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Jornal de Escola - Fundado em 1990 - Nº 06 - III Série - Junho /2008 Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia Periodicidade: Trimestral (Período Lectivo) - Preço 0,40 €
Parabéns aos jovens leito-res!
No passado dia 4 de Abril, a Ana Luí-
sa o João Delgado e a Rita Madeira do
8º C representaram de forma brilhante
a nossa escola, na 2ª eliminatória do
Concurso do Plano Nacional de Leitu-
ra, entre trinta e dois colegas, repre-
sentantes dos vários concelhos do dis-
trito de Santarém. …
(Página 2)
Presidente do Conselho Executivo na Sala de Aula
No dia 26 de Maio, os alunos do CEF-
B receberam na sua sala o Sr. Profes-
sor Jorge Saldanha Mendes, na quali-
dade de Presidente do Conselho Exe-
cutivo da nossa Escola, a fim de lhe
fazerem uma entrevista sobre o tema
―Autoridade: Porque precisamos de
autoridade?‖. … (Página 20)
Inauguração de Pólo da Sede da Fundação José Saramago em Azinhaga Grande dia para a Azinhaga
No dia trinta e um de Maio dois gran-
des acontecimentos puseram a Azinha-
ga na agenda nacional e internacional.
A Azinhaga adoptou Pilar del Rio como
filha da terra. Saramago também já
tinha sido adoptado como filho na terra
natal da sua mulher Pilar. Ao longo da
tarde desenvolveram-se várias activi-
dades: actuações do Rancho Folclórico
da Azinhaga, da Banda Filarmónica,
da Casa da Comédia e leitura de textos
de Saramago por antigos e actuais
alunos da Escola B. 2,3/S. Mestre Mar-
tins Correia. Neste dia foi também inau-
gurada a Fundação José Saramago,
situada no Largo da Praça. Nesta Fun-
dação podemos ver algum mobiliário
da família de José Saramago, fotogra-
fias, livros. Este espaço tem também
computadores, com acesso à Internet,
que pode ser usado pela população e
pretende-se que seja um espaço de
cultura, com diferentes actividades.
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Entrevista com a Dra Cátia (Responsável pelo Museu Carlos Relvas)
Jornal Encontro - Qual o seu nome?
Dra. Cátia - Chamo-me Cátia, utilizo o
meu apelido salvado apesar do meu
apelido ser Fonseca gosto de assinar
como Cátia Salvado.
Jornal Encontro - Qual é a sua for-
mação?
Dra. Cátia - Sou licenciada em Histó-
ria.
Jornal Encontro - Quais são as suas
funções?
Dra. Cátia - Aqui, na Casa-Estúdio
para além de ser guia, também fiz o
estudo da casa do Carlos Relvas, por-
tanto a minha tese de mestrado é
sobre Carlos Relvas e pretendia atra-
vés do meu estudo fazer com que se
valorizasse o património através da
Casa-Estúdio e que a Golegã fosse
valorizada e também foi proposto pelo
pelouro da cultura da câmara municipal
da Golegã fazer um trabalho comunitá-
rio entre a Casa-Estúdio e as escolas,
portanto é nossa intenção trabalhar
com a escola Martins Correia …
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Coordenadores (Deste número)
Professores:
Fernanda Silva
Lurdes Marques
Manuel André
Alunos: 8º Ano - Turma B
Carlos Medinas
8º Ano - Turma C
Joana Dias
Reprodução Luís Farinha
Propriedade Agrupamento de Escolas Mestre Martins Correia
(Golegã, Azinhaga e Pombalinho)
Sede: Escola Mestre Martins Correia
Rua Luís de Camões - Apartado 40
2150 GOLEGÂ
Telefone: 249 979 040
Fax: 249 979 045
E-mail: [email protected]
Página Web: www.eps-golega.rcts.pt
Tiragem 50 exemplares
Oficina de Jornalismo
Página Web http://oficinajornalismo.no.sapo.pt/
E-mail [email protected]/
Finalmente…
O tão desejado final de mais um ano lectivo está aí! Com ele chegou o
terceiro número do jornal Encontro ( Para o ano há mais!!!!!!!!!!!!!!!!!).
Neste número, os nossos leitores terão a oportunidade de saber um
pouco mais sobre o Museu Carlos Relvas - vide entrevista com Drª
Cátia Salvado, responsável pelo Museu. Poderão ainda ler uma entre-
vista realizada pelos alunos da turma B do CEF ao Professor Jorge
Saldanha - Presidente do Conselho Executivo. Para além destas duas
entrevistas deverá também ler as notícias relativas a algumas das acti-
vidades que se foram realizando ao longo do terceiro período, os tex-
tos produzidos pelos alunos e, não se esqueça, de fazer os passatem-
pos.
E não se esqueça que férias não é só praia. Aproveite para visitar o
nosso concelho, não esquecendo os seus belos museus.
A equipa responsável pelo Oficina de Jornalismo deseja a todos os
seus leitores umas boas férias!
Fernanda Silva — Lurdes Marques — Manuel André
Parabéns aos jovens leitores!
No passado dia 4 de Abril, a Ana Luísa o João Delgado e a Rita Madeira do 8º
C representaram de forma brilhante a nossa escola, na 2ª eliminatória do Con-
curso do Plano Nacional de Leitura, entre trinta e dois colegas, representantes
dos vários concelhos do distrito de Santarém. Os três estão de parabéns, pelo
nível de desempenho e solidariedade para com a aluna seleccionada para a
3ªa eliminatória, Ana Luísa, que ainda terá de enfrentar uma prova duríssima,
entre os melhores leitores juvenis do país. Sabemos que quando o jornal da
escola sair a finalíssima já terá decorrido, no entanto, desejamos à Ana Luísa
coragem e êxito para a finalíssima.
Ficha Técnica Editorial
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Convém ter opinião
tuição da Republica, o actual governo
parece não ligar a isso, o que tem pro-
vocado o protesto das populações por
todo o país. E o principal argumento
utilizado pelo governo na sua campa-
nha é que os custos com o S.N.S. têm
crescido de uma forma insustentável e
que é preciso reduzi-los.
Ora, sabendo que a saúde é funda-
mental não só para as pessoas mas
também para aumentar a produtividade
e a competitividade da economia Portu-
guesa, será que reduzir os gastos com
a saúde é uma atitude inteligente e
sensata?
No meu ponto de vista, não só não é
inteligente como é egoísta.
Pessoalmente considero que o estado
devia investir mais na saúde bem como
na educação, pois estes são os pilares
fundamentais do desenvolvimento de
um país.
Porém, são cada vez mais os hospitais,
centros de saúde e maternidades que
fecham e, consequentemente, nos pou-
cos que ficam ao serviço da população,
o tempo de espera e a incapacidade de
atendimento são cada vez maiores, já
para não falar no aumento do número
de doentes por médico que traz consi-
go a impaciência e diminui a qualidade
de prestação de serviços nesta área.
E não há dúvida de que neste sector,
como em tantos outros, há muita pre-
potência, abuso de poder e interesses
ocultos. E é com base nisto que a pri-
vatização dos hospitais é cada vez
maior.
Claro, as pessoas com mais recursos
optam por aqueles onde tudo funciona.
E, estando este país nas mãos do capi-
talismo, os interesses e necessidades
das classes mais baixas são levados
para último plano.
Exemplificando, o Hospital de Vila
Franca de Xira não tem aparelho para
realizar um T.A.C.. Provavelmente, os
doentes são transferidos para o realiza-
rem em Lisboa. Ora, alguém que tenha
um A.V.C. morre pelo caminho.
Bem, mas pelo menos tem para onde
ir. Agora é que é aproveitar para morrer
enquanto o Governo não fecha tam-
bém os cemitérios.
E, como se costuma dizer ―uma des-
graça nunca vem só‖. Assim, como se
a situação não fosse já bastante grave
e deprimente, o aumento dos preços
vem para se ―juntar a festa‖.
Segundo os dados mais recentes publi-
S.O.Saúde
Sinceramente, estava com uma grande
dificuldade em escolher um tema para
desenvolver, mas lembrei-me: Porque
não falar de um assunto que é tão
importante e essencial ao ser humano
e que, infelizmente, não se encontra no
seu melhor estado, como é o caso da
saúde em Portugal?
Confesso que é também um assunto
que me seduz e que me leva a reflectir
bastante, uma vez que é a área que eu
escolhi para continuar os meus estu-
dos.
Desde pequena que o meu grande
sonho sempre foi ser médica. O facto
de trabalhar num hospital, viver ao
máximo toda a pressão sentida numas
urgências, lidar com todo o tipo de pes-
soas, poder ajudar quem mais precisa,
sentir o prazer de ter salvo uma vida e
a angústia de não ter conseguido
(porque infelizmente também faz par-
te), poder chegar ao fim do dia com a
consciência de que dei o melhor de
mim para fazer renascer a esperança
em alguém em que a mesma já tinha
desaparecido… Será que há sensação
melhor?
Todavia, parece que o Estado Portu-
guês não quer que, tanto eu como mui-
tos outros jovens, vivamos esta expe-
riência. As médias de entrada no curso
de medicina já são por si extremamen-
te elevadas e como se isso não bastas-
se, de ano para ano, ainda dificultam
mais as entradas. Este ano são já três
as provas de ingresso para medicina.
Eu nunca desesperei, mas confesso
que já pensei em desistir do meu
sonho.
Com isto, Portugal está a fazer com
que os alunos Portugueses vão para o
estrangeiro, nomeadamente a nossa
vizinha Espanha, onde as médias são
muito mais baixas e não é por isso que
os médicos formados são piores. E a
meu ver, Portugal não se encontra
numa situação muito favorável para se
dar ao luxo de ―dispensar‖ médico
algum.
Infelizmente, em Portugal, os serviços
de saúde estão péssimos. O Serviço
Nacional de Saúde (S.N.S.) está em
―vias de extinção‖ (qualquer dia será
privado) e, futuramente, só lá irá ape-
nas quem não tem outra solução.
Apesar da saúde ser um direito garanti-
do a todos os Portugueses pela Consti-
cados pelo I.N.E., o aumento médio
dos preços da saúde foi de 7,3% no
último ano. E não há dúvida que a cria-
ção de novas taxas moderadoras, o
aumento das já existentes e a redução
da comparticipação do Estado nos
medicamentos são algumas explica-
ções para esta subida.
No entanto, a mãe de todas as leis
continua a estabelecer no seu artigo
64º que “todos têm o direito à protec-
ção da saúde e este é realizado atra-
vés de um serviço nacional de saúde
universal e geral e, tendo em conta as
condições económicas dos cidadãos,
tendencialmente gratuito‖
Resumindo, o mal está nas pessoas,
na falta de profissionalismo de muitos,
na falta de sentimentos de outros tan-
tos, na incapacidade de perceber o
outro, de se imaginar do outro lado.
Contudo, também está na desorganiza-
ção, na má gestão dos recursos.
A meu ver, enquanto os profissionais
de saúde forem escolhidos apenas por
uma média que mostra que são exce-
lentes alunos mas não implica que
sejam bons profissionais e os recursos
forem geridos apenas com interesses,
Portugal não vai avançar. Pelo contrá-
rio.
Deste modo, concordo que todas as
reformas a realizar deveriam ser direc-
cionadas para dar às pessoas um aten-
dimento de qualidade, em tempo útil,
com eficácia e humanidade.
Eu, continuo com a esperança de que
um dia possa vir a fazer parte do grupo
de ―jovens médicos‖ que desejam tor-
nar Portugal num país mais ―saudável‖
e promissor. Basta que não me ―cortem
as asas‖ e me deixem voar.
Joana Madeira — 12ºA
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Entrevista com a Dra Cátia (Responsável pelo Museu Carlos Relvas)
Jornal Encontro - Qual o seu nome?
Dra. Cátia - Cátia Salvado.
Jornal Encontro - Qual é a sua forma-
ção?
Dra. Cátia - Sou licenciada em História.
Jornal Encontro - Quais são as suas
funções?
Dra. Cátia - Aqui, na Casa-Estúdio,
para além de ser guia, também fiz o
estudo da Casa de Carlos Relvas. A
minha tese de mestrado é sobre Carlos
Relvas e pretendia através do meu
estudo fazer com que se valorizasse o
património através da Casa-Estúdio e
que a Golegã fosse valorizada. Foi pro-
posto pelo pelouro da cultura da Câma-
ra Municipal da Golegã fazer um traba-
lho comunitário entre a Casa-Estúdio e
as escolas, portanto é nossa intenção
trabalhar com a Escola Martins Correia
e também com os jardins-escola, a
escola do 1º Ciclo para que todas as
pessoas do concelho fiquem a saber
quem foi realmente Carlos Relvas, prin-
cipalmente os goleganenses, mas não
só, também levar além fronteiras o
nome do eminente fotógrafo Carlos
Relvas. Mas para que isso aconteça é
preciso que os próprios goleganenses
valorizem o seu património, não pode-
mos estar à espera que venham outras
pessoas valorizá-lo, mas sim educar as
pessoas para que fiquem a conhecer o
seu património porque o património é
dos goleganenses.
Jornal Encontro - Porquê esse seu
interesse?
Dra. Cátia - Sou uma apaixonada por
fotografia e acho que Relvas foi um
fotógrafo e uma personalidade extre-
mamente interessante porque, para
além de ter sido fotógrafo, também foi
inventor, esgrimista, toureiro, portanto
ele engloba o saber enciclopédico com
raízes no próprio humanismo. Acho
fantástico que uma personagem como
Carlos Relvas deve ser valorizada e
este museu deve ter um papel impor-
tante na educação da população, por-
que é para isso que se formam os
historiadores para partilharem o seu
conhecimento com as outras pessoas e
eu penso que, numa região como a
ribatejana, que muitas vezes não valo-
riza a cultura, porque também não
chama a atenção para o próprio patri-
mónio. A minha intenção assim como a
do Pelouro da Cultura da Câmara
Municipal da Golegã é que todas as
pessoas saibam apreciar o património,
por isso é que nós fazemos uma distin-
ção de linguagens e de públicos de
forma a que todas as pessoas possam
entender e valorizar o património. Pen-
so que só através do conhecimento
poderemos ser melhores pessoas e
contribuir para o desenvolvimento da
região e do país.
Jornal Encontro - Gosta daquilo que
faz?
Dra. Cátia - (risos) Adoro o que faço.
Jornal Encontro – Que actividades
está a desenvolver no museu?
Dra. Cátia - Estou também a fazer ser-
viço educativo, pretendo trazer cá pro-
fessores de todas as áreas para mos-
trar que este museu não é só para pro-
fessores de História, mas também
poderá ser útil para outras áreas, como
a Matemática. Se não fossem os mate-
máticos como é que se tinha feito este
belo edifício? Veja-se a própria geo-
metria que está nos mosaicos. Em rela-
ção a outras áreas como o Francês
percebemos a importância da cultura
francesa no século XIX presente aqui
na Casa Relvas. A nível de Biologia
temos este jardim com várias espécies
que também poderia ser trabalhado.
Na Química temos os grandes quími-
cos que também contribuíram para o
desenvolvimento da própria fotografia e
assim sucessivamente. Penso que
deveremos trabalhar com todas as
áreas e trazer várias pessoas ligadas a
áreas que não é muito comum virem ao
museu.
Jornal Encontro - A visita guiada é
―Standart‖ ou adapta as visitas con-
soante a área da pessoa?
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Dra. Cátia - Nesse caso agradecia
que enviasse um mail dizendo qual era
a área e assim não fazia a visita stan-
dart, mas direccionada para a área.
Jornal Encontro - O espólio do
museu está todo exposto?
Dra. Cátia - Não, temos cerca de dez
mil negativos(ou seja, vidrinhos com as
fotografias gravadas) e também dez mil
positivos, que são as próprias fotogra-
fias. Encontram-se neste momento a
restaurar em Lisboa, mas dentro em
breve virão para o museu.
Jornal Encontro - Os goleganenses
valorizam o seu património e temem
que este se perca nestas andanças.
Está assegurado que vem tudo?
Dra. Cátia - A essa pergunta só quem
poderá responder é o Sr. Presidente da
Câmara, Dr. Veiga Maltez. O que me
foi dito é que houve um protocolo com
o Instituto Politécnico de Tomar ficando
eles incumbidos de trazer o espólio:
eles irão muito brevemente restaurar a
casa que se encontra aqui ao lado, irão
transformá-la numa casa com todas as
condições térmicas para poder recolher
o património fotográfico e a intenção do
Sr. Presidente é que venha todo para
ser instalado nesse edifício.
Jornal Encontro - O que vemos é
uma pequena parte..
Dra. Cátia - Exactamente, cerca de
dez mil negativos e positivos é um
espólio imenso. Relvas fotografava o
país inteiro de norte a sul, também
temos fotografias no estrangeiro, onde
ia buscar inspiração, ele ia buscar ins-
piração a outros ateliers, ele era uma
pessoa extremamente viajada e fazia
este tipo de observações.
Jornal Encontro - Que material cons-
titui o espólio e qual a quantidade?
Dra. Cátia - Agora o espólio que está
visível, para além do edifício que só por
si é único no mundo e que só por si dá
para contar uma história, temos algu-
mas máquinas fotográficas, algum
mobiliário, alguns diplomas de Relvas,
muitos livros, embora não tenhamos os
quatro mil que constituíam a biblioteca,
temos cerca de duzentos só sobre foto-
grafia e de setecentos ao nível da
Ciência em geral. Não podemos esque-
cer que Relvas se interessava por tudo.
Quando Relvas transforma o edifício
em residência ele dedica-se à astro-
nomia e é nesta altura que surgem as
fotografias da lua que vemos no catálo-
go, muitos livros também com a temáti-
ca da literatura das viagens, História
francesa, História de Portugal, relacio-
nados com música, porque a família
estava muito ligada à música, havia
elementos que tocavam piano, outros
cítara, violino. Por exemplo o conheci-
do republicano José Relvas aprendeu a
tocar violino com Nicolau Ribas, um
dos mais famosos violinistas portugue-
ses do século XIX.
Jornal Encontro - E o resto dos
livros e outro material?
Dra. Cátia - Muitos livros foram leva-
dos pelos descendentes e outro mate-
rial teve destinos diversos.
Jornal Encontro - Tem ideia de que
tipo de pessoas visita o museu e
qual a sua opinião ?
Dra. Cátia - O museu é visitado por
todo o tipo de pessoas, há muitos
estrangeiros que também vêm visitar o
museu, muitos porque conheceram os
arquitectos responsáveis pelo restauro,
outros ligados ao mundo da fotografia.
Tivemos importantes figuras da história
da fotografia, temos também desde
jardins escolas a escolas, temos aquilo
que costumamos designar por pessoal
especializado, os fotógrafos, os arqui-
tectos, pessoas ligadas à arte.
Jornal Encontro - Tem ideia de quan-
tos estrangeiros já visitaram o
museu?
Dra. Cátia - Não sei bem, mas tivemos
cerca de oito mil visitantes num ano; os
estrangeiros não foram a maioria, foi
um número muito reduzido.
Jornal Encontro - A ideia que temos
é que quem vem gosta, porém não
sei se há divulgação suficiente...
Dra. Cátia —É um facto que não há
divulgação suficiente, apesar de se ter
tentado divulgar. As pessoas transmi-
tem umas às outras, os estrangeiros
que nos vêm visitar muitos deles não
conhecem a Casa Estúdio. Ouviram
falar na Casa Estúdio e eles por curio-
sidade vieram visitar, outros por acaso
encontraram um edifício bonito e resol-
veram entrar. As pessoas que nos têm
visitado têm gostado bastante, desde
as pessoas ditas ―entendidas‖ a pes-
soas que normalmente são tidas por
não apreciarem muito a cultura, o que
eu sou contra, eu acho que desde que
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nós expliquemos às pessoas o que o
património significa ficam a gostar e é
isso que tem acontecido na Casa Estú-
dio. Desde pessoas mais simples às
pessoas com mais conhecimentos,
teóricos, todos saem encantados e
para além disso trazem pessoas consi-
go. Para comprovar o que estou a dizer
temos o livro de visitas, com muitas
críticas positivas, dizendo que adoram
a casa, apenas lamentando a sinaliza-
ção insuficiente. Algumas mostram
mesmo vontade em voltar à Casa Rel-
vas.
Jornal Encontro - A apresentação
virtual de Carlos Relvas também
ajuda a cativar o público…
Dra. Cátia - As pessoas gostam muito.
O texto é da responsabilidade do Dr.
Paulo Oliveira, historiador que esteve
antes de mim na Casa Relvas. As pes-
soas ficam encantadas com o hologra-
ma, que é uma das atracções da Casa
Estúdio, embora as pessoas também
fiquem deslumbradas com o edifício.
Jornal Encontro - Que outros objec-
tivos tem a Casa Relvas?
Dra. Cátia - Um dos nossos objectivos
é trabalhar com as escolas uma vez
que só faz sentido se partilharmos os
nossos conhecimentos e contribuirmos
para o desenvolvimento da Golegã.
Jornal Encontro - Não há uma pági-
na na Net?
Dra. Cátia - Neste momento não exite
mas está a ser tratado.
Um facto curioso é que Relvas tem as
suas câmaras nos baptistérios, portan-
to há todo um simbolismo do baptismo,
do nascimento da própria fotografia.
Neste edifício era o atelier e a Casa era
à frente tendo ardido em 1957. Esta-
mos no piso dos laboratórios, na época
não se chamavam câmaras escuras
como actualmente, câmaras escuras
era as máquinas fotográficas. Estes
laboratórios eram designados como
salas de impressão. A fotografia e o
negativo eram em vidro, a imagem
eram fixa num negativo e impressa no
papel, no positivo, daí a designação
das salas de impressão. O negativo em
vidro era colocado debaixo do funil,
onde era colocada uma substância foto
-sensível, que permitia que a imagem
ficasse gravada no negativo (códio).
Depois vinha para o laboratório, era
colocada num fixador e ficava a secar.
Relvas sempre que queria fotografar no
exterior tinha que transportar todo o
material que está no laboratório, por-
que assim que tirava a fotografia tinha
que fazer a impressão. Quando se des-
cobre o códio seco pode fazer-se a
impressão mais tarde em vez de andar
com uma carroça com todo o laborató-
rio passa a andar apenas com
Visita Guiada
De seguida a Drª Cátia fez-nos uma
visita guiada à Casa Relvas.
Estamos diante do Edifício que é consi-
derado o templo da fotografia, cons-
truído entre 1871 e 1876. O autor do
projecto foi o arquitecto português Hen-
rique Carlos Afonso e este edifício pre-
tendeu ser uma homenagem à fotogra-
fia. Por isso Relvas colocou na sua
fachada os bustos dos pioneiros Nièp-
ce e Daguerre e por baixo destes bus-
tos, encontramos duas medalhas de
mérito de Carlos Relvas, que eram
prova de que estava apto a ensinar
esta arte a quem pretendesse aprendê-
la. Nas paredes laterais estão anjos a
segurar máquinas fotográficas. Por
curiosidade este edifício também com-
posto por trinta e três toneladas de
ferro. A nível arquitectónico é composto
pelos revivalismos do século XIX, neo-
medieval, neo-gótico. Por contraste, o
edifício inferior é marcadamente neo-
clássico, mais concretamente neo-
românico. Era o sítio onde Relvas tinha
os seus laboratórios.
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uma malinha.
Na câmara escura podem ver-se
alguns materiais específicos para reve-
lação. Aqui temos os bustos de Nièpce
e Daguerre. A fotografia foi inventada
por Daguerre em 1839. A presença do
revivalismo mourisco pode-se ver nos
mosaicos; e o neo-clássico presente no
tecto e no candeeiro. De seguida
temos as salas de tonificação: as foto-
grafias quando era impressas ficavam
a preto e branco e para adquirir a tona-
lidade chamada sépia tinham de levar
um banho dado nas pias, era a chama-
da viragem a sépia e depois ficavam a
secar nestas salas. Actualmente estão
consagradas para contar a vida de
Relvas.
Relvas era polivalente: toureiro, cava-
leiro, inventor. Inventou a sela à Rel-
vas, um barco salva-vidas e uma
máquina fotográfica. Tinha também
uma praça de touros, que se situava
onde está hoje o Hotel Lusitano.
Aqui temos o primeiro Atelier, onde se
encontram as plantas do arquitecto
Henrique Carlos Afonso, alguns catálo-
gos que Relvas recebia do Porto , cida-
de que estava muito mais desenvolvido
a nível industrial do que a cidade de
Lisboa , daí que Relvas tenha preferido
passar mais tempo nesta cidade do
que em Lisboa.
Podemos ver a biblioteca fotográfica de
Relvas, maioritariamente em francês.
Relvas documentou fotograficamente
todas as fases do edifício e esta sala
que vemos é a sala de montagem e
retoque. Inicialmente a casa era como
está agora, mas houve uma altura em
que foi modificada para residência.
Vemos também alguns manuscritos de
negócios, sobre o edifício, algumas
revistas com as quais colaborava.
Grandes fotógrafos, sempre que escre-
viam uma obra, tinham o cuidado de
enviar um exemplar a Relvas, temos
várias obras de grandes estudiosos de
fotografias com dedicatórias a Carlos
Relvas. Na sala de convívio existia
todo um ritual, havia a distinção entre o
espaço de trabalho e o espaço de
lazer. As pessoas que vinham ser foto-
grafadas não se misturavam com as
pessoas que estavam a trabalhar na
parte dos laboratórios. As pessoas
entravam pelas traseiras, aguardavam
na salinha de espera ao som do piano
para descontrair, subiam, eram fotogra-
fadas e, após de terem sido purificadas
pela arte fotográfica, desciam e contac-
tavam com os jardins e a fachada do
edifício.
José Malhoa fez este desenho a car-
vão do salva-vidas, também conhecido
por sempre em pé, numa homenagem
a Carlos Relvas. Este barco, o sempre
em pé, já não existe. Não se sabe por-
que é que este modelo não foi produzi-
do de forma intensa em Portugal. A
partir de uma determinada altura deixa
de haver um interesse em produzir o
bote sempre em pé e nunca se chegou
a saber a razão. Sabemos contudo que
este bote contém o segredo dos
actuais veleiros, estes não se voltam
porque têm chumbo no fundo. O segre-
do está no pilar central que é de ferro.
Treze anos antes de ter sido inaugura-
da a Torre Eiffel existe na Golegã um
edifício com treze toneladas de ferro.
Henrique Carlos Afonso antecipou-se a
Eiffel.
No estúdio de Carlos Relvas podemos
encontrar a sala onde se vestiam e
maquilhavam os modelos.
Parte do espólio de Carlos Relvas foi
doado a várias pessoas e outra parte
desapareceu. Houve outro facto inte-
ressante após a morte de Carlos
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Relvas: a viúva vendeu grande parte
das máquinas fotográficas a um fotó-
grafo.
Quando Relvas transformou o atelier
em estúdio só ficou um corredor que
manteve como atelier. Manteve os
quartos, as divisões e a parte envidra-
çada foi substituída por alvenaria fican-
do a parte mais grossa de ferro. As
casas de banho situavam-se onde é
hoje o espaço galeria, dedicado às
exposições temporárias. Esta casa foi
habitada até finais do século XX.
Também podemos encontrar as máqui-
nas que restaram de Carlos Relvas e
há uma que foi considerada portátil.
Antes da descoberta do clódio seco era
com essa máquina que Relvas fotogra-
fava no exterior. Temos a lanterna de
ampliar, considerada como a lanterna
mágica: punham-se umas fotografias
transparentes, provavelmente os nega-
tivos em vidro, pintados, e projectavam
-se em tamanho gigante. É o equiva-
lente ao actual projector.
Está também uma máquina que era
usada pelos fotógrafos de exterior, que
costumam andar perto dos
monumentos, e funcionava da seguinte
forma: tinham os negativos em vidro de
ambos os lados, dava para duas foto-
grafias. Tinham o clódio, substância
que permitia gravar a imagem – esta
substância não podia receber luz solar
– por isso tinha que ter o tradicional
pano preto para que, quando Relvas
abrisse a tampinha, não estragasse a
fotografia. Também tinha que ter uma
lente com outra tampa que era o obtu-
rador - retirá-lo equivale a carregar no
botão – abrindo uma tampa e retirando
a outra surgia a fotografia.
Encontram-se também fotografias de
familiares espalhadas pelas paredes,
nomeadamente de um irmão mais novo
que morreu.
A Casa Estúdio, o atelier de Relvas era
frequentado por fotógrafos amadores e
profissionais, portugueses e estrangei-
ros, e era no escritório que conversa-
vam, trocavam impressões. O estudo a
nível de processos e de químicos seria
feito nos laboratórios.
9ºB Expõe na Ascensão
Nos passados dias 30 de Abril a 4 de
Maio decorreu na Ascensão, na Cha-
musca, uma exposição de cartazes no
âmbito da sustentabilidade do planeta
(Projecto Curricular de Turma), feitos
pelos alunos do 9ºB na disciplina de
Educação Visual com a professora
Elisabete Semedo, na escola Mestre
Martins Correia.
Os cartazes estavam expostos no
stand da ONGA Tejo (Organização
Não Governamental do Ambiente), com
a finalidade de alertar as pessoas para
os problemas existentes no nosso Pla-
neta, como gasto de energia, animais
em vias de extinção, mas também para
alertar para a necessidade da separa-
ção e da reciclagem do lixo, que são
muito importantes hoje em dia.
Claúdia Fransisco Madalena Nunes
Susana Nunes 9ºB
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Limpo e trato de palavras
Trato das palavras...
Das palavras que me acolhem
E das palavras que me alegram!
A palavra sol ilumina o meu dia,
Trato dela com carinho...
A palavra lua acolhe-me de noite
Sonho sempre com ela...
A palavra amor deixa-me a pensar
E a palavra amizade faz-me rir...
Mas também limpo palavras...
Limpo-as quando preciso,
Quando não as quero utilizar...
Tento evitá-las!
Mas elas perseguem-me...
Limpo a palavra mentira, ódio, infelici-
dade e choro...
Limpo-as todos os dias...
Pois estas palavras não gosto de as
ouvir!
Isabel Revelles - 8ºC
Há palavras que falam
Há palavras que falam
como o riso e a gargalhada.
Há outras que são mudas
como o olhar no vazio.
Há palavras que fazem sonhar
como o amor e a esperança.
Outras que não têm sentido
como a indiferença e a guerra.
Muitas são ditas todos os dias
e não são ouvidas como
a confiança e o perdão.
A maior parte das que são ditas
nem sequer deviam ser pensadas
pois caem no vazio
e ninguém as sente nem pode tocar.
Alexandre Santos Coelho – 8º C
Liberdade
Abril é confiança
Foi a liberdade
Que acabou com a ditadura.
A revolução trouxe
A alegria
Que se fez a democracia
Nuno Mogas
A Queda dos Gigantes
Vou escrever em honra deles, dos dois enormes gigantes que me guardam a casa, os risos, sonhos e memórias da
infância.
Lá ao fundo, do outro lado da estrada, onde as árvores não estão em agonia, um tractor lavra a terra seguido por uma parada de
garças, graciosamente brancas, que aumenta a cada aterragem.
O primeiro dia de Primavera é celebrado por este solzinho quente, contemplo-as, tão serenas face à morte. Os meus dois gigantes,
ajudados pela brisa, ondulam os seus enormes braços, saudando-me. Estão fracos, debilitados. Estes braços que agora me
saúdam, velhos, acastanhados, mas ainda assim enormes e acolhedores, não são os mesmos verdes e frondosos de outras
primaveras. As minhas pinheiros, os meus gigantes, estão doentes.
Eles eram dois apenas, elas aos montes, tão numerosas quanto as pragas do Egipto, impiedosas e implacáveis. As lagartas
fizeram filas e treparam-nas, violaram os seus troncos, santuários da minha infância. No lugar das pinhas, os ramos, que me
ampararam tantas subidas, que ainda seguram os sonhos e risos ingénuas da criança que fui, estão minados com esféricas
colónias de parasitas. Estão tão tristes, tão murchas, as minhas amigas. O verde esmoreceu a olhos vistos, as agulhas caíram
por terra em massa, e elas batem-se digna e honrosamente pela vida. É como David a lutar contra Golias, só que, desta vez,
David são aquelas lagartas sedentas de seiva e eu anseio que "os meus pacíficos Golias" saiam vitoriosos.
Hoje, vim visitá-los, mais esperançosos depois das últimas chuvas. Estou no meu banco, eles contam-me como sentem a vida
voltar a povoá-los a cada fervorosa golada de seiva bruta que as suas raízes bombeiam da terra. Ganharam, continuam serenos,
não se vangloriam, continuam sim de braços erguidos, saudando o céu e, também, a mim. Não querem falar de si, em vezes disso
querem ouvir-me, consolar-me, sarar-me, com o som perfumado da meninice, as feridas que me amargam, por vezes, o sorriso.
Os meus dois gigantes ainda estão de pé, lutando pela vida. E é assim que também querem que eu esteja...
Inês Cordeiro
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Passatempos
Sopa de Letras
Procure em todos os sentidos, excluindo na diagonal, as 22 palavras relacionadas com GRAMÁTICA, da lista abaixo:
ABSTRACTOR – ADJECTIVOS – ADVÉRBIOS – COLECTIVOS – DÚVIDA – EXDRÚXULAS – EXCLUSÃO – FRASE
– INCLUSÃO – LUGAR – MODO – NEGAÇÃO – NUMERAIS – PARAXÍTONAS – POLISSÍLABAS – PONTO – PRE-
POSIÇÕES – PROPAROXÍTONAS – QUANTIDADE – TEMPO – TRISSÍLABAS - VÍRGULA
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Palavras Cruzadas—Autores Portugueses
Vertical:
POETA PORTUGUÊS DO SÉCULO XVI. AMPLAMENTE TRADUZIDO E ADMIRADO, É CONSIDERADO POR MUI-
TOS A FIGURA CIMEIRA DA LÍNGUA E DA LITERATURA PORTUGUESAS
Horizontal:
1 - Escritor e político português do século XIX. Autor de Falar Verdade a Mentir, Viagens na Minha Terra, Frei Luís de
Sousa, Folhas Caídas
2 - Escritor do século XX. Autor de Bichos, Contos da Montanha
3 - Dramaturgo e poeta português conhecido como sendo “o pai do teatro em Portugal”
4 - Foi o introdutor, na literatura portuguesa, do soneto, do terceto, da oitava, do metro decassilábico e da comédia clás-
sica
5 - Escritor do século XIX. É tido por muitos como um dos maiores prosadores da literatura portuguesa. Autor de Os
Maias, A Relíquia, O Primo Basílio, O Conde de Abranhos, A Cidade e as Serras
6 - Poeta do século XIX conhecido como “o poeta da cidade de Lisboa”. Em 1887 foi organizada, postumamente, uma
compilação dos seus poemas com o nome O Livro de Cesário Verde
7 - Escritor do século XIX. Destacou-se como novelista, poeta, contista, dramaturgo, polemista, jornalista, tradutor e edi-
tor. Autor de Amor de Perdição
8 - Poetisa e contista do século XX. Autora de O Cavaleiro da Dinamarca, O Rapaz de Bronze, A Floresta, Histórias da
Terra e do Mar
9 - Escritor natural da Azinhaga. Foi Nobel da Literatura em 1998
10 - Poeta português natural de Setúbal
11 - Poeta e político. Na sua poesia estão presente esforços de contestação e luta, as memórias do exílio e a temática
da guerra colonial. Autor de Cão como Nós
12 - Escritor português do século XX. Autor de Um Homem Não Chora, Angústia para o Jantar, Felizmente Há Luar
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Palavras Cruzadas
Horizontais
1 - Epopeia de Homero. Senhor do Olimpo
2 - Pagãos (Cristianismo)(pl). Elemento de formação das palavras que exprime a ideia de três
3 - Sorri. Artigo definido. Liga de ferro e carbono
4 - Unia-se por matrimónio. Símbolo químico do cobalto
5 - Ordem militar criada por Eduardo III de Inglaterra
6 - A parte mais profunda da psique. Chaga
7 - Forreta. Lição
8 - Letra do alfabeto. Lavrar
9 - País africano. Campeão. Membro das aves
10 -Presidente da República. Prefixo de privação. Pigmento
11 - Rio da Suíça. Adia
Verticais
1 - Edifício destinado ao culto religioso. Estaca que suporta as videiras
2 - Regra. Gostara
3 - Prefixo de negação. Verosímil
4 - Boato. Andava
5 - Falou. Batráquio. Símbolo químico de Neptúnio
6 - Contracção de preposição e artigo. Tratara por tu
7 - Peixe que desova nos rios portugueses na Primavera. Nojo
8 - Top (vestuário feminino). Porco (inv.)
9 - Elemento de formação das palavras que exprime a ideia de costume. Acusado. Medida de superfície
10 - Pátria de Abraão. Personagem d´Os Maias
11 - Edifício para guardar cereais. Autores. Dama de companhia
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Trabalhos realizados por alunos,
inspirados na Obra do Mestre Mar-
tins Correia, realizados em lápis de
cera.
Trabalho realizado recorrendo à
técnica de colagem
Actuação de um grupo de músicos da Banda da Azinhaga
Bonecas do Mundo
__________________________________
Outras Actividades:
“Instrumentos Musicais”
―Pintura Mural‖
―Master de Aeróbica‖
―Actuação dos alunos da Oficina de Música‖
―Actuação de um grupo de músicos da
Banda da Golegã”
Exposição ―O Mestre vem à Escola‖ Semana das Expressões
12 a 16 de Maio
Outras Actividades Semana das Expressões
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De Anima Natura
Está a chegar ao fim mais um ano lectivo,
um ano que passou ferozmente e cujas con-
sequências já são visíveis nos rostos cansa-
dos dos professores. Portugal precisa de
bons professores. Aliás, Portugal precisa de
pessoas competentes em todos os sectores
da vida social, capazes de enfrentar desa-
fios cada vez mais exigentes e até mesmo
perturbadores do quotidiano em que temos
vivido instalados. Pessoas possuidoras de
competências tecnológicas adequadas ao
paradigma da sociedade do século XXI,
mas que não deixem, por isso, de ser pes-
soas, cuja essência se fundamente no que
de mais sagrado tem caracterizado a natu-
reza humana - De anima natura. Pessoas
autênticas, cuja acção se firma no respeito
pelo outro, no caminho da polis. As verda-
deiras mudanças, aquelas que queremos
que sejam positivas, só se concretizam
quando acreditamos nelas. É esse acreditar
que fomenta o ânimo em cada ser humano
e que o move à acção, no caminho dos
valores da cidadania. Valores que não se
decretam, nem se compram, mas que pode-
rão ser adiados, com atitudes autoritárias, a
forma mais fácil e egoísta de apropriação do
poder e do exercício instituído, sem decre-
tos, ofícios ou despachos, do desrespeito
pelo outro. No quadro actual das novas lite-
racias, mais que nunca, é essencial a com-
preensão do lugar que ocupamos na multi-
plicidade de tarefas que nos absorvem, para
que possamos também olhar para trás e
nos orgulhemos daquilo que fomos cons-
truindo.
Margarida Tomaz
Inauguração da Sala do Aluno
A «sala do aluno» foi
um projecto há muito
sonhado, mas que só
este ano, de facto, se
efectivou. Para que
assim fosse, um grupo
de alunos e professo-
ras empenharam-se a
sério, e durante muitas
horas transformaram
uma sala incaracte-
rística que mais pare-
cia um armazém, numa colorida e simpática sala de convívio.
Tal como o nome indica, é um espaço reservado exclusivamente aos alunos,
onde podem estar, durante os intervalos grandes, a conversar, jogar (há diver-
sos jogos e matraquilhos), ouvir música, ver televisão, enfim, a CONVIVER: É
também lá que funciona a sede da Associação de Estudantes. A Associação é
responsável por manter este espaço a funcionar, o que implica ter actualizado
um mapa das tarefas (arrumação da sala, requisições do material, limpeza em
cada dia) bem como zelar para que não haja comportamentos ou atitudes desa-
justadas do espaço escolar.
Em Maio fizemos a «abertura oficial». Houve música e dança. Contudo, logo
este dia nos anunciou que é preciso uma vigilância e acompanhamento constan-
tes para que este projecto que, indiscutivelmente, é necessário na Escola, possa
cumprir aquilo para que
foi criado. É que...
falhou a instalação
sonora - sem microfone
não era possível falar
para uma assembleia
de trezentas pessoas -
e o PowerPoint progra-
mado não apareceu...
Dois dos oradores. Professora Celeste Isabel e aluno José Roque
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grupo entre eles atletas e juízes, todos
eles orientados pela Professora Ana
Rainho Gil.
Nesta prova destacaram-se vários atle-
tas da nossa escola, a qual obteve
todos os 1º lugares em ambos os
sexos e todos os níveis.
No âmbito da Semana das Expres-
sões, teve lugar no dia 15 de Maio de
2008, um Master de Aeróbica, nos
campos desportivos exteriores da nos-
sa escola.
Esta actividade foi dinamizada pela
Professora Ana Gil, e nela participaram
entusiasticamente muitos alunos e Pro-
fessores de todos os ciclos da nossa
Escola.
Iniciativas destas que dão a conhecer
novas modalidades, colocam a nossa
escola em actividade e promovem o
convívio entre toda a população esco-
lar, são de repetir.
Dinamização
No dia 16 de Abril de 2008, realizou--
se o MEGASPINTER regional na pista
coberta de Atletismo em Alpiarça.
Nesta prova participaram 13 alunos do
2º, 3º Ciclo e Secundário, dos quais se
destacaram: o aluno João Silva que
obteve o 3º lugar na prova de megas-
printer, no escalão de juvenis; e a alu-
na Mariana Pombo, no escalão de
infantis B, que obteve o 2º lugar na
prova de megasprinter e o 1º lugar na
prova de megasalto, tendo sido assim
apurada para a Fase Nacional de
MEGASPRINTER, na qual conseguiu o
5º lugar na prova de megasprinter.
Todos os alunos foram acompanhados
pelos Professores; Rafael Salvaterra e
José Mendes.
No passado dia 23 de Abril de 2008, a
nossa Escola recebeu a ultima compe-
tição da ADE de Desportos Gímnicos,
nela participaram 34 alunos do nosso
No dia 15 de Maio de 2008, realizou-
se na Escola Secundária Artur Gonçal-
ves, em Torres Novas, a Fase Regional
do COMPAL BASQUETEBOL, na qual
a nossa escola esteve mais uma vez
muito bem representada pela equipa
de Infantis Masculinos, tendo obtido o
5º lugar.
Estes alunos foram acompanhados
pelos Professores Rafael Salvaterra e
José Mendes.
No dia 14 de Maio de 2008, o Grupo
de Desportos Gímnicos, acompanhado
pela Professora Ana Rainho Gil e pela
D. Fernanda, esteve em representação
da nossa Escola, na Festa do Desporto
Escolar em Rio Maior.
Mais uma vez, e como já vem sendo
hábito o nosso grupo aumentou, os
nossos resultados melhoraram e quase
todos trouxeram uma ou duas meda-
lhas para casa.
A nível de Actividade Interna continua a
decorrer o Torneio Inter-Turmas de
Futsal.
Desporto Escolar
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O Grupo de Desportos Gímnicos da
nossa Escola, orientado pela Professo-
ra Ana Rainho Gil, veio a crescer ao
longo do ano lectivo, dando aos alunos
não só a hipótese de conhecer e evo-
luir na modalidade de Ginástica Artísti-
ca, mas também a oportunidade de
desenvolver as suas capacidades na
Dança Aeróbica, articulando com
outros Clubes e Disciplinas.
Os nossos alunos mostraram-nos do
que são capazes, vencendo a maioria
das provas da sua ADE, e sendo os
únicos a atingir nível 2 e a apresentar
provas masculinas.
Por tudo isto, pelas experiências novas
e pelo convívio, valeu a pena e esta-
mos todos de parabéns…para o Ano
há mais!
No que respeita aos Desportos de Ar
Livre, o Grupo de Orientação, dirigido
pelo professor José Leote, tem vindo a
aumentar consideravelmente, tendo
grande adesão por parte dos alunos
dos currículos alternativos.
Disputou várias provas, obtendo bons
resultados, sendo de destacar em
todas elas principalmente os do aluno
Ricardo Singeis.
IX Concurso Inter-Escolas
de Flauta de Bisel
No dia 25 de Maio o aluno Constan-
tino Dykiy do 5º A representou a Esco-
la E. B. 2, 3 /S Mestre Martinsd Cor-
reia, Golegã, no IX Concurso Inter-
Escolas de Flauta de Bisel que decor-
reu na Escola E. B. 2,3 /S Luís de
Camões, em Constância. Ao aluno foi
atribuído o 1º prémio, no escalão A.
Eu
Eu…
Mais Eu …
E de novo Eu…
O outro …
Qual outro?!
Só conheço o Eu
Não me falem do outro.
O outro...
Qual outro!?
Só Eu e pronto!
Mas será que Eu serei Eu?
Ou serei o Outro?
Mas afinal quem sou eu?
Talvez o Outro!?
Não!
Só existo Eu.
M. A.
Grupos Equipa
No Futebol, a nossa equipa de Inicia-
dos Masculinos, orientada pelo Profes-
sor José Mendes, representou muito
bem a nossa Escola, ganhando a sua
ADE.
Este Grupo Equipa foi constituído por
20 alunos, tendo sido todos utilizados
nos 4 jogos disputados.
A Nossa Equipa de Basquetebol de
Juvenis Masculinos, orientada pelo
Professor Rafael Salvaterra, uma vez
que não tinha equipas adversárias do
mesmo escalão teve que competir no
escalão de Juniores, o que se revelou
uma boa experiência para todos os
alunos, pois jogaram com alunos mais
velhos e federados.
Esta equipa conseguiu obter o 3º lugar
na sua ADE.
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Cada um tem uma função diferente,
mas todos contribuem, para o mesmo
objectivo final – regular o funcionamen-
to da Escola. No entanto, a participa-
ção da Comunidade Educativa fica
assegurada através das estruturas
intermédias de representação, que são:
delegado de turma; associação de
estudantes; direcção de turma; depar-
tamentos; coordenação das diferentes
estruturas escolares; conselho de
docentes, etc..
A questão de indisciplina em meio
escolar também foi abordada, tendo
ficado a ideia de que estamos a passar
por uma crise devido à ―falta de cumpri-
mento das regras estabelecidas‖, mas
também à falta de autoridade, de
alguns, para ―fazer cumprir essas
regras‖. A saída desta crise implica,
mas palavras do Exmo. Senhor Presi-
dente do Conselho Executivo, uma
mudança de atitude por parte dos pais
e encarregados de educação, que mui-
tas vezes, por falta de tempo e de dis-
ponibilidade facilitam na aplicação de
regras em casa e depois os alunos não
querem ser submetidos a essas regras
dentro da Escola. Por outro lado, ape-
sar da existência de um Regulamento
Interno e de um Estatuo do Aluno, que
definem direitos e deveres, e que todos
devem conhecer, verifica-se que nem
sempre isso parece acontecer. A per-
missividade na aplicação das regras é
outro factor de indisciplina.
Para finalizar, com esta entre-
vista percebemos a importância da
autoridade como forma de fazer funcio-
nar uma qualquer estrutura ou institui-
ção, aplicando regras que todos reco-
nhecem como legitimas e que a não
aplicação dessas mesmas regras está
relacionada com a ocorrência de pro-
blemas, nomeadamente com os casos
de indisciplina.
Grande dia para a Azinhaga No dia trinta e um de Maio dois gran-
des acontecimentos puseram a Azinha-
ga na agenda nacional e internacional.
A Azinhaga adoptou Pilar del Rio como
filha da terra. Saramago também já
tinha sido adoptado como filho na terra
natal da sua mulher Pilar. Ao longo da
tarde desenvolveram-se várias activi-
dades: actuações do Rancho Folclórico
da Azinhaga, da Banda Filarmónica,
da Casa da Comédia e leitura de textos
de Saramago por antigos e actuais
alunos da Escola B. 2,3/S. Mestre Mar-
tins Correia. Neste dia foi também inau-
gurada a Fundação José Saramago,
situada no Largo da Praça. Nesta Fun-
dação podemos ver algum mobiliário
da família de José Saramago, fotogra-
fias, livros. Este espaço tem também
computadores, com acesso à Internet,
que pode ser usado pela população e
pretende-se que seja um espaço de
cultura, com diferentes actividades.
João Luís Dinis Santos
Presidente do Conselho Executivo na Sala de Aula
No dia 26 de Maio, os alunos do CEF-B
receberam na sua sala o Sr. Professor
Jorge Saldanha Mendes, na qualidade
de Presidente do Conselho Executivo
da nossa Escola, a fim de lhe fazerem
uma entrevista sobre o tema
―Autoridade: Porque precisamos de
autoridade?‖. Este tema está a ser tra-
balhado na aula de Cidadania e Mundo
Actual com a coordenação da profes-
sora Ana Bela Marques.
As perguntas formuladas foram previa-
mente preparadas e permitiram ficar-
mos a conhecer melhor a organização
escolar em termos de autoridade. A
primeira pergunta foi sobre o conceito
de autoridade que foi definido como ―o
poder para fazer cumprir regras pré-
definidas, com a participação de todos,
e que todos devem conhecer e respei-
tar‖. Os órgãos máximos da Escola em
termos de autoridade, são: Assembleia
de Agrupamento; Conselho Executivo;
Conselho Pedagógico e Conselho
Administrativo.
Entrevista ao Presidente do Conselho Executivo realizada pelos alunos do C. E. F. Turma B
Inauguração de Pólo da Sede da Fundação José Saramago em Azinhaga
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