O Trabalho no Laboratório e a Geração de Resíduos
Prof. Dr. Marco Tadeu GrassiGrupo de Química Ambiental – GQA
Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas – INCTAA
Departamento de Química
Universidade Federal do Paraná - C.P. 19081
81531-990 Curitiba PR
Fone: 041-3361-3176 / Fax: 041-3361-3186
� [email protected] ou [email protected]
www.quimica.ufpr.br
Jequié/2010
Resíduos: cenário mundial atual
� Problema de natureza global:
� Aumento das atividades extrativistas, de produção e consumo gera uma grande quantidade de resíduos.
� Tendência em considerar importante apenas os grandes geradores de resíduos.
� Pequenos geradores existem em grande número
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� Momento atual caracterizado por uma postura global voltada para a preservação ambiental;
� Financiamentos diversos para programas de gestão de resíduos
� Reflexos de que o movimento não é efêmero ou muito menos um modismo.
Situação em Instituições de Ensino e Pesquisa
� Não podem adotar uma postura de incoerência
quanto a questão dos resíduos gerados.
� Centros, institutos e universidades têm sido
favorecidos quanto à fiscalização. Até quando?
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� Gerenciamento de resíduos é um dever para com
a sociedade!
Funções básicas do uso do meio ambiente pelo homem
� Fornecedor de recursos
– Matéria
– Energia
� Fornecedor de bens e serviços (recursos intangíveis)
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� Fornecedor de bens e serviços (recursos intangíveis)
– Paisagem
– Patrimônio cultural
� Assimilador de dejetos
Balanço de Matéria e Energia
“A apropriação de recursos naturais provindos do meio ambiente cede ao
homem os materiais e a energia necessários à produção de bens e
serviços usados para a manutenção e desenvolvimento da vida”.
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(Leal em Melia, 1996)
Uma visão antropocentrista!
Meio Ambiente e Físico-química
1ª Lei da Termodinâmica
A energia não pode ser criada nem destruída, mas pode ser
transformada em um tipo ou outro (Lei da Conservação da Energia).
2ª Lei da Termodinâmica
Os processos espontâneos de transformação de energia ocorrem com
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Os processos espontâneos de transformação de energia ocorrem com
aumento da entropia. Há uma tendência natural para um sistema
isolado tornar-se mais desordenado, passando a energia de forma
mais concentrada para outras mais dispersas.
Portanto
TUDO QUE É RETIRADO DO MEIO AMBIENTE DEVE
REAPARECER NELE MESMO, SEJA COMO PRODUTO PARA
CONSUMO, SEJA COMO DEJETO
Crescimento, desenvolvimento e meio ambiente
� Fluxos de energia e matéria têm sido a base de funcionamento da
sociedade humana há milênios...
� A sociedade humana pode ser considerada um organismo vivo,
complexo e multifacetado;
� Como todo e qualquer organismo, retira energia e matéria de alta qualidade
do meio externo (meio ambiente) e as emprega para se manter, crescer,
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do meio externo (meio ambiente) e as emprega para se manter, crescer,
evoluir etc.
� Energia e matéria, após utilizadas, são devolvidas degradadas ao
meio externo:
– Energia dissipada;
– Resíduos;
– Dejetos;
– Poluição.
� Modelo de desenvolvimento tem tudo a ver com os impactos
ambientais emanados do sistema econômico.
� Ritmo de extração de recursos naturais e de emanações de
dejetos tornou-se fonte de crescente preocupação, especialmente
após a Segunda Guerra Mundial.
Crescimento, desenvolvimento e meio ambiente
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� Meio ambiente possui certa resiliência.
� Esta resiliência tem LIMITES!
Se a resiliência do meio ambiente tem LIMITES...
PLANETA?
NESTE
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TRAJETÓRIA
NOSSA
CONTINUAR
PODEMOS
COMO
Inter-relações entre Sistema Econômico e Meio Ambiente
Meio Ambiente
Produção ConsumoSistemaEconômico
Recursos Naturais(Insumos)
Estado Geral doMeio AmbienteDejetos e degradação
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• Como se produz?• Onde se produz?• A partir de que se produz?
Fatores Estruturais• Tipo de produtos gerados• Tecnologia• Fatores espaciais• Estrutura empresarial• Fatores internacionais
• Quem demanda?• O que se demanda?
Fatores Dinâmicos• Renda per capita• Distribuição de renda, de riqueza e de oportunidades• Gostos e preferências• Importação de hábitos de consumo
Recicla-gem
Políticas
Desenvolvimento sustentável
� Robert Allen em “How to Save de World (1980):
“Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento requerido para obter a
satisfação duradoura das necessidades humanas e o crescimento
(melhoria) da qualidade de vida”.
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� Relatório da ONU “Our Commom Future” (Relat. Bruntland, 1987)
� Tipo de desenvolvimento capaz de manter o progresso humano não
apenas em alguns lugares e por alguns anos, mas em todo o planeta e até
um futuro longínquo;
� O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras
atenderem suas própria necessidades.
Meio Ambiente
Produção Consumo
Recursos Naturais(Insumos)
Estado Geral doMeio AmbienteDejetos e degradação
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Produção Consumo
Recicla-gem
SistemaEconômico
Evolução da abordagem na questão de resíduos
Reconhecimentoda poluição,
comausência de controle
Controle“end of pipe”
Preservação“in plant”
QuímicaLimpa
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Tempo
Programa de Coleta e Tratamento de resíduos do DQUI - UFPR
ALTERNATIVAS:
1. Disposição em aterro (Cidade Industrial de Curitiba -CIC)
i. R$180,00 (classe II) e R$250,00 (classe I) / t
ii. Transporte: R$900,00 / carga
2. Incineração (São Paulo ou Rio de Janeiro)
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2. Incineração (São Paulo ou Rio de Janeiro)
i. R$ 500 a 2000 / t
ii. Transporte: R$1000,00 / carga
3. Co-processamento em forno de cimento
i. R$ 200 a 300 / t
ii. Transporte: R$1000,00 / carga
Coleta e Tratamento de ResíduosDQUI – UFPR
� Custo: R$ 1.500,00 / ano
– Bombonas, baldes, reagentes, fichas.
� Resíduos especiais:
– A política no DQUI visa desencorajar o
Neutralização Teste deIncompatibilidae
Mistura emBombona
ARMAZENAMENTO
COLETA
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– A política no DQUI visa desencorajar o
uso de sais de Hg, Cd e Tl.
– Pequenas quantidades geradas têm
sido recuperadas.
– Chumbo: recuperado e enviado p/
fábrica de baterias.
– Metais preciosos: recuperados nas UG.
– Agroquímicos: estão estocados.
CO-PROCESSAMENTO
TRANSPORTE
LICENCIAMENTO
ARMAZENAMENTO
Cunha C.J. Quim. Nova. 2001, 24(3), 424.
Co-processamento em forno de cimento
� Consiste na adição de resíduos (na forma de sólidos, pastas ou
líquidos) ao forno de cimento.
– Líquidos (solventes): misturados e queimados como combustível
auxiliar.
– Sólidos e pastosos: adicionados na parte alta do forno.
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– Sólidos e pastosos: adicionados na parte alta do forno.
– Aquosos: são adicionados junto c/ água de refrigeração.
� No Paraná, o co-processamento é licenciado para tratar ácidos,
bases, cianetos e arsenatos, sais de metais (exceto Hg, Cd e
Tl), solventes halogenados ou não.
� Vetados: agroquímicos, material radiotavido, explosivos, PCBs.
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