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Page 1: Matematica Basica

1

Análise Combinatória

Fatorial de um número: Definições especiais:

Arranjo simples:

n!=n.(n-1).(n-2)...3.2.1

0!=1 1!=1

ades.possibilid 242.3.4 lugar 3º o para adespossibilid

2 elugar 2º o para adespossibilid 3 sobrando lugar, 1º o para adespossibilid 4 Existem :R

lugares? primeiros trêsos para adespossibilid as são Quantas mundo. do campeões

dos torneioo disputam Flamengo) e Paulo São Santos, (Grêmio, futebol de timesQuatro 3)

negativo. número um de fatorial existe não pois ,7 :Resposta

-8x

7x

2

151

2

2251 056

56 x 56))(1( 56)!1(

)!1)()(1( 56

)!1(

)!1(

.56)!1(

)!1( equação a Resolva 2)

1020010100100100.101100!99

!99.100.101!99.100

!99

!101!100

.!99

!101!100 expressão da valor o Calcule 1)

2

2

=→

=

==

⇒±−=⇒

±−=⇒=−+⇒

⇒=+⇒=+⇒=−

−+⇒=

−+

=−+

=+=+=+=+

+

x

xxxx

xxxx

xxx

x

x

x

x

)!(

!, pn

nA pn −

=

40

17

80

34

872

202430

)!18(

!8

)!29(

!9)!25(

!5

)!34(

!4

)!26(

!6

. Calcule )4

1,82,9

2,53,42,6

1,82,9

2,53,42,6

==+

−+=

−+

−−

−+

−=+

−+

+−+

AA

AAA

AA

AAA

Page 2: Matematica Basica

2

números. 3366.7.8!5

!5.6.7.8

!5

!8

)!38(

!81.

:então s,disponívei

números 8 existem ainda trêsoutros os para e (2), adepossibilid uma apenas existe algarismo

primeiro o Para 3000). e 2000 entre está (pois algarismos quatro ter deve número O :R

9? e 6,7,81,2,3,4,5, entre escolhidos distintos

algarismospor formados 3000 e 2000 entre doscompreendi números os são Quantos 6)

números. 1366472 é 5por divisíveis de número O :Resposta

números. 648.8!7

!7.8.

!7

!7.8

!7

!8.

!7

!8

)!18(

!8.

)!18(

!8.1.

0).ser pode algarismo segundo (o adespossibilid 8 existem tambémalgarismo segundo

o para E ).algarismos 2 de número um seria (senão 0 comcomeçar pode não número o pois

ades,possibilid 8 ainda existem algarismo primeiro o Para (5). adepossibilid uma apenas existe

algarismo terceiroo para :5 com terminam5por divisíveis quantos calculamos Agora

números. 728.9!7

!7.8.9

!7

!9

)!29(

!91.

:é 0 com terminamque 5por divisíveis de número o Portanto s.disponívei números 9 existem

ainda primeiros dois os para e (0), adepossibilid 1 apenas existe algarismo terceiroo Para

:0 com terminamque 5por divisíveis de número ocalcular vamos

ntePrimeirame 5. comou 0 com terminar deve ele 5, divisívelser número um Para :R

5. POR DIVISÍVEIS SEJAM c)

números. 8!7

!7.8

!7

!8

)!18(

!81.1.

:adespossibilid 8 existem ainda segundo o Para (5). adepossibilid 1 apenas existe

também terceiroo para e (2), adepossibilid 1 apenas existe algarismo primeiro o Para :R

5. COM TERMINEM E 2 COM COMECEM b)

números. 728.9!7

!7.8.9

!7

!9

)!29(

!91.

:sdisponívei números 9 existem ainda dois outros os para e (1) adepossibilid

1 apenas existe primeiro o para que sendo ,algarismos êspossuir tr pode número O :R

1. COM COMECEM a)

:que modo de repetir, os sem ),5,6,7,8,9(0,1,2,3,4 decimal sistema

do algarismos o comformar podemos distintos algarismos 3 de números Quantos 5)

3,8

1,81,8

2,9

1,8

2,9

====−

=

=+

====−−

=

====−

=

===−

=

====−

=

A

AA

A

A

A

Page 3: Matematica Basica

3

Permutação Simples: É um caso particular de arranjo simples. É o tipo de agrupamento ordenado onde entram todos os elementos.

Combinação Simples: é o tipo de agrupamento em que um grupo difere do outro apenas pela natureza dos elementos componentes.

!nPn =

maneiras. 1152576576 é totalo Portanto

maneiras. 57624.24!4!.4.

: também temosposição primeira na dama uma Colocando

maneiras. 57624.24!4!.4.

:maneiras de totalnúmero como temosposição primeira na cavalheiro um Colocando

C-D-C-D-C-D-C-Dou D-C-D-C-D-C-D-C

:issofazer de maneiras duas Existem:R

damas. duas e scavalheiro dois juntos fiquem não que forma

de fila, numa s,cavalheiro 4 e damas 4 dipostasser podem maneiras quantas de Calcule 8)

anagramas. 1201.2.3.4.5!5.1.1.1.1

:é totalo Então ades.possibilid 5 existem letras 5 outras as para e

(E), 1 existe só tambémúltima para e (A), adepossibilid 1 existe letra primeira a Para

E. com terminameA POR COMEÇAM b)

anagramas. 7201.2.3.4.5.6!6.1.1

:é totalo Então ades.possibilid 6 existem

letras 6 outras as para e (A), adepossibilid uma apenas existe letra primeira a Para

A. POR COMEÇAM a)

:EDITORA palavra da anagramas Quantos 8)

números. 1201.2.3.4.5!5

8? e 1,2,3,5por formadosser podem distintos algarismos 5 de números Quantos )7

44

44

5

6

5

=+===

===

===

===

===

PP

PP

P

P

P

)!(!

!, pnp

nC pn −

=

Page 4: Matematica Basica

4

comissões. 52515.352

30.

!3

210

!2!.4

!4.5.6.

!4!.3

!4.5.6.7

)!46(!4

!6.

)!37(!3

!7

.. produto o é resultado O

- MOÇAS

- RAPAZES

moças? 4 e rapazes

3 comformar podemos comissões quantas moças, 6 e rapazes 7 com reunião Numa 11)

saladas. de tipos21024

5040

!4

5040

!4!.6

!6.7.8.9.10

)!610!.(6

!10

feitas?ser podem

diferentes espécies 6 contendo salada, de tiposquantos frutas, de espécies 10 Com 10)

.Chaver pode não porque resposta a é não 1 :obs

.5 :Resposta

1''

5'

2

166 056

056 06

3323

026

22

0!2

)1.(

!3

)2).(1.(

0)!2(!2

)!2).(1.(

)!3(!3

)!3).(2).(1.(

0)!2(!2

!

)!3(!3

!

.0 equação aResolver 9)

4,63,7

4,6

3,7

6,10

1,3

2

23223

2223

2,3,

====−−

====−

=

==

==

⇒±=⇒=+−

=+−⇒=+−+−

=−−+−−

=−−−−

=−

−−−−

−−−

=−

−−

=−

CC

C

C

C

m

m

m

mmmm

mmmmmmmm

mmmmmm

mmmmm

m

mmm

m

mmmm

m

m

m

m

CC mm

Page 5: Matematica Basica

5

TEORIA DOS CONJUNTOS

Símbolos

: pertence : existe

: não pertence : não existe

: está contido : para todo (ou qualquer que seja)

: não está contido : conjunto vazio

: contém N: conjunto dos números naturais

: não contém Z : conjunto dos números inteiros

/ : tal que Q: conjunto dos números racionais

: implica que Q'= I: conjunto dos números irracionais

: se, e somente se R: conjunto dos números reais

Veja também: Símbolos das operações - Conceitos sobre conjuntos

Page 6: Matematica Basica

6

TABELA TRIGONOMÉTRICA

Ângulo sen cos tg

1 0,017452 0,999848 0,017455

2 0,034899 0,999391 0,034921

3 0,052336 0,99863 0,052408

4 0,069756 0,997564 0,069927

5 0,087156 0,996195 0,087489

6 0,104528 0,994522 0,105104

7 0,121869 0,992546 0,122785

8 0,139173 0,990268 0,140541

9 0,156434 0,987688 0,158384

10 0,173648 0,984808 0,176327

11 0,190809 0,981627 0,19438

12 0,207912 0,978148 0,212557

13 0,224951 0,97437 0,230868

14 0,241922 0,970296 0,249328

15 0,258819 0,965926 0,267949

16 0,275637 0,961262 0,286745

17 0,292372 0,956305 0,305731

18 0,309017 0,951057 0,32492

19 0,325568 0,945519 0,344328

20 0,34202 0,939693 0,36397

21 0,358368 0,93358 0,383864

22 0,374607 0,927184 0,404026

23 0,390731 0,920505 0,424475

24 0,406737 0,913545 0,445229

25 0,422618 0,906308 0,466308

26 0,438371 0,898794 0,487733

27 0,45399 0,891007 0,509525

28 0,469472 0,882948 0,531709

29 0,48481 0,87462 0,554309

30 0,5 0,866025 0,57735

31 0,515038 0,857167 0,600861

32 0,529919 0,848048 0,624869

33 0,544639 0,838671 0,649408

34 0,559193 0,829038 0,674509

35 0,573576 0,819152 0,700208

36 0,587785 0,809017 0,726543

37 0,601815 0,798636 0,753554

38 0,615661 0,788011 0,781286

39 0,62932 0,777146 0,809784

Ângulo sen cos tg

46 0,71934 0,694658 1,03553

47 0,731354 0,681998 1,072369

48 0,743145 0,669131 1,110613

49 0,75471 0,656059 1,150368

50 0,766044 0,642788 1,191754

51 0,777146 0,62932 1,234897

52 0,788011 0,615661 1,279942

53 0,798636 0,601815 1,327045

54 0,809017 0,587785 1,376382

55 0,819152 0,573576 1,428148

56 0,829038 0,559193 1,482561

57 0,838671 0,544639 1,539865

58 0,848048 0,529919 1,600335

59 0,857167 0,515038 1,664279

60 0,866025 0,5 1,732051

61 0,87462 0,48481 1,804048

62 0,882948 0,469472 1,880726

63 0,891007 0,45399 1,962611

64 0,898794 0,438371 2,050304

65 0,906308 0,422618 2,144507

66 0,913545 0,406737 2,246037

67 0,920505 0,390731 2,355852

68 0,927184 0,374607 2,475087

69 0,93358 0,358368 2,605089

70 0,939693 0,34202 2,747477

71 0,945519 0,325568 2,904211

72 0,951057 0,309017 3,077684

73 0,956305 0,292372 3,270853

74 0,961262 0,275637 3,487414

75 0,965926 0,258819 3,732051

76 0,970296 0,241922 4,010781

77 0,97437 0,224951 4,331476

78 0,978148 0,207912 4,70463

79 0,981627 0,190809 5,144554

80 0,984808 0,173648 5,671282

81 0,987688 0,156434 6,313752

82 0,990268 0,139173 7,11537

83 0,992546 0,121869 8,144346

84 0,994522 0,104528 9,514364

Page 7: Matematica Basica

7

40 0,642788 0,766044 0,8391

41 0,656059 0,75471 0,869287

42 0,669131 0,743145 0,900404

43 0,681998 0,731354 0,932515

44 0,694658 0,71934 0,965689

45 0,707107 0,707107 1

85 0,996195 0,087156 11,43005

86 0,997564 0,069756 14,30067

87 0,99863 0,052336 19,08114

88 0,999391 0,034899 28,63625

89 0,999848 0,017452 57,28996

90 1 0 -

Vetores

Reta Orientada - Eixo

Uma reta r é orientada quando fixa nela um sentido de percurso, considerado positivo e indicado por uma seta.

Segmento orientado

Um segmento orientado é determinado por um par ordenado de pontos, o primeiro chamado origem do segmento, o segundo chamado extremidade.

Segmento Nulo

Um segmento nulo é aquele cuja extremidade coincide com a origem.

Segmentos Opostos

Se AB é um segmento orientado, o segmento orientado BA é oposto de AB .

Medida de um Segmento

Fixada uma unidade de comprimento, cada segmento orientado pode-se associar um número real, não negativo, que é a medida do segmento em relação aquela unidade. A medida do segmento orientado é o seu

comprimento ou seu módulo. O comprimento do segmento AB é indicado por .

Assim, o comprimento do segmento AB representado na figura abaixo é de 5 unidades de comprimento:

= 5 u.c.

Observações

a. Os segmentos nulos têm comprimento igual a zero

b. = .

Page 8: Matematica Basica

8

Vetores

Direção e Sentido

Dois segmentos orientados não nulos AB e CD têm a mesma direção se as retas suportes desses segmentos são paralelas:

ou coincidentes

Observações

a. Só se pode comparar os sentidos de dois segmentos orientados se eles têm mesma direção.

b. Dois Segmentos orientados opostos têm sentidos contrários.

Segmentos Equipolentes

Dois segmentos orientados AB e CD são equipolentes quando têm a mesma direção, o mesmo sentido e o mesmo comprimento.

Se os segmentos orientados AB e CD não pertencem à mesma reta. Na segunda figura abaixo, para que AB seja equipolente a CD é necessário que AB //CD e AC/BD, isto é, ABCD deve ser um paralelogramo.

Page 9: Matematica Basica

9

Observações

a. Dois segmentos nulos são sempre equipolentes.

b. A equipolência dos segmentos AB e CD é representada por AB ~ CD.

Propriedades da Equipolência

I. AB ~ AB (reflexiva).

II. Se AB ~ CD , CD ~ AB (simétrica).

III. Se AB ~ CD e CD ~ EF, AB ~ EF (transitiva).

IV. Dado o segmento orientado AB e um ponto C, existe um único ponto D tal que AB ~ CD .

Vetor

Vetor determinado por um segmento orientado AB é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB .

Se indicarmos com este conjunto, simbolicamente poderemos escrever:

= {XY/XY ~ AB }

onde XY é um segmento qualquer do conjunto.

O vetor determinado por AB é indicado por ou B - A ou .

um mesmo vetor é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor, e todos equipolentes entre si. Assim, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer um destes representantes determina o mesmo vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstração, se considerarmos todos os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de representantes, a totalidade dos vetores do espaço. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um só vetor. Conseqüentemente, todos os vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos.

As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo, direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.

O módulo de se indica por | | .

Vetores iguais

Dois vetores e são iguais se, e somente se, AB ~ CD .

Vetor Nulo

Os segmentos nulos, por serem equipolentes entre si, determinam um único vetor, chamado vetor nulo ou

vetor zero, e que é indicado por .

Page 10: Matematica Basica

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Vetores Opostos

Dado um vetor = , o vetor é o oposto de e se indica por ou por .

Vetor Unitário

Um vetor é unitário se | | = 1.

Versor

Versor de um vetor não nulo é o vetor unitário de mesma direção e mesmo sentido de .

Por exemplo, tomemos um vetor de módulo 3.

Os vetores e da figura são vetores unitários, pois ambos têm módulo 1. No entanto, apenas tem a

mesma direção e o mesmo sentido de . Portanto, este é o versor de .

Vetores Colineares

Dois vetores e são colineares se tiverem a mesma direção. Em outras palavras: e são colineares se tiverem representantes AB e CD pertencentes a uma mesma reta ou a retas paralelas.

Page 11: Matematica Basica

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Vetores Coplanares

Se os vetores não nulos , e (não importa o número de vetores) possuem representantes AB , CD e EF

pertencentes a um mesmo plano π, diz-se que eles são coplanares.

Dois vetores e quaisquer são são sempre coplanares, pois podemos sempre tomar um ponto no

espaço e, com origem nele, imaginar os dois representantes de e pertencendo a um plano p que passa por este ponto.

Três vetores poderão ou não ser coplanares.

, e são coplanares

, e não são coplanares

Soma de vetores

Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:

v + w = (a+c,b+d)

Propriedades da soma de vetores

Page 12: Matematica Basica

12

I) Comutativa: Para todos os vetores u e v de R2:

v + w = w + v

II) Associativa: Para todos os vetores u, v e w de R2:

u + (v + w) = (u + v) + w

III) Elemento neutro: Existe um vetor O=(0,0) em R2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:

O + u = u

IV) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, existe um vetor -v em R2 tal que:

v + (-v) = O

Diferença de vetores

Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:

v - w = (a-c,b-d)

Produto de um escalar por um vetor

Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v, como:

c.v = (ca,cb)

Propriedades do produto de escalar por vetor

Quaisquer que sejam k e c escalares, v e w vetores:

• 1 v = v • (k c) v = k (c v) = c (k v) • k v = c v implica k = c, se v for não nulo • k (v+w) = k v + k w • (k + c)v = k v + c v

Módulo de um vetor

O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

Vetor unitário

Vetor unitário é o que tem o módulo igual a 1.

Existem dois vetores unitários que formam a base canônica para o espaço R2, que são dados por:

i = (1,0) j = (0,1)

Para construir um vetor unitário u que tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor v, basta dividir o vetor v pelo seu módulo, isto é:

Page 13: Matematica Basica

13

Observação:

Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv onde c é um escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão paralelos.

Se c = 0 então u será o vetor nulo. Se 0 < c < 1 então u terá comprimento menor do que v. Se c > 1 então u terá comprimento maior do que v. Se c < 0 então u terá sentido oposto ao de v.

Próximo tópico: Produto escalar, Propriedades do produto escalar, Â ngulos entre dois vetores, Vetores ortogonais

Page 14: Matematica Basica

14

PROBABILIDADE

A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.

Experimento Aleatório

É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.

Espaço Amostral

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o espaço amostral, é S.

Exemplo:

Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral, constituído pelos 12 elementos:

S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}

1. Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par aparece}, B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.

2. Idem, o evento em que:

a) A ou B ocorrem;

b) B e C ocorrem;

c) Somente B ocorre.

3. Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos

Resolução:

1. Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par: A={K2, K4, K6};

Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos: B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}

Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar: C={R1,R3,R5}.

2. (a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}

(b) B e C = B ∩ C = {R3,R5}

(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;

B ∩ Ac ∩ Cc = {K3,K5,R2}

3. A e C são mutuamente exclusivos, porque A ∩ C = ∅

Page 15: Matematica Basica

15

Conceito de probabilidade

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é:

Por, exemplo, no lançamento de um dado, um número par pode ocorrer de 3 maneiras diferentes dentre 6 igualmente prováveis, portanto, P = 3/6= 1/2 = 50%

Dizemos que um espaço amostral S (finito) é equiprovável quando seus eventos elementares têm probabilidades iguais de ocorrência.

Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um evento A é sempre:

Propriedades Importantes:

1. Se A e A’ são eventos complementares, então:

P( A ) + P( A' ) = 1

2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre ∅ (probabilidade de evento impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).

Probabilidade Condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.

Fórmula de Probabilidade Condicional

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e ...En-1).

Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido E1;

P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido E1 e E2;

P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter ocorrido E1 e E2...En-1.

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2 bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?

Resolução:

Seja o espaço amostral S=30 bolas, e considerarmos os seguintes eventos:

A: vermelha na primeira retirada e P(A) = 10/30

B: azul na segunda retirada e P(B) = 20/29

Assim:

P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87

Page 16: Matematica Basica

16

Eventos independentes

Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.

Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:

P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)

Exemplo:

Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de cada vez e repondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser vermelha e a segunda ser azul?

Resolução:

Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na primeira retirada é 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.

Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.

Probabilidade de ocorrer a união de eventos

Fórmula da probabilidade de ocorrer a união de eventos:

P(E1 ou E2) = P(E1) + P(E2) - P(E1 e E2)

De fato, se existirem elementos comuns a E1 e E2, estes eventos estarão computados no cálculo de P(E1) e P(E2). Para que sejam considerados uma vez só, subtraímos P(E1 e E2).

Fórmula de probabilidade de ocorrer a união de eventos mutuamente exclusivos:

P(E1 ou E2 ou E3 ou ... ou En) = P(E1) + P(E2) + ... + P(En)

Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5 no azul e 3 no branco?

Considerando os eventos:

A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6

B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6

Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:

n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36

Exemplo: Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um 8 ou um Rei?

Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n(S) = 52 cartas. Considere os eventos:

A: sair 8 e P(A) = 4/52

B: sair um rei e P(B) = 4/52

Assim, P(A ou B) = 4/52 + 4/52 – 0 = 8/52 = 2/13. Note que P(A e B) = 0, pois uma carta não pode ser 8 e rei ao mesmo tempo. Quando isso ocorre dizemos que os eventos A e B são mutuamente exclusivos.

Page 17: Matematica Basica

17

DEFINIÇÃO DE LOGARITMO

sendo b>0 ,a>0 e a≠1

a= base do logaritmo b= logaritmando ou antilogaritmo x= logaritmo

Consequências da definição

Sendo b>0 ,a>0 e a≠1 e m um número real qualquer, temos a seguir algumas consequências da definição de logaritmo:

Propriedades operatórias dos logaritmos

1) Logaritmo do produto: (a>0, a≠1, x>0 e y>0) 2) Logaritmo do quociente: (a>0, a≠1, x>0 e y>0) 3) Logaritmo da potência: (a>0, a≠1, x>0 e m ∈ℜ) Caso particular: como , temos:

bxba ax log =⇔=

01log =a 1log =aa mama =log ba ba =log

cbcb aa =⇔= loglog

yxyx aaa loglog).(log +=

yxy

xaaa logloglog −=

xmx am

a log.log =

n

mn m xx =

xn

mxx a

n

m

an m

a log.loglog ==

:obtemos log igualdade Na bx a=

15 pois 01log 3)

164 pois 216log 2)

322 pois 532log 1)

:Exemplos

05

24

52

==

==

==

Page 18: Matematica Basica

18

Cologaritmo

Chamamos de cologaritmo de um número positivo b numa base a (a>0, a≠1) e indicamos cologa b o logaritmo inverso desse número b na base a (a>0, a≠1 e b>0)

Mudança de base

Em algumas situações podemos encontrar no cálculo vários logaritmos em bases diferentes. Como as propriedades logarítmicas só valem para logaritmos numa mesma base, é necessário fazer, antes, a conversão dos logaritmos de bases diferentes para uma única base conveniente. Essa conversão chama-se mudança de base. Para fazer a mudança de uma base a para uma outra base b usa-se:

bb aa

1logcolog =

:escrever tambémpodemos ,loglog0log1log1

log Como bbbb aaaaa −=−=−=

bb aa logcolog −=

a

xx

b

ba log

loglog =

Page 19: Matematica Basica

19

MATRIZES E DETERMINANTES

20128)2.(61.812

68 det

12

68

1d 12

2c 02

6b 24

8 210

10

22

22

410

10

22

22

410

10

22

11

25 2

: matriz a sencontramo ntePrimeirame

. de tedeterminan o calcule ,2 que tais e 10

22 ,

11

25

:matrizes as Dadas 1)

=+=−−=−

=

−=⇒

=→=−−=→=−−

=→−=−=→=−

−=

−−−−−

−=

−=

=−

=

−=

−=

X

X

d

c

b

aa

dc

ba

dc

ba

dc

ba

X

XBXAdc

baXBA

−==

⇒±=⇒

±=⇒±

=

=−−⇒=−−+−

=++−−+−+−⇒=−−−

=−−

2

6

2

84

2

644

2

1214164

0124n 12)2(

12)403()0)1(2( 12

0

1

1

n

4

2

0

114

312

:segunda da produtos dos soma pela diagonal,

primeira da produtos dos soma asubtrair e matriz, da direita à colunas primeiras duas ascopiar

em consiste que Sarrus, de regra autilizar podemos 3x3 matriz uma de tedeterminan oachar Para

.12

0

114

312

equação da solução a Encontre )2

22

n

nnn

).(-.-n

nnnnn

nnnnn

nn

n

nn

n

−−

=⇒

+−++−−+−

+−+=

−=

−=

84

127

35

2.4)3(01.45.0

2.3)3)(2(1.35).2(

2.0)3.(11.05.1

3x2. matriz uma será resultado O B. matriz da

coluna cadapor A matriz da linha cada de produto pelo obtido será resultado O 2x2. umapor

3x2 matriz uma ndomultiplica estamos onde matrizes, de çãomultiplica de questão uma é Essa

AB. calcule 21

35 e

40

32

01

Sendo 3)

ABAB

BA

Page 20: Matematica Basica

20

O CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS

−−

=

=−=

=+=+

−==

=+=+

=+=+=+=+

=

=

=

43

54 é de inversa matriz a Portanto,

4

5

143

0543

4

043

154

143

043

054

154

10

01.

43

54

.

:sejaou ,identidade matriz na resulta inversa sua pela damultiplica matriz uma que Sabemos

. matriz da inversa matriz a determine ,43

54 Sendo 4)

1

1

AA

d

b

db

dbc

a

ca

ca

db

ca

db

ca

dc

ba

IAA

AA

))sen(.).(cos( :trica trigonoméforma na oPotenciaçã

))sen(.).(cos( :trica trigonoméforma na Divisão

))sen(.).(cos(.. :trica trigonoméforma na çãoMultiplica

))sen(.).(cos( :polarou trica trigonoméForma

)sen( e )cos( :complexo número um de Argumento

:complexo número um de Módulo

.

. :complexos números dois de Divisão

:complexo número um de Conjugado

1

:saber deve vocêcomplexos números De

21212

1

2

1

21212121

22

22

21

2

1

2

θθ

θθθθ

θθθθθθ

θθ

ninzz

iz

z

z

z

izzzz

izz

z

b

z

a

baz

zz

zz

z

z

biazbiaz

i

nn +=

−+−=

+++=

+=

==

+=

=

−=⇔+=

−=

Page 21: Matematica Basica

21

Exercícios resolvidos

iiiii

iii

ii

i

ii

i

ii

i

i

i

i

i

i

i

i

i

i

i

ibia

iii

i

iii

i

i

i

i

i

i

5

7

5

1

5

71

5

215

5

21

5

21

2

2

)1(4

)1(2

)1(1

121

4

2

1

21

)2(

)2(.

)2()1(

)1(.

)1(

)1(

:rdenominado

do conjugado complexo número pelo termosseus mosmultiplica fração, cada Em

.21

1 expressão a forma na Coloque 2)

34

11

34

7

34

117

)9(25

31110

925

35610

)35(

)35(.

)35(

)2(

:rdenominado

do conjugado complexo número pelo fração da termosos ambos se-mMultiplica

.35

2 Calcule 1)

2

2

2

2

2

2

−=−=−+−=−+−=−+−=

=−−

−−−+−−−−=

−−−+

−+−=

−−−−

+−+

−−

+−

−+

+−+

+=+=−−

−+=−

+++=++

−+

−+

Page 22: Matematica Basica

22

360

2

3

4

32)sen(

2

1

4

2)cos(

416124)32(2 322 a)

:seguir a complexos números dos argumento o Obtenha 5)

2

265

2

265

2

2.

2

65

2

4225

4

8450

4

21781568

2

233)228(

:complexo número desse módulo o sencontramo Agora2

233228

2

256233

)1(2

)2).(5633(

2

)2).(15362048(

)2(

)2(.

)2(

)512)(34(

: forma na número o colocamos ntePrimeirame

.2

)512)(34( complexo número do módulo o Ache 4)

).(1. h) 1)1.(1. g)

.1. f) 1)1).(1(. e)

270

4

1

1080

1081

d) 1 77

4

2

308

310

c)

11

4

1

44

45

b) 1 23

4

0

92

92

a)

:Calcule 3)

0

22

2

222

2

2

34342424

4142244

110812310

145092

πθθ

θ

==

===

===

==+=+=→+=

=→==

===+=

−+−=+=

−−=−−=

=−−

−−=−

−+−−=−−−−

+

−−

−=−==−=−======−−===

=→→−=→→

=→→=→→

++

+

z

b

z

a

ziz

z

baz

ii

ii

i

iiii

i

i

i

ii

biai

ii

iiiiiiii

iiiiiiiii

iiiii

iiiii

nnnn

nnn

Page 23: Matematica Basica

23

+

=

++

+=

+++=

=

===

===

=

===

−=−==

===+=

+

=

==+−=+=

+

=+=

+

=

+=

=

===

===

==+=

=

==

===

===

==+=→=

3

4sen.

3

4cos.15.

3sen.

3cos.3.5.

))sen(.).(cos(..

3

2

3

32

33

)sen(

2

1

3

2/3)cos(

05

0)sen(

15

5)cos(

394

36

4

27

4

9

3sen3

3cos3

5250)5())sen(5())cos(5(

.. obtenha ,3

sen.3

cos.3 e ))sen(.)(cos(5 Dados 7)

2sen.

2cos.8

))sen(.).(cos(

:trica trigonoméforma a para Passando

2

18

8)sen(

08

0)cos(

86480

trica. trigonoméforma a para 8 complexo número o Passe 6)

290

14

4)sen(

04

0)cos(

41640 4 b)

21

21

21212121

2

22

22

1

11

11

22

2

22221

2121

22

0

22

ππ

ππππ

θθθθ

πθ

θ

θ

πθθ

θ

ππ

ππ

ππππ

ππ

θθ

πθθ

θ

πθθ

θ

izz

izz

izzzz

z

b

z

a

z

b

z

a

z

z

zziziz

iz

izz

z

b

z

a

z

iz

z

b

z

a

ziz

Page 24: Matematica Basica

24

POLINÔMIOS

• Definição Uma função polinomial ou simplesmente polinômio, é toda função definida pela

relação P(x)=anxn + an-1.x

n-1 + an-2.xn-2 + ... + a2x

2 + a1x + a0.

Onde: an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 são números reais chamados coeficientes. n ∈ IN x ∈ C (nos complexos) é a variável. GRAU DE UM POLINÔMIO: Grau de um polinômio é o expoente máximo que ele possui. Se o coeficiente an≠0,

então o expoente máximo n é dito grau do polinômio e indicamos gr(P)=n. Exemplos: a) P(x)=5 ou P(x)=5.x0 é um polinômio constante, ou seja, gr(P)=0. b) P(x)=3x+5 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P)=1. c) P(x)=4x5+7x4 é um polinômio do 5º grau, ou seja, gr(P)=5. Obs: Se P(x)=0, não se define o grau do polinômio.

• Valor numérico O valor numérico de um polinômio P(x) para x=a, é o número que se obtém

substituindo x por a e efetuando todas as operações indicadas pela relação que define o polinômio. Exemplo:

Se P(x)=x3+2x2+x-4, o valor numérico de P(x), para x=2, é: P(x)= x3+2x2+x-4 P(2)= 23+2.22+2-4 P(2)= 14 Observação: Se P(a)=0, o número a chamado raiz ou zero de P(x). Por exemplo, no polinômio P(x)=x2-3x+2 temos P(1)=0; logo, 1 é raiz ou zero desse

polinômio.

Page 25: Matematica Basica

25

Alguns exercícios resolvidos: 1º) Sabendo-se que –3 é raiz de P(x)=x3+4x2-ax+1, calcular o valor de a. Resolução: Se –3 é raiz de P(x), então P(-3)=0. P(-3)=0 => (-3)3+4(-3)2-a.(-3)+1 = 0 3a = -10 => a=-10/3 Resposta: a=-10/3 2º) Calcular m ∈ IR para que o polinômio P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja: a) do 3ºgrau b) do 2º grau c) do 1º grau Resposta: a) para o polinômio ser do 3º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser diferentes de

zero. Então: m2-1≠0 => m2≠1 => m≠1

m+1≠0 => m≠-1

Portanto, o polinômio é do 3º grau se m≠≠≠≠1 e m≠≠≠≠-1.

b) para o polinômio ser do 2º grau, o coeficiente de x3 deve ser igual a zero e o coeficiente de x2 diferente de zero. Então: m2-1=0 => m2=1 => m=±1 m+1≠0 => m≠-1 Portanto, o polinômio é do 2º grau se m=1.

c) para o polinômio ser do 1º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser iguais a zero. Então: m2-1=0 => m2=1 => m=±1 m+1=0 => m=-1 Portanto, o polinômio é do 1º grau se m=-1.

Page 26: Matematica Basica

26

3º) Num polinômio P(x), do 3º grau, o coeficiente de x3 é 1. Se P(1)=P(2)=0 e P(3)=30, calcule o valor de P(-1). Resolução: Temos o polinômio: P(x)=x3+ax2+bx+c. Precisamos encontrar os valores de a,b e c (coeficientes). Vamos utilizar os dados fornecidos pelo enunciado do problema: P(1)=0 => (1)3+a.(1)2+b(1)+c = 0 => 1+a+b+c=0 => a+b+c=-1 P(2)=0 => (2)3+a.(2)2+b(2)+c = 0 => 8+4a+2b+c=0 => 4a+2b+c=-8 P(3)=30 => (3)3+a.(3)2+b(3)+c = 30 => 27+9a+3b+c=30 => 9a+3b+c=3 Temos um sistema de três variáveis:

Resolvendo esse sistema encontramos as soluções: a=9, b=-34, c=24 Portanto o polinômio em questão é P(x)= x3+9x2-34x+24. O problema pede P(-1): P(-1)= (-1)3+9(-1)2-34(-1)+24 => P(-1)=-1+9+34+24 P(-1)= 66 Resposta: P(-1)= 66

=++=++

=++

3c3b9a

-8c2b4a

-1cba

Page 27: Matematica Basica

27

• Polinômios iguais Dizemos que dois polinômios A(x) e B(x) são iguais ou idênticos (e indicamos

A(x)≡B(x)) quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum atribuído à variável x. A condição para que dois polinômios sejam iguais ou idênticos é que os coeficientes dos termos correspondentes sejam iguais.

Exemplo: Calcular a,b e c, sabendo-se que x2-2x+1 ≡ a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1). Resolução: Eliminando os parênteses e somando os termos semelhantes do segundo

membro temos: x2-2x+1 ≡ ax2+ax+a+bx2+bx+cx+c 1x2-2x+1 ≡ (a+b)x2+(a+b+c)x+(a+c) Agora igualamos os coeficientes correspondentes:

Substituindo a 1ª equação na 2ª: 1+c = -2 => c=-3. Colocando esse valor de c na 3ª equação, temos: a-3=1 => a=4. Colocando esse valor de a na 1ª equação, temos: 4+b=1 => b=-3. Resposta: a=4, b=-3 e c=-3. Obs: um polinômio é dito identicamente nulo se tem todos os seus coeficientes

nulos.

=+−=++

=+

1

2

1

ca

cba

ba

Page 28: Matematica Basica

28

• Divisão de polinômios Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo. Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que

satisfaçam as duas condições abaixo: 1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x) 2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

Nessa divisão: P(x) é o dividendo. D(x) é o divisor. Q(x) é o quociente. R(x) é o resto da divisão. Obs: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível

por D(x) ou D(x) é divisor de P(x).

Exemplo: Determinar o quociente de P(x)=x4+x3-7x2+9x-1 por D(x)=x2+3x-2. Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

Verificamos que:

)( )(

)(D )(

xQxR

xxP

Se D(x) é divisor de P(x) ⇔ R(x)=0

434214342143421444 3444 21R(x)Q(x)

2

D(x)

2

P(x)

234 1)(2x 1)2x-(x 2)-3x(x 1-9x7x-xx ++++≡++

)( 12

23

15

462

1952

)( 12 23

23 197

2

2

23

23

2234

2234

xRx

xx

xx

xxx

xxx

xQxxxxx

xxxxxx

→++−−−+

−++

−+−−

→+−+−−

−+−+−+

Page 29: Matematica Basica

29

• Divisão de um polinômio por um binômio da forma ax+ b Vamos calcular o resto da divisão de P(x)=4x2-2x+3 por D(x)=2x-1. Utilizando o método da chave temos:

Logo: R(x)=3 A raiz do divisor é 2x-1=0 => x=1/2. Agora calculamos P(x) para x=1/2. P(1/2) = 4(1/4) – 2(1/2) + 3 P(1/2) = 3 Observe que R(x) = 3 = P(1/2) Portanto, mostramos que o resto da divisão de P(x) por D(x) é igual ao valor

numérico de P(x) para x=1/2, isto é, a raiz do divisor. • Teorema do resto Note que –b/a é a raiz do divisor. Exemplo: Calcule o resto da divisão de x2+5x-1 por x+1. Resolução: Achamos a raiz do divisor: x+1=0 => x=-1 Pelo teorema do resto sabemos que o resto é igual a P(-1): P(-1)=(-1)2+5.(-1)-1 => P(-1) = -5 = R(x) Resposta: R(x) = -5. • Teorema de D’Alembert

Exemplo: Determinar o valor de p, para que o polinômio P(x)=2x3+5x2-px+2 seja

divisível por x-2. Resolução: Se P(x) é divisível por x-2, então P(2)=0. P(2)=0 => 2.8+5.4-2p+2=0 => 16+20-2p+2=0 => p=19 Resposta: p=19.

3

2 24

12 324

2

2

xxx

xxx

+−

−+−

O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax+b é igual a P(-b/a).

Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio ax+b se P(-b/a)=0

Page 30: Matematica Basica

30

• Divisão de um polinômio pelo produto (x-a)(x-b) Vamos resolver o seguinte problema: calcular o resto da divisão do polinômio P(x)

pelo produto (x-a)(x-b), sabendo-se que os restos da divisão de P(x) por (x-a) e por (x-b) são, respectivamente, r 1 e r2.

Temos: a é a raiz do divisor x-a, portanto P(a)=r1 (eq. 1) b é a raiz do divisor x-b, portanto P(b)=r2 (eq. 2) E para o divisor (x-a)(x-b) temos P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + R(x) (eq. 3) O resto da divisão de P(x) por (x-a)(x-b) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do

2º grau; logo: R(x)=cx+d Da eq.3 vem: P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + cx + d Fazendo: x=a => P(a) = c(a)+d (eq. 4) x=b => P(b) = c(b)+d (eq. 5) Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

Resolvendo o sistema obtemos:

Observações: 1ª) Se P(x) for divisível por (x-a) e por (x-b), temos: P(a)= r1 =0 P(b)= r2 =0 Portanto, P(x) é divisível pelo produto (x-a)(x-b), pois:

0 00 )( 1221 =+=−−

+−−

=ba

ararx

ba

rrxR

=+=+

2

1

rdcb

rdca

baba

ararx

ba

rrxR

baba

arard

ba

rrc

≠−−

+−−

=

≠−−

=−−

=

com , )( :Logo

com , e

1221

1221

Page 31: Matematica Basica

31

2ª) Generalizando, temos: Se P(x) é divisível por n fatores distintos (x-a1), (x-a2),..., (x-an) então P(x) é

divisível pelo produto (x-a1)(x-a2)...(x-an). Exemplo: Um polinômio P(x) dividido por x dá resto 6 e dividido por (x-1) dá resto 8. Qual o

resto da divisão de P(x) por x(x-1)? Resolução: 0 é a raiz do divisor x, portanto P(0)=6 (eq. 1) 1 é a raiz do divisor x-1, portanto P(1)=8 (eq. 2) E para o divisor x(x-1) temos P(x)=x(x-1) Q(x) + R(x) (eq. 3) O resto da divisão de P(x) por x(x-1) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º

grau; logo: R(x)=ax+b Da eq.3 vem: P(x)=x(x-1) Q(x) + ax + b Fazendo: x=0 => P(0) = a(0)+b => P(0) = b (eq. 4) x=1 => P(1) = a(1)+b => P(1) = a+b (eq. 5) Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

Logo, b=6 e a=2. Agora achamos o resto: R(x) = ax+b = 2x+6 Resposta: R(x) = 2x+6.

=+=

8

6

ba

b

Page 32: Matematica Basica

32

• O dispositivo de Briot-Ruffini Serve para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax+b). Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x)=3x3-

5x2+x-2 por (x-2). Resolução:

Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de

grau 1. Resposta: Q(x)=3x2+x+3 e R(x)=4. Para a resolução desse problema seguimos os seguintes passos: 1º) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na

parte de cima da “cerquinha”. 2º) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo. 3º) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o

produto com o 2º coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste. 4º) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e

somamos o produto com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente.

5º) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à esquerda deste serão os coeficientes do quociente.

4342144444 344444 21

44444444 844444444 7648476

RESTOQ(x) QUOCIENTE DO ESCOEFICIENT

P(x) DE ESCOEFICIENTDIVISOR DO RAIZ

4 3 1 3

2)2.(3 1)2.(1 5)2.(3

2 1 5 3 2

−+−↓

−−

Page 33: Matematica Basica

33

• Decomposição de um polinômio em fatores Vamos analisar dois casos: 1º caso: O polinômio é do 2º grau.

De uma forma geral, o polinômio de 2º grau P(x)=ax2+bx+c que admite as raízes r 1 e r 2 pode ser decomposto em fatores do 1º grau, da seguinte forma:

Exemplos: 1) Fatorar o polinômio P(x)=x2-4.

Resolução: Fazendo x2-4=0, obtemos as raízes r 1=2 e r2=-2. Logo: x2-4 = (x-2)(x+2).

2) Fatorar o polinômio P(x)=x2-7x+10.

Resolução: Fazendo x2-7x+10=0, obtemos as raízes r1=5 e r2=2. Logo: x2-7x+10 = (x-5)(x-2).

2º caso: O polinômio é de grau maior ou igual a 3. Conhecendo uma das raízes de um polinômio de 3º grau, podemos decompô-lo

num produto de um polinômio do 1º grau por um polinômio do 2º grau e, se este tiver raízes, podemos em seguida decompô-lo também.

Exemplo: Decompor em fatores do 1º grau o polinômio 2x3-x2-x. Resolução:

2x3-x2-x = x.(2x2-x-1) � colocando x em evidência Fazendo x.(2x2-x-1) = 0 obtemos: x=0 ou 2x2-x-1=0. Uma das raízes já encontramos (x=0). As outras duas saem da equação: 2x2-x-1=0 => r 1=1 e r 2=-1/2. Portanto, o polinômio 2x3-x2-x, na forma fatorada é: 2.x.(x-1).(x+(1/2)). Generalizando, se o polinômio P(x)=anx

n+an-1xn-1+...+a1x+a0 admite n raízes r1, r2,..., rn,

podemos decompô-lo em fatores da seguinte forma: Observações:

1) Se duas, três ou mais raiz forem iguais, dizemos que são raízes duplas, triplas, etc.

2) Uma raiz r1 do polinômio P(x) é dita raiz dupla ou de multiplicidade 2 se P(x) é divisível por (x-r1)

2 e não por (x-r1)3.

ax2+bx+c = a(x-r1)(x-r 2)

anxn+an-1x

n-1+...+a1x+a0 = an(x-r 1)(x-r 2)...(x-rn)

Page 34: Matematica Basica

34

PRODUTOS NOTÁVEIS

É muito comum nas expressões algébrica o aparecimento de certos produtos. Para simplificar o trabalho nos cálculos será muito útil a aplicação dos produtos notáveis. Veja a tabela abaixo:

Produtos notáveis Exemplos (a+b)2 = a2+2ab+b2 (x+3)2 = x2+6x+9

(a-b)2 = a2-2ab+b2 (x-3)2 = x2-6x+9

(a+b)(a-b) = a2-b2 (x+3)(x-3) = x2-9

(x+a)(x+b) = x2+(a+b)x+ab (x+2)(x+3) = x2+5x+6

(a+b)3 = a3+3a2b+3ab2+b3 (x+2)3 = x3+6x2+12x+8

(a-b)3 = a3-3a2b+3ab2-b3 (x-2)3 = x3-6x2+12x-8

(a+b)(a2-ab+b2) = a3+b3 (x+2)(x2-2x+4) = x3+8

(a-b)(a2+ab+b2) = a3-b3 (x-2)(x2+2x+4) = x3-8 ALGUNS EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: 1) Desenvolva:

a) (3x+y)2 (3x+y)2 = (3x)2+2.3x.y+y2 = 9x2+6xy+y2 b) ((1/2)+x2)2 ((1/2)+x2)2 = (1/2)2+2.(1/2).x2+(x2)2 = (1/4) +x2+x4 c) ((2x/3)+4y3)2 ((2x/3)+4y3)2 = (2x/3)2-2.(2x/3).4y3+(4y3)2= (4/9)x2-(16/3)xy3+16y6 d) (2x+3y)3 (2x+3y)3 = (2x)3+3.(2x)2.3y+3.2x.(3y)2+(3y)3 = 8x3+36x2y+54xy2+27y3 e) (x4+(1/x2))3 (x4+(1/x2))3 = (x4)3+3.(x4)2.(1/x2)+3.x4.(1/x2)2+(1/x2)3 = x12+3x6+3+(1/x6) f) ((2x/3)+(4y/5)).((2x/3)-(4y/5)) ((2x/3)+(4y/5)).((2x/3)-(4y/5)) = (2x/3)2-(4y/5)2 = (4/9)x2-(16/25)y2

2) Efetue as multiplicações: a) (x-2)(x-3) (x-2)(x-3) = x2+((-2)+(-3))x+(-2).(-3) = x2-5x+6 b) (x+5)(x-4) (x+5)(x-4) = x2+(5+(-4))x+5.(-4) = x2+x-20

Page 35: Matematica Basica

35

3) Simplifique as expressões: a) (x+y)2–x2-y2

(x+y)2–x2-y2 = x2+2xy+y2–x2-y2 = 2xy b) (x+2)(x-7)+(x-5)(x+3) (x+2)(x-7)+(x-5)(x+3) = x2+(2+(-7))x+2.(-7) + x2+(-5+3)x+3.(-5) = x2-5x-14+ x2-2x-15 = 2x2-7x-29 c) (2x-y)2-4x(x-y) (2x-y)2-4x(x-y) = (2x)2-2.2x.y+y2-4x2+4xy = 4x2-4xy+y2-4x2+4xy = y2

Page 36: Matematica Basica

36

Progressões Aritméticas

Progressão aritmética é uma sequência numérica na qual, a partir do segundo, cada termo é igual à soma de seu antecessor com uma constante, denominada razão.

Logo abaixo temos alguns exercícios de progressões aritméticas resolvidos.

1) Dada a P.A. (-19,-15,-11,...) calcule o seu enésimo termo.

2) Interpole seis meios aritméticos entre –8 e 13.

rnaan ).1( :P.A. uma de geral termodo Fórmula 1 −+=

2

).(S :finita P.A. uma de termosde Soma 1 naa n

n

+=

234 4419 4).1(19 ).1(

:é geral termoo Logo,

.4 )19(15 :razão a sencontramo ntePrimeirame

1

12

−=⇒−+−=⇒−+−=⇒−+=

=⇒−−−=⇒−=

nananarnaa

rraar

nnnn

13 8- 10, 7, 4, 1, 2,- 5,- ,

:saritmético meios os interpolar basta razão, a Encontrada

3.r 7

21 217r

7831 7831 ).18(831 ).1(

:razão aencontrar devemos valores,os interpolar Para

P.A.). na termos8 existem Logo, 13. e 8- são que extremos, dois os entre

osinterpolad serão saritmético meios 6 (pois 8 ,13 ,8 :problema No

1

1

=⇒=⇒=

⇒=+⇒+−=⇒−+−=⇒−+=

==−=

r

rrrrnaa

naa

n

n

Page 37: Matematica Basica

37

3) Escreva uma P.A. de três termos, sabendo que a soma desses termos vale 12 e que a

soma de seus quadrados vale 80.

4) Calcule quantos números inteiros existem entre 13 e 247 que não são múltiplos de 3.

(8,4,0).ou (0,4,8) :Resposta

(8,4,0) :P.A

8a (-4)-4a r -4

:4 Para 1)

(0,4,8) :P.A

0a 4-4a r -4

:4 Para 1)

: termoprimeiro o sencontramo Agora

4r 16r 16r 322r 48802r 80248

80562432448

805)624()816(3

805)4(6)4(3

: temosequação segunda na doSubstituin

80563

4 3

312 1233

80442

1233

80)2()(

12)2()(

:acima sistema no ossubstituim Então .2 que e que Sabemos

80

12

111

111

2222

222

22

22

21

21

111

21

21

21

21

21

1

21

21

21

111

1312

23

22

21

321

=→=→=−=

=→=→==

±=→=→=→=→−=→=+

=+−++−=+−++−

=+−+−

=++

−=→−=→=+⇒

=++++++

=+⇒

=++++

=+++++=+=

=++

=++

a

r

a

r

r

rrrrr

rrrrr

rrrr

rraa

rar

ara

rraarraaa

ra

raraa

raraa

raaraa

aaa

aaa

3. de múltiplos são não 155 logo 3, de múltiplos são 78 números, 233 Dos

78n 3

234n 3-3n231 1)3-(n15246 ).1(

:múltiplos de número o é que , oachar Basta 247). do antes 3 de múltiplo último o é (pois 246 ,3

13) do depois 3 de múltiplo primeiro o é (pois 15

:3 de múltiplos de número ocalcular Para

múltiplos. NÃO de número o resultado como dará que o múltiplos, de número pelo (233) números de total

número osubtrair após logo e 3, de múltiplos SÃO números quantos nteprimeiramecalcular devemos nós

3, de múltiplos são NÃO números quantoscalcular Para números. 233 existem 247 e 13 Entre

1

1

=→=→=→+=→−+=

===

rnaa

nar

a

n

n

Page 38: Matematica Basica

38

5) Encontre o valor de x para que a sequência (2x, x+1, 3x) seja uma progressão aritmética.

6) Numa progressão aritmética em que a2+a7=a4+ak, o valor de k é:

7) Se Sn é a soma dos n primeiros termos da progressão aritmética (-90,-86,-82,...) então o menor valor de n para que se tenha Sn>0 é:

8) A soma dos n primeiros números pares positivos é 132. Encontre o valor de n.

3

2 23 112

112

2)1()1(3

:P.A. umaser Para 1223

=→=→+=+

−=−−+=+−

−=−

xxxx

xx

xxxx

aaaa

.4 pois 5,k Logo

4 372

372

)3()6()(

15

111

11

111

raa

raaarraa

arara

ararara

kk

k

k

+==+=→=−+−

++=+++=+++

47 4

188 44184

449094

4).1(9094

).1(

: termosde número oencontrar Basta

zero) quemaior ser deve a (pois 94

90

4

:dados seguintes os obtemos enunciado, Pelo

1

n

1

=→=→=+

−=+−+−=

−+=

=−=

=

nnn

n

n

rnaa

Sa

a

r

n

n

11 11

12

2

231

2

5291

2

132.1.411

0132 2

)22(132

2

).(

: temossoma da fórmula na doSubstituin

2 222 2).1(2 ).1(

132 ; 2 ; 2

21

1

1

=⇒

=−=

=±−=±−=+±−=

=−+→+=→+

=

=→−+=→−+=→−+====

nn

nn

nnnnnaa

S

nananarnaa

Sar

nn

nnnn

n

Page 39: Matematica Basica

39

PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS

Podemos definir progressão geométrica, ou simplesmente P.G., como uma sucessão de números reais obtida, com exceção do primeiro, multiplicando o número anterior por uma quantidade fixa q, chamada razão .

Podemos calcular a razão da progressão, caso ela não esteja suficientemente evidente, dividindo entre si dois termos consecutivos. Por exemplo, na sucessão (1, 2, 4, 8,...), q = 2.

Cálculos do termo geral

Numa progressão geométrica de razão q, os termos são obtidos, por definição, a partir do primeiro, da seguinte maneira:

a1 a2 a3 ... a20 ... an ... a1 a1xq a1xq2 ... a1xq19 a1xqn-1 ...

Assim, podemos deduzir a seguinte expressão do termo geral, também chamado enésimo termo, para qualquer progressão geométrica.

an = a1 x q n-1

Portanto, se por exemplo, a1 = 2 e q = 1/2, então:

an = 2 x (1/2)n-1

Se quisermos calcular o valor do termo para n = 5, substituindo-o na fórmula, obtemos:

a5 = 2 x (1/2)5-1 = 2 x (1/2)4 = 1/8

A semelhança entre as progressões aritméticas e as geométricas é aparentemente grande. Porém, encontramos a primeira diferença substancial no momento de sua definição. Enquanto as progressões aritméticas formam-se somando-se uma mesma quantidade de forma repetida, nas progressões geométricas os termos são gerados pela multiplicação, também repetida, por um mesmo número. As diferenças não param aí.

Observe que, quando uma progressão aritmética tem a razão positiva, isto é, r > 0, cada termo seu é maior que o anterior. Portanto, trata-se de uma progressão crescente. Ao contrário, se tivermos uma progressão aritmética com razão negativa, r < 0, seu comportamento será decrescente. Observe, também, a rapidez com que a progressão cresce ou diminui. Isto é conseqüência direta do valor absoluto da razão, |r| . Assim, quanto maior for r, em valor absoluto, maior será a velocidade de crescimento e vice-versa.

Soma dos n primeiros termos de uma PG

Seja a PG (a1, a2, a3, a4, ... , an , ...) .

Para o cálculo da soma dos n primeiros termos Sn, Vamos considerar o que segue:

Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + ... + an-1 + an Multiplicando ambos os membros pela razão q vem:

Sn.q = a1 . q + a2 .q + .... + an-1 . q + an .q Conforme a definição de PG, podemos reescrever a expressão como:

Sn . q = a2 + a3 + ... + an + an . q

Page 40: Matematica Basica

40

Observe que a2 + a3 + ... + an é igual a Sn - a1 . Logo, substituindo, vem:

Sn . q = Sn - a1 + an . q Daí, simplificando convenientemente, chegaremos à seguinte fórmula da soma:

Se substituirmos an = a1 . qn-1 , obteremos uma nova apresentação para a fórmula da soma, ou seja:

Exemplo:

Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...) Temos:

Observe que neste caso a1 = 1.

• Soma dos termos de uma PG decrescente e ilimitada

Considere uma PG ILIMITADA ( infinitos termos) e decrescente. Nestas condições, podemos considerar que no limite teremos an = 0. Substituindo na fórmula anterior, encontraremos:

Exemplo: Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100 O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na fórmula, vem:

Dessa equação encontramos como resposta x = 50.

Page 41: Matematica Basica

41

IDENTIDADES TRIGONOMÉTRICAS

Fórmulas da Adição

1)(cos)(sen 5)

todopara válidaRelação )sen(

1)(cos 4)

2 todopara válidaRelação

)cos(

1)sec( 3)

todopara válidaRelação )sen(

)cos()(cot 2)

2 todopara válidaRelação

)cos(

)sen()( 1)

22 =+

≠=

+≠=

≠=

+≠=

xx

kxx

xec

kxx

x

kxx

xxg

kxx

xxtg

π

ππ

π

ππ

quadrante. primeiro ao pertence

soma cuja positivos, arcos para as verdadeirsão acima fórmulas As

2)(p/

2bp/

2p/

)().(1

)()()( 11)

2)(p/

2bp/

2p/

)().(1

)()()( 10)

)sen().sen()cos().cos()cos( 9)

)sen().sen()cos().cos()cos( 8)

)cos().sen()cos().sen()sen( 7)

)cos().sen()cos().sen()sen( 6)

+≠−

+≠

+≠

+−=−

+≠+

+≠

+≠

−+=+

+=−−=+−=−+=+

ππππππ

ππππππ

kba

k

ka

btgatg

btgatgbatg

kba

k

ka

btgatg

btgatgbatg

bababa

bababa

abbaba

abbaba

Page 42: Matematica Basica

42

Fórmulas da Multiplicação

Fórmulas da Transformação em Produto

)(1

)(.2)2( 14)

)(sen)(cos)2cos( 13)

)cos().sen(.2)2sen( 12)

2

22

xtg

xtgxtg

xxx

xxx

−=

−=

=

+−=−

+=+

+

−=

+=+

2sen.

2sen.2)cos()cos( 18)

2cos.

2cos.2)cos()cos( 17)

2cos.

2sen.2sen(y)-sen(x) 16)

2cos.

2sen.2)sen()sen( 15)

yxyxyx

yxyxyx

yxyx

yxyxyx

Page 43: Matematica Basica

43

FUNÇÃO DE 1º GRAU

Definição

Chama-se função polinomial do 1º grau , ou função afim , a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.

Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo constante.

Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3 f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7 f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Gráfico

O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox e Oy.

Exemplo:

Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1: Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:

a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).

b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é .

Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.

x y

0 -1

0

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta. O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante, a está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo Oy.

Page 44: Matematica Basica

44

Zero e Equação do 1º Grau Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número real x tal que f(x) = 0.

Temos:

f(x) = 0 ax + b = 0

Vejamos alguns exemplos:

1. Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5:

f(x) = 0 2x - 5 = 0

2. Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6: g(x) = 0 3x + 6 = 0 x = -2

3. Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abicissas: O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então: h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x = 5

Crescimento e decrescimento Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o que ocorre com y:

x -3 -2 -1 0 1 2 3

y -10 -7 -4 -1 2 5 8

Notemos que, quando aumentos o valor de x, os correspondentes valores de y também aumentam. Dizemos, então que a função y = 3x - 1 é crescente.

Page 45: Matematica Basica

45

Observamos novamente seu gráfico:

Regra geral:

a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0); a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);

Justificativa:

• para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2). • para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).

Sinal

Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo. Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se

anula pra raiz . Há dois casos possíveis:

1º) a > 0 (a função é crescente)

y > 0 ax + b > 0 x >

y < 0 ax + b < 0 x <

Conclusão: y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores de x menores que a raiz

Page 46: Matematica Basica

46

2º) a < 0 (a função é decrescente)

y > 0 ax + b > 0 x <

y < 0 ax + b < 0 x >

Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x maiores que a raiz.

Page 47: Matematica Basica

47

FUNÇÃO QUADRÁTICA

Definição

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax 2 + bx + c , onde a, b e c são números reais e a 0. Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:

1. f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1 2. f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1 3. f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5 4. f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0 5. f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0

Gráfico

O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada parábola .

Exemplo:

Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x: Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida, ligamos os pontos assim obtidos.

x y

-3 6

-2 2

-1 0

0 0

1 2

2 6

Observação:

Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:

• se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima ;

• se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo ;

Page 48: Matematica Basica

48

Zero e Equação do 2º Grau

Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c , a 0, os números reais x tais que f(x) = 0.

Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara:

Temos:

Observação

A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o

radicando , chamado discriminante, a saber:

• quando é positivo, há duas raízes reais e distintas;

• quando é zero, há só uma raiz real;

• quando é negativo, não há raiz real.

Page 49: Matematica Basica

49

Função Quadrática

Coordenadas do vértice da parábola

Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são . Veja os gráficos:

Page 50: Matematica Basica

50

Imagem

O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a 0, é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades:

1ª - quando a > 0,

a > 0

2ª quando a < 0,

a < 0

Page 51: Matematica Basica

51

Construção da Parábola

É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares

(x, y), mas seguindo apenas o roteiro de observação seguinte:

1. O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;

2. Os zeros definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;

3. O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);

4. A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;

5. Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos y.

Sinal

Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos. Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:

1º - > 0 Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:

quando a > 0

y > 0 (x < x1 ou x > x2) y < 0 x1 < x < x2

quando a < 0

y > 0 x1 < x < x2 y < 0 (x < x1 ou x > x2)

Page 52: Matematica Basica

52

2º - = 0

quando a > 0

quando a < 0

3º - < 0

quando a > 0

quando a < 0

Page 53: Matematica Basica

53

EQUAÇÕES EXPONENCIAIS Chamamos de equações exponenciais toda equação na qual a incógnita aparece em expoente. Exemplos de equações exponenciais: 1) 3x =81 (a solução é x=4) 2) 2x-5=16 (a solução é x=9) 3) 16x-42x-1-10=22x-1 (a solução é x=1) 4) 32x-1-3x-3x-1+1=0 (as soluções são x’=0 e x’’=1)

Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base; 2º) aplicação da propriedade:

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: 1) 3x=81 Resolução: Como 81=34, podemos escrever 3x = 34 E daí, x=4. 2) 9x = 1 Resolução: 9x = 1 ⇒ 9x = 90 ; logo x=0.

5) 23x-1 = 322x Resolução: 23x-1 = 322x ⇒ 23x-1 = (25)2x ⇒ 23x-1 = 210x ; daí 3x-1=10, de onde x=-1/7.

)0 e 1( >≠=⇒= aanmaa nm

4

3 logo ; 33 33 273 :Resolução

273 )4

.4 então ; 4

3

4

3

4

3

4

3

256

81

4

3 :Resolução

256

81

4

3 )3

4

34 34

4

4

4

4

==⇒=⇒=

=

=

=

⇒=

⇒=

=

x

x

xxx

x

xxx

x

Page 54: Matematica Basica

54

6) Resolva a equação 32x–6.3x–27=0. Resolução: vamos resolver esta equação através de uma transformação: 32x–6.3x–27=0 ⇒ (3x)2-6.3x–27=0 Fazendo 3x=y, obtemos: y2-6y–27=0 ; aplicando Bhaskara encontramos ⇒ y’=-3 e y’’=9 Para achar o x, devemos voltar os valores para a equação auxiliar 3x=y: y’=-3 ⇒ 3x’ = -3 ⇒ não existe x’, pois potência de base positiva é positiva y’’=9 ⇒ 3x’’ = 9 ⇒ 3x’’ = 32 ⇒ x’’=2 Portanto a solução é x=2

FUNÇÃO EXPONENCIAL Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável aparecendo em expoente. A função f:IR�IR+ definida por f(x)=ax, com a ∈ IR+ e a≠1, é chamada função exponencial de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que zero).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL

Temos 2 casos a considerar: � quando a>1; � quando 0<a<1. Acompanhe os exemplos seguintes: 1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1)

Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2 y 1/4 1/2 1 2 4

Page 55: Matematica Basica

55

2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)

Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2 y 4 2 1 1/2 1/4

Nos dois exemplos, podemos observar que a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes; b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1); c) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é positiva),

portanto o conjunto imagem é Im=IR+.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR+ Para quaisquer x1 e x2 do domínio:

x2>x1 ⇒ y2>y1 (as desigualdades têm mesmo sentido)

f(x) é decrescente e Im=IR+ Para quaisquer x1 e x2 do domínio:

x2>x1 ⇒ y2<y1 (as desigualdades têm sentidos diferentes)

Page 56: Matematica Basica

56

INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Chamamos de inequações exponenciais toda inequação na qual a incógnita aparece em expoente. Exemplos de inequações exponenciais:

Para resolver inequações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base; 2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1

am > an ⇒ m>n (as desigualdades têm mesmo sentido)

am > an ⇒ m<n (as desigualdades têm sentidos

diferentes) EXERCÍCIO RESOLVIDO:

)32 para satisfeita é (que 03125150.5-25 4)

-3) xpara satisfeita é (que 5

4

5

4 3)

real) x todopara satisfeita é (que 22 2)

)4 é solução (a 813 1)

x

3

12-2x 2

<<<+

>>

x

x

x

x

x

x

negativos) (reais IRS Portanto

0 44

:obtemos 1, quemaior é (4) base a Como

.44 14 Porém,

14 daí, e 114.11 114).1641(

:sejaou , 114.164.44

: temos4por lados os ambos ndoMultiplica

.4

114.44

4

4 escritaser pode inequaçãoA

:Resolução4

11444 )1

-

0

0

11

=

<⇒<

<⇒<

<−>⇒−>−+

−>−+

−>−+

−>−+ +−

x

-

x

xx

xxx

xxx

xxx

xxx

Page 57: Matematica Basica

57

FUNÇÃO LOGARÍTMICA A função f:IR+

�IR definida por f(x)=logax, com a≠1 e a>0, é chamada função logarítmica de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos, maiores que zero) e o contradomínio é IR (reais).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Temos 2 casos a considerar: � quando a>1; � quando 0<a<1. Acompanhe nos exemplos seguintes, a construção do gráfico em cada caso: 3) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a>1)

Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4 y -2 -1 0 1 2

Page 58: Matematica Basica

58

4) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)

Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a tabela e o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4 y 2 1 0 -1 -2

Nos dois exemplos, podemos observar que d) o gráfico nunca intercepta o eixo vertical; e) o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função é x=1; f) y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR Para quaisquer x1 e x2 do domínio:

x2>x1 ⇒ y2>y1 (as desigualdades têm mesmo sentido)

f(x) é decrescente e Im=IR Para quaisquer x1 e x2 do domínio:

x2>x1 ⇒ y2<y1 (as desigualdades têm sentidos diferentes)

Page 59: Matematica Basica

59

EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Chamamos de equações logarítmicas toda equação que envolve logaritmos com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos. Exemplos de equações logarítmicas: 7) log3x

=5 (a solução é x=243) 8) log(x2-1) = log 3 (as soluções são x’=-2 e x’’=2) 9) log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solução é x=4) 10) logx+1(x

2-x)=2 (a solução é x=-1/3) Alguns exemplos resolvidos: 1) log3(x+5) = 2

Resolução: condição de existência: x+5>0 => x>-5 log3(x+5) = 2 => x+5 = 32 => x=9-5 => x=4 Como x=4 satisfaz a condição de existência, então o conjunto solução é

S={4}. 2) log2(log4 x) = 1

Resolução: condição de existência: x>0 e log4x>0 log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x => x=16 Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução

é S={16}. 3) Resolva o sistema:

Resolução: condições de existência: x>0 e y>0 Da primeira equação temos: log x+log y=7 => log y = 7-log x Substituindo log y na segunda equação temos: 3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 => 5.log x = 15 => => log x =3 => x=103 Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos: log y = 7- log 103 => log y = 7-3 => log y =4 => y=104. Como essas raízes satisfazem as condições de existência, então o conjunto solução é S={(103;104)}.

=−=+

1log.2log.3

7loglog

yx

yx

Page 60: Matematica Basica

60

INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS Chamamos de inequações logarítmicas toda inequação que envolve logaritmos com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos. Exemplos de inequações logarítmicas:

1) log2x > 0 (a solução é x>1) 2) log4(x+3) ≤ 1 (a solução é –3<x≤1) Para resolver inequações logarítmicas, devemos realizar dois passos importantes: 1º) redução dos dois membros da inequação a logaritmos de mesma base; 2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1

logam > logan ⇒ m>n>0 (as desigualdades têm mesmo sentido)

logam > logan ⇒ 0<m<n (as desigualdades têm sentidos

diferentes) EXERCÍCIOS RESOLVIDOS: 1) log2(x+2) > log28

Resolução: Condições de existência: x+2>0, ou seja, x>-2 (S1) Como a base (2) é maior que 1, temos: x+2>8 e, daí, x>6 (S2) O conjunto solução é S= S1 ∩ S2 = {x ∈ IR| x>6}. Portanto a solução final é a intersecção de S1 e S2, como está representado logo

abaixo no desenho:

2) log2(log3x) ≥ 0

Resolução: Condições de existência: x>0 e log3x>0 Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim: log2(log3x) ≥ log21 Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x ≥ 1. Como log33 = 1, então, log3x ≥ log33 e, daí, x ≥ 3, porque a base (3) é maior que 1. As condições de existência estão satisfeitas, portanto S={x ∈ IR| x ≥ 3}.

Page 61: Matematica Basica

61

FUNÇÃO MODULAR

• Módulo (ou valor absoluto) de um número

O módulo (ou valor absoluto) de um número real x, que se indica por | x | é definido da seguinte maneira:

Então: � se x é positivo ou zero, | x | é igual ao próprio x. Exemplos: | 2 | = 2 ; | 1/2 | = | 1/2 | ; | 15 | = 15 � se x é negativo, | x | é igual a -x. Exemplos: | -2 | = -(-2) = 2 ; | -20 | = -(-20) = 20 O módulo de um número real é sempre positivo ou nulo. O módulo de um número real nunca é

negativo. Representando geometricamente, o módulo de um número real x é igual a distância do ponto que

representa, na reta real, o número x ao ponto 0 de origem. Assim: • Se | x | < a (com a>0) significa que a distância entre x e a origem é menor que a, isto é, x deve

estar entre –a e a, ou seja, | x | < a ⇔ -a < x < a.

• Se | x | > a (com a>0) significa que a distância entre x e a origem é maior que a, isto é, deve

estar à direita de a ou à esquerda de –a na reta real, ou seja: | x | > a ⇔ x > a ou x < -a.

• Equações modulares

Toda a equação que contiver a incógnita em um módulo num dos membros será chamada equação modular.

Exemplos: a) | x2-5x | = 1 b) | x+8 | = | x2-3 |

<−≥

=0 se ,

0 se ,

xx

xxx

Page 62: Matematica Basica

62

ALGUMAS EQUAÇÕES MODULARES RESOLVIDAS: 1) Resolver a equação | x2-5x | = 6.

Resolução: Temos que analisar dois casos: caso 1: x2-5x = 6 caso 2: x2-5x = -6

Resolvendo o caso 1: x2-5x-6 = 0 => x’=6 e x’’=-1 . Resolvendo o caso 2: x2-5x+6 = 0 => x’=3 e x’’=2 .

Resposta: S={-1,2,3,6}

2) Resolver a equação | x-6 | = | 3-2x |.

Resolução: Temos que analisar dois casos: caso 1: x-6 = 3-2x caso 2: x-6 = -(3-2x) Resolvendo o caso 1: x-6 = 3-2x => x+2x = 3+6 => 3x=9 => x=3 Resolvendo o caso 2: x-6 = -(3-2x) => x-2x = -3+6 => -x=3 => x=-3

Resposta: S={-3,3}

• Inequações modulares

Chamamos de inequações modulares as inequações nos quais aparecem módulos de expressões que contém a incógnita.

Algumas inequações modulares resolvidas: 1) Resolver a inequação | -2x+6 | < 2.

Resolução:

S = {x ∈ IR | 2<x<4}

><

><

<−+<

<+−+−<−

⇒<+−<−⇒<+

2

4

42

82

42

262

262

622 2622 2 | 62x- |

x

x

x

x

x

x

x

xx

Page 63: Matematica Basica

63

2) Dê o conjunto solução da inequação |x2-2x+3| ≤ 4.

Resolução: |x2-2x+3| ≤ 4 => -4 ≤ x2-2x+3 ≤ 4. Então temos duais inequações (que devem ser satisfeitas ao mesmo tempo): Eq.1: -4 ≤ x2-2x+3 Eq.2: x2-2x+3 ≤ 4 Resolvendo a Eq.1: -4 ≤ x2-2x+3 => -4-3 ≤ x2-2x => -7 ≤ x2-2x => x2-2x+7 ≥ 0 => sem raízes reais Resolvendo a Eq.2: x2-2x+3 ≤ 4 => x2-2x-1 ≤ 0

• Módulo e raiz quadrada

Consideremos os números reais x e y. Temos por definição, que

se e somente se, y2 = x e y≥0. Daí podemos concluir que

só é verdadeiro se x≥0. Se tivermos x<0, não podemos afirmar que

pois isso contradiz a definição. Por exemplo, se x=-3, teríamos:

o que é um absurdo, pois o primeiro membro é positivo e o segundo negativo. Usando a definição de módulo, podemos escrever:

o que é verdadeiro para todo x real. Devemos proceder da mesma forma em relação a todas raízes de índice par:

Com relação às raízes de índice ímpar, podemos escrever:

}2121|{

21''

21' raízes as sencontramo Bhaskara Aplicando

+≤≤−∈=

+=

−=

xIRxS

x

x

yx =

xx =2

xx =2

3)3( 2 −=−

||2 xx =

*IN n e IR x com |,| |,| |,| 2 26 64 4 ∈∈=== xxxxxx n n

IN n e IR x com , , , 12 125 53 3 ∈∈=== + + xxxxxx n n

Page 64: Matematica Basica

64

• Função modular

Chamamos de função modular a função f(x)=|x| definida por:

Observe, então, que a função modular é uma função definida por duas sentenças. � Determinação do domínio Vamos determinar o domínio de algumas funções utilizando inequações modulares: Exemplo 1: Determinar o domínio da função

Resolução:

Exemplo 2: Determinar o domínio da função

Resolução:

� Gráfico

Vamos construir o gráfico da função f(x)=|x|:

x y=f(x) -1 1 -2 2 0 0 1 1 2 2

<−≥

=0 se ,

0 se ,)(

xx

xxxf

3||

1)(

−=

xxf

}3ou 3|{ :Resposta

3ou 3 3|| 03|| :Então

.03|| se IR em possível é só 3||

1 que Sabemos

−≠≠∈=−≠≠⇒≠⇒≠−

≠−−

xxIRxD

xxxx

xx

|1|2)( −−= xxf

}31|{ :Resposta

31 1212 212

212 2|1| 2|1| 0|1|2 :Então

.0|1|2 se IR em possível é só |1|2 que Sabemos

≤≤−∈=≤≤−⇒+≤≤+−⇒≤−≤−

≤−≤−⇒≤−⇒−≥−−⇒≥−−≥−−−−

xIRxD

xxx

xxxx

xx

Page 65: Matematica Basica

65

CONJUNTOS NUMÉRICOS

• Conjunto dos números naturais ( IN )

Um subconjunto importante de IN é o conjunto IN*: IN*={1, 2, 3, 4, 5,...} � o zero foi excluído do conjunto IN . Podemos considerar o conjunto dos números naturais ordenados sobre uma reta,

como mostra o gráfico abaixo:

• Conjunto dos números inteiros (Z)

O conjunto IN é subconjunto de Z. Temos também outros subconjuntos de Z: Z* = Z-{0} Z+ = conjunto dos inteiros não negativos = {0,1,2,3,4,5,...} Z_ = conjunto dos inteiros não positivos = {0,-1,-2,-3,-4,-5,...} Observe que Z+=IN . Podemos considerar os números inteiros ordenados sobre uma reta, conforme mostra

o gráfico abaixo:

IN={0, 1, 2, 3, 4, 5,...}

Z={..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}

Page 66: Matematica Basica

66

b

a

• Conjunto dos números racionais (Q)

Os números racionais são todos aqueles que podem ser colocados na forma de fração (com o numerador e denominador ∈ Z). Ou seja, o conjunto dos números racionais é a união do conjunto dos números inteiros com as frações positivas e negativas.

Exemplos:

Assim, podemos escrever:

É interessante considerar a representação decimal de um número racional , que se obtém dividindo a por b. Exemplos referentes às decimais exatas ou finitas:

Exemplos referentes às decimais periódicas ou infinitas:

Toda decimal exata ou periódica pode ser representada na forma de número

racional.

racionais. números são exemplo,por ,2

3 ,1 ,

5

3 ,1 ,

4

52 :Então −−, -

}0 e , com , |{ ≠∈∈== bZbZab

axxQ

3

3

2

2

1

11 )

3

9

2

6

1

33)

===

−=−=−=−

b

a

75,320

75 25,1

4

5 5,0

2

1 =−=−=

...1666,16

7 ...428571428571,0

7

6 ...333,0

3

1 ===

Page 67: Matematica Basica

67

• Conjunto dos números irracionais

Os números irracionais são decimais infinitas não periódicas, ou seja, os números que não podem ser escrito na forma de fração (divisão de dois inteiros). Como exemplo de números irracionais, temos a raiz quadrada de 2 e a raiz quadrada de 3:

Um número irracional bastante conhecido é o número π=3,1415926535... • Conjunto dos números reais ( IR )

Dados os conjuntos dos números racionais (Q) e dos irracionais, definimos o conjunto dos números reais como:

O diagrama abaixo mostra a relação entre os conjuntos numéricos:

Portanto, os números naturais, inteiros, racionais e irracionais são todos números reais. Como subconjuntos importantes de IR temos: IR* = IR-{0} IR+ = conjunto dos números reais não negativos

IR_ = conjunto dos números reais não positivos Obs: entre dois números inteiros existem infinitos números reais. Por exemplo: • Entre os números 1 e 2 existem infinitos números reais:

1,01 ; 1,001 ; 1,0001 ; 1,1 ; 1,2 ; 1,5 ; 1,99 ; 1,999 ; 1,9999 ...

• Entre os números 5 e 6 existem infinitos números reais: 5,01 ; 5,02 ; 5,05 ; 5,1 ; 5,2 ; 5,5 ; 5,99 ; 5,999 ; 5,9999 ...

...7320508,13

...4142135,12

=

=

IR=Q ∪∪∪∪ {irracionais} = {x|x é racional ou x é irracional}

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Binômio de Newton

Introdução

Pelos produtos notáveis, sabemos que (a+b)² = a² + 2ab + b². Se quisermos calcular (a + b)³, podemos escrever:

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab 2 + b3

Se quisermos calcular , podemos adotar o mesmo procedimento:

(a + b)4 = (a + b)3 (a+b) = (a3 + 3a2b + 3ab 2 + b3) (a+b)

= a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4

De modo análogo, podemos calcular as quintas e sextas potências e, de modo geral, obter o

desenvolvimento da potência a partir da anterior, ou seja, de . Porém quando o valor de n é grande, este processo gradativo de cálculo é muito trabalhoso. Existe um método para desenvolver a enésima potência de um binômio, conhecido como binômio de Newton (Isaac Newton, matemático e físico inglês, 1642 - 1727). Para esse método é necessário saber o que são coeficientes binomiais, algumas de suas propriedades e o triângulo de Pascal.

Coeficientes Binomiais

Sendo n e p dois números naturais , chamamos de coeficiente binomial de classe p, do número n,

o número , que indicamos por (lê-se: n sobre p). Podemos escrever:

O coeficiente binomial também é chamado de número binomial . Por analogia com as frações, dizemos que n é o seu numerador e p, o denominador . Podemos escrever:

É também imediato que, para qualquer n natural, temos:

Exemplos:

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Propriedades dos coeficientes binomiais

1ª)

Se n, p, k e p + k = n então

Coeficientes binomiais como esses, que tem o mesmo numerador e a soma dos denominadores igual ao numerador, são chamados complementares .

Exemplos:

2ª) Se n, p, k e p p-1 0 então

Essa igualdade é conhecida como relação de Stifel (Michael Stifel, matemático alemão, 1487 - 1567).

Exemplos:

Triângulo de Pascal

A disposição ordenada dos números binomiais, como na tabela ao lado, recebe o nome de Triângulo de Pascal

Nesta tabela triangular, os números binomiais com o mesmo numerador são escritos na mesma linha e os de mesmo denominador, na mesma coluna.

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Por exemplo, os números binomiais , , e estão na linha 3 e os números binomiais , , ,

, ..., , ... estão na coluna 1.

Substituindo cada número binomial pelo seu respectivo valor, temos:

Construção do triângulo de Pascal

Para construir o triângulo do Pascal, basta lembrar as seguintes propriedades dos números binomiais, não sendo necessário calculá-los:

1ª) Como = 1, todos os elementos da coluna 0 são iguais a 1.

2ª) Como = 1, o último elemento de cada linha é igual a 1.

3ª) Cada elemento do triângulo que não seja da coluna 0 nem o último de cada linha é igual à soma daquele que está na mesma coluna e linha anterior com o elemento que se situa à esquerda deste último (relação de Stifel).

Observe os passos e aplicação da relação de Stifel para a construção do triângulo:

Propriedade do triângulo de Pascal

P1 Em Qualquer linha, dois números binomiais eqüidistantes dos extremos são iguais.

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De fato, esses binomiais são complementares .

P2 Teorema das linhas: A soma dos elementos da enésima linha é .

De modo geral temos:

P3 Teorema das colunas: A soma dos elementos de qualquer coluna, do 1º elemento até um qualquer, é igual ao elemento situado na coluna à direita da considerada e na linha imediatamente abaixo.

1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21

1 + 4 + 10 + 20 = 35

P4 Teorema das diagonais: A soma dos elementos situados na mesma diagonal desde o elemento da 1ª coluna até o de uma qualquer é igual ao elemento imediatamente abaixo deste.

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1 + 3 + 6 + 10 + 15 = 35

Fórmula do desenvolvimento do binômio de Newton

Como vimos, a potência da forma , em que a, , é chamada binômio de Newton. Além disso:

• quando n = 0 temos

• quando n = 1 temos

• quando n = 2 temos

• quando n = 3 temos

• quando n = 4 temos

Observe que os coeficientes dos desenvolvimentos foram o triângulo de Pascal. Então, podemos escrever também:

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De modo geral, quando o expoente é n, podemos escrever a fórmula do desenvolvimento do binômio de Newton:

Note que os expoentes de a vão diminuindo de unidade em unidade, variando de n até 0, e os expoentes de b vão aumentando de unidade em unidade, variando de 0 até n. O desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos.

Fórmula do termo geral do binômio

Observando os termos do desenvolvimento de (a + b)n, notamos que cada um deles é da

forma .

• Quando p = 0 temos o 1º termo:

• Quando p = 1 temos o 2º termo:

• Quando p = 2 temos o 3º termo:

• Quando p = 3 temos o 4º termo:

• Quando p = 4 temos o 5º termo: ..............................................................................

Percebemos, então, que um termo qualquer T de ordem p + 1pode ser expresso por:

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Sistemas Lineares

Equação linear

Equação linear é toda equação da forma:

a1x1 + a2x2+ a3x3 + ... + anxn = b

em que a1, a2, a3, ... , an são números reais, que recebem o nome de coeficientes das incógnitas

x1, x2,x3, ... , xn, e b é um número real chamado termo independente ( quando b=0, a equação recebe o nome de linear homogênea).

Veja alguns exemplos de equações lineares:

• 3x - 2y + 4z = 7 • -2x + 4z = 3t - y + 4

• (homogênea)

As equações a seguir não são lineares:

• xy - 3z + t = 8 • x2- 4y = 3t - 4 •

Sistema linear

Um conjunto de equações lineares da forma:

é um sistema linear de m equações e n incógnitas.

A solução de um sistema linear é a n-upla de números reais ordenados (r1, r2, r3,..., rn) que é, simultaneamente, solução de todas as equações do sistema.

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Sistemas Lineares

Matrizes associadas a um sistema linear

A um sistema linear podemos associar as seguintes matrizes:

• matriz incompleta: a matriz A formada pelos coeficientes das incógnitas do sistema.

Em relação ao sistema:

a matriz incompleta é:

• matriz completa: matriz B que se obtém acrescentando à matriz incompleta uma última coluna formada pelos termos independentes das equações do sitema.

Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa é:

Sistemas homogêneos

Um sistema é homogêneo quando todos os termos independentes da equações são nulos:

Veja um exemplo:

A n-upla (0, 0, 0,...,0) é sempre solução de um sistema homogêneo com n incógnitas e recebe o nome de solução trivial. Quando existem, as demais soluções são chamadas não-triviais.

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Classificação de um sistema quanto ao número de sol uções

Resolvendo o sistema , encontramos uma única solução: o par ordenado (3,5). Assim, dizemos que o sistema é possível (tem solução) e determinado (solução única).

No caso do sistema , verificamos que os pares ordenados (0,8), (1,7),(2,6),(3,5),(4,4),(5,3),...são algumas de suas infinitas soluções. Por isso, dizemos que o sistema é possível (tem solução) e indeterminado (infinitas soluções).

Para , verificamos que nenhum par ordenado satisfaz simultaneamente as equações. Portanto, o sistema é impossível (não tem solução).

Resumindo, um sistema linear pode ser:

a) possível e determinado (solução única); b) possível e indeterminado (infinitas soluções); c) impossível (não tem solução).

Sistema normal

Um sistema é normal quando tem o mesmo número de equações (m) e de incógnitas (n) e o determinante da matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero.

Se m=n e det A 0, então o sistema é normal.

Regra de Cramer

Todo sistema normal tem uma única solução dada por:

em que i { 1,2,3,...,n}, D= det A é o determinante da matriz incompleta associada ao sistema, e Dxi é o determinante obtido pela substituição, na matriz incompleta, da coluna i pela coluna formada pelos termos independentes.

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Discussão de um sistema linear

Se um sistema linear tem n equações e n incógnitas, ele pode ser:

a) possível e determinado, se D=det A 0; caso em que a solução é única.

Exemplo:

m=n=3

Então, o sistema é possível e determinado, tendo solução única.

b) possível e indeterminado, se D= Dx1 = Dx2 = Dx3 = ... = Dxn= 0, para n=2. Se n 3, essa condição só será válida se não houver equações com coeficientes das incógnitas respectivamente proporcionais e termos independentes não-proporcionais.

Um sistema possível e indeterminado apresenta infinitas soluções.

Exemplo:

D=0, Dx =0, Dy=0 e Dz=0

Assim, o sistema é possível e indeterminado, tendo infinitas soluções.

c) impossível, se D=0 e Dxi 0, 1 i n; caso em que o sistema não tem solução.

Exemplo:

Como D=0 e Dx 0, o sistema é impossível e não apresenta solução.

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Sistemas Equivalentes

Dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo conjunto solução.

Por exemplo, dados os sistemas:

e

verificamos que o par ordenado (x, y) = (1, 2) satisfaz ambos e é único. Logo, S1 e S2 são equivalentes: S1 ~ S2.

Propriedades

a) Trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro sistema equivalente.

Por exemplo:

e

S1 ~S2

b) Multiplicando uma ou mais equações de um sistema por um número K (K IR*), obtemos um sistema equivalente ao anterior. Por exemplo:

S1 ~S2

c) Adicionando a uma das equações de um sistema o produto de outra equação desse mesmo sistema por um número k ( K IR*), obtemos um sistema equivalente ao anterior.

Por exemplo:

Dado , substituindo a equação (II) pela soma do produto de (I) por -1 com (II), obtemos:

S1~S2, pois (x,y)=(2,1) é solução de ambos os sistemas.

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Sistemas escalonados

Utilizamos a regra de Cramer para discutir e resolver sistemas lineares em que o número de equações (m) é igual ao número de incógnitas (n). Quando m e n são maiores que três, torna-se muito trabalhoso utilizar essa regra. Por isso, usamos a técnica do escalonamento, que facilita a discussão e resolução de quaisquer sistemas lineares.

Dizemos que um sistema, em que existe pelo menos um coeficiente não-nulo em cada equação, está escalonado se o número de coeficientes nulos antes do primeiro coeficiente não nulo aumenta de equação para equação.

Para escalonar um sistema adotamos o seguinte procedimento:

a) Fixamos como 1º equação uma das que possuem o coeficiente da 1º incógnita diferente de zero.

b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1ª incógnita das demais equações.

c) Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema se torne escalonado.

Vamos então aplicar a técnica do escalonamento, considerando dois tipos de sistema:

I. O número de equações é igual ao número de incógnitas (m=n)

Exemplo 1:

1ºpasso: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação, aplicando as propriedades dos sistemas equivalentes:

• Trocamos de posição a 1º equação com a 2º equação, de modo que o 1º coeficiente de x seja igual a 1:

• Trocamos a 2º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -2, com a 2º equação:

• Trocamos a 3º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -3, com a 3º equação:

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2º passo : Anulamos os coeficientes da 2º incógnita a partir da 3º equação:

• Trocamos a 3º equação pela soma da 2º equação, multiplicada por -1, com a 3º equação:

Agora o sistema está escalonado e podemos resolvê-lo.

-2z=-6 z=3

Substituindo z=3 em (II):

-7y - 3(3)= -2 -7y - 9 = -2 y=-1

Substituindo z=3 e y=-1 em (I):

x + 2(-1) + 3= 3 x=2

Então, x=2, y=-1 e z=3

Exemplo 2:

1º passo: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação:

• Trocamos a 2º equação pela soma do produto da 1º equação por -2 com a 2º equação:

• Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 1º equação por -3 com a 3º equação:

2º passo: Anulamos os coeficientes da 2ª incógnita, a partir da 3º equação:

• Trocamos a 3ª equação pela soma do produto da 2ª equação por -1 com a 3º equação:

Dessa forma, o sistema está escalonando. Como não existe valor real de z tal que 0z=-2, o sistema é impossível.

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II) O número de equações é menor que o número de incógnitas (m < n)

Exemplo:

1º passo : Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação:

• Trocamos a 2º equação pela soma do produto da 1º equação por -2 com a 2º equação:

• Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 1º equação por -1 com a 3º equação:

2º passo : Anulamos os coeficientes da 2º incógnita, a partir da 3º equação:

• Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 2º equação por -3 com a 3º equação

O sistema está escalonado. Como m<n, o sistema é possível e indeterminado, admitindo infinitas soluções. A diferença entre o número de incógnitas (n) e o de equações (m) de um sistema nessas condições é chamada grau de indeterminação (GI):

GI= n - m

Para resolver um sistema indeterminado, procedemos do seguinte modo:

• Consideramos o sistema em sua forma escalonada:

• Calculamos o grau de indeterminação do sistema nessas condições:

GI = n-m = 4-3 = 1

Como o grau de indeterminação é 1, atribuímos a uma das incógnitas um valor , supostamente conhecido, e resolvemos o sistema em função desse valor. Sendo t= , substituindo esse valor na 3º equação, obtemos:

12z - 6 = 30 12z= 30 + 6 =

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Conhecidos z e t, substituímos esses valores na 2º equação:

Conhecidos z,t e y, substituímos esses valores na 1º equação:

Assim, a solução do sistema é dada por S= , com IR.

Para cada valor que seja atribuído a , encontraremos uma quádrupla que é solução para o sistema.

Inequações Trigonométricas INTRODUÇÃO

Quando encontramos função trigonométrica da incógnita ou função trigonométrica de alguma função da incógnita em pelo menos um dos membros de uma inequação, dizemos que esta inequação é trigonométrica.

Exemplos:

1) sen x > e sen2 x + tg 2 são inequações trigonométricas.

2) ( sen 30º) . (x2 - 1) > 0 não são inequações trigonométricas.

Resolver uma inequação como f(x) < g(x), por exemplo, significa determinar o conjunto S dos números s, sendo s elemento do domínio de f e de g, tais que f(s) < g(s).

O conjunto S é chamado de conjunto solução da inequação e todo elemento de S é uma solução da inequação.

Assim, na inequação sen x > , os números são algumas de suas soluções e os números

não o são.

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RESOLUÇÃO DAS INEQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTA IS

Quase todas as inequações trigonométricas, quando convenientemente tratadas e transformadas, podem ser reduzidas a pelo menos uma das inequações fundamentais. Vamos conhecê-las, a seguir, através de exemplos.

1º caso : sen x < sen a (sen x sen a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

, que é uma solução particular no intervalo . Acrescentando às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em IR, que é:

O conjunto solução é, portanto:

Por outro lado, se a inequação fosse , então, bastaria incluir as extremidades de

e o conjunto solução seria:

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2º caso: sen x > sen a (sen x sen a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação sen x > sen ou sen x > encontramos, inicialmente,

, que é uma uma solução

particular no intervalo .

Acrescentando às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução geral em IR, que é:

O conjunto solução é , portanto:

3º caso: cos x < cos a (cos x cos a)

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Por exemplo, ao resolvermos a inequação

encontramos, inicialmente,

, que é uma solução particular no intervalo

.

Acrescentando às extremidades do intervalo encontrado, temos a solução geral em IR,

que é:

O conjunto solução é, portanto:

Por outro lado, se a inequação fosse cos x cos ou cos x , então, bastaria incluir as extremidades de

e o conjunto solução seria:

4º caso: cos x > cos a ( cos x cos a)

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Por exemplo, ao resolvermos a inequação encontramos, inicialmente,

, que é uma solução particular no intervalo . Acrescentando ) às extremidades

dos intervalos encontrados, temos o conjunto solução seguinte:

5º caso: tg x < tg a (tg x tg a)

Por exemplo, ao resolvermos a inequação encontramos, inicialmente,

, que é uma solução particular no intervalo .

A solução geral em IR pode ser expressa por .

O conjunto solução é, portanto:

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6º caso: tg x > tg a ( tg x tg a)

Vamos estudar este último caso resolvendo a inequação tg x > tg como exemplo.

Então, na resolução da inequação encontramos,

inicialmente, , que é uma solução particular no intervalo .

A solução geral em IR pode ser expressa por

.

O conjunto solução é, portanto:

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Matrizes

Introdução

O crescente uso dos computadores tem feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia, Matemática, Física, dentre outras. Vejamos um exemplo.

A tabela a seguir representa as notas de três alunos em uma etapa:

Química Inglês Literatura Espanhol

A 8 7 9 8

B 6 6 7 6

C 4 8 5 9

Se quisermos saber a nota do aluno B em Literatura, basta procurar o número que fica na segunda linha e na terceira coluna da tabela.

Vamos agora considerar uma tabela de números dispostos em linhas e colunas, como no exemplo acima, mas colocados entre parênteses ou colchetes:

Em tabelas assim dispostas, os números são os elementos. As linhas são enumeradas de cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita:

Tabelas com m linhas e n colunas ( m e n números naturais diferentes de 0) são denominadas matrizes m x n. Na tabela anterior temos, portanto, uma matriz 3 x 3.

Veja mais alguns exemplos:

• é uma matriz do tipo 2 x 3

• é uma matriz do tipo 2 x 2

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Notação geral

Costuma-se representar as matrizes por letras maiúsculas e seus elementos por letras minúsculas, acompanhadas por dois índices que indicam, respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa.

Assim, uma matriz A do tipo m x n é representada por:

ou, abreviadamente, A = [aij]m x n, em que i e j representam, respectivamente, a linha e a coluna que o elemento ocupa. Por exemplo, na matriz anterior, a23 é o elemento da 2ª linha e da 3ª coluna.

Na matriz , temos:

Ou na matriz B = [ -1 0 2 5 ], temos: a11 = -1, a12 = 0, a13 = 2 e a14 = 5.

Denominações especiais

Algumas matrizes, por suas características, recebem denominações especiais.

• Matriz linha : matriz do tipo 1 x n, ou seja, com uma única linha. Por exemplo, a matriz A =[4 7 -3 1], do tipo 1 x 4.

• Matriz coluna : matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma única coluna. Por exemplo, , do tipo 3 x 1

• Matriz quadrada: matriz do tipo n x n, ou seja, com o mesmo número de linhas e colunas; dizemos

que a matriz é de ordem n. Por exemplo, a matriz é do tipo 2 x 2, isto é, quadrada de ordem 2.

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Numa matriz quadrada definimos a diagonal principal e a diagonal secundária. A principal é formada pelos elementos aij tais que i = j. Na secundária, temos i + j = n + 1. Veja:

Observe a matriz a seguir:

a11 = -1 é elemento da diagonal principal, pis i = j = 1

a31= 5 é elemento da diagonal secundária, pois i + j = n + 1 ( 3 + 1 = 3 + 1)

• Matriz nula : matriz em que todos os elementos são nulos; é representada por 0m x n.

Por exemplo, .

• Matriz diagonal : matriz quadrada em que todos os elementos que não estão na diagonal principal são nulos. Por exemplo:

• Matriz identidade : matriz quadrada em que todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os demais são nulos; é representada por In, sendo n a ordem da matriz. Por exemplo:

Assim, para uma matriz identidade .

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• Matriz transposta : matriz At obtida a partir da matriz A trocando-se ordenadamente as linhas por colunas ou as colunas por linhas. Por exemplo:

Desse modo, se a matriz A é do tipo m x n, At é do tipo n x m.

Note que a 1ª linha de A corresponde à 1ª coluna de At e a 2ª linha de A corresponde à 2ª coluna de At.

• Matriz simétrica : matriz quadrada de ordem n tal que A = A t . Por exemplo,

é simétrica, pois a12 = a21 = 5, a13 = a31 = 6, a23 = a32 = 4, ou seja, temos sempre a ij = a ij.

• Matriz oposta : matriz -A obtida a partir de A trocando-se o sinal de todos os elementos de A. Por

exemplo, .

Igualdade de matrizes

Duas matrizes, A e B, do mesmo tipo m x n, são iguais se, e somente se, todos os elementos que ocupam a mesma posição são iguais:

.

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Operações envolvendo matrizes

Adição

Dadas as matrizes , chamamos de soma dessas matrizes a matriz ,

tal que Cij = aij + bij , para todo :

A + B = C

Exemplos:

Observação: A + B existe se, e somente se, A e B forem do mesmo tipo.

Propriedades

Sendo A, B e C matrizes do mesmo tipo ( m x n), temos as seguintes propriedades para a adição:

a) comutativa: A + B = B + A

b) associativa: ( A + B) + C = A + ( B + C)

c) elemento neutro: A + 0 = 0 + A = A, sendo 0 a matriz nula m x n

d) elemento oposto: A + ( - A) = (-A) + A = 0

Subtração

Dadas as matrizes , chamamos de diferença entre essas matrizes a soma de A com a matriz oposta de B:

A - B = A + ( - B )

Observe:

Multiplicação de um número real por uma matriz

Dados um número real x e uma matriz A do tipo m x n, o produto de x por A é uma matriz B do tipo m x n obtida pela multiplicação de cada elemento de A por x, ou seja, bij = xaij:

B = x.A

Observe o seguinte exemplo:

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Propriedades

Sendo A e B matrizes do mesmo tipo ( m x n) e x e y números reais quaisquer, valem as seguintes propriedades:

a) associativa: x . (yA) = (xy) . A

b) distributiva de um número real em relação à adição de matrizes: x . (A + B) = xA + xB

c) distributiva de uma matriz em relação à adição de dois números reais: (x + y) . A = xA + yA

d) elemento neutro : xA = A, para x=1, ou seja, A=A

Multiplicação de matrizes

O produto de uma matriz por outra não é determinado por meio do produto dos sus respectivos elementos.

Assim, o produto das matrizes A = ( aij) m x p e B = ( bij) p x n é a matriz C = (cij) m x n em que cada elemento c ij é obtido por meio da soma dos produtos dos elementos correspondentes da i-ésima linha de A pelos elementos da j-ésima coluna B.

Vamos multiplicar a matriz para entender como se obtém cada Cij :

• 1ª linha e 1ª coluna

• 1ª linha e 2ª coluna

• 2ª linha e 1ª coluna

• 2ª linha e 2ª coluna

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Assim, .

Observe que:

Portanto, .A, ou seja, para a multiplicação de matrizes não vale a propriedade comutativa.

Vejamos outro exemplo com as matrizes :

Da definição, temos que a matriz produto A . B só existe se o número de colunas de A for igual ao número de linhas de B:

A matriz produto terá o número de linhas de A (m) e o número de colunas de B(n) :

• Se A3 x 2 e B 2 x 5 , então ( A . B ) 3 x 5

• Se A 4 x 1 e B 2 x 3, então não existe o produto

• Se A 4 x 2 e B 2 x 1, então ( A . B ) 4 x 1

Propriedades

Verificadas as condições de existência para a multiplicação de matrizes, valem as seguintes propriedades:

a) associativa: ( A . B) . C = A . ( B . C )

b) distributiva em relação à adição: A . ( B + C ) = A . B + A . C ou ( A + B ) . C = A . C + B . C

c) elemento neutro: A . In = In . A = A, sendo In a matriz identidade de ordem n

Vimos que a propriedade comutativa, geralmente, não vale para a multiplicação de matrizes. Não vale também o anulamento do produto, ou seja: sendo 0 m x n uma matriz nula, A .B =0 m x n não implica, necessariamente, que A = 0 m x n ou B = 0 m x n.

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Matriz inversa

Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A' , de mesma ordem, tal que A . A' = A' . A = In , então A' é matriz inversa de A . representamos a matriz inversa por A-1 .

Determinantes

Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de colunas (ou seja, é do tipo nxn).

A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de determinante.

Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:

• resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;

• cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são conhecidas as coordenadas dos seus vértices;

Determinante de 1ª ordem

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número real a11:

det M =Ia11I = a11

Observação: Representamos o determinante de uma matriz entre duas barras verticais, que não têm o significado de módulo.

Por exemplo:

• M= [5] det M = 5 ou I 5 I = 5 • M = [-3] det M = -3 ou I -3 I = -3

Determinante de 2ª ordem

Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante associado a M, determinante de 2ª ordem, é dado por:

Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária. Veja o exemplo a seguir.

Page 96: Matematica Basica

96

Menor complementar

Chamamos de menor complementar relativo a um elemento aij de uma matriz M, quadrada e de ordem n>1, o determinante MCij , de ordem n - 1, associado à matriz obtida de M quando suprimimos a linha e a coluna que passam por aij .

Vejamos como determiná-lo pelos exemplos a seguir:

a) Dada a matriz , de ordem 2, para determinar o menor complementar relativo ao elemento a11(MC11), retiramos a linha 1 e a coluna 1:

Da mesma forma, o menor complementar relativo ao elemento a12 é:

b) Sendo , de ordem 3, temos:

• •

Cofator

Chamamos de cofator ou complemento algébrico relativo a um elemento aij de uma matriz quadrada de ordem n o número Aij tal que Aij = (-1)i+j . MCij .

Veja:

a) Dada , os cofatores relativos aos elementos a11 e a12 da matriz M são:

Page 97: Matematica Basica

97

b) Sendo , vamos calcular os cofatores A22, A23 e A31:

Teorema de Laplace

O determinante de uma matriz quadrada M = [aij]mxn pode ser obtido pela soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer ( linha ou coluna) da matriz M pelos respectivos cofatores.

Assim, fixando , temos:

em que é o somatório de todos os termos de índice i, variando de 1 até m, .

Page 98: Matematica Basica

98

Regra de Sarrus

O cálculo do determinante de 3ª ordem pode ser feito por meio de um dispositivo prático, denominado regra de Sarrus.

Acompanhe como aplicamos essa regra para .

1º passo : Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:

2º passo : Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal (a soma deve ser precedida do sinal positivo):

3º passo : Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundária com os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal ( a soma deve ser precedida do sinal negativo):

Assim:

Observação: Se desenvolvermos esse determinante de 3ª ordem aplicando o Teorema de Laplace, encontraremos o mesmo número real.

Page 99: Matematica Basica

99

Determinante de ordem n > 3

Vimos que a regra de Sarrus é válida para o cálculo do determinante de uma matriz de ordem 3. Quando a matriz é de ordem superior a 3, devemos empregar o Teorema de Laplace para chegar a determinantes de ordem 3 e depois aplicar a regra de Sarrus.

Propriedades dos determinantes

Os demais associados a matrizes quadradas de ordem n apresentam as seguintes propriedades:

P1 ) Quando todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna) são nulos, o determinante dessa matriz é nulo.

Exemplo:

P2) Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.

Exemplo:

P3) Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então seu determinante é nulo.

Exemplo:

P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos elementos correspondentes de filas paralelas, então seu determinante é nulo.

Exemplos:

Page 100: Matematica Basica

100

P5 ) Teorema de Jacobi : o determinante de uma matriz não se altera quando somamos aos elementos de uma fila uma combinação linear dos elementos correspondentes de filas paralelas.

Exemplo:

Substituindo a 1ª coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2ª, temos:

P6) O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais.

Exemplo:

P7) Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em uma matriz, o determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.

Exemplos:

Page 101: Matematica Basica

101

P8) Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz muda de sinal.

Exemplo:

P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

Exemplos:

P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundária são todos nulos, o

determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal multiplicado por .

Exemplos:

P11) Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n, . Como:

Exemplo:

Page 102: Matematica Basica

102

P12)

Exemplo:

Page 103: Matematica Basica

103

Geometria Espacial

Prismas: (triangular, quadrangular e hexagonal)

Obs: a letra "lambda" representa a medida do lado da base.

Paralelepípedo:

Cubo:

Pirâmide:

Page 104: Matematica Basica

104

Tetraedro:

Cilindro:

Cone:

Esfera:

Esfera:

Tronco de Cone:

Page 105: Matematica Basica

105

Fórmulas de Geometria Espacial Prismas

A A h

A A h

A A h

A A A V A h

B L

B L

B L

T L B B

Q Q

H H

∆ ∆= =

=

= + =

ll

l l

ll

2

2

2

3

43

4

63

46

2

=

= =

.

.

. .

. .

Paralelepípedo Cubo

A a b A

A ab bc ac A

V a b c A

D a b c V

d D

B F

T L

T

face cubo

= =

= + + =

= =

= + + =

= =

.

. .

l

l

l

l

l l

2

2

2

2 2 2 3

2 2 2 4

6

2 3

Page 106: Matematica Basica

106

Pirâmides

A p ap ap h K

A A A a ap

VA h

a h R

L

T L B

B

= = +

= + = +FHGIKJ

= = +

.

.

2 2 2

2 22

2 2 2

2

3

l

Tetraedro

Aa

Va

A a Aa

ha

Obs K h do

triângulo equilátero

F

T L

= =

= =

=

2 3

22

3

4

2

12

3 33

4

6

3

: =

.

Cilindro

V A h r h A r

A rh

A r rh

A rh

Equilátero h r

B B

L

T

S

= = ==

= +=

→ =

. π πππ π

2 2

2

2

2 2

2

2

Page 107: Matematica Basica

107

Cone

VA h r h

A r

A rg A rh

A r rg g r h

Equilátero g r

BB

L S

T

= = =

= =

= + = +→ =

.

3 3

2

22

2 2 2 2

π π

ππ π

Page 108: Matematica Basica

108

Geometria Analítica: Circunferência Equações da circunferência

Equação reduzida

Circunferência é o conjunto de todos os pontos de um plano eqüidistantes de um ponto fixo, desse mesmo plano, denominado centro da circunferência:

Assim, sendo C(a, b) o centro e P(x, y) um ponto qualquer da circunferência, a distância de C a P(dCP) é o raio dessa circunferência. Então:

Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da circunferência e permite determinar os elementos essenciais para a construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.

Observação: Quando o centro da circunfer6encia estiver na origem ( C(0,0)), a equação da circunferência será x2 + y2 = r2 .

Equação geral

Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral da circunferência:

Como exemplo, vamos determinar a equação geral da circunferência de centro C(2, -3) e raio r = 4.

A equação reduzida da circunferência é:

( x - 2 )2 +( y + 3 )2 = 16

Desenvolvendo os quadrados dos binômios, temos:

Page 109: Matematica Basica

109

Geometria Analítica - Cônicas

Elipse

Considerando, num plano , dois pontos distintos, F1 e F2 , e sendo 2a um número real maior que a distância entre F1 e F2, chamamos de elipse o conjunto dos pontos do plano tais que a soma das distâncias desses pontos a F1 e F2 seja sempre igual a 2a.

Por exemplo, sendo P, Q, R, S, F1 e F2 pontos de um mesmo plano e F1F2 < 2a, temos:

A figura obtida é uma elipse.

Observações:

1ª) A Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do sol, que é um dos focos dessa trajetória.

A lua em torno da terra e os demais satélites em relação a seus respectivos planetas também apresentam esse comportamento.

2ª) O cometa de Halley segue uma órbita elíptica, tendo o Sol como um dos focos.

3ª) As elipses são chamadas cônicas porque ficam configuradas pelo corte feito em um cone circular reto por um plano oblíquo em relação à sua base.

Elementos

Observe a elipse a seguir. Nela, consideramos os seguintes elementos:

• focos : os pontos F1 e F2

• centro: o ponto O, que é o ponto médio de

• semi-eixo maior: a

• semi-eixo menor: b

• semidistância focal: c

• vértices: os pontos A1, A2, B1, B2

• eixo maior:

• eixo menor:

• distância focal:

Page 110: Matematica Basica

110

Relação fundamental

Na figura acima, aplicando o Teorema de Pitágoras ao tri6angulo OF2B2 , retângulo em O, podemos escrever a seguinte relação fundamental:

a2 =b2 + c2

Excentricidade

Chamamos de excentricidade o número real e tal que:

Pela definição de elipse, 2c < 2a, então c < a e, conseqüentemente, 0 < e < 1.

Observação:Quando os focos são muito próximos, ou seja, c é muito pequeno, a elipse se aproxima de uma circunferência.

Retas

Geometria analítica: retas

Introdução

Entre os pontos de uma reta e os números reais existe uma correspondência biunívoca, isto é, a cada ponto de reta corresponde um único número real e vice-versa.

Considerando uma reta horizontal x, orientada da esquerda para direita (eixo), e determinando um ponto O dessa reta ( origem) e um segmento u, unitário e não-nulo, temos que dois números inteiros e consecutivos determinam sempre nesse eixo um segmento de reta de comprimento u:

Medida algébrica de um segmento

Fazendo corresponder a dois pontos, A e B, do eixo x os números reais xA e xB , temos:

A medida algébrica de um segmento orientado é o número real que corresponde à diferença entre as abscissas da extremidade e da origem desse segmento.

Page 111: Matematica Basica

111

Plano cartesiano

A geometria analítica teve como principal idealizador o filósofo francês René Descartes ( 1596-1650). Com o auxílio de um sistema de eixos associados a um plano, ele faz corresponder a cada ponto do plano um par ordenado e vice-versa.

Quando os eixos desse sistemas são perpendiculares na origem, essa correspondência determina um sistema cartesiano ortogonal ( ou plano cartesiano). Assim, há uma reciprocidade entre o estudo da geometria ( ponto, reta, circunferência) e da Álgebra ( relações, equações etc.), podendo-se representar graficamente relações algébricas e expressar algebricamente representações gráficas.

Observe o plano cartesiano nos quadros quadrantes:

Exemplos:

• A(2, 4) pertence ao 1º quadrante (xA > 0 e yA > 0) • B(-3, -5) pertence ao 3º quadrante ( xB < 0 e yB < 0)

Observação: Por convenção, os pontos localizados sobre os eixos não estão em nenhum quadrante.

Distância entre dois pontos

Dados os pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) e sendo dAB a distância entre eles, temos:

Page 112: Matematica Basica

112

Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo retângulo ABC, vem:

Como exemplo, vamos determinar a distância entre os pontos A(1, -1) e B(4, -5):

Razão de secção

Dados os pontos A(xA, yA), B(xB, yB), C(xC, yC) de uma mesma reta , o ponto C divide numa determinada razão, denominada razão de secção e indicada por:

em que , pois se , então A = B.

Observe a representação a seguir:

Como o , podemos escrever:

Page 113: Matematica Basica

113

Vejamos alguns exemplos:

• Considerando os pontos A(2, 3), B(5, 6) e P(3, 4), a razão em que o ponto P divide é:

Se calculássemos rp usando as ordenadas dos pontos, obteríamos o mesmo resultado:

• Para os pontos A(2, 3), B(5, 6) e P(1, 2), temos:

Assim, para um ponto P qualquer em relação a um segmento orientado contido em um eixo, temos:

• se P é interior a , então rp > 0

• se P é exterior a , então rp < 0

• se P = A, então rp =0

• se P = B, então não existe rp (PB = 0)

• se P é o ponto médio de , então rp =1

Page 114: Matematica Basica

114

Ponto médio

Dados os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e P, que divide ao meio, temos:

Assim:

Logo, as coordenadas do ponto médio são dadas por:

Baricentro de um triângulo

Observe o triângulo da figura a seguir, em que M, N e P são os pontos médios dos lados ,

respectivamente. Portanto, são as medianas desse triângulo:

Chamamos de baricentro (G) o ponto de intersecção das medianas de um triângulo.

Esse ponto divide a mediana relativa a um lado em duas partes: a que vai do vértice até o baricentro tem o dobro da mediana da que vai do baricentro até o ponto médio do lado.

Page 115: Matematica Basica

115

Veja:

Cálculo das coordenadas do baricentro

Sendo A(XA, YA), B(XB, YB) e C(XC, YC) vértices de um triângulo, se N é ponto médio de , temos:

Mas:

Analogamente, determinamos . Assim:

Page 116: Matematica Basica

116

Condições de alinhamento de três pontos

Se três pontos, A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC), estão alinhados, então:

Para demonstrar esse teorema podemos considerar três casos:

a) três pontos alinhados horizontalmente

Neste caso, as ordenadas são iguais:

yA = yB = yC

e o determinante é nulo, pois a 2ª e a 3ª coluna são proporcionais.

b) três pontos alinhados verticalmente

Neste caso, as abscissas são iguais:

xA = xB = xC

e o determinante é nulo, pois a 1ª e a 3ª coluna são proporcionais.

Page 117: Matematica Basica

117

c) três pontos numa reta não-paralela aos eixos

Pela figura, verificamos que os triângulos ABD e BCE são semelhantes. Então:

Desenvolvendo, vem:

Como:

então .

Observação: A recíproca da afirmação demonstrada é válida, ou seja, se , então os pontos A(xA,yA), B(xB,yB) e C(xC, yC) estão alinhados.

Page 118: Matematica Basica

118

Equações de uma reta

Equação geral

Podemos estabelecer a equação geral de uma reta a partir da condição de alinhamento de três pontos.

Dada uma reta r, sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) pontos conhecidos e distintos de r e P(x,y) um ponto genérico, também de r, estando A, B e P alinhados, podemos escrever:

Fazendo yA - yB = a, xB - xA = b e xAyB - xByA=c, como a e b não são simultaneamente nulos , temos:

ax + by + c = 0

(equação geral da reta r)

Essa equação relaciona x e y para qualquer ponto P genérico da reta. Assim, dado o ponto P(m, n):

• se am + bn + c = 0, P é o ponto da reta;

• se am + bn + c 0, P não é ponto da reta.

Acompanhe os exemplos:

• Vamos considerar a equação geral da reta r que passa por A(1, 3) e B(2, 4).

Considerando um ponto P(x, y) da reta, temos:

• Vamos verificar se os pontos P(-3, -1) e Q(1, 2) pertencem à reta r do exemplo anterior. Substituindo as coordenadas de P em x - y + 2 = 0, temos:

-3 - (-1) + 2 = 0 -3 + 1 + 2 = 0

Como a igualdade é verdadeira, então P r.

Substituindo as coordenadas de Q em x - y + 2 = 0, obtemos:

1 - 2 + 2 0

Como a igualdade não é verdadeira, então Q r.

Page 119: Matematica Basica

119

Equação segmentária

Considere a reta r não paralela a nenhum dos eixos e que intercepta os eixos nos pontos P(p, 0) e Q(0, q),

com :

A equação geral de r é dada por:

Dividindo essa equação por pq , temos:

Como exemplo, vamos determinar a equação segmentária da reta que passa por P(3, 0) e Q(0, 2), conforme o gráfico:

Page 120: Matematica Basica

120

Equações paramétricas

São equações equivalentes à equação geral da reta, da forma x= f(t) e y= g(t), que relacionam as coordenadas x e y dos pontos da reta com um parâmetro t.

Assim, por exemplo, , são equações paramétricas de uma reta r.

Para obter a equação geral dessa reta a partir das paramétricas, basta eliminar o parâmetro t das duas equações:

x = t + 2 t = x -2

Substituindo esse valor em y = - t + 1, temos:

y = -(x - 2) + 1 = -x + 3 x + y - 3 = 0 ( equação geral de r)

Equação Reduzida

Considere uma reta r não-paralela ao eixo Oy:

Isolando y na equação geral ax + by + c = 0, temos:

Fazendo , vem:

y = mx + q

Chamada equação reduzida da reta, em que fornece a inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

Quando a reta for paralela ao eixo Oy, não existe a equação na forma reduzida.

Page 121: Matematica Basica

121

Coeficiente angular

Chamamos de coeficiente angular da reta r o número real m tal que:

O ângulo é orientado no sentido anti-horário e obtido a partir do semi-eixo positivo Ox até a reta r. Desse

modo, temos sempre .

Assim:

• para ( a tangente é positiva no 1º quadrante)

• para ( a tangente é negativa no 2º quadrante)

Exemplos:

Page 122: Matematica Basica

122

Determinação do coeficiente angular

Vamos considerar três casos:

a) o ângulo é conhecido

b) as coordenadas de dois pontos distintos da reta são conhecidas: A(xA, yA) e B(xB, yB)

Como ( ângulos correspondentes) temos que . Mas, m = tg Então:

Assim, o coeficiente angular da reta que passa, por exemplo, por A(2, -3) e B(-2, 5) é:

Page 123: Matematica Basica

123

c) a equação geral da reta é conhecida

Se uma reta passa por dois pontos distintos A(XA, YA) e B(XB, YB), temos:

Aplicando o Teorema de Laplace na 1ª linha, vem:

(YA - YB)x + (XB - XA)y + XAYA - XBYB = 0

Da equação geral da reta, temos:

Substituindo esses valores em , temos:

Equação de uma reta r, conhecidos o coeficiente ang ular e um ponto de r

Seja r uma reta de coeficiente angular m. Sendo P(X0, Y0), P r, e Q(x,y) um ponto qualquer de r(Q P), podemos escrever:

Como exemplo, vamos determinar a equação geral da reta r que passa por P(1, 2), sendo m=3. Assim, temos X0=1 e Y0=2. Logo:

y-y0=m(x-x0)=y-2 = 3(x - 1) = y-2 = 3x - 3 = 3x - y - 1 = 0

que é a equação geral de r.

Representação gráfica de retas

Para representar graficamente as retas de equação ax + by + c = 0 ( b 0), isolamos a variável y e atribuímos valores a x, obtendo pares ordenados que são pontos da reta.

Assim, é mais conveniente usar a equação na forma reduzida, já que ela apresenta o y isolado.

Page 124: Matematica Basica

124

Coordenadas do ponto de intersecção de retas

A intersecção das retas r e s, quando existir, é o ponto P(x, y), comum a elas, que é a solução do sistema formado pelas equações das duas retas.

Vamos determinar o ponto de intersecção, por exemplo, das retas r: 2x +y - 4 =0 e s: x -y +1=0. Montando o sistema e resolvendo-o, temos:

Substituindo esse valor em x -y = -1, temos:

1 - y = -1

y = 2

Logo, P(1, 2) é o ponto de intersecção das retas r e s.

Graficamente, temos:

Posições relativas entre retas

Paralelismo

Duas retas, r e s, distintas e não-verticais, são paralelas se, e somente se, tiverem coeficientes angulares iguais.