José Valmir CaloriGerente de Comercialização e Fomento Florestal
Mercado de Madeira de Eucalipto para Indústria de Madeira Sólida no Brasil e no Mundo.
Nov/2008
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Klabin: uma empresa líder
109 anos de tradição
17 unidades fabris em oito estados do Brasil e uma na Argentina
13,5 mil colaboradores diretos e indiretos
Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa
Maior produtora e exportadora e recicladora de papéis do País
Exporta 62% de sua produção para mais de 60 países
Líder na produção de papéis e cartões para embalagens, embalagens de
papelão ondulado e sacos industriais
Única fabricante de cartões para embalagens de líquidos da América Latina
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Política de Sustentabilidade
A criação da Política de Sustentabilidade envolveu todas as
instâncias da empresa, foi aprovada pelo Conselho de
Administração e representa os compromissos do dia-a-dia da
Klabin.
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Florestas Sustentáveis
Florestas Certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council) –Gestão do Manejo Responsável das Florestas sob aspectos socioambientais
Florestas – Posição set.2008 Total PR/SC/SP *
Área florestal
Florestas Plantadas
Matas Nativas Preservadas
447
221
186
* mil hectares
1 hectare equivale a aproximadamente 1 campo de futebol
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Manejo florestal
Manejo em sistema de mosaico, mesclando áreas de florestas plantadas e de mata nativa preservada, criando corredores ecológicos protegidos.
A fauna encontra habitat natural nas Áreas de Conservação e Reservas Legais.
Áreas preservadas representam mais de 37% da área florestal total da Klabin.
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A diversidade e a riqueza de fauna e flora das florestas da Klabin são,
constantemente, alvo de pesquisas acadêmicas de importantes universidades
do País. O programa é desenvolvido em parceria com as universidades
e já foram identificadas:
Santa Catarina
255 espécies de mamíferos e aves
Paraná
605 espécies de aves, répteis, anfíbios, peixes, mamíferos
57% das espécies de aves já identificados no Estado
51 integram a lista de animais em extinsão*
Exemplos: maria leque, papagaio do peito roxo, lobo guará, puma.
Monitoramento da Biodiversidade
*IUCN - International Union for Conservation of Nature (2007)
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Reconhecimentos Internacionais
Certificação Forest Stewardship Council (FSC) para todas
as florestas e cadeias de custódia
Primeira empresa brasileira a ser reconhecida pela organização
mundial Rainforest Alliance, como “Empresa Criadora de
Tendências de Desenvolvimento Sustentável”
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Consumo Nacional de Madeira em Tora Eucalipto - 2007
Segmento Consumo de Madeira(1.000 m³)
Celulose e Papel 40.271
Painéis Reconstituídos 1.737
Compensado 154
Serrados 3.052
Carvão 37.352
Outros 23.075
Total 105.641
Fonte: ABRAF – Anuário Estatístico 2007.
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Fonte: Silviconsult - Jefferson B. Mendes
Demanda FuturaMadeira de Eucalyptus
0
50
1 00
1 50
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 201 0 201 1 201 2 201 3 201 4 201 5 201 6 201 7 201 8
Milh
ões
m³
Siderurgia Agroindustria Celulose Painéis Serrados Compensados Crise
6,9 % a.a.6,9 % a.a.
10,6% a.a.10,6% a.a.
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Fonte: Silviconsult - Jefferson B. Mendes
Demanda Futura de EucalyptusCenários
0
50
1 00
1 50
200
250
300
350
400
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Milh
ões
m³
Conservadora Provável
6,9%
1 0,6%
14
Fonte: Silviconsult - Jefferson B. Mendes
Madeira de EucalyptusBalanço oferta/demanda
Crescimento provável da demanda
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
0
50
1 00
1 50
200
250
300
350
400
450
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
Milh
ões
ha
Milh
ões
m³
Demanda (Mm³) Oferta (Mm³) Demanda (Mha) Oferta (Mha)
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Madeira de Eucalyptus Madeira de Eucalyptus –– DemandaDemanda
Fonte: Silviconsult - Jefferson B. Mendes 16
Evolução de vendas de toras(Pinus e Eucalyptus)
-
200
400
600
800
1.000
1.200
(mil)
ton
Pinus 236 262 306 367 378 490 437 533 713 937 1.031 934 859 852
Eucalipto 10 16 13 27 48 72 59 58 155 194 267 296 350 382
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
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Países:
EUA,
Europa,
Ásia
Japão.
Produtos fabricados pelos clientes do pólo:
Compensados, lâminas, molduras,painéis e vigas coladas,
pisos, portas e janelas.
Pólo MadeireiroPrincipais clientes
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Projeção de Consumo de Madeira de Uso Industrial no Brasil
Fonte: ABIMCI, Estudo setorial 2007.
0
50000
100000
150000
200000
250000
300000
2010 2020
1.00
0 m
³
Tropical Eucalipto Pinus
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FATORES DE QUALIDADE, INDUTORES E RESTRITIVOS DA
MADEIRA DE EUCALIPTO PARA A INDÚSTRIA DE PRODUTOS
SÓLIDOS
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Desafios Técnicos
a. Na silvicultura• nós• regime de manejo conciliando duas necessidades
conflitantes: Econômico > rotações mais curtas• Qualidade (madeira limpa) > idade de corte maior• Seleção genética: tensão e rachaduras
b. No processamento industrial1. rachadura (por tensão de crescimento)2. mancha cinza do alburno3. secagem4. medula, núcleo de madeira de baixa resistência
(brittle)5. encolhimento6. fissuras (provavelmente da colheita)7. heterogeneidade de cor8. variação de densidade
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Desafios Técnicos - Silvicultura
Os nós podem ser facilmente suprimidos com desrama.
Porém existem riscos. As técnicas de desramas devem ser monitoradas para os danos que possam estar causando - cicatrização, introdução de fungos.
A solução da equação econômica do eucalipto também terá parte da solução na silvicultura.
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Desafio Econômico
O Eucalipto não é melhor que madeira tropical, só será uma alternativa atrativa se for abundante, com maior apelo ambiental e a menor custo.
Alternativas de manejo que pudessem encurtar a rotação são muito atrativas, sob o ponto de vista econômico.
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Toras Podadas
Toras podadas de E. grandis sendo cortadas na Hans Merensky, África do Sul. As toras são serradas com 5 m de comprimento gerando poucas rachaduras.
Observe madeira isenta de defeitos mesmo no 40 corte
A medula fica encapsulada em pontaletes de 10x10 cm para escoramento de minas.
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Desafios técnicos – processamento industrial 1. Rachadura
Existem dois enfoques, não excludentes:
Reduzir a tensão das árvores por seleção genética:
a) segundo J.N. Garcia, existe forte correlação genética, porém o indicador mais usado: a rachadura na tora não se correlaciona bem com rachadura nas tábuas.
b) Existe forte correlação entre tensão na árvore e rachadura nas tábuas (A. Mineri, IUFRO, 2000)
Reduzir as rachaduras causadas pela tensão durante o processamento.
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Tensão de crescimento
A tensão existe para que a árvore possa ter um perfil tão esbelto, funciona como os estais de uma antena ou como concreto protendido.
O CIRAD- Forêt da França, desenvolveu um aparelho para medir facilmente a tensão na árvore em pé, facilitando os programas de seleção genética.
Na verdade é um medidor de deslocamento. Prende-se a estrutura, libera-se a tensão fazendo-se um furo, a tensão é proporcional ao deslocamento.
Isso somado a facilidade da clonagem do eucalipto poderia levar a soluções em prazo relativamente curto.
Madeira sob compressão
Madeira sob tração
medidor de tensão
Furo para liberar tensões
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Diminuindo a rachadura no processamento - antes do corte
Diminuição do impacto na queda durante a colheita. As fissuras podem ocorrer em 2 momentos:
durante a queda, a resistência ao ar da copa gera um esforço no sentido contrário à queda
impacto contra o solo, sobre pedras ou outros troncos
Existem equipamentos desenvolvidos na Austrália que conseguem amenizar a velocidade de queda de árvores tão altas (até 60 m) e pesadas, até 5 toneladas, porém de alto custo.
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Diminuindo a rachadura no processamento - antes do corte
Tratamento de topo com impermeabilizantes: quase nenhum resultado. Foi verificado que as rachaduras não são devidas a secagem mas devido as tensões.
Grampos S: pouco práticos e de remoção difícil na indústria. A tora racha assim que os grampos são removidos.
Anelamento: pouco resultado
Mínimo tempo entre colheita e processamento - bons resultados
Toras mais longas, o traçamento é feito imediatamente antes do processamento - bons resultados. As serrarias deveriam processar toras de ao menos 5 m.
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Diminuindo a rachadura no processamento - estratégias de corte
Corte simétrico - segundo G. Waugh existe um conflito entre corte para qualidade (grade sawing) e o corte simétrico (twin saw), mas os benefícios para tensão e rachaduras são evidentes. Observe a ausência de tensão na foto (H. Merensky)
É possível fazer uma estratégia de corte balanceado para serra fita de carro também, porém émenos eficiente que o corte simétrico simultâneo.
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Desafios técnicos – processamento industrial 2. Mancha cinza do alburno
T. Amburgey da Mississippi State University (www.msstate.edu) estudou bastante o assunto. Essa mancha aparece em diversas folhosas. Concluiu que não são fungos mas uma reação enzimática.
Especialmente problemático para painéis (edge glue) porque salienta o contraste entre alburno e cerne. 31
Mancha cinza do alburno:estratégias reportadas
Banho de bissulfito de sódio - relativamente simples mas precisa vários dias da madeira empacotada para haver difusão da solução. Evita a mancha mas no caso do E. grandis, o alburno fica com uma cor amarelo pálido que contrasta com o rosa do cerne. Porém, com o tempo o contraste de cor diminui.
Fumigação com amônia - não evita a mancha apenas uniformiza a cor, alterando para um tom de imbuia (marrom). A Amônia reage escurecendo o tanino. Rápido, simples e barato mas tem que ser feito na madeira usinada (pequena penetração).
Tratamento com vapor - simples e barato mas só funciona imediatamente após a serraria. Pode ser feito na câmara de secagem se não houver secagem ao ar. Escurece um pouco a madeira ajudando na uniformização.
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Desafios técnicos – processamento industrial 3. Secagem
A secagem do eucalipto foi durante muitos anos o foco do desenvolvimento de processo, era a operação mais crítica.
Tem sido reportado uma variedade de processos de secagem, convencional, com micro-onda, sob vácuo, contínuo, etc.
Porém secagem convencional, em câmaras de baixo custo originalmente desenhadas para coníferas tem obtido bons resultados.
Na Paledson, madeira com 30 mm verde, (25 mm após plaina) está sendo seca, sem pré-secagem ao ar, em 15 dias. A Flosul reporta resultados semelhantes
As perdas na secagem, em todos os casos são bem superiores às das coníferas, 16% no caso da Paledson.
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Desafios técnicos – processamento industrial 4. Medula
A medula do eucalipto, junto com a madeira juvenil de pouca resistência que a envolve forma um cilindro de ~5-7 cm. É um percentual importante da produção, especialmente em toras de menor diâmetro.
As estratégias empregadas tem sido: 1. Desenvolver aplicações que usem madeira
estreita e curta, como cerca, pallets, pisos de jardim, peças laminadas, finger-joint.
2. Procurar encapsular o cilindro de madeira juvenil em um produto de maior dimensão, como um pontalete de 10x10 cm. Essa é a estratégia empregada com sucesso na África do Sul, onde hámercado de madeira para escoramento de minas.
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Medula
Produtos desenvolvidos pela Scancom para uso da madeira que contém medula ou material juvenil do centro.
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Nós dispersos
Apesar de apresentar auto-desrama, o eucalipto gera relativamente pouca madeira limpa porque os nós são distribuídos aleatoriamente.
Rendimento reportado: usando toras de 30 cm na ponta fina e acima2.2 t = 1 m³ madeira serrada verde
perda na secagem 16%qualidade 1 - 40%qualidade 2 - 35%qualidade 3 - 15% - mercado difícil, medula - 10%, em algumas empresas ainda sem utilização Fonte: Paledson, 2003
No pinus a poda é uma opção, no eucalipto para produtos sólidos é indispensável.
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Desafios técnicos – processamento industrial Encolhimento
A madeira de eucalipto apresenta grande contratibilidade, especialmente tangencial. Estratégias de corte levando isso em
consideração podem minimizar rachaduras. Uma solução tem sido incorporar ao
desenho dos móveis e estruturas essa característica, permitindo o movimento de forma planejada
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Desafios técnicos – processamento industrial Fissuras
São muito danosas porque só são percebidas após o acabamento
Parecem estar associadas com a queda da árvore no corte. A solução definitiva seria equipamento de colheita com capacidade de suavizar a queda ou árvores menores.
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O eucalipto pode competir com madeiras tropicais de alto valor...
Este campo de provas está em Timbó, SC, na Butzke. Cadeiras de Angelim, Eucalipto e Teca estão expostas ao tempo por vários anos. A diferença na aparência éimperceptível
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... mas não é a única alternativa
Porém o eucalipto poderá sofrer concorrência de outras espécies. Aqui cadeiras de Teca reflorestada do Mato Grosso e Bracatinga
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O que efetivamente ocorre nesse momento
Apesar de todas as situações aqui apresentadas como a situação do mercado as condicionantes técnicas (muitas delas já dominadas), continuamos observando as consultas sobre a disponibilidade da madeira de eucalipto;
O que significa dizer que enquanto alguns fixam os olhos na crise outros voltam seus esforços para visualizar e aproveitar o momento e oportunidades (novos produtos e mercados).
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José Valmir CaloriGerente de Comercialização de Madeira e Fomento FlorestalE-mail: [email protected]
Telefone: (42) 3271-2327
www.klabin.com.br
Obrigado
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