JORNAL DA SEARA
PROPRIEDADE: JUNTA DE FREGUESIA DA SEARA
MORADA: Largo José Maria da Cunha Cerqueira nº115
SITE: www.freguesiadaseara.com E-MAIL: [email protected]
FACEBOOK: facebook.com /freguesiadaseara
ANO IV/ EDIÇÃO 11 / JUNHO 2016 EDIÇÃO TRIMESTRAL
E-MAIL: [email protected]
COORDENADOR: Paulo Mimoso
Distribuição gratuita / 250 exemplares SSN 2183-1653
Editorial
“Quando todos colaboram,
quem ganha é a Freguesia da Seara.
Parabéns a todos!”
Caros amigos e amigas searenses,
Este executivo da Junta de Freguesia da Seara, desde que
tomou posse, instituiu uma iniciativa que se realiza uma vez por
ano com o nome “Dia do Voluntariado na Seara”.
Nesta iniciativa, toda a população da Seara está convidada a
participar e, este ano, o desafio lançado foi a Beneficiação do
interior e exterior da Capela Nossa Senhora do Desterro.
Após duas reuniões com o Pároco João Oliveira Lopes foram
definidos os objetivos e ficou aprovada a iniciativa.
A Capela de Nossa Senhora do Desterro tem um grande
significado para a Freguesia da Seara pois a Nossa Senhora do
Desterro é a padroeira daqueles que foram procurar trabalho no
estrangeiro ou foram obrigados a deixar o seu país para se
refugiarem.
Como somos uma Freguesia que ao longo da sua história teve e
continua a ter um número considerável de emigrantes espalhados
pelos quatro cantos do mundo, é mais do que justo, zelar e
preservar um património que traz esperança a quem se
encontra fora da sua Terra Natal.
Assim, acredito que nas próximas férias de verão, quando
alguns emigrantes voltarem à sua Seara, encontrarão na Nossa
Senhora do Desterro o alento e a força que necessitam.
Uma palavra sincera de agradecimento a todos os
searenses que fizeram questão de participar nesta iniciativa e às
empresas e particulares que colaboraram disponibilizando
todo o material para a execução da obra. Por fim, um obrigado
ao Pároco João Oliveira Lopes que em representação da
Comunidade Paroquial de S. Mamede da Seara autorizou a
execução da intervenção.
Quando todos colaboram, quem ganha é a Freguesia da
Seara. Parabéns a todos!
Filipe Lima
Presidente da Junta Freguesia da Seara
Festa do Santíssimo Sacramento, na Seara
(ano 1908)
Com grande magnificência efetuou-se no ultimo domingo, na freguezia da Seara, a grande festividade ao Santíssimo Sacramento, que constou de musica, missa e grande instrumental e sermão pelo sr. padre Tiago de Lourdes Barbosa, digno pároco da freguesia de Cabaços, deste concelho, que produziu uma breve mas eloquente oração, ouvida com geral agrado pela numerosa assistência de fieis.
Em seguida foi posta na rua uma imponente procissão que melhor não podia ser, e a que foi dada a seguinte disposição:
Bandeiras e confrarias do Desterro e Rosario; magnifica cruz de prata oferecida a Santo António pelo Exmo. Felix Freire de Castro Maciel; riquíssima bandeira de Nossa Senhora da Conceição e respetiva Confraria que ostentava as bellas ópas em moirée branco e azul, tudo oferta do importante benemérito da freguesia e nosso estimável amigo Exmo. José Maria da Cunha Cerqueira; cruz da confraria do Santíssimo Sacramento e confrades com novas ópas em moirée encarnado; pálio, sob o qual conduzia o Santíssimo Sacramento o reverendo Abade da freguesia, padre João Pereira Lima, acolitado por dois eclesiásticos.
As riquíssimas lanternas que ladeavam o pálio, em número de oito, eram em estilo gótico; quatro pertencentes a Nossa Senhora da Conceição e quatro ao Santíssimo Sacramento, também oferecidas pelo exmo. José Maria da Cunha Cerqueira.
Findos todos os actos religiosos e a convite do muito digno Abade, entraram numa das dependências da residencia paroquial os membros da Junta da Paroquia, as pessoas mais gradas da freguesia e algumas desta vila, para se proceder à inauguração dos retratos dos beneméritos cavalheiros Exmo. Felix Freire de Castro Maciel e Manuel Francisco da Costa, que foram também ofertados pelo Exmo. José Maria da Cunha Cerqueira.
Nesta ocasião o reverendo Abade em palavras cheias de entusiasmo fez o elogio dos dois cavalheiros, ouvindo-se demoradas salvas de palmas e muitos vivas.
Ficou resolvido que por subscrição entre os maioraes da freguesia se mandassem reproduzir os retratos dos Ex.mos José Maria da Cunha Cerqueira e de seu irmão João Carlos da Cunha Cerqueira para fazerem pendant com os dois já inaugurados.
In, O Commercio do Lima, número 100, de 11 de julho
de 1908
Nota: Transcrito conforme o original.
CENTRO ESTUDOS SEARA
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CORRELHÃ
BLOCO
10 de abril 2016
III Rastreio Gratuito de Saúde na Seara
A Junta de Freguesia da
Seara realizou, no dia 10
de Abril de 2016, domingo
de manhã, o seu III
Rastreio de Saúde da
Freguesia da Seara. Este
rastreio, como nos anos
anteriores, permitiu aferir
do estado de saúde dos
searenses que aderiram à
iniciativa. Deixamos o
nome dos responsáveis pelo rastreio, prestando-lhe, assim, um
merecido tributo pela sua disponibilidade, a titulo gratuito, para a
realização deste rastreio. O nosso muito obrigado!!!
Colesterol: Manuela Brito
Hipertensão e Diabetes: Sofia Vieira e Filipa Couto
Visão: Diana Mendes
Audição: Ana Araújo
Avaliação Nutricional: Nuno Pereira e Natália Pereira
Alimentação Saudável: Susana Antunes
Colaboradores: Renato Alves, Cristiana Gonçalves e Natália
Mansuído
INFORMAÇÕES JUNTA DE FREGUESIA
4 e 10 de junho 2016
Dia do Voluntariado
Obras de recuperação da Capela de Nossa Senhora do Desterro
O Dia do Voluntariado Searense promoveu, este ano, a recuperação da Capela de Nossa Senhora do Desterro.
Foram executados vários trabalhos entre os quais se desta-cam:
Lavagem exterior da capela
Lavagem do cruzeiro;
Lavagem muro exterior do recinto;
Substituição do telhado;
Eletrificação do espaço interior e exterior da Capela;
Limpeza, alisamento e pintura do interior da Capela;
Limpeza e pintura do portão em ferro do recinto;
Limpeza e pintura da porta em madeira da Capela,
Limpeza e envernizamento do teto em madeira do interior e exterior da Capela;
Mais uma vez, esta iniciativa contou com a presença dos searenses, que numa atitude de disponibilidade para promo-ver o desenvolvimento da nossa Freguesia, colocaram todo o empenho num trabalhado de muita exigência técnica e física. Valeu a pena esta iniciativa que permitiu conferir à Capela de Nossa Senhora do Desterro uma maior dignidade que, certa-mente, deixará a comunidade orgulhosa deste espaço de culto que urge reavivar.
A Junta de Freguesia da Seara agradece a todos os searen-ses que participaram no Dia do Voluntariado/2016 e às empresas e particulares que colaboraram com a disponibiliza-ção de materiais para a execução da obra.
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INFORMAÇÕES JUNTA DE FREGUESIA
1, 2, 3 de julho de 2016
Festas de S. Pedro da Seara
24 julho de 2016
(10.30h - Sede da Junta de Freguesia)
Apresentação do Cartaz da Semana da Seara
7 a 17 de agosto 2016
Semana da Seara
Informação 1: (Exposição Usos, Costumes e Tradições) Relembramos que com o objetivo de tornar possível o desafio de
recordar as tradições, usos e costumes do antigamente, solicita-mos a todos a disponibilidade para cederem (emprestarem) objetos antigos de todo o tipo, que possam ser expostos, no Edifício da Escola Primária, durante o decorrer da Semana da Seara 2016. Os objetos podem ser entre outros: utensílios domésticos, da agricultu-ra, das profissões antigas, vestuário, brinquedos, instrumentos musicais, etc...
Durante o mês de julho, os elementos da organização entrarão em contacto com a população para fazer a recolha dos materiais. Tudo o que for cedido para a exposição será catalogado na presen-ça dos proprietários, para que, finda a exposição, sejam devolvidos conforme foram recolhidos.
Informação 2: (Reunião preparatória da Caminhada Noturna) Para preparar a organização da Caminhada Noturna temática
deste ano pedimos aos pais das crianças e jovens dos 6 aos 17 anos que permitam a presença destes numa reunião preparatória, a exemplo dos anos anteriores, no dia 24 de julho, pelas 10h, no Edifício Sede da Junta de Freguesia;
A Organização: Luís Sousa, Luís Gonçalves, Paulo Mimoso, Natá-lia Mansuído, Olívia Rocha, Mariana Martins e Susana Antunes.
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Residencial / Restaurante
Educação
Oferta dos Manuais Escolares para os alunos do
1.º ciclo – ano letivo 2016/2017
A Junta de Freguesia da Seara vem por este meio informar que suportou no ano letivo que agora findou a despesa com os manuais escolares de todos os alunos do 1.º ciclo (1º ao 4º ano) residentes na freguesia da Seara. Assim, para o ano letivo 2016/2017 a oferta dos manuais continuará. Todos os interessados devem comparecer no próximo dia 24 de Julho, pelas 10h, no Salão Nobre da Junta de Freguesia para ficar a conhecer as regras e efetuarem a respetiva inscrição para serem contemplados com a oferta dos manuais escolares.
Pagamento da Praia às crianças searenses
do Jardim de Infância - 2016
Quanto às crianças que frequentam o Jardim de Infância do Centro Educativo da Facha e que são residentes na freguesia da Seara, a Junta de Freguesia informa que o valor referente à despesa da ida à praia das crianças foi, pelo terceiro ano consecutivo, suportado pela Junta de Freguesia.
Adesão ao Clube Europeu
da Escola E.B. 2,3 da Correlhã
Tendo em conta o papel importante que a educação desempenha nos dias de hoje, a Junta de Freguesia da Seara voltou a apoiar três crianças searenses no Projeto do Clube Europeu, neste ano letivo. Esta adesão permitiu diminuir os encargos às famílias da Seara que tinham os seus alunos inscritos nesse programa. Esta parceria será para manter no próximo ano letivo pois estamos certos que são estas vivências/experiências que tornarão os jovens searenses mais preparados para os desafios de futuro.
INFORMAÇÕES JUNTA DE FREGUESIA
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Reunião Ordinária da Assembleia de Freguesia (24 de abril de 2016)
Resultou desta Assembleia de Freguesia a aprovação do:
Segundo ponto da ordem de trabalhos:
A) Apresentação, apreciação e votação do Relatório de
Conta de Gerência do ano de 2015
Para apresentar o documento em causa foi dada a palavra
ao senhor Tesoureiro de Junta de Freguesia, Fernando
Alves da Cunha, que referiu não existir qualquer dívida,
transitando para o ano económico de 2016, o saldo de
10.316,25€.
Executivo Municipal de Ponte de Lima Visita
Parques Infantis de Arcozelo e Seara
O Executivo Munici-pal de Ponte de Lima visitou mais dois Par-ques Infantis, nomea-damente em Arcoze-lo e Seara. O Parque Infantil de Arcozelo situa-se junto à rotunda de S. Gonçalo e o da Sea-ra, está instalado no Largo do Pinheiro Manso. O investi-mento total destes dois parques ascende aos 33.526,68€. Ambos os Parques Infantis foram instalados recentemente, com o objetivo de requalificar aqueles espaços públicos, como um espaço de recreio equipado com estruturas onde as crianças possam brin-car livremente e em segurança. Os parques instalados visam promover o desenvolvimento das capacidades motoras dos utilizadores, sendo espaços privilegiados para a brincadeira ao ar livre, permitindo uma melhor coordenação
motora In, site do Município de Ponte de Lima
.Capela Nossa Senhora da Conceição
A Junta de Freguesia da Seara vem, por este meio, solicitar a algum searense que pretenda como voluntário(a) zelar o altar de Nossa Senhora da Conceição que se dirija à Junta de Freguesia para definirmos as regras e horários.
Uma palavra final de agradecimento à Sra. Carmo Fernandes por ter vindo a compor a Capela do Cemitério Paroquial, com extremo zelo e de forma gratuita. Obrigado!
Desenho de: Natália Mansuído
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CABANA DA GIESTA
Seara
José Maria Araújo
Topógrafo
Tradição da Queima do Judas
Por ocasião da
Páscoa e reavivando uma tradição antiga que já não víamos há alguns anos na Seara, a Comissão de Festas do S. Pedro decidiu fazer a Queima do Judas, no Largo do Pinheiro Manso. Importa referir o elevado número de pessoas que assistiu ao acontecimento. O Jornal da Seara conseguiu, por portas travessas, ter acesso ao
Testamento de Judas que, por motivos ainda por apurar, não chegou na ocasião a ver a luz do dia. Ainda que tenham existido fortes pressões e, inclusive, confirma-se a tentativa de suborno com sandes de leitão e vinho
carrascão para que não fosse publicado o documento inédito, a direção do Jornal, no cumprimento do dever de informar a população, vai fazer público o mesmo. Para futuras tentativas de suborno, fica desde já estipulado que
só se aceita conversar com, no mínimo, um leitão (inteiro) e vinho do “bô” em cima da mesa. Aqui fica o Testamento do Judas:
“A cena representada, diz quem assistiu ao acontecimento “in loco”, deu-se em dia soalheiro quando 5 garbosos e destemidos searenses, numa tentativa de eliminar os restos dum corte de lenha, empreenderam-lhe fogo,
eis senão quando, de forma súbita, deflagra um brutal incêndio num “chaparro”(1) secular, que mais parecia, segundo os presentes, o Inferno na terra. Sem meios humanos e físicos para acudir ao sinistro (tinham em sua
posse uma pequena mangueira que o proprietário do terreno tinha disponibilizado, decerto, por suspeitar da inabilidade destes 5 marmanjões e que melhor teria sido empregue pelo canastro abaixo dos ditos), assistiram
incrédulos àquele fenómeno natural de dimensões bíblicas, que resultou na concretização física da expressão: “Não brinques com o fogo”; e no triste estado em que ficou o antes vetusto e imponente “chaparro”.
Obs. Não se sabe ao certo se algum dos malandros fez chichi na cama!!! O caso foi levado a julgamento e foram ouvidos os arguidos que apresentaram 5 versões diferentes para este invulgar sinistro. Um que não
tinha visto nada porque dormia uma “rola” depois de ter almoçado uma sarrabulhada, mas que gostaria de ter visto para ter que contar aos netos. Outro que jurou só ter visto em cima do chaparro uma imagem
resplandecente de Nossa Senhora dos Aflitos que lhe acenava com a mão e que um dia havia de lá levar a família para receberem todos a sua bênção. O terceiro que tinha dúvidas da versão do segundo, porque a imagem que
terá visto seria de um esquilo que fugia da árvore em chamas, que não sabia como surgiram. O quarto afirmou, convictamente, que aquilo só poderia ter sido combustão instantânea resultante do contacto com o ar do
bafo a aguardente que o primeiro tinha bebido por causa da digestão do sarrabulho. O último reconheceu ter posto fogo aos ramos, mas não estava certo de ter visto em algum momento o chaparro a arder, até porque o sol
batia-lhe nos olhos e não tinha em sua posse os óculos de sol. Não seria, segundo ele, caso único, porque já o grande Luís de Camões dizia: “… é um fogo que arde sem se ver…”. Perante tão evidente fuga às
responsabilidades e não tendo reconhecido a culpa, proferiu o Juiz a seguinte sentença: “Faça-se justiça, condenando os arguidos à pena capital que será executada em praça pública, no Largo do Pinheiro Manso, para
que sirva de exemplo a todos, fazendo-se cumprir, assim, a máxima: “ Quem brinca com o fogo, acaba por se queimar.” Judas Iscariotes (1) Chaparro: Designação utilizada no Alentejo para sobreiro, sobro,
sobreira. É uma árvore da família do carvalho. Na Seara, é uma árvore que está “mortinha” por a p a n h ar os c i n c o
meliantes que a deixaram toda chamuscada. Parece que já terá feito um pedido
ao primo Pinheiro Manso para que, em dia de Santo Popular, lhes acerte, pelo
menos, com uma pinha na tola. Bem o mereciam!!! Não se sabe ao certo
qu em s ej am es t es indivíduos, mas suspeita-se da identidade do que
usava rabo de cavalo!
Festas Populares de S. Pedro/2016
1, 2 e 3 de julho
Dia 1 – sexta-feira
9h: Entrada da cabine de som da Casa Pereira da Correlhã.
21h: Grande Sardinhada.
21.30h: Encontro de Concertinas
23h:Caldo Verde
Dia 2 – sábado
8h: Início da Transmissão de música gravada.
8.30h: Entrada do grupo de Bombos da Seara.
14h: Jogos Tradicionais.
21h: Desfile de Marchas Populares
Marchas Populares de S. Pedro da Seara
Marchas Populares de S. João de P. de Lima
Marchas Populares da Correlhã
Marchas de Riba Lima de Lanheses
22.30h: Atuação do grupo musical SonJovem
Dia 3 – domingo
8h: Feira Quinzenal.
8h: Missa em honra de S.Pedro, na Igreja Paroquial da Seara.
9.15h: Cortejo de Oferendas.
10h: Jogos Tradicionais.
15.30h: Atuação musical de Pedro Sousa
17h: Atuação da Escola de Música da Seara da ADCS
17.30h: Oferta de porco no espeto aos searenses e amigos.
Compasso Pascal / 2016
No passado dia 27 de março, cumprindo um ritual católico com forte tradição na Seara, percorreu a nossa Freguesia o Compasso Pascal que este ano teve como Mordomo o Sr. António Santos, que foi acompanhado pelo Sr. João Batista Pereira que levou a cesta. A todos os que participaram no Compasso Pascal e à Ronda da Seara, as nossas felicitações pela dedicação colocada na sua realização.
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Restaurante
Cedro Seara Martins da Costa e Costa Construções Lda
Loja da
Teresinha
Ponte de Lima
Conta uma lenda antiga,
Que poucos conhecerão,
Que em S. Mamede de Paradela
Em tempos que já lá vão,
Vivia numa torre altaneira
Uma bela donzela
Com os seus pais e irmão.
A jovem era estimada
Por todos os moços de então,
Que todos diziam ser
A mais bela da região.
Um dia ao regressar
De uma festa popular
Separou-se das amigas
Perdendo-se na noite escura
A torre não conseguiu encontrar.
Os pais da bela donzela
Estranhando a situação,
Porque era chegada a noite
E tamanha a escuridão,
Puseram pés ao caminho,
Correndo por toda a aldeia,
Gritando seu nome em vão.
Depois de muita procura
E já perdendo a razão,
Julgando perder sua filha
Às mãos de qualquer vilão,
Eis que surge um cavaleiro
Com uma candeia na mão
Prometendo àqueles pais
Resolver a situação.
Partiu a todo o galope,
Transformando a noite em dia,
Depois de ter acendido
A candeia que trazia.
A donzela que perdida
Estava na escuridão,
Seguiu um som que ouvira
E chegando junto a uma fonte
Sentou-se por estar cansada
Junto àquela bica de água
Que corria desde o monte.
O cavaleiro entretanto
Corria por toda a aldeia
E salvar a donzela
Era só a sua ideia.
E quando sentiu ao longe
Um triste canto de amor,
Ergueu bem alto a candeia
E avançou sem temor.
Clareou o seu caminho,
Com a candeia luzindo,
E junto a uma fonte encontrou
A bela donzela dormindo.
Quem o teria chamado?
Que voz seria aquela
Com tom tão magoado?
Diz a lenda, e é bem verdade,
Que quem ali o levara
Foi uma voz que saiu
Da nossa Fonte da Seara,
Que vendo a donzela em perigo
O cavaleiro chamara.
(Desde essa noite se conta
Que os jovens da nossa aldeia
Que queiram a amada encontrar
Devem acender a candeia
Em noites em que não haja luar
E esperar o canto da fonte
O escolhido chamar.)
Depois de salva a donzela
E entregue a seus pais,
Nasceu naquela noite,
Porque assim é o destino,
Uma bela história de amor
Entre um searense sem medo
E a mais bela flor.
A torre que conta a lenda,
E que tiveram por Lar,
Já não existe na aldeia
Por alguém a derrubar.
Mas foi essa torre altaneira
Que deu nome ao lugar
Onde como prova de amor
A candeia quiseram enterrar,
Para que um dia, quem sabe,
Alguém a possa encontrar.
A lenda diz claramente
Que este tesouro enterrado
Dará a quem o encontrar
O amor tão desejado.
E a quem o já tiver,
A lenda não é esquecida,
Terão um amor perfeito
Para o resto da sua vida.
As lendas são o que são,
Ou se acredita ou não.
da tradição oral
Nota: Adaptação em verso da Lenda
da Donzela da Torre, património da
tradição oral minhota. Esta Lenda este-
ve muito anos esquecida, mas, por
mero acaso, encontrou-se referência à
mesma em manuscritos de um arquivo
particular.
ESCRITOS SEARENSES
A Lenda da Donzela da Torre Passeio da Seara/2016
No passado dia 18 de junho realizou-se o passeio anual da Freguesia. Este ano começou-se por visitar a zona histórica do Porto, da Avenida dos Aliados até à Ribeira. O lanche foi degustado no Monte de S. Félix, em Laúndos, Póvoa do Varzim, local com uma vista fabulosa sobre o mar. Finalmente, deslocamo-nos para a
Quinta do Santoínho onde, durante 5 horas, 160 searenses, se divertiram num salutar conv ív io , que acr edi t am os ter si do um a experiência gratificante para todos.
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Os funerais não são para os mortos!
Os funerais não são para os mortos, mas sim para os vivos.
Os vivos é que precisam desse dia.
Os vivos é que precisam de se despedir, de honrar/homenagear a alma e a vida da pessoa que morreu.
Os vivos é que “carregam” todos os sentimentos e por vezes todos os arrependimentos de uma vida.
Os vivos é que sofrem e imploram uma oportunidade de voltar a ter aquela pessoa de novo com eles, nem que fosse só por mais um momento. Tudo porque um dia acreditaram que podiam ser eternos e não aproveitaram o tempo como deviam, não disseram tudo o que desejavam, nem fizeram tudo o que queriam, e naquele dia perante um caixão, aquele caixão, os sentimentos estão à flor da pele, e só aí é que percebem que é tarde demais, e que os funerais não são para os mortos, mas sim para os vivos, e que são eles que precisam disso para continuar a sobreviver com lembranças de um passado, tenha ou não sido feliz.
Joana Torres
Searenses em destaque no desporto
Canoagem
O searense, Francisco S a n t o s , s a g r o u - s e Campeão Nacional de circuito e velocidade e Vice Campeão Nacional de slalom em canoagem.
Provas integrados no Desporto Escolar realizadas no dia 21 maio de 2016 em Aveiro. Muitos parabéns!
Futebol
O s e a r e n s e , Virgílio Fernandes, obteve mais um grande sucesso na s u a c a r r e i r a prof issional, ao conquistar a Taça do Chipre, equipa da qual é treinador adjunto. O Apollon, orientado pelo treinador português, Pedro Emanuel, conquistou a Taça do Chipre em futebol, vencendo o Omonia de Nicósia por 2-1. De realçar, também, o 3ª lugar alcançado no Campeonato Nacional Cipriota. Mais uma vez as nossas felicitações pelo sucesso alcançado.
Associação Desportiva e Cultural da Seara
Comemoração do Dia Mundial da Criança
No di a 19 de junho, comemorou-se o Dia Mundial da Criança, que apesar do avançado da data e do dia ser de grandes fest iv idades nos arredores e mesmo na freguesia, com a primeira comunhão de muitos meninos, tornou-se, como sempre, um dia animado, com as crianças a divertirem-se e os adultos a desfrutar de uma tarde repousante, claro que os sócios e os searenses poderiam aproveitar um pouco melhor o que lhes é oferecido, mas acaba sempre por ser mais aproveitado pelas p esso as das f r eg u es i as vizinhas. Já o velho ditado diz “santo da casa não faz milagre”. A ADCSeara por cá continua a proporcionar bons e agradáveis momentos a quem deles quiser usufruir. Para isso contou com os já tradicionais insufláveis e as pinturas faciais, a colaboração da Escola de Música e o apoio da Junta de Freguesia. Como vai sendo habitual a festa foi abrilhantada por mais uma peça interpretada pelos Pequenos Atores do Lima, que fazem questão de marcar presença a cada ano que passa.
No final das atividades, foram sorteados os números premiados das rifas, como já anteriormente tinha sido mencionado.
Os números são: 1º 046 2º 368 3º 906
Secções da ADCSeara
Está tudo perfeito. Sempre quis boas equipas associadas à ADCSeara e pelos resultados está a correr da melhor forma possível. Estou muito contente e impressionado com a qualidade dos meus colegas. Muitos parabéns a todas secções da ADCSeara. Estas equipas têm dado provas do que valem, a Secção Karting com o piloto Mariano Pires, a secção BTT com os LIMARACE e a secção de Música com a Escola de Música. Parabéns a todos!
O Presidente da ADCSeara, Bruno Ximenes Antunes
JORNAL DA SEARA Página 8
Nossa Senhora do Desterro
Julgo ser oportuno agora que o mês de Maio acabou, mês dedicado a Nossa Senhora, relembrar aqui a existência da Capela de Nossa Senhora do Desterro, que os mais novos praticamente desconhecem, ou quanto muito, conhecem como um lugar meio abandonado, onde neste mês de Maio se visita de passagem, numa procissão de velas, de fugida. Bem sei que se celebra a fuga da Sagrada Família da sua própria terra, mas um pouco mais de bom senso e se calhar de respeito pelo passado, não muito distante, desse lugar julgo, na minha modesta opinião, que só seria benéfico para a nossa terra.
Mesmo assim, alguns ainda recordarão as três festas que ali se realizaram, julgo que três, mas alguém terá a amabilidade de me corrigir. Festas com a devida honra à Sagrada Família, mas que o tempo e o tradicional deixa andar levaram a que as coisas chegassem ao ponto que estão. Bem sei que é mais fácil criticar as festas ditas profanas do que nada fazer pelas religiosas, mas...
O certo é que as coisas se degradam dia para dia e se todos sabemos o porquê, e temos pena que assim seja, há alguns que o sentem de maneira diferente. Aqueles que como irmãos, e ao longo dos anos, até determinada altura, serviram com honra, dignidade, prazer, e esforço a desaparecida Confraria de Nossa Senhora do Desterro.
Com Honra, porque tempos houve em que as pessoas se sentiam honradas em ser mesários e mordomos desta e doutras irmandades que aqui existiam.
Com a Dignidade de gente humilde, mas séria, que se empenhava na
angariação dos peditórios e cobrança dos anuais, aqui e nas terras vizinhas, onde existiam numerosos irmãos, como ainda hoje se faz nas outras paróquias.
Com Prazer, porque havia alegria nesses grupos que de dois em dois anos se revezavam, numa sã convivência e no alegre cumprimento dum dever.
Com Esforço porque alguns de vós ainda hoje se recordarão dos alegres domingos com cebolas, milho e outras ofertas, e, porque não dizê-lo, com fome à mistura, com que se percorriam quilómetros a pé e, no final, tudo era recompensado com a justa e séria apresentação de contas ao pormenor, vistas e revistas, que com o dinheiro dos santos não se brinca.
E se é certo que muita coisa muda com o tempo, e foi costume que alguém achou por bem mudar, para pior ou melhor, os resultados estão a vista, não é menos certo e justo que se recorde aqui aqueles que deram de si o seu melhor no cumprimento da sua obrigação, quando chamados a participar nessas causas.
Não quero, nem é minha intenção, mexer aqui, nem me alongar demasiado com assuntos que podem ter outra interpretação, até porque, teríamos pano para muitas horas de escrita levando-nos para fora do âmbito da minha colaboração neste jornal, que como sabeis se resume a colaborar com pequenos escritos de coisas que considero do interesse de todos, e falarei delas enquanto o diretor do jornal assim o entenda.
Ontem como hoje, será, julgo eu, do maior interesse, falar-se, relembrar-se e quando possível fazer-se mais e melhor por esta terra onde nascemos e porque demos o nosso contributo no passado, temos o direito e dever de falarmos sempre que o queiramos com educação, elevação e conhecimento de causa.
Ninguém sabe o tempo de vida que nos resta, mas continuo com esperança de voltar a ver, em tempos próximos, a alegria, a colaboração e comunhão de ideias, sem que ninguém aponte o dedo a ninguém, mesmo que para isso me voltem a chamar de intruso na minha própria terra.
Móveis Martins
de: Eduardo Martins Telemóveis:
933234217/ 918361909
Nabais—Seara
Bandeira Nacional
A Bandeira Nacional Portuguesa, foi aprovada pelo Decreto de 19-06-1911. É o símbolo da Pátria Portuguesa. E, por isso, as suas cores e o seu emblema representam ou dizem respeito à actividade dos seus filhos pelo mundo ou a fé de que foram animados.
É um retângulo de pano de lã, embora actualmente, seja de cetim ou outros tecidos, deve ter o comprimento de 1.5 vezes a largura, dividido em duas cores: a do lado da tralha (cabo que a guarnece) e ficando, quando içada, junto ao mastro, é a cor verde escura - dois quintos - que simboliza a esperança com que os nossos bravos antepassados percorreram os mares, nunca antes navegados, dando novos mundos ao mundo, isto é, abrindo novos horizontes à humanidade.
A outra parte, é a cor vermelho claro - três quintos - que nos lembra o esforço e o sangue derramado em toda a parte pelos Portugueses na santa e heróica missão de dilatar a fé e o império.
Ao centro, metade sobre a cor verde e outra metade sobre a cor vermelha, está o escudo de Portugal que repousa sobre a esfera armilar, em amarelo ouro, orlada de preto.
A esfera armilar significa o globo terrestre e compõe-se de armilas ou arcos cruzados perpendicularmente, o equador e os medianos, que todos os que estudaram deram essa matéria - e a oblíqua ao equador, com ele formando um angulo de 23º 27º e 30º graus e que se chama a eclíptica (circulo máximo da esfera correspondente à órbita anual aparente do sol em volta da terra - órbita da terra em volta da terra - órbita da terra em volta do sol.)
O escudo em vermelho - mais escuro - contornando em branco, lembra-nos essa defesa pessoal do mesmo nome, tão usada pelos nobres nas lutas, e o branco central, contem os cinco escudetes ou quinas, cruzadas, em azul, que representam os cinco reis mouros vencidos na batalha de Ourique, conforme a narração das estâncias, LIII e LIV do canto terceiro dos “Lusíadas”.
Cada quina contém cinco pontos brancos - as cinco chagas de Cristo - e, somados os de todas as quinas, depois de duplicados os da quina do centro obtemos trinta - os trinta dinheiros que judas recebeu, denunciando Cristo aos judeus, segundo o mesmo ponto dos “Lusíadas”, acima mencionado.
Os sete castelos amarelos que ainda ornamentam a parte vermelha do escudo, representam os castelos de Albufeira, Aljezur, Cacela, Castro Meirim, Estômbar, Paderne e Sagres, tomadas aos mouros por D. Afonso III, que os marcara.
Se a Bandeira Nacional representa, por convenção unânime, a Pátria Portuguesa, na glória das suas grandezas e nos momentos mais críticos da sua existência, a todo o Povo Português, cumpre respeitá-la ao máximo, prestando um verdadeiro culto, dado tratar-se do símbolo sagrado da nação.
Por ela, se sacrificaram os nossos antepassados nas batalhas, como Duarte de Almeida, em Toro, antigo crasto queimado, nas margens do Douro (01-03-1476), que ficou com os braços decepados e cheio de ferimentos, caído no chão, da montanha.
Também por ela, e empunhando-a praticaram os portugueses os maiores prodígios de valor e bravura pelos quatro cantos da terra, levando aos confins os progressos da nossa civilização e fazendo irradiar novas luzes pelo mundo, a golpes de audácia e de heroísmo épico (acção heróica), duma estoicidade única, que assombrou e maravilhou a humanidade coeva (que tem a mesma idade - contemporânea).
Por isso lhe devemos prestar enternecido culto, descobrindo-nos e perfilhando-nos em continência à sua passagem embora haja pessoas, talvez por complexos ou respeitos humanos se inibem de o fazer.
Engº Telmo Torres
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