O TRANSPORTE DE CARGAS PESADAS: UM ESTUDO DE CASO DA FMC
TECHNOLOGIES DO BRASIL
Por
Flávia Roberta Carvalho de Oliveira
MONOGRAFIA
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
PÓS-GRADUAÇÃO
Rio de Janeiro, Janeiro 2011
2
Flávia Roberta Carvalho de Oliveira
O TRANSPORTE DE CARGAS PESADAS: UM ESTUDO DE CASO DA FMC
TECHNOLOGIES DO BRASIL
Monografia
Orientadora: Prof. Sérgio Majerowicz
Área: Organização
Departamento de Pós-Graduação
Janeiro de 2011
3
RESUMO
Oliveira, Flávia Roberta Carvalho de; Majerowicz, Sérgio. O
Transporte de Cargas Pesadas: Um Estudo de Caso da FMC
Technologies do Brasil. Rio de Janeiro, 2006. 38p. Relatório Final –
Departamento de Pós-Graduação. Instituto A Vez do Mestre.
Considerando a importância do Petróleo para nosso país e as dificuldades de transporte de cargas de grande volume e peso, este trabalho tem como objetivo expor estratégias logísticas de como lidar com situações inadequadas e sugerir possíveis soluções, por meio das experiências da FMC Technologies.
PALAVRAS-CHAVE (3 palavras):
Transporte, Logística e Petróleo
4
ABSTRACT
Oliveira, Flávia Roberta Carvalho de; Majerowicz, Sérgio. O
Transporte de Cargas Pesadas: Um Estudo de Caso da FMC
Technologies do Brasil. Rio de Janeiro, 2006. 38p. Relatório Final –
Departamento de Pós-Graduação. Instituto A Vez do Mestre.
Considering the importance of oil to our country and the difficulties of
transporting large loads of volume and weight, this work aims to expose logistics strategies of how to handle inappropriate situations and suggest possible solutions, through the experiences of FMC Technologies.
Key-words (Three words):
Transportation, Logistics and Petroleum.
5
Sumário
1. O PROBLEMA.........................................................................
1.1 Introdução.............................................................................
1.2 Objetivos..............................................................................
1.3 Relevância do Estudo..........................................................
1.4 Delimitação do Estudo..........................................................
7
7
10
11
11
2. REFERENCIAL TEÓRICO....................................................
2.1 Introdução.............................................................................
2.2 Logística...............................................................................
2.3 Transporte.............................................................................
2.3.1 Modal Rodoviário........................................................
2.3.2 Modal Aéreo................................................................
2.3.3 Modal Ferroviário........................................................
2.3.4 Modal Dutoviário.........................................................
2.3.5 Modal Aquaviário........................................................
2.3.6 Transporte Intermodal................................................
13
13
14
19
20
23
24
26
28
30
3. METODOLOGIA....................................................................
3.1 Tipo de Pesquisa..................................................................
3.2 Universo e Amostra..............................................................
3.3 Coleta de Dados..................................................................
3.4 Tratamento dos Dados........................................................
3.5 Limitações do Método.........................................................
33
33
33
34
34
34
4. O CASO FMC E A INDÚSTRIA PETROLÍFERA..................
4.1 A Indústria de Petróleo.........................................................
4.2 O Caso FMC.........................................................................
36
36
36
6
5. CONCLUSÃO.......................................................................
6. BIBLIOGRAFIA...................................................................
39
41
7
O PROBLEMA
1.1. Introdução
É de conhecimento geral a precariedade dos meios de transporte em
nosso país, tanto o transporte de passageiros como o de cargas é realizado de
forma não adequada.
Diariamente vemos na televisão problemas relacionados ao transporte de
passageiros; ônibus, trens e metrôs, sucateados e lotados, atrasos nos
horários de vôos, engarrafamentos quilométricos; muito pouco é feito pelos
governantes e pelas empresas privadas do setor para se ter um sistema de
transporte eficiente e decente.
Se o transporte da população urbana é tratado com descaso imagine o
transporte de cagas. Muitos problemas são observados, muitas possíveis
soluções sabidas; projetos feitos por pessoas preparadas, intelectuais, são
apresentados ao governo, porém ações para sanar as dificuldades são
pequenas.
De acordo com pesquisa realizada pela Geipot (Empresa Brasileira de
Planejamento de Transportes) 61% do transporte de cargas realizada no Brasil
é feita pelo modal rodoviário, um modal que normalmente já é caro e se torna
ainda mais dispendioso pela má conservação das estradas e por conta de
muitos assaltos que ocorrem. Apenas 19,5% do transporte são feitos por trem e
13,8% pelo meio hidroviário. Isto ocorre não somente por escolha do
8 transportador, mas pela falta de investimento dos modais. Modais como
ferroviário e hidroviário são mais baratos e adequados para o transporte de
cargas não perecíveis como grãos, porém muitas vezes grande parte dos
percursos desses materiais é realizada por caminhões por não termos redes
ferroviárias e hidroviárias bem planejadas.
A malha ferroviária de outros países, às vezes não mais desenvolvidos, é
bem maior que a do Brasil que tem extensão continental. Segundo pesquisa de
2006 da Revista Exame, os Estados Unidos é o primeiro lugar neste ranque,
10º. Lugar é a colocação do Brasil, tendo Argentina e França como 8º. e 9º.
respectivamente. Nosso país tem uma grande costa próxima dos principais
centros, somos abençoados por rios que mais parecem mar e não
aproveitamos da maneira que deveríamos nossos recursos naturais. Muitas
vezes usamos estes recursos naturais de forma irresponsável. O transporte
marítimo é lento, mas se considerarmos a quantidade de material que um navio
pode transportar e o número de empregos que este setor gera, veremos que é
uma mina de ouro para o país e para os empresários.
Posição País Malha Ferroviária em km
1 Estados Unidos 228.464
2 Rússia 87.157
3 China 70.058
4 Índia 63.140
5 Canadá 48.909
6 Alemanha 46.039
7 Austrália 43.802
9
8 Argentina 34.091
9 França 32.175
10 Brasil 29.798
(Fonte: Revista Exame, 2006)
O Brasil tem aproximadamente 7.000 quilômetros de costa.
Abaixo alguns números comparando-se a cabotagem com o transporte rodoviário:
- Um comboio de 10 mil toneladas transporta a carga equivalente à transportada por 278
caminhões de 36 toneladas cada;
- Esse mesmo comboio, em um percurso de 500 quilômetros, consome cerca de 21
toneladas de combustível. A frota de caminhões, para cobrir o mesmo percurso,
consome 54 toneladas;
- Para essa frota de 278 caminhões, são necessárias 556 pessoas, entre motoristas e
ajudantes, enquanto que o comboio de 10 mil toneladas é tripulado por apenas 12
(Fonte: Consórcio Corredor Atlântico do Mercosul no Rio Grande do Sul).
No Brasil há a fabricação de grandes equipamentos, principalmente por
conta da exploração do petróleo que vem cada vez mais despertando a
atenção mundial, no entanto não estamos prontos para aproveitar todas as
oportunidades deste negócio. As indústrias multinacionais têm grandes
dificuldades em conseguir suprimentos, mão de obra e transporte
especializados e as empresas nacionais por muitas vezes não conseguem
enxergar as necessidades do mercado, nem alcançar a qualidade que é
requisitada.
Muitas empresas estão corriqueiramente esbarrando nas dificuldades de
transporte de seus materiais. Excesso de burocracia é encontrado na liberação
de estradas e erros de medições em passarelas acontecem prejudicando o
transporte. As empresas montam filiais para facilitar este transporte, gastando
assim milhares de reais para solucionar um problema que não deveria existir.
10
1.2. Objetivo Final e Objetivos Intermediários
Serão identificados os problemas relacionados ao transporte de cargas
grandes e pesadas. Analisaremos custo de demora e prejuízos que as
empresas precisam arcar. Estudaremos alguns modais e como o investimento
nesses modais podem facilitar o trabalho das indústrias.
Os objetivos intermediários são metas de cujo atingimento depende o
alcance do objetivo final. (Vergara, 2005, p. 25).
Em concordância com a frase de Vergara, exporemos abaixo objetivos
intermediários que irão guiar a pesquisa e que serão primordiais para
atingirmos a meta proposta.
Conceituar Logística e delimitar seus conceitos;
Conceituar Transporte e delimitar seus conceitos;
Apresentar um pouco sobre o histórico do transporte no Brasil;
Identificar os modais utilizados pelo Brasil;
Apresentar um breve histórico sobre a indústria do petróleo e
sobre a FMC Technologies;
Analisar os aspectos estudados e os comparar com as
necessidades do mercado.
11
1.3. Relevância do Estudo
Os departamentos de transporte de cargas brasileiro começaram a
modificar o seu pensamento no que tange a sua administração. Iniciou-se
então uma fase de desenvolvimento, pois os empresários do setor perceberam
que no mercado competitivo e dinamizado em que vivemos as organizações
precisam acompanhar a evolução da globalização, pois se a empresa não se
inovar ela poderá não perpetuar sua sobrevivência. Através do presente estudo
desejamos mostrar o quão necessária é a utilização de estratégias para
diminuir os custos e fatos indesejáveis no transporte de grandes cargas.
A escolha assertiva de um modal e o comprometimento dos funcionários
é um dos maiores influenciadores para a diminuição de custos e gastos, sendo
assim, conseqüentemente, para o crescimento da organização. Fazer certo da
primeira vez é uma importante política a ser seguida, pois desta maneira
“incêndios” desnecessários não ocorrerão, a atenção de todos os envolvidos no
processo estará em atividades que realmente agregam valor para o trabalho,
os funcionários e a empresa poderão dar mais atenção para seu
desenvolvimento e assim todos caminharão para o objetivo principal da
empresa.
Esperamos que este trabalho possa auxiliar as indústrias e operadores
logísticos a visualizar as dificuldades do transporte de cargas, se inspirarem
com possíveis soluções e em conseqüência na elaboração de novas políticas
de transporte.
1.4. Delimitação do Estudo
12
O presente estudo delimita-se a análise de uma só empresa, apesar do
mesmo poder servir como base para o entendimento de possíveis soluções de
problemas para outras organizações.
O horizonte temporal estudado é outro fator limitador do trabalho, visto
que nossa análise será pontual.
13
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Introdução
Este capítulo tem como objetivo proporcionar ao leitor esclarecimento
sobre o tema e servir como suporte para o entendimento do estudo de caso.
O referencial teórico revê a literatura já existente de autores consagrados,
também utilizam como referência trabalhos realizados por outros autores.
Vergara explicitou este fato em seu livro Projetos e Relatórios de Pesquisa em
Administração da seguinte forma:
Denomina-se referencial teórico o capítulo do projeto que tem por
objetivo apresentar os estudos sobre o tema, ou especificamente sobre o problema, já
realizado por outros autores. Faz, portanto, uma revisão da literatura existente, no que
concerne não só ao acervo de teorias e a suas críticas, como também a trabalhos
realizados que as tomam como referência (Vergara, 1996. p.35).
Falaremos sobre o significado de logística e transporte e de como estes
podem ajudar ou prejudicar uma empresa. Algumas definições serão
abordadas para dar compreensão ao objeto de estudo e fornecer material de
base para dar sustentação ao estudo.
14
2.2. Logística
Diversos conceitos por diferentes autores foram dados a logística. Martin
Christopher, Ronald H. Ballou e Amir Valente são exemplos de pessoas que
muito têm estudado sobre essa matéria subjetiva, fascinante e me atrevo a
dizer também empírica.
No dicionário Priberan a Logística está conceituada das seguintes formas:
Organização e gestão de meios e materiais para uma atividade, para
uma ação ou para um evento.
Parte da arte militar que trata do apoio às tropas no que diz respeito à
alimentação, municiamento, saúde, transportes, etc. (Fonte:
http://www.priberam.pt/dlpo/default.aspx?pal=logística, 2011).
Para Martin Christopher (1997): “A Logística é o processo de gerenciar
estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenamento de materiais,
peças e produtos acabados – e fluxos de informações correlatas – através da
organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as
lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo
custo”.
De acordo com Ballou (1993) a Logística trata-se de todas as atividades
de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o
ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como
dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento com
propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo
razoável.
15
Outra definição é de Sole (2000) que vê a logística por meio dos 8R,
finalidades descritas abaixo:
Right Material (materiais corretos);
Right Quantity (quantidades corretas);
Right Quality (qualidade justa);
Right Place (local justo);
Right Time (tempo justo);
Right Method (método justo);
Right Cost (custo justo);
Right Impression (impressão correta).
A logística sempre existiu na história da humanidade, mesmo sem
percebermos utilizamos a logística em nosso dia a dia. Quando nos
programamos e decidimos a maneira de movimentar ou armazenar nossos
utensílios não deixa de ser uma forma de administração.
Para as forças armadas este assunto foi visto mais seriamente e
desenvolvido para servir como estratégia de guerra, sem a logística seria muito
difícil ganhar uma batalha. A logística e a estratégia andam de mãos dadas no
mundo atual, suas bases dão suporte às decisões, ajudam na definição de
quais riscos são necessários e possíveis de serem ultrapassados, auxiliam nos
trade-offs. Daí se iniciou o estudo desta nova ciência, pois por meio dela os
soldados podem prover e prever os meios para qualquer incursão. Atualmente,
em qualquer força militar podemos identificar departamentos de logística e
estratégia e à dedicação dada aos militares a estas áreas.
16
A logística militar compreende o tempo e espaço em guerra:
equipando, fornecendo, movimentando e mantendo os exércitos (Huston, 1988, p.7).
O conceito de produto/serviço certo, no local certo, no tempo certo,
inicialmente desenvolvido em termos militares, facilmente transitou para o mundo
empresarial, tendo sido adaptado, na sua gênese, com a perspectiva de movimentar e
coordenar o ciclo de produtos finais (distribuição física) para, com o passar do tempo,
assumindo novas exigências, devidas a várias causas, entre elas, o aumento das
pressões dos vários mercados (Carvalho, 2006, p.6).
Porém a logística empresarial só ganhou força por volta de 1980 por
causa da globalização. Atualmente esta ciência é um meio para se cortar
custos e garantir a eficiência e eficácia. As empresas conseguem escolher os
lugares mais adequados e baratos para se construir, comprar, montar,
transportar, armazenar...
A missão da logística é tornar disponíveis os produtos ou serviços
corretos e requeridos, no tempo certo, no local certo, nas condições adequadas
ao mesmo tempo em que produz maior contribuição para a empresa. Suas
atividades primárias são: gerência de estoques, gerência de transportes e
gerência de informação.
17
(Fonte: http://tecnologiaelogistica.blogspot.com, 26/01/2011).
Suas atividades secundárias são armazenagem, manuseio de materiais,
embalagem, compras, programação de produtos e sistemas de informação.
(Fonte: http://www.ocoruja.com/index.php/tag/supply-chain/page/2/, em 22/01/2011).
18
A logística reversa trata do retorno dos produtos ou embalagens, quando
há defeitos, devoluções ou para descartes. É um tema importantíssimo em
virtude da atual preocupação mundial com os problemas ambientais. Por meio
dela desperdícios são evitados e a reciclagem pode feita com mínimo custo. As
empresas economizam, deixa o cliente satisfeito e ainda colaboram para um
planeta mais limpo. Há organizações que existem apenas com esta finalidade e
têm grande lucratividade. As principais atividades na logística reversas são as
seguintes:
Retorno do produto à origem;
Revenda do produto retornado;
Venda de um produto num mercado secundário;
Venda do produto via outlet;
Venda do produto com desconto;
Remanutatura;
Reciclagem;
Reparação;
Doação.
A cadeia logística é uma estratégia razoavelmente nova que atua como
canal de movimento do produto ao longo do processo industrial até o cliente. É
conhecida como uma corrente com elos que se ligam sucessivamente de uma
ponta à outra, de modo que ações de uma empresa afetam, de forma positiva
ou negativa, os custos de outras empresas da cadeia de suprimentos. Tem
como agentes os fornecedores, os consumidores, a produção e a distribuição.
19 Esta ferramenta pode melhorar a competitividade da empresa, bem como sua
rentabilidade global, pois implica em alta interação entre os participantes,
exigindo a consideração simultânea de diversos trade-offs. Dentre vários
processos que devem ser considerados para a implementação da cadeia de
suprimentos, segue abaixo os 7 mais importantes:
Relacionamento com os clientes;
Serviço aos clientes;
Administração da demanda;
Atendimento de pedidos;
Administração do fluxo de produção;
Compras / suprimentos;
Desenvolvimento de novos produtos.
É um processo muito difícil e desafiador e exatamente por isso pouco
utilizado, porém o sucesso de sua implementação traz grande rentabilidade
tanto para a empresa quanto para os fornecedores e clientes.
2.3. Transporte
Como vimos anteriormente o transporte está entre uma das funções
primárias da logística. Destacando-se, portanto, como uma vertente que se
deve prestar muita atenção.
20
Existem 5 modais de transporte; rodoviário, aquaviário, ferroviário, aéreo
e dutoviário. Cada um com seus benefícios e finalidades.
2.3.1. Modal Rodoviário
O transporte rodoviário é o mais utilizado no Brasil e em todo o mundo,
por sua facilidade, visto que as estradas são utilizadas para o transporte de
cargas e pessoas, portanto vão sempre existir; atualmente há no mundo 13
milhões de quilômetros de rodovias pavimentas.
País Rodovia % Hidrovia % Ferrovia %
Alemanha 61,21 16,51 22,28
Bélgica 65,31 13,69 21,00
Brasil 63,11 21,72 11,72
Estados Unidos 32,41 20,37 47,22
França 72,44 3,33 24,23
Holanda 75,49 20,98 3,53
Inglaterra 66,60 25,67 7,73
Itália 88,95 0,70 10,98
Japão 50,25 44,77 4,98
Polônia 42,65 0,64 56,71
(Fonte: Ministério dos Transportes, 1999).
21
O modal rodoviário é bastante adequado para transportar materiais
perecíveis e de grande valor, mas não é recomendado para produtos agrícolas
a granel, em virtude do baixo valor do produto, o transporte acaba sendo
encarecido.
Diferente de um navio ou trem este modal tem seu carregamento muito
limitado, peso e volume de seu carregamento são delimitados para segurança
do transporte.
A manutenção dos veículos também é um alto custo, sem contar com o
valor de seguro e contratação de motoristas e ajudantes. Encontrar mão de
obra qualificada e experiente tem sido cada vez mais difícil.
O espaço do veículo neste tipo de transporte pode ser utilizado como de
carga completa ou fracionada. O fracionamento do espaço permite a
diversificação de embarcadores num mesmo embarque, diluindo desta forma, o
custo entre os clientes na fração de sua utilização. Muitas empresas preferem o
fracionamento, por meio dele se pode aproveitar mais o espaço do veículo com
produtos diferentes e atender a diversos clientes do mesmo perímetro, sem
precisar que um caminhão com apenas um produto se locomova de ponta à
ponta de um estado. É uma forma de economizar combustível e diminuir o
estresse do condutor.
Existem mais de 5000 transportadoras no Brasil, sendo muitas delas
empresas familiares com menos de 5 caminhões.
Este modal se apresenta como um dos mais flexíveis no acesso às
cargas; pode alcançar às áreas mais remotas. Vejamos abaixo algumas de
suas qualidades:
Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a
percorrer;
22
A unidade de carga chega até a mercadoria, enquanto nos outros modais
a mercadoria deve ir ao encontro da unidade de carga;
Vendas que possibilita entrega direta ao consumidor;
Exigência de embalagens a um custo menor;
A mercadoria pode ser entregue diretamente ao cliente;
Uma movimentação menor da mercadoria, reduzindo os riscos de avarias;
Muitos pontos negativos também podem ser destacados, segue abaixo:
Seu custo de fretamento é mais expressivo que os demais concorrentes
com características próximas;
Os veículos utilizados para tração possuem um elevado grau de poluição
ao meio ambiente;
A malha rodoviária deve estar constantemente em manutenção ou em
construção, gerando custos ao erário ou ao contribuinte, pois as estradas
privatizadas cobram pedágio.
Apesar da grande importância deste modal os investimentos neste setor
não têm sido agressivo, pelo contrário, cada vez mais observamos as estradas
cheias de buracos e impostos e taxas mais altas. Mesmo as estradas
privatizadas não estão em ótimas condições, estão apenas em condições
adequadas. Logo no primeiro mês deste ano tivemos o aumento do pedágio
das vias do privatizadas no Rio de Janeiro, mas não observamos melhoras.
A condição piora nas cidades do Grande Rio, onde estão situados os
grandes centros de distribuições. As Prefeituras não investem o suficiente na
pavimentação e manutenção de suas vias, assim como na iluminação e
veículos de apoios para caso de emergências ou incidentes.
23
Estes fatores colaboram para a quebra dos veículos e aumento dos
custos para o transporte rodoviário.
2.3.2. Modal Aéreo
Este é um dos meios de transporte mais caros, porém também rápido,
consegue fazer entregas de produtos perecíveis, de alto valor ou que precisam
de entrega imediata de forma eficiente, conduz a mercadoria a outros
continentes, os mais longes, em algumas horas.
Este modal ganhou força após a Segunda Guerra Mundial, quando o
transporte de passageiros e de mercadorias deu força para o desenvolvimento
deste veículo. No Brasil o transporte aéreo ganhou forças a partir de 1994 com
a melhora da economia do país, com o início do Plano Real e em reação às
políticas públicas para o crescimento da importação e exportação.
Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, o Brasil tem
alcançado volumes em torno de 500.000 toneladas neste transporte.
Uma curiosidade deste modal é que apesar do avião ser um dos meios de
transportes mais seguros do mundo, de acordo com pesquisa realizada pelo
Ministério do Trabalho dos Estados Unidos da América, piloto de avião é
considerado a 3ª. profissão mais perigosa deste país, pois num universo de
100.00 trabalhadores 101 profissionais morrem por ano.
Vantagens:
É o mais rápido para transportar passageiros a médias e grandes
distâncias;
Grande liberdade de movimentos;
24
É dos mais seguros e cômodos;
É o mais adequado para o transporte de mercadorias de alto valor
(diamantes, instrumentos de ótica, produtos farmacêuticos, etc.).
Desvantagens:
Elevada poluição atmosférica, devido à emissão de dióxido de
carbono;
Poluição sonora nas áreas circundantes aos aeroportos;
Forte consumidor de espaço, devido à construção das infra-
estruturas;
Elevado consumo de combustível;
É muito dispendioso;
Algumas áreas estão congestionadas, devido à densidade do tráfego,
gerando problemas de segurança;
Muita dependência das condições atmosféricas (nevoeiro, ventos
fortes...);
Reduzida capacidade de carga (em relação a transportes marítimo e
ferroviário),(Fonte: http://pt.wikipedia.org, em 23/01/2011).
2.3.3. Modal Ferroviário
Este tipo de transporte atende a demandas de baixo valor agregado,
como por exemplo, o transporte de grãos, derivados de petróleo, carvão,
produtos não perecíveis que podem levar mais tempo para sua entrega e cujo
transporte é feito em grande quantidade.
25
(Fonte: ANTT, 2006).
A malha ferroviária brasileira é de 29.706 quilômetros de linha e sua
concentração está nas regiões sul, sudeste e centro-oeste do país.
Itens Números
Extensão das ferrovias no Brasil 28.446 Km
Empresas operadoras 12
Pessoal Empregado 16.707
Receita operacional total R$ 2,6 bilhões
Receita com transporte de passageiros R$ 12,6 bilhões
Receita com transporte de mercadorias R$ 2,5 bilhões
(Fonte: O Estado de Minas, 2002)
26
Após a privatização da malha ferroviária, mais de 96% da malha opera
por concessão, houve um desenvolvimento considerável, pois as empresas
operadoras são responsáveis pela manutenção e investimentos na rede.
Decênios Km
1854 a 1863 428
1864 a 1873 70
1874 a 1883 4.225
1884 a 1893 6.131
1894 a 1903 4.525
1904 a 1913 8.604
1914 a 1923 5.311
1924 a 1933 3.148
1934 a 1943 1.698
1944 a 1953 2.248
Total até 1953 36.388
(Fonte: UFMG, 1988).
2.3.4. Modal Dutoviário
Este modal é utilizado de forma contínua, por meio de dutos, tubulações,
ainda é muito pouco utilizado, é lento, mas funciona 24h por dia 7 dias por
semana, sua operação só é paralisada para manutenções ou por conta de
algum acidente.
27
Seu custo fixo é muito elevado, em virtude da construção, requisitos de
controle e bombeamento, mas seu custo variável é baixo.
É, portanto, o segundo modo com mais baixo custo, ficando atrás
apenas do modo de transporte hidroviário (Ribeiro & Ferreira, 2002).
É utilizado para transportar petróleo e derivados por longas distâncias.
Seu transporte é dividido em três categorias. Uma delas é o oleoduto, são
produtos como gasolina, álcool, querosene, petróleo, entre outros. Outra
categoria é o menerodutos, que são os minérios de ferro, sals-gema e
concentrados fosfáticos. Por último temos gasodutos, que realizam o transporte
de gás como o transporte realizado entre o Brasil e a Bolívia, que tem o maior
gasoduto do mundo.
Também existem três tipos de dutos. Os dutos subterrâneos são aqueles
enterrados, são mais protegidos contra incidentes com carros, tratores e
curiosos e vândalos, evitando portando, acidentes, desperdícios e perdas. Os
dutos aparentes são visíveis, por cima da terra, normalmente são observados
nas estações de bombeamento, carregamento e descarregamento. Os dutos
submarinos são utilizados em sua maioria das vezes nas plataformas, sua
maior parte está no fundo do mar, é utilizado para o transporte de petróleo,
gás, água e demais componentes que fazem parte na exploração submarina.
Vantagens:
Permite que grandes quantidades do produto sejam deslocadas de
maneira segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por caminhões,
trens ou por navios e conseqüentemente, diminuindo os riscos de acidentes
ambientais;
28
Podem dispensar armazenamento;
Simplificam carga e descarga;
Diminuem custos de transportes;
Menor possibilidade de perdas e roubos;
Redução do desmatamento;
Melhoria da qualidade de ar nas grandes cidades;
Facilidade de implantação, alta confiabilidade, baixo custo de consumo de
energia, baixos custos operacionais.
Desvantagens:
Acidentes ambientais;
Número limitado de serviços;
Capacidade limitada.
2.3.5. Modal Aquaviário
Este sistema de transporte é estratégico tanto nacionalmente quanto
internacionalmente, pois ele promove a interação entre os portos de forma mais
econômica, com grandes volumes e tem menores riscos de poluição ambiental.
Apresenta grande competitividade para longas distâncias, porém necessita de
um transporte complementar para que os produtos possam chegar ao seu
destino. Ainda perde para o transporte rodoviário, por precisar de mais infra-
estrutura e incentivos para os empresários.
29
Em primeiro lugar há a cultura no país do uso do caminhão, de forma
inadequada, porque estamos enchendo as estradas brasileiras de caminhões, inclusive,
com custos muitos maiores do que o custo da cabotagem, pelo menos duas vezes
maior. O que precisamos é pegar os portos de natal e outros, equipá-los, para que sejam
pontos dessa navegação interior e é isso o que estamos fazendo e dar ao armador de
cabotagem entre os portos do Brasil as condições para que eles possam operar, por
exemplo, eles reclamam dos elevados custos de combustível, eles reclama das questões
tributárias (Fonte: Pedro Britto, 2007).
Pode ser realizado por meio da cabotagem que é a navegação pela costa
do país ou por navegação interior, realizada através dos lagos e rios.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários o crescimento
anual de movimentação de cargas no Brasil é de 7,2% ao ano, em 2007 a
movimentação de cargas foi de 754.716.655 toneladas. Ainda de acordo com a
Agência 8 produtos representaram dois terços de toda a movimentação de
cargas do Brasil do ano de 2007, são eles: minério de ferro (34,44%), petróleo
(11,19%), derivados de petróleo (5,81%), soja (4,31%), bauxita (3,95%),
adubos e fertilizantes (2,42%), açúcar (2,8%) e farelo de soja (1,37%). O longo
curso representa 74,1% de toda movimentação de cargas.
No Brasil temos 37 portos públicos entre marítimos e fluviais. Há também
42 portos privativos e 3 complexos portuários que funcionam por meio de
concessão.
A Secretaria de Portos da Presidência da República é responsável por
desenvolver, planejar e executar medidas, programas e projetos referentes à
infra-estrutura dos portos e assegurar a segurança dos transportes.
30
(Fonte: Secretaria de Portos, 2011)
2.3.6. Transporte Intermodal
Podemos fazer a transferência de pessoas ou mercadorias pela forma
intermodal ou intramodal. A transferência intramodal é aquela realizada por
diferentes veículos do mesmo modal, como, por exemplo, a transferência de
mercadorias para diferentes aviões ou caminhões.
31
Usualmente a transferência intramodal é, operacionalmente, mais
simples pode ser feita porque os veículos são similares. Já o transporte intermodal
envolve a transferência de uma carga única entre diferentes veículos e diferentes modais
e tem por vantagem aproveitar o que de melhor cada modal pode oferecer com o
objetivo de aumentar a eficiência no transporte e reduzir custos enquanto oferece um
serviço bastante competitivo (Fonte: Muller, 1995).
(Fonte: http://www.tendenciasemercado.com.br, em 23/01/2011).
O transporte intermodal é o processo de movimentar mercadorias de um
ponto a outro por meio de dois ou mais modais de forma eficiente, sem
desperdícios. Neste processo a logística integrada é de suma importância, pois
facilita a comunicação entre todos os elos. Porém alguns autores o vê como
problemático.
Pode ser um problema se considerarmos as dificuldades de se
transferir mercadorias entre diferentes veículos de diferentes modais, como por exemplo:
entre navios e trens ferroviários (Fonte: Muller, 1995).
32
Por esta dificuldade e necessidade da interação ajustada dos
participantes do processo é preciso que a embalagem e paletização sejam
padronizadas. Normalmente a conteinirização é utilizada para facilitar o
transporte e protegendo as cargas de desperdícios e furtos. Porém tem como
desvantagem seu alto custo de aquisição, aluguel, reparo, armazenagem e
viagem de retorno.
(Fonte: http://www.mobilespacesales.com, 23/01/2011)
Para conhecimento, esclareço também o conceito de transporte
multimodal, sua maior diferença do intermodal é por ele ser regido por um
único contrato, ou seja, por ter um único operador de transporte multimodal. É
regido pela lei 9.611, está em consonância com o acordo firmado entre os
países da América Latina e, é baseada com o Convênio das Nações Unidas
realizado em 1980 em Genebra. Não existem leis definidoras e reguladores do
transporte intermodal.
33
3. A METODOLOGIA
3.1. Tipo de Pesquisa
A pesquisa, quanto aos fins, será aplicada, descritiva e explicativa, visto
que a partir do conhecimento teórico da matéria em questão iremos descrever
os fatos, atos e história da empresa estudada, com este material será possível
entender um pouco sobre como funciona transporte de cargas pesadas, assim
será possível identificar os fatores prejudiciais para a FMC, que ocasionam
danos aos produtos e custos de multas.
Quanto aos meios será uma pesquisa bibliográfica, documental, estudo
de caso e pesquisa de campo. A bibliografia e os documentos servirão como
base para se escrever sobre o assunto proposto. Os documentos serão da
empresa estudada e do mercado petrolífero. O estudo de caso e a pesquisa de
campo serão meios práticos para encontrarmos os fatores que desejamos
analisar.
3.2. Universo e Amostra
O Universo será representado por toda a organização FMC.
34
Usarei uma amostra por tipicidade e acessibilidade, pois existem pessoas
dentro da organização que são representativas de toda população, pois muito
conhecem sobre a mesma e estão abertos para colaborar com a pesquisa e
outras que atingem de forma direta o departamento logístico.
3.3. Coleta de Dados
Neste trabalho está sendo utilizada a pesquisa bibliográfica, através de
livros, teses de mestrado, trabalhos de monografia, sites e artigos. Este tem
como objetivo um melhor embasamento teórico para a compreensão do
assunto e para a aplicação da teoria.
A coleta de dados também será através de documentos, como pesquisas
realizadas por associações de classe, da empresa estudada e de outras
empresas.
3.4. Tratamento dos dados
Será utilizado um tratamento subjetivo.
3.5. Limitações do Método
Uma limitação do método é a tendenciosidade do pesquisador. Visto que
mesmo que inconscientemente, o pesquisador inserir informações de acordo
35 com seu entendimento pessoal e não de acordo com os dados reais da
pesquisa.
Por fim, a logística é um aspecto muito complexo de uma empresa e o método
em si só pode não capturar todos os fatores, visto que o mesmo relata um
momento pontual, não é uma pesquisa em longo prazo, nem estaremos
utilizando o método de observação participativa, porém consegue captar a
realidade e fornecer os dados necessários para se ter as informações e a
obtenção dos objetivos propostos
36
4. O CASO FMC E A INDÚSTRIA PETROLÍFERA
Este capítulo tem como objetivo fornecer uma visão da empresa e da
indústria petrolífera, sua importância e políticas de logística.
4.1. A Indústria de Petróleo
O petróleo é utilizado pelo ser humano desde a antigüidade, quando
este produto servia para embalsamar os mortos pelos Egípcios. Pela indústria
o petróleo passou a ser utilizado na Escócia, por volta de 1850. No Brasil a
primeira perfuração aconteceu em 1892 em São Paulo.
Nas últimas décadas, o petróleo tem sido a “menina dos olhos” de
muitos países, empresas e trabalhadores. Causa disputas políticas internas e
entre países. Porém também colabora na riqueza e desenvolvimento das
Nações, sendo por isso matéria que recebe muito investimento.
4.2. O Caso FMC
A FMC Technologies do Brasil (Food, Machine and Chemical) tem sua
sede na Rodovia Presidente Dutra, 2660, Pavuna, Rio de Janeiro. É uma
37 empresa que conta com cerca de 1.200 funcionários e mais uns 600
terceirizados. Monta e vende equipamentos de grande porte, como árvore de
natal molhada e manifold, para a indústria de petróleo. Tem como principal
cliente a Petrobras, mas conta com outros grandes contratos com a Shell e
Chevron.
É uma multinacional com grande infra-estrutura e que gera anualmente
um grande montante monetário. Porém sempre que precisa entregar um de
seus equipamentos tem um trabalho que envolve muitas equipes de diferentes
empresas, há grande mobilização e excesso de cuidados para que nada
aconteça diferente do programado.
Uma empresa de logística é contratada para fazer o serviço, mas a FMC
acompanha todos os processos. Verifica se o veículo de transporte é
adequado, pede autorização para trafegar na Via Dutra em horário
apropriado....
Mesmo com todos estes cuidados em 2009 um acidente aconteceu no
transporte de um de seus equipamentos. A altura que o operador logístico tinha
de uma das passarelas da Avenida Brasil estava equivocada, a proteção do
equipamento transportado bateu em uma passarela danificando sua estrutura.
O caminhão ficou atolado e a passarela comprometida. Apesar de este fato ter
acontecido durante a madrugada, este tipo de problema não se consegue
resolver de imediato, ainda de manhã o caminhão estava interditando uma das
vias. O trânsito ficou caótico em toda a cidade. O transtorno foi enorme, não
apenas para as pessoas que usariam a passarela interditada, mas também
para os trabalhadores, ouve reflexo no trânsito das principais vias do Rio de
Janeiro.
O culpado pelo ocorrido não sei dizer, talvez uma sucessão de erros
humanos tenha acarretado o acidente.
Para prevenir situações como esta e aproveitando as oportunidades do
mercado, a FMC fechou um acordo com a UFRJ (Universidade Federal do Rio
38 de Janeiro) para construir seu Parque Tecnológico na Ilha do Fundão. Com
este Centro Tecnológico a FMC tem como objetivo o desenvolvimento de
tecnologias submarinas para os desafios do pré-sal e aumento da recuperação
de óleo. O Parque Tecnológico será próximo ao Centro de Pesquisas da
Petrobras, o que facilitará a sinergia com o cliente. Outro fato primordial da
localização desta nova filial que será inaugurada ainda este ano é que ela terá
um acesso mais fácil para o mar. A FMC poderá montar seus equipamentos
nesta nova filial e o transporte será barateado e facilitado.
39
5. CONCLUSÃO
A presente monografia tem como objetivo identificar alguns problemas
que as empresas passam ao transportar seus equipamentos, principalmente
aqueles de massa volumosa, tendo como base a vivência da FMC.
Para auxiliar a tais questões foi realizado um levantamento bibliográfico e
de documentos que permitiu o cumprimento do objetivo da pesquisa. O
material bibliográfico forneceu definições claras e funcionais sobre logística e
transporte. Sendo os documentos primordiais para o entendimento da empresa
em questão.
O estudo da FMC Technologies foi pontual e esclarecedor permitindo
conhecer um pouco mais sobre a organização e através da identificação de
seus problemas com transporte forneceu uma visão individual que caracteriza o
grupo.
Conseguimos alcançar o objetivo da pesquisa, visto que através da
análise dos dados e informações expostos foi possível verificar as
necessidades da FMC e a maneira de como ela está resolvendo a situação.
Com base nas informações descritas sugerimos que a empresa continue
investindo em estratégias como estas para que o negócio sempre esteja se
renovando e para que os obstáculos continuem sendo ultrapassados.
Sugerimos também que benchmarkings sejam realizados com empresas do
mesmo setor e com outras organizações que tenham problemas similares,
40 podemos aprender muito com as práticas de outros. Por fim, sugerimos o
brainstorming é uma prática que pode trazer idéias sensacionais e inovadoras.
41
6. BIBLIOGRAFIA
TOMEI, Patrícia A.. Inveja nas organizações. São Paulo: Makron Books,
1994.
CONCEIÇÂO, Samuel V.. Avaliação do desempenho logístico da
cadeia brasileira de suprimento de refrigerantes. Belo Horizonte: Revista
Gestão & Produção, 2004.
VERGARA, Sylvia C.. Projetos e Relatórios de Pesquisa em
Administração. Rio de Janeiro: Editora Atlas, 2005.
EHART, Sabrina. Análise do setor de transportes. Revista Acadêmica
de Economia, 2006.
LIMA, Felipe de O.. Uma análise de cenário legislativo e operacional
dos operadores de transporte multimodal (OTM) no Brasil. Rio de Janeiro:
PUC-Rio. Dissertação de Mestrado, 2007.
42
NUNES, André de O.. Análise da oferta de operadores de transporte
multimodal de cargas no Brasil: uma aplicação da teoria dos custos de
transação. Brasília: UNB, 2007.
JÚNIOR, Roberto F. da S.. O transporte ferroviário de cargas no Brasil
e na Argentina: da implantação à recente privatização. São Paulo: Revista
de Economia e Política e História Econômica, 2007.
WAKAMATSU, Celio. Análise dos Fatores que influenciam o frete no
transporte marítimo de petroleiros no mercado spot. Rio de Janeiro: PUC-
Rio. Dissertação de Mestrado, 2008.
Top Related