LÍNGUA PORTUGUESAPCNPs Ana Luísa e Maria
José
Habilidade avaliadaH(36) Inferir a perspectiva do narrador em uma narrativa literária ,justificando conceitualmente essa perspectiva.(GIII)
TEMACompreensão de textos literários
O galo que logrou a raposa
Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa, desapontada, murmurou consigo: “...Deixa estar, seu malandro, que já te curo!...” E em voz alta:
-Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais. Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinha, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desses poleiros e venha receber o meu abraço de paz e amor.
-Muito bem! –exclamou o galo. Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldades e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que eles também tomem parte da confraternização.
Ao ouvir falar em cachorros, dona raposa não quis saber de histórias, e tratou de pôr-se a fresco, dizendo:
- Infelizmente, amigos Có-ri-có-có, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para outra vez a festa, sim? Até logo.
E rapou-se.
Com esperteza, esperteza e meia.
Monteiro Lobato - Fábulas
(A) pelo galo. 15,6 %
(B pela raposa 10,5%
(C) pelo cachorro 4,5
(D) pelo narrador observador 69,4
A)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, têm dificuldades em identificar o foco narrativo.
(B)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, têm dificuldades em identificar o foco narrativo.
(C)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, têm dificuldades em identificar o foco narrativo.
(D)Resposta correta: os alunos identificaram , na superfície textual, as marcas linguísticas formais( pronomes , advérbios) que indicam o ponto de vista da narrativa.
Habilidade avaliada
H(44) Inferir a perspectiva do narrador em uma narrativa literária ,justificando
conceitualmente essa perspectiva.(GIII)
TEMA
Compreensão de textos literários
Leia o trecho de Machado de Assis para responder a questão
“Ao fundo, por trás do balcão, estava sentada uma mulher, cujo rosto amarelo e bexiguento não se destacava logo, à primeira vista; mas logo que se destacava era um espetáculo curioso. Não podia ter sido feia; ao contrário, via-se que fora bonita, e não pouco bonita; mas a doença e uma velhice precoce, destruíam-lhe a flor das graças. As bexigas tinham sido terríveis; os sinais, grandes e muitos, faziam saliências e encarnas, declives e aclives, e davam uma sensação de lixa grossa, enormemente grossa. Eram os olhos a melhor parte do vulto, e aliás tinham uma expressão singular e repugnante, que mudou, entretanto, logo que eu comecei a falar. Quanto ao cabelo, estava ruço e quase tão poento como os portais da loja. Num dos dedos da mão esquerda fulgia-lhe um diamante. Crê-lo-eis, pósteros? essa mulher era Marcela.
Marcela lançou os olhos para a rua, com a atonia de quem reflete ou relembra; eu deixei-me ir então ao passado, e, no meio das recordações e saudades, perguntei a mim mesmo por que motivo fizera tanto desatino. Não era esta certamente a Marcela de 1822; mas a beleza de outro tempo valia uma terça parte dos meus sacrifícios? Era o que eu buscava saber, interrogando o rosto de Marcela. O rosto dizia-me que não; ao mesmo tempo os olhos me contavam que, já outrora, como hoje, ardia neles a flama da cobiça. Os meus é que não souberam ver-lha; eram olhos da primeira edição.”
Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas
(A)entristece-se por vê-la em má solução ,mesmo sabendo que ela desde sua juventude, já não vivia bem.
(B)reconhece a beleza imutável de Marcela e consegue entender por que em sua juventude cometera tantos desatinos por ela.
(C)toma consciência de que, mesmo depois de tanto tempo, continua amando Marcela com a mesma intensidade.
(D)passa a questionar se os desatinos em sua juventude por Marcela valeriam a pena, de fato.
(E)lamenta a sua situação decrépita, mas sente-se bem por saber que ela paga pelo sofrimento que lhe causava.
A - 12,0% B -28,8% C- 24,6% D – 27,7% E- 7,0%
(A)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, não compreenderam o texto.
(B)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente ,compreenderam o texto parcialmente.
(C)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, não compreenderam o texto.
(D)Resposta correta: os alunos compreenderam o texto o que foi solicitado. Consideraram os sentimentos e as reflexões do narrador-personagem quando reencontrou a mulher em outra situação que não aquela vivida em sua juventude .Observaram a mudança de perspectiva memorialista do narrador em relação aos fatos narrados.
(E)Resposta incorreta: os alunos, provavelmente, não compreenderam o texto
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
Habilidade avaliadaH(36) 8ª Série/9º Ano -Inferir a perspectiva do narrador em uma narrativa literária ,justificando conceitualmente essa perspectiva( GIII )
TEMACompreensão de textos literários
SARESP
CURRÍCULO LÍNGUA PORTUGUESA
1ª Série – 1º Bimestre 1ª Série – 1º Bimestre
A questão apresenta, para a leitura, uma narrativa de ficção que exige do leitor um nível de interpretação mais elaborado, porque alterna sentimentos e atitudes contraditórias.
O problema está em observar a perspectiva memorialista do narrador-personagem em relação ao fato narrado. O texto apresenta dois espaços distintos que se entrelaçam pela avaliação de um passado implícito, observado pelo ângulo do presente.
O caminho de reflexão que sugerimos aqui é :
Analisar as habilidades exigidas em cada nível de desempenho;
Analisar as questões do SARESP;
Fazer a relação entre as questões e o currículo do Estado de São Paulo;
Traçar planos de ação para desenvolver as capacidades de linguagem que os alunos ainda não dominam;
Troca de experiências entre os professores;
Apresentação das ações para garantir o desenvolvimentos das habilidades necessárias em cada série;
Matrizes de referência do Saresp; Relatório Pedagógico 2011; Currículo Oficial SEE/Caderno do
Professor e Caderno do Aluno; Material de Recuperação; Livro Didático; Recursos tecnológicos
Escola sempre será o lugar do conhecimento, porém articulado com a questão da competência, nos termos em que ela se coloca hoje
Mobilizar recursos
Nova configuração de competência e de situação-problema: preservar o passado como organizador de nosso presente naquilo que ele tem e melhor e organizar um presente em nome desse futuro.
Os sistemas de avaliação são elaborados com o objetivo de testar a capacidade do estudante em cinco grandes competências, que podem ser assim resumidas: dominar linguagens, compreender fenômenos, enfrentar situações-problema, construir argumentação e elaborar propostas;
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