Versão On-line ISBN 978-85-8015-075-9Cadernos PDE
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR
FACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ - FAFIPAR SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACAO DO PARANA - SEED
SUPERINTENDENCIA DE ESTADO DE EDUCACAO DIRETORIA DE POLITICAS PUBLICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Minha Vida Dá Um Filme: currículo e sexualidade na escola
PARANAGUÁ, PR
2013
MARIA DE LOURDES MAZZA DE FARIAS
Minha Vida Dá Um Filme: currículo e sexualidade na escola Produção Didático-pedagógica, na forma de Unidade Didática apresentada para o Programa de Desenvolvimento na Educação (PDE) – Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED. Professor Orientador: Sidney Kempa
PARANAGUÁ, PR
2013
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO….........................................................................................04
INTRODUÇÃO .................................................................................................05
PROPOSTA : Criar um método de intervenção na escola...........................07
Atividade 1:
Oficina de Sensibilização................................................................................10
Atividade2:
Oficina de Teatro .............................................................................................11
Atividade 3:
Oficina de Fotografia.......................................................................................12
Atividade 4:
Oficina de Roteiro..............................................................................................................13
Referências.......................................................................................................15
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APRESENTAÇÃO
Car@s professor@s e car@s alun@s:
O Projeto Minha Vida Dá Um Filme: currículo e sexualidade na escola
é um projeto de intervenção escolar que integra a proposta do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria Estadual de Educação do
Paraná (SEED).
Esta proposta de ação está sendo sugerida e encaminhada por mim,
pedagoga, mas o trabalho pode ser realizado por qualquer professor/a. É
recomendável que nas atividades de pesquisa, de discussão, expressão e
sistematização de conhecimentos, que a gente envolva outras disciplinas
constituindo a experiência numa atividade interdisciplinar, multidisciplinar,
transdisciplinar ou qual seja o nome que possamos dar quando nos
movimentamos no sentido de ações mais coletivas e solidárias na escola.
Este material didático servirá como orientação para um processo de
discussão, facilitado e mediado por uma responsável por organizar e garantir
que as atividades sejam realizadas pel@s própri@s alun@s no espaço da
escola.
Considerando que o tema da sexualidade, já vem sendo tratado pela
sociedade desde os seus primórdios das garantias políticas e individuais e que
já desenvolve conceitos no campo da produção científica, da propaganda e da
produção cultural esta proposta de trabalho visa promover a releitura dos
mesmos. O estudo sobre sexualidade na escola tem por objetivo discutir com a
comunidade escolar o processo de construção e desconstrução de conceitos
arraigados e de preconceitos conservadores sobre a sexualidade.
Este projeto propõe a realização de oficinas que auxiliem alunas e
alunos por meio de instrumentos tecnológicos partir do senso comum,
debatendo a partir de sua prática social, instrumentalizados com leituras sobre
a construção histórica, social e cultural da sexualidade. Como resultado das
vivências e oficinas será realizado na escola uma apresentação dos mini curtas
em seção especial e exposição das atividades.
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INTRODUÇÃO
“Somente o combate das palavras ainda não ditas contra as palavras já ditas permite a ruptura do horizonte dado, permite que o sujeito se invente de outra maneira, que o eu seja outro. A fidelidade às palavras é a fidelidade a isso que arranca o eu de si mesmo, a isso que permite estabelecer uma nova relação entre o eu como si mesmo e o eu como outro. A fidelidade às palavras é manter a contradição, deixar chegar o imprevisto e o estranho, o que vem de fora, o que desestabiliza e põe em questão o sentido estabelecido daquilo que se é . A fidelidade da palavra é não deixar que as palavras se solidifiquem e nos solidifiquem, é manter aberto o espaço líquido da metamorfose. A fidelidade às palavras é reaprender continuamente a ler e a escrever ( a escutar e a falar). Só assim se pode escapar, ainda que provisoriamente, à captura social da subjetividade, a essa captura que funciona nos obrigando a ler-nos e escrever-nos de uma maneira fixa, com um padrão estável. Só assim se pode escapar, ainda que seja por um momento, aos textos que nos modelam, ao perigo das palavras que, ainda que sejam verdadeiras, converte-se em falsas uma vez que nos contentamos com elas.“( LARROSA, 1998.)
É inegável o papel que a escola representa na formação de diferentes
gerações. A sua legitimidade passa pelo reconhecimento de seu currículo, que
tem sobrevivido ao longo dos anos as suas próprias contradições. Ao mesmo
tempo a contemporaneidade tem trazido para a escola questões ligadas ao
campo do currículo, as quais dizem respeito à formação de identidade e as
formas de expressão das subjetividades. O nosso vir a ser, a nossa
pessoalidade está intrinsecamente ligada a nossa forma de intervenção no
mundo, a nossa forma de dizer o mundo. Somos seres de linguagem. Nada em
nossa subjetividade ou sexualidade escapa ao modo como aprendemos a
perceber, sentir, descrever, definir ou avaliar moralmente o que somos. Nossa
subjetividade e nossa sexualidade são realidades linguísticas.
Uma vez criados, os dispositivos lingüísticos tornam-se quase absolutos na demarcação do limite de possibilidade das identificações sexuais de cada indivíduo. Nossas relações culturais são relações de linguagem. Estamos presos ao repertório sexual de nossa cultura, até que novas práticas lingüísticas produzam novos modos de identificação moral dos indivíduos (COSTA, 1995, p. 87).
As discussões sobre a sexualidade na educação básica vêm acontecendo
desde a década de 70. A partir dos anos 80, certamente em função dos
movimentos feministas começam a tomar corpo questões relacionadas a
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gravidez na adolescência bem como as preocupações com o risco da infecção
pelo HIV.
Segundo pesquisa publicada pela revista Isto é (2006), dois em cada três
adolescentes têm a primeira relação até os 16 anos, enquanto 16% dos
entrevistados tiveram a primeira vez antes dos 13 anos. Entre os adolescentes
que já transaram, apenas 51% disseram usar camisinha sempre. Outros
estudos publicados pelo IBGE, OMS, Ministério da Saúde mostram que, desde
1980, aumentou em quase 15% o numero de nascimentos entre mães com 15
a 19 anos de idade; 90% das jovens grávidas conheciam métodos
contraceptivos, mas apenas 30% usavam. Segundo pesquisa da UNESCO
(2001) aproximadamente ¼ dos alunos pesquisados não gostariam de ter um
colega homossexual como seu colega de classe a mesma pesquisa ressalta
que entre os pais estas proporções são mais elevadas.
Como a sexualidade não é um tema que seja abordado de uma maneira
tranquila, imediata, objetiva, ela envolve convenções, representações,
fantasias, símbolos, linguagem. Um fato relevante para o interesse no estudo
da sexualidade na escola foi devido à dificuldade de convivência, socialização
e angústia de alguns alunos e alunas desta educadora/pesquisadora dentro do
espaço escolar. Não poder se expressar, ser rotulado, ser alvo de homofobia -
leia-se brincadeirinhas de mau gosto em salas de aula, o medo da perda de
gênero que a aproximação do outro, estranho/próximo, diferente de mim,
causa. Não considero a sexualidade como algo que possuímos “naturalmente”
como algo “dado” pela natureza, inerente a nós. É nosso processo cultural que
determina o que é ou não natural. Esse estranhamento tanto por parte dos
alunos e alunas, quanto dos professores e professoras, chamou a atenção para
o trabalho que a escola está ou não fazendo quanto à discussão da
sexualidade e por consequência das sexualidades não hegemônicas em seu
meio.
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PROPOSTA DE UMA ESTRATÉGIA DE TRABALHO
No contexto educacional é corriqueiro em sala de aula, o professor flagrar o
aluno ou aluna “distante” em seus pensamentos, voltado, provavelmente, para
problemas sentimentais, que envolvem a sexualidade desse sujeito em pleno
desenvolvimento biopsicossexual e social. Seria importante o (a) professor (a)
ter a sensibilidade de interromper a aula para sanar dúvidas, resolver situações
relacionadas com o universo do adolescente. É relevante atender os
questionamentos no momento em que esses ocorrem, seja em sala de aula ou
fora dela. As discussões podem ter início a partir da abertura para perguntas,
das respostas e sugestões de temas para a reflexão, o importante é que
educadores e educadoras não fujam a responsabilidade de . Segundo Pinto
(1999), faz-se necessária uma educação mais completa, na qual a pessoa não
seja compreendida a partir de uma série de partes independentes, em que
algumas são atuantes e outras não. Para o autor, é essencial integrar todas as
dimensões, entre elas a da sexualidade num contexto aceitável dentro dos
complexos escolares.
A educação básica segue orientações do Ministério da Educação, respaldado
em ampla legislação que dá suporte econômico e estrutural, porém com ampla
autonomia pedagógica dos estados e municípios para definir o currículo
escolar. A unidade nacional em torno da educação básica foi organizada nos
Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação (PCN´s). No documento de
1997, explicita-se como sendo:
(...) referenciais para a renovação e reelaboração da proposta curricular,
reforçam a importância de que cada escola formule seu projeto educacional,
compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da qualidade da
educação resulte da corresponsabilidade entre todos os educadores. A forma
mais eficaz de elaboração e desenvolvimento de projetos educacionais envolve
o debate em grupo e no local de trabalho. Os Parâmetros Curriculares
Nacionais, ao reconhecerem a complexidade da prática educativa, buscam
auxiliar o professorado na sua tarefa de assumir, como profissional, o lugar que
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lhe cabe pela responsabilidade e importância no processo de formação do
povo brasileiro. (BRASIL, 1997, p. 10) Este documento foi organizado em áreas
e em temas transversais, sendo o último deles, o Volume 10, o que trata da
Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. A proposta colocada pelos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS) é de discutir os temas da
sexualidade transversalmente, mas infelizmente isso não tem ocorrido, vem
sendo negligenciado pelas escolas (BRAGA, 2003), permitindo uma lacuna na
educação sexual do estudante. Segundo a autora, a exceção ocorre em casos
de transgressões às normas estabelecidas, escandalizando sob a ótica dos
gestores o espaço escolar. A partir daí, são adotas medidas imediatistas e o
medico, a agente de saúde ou a psicóloga normalmente são chamados para
atuar de alguma maneira, como, por exemplo, ministrar palestras.
Cada indivíduo vive sua história, seus afetos, seus sentimentos, cada um tem
sua singularidade como sujeito (PCNS, 1996, p. 117) mesmo estando em um
meio comum, ao qual a cultura e a ciência estejam presentes para todos ao
mesmo tempo. Nos locais onde se reúnem muitos da mesma geração, pode-se
visualizar com mais precisão a multiplicidade de sexualidades presentes. A
professora grávida; a/o adolescente em transformação física e psicológica; a
paixão platônica; o primeiro beijo acontecendo; o primeiro namoro; a troca de
confidências; o despertar dos desejos eróticos; a percepção de que não faz
parte da maioria no sentir; a percepção da orientação homossexual; as risadas;
as piadas; e tantas outras trocas afetivas. Nesse cenário, a discussão de
gênero e sexualidade no currículo acaba acontecendo no ambiente escolar,
sem fazer parte do currículo oficial, mas contribuem de forma implícita, para as
aprendizagens sociais relevantes. Ou seja, “aprende-se no currículo oculto,
como ser homem, ser mulher, ou homossexual, bem como a identificação com
uma determinada raça ou etnia” (SILVA, 2005, p. 79). Em meio a essa
diversidade de comportamentos, nem sempre aceitos pelos adultos
(professores/as, gestores/as etc.), podem ser gerados conflitos no interior das
escolas. Se a política adotada for o silêncio, acaba deixando desamparada a
maioria dos alunos e alunas em formação, além de alimentar ainda mais os
problemas vividos e explicitados pelos educadores, sendo o mais complexo: a
gravidez na adolescência. As paqueras, o namoro, os beijos, o “ficar” são
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comportamentos afetivos de quem está entrando na vida sexual e não se sabe
como vêm sendo tratados no interior das escolas..
Nossa cultura vem ditando regras e por elas vamos sendo norteados,
entretanto ao falar da sexualidade sobra sempre uma lacuna, especialmente
quando se trata de crianças e adolescentes. Para eles, há carência de uma
conversa mais direta, frequente e esclarecedora, dentro de um contexto no
qual o educando se sinta aceito com tranquilidade “(...) o resgate do erótico,
que implica ajudar o educando a encarar a sexualidade como algo bonito na
vida das pessoas, lutando por eliminar a visão que tem predominado: de algo
sujo, feio e vergonhoso” (FIGUEIRÓ, 2006, p. 40).
A ideia central nesse trabalho é criar uma metodologia que saia desse quadro
onde ditamos ideias. Não trocamos ideias. Discursamos aulas. Não
debatemos, discutimos temas. Trabalhamos sobre o educando. Não
trabalhamos com ele. Impomos-lhe uma ordem a que ele não adere, mas se
acomoda. Não lhe propiciamos meios para o pensar autentico, porque
recebendo as formulas que lhes damos, simplesmente as guarda. Não as
incorpora porque a incorporação é o resultado de busca de algo que exige, de
quem o tenta, esforço de recriação e procura. Exige reinvenção.
Proponho a realização de oficinas com grupos de adolescentes do oitavo ano
promovendo vivências que auxiliem a estes jovens, a comunidade escolar, e
educadores/as envolvidos/das a superação de opiniões construídas a partir do
senso comum, conhecimentos e experiências do cotidiano sem visão critica.
Reflexões sobre as questões levantadas sobre a sexualidade através de
vivência em oficinas de teatro, roteiro, fotografia subsidiadas por discussões e
criação de textos que desemboque em teatro, poesia, e na edição final do
material.
A proposta das oficinas como atividades norteadoras do processo de
intervenção na escola é uma alternativa que ajuda a acelerar a integração da
sexualidade humana no trabalho escolar, antes porem de iniciar o trabalho de
elaboração das oficinas e sabendo que minha postura nem sempre seria
objetiva e neutra fiz um questionário que foi aplicado entre o alunado
participantes do projeto que relacionava algumas questões sobre o tema.. O
que pude depreender é que o nível de abertura para o diálogo sobre temas
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relacionados com a sexualidade no seu ambiente familiar é baixo ou muito
baixo.
A maioria confunde sexualidade com sexo, quando perguntados o que
entendiam por sexualidade responderam:
“ entendo que é quando uma pessoa se relaciona com outra pessoa e que é
preciso se prevenir.”
“Sexualidade é um método didático” “Sexualidade é uma união entre pessoas do mesmo sexo”. A socialização dos alunos e alunas nesse campo se dá principalmente entre
os seus pares e a maioria afirma que são entre os amigos que procuram
informações sobre sexualidade. A escola e por extensão professores e
professoras praticamente não aparecem. Precisamos reverter esse quadro,
aliar ensino de qualidade com afetividade e respeito. Conhecimento, razão, o
exercício da reflexão crítica, o verbo, a comunicação, a ética, a estética à
sexualidade.
Atividade 1
Oficina de Sensibilização com Barro
A sexualidade é uma descoberta de si mesmo e de um próximo, a descoberta
sobre nossos próprios sentidos (sexualidade é tato além das maõs, tato
corporal, e tambem visao, audição, olfato e paladar... sexualidade é toque,
desde que consciente da intenção, de que seja bom, para ambos, casa do
prazer... o prazer esta em muitas coisas, e inclusive na sexualidade... o barro, é
o corpo da mae terra forjado por milhoes de anos de atividades atmosfericas e
geofisicas, ofererece uma oportunidade sensorial de descoberta e redescoberta
das sensações.
- vamos vivenciar o resgate do prazer do tato no contato com o corpo da mae
terra.
- Os alunos e alunas trabalharão com a técnica de adobe para construir uma
obra coletiva no pátio externo da escola.
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Esta técnica tem o objetivo de introduzir o tema da sexualidade de forma alegre
e colaborativa
ADOBE: Técnica de construção comum no mundo todo, que utiliza o barro com
pequena quantidade de areia como matéria prima. O barro deve ser bem
sovado e moldado em formas, sofre o processo de secagem a sombra, e não
recebe queima. As construções antigas sempre tinham a presença do Adobe, e
ainda hoje nos países Árabes é muito utilizada. No Brasil, em várias regiões no
centro e no norte do pais, ainda hoje utilizam esta técnica.
Nos usaremos a técnica para uma ação pedagógica e artística, moldaremos a
terra conforme a necessidade da obra criativa.
Atividade 2:
Oficina de Teatro
Na educação o teatro tem como papel trazer para o espaço escolar a sua
dinâmica que é de grande valia na comunicação do conhecimento. Tanto faz o
aluno estar como expectador ou figurante, o teatro se torna sólida ferramenta
pedagógica, pois como método pode ser bastante eficaz para entender um
determinado tema, além de fazê-lo refletir sobre uma questão moral através do
impacto emocional que lhe é causado. Aprender é uma atividade útil e
necessária, porém somente a diversão é absolutamente agradável. Se fosse
possível então unir o ato de aprender e o ato de divertir, o espaço escolar seria
um local mais propenso para uma aprendizagem prazerosa. Tendo como
elemento norteador o cotidiano, podemos abordar através do teatro uma
diversidade de assuntos de forma mais intensa e eficaz. pois, não é intenção
apenas facilitar o aprendizado das disciplinas, mas abrir discussão acerca das
questões referentes a sexualidade do ser humano e dos próprios/as alunos e
alunas..
A atividade teatral apresenta um valor pedagógico de fundamental importância
na vida do jovem. Trata-se de um movimento que permite o seu
desenvolvimento intelectual, emocional e social. Ao interagir na dinâmica
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teatral, o alunado pode desenvolver um espírito crítico, fortalecer sua
autoestima e autoimagem.
O objetivo do trabalho nessa oficina é compreender o imaginário do grupo com
práticas que permitam emergir o pensar, o sentir e o agir durante as
encenações, revelando o mundo lúdico que o envolve, dentre outras atividades,
o conhecimento do corpo, do espaço, da voz, os gestos, a concentração, a
respiração o saber ver e ouvir, enfim o imaginário de todos e de cada um.
Atividades:
Produzir cenas utilizando a técnica de teatro invisível para que o grupo perceba
a reação de alunas e alunos que não estão participando das oficinas.
- liberar as potencialidades dos alunos e a expressão de seus sentimentos;
- desenvolver oficinas de pesquisa de histórias e personagens;
- promover o estudo de textos ligados ao tema para produção de peças e
esquetes;
- aumentar a concentração, expressão oral e escrita dos alunos e alunas, a
partir de um clima de liberdade;
Atividade 3
Oficina de Fotografia
Uma fonte de pesquisa para estudarmos a vida cotidiana das sociedades de
séculos anteriores ao nosso é o exame de imagens. A utilização de
imagens,( retratos, pinturas, quadros), é cada vez mais presente no nosso
cotidiano. Mas será que realmente percebemos o que vários pintores,
fotógrafos representaram em suas obras? As vezes nem sequer olhamos as
imagens que nos cercam. Esta oficina pretende fazer com que alunos e alunas
conheçam mais profundamente a linguagem fotográfica, além de possibilitar o
trabalho com novas mídias; por exemplo, o telefone celular.
Pedir aos alunos que tragam fotografias para a sala de aula.
- O professor ou professora deve levar para a sala de aula várias imagens
fotográficas, de diferentes fontes históricas que representem a história da
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sexualidade, e apresentá-las aos alunos e alunas, de maneira que eles e elas
possam percebendo as diferenças criar uma linha do tempo fotográfica.
Atividades:
1. Em grupo, partindo do tema proposto, os alunos e alunas devem fazer
fotografias com câmeras ou celulares.
2. Os componentes do grupo selecionarão as fotos que considerarem mais
expressivas.
3. A classe discute sobre o processo de registro fotográfico e sobre os motivos
que determinaram as escolhas dos grupos.
4. A classe organiza uma exposição das fotos.
Se tivesse q fazer uma fotografia da sua vida quais as pessoas , objetos .
coisas , desafio fazer uma foto com todos eles
.
Atividade 4
Oficina de Roteiro
Esta oficina irá organizar todas as atividades das oficinas anteriores visando a
realização dos filmes. Num primeiro momento os alunos irão rememorar todas
as técnicas aprendidas nas outras oficinas para selecionar os temas a serem
filmados. Avaliações coletivas das ideias criativas determinarão o caminho
viável para sua produção , assim os alunos irão escrever seus roteiros já
visando a viabilidade de realização do conteúdo que será produzido dentro
das condições apresentadas .Como a ferramenta celular é uma linguagem em
que o tempo de duração e a leitura da imagem diferenciadas do audiovisual
tradicional , a elaboração do roteiro permitirá visionamento do
produto e dando fundamento para a obtenção de um resultado artístico e
comunicativo.
Atividades:
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-desenvolver o processo de criação de um roteiro, coletivamente. Todos os
participantes estruturam, desenvolvem e por fim escrevem um único roteiro.
Uma maneira prática e rápida de fazer isso, e que, produz resultados e ajuda
aos novatos a experimentarem a situação de criadores é o processo de
associação de uma ideia a um tema. Há sempre pontos de partida concretos
para o desenvolvimento de um roteiro. Pode ser uma imagem, uma situação,
um personagem, um acontecimento, um desejo ou até um objeto. Esse ponto
de partida será a ideia.
-fazer numa coluna uma lista de ideias sugeridas por cada participante.
-ao lado da lista das ideias, fazer uma segunda coluna, de temas. São
contextos, situações ou enfoques temáticos de preferência abstratos. Uma
forma abstrata de dirigir o nosso olhar e contextualizar aquele que seria o
assunto concreto da nossa futura história. A associação aleatória de cada item
da primeira coluna com os da segunda produzirá uma série de possibilidades
diferentes. Algumas, mais imediatamente visíveis, outras mais complicadas ou
até impossíveis. Mas a prática mostra que deste tipo de exercício surgirão
sempre algumas possibilidades de boas histórias.
Depois de algum treino, começa-se a perceber de imediato quando um par
ideia-tema contém substância criadora ou quando é relativamente estéril.
Nessa primeira fase, de preparação, recomenda-se que se reúna a maior
quantidade possível de informações sobre o tema.
Na segunda fase, definir os personagens em suas três dimensões: social,
pessoal e íntima.
- A dimensão social é a forma como a vida do personagem se articula com a
sociedade. Como ele sobrevive, seu trabalho ou seu papel histórico na
comunidade em que vive.
- A dimensão pessoal é a vida particular do personagem. Os amigos, familiares
e as relações próximas, incluindo eventuais amantes ou desafetos.
Depois de definidas as três dimensões, será necessário contar a história do
personagem. Origem, crescimento, formação e as opções da vida adulta. Isso
é um processo às vezes sequencial, às vezes aleatório, em que os elementos
vão sendo acoplados de forma livre. Outros personagens vão surgindo e novas
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situações se desenhando. É preciso deixar correr solta a imaginação para
depois começar um processo de seleção e cortes.
- Organizar grupos para a execução - cada grupo produzirá um vídeo com
orientação. O objetivo é entrosar cada grupo no trabalho de organização de
equipe de pesquisa dos temas, para produção do filme, além de descobrir e
valorizar novos talentos, incentivar a criatividade, proporcionará momentos de
lazer aliados a aprendizagem.
Referências
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Parâmetros Curriculares nacionais.
Brasília: MEC/SEF, 1996.
BRAGA, E.R.M.; Orientação sexual: Uma análise dos Parâmetros Curriculares
Nacionais. Arq. Apadec, 7(1) 37-41. 2003.
COSTA, J.F.. A Face e o Verso: estudo sobre homoerotismo II. São Paulo:
Editora Escuta, 1995.
COSTA, V. M. (org) O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio de Janeiro:
DP&A, 1999.
FIGUEIRÓ, Mary Neide Damico. Formação de educadores sexuais: adiar não é
mais possível – Londrina – Pr. EDUEL, 2006.
SILVA, Tomas Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução ás
teorias do currículo. 2º edição. Belo Horizonte: Autentica. 2005.
Oficinas
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/180/1/Primeiro%20traco.pdf
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2004-1/arq_terra/adobe.htm
.http://coral.ufsm.br/educom/2013/com/gt2/9.pdf
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