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    Norbert Elias por ele mesmo

    Mariana Ciminelli Maranho

    Intelectuais e Sociedade

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    Foi um dos socilogos de

    maior destaque nosculo XX. Formadopelas universidades deBreslau e Heidelberg,

    lecionou na Universidade

    de Leicester (1945-62) efoi professor visitante naAlemanha, Holanda e

    Gana.

    Seu reconhecimento foitardio, veio apenas aos

    70 anos, com apublicao de

    A sociedade de corte.

    Norbert Elias

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    Principais obras:

    A sociedade de Corte

    O Processo Civilizador I e II

    Mozart: sociologia de um gnio

    A sociedade dos indivduos

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    Sobrea obra

    1 parte: composta por entrevistas concedidas por

    Norbert Elias a A. J. Heerma van Voss e A. van Stolk, nas

    quais comenta essencialmente sobre sua infncia, suasrelaes familiares e de sua fuga da Alemanha Nazista.

    Norbert Elias traz um exemplo de autoanlise conformese apoia em pressupostos sociolgicos para orientar sua

    fala.

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    Sobre a obra

    2 parte: possui reflexes de Elias mais relacionadas sua obra e

    seu sistema terico. Tambm comenta sua relao com os

    socilogos Alfred Webber (irmo de Max Webber) e Karl

    Mannheim, ambos marcantes no desenvolvimento de seupensamento. possvel observar esclarecimentos sobre a tomada

    de posio cientfica do autor.

    Elias ainda se posicionou a favor da criao de uma terceiravia,

    alm das dicotomias estabelecidas nas cincias humanas como

    objetivismo/subjetivismo, sociedade/indivduo, entre outras.

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    Histrico

    1897

    Nascimento de Norbert Elias em Breslau (Wroclaw),em 22 de junho, filho de Hermann Elias, morto em 1940 emBreslau, e Sophie Elias, morta em 1941 (?) em Auschwitz.

    1915 Mobilizao para a guerra. Parte para o front

    ocidental.1918 Fez estudos de medicina e filosofia em Breslau,freqentando dois semestres em Heidelberg e Freiburg,respectivamente.

    1924

    Defende sua tese de filosofia.

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    Histrico

    1925 Muda-se para Heidelberg para ingressar na carreira

    universitria; l encontra Karl Manheim e passa a se

    dedicar ao estudo da sociologia.1930 Instala-se em Frankfurt, onde se torna assistente de

    Karl Manheim.

    1934 Deixa a Alemanha e tenta encontrar, primeiro, um

    posto numa universidade da Sua, depois na Frana.

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    Histrico

    1935 Vai Inglaterra, passando pela Alemanha.

    Comea a redao de O processo civilizador.

    1935-75

    Temporada na Inglaterra, com algumasinterrupes; depois da guerra, trabalha no Adult

    Education Center.

    1954 Professor de Sociologia na Universidade de

    Leicester.

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    Histrico

    1962-64Professor de Sociologia na Universidade de Gana,

    perto de Accra.

    Ps-64

    Professor convidado na Holanda (Amsterd, Haia)e na Alemanha (Mnster, Constanz, Aix-la-Chapelle,

    Frankfurt, Bochum, Bielefeld). Divide sua vida entre

    Amsterd (a partir de 1975) e o Centro de Pesquisas

    Interdisciplinares (ZIF) de Bielefeld (a partir de 1978).

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    Histrico

    1977 Recebe o prmio Adorno da cidade de Frankfurt

    pelo conjunto de sua obra.

    1984

    Instala-se definitivamente em Amsterd

    1990Morre em Amsterd.

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    Entrevista biogrfica feita na Holanda

    (em 1984)

    comecei a ler muito cedo, mergulhava em todo o tipo delivro (11)

    Soube muito cedo o que queria fazer: queria ir para auniversidade, queria ensinar e pesquisar. Soube isso

    desde minha primeira infncia, e trabalhei tenazmentepara atingir esse objetivo, mesmo que s vezes me

    parecesse impossvel. (...) ou eu triunfava, ou

    desaparecia. No tinha certeza absoluta, naturalmente,mas no duvidava nem um pouco de que minha obra umdia seria reconhecida como contribuio de qualidade ao

    saber da humanidade. (22)

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    esses militares [...] esperavam um ataque rpido [na IGuerra Mundial]; elaboraram planos em consequnciadisso, embora a simples realidade das coisas pudesse

    ter lhes mostrado que no venceriam. [...] pessoas emminha posio, ao exprimir esses fatos de maneiracompreensvel para todos, poderiam evitar muitos

    erros cometidos em nossos dias. [...] estou convencido

    de que esta a misso da sociologia. (29)

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    os socilogos que no fizeram estudos de medicina

    falam com frequncia da sociedade sem integrar emseus discursos os aspectos biolgicos do homem. E

    isso, me parece, um erro. [...] no se pode construiruma teoria... digamos, da atividade humana, sem sabercomo o organismo construdo e como ele trabalha.

    (38)

    Eu queria verdadeiramente mostrar as coisas taiscomo eram. (41)

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    Penso que minha experincia durante a guerra, mas

    tambm nos negcios, reforou meu senso derealidade. (42)

    O que eu queria de fato era levantar o vu dasmitologias que mascara nossa viso de sociedade, a fimde que as pessoas pudessem agir melhor e de maneira

    mais sensata. [...] eu pretendia desenvolver uma

    imagem da sociedade que no fosse ideolgica. Econsegui. (45)

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    nossa realidade tem aspectos terrivelmente

    desagradveiscomo, por exemplo, o fato de que avida completamente absurda. Mas preciso encarar

    essas coisas de frente, pois essa uma condioindispensvel caso se pretenda dar um sentido vida. Es os homens podem fazer isso uns pelos outros. Vistadessa maneira, a iluso de um sentido preestabelecido

    nociva. [...] Acho muito seriamente que vivemos

    numa verdadeira floresta de mitologias, e que nessemomento uma de nossas misses essenciais noslivrarmos delas. (49)

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    Desde essa poca [dec. 30], eu tinha uma noo muitoprecisa das redes de interdependncia: o indivduo est

    ligado aos outros por um fenmeno de dependnciarecproca. (56)

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    com a primeira parte de meu livro sobre o processocivilizadoronde explicava que os alemes davam mais

    importncia cultura, ao passo que os francesesprivilegiavam a civilizao trouxe uma contribuio

    importante para a elucidao de um problema queagora est muito na moda: o das mentalidades

    nacionais. (...) No me contento em constatar que a

    mentalidade nacional dos alemes diferente da dosfranceses, mas explico o porqu. (66)

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    Sempre tive a impresso de que a extrema falta deautocontrole de que se capaz na Alemanha est

    ligada, entre outras coisas, ao fato de que a cultura dasclasses mdias e do proletariado foi pouqussimo

    influenciada por um estgio do processo civilizador, oqual, em contrapartida, foi importantssimo na Frana e

    na Inglaterra: o estgio aristocrtico. (67)

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    No fundo, sou europeu. [...] nunca partilhei o ponto

    de vista segundo o qual s se pode ou se deveidentificar-se com um nico pas. (83)

    No se deve perder de vista que durante milnios a

    religio foi o centro da busca de um sentido para a vidahumana. Hoje em dia, para muita gente, a religio deu

    lugar a um grande vazio, e no temos nenhumaalternativa a lhes oferecer. [...] considero que uma de

    nossas misses essenciais no mentir e no criarnovas figuras do pai ou da me. [...] o niilismo paramim uma atitude de pessoas que se recusam a se

    tornar adultas. (85)

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    Notas Biogrficas

    I. Sobre o que eu aprendi

    II. Alfred Webber e Karl Mannhein (I)

    III. Alfred Webber e Karl Mannhein (II)IV. Notas sobre os judeus

    V. Tarde demais ou cedo demais

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    Ainda hoje, o papel desempenhado pela literatura

    alem clssica em minha formao inicial, que seexprimia atravs do orgulho que eu sentia de ter esseslivros e pelo fato de haver mergulhado muito cedo

    nessa literatura, me parece determinante.

    E a literatura alem, entre outras, que devo aextensoe a profundidade de minha abordagem dos problemas

    humanos, e isso mesmo quando comecei a

    compreender a insuficincia da orientao filosfico-idealista e que adotei finalmente, consagrando-me asociologia, uma atitude crtica em relao a seu

    humanismo tradicional.

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    Foi na luta contra essa falta de senso da realidade e

    suas consequncias evidentes na prpria sociologia quese desenvolveu, a meu ver, minha prpria trajetria

    sociolgica. Mas essa transformao radical foiresultado de um processo relativamente longo. Umalonga srie de experincias contribuiu para isso. No

    estou certo de que fossem todas conscientes.

    Em parte, provavelmente a guerra tambm contribuiupara isso.

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    Em relao sua formao em Medicina e Filosofia...

    Mas lembro-me muito bem de que essas duasformaes exerceram uma influncia determinante

    sobre meu desenvolvimento, particularmente sobre aideia que eu fazia dos objetivos do trabalho cientifico.

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    Conservo at hoje um interesse pelas relaes entre

    os msculos, os ossos, os nervos e as vsceras, e nemsempre consigo imaginar que um socilogo possa ter

    uma ideia correta dos homens sem possuirconhecimentos desse tipo.

    No seno progressivamente, em funo dosmodelos de civilizao, que uma separao se instaura

    entre os sentimentos e os gestos ou os movimentosmusculares.

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    E s depois que os homens tm a impresso de queseu eu verdadeiro prisioneiro de seu foro ntimo eque existe independentemente de qualquer relao

    com outros homens.

    Essa certeza se tornou ento um dos pilares

    fundamentais de minha teoria da civilizao e de meupensamento sociolgico.

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    A divergncia entre essas duas concepes do homempor um lado filosfica e idealista, por outro

    anatmica e fisiolgica preocupou- me durantevrios anos.

    Estudo da medicina fora uma das experinciasfundamentais que me estimularam a abandonar a

    filosofia para me consagrar sociologia.

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    O que descobri que o homem uma organizaoextraordinariamente complexa de matria.

    As estruturas sociais so substancialmente diferentesdas estruturas biolgicas. No entanto, a experincia

    que adquiri estudando estas ultimas me ajudoubastante a compreender as primeiras.

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    Mas quando voltei pela segunda vez a Heidelberg, em

    1924, avalizado por meu ttulo de doutor e procurade um posto universitrio, meus centros de interesse sedeslocaram. Assistia ento as aulas e aos seminrios de

    sociologia.

    Logo fiz amizade com Karl Mannheim. Como eu eramais velho que seus alunos e s um pouco mais moo

    que ele, como tinha ao mesmo tempo muito maiscontato com estudantes do que ele, vi-me subitamente

    no papel de assistente informal.

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    impossvel compreender e dominarintelectualmente os inumerveis aspectos do universodos homens, considerados em suas relaes uns com

    os outros, se partirmos, como o fazem os filsofostradicionais, do indivduo isolado como se um

    homem pudesse de fato se tornar um homem semviver com outros humanos e sem aprender coisas

    graas a eles.

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    Mesmo quando se analisam problemas humanos,

    deve-se sempre partir dos homens, e no do homemtornado em sua individualidade. Isso significa que sedeve partir da pluralidade humana, de grupos

    humanos, de sociedades constitudas por um grandenmero de indivduos.

    E essa necessidade de fazer o indivduo sair desseisolamento em seu pensamento e ao mesmo tempo de

    integr-lo em um modelo conceitual que inscreve oindivduo na cadeia das geraes, em uma sucesso,constitui sempre, a meu ver, uma das misses centrais

    da sociologia.

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    Logo compreendi que as pesquisas sociolgicas

    efetuadas por Alfred Weber no domnio da culturaretomavam e desenvolviam uma tradio alem mais

    antiga, que se exprimira sobretudo na oposioantittica entre "cultura" e "civilizao".

    Em Alfred Weber eu encontrava ento um conceito decultura que, embora fortemente apoiado em fatos

    objetivos, tinha ao mesmo tempo a significao de umsmbolo sentimental

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    Segundo Mannheim, a referenda parcial de certoscontedos de conscincia no mais suficiente; antes preciso mostrar que a totalidade da conscincia comoexpresso de uma certa "situao do ser"est ligada a

    uma posio particular, e no apenas pela totalidade daconscincia dos adversrios, quer se trate de grupos ou

    de indivduos, mas tambm pela totalidade de sua

    prpria conscincia.

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    absolutamente claro que, em minha preocupaoquanto ao carter no-cientfico das teorias

    sociolgicas, o conceito de ideologia desenvolvido porMannheim era bem vindo para mim. Havia ali uma

    convergncia manifesta de nossas sensibilidades e denossos interesses intelectuais. No entanto, foi s

    paulatinamente que compreendi que havia tambm

    diferenas.

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    Para mim, a crtica da ideologia era apenas um meiopara atingir um fim, um passo a mais rumo a uma

    teoria da sociedade que levasse em conta o fato de que

    existia tanto um saber mascarando a realidade comoum saber a desvelando. O saber de um mdico sobre ocorpo humano, saber que pode curar, no deriva daideologia. Por que no se poderia produzir um saber

    sobre a sociedade humana que no fosse ideolgico?

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    Foi pouco a pouco que compreendi essa misso [...]

    Ela consistia em elaborar uma teoria central dasociologia que fosse emprica, ou seja, verificvel e

    emendvel, em vez de fundar as bases de uma teoriasobre as quais as geraes futuras pudessem construir,

    ou mesmo rejeitar, corrigir e desenvolver. Mergulheinessa conscincia cada vez mais aguda de meus

    objetivos e trabalho nisso ate hoje, entremeado as

    numerosas tarefas particulares que realizei ao longo deminha vida.

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    Modelos de processes sociais de longa duraoestavam saturados de ideologia.

    Exemplos: Karl Marx, Max e Alfred Webber, Sombart eMannein

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    Tentei contribuir para por em marcha esse

    empreendimento destinado a desvencilhar as teoriassociolgicas das ideologias, o que se revelou mais difcildo que imaginara. Em meu livro O processo civilizador,

    eu esperava ter conseguido, com a ajuda de provas

    empricas detalhadas, dominar problemas tericos,sobretudo a mutao civilizadora dos homens e a

    transformao a longo prazo do estagio de integraodo Estado.

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    A teoria do processo civilizador e da formao do

    Estado, a teoria simblica do saber e das cincias e,num sentido mais amplo, a teoria do processo e dafigurao, que me empenhei em elaborar, no somarxistas, liberais, socialistas ou conservadoras. As

    doutrinas partidrias ocultas, os ideais sociaismascarados pelo vu da cincia parecem-me

    falsificaes; acho-as, alm disso, estreis. Era e

    ainda e sem dvida uma das razes que explicam asdificuldades colocadas por essas teorias e as obras queas contm.

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    Enquanto no se recorrer ao procedimento do auto

    distanciamento, enquanto no se for capaz de domin-lo pelo pensamento, ser difcil, para resumir, fazer

    navegar o navio da sociologia, assim como o dascincias humanas em geral, entre as ideologias do

    individualismo e do coletivismo.

    Em lugar de pensar a partir do indivduo tomado

    isoladamente ou de determinantes sociais no exteriordo indivduo preciso partir da diversidade dos

    homens.

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    As diferenas dessa dependncia e dessa

    interdependncia humana so o ncleo daquilo a quese refere quando se fala das relaes de poder entre os

    indivduos de uma dada sociedade. O estudo dessasrelaes encontra-se, a meu ver, no centro da pesquisasociolgica, ou, mais exatamente, ali deveria encontrar-

    se.

    O estudo sociolgico sereno das ideologias e dasarmadilhas da dupla dependncia exige um certo

    recuo.

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    Algumas consideraes sobre o livro

    Compreenso da sociedade que seja ideolgica.

    Papel da medicina na sua formao, de forma a

    integrar os aspectos biolgicos do homem nasociologia.

    O papel da religio, de modo que sua ausncia deulugar a um grande vazio.

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    Referncia

    ELIAS, Nobert. Norbert Elias por ele mesmo. Riode Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.