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A mitologia dos Orixás

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A MITOLOGIA DOS ORIXÁS

Assim como outros povos da antiguidade, os africanos também possuíam

os mitos que explicavam a origem do mundo. Vamos aqui nos relacionar com um

pouco sobre o mito da criação e em seguida com as lendas de alguns dos orixás.

O mito da criação do mundo é também conhecido como Mito de Olorum

e foi disseminado pela tradição oral africana passando de pai para filhos da nação

Nagô.

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MITO DE OLURUM

No princípio de tudo existia apenas o Orum, ou seja o Céu dos Africanos, onde reinava a Paz , a calma, contudoo Deus Supremo Olorum ou Olodum, pensou em Criar um mundo humano, com seres a sua imagem e semelhança,mandando desta forma seu filho Primogênito Obatalá (também chamado de Oxalá) para dirigir esta empreitada que seria acriação do Ayê (terra).

Os orixás viviam no Orum ao redor do criador – Olorum. Obatalá desceu até Ayê para espelhar o pó preto queformaria a terra firme. Então, Olorum entregou a Obatlá o saco com o pó preto e uma galinha para espalhar o pó. Obatalápartiu então para cumprir sua missão. No meio do caminho, Obatalá sentiu sede. Exu, orixá mensageiro, vendo que oxalásentia sede, ofereceu a ele o vinho de palma. Obatalá bebeu o vinho e acabou dormindo embriagado.

Exu pegou de Obatalá o saco com o pó preto da criação e o levou para Olorum. Contando que Obatalá havia seembriagado. Olorum entregou, então o saco da criação para sua filha Ododuá (posteriormente chamada Ilê Ayê – Senhora daTerra).

Ododuá desceu à terra portando o saco com o pó preto da criação e o espalhou sobre o vazio. Nesse momentoOdoduá transformou-se em uma galinha que ciscou o pó preto dando origem aos continentes como os conhecemos.

Após a criação do mundo, os orixás deveriam descer até Ayê para escolher as partes que lhe caberiam:Iemanjá escolheu as águas dos mares, Obatalá escolheu ser o senhor do ar, Oxun escolheu as águas doces, Exu escolheu ofogo, Ogum tornou-se senhor dos metais e da guerra, Obá escolheu as águas fortes, Iansã escolheu os raios e o ventos, Xangôquis as montanhas e os trovões, Ossanha escolheu a terra e as plantas, Oxossi escolheu ser o senhor das matas e da caça,Nanã escolheu a lama dos fundos dos rios, Oxumaré escolheu o arco-íris e Ewa escolheu os horizontes.

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O PRIVILÉGIO DE EXU

Quando Obatalá veio para a Terra trazendo os deuses Yorubás, Exu era tido como o guardião da

adivinhação, fazia revelações através da mente e inteligência de Orumilá, sendo então o porta-voz do deus

da profecia. Exu - sempre muito esperto - fez um pacto com Ifá e pediu a Orumilá que transmitisse a ele o

dom e o poder de profetizar sobre a vida dos homens e dos deuses. Como Exu não trabalha de graça -

cobrou-lhe favores e certos privilégios. Exu exigiu que em qualquer instância as oferendas teriam que ser

servidas primeiro para ele, tudo seria feito antes dos outros deuses. Oxum, que acompanhava o pacto de

Ifá com Exu e também ser companheira de Ifá, questionava-se. Tantas pessoas a consultavam e ela não

podia prever, pois não detinha o conhecimento do jogo da adivinhação. Oxum com toda sua diplomacia,

queixou-se a Exu, alegando que queria ajudar as pessoas mas não podia, pois não tinha o poder de jogar.

Exu então, falou com Orumilá e este permitiu o jogo de dezesseis búzios a Oxum, só que com a condição

de Exu responder as perguntas dela dentro do jogo. Exu teve que exercer sua antiga função, cargo este

que Exu não mais queria exercer. É por isso que os filhos de Oxum não podem descuidar das obrigações de

Exu.

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AS FOLHAS SAGRADAS

Ossanha recebeu os segredos das folhas. Sendo o dono exclusivo da liturgia das folhas, ele

mantinha o segredo sobre elas e não ensinava nada a ninguém. Xangô, não conformado com

o conhecimento de Ossanha, queixou-se a Iansã, de que era injusto somente Ossanha ser o

detentor desse poder, e que os outros deuses não possuíam esse axé tão poderoso.

Enfurecida ela levantou sua saia e anáguas e agitou-as fortemente. O vento, elemento que

Iansã domina, formou-se violentamente em direção onde Ossanha guardava seus segredos.

Ele mantinha pendurado em uma árvore uma cabaça repleta de folhas, que caiu e espatifou-

se ao chão. Ossanha não teve tempo para recolhê-las, só conseguiu exclamar tristemente

"Ewé O! Ewé O!" (Oh! as folhas! Oh! as folhas!), mas não conseguiu impedir que Xangô, Iansã

e outros deuses do panteão repartissem entre si as folhas de Ossanha. Mas fica aqui

registrado que eles ficaram com as folhas, mas os segredos ainda pertencem a Ossanha, que

ao ser chamado nos rituais litúrgicos ensina como lidar com as folhas sagradas.

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O FEITICEIRO DE DAOMÉ

Oxumaré era o feiticeiro de Daomé. Ele tinha como consulente o rei Olofin (rei de Ifé) que o explorava

muito, consultando-o quase todos os dias, mas não lhe pagava nada pelos seus serviços. Oxumaré vivia em

plena miséria, até que um dia Olokun, rainha de um reino vizinho mandou busca-lo, pois precisava de seus

préstimos para tratar de seu filho, o príncipe, que tinha sido acometido por um mal estranho, passava por

crises fortes e mal parava de pé. As vezes rolava por cima das brasas ardentes das fogueiras e fogareiros. O

grande feiticeiro Oxumaré fez suas magias e curou o menino, a rainha o encheu de presentes. O Deus-

serpente voltou para Ifé diferente de como tinha ido vestido em trapos, voltou com riquíssima fazenda

azul. Olofin, ao ver seu babalaô preferido tão ricamente vestido, arrependeu-se por ter sido tão

mesquinho com ele no passado, e o cumulou de presentes e o vestiu com uma linda fazenda vermelha.

Assim, Oxumaré - que vivia na miséria -, tornou-se rico. Olodumaré, o Deus supremo, sofria de um mal nas

vistas, e também mandou chama-lo. Oxumaré foi até ele e o curou. Oludumaré ficou tão agradecido que

não quis mais se separar dele. Desde então Oxumaré reside no céu e só de tempos em tempos tem

permissão para pisar na terra. Quando este Deus vem ao encontro de seus filhos, os homens têm

condições de ficar ricos, materialmente e espiritualmente.

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O ISOLAMENTO

Conta a lenda que um certo dia de festa, todos os deuses estavam dançando, menos Obaluaê, que ficara

timidamente na porta. Ogum, então, perguntou a Nanã: Meu irmão está lá fora, não vem dançar? Nanã

respondeu que ele tinha medo de aparecer um público, devido ao estado da pele de seu corpo. Ogum,

então resolveu ajudá-lo, pois não pode ver uma situação à sua frente em que alguém sofra por

desrespeito ou preconceito dos outros. Ogum resolveu o problema convencendo Obaluaê a acompanha-lo

até a floresta, onde teceu para ele uma roupa feita com folhas que esconderia sua aparência. Assim

Obaluaê teria coragem para entrar na sala onde ocorria a festa, sem medo de ser rejeitado. Porém, a

estratégia de Ogum não foi muito bem sucedida. Muita gente tinha visto Ogum sair para ir até Obaluaê

antes de se reaproximar trazendo uma figura misteriosa, pois ela estaria carregada de pestes e poderia

contaminar a todos. Somente Iansã, a deusa dos ventos, altiva e corajosa, concordou em acompanha-lo.

Dançou com Obaluaê e, junto com eles, o turbilhão de ventos. Os ventos de Iansã levantaram as vestes

dele. Então todos os presentes, com espanto, puderam verificar que, abaixo das vestes, se escondiam o

rosto e o corpo de um homem belíssimo, sem defeito algum. Em recompensa pelo gesto de Iansã, Obaluaê

deu o poder a ela de reinar sobre os mortos. Mas Obaluaê sempre continua sua dança sozinho.

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AQUELE QUE FOI ENGANADO TRÊS VEZES

Um dia Oxalá resolveu visitar seu filho Xangô o Rei de Oyó. Antes de partir consultou Ifá, no jogo de

búzios. Ele foi avisado para não fazer a viagem, pois haveria muitas desgraças. Oxalá insistiu em ir, então o

Babalaô o aconselhou a tomar alguns cuidados: não falar com ninguém que encontrasse no caminho, não

atender a nenhum pedido, não pronunciar palavras de queixa, e foi recomendado que deveria levar três

roupas brancas e sabão. Teimoso, Oxalá começa sua viagem. No caminho ele encontra Exu, que disfarçado,

estava sentado sobre um barril . Oxalá, esquecendo o conselho do Babalaô, dá ouvidos a Exu, que o

convence a carregar o barril, que continha azeite de dendê. Exu fez o azeite derramar sobre Oxalá e depois

riu, dizendo que Oxalá virou comida de Exu. Oxalá banhou-se, trocou de roupa e seguiu viagem.

Novamente Exu apareceu, disfarçado de velho e pediu ao Orixá que carregasse seu pesado fardo de

carvão. Oxalá com pena do velho, pegou o saco e pôs nas costas. Exu derramou o carvão, sujou-o e depois

riu, dizendo que Oxalá trocou o pano branco por preto. O Orixá mais uma vez, banhou-se, pôs outra roupa

limpa e seguiu viagem. Dessa vez Exu apareceu como um menino e de novo enganou Oxalá, que acabou se

sujando com um barril de vinho de palma. Exu riu muito, dizendo que enganou o Orixá três vezes. Mas

uma vez Oxalá manteve a calma, limpou-se no rio e vestiu sua terceira roupa e continuou sua caminhada

rumo ao reino de Xangô.

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O REI NÃO SE ENFORCOU

Conta-se que quando Xangô teve dificuldade para se manter no trono de Oyó, ele voltou-se para a

terra dos Tapa e, vendo-se abandonado por todos, ele enforcou-se numa árvore de obí. Seus

inimigos proclamaram "Obaso" - "O rei enforcou-se". Seus partidários negaram este fato e gritaram

"Oba Kò Sô", ateavam fogo nas casas dos detratores de Xangô, nas noites de tempestades, para

confirmar a reputação do Deus do trovão. Alusão feita a Xangô que, quando irado, ateava fogo

pelas narinas, para punir os infratores ( texto extraído do livro de Pierre Verger - Os Orixás) -

segundo a lenda é por isso que Xangô tem aversão à morte e aos eguns (mortos).

AS ESPOSAS DE XANGÔ

No reino de Oyó, ficavam as três esposas do Orixá, a sua espera, cada vez que ele saia para

guerrear. Quando voltava, Xangô comemorava com elas suas conquistas com grandes festas,

regadas a vinho de palma. Iansã era esposa de Ogum e foi seduzida por Xangô. Oxum vivia com

Oxóssi e tambèm foi seduzida pelo Orixá. Obá apesar de ser uma deusa mais velha, também foi

esposa de Xangô. As cerimonias para Xangô, na África, duram cinco, nove ou 17 dias. Sua

importância no Brasil é grande, que chegou a originar cultos específicos em Pernambuco e em

outros estados Nordestinos.

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Oxum e os Búzios

Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que

pertencia a Exu e este não queria lhe revelar. Ela então

procura na floresta as feiticeiras, chamadas YAMI

OXORONGÁ. As feiticeiras perguntam a Oxum o que faz ali e

ela lhes pede como enganar a Exu e conseguir o segredo do

jogo de búzios. As feiticeiras a muito querendo pregar uma

peça a Exu, ensinaram toda a sorte de magias a Oxum, mas

exigiram que ela lhes fizesse uma oferenda a cada feitiço

realizado. Oxum concordou e foi procurar Exu.

Ao chegar perto do reino de Exu, este desconfiado

perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e

que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir

o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e

ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos

olhos de Exu o cega e arde muito.

Exu gritava de dor e dizia;

- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?

- Oxum fingindo preocupação, respondia: – Búzios?

Quantos são eles?

– Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos.

– Ah! Achei um, é grande!

– É Okanran, me dê ele.

– Achei outro, é menorzinho!

– É Eta-Ogundá, passa pra cá…

E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de

búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e

inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do

jogo e dividí-lo com Exu.

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O nascimento de IansãUm rei tinha uma filha chamada Ala. Ele queria casá-la com um príncipe poderoso. No entanto, a princesa já tinha um amante e do

amante ela esperava um filho. Sabedor do fato, o rei resolveu matá-la. Numa barca, levou a princesa até o meio do rio, do rio onde

vivia Oxum. Jogou a princesa no meio do rio, a casa de Oxum. O rei tinha um papagaio que o acompanhava sempre. O papagaio

tudo presenciou.

Tempos depois, alguns pescadores viram uma caixa boiando no rio. Foram ver de perto e dentro tinha uma criança Assustaram-se

com o que viram. Temerosos, abandonaram o seu achado na margem do rio. Pelo mesmo lugar passou outra embarcação e seus

ocupantes foram atraídos pelo choro da criança. Os viajantes acabaram recolhendo a criança e a levaram a presença do rei.

O rei ficou feliz com o presente e resolveu apresentar a criança ao povo como sendo filha sua. Ele sentia falta da filha que afogara,

sentia-se sozinho.

deu uma festa para apresentar a nova filha que adotara. Quando todos estavam reunidos o papagaio contou-lhes acerca de todo o

sucedido. Disse que a menina havia nascido na casa de Oxum. Portanto, deveriam devolvê-la ao rio. O rei então se deu conta de que

a menina era sua neta e devolveu-a ao rio onde nascera.

A criança cresceu protegida por Oxum.

ESTA MENINA ERA YANSÃ

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O rio que corre para o mar

Iemanjá, quando pequena, recebeu de sua mãe um jarro, ela disse a Iemanjá que o guardasse e que se um dia

dele precisasse, bastava quebrar o jarro. Iemanjá teve muitos filhos, todos tornaram-se orixás. De tanto

amamentar seus filhos, os seios de Iemanjá ficaram muito grandes. Cansada de sua vida em Ifé, Iemanjá segui

para o Oeste, onde casou-se com Okere, rei de Xaki, sob a condição de que ele nunca ridicularizasse seus enormes

seios.

Okere tratava Imenjá com respeito e consideração, mas um dia ele bebeu muito vinho de palma. Okere voltou

para casa bêbado e tropeçou em Iemanjá que o repreendeu. Okere, irritado com Iemanjá, humilhou-a referindo-se

aos seios dela.

Iemanjá ficou muito ofendida e fugiu de Okere. Em sua fuga, ela caiu a quebrou o jarro que sempre carregava

consigo, de dentro do jarro nasceu um rio com águas turbulentas que seguiam em direção ao oceano levando

Iemanjá. Okere, contrariado e tentando impedir a fuga de Iemanjá, transformou-se em uma montanha para

bloquear as águas. Iemanjá então, chamou seu filho mais poderoso, xangô, para vir em seu auxilio.

Xangô lançou um raio sobre Okere. A montanha se abriu em duas e Iemanjá pode seguir para o mar.

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OBÁ ENGANADA POR AMOR

Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, pois ela era forte e corajosa. A primeira mulher de Xangô foi Oiá-Iansã que era bela e fascinante. A

segunda foi Oxum, que era coquete e vaidosa. Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum. Ambas disputavam a preferência do

amor de Xangô. Obá procurava, sempre, surpreender o segredo das receitas utilizadas por Oxum quando esta preparava as refeições de Xangô.

Esta era jovem e elegante Obá era mais velha e usava roupas fora de moda. Oxum irritada decidiu pregar-lhe uma peça.

Um belo dia pediu-lhe que viesse assistir um pouco mais tarde a preparação de um determinado prato, que segundo ela disse maliciosamente,

realizava maravilhas junto a Xangô, o esposo comum. Obá apareceu na hora indicada. Oxum tendo a cabeça atada por um pano que lhe

escondia as orelhas, cozinhava uma sopa, na qual boiava dois cogumelos. Oxum mostrou-os a sua rival, dizendo-lhe que havia cortado as

próprias orelhas e colocando-as para ferver na panela, a fim de preparar o prato predileto de Xangô. Este chegando logo depois tomou a sopa

com apetite e deleite e retirou-se gentil e apressado na companhia de Oxum.

Na semana seguinte era a vez de Obá cuidar de Xangô e ela decidiu por em prática receita maravilhosa. Cortou uma das orelhas e a cozinhou

em uma sopa destinada a seu marido. Este não demonstrou nenhum prazer em vê-la com a orelha decepada e achou repugnante o prato que

lhe serviu. Oxum apareceu neste momento, retirou seu lenço e mostrou que as suas orelhas jamais haviam sido cortadas, nem devoradas, por

Xangô. Começou então a caçoar da pobre Obá, que, furiosa, precipitou-se sobre sua rival. Seguiu-se uma luta corporal entre elas. Xangô,

irritado, fez explodir seu furor. Oxum e Obá, apavoradas, fugiram e transformaram-se nos rios que levam seus nomes. No lugar da confluência

dos dois cursos de água as ondas tornam-se muito agitadas em consequência da disputa das duas divindades pelo amor de Xangô.

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Fonte: Blog O Panteão Negro - http://opanteaonegro.blogspot.com.br/

- http://www.lendas.orixas.nom.br/oba.php

- www.portalumbanda.com/orixa-exu-esu/