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O Mercado de Trabalho Formal do Estado do Pará em Novembro de 2011.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(CAGED) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo de emprego com
carteira assinada no mês de novembro de 2011 foi de 42.735 novos postos de trabalho
em todo Brasil, elevando o estoque de emprego 0,11%. O resultado deste mês indica
uma desaceleração na criação de postos de trabalho em relação aos mais de 209 mil
empregos formais gerados no mês imediatamente anterior. Contudo, no acumulado do
ano, foram criados 2.320.753 novos empregos em todo o país, sendo este o segundo
melhor resultado de toda série histórica do CAGED para o período (desde 2003). Nos
últimos doze meses, a geração de empregos celetistas foi da ordem de 1.900.571 postos
para o Brasil.
Fonte: CAGED-MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP.
Os saldos de empregos da Região Norte e do estado do Pará também sofreram
retração comparativamente ao mês anterior, apesar de apresentarem expansão acima da
variação de emprego no país. Acompanhando o comportamento do mercado de trabalho
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
Brasil Região Norte Pará
42.735 4.870 4.226
2.320.753
147.622 56.962
1.900.571
128.128 52.237
Sa
ldo
de
emp
reg
o
GRÁFICO 1. SALDO DE EMPREGOS FORMAIS. BRASIL, REGIÃO NORTE
E PARÁ – NOVEMBRO DE 2011.
Nov./2011 No ano Últimos 12 meses
Pará gera mais de 56 mil empregos
formais entre janeiro e novembro deste
ano.
2
brasileiro, a geração de postos de trabalho na Região Norte foi de 4.870, enquanto que,
no Estado, o saldo foi de 4.226, com seus respectivos crescimentos de 0,30% e 0,62%.
Com este resultado, o Pará alcançou o melhor desempenho de toda a série
histórica do CAGED para o período de novembro desde 2003, apresentando o melhor
resultado no saldo de emprego para toda Região Norte pelo quinto mês consecutivo.
Nos onze meses do ano, a variação de emprego no mercado de trabalho paraense
foi de 8,89% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada em dezembro
de 2010, o equivalente a 56.962 novos empregos para o Estado. Este resultado reservou
ao Pará, mais uma vez, a primeira colocação na escala de geração de emprego formal no
Norte do país (ver Gráfico 2). Os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia,
Roraima, Pará e Tocantins somaram juntos, no ano, o saldo de 147.622, registrando
crescimento de 9,51% do emprego formal em toda Região Norte. No acumulado dos
últimos doze meses, o Pará volta a ser destaque na região, assinalando saldo de 52.237
postos de trabalho e expansão 8,09%.
O Gráfico 2, a seguir, apresenta o saldo de empregos de todos os estados da
Região Norte, no mês de novembro, no acumulado do ano (janeiro a novembro de
2011) e nos últimos doze meses (dezembro de 2010 a novembro de 2011).
Fonte: CAGED-MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP.
4.870
-264
496
1.303
4.226
-1.511
451
169
147.622
5.219
7.130
50.336
56.962
15.052
2.621
10.302
128.128
4.098
6.679
42.959
52.237
11.861
2.433
7.861
REGIÃO NORTE
Acre
Amapá
Amazonas
Pará
Rondônia
Roraima
Tocantins
GRÁFICO 2. SALDO DE EMPREGOS FORMAIS NO MÊS, NO ANO E NOS
ÚLTIMOS 12 MESES.
Dez/2010 - Nov/2011 Jan/2011-Nov/2011 Nov/2011
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O Comportamento do emprego segundo Setores de Atividade
Econômica
Conforme a Tabela 1, que traz dados da geração de emprego por setor de
atividade econômica no Estado, verificou-se que, à exceção da Indústria de
Transformação, da Agropecuária e da Extrativa Mineral, que eliminaram,
respectivamente, 233, 159 e 53 postos de trabalho, todos os demais setores
apresentaram saldos positivos. Deste modo, os destaques de novembro quanto à
contribuição para saldo de emprego foram: Comércio, com a criação de 2.140 novos
empregos e crescimento de 1,20%; o setor de Serviços, com a geração de 1.402 postos
de trabalho; e o setor da Construção Civil, com saldo de 886 empregos formais. Na
sequência, aparecem os setores de Serviços Industriais de Utilidade Pública, cujo saldo
de 230 empregos rendeu crescimento de 2,61% frente ao mês anterior, e da
Administração Pública, com a criação de apenas 13 postos de trabalho, o que equivale à
expansão 0,05% no mês.
Tabela 1. Comportamento do emprego no Pará por setor de atividade econômica – Novembro de 2011.
Setores de Atividade Total de
Admissões
Total de
Desligamentos Saldo
Variação do
Emprego (%)
Extrativa Mineral 198 251 -53 -0,33
Indústria de Transformação 3.276 3.509 -233 -0,25
Serviços Indust. De Util. Pública 377 147 230 2,61
Construção Civil 6.441 5.555 886 1,13
Comércio 8.243 6.103 2.140 1,20
Serviços 7.617 6.215 1.402 0,62
Administração Pública 33 20 13 0,05
Agropecuária 2.357 2.516 -159 -0,31
Total 28.542 24.316 4.226 0,62
Fonte: CAGED-MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP
Comércio: apresentou o melhor saldo dentre os setores no mês, puxado pelo
“Comércio Varejista”, com 1.994 empregos, e com a contribuição de 146 postos
gerados no “Comércio Atacadista”.
Serviços: as maiores contribuições originaram-se dos subsetores “Comércio
e Administração de Imóveis e Serviços Técnico-profissionais” (498 postos),
“Serviço de Alojamento, Alimentação, Reparo e Manutenção” (483 postos), “Serviços
Médicos e Odontológicos (197 postos) e “Transportes e Comunicações” (187 postos).
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Construção Civil: devido à ampliação de obras privadas e públicas no
Pará, o setor da Construção Civil segue aquecido, o que explica a manutenção do
bom desempenho registrado neste mês de novembro, com saldo de 886 novos
empregos.
Serviços Industriais de Utilidade Pública: o saldo de 230 postos de trabalho
no mês resultou da admissão de 377 pessoas, contra o desligamento de 147
trabalhadores.
Administração Pública: este setor registrou um saldo de 13 postos, decorrente
da admissão de 33 pessoas contra o desligamento de 20 funcionários.
Indústria de Transformação: o setor apresentou o pior desempenho no mês,
com saldo negativo de 233 postos, impulsionado pelos subsetores “Indústria de Madeira
e Mobiliários” (perda de 202 postos), “Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos”
(com saldo negativo de 159 postos), “Indústria Têxtil, Vestuário” (com a eliminação de
64 postos), “Indústria Química, Produtos Farmacêuticos e Veterinários” (com a perda
de 27 postos).
Agropecuária: com a eliminação de 159 empregos formais, este setor foi o que
registrou o segundo pior saldo em novembro de 2011.
Extrativa Mineral: neste mês, este setor obteve o terceiro pior desempenho na
criação de postos de trabalho com carteira assinada, apresentando saldo negativo de 53
empregos formais.
Comportamento do emprego na RMB e municípios no mês de
novembro.
A Região Metropolitana de Belém (RMB) alcançou, no mês de novembro, a
geração de 2.202 novos empregos celetistas, o equivalente a 52% do total gerado em
todo o estado do Pará. Este resultado foi recorde em toda série histórica do CAGED
para o período desde 2003. Os setores de atividade com maior destaque foram
Comércio, com 1.161 postos e Serviços, com 981 novos empregos.
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Tabela 2. Comportamento do emprego na RMB e demais municípios – Novembro de 2011.
Setores de Atividade Econômica RMB Demais
Municípios Estado do Pará
Extrativa Mineral 3 -56 -53
Indústria de Transformação -117 -116 -233
Serv. Industriais de Utilidade Pública 178 52 230
Construção Civil 57 829 886
Comércio 1.161 979 2.140
Serviços 981 421 1.402
Administração Pública -2 15 13
Agropecuária -59 -100 -159
Total 2.202 2.024 4.226
Fonte: CAGED-MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise Conjuntural – IDESP.
Quando se analisa o comportamento do emprego em nível municipal, verifica-se
que, no ranking dos dez municípios paraenses com população de 30 mil habitantes ou
mais com maior saldo de emprego no mês de novembro, Belém registra a primeira
posição ao gerar 1.465 postos de trabalho, majoritariamente no setor Comércio (972
postos), seguido por Serviços com 636 postos de trabalho e pelo setor Serviço Industrial
de Utilidade Pública, que também se destacou ao gerar saldo positivo de 179 postos de
trabalho. Quanto aos demais setores, a Indústria de Transformação foi a que menos se
destacou, apresentando saldo negativo de 203 postos, seguido da Agropecuária (-75
postos), Construção Civil (-46 postos) e Administração Pública (-2).
O município de Altamira ocupa a segunda posição com 1.024 postos,
impulsionada pelo setor da Construção Civil (810 postos), que embora tenha sofrido
perdas de postos expressivas em relação ao mês anterior, continua apresentando
destaque, o que se deve, em grande medida, às obras de implantação da Usina de Belo
Monte. Outro setor com saldo positivo de postos de trabalho foi o Comércio, com 78
postos, seguido da Indústria de Transformação, que apresentou saldo positivo de 77
postos de trabalho.
Ananindeua, localizada na RMB, ocupou o terceiro lugar com geração positiva
de 633 postos de trabalho. Serviços foi o setor de destaque no mês, gerando saldo
positivo de 326 postos, seguido pelo Comércio (159 postos) e pela Construção Civil
(101 postos de trabalho).
Parauapebas vem em quarto lugar no ranking. Embora tenha apresentado perdas
de postos de trabalho em relação ao mês anterior, destacou-se com saldo de empregos
de 324 postos puxados pelos setores Construção Civil (203 postos), Comércio (193
6
postos) e Extrativa Mineral (66 postos). O setor Serviços, por sua vez, apresentou saldo
negativo expressivo, eliminando, no total, 135 postos de trabalho.
O município de Moju apresentou saldo positivo de 274 novos postos, tendo
como destaque o setor Serviços com 131 novos postos, seguido pela Construção Civil,
com 79 postos, e o setor Agropecuário, com saldo positivo de 58 novos postos de
trabalho.
Barcarena também se destaca entre os dez municípios com maior saldo, gerando
190 novos postos de trabalho, sendo 127 no setor da Industria de Transformação, 30 no
setor Serviços e 16 no Comércio.
Castanhal apresentou saldo positivo de 168 postos, assim distribuídos entre
setores: Comércio com saldo positivo de 121 postos, seguido pelo setor Agropecuário
com 40 postos e Indústria de Transformação com 11 postos. A Construção Civil
apresentou saldo negativo de 10 postos de trabalho.
Na seqüência, o município de Abaetetuba apresentou saldo de 150 novos
empregos, sendo que o setor Serviços foi o que mais contribuiu para este resultado, com
a geração de 64 postos de trabalho, seguido do setor Agropecuário e Comércio com 44 e
24 novos postos respectivamente.
Em Oriximiná, o saldo de 129 empregos formais foi assim distribuído: Serviço
com 71 novos postos, Indústria de Transformação com 52 postos de trabalho,
Construção Civil com 9 postos e Comércio com 8 novos postos.
Finalmente, na décima posição no ranking, o município de Juruti gerou saldo
de 71 postos de trabalho neste mês, puxado pelos setores de Serviços (40 postos) e da
Construção Civil (33 postos). O setor Comércio apresentou saldo negativo de 2 postos e
quanto aos demais setores o saldo no emprego foi nulo.
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Fonte: CAGED-MTE.
Elaboração: Núcleo de Análise conjuntural – IDESP
No outro extremo, entre os municípios que registraram os piores saldos no mês,
encontra-se Marabá com saldo negativo de 211 postos, resultado atribuído estando
distribuídos entre os setores da Construção Civil, Extrativa Mineral e Indústria de
Transformação as quais eliminaram 272, 90 e 50 postos de trabalho respectivamente. O
desligamento superior às admissões no setor mineral não é frequente no referido
município, causando certa surpresa devido à ocorrência em novembro.
Quanto ao município de Itaituba, o saldo negativo de 126 empregos formais se
deu, especialmente, pela eliminação de postos de trabalho registrada no setor da
Construção Civil (-103 empregos).
Uruará também figura, neste mês, entre os dez municípios com os piores saldos,
assinalando encerramento de 91 postos, em função da eliminação de 74 postos de
trabalho no emprego formal no setor da Indústria de Transformação.
Quanto ao município de Conceição do Araguaia a eliminação de 74 postos de
trabalho foi quase que totalmente ocorrida no setor da Indústria de Transformação, pois
o mesmo foi o responsável pela eliminação de 73 postos de trabalho. O município de
Santana do Araguaia também fechou o mês com saldo negativo, eliminando 72 postos,
-211
-126
-91
-74
-72
-59
-39
-38
-33
-32
71
129
150
168
190
274
324
633
1.024
1.465
-500 0 500 1.000 1.500 2.000
Marabá
Itaituba
Uruará
C. Araguaia
S. Araguaia
Redenção
Tailândia
Acará
Jacundá
Breu Branco
Juruti
Oriximiná
Abaetetuba
Castanhal
Barcarena
Moju
Parauapebas
Ananindeua
Altamira
Belem
GRÁFICO 3 - RANKING DO SALDO DE EMPREGO NOS MUNICÍPIOS
PARAENSES - NOVEMBRO DE 2011.
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em função de um maior número de desligamentos frente às admissões em dois setores:
Indústria de Transformação (saldo de -36 postos) e Agropecuária (-33 postos).
Em Redenção, o saldo negativo de 59 postos é explicado pelo fraco desempenho
do setor da Construção Civil que eliminou 57 postos de trabalho.
O município de Tailândia, por sua vez, no geral teve saldo negativo de 39,
postos de trabalho devido, fundamentalmente, ao saldo negativo de 28 postos de
trabalho no setor da Agropecuária. Em Acará o saldo negativo de 38 postos de trabalho
resultou da influência do setor Serviços, responsável pela eliminação de 35 postos.
Por fim, Jacundá e Breu Branco, aparecem como últimos entre os dez
municípios com saldos negativos de 33 e 32 postos de trabalho respectivamente. No
município de Jacundá, a Indústria de Transformação foi a responsável pelo desempenho
negativo no mês, pois eliminou 36 postos de trabalho. Já em Breu Branco, foi o setor
Agropecuário que se destacou em termos de saldo negativo, pois eliminou 21 postos de
trabalho.
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