LAMPIÃO & LANCELOTE
Leonardo Ribeiro Martins3º A
Lampião
Virgulino Ferreira da SilvaFoi o segundo filho de José Ferreira da Silva e de Maria Selena da Purificação. Tinha como irmãos:
Antônio, João, Levino, Ezequiel, Angélica, Virtuosa, Maria e Amália.
Lampião teve uma infância comum a todos os meninos de uma baixa classe média sertaneja:
aprendeu a ler e a escrever, mas logo foi ajudar o pai, pastoreando seu gado. Trabalhou também com seu pai como almocreve - pessoa que transportava mercadorias a longa distância no lombo de burros.
Lancelote
Cavaleiro BrancoEra filho do Rei Ban de Benoíc e da Rainha Helena,
mas foi raptado ainda criança pela Dama do Lago, que o educa e o torna o melhor cavaleiro da Távola Redonda e mestre-de-armas do Rei
Artur.Era o cavaleiro mais cobiçado pelas damas, mas por uma feitiçaria acabou casando-se com a filha do rei Pelinore e, com isso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, com quem passou a ter encontros furtivos e a quem
realmente pertencia o seu coração.
Literatura de cordel
A literatura de cordel é um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos
ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome que vem lá de Portugal, que tinha a tradição de
pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, herdamos o nome (embora o povo chame esta
manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não
estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes
mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como
também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.
Estrutura Narrativa
A medieval fada Morgana lança um feitiço que conduz o cavaleiro Lancelote, da Távola Redonda do rei Arthur, a uma
viagem que o faz atravessar tempos e espaços. O cavaleiro, então, desembarca no século XX, no sertão nordestino, onde
encontra o Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira, o famoso Lampião. Confrontados
os dois "heróis", dá-se um duelo que começa em briga e termina em festa.
Elementos da Narrativa
Transita entre alguns dos diferentes gêneros típicos da literatura de cordel. Voltando à
classificação popular nome dado aos cordéis com 24 páginas ou mais – são divididos em
quatro grandes categorias: de amor, de sofrimento, de luta e de reinos encantados. A narrativa de Vilela é, seguramente, um
romance de luta que se passa em um reino encantado.
Intertextualidade
Esse livro se relaciona com alguns filmes, como O Auto da Compadecida e o Rei
Arthur.
Verossimilhança
Esse livro mostra muito sobre a nossa realidade, sobre o sertão brasileiro, os
estilos, as tradições, o jeito nordestino de se comunicar com as pessoas. E também
mostra o medievalismo, como era antigamente na Europa, naqueles tempos
medievais e rústicos.
O Encontro entre o Real e o Imaginário
O que poderia acontecer se o nosso famoso cangaceiro do sertão nordestino se encontrasse com um dos cavaleiros medievais da Távola-Redonda do Rei Arthur? Cada um usou o seu tipo de
linguagem.Mesmo cada um em universos totalmente
distantes no tempo e no espaço.Foi completamente diferente e inusitado,
nunca imaginaríamos 2 mundos se encontrando num só.
Linguagem
Cada um usará de sua linguagem, com seu léxico particular, para responder ao outro. É
assim que Vilela mescla dois universos distantes, tanto no que tange ao texto quanto às ilustrações. Aquele, é versado na sextilha de cordel e narrado em prosa, no tom das
novelas de cavalaria; uma mistura interessante, que confere humor e uma certa
malícia ao texto. As imagens refletem o ambiente sertanejo pelas xilogravuras e o
medieval pelo carimbo e desenhos inspirados em iluminuras e pinturas renascentistas.
Músicas relacionadas as personagens
Estampie
Xaxado e Xote
Estilo do Autor
Utilizou a literatura de cordel e as novelas de cavalaria. Inicialmente utilizou métrica para narrar os momentos de Lancelote e suas falas. Também métrica tradicional do cordel nos diálogos dos personagens (até pelo fato de o duelo acontecer no
Nordeste brasileiro), deixando para usar a prosa na travessia de Lancelote.
Análise de Sentido
A narrativa é leve, descontraída, sutilmente bem-humorada e acessível. Vilela mantém
rigoroso respeito aos parâmetros das influências literárias que buscou - o cordel e as narrativas de cavalaria - revigorando-as com
um léxico atual e significativo. O texto destaca-se de suas fontes populares sem negá-las,
artificializá-las ou torná-las meras notas pitorescas e usa, com adequação, nos
momentos certos, a sextilha heptassilábica do cordel ou o parágrafo altissonante do romance
de cavalaria.
Imagem
Localização Geográfica
O livro se baseia no sertão brasileiro, mas no inicio começa no período medieval é a
primeira aparição de Lancelote, e em seguida no deserto onde aparece o
Lampião.
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