Download - Plano astral

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  • 1. 1 Biblioteca Esotrica Virtualhttp://www.pgem.hpg.com.br O PLANO ASTRALArthur E. Powell SUMRIOINTRODUO ............................................................. 3CAPTULO I ............................................................. 4Descrio Geral....................................................... 4CAPITLO II ............................................................ 6Composio e Estrutura................................................ 6CAPTULO III .......................................................... 11Cores................................................................ 11CAPTULO IV ........................................................... 19Funes.............................................................. 19CAPTULO V ............................................................ 25Chacras.............................................................. 25CAPTULO VI ........................................................... 30Kundalini............................................................ 30CAPTULO VII .......................................................... 33Formas - Pensamentos................................................. 33CAPTULO VIII ......................................................... 47A Vida Fsica........................................................ 47CAPTULO IX ........................................................... 59A Vida no Sono....................................................... 59CAPTULO X ............................................................ 66Os Sonhos............................................................ 66CAPTULO XI ........................................................... 74Continuidade de Conscincia.......................................... 74CAPTULO XII .......................................................... 76A Morte e o Elemental do Desejo...................................... 76CAPTULO XIII ......................................................... 79A Vida depois da Morte: Princpios................................... [email protected] [email protected]

2. 2CAPTULO XIV .......................................................... 84A Vida depois da Morte: Peculiaridades............................... 84CAPTULO XV ........................................................... 95A Vida depois da Morte: Casos Especiais.............................. 95CAPTULO XVI ......................................................... 100O Plano Astral...................................................... 100CAPTULO XVII ........................................................ 107Diversos Fenmenos Astrais.......................................... 107CAPTULO XVIII ....................................................... 111A Quarta Dimenso................................................... 111CAPTULO XIX ......................................................... 115Entidades Astrais: Humanas.......................................... 115A Classe Humana: (a) Fisicamente vivos ........................... 117A Classe Humana: (b) Fisicamente mortos ........................... 118CAPTULO XX .......................................................... 122Entidades Astrais: No-humanas...................................... 122CAPTULO XXI ......................................................... 131Entidades Astrais: Artificiais...................................... 131CAPTULO XXII ........................................................ 134Espiritismo......................................................... 134CAPTULO XXIII ....................................................... 142Morte Astral........................................................ 142CAPTULO XXIV ........................................................ 144Renascimento........................................................ 144CAPTULO XXV ......................................................... 148O Domnio da Emoo................................................. 148CAPTULO XXVI ........................................................ 155Desenvolvimento de Poderes Astrais.................................. 155CAPTULO XXVII ....................................................... 161Clarividncia no Tempo e no Espao.................................. 161CAPTULO XXVIII ...................................................... 164Auxiliares Invisveis............................................... 164CAPTULO XXIX ........................................................ 173Concluso........................................................... [email protected] [email protected] 3. 3 INTRODUO---O objetivo deste livro apresentar aos estudantes de Teosofia umasntese de todo o conhecimento, que possumos at hoje (1926), do CorpoAstral do homem, juntamente com uma descrio e explanao do mundoastral e seus fenmenos. Por conseguinte, esta obra vem a ser umacontinuao natural de O Duplo Etrico e Seus Fenmenos, publicada emjulho de 1925.Como no caso de O Duplo Etrico, o compilador reuniu material de umgrande nmero de obras, das quais fornecemos uma lista parte.Organizou-se esse material (que abarca um campo muito extenso eextraordinariamente complexo) o mais metodicamente possvel. Espera-seque, desta maneira, os estudantes desse assunto, atuais e futuros,economizaro muito trabalho e tempo, posto que encontraro no apenas ainformao de que precisam, apresentada num volume relativamente pequeno,mas tambm referncias s fontes originais atravs de citaes nodecorrer da leitura.Para que a obra no resultasse demasiado volumosa e, ao mesmo tempo,satisfizesse plenamente o objetivo em vista, foi adotado um plano geralde expor os princpios subjacentes aos fenmenos astrais, omitindo-seexemplos ou casos particulares. Os conferencistas e outros que desejaremilustraes especficas dos princpios enunciados podero encontr-lasnas obras que nos serviram para esta compilao, relacionadas no final dopresente livro.Alm disso, medida que o permitem a complexidade e ramificaes dotema, o mtodo adotado consiste em expor primeiramente o aspecto forma,depois o aspecto vida; ou seja, primeiro se descreve do fenmeno e depoisas atividades de conscincia expressas por meio desse mecanismo. Se oestudante levar isto em conta, no se surpreender ao encontrar passagensque primeira vista parecem repeties, mas que so descries de ummesmo fenmeno, primeiramente do ponto de vista da forma material externae depois do ponto de vista do Esprito ou conscincia.Esperamos suplementar este volume com outros similares, que tratem doscorpos Mental e Causal do homem, completando assim toda a informaodisponvel relativa constituio do homem ao nvel Causal e MentalSuperior.Existe atualmente uma grande quantidade de informaes sobre esses temase outros anlogos, porm disseminada em numerosos livros. Por isso,ento, cremos satisfazer essa urgente necessidade ao colocarmos todo essematerial disposio do estudante cujo tempo limitado."O verdadeiro estudo da humanidade o homem." E o tema to extenso,to absorvente e to importante que cabe fazer todo o possvel para prao fcil alcance de todos quantos anseiam por tal conhecimento, todo omaterial acumulado at o presente. [email protected]@yahoo.com 4. 4 CAPTULO I Descrio Geral---Antes de iniciar um estudo detalhado do corpo astral e dos fenmenosrelacionados com o mesmo, conveniente que apresentemos ao estudante umbreve perfil da rea que nos propomos abarcar, a fim de que obtenha umarpida viso do todo e da relativa dependncia entre as suas diferentespartes.De maneira resumida, o corpo astral do homem um veculo que, viso doclarividente, no aparece muito diferente do corpo fsico, est rodeadode uma aura de cores cintilantes e composto de matria muito mais finaque a fsica: o veculo por meio do qual o homem expressa seussentimentos, paixes, desejos e emoes, servindo como uma ponte ou meiode transmisso entre o crebro fsico e a mente, a qual atua em umveculo de ordem superior corpo mental.No obstante todo ser humano possuir e utilizar um corpo astral,comparativamente, bem poucos esto conscientes da existncia do mesmo ouso capazes de control-lo e atuar nele com plena conscincia. Na imensamaioria das pessoas, quase no passa de uma massa amorfa de matriaastral, da qual os movimentos e atividades no esto sob o domnio doprprio homem, ou seja, o Ego. Em outros, entretanto, o corpo astral umveculo bem desenvolvido e completamente organizado, possuindo vidaprpria e conferindo ao seu possuidor muitos e teis poderes.Durante o sono do corpo fsico, o homem no-desenvolvido vive umaexistncia vaga e fantasista em seu corpo astral relativamente primitivo,e ao despertar em seu corpo fsico, recorda muito pouco ou nada de suavida durante o sono.Por outro lado, a vida do homem desenvolvido, no corpo astral, enquanto ofsico dorme, ativa, interessante e til, da qual a lembrana pode, sobcertas condies, ser trazida memria do crebro fsico. A vida de umapessoa, assim, deixa de ser uma srie de dias de conscincia desperta enoites de esquecimento, para converter-se em vida permanente deconscincia ininterrupta, que se alterna entre os planos ou mundos fsicoe astral.Uma das primeiras coisas que aprende o homem a fazer no corpo astral viajar atravs dele, pois tal corpo possui grande mobilidade e podetrasladar-se a grandes distncias do corpo fsico mergulhado no sono. Umacompreenso deste fenmeno arroja . muita luz sobre um grande nmero doschamados fenmenos "ocultos", tais como "aparies" de diversos tipos,conhecimento de lugares nunca visitados fisicamente, etc.Como o corpo astral par excellence o veculo dos sentimentos e emoes,um entendimento da sua composio e de como ele atua de grande. valorpara compreender muitos aspectos da psicologia humana, tanto individualcomo coletiva; proporciona, ademais, uma explicao simples do mecanismode muitos fenmenos revelados pela Psicanlise moderna. [email protected]@yahoo.com 5. 5A clara compreenso da estrutura e natureza do corpo astral, de suaspossibilidades e limitaes, . essencial para se entender a vida para aqual passam os seres humanos ao morrerem fisicamente. Os diversos tiposde "cus", "infernos" e "purgatrios", nos quais acreditam seguidores deinmeras religies, podem ser classificados e se tornam inteligveis tologo se conhea a natureza do corpo e do mundo astrais.O estudo do corpo astral ajuda-nos tambm g compreender muitos dosfenmenos das "sesses" espritas, bem como certos mtodos fsicos e no-fsicos de curar enfermidades. Aqueles que tenham interesse na chamadaquarta dimenso tambm encontraro a confirmao de muitas das teoriasformuladas atravs da Matemtica e da Geometria no estudo dos fenmenosdo mundo astral, tal como so descritos por quem os tenham observado.Vemos, pois, que o estudo do corpo astral do homem abre um vasto campo eexpande de maneira extraordinria uma concepo da vida baseada to-somente no mundo fsico e nos sentidos puramente fsicos. medida queavancemos em nossos estudos, veremos que os sentidos fsicos, emborasejam valiosos, no representam de maneira alguma o limite daquilo que osveculos do homem podem ensinar-lhe a respeito dos mundos em que elevive. O despertar para o funcionamento das faculdades astrais revela ummundo novo dentro do velho, e, quando um homem se torna capaz de entendercorretamente os seus significados, esse homem alcanar uma viso maisampla de sua prpria vida e de toda a Natureza, bem como se dar contaplenamente das possibilidades, quase ilimitadas, latentes em sua prprianatureza. Deste conhecimento vir, mais cedo ou mais tarde, masinevitavelmente, ao homem o impulso e depois a firme determinao dedominar esses mundos e a si prprio, tornar-se superior a seu destinoterrestre e converter-se num inteligente cooperador daquilo que, compropriedade, se tem chamado a Suprema Vontade em Evoluo.Agora, procederemos a estudar, em detalhes, o corpo astral e muitosfenmenos astrais estreitamente relacionados com o mesmo. [email protected]@yahoo.com 6. 6 CAPITLO IIComposio e Estrutura---A matria astral existe em sete graus, ou ordens de espessura,correspondentes aos sete graus da matria fsica, que so: slido,lquido, gasoso, etrico, superetrico, subatmico e atmico. No tendosido ainda planejados nomes para esses estados astrais, comum seremdescritos pelo nmero do grau ou subplano, sendo o mais fino o Nmero 1 eo mais espesso o Nmero 7, ou pelo grau fsico correspondente. Falamos,por exemplo, da matria slida astral, referindo-nos stima ou maisbaixa variedade e dizemos matria etrica astral quando nos referimos aoquarto grau a partir do mais fino. E assim por diante.A matria astral, sendo muito mais fina do que a matria fsica,interpenetrada, cada tomo fsico, portanto, flutua num mar de matriaastral, que o circunda, enchendo cada interstcio da matria fsica.Naturalmente, sabe-se bem que mesmo na substncia mais dura dois tomosjamais tocam um no outro, sendo o espao entre dois tomos adjacentesimensamente maior, na realidade, do que os prprios tomos. A cinciafsica ortodoxa de h muito pressups um ter que interpenetra todas assubstncias conhecidas, tanto a mais densamente slida como o gs maisrarefeito; e, tal como esse ter se move com perfeita liberdade entre aspartculas da mais densa matria, a matria astral interpenetra-a, porsua vez, e se move com perfeita liberdade entre suas partculas. Assim,um ser, vivendo no mundo astral, pode estar ocupando o mesmo espaoocupado por um ser que vive no mundo fsico; entretanto cada qual seriainteiramente inconsciente do outro, e no impediria a sua livremovimentao. O estudante deve familiarizar-se perfeitamente com essaconcepo fundamental, pois, a no ser que a aprenda com clareza, no lheser possvel entender grande nmero de fenmenos astrais.O princpio de interpenetrao torna claro que as diferentes regies danatureza no esto separadas no espao, mas existem entre ns, aqui eagora, de forma que para perceb-las e investig-las no h necessidadede movimento no espao, mas apenas uma abertura, dentro de ns mesmos, desentidos atravs dos quais elas podem ser percebidas.O mundo, ou plano astral, , pois, uma condio da natureza, mais do queuma localizao.Devemos notar que um tomo fsico no pode ser rompido, diretamente,fazendo-se tomos astrais. Se a fora que faz girar catorze milhes(aproximadamente) de "bolhas", tornando-as em derradeiro tomo fsico,for pressionada de volta, por um esforo da vontade, por sobre o limiardo plano astral, o tomo desaparece, libertando as "bolhas". A mesmafora, trabalhando ento em plano mais alto, expressa-se, no atravs deum tomo astral, mas atravs de um grupo de quarenta e nove dessestomos.Relacionamento similar, representado pelo nmero 49, existe entre ostomos de quaisquer outros dois planos contguos da natureza: assim, umtomo astral contm 495, ou 282 475 249 "bolhas", um mental contm 494bolhas, e assim por diante. [email protected]@yahoo.com 7. 7H razes para que se acredite que os eltrons so tomos astrais. Osfsicos declaram que umtomo qumico de hidrognio contm,provavelmente, de 700 a l 000 eltrons. Pesquisa oculta afirma que umtomo qumico de hidrognio contm 882 tomos astrais. Pode ser umacoincidncia, mas no parece provvel que o seja.Deve-se notar que os derradeiros tomos fsicos so de duas espcies.macho e fmea: no macho, a fora vem do mundo astral, passa atravs dotomo para o mundo fsico; na fmea, a fora passa do mundo fsico,atravs do tomo, para o mundo astral, desaparecendo, assim, do mundofsico.A matria astral corresponde, com curiosa exatido, matria fsica quea interpenetra, cada variedade de matria fsica atraindo matria astralda densidadecorrespondente Assim, amatria fsicaslida interpenetrada pelo que chamamos de slida matria astral; a matriafsica lquida por matria astral lquida, isto , por matria do sextosubplano, e, da mesma forma, a matria gasosa, e os quatro graus dematria etrica esto interpenetrados pelo grau correspondente de matriaastral.Tal como necessrio que o corpo fsico contenha em sua constituiomatria fsica em todas as suas condies slida, lquida, gasosa eetrica indispensvel tambm que o corpo astral contenhapartculasdos sete subplanos astrais, embora naturalmente as propores possamvariar muitssimo, conforme os casos.O corpo astral do homem, sendo assim composto de matria dos sete graus, possvel, para ele, experimentar uma grande variedade de (desejos, dosmais altos aos mais baixos, e em seu mais extenso grau. Essa capacidadepeculiar para a reao, prpria do corpo astral, capacita-o a servir deinvlucro no qual o Eu pode obter a experincia da sensao.Alm da matria comum do plano astral, a que conhecida como n TerceiroReino Elemental, ou. simplesmente, como Essncia. Elemental do planoastral, tambm entra largamente na composio do corpo astral do homem, eforma o que chamado o "Desejo Elemental", do qual nos ocuparemos maisamplamente em captulos posteriores.A essncia elemental astral consiste em matria dos seis nveis maisbaixos do plano astral, vivificados pelo Segundo Fluxo, vindo da SegundaPessoa da Trindade. A matria astral do mais alto nvel atmico,igualmente vivificada, conhecida como Essncia Mondica.Num homem no desenvolvido, o corpo astral massa de matria astralnevoenta, frouxamente organizada, vagamente delineada, com uma grandepredominncia de substncias, dos graus mais baixos. E tosca, escura edensa s vezes to densa que o contorno do corpo fsico quasedesaparece nela e , assim, preparada para responder a estmulosrelacionados com paixes e apetites. Em tamanho, estende-se para todas asdirees em cerca de dez a doze polegadas para alm do corpo fsico.Num homem de mediano nvel moral e intelectual, o corpo astral consideravelmente maior, estendendo-se por cerca de 18 polegadas de cadalado do corpo; sua matria mais equilibrada e de qualidade mais fina, apresena de qualidades mais raras dando certa luminosidade ao todo. Seucontorno claro e definido. [email protected]@yahoo.com 8. 8No caso de um homem espiritualmente desenvolvido, o corpo astral aindamaior em tamanho e compe-se das mais finas partculas de cada grau dematria astral, predominando amplamente a mais alta.H tanto que dizer no que se refere s cores dos corpos astrais que oassunto fica reservado para um captulo especial. Aqui, contudo, podemosafirmar que nos tipos no-desenvolvidos as cores so grosseiras e turvas,tomando-se aos poucos cada vez mais luminosas proporo que o homem sedesenvolve emocional, mental e espiritualmente. O prprio nome "astral",herdado dos alquimistas medievais, significa "estelar", referindo-se aparncia luminosa da matria astral.Como j foi dito, o corpo astral de um homem no s penetra no corpofsico como tambm se estende ao redor dele, como uma nuvem.Essa poro do corpo astral que se estende para alm dos limites do corpofsico chamada, habitualmente, de "aura" astral.Os sentimentos intensos correspondem a uma grande aura. Podemosmencionar, aqui, que o tamanho aumentado da aura um pr-requisito paraa Iniciao, e, nela, as "Qualificaes" devem ser visveis. A auraaumenta, naturalmente, a cada Iniciao. A aura de Buda diz-se temuma irradiao de trs milhas.A matria do corpo fsico sente forte atrao para a matria do corpoastral, e da segue-se que a maior parte (cerca de 99%) das partculasastrais ficam comprimidas dentro da periferia do corpo fsico, e s oremanescente 1% enche o resto do ovide e forma a aura.A poro central do corpo astral toma, assim, a forma exata do corpofsico e , na verdade, muito slida e definida, e bem claramentedistinguvel da aura circundante. Habitualmente, chamada a contra-parteastral do corpo fsico. A exata correspondncia do corpo astral com ofsico, entretanto, apenas questo de forma externa e no envolvequalquer similaridade de funo nos vrios rgos, como veremos maisamplamente no captulo sobre os Chakras.No s o corpo fsico do homem, mas tudo quanto fsico, tem seucorrespondente de matria astral em constante associao, e no separado a no ser mediante considervel esforo de fora oculta, e,mesmo ento, s semanter separado enquantoseja exercida,positivamente, essa fora e com esse fim. Em outras palavras, cada objetofsico tem sua contraparte astral. Porm, como as partculas astraisesto em constante movimento entre si, to facilmente como um lquidofsico, no h associao permanente entre qualquer partcula fsica e aquantidade de matria astral que acontea, em dado momento, estar agindocomo sua contraparte.Habitualmente, a poro astral de um objeto projeta-se um tanto para almde sua parte fsica e, assim, metais, pedras etc. so vistos circundadospor uma aura astral.Se alguma parte do corpo fsico do homem for removida, por amputao,digamos, a coerncia j matria astral viva mais forte do que suaatrao para a poro amputada do corpo fsico. Conseqentemente, acontrapartida astral do membro no ser retirada com o membro fsicoamputado. J que a matria astral adquiriu o hbito de manter aquelaforma particular, continuar a reter o feitio original, mas depressa se [email protected]@yahoo.com 9. 9retrair para dentro os limites da forma mutilada. O mesmo fenmeno se dno caso de uma rvore da qual um galho seja removido.Contudo, no caso de um corpo inanimado tal como uma cadeira ou umabacia no h a mesma espcie de vida individual para manter a coeso.Conseqentemente, quando um objeto fsico se quebra, sua contraparteastral tambm se divide.Inteiramente parte dos sete graus da matria, arranjados por ordem definura, h uma classificao totalmente diferente da matria astral,conforme seu tipo. Na literatura teosfica, o grau de finura habitualmente designado como diviso horizontal, e o tipo como divisovertical. Os tipos, dos quais existem sete, esto completamente mescladoscomo o esto os componentes da atmosfera, e em cada corpo astral hmatria dos sete tipos, a proporo entre eles mostrando o temperamentodo homem, se devocional ou filosfico, artstico ou cientfico,pragmtico ou mstico.O conjunto da poro astral de nossa terra e dos planetas fsicos,reunido aos planetas puramente astrais do nosso Sistema, formacoletivamente o corpo astral do Logos Solar mostrando assim que a antigaconcepo pantesta era verdadeira.Similarmente, cada um dos sete tipos de matria astral , at certoponto, visto como um todo, um veculo separado, e possvel tambmimagin-lo o corpo astral de uma Deidade ou Ministro subsidirio, que ,ao mesmo tempo, um aspecto da Deidade, uma espcie de seu gnglio oucentro de fora. Da ser o mais ligeiro pensamento, movimento, oualterao de qualquer espcie, na Deidade subsidiria. instantaneamenterefletido, de uma forma ou de outra, em toda a matria do tipocorrespondente. Tais modificaes psquicas ocorrem periodicamente:talvez correspondam inalao e expirao, ou ao pulsar do nosso coraono plano fsico. Observou-se que os movimentos dos planetas fsicosfornecem uma pista para a operao das influncias que fluem dessasmodificaes: da o que h de racional na cincia astrolgica. Da tambmo fato de qualquer dessas modificaes deverem alterar, at certo ponto,os homens, na proporo da quantidade daquele tipo de matria que elespossuam em seu corpo astral. Assim, uma das modificaes afeta as emoesou a mente, ou ambas; outra pode intensificar a excitao eirritabilidade nervosas, e assim por diante. Essa proporo quedetermina em cada homem, animal, plantaou mineral, certascaractersticas fundamentais que jamais se modificam s vezes chamadassua tnica, sua cor, sua radiao.O prosseguimento desta interessante linha de ideias nos levaria para almdo escopo deste livro; assim, o estudante remetido ao livro: O LadoOculto das Coisas, pp. 31-36.H sete subtipos em cada tipo, formando quarenta e nove subtipos ao todo.O tipo, ou radiao, permanente atravs de todo o esquema planetrio,de forma que a essncia elemental do tipo A. em seu devido tempo, animarminerais, plantas e animais do tipo A. e da emergiro os seres humanosdo mesmo tipo.O corpo astral tambm se gasta, lenta e constantemente, tal como se dcom o corpo fsico, mas em lugar do processo de ingesto e digesto dealimentos, as partculas que tombam so substitudas por outras,[email protected] [email protected] 10. 10retiradas da atmosfera circundante. Apesar disso, o sentimento deindividualidade comunicado s novas partculas, conforme entram, etambm a essncia elemental includa em cada corpo astral de homem sente-se como uma espcie de entidade, indubitavelmente, e atua de acordo com oque considera de seu prprio interesse. [email protected]@yahoo.com 11. 11 CAPTULO III Cores---Para a viso clarividente, uma das principais caractersticas do corpoastral consiste em cores que esto nele constantemente em movimento,cores que correspondem e so a expresso de sentimentos, paixes, eemoes, na matria astral.Todas as cores conhecidas, e muitas que presentemente no conhecemos,existem, em cada um dos planos superiores da natureza, mas, conformesubimos de um estgio para outro, tornam-se mais delicadas e maisluminosas, de sorte que podem ser descritas como oitavas de cor. Nosendo possvel representar fisicamente no papel essas oitavas, os fatosacima devem ser tidos em mente quando se considerar as ilustraescoloridas do corpo astral a que nos referiremos abaixo.O que se segue uma lista das cores principais e das emoes que elasexpressam:Preto: em nuvens espessas: dio, malcia.Vermelho: centelhas de um vermelho profundo, habitualmente sobre fundopreto: clera.Nuvem escarlate: irritabilidade.Escarlate brilhante: sobre o fundo habitual da aura: "nobre indignao".Vermelho acobreado e sanguneo: indiscutivelmente, embora no seja defcil descrio: sensualidade.Marrom acinzentado: um marrom acinzentado opaco e escuro: egosmo, umacor das mais comuns no corpo astral.Marrom avermelhado: opaco, quase ferrugem: avareza,quase sempreapresentada em listas paralelas atravs do corpo astral.Marrom esverdeado: iluminado por cintilaes de um vermelho profundo ouescarlate: cimes. No caso do homem comum h, quase sempre, muita dessacor presente, quando ele est "amando".Cinza: pesado, chumbo: depresso. Como o marrom avermelhado da avareza,disposto em linhas paralelas, dando a impresso de uma gaiola.Cinza, lvido: colorao repulsiva e assustadora: medo. Carmesim: opaco epesado: amor egosta.Cor-de-rosa. amor sem egosmo. Quando excepcionalmente brilhante, tocadode lils: amor espiritual pela humanidade.Laranja: orgulho ou ambio. Muitas vezes encontradoao lado [email protected] [email protected] 12. 12Amarelo: intelecto: varia do tom profundo e opaco para o ouro brilhante,limo-claro e luminoso, ou amarelo claro, desmaiado. Amarelo-ocre opacoimplica na direo das faculdades para propsitos egostas; amarelo-clarodourado indica um tipo distintamente superior; amarelo-claro denotaintelecto devotado a fins espirituais; ouro indica intelecto puro,aplicado filosofia ou matemtica.Verde: em geral, varia muitssimo em sua significao, e necessita estudoa sua interpretao correta: quase sempre indica adaptabilidade. Verde-cinza, deaparncia viscosa:enganoe astcia.Verde-esmeralda:versatilidade, engenhosidade, habilidade, aplicadas sem egosmo. Verde-azulado plido, luminoso: profunda simpatia e compaixo, com o poder deperfeita adaptabilidade que s ela pode dar. Verde-ma brilhante: pareceacompanhar sempre uma vigorosa vitalidade.Azul: escuro e claro: sentimento religioso. Pode acontecer que tenhatoques de muitas outras qualidades, tomando assim qualquer tonalidade, doanil ou de um rico e profundo violeta at um fosco azul-acinzentado.Azul-claro, tal como ultramarino ou cobalto: devoo a um nobre idealespiritual. Um toque de violeta indica mescla de afeio e devoo. Azul-lils luminoso: habitualmente acompanhado de cintilantes estrelasdouradas: amais altaespiritualidade, com elevadasaspiraesespirituais.Ultravioleta: desenvolvimentos mais altos e mais puros das faculdadespsquicas.Ultravermelho: faculdades psquicas inferiores de quem cultiva as formasegosticas e ms da magia.A alegria aparece em resplandecncia e fulgor geral, tanto no corpoastral como no corpo mental, e numa ondulao caracterstica dasuperfcie do corpo. A jovialidade revela-se numa forma borbulhante emodificada daquela ltima, e tambm em estvel serenidade.A surpresa mostra-se em aguda contrao do corpo mental, habitualmentecomunicada tanto ao corpo astral como ao fsico, acompanhada porcrescente refulgir da faixa de afeio, se a surpresa for agradvel, epor um aumento do marrom e do cinza, se a surpresa for desagradvel. Acontrao causa com frequncia sensaes desagradveis, afetando muitasvezes o plexo solar, causando abatimento e doena; outras vezes afeta ocentro cardaco, levando a palpitaes, e mesmo morte.Deve-se compreender que, sendo as emoes humanas quase sempre mescladas,aquelas cores raramente se mostram perfeitamente puras, fazendo-se, maiscomumente, tons misturados. Assim, a pureza de muitas cores nubladapelo duro tom marrom-acinzentado do egosmo, ou tocado pelo laranjaprofundo do orgulho.Para ler a completa significao das cores, outros pontos tambm devemser levados em considerao, por exemplo: o brilho geral do corpo astral;a previso ou impreciso relativas do seu contorno; o brilho relativo dosdiferentes centros de fora (ver Captulo V).O amarelo do intelecto, o rosa do afeto e o azul da devoo encontram-sesempre na parte superior do corpo astral: as cores do egosmo, daavareza, do engano, do dio, esto na parte mais baixa; a massa dassensaes sensuais flutua, geralmente, entre os dois pontos. [email protected]@yahoo.com 13. 13Da segue-se que, no homem no-desenvolvido, a parte inferior do ovidetende a ser maior do que a superior, de forma que o corpo astral tem aaparncia de um ovo com a ponta mais fina para cima. No homem maisdesenvolvido o caso ao reverso, a ponta mais fina do ovo apontando parabaixo. A tendncia sempre para a simetria do ovide, obtida de grau emgrau, de forma que tais aparncias so apenas temporrias.Cada qualidade, expressa por uma cor, tem seu prprio tipo de matriaastral, e a posio mediana dessas cores depende da gravidade especficados respectivos graus da matria. O princpio geral o de que o mal ouas qualidades egosticas se expressam em vibraes relativamente lentasde matria tosca, enquanto as boas e no-egosticas funcionam atravs dematria mais fina.Sendo assim, felizmente para ns, as boas emoes persistem ainda pormais tempo do que as ms, o efeito de um sentimento forte de amor oudevoo permanecendo no corpo astral muito tempo depois que a ocasio queos causou j est esquecida. possvel, embora no comum, ocorrerem dois graus de vibraes atuandofortemente no corpo astral ao mesmo tempo; por exemplo, amor e clera. Osefeitos posteriores sero paralelos, mas um estar em nvel muito maisalto do que o outro, persistindo portanto por mais tempo.A afeio e devoo elevadas e sem egosmo pertencem ao mais alto(atmico) subplano astral e se refletem na matria correspondente doplano mental. Assim, tocam o corpo causal (mental superior) e no omental inferior. Este um ponto importante ao qual o estudante deve darespecial ateno. O Ego, que reside no plano mental superior, assimafetado apenas pelospensamentos no-egosticos.Ospensamentosinferiores afetam, no o Ego, mas os tomos permanentes.Em consequncia, no corpo causal haver vcuos, e no cores ms,correspondendo aos sentimentos e pensamentos inferiores. O egosmo, porexemplo, mostra-se como a ausncia de afeio ou simpatia: assim que oegosmo substitudo pelo seu oposto, o vcuo do corpo causal ficarpreenchido.Uma intensificao das cores rudes do corpo astral, representando emoesbaixas, embora no encontre expresso direta no corpo causal, nem porisso deixa de enevoar a luminosidade das cores que representam, no corpocausal, as virtudes opostas.A fim de que se compreenda a aparncia do corpo astral, preciso que setenha em mente que as partculas de que ele composto esto sempre emrpido movimento; na vasta maioria dos casos, as nuvens de cores fundem-se umas nas outras e esto todo o tempo rolando umas sobre as outras, asuperfcie da luminosa mistura assemelhando-se, de certa forma, superfcie de gua que ferve violentamente. As vrias cores, portanto, deforma alguma retm as mesmas posies, embora haja uma posio normal qual tendem a retornar.As caractersticas principais dos trs tipos ilustrados no-desenvolvido, comum e desenvolvido podem ser resumidas como se segue:No-desenvolvido. Uma grande proporo de sensualidade: engano, egosmoe ganncia so evidentes: a clera violenta revela-se por manchas esalpicos de um tom escarlate opaco: poucos so os afetos que aparecem, e [email protected]@yahoo.com 14. 14os sentimentos intelectuais e religiosos existentes so da mais baixaqualidade. O contorno irregular e as cores borradas, espessas epesadas. Todo o corpo mostra-se, evidentemente, mal regulado, confuso edesordenado.Homem comum. O sensualismo, embora menor, ainda proeminente, comotambm o o egosmo, havendo certa capacidade de engano para finspessoais, embora o verde comece a dividir-se em duas qualidadesdiferentes, mostrando que a astcia vai, paulatinamente, se tornandoadaptabilidade. A clera ainda marcada: a afeio, o intelecto, adevoo, so mais notveis e de mais alta qualidade. As cores, como umtodo, esto melhor definidas e so mais brilhantes, embora nenhuma delasse mostre perfeitamente clara. O contorno do corpo astral mais definidoe regular.Homem desenvolvido. As qualidadesindesejveis esto quasedesaparecidas: atravs da parte superior do corpo h uma faixa lils,indicando aspiraes espirituais: acima da cabea, e envolvendo-a, h umanuvem com o amarelo brilhante do intelecto: abaixo dela existe uma largafaixa com o rosa da afeio, e na parte mais baixa do corpo uma grandequantidade do verde da adaptabilidade e simpatia encontra seu lugar. Ascores so brilhantes, luminosas, em tiras claramente marcadas; o contorno bem definido, e todo o corpo astral d a impresso de estar em boaordem e sob perfeito controle.Embora neste livro no estejamos tratando do corpo mental, ainda assimdeve ser mencionado que, conforme um homem se desenvolve, seu corpoastral cada vez mais se assemelha ao seu corpo mental, at que se tornapouco mais do que um reflexo deste ltimo, na matria mais densa do planoastral. Isso, naturalmente, indica que o homem tem seus desejos sobseguro domnio da mente, e j no tende a ser arrastado pelos impulsosemocionais. Umhomemassim estar,sem dvida,sujeito aumairritabilidade ocasional e a desejos indesejveis de vrios tipos, masagora j sabe o bastante para reprimir essas manifestaes inferiores eno ceder a elas.Em um estgio mais adiantado, o prprio corpo mental torna-se um reflexodo corpo causal, j que o homem aprende a seguir apenas as sugestes doEu superior, e a guiar sua razo exclusivamente por meio delas.Assim, a mente e o corpo de um Arhat teriam muito poucas das corescaractersticas que lhe so prprias, mas essas cores seriam reproduesdo corpo causal at o ponto em que suas oitavas mais baixas pudessemexpress-las. Haveria uma bela iridescncia, um efeito parecido tonalidade opalescente da madreprola, que fica muito alm de qualquerdescrio ou representao.Um homem desenvolvido tem cinco graus de vibrao em seu corpo astral; umhomem comum possui pelo menos nove vibraes, com o acrscimo detonalidades variadas. Muitas pessoas tm de 50 a 100 graus, estando todaa superfcie partida numa infinidade de pequenos remoinhos e correntescruzadas, todos batendo-se uns contra os outros, em adoidada confuso. o resultado de emoes e preocupaes desnecessrias, sendo a pessoacomum do Ocidente uma massa dessas coisas, atravs da qual muito de suafora dispersada.Um corpo astral, que vibra de cinquenta maneiras ao mesmo tempo, no s feio, mas tambm um srio incmodo. Pode-se compar-lo a um corpo fsico [email protected]@yahoo.com 15. 15que sofre de uma forma grave de paralisia espstica, com todos osmsculos contraindo-se aos arrancos, simultaneamente, em diferentesdirees. Tais efeitos astrais so contagiosos e afetam todas as pessoassensveis que se aproximam, comunicando-lhes uma sensao desagradvel deinquietude e preocupao. Exatamente pelo fato de milhes de pessoasestarem assim desnecessariamente agitadas por todo tipo de tolos desejose sentimentos, que se torna to difcil, para uma pessoa sensvel,viver numa grande cidade ou mover-se entre multides. As perptuasperturbaes astrais podem mesmo reagir atravs do duplo etrico eoriginar doenas nervosas.Os centros de inflamao do corpo astral so, para ele, como osfurnculos para o corpo fsico no s agudamente incmodos, mas tambmpontos fracos atravs dos quais a vitalidade se extravasa. Eles,praticamente, no oferecem resistncia s ms influncias, e impedem queas boas influncias os beneficiem. Esta uma condio dolorosamentecomum: o remdio est em eliminar as preocupaes, o medo e osaborrecimentos. O estudante de ocultismo no deve ter sentimentospessoais que possam ser afetados assim, seja em que circunstncias for.S uma criana muito nova tem uma aura branca ou relativamente destitudade cores, as quais s comeam a aparecer quando as qualidades sedesenvolvem. O corpo astral de uma criana , com frequncia, uma dascoisas mais belas puro e brilhante em suas cores, livre das manchas dasensualidade, da avareza, da m vontade e do egosmo. Tambm ali podemestar, latentes, os germes e tendncias que vieram de sua vida passada,alguns deles maus, outros bons. Assim, as possibilidades da vida futurada criana podem ser vistas.O amarelo do intelecto, encontrado sempre prximo da cabea, a origemda idia da aurola, ou glria, que se encontra ao redor da cabea de umsanto, pois esse amarelo a cor mais evidente entre as do corpo astral,a que mais facilmente percebida pela pessoa que est desenvolvendoclarividncia. s vezes, devido a uma atividade pouco comum do intelecto,o amarelo pode tornar-se visvel mesmo na matria fsica, de forma afazer-se perceptvel viso fsica habitual.J vimos que o corpo astral tem uma certa ordenao normal, na qual suasvrias partes tendem a agrupar-se. Um sbito mpeto de paixo ousentimento, contudo, pode temporariamente forar toda ou quase toda amatria do corpo astral vibrar a um certo grau, produzindo assimresultados surpreendentes. Toda a matria do corpo astral sacudida comopor um violento furaco, e a esse tempo as cores ficam muitssimomisturadas. Exemplos coloridos desse fenmeno so dados no livro ManVisible and Invisible (O Homem Visvel e Invisvel):Ilustrao XI, p. 48/9: Sbito mpeto de afeio.Ilustrao XII, p. 48/9: Sbito mpeto de devoo.Ilustrao XIII, p. 48/9: Clera intensa.Ilustrao XIV, p. 49: Choque de medo.No caso de uma onda de pura afeio, quando, por exemplo, a me arrebatao beb e o cobre de beijos, todo o corpo astral atirado, num momento, auma violenta agitao, e as cores originais naquela ocasio ficam quaseque [email protected] [email protected] 16. 16A anlise descobre quatro efeitos separados:(1) Certos remoinhos ou vrtices, e de cor viva, so vistos, bemdefinidos e com aparncia slida, resplandecentes por uma luz intensa quevem de dentro. Cada um deles , na realidade, uma forma-pensa-mento deintensa afeio, gerada dentro do corpo astral e saindo dele paraderramar-se sobre o objeto daquele sentimento. As nuvens rodo-piantes deluz viva so indescritivelmente belas, embora difceis de descrever.(2) Todo o corpo astral cruzado por linhas latejantes de luz carmesim,ainda mais difcil de descrever, pela rapidez excessiva de seu movimento.(3) Uma espcie de pelcula cor-de-rosa cobre a superfcie de todo ocorpo astral, de forma que tudo quanto h dentro visto atravs dela,como atravs de um vidro colorido.(4) Uma espcie de colorao carmesim enche todo o corpo astral,colorindo at certo ponto as demais cores, e aqui e ali condensando-se emflocos flutuantes, como nuvens formadas a meio.Essa exibio provavelmente durar apenas alguns segundos, e ento ocorpo rapidamente reassume sua condio normal, os vrios graus dematria dispondo-se de novo em suas zonas habituais, segundo suagravidade especfica.Aindaassim, essesmpetos desentimentosacrescentam um pouco do tom carmesim parte mais alta do oval e torna umpouco mais fcil, para o corpo astral, responder prxima onda de afetoque pode vir.Da mesma maneira, um homem que sente, com frequncia, alta devoo, vem ater uma grande rea de azul em seu corpo astral. Os efeitos de taisimpulsos so, assim, cumulativos: alm da radiao de vividas vibraesde amor e alegria, produzem boa influncia em outros.Com a substituio do azul pelo carmesim, um sbito acesso de devoo,envolvendo uma religiosa entregue contemplao, produz quase que omesmo efeito.No caso de clera intensa, o fundo comum do corpo astral obscurecidopor remoinhos ou vrtices de massas pesadas, tempestuosas, de um negrumefuliginoso, iluminado pela parte de dentro com o claro sinistro do dioem atividade. Flocos da mesma cor escura so vistos percorrendo todo ocorpo astral, enquanto flechas de fogo da clera desatada so atiradasentre eles como fulgores de relmpagos. Esses fulgores terrveis socapazes de penetrar em outros corpos astrais como se fossem espadas,causando, assim, danos a outras pessoas.Nesse caso, como em outros, cada exploso de raiva predispe a matria docorpo astral inteiro a responder, por assim dizer, mais prontamente doque antes a essas vibraes muitssimo indesejveis.Um repentino choque de terror, num instante, envolve todo o corpo numacuriosa neblina de um cinzento plido, enquanto linhas horizontais damesma colorao aparecem, mas vibrando com tal violncia que dificilmenteso reconhecidas como linhas separadas. O resultado indescritivelmentehorrendo: toda a luz desaparece durante esse tempo daquele corpo e o tododa massa cinzenta estremece, irresistivelmente, como [email protected] [email protected] 17. 17Um fluxo de emoo no afeta grandemente o corpo mental, embora, poralgum tempo, se torne quase impossvel que qualquer das atividadesmentais possam atingir o crebro fsico, porque o corpo astral, quefunciona como ponte entre o corpo mental e o crebro, est vibrando tointeiramente em determinado ritmo que o incapacita de receber qualquerondulao que no esteja em harmonia com ele.Os exemplos acima so dos efeitos de sbitos e temporrios mpetos vindosdo sentimento. H outros efeitos, de certa forma similares, e de cartermais permanente, produzidos por certas disposies ou tipos de carter.Assim, quando um homem comum se apaixona, seu corpo astral de tal formase modifica que mal pode ser reconhecido como pertencente quela mesmapessoa. O egosmo, a falsidade e a avareza desaparecem, e a parte maisbaixa do oval enche-se com um grande desenvolvimento de paixes animais.O verde da adaptabilidade foi substitudo pelo marrom esverdeado peculiarao cime, e a extrema atividade desse sentimento mostra-se em relmpagosbrilhantes de clera, de cor escarlate, que o penetram. Contudo, asmodificaes indesejveis so mais ou menos contrabalanadas pelaesplndida faixa carmesim que enche uma grande parte do oval. Essa , naocasio, a caracterstica predominante, e todo o corpo astral resplandececom sua luz. Sob sua influncia, o aspecto enublado do corpo astralhabitual desapareceu, e os coloridos so brilhantes e claramentemarcados, tanto os bons como os maus. Trata-se de uma intensificao davida em todas as direes. O azul da devoo tambm melhora claramente, emesmo um toque de violeta-plido aparece no ponto mais alto do ovide,indicando certa capacidade de resposta a um ideal realmente alto edestitudo de egosmo. O amarelo do intelecto, contudo, desapareceinteiramente nessa ocasio fato que os cnicos podem considerar comouma caracterstica da condio!O corpo astral de um homem irritvel mostra, habitualmente, uma largafaixa escarlate como elemento predominante e, alm disso, todo o corpoastral est coberto de pequenos flocos escarlates, parecidos a um pontode interrogao.No caso de um sovina, a avareza, o egosmo, a falsidade e aadaptabilidade so naturalmente intensificados, mas a sensualidadediminui. A modificao mais notvel, entretanto, uma curiosa srie delinhas horizontais paralelas atravs do oval, dando a impresso de umagaiola. As barras so de cor marrom profundo, quase um castanho queimado.O vcio da avareza parece ter o efeito de deter completamente odesenvolvimento durante esse tempo, e muito difcil de ser repelidodesde que consiga firmar-se.Depresso profunda produz um efeito cinzento, em lugar do marrom, muitosemelhante ao do avaro. O resultado indescritivelmente sombrio edepressivo para o observador. No h condio emocional mais infecciosado que o sentimento de depresso.No caso do homem no-intelectual, que decididamente religioso, o corpoastral assume uma aparncia caracterstica. Um toque de violeta sugere apossibilidade de resposta a um alto ideal. O azul da devoo extraordinariamente desenvolvido, mas o amarelo do intelecto mostra-seescasso. H uma proporo razovel de afeto e adaptabilidade, porm maisdo que a quantidade mdia de sensualidade, sendo a falsidade e o egosmotambm predominantes. As cores se mostram irregularmente distribudas, [email protected]@yahoo.com 18. 18mesclando-se umas s outras, e o contorno vago, indicando a imprecisodas concepes do homem devoto.A sensualidade extrema e o temperamentodevoto so vistos,frequentemente, em associao: talvez porque esses tipos de homens vivem,principalmente, em seus sentimentos, e so governados por eles, em lugarde domin-los pela razo.Um grande contraste surge no homem de tipo cientfico. A devoo estinteiramente ausente, a sensualidade fica abaixo da mdia, mas ointelecto desenvolvido em grau fora do comum. A afeio e aadaptabilidade mostram-se em pequena quantidade e em m qualidade. Grandedose de egosmo e avareza esto presentes, bem como o cime. Um coneimenso, cor de laranja brilhante, no meio do amarelo dourado dointelecto, indica orgulho e ambio, relacionados com o conhecimentoadquirido. O hbito ordenado e cientfico da mente leva ao arranjo dascores em faixas regulares, sendo as linhas de demarcao bastantedefinidas e claramente marcadas.Do estudante se solicita que estude, ele prprio, o livro admirvel doqual foi retirada a informao acima, sendo aquele trabalho um dos maisvaliosos entre os muitos produzidos pelo grande e talentoso escritor C.W. Leadbeater.J que estivemos tratando das cores no corpo astral, podemos mencionarque os meios de comunicao com os elementais. que esto associados tointimamente com o corpo astral do homem, se faz atravs de sons e decores. Os estudantes podem recordar aluses obscuras, aqui e ali, sobreuma linguagem das cores, e o fato de os antigos manuscritos sagrados doEgito serem escritos em cores, sendo os erros de cpia castigados com amorte. Para os elementais, as cores so to inteligveis como as palavraso so para o [email protected] [email protected] 19. 19---CAPTULO IV Funes---As funes docorpo astralpodem sertoscamente agrupadas sob trsttulos:1. Tornar possvel a sensao.2. Servir de ponte entre a mente e a matria fsica.3. Agir como veculo independente de conscincia e ao.Trataremos dessas trs funes em sequncia.Quando um homem analisado em seus "princpios", isto pelo modo demanifestar a vida, descobrimos os quatro princpios interiores, s vezeschamados "Quaternrio Inferior", que so:Corpo fsico.Corpo etrico.Prana, ou Vitalidade.Kama, ou Desejo.O quarto princpio, Kama, a vida manifestando-se no corpo astral econdicionada por ele: sua caracterstica o atributo do sentimento, que,em forma rudimentar, sensao e, em forma complexa, emoo, com muitosgraus entre as duas formas. Isto s vezes se resume como desejo, aquiloque atrado ou repelido por objetos, segundo eles causem prazer ou dor.Kama inclui, assim, sentimentos de toda espcie, e pode ser descrito comode natureza passional e emocional. Compreende todos os apetites animais,tais como a fome, a sede, o desejo sexual; todas as paixes, tais como asformas inferiores do amor, o dio, a inveja, o cime; o desejo deexistncia senciente, de experimentar alegrias materiais "a luxria dacarne, a luxria dos olhos, o orgulho da vida.Kama o bruto em ns, o "smio e o tigre" de Tennyson, a fora que maisnos prende terra e sufoca em ns todas as aspiraes mais altas, usandopara isso as iluses dos sentidos. o que h de mais material nanatureza do homem, e o que o liga mais fortemente vida terrena. "No matria molecularmente constituda, e ainda menos que tudo o corpohumano, Sthula Sharira, que o mais grosseiro de todos os nossosprincpios, mas verdadeiramente o princpio mdio, o verdadeiro centroanimal, enquanto que nosso corpo apenas uma casca, o fatorirresponsvel e o meio atravs do qual a besta em ns atua em toda a suavida" [Secret Doutrine (Doutrina Secreta), I, 280-1].Kama ou Desejo tambm descrito como um reflexo do aspecto inferior deAtma ou Vontade; a diferena que a Vontade autodeterminada, enquantoque o Desejo ativado pelas atraes ou repulsas causadas por objetos [email protected]@yahoo.com 20. 20circundantes. O Desejo, assim, a Vontade destronada, o cativo, oescravo da matria.Outra forma de encarar Kama foi bem expressa por Ernest Wood em seu livroesclarecedor The Seven Rays (Os Sete Raios): Kama "significa todo odesejo. E o desejo o aspecto do amor voltado para fora, o amor dascoisas dos trs mundos, enquanto que o prprio amor amor da vida e amordo divino, pertencendo ao eu superior ou voltado para dentro".Para os nossos propsitos neste livro, as palavras desejo e emoo sousadas amide como se praticamente fossem sinnimas: estritamente,contudo, emoo o produto do desejo e do intelecto.O corpo astral muitas vezes conhecido como Kama Rupa: e s vezes, emnomenclatura mais antiga, como Alma Animal.Impactos externos, atingindo o corpo fsico, so recebidos como vibraespela ao de Prana ou Vitalidade, mas permaneceriam apenas comovibraes, simples movimentos do plano fsico, se Kama, o princpio dasensao, no traduzisse essa vibrao em sentimento. Assim, prazer e dorno surgem enquanto o centro astral no atingido. Da Kama reunido aPrana ser chamado de "alento de vida", o princpio vital sencienteespalhado sobre cada partcula do corpo.Parece que certos rgos do corpo fsico esto especificamente associadoscom as aes de Kama: entre eles esto o fgado e o bao.Devemos fazer notar, aqui, que Kama, ou desejo, est comeando apenas aser ativo no reino mineral, quando ele se expressa como afinidadequmica.No reino vegetal ele est, naturalmente, muito mais desenvolvido,indicando uma capacidade muitssimo maior de utilizar a matria astralinferior. Os estudantes de botnica tm conscincia de que simpatias eantipatias, isto , desejo, so muito mais predominantes no mundo vegetald que no mineral, e que muitas plantas mostram uma grande dose deengenhosidade e sagacidade para atingir seus fins.As plantas respondem bem depressa aos cuidados amorosos e so claramenteafetadas pelos sentimentos do homem a seu respeito. Deleitam-se com aadmirao e a ela respondem. So capazes tambm de se apegaremindividualmente, como so capazes de clera ou antipatia.Os animaispodem sentir, em alto grau, os desejos, inferiores, mas suacapacidadequanto a desejos mais altos limitada. Entretanto, talcapacidadeexiste e, em casos excepcionais, um animal capaz demanifestar um tipo muitssimo elevado de afeto e devotamento.Passando, agora, segunda funo do corpo astral atuar como ponteentre a mente e o corpo fsico notamos que um impacto sofrido pelossentidos fsicos transmitido para o interior por Prana, e torna-se umasensao pela ao dos centros sensrios que esto situados em Kama, eesse impacto percebido por Manas, ou Mente. Assim, sem a ao geralatravs do corpo astral, no haveria conexo entre os impactos fsicos ea percepo desses mesmos impactos pela mente.Inversamente, sempre que pensamos, pomos em movimento a matria mentalque est dentro de ns; as vibraes assim geradas so transmitidas [email protected] [email protected] 21. 21matria de nosso corpo astral, a matria astral afeta a matria etrica,que, por sua vez, atua sobre a densa matria fsica, a matria cinzentado crebro.O corpo astral , assim, verdadeira ponte entre nossa vida mental e nossavida fsica, servindo como transmissor de vibraes, tanto do fsico prao mental como do mental para o fsico, e , na verdade, desenvolvidoprincipalmente por essa constante passagem de vibraes de um ponto paraoutro.No curso da evoluo do corpo astral do homem h dois estgios distintos:o corpo astral tem de ser primeiro desenvolvido at um pontorazoavelmente elevado como um veculo transmissor: ento, deve serdesenvolvido como corpoindependente, no qual o homem possa funcionar noplano astral.No homem, a inteligncia normal do crebro produzida pela unio de Kamacom Manas, ou Mente, sendo essa unio chamada, com frequncia, Kama-Manas. Kama-Manas descrita por H, P. Blavatsky como "intelectoracional, porm terreno ou fsico do homem, encaixado e ligado matria,portanto sujeito influncia desta ltima". Esse o "eu inferior", que,agindo nesse plano de iluso, imagina-se ele prprio o verdadeiro Ser ouEgo, e cai naquilo que a filosofia budista chama a "heresia daseparatibilidade".Kama-Manas, que Manas com desejo, tambm descrito curiosamente como"manas interessado em coisas externas".Podemos notar, de passagem, que um claro entendimento do fato de Kama-Manas pertencer personalidade humana e funcionar nessa personalidadeatravs do crebro fsico, essencial para a compreenso do processo dareencarnao, e mostra-se suficiente, por si prprio, para explicar oporqu de no haver lembrana de vidas anteriores, j que a conscinciano se pode erguer para alm do mecanismo do crebro, sendo que essemecanismo, ligado ao de Kama, forma-se de novo a cada vida, no tendoportanto ligao direta com as vidas passadas.Manas, por si s, no pode afetar as clulas do crebro fsico, masquando unida a Kama capaz de dar movimento s molculas fsicas,produzindo assim a "conscincia do crebro", inclusive a memria docrebro e todas as funes da mente humana, tal como normalmente asconhecemos. No se trata, naturalmente, de Manas superior, e sim de Manasinferior (isto , matria dos quatro nveis inferiores do plano mental)que se associa a Kama. Na psicologia ocidental, esse Kama-Manas se tornaparte daquilo que naquele sistema chamado Mente. Kama-Manas, formando ovnculo entre a natureza superior e a natureza inferior do homem, ocampo de batalha durante a vida e tambm, como veremos mais tarde, temparte importante na existncia aps a morte.To ntima a associao entre Manas e Kama, que os hindus falam dohomem como possuindo cinco invlucros, cada um deles para todas asmanifestaes do intelecto ativo e do desejo. Esses cinco invlucros so: 1 Anandamayakoshaoinvlucro da [email protected] [email protected] 22. 22 2 Vignanamayakoshao invlucro Manas discriminador superior 3 Manomayakosha...oinvlucro do Manas intelecto inferior e do desejoe Kama 4 Pranamayakosha... oinvlucro da Prana vitalidade 5 Annamayakosha...oinvlucro do Corpo fsico alimentodensoNa diviso usada por Manu, o pranamayakosha e o annamayakosha soclassificados juntos e conhecidos como Bhttman, ou eu elemental, oucorpo de ao.O vignanamayakosha e o manomayakosha so classificados por ele como corpodo sentimento, e recebe o nome de Jiva: define-o como o corpo no qual oConhecedor, o Kshetragna, torna-se sensvel ao prazer e dor.Em suas relaes externas, o vignanamayakosha e o manomayakosha,especialmente o manomayakosha, esto relacionados ao mundo Deva. OsDevas, segundo se diz, "entraram" no homem, referncia s deidades quepresidem aos elementos*. Essas deidades dirigentes fazem surgir assensaes no homem, transformando os contatos externos em sensaes oulevando a reconhecer esses contatos a partir de dentro, tal coisa sendoessencialmente uma ao Deva. Da o vnculo com todos estes Devasinferiores, que, quando se obtm o controle supremo sobre eles, faz dohomem um senhor em todas as regies do Universo.Manas, ou mente, sendo incapaz, como ficou dito acima, de afetar aspartculas grosseiras do crebro, projeta uma parte de si mesmo, isto ,Manas inferior, que se envolve em matria astral, e ento com o auxlioda matria etrica penetra em todo o sistema nervoso da criana, antes donascimento. A projeo de Manas chamada, amide, seu reflexo, suasombra, seu raio, e tambm conhecida por outros nomes alegricos. H. P.Blavatsky escreve (Chave da Teosofia, p. 184): "Uma vez aprisionada ouencarnada, sua essncia (o Manas) torna-se dual; isto quer dizer que osraios da eterna Mente divina, considerados como entidades individuais,assumem duplo atributo, que (a) sua caracterstica essencial, inerente,mente que aspira ao cu (Manas superior), e (b) a qualidade humana depensar, de cogitao animal, racionalizada devido superioridade docrebro humano, voltada para Kama, ou Manas inferior".O Manas inferior assim engolfado no quaternrio e pode ser visto comoagarrando Kama com uma das mos enquanto que com a outra mantm seguroseu pai, o Manas superior. Se ele ser arrastado para baixo, [email protected]@yahoo.com 23. 23completamente, por Kama e arrancado da trade (atma-buddhi-manas) qualpertence por sua natureza, ou se levar de volta, triunfantemente, suafonte, as experincias purificadas de sua vida terrena o problemavital enfrentado e resolvido em cada encarnao sucessiva. Esse pontoser considerado mais adiante, nos captulos sobre A Vida Depois daMorte.Assim, Kama fornece os elementos animais e passionais; Manas inferiorracionaliza-os e acrescenta-lhes as faculdades intelectuais. No homem,esses dois princpios ficam entretecidos durante a vida e raramente atuamseparadamente.Manas pode ser visto como a chama, Kama e o crebro fsico como a mecha eo combustvel que alimentam a chama. Os egos de todos os homens,desenvolvidos ou no desenvolvidos, so da mesma essncia e substncia: oque faz um grande homem, e o que faz outro homem vulgar e tolo, aqualidade e a estrutura do corpo fsico, e a capacidade do crebro e docorpo para transmitirem e expressarem a luz do verdadeiro homem interior.Em resumo, Kama-Manas o eu pessoal do homem: Manas inferior d o toqueindividualizador que faz a personalidade reconhecer-se a si prpria como"Eu". Manas inferior um raio do Pensador imortal, iluminando umapersonalidade. o Manas inferior que fornece o ltimo toque de deleiteaos sentidos e natureza animal, conferindo-lhe o poder de antecipao,de memria e de imaginao.Embora esteja fora de lugar neste livro o muito avanar pelos domnios deManas e do corpo mental, ainda assim pode ser de auxlio para oestudante, neste estgio, acrescentar que o livre arbtrio reside emManas, sendo Manas o representante de Mahat, a Mente Universal. No homemfsico, o Manas inferior o agente do livre arbtrio. De Manas vm osentimento da liberdade, o conhecimento de que podemos nos governar, deque a natureza superior pode dominar a inferior. Identificar aconscincia com Manas, e no com Kama, , assim, passo importante nocaminho do autodomnio.A prpria luta de Manas para afirmar-se o melhor testemunho de que, pornatureza, ele livre. a presena e o poder do ego que capacita o homempara escolher entre os desejos, e domin-los. Quando Manas inferiorgoverna Kama, o quaternrio inferior toma sua correta posio desubservincia trade superior atma-buddhi-manas.Podemos classificar os princpios do homem da seguinte maneira:Vamos agora considerar a terceira funo do corpo astral como veculoindependente de conscincia e de ao. O tratamento integral desse trechodo nosso assunto uso, desenvolvimento, possibilidades e limitaes docorpo astral em seu prprio plano ser feito passo a passo na [email protected] [email protected] 24. 24dos captulos que vo se seguir. No momento ser suficiente enumerar,muito resumidamente, as principais formas pelas quais o corpo astral podeser usado como veculo independente de conscincia. Essas formas so asque se seguem:1. Durante a conscincia normal, acordada, isto , enquanto o crebrofsico e os sentimentos esto bem despertos, os poderes dos sentidosastrais podem ser levados ao. Alguns desses poderes correspondem aossentidos e aos poderes de ao possudos pelo corpo fsico. Delestrataremos no prximo captulo sobre os Chakras.2. Durante o sono ou no transe possvel ao corpo astral separar-se docorpo fsico e mover-se e funcionar livremente em seu prprio plano. Issoser tratado no captulo sobre Vida no Sono.3. possvel desenvolver os poderes do corpo astral a tal ponto que umhomem pode, consciente e deliberadamente, a qualquer momento que odeseje, deixar o corpo fsico e passar, sem interrupo de conscincia,para o corpo astral. Disso trataremos no captulo sobre Continuidade daConscincia.4. Depois da morte fsica a conscincia recolhe-se no corpo astral, e avida, variando grandemente em intensidade e durao, dependendo de certonmero de fatores, pode ser levada no plano astral. Isso ser tratado noscaptulos sobre A Vida Depois da Morte.Essas divises do nosso assunto, com numerosas ramificaes, constituiroa maior parte do que resta deste tratado. [email protected]@yahoo.com 25. 25 CAPTULO VChacras---A palavra Chakra snscrita e significa, literalmente, uma roda ou discogiratrio. usada para classificar o que amide se chama Centros-de-Fora do homem. H desses Chakras em todos os veculos do homem, e sopontos de conexo plos quais a fora flui de um veculo para outro.Esto ainda intimamente associados com os poderes dos sentidos dos vriosveculos.Os Chakras do corpo etrico so amplamente descritos em O Duplo Etrico,e os estudantes devem recorrer a esse livro porque um estudo dos Chakrasetricos os ajudar a compreender os Chakras astrais.Os Chakras etricos esto situados na superfcie do duplo etrico e sohabitualmente indicados pelo nome do rgo fsico ao qual correspondem.So eles:1.Chakra da base da espinha.2.Chakra do umbigo.3.Chakra do bao.4.Chakra do corao.5.Chakra da garganta.6.Chakra de entre os olhos.7.Chakra do alto da cabea.H tambm trs chakras inferiores, mas estes so usados apenas em certasescolas de "magia negra" (1) e aqui no nos interessam.Os Chakras astrais, que esto frequentemente no interior do duploetrico, so vrtices em quatro dimenses (ver captulo XVIII), tendoassim uma extenso em direo bastante diferente dos etricos: conse-qentemente, embora correspondam aos Chakras etricos, nem por isso solimtrofes com eles, embora alguma parte seja sempre coincidente.Os chakras astrais recebem os mesmos nomes dos do duplo etrico, e suasfunes so as seguintes:1. Chakra da base da espinha. Este o stio da Serpente de Fogo,Kundalini, a fora que existe em todos os planos e por meio da qual todosos demais Chakras so ativados.Originalmente, o corpo astral era uma massa quase inerte, possuindoapenas a mais vaga das conscincias, sem poder definido para coisa algumae sem um conhecimento ntido do mundo que o cercava. A primeira coisa queaconteceu foi o despertar de kundalini no nvel astral.2. Chakra do umbigo. Kundalini, tendo sido despertado no primeiroChakra, move-se para o Chakra do umbigo, que vivificado, despertandoassim no corpo astral o poder de sentir uma sensibilidade a todo tipode influncias, embora ainda sem nada bem definido como a compreenso quevem do ver e [email protected] [email protected] 26. 263. Chakra do bao. Kundalini passa, ento, ao Chakra do bao e, atravsdele, vitaliza todo o corpo astral, sendo uma das funes desse Chakra aabsoro de Prna, a Fora Vital, que tambm existe em todos os planos. Avivificao do Chakra do bao capacita o homem a viajar em seu corpoastral, conscientemente, embora apenas com uma vaga concepo daquilo queencontra em suas viagens.4. Chakra do corao. Este Chakra permite ao homem compreender esimpatizar com as vibraes de outras entidades astrais, de uma forma queo leva a compreender instintivamente seus sentimentos.5. Chakra da garganta. Este Chakra confere, no mundo astral, o poderque corresponde audio no mundo fsico.6. Chakra de entre os olhos. Este Chakra confere o poder de perceber,com preciso, a forma e a natureza dos objetos astrais, em lugar deapenas vagamente ter a sensao de sua presena.Associado com este Chakra aparece tambm o poder de aumentar vontade asmais diminutas partculas fsicas ou astrais para qualquer tamanhodesejado, como por um microscpio. Esse poder capacita o pesquisadoroculto a perceber e estudar molculas, tomos etc. O domnio completodessa faculdade, contudo, pertence mais ao corpo causal.O poder inerente aos siddhis, descrito nos livros orientais como "o poderde tornar-se grande ou pequeno, vontade". A descrio apropriada,porque o mtodo empregado o de usar um mecanismo visual temporrio, deinconcebvel pequenez. Inversamente, para minimizar a viso, entra em usoa construo de um mecanismo visual imensamente grande.O poder de aumentar muito distinto da faculdade de funcionar em planomais elevado, tal como o poder de um astrnomo para observar planetas eestrelas bem diferente da capacidade para se mover ou funcionar entreeles.Nos sutras hindus se diz que a meditao em certa parte da lnguaconferir viso astral. A declarao uma "venda", pois a refernciaalude ao corpo pituitrio, situado exatamente acima dessa parte dalngua.7. Chakra do alto da cabea. Este Chakra completa e remata a vidaastral, dotando o homem com a perfeio de suas faculdades.Parece haver dois mtodos nos quais este Chakra trabalha.Em um tipo de homem, o sexto e stimo Chakras convergem para o corpopituitrio, sendo este corpo para tal tipo, praticamente, o nico vnculodireto entre o plano fsico e os planos mais elevados.Em outro tipo de homem, contudo, embora o sexto Chakra fique ainda ligadoao corpo pituitrio, o stimo Chakra curvado ou inclinado at que seuvrtice coincida com a glndula pineal. Em pessoas desse tipo a glndulapineal assim vivificada e posta em linha de comunicao diretamente como mental inferior, sem aparentemente passar atravs do plano astralintermedirio, como a forma [email protected] [email protected] 27. 27No corpo fsico, como sabemos, h rgos especializados para cadasentido: os olhos, para ver; os ouvidos, para ouvir; e assim por diante.No campo astral, entretanto, no esse o caso.As partculas do corpo astral esto fluindo e girando constantemente,como as da gua fervente: em consequncia, no h partculas especiaisque permaneam continuamente em qualquer dos Chakras. Pelo contrrio,todas as partculas do corpo astral passam atravs de cada um dosChakras.Cada Chakra tem a funo de despertar um certo poder de resposta naspartculas que fluem nele; um dos Chakras faz isso com o poder da viso,outro com a audio, e assim por diante.Conseqentemente, nenhum dos sentidos astrais est, estritamente falando,localizado ou confinado a qualquer parte do corpo astral. , antes, oconjunto das partculas do corpo astral que possui o poder de resposta.Um homem que desenvolveu viso astral usa portanto qualquer parte damatria de seu corpo astral para ver, e assim pode ver igualmente osobjetos que esto frente, atrs, acima, abaixo e de ambos os lados. Omesmo se d com todos os outros sentidos. Em outras palavras: os sentidosastrais esto ativos em todas as partes do corpo.No fcil descrever o substituto da linguagem por meio do qual asideias so astralmente comunicadas. O som, no sentido comum da palavra,no possvel no mundo astral no possvel, alis, mesmo na partemais alta do mundo fsico. No seria correto dizer que a linguagem domundo astral a transferncia de pensamento: o mximo que se poderiadizer que se trata da transferncia de pensamento formulada de maneiraparticular.No mundo mental, um pensamento instantaneamente transmitido mente deoutro sem qualquer forma de palavras; portanto, nesse mundo, a linguagemno o que importa, absolutamente. Mas a comunicao astral fica, porassim dizer, a meio caminho entre a transferncia de pensamento do mundomental e a fala concreta do mundo fsico, e ainda necessrio formularem palavras o pensamento. Para esse intercmbio necessrio, portanto,que as duas partes tenham uma linguagem em comum.Os Chakras etricos e astrais esto em correspondncia muito ntima, masentre eles e interpenetrando-os de uma forma que no se pode descreverprontamente h um invlucro ou teia de textura apertadamente tecida,composta de uma camada de tomos fsicos muito comprimidos e impregnadosde uma forma especial de Prna. A vida divina, que desce normalmente docorpo astral para o corpo fsico, adaptada para passar com muitafacilidade atravs dessa proteo, que , contudo, uma barreira absolutapara todas as foras que no podem usar a matria atmica de ambos osplanos. A teia uma proteo natural para evitar uma abertura prematurade comunicao entre os planos, desenvolvimento que a nada pode levar, ano ser a prejuzo. isso que normalmente impede a recordao clara da vida no sono, e quecausa, tambm, a inconscincia momentnea que sempre ocorre por ocasioda morte. Se no fosse por esse dispositivo, o homem comum poderia, aqualquer momento, ser levado por qualquer entidade astral a submeter-se influncia de foras que no teria a possibilidade de enfrentar. Estariaexposto a obsesso por parte de entidades astrais desejosas de seapoderarem de seus veculos. [email protected]@yahoo.com 28. 28A teia pode ser danificada de vrias maneiras:1. Um grande choque no corpo astral, por exemplo, um pavor sbito, podedilacerar essa delicada membrana e, tal como se diz habitualmente, levaro homem loucura.Uma tremenda exploso de clera tambm pode produzir o mesmo efeito, talcomo pode faz-lo qualquer outra emoo forte de um carter mau, o queproduz uma espcie de erupo no corpo astral.2. O uso de lcool e drogas narcticas, inclusive o tabaco. Essassubstncias contm matria que, ao partir-se, volatiliza-se, uma partedela passando do plano fsico para o plano astral. Mesmo o ch e o cafcontm essa matria, mas s em quantidades infinitesimais, de forma queapenas o abuso deles, longamente mantido, produziria efeito.Esses elementos correm atravs dos Chakras em direo oposta quela quedeveriam tomar e, fazendo isso repetidamente, prejudicam seriamente adelicada teia, acabando por destru-la.Essa deteriorao ou destruio pode ter lugar de duas formas, segundo otipo de pessoa de que se trate e na proporo dos elementos citados emseus corpos, o etrico e o astral.Em certo tipo de pessoa, a corrida da matria volatilizada realmentequeima a teia, deixando portanto a porta aberta para toda espcie deforas irregulares e ms influncias. Os que chegam a isso tombam nodelirium-tremens, na obsesso, na insanidade.Em outro tipo de pessoa, o elemento voltil, fluindo, de certa formaenrijece o tomo, de modo que sua pulsao em grande parte detida eprejudicada, j no sendo capaz de ser vitalizada pelo tipo particular dePrna que os tece a fim de que formem uma teia. Isso resulta numa espciede ossificao da teia, de forma que, em lugar de passar muita coisa deum plano para outro, teremos muito pouca passagem, seja de que espciefor. Essas pessoas tendem a um amortecimento de suas qualidades, o que dcomo resultado um grosseiro materialismo, brutalidade, animalismo, aperda de todos os mais finos sentimentos e o poder de autodomnio.Todas as impresses que passam de um plano para outro devem passaratravs dos subplanos atmicos, mas quando o processo amortecedor temlugar, infecciona no s outra matria atmica, mas at a matria dosegundo e terceiro subplanos, de forma que a nica comunicao entre oastral e o etrico vem dos subplanos mais baixos, nos quais apenas asinfluncias ms e desagradveis so encontradas.A conscincia do homem comum ainda no pode usar matria atmica pura,seja ela fsica ou astral; portanto, normalmente, no h, para ele,possibilidade de comunicao consciente vontade, entre os dois planos.A maneira apropriada de se obter isso est na purificao dos veculos,at que a matria atmica esteja inteiramente vivificada em ambos, demodo que toda a comunicao entre os dois possa passar por esse caminho.Nesse caso a teia retm, em grau mximo, sua posio e atividade e j no barreira para a comunicao perfeita, ao mesmo tempo em que continua aevitar contato ntimo com os indesejveis subplanos inferiores.3. A terceira forma pela qual a teia pode ser prejudicada o que emlinguagem espiritualista se chama "submeter-se a desenvolvimento"[email protected] [email protected] 29. 29 bastante possvel, e na verdade muito comum, que um homem tenha seusChakras astrais bem desenvolvidos, de maneira que pode funcionarlivremente no plano astral e ainda assim pode no recordar nada de suavida astral quando retorna conscincia desperta. Trataremos maisapropriadamente desse fenmeno e de sua explicao no captulo [email protected] [email protected] 30. 30 CAPTULO VI Kundalini---Recomenda-se ao estudante a leitura de O Duplo Etrico para uma descriode Kundalini, com especial referncia ao corpo etrico e seus Chakras.Aqui nos ocuparemos da sua conexo com o corpo astral.As trs foras conhecidas que emanam do Logos so:1. Fohat: que aparece como eletricidade, calor, luz, movimento etc.2. Prana: que aparece como vitalidade.3. Kundalini: tambm conhecida como Fogo Serpentino.Cada uma destas trs foras existe em todos os planos de que sabemosalgo. Tanto quanto se sabe, nenhuma das trs pode converter-se emqualquer das outras: permanecem separadas e distintas.Kundalini chamada, em A Voz do Silncio, o "Poder gneo" e "Me doMundo". O primeiro nome porque aparece como fogo lquido ao percorrer ocorpo, seguindo, durante esse curso, uma linha em espiral, semelhante aocolear de uma serpente. chamada Me do Mundo porque por meio delanossos vrios veculos podem ser vivificados, de modo que os mundossuperiores nos possam ser abertos sucessivamente.Sua localizao no corpo do homem est no Chakra da base da espinha, epara o homem comum ali fica sem despertar e insuspeitada durante toda asua vida. muito melhor para ela permanecer adormecida at que o homemtenha tido um desenvolvimento moral definido, at que sua vontade sejaforte o bastante para control-lo, e seus pensamentos puros o bastantepara capacit-lo a suportar o despertar dela sem ser prejudicado. Ningumdeve experiment-la sem instrues definidas dadas por um instrutor queentenda integralmente do assunto, porque os perigos relacionados com elaso muito reais e terrivelmente srios. Alguns deles so puramentefsicos. Seu movimento sem controle muitas vezes produz intensa dorfsica e pode facilmente dilacerar tecidos e mesmo destruir a vidafsica. Pode tambm causar dano permanente aos veculos superiores aofsico.Um efeito muito comum do despertar prematuro de Kundalini lev-la afluir para baixo, no corpo, e no para cima, excitando assim as paixesmais indesejveis excitando-as e intensificando seus efeitos a talponto que se torna impossvel ao homem resistir-lhes, porque uma forafoi acionada e, diante dela, ele permanece indefeso. Tais homens tornam-se stiros, monstros de depravao, estando a fora alm do poder humanode resistncia. Podero, tais homens, ganhar provavelmente certos poderessupernormais, mas sero poderes que os colocam em contato com uma ordeminferior de evoluo, com a qualahumanidade no deveterrelacionamento. Escapar de tal cativeiro coisa que pode exigir mais deuma [email protected] [email protected] 31. 31H uma escola de magia negra que usa, propositadamente, esse poder dessaforma, a fim de que atravs dele possam ser vivificados aqueles Chakrasinferiores, que jamais so usados pelos seguidores da Boa Lei.O despertar prematuro de Kundalini tem outras desagradveispossibilidades. Intensifica tudo na natureza dp homem e alcana maisfacilmente as qualidades ms e inferiores do que as boas. No corpo mentala ambio prontamente acordada e depressa estufa at um grauincrivelmente descomedido. Provavelmente levar com ela uma grandeintensificao do intelecto, acompanhada de orgulho anormal, satnico,tal como inconcebvel para o homem comum.Um homem no instrudo, no qual acidentalmente Kundalini foi despertada,deve imediatamente consultar algum que entenda completamente desseassunto.O despertar de Kundalini o mtodo usado para tal coisa no publicamente conhecido e a tentativa de pass-la atravs dos Chakras a ordem dos quais tambm deliberadamente escondida do pblico nuncadevem ser tentados, a no ser sob expressa sugesto de um Mestre quevigiar seu aluno durante os vrios estgios da experincia.Os mais solenes avisos so dados por ocultistas experientes, contraqualquer forma de tentativa para despertar Kundalini, a no ser sobdireo qualificada, por causa dos reais e grandes perigos envolvidosnesse caso. Tal como dito no Hathayogapradipika: "Ela d libertao aosiogues e servido aos imprudentes" (III, 107).Em alguns casos Kundalini desperta espontaneamente, fazendo sentir-se umcalor lnguido; ela pode, mesmo, comear a mover-se por si prpria,embora isto se d raramente. Neste ltimo caso provavelmente causargrande dor, j que as passagens no esto preparadas para isso eKundalini ter de abrir seu caminho queimando realmente grande quantidadede impurezas etricas, processo que , necessariamente, doloroso. Quandoela acorda assim por si mesma ou acidentalmente despertada, tenta quasesempre subir pelo interior da espinha, em lugar de seguir o caminhoespiralado pelo qual o ocultista sabe como gui-la. Se for possvel, avontade deve funcionar para deter sua subida, mas se isso se mostrarimpossvel, como mais provvel, no se deve alarmar-se. Kundaliniprovavelmente se precipitar atravs da cabea e se escapar para aatmosfera circundante, e com certeza nenhum prejuzo advir disso, a noser um leve enfraquecimento. O pior que pode ocorrer, uma perdapassageira de conscincia. Os piores perigos esto relacionados com suadescida para o interior e no com a sua subida.A principal funo de Kundalini, em conexo com o desenvolvimento oculto,est no fato de que, quando enviada atravs dos Chakras no corpo etrico,ela vivifica esses Chakras e torna-os disponveis como entradas decomunicao entre os corpos fsico e astral. Diz-se, em A Voz doSilncio, que quando Kundalini alcana o centro entre os olhos e osvivifica inteiramente, confere o poder de ouvir a voz do Mestre o quesignifica, neste caso, a voz do ego ou do eu superior. O motivo est emque, desde que o corpo pituitrio levado atividade, forma um eloperfeito com o corpo astral e assim toda a comunicao interior pode serrecebida.Alm disso, os Chakras superiores tm de ser despertados, em devidaordem, e cada qual deve tornar-se responsivo a todos os tipos de [email protected]@yahoo.com 32. 32influncias astrais vindas dos vrios subplanos. A maioria das pessoasno pode obter isso durante a encarnao presente, se a primeira naqual comearam a levar seriamente em conta tais assuntos. Alguns hinduspodem consegui-lo, j que seus corpos, por hereditariedade, so maisadaptveis que os de muitos outros. Para a maioria dos homens sertrabalho para uma Ronda posterior.A conquista de Kundalini deve ser repetida em cada encarnao, j que osveculos so novos de cada vez, mas, depois que foi obtida, essasrepeties sero coisa fcil. A ao de Kundalini varia com os diferentestipos de pessoas. Alguns, vero antes o eu superior do que ouviro suavoz. Tambm essa comunicao com o superior tem muitos estgios. Para apersonalidade significa a influncia do ego, mas para o prprio egosignifica o poder da mnada: para a mnada, por sua vez, significatornar-se expresso consciente do Logos.No parece que haja limite de idade com relao ao despertar deKundalini, mas a sade fsica uma necessidade, devido ao esforoenvolvido.Um smbolo antigo era o trso isto , um basto com um cone de pinho naponta. Na ndia, o mesmo smbolo encontrado, mas em lugar do bastousa-se um pedao de bambu, com sete ns. Em algumas modificaes domistrio usou-se uma vara oca de ferro, que se dizia conter fogo, em vezdo tirso. O basto ou o bambu com seus sete ns representam a colunaespinhal com seus sete Chakras. O fogo oculto , naturalmente, Kundalini.O tirso no era apenas um smbolo, mas tambm um objeto de uso prtico.Tratava-se de um objeto fortemente magntico, usado pelos iniciados paralibertar o corpo astral do fsico, quando passavam inteiramenteconscientes para uma vida superior. O sacerdote que magnetizava o tirsocolocava-o contra a espinha do candidato e dava-lhe, desta maneira, algode seu prprio magnetismo, a fim de ajud-lo naquela vida difcil e nosesforos que iria encontrar pela frente. [email protected]@yahoo.com 33. 33CAPTULO VII Formas - Pensamentos---Os corpos mental e astral so os que esto principalmente ligados com aproduo do que chamado forma-pensamento. A palavra forma-pensamentono inteiramente exata, porque as formas produzidas podem ser compostasde matria mental, ou, na grande maioria dos casos, tanto de matriamental como de matria astral.Embora neste livro estejamos tratando, antes de mais nada, do astral eno do corpo mental, contudo, as formas-pensamentos, como acabamos dedizer, na grande maioria dos casos so tanto astrais como mentais. A fim,portanto, de tornar inteligvel o assunto, necessrio tratar amplamentetanto com o aspecto mental como com o aspecto astral.Um pensamento puramente intelectual e impessoal tal como o relacionadocom a lgebra ou a geometria estaria confinado matria mental. Se,por outro lado, o pensamento traz consigo qualquer desejo egosta oupessoal, ele atrair para si a matria astral, alm da mental. Se, aindamais, o pensamento for de natureza espiritual, se tiver o toque do amor eda aspirao, ou profundo e no egostico sentimento, ento pode tambmentrar nele um pouco do esplendor e glria do plano bdico.Cada pensamento definido produz dois efeitos: primeiro, uma vibraoradiante, depois uma forma flutuante.A vibrao instalada no corpo mental e dele irradiando acompanhada comum jogo de cores que tem sido descrito como o do borrifar de uma cascataquando a luz do sol a atravessa, porm em grau elevadssimo de cor evvida delicadeza.Essa vibrao radiante tende a reproduzir seu prprio ritmo de movimentoem qualquer corpo mental com o qual ela possa entrar em contato, isto ,produzir pensamentos do mesmo tipo daqueles a partir dos quais a vibraose originou. Deve-se notar que a vibrao radiante leva consigo no oassunto do pensamento, mas seu carter. Assim, as ondas de pensamento-emoo irradiando de um hindu engolfado em devoo a Shri Krishnatenderia a estimular os sentimentos devotos em quem quer que tombasse soba sua influncia, no necessariamente dirigidos tais sentimentos paraShri Krishna, mas, no caso de um cristo, para Cristo, no caso de umbudista, para o Senhor Buda, e assim por diante.O poder da vibrao para produzir tais efeitos depende principalmente danitidez e preciso do pensamento-emoo, bem como naturalmente daquantidade de fora nele colocada.Essas vibraes radiantes tornam-se menos eficazes na proporo dadistncia em que esto da sua fonte, embora seja provvel que a variaose mostre proporcional ao cubo da distncia, e no (como acontece com agravidade e com outras foras) ao quadrado, por causa da adicional(quarta) dimenso envolvida. [email protected]@yahoo.com 34. 34A distncia at a qual uma onda de pensamento pode irradiar eficazmentedepende da oposio que encontra. Ondas do tipo inferior da matriaastral so, habitualmente, logo desviadas ou dominadas por uma quantidadede outras vibraes do mesmo nvel, tal como um som suave afogado noestrpito de uma cidade.O segundo efeito, o de uma forma flutuante, causado pela poro devibrao que o corpo mental lana de si prprio, modelada pela naturezado pensamento, que junta em torno de si matria de ordem correspondentede delicadeza, retirada da essncia elemental circundante do planomental. Essa uma forma-pensamento pura e simples, composta apenas dematria mental.Se feita dos melhores tipos de matria, ser de grande poder e energia epode ser usada como o agente mais poderoso quando dirigida por umavontade firme e forte.Quando o homem dirige sua energia para objetos externos de desejo ou estocupado com atividades passionais ou emocionais, processo idntico severifica em seu corpo astral: uma poro dele expulsa e rene em tornode si prpria a essncia elemental do plano astral. Essas formas-pensamentos-de-desejo so causadas por Kama-Manas, a mente sob o domnioda natureza animal, Manas dominada por Kama.Tal forma-pensamento-de-desejo tem como corpo a essncia elemental, ecomo alma animadora, por assim dizer, o desejo ou a paixo que aprojetou. Tanto essas formas-pensamentos-de-desejo como as formas-pensamentos puramente mentais so chamadas dementais artificiais. A vastamaioria das formas-pensamentos comuns so do primeiro tipo, pois poucosso os pensamentos dos homens e mulheres comuns que no sejam matizadospelo desejo, a paixo ou a emoo.Tanto a essncia elemental mental como a astral, que possuem vida meiointeligente que lhes prpria, respondem muito facilmente influnciado pensamento humano e ao humano desejo: conseqentemente, cada impulsoenviado, seja do corpo mental de um homem, seja de seu corpo astral,reveste-se imediatamente de um veculo temporrio de essncia elemental.Esses elementais artificiais tornam-se, assim, uma espcie de criaturasvivas, entidades de intensa atividade, animadas pela ideia que as gerou.So, na verdade, amide, tidas erroneamente, pelos psquicos eclarividentes no treinados, como entidades realmente vivas.Assim, quando um homem pensa num objeto concreto um livro, uma casa,uma paisagem etc. constri minscula imagem do objeto na matria de seucorpo mental. Essa imagem flutua na parte superior daquele corpo, quasesempre diante do rosto do homem e mais ou menos ao nvel de seus olhos.Permanece ali durante todo o tempo em que o homem estiver pensando noobjeto, s vezes mesmo algum tempo mais, a extenso daquela vidadependendo da intensidade e clareza do pensamento. A forma bastanteobjetiva e pode ser vista por qualquer outra pessoa que possua visomental. Se um homem pensa em outra pessoa, cria um minsculo e exatoretrato dessa pessoa.Costuma-se comparar as formas-pensamentos, praticamente, com uma garrafade Leyden (recipiente carregado de eletricidade esttica), a prpriagarrafa correspondendo essncia elemental e a carga eltrica referindo-se ao pensamento-emoo. E tal como a garrafa de Leyden, quando tocaoutro objeto, descarrega sua eletricidade acumulada sobre o objeto, o [email protected]@yahoo.com 35. 35mesmo faz um elemental artificial quando se choca com um corpo mental ouastral. Descarrega sobre esse corpo sua energia mental e emocionalacumulada.Os princpios subjacentes na produo de todas as formas de pensamento-emoo podem ser assim definidos:1. Cor, determinada pela qualidade do pensamento ou emoo.2. Forma, determinada pela natureza do pensamento ou emoo.3. Clareza de contorno, determinada pela preciso do pensamento ouemoo.O perodo de vida de uma forma-pensamento depende de:(l) sua intensidade inicial;(2) a fora que lhe seja comunicada pela repetio do pensamento, sejapelo gerador, seja por outros. Sua vida pode ser continuamente reforadapor essa repetio, j que um pensamento, sobre o qual nos detemoslongamente, adquire grande estabilidade de forma. Alm disso, as formas-pensamentos de tipo idntico so mutuamente atradas e, ainda mutuamente,fortalecem-se, criando uma forma de grande energia e intensidade.Ademais, tal forma-pensamento parece possuir o desejo instintivo deprolongar sua vida, e reagir sobre seu criador, tendendo a evocar nele arenovao do sentimento que a criou. Reagir da mesma forma, embora noperfeitamente, sobre quaisquer outras pessoas com as quais possa entrarem contato.As cores nas quais as formas-pensamentos se expressam so idnticas sencontradas na aura.O brilho e a profundidade das cores so habitualmente a medida da fora eda atividade do sentimento.Para nosso presente propsito, podemos classificar as formas-pensamentosem trs espcies:(1) as relacionadas apenas com seu originador;(2) as relacionadas com outra pessoa;(3) as que no so nitidamente pessoais.Se o pensamento de um homem a seu prprio respeito ou baseado numsentimento pessoal, como costumam ser os pensamentos em sua vastamaioria, a forma pairar na vizinhana imediata do seu gerador. Aqualquer tempo ento, quando ele estiver em condio passiva, seuspensamentos e sentimentos no estando especificamente ocupados, suaprpria forma-pensamento retornar para ele, descarregando-se sobre siprprio. Alm disso, cada homem tambm serve como magneto para atrair asi as formas-pensamentos de outras, que sejam idnticas s suas, atraindoassim para sua prpria pessoa um reforo de energia vinda de fora. Aspessoas que se esto tornando sensitivas imaginaram, s vezes, em taiscasos, que tinham sido tentadas pelo "diabo", quando suas prpriasformas-pensamentos-de-desejo eram a "tentao". Longa meditao sobre omesmo assunto pode criar uma forma-pensamento de tremendo poder. [email protected] [email protected] 36. 36forma durar, possivelmente, por muitos anos e durante algum tempo tertoda a aparncia e poder de uma verdadeira e viva entidade. A maioria doshomens atravessa a vida encerrados numa gaiola construda por elesprprios, rodeada por massas de formas criadas pelos seus pensamentoshabituais. Um resultado importante disso est em cada homem olhar o mundoatravs de suas prprias formas-pensamentos e assim ver tudo colorido porelas.Dessa maneira, as formas-pensamentos do prprio homem reagem sobre ele,inclinando-se a se reproduzirem e instalando assim hbitos definidos depensamento e sentimento, que podem ser benficos se forem de carterelevado, mas que so entorpecedores e um inconveniente para odesenvolvimento, obscurecendo a viso mental e facilitando a formao dopreconceito e das tendncias e atitudes fixas que se podem transformar emdeterminados vcios.Tal como escreveu um Mestre: "O homem est constantemente povoando suacorrente no espao com um mundo que lhe prprio, repleto dos filhos desuas fantasias, desejos, impulsos e paixes". Essas formas-pensamentospermanecem em sua aura, aumentando em nmero e intensidade, at quecertas espcies entre elas dominem sua vida mental e emocional e o homemantes responda aos seus impulsos do que se decida por outros: assim socriados hbitos, a expresso externa de sua fora armazenada, e assim seucarter construdo.Ademais, como cada homem deixa atrs de si uma esteira de formas-pensamentos, segue-se que quando andamos ao longo de uma rua estamoscaminhando por um mar de pensamentos de outros homens. Se um homem deixarsua mente vazia por algum tempo, esses pensamentos de outros passamatravs dela: se um deles chama a sua ateno, sua mente dele se apodera,torna-o prprio, fortalece-o pelo acrscimo de sua fora e ento torna alan-lo fora, a fim de que v afetar alguma outra pessoa. Um homem no, portanto, responsvel por um pensamento que flutue em sua mente, mas responsvel se o tomar para si, meditar sobre ele & mand-lo a outros,fortalecido.Um exemplo de formas-pensamentos est nas nuvens sem forma, de intensatonalidade azul, que