Beneficiários do P1+2 participam deBeneficiários do P1+2 participam deSISMA em Poço José de MouraSISMA em Poço José de Moura
Beneficiários do P1+2 participam deSISMA em Poço José de Moura
TERRAdaVOZPROJETO ATES INCRA CAAASP
JORNAL MENSALANO I Nº03
30 2014 JULHO QUARTA-FEIRA
CAAASP participa de oficina sobre Siater
BOLETIM DE EXPERIÊNCIA
Pombal ganha casa da economia solidária
Farmácia Viva mantém a tradição das plantas medicinais
Muita coisa que trago para o curso eles já sabem,
mais é preciso aperfeiçoar, juntar os saberes”
afirma Valber Matos, Comunicador Popular.
Com esse pensamento os agricultores atribuíram
um significado diferente às praticas e começaram
a entender que através de técnicas simples, é
possível produzir de maneira sustentável, como é
o caso das práticas vivenciadas com a construção
do canteiro econômico.
Essas práticas serão essenciais para as famílias,
uma vez que propicionam aprendizagens
significativas. “Eu ja tinha um pouco de
conhecimento, mas a capacitação só veio ampliar
o meu conhecimento sobre alimentos orgânicos e
manejo sustentavel, pois com a chegada da
cisterna calçadão vamos aumentar a produção .
Agora e esperar a chuva e não desperdiçar a
água” , conc lu i a
agricultora e agente
c o m u n i t á r i a
Francisca Mª Duarte
do Rêgo.
Com a chegada das
cisternas na região, a
agricultora Maria
Bezer ra do s i t io
Vaquejador afirma
que “Muita coisa vai
mudar na nossa vida,
primeiro recebemos a cisterna para o consumo da
casa e deixamos de beber água salobra, e agora
com essa segunda aguá sera mais importante
ainda, pois será para a produção de alimentos
livres de agrotóxicos”, comentou.
É possível perceber que as reflexões apresentadas
durante a formação em SISMA, fica evidente a
importância desses momentos, tendo em vista
que a teoria se consolida na prática, além de
compartilhar saberes fundamentais para a
construção de um Semi-árido mais digno.
A C e n t r a l d a s A s s o c i a ç õ e s d o s Assentamentos do Alto Sertão Paraibano - CAAASP, organização que faz parte do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), realizou, nos dias 04,05 e 06 de agosto, no sítio Nambi município de Poço José de Moura (PB), uma capacitação sobre Manejo de Sistemas Simplificados de Água para Produção (SISMA).O evento contou com a participação de famílias que conquistaram a construção de tecnologias sociais implementadas pelo P1+2 nas comunidades Silva, Cabaços, Bezerro Amarrado, Lagoa do Exú, Monteiro, Vaquejador, alto do Seixo, Carretão, Recanto do Caiçara, Nambi, Caiçara, Casas Velhas e Recanto.O SISMA é uma das atividades que faz parte do contrato de patrocínio entre ASA e BNDES, para realização do P1+2, no SISMA, teoria e prática se complementam. Durante os três dias de atividades, as famílias conheceram as definições e classificação dos adubos, solo, construção de c o m p o s t o o r g â n i c o , p r o d u t o s naturais para controle de p r a g a s e i n s e t o s , horticultura e c r i a ç ã o d e g a l i n h a caipira. Como a t i v i d a d e p r á t i c a , a capaci tação resultou na construção de um canteiro econômico. Inicialmente, os agricultores refletiram sobre a importância de aprender a conviver com o Semiárido, visando o melhor aproveitamento da terra e dos recursos que esta dispõe, além do armazenamento de água que é algo fundamental quando se pensa em convivência com a região Semiárida. “Essa é uma o p o r t u n i d a d e d e c o m p a r t i l h a r o conhecimento técnico ao saber dos agricultores. O curso auxilia os agricultores quanto às técnicas de convivência com o semiárido e percebemos uma carência de assistência técnica.
A capacitação sobre Sistema Informatizado de Ater (Siater) aconteceu no Hotel Fazenda Day Camp, em Campina Grande, nos dias 09 e 10 de julho. Pg 02
A casa irá atender a 15 municípios da região, com a abertura de um espaço para cursos de qualificação e comercialização dos produtos. Pg 03
Três mulheres se empenham para dar continuidade aos ensinamentos que vem de geração em geração. Pg 04
Construção de canteiro produtivo
TERRAdaVOZPROJETO ATES INCRA CAAASP
02
EXPEDIENTEDIRETORIA DA CAAASP
Coordenadora: Josefa Alves Vieira
Tesoureira: Marilene Francisca de Sousa
Secretário: Jorge Oliveira dos Santos
1º Fiscal: Débora Gama Caminha Almeida
2º Fiscal: Sebastião Lourenço da Silveira
3º Fiscal: José de Arimatéia Linhares da Silva
1º Suplente: João Agostinho de Sousa
2º Suplente: Francisco Lopes do Nascimento
3º Suplente: José Gomes Neto
EQUIPE
Coordenadora: Perla Alves
Historiadora: Maria Elza Gomes
Eng. Agronomo: Anderson B. Medeiros
Eng. Agrônomo: Artur Franco Barreto
Eng. Agrônomo: Guilherme Q. Gadelha
Assistente Social: Evelyne Rose de A.Silva
Assistente Social: Rita Maria F. de Sousa
Médico Veterinário: João da Costa Neto
Eng. Florestal: José Hidelgardo Alecrim Paz
Jornalista: Wendell Oliveira da Silva
M.S Zootecnia: Merilândia Vieira Figueiredo
Tec. em Agri.: Antônio G. de Oliveira
Tec. em Agri.: Francisca Emanuella A. Vieira
Tec. em Agri.: Paulo César Eloi Soares
Tec. em Agri.: Paulo Romério D. Cartaxo
Tec. em Agro.: José Ricardo N. de Queiroz
Tec. em Agro.: Manoel Gomes da Silva
Tec. Administrativo: Rafaela Rodrigues
Central das Associações dos
Assentamentos do
Alto Sertão Paraibano
Rua Coronel Vital Rolim, 228, Centro – CEP
58900-000 / Cajazeiras PB.
CNPJ: 04.857.557/0001-02 Fone/Fax:
(83)3531 2389
E-mail:[email protected]
Site: http://caaasp.blogspot.com.br
Site Ates : http://atescaaasp.blogspot.com.brChamada pública INCRA-SR/18
Nº01/2012)
O informativo VOZ DA TERRA é uma publicação m e n s a l d a C e n t r a l d a s A s s o c i a ç õ e s d o s Assentamentos do Alto Sertão Paraibano – CAAASP, destribuida gratuitamente, seu conteudo é editado pela Assessoria de Comunicação em carater informativo e sua venda é proibida.Informativo Mensal, Ano I, Nº03 Julho de 2014 - Tiragem:2.000 exemplaresDiagramação: Pedro Davi Dantas da Silva / Redação: Veruza Rolim Guedes / Edição e Jornalista Responsável: Wendell Oliveira DRT 1446/MT
TERRAdaVOZPROJETO ATES INCRA CAAASP
Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano
A capacitação sobre Sistema Informatizado de Ater (Siater) aconteceu no Hotel Fazenda Day Camp, em Campina Grande, nos dias 09 e 10 de julho e qualificou servidores do Incra e de 31 técnicos/as de ates das 06 entidades contratadas pelo Incra para prestar assistência técnica à 11.075 famílias assentadas em 236 dos 303 assentamentos da reforma agrária na Paraíba. O evento foi promovido pelo Incra/PB e pelo Instituto de Assessoria à Cidadania e ao Desenvolvimento Local Sustentável (IDS), que atua como articulador entre as equipes técnicas e a autarquia, com o objetivo de capacitar tantos os servidores do Incra como os técnicos das empresas no uso do Siater, de modo que eles entendam o funcionamento geral do sistema das entidades contratadas pelo Incra.Durante dois dias, os técnicos das prestadoras puderam praticar o uso do sistema de forma a sanar todas as dúvidas que surgiram antes da oficina e no decorrer da mesma, com isso o atendimento aos assentados da reforma agrária irá melhorar.A C e n t r a l d a s A s s o c i a ç õ e s d o s Assentamentos do Alto Sertão Paraibano – CAAASP participou da capacitação através da Coordenadora de Ates Perla Alves e do Técnico em Agropecuária Ricardo. Para a coordenadora, o Siater é um avanço para a politica de Ates, agilizando e otimizando os serviços. “O treinamento do Siater foi um sucesso, pois essas informações vão ajudar e muito, no alcance e gerenciamento das metas previstas no contrato”, ressaltou Perla Alves.O Siater é um sistema que permite controle mais eficiente das ações em andamento. Apenas no ano passado, cerca 300 mil famílias assentadas foram beneficiadas por serviços de assistência técnica. Entre os trabalhos realizados estão: oficinas de capacitação com assentados, visitas técnicas a g r upos f ami l i a res, d i a s de campo, intercâmbios, mutirões, elaboração de projetos, feiras, mapas temáticos e produção de material didático.
Após a oficina, funcionários das empresas contratadas para prestar assessoria técnica estarão habilitados a inserir no “Siater” o relatório de execução das atividades. Os servidores do Incra, por sua vez, aprovam os relatórios e autorizam o início dos procedimentos administrativos para os pagamentos dos serviços prestados."A oficina nos capacita melhor para que possamos realizar o trabalho de aprovação dos relatórios de execução das atividades. Isso, certamente, irá agilizar o processo e contribuir para a melhoria dos serviços prestados”, afirma o servidor do INCRA Jorge Luiz.A oficina contemplou teoria e prática sobre o sistema, sendo ministrada por Ricardo Bressan, servidor do Incra, da Coordenação Geral de Infraestrutura em Brasília. O mesmo considera que, a partir da utilização completa do Siater por todas as partes envolvidas, haverá um melhor aproveitamento do serviço de Ates. "A ideia é informatizar toda essa parte de documentação da prestação da assistência técnica. Os técnicos das empresas estão sendo orientados sobre a inserção de dados dos trabalhos de campo e os servidores da autarquia estão recebendo informações sobre como utilizar o sistema para avaliar as informações enviadas pelas empresas", enfatizou.Segundo Bressan, quando estiver em pleno funcionamento, o Siater, que é interligado ao Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra), vai reunir todos os dados relativos à prestação de assistência técnica e diminuir consideravelmente a burocracia e a quantidade de papel utilizado nos processos físicos.O Siater entrou em funcionamento em 2011 e reúne informações da assistência técnica rural em todo o país. Esta é a primeira capacitação realizada na Paraíba. Em breve, a entrega de documentação relativa à prestação de serviços de Ates se dará apenas via sistema.
CAAASP participa de oficina para uso doCAAASP participa de oficina para uso doSistema Informatizado de Ater (Siater)Sistema Informatizado de Ater (Siater)
CAAASP participa de oficina para uso doSistema Informatizado de Ater (Siater)
INCRA capacita prestadoras de Assessoria Técnica na Paraíba
TERRAdaVOZPROJETO ATES INCRA CAAASP
A C e n t r a l d a s A s s o c i a ç õ e s d o s Assentamentos do Alto Sertão Paraibano - CAAASP participou no dia 03 de julho, em Pombal, da inauguração da primeira Casa da Economia Solidária do Estado. A casa irá atender a 15 municípios da região, com a abertura de um espaço para cursos de qualificação e comercialização dos produtos de grupos de mulheres artesãs e agricultoras. A entidade mobilizou as assentadas que já desenvolvem trabalhos de geração de renda dos assentamentos Acauã, Angélicas, Angélicas II (Aparecida) Paissandu (São Domingo) e Jacu (Pombal).Após a solenidade, os grupos que já vem participando das discussões da economia solidária na região se reuniram com a Secretária Executiva de Desenvolvimento Humano, Ana Paula Almeida, para elaborar um plano de ação de como se dará o funcionamento da Casa.De acordo com Ana Paula Almeida, o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, investe cerca de R$ 3 milhões na instalação de cinco casas, sendo as cidades escolhidas João Pessoa, Sapé, Monteiro e Pombal, além de um município ainda a ser definido. “É um ponto regional, onde estaremos trabalhando com comercialização, formação e assessoria tecnica aos grupos que trabalham cooperativamente. Vamos fazer parcerias com os assentamentos da reforma agrária, grupos de mulheres, catadores de resíduos sólidos, artesãos, fortalecendo a ação da economia solidária”, comentou Ana Paula. Nesse sentido, compreende-se por economia so l idár ia o conjunto de a t iv idades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão.
‘ ‘Tenho a preocupação com o bom funcionamento da casa, pois está em nossas mão e esse é o empreendimento dos empreendimentos. Tem que fazer com que esses produtos percorram os caminhos, cheguem até aqui e tenha alguém com um perfil para recepciona-las. Este espaço além de servir como espaço de formação é também uma estratégia e divulgação e comercialização solidária. Fica o nosso esforço de divulgar e ampliar a nossa experiência". Maria Elza, representante da CAAASP."Primeiro é um sonho realizado, uma luta antiga que está sendo concretizada e vai representar um avanço na economia solidaria e na agricultura familiar, pois sabemos que aqui é nosso espaço, que não é apenas um espaço de comercialização, mas também de divulgação. Maria Ilza Assentamento Angélicas. Também foi entregue um caminhão baú no valor de R$ 145 mil, para prestar apoio aos usuários da Casa da Economia Solidária, que é coordenada pelo Centro de Apoio a Criança e Adolescente (Cendac).Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem.A economia solidária vem se apresentando, nos úl t imos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.
A C E S S E N O S S O B L O G : h t t p : / / c a a a s p . b l o g s p o t . c o m . b r03
Maria Ilza recebe a chave do caminhão que dará apoio as Casas de Economia Solidária
Casa da Economia Solidária - Pombal - PB
Produção agroecologica
Assentadas comercializam seus produtos
Central das Associações dos Assentamentos do Alto Sertão Paraibano
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BOLETIM DE EXPERIÊNCIA
Farmácia Viva no Assentamento Santo Antônio Farmácia Viva no Assentamento Santo Antônio mantém a tradição das plantas medicinaismantém a tradição das plantas medicinais
Farmácia Viva no Assentamento Santo Antônio mantém a tradição das plantas medicinais
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TERRAdaVOZPROJETO ATES INCRA CAAASP
OUÇA NOSSO PROGRAMA: na Patamuté FM 94.5, todo sábado ás 6:30hs
‘‘Meu pai nunca tomou remédio de farmácia’’.
‘‘
lutando contra as adversidades do tempo, como a longa estiagem, responsável pela perda de algumas espécies e ampliando o conhecimento através dos intercâmbios.Maria Lúcia, Maria do Socorro e Graciana, assentadas do Assentamento Santo Antônio,que tomaram para si a missão de cuidar e disseminar o uso das plantas medicinais.Maria Lúcia explica que a ideia surgiu através de uma visita ao Encontro
P a r a i b a n o d e A g r o e c o l o g i a , e m Campina Grande, onde puderam conhecer o projeto Farmácia Viva, s e n d o q u e l á e r a
realizada de forma individual e em cada casa existia uma farmácia em pequena escala. ‘‘Resolvemos fazer uma coletiva, por pensar em multiplicar essa ideia e que n o s s e r v i s s e c o m o u m v ive i r o, p r o d u z i n d o m u d a s p a r a s e r e m distribuídas e que nos servisse, hoje somos três as mulheres que cuidam da Farmácia Viva e sempre buscamos saber mais sobre plantas medicinais para repassar para os outros”.
O Assentamento Santo Antônio, município de Cajazeiras, sertão paraibano, tem 32 famílias assentadas, cada família com 10 ha de terra, possuindo uma trajetória diferente dos demais projetos de assentamento rurais, por ser uma permanência e não uma ocupação do lugar, mantendo a história dos moradores que acompanharam desde o surgimento, ainda Fazenda Santo Antônio, até a mudança de nome para Assentamento Santo Antônio.No Assentamento, g r a n d e p a r t e d a s f a m í l i a s t e m n a s plantas medicinais a única forma de cura ou alívio para suas doenças e essa prática tem pas sado por g e rações e f a to re s econômicos, sociais e culturais, a qual p a r e c e t e r i n fl u e n c i a d o n a s u a manutenção. É nesse cenário que surge a Farmácia Viva na comunidade que mantém uma forma de vida voltada ao uso dos recursos naturais.Três mulheres se empenham para dar continuidade aos ensinamentos que vem de geração em geração,
Acredita-se que a utilização de plantas
medicinais como medicamento seja
provavelmente tão antiga quanto o
próprio homem.
Na sociedade brasileira e na maioria dos
países ocidentais, os medicamentos
utilizados em larga escala são, na maioria,
produtos farmoquímicos sintetizados em
laboratório.
Maria do Socorro Ferreira relata que
sempre está na Farmácia Viva, aguando,
limpando e produzindo mudas, ela afirma
também que já tinha um pouco de
conhecimento, mas com as capacitações e
os intercâmbios aprenderam muito.
“Desde os tempos de meus pais que
sempre nos tratamos com remédio do
mato, meu pai nunca tomou remédio de
farmácia. Hoje temos 32 tipos de plantas
medicinais para os mais diversos tipos de
doença, desde dor de cabeça até pressão
alta”,finaliza Maria do Socorro.