DORME RUAZINHA… É TUDO ESCURO!… Mário Quintana Dorme ruazinha… É tudo escuro…E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?Dorme teu sono sossegado e puro,Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos…Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…Nem guardas para acaso perseguí-los…Na noite alta, como sobre um muro,As estrelinhas cantam como grilos… O vento está dormindo na calçada,O vento enovelou-se como um cão…Dorme, ruazinha… Não há nada… Só os meus passos… Mas tão leves são,Que até parecem, pela madrugada,Os da minha futura assombração…
PÉ DE PILÃO
O pato ganhou sapato,Foi logo tirar retrato.
O macaco retratistaEra mesmo um grande artista.
Disse ao pato: “Não se mexaPara depois não ter queixa”.
E o pato, duro e sem graçaComo se fosse de massa!
“Olhe prá cá direitinho:Vai sair um passarinho”.
O passarinho saiu,Bicho assim nunca se viu.
Com três penas no topeteE no rabo apenas sete.
E como enfeite ele tinha
Um guizo em cada peninha.
Fazia tanto barulhoQue o pato sentiu engulho.
Pousou no bico do pato:- Eu também quero retrato!
- No retrato saio eu só,Prá mandar a minha vó!
A discussão não paravaE cada qual mais gritava.
Passa na rua um polícia.“Uma briga? Que delícia!”
O polícia era um cavaloMontado noutro cavalo.
Entra como um pé de ventoPrende tudo num momento.
“Hão de ficar vida e meiaDescansando na cadeia”.
“Ah! Ah! Ah!...” ri ele assim.E o cavalo: “him! him! him!...”
A avó do pato é uma fadaQue ficou enfeitiçada.
Nunca, nunca envelhecia,Era loira como o dia.
Ai, que linda que era ela!E agora seca e amarela.
Parece passa de gente,Não tem cabelo nem dente.
Vou num instante contarComo pôde assim mudar.
Lá na Floresta EncantadaMora a Fada Mascarada.
Ninguém direito a conhece,Pois sempre outra parece.
Conforme lhe dá no gosto,Cada dia usa um rosto.
É que é feia, feia, feia...Como ninguém faz idéia!
Quando no espelho se olhava,O espelho logo rachava.
Se olhava um rio, - ora essa!Corria o rio mais depressa!
E não sei se já lhe disseQue a vó do pato era Alice.
Ora, um dia, Alice vinha
Pela floresta sozinha.
Vendo-a, a Fada MascaradaVoa à casa da coitada.
O pato, naqueles diasEra menino, o Matias.
“Olha, menino, o que eu trouxe!”E lhe mostra um lindo doce.
Ele, guloso e contenteFinca o dente no presente.
Vai falar. Mas que é que há?Só pode dizer quá... quá...
Pois o menino tão beloVirou patinho amarelo.
Chega a avó. E vejam só:A Fada lhe atira um pó.
Nem havia o pó sentado,Estava tudo mudado.
Num segundo a pobre AliceToda encolheu de velhice.
Mal pode andar. Chama entãoSeu neto do coração.
Vem um patinho: quá? quá?Nenhum compreende o que há.
E pela floresta escuraVão um do outro à procura.
E tanto andou o patinhoQue perdeu o seu caminho.
Vai seguindo, estrada fora,Até o romper da aurora.
Chega à cidade. Há um regato.Que alegria para um pato!
Matias põe-se a nadarSem mais nada recordar.
Passa um grupo de meninas.É cada qual mais traquinas.
- Um pato! – gritam em coro.- Que lindo patinho de ouro!
Rosa, a filha do Prefeito,Agarra-o com todo o jeito.
Comida e casa lhe dáDiz o patinho: quá, quá.
Rosa tem um professorChamado Dom Galaor.
Se o professor ergue o dedo,Rosinha treme de medo
E quer que o mundo se acabe,Pois a lição nunca sabe.
Enquanto o mestre falavaO pato, sério, escutava.
Tanto assim que já sabiaMuita história e geografia.
Porém, antes de mais nada,O seu forte era a taboada.
Num dia de sabatinaQue pena dava a menina!
Quanto é sete vezes nove?E rosinha nem se move.
Mas o pato, desta vez,Assopra: sessenta e três.
E ele mal acreditava:Nem sabia que falava!
No jardim à tardezinhaChega sempre uma andorinha.
Tem por nome MargaridaE passa a voar toda a vida.
Nada no mundo lhe escapa:É como se fosse um mapa.
A casa de dona Alice?Já vi do alto... ela disse.
Margarida! – exclama o pato- Leva-lhe, então, meu retrato.
“Sou eu mesmo!” Escrevo atrásE o resto lhe contarás.
Ora, o pato, finalmente,Era um bicho meio gente.
Queria tirar retrato,Mas ao menos de sapato.
Deu-lhe Rosa uns sapatinhosQue eram mesmo uns amorinhos
E lhe disse: “Tem cuidado,Pois são do meu batizado”.
E no que deu tal história,Tem-no vocês na memória.
Vejamos como eles sãoA caminho da prisão.
Nesta ordem, pela estrada,Vai seguindo a bicharada:
Bem atrás, o passarinho,
Atado ao pé do vizinho,
Depois, Matias, unidoAo macaco desgranido
E este devidamentePreso ao cavalo da frente.
Quanto ao cavalo de cimaProcura no ar uma rima
(Pois compunha uma baladaPara a sua namorada).
Comida? Nem pra cheirarE é preciso andar, andar.
Muito além daquela serraFica a prisão que os aterra.
Para o polícia, isto sim,É que não falta capim.
A pança ronca faminta,O passarinho tilinta.
E segue a turma encordoada,Erguendo a poeira da estrada.
Mas algo acontece enfim,Só por causa do tlim-tlim.
E entra nova personagemPara dar gosto à vigem.
Uma cobra cascavelBicho enganoso e cruel
E que ante as outras faz gaboDe ter um guizo no rabo.
Essa cobra amaldiçoada,Em um galho encoscorada,
Quase que tomba do galhoOuvindo o som do chocalho.
“Que lindos guizos!” – diz elaE de inveja se amarela.
“Eu jamais conseguiriaTão bonita melodia...
Pelos dois chifres do Diabo!De meu rival vou dar cabo”.
E com perigo de vida,Segue a turma distraída...
E o repelente animalPrepara o bote mortal.
O macaco retratista,Que tem bom golpe de vista,
Vê a cobra e pensa: hum!Vou matar esse muçum...
Passa ao alcance do galho,Pega a cobra do chocalho.
Depois torce a desgraçada,Tal e qual roupa enxaguada.
E a cobra, de cabo a rabo,Entrega a alma ao Diabo.
E o macaco desgranidoTem uma idéia, o sabido...
Os dedos no bolso mete,Sai do bolso um canivete.
Corta o chocalho da cobraE no chão atira a sobra...
Também corta, com perícia,Ao cavalo do polícia,
A corda que o liga aos dois,Prende-lhe o guizo depois.
Os cavalos vão seguindo,Vão seguindo e vão ouvindo,
Por artes de tal manobra,Os guizos da extinta cobra.
E continua o de cimaEm procura de outra rima:
“Olhar pra trás não preciso,Enquanto escuto esse guizo...”
Assim pensa o chichisbéu,Fazendo versos ao léu,
Enquanto os presos se vão,Vai rimando o paspalhão...
E nisto o céu escurece,Pois, como sempre, anoitece.
E eis que à beira da florestaHá uma capela modesta
Que aos passantes causa dóPor ter uma torre só:
É como uma vaca mochaOu uma pessoa coxa...
Por fé, ou outros motivos,Entram nela os fugitivos.
Que paz que sentem, enfim:Será que o Céu é assim?
No altar, Nossa SenhoraTem um ar tão bom agora,
Um ar tão bom e paciente
Que parece a mãe da gente.
Nos braços mostra o MeninoRechonchudo e pequenino.
O Menino tem na mãoUm chocalho sem função.
Como fizeram, também,O burro e o boi em Belém,
Os bichos eu ali chegaramHumildemente o adoraram
E, para a noite passar,Deitaram-se atrás do altar.
O passarinho, coitado...Que bicho mais assustado!
Basta zumbir um mosquito,Já ele desperta, aflito!
Agora mesmo acordou.Será que ouviu ou sonhou?
Vem um vulto de mansinho...Nem respira o passarinho!
É um vulto negro e embuçado,Negro e mal intencionado!
Vem roubar, o sacripanta,O manto da Virgem Santa,
O rico manto azulado,A ouro e prata bordado.
Vai o vulto pôr-lhe o dedo...E o passarinho – ai que medo!
Todo tilinta, tlim, tlim,Na tremedeira sem fim.
O ladrão, em desatino,Pensa que é o Santo menino
Que o seu chocalho sacode,Vai fugindo como pode.
E o passarinho, feliz,Agita as asas e diz:
“No mundo não há bandidoQue possa com meu tinido!”
Como um herói, adormece...E nem nota o que acontece...
Uma velha... quem é ela?Vem entrando na capela.
Toda curvada e gemendo,Pra si mesma vai dizendo:
“Quem me dera ter na mãoMinha vara de condão!
Fui roubada e enfeitiçada,Já não posso fazer nada...
No estado em que estou agoraSó mesmo Nossa Senhora!
Sem feitiços nem varinhas,A Rainha das Rainhas
Com a graça celestialPõe fim a tudo que é mal.
E eu não quero ser mais fadaE não desejo mais nada
Senão achar meu netinho.Onde é que estás, pobrezinho?
E de cansaço adormeceE nem nota o que acontece...
* * *
Quando acorda – que alegria!Matias lhe dá bom dia.
É ele, outra vez menino,Com seu sorriso ladino!
E ela está em pleno viço,Como antes do feitiço!
Agora, já não é fada,Vive a bordar, sossegada.
E como qualquer senhora,É na cidade que mora.
Como todos, Dona AliceEspera, em calma, a velhice.
E usa o cabelo em bandoComo convém a uma vó.Vai Matias de sacola,Todos os dias pra escola.
E para que a nossa históriaNão ficasse relambória,
A Rosinha, envergonhadaDe sua vida passada,
Estuda como uma traçaE sem mais sofrer vexames
Passa sempre nos examesComo a luz pela vidraça
Vinicius de Moraes
A Casa
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
********
Relógio
“Passa tempo, tic-tac Tic-tac, passa, hora
Chega logo tic-tac Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac Tic-tac
Tic-tac.”
********
O Pingüim
Bom-dia, Pingüim
Onde vai assim
Com ar apressado?
Eu não sou malvado
Não fique assustado
Com medo de mim.
Eu só gostaria
De dar um tapinha
No seu chapéu de jaca
Ou bem de levinho
Puxar o rabinho
Da sua casaca
********
O Elefantinho
Onde vais, elefantinho
Correndo pelo caminho
Assim tão desconsolado?
Andas perdido, bichinho
Espetaste o pé no espinho
Que sentes, pobre coitado?
— Estou com um medo danado
Encontrei um passarinho!
O Leão
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!És o rei da criação!
******
O Peru
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
O Peru foi a passeio
Pensando que era pavão
Tico-tico riu-se tanto
Que morreu de congestão.
O Peru dança de roda
Numa roda de carvão
Quando acaba fica tonto
De quase cair no chão.
O Peru se viu um dia
Nas águas do ribeirão
Foi-se olhando foi dizendo
Que beleza de pavão!
Glu! Glu! Glu!
Abram alas pro Peru!
********
A Arca de Noé
Sete em cores, de repente
O arco-íris se desata
Na água límpida e contente
Do ribeirinho da mata.
O sol, ao véu transparente
Da chuva de ouro e de prata
Resplandece resplendente
No céu, no chão, na cascata.
E abre-se a porta da Arca
De par em par: surgem francas
A alegria e as barbas brancas
Do prudente patriarca
Noé, o inventor da uva
E que, por justo e temente
Jeová, clementemente
Salvou da praga da chuva.
Tão verde se alteia a serra
Pelas planuras vizinhas
Que diz Noé: "Boa terra
Para plantar minhas vinhas!"
E sai levando a família
A ver; enquanto, em bonança
Colorida maravilha
Brilha o arco da aliança.
Ora vai, na porta aberta
De repente, vacilante
Surge lenta, longa e incerta
Uma tromba de elefante.
E logo após, no buraco
De uma janela, aparece
Uma cara de macaco
Que espia e desaparece.
Enquanto, entre as altas vigas
Das janelinhas do sótão
Duas girafas amigas
De fora a cabeça botam.
Grita uma arara, e se escuta
De dentro um miado e um zurro
Late um cachorro em disputa
Com um gato, escouceia um burro.
A Arca desconjuntada
Parece que vai ruir
Aos pulos da bicharada
Toda querendo sair.
Vai! Não vai! Quem vai primeiro?
As aves, por mais espertas
Saem voando ligeiro
Pelas janelas abertas.
Enquanto, em grande atropelo
Junto à porta de saída
Lutam os bichos de pelo
Pela terra prometida.
"Os bosques são todos meus!"
Ruge soberbo o leão
"Também sou filho de Deus!"
Um protesta; e o tigre — "Não!"
Afinal, e não sem custo
Em longa fila, aos casais
Uns com raiva, outros com susto
Vão saindo os animais.
Os maiores vêm à frente
Trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.
Conduzidos por Noé
Ei-los em terra benquista
Que passam, passam até
Onde a vista não avista
Na serra o arco-íris se esvai . . .
E . . . desde que houve essa história
Quando o véu da noite cai
Na terra, e os astros em glória
Enchem o céu de seus caprichos
É doce ouvir na calada
A fala mansa dos bichos
Na terra repovoada.
AS BORBOLETAS
BrancasAzuisAmarelasE pretasBrincamNa luzAs belas Borboletas
Borboletas brancasSão alegres e francas.
Borboletas azuisGostam de muita luz.
As amarelinhasSão tão bonitinhas!
E as pretas, entãoOh, que escuridão!
CECILIA MEIRELES
O Cavalinho Branco
À tarde, o cavalinho brancoestá muito cansado:
mas há um pedacinho do campoonde é sempre feriado.
O cavalo sacode a crinaloura e comprida
e nas verdes ervas atira sua branca vida.
Seu relincho estremece as raízese ele ensina aos ventos
a alegria de sentir livresseus movimentos.
Trabalhou todo o dia, tanto!desde a madrugada!
Descansa entre as flores, cavalinho branco,de crina dourada!
Colar de Carolina
Com seu colar de coral,Carolina corre por entre as colunasda colina.
O colar de Carolinacolore o colo de cal,torna corada a menina.
E o sol, vendo aquela cordo colar de Carolina, põe coroas de coral
nas colunas da colina.
Mapa de Anatomia: O Olho
O Olho é uma espécio de globo,é um pequeno planetacom pinturas do lado de fora.Muitas pinturas:azuis, verdes, amarelas.É um globobrilhante:parece cristal,é como um aquário com plantasfinamente desenhadas: algas, sargaços,miniaturas marinhas, areias, rochas, naufrágios e peixes de ouro.
Mas por dentro há outras pinturas,que não se vêem:umas são imagem do mundo,outras são invetadas.
O Olho é um teatro por dentro.E às vezes, sejam atores, sejam cenas,e às vezes, sejam imagem, sejam ausências,formam, no Olho, lágrimas.
Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim com flores?
borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raiode sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,
uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a suacanção?
E o grilinho dentrodo chão?
(Este é meu leilão!)
O Menino Azul
O menino quer um burrinhopara passear.Um burrinho manso,que não corra nem pule,mas que saiba conversar.
O menino quer um burrinhoque saiba dizero nome dos rios, das montanhas, das flores,- de tudo o que aparecer.
O menino quer um burrinhoque saiba inventar histórias bonitascom pessoas e bichos e com barquinhos no mar.
E os dois sairão pelo mundoque é como um jardim apenas mais largoe talvez mais compridoe que não tenha fim.
(Quem souber de um burrinho desses,
pode escreverpara a Ruas das Casas,Número das Portas,ao Menino Azul que não sabe ler.)
O Mosquito Escreve
O mosquito pernilongotrança as pernas, faz um M,depois, treme, treme, treme,faz um O bastante oblongo,faz um S.
O mosquito sobe e desce.Com artes que ninguém vê,faz um Q,faz um U, e faz um I.
Este mosquitoesquisitocruza as patas, faz um T.E aí, se arredonda e faz outro O,mais bonito.
Oh! Já não é analfabeto, esse inseto,pois sabe escrever seu nome.
Mas depois vai procurar alguém que possa picar,pois escrever cansa, não é, criança?
E ele está com muita fome.
A Pombinha da Mata
Três meninos na mata ouviramuma pombinha gemer.
"Eu acho que ela está com fome", disse o primeiro,"e não tem nada para comer."
Três meninos na mata ouviram uma pombinha carpir.
"Eu acho que ela ficou presa",disse o segundo,"e não sabe como fugir."
Três meninos na mata ouviramuma pombinha gemer.
"Eu acho que ela está com saudade",disse o terceiro,"e com certeza vai morrer."
Sonhos da Menina
A flor com que a menina sonhaestá no sonho?ou na fronha?
Sonho risonho:
O vento sozinhono seu carrinho.
De que tamanho seria o rebanho?
A vizinhaapanhaa sombrinha de teia de aranha...
Na lua há um ninhode passarinho.
A lua com que a menina sonhaé o linho do sonhoou a lua da fronha?
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