de ligação com a envolvente1 . zona panorâmica de ligação à estação da CP2 . zona de cultivo comunitário3 . zona desportiva
ambiente local. «É pegar na história e contá-la»Antes de mais, o projecto, vai à procura dum campo de relações a descobrir entre as coisas. Foi assim
preciso um olhar atento para os sinais “fracos”, os interstícios urbanos, as ruínas esquecidas pelosmoradores, os espaços e as construções degradadas, Esta leitura do território revelou a oportunidade deintervenção.
Superar o deficit de conectividade e de acessibilidade entre as várias partes do território daBuraca/Damaia, no qual se inclui o bairro da Cova da Moura, constituía-se como o principal desafio.Reconhece-se que estes problemas não poderão ser resolvidos num único momento de intervenção poisimplicam naturais demolições. Optou-se assim, por um sistema que possa crescer com o tempo. Deixa-seassim em aberto uma possibilidade de alteração futura, evitando uma decisão que se possa considerarconclusiva em relação a este processo.
ESTRATÉGIA PROJECTUALOobjectivo é simples, criar liberdade através de um espaço contínuo.No bairro da Cova da Moura a rua é um espaço narrativo assumindo-se como o espaço de reunião
dos seus habitantes. Motivos de ordem cultural muito influenciam esta realidade, sendo a rua encaradacomo um prolongamento da casa, um lugar de encontro e de confraternização, de negócio e de estar eonde são debatidas as relações sociais. Sendo o único espaço público que existe a rua de acesso àshabitações, a realidade quotidiana exprime-se assim predominantemente em espaços residuais apenasacessíveis aos residentes. A rua, com características quase medievais, torna-se, pela sua abrangência, espaçopreferencial para esta intervenção.
A primeira operação construtiva de projecto passou pela apropriação do espaço liberto pelademolição de habitações que estavam em muito mau estado de habitabilidade (segundo estudo do LNEC).Estes espaços permitiram a criação de novos espaços públicos vazios que funcionaram como uma novaentidade acessível e conectada visual e tematicamente – uma estrutura global de espaço público, unida pelapresença de um pavimento tratado que fará a conexão entre as grandes bolsas de terrenos vazios que seencontram nas margens do bairro e os novos espaços internos.
Na primeira opção, procurou-se respeitar as implantações das construções pré-existentes comogarante da manutenção de uma escala urbana já consolidada.
Através da abertura de percursos e corredores de visibilidade, converte-se e transforma-se o actualestado, cerrado, numa área aberta e atractiva ao transeunte. Surge um sistema de caminhos pretos (texturacontinua de betuminoso), uma linha infra-estrutural e um conjunto de letras e signos brancos. Constituindo-se como um mapa à escala 1:1, estes elementos brancos indicam a localização das principais atracções quese encontram na vizinhança e criam uma hierarquia reconhecível. A habitual sinalética vertical serásubstituída por este projecto de pavimentos. O movimento transforma-se numa experiencia pública. Emcomplemento desta estrutura surgirá uma linha infra-estrutural subterrânea que será responsável pelotransporte da rede se água, esgotos, electricidade, telecomunicações, etc.
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espaço liberto pela demolição das construções em mau estado
espaço liberto, mantendo a escala das construções pré-existentes
+ +
infra-estrutura urbana e conjunto de signos plataformas de betão, caixas e cobertura pedras de conteúdos
PROPOSTA PROGRAMÁTICAPretende-se qualificar os novos espaços vazios através do desenho de um conjunto de plataformas
em betão. Estes serão espaços com um carácter ambivalente, espaços privilegiados para uma apropriaçãoinformal e de reafi rmação de um ritual existe. Aqui será o palco para formalização das pequenas bolsas deeconomia alternativa (espaços de comércio) que nos dias de hoje acontecem de forma espontânea edesorganizada. Estes espaços de comércio beneficiaram da especificidade cultural da população residente,tornando-se locais de partilha entre a comunidade residente e a população que vive na envolvente.
Com estas propostas manteve-se a estrutura urbana intacta, sem apagar as camadas existentes,acrescentou-se três novas camadas: a infra-estrutura urbana que bem resolver problemas prementes dehabitabilidade mínima; as plataformas de betão; e as caixas metálicas.
Estes objectos paralelepipédicos surgem como “máquinas”, ora organizando e hierarquizando osespaços vazios, ora respondendo às necessidades básicas de caracterização do espaço público. Quandousados como espaços de venda, estas caixas serão responsáveis pelo armazenamentos dos produtos frescosde venda diária. Quando dispersas pelo resto do bairro, estas caixas asseguram a função de iluminaçãopública, depósitos de recolha de resíduos sólidos, telefone público, marcos distribuidores de correio, sinaléticaurbana, apoio a zonas de cultivo ou de explanada, etc.
Associadas a estas caixas existirá um banco/banca em betão. Este banco irá retomar a ideia dobanco de pedra, localizado á portas das casas, que caracteriza um modo de estar africano e que écaracterístico deste bairro. Este será o espaço onde os velhos partilharam as suas histórias, onde os maispequenos brincam, onde nasce uma arvore… onde se estabelecem as relações sociais.
Quando as funções exigem uma área maior, as caixas serão transformadas em “pedras” queabrigam no seu interior áreas de interesse comunitário e expressão cultural, ateliê de culinária, artesplásticas, musica, dança, farmácia, centro polivalente.
COMPONENTE FORMAL E CONSTRUTIVADividir, criar novos limites, sublinhar características, exprimir juízos exigem a construção de um código
de referências capaz de comunicar e integrar com a realidade.Dadas as condições do contexto em que se realiza a construção, exige-se uma certa elementaridade
da linguagem, até pelo simples problema da comunicação em estaleiro. Não se prevê o recurso a umamão-de-obra especializada, privilegiando-se um processo de autoconstrução que alude ao histórico deentreajuda presentes entre os moradores.
Optou-se pela redução dos elementos arquitectónicos á sua linguagem essencial/primitiva: pavimento,parede, cobertura e filtros para o exterior. Estes elementos caracterizam-se por uma predominantematerialidade, nãos havendo recurso a grandes trabalhos de acabamentos. O muro de suporte que definecotas e contem os terrenos terá o mesmo tratamento que uma parede de um edifício - betão cinzentodescofrado. As caixas serão estruturadas em perfis metálicos e revestidas a aço galvanizado.Ocasionalmente, surge uma cobertura metálica em espaços centrais para protecção dos espaças de vendaem situações de más condições climatéricas.
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ligação pedonal de proximidade com o aqueduto
requalificação da encosta existente para uso hortícola
nova escada de ligação pedonal
novo espaço público de
ateliê de dança
cafetaria
ateliê de artes plásticas
ateliê de música
nova ligação viária
novo espaço público de
permeabilidade – rua da madeira
ateliê de culinária
zona de mercado para venda de
artigos artesanais
nova ligação viária à Damaia
ligação pedonal com a Buraca
localização da farmácia proposta
nova via de ligação à zona envolvente
zona de jogos desportivos
zona de mercado de produtos frescos
zona armazenagem
balneários funcionários mercado
instalações sanitárias públicas
refeitório funcionários mercado
zona dos lixos
administração mercado
ateliê de música
balneários partilhados entre o ateliê de dança e a sala polivalente
sala polivalente
ateliê de artes plásticas
ateliê de dança
cafetaria
contexto urbano existente
Zona com grande número de construções em ruína.Zona com grande número de construções em ruína.Zona com grande número de construções em ruína.Zona com grande número de construções em ruína.
Novas construções encastradas no terreno e caracterizadas pelos planos de vidro para possibilitar uma melhor visibilidade entNovas construções encastradas no terreno e caracterizadas pelos planos de vidro para possibilitar uma melhor visibilidade entNovas construções encastradas no terreno e caracterizadas pelos planos de vidro para possibilitar uma melhor visibilidade entNovas construções encastradas no terreno e caracterizadas pelos planos de vidro para possibilitar uma melhor visibilidade entre re re re as diversas actividades.as diversas actividades.as diversas actividades.as diversas actividades.
contexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano proposto
contexto urbano existente
Zona de acentuada pendente e com possibilidade de beneficiar de vistas para a envolvente.Zona de acentuada pendente e com possibilidade de beneficiar de vistas para a envolvente.Zona de acentuada pendente e com possibilidade de beneficiar de vistas para a envolvente.Zona de acentuada pendente e com possibilidade de beneficiar de vistas para a envolvente.
Abertura de corredores de permeabilidade para melhorar as condições de salubridade. Abertura de corredores de permeabilidade para melhorar as condições de salubridade. Abertura de corredores de permeabilidade para melhorar as condições de salubridade. Abertura de corredores de permeabilidade para melhorar as condições de salubridade.
contexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano proposto
contexto urbano existente
Zona central do bairro com uma topografia privilegiada para a criação de um espaço público. Zona principal de mercado. Zona central do bairro com uma topografia privilegiada para a criação de um espaço público. Zona principal de mercado. Zona central do bairro com uma topografia privilegiada para a criação de um espaço público. Zona principal de mercado. Zona central do bairro com uma topografia privilegiada para a criação de um espaço público. Zona principal de mercado.
Aproveitamento do desenho de implantação das construções préAproveitamento do desenho de implantação das construções préAproveitamento do desenho de implantação das construções préAproveitamento do desenho de implantação das construções pré----existentes. existentes. existentes. existentes.
contexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano propostocontexto urbano proposto
___
VERTENTE PROJECTUAL
DEZ CASASDEZ CASASDEZ CASASDEZ CASAS
Amadora/BuracaAmadora/BuracaAmadora/BuracaAmadora/Buraca
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Projecto Final de Arquitectura
5º ano . Out./Set. 2010
classificação final: 18/20 valores
Docentes:
Doutor Paulo Tormenta Pinto
Arquitecta Ana Lúcia Barbosa
Arquitecto Gonçalo Byrne
P08
P08DEZ casas DEZ casas DEZ casas DEZ casas
Amadora/BuracaAmadora/BuracaAmadora/BuracaAmadora/Buraca___
Este exercício consistia na construção de dez casas na freguesia da Buraca, no concelho da Amadora,
num território genericamente designado por periférico, mas que apresenta características singulares.
Constituiu-se acima de tudo como uma oportunidade de reflexão sobre a problemática da intervenção
arquitectónica no contexto suburbano.
A primeira opção desta intervenção assenta numa tentativa de reinventar a dimensão urbana que
especificamente nesta zona está em clara decadência.
A estratificação programática e funcional conduziu este território á situação actual. Fomentar uma
nova coexistência dinâmica entre actividades foi assim um passo para criar uma dinâmica urbana
consentânea com as necessidades do habitar metropolitano. Seguindo uma estratégia já experimentada no
campo arquitectónico, o “condensador social” assumia-se assim como possível solução para gerar uma nova
dinâmica neste território. Considerou-se assim, estes blocos habitacionais, não como elementos isolados, mas
como um organismo vivo em extensão natural uns dos outros – ambiciona-se a criação de lugares onde o
homem pode perceber o que deseja ser.
Considerou-se a arquitectura como parte da infra-estrutura que organiza a coexistência entre os
diferentes acontecimentos urbanos. A vida metropolitana exige uma multiplicidade de dimensões que este
território não conseguiu responder. Vazio ou cheio, preto ou branco – a bipolarização foi assim uma ideia a
negar.
Mais do que renovar o desenho, foi necessário introduzir um novo vocabulário que falasse sobre a
realidade actual. A renovação física do espaço público, juntamente com a pesquisa sobre a elasticidade das
estruturas habitacionais foi assim a oportunidade para a introdução de uma nova conformação urbana que
se pretende condutora de uma identidade inequivocamente colectiva.
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Abandonar o plano horizontal e pensar uma cidade a três dimensões foi assim o desafio queconduziu a descoberta de uma nova superfície ainda inexplorada.
A oportunidade deste exercício constitui-se, também, como um momento para a indagação sobre osignificado da casa contemporânea, uma visão abrangente capaz de interrogar o que entendemos pormorada/habitat.
A “morada” é entendida como a representação daquilo que somos. A delimitação de um “mundointerior” é a característica essencial do espaço doméstico. É lá onde recolhemos os nossos objectos, ondeacumulamos memórias, onde fundamos as nossas ambições e as angustias, o lugar com contornos tangíveisonde depositamos o nosso quotidiano. Por isso há sempre uma casa onde nascemos, onde crescemos, ondeestudamos, onde amamos, onde envelhecemos, ou simplesmente, um lugar onde estivemos. Contudo hásempre uma casa onde voltamos, uma casa que desejamos ter.
O conceito de habitat pressupõe, no entanto, uma relação que o indivíduo estabelece com asociedade. O espaço público, onde desejavelmente passamos cada vez mais tempo, constitui-se assim comoum prolongamento desejável da habitação. Acreditamos assim que a resolução do programa habitacionalpassaria por uma reformulação do espaço público, e especificamente, da forma como o “bloco” contactacom o chão. Não habitamos só a casa, habitamos também o bairro, a cidade, o território.
«Actualmente, a habitação deve ser entendida com um lugar próximo do desejo e daversatilidade, da qualidade de vida e da fantasia sugestiva do lazer, do bem-estar e do conhecimento,em vez da habitual serenidade ou possibilidade do espaço concebido apenas como mera necessidadesocial ou aparência. Em suma, a nova habitação tem que ser concebida através da diversidade epluralidade, em vez de pela homogeneidade e colectividade. Um espaçomulti-activo e inter-activo».1
Na segunda metade do século XX, irrompe triunfante, pelos territórios periféricos, os valores daarquitectura Moderna. Com o advento da era Moderna, a casa torna-se o objecto laboratorial preferencialdos arquitectos. São experimentados novos conceitos de habitar, novas tecnologias construtivas, novasrelações hierárquicas entre vazio e construído.
A excessiva separação entre espaço público e privado e o zonamento funcional, que caracteriza estesterritórios, destruiu a fluidez permeável do sistema urbano medieval. Exige-se portanto uma nova concepçãode espaço público onde o espaço para as relações sociais e para o inesperado, agregado a uma novasobreposição de funções sejam capazes de construir uma verdadeira cidade.
Com este trabalho, pretende-se antes de tudo dar sentido ao espaço do quotidiano, o espaço quepropicia as relações sociais, o espaço que as “interpretações da Carta de Atenas” haviam desprezado.______1 GAUSA, Manuel. Housing: New Alternatives,New Systems, in The Metropolis Dictionary of AdvancedArchitecture: City and Society in the Information Age, Barcelona: Actar, 2003. p.283, tradução livre.
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estrutura urbana existente
estrutura urbana proposta
Dois problemas assumem-se como mais gritantes: o tratamento do espaço público e a desadequação
das tipologias habitacionais.
. A necessidade urgente de criar habitação para um número crescente de população arrastada
para a periferia, conduziu a uma arquitectura descaracterizada na qual os moradores não se
conseguem identificar. A capacidade de assimilar a individualidade e a auto-realização, dos que dela
fruem, foi esquecida.
Os núcleos familiares que hoje habitam e aqueles que pretendem habitar estes territórios periféricos
caracterizam-se por uma grande diversidade que dificilmente é reduzível à família convencional com
dois filhos, típica dos anos 70. A diversidade de modos de vida dentro de um mesmo agregado
familiar e mesmo a mudança das relações entre os seus membros é algo comum e um reflexo da
própria alteração dos hábitos e das prioridades comunitárias.
O modelo normativo e estereotipado de habitar, que caracteriza esta área urbana da Buraca colide
com os atributos da contemporaneidade. Estas casas não tiveram a capacidade de se adapt ar às
novas exigências e esse facto é reflectido na grande quantidade de fogos devolutos que esvazia este
território – aqui nasce a oportunidade de localizaçã o deste projecto – apropriação de fogos
devolutos e dos pisos em cave que estavam igualmente desocupados.
. A definição dos espaços entre os edifícios como amplas plataformas verdes abstractas, hoje
invadidas por lugares de estacionamento para automóveis, conduziu a uma paisagem abstracta
ocupada por objectos alienados onde o verdadeiro espaço urbano – o espaço lúdico – não tem lugar.
Depois deste meio século, em que as soluções estereotipadas propiciadas pela especulação imobiliária
substituiu a experimentação disciplinar em torno do habitar colectivo, é hoje necessário “voltar ao local do
crime” e repensar com os novos desafios colocados pela sociedade urbana actual.
Busca-se um novo (e frágil) equilíbrio entre o indivídu o e o benefício colectivo, oferecendo aos
residentes a oportunidade de experimentar a convivência enriquecedora com uma forma de vida em
comum que extravasará o passar o tempo entre quatro paredes.
Rejeitam-se as soluções estereotipadas. Entende-se a casa não apenas como um abrigo que confere
apenas protecção e con fort o físico – esta questão já foi respondida no momento inicial – pretende-se antes
como o lugar para a criatividade, um lugar para a encenação de aquilo que somos ou que ambicionamos
ser.
O que se procura ninguém sabe ao certo, pois dificilmente encontramos uma resposta única e
universal que garanta a compatibilização entre os mais variados usos e a instabilidade da sociedade urbana
contemporânea. Afastada dos modelos convencionais de produção em série que respondia a uma família-
tipo com necessidades-tipo, a sociedade actual procura novos modelos, novas referências de habitar que a
faça sonhar com um futuro melhor. Busca-se uma alternativa à nostalgia do espaço rural, à caricatura do
conforto e à evocação do “moderno” (enquanto sinonimo de moda).
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planta tipo existente piso 0
planta proposta piso -1
planta proposta piso -2
Neste sentido, mais do que uma solução prática a um determinado requerimento programático, este
projecto deve ser visto como uma estratégia conceptual propositiva que permita vários tipos de
apropriações. Num contexto onde a imediatez funcionalista entre programa funcional e forma do edifício
caracteriza a oferta habitacional actual, pretende-se enfatizar a elaboração de um conceito que medeie
entre um programa (novo) e uma forma (edifício já existente). Substitui-se a resposta universal para todos
por uma flexibilidade para cada um.
Contudo, se por um lado precisamos de uma grande durabilidade construtiva inerente aos conceitos
de sustentabilidade, por outro a grande diversidade cultural que está na origem destes territórios (o lugar
da oportunidade para todos) e que é traduzida nos diferentes modos como o espaço doméstico é
apropriado, exige novas estratégias de flexibilidade. Pensou-se assim a habitação como um sistema aberto à
mudança, logo mais apropriável por um número diverso de culturas, de agregados, mais durável, mais
sustentável e portantomais rentável.
O conceito de flexibilidade, neste caso, traduz-se na dotação do espaço habitacional de uma
capacidade de adaptação ao processo dinâmico que se pretende constituir como habitat periférico (agora
com uma conotação positiva).
«A flexibilidade não é a antecipação exaustiva de todas as modificações possíveis. A maiorparte das alterações são imprevisíveis (...). Flexibilidade é a criação de uma capacidade de grande
amplitude que permita diferentes e até opostas interpretações e usos».2
Privilegiou-se a polivalência funcional, ou seja, a capacidade de o mesmo espaço possibilitar a
variação de uso sem a necessidade de ocorrência de pesadas modificações construtivas. Dotou-se o espaço
doméstico de amplas áreas, tornando-o facilmente personalizável – alterando compartimentação do fogo
com o uso de portas, cortinas, painéis, armários amovíveis, etc., sem perder, no entanto, as suas qualidades
espaciais.
Procurou-se um tipo de relação pouco rígida e mais dinâmica assentando, esta estratégia, numa
conexão informal entre as actividades domésticas, onde os usos públicos e domésticos estão interligados.
A estratégia de flexibilidade aqui adoptada, assenta numa relação de autonomia entre os diferentes
componentes e camadas construtivas que constituem o edifício. Genericamente cada fogo constitui-se como
uma grande caixa rígida de betão, nova ou já existente, que responde às necessidades de protecção aos
elementos atmosféricos (água, iluminação, ruído, temperatura), secundarizada por um núcleo de serviços
(cozinhas, instalações sanitárias e acessos). São estes os únicos elementos considerados fixos e que
asseguram a vida funcional do fogo, dentro de um espaço genérico aberto á transformação. Os restantes
elementos (divisões de compartimentação e arrumação) são tratados como elementos móveis, em madeira,
permitindo uma fácil remoção ou reconstrução sem interferir nas restantes partes do edifício.______2 KOOLHAAS, Rem; MAU, Bruce. S M L XL, Nova Iorque: The MonacelliPress, 1995.
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planta piso 0
planta piso -1
corte A
corte B
corte C
corte D
planta piso -1
planta piso -2
planta piso 0
corte F
corte E
corte G
planta piso 0
planta piso -1
corte H
corte I
planta piso -1
planta piso -2
planta piso 0
corte N
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VERTENTE PROJECTUAL
BARREIROBARREIROBARREIROBARREIRO
reinventar o territóriore inventar o territóriore inventar o territóriore inventar o território
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Projecto de Arquitectura II
4º ano . Fev./Jun. 2009
classificação final: 17/20 valores
. Trabalho de grupo desenvolvido em parceria com Frederico Dionísio, Margarida Santos e Susana Anastácio.
. Trabalho publicado na revista Estuarium, 2º semestre 2009.
Docentes:
Arquitecto Pedro Viana Botelho
Arquitecta Manuel Raposo
Mestre José Luís Saldanha
P07
P07BARREIROBARREIROBARREIROBARREIRO
reinventar o territóriore inventar o territóriore inventar o territóriore inventar o território___
O Barreiro, cidade da Área Metropolitana de Lisboa (AML) situada na margem Sul do Estuário doTejo é actualmente um território em transformação (construção do novo Aeroporto em Alcochete, 3ªTravessia do Tejo de ligação Barreiro/Chelas e a expansão da rede do Metro Sul do Tejo) cuja requalificaçãose considera urgente. Assim este trabalho partiu de um entendimento do lugar e do seu contexto, dos seusproblemas e das suas potencialidades, quer ao nível das diversas estruturas naturais, construídas e humanas –um mosaico de geografia complexa feito de terra, água, aterros e desaterros.
A desafectação dos terrenos da antiga CUF e da actual linha de comboio proporcionará a esteterritório uma nova dimensão até agora ainda não experimentada. Novas ligações, novos pólos de interesse,um conjunto de novas interligações que transportará este território – agora espartilhado – para umarealidade assumidamente metropolitana. Uma nova cidade participante no conjunto de fluxos e polarizaçoesque se pretende implementar na AML.
Optou-se por uma estratégia geral de intervenção em que o espaço público não edificado cumprauma função altamente estruturante, contrariando a habitual lógica que entende o espaço público como oespaço sobrante entre os edifícios. Entende-se o espaço público como o local onde as pessoas vivem grandeparte do seu tempo – onde circulam, seja de automóvel ou a pé; onde se encontram; onde se sentam; ondeconversam. O espaço público como a essência da cidade, um espaço aberto, permeável e acessível a todos.
Assim é criada uma nova rede espaços públicos que interliga os espaços já existentes com os novosequipamentos de serviços públicos. A cidade será reestruturada segundo quatro grandes eixos de espaçospúblicos: um eixo que ocupa o actual linha de comboio fazendo a ligação entre o actual terminal dos barcos
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(que futuramente propomos transformá-lo numa marina) e o futuro interface ferroviário do Lavradio; umeixo que fará o prolongamento da actual Av. Bento Gonçalves até ao Parque José Afonso; uma faixaribeirinha que ligará o actual Parque da Cidade á zona da Alburrica; um novo eixo que será uma novaAvenida Central, associado à linha do Metro, fará a ligação entre o novo grande Parque da Cidade, quepropomos criar, e o novo terminal de barcos na margem Norte.
A cidade é um organismo vivo onde se aglutina várias idades e cada idade tem a sua forma. Assimentendemos esta cidade como um território de variadas formas representativas das várias idades e tipos depensamento sobre o espaço com características urbanas.
Aponta-se uma ideia metropolitana do habitar colectivo, segundo um investimento no horizonte dapartilha que extravasa a dimensão privada e funcionalista do habitar tradicional que está associado á maiorparte das cidades do século XIX. Quebramos então, o desnivelamento entre o espaço exclusivamenteprivado e o exclusivamente público segundo uma nova aliança entre o benefício colectivo e o interesseprivado.
Traçamos uma malha viária lógica, de modo a interligar as várias partes da cidade que hoje estão“guetizadas” e que permita a circulação do trânsito mais apressado. Uma rede de ruas secundáriasinterligam-se com esta malha principal, criando percursos alternativos onde a relação entre as pessoas e oautomóvel é feita de uma forma mais amigável.
Entendeu-se que a cidade só existe em função das pessoas, assim, o lugar organiza-se segundo umasérie de áreas flexíveis, entrelaçadas, cuja sua singularidade reside nos ideais formais e funcionais – onde opeão pode circular em todas as direcções sem estar limitados pelas ruas ou pelas fachadas contínuas de umquarteirão. Privilegia-se uma apropriação criativa tanto do espaço público como das relações inesperadas esurpreendentes que este estabelece com o edificado, pretendendo combater os níveis excessivos de ruído efumo, encorajando o movimento pedonal e restringindo o excessivo uso do automóvel.
Elevam-se massas, dando assim cobertura a alguns percursos. Pretendendo assim criar diferentescondições para que o Homem tenha um papel mais activo na definição do que acontece nos espaços da suacidade. O edifico é uma megaestrutura condensadora de espaços com características de grande interacçãohumana.
NÃO HABITAMOS SÓ A CASA, HABITAMOS TAMBÉM O BAIRRO, A CIDADE, O TERRITÓRIO.
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ambiente ambiente ambiente ambiente íntimoíntimoíntimoíntimo
ambiente ambiente ambiente ambiente humanistahumanistahumanistahumanista
ambiente ambiente ambiente ambiente “ferramenta”“ferramenta”“ferramenta”“ferramenta”
ambiente ambiente ambiente ambiente “intercambio”“intercambio”“intercambio”“intercambio”
ambiente ambiente ambiente ambiente “industrial”“industrial”“industrial”“industrial”
ambiente ambiente ambiente ambiente “espectador”“espectador”“espectador”“espectador”
ambiente ambiente ambiente ambiente “informal”“informal”“informal”“informal”
INTRODUTORINTRODUTORINTRODUTORINTRODUTOR DEDEDEDE PROGRAMASPROGRAMASPROGRAMASPROGRAMAS
MUTAÇÃOMUTAÇÃOMUTAÇÃOMUTAÇÃO DODODODO EDIFICADOEDIFICADOEDIFICADOEDIFICADO
edificado
espaço público
praças
vias
MST
___
BARREIROBARREIROBARREIROBARREIRO
inter face inter face inter face inter face rodorodorodorodo----metrometrometrometro----fluvialfluvialfluvialfluvial
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Projecto de Arquitectura II
4º ano . Fev./Jun. 2009
classificação final: 17/20 valores
. Trabalho publicado na revista Estuarium, 2º semestre 2009.
Docentes:
Arquitecto Pedro Viana Botelho
Arquitecta Manuel Raposo
Mestre José Luís Saldanha
P06
P06BARREIROBARREIROBARREIROBARREIRO
inter face inter face inter face inter face rodorodorodorodo----metrometrometrometro----fluvialfluvialfluvialfluvial___
O projecto para um novo interface entre o Metro Sul do Tejo, o transporte fluvial e uma estação de
autocarros é o pretexto para a transformação da antiga zona portuária da CUF localizada na margem norte
da cidade. Para além da estação de metro e barcos, este projecto inclui um conjunto de espaços e
equipamentos públicos que foram considerados importantes para esta zona da cidade. O programa é assim
dividido em três volumes:
A paragem do metro está localizada num espaço mais interior para assim melhor servir a cidade
próxima e a nova grande praça do Barreiro. Uma cobertura percorrivel que se encosta a um conjunto de
armazéns pré-existente, que depois, de devidamente requalificado, serão o local dos grandes acontecimento
temporários – o lugar das ideias.
O terminal de barcos foi “empurrado” para dentro de água, assumindo assim uma relação mais
franca com o rio e com a cidade de destino (Lisboa) gerando, por outro lado, espaço para a criação de uma
praça de chegada ao interface. No interior, t rês salas de espera, uma zona de funcionários e um bar onde é
possível tomar uma refeição rápida enquanto se espera pelo próximo barco, cumprem os requisitos do
programa.
O outro volume, elevado do chão, permite que a água chegue (pelo menos visualmente) até ao
interior da cidade, não constituindo assim uma barreira na relação cidade/rio, mas convertendo-se num
grande espaço coberto de recepção e circulação para as multidões que, neste espaço, diariamente
circularam entre o táxi, o autocarro, o barco e o metro, ou simplesmente vaguearam livremente pela cidade.
Ao grande volume é possível aceder-se por vários percursos, quer através da grande escadaria da
praça de chegada, da cobertura da paragem de metro ou pelo passadiço aéreo que faz ligação á zona
nascente da cidade, é o cruzamento de vários percursos que se fazem propositadamente ou apenas por
gozo. O interior é ocupado por uma pequena biblioteca, um espaço de intercâmbio diário entre a leitura, o
áudio, o vídeo e outros elementos multimédia e por uma loja do cidadão.
Este edifício é assim o resultado de uma estratégia de grupo, a construção de um novo equipamento
que consiga abrigar em si todas as características que consideramos necessárias para uma forma de habitar
verdadeiramente metropolitana..117
ESTAÇÃO METRO
LOJA CIDADÃO
BIBLIOTECA
planta piso 0
planta piso 1
planta piso 2
planta piso 3
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VERTENTE PROJECTUAL
HABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da Boavista
+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Arquitectura VI 3º ano . Fev./Jun. 2008classificação final: 17/20 valores
Docentes:Arquitecto Pedro Mendes
P05
P05HABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da BoavistaHABITAÇÃO COLECTIVA no a terro da Boavista
+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento+ fórum de eventos + comércio + parqueamento___
Este projecto/exercício, a implantar no aterro da Boavista em Lisboa, tinha como principal pressupostouma reflexão sobre a relação entre a forma do edifício e as suas tipologias de habitação. Como objectivoprincipal visava-se uma primeira abordagem às diferentes escalas da intervenção arquitectónica – desde aescala da cidade, do edifício, dos espaços públicos exteriores até ao detalhe construtivo – e a sua relaçãocom as diferentes fases de projecto (estudo prévio, projecto base e pormenorização construtiva).
O cenário com que nos deparamos no aterro da Boavista é de um território composto porfragmentos, testemunhos de diferentes maneiras de “fazer arquitectura” e evocativos de múltiplas épocas dahistória da cidade de Lisboa. Este território, de topografia plana, foi ocupado originalmente por armazénsindustriais (actualmente desmantelados ou em estado avançado de degradação) que para além deresponderem às necessidades funcionais apenas procuravam um fácil acesso ao rio – daí a estrutura deboqueirões que originalmente eram ocupadas por água e que progressivamente se viram transformadas emestradas.
Concretamente, o projecto a desenvolver consistia num edifício de carácter residencial, com habitaçãocolectiva, equipamento público/fórum de eventos, comércio e parqueamento privativo e público.
A primeira estratégia de projecto passou pela tentativa de dotar este espaço – um lote ocupado porum parqueamento automóvel – das características/ambiências que identificamos na cidade histórica quesobre este aterro impõe a sua presença. Uma estrutura da cidade tradicional que se caracteriza pelasdiferentes escalas/gradações de espaços, onde a relação entre espaço público e privado é feito de formagradual e onde progressivamente vamos encontrando espaços para a expressão da individualidade.
Na resposta ao exercício assumiu-se o espaço habitacional como um somatório de “tipologias” que seorganizam de forma aparentemente “caótica” mas que desejam dotar os espaços de um conjunto departicularidades/individualidades que os permitam ser identificados como a MINHA CASA.
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estrutura urbana proposta
es trutura urbana existentees trutura urbana existentees trutura urbana existentees trutura urbana existente
ambientes propostos
átrio de recepção
auditório
acessos
comércio
espaço de estudo
habitação
parqueamento
espaço expositivo
planta piso 0 planta piso 1
planta piso 2 planta piso 3
corte
corte
alçado boqueirão dos barqueiros
alçado avenida 24 de Julho
planta piso 1
planta piso 2
corte B
corte A
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VERTENTE PROJECTUAL
ABRIGO DE FIMABRIGO DE FIMABRIGO DE FIMABRIGO DE FIM----DEDEDEDE----SEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHA
fotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhão
Trabalho prático desenvolvido na disciplina de Arquitectura IV
2º ano . Fev./Jun. 2007
classificação final: 16/20 valores
Docentes:
Arquitecto Bernardo Pizarro Miranda
Arquitecta Pedro Pinto
P03
P03ABRIGO DE FIMABRIGO DE FIMABRIGO DE FIMABRIGO DE FIM----DEDEDEDE----SEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHASEMANA NA PENINHA
fotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhãofotógrafo Daniel Malhão___
Este exercício consistia na construção de um abrigo de fim-de-semana implantado na Peninha (Serra
de Sintra). Dos dados do programa há a ressaltar: o cliente específico – o fotografo Daniel Malhão; e a área
bruta de construção que não poderia exceder os 50m2, divididos por um espaço de estar, uma pequena zona
de refeições, uma instalação sanitária, uma pequena zona de arrumos e uma área para um casal dormir.
O território de implantação caracteriza-se pela grande inclinação e exposição a sul. Uma paisagem
selvagem ocupada por um continuo vegetal de heras, ao nível do solo, apenas quebrado por algumas rochas
que dele afloram. A pretendida ambiência de reclusão encontra nesta zona uma dimensão extrema
proporcionada pelo denso coberto arbóreo característico da Serra de Sintra.
O projecto tem assim como princípio a conciliação possível entre as condições programáticas e
territoriais com as exigências do cliente. Procurou-se assim um edifício compacto que fosse percepcionado
como uma grande “pedra” de betão esquecida no meio deste território e que facilmente poderia ser
apropriada pela vegetação envolvente.
Programaticamente dividiu-se o programa em três pavimentos: o piso 0 é ocupado pelas zonas
comuns; o segundo nível ocupado pela zona de dormir; e o terceiro nível assume-se como um terraço onde é
possível “tocar” na copa das árvores. Em cada nível procurou-se proporcionar uma ambiência distinta
conforme o tipo de uso pretendido. Assim, no piso de entrada é possível assumir-se duas configurações
distintas: uma de contacto franco e quase de prolongamento da paisagem envolvente, quando aberto o
grande vão de entrada, ou então um carácter mais recluso, quando todo esse vão é fechado e apenas se
“vive” da iluminação natural proporcionada pelo pátio junto à zona de re feições. O espaço de dormir
assume-se como uma zona desprendida do terreno e que “levita” sobre a zona de estar. O terraço é
assumido como a zona privilegiada com a natureza. Neste nível seremos dominados pelas impressionantes
copas das árvores e pela iluminação difusa que delas escapa.
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«Chove…
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que mais ninguém ouve
senão eu?
Chove…»
José Gomes Ferreira
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a lçadosa lçadosa lçadosa lçados
planta piso 0 planta piso 1
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