ROTEIRO DE CURSO2010.1
MICROECONOMIAAUTOR: ANTNIO CARLOS PORTO GONALVES
SumrioGarantias de Cumprimento
1. INTRODUO .................................................................................................................................................. 3
2. PLANO DE AULA .............................................................................................................................................. 7Bloco I: A lei da oferta e da demanda ............................................................................................. 7Bloco 2: Economia do bem-estar ................................................................................................. 12Bloco 3: Comportamento da empresa e organizao da indstria ...............................................16Bloco 4: A economia do setor pblico .......................................................................................... 23
3. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................................. 26
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1. INTRODUO
1.1. VISO GERAL
O panorama social de qualquer grupo de seres humanos composto por uma imensa quantidade de dados e informaes, os quais interagem de forma muito complexa e no evidente primeira anlise. As diversas cincias sociais procuram ordenar e estudar esta multiplicidade de dados e informaes. As-sim, a Histria usa, em geral, um critrio de organizao temporal e de perio-dizao para o entendimento dos fenmenos sociais, na expectativa de que as causas e os efeitos se ordenem de maneira temporal, ou que pelo menos isto ocorra na maioria das vezes.
A Cincia Poltica tenta classi car, ordenar, entender os dados sociais a partir da perspectiva do poder isto , de seres humanos interagindo e ob-tendo resultados melhores para um grupo e piores para o outro, conforme o poder que cada grupamento consiga amealhar. A Sociologia busca achar con- guraes de interdependncia entre os grupos humanos, isto , a formao de coalizes chamadas classes, estados, naes, raas, sindicatos, familias etc, as quais interagem entre si, tudo isto com o objetivo de interpretar os fen-menos sociais a partir destas con guraes e de sua dinmica. A Antropolo-gia faz essencialmente o mesmo que a Sociologia, mas seu foco , em geral, no passado ou em sociedades do presente fora do main-stream geogr co. H tambm abordagens institucionais, ticas e jurdicas, que se concentram em considerar as instituies e as regras desenvolvidas pelos seres humanos para conseguir uma convivncia mutuamente ben ca ou que analisam o porqu de no conseguirem tal convivncia.
A Economia, por sua vez, adota dois pontos de vista diferentes. Na Ma-croeconomia, se considera a evoluo dos chamados grandes agregados eco-nmicos PIB, in ao, desemprego, exportaes etc. e este ramo do conhecimento de natureza similar Sociologia, isto , busca con guraes de interdependncia, dividindo a sociedade em grupos amplos empre-srios, banqueiros, trabalhadores, governo e analisando a sua dinmica interativa. Mas isso ser visto com mais detalhes na parte referente ao curso de Macroeconomia.
A Microeconomia, por sua vez, adota como princpio organizador dos dados sociais que observa o comportamento racional das pessoas, de nido de forma restrita como sendo a otimizao das escolhas, feita por cada indiv-duo, para alcanar seus objetivos, supostamente muito claros e indubitveis para cada um.
Estes objetivos so considerados tambm relativamente imutveis. O homo economicus no tem dvidas e constante. A pessoa sabe o que
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quer e no muda, mudando apenas as suas circunstncias. As modi caes nos dados sociais so ento explicadas como decorrentes de mudanas nas circunstncias das pessoas, dos indivduos, induzindo a mudanas nas suas escolhas, e ento na sociedade como um todo. Os modelos modernos ma-croeconmicos, buscando fundamentos microeconmicos e a uni cao da economia, construdos a partir da otimizao individual, em geral acrescen-tam ainda mais hipteses simpli cadoras, talvez simplrias, a esta construo por exemplo, todas as pessoas so iguais, e assim por diante.
O ponto de vista metodolgico microeconmico reducionista, a reduo chegando ao nvel do indivduo. E a agregao, soma simples dos compor-tamentos dos indivduos, que explicaria os movimentos sociais como um todo. Apenas recentemente a teoria dos jogos tem construdo modelos envol-vendo coalizes supra-individuais. E, como dito acima, tambm um ponto de vista metodolgico racionalista estrito, ou seja, no o simples projeto grego de entender o mundo luz da razo. o racionalismo utilitrio, do comportamento individual maximizador.
Apesar de suas restries, este ponto de vista da Microeconomia bem in-teressante, at para servir como balizador, quando se trata de explicar o com-portamento de pequenas unidades econmicas, como os consumidores ou as empresas, sujeitas a mudanas freqentes nas suas circunstncias. Para tanto, desenvolve conceitos, como a escassez re etida nos vrios tipos de custos, a regularidade das preferncias e da tcnica re etida na classi cao geral dos bens e dos fatores de produo (em substitutos e complementares), as leis da demanda e da oferta, descritivas de uma ampla gama de fenmenos de troca, o comportamento dos mercados competitivos, o poder de mercado monop-lico e oligoplico, os custos e os benefcios externos, isto , as externalidades, e assim por diante. Todos esses conceitos so muito usados, inclusive na le-gislao econmica referente a controles, regulao, determinao de preos, proteo do meio ambiente, e outros campos similares. O entendimento de tais conceitos , portanto, importante para os pro ssionais da rea jurdica.
Em sntese, cada uma das cincias sociais no tem um grupo de fenme-nos espec cos aos quais se dedica como se fosse seu territrio. Na verdade, elas adotam estratgias prprias para obter o conhecimento, atravs do uso de princpios diferentes de organizao dos dados e das informaes, como se fossem diversos pontos de vista, mutuamente no exclusivos, ordenando o mesmo conjunto de observaes, movimentos e reaes sociais.
No entanto, evidente que por usarem princpios diversos para a organi-zao do conhecimento, cada uma das cincias sociais se presta mais anlise de certos fenmenos nos quais a e cincia explicativa ou interpretativa do princpio que a caracteriza maior. Da a aparente especializao territorial de cada uma das cincias sociais, quando na verdade qualquer fenmeno so-cial pode ser olhado a partir de vrios pontos de vista.
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No caso da Microeconomia, este aparente territrio existe e o seu cam-po de estudo clssico, que se compe de conceitos ligados produo das empresas custos, formao de preos em vrias con guraes de mercado e tambm o comportamento do consumidor e outros assuntos correlatos. No obstante, o princpio de comportamento racional estrito, claro e imut-vel para cada pessoa, ordenador dos dados sociais pela Microeconomia, pode ser aplicado em outras reas menos convencionais. Foi aplicado ao casamen-to, ao divrcio, diviso de tarefas dentro da famlia, dentro das cidades, e assim por diante. E, em particular, na anlise econmica das leis e do direito, ou seja, as normas jurdicas vistas sob a tica de sistemas de incentivos e de e cincia econmica. Idem para a tica, interpretvel como uma soluo de um jogo interativo entre os seres humanos, suas coalizes etc.
Assim, o curso de Microeconomia ora proposto objetiva a apresentao do material clssico e do menos convencional. A idia explorar os principais conceitos microeconmicos, provendo os futuros pro ssionais com as ferra-mentas necessrias para que entendam e possam prever o comportamento dos consumidores, das empresas, dos governos e dos mercados. Tambm ser dada nfase aos conceitos mais modernos (menos convencionais) de Micro-economia, sobretudo os ligados Teoria dos Jogos, mostrando sua impor-tncia na de nio das estratgias dos consumidores e das organizaes em geral. Aulas e leituras na rea de anlise econmica das leis tambm devero ser apresentadas.
1.2. OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo do curso de Microeconomia ser explorar os principais concei-tos microeconmicos, tornando possvel explicar e talvez prever o comporta-mento das empresas, dos consumidores e dos mercados. Dentre os conceitos clssicos focados no curso esto os ligados produo e empresas, custos, formao de preos em vrios tipos de mercado e comportamento do consu-midor. Tambm ser dada nfase aos conceitos mais modernos, sobretudo os ligados Teoria dos Jogos, mostrando sua importncia na de nio das estra-tgias dos consumidores e das organizaes em geral. O objetivo ser mostrar ao futuro pro ssional que o conhecimento da Microeconomia fundamental para entender e prever comportamentos, decises e estratgias.
1.3. METODOLOGIA
O curso ser conduzido atravs de aulas expositivas, de aulas para debates e de aulas para a resoluo de exerccios. Teremos ento:
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18 Aulas expositivas; ao nal de cada aula expositiva sero sugeridos exerccios sobre os temas discutidos.
5 Aulas exclusivas para o debate de Questes para Discusso, os quais sero analisados a partir dos conceitos microeconmicos.
5 Aulas exclusivas para a resoluo de exerccios e esclarecimento de dvidas.
2 Aulas para a realizao das provas.
1.4. MTODO DE AVALIAO
A mdia nal dos alunos consistir na mdia simples entre duas provas e mais uma nota de participao, que envolve exerccios em sala, trabalhos para casa, freqncia, participao em aula etc.
Cada prova ter como matria os Blocos descritos no Plano de Aula.Matria da 1 prova Blocos I e IIMatria da 2 prova Bloco III e IV
Caso no alcance a mdia mnima de 7,0, o aluno far uma Prova Final, que englobar a matria de todo o curso.
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2. PLANO DE AULA
BLOCO I: A LEI DA OFERTA E DA DEMANDA
DURAO PREVISTA: 11 AULAS
6 aulas expositivas2 aulas para a discusso de Casos2 aulas para a resoluo de exerccios1 aula para a realizao da 1 Prova
PARTE 1: PRINCPIOS BSICOS DE ECONOMIA
Referncia bibliogr ca: Mankiw, caps. 1 e 2; Krugman e Wells, caps. 1 e 2.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 1, Problemas e Aplicaes 1 a 5; cap.
2, Questes para Reviso 3, 4 e 6; Problemas e Aplicaes 4 e 7. Krugman e Wells, cap. 1, Problemas 4, 5 e 6; cap. 2, Problemas 1 a 5.
PARTE 2: INTERDEPENDNCIA E GANHOS COMERCIAIS
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 3; Stiglitz, cap. 3.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 3, Problemas e Aplicaes 1 a 5.
PARTE 3: AS FORAS DE MERCADO DA OFERTA E DA DEMANDA
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 4; Stiglitz, cap. 4.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 4, Problemas e Aplicaes 1, 2, 5, 7 e 9.
PARTE 4: ELASTICIDADE E SUA APLICAO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 5; Stiglitz, cap. 5.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 5, Problemas e Aplicaes 1, 2, 4, 6 e 8.
PARTE 5: OFERTA, DEMANDA E POLTICAS DO GOVERNO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 6.
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Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 6, Questo para Reviso 4; Problemas e Aplicaes 1, 4, 6 e 7.
CASO PARA DISCUSSO 1:
XHOSAS E ZULUS
Xhosa o nome de um grupo tnico sul-africano de onde veio o grande lder Nelson Mandela, o qual lutou vitoriosamente contra o Apartheid. No grupo dos Xhosa, um homem deveria pagar 26 cabeas de gado de dote para a famlia de sua futura esposa. Assim, um homem rico, com muitas cabeas de gado, poderia ter vrias esposas. Havia tambm trocas secundrias, ou seja, um homem poderia adquirir a esposa de outro em troca das tais 26 cabeas de gado.
Entre os Zulus, outro grupo tnico sul-africano, o dote pago para a famlia da futura esposa era de 11 cabeas de gado. Os Zulus eram grandes guerreiros (mais que os Xhosas) de maneira que muitos homens morriam e mulheres normalmente faziam parte do botim de guerra.
QUESTES:
a) D uma explicao em termos da lei da oferta e da demanda, para a menor cotao das esposas entre os Zulus.
b) O fato de que 26 e 11 eram cotaes estabelecidas e tradicionais sugerem o qu a respeito da estabilidade da oferta e da demanda e do progresso tcnico nessas sociedades?
c) A globalizao tenderia a homogeneizar as cotaes. Explique o que seria a globalizao neste contexto e destaque as vantagens e desvantagens desta tendncia. O que os Xhosas exportariam para os Zulus e estes para os Xhosas?
d) Pouco antes da abertura dos contatos entre os dois grupos qual seria o tpico comportamento de um especulador Zulu, dada a possibilidade de trocas secundrias? justo uma pessoa se bene- ciar porque interpreta melhor os eventos no mundo? E se tiver meramente sorte?
e) Seria justo permitir o contato social e comercial entre os Xhosas e os Zulus?
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CASO PARA DISCUSSO 2:
Manifesto Comunista
Marx e Engels, no Manifesto Comunista (1848), falaram que a histria do Homem sempre foi marcada pelo con ito entre o capital e o trabalho, isto , entre o capitalista (o dono dos meios de produo) e o trabalhador. Conside-re essa questo e responda: no h cooperao entre capital e trabalho?
CASO PARA DISCUSSO 3:
PLANO DE COMBATE GUERRILHA NO LUGAR DA GUERRA S DROGAS (PLANO COLMBIA)
Por WFM-CARTACAPITALREVISTA CARTA CAPITAL- 11 Maio de 2005 Ano XI Nmero 341.
No seu primeiro priplo funcional e geoestratgico por pases da Amrica do Sul, a secretria de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, cou pou-cas horas em Bogot. Tempo su ciente, no entanto, para anunciar o m do Plano Colmbia que completar os cinco anos estabelecidos em julho e transmitir a deciso de Bush de continuar a ajuda militar para combater o terrorismo. Numa correta chave de leitura, faliu o Plano Colmbia. O novo foco prioritrio ser o combate aos insurgentes, considerados por Bush, quer no Iraque, quer na Colmbia, como terroristas.
Com tudo adrede preparado para evitar surpresas e reaes verbais no funeral do Plano Colombia, o presidente lvaro Uribe cumpriu silncio ob-sequioso. No dia seguinte, j cogitava da nova estratgia antidrogas, em ce-rimnia no Parque Nacional Sierra Nevada de Santa Marta, onde foi encon-trada coca transgnica por um o cial da polcia colombiana, desmentido pelo czar antidrogas do governo norte-americano, John Walthers.
O dispendioso e militarizado Plano Colombia teve como carro-chefe a erradicao das reas de cultivo de folhas de coca, matria-prima para a ela-borao do cloridrato de cocana. As reas objeto das erradicaes foram es-colhidas com base em identi cao por fotogra as de satlite, ou seja, em Putumayo, Caqueta, Meta, Vichada e Vaupes. O forte das erradicaes con-sistiu no despejo de toneladas do potente herbicida base de glifosato, desen-volvido pela multinacional Monsanto.
Esse ingrediente ativo comercializado com o nome Roundup, sendo fartamente encontrvel nas prateleiras dos supermercados e casas de pro-dutos agrcolas brasileiros. As perigosas erradicaes manuais em campos
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sob proteo de guerrilheiros e paramilitares, como se percebeu, no ti-nham a velocidade dos geis camponeses incumbidos de replantar e ex-pandir as culturas.
Como se sabe, o Plano Colmbia foi elaborado pelo ento czar an-tidrogas do governo Bill Clinton, general Barry MacCa rey. O ob-jetivo estratgico-militar era arrasar os plantios de coca colombia-nos para conseguir, no mercado internacional, escassear a oferta da droga e, por conseqncia, reduzir o lucro vultoso dos narcotra can-tes. A falta da cocana elevaria os preos, tornando proibitiva a compra do banalizado papelote do p. Entretanto, no foi o que aconteceu. Na Colmbia, houve efetiva erradicao de reas de plantio da coca, a par-tir do derrame de herbicidas. Segundo Bush declarou na ltima estada na cidade de Cartagena, em 2004 foram fumigados cerca de 130 mil hectares, tendo sobrado apenas 65 mil hectares. S no contou que as reas migraram interna e externamente, ocorrendo triplicao da produo no Peru e dupli-cao na Bolvia.
Para Condoleezza Rice, o Plano Colmbia foi um sucesso, conforme decla-rou em entrevista ao jornal El Tiempo. Apenas no conseguiu explicar o por-qu do encerramento de um plano e ciente e que fazia tanto sucesso. Mais uma vez, porm, convm lembrar que, nos ltimos 20 anos, a rea de cultivo de coca na regio andina continua a mesma, ou seja, de 200 mil hectares.
A secretria de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anunciou o m do Plano Colombia, plano americano de combate ao narcotr co na Co-lmbia. Segundo o artigo apresentado, as carssimas operaes militares dos EUA na Colmbia, de combate produo de drogas, no surtiram o efeito de reduzir a produo.
QUESTES:
a) Usando conceitos de elasticidade (ou inelasticidade) da demanda e da oferta, no curto e no longo prazo, explique porque o Plano no deu certo.
b) Ainda usando a tradicional anlise de oferta e demanda, teria sido possvel que o resultado da operao fosse um aumento de outros crimes? Explique o porqu usando o conceito de crimes comple-mentares e substitutos.
c) Seria mais conveniente, economicamente, os americanos reduzirem (via educao, por exemplo) a demanda por drogas nos EUA? Ou mesmo reprimirem a demanda com punies? Por que no zeram isto? justo descriminalizar o consumo de drogas?
d) Que analogia pode ser feita entre este caso e a deciso do governo bra-sileiro nos anos de 1930 de destruir os estoques de caf excedentes?
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TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
Trade-o s Anlises normativas e positivas Custo de oportunidade Especializao Interdependncia e ganhos comerciais: vantagem absoluta e vantagem
comparativa Curva de demanda Preo X quantidade demandada Curva de Oferta Preo X quantidade ofertada Equilbrio oferta X demanda Elasticidade da demanda Elasticidade da oferta Controle de preos (preos mximos e preos mnimos)
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BLOCO 2: ECONOMIA DO BEM-ESTAR
DURAO PREVISTA: 7 AULAS
6 aulas expositivas1 aula para a discusso de Casos1 aula para a resoluo de exerccios1 aula para a realizao da 2 Prova
PARTE 1: CONSUMIDORES, PRODUTORES E EFICINCIA DOS MERCADOS
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 7; Stiglitz, cap. 10.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 7, Problemas e Aplicaes 1 a 5.
PARTE 2: APLICAO: OS CUSTOS DA TRIBUTAO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 8.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 8, Questes para Reviso 1 e 2; Pro-
blemas e Aplicaes 1, 3 e 7.
PARTE 3: APLICAO: COMRCIO INTERNACIONAL
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 9.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 9, Questes para Reviso 1, 2 e 3;
Problemas e Aplicaes 1 e 6.
CASO PARA DISCUSSO 1:
Brasil derrota EUA na OMCO Globo, 04/03/2005
Mnica TavaresBRASLIA, GENEBRA e RIO
A Organizao Mundial do Comrcio (OMC) deu ontem ganho de causa de nitivo ao Brasil ao considerar indevidos os subsdios concedidos pelos Estados Unidos aos seus produtores de algodo. a segunda vitria brasileira
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em um ano na disputa com os pases ricos a primeira foi contra a ajuda da Unio Europia (UE) produo de acar numa ao que vai bene ciar outros 13 pases. A deciso abre espao ainda para novas batalhas no ringue do comrcio internacional. No relatrio, a OMC reconheceu que tambm so distorcidos os subsdios embutidos no nanciamento aos produtores americanos de soja, milho e arroz.
A deciso da OMC um marco na negociao agrcola internacional. Ela est deixando claro que no admitir prticas comerciais predatrias comemorou o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Os pases em desenvolvimento tm agora um poder de barganha muito maior a rmou o especialista Richard Steinberg, professor da Universidade da Califrnia.
O Brasil o quinto maior produtor e o quarto maior exportador de algo-do do mundo. Segundo a Associao Brasileira de Produtores de Algodo (Abrapa), com a deciso da OMC a atual produo pode dobrar em cinco anos. Em 2004, foram produzidas no pas 3,612 milhes de toneladas, das quais 371 mil foram exportadas gerando US$ 1,080 bilho. Os empresrios estimam que o forte subsdio produo causa prejuzo anual ao produtor brasileiro de US$ 480 milhes.
Amorim: para o pas, OMC insubstituvel
Executivos do setor agroexportador do Brasil comemoraram a deciso da OMC. Segundo o vice-presidente da Associao de Comrcio Exte-rior do Brasil (AEB), Jos Augusto de Castro, a posio da OMC no d mais chances de recurso aos EUA. J o vice-presidente da Confedera-o da Agricultura e Pecuria do Brasil (CNA), Gilman Viana Rodri-gues, disse que a deciso permitir de imediato uma recuperao dos preos internacionais do algodo. No incio do ano, estavam em tor-no de US$ 1.966 a tonelada, contra US$ 2.816 em janeiro de 2004. O ministro das Relaes Exteriores do Brasil, Celso Amorim, embarcou on-tem para o Qunia, na frica, onde participar de uma mini-reunio minis-terial da OMC. A reunio no Qunia uma preliminar do encontro de Hong Kong, em dezembro, quando os membros da OMC pretendem retomar as negociaes da Rodada de Doha, suspensas desde 2003.
A OMC para ns muito importante, insubstituvel. As batalhas do algodo e do acar, e agora a do frango salgado, nunca teriam sido ganhas num contexto de acordo bilateral, seja com a Unio Europia seja com os EUA disse Amorim, antes da divulgao do resultado da OMC no painel sobre algodo.
A organizao no-governamental de combate pobreza Oxfam Interna-tional, de origem inglesa, tambm elogiou a deciso da OMC.
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S entre 2001 e 2003, os pequenos algodoeiros africanos perderam US$ 400 milhes por isso disse Guilherme Brady, membro do escritrio da Oxfam em Braslia.
Na frica, a cultura algodoeira sustenta 10 milhes de pessoas. De acordo com a Oxfam, os subsdios do governo americano para o algodo, equivalem a toda a ajuda humanitria dos EUA para o continente africano.
(extrado do site do Ministrio das Relaes Exteriores Noticirio 20/07/05)
O Brasil, segundo os jornais, ganhou na OMC a questo do algodo e tambm do acar: os subsdios americanos e europeus devem ser retirados.
QUESTES:
Mostre com um gr co de oferta e demanda o que acontece com o preo mundial de algodo com a retirada dos subsdios.
No Brasil h consumidores e produtores de algodo. Mostre com um gr- co de oferta e demanda o efeito da retirada dos subsdios sobre o compor-tamento das exportaes brasileiras, o ganho dos produtores brasileiros e as perdas dos consumidores brasileiros. possvel estimar o valor, por exemplo, dos ganhos dos produtores usando o conceito de excedente? O Brasil, como um todo (consumidores e produtores) perde ou ganha com a nova poltica?
Se os produtores brasileiros vo ganhar, quanto ganhariam os empresrios e os trabalhadores, fatores que se combinam para produzir? Use o conceito de elasticidades relativas na sua resposta.
O ganho brasileiro com a deciso da OMC, em termos distributivos, re-gressivo dentro do Brasil? Qual seria o seu efeito alocativo dentro do Brasil?
CASO PARA DISCUSSO 2
Deputados aprovam restrio cobrana por estacionamento no Rio 15/02/2005 20h55, da Folha Online
A Alerj (Assemblia Legislativa do Rio de Janeiro) aprovou nesta tera-feira, por aclamao, um projeto de lei que restringe a cobrana pelo estacionamen-to em shoppings. A medida deve isentar clientes que efetuarem compras cujo valor equivalha a mais de dez vezes o preo cobrado pelo estacionamento.
Segundo o deputado Gilberto Palmares (PT), autor do projeto, alm dos consumidores, a medida deve bene ciar os lojistas, que vo vender mais, e o governo do Estado, que poder aumentar sua arrecadao com as notas scais que sero recolhidas para garantir a gratuidade.
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O projeto prev ainda que a medida seja divulgada, por cartazes, nas de-pendncias do estabelecimento.
QUESTES:
a) A proibio de cobrana de estacionamento nos shoppings vai ser paga pelos donos dos shoppings? Vai bene ciar os lojistas? O custo pode ser repassado aos consumidores? Em que condies?
b) H o potencial de tal proibio ter efeito distributivo regressivo (use conceitos de elasticidade para responder sobre a incidncia da proibio)? Qual seria seu efeito alocativo dentro do Brasil?
TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
Economia do bem-estar Excedente do consumidor Excedente do produtor E cincia X equidade Peso morto e custos sociais dos tributos Preo mundial Tarifas
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BLOCO 3: COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAO DA INDSTRIA
DURAO PREVISTA: 7 AULAS
4 aulas expositivas1 aula para a discusso de Casos1 aula para a resoluo de exerccios1 aula para a realizao da 3 Prova
PARTE 1: OS CUSTOS DE PRODUO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 13; Stiglitz, caps. 7 e 8.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 13, Teste Rpido p. 270; Questo para
Reviso 5; Problemas e Aplicaes 1, 2 e 3.
PARTE 1: EMPRESAS EM MERCADOS COMPETITIVOS
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 14; Stiglitz, cap. 8.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 14, Questes para Reviso, 1 e 3; Pro-
blemas e Aplicaes 3, 4 e 11.
PARTE 2: MONOPLIO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 15; Stiglitz, cap. 12.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 15, Problemas e Aplicaes 1, 2, 6, 7 e 9.
PARTE 3: OLIGOPLIO
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 16; Stiglitz, cap. 12.Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 16, Problemas e Aplicaes 1, 2, 5 e 10.
QUESTO PARA DISCUSSO 1:
William Blackstone, famoso jurista ingls, escreveu Comentaries on the Laws of England (1765-1769), em cujo volume 4 se encontra a seguinte a r-
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mao: Th us in France the punishment of robbery, either or without murder, is the same: hence it is, that though perhaps they are therefore subject to fewer robberies, yet they never rob but they also murder. In China, murderers are cut to pieces, and robbers not: hence in that country they never murder on the highway, though they often rob.
Em vista do texto acima, comente a seguinte a rmao: Uma lei penal que estabelece punies iguais para o assalto e para o assalto com homicdio, incentiva os homicdios devido ao custo marginal zero destes e ao benefcio marginal positivo para os assaltantes.
QUESTO PARA DISCUSSO 2:
Uma autoridade policial do Rio de Janeiro declarou recentemente que o maior cerceamento aos tra cantes de drogas leva ao aumento dos seqestros. Analise a questo em termos de racionalidade, do conceito de elasticidade e de custos de punir o criminoso. Seria e ciente punir o criminoso que faz parte de um crime organizado de modo similar ao criminoso impulsivo?
CASO PARA DISCUSSO 1:
Justia suspende venda da Varig para TanureFolha de S. Paulo 15/12/2005
A Justia suspendeu a venda da FRB Participaes, controladora da Varig, para a Docas Investimentos, do empresrio Nelson Tanure, arrendatrio do Jornal do Brasil e da Gazeta Mercantil. O negcio, de US$ 112 milhes em dez parcelas anuais, havia sido fechado na segunda. A comisso de juzes que cuida da recuperao da companhia area tomou a deciso com base em petio do Ministrio Pblico do Estado do Rio, por entender que os credores da Varig deveriam ter aprovado a negociao em assemblia, o que no ocorreu.
O negcio fechado por Tanure envolvia a compra de 25% das aes ordi-nrias e mais usufruto por dez anos de 42% das aes da FRB Participaes. Apesar de a FRB Participaes no estar em processo de recuperao judicial, mas, sim, a Varig e outras empresas do grupo, o Ministrio Pblico concluiu que a operao, indiretamente, importou na mudana do controle societ-rio dessas companhias e, por isso, pediu a nulidade da negociao.
Os juzes, porm, em vez de anular o negcio, optaram por torn-lo ine caz. Isso porque, na prxima segunda, em assemblia j marcada, os credores podero aceitar o negcio proposto por Tanure. O ato est ine -
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caz at uma futura deciso dos credores, no dia 19, em sentido contrrio, disse o juiz Paulo Roberto Fragoso, da 8 Vara Empresarial do Rio. Segundo Fragoso, so os credores os que sero mais afetados em caso de falncia ou troca de controle da Varig. Alm de Fragoso, cuidam do caso a juza Mrcia Cunha, da 2 Vara Empresarial, e o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 1 Vara. A Docas pode recorrer, mas, ainda que isso acontea, a assemblia dos credores est mantida, segundo os juzes. At o fechamento desta edio, a empresa no havia decidido o que fazer.
A Justia tambm determinou que a empresa Docas se abstenha da pr-tica de qualquer ato que implique o exerccio do status de acionista contro-lador, at eventual deliberao assemblear em sentido contrrio. Apesar da complexidade do assunto, os juzes acreditam que na semana que vem haver desfecho para o caso Varig. Na assemblia, aps decidirem se aceitam ou no a venda para Tanure, os credores vo votar planos de recuperao. O primeiro o que ser apresentado pela Varig. Podem tambm ser apresentados planos de outros credores e at de Nelson Tanure, caso o negcio com a FRB Parti-cipaes seja aceito.
H ainda a possibilidade de que sejam aprovadas modi caes para que os planos de recuperao tenham aceitao. Por m, mesmo em caso de re-jeio parcial dos planos, a Justia pode impor uma das solues propostas, se considerar que ser a melhor sada para a Varig. Se todas essas hipteses de salvar a companhia forem rejeitadas pelos credores, o caminho a falncia. Caso contrrio, a empresa car dois anos em processo de recuperao, sob scalizao judicial. A Varig reconhece ter passivo superior a R$ 7 bilhes.
QUESTES:
a) Quando uma empresa tem prejuzo, ela sempre tem que fechar as portas?
b) Quando os credores devem, racionalmente, concordar com a con-tinuao do seu funcionamento, apesar do prejuzo? Use o conceito de custo histrico ou irrecupervel para responder.
c) E se alguns poucos credores do grupo resolver no concordar com a proposta aceita pela maioria?
CASO PARA DISCUSSO 2:
O caso Nestl Chocolates Garoto na tica dos consumidores27 de Fevereiro de 2004Idec Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
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Quem tem medo de monoplio? Todos ns, que somos consumidores, podemos ser prejudicados pelo excessivo poder de mercado de uma nica empresa, ou mesmo de um pequeno conjunto de empresas que domina o mercado de um produto.
Quanto mais concorrencial um mercado, maior a possibilidade de haver disputa de preo. Isso favorece o consumidor que tem maior diversidade na oferta e pode ter disposio preos mais baixos.
Quanto mais pulverizado, mais competitivo o setor; quanto mais oligopolizado, menos competitivo, (Heron do Carmo, ex-coordenador da pesquisa de custo de vida, da FIPE Gazeta Mercantil). Os preos sobem menos nos setores em que mais fornecedores disputam a prefern-cia dos consumidores. E resistem mais onde os fornecedores so poucos e poderosos.
Para os consumidores importante que haja equilbrio no s entre os produtores, mas tambm entre produtores e varejistas. A capacidade de ne-gociao das redes de varejo contribui para moderar a alta dos preos. Nlson Sendas, vice-presidente comercial do grupo Sendas, a rma que, nas nego-ciaes de preos, a barganha se torna mais complicada quando h menor nmero de fornecedores. Indstrias como a de biscoitos, com muitos con-correntes, no podem impor preos (Gazeta Mercantil).
Quando uma empresa detm poder econmico tal que lhe permita a atuao no mercado de forma independente e indiferente aos outros agen-tes econmicos, ela poder assumir comportamentos prejudiciais aos con-sumidores. Isso signi ca ausncia de ambiente concorrencial. A empresa em posio dominante tende a adotar comportamento tpico de monopo-lista, aumentando preos e adotando prticas que no adotaria caso hou-vesse concorrncia.
Fica claro que a excessiva concentrao do mercado, quando acontece, pode prejudicar o consumidor. Existe um organismo que tem a misso de proteger o consumidor contra essas situaes, o CADE Conselho Ad-ministrativo de Defesa Econmica vinculado ao Ministrio da Justia. O CADE utiliza critrios tcnicos para evitar situaes de excessiva concentra-o do poder de mercado em apenas uma, ou poucas empresas.
A anlise do CADE e da Secretaria de Direito Econmico SDE con-cluiu que a compra da Garoto pela Nestl gera elevadas concentraes nos mercados de bombons avulsos e tabletes pequenos de chocolates, de caixas de bombons, de ovos de pscoa e de tabletes grandes.
Seria criado um monoplio no mercado de coberturas de chocolate l-quidas, pois apenas Nestl e Garoto ofertam esse produto no mercado. A concentrao tambm seria grande no mercado de coberturas de chocolate slidas. Essas coberturas so utilizadas como insumo bsico para as empresas fabricantes de chocolates artesanais e outras. Dessa forma, esses fabricantes,
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que necessitam adquirir seus insumos da Nestl, no teriam fornecedor alter-nativo e caso o insumo venha a subir, tero que repassar o preo ao consumi-dor ou encerrar as atividades.
A anlise revelou a existncia de altas barreiras entrada nesses mercados (necessidade de montagem de uma rede de distribuio capilar, delidade marca, investimentos iniciais elevados para construo de unidade fabril). Isto quer dizer que seria praticamente impossvel alguma empresa entrar nes-se mercado para concorrer com a Nestl, no curto prazo.
QUESTES:
a) Como a Nestl/Chocolates Garoto escolheria a quantidade produ-zida e o preo a ser cobrado pelo produto?
b) Como a quantidade produzida pela Nestl/Chocolates Garoto se compara quantidade que maximizaria o excedente total, gerando o mximo de bem-estar aos consumidores?
CASO PARA DISCUSSO 3:
O mundo ps-Kyoto Apesar da oposio dos EUA, os 157 pases reunidos no Canad decidi-
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JB Online06/01/2006Maya Santana
Os americanos e os australianos queriam, praticamente, extinguir o Protocolo de Kyoto, que j foi rati cado e est em vigor desde fevereiro de 2005. Mas, os pases participantes no deixaram. Sob este ponto de vista, considero a 11a conferncia das Partes sobre Mudanas Climticas da ONU um avano, j que foram neutralizadas as foras poderosas que trabalhavam contra o protocolo. A avaliao de Ronaldo Vasconcellos, vice-prefeito de Belo Horizonte e ambientalista histrico, que participou da conferncia, no ms passado. Os 157 pases signatrios do tratado in-ternacional, que no teve a adeso dos Estados Unidos, o maior poluidor do planeta, se reuniram durante trs dias, na cidade canadense de Mon-treal para discutir o que deve ser feito quando expirar, em 2012, o tratado que estabelece quotas de emisses dos gases causadores do aquecimento do planeta. A elevao da temperatura da terra considerada o problema ambiental mais grave do sculo XXI, por ser responsvel pelas mudanas
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climticas, que tm provocado furaces mais violentos, como o Katrina, e fenmenos como a seca na Amaznia.
As perdas ocasionadas em 2005 por desastres naturais relacionados ao cli-ma, como furaces e tempestades tropicais, chegaram a US$ 200 bilhes, segundo estudo da Fundao Re de Munique, na Alemanha. Os dados foram divulgados na prpria conferncia. As perdas cobertas apenas por seguros, de acordo com o estudo, foram de mais de US$ 70 bilhes. Segundo a Funda-o, as perdas em 2004 foram de US$ 145 bilhes.
Posio irredutvel No s o vice-prefeito da capital mineira que consi-dera os resultados do encontro no Canad positivos, embora nada de concre-to tenha sido anunciado, apenas que a questo do ps-Kyoto ser discutida novamente este ano. Mas os analistas consideram que, s a disposio mos-trada de querer discutir o assunto j alvissareiro.
O Protocolo de Kyoto hoje est mais forte hoje. A histrica primeira Reunio das Partes, que rati cou o protocolo, reconheceu a urgncia da ame-aa que as mudanas climticas representam para as populaes mais pobres do mundo e, eventualmente, para todos ns, a rmou Carlos Rittl, coorde-nador da Campanha de Clima da ONG ambientalista Greenpeace.
Os Estados Unidos, que despejam na atmosfera o equivalente a mais de 25% dos gases que agravam o efeito estufa, mais uma vez, se recusaram a dar a sua con-tribuio para tornar o planeta mais seguro, em termos climticos. No s isso. O presidente George Bush alega a adoo do Protocolo de Kyoto prejudicaria a indstria americana, provocando, inclusive, desemprego. Bush tambm acha que pases como o Brasil, ndia e China, tambm deveriam ter obrigaes em relao ao protocolo, j que esto entre as 10 naes que mais poluem o mundo. No caso bra-sileiro, por causa da fumaa proveniente dos incndios e queimadas na Amaznia.
Na nota que divulgou logo aps o encerramento da conferncia, a Gre-enpeace disse que como j era esperado, a administrao Bush tentou obs-truir o processo de negociaes em Montreal, chegando at, em determina-do ponto, a abandonar a reunio em protesto. Mas, todos os outros pases mostraram uma forte determinao em avanar, indiferentes atitude dos representantes dos Estados Unidos.
QUESTO:
O Tratado de Kyoto cria para os pases desenvolvidos a obrigao de redu-zir as emisses de gases do efeito estufa, evitando graves alteraes climticas. Ele estabelece metas para a grande maioria dos pases desenvolvidos, que de-vero reduzir suas emisses entre 2008 e 2012, em mdia, em 5% em relao s emisses registradas em 1990.
Embora esse Tratado possa signi car, no futuro, a salvao do planeta, os EUA se recusam a assinar o acordo. Por qu?
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TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
Custo total e custo mdio Custo xo e custo varivel Custo incremental ou marginal Custos de oportunidade Custo histrico ou inevitvel Lucro econmico x Lucro contbil Economias de escala Mercados competitivos Monoplio Oligoplio Teoria dos jogos e poder de mercado Equilbrio de Nash
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BLOCO 4: A ECONOMIA DO SETOR PBLICO
DURAO PREVISTA: 5 AULAS
2 aulas expositivas1 aula para a discusso de Casos1 aula para a resoluo de exerccios1 aula para a realizao da 4 Prova
PARTE 1: EXTERNALIDADES
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 10; Stiglitz, cap.11 (p. 194).Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 10, Teste Rpido p. 209; Questes
para Reviso 3; Problemas e Aplicaes 1, 2 e 3.
PARTE 2: BENS PBLICOS E RECURSOS COMUNS
Referncia bibliogr ca: Mankiw, cap. 11; Stiglitz, cap.11 (p. 195).Exerccios sugeridos: Mankiw, cap. 11, Teste Rpido p. 230; Problemas e
Aplicaes 1, 3, 5 e 7.
CASO PARA DISCUSSO 1:
Moradores se queixam de barulho do aeroportoJornal do Brasil, 17/03/2005
O barulho vindo do Aeroporto de Braslia h muito tempo irrita mora-dores do Lago Sul. O incmodo tanto que a Associao Amigos da Colina Dom Bosco, formada por habitantes de vrias quadras, encaminhou uma representao ao Ministrio Pblico buscando solues para o problema. Se-gundo Antnio Carlos Osrio Filho, um dos principais ativistas do grupo, a primeira representao foi encaminhada ao MP h mais de um ano, expondo os transtornos sofridos pelos moradores. Como o processo foi arquivado, os moradores entraram com um recurso na tera-feira, reivindicando mais ateno do MP.
As queixas listadas nos documentos incluem a ausncia de licena am-biental e o descumprimento da lei do Distrito Federal que estabelece o nvel mximo de rudos. Segundo Osrio, a principal causa do barulho seria a cir-
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culao de avies antigos, usados no transporte de cargas. Por no possurem tecnologia de reduo de rudos, esses avies sofrem uma srie de restries na maior parte dos aeroportos. Em Braslia, no entanto, continuam circu-lando livremente durante a noite. Morador da QI 19 h dois meses, Osrio acredita que o barulho vindo do aeroporto prejudica a vida de quem vive nas reas prximas e cobra maior sensibilidade do MP diante da questo:
As pessoas aqui no tm paz para dormir. Esperamos que o MP tome as medidas necessrias. Nosso objetivo que o aeroporto providencie o licen-ciamento ambiental e que o Departamento de Aviao Civil pare de adiar a desativao das aeronaves antigas a rmou o morador.
QUESTO:
Num aeroporto os avies causam externalidades negativas (rudo) para os que moram prximo pista. Qual seria a soluo? Deixa para l, Os incomodados que se mudem, Os mais ricos (companhias areas e/ou aeroporto) devem pagar, Quem chegou primeiro tem o direito, Os mais fortes prevalecem ou outras? En m, encarando o problema como se fosse estritamente de e cincia econmica:
a) Coloque valores numricos nos diversos custos envolvidos nas aes alternativas, e determine a soluo de e cincia econmica.
b) possvel que a soluo de e cincia econmica leve num certo aeroporto opo Deixa para l, e em outro aeroporto soluo Os incomodados que se mudem? Explique.
c) Descreva como o teorema de Coase pode levar a se alcanar a solu-o e ciente.
d) Descreva tambm qual o problema que tipicamente pode levar a no funcionar a idia de Coase.
CASO PARA DISCUSSO 2:
O REFERENDO DO DESARMAMENTO
Um revlver s pode provocar externalidades negativas: a sua nica fun-o ferir ou matar (exceto nos casos de uso esportivo). No entanto, em outubro de 2005, o governo promoveu um referendo popular para saber se a populao concordava com a proibio da venda de armas de fogo e munio em todo o territrio nacional, e prevaleceu a parcela da populao contra o desarmamento, isto , que achava que cada cidado deveria ter preservado o seu direito de possuir uma arma.
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a) Por que o resultado nal do referendo foi contra o desarmamento, a despeito das armas de fogo representarem externalidades negativas?
b) Seria interessante que cada um providenciasse sua prpria segurana ou seria mais e ciente ter um sistema de segurana pblica? Por qu?
TENHA CERTEZA QUE ENTENDEU OS SEGUINTES CONCEITOS:
Externalidades Soluo do problema: teorema de Coase Custos de transao Imposto de Pigou Excluso e rivalidade Bens privados Bens pblicos Recursos comuns O problema do carona
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3. BIBLIOGRAFIA
OBRIGATRIA:
MANKIW, N. Gregory, Introduo Economia. So Paulo: Pioneira Th om-son Learning, 2005.
COMPLEMENTAR:
KRUGMAN, Paul e WELLS, Robin. Introduo economia. Rio de janei-ro: Elsevier, 2007.
STIGLITZ, Joseph E. & Walsh, Carl E. Introduo Microeconomia, Rio de Janeiro: Campus, 2003.
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TRANSPARNCIAS
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11
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 39
Se
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12
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 40
Se
o 1
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13
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 41
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MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 42
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15
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 43
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MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 44
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17
MICROECONOMIA
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18
MICROECONOMIA
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19
MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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22
MICROECONOMIA
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23
MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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MICROECONOMIA
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FGV DIREITO RIO 63
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MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 67
ANTNIO CARLOS PORTO GONALVES Diretor Executivo de Cursos Corporativos do IDE (FGV), Professor titular da Escola de Direito do Rio de Janeiro (FGV), da Escola de Ps Graduao em Economia da Fundao Getulio Vargas (EPGE/FGV) e da Universida-de Federal Fluminense (UFF); PhD em Economia pela Universidade de Chicago; M.A. em Economia pela Universidade de Chicago; Engenheiro Industrial e Metalrgico pelo Instituto Militar de Engenharia (IME).
MICROECONOMIA
FGV DIREITO RIO 68
FICHA TCNICA
Fundao Getulio Vargas
Carlos Ivan Simonsen LealPRESIDENTE
FGV DIREITO RIO
Joaquim FalcoDIRETOR
Fernando PenteadoVICE-DIRETOR DA GRADUAO
Srgio GuerraVICE-DIRETOR DE PS-GRADUAO
Luiz Roberto AyoubPROFESSOR COORDENADOR DO PROGRAMA DE CAPACITAO EM PODER JUDICIRIO
Ronaldo LemosCOORDENADOR CENTRO DE TECNOLOGIA E SOCIEDADE
Evandro Menezes de CarvalhoCOORDENADOR DA GRADUAO
Rogrio Barcelos AlvesCOORDENADOR DE METODOLOGIA E MATERIAL DIDTICO
Lgia Fabris e Thiago Bottino do AmaralCOORDENADORES DO NCLEO DE PRTICA JURDICA
Wania TorresCOORDENADORA DE SECRETARIA DE GRADUAO
Diogo PinheiroCOORDENADOR DE FINANAS
Milena BrantCOORDENADORA DE MARKETING ESTRATGICO E PLANEJAMENTO