Aline Torrieri Camargo
Carolina Pereira Otero Rodrigues
Marina Dantas Guimarães
Nathália de Azevedo Salvado
MEMORIAL DE PROJETO EXPERIMENTAL
Livro-reportagem SOS Professor
UMESP - Universidade Metodista de São Paulo
FACOM – Faculdade de Comunicação
Curso de Jornalismo
São Bernardo do Campo, 2010
Aline Torrieri Camargo
Carolina Pereira Otero Rodrigues
Marina Dantas Guimarães
Nathália de Azevedo Salvado
MEMORIAL DE PROJETO EXPERIMENTAL
Livro-reportagem SOS Professor
UMESP - Universidade Metodista de São Paulo
Faculdade de Comunicação
Curso de Jornalismo
São Bernardo do Campo, 2010
Memorial de Projeto Experimental apresentado
em cumprimento parcial às exigências do Curso
de Jornalismo da Faculdade de Comunicação da
Universidade Metodista de São Paulo, para
obtenção do título de Bacharel em Comunicação
Social Habilitação Jornalismo.
Orientadora do Projeto Experimental:
Profa. Dra. Verónica Aravena Cortes
Coordenadora dos PE’s:
Profa. Dra. Verónica Aravena Cortes
Aos nossos pais, pela paciência, dedicação e amor incondicional.
“Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir
até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador.
Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada”
Clarice Lispector
AGRADECIMENTOS
Agradecemos aos nossos pais, família e amigos pelo apoio e
compreensão durante as reuniões intermináveis, a procura por fontes e os
trajetos nas zonas mais violentas de São Paulo. À nossa orientadora, Verónica
Cortes, por ampliar nossos horizontes e nos dar dicas e críticas preciosas.
Agradecemos também às escolas e aos professores que nos receberam e
compartilharam histórias tão íntimas. Sem vocês, não teríamos criado o SOS
Professor.
Sumário
APRESENTAÇÃO 7
1. A ESCOLA 8
1.1 A ESCOLA IDEAL 8 1.2 MUDANÇA DA AUTORIDADE 11 1.3 PANORAMA DA VIOLÊNCIA NA ESCOLA 14
2 CAUSAS DA VIOLÊNCIA 16
2.1 PROGRESSÃO DA VIOLÊNCIA 17 2.2 MEDIDAS 17
3. PESQUISA 19
3.1 RESULTADOS 19 3.1.1 Profissão 24 3.1.2 Relação 28 3.1.3 Violência 30
4. OBJETIVOS 37
4.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 37
5. TRAJETÓRIA 38
6. DIFICULDADES 40
7. DILEMAS ÉTICOS E RESPONSABILIDADE SOCIAL 41
8. AVALIAÇÃO GERAL 43
9. PROJETO EDITORIAL ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
9.1 CUSTOS DO PROJETO 455
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS__________________________________________________46
APRESENTAÇÃO
Decidimos finalizar nosso curso de Jornalismo escrevendo um livro que
tivesse uma abordagem social e que contribuísse para a discussão do assunto.
Afinal de contas, foi para isso que nos tornamos jornalistas.
A educação sempre foi um tema que nos interessou e, depois de uma
conversa casual sobre professores que sofreram violência, encontramos o
nosso desafio.
Desde março de 2010, pesquisamos sobre os conceitos de escola, as
alterações dessa instituição ao longo dos anos, e sobre os índices de violência
contra docentes. Fizemos também uma pesquisa com 132 professores da
cidade de São Paulo para descobrir o perfil do nosso personagem principal e
do nosso público-alvo.
O livro-reportagem começou a nascer quando iniciamos nossa busca por
fontes. Ao realizarmos as entrevistas, passamos a entender a dificuldade que
os professores enfrentam para lecionar no país. Há falta de infraestrutura, de
apoio do governo e de estrutura familiar. Mas também percebemos que há
docentes que não se esforçam em colaborar para um bom ambiente de
trabalho.
Tudo isso revelou a complexidade do problema educacional do Brasil.
Por isso, ficamos ainda mais convencidas do nosso propósito.
Nesse Memorial, registramos como foi feito o SOS Professor, nossas
impressões sobre o processo e nossa avaliação do trabalho desenvolvido.
1. A escola
A palavra "escola" vem do grego schole, que significa descanso, ou o
que se faz na hora do descanso. Na Grécia Antiga, a escola era para os que
não precisavam trabalhar e podiam dedicar-se à reflexão e ao conhecimento
sobre o ser humano.
Já na Idade Média, a escola era uma instituição punitiva e religiosa.
Existia para que os indivíduos fossem moldados rigidamente ao padrão social e
econômico da época. A hierarquia era raramente contestada: os educadores
tinham um poder claro e conciso sobre os educados.
Segundo explica a doutora em Saúde Coletiva e mestre em Educação
Maria dos Santos Prata (2005), no século XIX a rigidez na transmissão dos
conhecimentos permanece. Os internatos são vistos como modelos ideais:
afastam as crianças de suas origens para confiná-las e adequá-las a regras
pré-estabelecidas. Nesse movimento, uma nova noção de moral começou a
distinguir a criança na escola, separando-a: a noção de criança bem educada.
Esta seria preservada das rudezas e da imoralidade. (Ariés, 1981).
Nesse caso, a escola pode ser entendida como uma das "Instituições de
Sequestro", proposta por Foucault (1975) em seus estudos referentes à
sociedade disciplinar. Assim como outras que "modelam" os sujeitos, como
hospitais, presídios e quartéis, a escola seria detentora de um poder sobre sua
clientela - no caso, os alunos. Esse poder é proveniente do conhecimento, que
possibilita a criação de conceitos irrevogáveis de verdade.
Assim, a sociedade acaba por esperar que a escola seja educadora, que
ela transforme e adéque os cidadãos para a "normalidade" e que seja capaz de
preencher seus cérebros com conhecimentos.
1.1 A escola ideal
A Lei Nº 9.394 de 1996, conhecida como Lei das Diretrizes e Bases da
Educação, estabelece, em seu Título II, como deveria ser o ensino no Brasil:
TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Fica claro, então, o conceito da escola ideal. Universal, ela deveria
ajudar a transmitir os valores da democracia, liberdade de expressão e respeito
ao próximo, para formar cidadãos que possam construir um país cada vez
melhor. Não seria uma escola que apenas transmite conhecimento, mas sim
que ensinasse o jovem a pensar e buscar respostas e soluções para seus
problemas, com criatividade e discernimento.
A educação se divide em duas partes: um, é preciso sonhar. O espaço da
escola tem que ser um espaço para as crianças sonharem. E uma das
funções dos professores é ajudar a criança a sonhar sonhos diferentes. E a
segunda parte da educação é criar as competências, porque não adianta
você só sonhar, sonho sozinho não faz nada. (Alves, 2003, in Programa Roda
Viva)
Junto com um ideal de escola, existe também um ideal de professor. Ele
teria grandes conhecimentos em sua disciplina, e estaria sempre se
atualizando. Teria estudado sua área por paixão; e, com uma paixão maior
ainda, transmitiria esse conhecimento para os alunos, fazendo com que todos
os assuntos pareçam interessantes e importantes para a vida profissional
deles.
E para que o ambiente em que esses jovens vivem ajude a incentivar o
aprendizado, as escolas possuiriam um acesso farto a computadores, internet,
mídias eletrônicas, laboratórios científicos equipados e todo o tipo de
tecnologia. Afinal, como seriam criados os cidadãos do futuro sem que eles
estivessem habituados ao que de mais avançado que existe no presente?
Elaine de Souza, professora da Universidade de São Paulo, realizou, em
2005, uma atividade com dez alunos entre 9 e 16 anos, do Serviço de
Educação e Recreação do Centrinho/USP, em que eles escreveram como seria
a "Escola dos Sonhos". No texto, "liberdade" é a palavra chave. Liberdade de
expressão, de forma que suas ideias e opiniões influenciem mais na
administração de escola. Liberdade de conteúdo, para que o que eles
aprendam possa ser realmente interessante para eles. O sonho é uma escola
livre de rigidez desnecessária, funcionários ruins ou desmotivados, matérias
"chatas" e preconceitos.
...a escola dos sonhos tem cores bonitas e a colaboração dos alunos que
costumam pichar paredes. Para dizer a verdade, as cores da escola são as
mesmas dos nossos sonhos: todas elas. As cores das diferenças raciais, as
cores da alegria perdida por muitos de nossos amigos que já se foram; o
verde da esperança, o branco da paz, o colorido da vida, o grafite do rap, o
azul infinito das possíveis viagens que a gente pode fazer no universo da
literatura, do teatro e de tudo o que envolve a escola ideal. (PAULA, Alysson
et al in SOUZA, Elaine, 2005, p.5)
Essas são as ideias que governos, estudiosos ou mesmo pais de alunos
têm, com algumas variações, sobre como deveria funcionar a escola. Inclusive
o estereotipo de aluno com que se trabalham os conceitos pedagógicos e
institucionais da escola está, muitas vezes, fora da realidade. Conforme explica
Medeiros (2009), é fato que a escola e a sociedade, ao longo da história,
trabalharam com modelos ideais de crianças e jovens, classificando-os,
segregando-os e, consequentemente, levando-os a viverem formas de
socialização brutais e opressoras.
1.2 Mudança da autoridade
A rigidez dos professores em sala de aula e o respeito cego dos alunos
em relação aos docentes puderam ser observados até o início da década de 80
no Brasil, aproximadamente.
Após isso, uma série de mudanças sociais causou a alteração de
comportamento dentro das escolas e também modificou o papel dos
professores. Segundo Nancy Cardia, na introdução de Violência na Escola:
Um guia para pais e professores:
A escola se transformou em um dos mais importantes agentes do processo
de socialização de crianças e adolescentes. Isso se deve, em larga escala, às
mudanças que ocorreram na composição das famílias e à entrada maciça
das mulheres no mercado de trabalho e a alteração no papel que a religião
desempenha na vida das famílias (CARDIA, Nancy, 2003, p.13 in
ABRAMOVAY, Miriam e RUA, Maria das Graças, 2003)
Isso significa que as instituições que ajudavam no desenvolvimento dos
jovens ou se desintegraram ou perderam o valor que obtinham anteriormente.
Dessa forma, a escola passou a ter uma responsabilidade muito maior. Além
de passar os conhecimentos acadêmicos, ela também deve orientar as
crianças no desenvolvimento pessoal.
Contudo, os docentes não acompanharam essa evolução e não têm
consciência do papel que passaram a desempenhar, como também observa
Nancy Cardia:
Quer os educadores estejam ou não conscientes da ampliação de seu papel,
o fato é que direta e indiretamente a escola passou a ter outras
responsabilidades, além daquela de prover os conteúdos educacionais
tradicionais. É na escola que milhares de crianças aprendem a se relacionar
umas com as outras, adquirem valores e crenças, desenvolvem senso crítico,
auto-estima e segurança. Esse papel tem ainda maior peso quando não há,
na comunidade, uma rede de serviços de proteção social que dê um
atendimento suplementar a essas crianças e jovens, naqueles intervalos
entre o término do período escolar e a volta de seus pais para casa. Nesses
contextos a escola pode ser (e com freqüência é) o único local onde crianças
e jovens têm um contato estruturado com adultos outros que a família. Esse
contato tem um enorme potencial de proteção contra riscos de problemas de
comportamento ou de ampliação dos riscos (CARDIA, Nancy, 2003, p.13 in
ABRAMOVAY, Miriam e RUA, Maria das Graças, 2003)
Paralelamente a essa alteração no papel da instituição escolar, está a
mudança de comportamento dos alunos.
Alguns estudantes de hoje não veem mais o professor como alguém que
deve ser respeitado e obedecido. Isso acontece devido à falta de preparo de
alguns docentes, que não sabem como lidar com jovens, e ao descrédito da
instituição escolar na visão da juventude.
Rubem Alves explica como os jovens de setores populares enxergam a
escola:
Os adolescentes de periferia não vão [à escola] para aprender, porque as
coisas que são ensinadas no programa, exigidas pelo programa, não são de
interesse deles, não estão relacionadas com a sua vida. Eles vão à escola
para ter um diploma, porque eles sabem que diploma é importante; quando
se vai pedir emprego, você tem que dizer que tem o segundo grau [Ensino
Médio] (Alves, 2003 in Programa Roda Viva)
Assim, as crianças e adolescentes não sentem prazer em ir à aula,
quando, na teoria, a escola deveria ser respeitada e aclamada, por ser o local
do conhecimento, da possibilidade de elevação. Sheila Medeiros comenta o
assunto em texto que faz parte do livro Violência na Escola e da Escola -
Desafios contemporâneos à psicologia da educação:
Na atual conjuntura da violência, impressionam a força e a continuidade do
mito sobre a função social da escola como instituição salvadora, cuja missão
é tirar das ruas crianças e jovens, ensinarem-lhes princípios de moral e
fornecer-lhes um diploma ilusório que não é capaz de garantir-lhes um lugar
no mercado de trabalho em tempos de desemprego estrutural e de formas
produtivas flexibilizadas e desregulamentadas (in Antunes, 1999)
Essa reflexão também ocorre em RUOTTI; ALVES e CUBAS:
Hoje, os benefícios obtidos ao freqüentar a escola não estão mais claros: a
ligação entre escola e aprendizado não está tão evidente, a assiduidade do
aluno não é mais algo obrigatório ou ainda, o que é mais preocupante, a
orientação dada pelos professores não tem mais legitimidade entre os alunos.
Isso aponta claramente para a responsabilidade do professor, já que violência
escolar e práticas de ensino cotidianas estão intimamente conectadas e
incidem diretamente no eixo central que movimenta a escola. Havendo
sentido nas práticas da instituição, tornam-se claras as condutas de cada um,
assim, é bem raro encontrar alunos violentos entre os que acham sentido e
prazer na escola... (Ruotti, Alves, Cubas, 2006, p. 50)
Muitos docentes não sabem como lidar com os problemas enfrentados
dentro da sala de aula e, ao não encontrar alternativas, desistem de tentar
reverter a situação.
Quando começam a ensinar, os jovens mestres seguem modelos.
Quando não têm opção, inspiram-se em seus antigos mestres, que foram
formados em instituições antigas, arcaicas, que ainda não incorporaram a
escola democrática, acolhedora de estudantes diferentes, com problemas
diversos (Blaya in Ruotti, Alves, Cubas, 2006, p. 47).
Com uma instituição desencontrada dos ideais, abre-se caminho para a
violência na escola. Não há apenas um responsável por essa realidade. Na
verdade, o problema acontece devido a falhas de diversos setores - da escola,
dos jovens e dos pais dos alunos.
O fato de a escola ser palco das mais diversas formas de violência pode
ser considerado uma ironia. O ambiente que existe para educar pessoas acaba
sendo prejudicado exatamente pela indisciplina dos alunos.
A existência desse problema permanece por diversas razões, como a
simples continuação dos modelos institucionais vigentes. Mas, para buscar
uma solução, o princípio básico é assumir a realidade, o que não acontece,
como relatam RUOTTI; ALVES e CUBAS:
É comum nas escolas brasileiras que seus responsáveis neguem a existência
dos conflitos, seja para tentar preservar a imagem do estabelecimento e seus
funcionários, seja como forma de sobrevivência diante da incapacidade de
tratar dos transtornos do dia-a-dia. Dessa forma, é central que a comunidade
escolar, sobretudo professores e direção, assumam que os conflitos, em
maiores ou menores proporções, estão presentes na escola e que parte
considerável é produzida pelas relações estabelecidas no próprio ambiente
escolar (Ruotti, Alves e Cubas, 2006, p. 51)
1.3 Panorama da violência na escola
Em 2008, segundo o IBGE, a cidade de São Paulo abrigava 5.867
escolas públicas de ensino pré-escolar, fundamental e médio. Ao todo, eram
81.348 docentes para lidar com os 1.964.639 alunos matriculados no mesmo
ano do ensino pré-escolar ao médio.
No ano anterior, a Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do
Magistério Oficial do Estado de São Paulo) realizou a pesquisa “Violência nas
Escolas” (2008). Os formulários foram enviados a 5.300 escolas da rede
pública estadual, mas só foram recebidas 683 respostas.
De qualquer forma, os números merecem ser destacados. Os resultados
gerais apontam que em 86% das escolas que participaram da pesquisa houve
algum tipo de violência em 2007. E em 70% dos casos foram registrados
Boletins de Ocorrência (B.O.), com média anual de 2,18 por escola.
No item Violência contra Pessoas, o desacato contra os profissionais da
educação foi o mais citado: 88% afirmam que houve na escola desacato contra
professores, funcionários ou direção no ano de 2007. Em sexto lugar ficaram
as ameaças de morte (neste caso envolvendo alunos, professores, funcionários
e direção), citadas em 21% dos questionários. A pesquisa ainda revela que, no
geral, a maioria das violências ocorre no período da tarde (36%).
Quando a pesquisa é desmembrada por regiões, a Grande São Paulo
teve a maior ocorrência de violência nas escolas em 2007, com 97% de casos
nas 122 escolas consultadas, seguida pela capital (88% em 100), litoral (87%
em 23) e interior (82% em 438).
A região da Grande São Paulo também lidera o item Violência contra
Pessoas, com 91% de respostas positivas. O interior vem em seguida, com
88%, e litoral e capital somam 85%.
Antes, em 2001, uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Psicologia
do Trabalho comparou a qualidade do ensino médio e fundamental em escolas
públicas e privadas de todo o Brasil. A diferença foi gritante, principalmente em
relação à violência.
O registro de atos violentos, graves e não graves, na quarta série da
rede pública, foi de 14,5%. Na rede particular, o índice atingiu apenas 2,4%.
Nas oitava séries a porcentagem é ainda maior nas escolas públicas, cerca de
24,3% contra 2,5 % das particulares. E na terceira série do ensino médio, as
escolas públicas registraram 23,1% de ocorrências e as privadas apenas 3,2%.
Esses números contribuem significativamente para a queda e
aproveitamento dos alunos. Segundo os autores da pesquisa, quanto maior a
agressão sofrida pela escola, piores são seus índices de rendimento, atingindo,
sobretudo, as quartas e oitavas séries do ensino fundamental. (O. Gonçalvez e
Sposito, 2002).
2 Causas da violência
Álvaro Chrispino, em Avaliação e Políticas Públicas em Educação
(2007), com foco em “Gestão do conflito escolar: da classificação dos conflitos
aos modelos de mediação”, ajuda a elucidar alguns pontos ao apontar uma
pesquisa encomendada em 2006 pelo Sindicato dos Estabelecimentos de
Ensino do Rio de Janeiro (Sinepe) para o IBOPE. O estudo trata sobre os
jovens e a sociedade e revelou a importância da escola para crianças e
adolescentes. A pesquisa também aponta a opinião dos jovens sobre a
violência, identificada como o maior problema da sociedade atual.
Quando perguntados sobre quem é mais responsável pela garantia de
um bom futuro, 48% responderam que é a escola. A instituição ocupa o
segundo lugar, perdendo apenas para a família (77%). No fator confiabilidade,
professores (84%), e escolas particulares (77%) e públicas (76%) lideram a
lista.
Outros pontos relevantes são que 82% dos adolescentes consideram
que a juventude deve ter limites. Criatividade (33%), disciplina rígida (32%) e
diálogo (29%) foram definidos como ferramentas que fazem parte de uma boa
escola.
Em 2002, o estudo Violências nas Escolas, da Unesco, realizado por
Miriam Abromovay e Maria das Graças Rua sobre violência no ambiente de
ensino, observou 14 capitais brasileiras, ouviu 34.000 estudantes, 13.000 pais
e professores e 340 escolas públicas e privadas e destaca alguns números:
40% dos professores consideram gangues e drogas os maiores problemas das
escolas no Brasil; 50% dos alunos brasileiros têm o aprendizado prejudicado
pela violência nas escolas; 50% do corpo docente de SP e 51% de Porto
Alegre relata ter sofrido algum tipo de agressão; 4 em cada 10 professores
atribuem a violência ao envolvimento com drogas.
2.1 Progressão da violência
A partir da década de 80, a principal preocupação da maioria das
administrações públicas era a de democratizar o ensino. Havia a necessidade
de promover acesso dos setores mais populares da população à educação
formal, melhorando a qualidade do ensino e procurando erradicar o
analfabetismo. Pretendia-se também eliminar processos educativos
considerados exclusivos, como a evasão e a repetência.
Essa expansão da oferta do sistema de ensino, apesar de amenizar a
exclusão, suscitou novos conflitos sociais. O resultado dessa expansão é
nítido: à medida que o ensino público passa a absorver maior número de
jovens, em cenários de crise econômica e de investimentos reduzidos na área
educacional, os problemas tendem a se ampliar em larga escala. (Haddad,
1998).
Um outro estudo, realizado por El-Mor Batista em 1999, constatou que
escolas com mais de 2.200 alunos são mais suscetíveis às práticas de
violência, principalmente as que se encontram em capitais.
Na década de 90, ocorreram intensas mudanças no padrão da violência
nas escolas públicas. Foi nessa época que se tornaram comuns, além dos
atos de vandalismo, agressões entre estudantes, agressões verbais,
depredações e ameaças a professores.
2.2 Medidas
Diversos programas foram criados, tanto a nível estadual quanto federal,
para tentar transformar a escola em um espaço de ação e interação da
comunidade de bairro. Alguns exemplos em São Paulo são:
- Projeto Fim de Semana, da gestão Mário Covas (1983-1985), que propunha o
uso das escolas nos sábados e domingos para atividades envolvendo
professores, alunos e moradores do bairro.
- Projeto Pela Vida, Não Pela Violência, no governo Luiza Erundina (1989-
1992), com diversas formas de atuação: atendimento de solicitações de
escolas em situações críticas, formação de profissionais para ações
preventivas nas escolas.
- Projeto RAP nas escolas, ainda no mandato de Erundina, que discutia o
racismo e a violência junto a grupos de rappers que interagiam com os alunos.
É importante ressaltar que nessa época também foi elaborada a LDB –
Lei de Diretrizes e Bases para a educação no Brasil, fixando novas formas de
organização dos ciclos escolares e de avaliação de professores e alunos.
De uma forma geral, diversas esferas da administração pública tentavam
disseminar uma “cultura pela paz”. Mas o maior desafio dessas políticas era
conseguir que elas não se chocassem com o projeto pedagógico das escolas e
continuassem após a sensibilização das pessoas envolvidas.
Além disso, esses programas tinham uma repercussão distinta
dependendo da escola em que eram aplicados. Enquanto alguns conseguiram
mudar a imagem da escola para os moradores do bairro, outros fracassaram
por falta de capital e recursos humanos. Em geral, os episódios de violência
tenderam a diminuir.
Nas administrações seguintes, a ênfase não foi no incentivo da
participação da sociedade, mas em rondas escolares, zeladorias e instalação
de alarmes. A Secretaria de Segurança e a polícia começaram a intervir em
problemas que, anos atrás, considerava-se que deviam ser resolvidos dentro
dos muros da escola.
3. Pesquisa
Para compreender os problemas vividos pelos professores da rede de
ensino público de São Paulo, o grupo desenvolveu uma pesquisa entre os
meses de abril e maio de 2010. Para isso, foi elaborado um questionário com
27 questões, sendo 19 objetivas e oito dissertativas. Ele foi repassado a 132
professores de escolas municipais e estaduais da cidade de São Paulo.
Por meio dele, buscou-se conhecer o perfil desses profissionais, as
maiores dificuldades enfrentadas por eles, que soluções eles encontram para
enfrentar esses problemas e, para se aproximar do tema central do projeto, se
eles já sofreram algum tipo de violência.
Para realizar uma pesquisa equilibrada, os questionários foram
distribuídos em escolas das zonas Norte (duas), Sul (três), Leste (duas), Oeste
(duas) e Central (duas) da cidade de São Paulo.
Ainda com o mesmo objetivo, as autoras escolheram, em cada região,
uma escola bem colocada no ranking do Idesp (Índice de Desenvolvimento da
Educação do Estado de São Paulo) e uma mal colocada. Com isso, a pesquisa
pôde verificar a realidade geral do ensino público da cidade, tanto nas
instituições bem reconhecidas quanto nas pouco recomendadas.
No total, foram entrevistados 19 professores de escolas da região
Central, 20 docentes de escolas da Zona Leste, 31 da Zona Norte, 21 da Zona
Oeste e 41 professores de escolas públicas da Zona Sul.
O número de professores por escola e região variou de acordo com a
quantidade de docentes presentes nas reuniões em que os questionários foram
aplicados.
A seguir, mostraremos os principais dados obtidos com a pesquisa.
3.1 Resultados
Na pesquisa, os docentes nomearam as três principais dificuldades que
possuem atualmente em seu trabalho. A indisciplina dos alunos é considerada
a principal dificuldade de 23,48% dos professores, ou seja, a maioria deles. Em
proporção quase igual está o desinteresse dos alunos, apontado como principal
dificuldade por 21,21% dos
Esses dois problemas refletem um problema complexo e de raízes
profundas, que é o da perda da autoridade dentro da sala de aula. O professor
tem dificuldades em atrair a atenção dos alunos para o conteúdo a ser
passado, que parece desinteressante e longe d
diferente de escolas encontradas no passado, em que a rigidez mantinha a
maior parte dos alunos com uma postura impecável dentro da sala de aula,
hoje o professor tem sérias dificuldades em controlar o comportamento dos
jovens.
Gráfico
a principal dificuldade de 23,48% dos professores, ou seja, a maioria deles. Em
proporção quase igual está o desinteresse dos alunos, apontado como principal
dificuldade por 21,21% dos entrevistados.
Esses dois problemas refletem um problema complexo e de raízes
profundas, que é o da perda da autoridade dentro da sala de aula. O professor
tem dificuldades em atrair a atenção dos alunos para o conteúdo a ser
passado, que parece desinteressante e longe da realidade deles. E, muito
diferente de escolas encontradas no passado, em que a rigidez mantinha a
maior parte dos alunos com uma postura impecável dentro da sala de aula,
hoje o professor tem sérias dificuldades em controlar o comportamento dos
Gráfico 1 – Principal dificuldade
a principal dificuldade de 23,48% dos professores, ou seja, a maioria deles. Em
proporção quase igual está o desinteresse dos alunos, apontado como principal
Esses dois problemas refletem um problema complexo e de raízes
profundas, que é o da perda da autoridade dentro da sala de aula. O professor
tem dificuldades em atrair a atenção dos alunos para o conteúdo a ser
a realidade deles. E, muito
diferente de escolas encontradas no passado, em que a rigidez mantinha a
maior parte dos alunos com uma postura impecável dentro da sala de aula,
hoje o professor tem sérias dificuldades em controlar o comportamento dos
Os outros dois problemas mais mencionados como principais, a
desestrutura escolar ( 6,82% ) e a desestrutura familiar (5%), também são um
importante reflexo do cenário em que se encontra a escola pública de São
Paulo.
Dentro de estrutura escolar foram agrupadas respostas que reclamavam
do funcionamento da instituição em que os professores trabalham como um
todo, como desatenção do governo, mudanças de políticas educacionais
quando trocam as diretrizes políticas governamentais, a má organização
administrativa e até mesmo as obrigatoriedades colocadas pela legislação,
quando relacionada à escola.
A desestrutura familiar envolve uma discussão muito séria quando
relacionada aos problemas encontrados nas escolas brasileiras. O fato de
muitas crianças já chegarem na escola cheias de problemas e o descaso dos
pais e/ou familiares com a vida escolar dos alunos são reflexos disso.
Em uma instituição em que se espera a presença de todas as crianças e
jovens, é óbvio que se tem a presença de todos os tipos de pessoa, com
histórias de vida e quadros familiares distintos. Assim, a escola absorve um
papel que vai muito além do de fornecer conhecimento ou adequar
comportamentos.
Outros problemas apontados pelos professores foram baixo rendimento
dos alunos; desorganização da escola; desvalorização da escola na vida dos
alunos; excesso de obrigações; falta de limites dos alunos; falta de tempo;
impotência; irresponsabilidade dos alunos; e até mesmo o interesse eleitoral
do governo sobre a escola.
Como se pode ver no
mencionado como a segunda principal dificuldade dos professores, com
17,42% das respostas. Em seguida vem a indisciplina, com 10,61%. São
proporções extremamente parecidas com as do item anterior, assim como a do
itens "falta de incentivo da família", com 12,88%.
A falta de recursos foi mais mencionada como segunda principal
dificuldade do que a desestrutura escolar. Em falta de recursos foram
respostas referentes a detalhes que atrapalham de maneira inc
funcionamento da escola, como por exemplo: materiais didáticos inadequados,
lousas, carteiras e salas em más con
ferramentas a que muitas vezes não se dá a devida atenção, mas que são
essenciais para que o pr
Gráfico 2
Como se pode ver no gráfico, o desinteresse é o problema mais
mencionado como a segunda principal dificuldade dos professores, com
17,42% das respostas. Em seguida vem a indisciplina, com 10,61%. São
proporções extremamente parecidas com as do item anterior, assim como a do
tens "falta de incentivo da família", com 12,88%.
A falta de recursos foi mais mencionada como segunda principal
dificuldade do que a desestrutura escolar. Em falta de recursos foram
respostas referentes a detalhes que atrapalham de maneira inc
funcionamento da escola, como por exemplo: materiais didáticos inadequados,
lousas, carteiras e salas em más condições, a hierarquia da escola
ferramentas a que muitas vezes não se dá a devida atenção, mas que são
essenciais para que o professor se sinta motivado a trabalhar.
Gráfico 2 – 2ª principal dificuldade
gráfico, o desinteresse é o problema mais
mencionado como a segunda principal dificuldade dos professores, com
17,42% das respostas. Em seguida vem a indisciplina, com 10,61%. São
proporções extremamente parecidas com as do item anterior, assim como a do
A falta de recursos foi mais mencionada como segunda principal
dificuldade do que a desestrutura escolar. Em falta de recursos foram reunidas
respostas referentes a detalhes que atrapalham de maneira incisiva o
funcionamento da escola, como por exemplo: materiais didáticos inadequados,
dições, a hierarquia da escola etc. São
ferramentas a que muitas vezes não se dá a devida atenção, mas que são
H - 3,03%
I -3,03%J -1,52%
K - 1,52%L -1,52%
M -1,52%
N - 6,82%
Brancos - 32,58%
Gráfico 3
Nessa questão também foram agrupadas em "outros" respostas únicas,
fornecidas por um só professor. São elas: descaso do governo; desestrutura
familiar; alunos desmotivados; desorganização da escola; falta de autonomia
da escola; alunos irresponsáveis; pais de alunos problemáticos e falta de pré
requisitos (a pessoa que respondeu não disse se dos alunos, dos professores
ou da escola).
É curioso notar que, enquanto a desestrutura familiar dos alunos foi
mencionada por 5% dos professores como o principal problema de seu
trabalho, apenas um professor indicou isso como o segundo principal
problema. Isso significa que, para os que sofrem mais com alunos que tem
uma situação ruim em casa, isso é um problema ainda maior que a
o desinteresse ou a falta de recursos. Provavelmente essa é a situação dos
que trabalham em lugares onde a situação de vida da comunidade é mais
precária.
Com esse gráfico, perce
pela maioria dos entrevistados que indicou a terceira principal dificuldade em
A -11,36%
B -10,61%
C - 9,09%
D -6,82%
E -4,55%F -3,03%G -3,03%
3,03%
Gráfico 3 - 3ª Principal Dificuldade
A - Desinteresse
B - Falta de incentivo da família
C - Desestrutura familiar
D - Falta de recursos
E - Baixo Salário
F - Desestrutura familiar
G - Desmotivação
H - Indisciplina
I - Violência
J - Desrespeito
K - Desvalorização
L - Falta de educação
M - Irresponsabilidade
N - Outros
Nessa questão também foram agrupadas em "outros" respostas únicas,
fornecidas por um só professor. São elas: descaso do governo; desestrutura
familiar; alunos desmotivados; desorganização da escola; falta de autonomia
da escola; alunos irresponsáveis; pais de alunos problemáticos e falta de pré
requisitos (a pessoa que respondeu não disse se dos alunos, dos professores
É curioso notar que, enquanto a desestrutura familiar dos alunos foi
% dos professores como o principal problema de seu
trabalho, apenas um professor indicou isso como o segundo principal
problema. Isso significa que, para os que sofrem mais com alunos que tem
uma situação ruim em casa, isso é um problema ainda maior que a
o desinteresse ou a falta de recursos. Provavelmente essa é a situação dos
que trabalham em lugares onde a situação de vida da comunidade é mais
Com esse gráfico, percebe-se que o desinteresse dos alunos é lembrado
pela maioria dos entrevistados que indicou a terceira principal dificuldade em
Desinteresse
Falta de incentivo da família
Desestrutura familiar
Falta de recursos
Baixo Salário
Desestrutura familiar
Desmotivação
Indisciplina
Violência
Desrespeito
Desvalorização
Falta de educação
Irresponsabilidade
Outros
Nessa questão também foram agrupadas em "outros" respostas únicas,
fornecidas por um só professor. São elas: descaso do governo; desestrutura
familiar; alunos desmotivados; desorganização da escola; falta de autonomia
da escola; alunos irresponsáveis; pais de alunos problemáticos e falta de pré-
requisitos (a pessoa que respondeu não disse se dos alunos, dos professores
É curioso notar que, enquanto a desestrutura familiar dos alunos foi
% dos professores como o principal problema de seu
trabalho, apenas um professor indicou isso como o segundo principal
problema. Isso significa que, para os que sofrem mais com alunos que tem
uma situação ruim em casa, isso é um problema ainda maior que a indisciplina,
o desinteresse ou a falta de recursos. Provavelmente essa é a situação dos
que trabalham em lugares onde a situação de vida da comunidade é mais
unos é lembrado
pela maioria dos entrevistados que indicou a terceira principal dificuldade em
seu trabalho, cerca de 11,36% deles. E os outros três problemas mais
lembrados também são os mesmos colocados nos itens anteriores: Falta de
incentivo da família, com 10,61%, desestrutura familiar, com 9,09%, e falta de
recursos, com 6,82%.
É interessante notar que o baixo salário não apareceu como a principal
dificuldade de nenhum dos professores, mas como a segunda principal de
2,27% e a terceira de 4,55%. Isso mostra que a maior parte deles está mais
preocupada com sua atuação e suas condições de trabalho do que com sua
remuneração. Isso reforça a tese de que, de forma geral, o docente é um
profissional extremamente engajado com a proposta de ensinar e criar
cidadãos para o futuro.
A falta de incentivo da família também foi muito mencionada nos três
itens da questão. Percebe-se que o docente sempre espera que os
responsáveis pela criança e pelo adolescente façam sua parte na educação,
incentivando-os a ir à escola, a estudar e a saber a importância disso para seu
futuro. A impressão que se tem é a de que o docente sente que a escola não
representa, para eles, a importância que deveria representar.
Nesse item da questão, também foram agrupados as respostas únicas,
fornecidas por apenas um entrevistado cada. São elas: assiduidade dos
alunos, descaso do governo, desprestígio, excesso de alunos por sala, falta de
limites dos alunos, falta de rede de apoio fora da escola, impunidade aos
alunos, a mídia que interfere na escola e o projeto vida, sobre o qual não foram
encontradas informações.
3.1.1 Profissão
Uma questão remetia ao gosto pela profissão. Dos 132 professores
consultados, 92,42% declararam gostar da profissão. Apenas 0,76% afirmaram
que não gostam da área e 6,06% oscilam em relação a isso e responderam “Às
vezes”. Do total, 0,76% não responderam a questão.
Isso mostra que, mesmo com todas as dificuldades do cotidiano, os
professores ainda têm amor à profissão que escolheram. O que foi relevante
para a pesquisa é que as autoras esperavam um maior número de respostas
“Às vezes”, pois se pensava que os conflitos pudessem alterar o gosto pela
profissão.
Já o número de negativas fugiu pouco do esperado, afinal, seria difícil
continuar trabalhando em uma profissão não desejada.
Para os que gostam da profissão, u
pelos professores para
cidadãos. Com 44,07%, essa resposta mostra que o prazer de instruir um
jovem é uma das maiores recompensas desse trabalho.
.
Em segundo lugar, com 21,19%, está o sentimento de gratificação. Isso
significa que os docentes sentem
aspectos, com o trabalho exercido
em seguida, totalizando
profissão, pois têm interesse pelo ensino e pela instituição escolar.
B -21,19%
C - 20,34%
D - 3,39%
E - 3,39%
F - 2,54% G - 2,54%
Gráfico 4 - Por que gostam da profissão
pesquisa é que as autoras esperavam um maior número de respostas
“Às vezes”, pois se pensava que os conflitos pudessem alterar o gosto pela
Já o número de negativas fugiu pouco do esperado, afinal, seria difícil
em uma profissão não desejada.
Para os que gostam da profissão, um dos maiores motivos apontados
pelos professores para tal foi o fato de eles terem a capacidade de formar
cidadãos. Com 44,07%, essa resposta mostra que o prazer de instruir um
das maiores recompensas desse trabalho.
Em segundo lugar, com 21,19%, está o sentimento de gratificação. Isso
significa que os docentes sentem-se satisfeitos e realizados
com o trabalho exercido. O motivo de gosto pela área
ando 20,34% das respostas. Os professores gostam da
têm interesse pelo ensino e pela instituição escolar.
A - 44,07%
21,19%
2,54%
H - 1,69%
I - 0,85%
Por que gostam da profissãoA -
formação
cidadãosB -
de gratificação
C -
área
D -
E -
compensa
decepçãoF -
vida
pesquisa é que as autoras esperavam um maior número de respostas
“Às vezes”, pois se pensava que os conflitos pudessem alterar o gosto pela
Já o número de negativas fugiu pouco do esperado, afinal, seria difícil
m dos maiores motivos apontados
foi o fato de eles terem a capacidade de formar
cidadãos. Com 44,07%, essa resposta mostra que o prazer de instruir um
Em segundo lugar, com 21,19%, está o sentimento de gratificação. Isso
se satisfeitos e realizados, em diversos
motivo de gosto pela área aparece logo
20,34% das respostas. Os professores gostam da
têm interesse pelo ensino e pela instituição escolar.
- Importância
formação
cidadãos- Sentimento
de gratificação
- Gosto pela
área
- Desafio
Realização
compensa
decepçãoOpção de
vida
D - 12,5%
E - 12,5%
F - 12,5%
Gráfico 5 -
Com os resultados é possível analisar que o objetivo principal da carreira
de um professor, que é o
valorizada por quem a pratica.
O fato dos alunos serem desinteressados a ponto de atrapalhar o
andamento da aula é o maior motivo para os professores não gostarem da
profissão, com 25% das ocorrências
docentes atingiram a mesma frequência de
“cansativo”, “decepção em relação à profissão”, “indisciplina” e “
Assim é possível observar que o comportamento dos alunos
do ensino público em geral
profissionais perderem o gosto pela
Em outra questão, descobriu
novamente pela profissão se pudessem es
não seriam professores novamente. Essa parcela está descontente com
diversas facetas da profissão, como salário, comportamento estudantil e
institucional e, por isso, preferiria trabalhar em outro ramo.
Os dois maiores mo
mesma profissão, caso pudessem optar, são o gosto pela área (32,93%) e o
sentimento de gratificação (30,49%).
A - 25%
B - 12,5%
C - 12,5%
12,5%
- Por que não gostam da profissão
A - Falta de interesse
dos alunos prejudica
trabalho B - Baixo salário
C - Cansativo
D - Decepção em relação
à profissão
E - Indisciplina
F - Ilusão passado
Com os resultados é possível analisar que o objetivo principal da carreira
de um professor, que é o de formar pessoas, faz com que a profissão seja
valorizada por quem a pratica.
O fato dos alunos serem desinteressados a ponto de atrapalhar o
andamento da aula é o maior motivo para os professores não gostarem da
profissão, com 25% das ocorrências. Todos os outros motivos apontados pelos
atingiram a mesma frequência de 12,5%. São eles: “baixo salário”,
“cansativo”, “decepção em relação à profissão”, “indisciplina” e “ilusão
Assim é possível observar que o comportamento dos alunos
do ensino público em geral e o cansaço desmotivam os professores e fazem os
fissionais perderem o gosto pela área em que trabalham.
Em outra questão, descobriu-se que boa parte dos entrevistados
profissão se pudessem escolher (73,48%). Contudo, 23,48%
não seriam professores novamente. Essa parcela está descontente com
diversas facetas da profissão, como salário, comportamento estudantil e
institucional e, por isso, preferiria trabalhar em outro ramo.
s dois maiores motivos declarados pelo professores para escolher a
mesma profissão, caso pudessem optar, são o gosto pela área (32,93%) e o
mento de gratificação (30,49%).
Por que não gostam da profissão
Falta de interesse
dos alunos prejudica
Baixo salário
Cansativo
Decepção em relação
à profissão
Indisciplina
Ilusão passado
Com os resultados é possível analisar que o objetivo principal da carreira
de formar pessoas, faz com que a profissão seja
O fato dos alunos serem desinteressados a ponto de atrapalhar o
andamento da aula é o maior motivo para os professores não gostarem da
os outros motivos apontados pelos
12,5%. São eles: “baixo salário”,
ilusão”.
Assim é possível observar que o comportamento dos alunos, a situação
desmotivam os professores e fazem os
entrevistados optaria
Contudo, 23,48%
não seriam professores novamente. Essa parcela está descontente com
diversas facetas da profissão, como salário, comportamento estudantil e
tivos declarados pelo professores para escolher a
mesma profissão, caso pudessem optar, são o gosto pela área (32,93%) e o
Com os resultados, percebe
ensino público persistirem na profissão é o fato de o lado positivo prevalecer
sobre o negativo. O gosto pela instituição escolar, a realização pessoal e os
casos de sucesso encontrados em sala de aula permitem uma esperança por
conta dos docentes.
C -15,85%
D -8,54%
E -6,10% F -2,44%
G -3,66%
Gráfico 6 -
C -19,44%
D -5,56%
E -22,22%
Gráfico 7 - Por que não seria professor novamente
Com os resultados, percebe-se que o que faz os professores da rede de
persistirem na profissão é o fato de o lado positivo prevalecer
sobre o negativo. O gosto pela instituição escolar, a realização pessoal e os
casos de sucesso encontrados em sala de aula permitem uma esperança por
A - 32,93%
B - 30,49%
3,66%
Por que seria professor novamente
A - Gosto pela área
B - Sentimento de Gratificação
C - Realizações compensam
decepções
D - Importância na formação
de cidadãos
E - Desafio
F - Opção de Vida
G -Outros
A - 30,6%
B -22,22%
Por que não seria professor novamente
A - Desvalorização da profissão
B -Baixo Salário
C - Baixa Qualidade de ensino
D - Estresse
E -Outros
se que o que faz os professores da rede de
persistirem na profissão é o fato de o lado positivo prevalecer
sobre o negativo. O gosto pela instituição escolar, a realização pessoal e os
casos de sucesso encontrados em sala de aula permitem uma esperança por
Por que seria professor novamente
Gosto pela área
Sentimento de Gratificação
Realizações compensam
Importância na formação
Opção de Vida
Por que não seria professor novamente
Desvalorização da profissão
Baixo Salário
Baixa Qualidade de ensino
O motivo mais recorrente apontado pelos docentes para não escolher a
mesma carreira se pudessem optar é o fato de a profissão estar desvalorizada
(30,6%).
Os entrevistados não sentem que a carreira de professor é vista com o
respeito e a valorização que deveria ter e, por conhecerem a real situação de
um docente, não escolheriam novamente essa profissão.
O segundo motivo, com 22,22% das ocorrências, é o baixo salário. Além
de enfrentarem diversas dificuldades no dia a dia e de a profissão não ser
valorizada pela sociedade, eles também não são recompensados pelo trabalho
da maneira que gostariam.
Já 19,44% dos docentes estão descontentes com a baixa qualidade de
ensino. Eles não acreditam que a instituição possa oferecer estrutura para uma
boa formação de alunos e, por isso, não seriam professores novamente.
3.1.2 Relação
A pesquisa também questionou a relação entre professores e alunos. Do
total dos docentes consultados, 48,48% consideram ter uma boa relação com
os alunos. Em segundo lugar, com 34,85%, ficou a alternativa que define a
relação como muito boa. O relacionamento foi considerado regular por 14,39%
dos professores e nenhum deles respondeu que a relação era ruim ou
péssima.
Três leituras podem ser feitas a partir desse resultado. A relação entre
professor-aluno realmente pode ser boa ou muito boa na maior parte dos casos
consultados ou os docentes talvez tenham uma noção equivocada do que é
uma relação saudável, devido à banalização da violência e à frequente falta de
respeito. A terceira hipótese é de que alguns professores não conseguem
admitir que não possuem uma boa relação com os estudantes.
A maioria dos entrevistados considera como boa a relação com os pais
(47,73%) e apenas 2,27%
B - 48,48%
C -14,39%
Brancos
Gráfico 8
C - 29,55%
D - 2,27%
Brancos -
12,12%
Gráfico 9 - Relação com pais de alunos
Três leituras podem ser feitas a partir desse resultado. A relação entre
aluno realmente pode ser boa ou muito boa na maior parte dos casos
consultados ou os docentes talvez tenham uma noção equivocada do que é
relação saudável, devido à banalização da violência e à frequente falta de
respeito. A terceira hipótese é de que alguns professores não conseguem
admitir que não possuem uma boa relação com os estudantes.
A maioria dos entrevistados considera como boa a relação com os pais
(47,73%) e apenas 2,27% consideram essa convivência ruim.
A -34,85%
Brancos - 2,27%
Gráfico 8 - Relação com alunos
A - Muito Boa
B - Boa
C - Regular
Brancos
A - 8,33%
B -47,73%
Relação com pais de alunos
A - Muito boa
B - Boa
C - Regular
D - Ruim
Brancos
Três leituras podem ser feitas a partir desse resultado. A relação entre
aluno realmente pode ser boa ou muito boa na maior parte dos casos
consultados ou os docentes talvez tenham uma noção equivocada do que é
relação saudável, devido à banalização da violência e à frequente falta de
respeito. A terceira hipótese é de que alguns professores não conseguem
A maioria dos entrevistados considera como boa a relação com os pais
Muito Boa
Muito boa
Muitas vezes, apesar da boa relação com os professores, os pais
agressivos com os docentes
Na maioria dos casos
a maneira como a situação será exposta pelos filhos. Afinal, com a tendência
de serem bons protetores, eles vão querer defender seus filhos.
3.1.3 Violência
A maior parte dos professores
sofrido violência por parte dos alunos. Foram 68,94% dos docentes que
admitiram o fato.
Já 28,79% dos professores disseram nunca ter
na escola. Deve-se considerar que algumas das respostas negativas a essa
questão podem ter ocorrido
em relação à definição de violência, que também inclui a falta de respeito. É
muito raro conhecer docentes que nunca t
extremada ou com falta de respeito em sala de aula.
Ao contrário do que muitos podem pensar, há várias atitudes que podem
ser consideradas atos violentos. A falta de atenção que impossibilita o
A - 50%
B -49,24%
Gráfico 10
Muitas vezes, apesar da boa relação com os professores, os pais
agressivos com os docentes.
Na maioria dos casos, o que vai influenciar na agressão dos familiares é
a maneira como a situação será exposta pelos filhos. Afinal, com a tendência
de serem bons protetores, eles vão querer defender seus filhos.
A maior parte dos professores consultados na pesquisa declarou
sofrido violência por parte dos alunos. Foram 68,94% dos docentes que
Já 28,79% dos professores disseram nunca ter sido vítima de
se considerar que algumas das respostas negativas a essa
questão podem ter ocorrido devido ao não esclarecimento de algumas pessoas
em relação à definição de violência, que também inclui a falta de respeito. É
muito raro conhecer docentes que nunca tenham sofrido com falta de atenção
extremada ou com falta de respeito em sala de aula.
Ao contrário do que muitos podem pensar, há várias atitudes que podem
ser consideradas atos violentos. A falta de atenção que impossibilita o
49,24% C -10,61%
D - 3,79%
E - 3,03%
Brancos -
30,30%
Gráfico 10 - Tipos de violência sofridos
A - Falta de atenção que
impossibilita o andamento da
aulaB - Desrespeito à sua
pessoa, por meio declarado ou
nãoC - Ameaças
D - Violência Física
E - Outros
Muitas vezes, apesar da boa relação com os professores, os pais são
influenciar na agressão dos familiares é
a maneira como a situação será exposta pelos filhos. Afinal, com a tendência
sa declarou já ter
sofrido violência por parte dos alunos. Foram 68,94% dos docentes que
sido vítima de violência
se considerar que algumas das respostas negativas a essa
devido ao não esclarecimento de algumas pessoas
em relação à definição de violência, que também inclui a falta de respeito. É
enham sofrido com falta de atenção
Ao contrário do que muitos podem pensar, há várias atitudes que podem
ser consideradas atos violentos. A falta de atenção que impossibilita o
Falta de atenção que
impossibilita o andamento da
Desrespeito à sua
pessoa, por meio declarado ou
Ameaças
Violência Física
andamento da aula é a forma de violência que mais atinge os professores,
abrangendo 50% das respostas.
Os alunos não veem mais a escola como um local de aprendizado e
pretendem fazer o que bem querem nesse ambiente. A falta de autoridade dos
professores, que já não dão conta de lidar com as crianças e adolescentes de
hoje, impedem que as aulas tenham o encaminhamento adequado.
Em segundo lugar aparece o desrespeito, por meio declarado ou não
(49,24%), o que mostra mais uma vez que os estudantes não encaram mais o
professor como alguém que deve ser respeitado. Hoje, os alunos falam o que
querem, como querem e quando querem, sem receio algum de enfrentar os
docentes.
O item ameaças aparece em terceiro lugar, com 10,61%, seguido pela
violência física (3,79%). A agressão física não necessariamente vem após uma
ameaça, mas, em muitos casos, a violência parece não vir depois de ser
anunciada.
As diferentes formas de violência às quais os professores são expostos
todos os dias podem causar traumas inesquecíveis na vida desses
profissionais. Mas está visível que a maioria deles não teve problemas de
saúde devido à violência ou não reconheceu que um problema de saúde é
consequência do trabalho na sala de aula.
Foram 56,06% de respostas negativas. Apenas menos da metade
(22,73%) dos entrevistados afirmam que tiveram problemas de saúde.
O número de respostas em branco atingiu 21,21%, o que faz supor que
muitas pessoas podem ter enfrentado problemas de saúde sem se darem
conta de que eram provenientes do desgaste causado pela atividade de
lecionar.
Trinta das 74 pessoas que afirmaram ter problemas de saúde como
resultado da violência não identificaram qual o problema enfrentado.
Mesmo assim, os números mostram as doenças que mais afetam
educadores, que são as com relação ao psicológico e me
profissionais: o estresse (9,09%) e a depressão (6,06%).
A voz e as doenças de fundo emocional
freqüência, e ficam entre
com 2,27% das respostas.
Não são apenas os alunos que trazem problemas para os educadores.
Apesar de a maioria afirmar que não sofreu violência por parte dos pais dos
alunos (71,21%), outros
possível notar que os riscos para os educadores estão além dos limites da
escola. Mesmo não sendo a maior porcentagem de respostas, os números
mostram que quase um terço dos professores sofre
pais.
Brancos - 78,03%
Gráfico 11
das 74 pessoas que afirmaram ter problemas de saúde como
resultado da violência não identificaram qual o problema enfrentado.
Mesmo assim, os números mostram as doenças que mais afetam
educadores, que são as com relação ao psicológico e me
profissionais: o estresse (9,09%) e a depressão (6,06%).
A voz e as doenças de fundo emocional aparecem com a mesma
freqüência, e ficam entre os problemas que menos atingem os professor
com 2,27% das respostas.
Não são apenas os alunos que trazem problemas para os educadores.
Apesar de a maioria afirmar que não sofreu violência por parte dos pais dos
outros 26,52% responderam “sim” a essa pergunta.
otar que os riscos para os educadores estão além dos limites da
escola. Mesmo não sendo a maior porcentagem de respostas, os números
mostram que quase um terço dos professores sofreu violência por parte dos
A -9,09% B - 6,06%
C -3,79%
D - 2,27%
E - 2,27%
F -9,85%
Gráfico 11 - Tipos de problemas de saúde
das 74 pessoas que afirmaram ter problemas de saúde como
resultado da violência não identificaram qual o problema enfrentado.
Mesmo assim, os números mostram as doenças que mais afetam os
educadores, que são as com relação ao psicológico e mental desses
aparecem com a mesma
professores,
Não são apenas os alunos que trazem problemas para os educadores.
Apesar de a maioria afirmar que não sofreu violência por parte dos pais dos
responderam “sim” a essa pergunta. Assim, é
otar que os riscos para os educadores estão além dos limites da
escola. Mesmo não sendo a maior porcentagem de respostas, os números
violência por parte dos
2,27%
Tipos de problemas de saúdeA - Estresse
B - Depressão
C -Hipertensão
D -Voz
E - Doenças de
fundo
emocionalF - Outros
Segundo os entrevistados, quando os c
maioria das vezes se trata de desrespeito à pessoa, por meio declarado ou não
(21,21%). Isso é facilitado pelo contato próximo que as escolas permitem que
os pais tenham dos professores. Muitos familiares aproveitam essa oca
para ameaçar os pais, o que ocorreu com 9,09% dos educadores
entrevistados.
De acordo com os professores, a conversa ainda é a melhor opção para
resolver o problema da violência. A maioria deles (69,70%) orienta os alunos
diante de um ato violento
Brancos -
73,48%
Gráfico 12 -
B -16,67%
C -12,88%
D -
6,06%
E -
2,27%
F -
1,52%
G -9,85%
Brancos - 16,67
Gráfico 13 -
Segundo os entrevistados, quando os conflitos com pais acontecem
maioria das vezes se trata de desrespeito à pessoa, por meio declarado ou não
(21,21%). Isso é facilitado pelo contato próximo que as escolas permitem que
os pais tenham dos professores. Muitos familiares aproveitam essa oca
para ameaçar os pais, o que ocorreu com 9,09% dos educadores
De acordo com os professores, a conversa ainda é a melhor opção para
resolver o problema da violência. A maioria deles (69,70%) orienta os alunos
diante de um ato violento dentro da escola.
A -21,21%
B - 9,09%
C - 0,76%
Tipo de violência por parte dos pais
A - Desrespeito a sua
pessoa, por meio
declarado ou não
B - Ameaças
C - Violência Física
Brancos
A -69,70%
Como lida com o problema da violência
A - Orientação
B - Chamar os pais
C - Encaminha para coordenação
D -Aproximação
E - Ignora
F - Culpa a sociedade
G - Outros
Brancos
onflitos com pais acontecem, na
maioria das vezes se trata de desrespeito à pessoa, por meio declarado ou não
(21,21%). Isso é facilitado pelo contato próximo que as escolas permitem que
os pais tenham dos professores. Muitos familiares aproveitam essa ocasião
para ameaçar os pais, o que ocorreu com 9,09% dos educadores
De acordo com os professores, a conversa ainda é a melhor opção para
resolver o problema da violência. A maioria deles (69,70%) orienta os alunos
Desrespeito a sua
Como lida com o problema da violência
Orientação
Chamar os pais
Encaminha para coordenação
Aproximação
Culpa a sociedade
A segunda opção mais citada foi chamar os pais, representando 16,67%
das respostas, a mesma porcentagem das respostas em branco. Muitos
professores já descobriram que conversar apenas com os alunos não resolve
mais. Assim, preferem fazer isso com os pais, passando para eles uma parcela
da responsabilidade em cuidar das atitudes dos filhos na escola.
Apenas 1,52% dos professores responsabilizam a sociedade pela
violência no ambiente escolar. Isso mostra que os educadores estão cada vez
mais cientes do seu papel e das suas responsabilidades na escola, ainda mais
perante aos problemas.
Quando o assunto é a melhor maneira de lidar com a violência nas
escolas, muitos professores aparentam não saber o que fazer. Essa afirmação
vem da resposta com segunda maior porcentagem, a qual 20,45% deixaram
em branco.
Porém, para a maioria dos
resolver o problema é aproximar a escola da família
Tendo em vista que cada uma dessas partes é responsável pelo
aprendizado e educação de crianças e adolescentes, levar a família para a
escola pode fazer com que os pais também reconheçam suas
responsabilidades e saibam a melhor maneira de agir, junt
escola, não apenas em casos de violência, mas em qualquer
Os pais precisam ser mais participativos e não apenas passar toda a
responsabilidade da educação de seus filhos para a escola e criticar a atuação
de professores, coordenadores e diretores.
As medidas que parecem ser menos efetivas para resolver
violência no ambiente escolar são a conscientização dos alunos e o
E -F -6,06%
G -5,30%H - 2,27%
I -2,27%
J - 2,27%
K -9,84%
Brancos
20,45%
Gráfico 14 - Como a escola pode lidar com esse
Quando o assunto é a melhor maneira de lidar com a violência nas
escolas, muitos professores aparentam não saber o que fazer. Essa afirmação
ta com segunda maior porcentagem, a qual 20,45% deixaram
Porém, para a maioria dos docentes (26,51%), a saída ideal para
resolver o problema é aproximar a escola da família.
Tendo em vista que cada uma dessas partes é responsável pelo
do e educação de crianças e adolescentes, levar a família para a
escola pode fazer com que os pais também reconheçam suas
responsabilidades e saibam a melhor maneira de agir, junto com a atuação da
escola, não apenas em casos de violência, mas em qualquer situação.
s pais precisam ser mais participativos e não apenas passar toda a
responsabilidade da educação de seus filhos para a escola e criticar a atuação
de professores, coordenadores e diretores.
As medidas que parecem ser menos efetivas para resolver
violência no ambiente escolar são a conscientização dos alunos e o
A - 26,51%
B - 15,90%
C - 8,33
D -7,57%-6,81%
Brancos -
20,45%
Como a escola pode lidar com esse problema A - Aproximação escola
B - Políticas educacionais efetivas
C - Orientação
D - Punição
E - Culpa Sociedade
F - Psicólogos
G -Rigidez
H - Conscientização dos Alunos
I - Conselho Tutelar
J - Especialistas
K - Outros
Brancos
Quando o assunto é a melhor maneira de lidar com a violência nas
escolas, muitos professores aparentam não saber o que fazer. Essa afirmação
ta com segunda maior porcentagem, a qual 20,45% deixaram
a saída ideal para
Tendo em vista que cada uma dessas partes é responsável pelo
do e educação de crianças e adolescentes, levar a família para a
escola pode fazer com que os pais também reconheçam suas
com a atuação da
situação.
s pais precisam ser mais participativos e não apenas passar toda a
responsabilidade da educação de seus filhos para a escola e criticar a atuação
As medidas que parecem ser menos efetivas para resolver casos de
violência no ambiente escolar são a conscientização dos alunos e o
Aproximação escola-família
Políticas educacionais efetivas
Orientação
Punição
Culpa Sociedade
Psicólogos
Rigidez
Conscientização dos Alunos
Conselho Tutelar
Especialistas
Outros
Brancos
encaminhamento ao Conselho Tutelar ou a especialistas. Apenas 2,27% dos
entrevistados citou cada um desses três itens.
4. Objetivos
O objetivo do livro-reportagem SOS Professor é expor a atual situação
do ensino público na cidade de São Paulo (SP), por meio de histórias e
depoimentos que discutem as diversas formas de violência sofridas pelos
docentes no contexto da escola pública. Além disso, o livro também mostra
alternativas que acreditamos poder ajudar na resolução de alguns desses
problemas.
4.1 Objetivos específicos
- Expor situações violentas entre aluno e professore as diversas formas como
isso ocorre sob uma perspectiva mais humana e não acadêmica;
- Expor a complexidade da situação em que se encontra a educação pública
em São Paulo, pela ótica dos docentes;
- Abrir os olhos da sociedade para esse problema que afeta profundamente o
futuro do país;
- Identificar, por meio dos alunos, o que se espera do educador;
- Elaborar um guia de como ter uma boa escola, por meio da observação de
exemplos de casos de sucesso;
5. Trajetória
A primeira etapa do nosso projeto experimental foi a elaboração do pré-
TCC a respeito do tema escolhido. Foram feitas pesquisas teóricas sobre
educação e violência dentro das escolas para um melhor entendimento sobre o
assunto.
Junto ao pré-TCC foi elaborada a pesquisa quantitativa, citada
anteriormente, e o Projeto de Gestão Estratégica, com as seguintes etapas:
� Estudo de viabilidade: estudo do ambiente mercadológico em que o SOS
Professor está inserido. Estabelecemos os professores e profissionais da
educação como público-alvo e pessoas interessadas no assunto como público
periférico. Analisamos o mercado de livros que tratam da violência na escola,
das características da profissão de professor e da escola pública em geral.
� Características editoriais e comerciais do produto
� Formas de divulgação e planos para o futuro
Em julho, começamos a busca por personagens. O ponto de partida foi a
própria pesquisa, pois havia, no final dos questionários, espaço para os que
quisessem participar. Também buscamos fontes através de redes sociais e
conhecidos.
Também foi nessa época que criamos o blog Projeto SOS Professor. Lá,
além de praticar a escrita, também relatamos nossa trajetória, comentamos
notícias relacionadas ao assunto e contamos histórias que, por alguma razão,
não puderam entrar no livro.
Durante cerca de três meses, ouvimos 14 professores com histórias de
violência, sob a condição de anonimato. Desses, 12 tiveram participação no
livro. As entrevistas foram realizadas na própria escola, dentro de casa ou em
lugares públicos, como cafés e shoppings.
Isso não foi tarefa fácil. Fomos a bairros distantes, marcamos encontros
com pessoas que não apareceram e tivemos dificuldades para entrar em
algumas escolas.
Contudo, algumas instituições nos receberam de braços abertos,
colaborando para o capítulo “É Possível”. São elas a E. E. Professor Samuel
Morse e a E.E. Leopoldo Santana. Para o capítulo “A Voz dos Alunos”, fomos à
E. E. Gracinda Maria Ferreira, onde realizamos um bate-papo com cinco alunos
do terceiro ano do Ensino Médio, também sob anonimato. Foi lá também que
tiramos as fotos que ilustram todo o livro.
Depois de realizadas e transcritas todas as entrevistas, dedicamo-nos,
durante cerca de dois meses, a escrever essas histórias. Lemos diversos
livros-reportagem como referência e para formularmos nosso próprio estilo
literário. Alguns deles foram: Viúvas da Terra, de Klester Cavalcanti, A Vida
que Ninguém Vê, de Eliane Brun, Abusado, de Caco Barcelos, além de livros-
reportagem elaborados por alunos da própria Universidade Metodista de São
Paulo.
Aos poucos, e com ajuda da orientadora do TCC, os textos foram sendo
padronizados. Por fim, organizamos tudo em sequência lógica e dividimos
capítulos.
Nas etapas finais do SOS Professor, contamos com a revisão de Renata
Holdack e com a diagramação de Renato Cassio. A impressão foi feita pela
Prol Gráfica em papel offset de 75 gramas e com capa em papel cartão 250
gramas em laminação fosca. O livro mede 18x23 centímetros, uma medida um
pouco mais larga que o tradicional devido aos boxes que acompanham o texto.
6. Dificuldades
Durante a aplicação dos questionários para os professores, encontramos
diversas dificuldades em relação à aceitação da atividade de pesquisa
realizada nas escolas.
O contato com a pessoa certa era difícil, e foram necessárias várias
ligações para cada escola até achar uma pessoa que liberasse a visita às
instituições de ensino. Algumas escolas recusaram a pesquisa e, outras,
proibiram a aplicação já durante visita. Além disso, as respostas ao
questionário se diferenciaram do que esperávamos. Muitos não entediam a
pergunta e outros mostravam total descaso com a nossa proposta, deixando
respostas em branco e até mesmo debochando.
Ao procurarmos embasamento teórico para nossas afirmações,
encontramos reportagens que afirmavam que a ONU considera professor uma
profissão de risco. Porém, não foi possível constatar isso oficialmente, mesmo
entrando em contato com o escritório brasileiro da organização. Por isso, essa
informação não entrou em nenhuma etapa do projeto.
Nas entrevistas com os personagens, diversos tipos de problemas
surgiram. Houve os que marcaram encontros e não compareceram, os que
contaram fatos que depois foram contraditos por colegas de trabalho e os que,
apesar de terem deixado contato, nunca mais foram localizados.
A escrita das histórias foi um desafio. Estávamos acostumadas a
escrever textos de reportagem ou acadêmicos, raramente literários. Era difícil
usar o que chamamos de “liberdade poética” para recriar cenários e situações.
Só mesmo com a prática aprendemos a escrever de uma maneira leve e
interessante ao leitor.
7. Dilemas éticos e responsabilidade social
O grupo decidiu pelo anonimato das fontes por se tratar de um tema
social, que envolve violência, governo e crianças. Por esse mesmo motivo, a
ética causou grande preocupação durante todo o desenvolvimento do projeto.
Uma das situações em que tivemos nosso senso ético testado
aconteceu quando ouvimos depoimentos que se revelaram mentirosos – ou,
pelo menos, duvidosos. Quando isso ocorreu, decidimos não inserir essas
histórias no livro.
Também por motivos éticos, não há imagens de personagens. As fotos
são apenas de escolas “modelo”, as únicas instituições de ensino a terem seus
nomes divulgados.
Houve conflitos éticos também em relação a um texto que tratava de
uma licença médica. Após conversar com uma professora da rede estadual de
ensino em São Paulo que está há mais de dois anos afastada por motivos de
saúde, foi escrito um texto em primeira pessoa. Nessa história, além de contar
os motivos que a levaram a se afastar das salas de aula, a educadora também
falava das dificuldades para renovar a licença médica diversas vezes por ano -
como o tempo que demorava o processo e a diminuição brusca no salário. Ela
concluía dizendo que não quer voltar para as salas de aula e, por isso, está em
busca de uma readaptação.
Apesar de ser uma vertente importante das consequências da violência
nas escolas, esse texto foi excluído do livro. Como a professora criticava o
governo e etapas do processo de pedido de licença médica, fomos até o
Departamento de Licenças Médicas do Estado de São Paulo para procurar
ouvir o outro lado da história e apresentá-lo como complemento ao texto.
Infelizmente só conseguiríamos a possibilidade de conversar com o
departamento sobre o assunto mediante um ofício em nome da Universidade
Metodista de São Paulo. Devido ao curto tempo para produção dos textos e da
demora em encontrar e conversar com essa fonte, não nos sobrou tempo
suficiente para aguardar um retorno do governo.
Assim, achamos que não seria justo colocar a história desta educadora
sem abrir espaço para esclarecimentos do DPME e, então, o texto ficou fora do
livro.
8. Avaliação geral
Apesar de já existirem pesquisas e reportagens sobre violências nas
escolas, dificilmente essa abordagem é sobre a relação entre professor e aluno
e, muitas vezes, tem um enfoque mais acadêmico. Por isso, o livro é a nossa
contribuição para a sociedade: chamamos a atenção para um problema grave
que envolve a educação no Brasil, de forma humana e interessante.
Como percebemos que o assunto não era tratado com a devida
importância, decidimos escrever um livro que tivesse uma linguagem acessível
e agradável para o maior número de pessoas possível. Com isso, acreditamos
ter grandes chances de trazer o assunto à tona e despertar o interesse para
essa questão.
O fato de ele traçar um panorama da realidade da educação por meio
dos docentes não significa que ele responsabiliza os outros envolvidos na
situação, ou seja, os professores são os narradores da história, mas alguns
setores responsáveis pela violência ou vítimas dela são contextualizados.
Esperamos também que os professores percebam que o SOS Professor
foi feito para eles, e que não se trata apenas de um livro sobre práticas
pedagógicas. Além de mostrar a realidade, ele também desperta esperanças
através das histórias de escolas que superaram a violência.
Ao escrever esse livro-reportagem, mudamos nosso conceito em relação
a alguns pontos do tema. Descobrimos que entre professores, alunos, pais e
governo, não podemos vitimar nem culpar completamente ninguém.
Sabemos que é essencial para um jornalista conhecer a situação
socioeconômica de seu país. E ao nos aprofundarmos na situação da
educação, adquirimos um diferencial em nossa formação.
Além disso, pudemos desenvolver muito mais nossas técnicas de
entrevista ao conversar com as fontes sobre assuntos muitas vezes dolorosos
e traumáticos.
Aprendemos a escrever de uma maneira completamente nova. Superar
o desafio de fazer textos literários para contar fatos vividos por outras pessoas,
com certeza, foi uma das maiores conquistas que tivemos com o livro.
9. Projeto editorial
O livro tem como objetivo principal falar diretamente aos professores,
como o próprio nome já deixa claro.
A educação no país é um tema que interessa a todos, portanto, focou-se
nos professores, mas todos os envolvidos nesse processo também foram
levados em conta.
Ao menos 60% do público-alvo são formados por professores de escolas
públicas de ensino fundamental e médio. Outros 30% são compostos por
professores de escolas privadas que possam se interessar pelo tema, já que a
violência contra professores também atinge funcionários de escolas privadas.
Quanto ao restante, 5% são compostos por professores universitários e
pesquisadores. Os outros 5% formam o público adulto geral, pessoas da
sociedade que se interessam sobre o assunto.
O texto foi escrito dentro de um estilo narrativo suave, com amplo uso de
descrições e diálogos. Muitos trechos tiveram o uso de licença poética para
que pudéssemos recriar cenas e trazê-las para mais perto do leitor. Os dados e
fatos científicos foram usados pontualmente, de forma periférica ao texto
principal.
Por tudo isso, o livro é uma leitura agradável e envolvente, mesmo
contendo informação e até mesmo análises críticas, pinceladas ao longo da
obra.
“SOS Professor” tem 96 páginas, divididas em Parte I e Parte II. Na
primeira, impressa em preto e branco, constam os capítulos de um a seis, e na
segunda, em cores, o capítulo sete. Todas as imagens são genéricas e
ilustrativas, usadas para abrir os capítulos e suavizar o texto.
9.1 Custos do projeto
GASTOS PREÇO UNID. QTD CUSTO TOTAL
TELEFONEMAS Telefonemas escolas interurbano R$ 2,49 Hora 2 R$ 4,98
Telefonemas escolas local R$ 1,00 hora 3 R$ 3,00
Telefonemas escolas de celular R$ 5,00 hora 1 R$ 5,00
TOTAL TELEFONEMAS R$ 12,98
TRANSPORTE
Ida a escolas com carro de fora da cidade R$ 0,25 Km 400 R$ 100,00
Ida a escolas com transporte público (onibus + metrô) R$ 10,00 Ida e Volta 5 R$ 50,00
Ida para entrevistas com carro de fora da cidade R$ 0,25 Km 200 R$ 50,00
TOTAL TRANSPORTES R$ 200,00 CORREIO
Envio questionários a escolas por sedex R$ 13,40 Postagem 7 R$ 93,80
TOTAL CORREIO R$ 93,80
IMPRESSÕES
Impressão questionários R$ 0,03 Folha 2800 R$ 84,00
Impressão Questionários R$ 50,00 Cartucho 1 R$ 50,00
Impressão versões/definitivo pré-projeto R$ 0,03 Folha 200 R$ 6,00
Impressão versões/definitivo pré-projeto/TCC R$ 50,00 Cartucho 1 R$ 50,00
Impressão Memorial R$ 0,03 Folha 48 R$ 1,44
TOTAL IMPRESSÕES R$ 191,44
SERVIÇOS DE TERCEIROS
Diagramação Livro-reportagem R$ 600,00 1 R$ 600,00
Revisão Livro-reportagem R$ 3,00 Folha 51 R$ 153,00
Impressão Livro-reportagem R$ 9,00 Unidade 100 R$ 900,00
Xerox / encadernação Memorial R$ 6,80 Cópia 4 R$ 27,20
TOTAL SERVIÇOS DE TERCEIROS R$ 1.680,20
TOTAL GERAL: R$ 2.178,42
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