O contributo da indústria dos Centros Comerciais para o aperfeiçoamento da
Lei da Segurança Privada
Pedro TeixeiraSecretário-geral APCC
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Apresentação
I. Representatividade / Caracterização
II. Avaliação do Risco em CC’s
III. Benchmarking
IV. Modelo Genérico de Organização – Safety/Security
V. Notas finais
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APCC
50 Associados
89 Conjuntos Comerciais
3.000.000 m2 de ABL (Aprox. 90% do total nacional)
8.500 Lojas de todas as dimensões
100.000 postos de trabalho directos
200.000 postos de trabalho indirectos e induzidos
8,4% do PIB em Facturação anual do sector dos CC’s
700.000.000 visitas/ano
I. Representatividade / Caracterização
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I. Representatividade / Caracterização
0
50 000
100 000
150 000
200 000
250 000
300 000
m2 ABL Inaugurada Anualmente 1970-2015
5
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
Fonte: Cushman & Wakefield 2014
STOCK - ABL/1.000 habitantes
I. Representatividade / Caracterização
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Formatos Tipos de Conjuntos Comerciais ABL m2
TRADICIONAL
Muito Grande 80.000 e acima
Grande 40.000 – 79.999
Médio 20.000 – 39.999
Pequeno
S/ Âncora-Dominante 5.000 – 19.999
C/ Âncora-Dominante 5.000 – 19.999
Muito Pequeno 500 – 4.999
ESPECIALIZADO
Retail Park
Grande 20.000 e acima
Médio 10.000 – 19.999
Pequeno 5.000 – 9.999
Factory Outlet Centre 5.000 e acima
Centro Temático
Baseado em Lazer 5.000 e acima
Não Baseado em Lazer 5.000 e acima
I. Representatividade / Caracterização
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Apresentação
I. Representatividade / Caracterização
II. Avaliação do Risco em CC’s
III. Benchmarking
IV. Modelo Genérico de Organização – Safety/Security
V. Notas finais
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1ª Questão fundamental:
Qual o risco inerente ao sector?
APCC promoveu junto dos seus associados, a nível nacional o 1.º
Inquérito às Ocorrências Registadas no Interior dos CC’s com ABL ≥ 20.000 m2
II. Avaliação do Risco em CC’s
Inquérito às Ocorrências
• Amostra: CC’s associados com ABL ≥ 20.000 m2 (%, sobre ABL )
9 LOGO
67,9
32,1 RESPONDERAM
NÃO RESPONDERAM
II. Avaliação do Risco em CC’s
Inquérito às Ocorrências 2016
• % do Total de Ocorrências / Zonas:
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35,1
45,2
19,7ZONAS COMUNS
INTERIOR LOJAS
ESTACIONAMENTO
II. Avaliação do Risco em CC’s
Inquérito às Ocorrências
• Ocorrências classificadas por 4 grandes classes:
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Alterações da ordem: Actos de Vandalismo/Agressões/Distúrbios/etc.
Furtos/Roubos/Falsificações
Drogas: consumo e/ou tráfico
Não Criminais: Acidentes/Pessoas Perdidas/Doenças/Veículos Abandonados
II. Avaliação do Risco em CC’s
Ocorrências (TOTAL=10.796; referentes a 2015)-por ZonasZonas Comuns: 3.788 Ocorrências
1.º Acidentes/Pessoas Perdidas: 82,8%
2.º Actos de Vandalismo…: 7,8%
3.º Furtos/Roubos: 4,8%
4.º Drogas: 4,6%
12 LOGO
4,87,8
82,8
4,6
II. Avaliação do Risco em CC’s
Ocorrências n.º TOTAL=10.796 relativo a 2015 – p/ ZonasInterior das Lojas: 4.878 Ocorrências
1.º Furtos/Roubos/Falsificações: 48,5%
2.º Acidentes/Pessoas Perdidas: 48,2%
3.º Actos de Vandalismo: 3,3%
13 LOGO
48,5
3,3
48,2
II. Avaliação do Risco em CC’s
Ocorrências (TOTAL=10.796; referentes a 2015)-por ZonasEstacionamento: 2.130 Ocorrências
Acidentes/Pessoas Perdidas: 73,2%
Actos de Vandalismo: 20,3%
Furtos: 6,4%
14 LOGO
6,4
20,3
73,2
II. Avaliação do Risco em CC’s
Inquérito às Ocorrências APCC Vs RASI
APCC – relativo a 2015Ocorrências criminais=3.747 (TOTAL=10.796 excluindo acidentes, …)
0,0137 / 1.000 visitantes
Relatório Anual de Segurança Interna – 2015Participações criminais=315.152 (exclui Contra Animais e Estado; Condução)
30,47 / 1.000 habitantes
15 LOGO
II. Avaliação do Risco em CC’s
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Apresentação
I. Representatividade / Caracterização
II. Avaliação do Risco em CC’s
III. Benchmarking
IV. Modelo Genérico de Organização – Safety/Security
V. Notas finais
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2.ª Questão fundamental:
Neste domínio, a que estão obrigados os CC’s em outros países?
APCC promoveu ao nível internacional junto do ICSC –
International Council of Shopping Centers, a 1.ª Análise
comparativa sobre a aplicação das Legislações de Segurança
Privada aos CC’s em países Europeus
III. Benchmarking
LSP - Leis e Regulamentos de SP (ICSC)Portugal Versus Turquia, Espanha, Rússia e França
A análise comparativa incide sobre 4 Requisitos:
1 - Security chief (Director de Segurança) Requisitos idênticos para os 5 países
2 - Vídeo-surveillance system (Sistemas de vídeo-vigilância) Requisitos idênticos em especial no que concerne a autorizações/
operacionalidade de imagens e processamento de dados mas à excepção de Portugal não há especificação técnicas para câmaras
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III. Benchmarking
Leis e Regulamentos de SP - ICSCPortugal Versus Turquia, Espanha, Rússia e França
3 - Security and Protection devices (Dispositivos de Protecção e Segurança)
Não são exigidas autorização para alarmes ou sistemas de intrusão nem especificações
França/Turquia estabelecem regras específicas para transporte de valores; Rússia sem quaisquer requisitos específicos e Turquia pode solicitá-los em
alguns projectos Espanha, dispositivos de protecção conectados a Centros de Controlo
devem ser executados por técnicos credenciados, de acordo com projectode instalação elaborado pela engenharia
4 - Control Center Room (Central de Controlo) Apenas em Portugal se exigem requisitos específicos
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III. Benchmarking
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Apresentação
I. Representatividade / Caracterização
II. Avaliação do Risco em CC’s
III. Benchmarking
IV. Modelo Genérico de Organização – Safety/Security
V. Notas finais
Insistimos na exposição das boas práticas pois são extremamente importantes para todos os
operadores e não foram contempladas na Lei 34/2013
As práticas de Safety e Security nos Centros Comerciais incidem em 4 grandes planos:
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IV. Modelo de Organização
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Medidas Estruturais de Organização e Gestão da Segurança
1. Avaliação e Análise do Risco
2. Organização integrada da componente da
vigilância humana e electrónica
3. Organização dos Sistemas de
Comunicações
4. Operacionalização das Medidas de Segurança
SAFETY /
SECURITY
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1 • Avaliação e análise de risco
Registo de Ocorrências: Em modelo próprio de registo de ocorrências [segundo o tipo]:
Classificação/Tipificação das ocorrências - [segundo o potencial de risco];
Estabelecimento de procedimentos de atuação para cada tipo de ocorrência;
Avaliação dos Níveis de Risco: Avaliação do Nível Geral de Risco do Centro Comercial - Rácio [n.º de
ocorrências/n.º visitantes];
Avaliação do Nível Específico de Risco por zonas/lojas do Centro Comercial -
Rácio [n.º e tipo de ocorrência por zonas/local];
Análise prospectiva do risco: Caracterização de eventos potencialmente perigosos [meet's; concertos; manif.
políticas, manif. Desportivas, etc.];
Agendamento e registo de eventos futuros nos centros, ou em zonas contíguas;
Adaptação do dispositivo de segurança, face às expectativas de evolução do
risco;
IV. Modelo de Organização
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2• Organização integrada da componente da
vigilância humana e electrónica
Vigilância humana contratada segundo modelo formal hierarquizado: Descritivo das funções de vigilantes e hierarquias [organigrama] no Centro
Comercial;
Formação específica para todos os operacionais de segurança sobre o
modus operandi de um Centro Comercial;
Formação e simulação de operações de emergência - respostas a
ocorrências Safety e de Security no Centro Comercial e empreendimento
onde se integra;
Policiamento gratificado: Predefinição e procedimentos de articulação entre agentes gratificados e
Direcção de Segurança do Centro Comercial;
Vigilância electrónica (security): Planeamento, organização, instalação e operação (captação/gravação) -
CCTV;
Planeamento, organização, instalação e operação – Anti-intrusão;
IV. Modelo de Organização
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3 • Organização dos sistemas de comunicação
Sistema de som interno - para as áreas comuns - clientes e lojistas;
Estrutura de comunicações independente via rádio;
Modelo formal hierarquizado das comunicações;
Parâmetros de comunicações de emergência;
Predefinição de protocolo de comunicação com as autoridades policiais;
Envolvimento de todas as equipas no modelo de comunicações: Vigilância humana e gestores da segurança (internas e/ou contratadas);
Limpeza (equipas internas e/ou contratadas);
Manutenção técnica do edifícios e equipamentos (equipas internas e/ou
contratadas);
Administração do Centro Comercial;
IV. Modelo de Organização
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4 • Operacionalização das medidas de Segurança
Definição dos níveis de acesso às centrais de segurança;
Mestragem de chaveiro e sistemas de segurança;
Existência de equipamentos de apoio: Unidades Portáteis (U.P.) receptor/emissor rádio;
U.P. de sinalização (sinalética);
U.P. aviso sonoro (megafone);
U.P. iluminação (lanternas);
Manual de procedimentos pré-definidos: Procedimentos preventivos;
Procedimentos de atuação em função do nível de risco da ocorrência;
Procedimentos de registo de ocorrências;
Procedimentos de atuação pós-ocorrência;
Procedimentos de ligações a forças de segurança;
IV. Modelo de Organização
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Apresentação
I. Representatividade / Caracterização
II. Avaliação do Risco em CC’s
III. Benchmarking
IV. Modelo Genérico de Organização – Safety/Security
V. Notas finais
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1 – O sector dos Centros Comerciais está entre os maiorescontratadores de serviços de Segurança (Vigilância Humana +Segurança Electrónica) ao nível nacional. Somos clientes e nãoEmpresas de Segurança, motivo pelo qual entendemos que nuncadeveria ter sido feita tal equiparação, e ainda menos sob o pontode vista técnico dos Sistemas e Requisitos obrigatórios;
2 – O sector dos Centros Comerciais (APCC) não foi ouvido pelolegislador a propósito da inclusão dos Conjuntos Comerciais naLei 34/2013 de 16 de Maio, motivo pelo qual está demonstradoum considerável desconhecimento sobre o funcionamento dosector, não tendo sido contempladas as boas práticas destaindústria em matéria de Segurança (Security) no RJ-SP;
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3 – É demonstrado pelo Inquérito às Ocorrências promovido pelaAPCC junto dos seus principais Associados, que a maior parte dasocorrências que têm lugar nos Centros Comerciais ocorrem noInterior das Lojas (45,2%) e relacionam-se com furtos/roubos/falsificação de moeda (48,5%). As ocorrências nas zonas comunsdos centros são na sua grande maioria pequenosacidentes/pessoas perdidas/doenças súbitas (82,8 %), e o mesmoacontece no Estacionamento (73,2%);
4 – A nível internacional, comparativamente com Espanha,França, Rússia e Turquia, verifica-se que as exigências legaisimpostas aos Centros Comerciais portugueses, em matéria deRequisitos de Centrais de Controlo e das Especificações Técnicasde câmaras de CCTV, não encontram qualquer paralelo;
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5 – Outras questões específicas relativas a problemas levantadospelo RJ-SP, que não cabem nesta Apresentação:
Sobreposição de áreas sob imperativo legal (ABL + Áreas de Venda dos Hipermercados). Caso dos Centros Comerciais que, subtraindo a área de venda da loja alimentar, ficam com ABL ≤20.000 m2 ;
Especificidades dos Retail Parks com ABL ≥20.000 m2. Não devem ser comparados a Centros Comerciais Tradicionais;
Número de operadores na central em simultâneo 24/7/365;
Operadores centralistas ou simples vigilantes nas centrais;
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OBRIGADO
Pedro Teixeira ● Secretário-Geral APCC ● [email protected]
t. +351 213 193 188 ● m. +351 919 000 130
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