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INVESTIR & AGIR | NEGÓCIOS

NERSANT RECEBE INSCRIÇÕES PARA A FERSANT EM SANTARÉM

A Nersant encontra-se a receber, até ao final do mês de Março, inscri-ções para a XXI Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém, que este ano, pela primeira vez, irá decorrer em si-multâneo com a Feira Nacional da Agricultura e a Feira do Ribatejo, de 05 a 13 de Junho, no Cne-ma, em Santarém.

A mudança para San-tarém resulta de procura de sinergias, renovação e de promoção do tecido empresarial e a mostra deste ano terá uma ver-tente empresarial mas também com ligação ao mundo agrícola. A edi-ção deste ano conta já com 82 inscrições.

Os dois certames vão ter ainda em exposição o melhor da alimentação, com o decorrer simultâ-neo do Salão do Vinho, do Azeite e da Alimen-tação. A Feira da Agri-cultura contou, no pas-sado ano, com 162 mil vi-sitantes.

MERCADO DA RÚSSIA À LUPA

A Nersant e a AICEP realizaram, no passa-do dia 22 de Fevereiro, em Torres Novas, mais uma sessão ABC Mer-cado, desta vez sobre o mercado da Rússia. pe-dro Patrício, especialis-ta no mercado russo da AICEP, explicou que a Rússia tem um “mercado extraordinário e cheio de oportunidades”. Sen-do o maior país do mun-do, com cerca de 142 mi-lhões de consumidores, foi ainda referido que 10 a 15 % da população apre-senta um “grande poder de compra”. Para além disso, a classe média rus-sa “tem uma grande pro-pensão para o consumo”, existindo oportunidades de negócio em todos os sectores, referiu ainda Pedro Patrício. Foi ain-da salientado que actu-almente existem boas re-lações comerciais entre Portugal e a Rússia, ha-vendo ligação aérea en-tre estes países, 5 vezes por semana.

Reestruturar empresas é negócio em AlmeirimBelieve ∑ Empresa abre representação e realiza conferência de apresentação

Para os responsáveis da empresa Believe e da sua associada Turn&Win, o lema é “não vire as costas à sua empresa”. Isto signifi-ca que, para estas duas em-presas do grupo “Onebiz” é possível encontrar solu-ções de reestruturação e de alavancar os negócios mesmo que a situação seja de grande crise. É esta ati-tude que a Believe quer tra-zer para Almeirim, ao abrir a sua primeira representa-ção nesta cidade, em con-junto com a HappyScreen, a sua parceria tecnológica local, que pertence ao fu-turo responsável local da Believe, Rui Sousa.

A Believe posiciona-se com uma empresa de consultoria que “entra” dentro das empresas que se propõe reestruturar passando a assumir a ges-tão de todos os processos em parceria com o empre-sário. A tarefa desta con-sultora passa por dividir a empresa em que pega em vários centros de custos, de forma a implementar sistemas de controlo e de rigor e a aumentar as pos-sibilidades de recuperação da mesma. Mário Costa, o responsável nacional da Believe, afirma mesmo que podem haver soluções viáveis para empresas com processos de insolvência

em tribunal. “Primeiro te-mos que acreditar e levar os empresários a acreditar também no facto de que a empresa é rentável. De-pois temos que incentivar um espírito de coragem e de sacrifício”, frisa o res-ponsável. A Believe já está a trabalhar em Almeirim e diz ter já conseguido que uma empresa “desse a vol-ta por cima da crise”.

Em conjunto com a Turn&Win, uma em-presa especializada em reestruturação de outras

empresas, a Believe pro-põe-se a “actuar rapida-mente” para conseguir que os seus clientes sobre-vivam.

Este trabalho passa pela realização de um estudo de viabilidade da empresa em dificuldades, pela renego-ciação com a banca (com a qual este grupo tem re-lações privilegiadas), pela negociação de passivos bancários, pela recupera-ção de créditos e gestão de cobranças, pela alienação de activos (quando se justi-

ficar) e operações de lease-back, pela reestruturação da empresa, pelo estudo de fusões e alianças, pela intervenção junto das en-tidades oficiais no senti-do de conseguir acordos com credores através do Procedimento Extrajudi-cial de Conciliação e ain-da pela elaboração de can-didaturas a sistemas de incentivo e apoios públi-cos. A empresa quer ainda incentivar em Almeirim uma união entre empresá-rios que potencie sinergias

entre eles. Chama-se Clu-be de Negócios e vai ser implementado em breve.

Seminário junta espe-cialistas do sector No se-minário da Believe, marca-do para as 14h de dia 13 de Março, no Salão Nobre da Câmara de Almeirim, vão participar representan-tes da banca (Montepio) e ainda um administrador de insolvências, Reinaldo Costa, e administradores da Onebiz, Turn&Win e da Accive Insurance.

Os espanhóis da Font Sa-lem, do Grupo Damm, já as-sinaram a escritura de aqui-sição da cervejeira Drink In, em Santarém, comprada por 15, 5 milhões de euros. Apesar do interesse inicial manifestado pelo fundador da empresa, Sousa Cintra, apenas a Font Salem apre-sentou uma proposta de aquisição, em resposta ao anúncio publicado em No-vembro de 2009, que impu-nha um valor de licitação mínimo de 12,5 milhões de

euros. A Drinkin, que pediu a insolvência em Feverei-ro de 2009, tinha um passi-vo a rondar os 120 milhões de euros mas a Font Salem adquiriu a “livre do passi-vo, ónus ou encargos exis-tentes à data da transmis-são”, disse à Lusa, o admi-nistrador de insolvência da Cintra.

A venda inclui “todos os edifícios, áreas descober-tas e os furos de água loca-lizados dentro do terreno” e implica a aceitação dos

trabalhadores “existentes à data da venda”, que, se-gundo fonte sindical disse à Lusa, são actualmente cer-ca de 45. A Drink In chegou a ter 190 trabalhadores, nú-mero que já havia baixado para 115 quando foi pedida a insolvência e que foi reduzi-do para os actuais cerca de 45 devido à saída dos traba-lhadores contratados e dos efectivos que negociaram as rescisões no âmbito do processo da insolvência.

Na sua proposta de aqui-

sição, a Font Salem afir-mou ter um projeto que vai trazer “conhecimentos” e maximizar a actividade co-mercial da fábrica de San-tarém”.

Num protocolo celebrado com a Câmara Municipal de Santarém, submetido a ratificação na Assembleia Municipal, a Font Salem compromete-se a assegu-rar o funcionamento da fá-brica por um período míni-mo de cinco anos. No docu-mento, a Font Salem refere

ainda que “obriga-se a não vender a fábrica” e a mantê-la em actividade “enquanto unidade industrial de pro-dução e/ou engarrafamento de bebidas por um período de cinco anos a contar da data da aquisição”.

Fonte dos trabalhadores disse hoje à Lusa que a em-presa já começou a mudar o equipamento da fábrica, do-tando-a de máquinas mais modernas que está a trans-ferir de uma unidade que encerrou em Espanha.

Fonte Salem formaliza compra da fábrica Cintra

A Mário Costa, responsável nacional da Believe, e Rui Sousa, representante em Almeirim desta empresa

O Ribatejo5 | Março | 2010

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