7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira
1/5
814
'
'
.
MACIIADO
DE
Assls
/
OBRA
ctwzzswx
/
vog..
s,
.
$
;'t
'
lhos
experimentados
faro
muito
pouco
caso
de
um
independncja
que
C'WWYX
/
INSTINTO
DE
NACIONALIDADE
815
?
)i
'
o
t
isa
sair
da
sala
para
mostrar
que
existe.
'
i
l
t
,
rec
Moderao
e
urbanidade
na
expresso,
eis
o
mellaor
meio
de conven.
9'1)
7
cer;
no
ll
outro
que
seja
to
eficaz.
se
a
delfcadeza
das
maneiras
41
NOTICIA
DA ATUAL LITERATURA
BRASILEIRA i
i
).
''m
dever
de
todo
homem
ue
vive
entre
homens
com
mais
razo
INSTINTO
DE NACIONALIDADE
i
7
um
dever
do
crftico,
e
o
crftlco
deve
ser
dencado
x'
f
excelncia.
como
i
ir
l
a
sua
obrigao
dizer
a
verdade
e
diz-la
ao
que
h
de
mas
susceptfvel
'
14
neste
mundo
que
a
vadade
d'os
oetas
cumpre-lhe
a
Ie
sobretudo
QCEM
Bxawuxa
a atual
literatura
brasileira
reconhece-lhe
logo, como
k,
1
,
p
no
esquecer
nunca
sse
dever.
oe
outro m'odo
o
crftic'o passar o
nmite' primeiro
trayo,
certo
instinto
de
nacionalidade. poesia, romance,
tdas
f
p
:
da
discusso
literria,
para
cair
no
terreno
da'
s
questaes
pessais;
mu-
as
formas llterrias
do
pensamento
buscam
vestir-se
com
as cres
do
t
.
ar
o
campo
das
idias,
em
campo
de
palavras,
de
doestos,
de
recri.
pafs, e
nu h ngar
que semelhante
preocupao
sintoma
de vitali-
t
t'l?
naes,
-
se
acaso
uma
boa
dose
de
sangue
frio,
da
parte
do
dade e
abono de
futuro.
As tradies
de
Gonalves
Dias,
Prto Alegre
i
j
;
dverslrio
no
tornar
impossfvel
sse
espeuculo
indecente.
e
Magalhes
s:o assim
continuadas
pela
gerao
j
feita
e pela
que ainda
yt
.
'
I
Tas
so
as
condies,
as
virtudes
e
os
deveres
dos
que
se
destinam
agora
madruga, como
aqules
continuaram
as
de
Jos
Basflio
da Gama
::
anlise
lterria;
se
a
tudo
fsto
juntarmos
uma
ultima
virtude,
a
vir-
e santa
Rita
ouro.
sscusado
dizer
a
vantagem
dste
universal
acrdo.ude
da
perseverana,
teremos
completado
o
ideal
do
crftieo.
Interrogando
a vida
brasileira
e a natureza
americana, prosadores
e
y'
aber
a
matria
em
que
fala,
procurar
o
espfrito
de
um
Iivro,
des-
poetas
acharo
ali farto
manancial
de
inspirao
e
iro
dando
fisionomia
'
.
carnco,
aprofund-lo
at
encontrar-ll,e
a
alma
indagar
constantemente
Prpri
ao pensamento
nacional.
Esta
outra
,ndependncia
no
tem
sete
'1,
s
leis
do
belo,
tudo
so
com
a
mo
na
conscncia
e
a
conwco
nos
de Setembro nem
campo
de Ipiranga;
no
se
fara
num
dia, mas
pausa-
,
iill.
lbios,
adotar
uma
regra
desnida,
a
fim
de
no
cair
na
contradio,
ser
damente,
para sair
mais
duradoura; no
ser
obra de uma gerao
'
franco
sem
aspereza,
independente
sem
injustia,
tarefa
nobre
essa
nem
duas; muitas
trabalharo
para
e1a at
perfaz-la
de
todo.
t
''e
mais
de
um
talento
podia
desempenhar,
se
se
quisesse
ayfcar
exau-
sente-se
aqule
instinto
at nas
manifestaes
da
oyinio,
alis
mal
,
,
S'vamente
a
ela.
xo
meu
entender
mesmo
uma
obrigaao
de
todo
formada
ainda, restrita
em
extremo, pouco
solfcita,
e
amda menos
apai-
qule
que
se
sentir
com
fra
de
tentar
a
grande obra
da
annse
Xonada nestas
questes
de
poesia
e
hteratpra. H
nela um
instinto
que ,
onscinciosa,
solfcita
e
verdadeira.
uva
a
aplaudir
principalmente
as obras que trazem
os
toques nacionais.
@,
Os
resultados
seriam
mediatos
e
fecundos.
As
obras
que
passassem
,
*
iuventude
literria,
sobretudo, faz
dste ponto
uma
questo
de
legf-
l
do
crebro
do
poeta
para
a
conscincia
do
crftfco
em
vez
de
serem
timo
amor-prprio.
Nem tda
e1a ter
meditado
os
poemas
de
vruguai
)
ratadas
conforme
o
seu
bom
ou
mau
humor,
seam
sujeitas
a
uma
e Caramuru
com aquela
atenxo
qoue tais obras estao
pedindo;
mas
os
''
anlise
severa
mas
utg;
o
conselho
substituiria
a
intolerncia,
a
frmula
nomes
de
Basflio
da Gama
e
ourao so
citados
e
amados, como pre-
',.;.
'rbana
entrana
no
lugar
da
expresso
rustica,
-
a
imparcialidade
daria
cursores
da poesia brasileira.
A
razuo
que les buscaram
em
roda
de
'.t
leis,
no
lugar
do
capricho,
da
indferena
e
da
superficlalidade.
si
os elementos
de
uma
poesia nova,
e deram
os primeiros
traos de
.)
Isto
pelo
que
respeita
aos
qoetas.
Quanto
crftica
dominante,
como
nossa
fisionomia
literria,
enquanto
yue outros,
Gonzaga por
exemplo,
jlf
,
O
Se
poderia
sustentar
por
sI,
-
ou
procuraria
entrar
na
estrada
dos
respirando alis
os
ares da paria,
nao
souberam
desligar-se das faixas
/-
ekeres
diffceis,
mas
nobres,
-
ou
scaria
reduzida
a
conquistar
de
si
da
Arcdia nem
dos preceitos
dp
tempo. Admira-se-lhes
o
talento,
mas
'rt.
Prdpria,
os
aplausos
que
Ihe
negassem
as
inteligncias
csclarecidas.
no
se lhes
perdoa
o
cjado e a pastra,
e nisto
h mais
rro que acrto.
')p
)
e
esta
reforma,
que
eu
sonho,
sem
esperanas
de
uma
realizao
Dado que
as condies
dste escrito
o
permitissem
no
tomaria
eu
,
P'-xima,
viesse
mudar
a
suao
atual
das
coisas,
que
talentos
novos
Sbre
mnn a
defesa do
mau
yFto
dos poe tas
arcdicos
nem
o
fatal .'i
que
novos
escritos
que
estfmulos
que
ambies
A
arte
tomaria
novos
.
estrago
que essa escola
produzlu
nas
literaturas
portugusa
e brasileira.
'')',
aspectos
aos
olhos
dos
estreantes;
as lefs
poticas,
-
to
confundidas
N5.0 me parece,
todavia,
justa
a
censura
aos nossos
poetas' coloniais,
.'tC
htxe,
e
to
caprichosas,
-
seriam
as
unfcas
pelas
quais
se
aferisse
o
iscados daquele
mal; nem igualmente
justa a
de no
haverem
trabalhado
;7,
E
merecimento
das
produies,
-
e
a
steratura
almentada
ainda
hoje
para a independncia
literria,
quando
a independncia
polftica jazia
'
j'
t
POr
algum
talento
corajoso
e
bem
encaminhado
-
verfa
nascer
para
ela
ainda no ventre
do
futuro, e
mais que
tudo,
quando
entre
a metrpole
)
T
''m
dia
de
florescmento
e
prosperidade.
Tudo'
isso
depende
da
crftica.
e
a colnia
criara
a
histria
a
homogeneidade das
tradies,
dos cos-
)
f
Que
eIa
aparea,
convencida
e
resoluta
-
e
a
sua
obra
ser
a
mahor
tumes
e
da
educao.
As
mesmas
obras
de
Basflio
da Gama e olzro
t
obra
dos
nossos
dfas.
'
kseram
antes ostentar
certa
cr local
do
que
tornar
independente
a
).
'
qu
llteratura
brasileira,
literatura
que no existe
ainda,
que mal poder
3
Didrio
do
Rio
de
Janaro,
8
outubro
1865.)
ir alvoreccndo
agora.
7'.
Reconhecido
o instinto de nacionalidade
que
se
manifesta
nas obras
3
dstes t ll timos
tempos, conviria
examinar se
possufmos tdas as condi-
:
j
es
e
motivos
histricos
de uma nacionalidade
literria;
esta investi-
j
.
.
(
gao (porto
de dikergncia
entre literatos),
alm
de superior
s miphas
j
k
ti
j
7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira
2/5
.' :;
. .
.
.
C
.
..
.
r
.
)
;
. .
r
y
j;
.
.
.
1-
.
j
y
q
316
UACHADO
ps
Assgs
y
ossa
coupupg
g
sgo.
Lgj
cpjvgcg
j
zxjswyxzg
os
wgcgoxxupxpz
gj,
)
)
)
'
j
j
fras,
daria
em
resultado
Ievar-me
longe
dos
limites
dste
escrito.
Mka
'
J.
de Alencar, Macedo,
Sflvio
Dinarte
(Escragnolle
Taunay)
,
Franklin
l
1
l
t
rincipal
objeto
atestar
o
fato
atual;
ora
o
fato
o
instinto
de
que
Tvora, e
alguns mais.
5
'
i
'
falei
o
geral
desejo
de
criar
uma
literatur'a
mais
independente.
Devo acrescentar que nest e ponto
manifesta-se
s
vzes
uma
opinio,
i
1
'
.
.
yj
A
apario
de
Gonalves
oas
chamou
a
atenco
das mwsaq
1a.0011.;.0,
nn.
tenho
nor
errnea'.
a
aue
s
reconhece
espfrito
nacional
nas obras
C
l
.7
t para
a
llistrfa
e
os
costumes
fndianos.
os
-w,.r,z/)suN
vg-g-u
-,.
xn--;
-;-.w,.,,-7
xo-n-e
-gatamrde
assunto local,- doutrina
que,
a
ser
exata,
limitaria
muito
ki
6
Tabra
e
outros
poemas
do
egrgio
poeta
acenderam
as*
im
'-a
-gi-n
J'l-e
U.,
1
''J-s
cabedais da nossa literatura. Gonalves
Dias,
por exemplo ,
com
'
'
Vida
das
tribos
vencidas
h
muito
eIa
civgizao
foi
estudyda
nas
poesias
prprlas seria admitido no panteo
nacional.
se excetuarmos
os
LE
'
p
'
memrias
que
nos
deharam
os
cronistas,
e
interrogada's
dos
poetas,
tiran-
Timbras,
os
outros poemas americanos,
e
certo
nm'ero
de
composies,
i
l
.
'
.
.
:
d
-o-lhes
todos
alguma
coisa,
qual um
idflio,
nual um canto
Jruo,a
,wrtencem
os seus
versos nelo
assunto a
tda
a
mais
humanidade, cujas
:2
t
)
Houve
depois
uma
espcie
de
reao.
Ent
Jou
a
prevalece-rr-a
M''opfnio
''a-s-pi-raes,
entusiasmo, fr-aquezas
e dores geralmente
cantam'
e
excluo
.
.
de
que
no
estava
tda
a
poesia
nos
costumes
semibrbaros
anteriores
daf
as
belas Sextilhas de Frei
Anto,
que essas
pertencem
utnicamente
)g
ossa
civilizao
o
que
era
verdade
-
e
no
tardou
o
conceito
de literatura
portugusa, no s
pelo assunto que
o
poeta
extraiu
dos
,
jt'
que
nada
tinha
a
poesia
com
a
existia
da
raca
extinta
to
aifz-reno
historiadores
lusitanos,
mas
at
pelo
estilo
que 1e
hbilmente fz anti-
:
l
da
raa
triunfante,
-
o
que
parece
um
rro.
-
'
-
-----'*
ouado. o
mesmo acontece
com os seus
dramas, nenhum
dos quais
tem
7
'
E'
zerto
x-que
a
civilizao
brasileira
no
est
lieada
a/a
s-l,-m......
:-.,:-
-por
teatro
o
Brasil.
lria
longe
se
tivesse
de
citar
outros exemplos
de
y;
no
nem
clele
recebeu
influxo
algum.
e
isto
b
Oasta
pq-ra--h-n
'''/
'o
A
)U
'b
'Jk's
'cl-r
asa,
e
no
acabaria
se fsse necessrio
recorrer
aos estranhos.
Mas pois
'.
.
)
7
'
entre
as
tribos
vencfdas
os
tftulos
da'nossa
personalidade
literlria.
Mas
que
isto
vai
ser impresso em
terra
americana
e inglsa,
pergun' tarei
t',
'
p
se
isto
verdade
no
6
menos
certo
que'
tudo
maurfa
de
poesia
uma
simplesmente
se
o
autor
do
song 0/
uiawatha
no
o mesmo
autor
i
'
. F
i
'
Vez
que
traga
as
condies
do
belo
ou
os
elementos
de
que
ee
se
da
Golden
Legend que nada tem
com a terra
que
o
viu nascer
e
cujo
'.
Li
;
L
'
;
Compe.
os
que,
como
o
sr.
varnhagen
negam
tudo
aos
primeiros
cantor
admitvel
J.
e
perguntarei mais se
o
Hamlet
o otelo, 'o Jlo
?s
i
Povos
dste
pafs
sses
podm
lgicamente
'excluf-los
da
poesia
contem-
Csa'',
a Julita e R'
omeu tm
ulguma
coisa
com
a hlstria inglsa
nem
)
ornea.
parece-ke
entretanto
que
depois
ds
memrias
que
a
ste
com
o
territrio
britnico, e
se, entretanto,
shakespeare no alm
'
'
.
.
y
'p
respeito
escreveram
os
srs.
Ma'galhazes
e
Goncalvae
nlo.
-a-
z ,,-,..
de
um
enio
universal.
um ooeta
essencialmente ingls.
'
arredar
o
elemento indiano
da nossa
aplica
fo
i-n-tel-e
J
-t
J'al.ntFrrco
' suel a
No
f
dwida
que 'uma
li-teratura, sobretudo
uma
literatura
nascente,
r''
Constituf-lo
um
exclusivo
patrimnio
da
steratura
brasjleira;
rro
igual
deve
principalmente alimentar-se
dos assunt os
que lhe
oferece
a
sua
)
'
fra
certamente
a
sua
absoluta
excluso
As
trilms
indfgenas
cujos
usos
regio; mas
no estabeleamos
doutrinas t:o
absolutas
que
a
empobre-
j.
e
costumes
Joo
y'rancisco
usboa
cojava
com
o
Iivro
d'e
Tcito
e
am. o
que
se deve
exigir do
escritor
antes
de
tudo,
certo sentimento
t
'
7
OS
achava
to
semelhantes
aos
dos
antigos
germanos,
desapareceram,
fntimo,
que o torne homem do seu tempo
e
do
seu
pafs, ainda
quando
p
Certo,
da
rexio
que
por
tanto
tempo
fra
sua.
mas
a
raa
dominadora
trate de assuntos
remotos
no
tempo
e
no
espao. Um
notvel
crftico
.ri
.E
l
que
as
f .requentou,
colheu
inormaes
oreosas
e
nruloe
..----=-
da
y'ranca.
analisando h temoos um
escritor
escocs, Masson,
com
1.
Como
veruadeiros
elementos
poticos.
A
xxedade
a
umi-n
'g-u-ar
e
kam
r'ao'l
't
'r't'os
muito
a
J 'rto
dizia
que
do mes-mo modo
que sc podia ser
breto
sem
'k
arurnentos
de
maior
valia
devera
ao
menos
inclinar
a
imaginao
dos
falar sempre
do tojo, assim Masson era
bem
escocs, sem
dizer palavra
Jt
'
j
y
'
.
Poetas
para
os
povos
que
prfmeiro
bebram
os
ares
destas
regies
con-
do
cardo,
e
explicava
o
dito
acrescentando
que havia nle um
scoucismo
?
.
'
sorciando
na
Iiteratura
os
que
a
fatalidade
da
histria
divorciou.
'
interior, diverso e melhor
do que
se
fra apenas
superficial.
''
i
?'
Esta
laole
a opinio
triunfante,
ou
j
nos
costumes
puramente
india-
Estes
e outros pontos
cumpria crftiea
estabelec-los,
se tivssemos
t
k
nos,
tais
quais
os
vemos
nw,
nmbiras
de
oonalves
oias
ou
j
na
uma crftica
doutrinria,
ampla,
elevada,
correspondente
ao que
e1a
f
'
'
luta
do
elemento
brbaro
com
o
civgiza-do
tem
a
imaginao
litersria
em outros
pafses. xzo
a
temos.
H e tem havido
escritos
que tal nome
'jt
'
do
nosso
tempo
ido
buscar
alguns
quadros
'de
singular
efeito
dos
quais
merccem, mas raros,
a
espaos, sem
a influncia quotidiana
e profunda
l-'
t
f
are
,
por
exemplo
a
Iracema,
do sr.
:..
de
Alencar
uma
da's
rimeiras
que
deveram exercer.
h
falta
de
uma
crftica
assim um
dps
maiores
.>'?
obras dsse
fecundo'
brilhante
escritor.
'
P
7
Commeendendo
que
no
est
na
vida
indiana
todo
o
patrimnio
da
lnfls 2* 9t16 Pzdece a' nossa
literatura',
mister
que a anslise
corrija
ou
,t'
.
tos de
doutrina e
de
histria se investi-
.i
7
literatura
brasileira
mas
apenas
um
Iegado
to
brasgeiro
como
uni-
guele
Z
'KVCKV 07 QKe
OS
7on
:
,
belezas
se
estudem, que os senes se
apontem,
que o
.)
'
versal
no
se
limitam
os
nossos
escritores
a
e'ssa
s
fonte
de
inspirao.
fsto'
sezL1c ZS
'
a
ure e
eduque. e
se
desenvolva e caminhe aos altos destinos
s
costumes
civgizados,
ou
j
do
tempo
colonial,
ou
j
do
tempo
dc
que
a
esplram.
.
?
'
hoje,
igualmente
oferecem
imaginao
boa
e
Iarga
matria
de
estudo.
i
')
f
No
menos
que
les,
os
convida
a
natureza
americana,
cuja
magnificncfa
O
ROMANCE
)
'
ye
esplendor
naturalmente
desafiam
a
poetas
e
prosadores.
o romann,
oe
tdas as formas
vrias
as mais cultivadas
atualmente no Brasil
11
obretudo
apoderou-se
de
todos
sses
eletuentos
de
inveno
a
-'q
'e
so o
romance e a poesia
lfria;
a
mais apreciada
o romance, como
.
.
>
devemos,
entre
outros,
os
lfvros
dos
srs.
Bernardo
Guimares,
'que
bri-
alis
acontece em tda a parte
creio
eu.
so fceis
de
perceber ms
.
lhante
e
ingnuamente
nos
pinta
os
costumes
da
regio
em
que
nasceu,
causas
desta
preferncia
da
opiniaso
e
por isso
no me
demoro
em
aponu
t
.
'
1)
j
- i
7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira
3/5
.....
..
.
$
.y
..
I
y
.
...
)
.t
tj
s' $
j7
C
IONAIJDADE
S19
'
6
7
) CRITICA
I
INSTINTO
DF
NAC
t
)
818
MxcnxDo ozi
Assls
/
OBRA
ctlwzzzlzu
/
voL. ?JJ
'
t
t
lospedes,
mas
no
t
fz'
foom
Ztmi
bem-vindas
e
festejadas, como
.
?
,
i
tklas.
No se
fazem
agui
(falo
sempre
genricamente)
livros
de
filosofiw
:
Oe
o
govrno
da
casa. Os nomes gue
r
)
t
aliaram
,
famflia
nem
tomaram
$
de
lingfstica,
de
crlc,a
histrica,
de
alta
polica,
e
outros
assim,
que
=$e
:
1........
moanxem
a
nossa
mocidade s5o os do
periodo
romntlco;
L
heios
pafses
acham
fcil
acolhimento
e
boa
extrao; raras
so
PHZCPDO''LVMVV
''Y'**''*-''-
*
om OS
nossos,
'i
'j
'
em
a
se
vuo buscar para
fazer
comparaoes
c
os
escritores que
aqui
essas
obras e
escasso
o
mercado
delas.
O
romance
pode-se
dizer
.
..,.,.
la r
saui
muito
amor a
essas
comparaes
-
s5o
ainda
agu
-
t
i
y
7
ue
domina
quase
exclusivamente.
No
h
nisto
motivo
de
admirao
-
P0*Hk'*
At'
--'-
vftor
Hugos,
os
Gautlers,
)
j
V
2S 00m
tltlf
0
DOSSO
espirito
se
educou,
os
j
:
'
nem
de
censura,
tratando-se
de
um
pafs
que
apenas
entra
na
primeira
Mussets,
os
Gozlans,
os
Nervals.
E
r
'7
E
os
q
mocidade, e
esta
ainda
no
nutrida
de
slidos
estudos.
lsto
no
des-
yooofta
oor
sse
lado
o
romance brasileiro,
no menos O est
de ten-
g
y)
;
erecer
o
romance,
obra
d'arte
como
qualquer
outra,
e
que
exige
da
*h-H--
*-
jjticas,
e
geralmente
de
tdas
as
questes sodais,
-
o
que 7
i
do
escritor qualidades
de boa
nota, , dncias
PO
2
t
2
Parte
logio nem
ainda
censura,
mas
nicamente
para
,
.
o
digo
por
fazer e
,
)
Aqui
o
romance,
como
tive
ocasiso
de
dizer
busca
sempre
a
cr
local.
atvstar
o
fato. Esta
casta de
obras
conserva-se
agui
no
puro domfnio
f
1(
.
ida
brasileira
em
seus
dlferentes
aspectos
e
situaes.
Naturalmente
s
crises
socials
e
filosficas. Seus
principais
elementos
sso,
como
disse,
s
costumes
do
interior
so
os
que
cnservam
melhor
a
tradilo
nacio-
a
ointura
dos
costumes,
a
ltzta
das
palxes,
os
quadros
da
Jbattlr:ra,
'
l
nal;
os
da
capital
do
qafs:
e
em
parte,
os
de
algumas
cidades,
muitc
al
Sma vez
o
estudo
dqs
sentimentos
e
dos
caracteres;
com
esses ele-
'
.
.
k
E
mais
chegados
intluencla
europeia,
trazem
j
uma
feio
mista
e
mentos,
que
s;o
fecundlssimos,
possufmos
j
uma
galeria
numerosa
e
i,
ademanes
diferentes.
Por
outro
lado,
penetrando
no
tempo
colonial,
va-
a
muitos
respeitos notvel.
w
v
.
,.
.
'
y
mos
achar
uma
sociedade
diferente,
e
dos
livros
em
que
e1a
tratada,
wn
enero
dos
contos,
maneira de
Henri
Murger, ou
a
qe 1
rueoa,
.,
'
t
alguns
h
de
mrito
real.
:
--
c'de
ch.
oickens,
que
to
diversos
so
entre
si,
tm
havido
tenta-
'
'
ou
(jo
citar:
entre
outros,
No
faltam
a
alguns
de
nossos
romancistas
qualidades
de
observao
tivas mais ou
menos
fellzes,
yorm
raras:
cumprin
,
de
anlise,
e
um
estrangeiro
no
familiar
com
os
nossos
costumes
o
nome do
Sr. Lufs
Guimaraes
Jlinior,
lgualmente folhetlnista
elegante
?
Khal'
muita
Pgilla
illstrtltiva,.
DO
fomallce
ytlramente
de
anlise,
e
jovial.
f
Xnero
difcil,
a
despeito da
Stla
aparent
facilidade,
e creio
qj
OFISSiITIO
Cxemplar
temosy
ot1
porque
a
nossa
lndole
nb
nos
chame
i
uc
essa
mesma
aparncia
1he
faz
mal,
afastando-se
dle
os
escritores,
e
.
PZFR
Zij
O11
POFQID
Scja
CSt3.
Casta
de
ObFaS
aiflda
i1lCOmPat1VC1
cOm
a
no
1he
dando,
Penso
ell,
O
Ptiblico
tda
a
atenio
de que
1e
muitas
l.
,
nossa
adolescncia
literria.
vizes
credor.
(j
(
0
romance
brasileiro
recomenda-se
especialmente
pelos
toques
do
Em
resumo.
o
rmance,
forma
extremamente apreciada
e
j
cultiva
a
k
'
a
5.0
literria.
..
'
entimento, quadros
da
natureza
e
de
costumes,
e
certa
viveza
de
estilo
com
alguma
extensio,
um
dOs
thtllos
da Presente
ger
;
t
r
a uma
crftica mintlciosa
E
mui
adequada
ao
espfrito
do
nosso
povo.
H
em
verdade
ocasies
em
Nem
todos
os
livros,
repiio,
deixam de
Se pres
:
.
a z
a
jEt
'
tme
essas
qualidades
parecem
sair
da sua
medida
natural,
mas
em
regra,
e severa,
e
se
a
houvssemos
em
condies
regulares, crelo
que
OS
uelel-
;
t
.
ida/es
adquiririam
maior rea lce.
H
lt
conservam-se
estremes
de
censura,
vindo
a
sair
muitg
coisa
interessante,
tos
se
corrigiriam, e
as
boas qual
muita
realmente
bela.
O
espetsculo
da
natureza,
quando
o
assunto
o
geralmente
viva
imalinao,
instinto do belo,
ingnua
admirao
da
yj
.
m
de tudo isto
agudcza
e
obser- )t.
i
pede,
ocuta
notvel
lugar
no
romance, e
d
pginag
animadas
c
pit
natureza,
amor
s
colsas
ptrias,
e
al
)
rutos
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os h
de
dar
em
y
j
rescas,
e
nao
a:s
cito
por
me
no
divertir
do
objeto
exclusivo
dste
escrito,
vao.
Boa
e
fecunda
terra,
j
deu
t
)
ue
indicar
as
excelncias
e
os
defeitos
do
conjunto,
sem
me
demorar
muito
maior escala.
76
'
'
(.
em
pormenores.
H
boas
pginasg
como
digo,
e creio
at
que
um
grande
E j
7
A PoEslA
ft
k
amor
a ste
recurso
da
descriao?
excelente, sem
dtivida, mas
(como
)
'
;')
dizem
os
mestres)
de
mediano
efelto,
se no
avultam
no
escritor
outras
uo
da
crftica
seria
sobretudo
eficaz
em
relao
poes ia . Dos
j
t
alidades
essenciais.
A
a
gj() a 1860,
uns
levou-os
a
'jt
2
taS
tpe
apareceram no
decnio
de
1
Pelo
que
respeita
anlise
de
paixes
e
caracteres
so
muito
menos
P0e
Ajvares
de
Azevedo, Junqueira
l)j
e
alnda
na
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dos anos,
como
)
los que
podem satisfazer
crhica;
alguns
h,
porm,
frtor
excitam
na nossa
mocidade
,(.
.
comuns
os
exemp
j
iro
de
Abreu,
cujos
nomes
,
ade
uma
das
partes
mais
Freire,
Cas m
(j:
rso
menor porte.
..21
t
de
merecimento
lncontestvel.
Esta
,
na
ver
,
ugftjmo
e
skncero entusiasmo,
e bem
assim
outros
ificeis
do
romance,
e
ao
mesmo
tempo
das
mais
superiores.
Natu-
os que
sobreviveram
calaram
as liras;
e
se
uns
voltaram
as suas
aten-
'
)
r
t
ralmente
exige
da
parte
do
escritor dotes
no
vulgares
de
observao,
x
c .,..0
autrn
gnero
literrio,
.
como
Bernardo Guimaries,
outros
t
nda
em
literaturas
mais
adiantadas, no
andam
4
rdo
nem
so
'
t'eo
1''*'-
----
-
=
e
n;o
preparam
obras de
maior tomo,
y k
't
que,
a
wem
dos
louros
colhidos,
se
qu
ilha
do
maior
nmero.
V
ja
poeta que
j
pertence
ao
decnio
de
1860 a
1870.
)
$'
(
a
par
(j
vare
,
y
como
se
diz
e
basta
E
As
tendncias
morais
do
romance
brasileiro
so
gerplmente
boas.
Nem
jumo
prazo
outras
vocaes
apareceram e
ntlmerosas,
e
Neste
de
Almeida
'
todos
les
sero
de
princfpio
a
fim
irrepreensfveis;
alguma
coisa
haver
Itor
um
crsno.
um
Serra,
um
Trajano, um
Gentil-Homem
a
j
que
uma
crica
austera
poderia
apontar
e
corrigir.
Mas
o tom
geral
.
W*'*- -
r
'
1 s um
Lufs Guimares,
um
Rosendo Mo11lZ,
Mm
2
raga,
um
Castro
A
ve
,
strar
y
bom.
Os
livros
de
certa escola
francesa,
ainda
qbe
muito
lidos
entre
jos
Ferreiras
um
Ltcio de
Mendona,
e
tantos mais,
para mo
Car
jsa;
e
se
algum dstes,
i
.
ns,
n;o
contaminaram
a
literatura
brasi leira, nem
sinto
nela
tendncias
sia
contempornea
pode
dar
muita co
,
ue
a
poe
ara
adotar
as suas
doutrinas,
o
que
j
notsvel
mrito.
As
obras
de
t
('
1)
',,..
.
'
:
7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira
4/5
..t
i
(
,y,
820
'X
6
'
SjAMCAADO
DE
Assls
/
OaRA
ctwzzsza
y
vog..
w
cuvgcg
y
gxsvgyvo
os
NACIONAUDADE
gc1
'(
t;
j
como
castro
Alves,
pertence
eternidade
seus
versos
podem
servir
e
Induuei
os
traos
gerais. H
alguns defeitos
peculiares a alguns
livros,
E
i
t
ervem
de
incantivo
.s
vocaes
nascentes'
?
j
Competindo-me
dizer
o
nue s'r-la.a
-a- -.-'-1
----,-
. .
Como
por
exemplo,
a
antftese,
creio
que
por
imitaco de vftor
Huco.
t
.'
'
poetas
de
recentfssima
data
)
meff
M'or-dAOiriel
*Lo
'an
'm Ck'-''-
i'-
', -
tt- 0- K-
l1O-m.
C
s.
aos
Nem por isso
acho
menos
condenvel o
abuso
de
Qma
figura
que, -se
.'
$
cujos
defeitos
me
parecem
eraves. cnln-v- -aZAC'''/
**
%-OVJt?-
l
e7--'F
Wa
Uomlnante,
nas
mos do
grande
poeta
produz grandes
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pode
constituir
i
t
dar
muito
de
si,
no
caso
d
J
adot'ar
-la
M'-ne-ct?e Ysh-s
''r-ia
ovim
'JZ
S
C
QlO
Poder
'a
abjeto.
de
imitao,
nem
sobretudo elemento
de
escola.
'i
:
N0
faltam
nossa
atual
poesia
fogo
nem
J
Wstru.
VG'os
versos
publi-
cYr
1o
tclc,
laF
mKucitlz
pzl'te
da
Poesia que, justamente
preocupada
com
a
)
l
dos
so
geralmente
ardentes
e
trazem
o
cunho
da
inspirao.
xc
s
porque
insere
1
VCZCS
numa
funesta
iluso.
Um
poeta
no
nacional
j?a
ins
tsto
na
cr
local;
como
acima
disse.
tdnq
o
,----- -
-- ,
Os
Seus
versos
muitos
nomes
de
flres
ou
aves
do
)
;
ls
Ou
menos brillaante
resultado
; 'basta-nd
J
Q*J
*
i f't
Jr
'n'ecs
I
I
itmcas
J
Omas
P2A
ipsr'e
Ja-se
ea
POc
J
r
j
do
J
,
''mm:
Kzfionalidade
de
vocabulrio
e
nada
mais.
.
q
Lj)
,
ma
utr
.as
d
.uas
recentes
obras,
as
uinuturas
a.-
n-x---,..,--
0-.-
s
preciso que
a
imagina,o
lhe
d
os
seus
f
Ylmdros
de
J.
serra,
versos
estremados
dos
Y'-aafulk',
nn
b'e
**.,
'-*-U
k---r-eSP-
0-..
e
,
os
toques?
e
que
stes
sejam
naturais, no de
acarrto. os
defeitos
uue
l
ncres
cent
arei
que
t a
m
b
m
n o
fal
t
a
y
o e '-s
i
U
--
-a
I
u
a l
*1
7
s'Jk'n
')
Xm
l
S
nnt
Qo '
2
Cd
'a
1
aZlri
f
;
'ZZnOa C Ka
tlCt
a
Od
Oe
J
aj
t
0mSp
otens
he
Ospcor
incorr
igf
veis
;
a
c
rf
t
i
c a o s
em
-en
-
t
t'
rooesuooeredopmuadaceuqDzvmona
Xterior.
Que
precis
a
el
a
entao
?
sna
o
ue
oeca
a
gcraco
melhores leis
.
com
as
bo
as
qu
alidadelobir
de
trazer
s
vocaes
as
L'
f
'
presente?
y'alta-lhe
um
pouco
mais
de
correo
e
Agsto-;
peca
n-a
ntre-
na
recente
escola
de
que falo
basta
a
a
'
pidez
s
vzes
da
expresso,
na
impropriedade
das
imagens,
na
obscuri-
apaiecesse
uma
grande
vocaazo
potica, qul
dsO
tempo' e Se
entretanto
'
-
l
dade
do
pensamento.
A
imaginao,
que
a
h
deveras,
no
raro
desvaira
fora
de
dvida
que
os
bons
elementos
entrarilmfizesse
reformadora,
j
j
e
se
perde
chegando
obscuridade
hjprbole
quando
apenas
buscava
'
e
poesia
nacional
restariam
as
tradies
do
perfolm
melhor
Caminho,
tk
a
novidade
e
a
grandeza.
Isto
na
aita
poesia
lfrica
-
na
ode,
diria
eu,
.
0
''omntico.
t
E
)
j.
.,
yyse
inda
subsistisse
a
antiga
potica;
na
poesia
fntl'ma
e
elegfaca
encon-
o a'sx- ra.o
il
'
tram-se
os
mesmos
defeitos
e
mais
um
amaneirado
no
dizer
e
no
sentir
T
que
tudo
nzostra
na
poesia
contempornea
grave
doena,
que
i ssta par te
pode
reduzir-se
a
uma linha de
reticncia.
xo
la
atual-
7,
'
fra
combater.
Bem
sei
que
as
cenas
majestosas
da
natureza americana
exgem
do
plente teatro
brasileiro,
nenhuma
pea
nacional
se
escreve,
rarfssima
'
poeta
imagens
e
expresses
adequadas.
o
condor
que
rompe
dos
Andes,
deilrllcional
Se
''epresenta.
As cenas
teatrais
dste
pais
viveram
sempre
h
.
o
pampeiro
que
varre
os
campos
do
sul,
os
grandes
rios,
a
mata
virgem
nacion/l
9es'
O
Q''e
no quer
dizer
que
no
admltissem
alguma
obra
t,
COm
tdas
as
suas
magnificncias
de
vegetao,
-
no
I,
dvida
que grau da
doellit''d'3
''PZ''*Cia'
Hoie'
que o
gsto
pblico
tocou
o
ltimo
:
'
so
painis
que
desasam
o
estro,
mas,
por
isso
mesmo
que
so
grandes,
tisse
com
volancia
e perverso,
nenhuma esperana
teria
quem
se
sen-
:?
.'
devem
ser
trazidos
com
oportunidade
e
expressos
com
simplicidade.
Ambas
beria,
se
o
quil
P'''-''
COOPO''
Obras severas
de
arte.
Quem
lhas
rece-
.
essas
condies
faltam
poesia
contempornea,
e
no
que
escasseem
mgica
aparatosa,
tlli''a
a
Cantiga burlesca
ou
obscena,
o
canc, a
t')
.
modelos
que
af
esto,
para
s
eitar
trs
nomes,
os
srsos
de
Bernardo
y,
todavia
a
continulrooot''e fala
aOS Sentidos
e
aos
instintos
inferiores?
it
c
q;
Guimaraes,
varela
e
Alvares
de
Azevedo.
um
vnico
exemplo
bastar
plos
no
remotos,
que
muilxo-
teriam
as
voeaes
novas alguns
exem-
.
.
'
ara
mostrar
que
a
oportunidade
e
a
smplicidade
s,o
cabais
para
repro-
dias
do
Pena,
talento sincero
ezlrbiaviam
de
animar.
xo
falo
da
com-
yl
duzi/
uma
grande
imagem
ou
exprimir
uma
grande
idia.
s-os
nmbiras,
aperfeioar-se
e
empreender
obrlsinz'
' Q''cm
S
faltou
viver
mais
para
.?
7,
b
''ma
Passagem
em
que
o
vellao
ogib
ouve
censurarem-lhe
o
filho,
tragdias
de
Magalhes e dos
dramasdlemc/or
V'Sto;
nem
tambm
das
'y
j
orque
se
afasta
dos
outros
guerreiros
e
vive
s.
A
fala
do
ancio
Agrrio.
Mais
recentementea
nestes
ltimos
Od''VYVeS
Dias, Prto
Alegre
e
'r)
.
P
Comea
com
stes
primorosos
versos:
j
I
ovimento.
Apareceram
entot'ze
0b' Q''Z't0VZ*
''DOS'
bot've
l'
'
t
ta
ou qua
rp
os
dramas e comdias
do
c
q
/)
;
So
torpes
os
anuns . ouo
nm
>.-.-a-- w-:---
Sr.
1.
de
Alencar, que ocupou
o primeiro lugar
na nossa
escola
realista
;.
,
So
maus
os
caitus
'
qnue-e
--m
v
Q?a a
Hask'kas'cilelYmiy''''
CI.o0t1i2S
Obras
Demnio
Famill'ar
e
Me
so
de
notvel
merecimento.
r1f
t
smente
o
sabi
aem
szlnho
go
em
seguida
apareceram
vrias outras
composies
dignas
do aplauso
u9
E
szinho
o
condor
aos
cus
'remonta.
que tiveram,
tais
como
os
dramas
dos
Srs.
Pinheiro
Guimares, Quin-
'f
'
:
j
Nada
mais
oportuno
nem
mais
singelo
do
que
isto.
a
eseola
a
que
,
tctndo Boeaittva
e
alguns
mais;
mas nada disso
foi
adiante.
os
autores
.f.
aludo
o
exprinuria
a
id:ia
com
to
simples
mejos,
e
faria
ma,,
por-
garoasoe
enfasuaram
da
cena
que a pouco e
pouco
foi
decaindo
at
che-
?
.
$
.''
que
temos hoje,
que
nada.
;?
q'e
o
sublime
smples.
sra
para
desejar
que
eIa
versasse
e
meditasse
A
provfncia
ainda
no
foi
de todo invadida
pelos espetculos
de
t
on amente
stes
e
outros
modelos
que
a
literatura
brasileira
llae
oferece.
feira;
ainda l
se representa
o
drama
e
a
comdia,
-
mas no aparece,
.
t
:
erto,
no
lhe
falta
como
disse,
imaginao;
mas
esta
tem
suas
regras
que me
conste, nenhuma
obra
nova
e original.
E com
estas
poucas
.1
o
estro
leis
e
se
har
casos
em
que
les
rompem
as
Ieis
e
as
regras,
J
.
lnhas fica
liquidado
ste
ponto.
'
t).'
Porque
as
fazem
movas,
porque
se
chamam
Shakespeare,
Dante, Goeyhe
l l
i
Cames.
?
t
'
.
.
'
'
2'
,
i
.
j(
.
p
:
k
7/25/2019 Machado Nacionalidade Instinto Literatura Brasileira
5/5
. . .
.
.
y.j
jg
..
: :
u...
p
.
4
.
'
.
.''
'
t
g
.
,
8.z3
)
j
.
822
MACHADO
DE
ASSIS
j
OSRX
COMPLETA
1
VOL.
lll
x
j
z4
Novx
Geagfam
k
j
CRJTIC
.
)
l
5*
.
z
:
1
A
LfNGUA
:
,
t
'
.
.
.
)
.
'
'..
'
Entre
os
muitos
mritos dos
nossos
livros
nem
sempre
figura
o da
'
L
A
NOVA
GERACAO
'
lt
7
pureza
da
linguagem.
N5o
raro
ver
interealado
em
bom
estilo
os
rjj
y
olecismos
da
linguagem
comum,
defeito
grave,
a
que
se
junta
o
da
'
'
r t)
xcessiva
influncia
da
lfngua
francesa.
Este
ponto
objeto
de
diver-
'p
t
gncia
entre
os
nossos
eseritcres.
Divergncia
digo,
porque,
se
alguns
I
k
$7
'
?
.
.
caem naqueles defeitos por
ignorncia
ou
preguia,
outros
h
que
os
j
'
adotam
por
princfpio,
ou
antes
por
uma
exagerao
de
princfpio.
jjj
sx-as xs
uma
nova
gerao
Potica,
gerao
Viosa
e
galharda,
.
(
o h
dtvida
quc
as
lfnguas
se
aumentam
e
alteram
com
o
temm
c lwka de
fervor
e
convicio.
MaS
hav>r
tambm
uma
poesia
nova,
uma
)
)kas
necessidades
dos
usos e
costumes.
Querer
que
a nossa
pare
no
tuntativa,
ao
menos? Fra absurdo
neg-lo;
h
uma tentativa
de
poesia
t
ulo
de
quinhentos, um
rro
igual
ao de
afirmar
que a
sua
trans-
-
uma
expresso
incompleta,
difusa, transitiva,
alguma
coisa
'
s
nova,
o
'
' ..
plantao
para
a
Amrica
no
lhe
inseriu
riquezas
novas.
A
ste
respeito
ue
se ainda no o futuro,
n;0
j
o
Passado.
Nem
tudo Our
,
,
revela
de bom
il
a
influncia
do
povo
decisiva.
H,
portantor
certos
modos
de
dizer,
.
xssa oroduo
recente;
e o
mesmo
Ouro
nem Sempre
se
locues
novas, que
de
fra
entram
no
domfnio
do
estilo
e ganham
gat
J,.
no
h um fleyo
igual
e constante;
mas
o
essencial que um
j
'
qtl
t
'
ireito
de
cidade.
7
zto
novo
parece anlmar a
geraxo qtle alvorece,
O
essencial
que
lt
k
esp
d um
Mas
se isto
um
fato
incontestvel
e se
verdadeiro
o
grincfpio
sta gera:o
nxao
se
quer
dar ao
trabalho de
prolongar
o
ocaso
e
t
5
t
,j
que
dle
se
deduz,
no
me
parcce
aceitavel
a opinio
que
admlte
tdas
dja que
vertladeiramente
acabou.
t.
t,t
?
as
alteraes
da
linguagem,
ainda
aquelas
que
destrem
as
leis
da
sintaxe
J
algunla
coisa. tsse dia,
que
foi
o
Romantismo,
teve
as suas
noras
.j
f.
e a
essencial
pureza
do
idioma.
A influncia
popular
tem
um
limite;
ge
arrebatamento,
de
cansao
e pOr
f
iln de Sonolncia,
at
que sobreveio
,
O
escritor
nO
est
Obrigado
a
receber
e
dar
cllrso
a
tudo ()
que
()
;
a
tarde
e
negrejotl
a
noite.
A
110Va
geraqo
Chasqtleia s Vzes
do Roman-
5
.
$
abuso,
o
capricho
e
a
moda
inventam
e
fazem
correr.
Pelo
ontrrio,
timmn
xo
se
oode
exigir
da
extrema Juventude
a
exata
ponderaio
das
.
,)
f
e exerce
tambm
uma grande parte
de
influncia
a
ste
respeito,
depu-
u-ks
Ya
's;
n:o h
V
impor
a
reflexo ao
entusiasmo.
De
outra
sorte,
essa
.t
'
do
a
linguagem
do
povo
e
aperfeioando-lhe
a
razo.
QO
jdo
que
a
extinio
de um
grande
movimento literrio
1
i
ran
j
advert
t
geraso
ter a
u
afirmou;
,
.
eitas
as
excees
devidas
n:o
se
lem
muito
os
clssicos
no
Brasll'
.
no
imnorta a
condenao
formal
e
absoluta de
tudo
o
que.
.
.
,
ntre as
excees
poderia
eu
citar
at
alguns
escritores
cuja
opinio
-algum
r
coisa
entra
e
flca
no
Peclilio
do
espfrito
humano. Ma1S
tIO
qtle
q
j
ter-
:
'
iversa
da
minha
neste
ponto,
mas
que
sabem
perfeitamente
os
clsssi-
njngum,
estava e la
obrigada a
no
ver no
Romantismo um
simples
n
.
S YSXOZ
COiSa
i
cos.
Em
geral,
porm,
no
se
lem,
o que
um
mal.
Escrever
como
regno,
um
brilhante
pesadelo,
um
efeito
sem causa,
ma
q
Azurara
ou
Ferno
Mendes
seria
hoje
um
anacronismo
insuportvel.
Cada
:
ma is que,
se
n0 deu
tudo o
que
Prometia, deixa
quanto
bas ta para legi-
j
rdades
i
tempo
tem
o
seu
estilo.
Mas
estudar-lhes as
formas
mais
apuradas
da
tim-lo.
Morre
porque
mortal.
%A.s
teorias
yassam,
mas
as
ve
s
da
''
'
linguagem,
desentranhar
dles
mil
riquezasa
que,
,
fra
de
velhas
se
nxessrias devem
subsistir''.
lsto
que
Renan (hzia
h
POtlCOS
mese
ia e
tfte' A
Poesia
)
'
azem
novas,
-
no
me
parece
que
se
deva
desprezar.
Nem
tudo
tinham
religio
e
(1a
cincia,
podemos
aplic-lo
poes
r
dito que
ao
periodo
t
os
antigos,
nem
tudo tm
os
modernos;
com
os
haveres
de
uns
e
outros
nuo
,
no
pode
ser
eterna
repetio; est
dito e
re
i
uece
o peclio
comum.
tneo e
original
sucede
a
fase da
convenso e
do
prlxesso tcnico,
:'
que
se
enr
q
qy
.
spon
jy em
forceja por
que-
y
Outra
coisa
de
que
eu quisera
persuadir
a
mocidade
que
a preci-
e
ento
que a
poesia,
necessidade
virtual
do
om
,
c
:
Ta1
O
destino da
musa
romhntica.
Mas
:
pitao
no
1he
afiana
muita
vida
aos
seus
escritos.
H
um
prurido
brar
o
molde
e
substituf-lo.
-;.x
of
komyhgm
t
:
de
escrever
muito
e
depressa;
tira-se
disso
glria, e
no
posso
negar
que
nuo h
sts
inadvertncia
naquele
desdm
aos
moos;
vwm
tu
.'----
,
ue
os
caminho
de
aplausos.
H
inteno
de
igualar
as
criaes
do
espirito
um
pouco de
ingratido. A
alguns
dles, se
a musa
nova
q
GOU;
e X
0S h
;E
.
com
as
da
matria,
como
se
elas
no
fssem
neste
caso
inconciliveis.
amamenta,
foi
aquela
grande
moribunda
que
os
g
aa
muito
embora
um
homem
a
volta
do
mundo
em
oitenta
dias;
para
que
ainda
cheiram ao
puro
leite
romnticb.
)
oetas.
Eles
E
ma
obra-prima
do
espfrito
so
precisos
alguns
mais.
contudo
acho
legftima
explicao ao
desdm dos
nov'os
13
:
lvas
as
excees,
)
Aqui
termino
esta
noticia.
Viva
imaginao,
delicadeza
e
fra
de
abriram os
olhos ao
som
de t m
lirismo
pessoal, que
sa
is
trivial
e
chcha. A
r
sentimentos,
graas
de
estilo,
dotes
de
observao
e
anlise,
ausncia
.r.
a
mais
enervadora
mlisica
PIASSCVeI,
a ma
.
.
,, ,w
a-
-,x..
L.
t
s
vzes
de
gsto,
carncias
s vzes
de
reflexo
e
pausa,
lfngua
nem
*--
ja
subjetiva
chegara
efetivamente
aos
derracelros
llmls
ut
wn-
'(
poes
fiada de
coisas
piegas e
vtll-
r;
semgre
pura,
nem
sempre
copiosa,
muita
cr
lcal,
eis
aqui
por
alto
os
eno,
descera
ao
brinco
pueril,
a
uma
en
i
itivamente
acabado',
e
se
)
defeltos
e
as
excelncias
da
atual
literatura
brasileira,
que
h
dado
ares;
os
grandes dias
de
outrora
tinham
7oS
.
V
EY
YZ
Vinha
aquecer
a
Poesia
transida
:
bastante
e
tem
certfssimo
futuro.
de
lonye
em
longe,
algum
raio
uto,
j
2
Zo
efz' O
SO1.
De
envolta
com
debilltada,
era
talvez
uma
estr
,
i
j
O
Nt/i'o
Mundo,
Nova
Iorque,
24
maro
1873.)
0
ncia
grave, o
desenvolvimento
daS
cincias
mO-
'
6
tlma
Circunst
6
ocorreu
k
j
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