Patrícia Tavares
LIBERAÇÃO MIOFASCIAL NA OTIMIZAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL:
revisão narrativa
Belo Horizonte
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
2017
Patrícia Tavares
LIBERAÇÃO MIOFASCIAL NA OTIMIZAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL:
revisão narrativa
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada no Curso de
especialização de Fisioterapia Esportiva da Escola de Educação
Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade
Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção
de título de Pós-Graduado em Fisioterapia Esportiva.
Orientador: Alysson Lima Zuin
Belo Horizonte
Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG
2017
RESUMO
INTRODUÇÃO: A Liberação Miofascial é amplamente utilizada no tratamento das condições
músculo-esqueléticas para restaurar o comprimento ideal, diminuir a dor e melhorar a função.
Estudos recentes sustentam a transmissão de energia através da fáscia que pode ocorrer nas
tarefas funcionais. Clinicamente essas tarefas são medidas por testes de desempenho físico
(testes funcionais). O presente estudo propõe investigar através de uma revisão narrativa da
literatura se há melhoras no desempenho funcional promovidas por emprego de técnicas de
liberação miofascial, evidenciadas em testes de desempenho aplicados corriqueiramente na
prática clínica. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Pedro,
Medline, Lilacs, Scielo, Cochrane sem restrição de língua e data inicial para pesquisa, com
data final novembro de 2017, e realizada uma nova pesquisa para se obter em íntegra os
artigos apontados em revisão. Como palavras chave foi utilizada a combinação dos termos
myofascial, release, performance. RESULTADO: Foram encontrados 29 artigos, e após
leitura dos resumos 15 foram selecionados. Estes apontaram 13 artigos que contemplavam o
tema, não se conseguindo acesso gratuito a 6. Foram então incluídos seis artigos, todos
experimentais e publicados nos últimos 5 anos, e excluído um por não cumprir os critérios de
inclusão. Como amostra, três utilizaram atletas, dois indivíduos fisicamente ativos e um
utilizou pacientes com Acidente Vascular Cerebral crônico. O tempo de intervenção variou
de 2 a 4 sessões em indivíduos atletas e fisicamente ativos e 8 semanas para pacientes com
AVC. O protocolo de liberação miofascial variou de 1 a 5 séries e as durações foram de 30”,
60” e 2’ em indivíduos atletas e fisicamente ativos, e 10’ e 20’ em pacientes com AVC.
Foam roller rígido foi o instrumento mais frequente, presente em 6 estudos, sucedido de stick
ou bola de tênis, em um estudo. Um estudo não utilizou a liberação miofascial combinada
com algum protocolo de aquecimento. O salto vertical foi o mais prevalente, presente em 5
estudos; Pro-agility, 3 estudos; salto horizontal, 2 estudos; Berg Balance Scale e Timed 'Up &
Go' , 1 estudo. Dois estudos apontam melhoras estatisticamente significativas em testes
funcionais após a liberação miofascial e um apontou melhora clinicamente relevante. Três
estudos relatam ausência de mudanças estatisticamente significativas. CONCLUSÃO: Foram
poucos os estudos encontrados que investigaram alterações promovidas pela liberação
miofascial através dos testes funcionais empregados corriqueiramente na prática clínica. Os
resultados mostraram-se inconclusivos, com falhas no cumprimento do protocolo descrito
para melhores efeitos com o emprego da técnica, sendo necessário mais estudos para
fundamentar a implementação clínica da liberação miofascial e sua repercussão no
desempenho funcional bem como para sustentar a propriedade de tensigridade neste âmbito.
Palavras-chave: Liberação Miofascial. Performance. Testes Clínicos.
ABSTRACT
INTRODUCTION: Myofascial Release is widely used in the treatment of musculoskeletal
conditions to restore optimal length, decrease pain, and improve function. Recent studies
support the transmission of energy through the fascia that can occur in functional tasks.
Clinically these tasks are measured by physical performance tests (functional tests). The
present study proposes to investigate through a narrative review of the literature if there are
improvements in functional performance promoted using myofascial release techniques,
evidenced in performance tests applied routinely in clinical practice. METHODS: A search
was conducted in Pedro, Medline, Lilacs, Scielo, Cochrane databases without language
restriction and initial research date, with a final date set to November 2017, and a new
research was done to obtain in full the articles pointed out in review. As keywords, the
combination of the terms myofascial, release, performance was used. RESULTS: We found
29 articles, and after reading the abstracts 15 were selected. These included 13 articles that
addressed the theme and 6 were not available for free access. Six articles were included, all of
them experimental and published in the last 5 years, and excluded one because they did not
fulfill the inclusion criteria. As a sample, three studies used athletes, two used physically
active individuals and one used cronic stroke patients. The intervention time ranged from 2 to
4 sessions in athletes and physically active individuals and 8 weeks in stroke patients. The
myofascial release protocol ranged from 1 to 5 series and durations were 30", 60" and 2 ' in
athletes and physically active individuals, and 10' and 20' in stroke patients. Hard foam roller
was the most frequent instrument, present in 6 studies, succeded by stick or tennis ball, in one
study. One study did not use myofascial release combined with any warmup protocol. The
vertical jump was the most prevalent, present in 5 studies; Pro-agility, 3 studies; horizontal
jump, 2 studies; Berg Balance Scale and Timed 'Up & Go', 1 study. Two studies report
statistically significant improvements in performance tests after myofascial release and one
reported clinically relevant improvement. Three studies reported absence of statistically
significant changes. CONCLUSION: Few studies have investigated the changes promoted by
myofascial release through the functional tests used routinely in clinical practice. The results
were inconclusive, with failures to comply with the protocol described for better effects with
the use of the technique, and further studies are necessary to support the clinical
implementation of myofascial release and its repercussion on functional performance as well
as to support the property of tension in this scope.
Keywords: Myofascial release. Performance. Clinical Trials.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 5
OBJETIVO ................................................................................................................................. 8
METODOLOGIA ....................................................................................................................... 9
RESULTADOS ........................................................................................................................ 11
DISCUSSÃO ............................................................................................................................ 17
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 21
5
INTRODUÇÃO
Os anatomistas realizam a distinção do termo fáscia entre superficial e profunda; estes termos
indicam as relações topográficas do tecido em relação à pele. A fáscia superficial (panniculus
adiposus, tela subcutânea, hipoderme, subcutis) é uma camada de folhas de colágeno,
juntamente com fibras elásticas bem organizadas que mostram um curso ondulante que está
diretamente abaixo da pele. Já a fáscia profunda é uma folha mais espessa de tecido
conjuntivo, principalmente denso, no qual esta contido todos os ossos, cartilagens, músculos,
tendões, ligamentos e aponeurose. (NATALE et al., 2014). O termo fáscia também é
apontado como folhas densas de tecido planar (como septos, músculos, articulações e
cápsulas de órgãos, retináculos) que inclui a dura-máter, periosteum, perineuro, camada
fibrosa de discos vertebrais, cápsulas de órgãos e mesentéro; e densificações locais desta rede
sob a forma de ligamentos e tendões, que formam uma rede de tensão interligada que se
adapta o seu arranjo e densidade de fibra de acordo com a demanda local de tensão e destaca
seus atributos funcionais. (NATALE et al., 2014).
Descrições recentes remetem como uma rede de tecidos colágenos que fazem parte de um
sistema de transmissão de força (BEARDSLEY e SKARABOT, 2015; KUMKA e BONAR
2012), uma rede de tensão que interconecta todo o corpo com propriedades biomecânicas das
estruturas de tensigridade (ROBERT, HEIKE e WERNER, 2012, TURVEY e FONSECA,
2014). Composta por elementos de compressão e tensão, onde os primeiros não são contínuos
entre si e não transmitem a compressão diretamente um ao outro já os segundos estão
dispostos continuamente e distribuem diretamente sua carga de tensão para todos os outros
elementos de tensão. (ROBERT, HEIKE e WERNER, 2012). Estas vias miofasciais são
apontadas por permitir que a tensão produzida por um músculo se propague fora de seus
limites e potencialmente afete estruturas do corpo não adjacentes a ele. In vivo, com o
alongamento ou contração fisiológica do músculo latíssimo do dorso se observou uma atuação
adjacente na articulação do quadril (CARVALHAIS et al. 2013); também foi demostrado a
existência de transmissão de força miofascial entre as articulações dos membros inferiores
onde ocorreu um deslocamento da posição de repouso do tornozelo e as mudanças no torque
passivo do tornozelo devido às modificações das posições do joelho / quadril (MARINHO et
al., 2017). Alguns autores sugerem que a alteração da flexibilidade fascial pode ser uma fonte
6
de desalinhamento corporal, potencialmente levando a uma fraca biomecânica muscular,
alinhamento estrutural alterado, menor força e coordenação motora. (AJIMSHA et al., 2015).
Ao longo dos anos técnicas de terapia manual para o tratamento das condições músculo-
esqueléticas tornaram-se cada vez mais populares e a liberação miofascial é um exemplo que
se tornou amplamente utilizado (MCKENNEY et al., 2013), para restaurar o comprimento
ideal, diminuir a dor e melhorar a função (AJIMSHA et al., 2015). A terapêutica geralmente
envolve pressão lenta e sustentada aplicada em camadas faciais restritas, diretamente (técnica
na qual a pressão aplicada é de alguns quilos de força suficiente para entrar em contato com a
fáscia restrita, promovendo tensão ou afundando a fáscia para lentamente) ou indiretamente
(técnica na qual a pressão aplicada é de alguns gramas de força envolve um alongamento
suave orientado ao longo do caminho de menor resistência, as mãos tendem a seguir a direção
das restrições faciais, mantendo o estiramento e permitindo que a fáscia se solte até o
movimento livre ser alcançado) (AJIMSHA et al., 2015). Por extensão, a auto-liberação
miofascial (SMFR) é um tipo de liberação que se tornou popular na última década (BOYLE,
2006 in KALICHMAN e DAVID, 2017) que é realizado pelo próprio indivíduo ao invés de
um clínico, muitas vezes usando uma ferramenta (BEARDSLEY e SKARABOT, 2015).
A transmissão potencial de força através da fáscia é apontada pode estar presente em tarefas
funcionais comuns, nas quais o quadril, o joelho e o tornozelo estão flexionados
concomitantemente, tais como posições estáticas agachadas, agachamento e salto
(MARINHO et al. 2017). Essas tarefas clinicamente são medidas de diferentes maneiras,
através do uso de medidas de redução de risco, medidas de auto-relato e medidas de
desempenho físico, testes funcionais. Este último é apontado como o melhor meio para imitar
a atividade funcional real do paciente (REIMAN e MANSKE, 2011).
Sabendo que a energia é capacidade de produzir força, realizar trabalho e gerar calor
(WILMORE, COSTILL e KENNEY, 2010) e que pelo princípio de conservação de energia,
nenhuma energia pode ser destruída (GOMES, 2015). Uma vez que alguns estudos apontam
que a transmissão de força tênsil (BEARDSLEY e SKARABOT, 2015; KUMKA e BONAR
2012; CARVALHAIS et al. 2013; MARINHO et al. 2017) se dá através da fáscia e que
alteração da flexibilidade fascial leva a alterações (AJIMSHA et al., 2015) que podem ser
correlacionadas diretamente o desempenho físico (REIMAN e MANSKE, 2011). E que
parece existir uma lacuna na literatura quanto as alterações em atividades real do paciente
promovidas pela implementação de técnicas de liberação miofascial. O presente estudo se
7
propõe a investigar através de revisão na literatura alterações em testes funcionais advindas da
implementação de técnicas de liberação miofascial na pratica clínica, ampliando evidências
que sustentem a propriedade de tensigridade da fáscia e a aplicação clínica de técnicas de
liberação miofascial para melhora do desempenho nas atividades cotidianas
8
OBJETIVO
Realizar uma revisão na literatura buscando identificar alterações no desempenho funcional
oriundas da implementação de técnicas de liberação miofascial, quantificadas através de testes
funcionais implementados corriqueiramente na pratica clínica de profissionais da área de
saúde, ampliando evidências que sustentem a propriedade de tensigridade da fáscia e a
aplicação clínica de técnicas de liberação miofascial.
9
METODOLOGIA
Foi realizada uma pesquisa nas bases de dados Pedro, Medline, Lilacs, Scielo, Cochrane sem
restrição de língua ou data inicial para pesquisa, com data final Novembro de 2017. Para tal
pesquisa foram utilizados os portais de busca Bireme, Pubmed, CAPES e Scihub. Como
palavras chave foi utilizada a combinação dos termos myofascial, release, performance. Foi
realizada pesquisa subsequente para se obter em integra dos artigos apontados em revisão de
literatura e obter a descrição necessária para o desfecho deste estudo. Todos os dados foram
descritos considerando o desfecho do presente estudo, sendo desconsideradas variáveis que
não fossem foco do nosso estudo.
Critérios de inclusão
Foram incluídos estudos de revisão e /ou estudos experimentais que contemplassem em sua
terapêutica a liberação miofascial, ou a auto liberação miofascial e quantificaram o desfecho
através de algum teste funcional/ performance. Como teste funcional/ de desempenho foram
considerados: Teste sentado-pé (Repeated Sit-to-Stand); Teste de Caminhada de 15, 24 m
(Fifty-Foot Walk); Flexão de Tronco Repetida (Repeated Trunk Flexion); Teste Alcance com
Carga (Loaded Reach); Teste de Fadiga dos extensores (Sorensen Fatigue Test); Teste Fadiga
dos extensores em 60 segundos; Arremesso sentado; Passe sentado; Arremesso para trás
sentado; Arremesso para trás em ortostatismo; Arremesso em padrão de rotação; Salto com
apoio em um braço; Y teste para Membro Superior, CKCUEST; Salto unilateral à distância
(hop index); Salto triplo à distância; Salto de lado; Salto de 6 metros por tempo; Salto
unipodal em figura 8; Salto unilateral cruzado; Salto vertical; Salto no quadrado; Salto com
subida e descida; Figura em 8; Corrida em zig-zag; Line drill; Teste Slalom; Shuttle Run;
Teste de Agilidade T-Test; Teste de Agilidade de Illinois; Star Excursion Balance Test; SEBT
simplificado; Agachamento Bilateral; Teste do Degrau (Step-Down e Step-Up Test); Lateral
Step-Down Test, Landing Error Score System (LESS) – Real Time LESS; Berg Balance
Scale (BBS), Timed 'Up & Go' (TUG) test.
10
Critérios de exclusão
Foram excluídos estudos que utilizaram a técnica de liberação miofascial, mas não
apresentavam em seu desfecho de variáveis descritas por testes funcionais e que tinham como
grupo de intervenção não humanos.
11
RESULTADOS
Foram encontrados total de 29 artigos, sendo 7 artigos no PEDRO, 21 Medline, Lilacs 0,
Scielo 0, Cochrane 1. Através da leitura do resumo, foram selecionados 15 artigos para leitura
em integra. Destes não se obteve o acesso gratuito a 5 artigos, sendo desconsiderados. Após a
leitura, foram listados 13 estudos que tinham o tema como foco, sendo realizada uma nova
pesquisa através dos portais para obter em íntegra a descrição necessária para o desfecho
deste estudo. Destes, não se obteve o acesso gratuito a 6 estudos, sendo então
desconsiderados. Após leitura dos 7 estudos, 1 não cumpriu os critérios necessários.
Conforme figura 1.
Figura 1: Fluxograma.
Fonte: Elaboração própria, 2017.
Todos os 6 estudos incluídos foram experimentais e foram publicados nos últimos 5 anos.
Como amostra 3 estudos utilizaram atletas, 2 estudos indivíduos fisicamente ativos e 1
pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) crônico, sendo mais frequente o sexo
masculino. O tempo de intervenção variou de 2 a 4 sessões em indivíduos atletas e
12
fisicamente ativos; e 8 semanas para pacientes com AVC. O protocolo de liberação miofascial
foi variável quanto ao número de series (1 a 5), e duração (indivíduos atletas e fisicamente
ativos 30’’, 60’’, 2’ e 10’, 20’ para pacientes com AVC). O foam roller rígido foi o
instrumento de liberação mais frequente nos estudos (6 estudos) sucedido de stick ou bola de
tênis (um estudo). Apenas um estudo não utilizou a liberação miofascial combinada com
algum protocolo de aquecimento. Em todos estudos o tempo de duração do aquecimento foi
de 5 minutos. O salto vertical foi o teste funcional mais prevalente (5 estudos), seguido Pro-
Agility (3 estudos), salto horizontal (2 estudos) e Teste Berg Balance Scale e Timed 'Up &
Go' (1 estudo).
Dois estudos (PEACOCK et al., 2014; PARK e HWANG, 2016) apontam melhoras
estatisticamente significativas após a liberação em testes de desempenho e um
(MACDONALD et al., 2013) uma melhora clinicamente relevante. Três estudos (MIKESKY
et al., 2002; HEALEY et al., 2014; PEACOCK et al., 2015) relatam ausência de mudanças
estatisticamente significativas para implementação da liberação em testes de desempenho.
Não houve mudanças estatisticamente significativas no desempenho do salto vertical em três
estudos (MIKESKY et al., 2002; HEALEY et al., 2014; PEACOCK et al., 2015); um estudo
apontou a presença dessas mudanças (PEACOCK et al., 2014) e um relatou uma melhora
clinicamente relevante (MACDONALD et al., 2013). No desempenho do salto horizontal um
estudo (PEACOCK et al., 2015) apontou ausência de mudanças estatisticamente significativas
para a implementação da liberação miofascial e um (PEACOCK et al., 2014) a presença
dessas mudanças. Quanto ao desempenho no Pro-agility dois estudos (PEACOCK et al.,
2015; HEALEY et al., 2014) apontaram ausência de mudanças estatisticamente significativa e
um (PEACOCK et al., 2014) a presença. Já para o desempenho no Berg Balance Scale e
Timed 'Up & Go' um estudo (PARK e HWANG, 2016) apontou mudança estatisticamente
significativa. Os dados referentes aos estudos são descritos em detalhes em tabela a seguir,
Tabela 1.
13
TABELA 1- Estudos
Autor/ ano Objetivo Amostra T Protocolo C I Teste E p
MIKESKY et
al., 2002
Avaliar os
efeitos
agudos do
stick na
força
potência e
flexibilidade
30A
7 H 23 M
IM
19.1 ±1.1
4 dias
1 dia
familiarização
3 intervenções
1 série 2’ totais
Instrumento:
stick
Regiões:
Glúteo,
isquiotibiais,
quadríceps e
tríceps surais
Auto liberação
5’ de
aquecimento
padronizado +
estimulação
elétrica
simulada
(placebo)
5’ de
aquecimento
padronizado
+ liberação
SV
Placebo 19.7 ±0.4
Stick 20.2 ± 0.6
< 0,05 s/
mudanças
MACDONALD
et al., 2013
Comprovar
se a auto
liberação
com o rolo é
eficaz na
recuperação
dos danos
musculares
induzidos
pelo
exercício
20 FA
20 H
IM 25.1
±3.6
5 dias
1 orientação
4 intervenção
2 séries 60”
totais
Instrumento: foam roller
rígido
Regiões: coxa;
glúteos.
Bilateral
Auto liberação
5’
Aquecimento
padronizado e
fortalecimento
excêntrico
5’ Aquecimento
padronizado e
fortalecimento
excêntrico +
liberação
SV Altura pré
C 46,5 ±7,0cm
I 1,7 ±7,9 cm
24h C -6% I 0% #
48h C -5% I 1% #
72h C 0% I 0%
Efeito > 0,02
com
diferença
clinica
provável
>75%#
14
HEALEY et al.,
2014
Determinar
se a auto
liberação em
rolos antes
de testes
funcionais
pode
melhorar o
desempenho
26 FA
13 H 13M
IM 21,56
±2,04
3 dias
1
familiarização
2 intervenções
1 série 30” em
cada região
Instrumento foam roller
rígido
Regiões:
quadríceps,
isquiotibiais,
triceps surais,
grande dorsal ,
romboides
Auto liberação
Aquecimento
dinâmico +
planking
Aquecimento
dinâmico +
Liberação
SV
PA
SV Altura foam
roller H
58.32±7.21
M39.95±7.77
SV Potencia foam
roller
H3793.77±58.32M
2276.92±343.56
Altura planking
H58.03±7.41
M37.81±7.09
Potencia planking
H3897.46±836.45
M 2361.23±411.41
PA foam roller
H5.37±0.36
M6.24±0.65
PA planking
H5.24±0.27
M6.39±0.79
≤ 0,001 não
houve
diferenças
15
PEACOCK et
al., 2014
Determinar
se auto
liberação em
rolo
combinada
com
aquecimento
dinâmico
melhora o
desempenho
agudo
11 A
11H
IM
22.18 ±
2.18
2 dias
intervenção
5 séries 30
Instrumento: foam roller
rígido
Regiões:
torácicas/
lombares /
glutea/
isquiotibiais/
panturrilha/
quadríceps/
peitorais
Após
aquecimento
Auto liberação
Aquecimento
geral 5’
Aquecimento
dinâmico 5’.
Aquecimento
geral 5’
Aquecimento
dinâmico 5’ +
liberação
SV
SH
PA
SV aquecimento
dinamico
67.66±9.79
liberação
72.97±10.60
SH aquecimento
dinâmico
228.60±25.25
liberação
237.84±25.45
PA aquecimento
dinâmico 4.97±0.24
liberação 4.80±0.16
SV =0,012*
SH = 0,007*
PA = 0,001*
PEACOCK et
al. 2015
Comparar e
investigar
diferenças
agudas no
desempenho
provocadas
pela auto
liberação em
regiões de
eixo médio
lateral e
antero
posterior
16 A
16 H
IM
21.9 +-2.0
2 dias de
intervenção
5 séries 30”
Instrumento: foam roller
rígido
Regiões: médio
lateral ou
anteroposterior
(tronco /
MMII)
Auto liberação
aquecimento +
liberação em
região médio
lateral
Aquecimento +
liberação em
região antero
posterior
SV
SH
PA
SV médio lateral
70.7±10.2 antero
posterior 68.4±9.3
SH médio lateral,
240,2 ±23,4
anteroposterior,
239,7 ± 26,3
PA médio lateral
4.8±0.2
anteroposterior
4.8±0.2
SV = 0,129
SH = 0,814
PA = 0,149
16
PARK e
HWANG , 2016
Investigar os
efeitos da
liberação
miofascial
em membros
inferiores
utilizando
bola de
tênis, o
equilíbrio do
paciente
com
acidente
vascular
cerebral
crônico
8 pacientes
AVC
crônico
estáticos (6
hemiplegia
D e 2
hemiplegia
E)
5H 3M
IM 50-80
8 semanas de
intervenção,
com
frequência de
3 vezes na
semana
1 série no MI
afetado (fáscia
plantar10’,
tríceps sural
20’,
ísquiotibiais,
ligamento
sacrotuberal e
parte
superficial da
linha posterior)
Instrumento
bola de tênis
Liberação
realizada por
fisioterapeuta
- - BBS
TUG
BBS pré
29.75±15.00
4 semanas
34.75±15.73
8 semanas
37.50±16.96
TUG pré
61.52±41.43
4 semanas
51.30±34.28
8 semanas
53.30±35.48
BBS =
0,001*
TUG =
0,034*
H= homens; M: mulheres; A: atletas; FA: indivíduos fisicamente ativos; IM: idade media; T: tempo de intervenção; Protocolo: protocolo de liberação utilizado no
estudo; C: grupo controle; I : grupo de intervenção; Teste: teste funcional utilizado; SV: salto vertical; SH: salto horizontal; PA: Pro-agility;BBS: Teste Berg Balance
Scale; TUG: Timed 'Up & Go'; E: efeito, desfecho encontrado; p: nível de significância; *p< 0.05 pré versus pós # medida descrita como clinicamente relevante.
17
DISCUSSÃO
O presente estudo teve como objetivo realizar uma revisão na literatura buscando identificar
alterações no desempenho funcional oriundas da implementação de técnicas de liberação
miofascial, quantificadas através de testes funcionais implementados corriqueiramente na
prática clínica de profissionais da área de saúde, ampliando evidências que sustentem a
propriedade de tensigridade da fáscia e a aplicação clinica de técnicas de liberação miofascial.
Os dados mostraram-se inconclusivos e heterogéneos quanto ao protocolo de liberação
aplicado, os grupos de controle, medidas de resultado, o tempo de seguimento, e apresentação
de dados.
Dois estudos, (PEACOCK et al., 2014; PARK e HWANG, 2016) apontam melhoras
estatisticamente significativas após a liberação em testes de desempenho e um
(MACDONALD et al., 2013) uma melhora clinicamente relevante. Três estudos (MIKESKY
et al., 2002; HEALEY et al., 2014; PEACOCK et al., 2015) relatam ausência de mudança
estatisticamente significativas para implementação da liberação em testes de desempenho. Se
consideramos que um dos estudos (PEACOCK et al. 2015) que aponta ausência de diferenças
estatisticamente significativas se propôs a verificar comparativamente o efeito da liberação
em áreas corporais distintas no desempenho do salto vertical, salto horizontal e teste Pro-
Agility, os resultados encontrados mostram uma pequena tendência favorável à
implementação da técnica na melhora do desempenho funcional.
Quanto à amostra, os estudos apresentaram um número variável de 8-30 indivíduos. Apenas o
estudo de Mikesky et al. (2002) relatou a realização de cálculo amostral, o que é de suma
importância para garantir a representatividade da população alvo (PATINO E FERREIRA,
2016) e Healey et al. (2014) discorre que o número da amostra utilizado foi adequado para
defender o nível de significância. Quanto à população, três estudos utilizaram atletas, dois
utilizaram indivíduos fisicamente ativos e um utilizou pacientes com acidente vascular
cerebral (AVC) crônico, o que pode ser explicado pela popularidade da técnica entre atletas e
indivíduos ativos, visando melhorar a recuperação e o desempenho (CHEATHAM et al.,
2015).
18
Em um estudo o terapeuta era quem realizava a liberação miofascial tendo a bola de tênis
como instrumento. Cinco estudos utilizaram a auto liberação, quatro o instrumento era o
“Foam roller” e em um o Stick. Beardsley e Skarabot (2015) descrevem o rolo de espuma
como a ferramentas mais comumente utilizada para autoliberação, corroborando com os
resultados encontrados.
Todos os quatro estudos que utilizaram o rolo como instrumento, descreveram em sua
metodologia o uso do rolo rígido. O rolo rígido multinível é apontado como mais eficaz do
que um rolo de bio-espuma com base na medição das pressões de contato e em sua
capacidade de cobrir a maior quantidade de área de superfície muscular durante a liberação
(SCHROEDERE e BEST, 2015; CURRAN e CRISCO, 2008). Desta forma não há
possibilidade das medidas de desempenho desses estudos terem viés em seus resultados
correlacionadas a escolha inadequada do instrumento. Um estudo utiliza como instrumento o
Stick, um dispositivo usado de forma semelhante ao rolo de espuma que cada vez mais é
usado por atletas (HALPERIN et al.., 2014 in KALICHMAN e DAVID, 2017). Mikesky et
al., (2002) afirma que os fabricantes recomendam 30 segundos para promover melhora na
flexibilidade, força e energia. Porém, não verificou uma melhora estatisticamente significativa
com uso agudo do instrumento. Um outro estudo utilizou como instrumento a bola de tênis o
que segundo Robertson (2008) in KALICHMAN e DAVID (2017) é adequado para tratar
músculos ou fáscia com área de superfície menor.
O tempo de intervenção variou de 2 a 3 sessões em indivíduos saudáveis e 8 semanas em
pacientes com quadro patológico. O protocolo de liberação miofascial foi variável quanto ao
número de series 1 a 5 e duração (atletas e indivíduos fisicamente ativos 30’’, 60’’, 2’,
pacientes pós AVC 10’, 20’). A liberação miofascial, varia consideravelmente na técnica,
pressão, tempo de tratamentos individuais e o número total de sessões de tratamento.
(AJIMSHA et al., 2015). Em auto liberação com rolo tendo como objetivo o aumento do
desempenho o tempo mínimo é de 90’’, 3 series 30’’ ou 2 series de 1’ (SCHROEDERE e
BEST, 2015). Já para trazer benefícios a curto prazo na flexibilidade quando a técnica é
associada com o aquecimento são de 2 a 5 series com duração de 30’’ a 1’ ou 2 a 5 series de
5’’a 2’ (CHEATHAM et al., 2015). No estudo MIKESKY (2002) utilizou uma serie de 2’ e
HEALEY (2014) 1 serie de 30’’ que poderia explicar a ausência de melhora significativa
apontada em seus estudos.
19
Volumes maiores que 90 segundos por grupo muscular são apontados como prejudiciais à
capacidade de produzir força continuamente (MONTEIRO e NETO, 2016). Contudo, PARK
e HWANG (2016) em seu estudo encontrou melhora estatisticamente significativa em Teste
Berg Balance Scale e Timed 'Up & Go' implementando um tempo superior. Na pratica clinica
os testes são utilizados para desfechos relacionados ao controle postural e independência
funcional respectivamente. Estes requerem a produção de uma força continua, mas se
destinam a avaliação de uma população com características especificas o que poderia explicar
o resultado estatisticamente significativo apontado pelo estudo.
Protocolos com tempos similares ao utilizado no estudo PARK E HWANG (2016) foram
encontrados na literatura no combate aos efeitos adversos da dor muscular tardia, que podem
levar a decréscimos no desempenho físico em atletas. PEARCEY et al. (2015) em seu estudo
afirma que auto liberação em rolo com duração de 20’ imediatamente após o exercício e, a
cada 24 horas, pode reduzir a probabilidade de sensibilidade muscular e diminuição nos
movimentos dinâmicos que envolvem várias articulações. E três series de 20’ podem melhorar
substancialmente a recuperação após a dor muscular tardia e aliviar a sensibilidade muscular.
Embora a situação de quadros neurológicos crônicos não seja similar ao quadro agudo de dor
muscular tardia o aumento do tempo de aplicação de auto liberação do estudo mostra
respostas promissoras no restabelecimento da função do corpo em situações de fragilidade do
sistema. Também há estudos que apontam efeitos diversos embora com evidencias limitadas
na melhoria da função arterial, melhoria na função endotelial vascular, aumento agudo na
atividade do sistema nervoso simpático (BEARDSLEY e SKARABOT, 2015) que também
estão presentes no quadro de AVC.
Um pequeno número de estudos já descrito foi incluído na presente revisão narrativa, devido à
dificuldade em acesso gratuito a estudos com o recorte proposto. Isto pode ter contribuído
para heterogeneidade encontrada e não retratar o cenário de evidencias que corroboram para
otimização do desempenho funcional através dos testes funcionais empregados na pratica
clínica, embora retrate o cenário do acesso a informação da maioria dos profissionais de
saude. Importante destacar que cinco dos estudos utilizaram a técnica o auto liberação
associada a algum tipo de aquecimento, porem nenhum retrata os melhores efeitos previstos
para a auto liberação, segundo Cheatham et al., (2015) os melhores efeitos são quando
combinado com estiramento estático após o exercício.
20
CONCLUSÃO
Foram poucos os estudos encontrados que investigavam as alterações promovidas pela
liberação miofascial através dos testes funcionais empregados corriqueiramente na pratica
clínica de profissionais da área de saude. Os resultados mostraram-se inconclusivos, com
falhas no cumprimento do protocolo descrito para melhores efeitos com o emprego da técnica,
sendo necessário mais estudos para fundamentar a implementação clínica da liberação
miofascial e sua repercussão no desempenho funcional bem como para sustentar a
propriedade de tensigridade neste âmbito.
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