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Mapa de Acabamentos – dossier oo4 torre medieval - “Torre de Cimo de Vila”
centro de interpretação do galo e da cidade
fase de PROJECTO DE EXECUÇÃO
QUADRILÁTERO DESENVOLVIMENTO URBANO
regeneração urbana e dinâmicas culturais
Operação
Município de Barcelos
departamento de planeamento e gestão urbanística
Setembro de 2010
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Aspectos de carácter construtivo e dimensionamento
Entendeu-se como complemento à folha apresentada e que se designou por mapa de
acabamentos especificar em súmula os dimensionamentos base e os aspectos construtivos de relevância
para cada uma das áreas espaciais projectadas. Assim de seguida se reveste o enfoque geral da obra.
Largo da Porta Nova / Largo Dr. José Novais
Torre Medieval
programa / mapa de acabamentos
CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO GALO E DA CIDADE
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Índicedoo4.oo1 - Metodologia prevista para a execução da obra
doo4.oo2 - recuperação de alvenarias
doo4.oo3 - Patologias em paredes de alvenaria de pedra natural com elementos de madeira
doo4.oo4 - Execução dos Trabalhos
doo4.oo4.oo1 - Montagem do estaleiro
doo4.oo4.oo2- Técnicas de consolidação e reforço em paredes de alvenaria de pedra natural
doo4.oo5 - Equipamento e materiais que devem ser utilizados para se proceder aos trabalhos
doo4.oo6 - Remoção de espécies herbáceas e eliminação das colonizações
doo4.oo7 - Remoção de elementos metálicos
doo4.oo8 - Argamassas de revestimento e restauro aplicadas.
doo4.oo9 - Tratamento de juntas em elementos de cantaria
doo4.o10 – Limpeza de “graffiti” existente no soco da fachada sul
doo4.o11 – Tratamento de pedra de soleira de janelas (ao nível do piso 2) existente na fachada sul
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doo4.oo1 - Metodologia prevista para a execução da obra
A obra foi pensada do ponto de vista técnico, de forma a executar um conjunto de acções que permitissem
recuperar, conservar e preservar os componentes construtivos que constituem os panos da muralha e a Torre
medieval nosso objecto de estudo.
A intervenção contempla trabalhos de limpeza e desinfestação dos herbáceos existentes, aplicação de
biocida, remoção de elementos em ferro encastrados nos paramentos e platibanda, picagem de revestimentos
adulterados, picagem de juntas, limpeza de cantaria, remoção de grafites, tratamento de juntas e de suportes em
cantaria a expor, preparação dos suportes de alvenaria, reformulação do sistema de drenagem de águas pluviais, re-
execução de sistema de revestimento exterior, entre outros.
Terá de ser encontrada uma compatibilização das areias e saibros que garanta, textura e coloração
adequadas pelo que será necessário, em caso de alguns dos revestimentos existentes se mostrar em condições de
ser preservado, proceder à análise de amostras que permitam identificar os seus componentes e assim a produção
de uma argamassa com características semelhantes. Às areias e saibro, será misturada cal aérea e aditivo um
secante pozolânico ou equivalente.
A fim de se entender a intervenção sintetizou-se por piso a intervenção proposta e num capítulo isolado
definiu-se as medidas de intervenção nas alvenarias existentes.
piso 0 (cota +0,19 m em relação cota exterior pav. 38.51)
HERITAGE SHOP / BUREAU DE SERVIÇOS
área = 270,29 m2
o.o1- átrio de acesso e circulações
- Espaço que permite o acesso aos pisos superiores do edifício; estrutura-se a partir da área de escadas e
ascensor;
pavimento – autonivelante e madeira de IPÊ ou equivalente aplicado de acordo com a folha desenhada
n.ºo13 , sendo que a área a revestir com autonivelante pressupõe a execução de uma camada de assentamento em
betão que se situa em áreas actualmente em terra batida e que os elementos de betão não tocam as estruturas de
pedra existente; os pavimentos propostos serão assentes sobre as camadas de aterro a efectuar sobre os vestígios
arqueológicos existentes, após o aterro a efectuar sobre os mesmos, sendo que estes deverão ser protegidos
previamente, de acordo com as especificações técnicas indicadas e aprovadas pelo relatório arqueológico
efectuado.
parede – em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m)
tecto – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
utilizadores – funcionários e utentes
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pé-direito – 5,52m
iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e dos vãos existentes
ventilação – natural
instalações técnicas
instalação eléctrica / climatização;
o.o2- escada
Comunicação vertical prevista para relação entre pisos em estrutura de madeira lamelada colada com
reforço a elementos metálicos, sendo que a viga metálica proposta não será encastrada na parede de pedra, mas
sim apoiada na estrutura metálica proposta para suporte da caixa de elevador e em dois pilares a executar,
colocados na área de administração e da comunicação vertical elevador, de acordo com a peça desenhada n.º o13 e
os desenhos da especialidade.
o.o3- elevador
Comunicação vertical prevista para relação entre pisos, pensado e projectado com as dimensões
necessárias a uma utilização por parte de pessoas com mobilidade condicionada; de acordo com a peça desenhada
n.º o27.
o.o4- antecâmara e instalação sanitária de apoio
Espaços de carácter de apoio que permitem satisfazer as necessidades básicas inerentes ao ser humano,
aqui também pensadas e desenvolvidas tendo em conta o Decreto-Lei n.º 163/06 de 8 de Agosto (eliminação de
barreiras arquitectónicas) sendo que este edifício é um monumento nacional e o espaço interior é escasso, a
mesma funciona num âmbito geral para todos os sexos e condições;
pavimento – revestimento com painéis cerâmicos com rede com as dimensões de 3000x1000x 3mm cuja
superfície define uma estereotomia tipo óxido de ferro, aplicados sobre o material cerâmico existente que reveste a
área de instalação sanitária;
parede – em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m); revestimento com painéis cerâmicos com rede com as dimensões de
3000x1000x 3mm cuja superfície define uma estereotomia tipo óxido de ferro, aplicados sobre o material cerâmico
existente que reveste a área de instalação sanitária;
tecto – laje de betão (existente e a reparar uma vez que não é de todo possível remover) e revestimento
final com placas de gesso cartonado emassado e pintado ao tom de óxido de ferro a afinar em obra de acordo com
o especificado nos restantes elementos instrutórios deste processo;
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – 2,40m ( situação existente que não se consegue alterar devido à estrutura da Torre Medieval;
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iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e dos vãos existentes
ventilação – natural e artificial
instalações técnicas –
instalação eléctrica / climatização;
o.o5 -área de espera e área administrativa
A área de espera que se articula espacialmente com o átrio principal e funciona como espaço de um
segundo átrio, reservado; permite ao visitante e utente aguardar o atendimento por parte da administração;
pavimento – autonivelante e madeira de IPÊ ou equivalente aplicado de acordo com a folha desenhada
n.ºo13, sendo que a área a revestir com autonivelante pressupõe a execução de uma camada de assentamento em
betão que se situa em áreas actualmente em terra batida e que os elementos de betão não tocam as estruturas de
pedra existente; os pavimentos propostos serão assentes sobre as camadas de aterro a efectuar sobre os vestígios
arqueológicos existentes, após o aterro a efectuar sobre os mesmos, sendo que estes deverão ser protegidos
previamente, de acordo com as especificações técnicas indicadas e aprovadas pelo relatório arqueológico
efectuado.
parede – em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m);
tecto – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – variável entre os 2,50m e os 3,00m
iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e vãos existentes
ventilação – natural
instalações técnicas –
instalação eléctrica / climatização;
piso 1 (cota 44,22 em relação à cota exterior do pavimento 38.51)
COFFEE - SHOP, ENOTECA E ESPAÇO INFANTIL
área = 216,78 m2
1.o1- átrio de acesso e circulações
O espaço que permite o acesso aos pisos superiores do edifício; estrutura-se a partir da área de escadas e
ascensor;
pavimento – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
parede – em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m);
tecto – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
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utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – 9,67m
iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e dos vãos existentes
ventilação – natural
instalações técnicas –
instalação eléctrica / climatização;
piso 2 (cota 48,37 em relação à cota exterior do pavimento 38.51)
SALA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS / SALA DE PROJECÇÃO
área = 207,06 m2
2.o1- átrio de acesso e circulações
O espaço que permite o acesso aos pisos superiores do edifício; estrutura-se a partir da área de escadas e
ascensor; sendo que se preparou esta área especifica com elementos áudio, multimédia e cadeiras amovíveis para
dar apoio e possibilidade de permanência de públicos alvo;
pavimento – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
parede - em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m);
tecto – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – 4,41m
iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e dos vãos existentes
ventilação – natural
instalações técnicas –
instalação eléctrica / climatização;
piso 3 (cota 56.97 em relação à cota exterior do pavimento 38.51)
«GALO» ROOM
área = 207,06 m2
3.o1- átrio de acesso e circulações
O espaço que permite o acesso aos pisos superiores do edifício; estrutura-se a partir da área de escadas e
ascensor; sendo que se preparou esta área especifica com elementos áudio, multimédia, mesas e cadeiras para dar
apoio e possibilidade de permanência de públicos alvo como por exemplo crianças em actividades diversas de modo
a interpretar a mensagem que se pretende que adquiram através de actividades de desenho ou interacção com os
elementos digitais aplicados;
pavimento – estrutura base de madeira de castanho (existente e a reparar)
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parede - em pedra de granito (existente e a manter após limpeza e estabilização estrutural, com uma
variação entre os 0,80m e os 2,60m);
tecto – estrutura base de madeira de castanho e elementos diversos que compõem a formação e
composição do telhado (existente e a reparar)
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – 4,47m
iluminação – artificial e natural difusa através da caixa de escadas e dos vãos existentes
ventilação – natural
instalações técnicas
instalação eléctrica /climatização;
piso 4 (cota 56.97 em relação à cota exterior do pavimento 38.51)
COBERTURA-MIRADOURO
MIRADOURO VIRTUAL
área = 220,46 m2
4.o1- átrio de acesso e circulações
O espaço que permite a visualização do sky line da cidade, uma das melhores formas de nos apropriarmos
do seu espaço urbano e rural.
pavimento – revestimento sob o material cerâmico existente com impermeabilizante e isolante a duas
camadas aplicado de modo a selar a superfície e não permitir a entrada de humidades, de acordo com as peças
desenhadas apresentadas n.ºo23 .
parede – em pedra de granito (existente, que define a platibanda de merlões)
elementos decorativos - em pedra de granito (existentes, que necessita de reposição no caso de uma
gárgula em falta no alçado nascente)
elementos constituintes da cobertura - em telha cerâmica e solar apoiada sobre ripado pvc e sub telha
sob painel de 8cm de isolamento térmico e acústico sob forro de castanho apoiado na estrutura base de madeira a
reparar.
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – 4,47m
iluminação – natural e artificial difusa através da projecção voltada aos elementos de ligação entre
pavimento e cobertura (rufos em cobre) elaborada por projectores cujas caixas são executadas previamente, ficando
assim embutidas no revestimento proposto.
ventilação – natural
instalações técnicas
instalação eléctrica / climatização;
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4.o2- módulo de ligação entre a escada e o pavimento do miradouro – proposto
O espaço que permite finalizar o percurso pretendido,
pavimento – revestimento em madeira de pinho nórdico com velatura a tom escuro a afinar em obra e folha
de ferro de 5mm pintado com tinta do tipo esmalte própria para reproduzir uma textura de óxido de ferro, de acordo
com as peças desenhadas apresentadas.
parede – revestimento em madeira de pinho nórdico com velatura a tom escuro a afinar em obra e folha de
ferro de 5mm pintado com tinta do tipo esmalte própria para reproduzir uma textura de óxido de ferro, de acordo
com as peças desenhadas apresentadas.
elementos relevantes – as ligações das projecções inclinadas do corpo proposto devem ligar com as partes
constituintes do telhado através de remates bem executados tipo rufos que permitam um perfeito isolamento e
impermeabilização dos referidos elementos.
utilizadores – funcionários e utentes
pé-direito – mínimo de 2,20m
iluminação – artificial e natural difusa através da projecção voltada aos elementos de ligação entre
pavimento, parede e cobertura (remates em rufos de cobre).
ventilação – natural
doo4.oo2 - recuperação de alvenarias
De modo a garantir uma correcta recuperação dos elementos de alvenaria e seus demais constituintes
determinamos neste dossier o processo pelo qual estas devem ser recuperadas. Torna-se necessário efectuar a
distinção entre patologias inerentes ao comportamento estrutural (aspectos relacionados com a concepção) e
inerentes ao comportamento material (dependente das características dos materiais utilizados, das técnicas
construtivas, da tipologia da secção, etc.) . Na prática é difícil estabelecer a fronteira entre este tipo de patologias,
dado que muitas vezes as manifestações das patologias podem ter diversas origens. Como se lê no relatório da
FEUP (consultar o dossier oo3 em anexo) «As paredes da torre são constituídas por parede dupla com folha interior e
folha exterior de cantaria de granito, sendo a folha exterior de granito bem aparelhado. O enchimento das paredes
deverá ser de “entulho” argamassado de cal, como era usual neste tipo de construção. »
Patologias em paredes de alvenaria de pedra natural
Destacam-se como anomalias mais frequentes em paredes de alvenaria de edifícios antigos:
Fendilhação •
Desagregação (anomalia muito generalizada) •
Esmagamento (anomalia com carácter local) •
As causas das anomalias são de natureza muito diversa, podem estar relacionadas com razões de natureza
estrutural ou à presença de água e à acção dos agentes climatéricos.
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O Quadro I sintetiza as principais anomalias detectadas nas paredes de alvenarias de edifício.
ANOMALIA LOCALIZAÇÃO PREFERENCIAL DA ANOMALIA CAUSAS
FENDILHAÇÃO Zona corrente das paredes ;
Zonas onde se localizam aberturas para portas e
janelas;
Movimentos de assentamento das fundações,
particularmente assentamentos diferenciais em
especial após a intervenção arqueológica e o
edifício ficar devoluto;
Falta de resistência adequada dos lintéis
superiores ou de arcos de descarga pode conduzir
a esforços de flexão excessivos e fissuras verticais;
Acção dos sismos (esforços de cortes) ;
Coberturas em horizontais em terraço , fendas na
ligação parede/cobertura;
Deficiente isolamento térmico, tendo como
consequência variações dimensionais ;
Paredes de suporte das coberturas ; Impulsos horizontais devidos ao abatimento de
arcos ou produzidos por disfuncionamentos
estruturais de asnas de cobertura devido a
elementos danificados por acções de dimensão
diversa;
Paredes resistentes ; Por erros de construção, principalmente nas
implementação de uma paredes de pedra de pedra
de dimensões diferentes dos panos originais e que
não foram devidamente pregados entre si;
DESAGREGAÇÃO No contexto geral dos pisos do edifício;
Nível do rés-do-chão do edifícios devido a:
. intervenções humanas de vandalismo
.efeito de choques de veículos
Acção dos agentes climatéricos, alternância de
calor e frio, com contracções e expansões
sucessivas, vento transportando poeiras e areias ;
Acção da água, especialmente águas infiltrada,
quer águas da chuva, quer águas provenientes de
origens diversas ou de humidade do terreno
ascendendo por capilaridade ;
Acção meteóricas, associadas ou não a efeitos de
poluição ;
ESMAGAMENTO Pontos de aplicação de cargas concentradas
excessivas ;
Zonas de contacto lateral entre viga s de madeira e
a alvenaria;
Descarregar das vigas em paredes sem as devidas
precauções;
cargas aplicadas excedem em muito as previstas;
Edifícios adjacentes a construções novas, se estas
possuírem caves e os respectivos muros de
suporte forem ancorados ;
Pressão de injecção das ancoragens excessiva,
poderá criar pressões ascendentes no solo, que se
transmitem às fundações, e destas às paredes,
provocando-lhes esmagamentos ao nível do
primeiro piso.
doo4.oo3 - Patologias em paredes de alvenaria de pedra natural com elementos de madeira
Existem anomalias particulares e específicas em paredes resistentes com elementos de madeira.
As estruturas de madeira existentes têm perecido devido a acções das águas que por diversos motivos se
têm vindo a infiltrar. As áreas de maior elementos patológicos detectadas são as que confinam com a parede Sul. (ver
figura oo1 e oo2)
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fig.oo1 fig.oo2
No Quadro II, apresentam-se as principais anomalias encontradas nestes elementos.
ANOMALIA LOCALIZAÇÃO PREFERENCIAL DA ANOMALIA CAUSAS
APODRECIMENTO DA MADEIRA
Elementos de madeira em paredes interiores ; Presença sazonal de humidade e aparecimento de
fungos de podridão;
Ataques de insectos, térmitas e carunchos ;
Elementos de madeira em uniões de paredes
interiores /exteriores e cobertura;
Deficiente isolamento térmico, tendo como
consequência variações dimensionais ;
Infiltração da água da chuva através de panos de
parede indevidamente vedadas;
doo4.oo4 - Execução dos Trabalhos
doo4.oo4.oo1 - Montagem do estaleiro
Deve ser montado um estaleiro adequado à natureza dos trabalhos e à dimensão da obra, obedecendo aos
requisitos mínimos essenciais de forma a salvaguardar as condições de higiene e segurança no trabalho. Do
estaleiro necessário à execução da empreitada fazem parte integrante como elementos fundamentais, uma
instalação sanitária móvel, a execução da vedação da obra, a montagem de estruturas de andaimes e plataformas
de trabalho provisórias, com características que permitissem a adaptabilidade e realização da empreitada.
doo4.oo4.oo2- Técnicas de consolidação e reforço em paredes de alvenaria de pedra natural
Após a análise das diversas anomalias e das suas causas é necessário proceder à intervenção mais adequada
recorrendo para tal a técnicas de consolidação com o objectivo de repor a capacidade resistente inicial, ou proceder
a técnicas de reforço cuja função é a de aumentar a capacidade de carga ou a limitação da deformação da
estrutura.
A humidade é uma das grandes preocupações nos edifícios antigos e este não é excepção, estando associada
ao aparecimento de muitas das anomalias e à evolução destas para situações bastante gravosas para a estrutura.
Deste modo as medidas de protecção contra a humidade tornam-se indispensáveis quando se pretende prevenir
a manifestação das anomalias.
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Neste projecto utilizar-se-ão as seguintes técnicas de consolidação e reforço de alvenarias:
Técnicas de consolidação de alvenarias
Substituição do material degradado
Técnicas de reforço de alvenarias
Refechamento de juntas com argamassas cimentícias à base de cal;
Pregagens generalizadas descritas no processo de especialidades;
Técnicas de protecção contra a humidade
Tratamento hidrofugante e impermeabilizante das superfícies; A técnica de substituição do material degradado
consiste na remoção do material constituinte da parede, na zona degradada, e na reconstituição posterior dessa
zona, usando uma alvenaria semelhante à existente,eventualmente aproveitando os elementos removidos, ou
recorrendo a materiais diferentes dos existentes.
A substituição pode ser realizada recorrendo a argamassas com baixa ou mesmo nula retracção. É uma técnica
aplicada na reparação de degradação localizada, por exemplo superfície adjacente a uma fenda. Para executar esta
técnica deve-se proceder sempre a escoramento que suporte, temporariamente, a zona envolvente ao elemento em
reconstrução, até que este possa entrar novamente em carga; e se necessário remover peças constituintes estas
devem ser numeradas para posterior colocação no mesmo lugar.
As alvenarias de pedra sã, em geral, só necessitam da colocação de pequenas pedras e do refechamento das
juntas. Nas alvenarias de fraca qualidade, pode justificar-se o desmonte e reconstrução com elementos de melhor
qualidade .
Refechamento de juntas com argamassa
A técnica de refechamento de juntas com argamassa consiste na remoção parcial e substituição da argamassa
degradada por outra de melhores propriedades mecânicas e de maior durabilidade. Aplica-se em caso de degradação
das juntas de argamassa. Na execução desta técnica deve-se proceder: - à remoção parcial da argamassa das
juntas. Esta intervenção pode ser programada num só lado da parede - extracção e limpeza da argamassa existente
nas juntas, numa profundidade de 5 a 7 cm; ou ser uma intervenção programada em ambos os lados da parede –
extracção deve ser de cerca de 1/3 da espessura total. Para não prejudicar a estabilidade da parede, as juntas com
argamassa removida devem ser preenchidas antes de se dar início à remoção na face oposta.
Lavagem das juntas abertas com água, a baixa pressão, com o objectivo de limpar as ranhuras abertas e limitar
a absorção pelo suporte da argamassa;
reposição das juntas
O preenchimento deve ser cuidado, realizado com várias camadas de argamassa, desde a zona mais profunda
das ranhuras abertas.
compactação eficiente das camadas de argamassa para o preenchimento.
A escolha da argamassa de refechamento é função da finalidade da intervenção e das condições de
compatibilidade com o material existente.
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Tratamento hidrofugante
A técnica de tratamento hidrofugante consiste na aplicação de produtos hidrófugos, (por exemplo, siliconatos,
silicones, organometálicos) sobre a superfície das paredes, de modo a que esta se torne impermeável à água
líquida, permitindo contudo a passagem do vapor de água.
Os produtos hidrófugos não modificam sensivelmente o aspecto da superfície dos materiais tratados.
Aplica-se este tratamento para impedir a penetração da água no interior da construção, na renovação ou
manutenção de fachadas e na protecção das paredes exteriores após a aplicação dum isolamento térmico.
Antes de proceder ao tratamento deve-se limpar a superfície com um método adequado ao tipo e às condições do
substrato (mediante escovagem com escova de nylon macia e com jacto de água a baixa pressão, etc.) até obter um
substrato compacto, isento de resíduos de cimento, poeiras, pinturas, eflorescências, incrustações e depósitos
estranhos. Deve evitar-se o uso de solventes orgânicos, ácidos e álcalis fortes e água rica em sais. É
desaconselhável aplicar produtos em tempo frio (temperatura inferior a 5oC). É desaconselhável aplicar produtos em
fachadas que se encontrem expostas à incidência dos raios solares em tempo quente – temperatura> 40oC. No
caso de limpeza com água só deve proceder-se à aplicação do produto após o período de tempo necessário à
secagem da superfície. Selar fissuras e cavidades e aplicar os produtos com pincel (ou com rolo) ou com
pulverizador. Aplicar o produto em excesso, de maneira a provocar um escorrimento sobre a totalidade das
superfícies a tratar. Ter especial atenção à zona das juntas para evitar a existência de zonas não tratadas A
aplicação com pulverizador é particularmente indicada para fachadas com poucas ou nenhumas janelas (manchagem
dos vidros pelos produtos). Há que garantir que à saída da agulheta se obtém um jacto dividido (de preferência a
uma névoa). Diferença entre a mesma superfície tratada/não tratada com hidrófugo Para além dos produtos
hidrófugos para tratamento superficial incolor, existem argamassas pré- doseadas para execução de reboco que
também apresentam características hidrofugantes.
doo4.oo5 - Equipamento e materiais que devem ser utilizados para se proceder aos trabalhos:
Equipamento: pulverizador , jacto de água com pouca pressão , betoneira , compressor , martelo ligeiro , escovas
nylon , escopos e ferramentas diversas .
Dos materiais utilizados destacam-se os seguintes: cal em pasta , cal hidráulica “Lafarge” tipo Tradifarge ou
equivalente para renovação de juntas de alvenarias de pedras duras, saibros seleccionados locais .
doo4.oo6 - Remoção de espécies herbáceas e eliminação das colonizações
Os herbáceos têm efeitos mecânicos e químicos sobre o suporte pelo que será necessário proceder à sua
remoção. Dever ser aplicado um herbicida sistémico tipo “RoundUpUltra” ou equivalente, até causar a morte dos
arbustos que depois se removeram pela raiz, sem afectar o suporte de fixação.
Será aplicado biocida à base de sais de amónio (cloretos de alkidimetilbenzilamónio) - do tipo Preventol R80 ou
equivalente, em solução aquosa de 1 a 3%, por pulverização. Serão feitas as aplicações que se entendam
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necessárias seguidas de escovagem com escovas de nylon e pulverização de água em quantidades controladas.
Nas superfícies de cantaria a manter em exposição, foi aplicado biocida em dose adicional, acompanhado de
escovagem manual para remoção acentuada de sujidades e incrustações.
doo4.oo7 - Remoção de elementos metálicos
Os elementos metálicos existentes nos paramentos serão extraídos mecanicamente recorrendo ao auxílio de
berbequim ou, quando necessário, rebaixados com uma rebarbadora munida de disco apropriado. O negativo foi
preenchido com argamassa doseada para juntas.
doo4.oo8 - Argamassas de revestimento e restauro aplicadas.
As lacunas resultantes da remoção de revestimentos adulterados e deteriorados, bem como as já existentes
devido à acção do tempo devem ser repostas, apenas se necessário para manter os elementos estruturais coesos,
com recurso a encasques em alvenaria de pedra similar à original com argamassa à base de cal, por forma a repor
as secções originais dos panos de alvenaria.
Seguidamente proceder-se-á à execução do tratamento do sistema de revestimento sendo aplicadas argamassas
especificas que devem ser feitas com recurso a saibros locais, areia lavada, cal em pasta e cal hidráulica “Lafarge”.
Devem ser realizados ensaios em obra, e se for necessário conferir maior hidraulicidade à mistura, coesão,
velocidade e endurecimento, a hidratação do ligante poderá ser de cal hidráulica. Durante o processo de presa da
argamassa, os paramentos devem ser aspergidos com água corrente, de modo a controlar o processo de retracção
e a ocorrência de fissuração superficial (cura).
doo4.oo9 - Tratamento de juntas em elementos de cantaria
No que toca às argamassas de junta em cantaria, devem ser executadas com base em cal hidráulica “LaFarge”,
areias finas seleccionadas tipo Areipor ou equivalente (granulometria optimizada) e cal em pasta, devendo ser
ajustada a tonalidade da mistura ao aspecto cromático das cantarias.
No refechamento de juntas a argamassa tem de ter plasticidade suficiente para ser trabalhada, sem que no
entanto exista água em excesso.
A junta que deve ser humedecida previamente para depois se colocar a argamassa bem apertada no interior,
compacta, com acabamento espatulado e liso, nunca ultrapassando os limites das arestas ou sobrepondo as
pedras existentes.
O trabalho deve ser executado de modo a que nas primeiras horas de aplicação, a argamassa esteja
resguardada do sol para não sofrer retracção repentina sendo pulverizada com água para retardar o processo de
secagem.
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doo4.o10 – Limpeza de “graffiti” existente no soco da fachada sul
A existência de um graffiti no soco da fachada a sul determina a necessidade de proceder-se a uma escovagem
com água e detergente neutro e um decapante à base de cloreto de metileno secagem. Se necessário aplicar uma
escova de nylon macia.
doo4.o11 – Tratamento de pedra de soleira de janelas (ao nível do piso 2) existente na fachada sul
A existência de um enchimento da soleira em pedra de granito existente com argamassa de betão determina a
necessidade de proceder-se a uma remoção da mesma através de ferramenta manual de canteiro. Caso ainda se
possa recuperar a soleira existente a mesma deve ser limpa e reaplicada; caso contrário será de aplicar uma nova
que repita a anterior na sua forma e natureza.
Em folha anexa segue um quadro anexo detalhado dos materiais a aplicar para executar a referida obra.
Bibliografia
[1] APPLETON, João A.S; “Reabilitação de Edifícios Antigos – Patologias e
Tecnologias de In tervenção”. Edições Orion, 1o Edição, Setembro de
2003.
[2] Roque, J.A., “Reabilitação Estrutural de Paredes Antigas de Alvenaria”.
Tese de mestrado, Universidade do Minho. Setembro 2002.
[3] Pinho, Fernando F. S., “Principais Patologias em Paredes de edifícios
Antigos”.
[4] 3.o ENCORE, Encontro sobre Conservação e Reabilitação de Edifícios,
LNEC, Lisboa, Maio 2003.
QUADRILÁTERO DESENVOLVIMENTO URBANO regeneração urbana e dinâmicas culturais Operação Município de Barcelos
departamento de planeamento e gestão urbanística
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