8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 1/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 2/50
Patologias de vias
aéreas altas Thais Mulim Domingues da Silva
MR3 Pneumologia
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 3/50
Epiglotite eLaringotraqueobronquite
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 4/50
Introdução
Características anatômicas em crianças
- epiglote mais alongada e menos rígida- laringe mais anteriorizada- menor diâmetro interno da traquéia
- cabeça proporcionalmente maior do que a doadulto
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 5/50
Introdução
A causa mais comum de infecção e obstrução via aérea superior é o crupe viral, oularingotraqueobronquite viral aguda.Crupe – síndrome clínica caracterizada portosse ladrante, rouquidão, estridor inspiratóriodisfunção respiratória em vários graus deseveridade.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 6/50
Causas de obstrução laríngea que podemapresentar-
se como síndrome do crupe
Larigotraqueobronquite viral aguda (crupe viral)Crupe espasmódicoEpiglotite Traqueíte bacteriana Abscesso peritonsilar Abscesso retrofaríngeoUvuliteInflamação laríngea causada por queimadura
Obstrução por corpo estranhoNeoplasia/hemangiomaLaringite diftéricaParalisia de cordas vocais
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 7/50
Epidemiologia – Crupe viral
Crianças de 1 a 6 anos, com pico de incidênciano segundo ano de vida, quando ocorrem emtorno de 5 casos para 100 crianças.Internação – 1,2%Maior incidência - final do outono e durante oinverno.Meninos são mais afetados.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 8/50
Epidemiologia – epiglotitebacteriana
Pico de incidência dos 2 aos 6 anos.Predominância no sexo masculino.
Mais freqüente no final do inverno e início daprimavera.Incidência - modificações com a recomendaçã
rotineira da vacina conjugada (redução estimade mais de 95%).
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 9/50
Etiologia – Crupe viral
Vírus parainfluenza I – metade dos casos
Parainfluenza II, influenza A, adenovírus, vírurespiratório sincicial e Mycoplasma pneumoni
– mais raros.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 10/50
Etiologia - Epiglotite
Haemophilus influenza tipo b (Hib) era responsávelpela grande maioria dos casos antes da vacinaconjugada contra Hib.
Outros agentes envolvidos - Streptococcus dos grupo A,B,C; Streptococcus pneumoniae; Klebsiellapneumoniae; Haemophilus influenza não tipado;Candida albicans; Staphylococcus aureus; Neisseriameningitidis; varicella zoster; herpes simples tipo I; vírus parainfluenza e influenza tipo b.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 11/50
Fisiopatologia – Crupe viral
Infecção inicia na nasofaringe e dissemina-separa o epitélio respiratório da laringe e traquéiDesenvolve-se inflamação difusa com eritemaedema na parede da traquéia, alterando amobilidade das cordas vocais.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 12/50
Fisiopatologia – Crupe viral
Na região subglótica, porção mais estreita da vaérea superior da criança, um pequeno edema restringe de forma significante o fluxo aéreo,levando a um estridor, inicialmente inspiratóriO edema das cordas vocais será o responsávelpelo aparecimento da voz rouca.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 13/50
Fisiopatologia - Epiglotite
Ocorre uma celulite de estruturas supraglóticacom localização preferencial na epiglote.Ocorrem edema e eritema que evoluem, levana uma obstrução gradativamente rápida da viaaérea superior, caracterizando uma emergênciaclínica.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 14/50
Quadro clínico – Crupe viral
A LTVA geralmente é precedida de um quadrode infecção de vias aéreas superiorescaracterizado por coriza, febre baixa e tosse leEm 12 a 72 horas o paciente desenvolve tosseladrante, rouquidão, estridor inspiratório edisfunção respiratória em vários graus de
severidade.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 15/50
Quadro clínico – Crupe viral
Quando ocorre obstrução grave, observa-setaquipnéia, retrações supra-esternais esupraclaviculares, com agitação intensa. Podeocorrer sibilância associada, quando houver umacometimento mais significativo, de maneiraconcomitante, da árvore brônquica.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 16/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 17/50
Escore clínico para o crupe
Zero representa a ausência de sinais e amaior pontuação obtida (=17) representa adisfunção mais severa.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 18/50
Quadro clínico - Epiglotite
Ocorre em crianças previamente saudáveis querepentinamente, apresentam dor de garganta efebre alta. Em poucas horas, o paciente adquiraspecto toxêmico, com disfagia, salivaçãoabundante, ausência de tosse e disfunçãorespiratória progressiva associada a estridor
laríngeo importante, predominantementeinspiratório.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 19/50
Quadro clínico - Epiglotite
Posição sentada com hiperextensão cervical eprotusão do mento, para tentar manter a viaaérea permeável. À medida que aumenta o grade hipoxemia, ocorrem alterações à avaliação nível de consciência.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 20/50
Diagnóstico
Inspeção direta da cavidade oral nodepartamento de emergência ( evitar sempre qa hipótese de epiglotite é considerada ).
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 21/50
Epiglotite
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 22/50
Epiglotite
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 23/50
Diagnóstico radiológico
Afilamento abaixo das cordas vocais causadopelo edema da mucosa, conhecido como o“sinal da ponta de lápis”.
Hiperdistensão de hipofaringe durante ainspiração – CRUPE.Imagem correspondente a um aumento da
epiglote definido por “sinal do polegar” – EPIGLOTITE.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 24/50
Diagnóstico radiológico – sinal do polegar
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 25/50
Diagnóstico radiológico – abscessoretro-faríngeo
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 26/50
Diagnóstico radiológico
Nos pacientes com epiglotite bacteriana, ainvestigação radiológica deve sercomplementada com estudo do tórax paradeterminar a presença de edema pulmonar, quepode ocorrer pela exagerada pressão negativaintratorácica, ou focos de consolidação
broncopneumônicos associados.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 27/50
Diagnóstico endoscópico
Indicado quando há respiração ruidosa oualteração do choro entre os episódios de crupeepisódios mais freqüentes (ou progressivamenmais severos); intubação prévia (para exclusãode estenose subglótica ou lesão de nervolaríngeo) e na suspeita de aspiração de corpoestranho.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 28/50
Exames laboratoriais
Leucograma - discreta leucocitose e linfocitosna infecção viral, enquanto que na epiglotitebacteriana há leucocitose com desvio para aesquerda.
Gasometria arterial.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 29/50
Tratamento – Crupe viral
Umidificação ambiental - umidificação desecreções e uma diminuição do nível deansiedade da criança.Piora clínica pode ocorrer quando háhiperreatividade brônquica associada. Atualmente não tem sido indicado.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 30/50
Tratamento – Crupe viral
Hidratação
desidratação secundária a perdas aumentadaspor hiperventilação.edema pulmonar secundário a quadrosobstrutivos mais severos – realizar restrição.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 31/50
Tratamento – Crupe viral
Nebulização com adrenalina
adrenalina 1:1000 por via inalatória, em dosesque variam de 3 a 5 ml por nebulizaçãoadministrada.Efeito benéfico máximo - em 30 minutos, e odesaparecimento desse efeito - 120 minutos.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 32/50
Tratamento – Crupe viral
Como o efeito da adrenalina é limitado aoperíodo de 2 horas, o paciente deve permaneceem observação, porque após o efeito inicial,pode ocorrer um fenômeno de rebote.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 33/50
Tratamento – Crupe viral
Esteróides
-dexametasona 0,6mg/kg - prednisolona, via oral, na dose de 1 mg/kg, acada 12 horas (efeito até 24 horas após)
- 2 mg de budesonida em solução de nebulizaçã
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 34/50
Tratamento – Crupe viral
EOT
-Necessária em menos de 1%- Indicações - aumento do estridor, cianose,taquicardia, taquipnéia, fadiga, retrações econfusão, além da ausência de resposta àterapêutica farmacológica de suporte.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 35/50
Tratamento – Crupe viral
Heliox- gás inerte e atóxico, de baixa densidade e
viscosidade, que produz um fluxo mais laminamenos turbulento, melhorando a oxigenação ncrupe severo ou em outros processosobstrutivos de via aérea.
- a melhora é imediata, mas ocorre rápidarecorrência com a suspensão da mistura.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 36/50
Tratamento - Epiglotite
Antimicrobianos
-Redução do edema em 12-72h- Cefuroxime (150mg/kg/dia) ou Ceftriaxone(100mg/kg/dia), 10 dias.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 37/50
Tratamento - Epiglotite
A profilaxia com rifampicina para eliminação portador é indicada em todas crianças comepiglotite que não receberam ceftriaxone comotratamento.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 38/50
Tratamento - Epiglotite
Os contatos domiciliares devem receberprofilaxia se houver contato com menores de 4anos de idade não imunizados, ou comimunização incompleta; e os contatos escolarequando houver crianças menores de 2 anos semimunização completa.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 39/50
Tratamento - Epiglotite
É sempre uma emergência médica, requerendointubação no momento em que o diagnóstico éestabelecido. A extubação usualmente é possível em 30 a 60horas após o início do antibiótico e deve serrealizada após visualização direta da epiglote,com diminuição do edema.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 40/50
Anel vascular
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 41/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 42/50
Introdução
São malformações raras, classicamentesubdivididas emanéis completos , como o duploarco aórtico (DAA) e o arco aórtico à direita,com persistência do ducto arterioso (AD/LE), emanéis incompletos , como artéria subclávia direitaanômala (AI) e anel de artéria pulmonar.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 43/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 44/50
Diagnóstico
Esofagograma com bário - compressão em terço méddo esôfago e classificação do provável tipo demalformação. Traqueobroncoscopia - compressão pulsátil no terçoinferior da traquéia. TC tóraxRNM tórax
ArteriografiaEcocardiograma – investigar malformações cardíacasassociadas.
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 45/50
Tratamento
Correção cirúrgica
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 46/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 47/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 48/50
8/4/2019 Patologias Vias Aereas Altas
http://slidepdf.com/reader/full/patologias-vias-aereas-altas 49/50
Referências
Anéis vasculares na infância: diagnóstico e tratamento - Luis R. Longo-Santos, João G. Maksoud-Filho, Uenis Tannuri, Wagner C. Andrade,Manoel E.P. Gonçalves, Silvia R. Cardoso, João G. Maksoud - J. Pediatr
(Rio J) vol.78 no.3 Porto Alegre 2002.
Manejo clínico da obstrução de via aérea superior: epiglotite elaringotraqueobronquite - Sérgio Luís Amantéa, Ana Paula PereiraSilva - Jornal de Pediatria - Vol. 75, Supl.2, 1999.
Top Related