JORNALZENANO 7 SETEMBRO/2011 nº 79 R$ 1,50 www.jornalzen.com.br
AUTOCONHECIMENTO • SAÚDE • CULTURA • BEM-ESTAR • CIDADANIA
Taunay DanielZENZENZENZENZENTREVISTA
Pág. 3
Silvia Lá Mon
Fotos: Amanda La Monica
CÍRCULO VIRTUOSO O evento promo-vido em Campinas pelo Cenapec, comapoio do JORNALZEN, teve início dia 30com palestra de padre Haroldo e apre-sentação da cantora Lyra. As palestrasacontecem todas as terças, às 19h30.
Leia na página 9artigo do psicólogo
Mario Celestinode Oliveira sobre
hipnoterapiacognitiva
(sonoterapia)
BEM NUTRIRPág. 19
Viva BemPág. 18
JORNALZEN2 SETEMBRO/2011
AGENDAZENZENZENZENZENCAMPINAS
APITERAPIA17 e 18/9 – curso com Stefan Stangaciu (pre-
sidente das Sociedades Romena e Alemã de
Apiterapia), na Tulha do Parque Ecológico de
Campinas. Mais informações: (19) 9188-3310
CONSCIÊNCIA ESPIRITUAL23 e 30/9; 7 e 14/10, das 19h30 às 21h30 –
série de encontros “O Caminho da Libertação
Espiritual”, com Luiz Antônio Trevizani, na
MaeveDux (Rua Dr. José Ferreira de Camar-
go, 244 - Nova Campinas). Inscrições e mais
informações: (19) 3396-6414 e 3396-6416
CONSTELAÇÃO FAMILIAR11/9, das 8h30 às 13h30 – workshop com
Antonio Carlos Abreu (Toni). Local: Rua dos
Bandeirantes, 318 (Cambuí). Inscrições e
mais informações: (19) 3252-1565
CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS 1em grupo e individuais (familiar, profissional,
organizacional e educacional). Local: Maeve
Dux (Rua José Ferreira de Camargo, 244 -
Nova Campinas). Mais informações: (19)
3396-6414 ou [email protected]
CONSTELAÇÕES SISTÊMICAS 2curso para autoconhecimento e formação –
último módulo (“As ordens do amor na família:
casais, pais e filhos, parceiros anteriores).
Mais informações: (19) 8126-1870 ou
voucons te la r@gmai l . com.Prog rama
completo em www.novosvinculos.com.br
CULTURA GNÓSTICA* 12/9, às 20h – palestra na Biblioteca Pública
Guilherme de Almeida (Rua Cabo Oscar Ro-
sin, 63 - Sousas). Aberto ao público. Inscrições
e mais informações: (19) 3381-2034, 3381-
7869 e 8155-7211 ou [email protected]
* 17/9, às 15h – palestra “2012 – Mitos e Ver-
dades”, na Escola Dona Castonina Cavalheiro
(Rua Prefeito Passos, 95 - Vila Itapura). Aber-
to ao público. Inscrições e mais informações:
(19) 3381-2034, 3381-7869 e 8155-7211 ou
ESTUDOS SOBRE O AMOR12, 19 e 26/9, às 20h – palestras “Homosse-
xualidade e inclusão social”, com Joaquim
Zailton Motta; “Cenas amorosas – um ensaio
teatral para o GEA”, com Roque Silveira; e
“Leitura dramática”, com Luiz Terribele Jr.; no
ISI - Instituto de Saúde Integrada (Rua Barre-
to Leme, 1.552 - térreo, sala 9). Encontros
do Grupo de Estudos sobre o Amor. Aberto ao
público. Mais informações: www.blove.med.br
GESTANTES16 e 30/9 – curso com Claudia Gonçalez, na
Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campi-
nas (Rua Delfino Cintra, 63 - Centro). Mais
informações: (19) 9727-2020
JORNALZENDIRETORA
Silvia Lá Mon
nossa missão: Informar para Transformar
EDITORJorge Ribeiro Neto
JORNALISTARESPONSÁVELMTB 25.508
circulação: Campinas, Indaiatuba, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Valinhos e Vinhedo
Redação: (19) 3324-2158Comercial: (19) [email protected]
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PONTOS DE VENDA DO JORNALZENCAMPINAS
ALPHAVILLECAFÉ VILLA PONTINI - AlphaMall
BARÃO GERALDOBANCA CENTRAL - Avenida Santa Isabel, 20BANCA DO AMARAL - Avenida Santa Isabel, 404BANCA DO LÉO - Avenida Romeu Tórtima, 283BARÃO ERVAS - Avenida Santa Isabel, 506GUENA - Rua Manoel Antunes Novo, 778 (Pça. do Coco)IDEAL REFEIÇÕES - Rua Vital Brasil, 200NATURALMENTE - Avenida Albino José Barbosa de Oli-veira, 1.905
BOSQUEBANCA DO BOSQUE - Avenida Moraes Sales, 1.748
CAMBUÍBANCA CAMBUÍ - Rua Cel. Quirino (ao lado Massa Pura)BANCA DONA SINHÁ - Rua Capitão Francisco de PaulaBANCA MARIA MONTEIRO - Rua Maria Monteiro, 1.201BANCA RIVIERA - Rua Coronel Silva Teles, 37BANCA SANTA CRUZ - Rua Santa Cruz, 176BUONA SALUTE - Rua General Osório, 1.761
CASTELOBANCA AKAMINE - Rua Barbosa de Andrade (esquinac/ padaria Pão do Castelo)BANCA NAKAZONE - Avenida Andrade Neves (balão)
CENTROALMAZEN - Rua Barreto Leme, 1.259BANCA ANCHIETA - Rua Barreto Leme, 1.425BANCA CONCEIÇÃO - Rua ConceiçãoBANCA DO ALEMÃO - Rua General Osório, 986BANCA DO ANTÔNIO - Avenida Moraes Sales, 1.122BANCA DO STEPHAN - Avenida Barão de Jaguara, 1.215BANCA PUCC - Avenida Francisco Glicério, 1.580BANCA REAL DISNEY - Rua General Osório, 1.325CASULO ALIMENTOS - Rua Luzitana, 1.433 - loja 2
CHÁCARA DA BARRACENAPEC - Rua Mogi das Cruzes, 255
CIDADE UNIVERSITÁRIABANCA BARÃO - Avenida 2 - Atílio Martini, 50BANCA CIDADE UNIVERSITÁRIA - Rua RuberleyBoareto da Silva, 1.015
FLAMBOYANTBANCA PAINEIRAS - Rua Jesuíno Marcondes Machado, 2.574BANCA DO ISMAEL - Rua Mogi Guaçu (em frente àpadaria Abelha Gulosa)
GUANABARABANCA BRASIL Rua Joana de Gusmão, s/nºBANCA DO DIRCEU - Rua Oliveira Cardoso, 62BANCA DO SÉRGIO - Rua Carolina Florence, 241
IGUATEMILIVRARIA CULTURA (Shopping Iguatemi)
NOVA CAMPINASBANCA INCA - Avenida Engenheiro Carlos Stevenson, s/nº
PROENÇABANCA DO ROBERTO - Avenida Princesa D’Oeste, 994
SANTA GENEBRABANCA SANTA GENEBRA Avenida Pamplona, s/nº
SOUSASAVIS RARA Rua Rei Salomão, 295BANCA SAN CONRADO Avenida San Conrado, s/nºBANCA RICCO PANE Avenida Antônio Carlos C. Barros, 871EMPÓRIO ROTA JOAQUIM Avenida José ConceiçãoAlves, 33B (Jardim Belmonte)
TAQUARALBANCA DO EDUARDO - Rua Thomaz Alva Edson, 115BANCA TAQUARAL - Rua Paula Bueno, 1.260
VILA NOVABANCA VILA NOVA - Avenida Imperatriz Leopoldina, 100
INDAIATUBA*
CENTROBOTICA ANTICA - Rua Pe. Bento Pacheco, 1.160BRUMAT - Rua 11 de Junho, 711CINE CAFÉ - Shopping Jaraguá (Rua Humaitá, 773)TAPIOCA DA LUA Rua Pedro de Toledo, 239
CIDADE NOVABAZAR 13 - Rua 13 de Maio, 1.179HUNGRY TIGER - Avenida Presidente Kennedy, 496
RECREIO CAMPESTRE JOIAUIRAPURU (loja conveniência Posto Shell, ao lado doHabib’s) - Avenida Francisco de Paula Leite, 3.385
VILA NOSSA SENHORA APARECIDAPANIFICADORA A-REAL - Rua Candelária, 1.828SAÚDE NATURAL - Rua Candelária, 1.751
VILA SUÍÇAPANIFICADORA NOVA SUÍÇA - Rua Pedro de Toledo, 1.855
* e em todas as bancas da cidade
HOLAMBRA
ESPAÇO CULTURAL TERRA VIVA - Avenida Rota dosBandeirantes, 605
JAGUARIÚNA*
NATU ERVAS - Rua Cândido Bueno, 885 (Centro)
* e em todas as bancas da cidade
VALINHOS
VINHEDO*
em todas as bancas da cidade
DUE MONDY - Rua Eduardo Ferragut, 145 (Jardim Itália)EMPÓRIO JF - Avenida dos Imigrantes, 575 (JardimItália)
* e em todas as bancas da cidade
IOGA29/9, das 8h30 às 10h15 – workshop “Ioga
no tratamento complementar de distúrbios
psíquicos”, com a Maria J. Pagano, no auditó-
rio do Museu de História Natural (Rua Coronel
Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto
ao público. Mais informações: (19) 3295-5840
ORDEM ROSACRUZ23/9, às 20h30 – “Apesar de tantos tratamen-
tos e terapias, porque ainda continuo com in-
cômodos?”, com César Suziganm e Anamaria
Ferrari, na Loja Rosacruz Campinas (Rua Na-
zaré Paulista, 690 - Jardim Paineiras). Aberto
ao público. Mais informações: (19) 3203-9979
REIKI25/9, das 9h às 17h – curso tradicional Usui
Osho Tibetano (Níveis I e II). Mais informa-
ções: (19) 9162-1685, com Roberta De
Angelis, ou robertadeangelis.blogspot.com
SAÚDE POR INTEIRO13/9, das 8h30 às 10h – palestra com a médi-
ca Eloísa Cavassani Pimentel, no auditório
do Museu de História Natural (Rua Coronel
Quirino, 2 - Bosque dos Jequitibás). Aberto
ao público. Mais informações: (19) 3295-5840
TOQUE TERAPÊUTICO10 e 11/9, das 9h às 17h30 – curso com tera-
peuta holística Delmam Assis, na Escola de
Artes Pró-Música (Rua dos Alecrins, 301 -
Cambuí). Inscrições e mais informações: (19)
8815-2970 ou [email protected]
INDAIATUBA
BULLYING29/9, às 19h – espetáculo teatral “Bullying não
é brincadeira”, na sala Acrísio de Camargo
(Avenida Eng. Fábio Roberto Barnabé, 3.665
- Jardim Regina). Aberto ao público (a partir
de 8 anos). Inscrições até 27/9. Mais informa-
ções: (19) 3885-7700 (ramal 773)
IOGA1°/10, das 9h às 12h – 2° Yoga é União, no
Centro de Convenções Aydil Pinesi Bona-
chela (Rua das Primaveras, 210 - Jardim
Pompeia). Aberto ao público. Mais informa-
ções: (19) 9113-3287, com Leonira
VALINHOS
QUÂNTICA17 e 18/9, das 9h às 18h – curso de Prancha
de Análise Quântica (PAQ), com Melissa Bre-
nelli, no Núcleo Vidas Espaço Terapêutico (Rua
das Vitórias Régias, 452-F - Jardim das Vitó-
rias Régias). Mais informações: (19) 3869-1311
TARÔa partir de 24/9 – curso de tarô orientativo
(terapêutico), com Denise Bentes, no Núcleo
Vidas Espaço Terapêutico (Rua das Vitórias
Régias, 452-F - Jardim das Vitórias Régias).
Mais informações: (19) 3869-1311
ÁGUA EM FLOR - Rua Barão de Campinas, 237 (Centro)CASA DO NATURALISTA - Largo do Rosário, 131 (Centro)
AMPARO
CARO LEITOR: caso não encontre o
JORNALZEN, ligue: (19) 3324-2159
JORNALZEN 3SETEMBRO/2011
Em busca de (mais) conhecimento, o filó-
sofo Taunay Magalhães Daniel decidiu
dar uma guinada em sua vida quando
deixou tudo que havia conquistado para mo-
rar numa casinha no alto da Serra da Manti-
queira, aonde se dirigiu com seu Fusca lota-
do de livros. “Era uma cabana de madeira sem
energia elétrica nem telefone”, lembra. “Fi-
quei isolado por um ano e todos pensavam
que eu estava louco.” Na época, Taunay que-
ria ler todos aqueles livros, mas também fez
uma grande descoberta. Percebeu que exis-
tem autores que dominam muito bem a lín-
gua, a lógica, o pensamento correto e produ-
zem uma espécie de arquitetura das pala-
vras, porém sem nenhum conteúdo. Em ou-
tros livros foi possível sentir a alma do autor,
seu coração na obra, a envergadura do ser
humano por trás das palavras. Isso transfor-
mou sua percepção da realidade e alterou
os rumos do seu pensamento. Taunay voltou
de lá com outra percepção do mundo e da
vida. Antes uma pessoa muito ligada à racio-
nalidade, esse paulistano de 63 anos hoje vê
a ciência com outros olhos. Passou a dar cur-
sos somente em universidades como Unipaz
e Nazaré Uniluz, onde pode exprimir aquilo
que realmente pensa. Doutor em Multimeios
pela Unicamp, Taunay especializou-se em
Epistemologia da Ciência pela Universidade
de Belgrano, na Argentina. Diretor, roteirista
e produtor de filmes para educação, cultura,
ciência e meio ambiente, Taunay realiza pe-
riodicamente cursos, palestras, workshops
e seminários sobre filosofia, ciência, arte e
espiritualidade. “O conhecimento está naqui-
lo que somos”, considera. “Somos uma biblio-
teca cósmica e hoje estou mais voltado a des-
cobrir como acessá-la.” Em entrevista exclu-
siva ao JORNALZEN, Taunay Daniel explica
porque estamos vivendo um momento mui-
to importante na história, em que a ciência
está sendo obrigada a admitir uma dimen-
são da consciência presente em tudo.
O que de mais estimulante está acontecen-
do na ciência contemporânea?
Jung previu no século passado que, nofuturo, a psicologia e a física estariam lidan-do com o mesmo campo de conhecimento eesse futuro nós já estamos vivendo. Hoje osfísicos de vanguarda são obrigados a admitirque a consciência está presente no que pen-sávamos ser o mundo puramente materiale, por outro lado, os psicólogos das linhasde pensamento mais avançadas – falo, porexemplo, da psicologia transpessoal – reco-nhecem que há uma única grande consciên-cia que engloba todas as manifestações.
Qual a relação que pode existir entre ciên-
cia e espiritualidade?
Se a gente pensa do ponto de vista da ci-ência clássica, que predominou durante sé-culos, e que se tornou hegemônica nas socie-dades contemporâneas, não poderia havernenhuma relação concebível com a espiri-tualidade. Ela sempre entendeu que o conhe-cimento deveria ser puramente objetivo eisso demarcou uma separação profunda, umverdadeiro abismo, entre o ser humano e arealidade conhecida por ele. Essa é a “inven-ção” básica da ciência: um mundo separadodo observador, que segue leis fixas que de-terminam seu funcionamento, como se fosseuma grande máquina universal, um meca-nismo cego e sem sentido.
E a ciência continua a pensar desse modo?
Uma enorme parte da comunidade científicaainda pensa assim. É muito difícil desmontar
ZENZENZENZENZENTREVISTA Taunay Daniel
UMA NOVAREALIDADE
Professor e filósofo observa que a ciência está
sendo obrigada a admitir a dimensão de uma
consciência que “rege a sinfonia do cosmos”
um cenário armadodurante séculos queenvolve muitas ins-tâncias da organiza-ção social: as institui-ções de ensino, os ór-gãos financiadores, aindústria, a política, omercado, e tudo omais. Tudo está mon-tado para que só veja-mos a dimensão ma-terial da realidade,não há espaço para aaceitação da dimen-são mais sutil.
Mas, você ainda não
falou diretamente da
espiritualidade.
Pois é, a ciência clássica foi sempreimpermeável à dimensão espiritual da vida.Mas, essa ciência materialista, racionalistae determinista vem sofrendo fortes abalossísmicos desde o início do século XX. De mo-do geral, e de forma muito resumida, o quese pode dizer é que as pesquisas e os experi-mentos têm revelado algo surpreendente.Sujeito e objeto não estão separados comose supunha, mas estão dentro da mesma so-pa cósmica indissolúvel. De algum modo,que ainda não compreendemos inteiramen-te, há uma consciência subjacente que pare-ce reger, como um maestro, a sinfonia docosmos. Os físicos, por exemplo, estão tendoque aceitar que a matéria não é feita de ma-téria, mas de vazio. Um vazio, de onde eclodeo que costumamos chamar de realidade.Grandes físicos contemporâneos como Ber-nard d’Espagnat já admitem que há um mis-tério insondável, um fundamento que a ciên-cia jamais poderá explicar e que aqueles quechamam isso de divino ou sagrado estãomais perto de uma verdade fundamental. Apsicologia transpessoal propõe uma carto-grafia que reconhece muitos níveis, comose fossem degraus de consciência, e tambémum nível último, infinitamente profundo,que é o vazio de onde a manifestação emer-ge. Eu gosto de pensar que todo o universoé animado, que tem alma e que um mistérioinsondável está na sua essência. Sou maisfeliz assim do que seria se o mundo pudesseser todo explicado por uma linguagem téc-nica e, portanto, esvaziado de sentido.
E que diferença isso pode fazer?
Toda diferença. Certa vez, caminhandonum final de tarde numa região remota daSerra da Mantiqueira, tive uma clara percep-ção de que o sol era muito mais do que sim-plesmente uma esfera incandescente, que
aquela luz era a pró-pria manifestaçãoda vida consciente.Por ter tido uma for-mação acadêmica for-temente racionalis-ta eu julguei que is-so era só uma fanta-sia. Hoje, após umaprofunda transfor-mação em minhaspercepções acercada realidade, tenhofortes razões parasupor que havia al-go intrinsecamenteverdadeiro naquelaminha intuição.Quando mudamos o
olhar, tudo muda. Estamos virando a velhapágina da civilização. Vamos inaugurar umnovo mundo, reconhecendo a unidade indis-solúvel do universo, os vínculos que unemtodas as coisas e, quem sabe, a paz e a sus-tentabilidade da vida na Terra sejam umadecorrência natural de tudo isso.
As escolas estão estimulando essa nova vi-
são de mundo?
Infelizmente ainda não inteiramente. Asnossas instituições são muito pesadas e len-tas. A tecnocracia e a burocracia imperam e elasnão têm como acompanhar o ritmo desse aflo-ramento de um novo saber. O ensino oficial,e a palavra “oficial” já diz tudo, é aquele queconvém aos velhos padrões, à velha ordemsedimentada. Não tem agilidade nem flexibili-dade para acompanhar essa rápida evolução.Isso ainda vai demorar, mas vai acontecer.
Mas se as escolas ainda estão amarradas,
onde buscar o novo conhecimento?
Novas escolas estão surgindo. São a prin-cípio informais, não oficiais, e, por isso mes-mo, livres das matrizes arcaicas do conheci-mento. Estão abertas ao novo, ao novíssimo.Penso que, com o passar do tempo, essas no-vas organizações sociais tomarão para si asrédeas de condução do destino da civiliza-ção. Isso pode não ser muito evidente ainda,mas suponho que deva acontecer.
De que escolas você está falando?
Há vários exemplos que despontam aquie ali. A Uniluz, instituição da qual faço parte,vem se dedicando há 30 anos ao desenvolvi-mento integral do ser humano. É uma escolaaberta, ecumênica. Privilegia o cuidado amo-roso, a transparência, a atenção plena, o si-lêncio, a convivência grupal como base paraa produção de um conhecimento mais refi-nado e transformador. Tem também a Uni-
paz, que congrega uma rede de escolas portodo o nosso país e também no exterior. E,como estas, muitas outras estão pipocando.Pensemos, por exemplo, em todas as ecovilasque estão surgindo por todo o planeta. Decerta forma são escolas também, cujo modelopedagógico não poderia ser melhor: aprende-se a viver em comunidade, a reconhecer o vín-culo de tudo com tudo, e busca-se uma relaçãoharmônica entre as pessoas e com o meio am-biente. Iniciativas como essas vão ensinar oconjunto da sociedade pela exemplaridade.Não podemos prescindir do contato humano,de ver o brilho nos olhos. A grande transfor-mação passa pela presença e pela partilha.
E o ensino para as crianças?
É urgente que desde cedo ajudemos ascrianças a reconhecerem a dimensão espiri-tual da vida em lugar de valorizarmos unica-mente o conhecimento formal. Se não lhesabrirmos as portas da dimensão espiritualda vida, não sei se haverá um mercado detrabalho no futuro, se haverá um mundo ha-bitável, se haverá vida no planeta. Felizmen-te, já existem muitos educadores que estãoconscientes e algumas linhas pedagógicasinspiradas nessa necessidade fundamental.A pedagogia Waldorf é um exemplo.
O que você sugere que as pessoas façam
para expandirem suas consciências?
Acho que não tem uma fórmula única.Uma possibilidade é procurar as organizaçõese instituições que notoriamente têm comoperspectiva a promoção da cultura da paz, ahumanização, a relação amorosa entre as pes-soas e com o meio ambiente e a espiritualida-de, mas sem dogmas, sem sectarismo e semburocracias paralisantes. Farejem onde estájorrando o conhecimento de vanguarda queinspira e vivifica nossos corações. Mas, pode-se também ser autodidata. Penso que há qua-tro coisas que podemos tentar fazer para aju-dar a transpor as fronteiras do velho padrãode conhecimento: primeiro, o contato com aarte é fundamental, em especial a grande ar-te, a poesia, a música dos compositores mági-cos como Bach, por exemplo; segundo, a práti-ca da ioga e da meditação; terceiro, o contatoprofundo com a natureza e, por fim, praticaralguma forma de vida comunitária. Acreditoque fazendo isso, em pouco tempo, sem queo percebamos de forma muito clara o porquêe o como, nossas vidas se transformarão.
Como avalia a proposta do nosso jornal,
voltada ao autoconhecimento e à divulga-
ção de iniciativas ligadas ao bem?
A pergunta já contém a resposta. Quempoderia se opor a uma iniciativa dessa natu-reza? Eu diria que este jornal faz parte dessainsurgência de uma nova cultura do conheci-mento que vai se lapidando aos poucos. Étambém uma espécie de escola. Aprende-sea olhar com outros olhos. Isso é muito bom.
Que mensagem gostaria de deixar para os
nossos leitores?
Não deixem de buscar a ampliação do seuconhecimento, não apenas do conhecimentoformal e oficial, mas também daquele conhe-cimento cuja semente habita em nós e quenos cabe fazer germinar, uma espécie de sen-timento de que algo nos transcende. Não setrata de “ter” conhecimento, mas “ser” conhe-cimento. Quando o conhecimento se encarnaem nós, tornamo-nos agentes de transforma-ção, porque exalamos o saber como um perfu-me contagiante. Busquem a fonte da luz. Que-ro que vocês entendam isso como puderem.
Silvia Lá Mon
Taunay: “Quando mudamos o olhar, tudo muda”
JORNALZEN4 SETEMBRO/2011
Silvia Lá Mon
Anjos ipêsDesde criança vejo as árvores como sefossem seres gigantes do planeta. Atéhoje tenho essa visão sempre que ob-servo-as. Mas uma em especial florescejustamente no tempo de estio, antes daprimavera chegar – os ipês.
Quando deparo com um ipê brancotenho a impressão de estar avistandoum anjo, tal sua beleza e imponência.Tenho a sensação de que ele nos lembraque há paz no mundo e esperança deque em breve virá a primavera. E essaprimavera não se refere somente à es-tação climática, mas também à de nos-sos corações. Sim, sinto tudo isso quan-do avisto um ipê branco. Nesta época,eles estão por toda parte da cidade. Es-tamos cercados de anjos gigantes, po-rém só quem os nota são aqueles quetêm olhos de ver!
Nos florais de Minas, um dos pri-meiros sistemas com flores brasileiras,do qual sou adepta por sua eficácia,há uma essência chamada Tabebuia(Tabebuia chrysotricha), feita da flordo ipê amarelo. “É indicada para toda
e qualquer si-tuação espe-cial da vida emque as forçasespirituais, psí-quicas ou físi-cas precisam ser concentradas no obje-tivo de autocura; para todas as condi-ções em que há dispersão energéticaque impede a transição de etapas oude um novo recomeço; para quando to-das as forças estão aparentemente exau-ridas; existindo apenas a esperançacomo única chama acesa; para aquelaalma que precisa concentrar e poten-cializar todos os recursos internos pa-ra obter a recuperação; para a perso-nalidade energeticamente solitária,sem a possibilidade de obter ajudasexternas, e que, no entanto, anseia porum último esforço interno de salvação;para aquelas situações de conflito psí-quico ou físico que exigem muito esfor-ço e concentração, em que parece nãohaver saídas ou opções.”
Portanto, não é por acaso que sintotudo isso quando vejo um anjo ipê. Sal-ve a primavera!
Moral e ética
LUIZ ANTÔNIO TREVIZANI [email protected]
LUZ DA CONSCIÊNCIA
A moral é formada por um conjunto de regras, leis ou dogmas para educação do
ser humano. Ela é necessária para contenção da sua brutalidade enquanto ele
não alcançar o nível da consciência ética/espiritual e perceber por si só os limites
que deve respeitar, e a sua responsabilidade sobre os seus atos e as suas repercus-
sões sobre a humanidade toda. Ela forma o conjunto do espectro religioso que
norteia a sua conduta ética dentro da sociedade, ensinando-lhe a respeitar e amar
o seu próximo. Com a ampliação da consciência a moral deixa de ser contentora e
se transforma numa ética responsável, incorporada e refletida, da qual partem
todos os princípios que norteiam a vida do ser humano, não mais por força de lei,
mas já por determinação e vontade próprias.
A moral é do mundo, da vida humana e é temporária, porque muda e evolui com
o avanço do progresso da humanidade e com a conscientização. Porém, ela pode se
tornar moralidade, quando aplicada para camuflar e ocultar falcatruas, traições e
infidelidades. Todo moralista tende a torna-se, em algum grau, autoritário e manipu-
lador, porque é uma maneira de manter um status sustentado na aparência externa
e esconder a sua fraqueza interior. O moralismo se encontra impregnado nas reli-
giões, por líderes e sacerdotes que tendem a exagerar nos valores de seus dogmas;
na política, por líderes populistas que se apresentam como grandes benfeitores do
povo; na família, geralmente por homens autoritários com esposa e filhos. Mas não
é só nesses casos, em quase todos os agrupamentos humanos surge algum moralista
tentando enquadrar os participantes num sistema à força de pressão moral.
A ética é da consciência espiritual, e se desenvolve na medida em que essa
consciência ganha qualidades cada vez mais superiores. O ser ético não precisa es-
perar pela ação da lei para cumprir as suas obrigações, respeitar os direitos alheios
e as regras e normas da sociedade. Não precisa de presença da autoridade para ser
honesto e ecológico, e sabe por conscientização o que pode e o que não deve fazer.
Por todas as razões que se possa imaginar, na presença de sua consciência, ca-
da ser humano torna-se responsável pelo seu semelhante, pelo ambiente em que
vive e pela ecologia global, e não escapa dessa responsabilidade por nada que
queira justificar. Plantar e colher são dois aspectos refletidos em vida e morte,
ação e reação, causa e efeito. Todo movimento pendular retorna ao seu ponto de
partida, e modifica a ambos, ponto de partida e ponto final, até alcançar o repouso.
Toda ação tem correspondente reação. O plantio é livre, porém a colheita é sempre
obrigatória. Essa é a lei, a moral que educa pela força do retorno. Mas quando a
consciência aprende a se tornar ciente o ser humano antecipa a qualidade do re-
torno através de atitudes pensadas e refletidas na extensão que elas podem alcan-
çar e nos resultados que possam produzir – a ética. A moral vem de fora; a ética
surge de dentro, da consciência.
PANORAMA
Acupuntura em testeA Secretaria de Estado da Saúde está
testando a aplicação de sessões de acu-
puntura para tratar a lipodistrofia, efei-
to colateral do tratamento de pacientes
soropositivos com antirretrovirais. O Cen-
tro de Referência e Treinamento em DST/
Aids, na capital paulista, promove ses-
sões de acupuntura para outros pacien-
tes da unidade. Mais informações podem
ser obtidas pelo telefone (11) 5087-9911.
Cultura japonesaA Aliança Cultural Brasil-Japão pro-
moverá, em parceria com Associação Ai-
chi Kenjinkai do Brasil, curso de cultura
e etiqueta social japonesa. Ministrado
pela professora Lumi Toyoda, a capaci-
tação terá início no dia 4 de outubro. As
aulas serão realizadas na unidade Ver-
gueiro. Inscrições e mais informações
pelo telefone (11) 3209-6630 ou pelo e-
mail [email protected] .
Cirandas de AprendizagemA organização Iandê promove até o
dia 6 de outubro, em São Paulo, uma sé-
rie de encontros focados no incentivo à
transculturalidade, com ênfase na au-
toconsciência e ecologia integral. Volta-
dos aos interessados no desenvolvimen-
to humano, os encontros acontecem às
quintas, das 19h às 22h30, no Espaço
Cultural Omnisciência (Vila Madalena).
Mais informações: www.iande.net .
Casa Cor e ApaeParte do valor arrecadado com a ven-
da dos convites para a festa de inaugu-
ração da Casa Cor Campinas será rever-
tida para a Apae da cidade. O evento es-
tá marcado para o dia 21 de setembro,
às 19h30, no Páteo Abolição. O convite
(100 reais) pode ser adquirido no escri-
tório da Casa Cor – Rua Rafael Andrade
Duarte, 208 (Nova Campinas). Mais in-
formações pelo telefone (19) 3295-7508.
Site solidárioLançado no mês passado, o site de
compra coletiva Desconto Solidário re-
verte 10% de cada venda em doações
para ONGs da região parceiras do proje-
to. Casa da Criança Paralítica de Campi-
nas, Grupo Caminhar, Amigos dos Ani-
mais (Abeac), Clube da Lady e Creche Mãe
Cristina são algumas das entidades be-
neficiadas, com as quais o usuário pode
entrar em contato no ato da compra.
Yoga é LuzA 12ª edição do evento, que celebra
o Dia Nacional do Yoga, está marcada
para o dia 24 de setembro, no Sesc Cam-
pinas. As atividades ocorrerão das 9h30
às 17h, com entrada aberta ao público.
As vagas são limitadas. Os interessados
devem levar material e fazer inscrição
pelo telefone (19) 3254-7033 ou pelos
e-mails [email protected] e
5SETEMBRO/2011
Quando te-mos ideias fun-damentadas,criamos a opor-tunidade de e-laborar as solu-ções de manei-ra diversas. Jádizia o sábio:se você fizer asmesmas coi-sas, será insa-nidade desejarresultado diverso. Para que possamosmelhorar nossa performance na vida, tere-mos de desenvolver soluções diferentesnos nossos pontos vulneráveis. Perceberoutras formas de ver a realidade e, com onosso conteúdo intrínseco, reelaborar asformas de responder à vida.
Portanto, leia com a cabeça aberta.Não concorde nem discorde, sem antesrefletir.
Tenho hábito de escrever com regulari-dade há um bom tempo. Normalmente,tenho expressado minhas opiniões nosmeios tradicionais, como jornais. A partirdeste mês, você pode acompanhar-mepelo blog. É muito fácil: vá ao sitewww.derosecampinas.com.br e clique noitem conversa com Berti.
Abordarei vários temas como: relacio-namento humano, relacionamento afe-tivo, qualidade de vida, sustentabilidade,bem-estar, responsabilidade social, entreoutros. A ideia fundamental é trabalhar-mos com ponto de vista. São as minhasopiniões sobre esses temas.
Você poderá concordar plenamente,discordar plenamente ou concordar emparte. Meu propósito não é convencerninguém de nada. O meu intuito é per-mitir a reflexão.
Blog do Berti
Clélio Berti
Diretor da Unidade Flamboyant da
Universidade de Yôga (Uni-Yôga)
INFORME PUBLICITÁRIO
JORNALZEN
JORNALZEN SETEMBRO/20116
12345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121123456789012345678901234567890121234567890123456789012345678901211234567890123456789012345678901212345678901234567890123456789012112345678901234567890123456789012123456789012345678901234567890121
O trabalho de Hércules ligado ao signo
de Virgem é a tomada do cinturão de
Hipólita. Virgem é o signo do acolhimen-
to, cuidado e nutrição, e este trabalho
representa a delicada tarefa de acolher,
ao mesmo tempo em que procuramos
orientar corretamente, tudo o que existe
dentro e fora de nós.
Hipólita era a rainha das amazo-
nas, uma comunidade de mulheres
guerreiras que viviam isoladas dos ho-
mens. Ela recebera de Vênus um cintu-
rão, e a tarefa de Hércules era obtê-lo.
Logo que chegou ao reino das amazo-
nas, o herói se pôs a lutar com Hipólita.
Ele arrancou-lhe o cinturão, matando-
a. Só então percebeu que ela não dese-
java lutar e entregava-lhe livremente o
que ele buscava.
Desolado com o seu erro, Hércules
voltava para casa por uma encosta ma-
rítima, quando ouviu os gritos da don-
zela Hesíone. Um monstro marinho aca-
bava de abocanhá-la. Esquecendo-se de
si mesmo e de sua dor, Hércules lançou-
se ao mar e nadou até o monstro. Ele
entrou pela boca da criatura e desceu
até o seu estômago, segurou Hesíone co-
m o seu braço esquerdo e com a mão di-
reta usou a espada para abrir a barriga
do monstro e retirá-los dali. Assim, Hér-
cules redimiu o seu erro anterior. E só
assim o trabalho foi completado.
Parte da beleza do mito está no fato
de que Hércules às vezes cometia erros,
tal como nós, e tinha que voltar atrás e
endireitar-se. Vênus é a Senhora do
Amor e da Unidade, e o cinturão do mito
é um símbolo de união. União é algo que
acontece entre dois, e o verdadeiro traba-
lho de Hércules era unir-se com Hipólita.
Mas isto ele não compreendeu, e procu-
rou obter a união, paradoxalmente, sem
levar em consideração aquela com quem
ASASASASASTRTRTRTRTROLOLOLOLOLOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DOGIA DA ALMAA ALMAA ALMAA ALMAA ALMARICARDO GEORGINI [email protected]
Virgem:compreensãoamorosa
Reagir x proagir
DARCY CIAMPA HERAS [email protected]
PORTAL SAGRADO
Quantas vezes nos deparamos com situações que nos tiraram do “eixo”.
Mal-entendidos, discussões com o chefe ou colega de trabalho, no trânsito,
em casa com filhos, marido, esposa, etc. Ficamos com raiva, impaciência, irritabili-
dade e com isso, desgastados física e energeticamente.
Culpamos sempre o outro ou a situação para justificar nossa raiva ou a
nossa reação.
Quando passamos por uma situação desagradável, reagimos na maioria das
vezes sem pensar despertando algo que está em nós, como raiva, ciúmes, inveja,
ira, mágoa, etc. A situação serve apenas de estopim para aflorar o que já existe
dentro de nós.
Veja bem, para alguém que não tem inveja, nada o irá afetar nesse sentido, pe-
lo simples motivo de não poder sentir aquilo que não possui na sua essência.
Devemos tomar consciência e agradecer as situações “desagradáveis”, pois
elas nos mostram aquilo que está dentro de nós e que precisa ser lapidado. Com
isso, passamos a desenvolver aos poucos a tolerância, a paciência, a compaixão.
Como fazer isso? Não reagindo. Reagir é responder a algo que está no piloto
automático. Devemos proagir, adotar um rumo diferente daquele previsto. Numa
situação conflitante, parar por uns segundos e respirar fundo já é suficiente para
tomar as rédeas da situação em vez de nos deixar levar por ela.
Não faça a mudança, seja a mudança!
deveria unir-se.
As amazonas
representam o la-
do material da vida, quando dissoci-
ado do espiritual. Hércules representa
o Eu Superior ou a nossa essência espi-
ritual. A meta para os seres humanos
é a perfeita sintonia entre a vida mate-
rial e a vida espiritual. No caminho
espiritual, o corpo, os hábitos, a famí-
lia, o trabalho, o dinheiro e tudo mais,
não devem ser negligenciados, anula-
dos ou eliminados. Devem ser acolhi-
dos e compreendidos a partir de uma
perspectiva mais profunda e mais am-
pla. Então devem ser amorosamente
ajustados para que reflitam os princí-
pios e valores espirituais.
Toda a espiritualidade tem a ver
com união. A palavra “religião” vem
de “religar” (o humano com o divino).
O termo oriental “ioga” significa inte-
gração ou união. A união acontece por
dentro (entre o material e o espiritual
em nós) e por fora (entre eu e os outros,
eu e a coletividade).
Unir-se com o outro é também um
grande desafio. Levar o outro em consi-
deração é um grande desafio. Parece
simples, mas muitas vezes, não compre-
endemos que o outro é outro, não é co-
mo eu. Ele tem a sua própria história,
suas motivações, sua maneira de pensar
e de fazer as coisas... Tem a sua própria
missão e a sua contribuição. A paz, a
justiça e a fraternidade — entre pessoas
e entre povos — não podem ser impos-
tas unilateralmente; têm que ser cons-
truídas conjuntamente, com a contribu-
ição própria de cada um.
A maneira como Hércules salvou
Hesíone representa o processo pelo
qual o espírito acolhe, eleva, redime e
ilumina a matéria. Representa tam-
bém a disposição de ir em direção ao
outro, percebê-lo, manter-se ao seu la-
do e cooperar com ele. Em sua errônea
relação com Hipólita, Hércules procu-
rava obter e tomar, mas em sua corre-
ta relação com Hesíone, ele buscou
compreender, servir e dar.
Campanha pelo fim da violênciacontra a mulher lança concursoA campanha do secretário-geral das Na-
ções Unidas, Ban Ki-moon – UNA-SE pelo
fim da violência contra as mulheres – está
promovendo um concurso que convida ho-
mens do mundo inteiro a usarem sua ima-
ginação e criarem designs de camisetas
que incorporem os conceitos de igualdade
e respeito para mulheres e meninas.
Cinco vencedores serão escolhidos por
juízes de todo o mundo, e um vencedor
será eleito pelo voto do público. Eles viaja-
rão para Nova York (EUA) para receber os
prêmios e participar da celebração oficial
do Dia Internacional para a Eliminação da
Violência contra a Mulher na sede da ONU,
em 22 de novembro de 2011.
Poderão se inscrever no concurso ho-
mens com idade entre 18 e 25 anos até a
data da inscrição, que termina no dia 21
de setembro, as 23h59 no horário de Nova
York. Os interessados devem criar um de-
sign para camisetas e enviar a criação para
o site, além preencher o formulário de ins-
crição. Os vencedores serão anunciados
em 31 de outubro.
Para saber mais sobre o concurso aces-
se o site http://unitetshirtcompetition.org/ .
Para mais informações, incluindo envio de
inscrições e regras, entre em contato com
JORNALZEN 7SETEMBRO/2011
É uma técnica desenvolvida pelo professorSergio Franceschini, biomédico acupuntu-rista e fitoterapeuta, fundador da Clínica deAcupuntura e Fitoterapia Casa da Terra, nobairro da Vila Romana, em São Paulo.
A fitoacupuntura associa a acupunturacom a fitoterapia, utilizando-se das sementesde plantas medicinais para estimular os pon-tos de acupuntura. A semente tem todo opotencial energético para gerar uma planta,assim, quando pressionada no ponto de acu-puntura, ela libera essa energia e auxilia noreequilíbrio do sistema de energia (meridia-nos). Essa fonte de energia, colocada emcima de um ponto energético, consegue fa-zer o equilíbrio das energias yin e yang. Oequilíbrio energético é gerado através do en-contro das duas energias, a energia do pontoque está em desequilíbrio com a energia per-feitamente equilibrada da semente. Essasenergias circulam entre a semente e o ponto,favorecendo o equilíbrio do qi (energia).
Esta técnica pode auxiliar em vários tra-tamentos, como dores musculares, tendini-tes, enxaqueca, gastrite, ansiedade, etc. Háuma grande aceitação pelos pacientes quetêm medo de agulhas e também por aque-les que utilizam a fitoterapia como recursoterapêutico. É uma técnica simples, porémexige todo um rigor quanto à qualidade e
Fitoacupunturaou fitoestimulação
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escolha da se-mente, a localiza-ção exata do pon-to e a indicaçãoadequada com odesequ i l í b r ioa p r e s e n t a d opelo paciente.
A fitoacupun-tura pode ser executada com quase todasas plantas medicinais, levando-se em con-sideração o efeito principal da planta, utili-zando-se a semente ou inflorescência (arni-ca, cravo, camomila, erva-doce, endro, alfa-zema, etc.) ou cascas (canela, cânfora,anis-estrelado, etc.), de acordo com trata-mento a ser utilizado. A semente é fixadacom micropore sobre a pele (ponto de acu-puntura) e tem uma duração de aproxima-damente sete dias.
Na auriculoterapia também podemosutilizar a fitoestimulação com sementes me-nores como a de alfazema (desequilíbriosdo sistema nervoso – ansiedade, insônia),erva-doce (desequilíbrios do estômago),etc. Os efeitos colaterais praticamente nãoexistem. Em pacientes alérgicos, as semen-tes de plantas aromáticas podem causarleve reação local, mas isso pode até facilitara absorção dos princípios ativos pela pele.
Maria Aparecida Torres Mourão
Enfermeira sanitarista,
especializada em acupuntura,
cromopuntura e fitoacupuntura
O presidente Roosevelt gostava muito
de caçar onças. João Lopes, um grande
caçador de Cuiabá, visitou o presidente.
Eles conversaram por duas horas.
Quando terminaram, um jornalista
perguntou ao dr. Lopes como foi a con-
versa: “O presidente fez boas pergun-
tas?”. Dr. Lopes respondeu: “Ele só per-
guntou o meu nome”.
O governador do Texas perguntou ao
presidente Clinton: “Como o senhor pode
atender tantas pessoas em um dia?”. O
presidente respondeu: “Eu não falo nada.”
Quais são os métodos de obter silên-
cio? 1) Aprender a ouvir. 2) Seja um con-
templativo na ação. 3) Imite Pedro e André
que foram ouvir a Jesus. “Vinde e vede”.
Existiu um templo numa ilha que
estava cheio de sinos de todos tama-
nhos, pequenos e grandes. Quando o
vento soprava todos os sinos tocavam
juntos numa sinfonia que extasiava os
ouvintes. Com o passar dos anos, aque-
la ilha afundou-se no mar. Diz uma tra-
dição que os sinos continuaram a tocar
e qualquer um que tentasse escutar
com atenção, ouvia.
Um jovem viajou mil quilômetros,
determinado a ouvir o som destes si-
nos. Sentava-se horas e horas com o co-
ração muito atento. Só ouvia o oceano
quebrando-se na praia. Passou meses
lá e não ficou desanimado porque o po-
vo da aldeia falava que a história era
Pensamentos de
Padre Haroldo
Profundo silêncioverdadei-
ra. Com a-
quelas palavras o seu coração sempre
se inflamava.
Finalmente cansado, desistiu, pen-
sando que não fosse destinado a ouvir
os sinos. Talvez a própria lenda fosse fal-
sa. Resolveu voltar para casa. No último
dia o jovem voltou ao posto favorito, lá
da praia, para dizer adeus ao mar e ao
céu, às gaivotas, aos ventos e aos coquei-
ros. Não resistiu a beleza dos sons da
natureza e se entregou completamente
ao repouso. Ouvindo o rugido das ondas
sobre a areia, perdeu-se no som do mar
e mal tinha consciência de si mesmo.
Neste profundo silêncio, ele escutou
o bimbalhar de um sino, depois de outro
e mais outro... e milhares logo após.
Quando queremos ouvir o bimbalhar
dos sinos, escutamos o som da natureza.
Quando desejamos ouvir Deus, olha-
mos atentamente para Sua criação. Des-
cansamos em silêncio. Não rejeitamos
a beleza da criação; não refletimos sobre
ela. Simplesmente em silêncio olhamos
para a beleza da Divina criação.
Assim, em silêncio dançamos a dan-
ça de Deus.
Haroldo Joseph Rahm é fundador da Apot –
Instituição Padre Haroldo, para pessoas com
síndrome de dependência alcoólica e química.
Tel.: (19) 3794-2500 - Campinas
JORNALZEN SETEMBRO/20118
EDUCAÇÃO & VALORESEDUCAÇÃO & VALORESJULIANO SANCHES
Tesouros da Vida
Num primeiro momento, pode ser comple-xo situar uma relação entre o autoconheci-mento e o trânsito de veículos nas metró-poles. Mas, por outro lado, eu e você sabe-mos o valor das alternativas no século 21!
As tecnologias sustentáveis conquis-tam cada vez mais adeptos, numa cres-cente mescla entre a realização de sonhos,a captação de referenciais a partir do au-toconhecimento, a busca por planos deconstrução de uma condição favorável àcontinuidade das relações sociais e bio-químicas no planeta.
Muitos dos cientistas descobriram assoluções para determinados problemastecnológicos ou acadêmicos em experiên-cias com o desconhecido, o não-apreen-dido. Albert Einstein, Carl Jung e tantosoutros acessaram respostas através deum relacionamento com um universo deconhecimento à parte.
O pensamento e o sentimento sobre odevir, o vir-a-ser, põem em condição demergulho a consciência, num movimentode engrenagens em prol de soluções, mo-mentâneas, mas assertivas.
O carro voador, a geração de novosdesenhos de planejamento urbano lan-çam um profundo desafio aos habitantesda aldeia Terra.
A comunicação atinge patamares ca-da vez mais complexos. E o transporte?Parou no tempo? É hora de sairmos doscomodismos, zonas de conforto, e nos lan-çarmos em projetos urbanos ousados.
A tecnologia necessita cada vez maisantever. Uma dose de excentricidade caibem à tecnologia no tempo atual. E o auto-conhecimento, o contato com outras esfe-ras e faixas de consciência, se mostra comouma ferramenta de ponta, para desenges-sar e alimentar o campo de atuação das ci-ências. Os conhecimentos sobre a diversi-dade de vidas, as técnicas, os cálculos, os es-tudos sobre a mente deixam escapar, atual-mente, uma sede por uma Era de Ouro dotransporte urbano, seja privado ou público.
O ser é um edifício existencial e umveículo cósmico. Portanto, é uma microci-dade, capaz de se expressar nos níveis dasmacrocidades. O fluxo sanguíneo, porexemplo, está equiparado ao dos veículosautomotores. A questão urbana urge porum desentupimento do tráfego e, assim,aparece uma profunda demanda de ousa-dia, perspicácia e vontade de quebrarcrenças ultrapassadas.
Juliano Sanches é jornalista e palestrantecasadojulianosanches.blogspot.com
O autoconhecimentoe o trânsito de veículos
A arte de transformar‘verdades’
METAMORFOSE
Por inúmeras vezes na vida somos tomados por
sentimentos que contradizem nossa essência,
por conta do “eu interior” que muitas vezes nos comanda, dando a impressão
de que estamos dominando as “verdades” e que tudo está “sob controle” – sob
nosso controle.
Seja na vida pessoal ou profissional, manter o controle da situação faz de nós
seres mais seguros de nós mesmos... Será? Doce ilusão esta, de acharmos que so-
mos capazes de antever tudo e mantermo-nos equilibrados o suficiente para que
nada nos tire dos “trilhos”.
No entanto, cedo ou tarde é inevitável depararmo-nos a circunstâncias fortes
o bastante para causar em nós um “tsunami” interior, devastando e tirando tudo
do lugar, fazendo-nos perder aquilo que mais nos mantinha sóbrios.
Nessa hora notamos que essa ‘sobriedade’ pode fazer de nós seres limitados,
engessados a ponto de perdermos grande parte do precioso tempo, com banali-
dades “adultas” e “adúlteras”, que nos traem mais dia menos dia, colocando-nos
na posição de “plateia morta”, fazendo-nos perder o mais importante em tudo is-
so: a arte de inovar. O que ontem era novo, hoje envelheceu! Por isso, neste mundo
de tantas inovações não vence quem tem a maior descoberta somente, mas quem
é criativo o suficiente a tal ponto de transformar o que tem em mãos em coisas
ainda melhores. Portanto, o lema agora é “metamorfosear”... sim, por que não?
Tal qual na alquimia, transformamos elementos em outros, que sejamos nós
“alquimistas de nós mesmos”; transformadores de situações corriqueiras e aparen-
temente “controladas” em eventos novos, grandiosos e maiores que pensávamos.
Hoje, não é mais esperto quem detém as “verdades” absolutas em suas mãos,
mas quem olha para as “verdades” de outrem com olhos atentos e ouvidos bem
abertos para receber com respeito a opinião e, juntos, quem sabe, fazerem brotar
novas oportunidades.
Eis aí a chave: oportunidades! Estas que podem ser encontradas nas mais di-
versas situações ou até mesmo criadas a partir do convívio e da partilha de diferen-
tes culturas, raças ou até “opiniões”.
Encontrar oportunidades no “ócio criativo”, nas diversidades e adversidades
da vida faz de nós seres dotados de grande chance de crescer, expandir e alçar
novos voos. Afinal de contas, quem é o “dono da verdade”?
JULIANA PERNA E SAULO BRAGA
JORNALZEN 9SETEMBRO/2011
A abordagem sistêmico-fenomenológico-integrativa, desenvolvida por Bert Hellingere ampliada por alguns de seus discípulos,tem criado vários formatos e caminhos pa-ra o autoconhecimento e expansão daconsciência, considerando, sempre, queos membros de um sistema – familiar ouorganizacional – estão em ressonância en-tre si, independentemente do contexto deespaço (onde) e tempo (quando).
Partindo de modelos desenvolvidos pe-la antropologia desde o início do século XX,no campo das relações de parentesco, ogenograma é um desses instrumentos quepermite visualizar, de forma ampla, os vín-culos que conectam os membros de umsistema, suas relações, emaranhamentose informações significativas sobre aconte-cimentos e dinâmicas. Como representa-ção gráfica de uma constelação familiarmultigeracional, essa técnica permite vi-sualizar a estrutura e a origem familiar edesvela, em várias gerações, a repetiçãode doenças, sintomas, sentimentos, pa-drões de comportamento, destinos e atémesmo o significado e as razões que leva-ram pessoas da mesma geração ou de ge-rações passadas a fazerem certas esco-lhas e agirem da forma como agiram.
Interpretado sob a luz de Hellinger, o ge-
Autoconhecimento: o genogramanas constelações sistêmicas
INFORME PUBLICITÁRIO
nograma apontapara os desequi-líbrios provoca-dos por dinâmi-cas que, naquelesistema, desres-peitaram as leissistêmicas bási-cas (do pertenci-mento, da hierar-quia e da equiva-lência entre o dare o receber), des-velando a vincu-lação de cada uma esses aconte-cimentos, que po-dem causar blo-queios, doenças,comportamentos inadequados, em váriasáreas da vida. É, portanto, uma fonte ines-gotável de autoconhecimento, capaz de trans-formar nosso olhar e reverter fatos conside-rados negativos em positivos, já que, aocontextualizá-los, os mesmos passam a servistos com compaixão e respeito. É, princi-palmente, um retrato genealógico da forçaque impulsiona cada sistema e da capaci-dade que cada um tem de, ao reconhecê-lo, dar um passo adiante.
Elisete Zanlorenzi
Formação internacional em
Constelações Sistêmicas
Familiares, Organizacionais,
Estruturais e em PNL.
Certificação em treinamentos
avançados com Bert Hellinger
e Sophie Hellinger. Doutora em
Antropologia (USP), com 22 anos
de docência universitária.
Especialização em Psicoterapia
Analítica de Grupo (Unicamp) e
Psicologia Transpessoal (Alubrat).
Muitas doenças nervosas ementais podem se beneficiarde uma conduta terapêuticachamada hipnoterapia cogni-tiva, mais conhecida como so-noterapia, considerada umadas mais avançadas e dasmais antigas terapias cogniti-vas comportamentais.
Essa técnica é uma sofisti-cação da hipnose tradicional,convencional. Ela foi se apri-morando e tomando corposem modificar suas essências, quando ci-entistas e pesquisadores começaram a per-ceber que as induções hipnóticas seriammais rápidas e eficazes com a introduçãode condicionamentos por instrumentos.
No condicionamento visual, é feitoatravés de óculos especiais compostos deleds vermelhos e azuis e com os olhos fe-chados ate o final da sessão, que farão afunção de baixar a atividade cerebral, vari-ando as frequências entre 0,5 a 50 Hz ecom intensidade fixa.
Explicaremos mais detalhadamente oporquê dos leds vermelhos e porque pode-mos utilizar de forma opcional a luminosi-dade azul.
As cores não são apenas e tão somentecores. As cores na realidade são espectrosde ondas eletromagnéticas, cada uma de-las visíveis a olho nu, que têm o seu compri-mento de onda medido em milimícrons.Desde o infravermelho ate o ultravioleta.
Muitos podem perguntar o porquê dese usar o vermelho e não o verde, e porque temos um opcional que é o azul?
Tudo que foi falado é pura física, ou seja,não existe nada fora a física e a eletricidade.
A luminosidade vermelha possui umcomprimento de onda de 800 milimícronse transportando isso para a neurofisiologia,ou seja, para o processo terapêutico, elatem a propriedade de penetração corticalmais intensa devido ao seu comprimento.Quando se pede para fechar os olhos nasessão é porque a pálpebra irá servir dedifusor para a luminosidade para dentro dosolhos em que esse estímulo visual vai sercaptado pelos fotorreceptores, transfor-mando-os em estímulo elétrico que cami-nhará para o tronco encefálico e depois pa-ra o córtex cerebral para ser interpretado.
Já a luminosidade azul possui um com-primento de onda de 400 milimícrons e con-sequentemente a penetração cortical é me-nor, porém psicologicamente trazemos in-formações de nossos antepassados de queo azul acalma, tranquiliza e alivia a ansieda-de. Quando usamos a luminosidade azul,
Hipnoterapia cognitiva (sonoterapia)INFORME PUBLICITÁRIO
fisiologicamente ela penetra-rá menos do que a vermelha,mas o efeito psicológico está im-pregnado em nossos valoresculturais e é ele que dá o tom.
Então, recapitulando: oobjetivo desse condiciona-mento é diminuir a atividadecerebral a níveis alfa e abaixodele, níveis estes que pode-mos encontrar um simples re-laxamento até um sono pro-fundo, afinal de contas o sono
é a inibição protetora do córtex e o que fa-zemos é a intensificação dessa inibição.
No condicionamento auditivo, que é avariável mais importante do processo hip-nótico, o paciente recebe através de umfone de ouvido um programa pré-elabora-do, minuciosamente estudado, com deta-lhes específicos para uma determinada pa-tologia a fim de que, ao ser interpretado anível de córtex, a remoção dos estímulosnegativos seja praticamente modificada pornovas conexões neurais, ou seja, iremoscontrolar e selecionar os estímulos atravésdos sintetizadores e do fone, evitando aomáximo aquelas variáveis indesejáveis quedificultam o tratamento.
Em nossa clínica, temos experimentadocom o uso da técnica, por luz e som, parao tratamento de diversas condições patoló-gicas, tais como depressão, ansiedade,síndrome do pânico, estresse pós-traumá-tico, algumas psicoses, obesidade e tam-bém dependência química, na qual cai nomesmo esquema de novas aprendizagenspara se ter novos comportamentos, ou seja,fazem novas redes neurais.
Os resultados até o momento têm sidoextremamente positivos, pois estamos intro-duzindo uma conduta terapêutica não inva-siva, pelas invasivas e no mínimo substituí-mos gradativamente os psicotrópicos, favo-recendo uma menor incidência de efeitos co-laterais dos mesmos. Atualmente, as pesqui-sas científicas mais atualizadas mostram oquanto estamos avançando nos processosnão invasivos, tais como as estimulaçõesmagnéticas transcranianas e a antiga eletro-terapia transcerebral, da qual já falávamosanos atrás, estão em franco desenvolvi-mento em grandes universidades do país.
Resumindo: a hipnoterapia (sonotera-pia) é um procedimento não invasivo queatua no cérebro, fazendo com que os distúr-bios neles existentes sejam eliminados peloprocesso da renovação das conexões neu-rais, ou seja, que os caminhos nervosossejam modificados e o paciente retorne aoseu equilíbrio.
Mario Celestino
de Oliveira
JORNALZEN SETEMBRO/201110
CULTURAZENZENZENZENZENMona Set El Banatladeada pordançarinos quese apresentaramna comemoraçãode seu aniversárioentre amigos
Amanda La Monica
Nena Rampazzo
Arte naïfUma arte simples que nos leva aos artesãos sem ser artesanato. Ingênua, simples
e romântica.
O artista plástico dito NAÏF ou INGÊNUO é geralmente um autodidata que se ex-
pressa plasticamente de maneira instintiva, espontânea e original.
Não se preocupa com conceitos, deixando aflorar naturalmente a sua sensibili-
dade, os seus devaneios oníricos, as suas emoções e as experiências adquiridas
no meio social-cultural registrando de forma marcante e peculiar as situações fantás-
ticas e inusitadas, assim como os acontecimentos simples, singelos, humorísticos
e até mesmo trágicos.
Artistas: Rousseau, Vitor Henry,Valdomiro de Deus, Lucia Buccini
ATELIÊ: Rua Roberto Simonsen, 275 (Taquaral) – Campinas – Fone: (19) 3251-8698
“Sonho” - sítio da Cecília,
trabalho naïf de Nena Rampazzo.
técnica: acrílica sobre tela
Reprodução
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Luciana Gigliotti,a cantora Lyra,Silvia Lá Mon ePadre Haroldo depoisdo evento de aberturado projeto CírculoVirtuoso, que estámovimentandoo Cenapec,em Campinas
Murilo Nogueira Santamaria,Emílio Olmos e José HenriqueAlmeida Marques prestigiarama festa em torno de Mona El Banat
Monge Daniel, pai do lamabrasileiro Michel Riponche,
esteve em Campinas econheceu o JORNALZEN
Silvia Lá Mon
Silvia Lá Mon
Silvia Lá Mon
Momento da inauguração de uma das duas ecotecas da Apae de Indaiatuba, projetode incentivo à leitura de maneira lúdica que utiliza o livro como atividade extraclasse
Divulgação
Silvia Lá Mon
A tenente SusaneMelissa Meyrerrecebe do generalMario Seixaso diploma deposse na AcademiaCampineira de Letras,Ciências e Artesdas Forças Armadas
JORNALZENSETEMBRO/2011 11
Recantodo Poeta
Tantos anos depoisAdentras o templo de Deusamparada por teu pai.És quase uma menina,mas já trazes no rostoo semblante da mulher.Sonhas um mundo ditoso,quando a mão estendidado príncipe que escolhestete conduz até o altar.Juras de amor,promessas de fidelidade.E o desfile recomeça.Não mais um,mas agora já são dois,caminhando na passarela,entre sorrisos de esperança.E o tempo foi passando.Vieram filhos, netos e bisnetos.Dias de conflito, noites de vigília.A fé sobrepairando em tudo,o carinho vivificado nos gestos.Tantos anos de certezade que os jovens de ontemsão respostas aos de hojede que enquanto houver ternurae respeito pelo outro,a vida há de ser sempre um sonhopara os que creem em Deuse acreditam no amor.
Arita Damasceno Pettená
CaminhosCaminhos agregados aos destinos,livres despreocupados a vagar,estendidos nos tempos peregrinos;labirintos que estão a divagar.
Rever caminhos calmos e divinosé impossível; o incerto paira no ar.Tais quais curvas de rios cristalinos,há um talvez, não se sabe o que encontrar.
Não importa. Teus passos se esfumacem,nos traiçoeiros tempos cruciais.Caminhe agora vá sem relutância.
Ah! Embora os sonhos teus se despedacem,atravesse sem medo os vendavais.Assim atingirás a culminância.
Geni Fuzato Dagnoni
MANDALA PARA PINTAR - SONIA SCALABRIN -Metamorfoseando?... metamorfoseeiQuando olho para trás,Vejo cenas do caminho...Do tempo em que se desfazMeu tempo que vivi sozinha!
Agora estou a voar,E ninguém mais me segura‘Casada’ com o novo tempo,Do casulo, sou ‘viúva’!
Vivi em outrora trancada,Em meu casulo de sedaSegura ali, pendurada...Foi quando vi uma ‘fenda’.
A mudança enfrentei...Com meu grito de dor...Com asas, metamorfoseei,Minha metamorfose d’amor.
Se tenho medo agora?Só se for de “uma pessoa”:A única capaz de minhas asas...Cessar... enquanto voa!
De mim mesma sou aliada...Mas posso ser ‘inimiga’Depende, qual ‘alimentada’...E então escolhida!
Novos voos vou alçando...Sou mulher... sou menina,Poeta...Escritora...Amante: amante desta “mi vida”
Juliana Perna
JORNALZEN SETEMBRO/201112
JOÃO BATISTA SCALFI [email protected]
Se você surpreendeu um filho usando qualquer tipo de droga, tenha muito cuidadocom a maneira de agir.
Passado o choque inicial, procure conversar calmamente, em tom de amizadee carinho, buscando saber as causas que o levaram a essa fuga infeliz.
Uma atitude de bondade vale mais do que todos os argumentos produzidospela cólera ou pela agressividade.
É provável que ele esteja na fase inicial, necessitando de ajuda mediante acompreensão do problema.
Não o faça sentir-se pior emocionalmente, porquanto essa postura levá-lo-á asituação mais grave.
Faça-o perceber que a família está aberta ao diálogo, e que ele sempre contarácom seu apoio.
Dê-lhe uma assistência de vigilância, sem tornar-se um guarda severo ou algozcontínuo em referência ao seu comportamento.
Todo aquele que se permitir ao uso de qualquer tipo de vício, encontra-se emconflito pessoal, desconfiado e descontente com a existência.
É indispensável fazê-lo valorizar a oportunidade existencial, lentamente, comcuidado e otimismo.
Evite a postura de mártir ou de infeliz, que o empurrará para a culpa devastadora.Aquele que se encontra no caminho perigoso, necessita mais de alguém que o
auxilie na libertação, do que punição contínua.Sempre, que possível, converse sobre temas edificantes, cuidando de não se
tornar cansativo em relação ao problema.Se o seu lar é equilibrado, e, apesar disso, ele optou pela busca de qualquer
droga da moda ou não, proponha-lhe a ajuda especializada de um psicoterapeuta,melhor treinado para situações dessa natureza.
Se, porém, o seu é um lar atribulado, repleto de conflitos e de instabilidadeemocional, busque equilibrar-se e melhorar a situação doméstica, que o empurroupara fora do seio familiar, a fim de trazê-lo de volta.
Não transfira a responsabilidade do erro dele para outrem, o que não resolvea questão, somente gerando mais descontentamento e mal-estar.
Impeça que ele seja visto pelos demais membros da família como um viciado.Todas as pessoas se equivocam, e tem o direito à recuperação.Ele não é o primeiro e não será o ultimo a atravessar esse portal do infortúnio
em busca da fantasia, da ilusão, da felicidade mentirosa...É necessário favorecê-lo com diferente visão da vida, com as bênçãos da respon-
sabilidade para o enfrentamento que tem pela frente, encorajando-o para superaros medos que o estão afligindo, mesmo sem o perceber.
Nunca assuma atitude puritana, dando a impressão de superioridade, nem re-late as suas experiências triunfantes, de forma que o humilhe.
Demonstre que você também tem problemas e busca resolvê-los de maneirasaudável. Faça-o perceber que a droga somente leva à destruição...
Ame seu filho em qualquer circunstância, demonstrando-lhe que nada no mundoo afastará da sua ternura, do seu devotamento e da sua responsabilidade afetuosa.
Ele necessita de segurança emocional. Torne-se esse porto de amparo.Aplique sempre a terapêutica do amor e não tenha pressa.O resultado virá no momento oportuno.
Fonte: Diretrizes para uma Vida Feliz (Divaldo/Marco Prisco)
Momento de Reflexão
João Batista Scalfi é presidente do Educandário “Deus e a Natureza”, de Indaiatuba
www.educandariodn.org.br
Terapia do amorem relação às drogas
ASTROZEN
De modo geral, setembro apresenta-secomo um mês mais tranquilo. Nele, te-mos o signo de Virgem, que é a energiaque discrimina o que lhe faz e o que nãolhe faz bem, que purifica, busca a ordemnatural como forma de se preparar parase relacionar com o outro. E este momentode relacionamento vem na sequência, quan-do entramos no signo de Libra, dia 24.
No dia 15, Plutão – o planeta que re-vela (tesouros/potenciais/segredos) sem-pre com o propósito de evoluirmos paraalgo melhor – sai de sua posição estacio-nada, voltando a andar no céu. Quandoisso acontece, a sensação de que as coisasestão andando é percebida. Os projetosiniciados ganham dinâmica de solução.
Uma configuração planetária acon-tece nos dias 20 e 21, promovendo atritoe tensão. A necessidade é de conciliar as-suntos/questões aparentemente inconci-liáveis. Para tirar o melhor proveito des-ses dois dias, procure reagir menos im-pulsivamente. Olhe o que aparecer den-tro de suas áreas. Se financeira, tratecomo financeira e não como um valor
SÁTÎT JOTÍ [email protected]
Clareandoe m o c i o n a lou pessoal.Se pretendeinovar ou romper com algo, faça-o, massem comprometer sua estrutura ou rom-per relações amorosas e valores impor-tantes. Claro que se posicionar em umaárea acaba interferindo em outras, mashá formas mais integradas de fazer isso.Sobretudo, não se precipite. São apenasdois dias. Se precisar, espere outros.
Melhor ainda se puder esperar atéo dia 25 e aproveitar o grande triângu-lo de cura que se forma no céu. Esse tri-ângulo propicia entendimento e facili-dades no que se refere a questões de va-lores materiais, financeiros, econômi-cos, de trabalho, rotina, profissão. En-fim, ligado à estrutura material. Eledisponibiliza uma forma prática de veras coisas no real, o que pode ser umaforma equilibrada de olhar sua vidanesse momento. Afinal, no dia a diatem se falado muito das crises financei-ras das nações, Estados, cidades. E issochega até você de alguma forma.
Cultive-se para que possa oferecersua melhor flor e perfume quando a pri-mavera chegar. Bom mês!
JORNALZENSETEMBRO/2011 13
MARCELO SGUASSÁBIA
Líricas Bulhufas
A chuva mansa e criadeira me levou emcorrenteza à releitura de Herman Hesse,Machado e Florbela Espanca. Às vezesem pingos fortes, açoitando minhas ja-nelas, chegava lembrando o medo dascucas e lobisomens, sentimento adorme-cido desde a época em que os lobisomense as cucas existiam aqui de fato.
Serena mas decidida, faz serviço ca-prichoso de empenar as madeiras, tragaos barcos de papel e os de verdade, en-charca por onde passa. Tinge de musgoas pedras, provoca o estrago que quer.Perseverante, dura bem mais que os doisvolumes capa-dura do Machado, do meu“Sidarta” já em frangalhos e da fininhaantologia da Florbela. Finda a faina lite-rária, me faz separar as roupas em uso dasque não servem, erguer castelos de cartas,deletar e-mails lidos e um mundo de ou-tras tarefas que jamais levaria adiantese sol houvesse, por tímido que fosse.
O chumbo do céu chuvoso, convitemais que aceitável ao nada pra se fa-zer. Céu que me ilha e me avisa que éinútil tentar sair, tão cedo não irá ce-der esse concerto de trovões. E dá-lheágua despencando.
Fechadas as portas que dão pra fora,a chuva me ordena a olhar pra dentro, pa-ra o que havia de seco e há muito pediauma rega farta e recompensadora. Ao lon-go desses dias tão iguais, ela foi moldandominha carcaça no aconchego da poltrona,me trouxe de volta ao piano que há anosnem abria. E reparei naquele Mi desafi-nado desde nem sei quando. A chuva quetambém é uma nota só e que marcou no-vembro em Andante Cantabile, atravessou
Raindropsdezembro em Al-legro Moderato eao, que tudo indi-ca, encerrará ja-neiro em PrestoMolto Vivace.
De garoa a tempestade, a chuva mebotou em posição de lótus, com a espi-nha ereta e o coração tranquilo como oWalter Franco naquele disco anos 70, aRevolver fantasmas. Me deixou menosurbano e instalou narina adentro o pas-to e o estrume de vaca, mais raros e in-traduzíveis que o mais fino dos Chanel.A chuva tem sido tamanha que borra asletras dos livros mofando nessas estan-tes. Não autorizou a fazer nada do quehavia planejado, mas me mostrou queas urgências não eram assim tão urgen-tes. Que espera é maturação, que tempotinha de haver pra escutar sua cantilena.
Deito, durmo e sonho aos pingos, en-fronhado nos torós. Enquanto os móveisde casa bóiam na enchente insana, eu va-zo por todos os poros, choro água da bor-rasca, viro bica como tudo à minha volta.
E o barulho da chuva, que me trouxeo pesadelo, é o mesmo que me desperta.Vejo o bolor nos rejuntes e cogumelosmulticores fermentando no quintal. Ela,que impacienta as crianças e apascentaos velhos. A chuva que cai sobre os re-cém-defuntos, coada por sete palmos deterra. Criando adubo, abrindo poças etransbordando poços nas chácaras quese estendem pra além do alcance da vis-ta. A chuva que não para e que, reinandofeito déspota, quer que o assunto sejaela e nada mais.
Marcelo Sguassábia é redator publicitário
www.consoantesreticentes.blogspot.com
www.letraeme.blogspot.com
Uma marca da sociedade contemporânea
é a dificuldade em lidar com o envelheci-
mento; na maioria das vezes, a discrimina-
ção e o preconceito fazem com que os ido-
sos não se permitam vivenciar sua velhice
de forma plena, expressiva e prazerosa.
Os idosos, em geral, demonstram ter
vergonha de seu corpo e timidez para colo-
cá-lo em movimento; muitos chegam à dan-
ça após um longo caminho de esquecimen-
to e desencontros com seu próprio corpo,
com uma história de sedentarismo, com
posturas que os distanciam cada vez mais
da flexibilidade natural, com tensões psíqui-
cas, preconceitos e medos enormes de se
mostrar. A maioria se questiona se dançar
é algo que vale a pena, já que sentem que
perderam toda possibilidade de expressão
e movimento no cotidiano. Muitos pergun-
tam: Na minha idade, será que eu posso?
Será que eu vou conseguir?
A dança é capaz de produzir mudanças
nas pessoas. A única coisa que o profissio-
Corpo e dança na velhiceINFORME PUBLICITÁRIO
nal faz é esti-
mular as poten-
cialidades que
todas as pes-
soas possuem.
Através do mo-
vimento, a dan-
ça possibilita a
pessoa a se co-
nhecer melhor,
a entrar em con-
tato com partes
profundas de si
mesma, com
sentimentos muitas vezes difíceis de se-
rem expressados verbalmente, e a explo-
rar novas formas de ser e de sentir. Desta
forma inicia-se uma modificação de forma
fluida no ser idoso, que passa a se escutar
sem julgamentos.
A dança pode, assim, contribuir para a
qualidade de vida e para o envelhecimento
saudável de adultos e idosos.
Wanda Patrocinio
Doutora em Educação, Mestre
em Gerontologia e graduação
em Pedagogia pela Unicamp;
extensão em Psicogerontologia
FREJAT FAZ SHOW EM PROL DO BOLDRINIO ex-integrante do Barão Vermelho se apresenta dia 23 de setembro, a partir das 23h, naRed, em Jaguariúna. O show, que contará com a Orquestra Sinfônica da Unicamp e o maes-tro Amilson Godoy, terá renda revertida ao Centro Infantil Boldrini. Os ingressos estão sen-do vendidos a 60 reais (área vip) e 30 reais (pista). O evento faz parte do projeto Arte doBem, que permite a parceria de empresas em benefício do Boldrini por meio de leis de in-centivo cultural. Mais informações: (19) 3867-7000 ou www.projetoartedobem.com.br
JORNALZEN14 SETEMBRO/2011
Coragem para avançar
INES S. MÁRTÎMS [email protected]
Pelos Caminhos do Coração
“Medos não passam de pensamentos, e pensamentos podem ser abandonados”Louise L. Hay em seu livro Ame-se e cure sua vida (Ed. Best Seller)
O medo pode ser um grande entrave para quem deseja viver uma vida plenae feliz. Assimilado desde a infância, por ter sido usado, muitas vezes, comouma espécie de arma para educar, crescemos condicionados a temer: o castigo,a rejeição e os ‘perigos’ que a vida oferece a todo o momento. Não adiantariasimplesmente culpar os pais ou educadores, já que eles também cresceramcheios de medo, passando a educar os filhos com base nessa energia quemuito limita. Mas, em princípio, precisamos lembrar que o medo é uma reaçãonatural de proteção, presente em nosso “sistema” evitando que caiamos emsituações complicadas e, eventualmente, nos machuquemos, física ou emocio-nalmente. No entanto, quando o medo soa como nota principal em nossa vi-da e nos mantém agarrados às crenças limitantes que desenvolvemos aolongo da vida, precisamos rever essa questão o quanto antes. Em seguida,importa perceber que o corpo sente aquilo que a cabeça pensa, daí a importân-cia de cuidarmos da qualidade dos nossos pensamentos.
Além da educação que recebemos na infância, é fácil observar que a mídiatambém alimenta o medo ao dar ênfase exagerada aos noticiários sobre catás-trofes, violência, doenças e fatalidades diversas. Com isso, os que são muitoafeiçoados à TV, por exemplo, tendem a desenvolver um medo maior do queo necessário, e, caso não estejam suficientemente atentos, terão uma visãodesproporcional dos acontecimentos cotidianos, que incluem situações felizese tristes. Viverão apavorados com pequenos incidentes acreditando que tudoé terrivelmente assustador, terminando paralisados diante de situações emque precisariam atuar e colaborar para a solução.
Quando pensamos estamos criando o nosso futuro, portanto, se somostomados por pensamentos de medo e os alimentamos, atrairemos para nóso que mais tememos. Essa percepção traz de volta a consciência de que somosos responsáveis por nossas experiências, assim, cabe a nós promover umamudança na maneira de pensar e, com isso, imprimir mudanças positivasem nosso estado de ser. Um bom começo é substituir os pensamentos temero-sos por afirmações que tragam horizontes e perspectivas mais positivas. Éimportante desejar estar em paz consigo mesmo e com o processo da vida,buscando abandonar as limitações e ir além, soltar as tensões, os medos, eavançar corajosamente. Você pode!
Valores: para o Espírito, o quetem preço não tem valor. Esta-mos tornando a Vontade deDeus e a nossa Uma só.
A Vontade Divina é que al-cancemos a estatura de Je-sus. Os caminhos são sete:amor, sabedoria, vontadelivre, ordem, rigor, paciência emisericórdia. São balizadospelo amor e misericórdia, edeles fazem parte o bem, averdade e a justiça. Há quedesenvolver tudo isso em nós,e são os nossos valores.
O Amor tudo criou, sustenta e mantém.A Sabedoria é a ferramenta de “amadu-
recimento”. Com ela, sabe-se que a únicavontade que vale a pena ser feita é a deDeus. A capacidade de discriminação nosdirá o que é e o que não é a vontade Dele.
Vontade Livre é a nossa individuali-dade. Cada um é único pelas escolhas quefez, baseado na própria vontade. Desejos sãoexercícios da Vontade (se há o desejo de“pular a cerca”, a Vontade não se curvará).
Enquanto as vontades não forem Uma,trabalhamos nelas em determinada Ordem:
Identidade, missão e valores (3)INFORME PUBLICITÁRIO
primeiro a Divina, de amar aDeus e ao próximo; depois anossa, se estiver de acordo.
Essa Ordem deve sermantida rigorosamente; porisso há Rigor em nós.
A Paciência nos ajuda aaguardar a maturidade semfrustração ou desânimo.
E a Misericórdia é a somadas seis anteriores. É o cami-nho que permite auxiliar algoou alguém a se tornar aquiloa que foi destinado a ser. Por
exemplo, a mãe educa um filho por todosesses caminhos. Ela ama o filho, mas usaráa Misericórdia (e os outros seis caminhos)para ajudá-lo se tornar pleno.
Bem, observe: a Ordem e o Rigor usa-mos prerferencialmente EM NÓS; o Amor,a Paciência e a Misericórdia, COM OS OU-TROS. A Vontade é livre, e a Sabedoria (enão a razão!) é a ferramenta de discrimina-ção de tudo isso. Em dúvida, como regrageral saiba que AMOR E MISERICÓRDIAVALEM MUITO MAIS DO QUE SABEDO-RIA E JUSTIÇA. E tudo isso deve ser consi-derado, no amar e servir.
Luiz Alberto Mortari
Médico e Escritor
Apae define início das vendasde boxes da Feira da BondadeA tradicional Feira da Bondade, promovidapela Associação de Pais e Amigos dos Excep-cionais (Apae) de Indaiatuba, acontecerá de17 a 20 de novembro, no pavilhão da Viber.
Os comerciantes e artesãos interessa-dos em adquirir os boxes da feira poderãoir até a sede da Apae – Alameda das Crian-ças, 100 (Vila Vitória) – a partir do dia 12de setembro, das 9h às 17h. Para escolherentre os 154 boxes disponíveis pelo even-to, os interessados poderão consultar a
planta do local. O valor varia de acordocom o tamanho e localização.
A edição passada da Feira da Bondadaatraiu cerca de 16 mil pessoas. Este ano, aexpectativa dos organizadores é que essenúmero seja ainda maior. A renda arreca-dada com a venda dos boxes será revertidapara a manutenção dos trabalhos promo-vidos pela entidade, que atende 575 pes-soas em suas duas unidades. Mais infor-mações pelo telefone (19) 3801-8891.
15JORNALZENSETEMBRO/2011
Você sabia que é a partir da cozinha que flui
toda a prosperidade de uma casa? Que não
devemos colocar nada debaixo das camas
para a energia fluir livremente? Que os mó-
veis da sala devem acolher quem entra?
Que as piores energias estão nos ba-
nheiros? De acordo com o setor em que este-
jam localizados, podem causar doenças, per-
das financeiras e até crises conjugais. Um
vazamento leva seu dinheiro pelo ralo. E
seus sapatos então, eles voltam impregna-
dos de energias pesadas vindas da rua e
vão direto para o seu armário!
Você já ouviu dizer que todos que mora-
ram numa determinada casa tiveram o mes-
mo tipo de problema: sofreram da mesma
doença, o casamento não deu certo, foi só
mudar pra esse endereço pra que tudo co-
meçasse a dar errado. Ou que aquele ponto
comercial é “micado”? Isso ocorre devido à
impregnação de antigos moradores ou até
mesmo de energias telúricas no subsolo.
Se você passa por pelo menos um des-
ses problemas, entre em contato para agen-
Dicas de harmonizaçãoINFORME PUBLICITÁRIO
dar uma visita.
No curso de
harmonização
para desblo-
queio ambiental
você aprenderá
na prática, pois
estará traba-
lhando na plan-
ta baixa de sua
residência e co-
nhecerá técni-
cas de curas,
desimpregnação
de memória das
paredes, rituais, numeração mais indicada
para a residência ou comércio.
A radiestesia irá detectar veios telúricos
no subsolo do imóvel, o que causa uma infini-
dade de problemas físicos, psicológicos e fi-
nanceiros na vida dos moradores, sendo cor-
rigidos imediatamente através da radiônica.
Realização em Campinas após formação
de turma.
Célis Garcia
Terapeuta holística, ministra
cursos e palestras de mesa
radiônica quântica, feng shui,
radiestesia e radiônica e
numerologia pitagórica.
Campinas sedia simpósio sobrepráticas alternativas em saúdeCampinas sediou nos dias 18 e 19 de agos-to o 1° Simpósio de Práticas Alternativas,Complementares e Integrativas em Saúdee Racionalidades Médicas. O objetivo doencontro foi debater os rumos do ensinoe da pesquisa das práticas alternativasdentro das profissões de saúde, em espe-cial a medicina. As palestras e debatesocorreram no anfiteatro da Faculdade deCiências Médicas da Universidade Esta-dual de Campinas (Unicamp).
Carmem De Simoni, responsável pelaPolítica Nacional da Práticas Integrativase Complementares do Ministério da Saúdee uma das palestrantes, destacou a impor-tância do evento. Segundo ela, o simpósioé um marco para as práticas integrativasno País. “Aqui estiveram os dois maioresgrupos nessa área, o de RacionalidadesMédicas, representado pela professora Ma-del Luz, e o Laboratório de Práticas Alter-nativas, Complementares e Integrativasem Saúde, representado pelo professorNelson Filice de Barros”, informa. “Para oMinistério da Saúde, é bastante relevanteessa oportunidade porque daqui saem asvárias proposições, e nós viemos colocaras necessidades com relação ao ensino epesquisa no campo das práticas integrati-vas e complementares.”
“Temos o Sistema Único de Saúde, queé um sistema universal gratuito, e temosa política de práticas alternativas e com-
plementares.” Carmem exemplifica citan-do a homeopatia, a medicina chinesa, ouso de plantas medicinais, a medicina an-troposófica e o uso da água termais. “Eramcoisas que antes estavam restritas à classemédia ou classe média alta e ao bom paga-mento pelo seu acesso”, lembra. “O SUSpode ofertar toda essa gama de procedi-mentos e serviços gratuitamente.”
Carmem informa que o Ministério daSaúde tem critérios para avaliar quais aspráticas alternativas a serem incorpora-das. “Trabalhamos com base em dois con-ceitos: as racionalidades médicas e os re-cursos terapêuticos”, esclarece. “A partirdaí, analisamos o que já era uma realidadee encontramos a homeopatia e a medicinachinesa com seus recursos.”
No Brasil, ressalta Carmem, há umagrande diversidade de plantas medicinais.“Apostamos na fitoterapia brasileira”, co-menta. Segundo ela, o Ministério da Saúdenão está fechado a outras práticas, maselas têm de seguir alguns critérios. “Têm deter algum reconhecimento das categoriasprofissionais por meio das especialida-des”, informa. “As práticas holísticas geral-mente são desenvolvidas por terapeutas.No caso do SUS não há espaço ainda paraeles porque não são profissionais de saúderegulamentados. Há sempre um cuidadona observância da segurança e eficácia daspráticas que são colocadas no sistema.”
JORNALZEN16 SETEMBRO/2011
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FI-FLORAIS E FI-ESSÊNCIASFormulações quânticas para o equilíbrio orgânico e energético
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Breno Marques da Silva eEdnamara Batista Vasconcelos e Marques
Os Fi-Florais e as Fi-Essências são uma
classe única de produtos que se enqua-
dram dentro de uma nova farmacologia
quântica. Representam um conceito ino-
vador na terapia floral.
Já se passaram quase duas décadas
do surgimento dos Fi-Florais, na época
denominados Fitoflorais, mas permanece
vívida em nossa memória a ideia que per-
mitiu que toda esta inovadora vertente te-
rapêutica se concretizasse. Primeiro vie-
ram os Fi-Florais, para depois de mais de
uma década, as Fi-Essências. A intenção,
com esta categoria de produto, era agir
de forma delicada, vibracional e direcio-
nada para os grandes sistemas do orga-
nismo físico, mantendo, contudo, a prima-
zia da ação nos aspectos mais sutis, com-
portamentais e espirituais.
O que se observa na já longínqua
prática com os Fi-Florais e as Fi-Essên-
cias é que, apesar de sua diluidíssima
composição vegetal (essências e coc-
ções florais), eles agem de maneira fabu-
losa no equilíbrio e bem-estar de nossos
corpos sutis, energéticos e orgânicos.
Certamente, com base no pensamento
cartesiano não encontraremos explicações
para tal atuação.
Tais linhas de produtos resultam da
associação sinérgica de essências florais e
cocções florais. A combinação de qualidade,
os tipos de plantas criteriosamente selecio-
nadas, e de quantidade, as doses diluidíssi-
mas, porém quanticamente ativas, compõem
a orquestração harmoniosa do sinergismo
curativo que caracteriza de modo ímpar esta
classe de produtos. E este sinergismo quân-
tico implica que o efeito global dos comple-
xos Fi-Florais e Fi-Essências não é a soma
linear dos efeitos parciais de cada um de
seus elementos.
Os Fi-Florais e as Fi-Essências estão
assentados qualitativamente na Fitoterapia,
pois seus princípios são unicamente vege-
tais, porém diferem radicalmente no que se
refere às quantidades. A baixíssima diluição
dos princípios vegetais nos Fi-Florais e Fi-
Essências é de grande benefício na medida
em que contorna o problema dos efeitos
colaterais, os quais estão eventualmente
presentes nos preparados fitoterápicos e,
principalmente, nos alopáticos. Também, é
devida em parte a esta baixíssima diluição,
juntamente com a técnica de emaranha-
mento quântico inerente à preparação, que
se tem acesso à raiz ou fonte de vitalidade
e germinabilidade presentes no substrato
de sustentação dos mesmos, o vácuo quân-
tico, e que fazem com que se observem
efeitos terapêuticos deveras não con-
vencionais e surpreendentes.
Em termos práticos, a diferença entre
os Fi-Florais e as Fi-Essências deve ser
considerada no momento da escolha de
um ou outro produto. Os Fi-Florais devem
ser orientados quando se nota a neces-
sidade de reequilibrar, além dos aspec-
tos mais sutis, o corpo físico/energético
do indivíduo. Eles estão focados prepon-
derantemente nos grandes sistemas
energéticos do organismo, os quais for-
mam os moldes para os corresponden-
tes sistemas orgânicos (por exemplo,
sistema circulatório, digestório, reprodu-
tor, etc.). As Fi-Essências englobam com-
plexos emocionais emaranhados com a
percepção, aprendizado, assimilação,
adaptação e transformação.
Se deseja mais informações sobre o as-
sunto, recomendamos o livro: FI-FLORAISE FIESSÊNCIAS – Formulações Quânticaspara o Equilíbrio Energético e Orgânico.
Breno Marques da Silva e Ednamara Batista
Vasconcelos e Marques (criadores e pesquisa-
dores dos FLORAIS DE MINAS)
SETEMBRO/2011 JORNALZEN 17
Instituto Shake: caminho para oautoconhecimento em Valinhos
INFORME PUBLICITÁRIO
O Instituto Shake, de Valinhos, propõe o
encontro do equilíbrio por meio de um mé-
todo minuciosamente estudado por meio
do qual, em um ambiente muito agradável,
as pessoas podem se autoconhecer, traçar
projetos de vida e realizar seus sonhos.
“Para ter equilíbrio, é importante traba-
lhar todas as áreas que afetam nossas vi-
das, seja a espiritualidade, respeitando ca-
da crença, ou a psíquica, que envolve o
emocional e material e que está relacio-
nada com a saúde física e financeira”, co-
menta a psicanalista Lourdes Manhani,
profissional responsável pelo instituto.
Casada há 22 anos e mãe de três fi-
lhos, a professora e mestre atuava como
contadora quando, em 2005, iniciou seus
estudos na área terapêutica. Em 2009,
Lourdes investiu na abertura do Instituto
Shake. Sua formação abrange mestrado
em educação, administração e comunica-
ção; psicopedagogia; pós-graduação em
administração financeira; MBA em gestão
empreendedora de negócios; bacharelado
em ciências contábeis; cursos nas áreas
de humanas e gerencial, além de estudos
de florais de Bach, reiki, massagem tera-
pêutica e auriculoterapia.
Como palestrante, Lourdes desen-
volve temas como “Aprendendo a se
Amar”; “Gerenciamento de Mudanças”;
“Reorientação Profissional”; “Florais de
Bach”; e “Direito de Sonhar”. “Cada ser
humano é único e possui capacidade pa-
ra se desenvolver desde que queira e que
busque recursos para isso”, enfatiza Lour-
des. “O primeiro ato de amor é o cuidado
consigo mesmo.”
Entre os serviços oferecidos no Insti-
tuto Shake estão a terapia com foco no
autoconhecimento, cursos de desenvol-
vimento pessoal e profissional, orienta-
ção vocacional e profissional, palestras,
meditação e a “shake-dance”, atividade
que engloba relaxamento, alongamento
e movimentos corporais. O instituto tam-
bém oferece serviços na área financeira,
com consultoria contábil, orientação fi-
nanceira e aulas particulares de contabi-
lidade geral e custos.
O Instituto Shake está situado na Rua
Verônica Giavone, 314 (Jardim do La-
go),com entrada pela Rua Madalena Ta-
marino. Mais informações podem ser
obtidas pelo telefone (19) 3849-4652 ou
no site www.institutoshake.com.br .
JORNALZEN SETEMBRO/201118
Viva Bem
BATE-PAPO
Tenho mania toda vez que estou lendo um livro, de grifar o que acho interessante paradepois refletir sobre aquilo. Ou quando assisto a um filme e é citado alguém ou alguma
coisa, também anoto para depois fazer minhas buscas, hoje facilitadas pelo Google ououtros sites. Essa mania é resquício dos meus tempos de estudante, uma vez que naquelaépoca muitos professores diziam: “Pense! A cabeça não foi feita só para pentear os cabelos!”
Outro dia, assistindo a um desses seriados americanos, uma das personagens cita “oescritor” George Eliot (está entre aspas porque na verdade era uma escritora com pseudô-nimo. Boa busca para o Google!), com uma frase, talvez já bem batida, que diz: “Nunca
é tarde demais para ser o que você poderia ter sido”.
Ia escrever hoje sobre a primavera e todo o renovar que esta estação do ano nos re-mete. E ao ler esta frase que estava aqui em casa, na minha mesa de trabalho, achei quedava para começar nosso bate-papo com ela.
O problema em recomeçarmos como faz a primavera é o medo. Poucas são as pessoasque adoram mudanças. A maioria gosta do sapato velho, ao machucar do novo, queainda não está amaciado. Eu não fujo à regra.
Mas as mudanças sempre servem para alguma coisa. Mesmo que a gente “caia docavalo” ela vai servir para que aprendamos e não caiamos mais. É sempre crescimento.
Muitas vezes estamos tão infelizes numa determinada situação, que qualquer mu-dança vai ser para melhor. Inda que tenhamos que sofrer no começo com a bolha no pé,até o sapato estar macio como uma sapatilha.
Quem sabe a gente não aproveita essa entrada da primavera, esse renovar que se fazna natureza, para mudar o que não está bom em nossa vida.
Como diz a Marusca, minha professora de italiano: coraggio!Beijos!
Pernil picanteIngredientes:
* 750 g de pernil cortado em cubos médios
* 3 colheres (sopa) de suco de limão
* 2 dentes de algo amassados
* 1 colher (café) de páprica picante
* 1 colher (café) rasa de pimenta
dedo-de-moça picada
* 1 colher (café) de molho de pimenta
* 1 colher (sopa) de óleo
* 1 cebola média picada
* 1 lata de molho de tomates (350 g)
* 1 cubinho de caldo de carne
* 1 ½ xícara (chá) de água quente
* Cheiro verde a gosto picado
FORNO & FOGÃO
Claro que os médicos argentinos são suspeitos em dizer isso, mas estudos feitosnaquele país chegaram à conclusão que essa dança faz um superbem para o cora-ção. Eles monitoraram alguns casais iniciantes em dançar tango, com aulas de 20minutos de duração. Depois de um ano o grupo tinha ganhado muito condiciona-mento cardíaco. E como é uma dança tão sensual, fica a dica para os casais de qual-quer idade começarem. Com certeza vai fazer bem para o coração e para a libido.
Tango faz bem para o coração
Modo de fazer:
Tempere o pernil com o suco de limão,
o alho, a páprica e as pimentas.
Deixe nesses temperos por uma hora.
Na panela de pressão coloque o óleo e
aqueça. Refogue o pernil (sem a
marinada). Deixe dourar.
Acrescente a cebola e refogue mais um
pouco. Junte a marinada, o molho de
tomate e o caldo de carne já dissolvido
na água quente. Tampe a panela e
cozinhe por 20 minutos, após começar a
apitar a pressão. Fogo médio.
Destampe a panela após esse tempo e
se precisar deixe o molho engrossar com
a panela destampada por mais alguns
minutos. Na hora de servir espalhe o
cheiro verde picado.
Dica: esta receita é tão gostosa que, se você não gosta de muita pimenta, diminua a
quantidade. Vai ficar uma delícia também.
CHOCOLATE NÃO VICIA Tem gente que acha que o choco-late, se consumido em excesso, pode levar ao vício. Fiquetranquilo. Isso não ocorre porque o chocolate não contém ní-veis tão altos de moléculas psicoativas, as que levam à dependência.Ele se torna irresistível simplesmente porque é gostoso e provoca sensação de bem-es-tar. O ideal é limitar-se a 30 gramas por dia. Os nutricionistas dizem que esses 30 gramasnão pesam na balança e ainda ajudam a melhorar o humor e a disposição diária. Difícil éresistir a só essa quantidade! Agora, escolha: 30 g de chocolate meio amargo=150 calorias;30 g de chocolate ao leite=159 calorias; 30 g de chocolate branco=164 calorias.
É TEMPO DE AMORA! Você já reparou como estão os pés deamora? Aqui perto de casa tem um, que está carregado, fazendoa alegria dos passarinhos e das crianças que se lambuzam coma pequena frutinha. Mas a amora esconde em sua polpa umasubstância com excelente atividade antioxidante: a quercetina.Por combater a ação dos radicais livres, o consumo da amora (assim co-mo de cerejas, framboesas, uvas e maçãs) afasta males como o infarto,derrame e o câncer. Além de ficar deliciosa como geleia. Basta levar ao fogo meio quilo deamoras, com duas xícaras (chá) de açúcar e deixar apurar até consistência de geleia.
JORNALZENSETEMBRO/2011 19
BEM NUTRIR Saúde por inteiro: qualidadede vida e o cuidar de si
Eloísa Cavassani Pimentel
“Ando devagar porque já tive pressa e hoje
canto porque já chorei demais”...
Cada vez mais o tema qualidade de vida
tem surgido e a correlação de estresse,
desequilíbrio imunológico e geração de
doenças tem se tornado mais conhecida.
Atualmente vivemos apressados, cheios de
compromissos e obrigações, horários e
corre-corres. Nem bem sentimos que cum-
primos algo, já se impõem outras tarefas.
Giramos em um turbilhão que nos con-
some. Situações como insônia, desânimo,
expectativas e frustrações fazem parte
dessa rotina. Onde foi parar aquela tran-
quilidade das “cadeiras na calçada”? ... A
“modernidade” nos roubou, ficamos sujei-
tos aos excessos de solicitações sensoriais
e à vida competitiva dos grandes centros.
Sempre voltados para o exterior, respon-
dendo a demandas externas, fomos nos
afastando de nós mesmos e de um ritmo
na vida. Como reencontrar o equilíbrio?
Uma boa dica é observarmos a natu-
reza com seus ritmos marcados, como as
estações do ano, o crescimento das plantas
– do potencial da semente à floração e aos
frutos. Também nos animais verificamos
ritmos próprios.
O ser humano também tem seus ritmos:
do nascimento e cuidados necessários à
posição ereta, e as fases da vida, que são
marcadas pelos setênios: troca dos dentes,
puberdade, etc. Podemos nos propor a ob-
servar e a respeitar nossos ritmos e até
inserir conscientemente novos hábitos.
Tomemos alguns exemplos:
Ritmo sono-vigília: o sono cumpre umimportante papel reparador no nosso me-tabolismo, sendo ideal em torno de setehoras por dia (variando com a idade). Su-gestões: evite muitos estímulos antes deir dormir, como noticiários ou filmes deação ou começar um estudo; evite dormircom aparelhos de som ou TV ligados.
Ritmo alimentar: é necessário ter umhorário certo para as refeições, evitandoatribulações; com calma, se possívelconscientes da mastigação, tempo satis-fatório (em torno de 20 minutos). Tam-
bém devemos estar atentos aos ritmosurinário e intestinal (processos de elimi-nação). É recomendada ingestão de líqui-dos (longe das refeições) e ingestão ade-quada de fibras, além de frutas e legu-mes da época e sem agrotóxicos. Deve-se evitar ainda café em excesso, chocola-tes e álcool. É importante estar atentosà qualidade do que ingerimos.
Ritmo pessoal: Além dos ritmos biológi-cos, devemos imprimir o nosso próprio rit-mo ao dia. Devemos manter um equilíbrioentre o repouso e as atividades físicas ementais. Uma sugestão é reservar um mo-mento no dia para cultivar uma calma in-terior, olhar para dentro de si. Ao acordarou ao se recolher, procurar essa calma, es-se “espaço interior”. Procurar organizar astarefas do dia, fazer uma coisa de cada vez.Ao longo do dia, observar a respiração.Lembrarmos de apreciar a natureza à nos-sa volta. Contemplar uma obra de arte oupoesia são recomendáveis. Exercitar nossacapacidade de escutar e compreender o ou-tro e olhar para as situações de vários aspec-tos também são altamente terapêuticos.Observarmos nossas reações e poder atuarde uma outra forma são sinais de saúde.
Estar com saúde é bem mais amplo doque simplesmente não estarmos doentes.Então, como você está agora? Observe suapostura, respiração.
Cuidar de si mesmo é diferente do egoís-mo que nos impele a competir e a lutar paraconquistar mais, sem aproveitar o que se con-segue ou que já temos de bom ao redor. Cui-dar de si mesmo é respeitar seu corpo e as-sim respeitar o outro. Preservar a qualidadedo ar e da água. Preservar o meio ambiente.Os recursos naturais não são inesgotáveis edevemos parar de agir como se assim o fosse.
Importantes aliados no estilo de vidae na relação mais justa consigo mesmo sãoa homeopatia, a acupuntura e o tratamen-to com fitoterápicos, utilizando plantasmedicinais com propriedades calmantes,antioxidantes e outras que auxiliam equili-brando o metabolismo.
Eloísa Cavassani Pimentel de Magalhães é médica
(FCM-Unicamp) especialista em homeopatia e acupun-
tura, com formação em medicina antroposófica e fitotera-
pia e pós-formação em Homeopatia Unicista na Bélgica.
Nutrição solarFlávio Passos
O desenvolvimento de nossa civilizaçãocertamente nos trouxe muitos benefí-cios e confortos, mas também, como jáé de conhecimento comum, severasconsequências. Uma das mais significa-tivamente detrimentais à saúde do cor-po, da mente e da consciência é semdúvida a quantidade de tempo que pas-samos em ambientes fechados, distan-tes da luz do sol.
Estudos recentes comprovam aquiloque muitos já desconfiavam: a exposiçãoao sol não causa doenças, nem mesmoo câncer de pele (até hoje não foi regis-trado um único caso de câncer de peleem populações nativas, aquelas que a ca-da dia realizam a maior parte de suasatividades sob os raios dourados). O quepode acontecer é uma mutação do tecidoepitelial causada pela reação dos raiossolares com substâncias artificiais pre-sentes no organismo, as quais podem tersido ingeridas através de alimentos arti-ficializados ou assimiladas de cosméticoscom elementos químicos inadequados.
Embora os meios de comunicaçãotradicionais se esforcem em nos con-vencer do contrário, o fato é que quantomais nos distanciamos do sol, mais de-bilitamos nossa qualidade de vida. O as-sunto do momento no meio especializa-do é a vitamina D, aquela sintetizadapelo organismo quando este se expõeaos raios solares do tipo UVA, e as impli-cações causadas pela deficiência desta.Um dos elementos essenciais para ofuncionamento adequado do sistemaimunológico, da assimilação de cálciopelos ossos e diversas outras funções,a vitamina D foi detectada em níveismuito abaixo dos recomendáveis emcerca de 80% da população herdeira dacultura ocidental, incluindo crianças.
Nutricionistas especializados e mé-dicos conscientes têm recomendado ouso de suplementos de vitamina D3 portodo aquele que não passa ao menosduas horas de seu dia sob a luz do astro-
rei. E com um mínimo de roupas cobrin-do a superfície da pele. Se essa práticanão se encaixa em seu estilo de vida a-tual, considere um suplemento de vita-mina D3 de boa procedência. Ou um a-juste de seu estilo de vida.
São comprovados os efeitos benéfi-cos da luz solar sobre as funções cogni-tivas e ao equilíbrio psicoemocional, in-cluindo-se o bom humor e a própria ale-gria. O sol não é apenas essencial paraa vida, mas amigo dela também. Assimsendo, não se deve fugir do sol e prote-ger-se deste a todo custo, mas conscien-temente alimentar-se de sua luz em to-dos os sentidos. Inclua em sua dieta diá-ria uma generosa e farta porção diáriadaqueles alimentos especiais que atra-vés da fotossíntese capturam a luz dosol em seu interior, combinando-a comdiversos elementos e sintetizam vitami-nas e enzimas especiais. Refiro-me àsfolhas verdes comestíveis.
Graças aos esforços de diversos edu-cadores de saúde, o suco verde já é co-nhecido por milhões de pessoas comouma importante ferramenta de saúde.Uma bebida simples, fácil e acessível,de preparo rápido e sabor agradável quetraz diversos benefícios à saúde e queé a maneira mais fácil de se ingerir opotencial nutritivo e medicinal das fo-lhas verdes na dieta diária.
Um dos fatores nutricionais exclusi-vamente obtidos através do consumo defolhas verdes é a vitamina K. Até recente-mente vista como meramente útil paraa coagulação sanguínea adequada, a im-portância da vitamina K foi recentemen-te enaltecida como essencial para diver-sas funções. Uma delas, de acordo como American Journal of Clinical Nutrition,é a prevenção do câncer. Este institutopublicou estudo que revela 30% na redu-ção de taxas de mortalidade por câncerem organismos com presença de quanti-dades significativas de vitamina K, espe-cialmente quando esta está associada aníveis saudáveis de vitamina D, pois am-bas trabalham sinergisticamente.
Flávio Passos é comunicador, especialista em
nutrição e chef naturalista
JORNALZEN20 SETEMBRO/2011