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INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIAEngª Lilian PuertaMarço de 2013
Agenda• Definição de investigação confirmatória.• Etapas de investigação confirmatória.• Planejamento da investigação:
• Plano de amostragem;
• Coleta e amostragem;
• Análises químicas;
• Interpretação dos dados.• Atualização do Modelo Conceitual.• Conclusões e Recomendações.• Conteúdo mínimo do relatório.
Definição
• NBR 15515-2:2011 e CONAMA 420/ 2009:
• Etapa do processo de identificação de áreascontaminadas que tem como objetivo principalconfirmar ou não a existência de substâncias de origemantrópica nas áreas suspeitas, no solo ou nas águassubterrâneas, em concentrações acima dos valores deintervenção.
Definição
• Lei 13577/2009:• Investigação que visa comprovar a existência de uma
área contaminada.
• Decisão de Diretoria da CETESB nº 103/2007:• A etapa de investigação confirmatória tem como
objetivo principal confirmar ou não a existência de contaminação nas AS’s prioritárias ou nas AP’sprioritárias para as quais essa investigação foi exigida.
Etapas da Investigação de Passivo Ambiental
Fonte: ABNT NBR 15515-2 (2011)
Etapas da Investigação Confirmatória
Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1999)
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Como planejar?
• Todo o processo começa a partir de um modeloconceitual bem elaborado na Avaliação Preliminar.
• http://www.youtube.com/watch?v=WHuUboHlVuk
Planejamento – Perguntas iniciais
• Quais são as áreas com potencial ou suspeita de contaminação?
• Quais são os mecanismos primários de liberação?• Quais são os meios afetados?• Quais são os contaminantes?• Qual a litologia esperada?• Qual o nível de água estimado?• Quais são as minhas hipóteses?
Modelo Conceitual – Vazamento de Tanque de Combustível (LNAPL)
Fonte: Pope & Jones (1999)
Modelo Conceitual – Antigo “Lixão”
Modelo Conceitual – Contaminação Industrial com diversos receptores
Modelo Conceitual – Avaliação Preliminar
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Modelo Conceitual – Avaliação PreliminarClassificação Área Fontes primárias
Potenciais Contaminantes
Mecanismos primários de
liberação potencial
Fontes secundárias
Mecanismos secundários de
liberação
Vias de transporte
Potenciais Receptores
AS-01
Área onde no passado ocorreu a disposição de resíduos gerados no processo produtivo (comprovado
com foto área)
disposição de resíduosmetais, óleos, combustíveis e
solventes
infiltração no solo e escoamento superficial
solo contaminado dispersão e lixiviação.
Solo, água subterrânea e ar
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-01Prédio dos compressores e
caldeira
vazamento de óleo dos compressores ou
caldeiraóleos e combustíveis
infiltração pelas fraturas do piso
solo contaminado, produto em fase
livredispersão
solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-02 Manutenção de peças
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos
e veículos.
óleos e solventes
infiltração no solo pelas rachaduras das tubulações ou
infiltração no solo
solo contaminado, produto em fase
livredispersão
solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-03
Antiga área de armazenamento de resíduos perigosos no interior do
prédio da linha A
Armazenamento de resíduo perigoso
metais, óleos, combustíveis e
solventes
Infiltração de resíduo líquido no solo
solo contaminado dispersãosolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-04
Área dos antigos tanques de óleo BPF, casa de bombas e tanque
enterrado de óleo diesel
Tanques de óleo aéreo e tanque enterrado de
óleo BPF (desativados).
óleos e combustíveisVazamento de óleo e combustível no solo
solo contaminado, produto em fase
livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-05
Atual estacionamento de veículos (antigo prédio de manutenção das
máquinas)
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos
e veículos.
óleos e solventes
infiltração no solo pelas rachaduras das tubulações ou
infiltração no solo
solo contaminado dispersãoSolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-06 Cabine elétrica desativadavazamento ou descarte
incorreto de óleoóleo e ascarel
infiltração pelas fraturas do piso
solo contaminado, produto em fase
livredispersão
Solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-07 Área de Tancagem
Tanques de óleo BPF, tanque de óleo diesel (desativado) e tanque
de lixívia (em desativação), antigo aterro de resíduo da
produção.
óleos, combustíveis, ácidos, metais e
solventes
Vazamento de óleo e produtos químicos no
solo; lixiviação de metais do antigo
aterro.
solo contaminado, produto em fase
livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea; ar
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
AP-08 Antigo posto de abastecimentoBomba e tanque de
óleo diesel (desativados).
óleos e combustíveisVazamento de óleo e combustível no solo
solo contaminado, produto em fase
livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea; ar
Trabalhadores: Construção Civil e
Funcionários
Planejamento – Princípio
• Equilibrar os objetivos, as limitações de recursos, otempo inerente a uma avaliação ambiental e a reduçãoda incerteza da avaliação preliminar ou da acessibilidadelimitada do meio investigado (ABNT NBR 15515-2: 2011).
• Abordagem científica para reduzir as incertezas.
Planejamento – Escolha do Design
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Planejamento – Escolha do Design
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Planejamento da Amostragem
• Quais meios serão amostrados?• Quais parâmetros serão analisados?• Qual localização das coletas?• Quantas amostras são suficientes?• Qual profundidade de coleta das amostras?• Quais métodos de análises serão utilizados?
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Exigências de Acreditação• A Resolução CONAMA nº 420 de 2009, exige que todas
as análises sejam realizadas somente em laboratórios acreditados pelo INMETRO (Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025);
• A SMA nº 90 de 2012 exige que, no Estado de São Paulo, só poderão ser realizadas amostragens por empresas acreditadas pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 –prazo ampliado pela SMA nº 39 de 2013:13/05/2014.
Plano da Amostragem
• DICLA 057/2010 – Critérios para Acreditação da Amostragem de Água e Matrizes Ambientais, estabelece o conteúdo mínimo de um plano de amostragem.
• Finalidade do ensaio.• Especificações do cliente (legal, segurança e etc).• Definição da qualidade dos resultados a serem
produzidos pelo laboratório (LD’s, LQ’s, exatidão esperada, estimativa da incerteza e etc).
• Definição e justificativa dos locais de amostragem.• Definição da equipe envolvida nas atividades.
Plano da Amostragem
• Programa de garantida da qualidade da amostragem (brancos e duplicatas).
• Informações sobre os preservantes e a água utilizada para os controles de qualidade.
• Métodos analíticos exigidos.• Equipamentos e métodos de coleta.• Informações sobre o armazenamento e transporte de
amostras.• Validade das amostras.• Relação de procedimentos.• Modelos de formulários a serem utilizados em campo.• Modelo de Cadeia de Custódia.
Planejamento – Opções de Investigação
• Resposta rápida (real time).• Geofísica.• Coleta de amostras para análise química em laboratório:
• solo;• água subterrânea;• outros meios:
• resíduos;• gases do solo;• sedimentos e água superficial.
TÉCNICAS DE RESPOSTA RÁPIDA
Técnicas de resposta rápida
• Soil gas survey;
• GORE Sorber screening survey;
• Kits de ensaios colorimétricos;• Kits imunoensaio;• Fluorescência a raio X (XRF);• Cromatografia em campo;• Entre outras..
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Soil Gas Survey (SGS)
• Somente para compostos voláteis ou gases (ex. metano).1. Execução de uma malha com distâncias regulares ao
longo da área de interesse.2. Cravação de uma ponteira que permite a migração de
vapores até o ponto de medição.3. Medição dos compostos voláteis no ponto.4. Resultado indica possíveis centros de massa (hot
spots).
Técnicas de resposta rápida – SGS avaliação de metano
Técnicas de resposta rápida – SGS avaliação de VOC Soil Gas Survey (SGS)
• Técnica comumente empregada.• Aumenta a quantidade de informações para definir
melhor localização dos pontos (sondagem e poços de monitoramento) na confirmatória.
• Boas respostas para gasolina, metano e alguns solventes.
• Técnica rápida e barata.
Kits Imunoensaio
• VOC, SVOC, PAH, TPH, PCB’s, pesticidas, herbicidas e mercúrio.• Teste semiquantitativo.• Baseado na reação antígeno-anticorpo.• Deve-se desenvolver uma curva de calibração da
substância de interesse (absorbância).• Aplicar o reagente na amostra de interesse e medir
absorbância. • Inserir o resultado na curva de calibração para calcular
a concentração.
Kits Imunoensaio
• Resultado em campo.• Melhor definição das amostras que devem ser enviadas
ao laboratório.• Redução de custos.• Necessita de pessoal especializado/ treinado.• Necessário ter um espaço em campo e
materiais/equipamentos apropriados.• Possui faixa de concentração limitada.
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Fluorescência de raio X
• Fluorescência de raio X em solos/ resíduos : detecção de metais e semimetais.• Avalia através da fluorescência de raio X.• Feixe de raios X retira elétrons das camadas mais
internas raios X secundários radiações são separadas detector mede faixa.
• Possui precisão.• Amostras devem estar preparadas e secas.• Redução de custos.• Necessita de pessoal especializado/ treinado.
Fluorescência de raio X
Detecção de metais em laboratório
Detecção de metais em campo
MÉTODOS GEOFÍSICOS
Métodos Geofísicos• ABNT NBR 15935 (2011) – Investigações Ambientais
Aplicação de Métodos Geofísicos.• Baixo conhecimento prévio da área.• Pode-se tornar necessário durante ou após a Inv.
Confirmatória.• Avaliação de fontes enterradas.• Avaliação da presença de fontes orgânicas ou
inorgânicas enterradas.• Contato solo/rocha ou avaliação falhas/fraturas.
Métodos Geofísicos
Fonte: ABNT NBR 15515-2 (2011)
Métodos Geofísicos
Pequeno conhecimento sobre estruturas enterradas na área eocorrência de fase residual durante a Investigação Confirmatória.
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Métodos Geofísicos
Resultado da Geofísica indicou a existência de diversasestruturas enterradas.
Métodos Geofísicos
Resultado da avaliação geofísica com a técnica georadar -áreas com ocorrência de produto (fase residual)
COLETA DE SOLO
Coleta de Solo• ABNT NBR 15492 (2007) – Sondagem de
reconhecimento para fins de qualidade ambiental –Procedimento.
• Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1990).
• Decisão de Diretoria nº 103/2007.• Decisão de Diretoria nº 263/2009.
Coleta de Solo• Conhecimento prévio das características geológicas da
região.• Conhecimento prévio das dimensões das áreas fontes.• Definição do método de perfuração.• Definição do plano de amostragem (pontos de sondagem,
profundidade de coleta e parâmetros a serem analisados).
• Execução do campo.• Preparo da amostra.• Interpretação dos dados coletados em campo.• Avaliação das incertezas.
Conhecimento Prévio sobre a Geologia
Quais dados a respeito da geologia precisamos para um estudo de Investigação Ambiental ?
Unidades geológicas envolvidas, principais características, gênese e localização .
Modelo geológico conceitual
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Mapas Geológicos, Topográficos e Hidrogeológicos
� Principais bibliotecas (cópia física e digital):� USP (http://www.usp.br/sibi);� IGC/USP (http://mapoteca.igc.usp.br);� Instituto Geológico http://www.igeologico.sp.gov.br);� EMPLASA (http://www.emplasa.sp.gov.br);� CPRM (http://geobank.sa.cprm.gov.br);� CETESB (http://www.cetesb.sp.gov.br/);� DNPM http://www.dnpm.gov.br/;� Universidade Federais e Unicamp.
Geologia/Hidrogeologia• Principais Mapas geológicos - Brasil/São Paulo:
� Mapa Geológico do Brasil, CPRM 1:1.000.000;� Mapa Geológico do Estado de São Paulo, CPRM 1:
250.000� Mapa Geológico do Município de São Paulo, IPT
1:100.000,• Principais Mapas hidrogeológicos - Brasil/São Paulo:
� Mapa de águas subterrâneas do Estado de São Paulo, 1:1.000.000;
� Mapa Hidrogeológico do Nordeste, SUDENE 1:500.000;
� Mapa Hidrogeológico de Presidente e Marília 1:500.000 entre outros;
Geologia do Brasil Geologia• Exemplo: Folha SF-23
• Informações a serem extraídas dos mapas geológicos regionais.
Conhecimento Prévio da Área Fonte
• Dimensões;• Topografia;• Exigências de saúde e segurança;• Espessura do piso;• Conhecimento das estruturas enterradas;• Autorização de perfuração em cada área.
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Equipamentos e Métodos
Fonte: ABNT NBR 15492 (2007)
Equipamentos e Métodos
Fonte: ABNT NBR 15492 (2007)
Equipamentos e Métodos
Perfuratriz GEOPROBE
Trado Manual
Trado mecanizado
Sonda rotativa
Localização dos Pontos de Coleta de Solo
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Design de Amostragem
Tipos principais: Probabilística• Distribuição aleatória simples
ou estratificada, sem julgamento profissional.
• Permite calcular a incerteza, fazer deduções estatísticas e usar critérios de erro na decisão.
• É mais difícil localizar os pontos.
• Depende de um modelo conceitual consistente.
• Maior custo. Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB
(1999)
Design de Amostragem
Tipos principais: Sistemática• Coleta de amostras ao
longo de tempo ou padrão específico.
• Identificar padrões;• Primeiro ponto aleatório, o
restante segue o padrão pré-determinado;
• Não existe informação sobre a população;
• Identificar hot spot’s ou dimensões de um hot spot.
Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1999)
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Design de Amostragem
Tipos principais: direcionada ou por julgamento profissional.
• Depende da experiência e conhecimento.
• Não permite a realização de estimativas precisas.
• Depende do julgamento pessoal para interpretação.
• Mais barata e mais eficiente se tiver um bom modelo conceitual.
• Fácil de ser implementada e justificada. Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas
Contaminadas, CETESB (1999)
Design de AmostragemTipos principais: ranqueada.• Combina aleatória simples
com julgamento profissional e resultados de técnicas rápidas.
• Aumenta a representatividade das amostras.
• Ideal quando é necessária uma boa estimativa da média.
• Avaliar se o custo em laboratório é maior do que os custos das medições em campo e julgamento profissional. Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas
Contaminadas (CETESB, 2012).
Design de Planejamento de Amostragem
Multi-incremento
• http://www.itrcweb.org/
Design de Planejamento de Amostragem
Multi-incremento:• Controlar a heterogeneidade em pequena escala com um
menor custo.• Múltiplas subamostras contribuem para formar uma que será
analisada.• Vantagem quando é importante conhecer a média das
concentrações.• Não deve ser utilizada para mapeamento.• Avaliar se os custos das análises serão maiores do que o
custo da obtenção da amostra.• Não é vantajosa se existente técnicas de medições in situ.• Pode ser feita para validar encerramento de remediação
(escavação).
Design de Planejamento de Amostragem
Multi-incremento:• Divisão da área em Unidades de Decisão (UD).
• UD = área onde as amostras serão coletadas e uma decisão será tomada a respeito da necessidade de intervenção.
• Coletar no mínimo 30 incrementos por UD (Alaska, Hawai e ITRC).
• Importante que a coleta e análise não seja tendenciosa. Para isto toda a UD deverá ser coletada de forma aleatória.
• Forma tendenciosa somente em uma área onde ocorrem indícios claros de contaminação.
• Preparar a amostra através da homogeneização – necessário validar.
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Design de Planejamento de Amostragem
Multi-incremento:
• Critérios para seleção de UD:• MCE atuais e futuros.• Risco e substâncias químicas de interesse.• Conhecimento das fontes primárias.• Características físicas.• Informações históricas.• Dados de estudos de investigação ambiental
anteriores.
Definição de Unidades de Decisão
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Distribuição de coleta em Unidades de Decisão
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Definição do desing
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
I.C.
Definição do desing
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
I.C.
Número de Amostras de Solo
• Tamanho da área investigada
• Informações prévias disponíveis
• Hipótese de distribuição espacial da contaminação
• Uso de programas estatísticos
• Conhecimento do hot spots
• Orçamento• Grau de confiança
requerido
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Para fontes conhecidas:
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Profundidade de Coleta de Solo
Fonte: ABNT NBR 15515-2 (2011)
Profundidade de Coleta de Solo• Considerar o tipo de contaminante:
• Baixa solubilidade e alta viscosidade, por ex. PCB –amostra superficial ou logo abaixo da fonte.
• Contaminantes inorgânicos – amostra superficial ou logo abaixo da fonte.
• Contaminantes orgânicos de solubilidade média a alta, viscosidade média a baixa – avaliar a litologia (argila maior absorção), maior concentração de VOC, localização da fonte e na ausência dos dados anteriores, coletar próximo a franja capilar.
Determinação dos parâmetros a serem avaliados• A lista dos contaminantes de interesse deve ser obtida
através da Avaliação Preliminar.• Considerar matérias-primas utilizadas em cada área
potencial ou suspeita de contaminação.• Em geral substâncias que possuam valores orientadores
definidos.• Em caso de incertezas lista CETESB (VOC, SVOC, TPH,
Pesticidas, Metais e outros pertinentes).
Determinação dos Parâmetros a Serem Avaliados
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Determinação dos Parâmetros a Serem Avaliados
Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1999)
Coleta e preparo das amostras• Metais, semi-voláteis e etc: trados manuais e
mecanizados, pás, amostradores tubulares, direct push;• Substâncias voláteis: uso de liners em sondas tubulares.
Trados somente quando as condições de campo impedirem.• Método comum de amostragem de VOC, pode perder
até 90% dos voláteis.
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Coleta e preparo das amostras Coleta e preparo das amostras
Coleta e preparo de amostras de solo
• Método ideal de preparo de amostras SVOC e Metais:1. Peneirar as amostras em campo com peneira de 2
mm.2. Colocar em um recipiente de plástico e espalhar a
amostra.3. Dividir em 4 partes iguais, coletando amostra de cada
uma das partes até que obter o volume necessário.4. Colocar no frasco do laboratório e identificá-lo com os
dados do ponto, profundidade, data e responsável.
Coleta e preparo de amostras de solo
• Método ideal de preparo de amostras VOC:• Do ponto selecionado do liner, retirar a alíquota
desejada.• Colocar em um frasco pesado previamente contendo
metanol (relação de 1/1 até 10/1).• Pesar novamente e enviar ao laboratório.• Exige uma estrutura para preparo da amostra em
campo.• Opção: utilizar o EnCore TM2 (Em Chem, Inc.).
• Combinar com o laboratório previamente.
Registros das Perfurações/ Coletas de Solo• Formulário deve conter no mínimo:
• Data, equipe e responsáveis.• Metodologia e equipamentos utilizados.• Volumes e tipos de fluidos (quando utilizados).• Unidades geológicas perfuradas.• Condições climáticas.• Descrição e distribuição litológica.• Profundidade do nível de água.
Descrição Litológica• Deve conter no mínimo, segundo NBR 15492:
• Cor (Musell Soil Color Charts);• Textura (areia, silte, argila e frações grosseiras);• Consistência (NBR 6484:2001);• Nódulos e concreções minerais (quantidade, tamanho,
dureza, forma, cor e natureza);• Presença de carbonatos (adição de HCl 10%) e
manganês (adição de H2O2 20%): ligeira, forte e violenta;
• Coesão (moderadamente e fortemente);• Estruturas da amostra (fraturamento, foliação, grau de
intemperismo, estratificação, entre outras).
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Importância das Cores
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Classificação das texturas• Textura (tamanho das partículas):
� Argila: inferior a 0,005 mm (plasticidade),� Silte: entre 0,005 mm e 0,05 mm (tato sedoso)� Areia fina: entre 0,05 mm e 0,42 mm (visível a olho
nú) ,� Areia média: entre 0,42 mm e 2,0 mm,� Areia grossa: entre 2,0 mm e 4,8 mm,� Pedregulho: entre 4,8 mm e 76 mm,� Cascalho: entre 2 mm e 2 cm,� Calhão: entre 2 cm e 20 cm,� Matacão: maior que 20 cm.
Principais escalas granulométricas: MIT, USBS, ABNT (ABNT, 1980b e 6502
Classificação das texturas
Fonte: Applied Hydrogeology. Fetter, C.W. (2001).
Registros das Perfurações/ Coletas de Solo• Formulário deve conter no mínimo:
• Recuperação da amostra.• Indícios de contaminação.• Registro das leituras e medições de campo (VOC).• Dificuldades encontradas.• Localização da sondagem (AS-01, jusante do tanque).• Coordenadas em UTM ( referência do datum utilizado).
Indícios de ContaminaçãoCor, odor, presença de resíduos, presença de fase residual, leitura de
VOC e etc.
Exemplo de Ficha de Sondagem
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Descontaminação dos Equipamentos
• Segundo ABNT NBR 15492:2007 - Todas ferramentas e equipamentos que estão em contato com a amostra a ser coletada que não sejam descartáveis devem ser descontaminados entre as amostragens e perfurações em uma mesma área ou entre áreas distintas.
Descontaminação dos Equipamentos• Procedimento mínimo:
• Remoção do solo aderido com espátulas ou escovas.• Lavar as ferramentas e equipamentos com solução de
água limpa e detergente alcalino não fosfatado (alta pressão).
• Enxaguar cuidadosamente com água limpa.• Enxaguar cuidadosamente com água destilada.• Secar as ferramentas e equipamentos com material
inerte ou naturalmente.• Armazenar em local limpo.
COLETA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
Amostragem de Água Subterrânea
• ABNT NBR 15495-1 (2007) – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte 1: Projeto e construção.
• ABNT NBR 15495-2 (2008) – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte 2: Desenvolvimento.
Amostragem de Água Subterrânea
• ABNT NBR 15847 (2010) – Amostragem de água subterrânea em poços de monitoramento – Métodos de purga.
• Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1990).
• Decisão de Diretoria nº 103/2007.• Decisão de Diretoria nº 263/2009.
Amostragem de Água Subterrânea
• As amostras de água subterrânea podem ser coletadas através de:• Poços de monitoramento definitivos (mais usual).• Poços provisórios.• Direct push.• Sistema BAT.
• Em qualquer uma das técnicas é fundamental ter o Modelo Conceitual da área.
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Instalação de Poços de Monitoramento Definitivos• Localização:
• A jusante das fontes primárias identificadas.• Evitar locar os poços em locais com significativa
variação do nível de água.• Avaliar sentido de fluxo da água subterrânea
(topografia, drenagens e etc).• Considerar a possibilidade de existência de outras
fontes de contaminação, fora da área.• Avaliar possíveis influências antropogênicas (poços de
bombeamento, obras, vazamento de tubulações e etc.).
Instalação de Poços de Monitoramento Definitivos• Materiais:
• Água de uso – preparo das caldas, limpeza dos tubos e etc.
• Tubo filtro (filtro curto/ filtro longo).• Pré-filtro primário – depende do tamanho dos grãos.• Tubo de revestimento.• Reservatório de sedimentos.• Tubo de revestimento do furo.• Selo anular.• Pré-filtro secundário.• Acabamento/ Proteção sanitária.
Perfil Construtivo do Poço
Fonte: ABNT NBR 15495-1 (2007).
Posicionamento da Seção Filtrante• Considerar:
• Possibilidade de ocorrência de fase livre (LNAPL).• Características do contaminante.• Litologia – cuidado para não posicionar entre duas
litologias ou entre dois tipos de aquíferos.
Comprimento da Seção Filtrante• Instalação de filtro curto, com comprimento máximo de
2,0 metros:• Para os casos de complexidade geológica.• Caracterização mais precisa da contaminação.
• Instalação de filtro superior a 2,0 metros:• Litologia relativamente homogênea.• Distribuição vertical homogênea.• Ausência de fluxo vertical.• Objetivos específicos de amostragem.
Comprimento da Seção Filtrante• Filtros com comprimento superior a 3,0m:
• Podem conduzir a contaminação para zonas previamente isentas de contaminação.
• Podem resultar em amostras com concentrações inferiores à da pluma interceptada.
• Podem resultar em valores de condutividade hidráulica e cargas hidráulicas médias – não são resultados representativos da área.
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Posicionamento da Seção FiltrantePoços com seção filtrante no
aquífero suspenso e aquífero raso Poços com seção filtrante longa (8,0m)
Riscos de um posicionamento inadequado da seção filtrante
• Resultado da confirmatória: não existe contaminação!!!
Fonte: Técnicas de Investigação de Áreas Contaminadas (CETESB, 2012).
Definição e Instalação do Pré-filtro• Procedimento da norma: conhecimento prévio da granulometria
da área de interesse da seção filtrante para definição do pré-filtro.
• Na prática:
• 30 e 60 cm acima do topo do filtro;• Ideal 30 cm para evitar aumentar a zona de captação do poço;• Atenção para o desenvolvimento primário.
Definição e Instalação Selo Anular• Função: impedir a migração de água ou contaminantes
no espaço anelar, isolar zonas de amostragem, impedir infiltração de água de chuva, proteção física e atuar como elemento estrutural.
• Pode ser:• Bentonita: seca (pellets ou grãos) ou grout (pó),• Cimento: grout (água + cimento)
• Em geral de 1 a 2h de cura. EUA considera 48 h de cura.
Acabamento/ Proteção Sanitária
• Dispositivo instalado na porção superior do poço, com a finalidade de isolar e proteger o tubo de revestimento.
• 30 cm de comprimento, sendo que 10 cm deve penetrar na camada de preenchimento do furo.
• Diâmetro interno entre 100 e 150 mm.• Ideal que seja instalado acima da superfície.• Identificar o poço.• Colocar lacre ou cadeado.
Material de instalação dos poços
• Novos.• Inertes.• Limpos (lavados e secos).• Protegidos contra contaminação cruzada.• Isentos de contaminação.
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Registro de construção do poço de monitoramento
• Data e hora de início e conclusão da instalação.• Identificação do poço e coordenadas.• Método de perfuração/ sondagem.• Diâmetros (perfuração e revestimento).• Profundidade do furo e do poço.• Tubos filtro e revestimento: material, comprimento e detalhes das ranhuras (tipo e abertura).
• Pré-filtro: profundidade, comprimento, tamanho do grão, método de posicionamento.
Registro de construção do poço de monitoramento
• Selo anular de bentonita: profundidade e comprimento, material, volume (calculado e real) e método de posicionamento.
• Calda de preenchimento: material, composição, profundidade, extensão, volume (calculado e real) e método de posicionamento.
• Proteção de superfície: tipo e material.• Profundidade da água subterrânea (instalação,
estabilização e após desenvolvimento).
Desenvolvimento• Melhora a capacidade do poço para gerar dados
representativos, sem desvios químicos e hidráulicos, além de minimizar o potencial de dados no equipamento a serem utilizados no monitoramento e amostragem.
• Objetivos: retificar problemas da perfuração, compactação das paredes do furo; compactação do pré-filtro, remoção de materiais finos.
Desenvolvimento
• Acomodação do pré-filtro
• Formação de pontes ao longo do pré-filtro
Fonte: ABNT NBR 15495-2 (2008)
Desenvolvimento• Desenvolvimento:
• Pré-desenvolvimento: no caso de uso de fluido durante a perfuração. Deverá ser removido 10 x o volume do fluido utilizado.
• Desenvolvimento preliminar: após a instalação do pré-filtro. Deverá ser feito lentamente até estabilização da recuperação ou redução da migração de sedimentos ;
• Desenvolvimento final: após 24 h da instalação, desenvolver até obter turbidez de 10 NTU.
Métodos de Desenvolvimento
Fonte: ABNT NBR 15495-2 (2008)
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Desenvolvimento• Para coletar amostras de água subterrânea, após o
desenvolvimento, deverá aguardar a formação entrarem equilíbrio após o desenvolvimento do poço.
• Segundo a CETESB, o tempo de espera ideal é de 2a 3 semanas.
• Para redesenvolvimento, NBR 15847:2010,recomenda 10 dias no mínimo para amostragem.
Coleta de Água Subterrânea• Métodos de purga:
• Volume determinado.• Estabilização dos parâmetros indicadores com baixa
vazão.• Purga mínima.• Amostragem passiva.
Purga completamente diferente de desenvolvimento!!!!!
Amostragem de Água SubterrâneaCRITÉRIO DE REBAIXAMENTO (Exceto purga mínima):
• Minimizar o rebaixamento do nível de água:• captação de água que não é representativa da formação ao redor
do poço,• aumento da turbidez – interferências nos resultados analíticos,• potencial perda de gases dissolvidos,• alteração no estado de oxirredução.
• Poços com seção filtrante plena: estabilização deve ocorrer no máximo a 25 cm do nível estático.
• Poços com filtro afogado: o nível de água deve estabilizar, preferencialmente, acima do topo do tubo-filtro. Caso contrário, no máximo a 25 cm abaixo do topo do tubo-filtro.
• Critérios válidos para poços que permitem bombeamento a uma vazão de 50 mL/min ou maior.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA DE VOLUME DETERMINADO
• Aplicável em poços de monitoramento queatendam o critério de rebaixamento.
• Remoção de um volume determinadoanteriormente à amostragem.
• Não é muito recomendado em função de não haverrecomendação segura quanto ao volume de água que deveser removido.
• Pesquisas indicam entre 3 e 5 vezes o volume da águapresente no poço: cálculo através de fórmula volume docilindro.
• Remoção da água deve ser lenta e cautelosa.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA DE VOLUME DETERMINADO
• Em poços com filtro afogado, a purga deve sernecessariamente iniciada a partir da superfície do nívelde água para assegurar a remoção da água estagnada.
• O monitoramento dos parâmetros físico-químicos (pH,temperatura, potencial de oxirredução, oxigêniodissolvido e condutividade elétrica), antes e depois doprocedimento da purga – ideal introdução dosequipamentos no poço.
• Vazão de preenchimento dos frascos nunca deverá sersuperior a 250 mL/min para substâncias orgânicas e500mL/min para substâncias inorgânicas.
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Amostragem de Água SubterrâneaPURGA DE VOLUME DETERMINADO
• Vantagens:a) pode ser usado com praticamente todos os tipos de
bombas ou equipamentos de amostragem por captura;b) não requer medições químicas para que se determine
se a purga já está completa;c) não requer controle contínuo dos parâmetros físico-
químicos para eu se determine se a purga já estácompleta.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA DE VOLUME DETERMINADO
• Limitações:a) gera um volume maior de água potencialmente
contaminada – custos de destinação;b) não é aplicável em meios com baixa condutividade
hidráulica;c) não leva em consideração as características da água
produzida, limita a rastreabilidade e avaliação darepresentatividade da amostra.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA COM BAIXA VAZÃO• Considera as características geoquímicas da água para
determinar a finalização da purga.• As taxas de bombeamento devem ocorrer ente 50 mL/min
e 1000mL/min, seguindo os mesmos critérios derebaixamento já estabelecidos. Comum entre 250-500mL/min.
• A bomba deve ser posicionada no meio da seção filtrante.• Deve ser usada uma célula de fluxo –evitar o contato da água com o ambienteexterno.
Amostragem de Água Subterrânea
PURGA COM BAIXA VAZÃO
• Primeira leitura deve ser realizada após a passagem dovolume do sistema do sistema (bomba + tubulação +célula de fluxo).
• A frequência das leituras deve ser baseada no tempo pararenovar pelo menos o volume da célula de fluxo ou nomínimo a cada 3 minutos (o que for maior).
• Fundamental que os equipamentos estejam calibrados e sejam verificados antes da coleta com as soluções padrão.
• Deixar os equipamentos na sombra durante a coleta –interferência das condições ambientais.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA COM BAIXA VAZÃO
• Devem ser monitorados os parâmetros físico-químicos eefetuada a coleta, quando três monitoramentos consecutivosindicarem oscilação dentro das seguintes faixas:�pH: +/- 0,2 unidade�Temperatura: +/- 0,5 ºC�Condutividade elétrica: +/- 5% das leituras�Oxigênio dissolvido: +/- 10% das leituras ou +/- 0,2 mg/L, o
que for maior�Potencial de oxirredução: +/- 20 mV
• Não existem critérios para a turbidez na norma, mas éimportante seu acompanhamento durante a coleta.Recomenda-se antes da purga e após a estabilização.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA COM BAIXA VAZÃO
• Vantagens:a) critério de finalização da purga é definido poço a poço e
baseado na qualidade da água subterrânea captada;b) minimiza o volume de purga – reduz riscos e custos
com destinação;c) possibilita a coleta de amostras com turbidez reduzida
e minimiza a mobilização de material coloidal;d) reduz a aeração e a possibilidade de mistura de
camadas.e) maior rastreabilidade.
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Amostragem de Água SubterrâneaPURGA COM BAIXA VAZÃO
• Vantagens:a) critério de finalização da purga é definido poço a poço e
baseado na qualidade da água subterrânea captada;b) minimiza o volume de purga – reduz riscos e custos
com destinação;c) possibilita a coleta de amostras com turbidez reduzida
e minimiza a mobilização de material coloidal;d) reduz a aeração e a possibilidade de mistura de
camadas.e) maior rastreabilidade.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA COM BAIXA VAZÃO
• Limitações:a) requer a calibração periódica e a verificação dos
equipamentos em campo;b) não pode ser executado com amostradores de captura;c) Necessita de mão de obra especializada e maior
quantidade de equipamentos e instrumentação.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA MÍNIMA
• Remoção do menor volume de água possível do poçonecessário para a análise química, sem o esgotamentodo poço. Assume-se que o volume de água contida nointerior do poço é representativo da formação.
• Deve-se comprovar a impossibilidade de utilização dosmétodos aplicáveis a poços com boa capacidadehidráulica.
• Utilizar preferencialmente bombas dedicadas para evitarinterferências na dinâmica da água captada.
Amostragem de Água SubterrâneaPURGA MÍNIMA
• No posicionamento dos equipamentos deve ser evitada asuspensão de sedimento depositados no fundo do poço.
• No caso de bombeamento, a vazão de coleta, deve ser menorou igual a 100 mL/min.
• Descartado o volume do equipamento e da tubulação, ovoluma de água contido no poço segundo os critérios definidosé aquele disponível para coleta.
• O nível de água deve ser continuamente monitorado.
• Recomenda-se a utilização de limitador de fluxo entre umacampanha de amostragem e outra pode minimizar mistura daágua do poço e interações com o ar contido no poço.
Amostragem de Água SubterrâneaAMOSTRAGEM PASSIVA
• Equipamento fica posicionado no poço, por umtempo que permita uma renovação natural da água inicialmente contida na seção filtrante do poço e que a água do poço mantenha equilíbrionatural com o amostrador utilizado.• Este tempo é resultado das características do
equipamento, condições hidrogeológicas locais e as características construtivas do poço.
Amostragem de Água SubterrâneaAMOSTRAGEM PASSIVA
• Vantagens:a) não gera volume de água de purga;b) não altera a dinâmica do fluxo subterrâneo natural;c) permite em algumas situações uma caracterização
vertical da distribuição da contaminação;d) simplifica as operações durante a amostragem.e) maior rastreabilidade.
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Amostragem de Água SubterrâneaAMOSTRAGEM PASSIVA
• Limitações:a) flutuações do nível de água durante o período que o
amostrador permanece no poço pode alterar o resultado;b) deve ser utilizado amostrador específico de acordo com os
objetivos da amostragem e das substâncias-alvo;
c) requer conhecimento prévio do comportamentohidrogeológico do aquífero;
d) requer tempo de equilíbrio – pode ser longo;e) deve ser feita uma comparação com outras técnicas para
demonstrar a aplicabilidade do método.
Amostragem de Água SubterrâneaSistema BAT
• Não necessita de instalação dos poços de monitoramento;
• Amostras são coletadas durante na perfuração;• No equipamento de perfuração é instalado um coletor
que contém filtro e um vial (150 mL). Na profundidade escolhida, é realizada a coleta.
• O vial é enviado diretamente para o laboratório, este método permite uma análise quantitativa. Combinar previamente com o laboratório.
• As características hidrogeológicas, podem provar perda de voláteis e até mesmo inviabilizar a técnica.
COLETA DE OUTROS MEIOS
Amostragem de resíduos• Coletar caso na Avaliação Preliminar, seja identificada
alguma área que teve resíduo enterrado ou durante as perfurações encontre resíduo.
• Seguir procedimento da ABNT série NBR 10004, especificamente NBR 10007 (2004).
• Muitas vezes para destinação são necessários acrescentar outros parâmetros na massa bruta.
• Importante ter o conhecimento do resíduo nesta etapa –enterrar resíduos é uma não conformidade legal.
Amostragem de gases do solo• Ação emergencial!• Coletar caso na Avaliação Preliminar, seja identificada
que em alguma área fechada, pode ter algum receptor em risco devido algum acidente ou evidência real de contaminação de compostos voláteis ou gases.
• Seguir ITRC, EPA ou orientação técnica da Agência Ambiental. Instalação do ponto de medição de gases do solo.
• Análise segundo TO-14 ou TO-17 (Brasil).• Resultado deve ser avaliado com cautela – podem
ocorrer muitas interferências para os dados coletados.• Comparação com os valores orientadores da EPA, até
que definidos padrões para o Brasil. • Minas Gerais em andamento – Avaliação de Risco.
Amostragem de gases do solo
• Exemplo de poço • Exemplo do canisterpara a coleta (TO-17)
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Amostragem de água superficial• Em geral coleta-se pelo menos um ponto à montante, um
à jusante de cada área fonte ou zona de potencialdescarga de pluma e um ponto no limite na unidade.
• Pode ser necessário coletar amostras da zona ripária,zona de inundação do corpo d’água, contendo água, soloe vegetação.
• Coleta pode ser realizada através de váriosequipamentos: balde de aço inox, coletor com braçoretrátil, batiscafo, garrafas de van Dorn e etc.
• Comparação com a Resolução CONAMA Nº 357, 2005.
Amostragem de sedimentos• Em geral coleta-se os mesmos pontos coletados na água
superficial.
• As coletas podem ser feitas com amostradores de fundo,pegador de Ekman-birge ou até sondagens.
• Comparação com a Resolução CONAMA nº 454, 2012.Esta resolução apresenta valores de referência paramateriais que serão dragados, mas pode ser utilizadapara avaliação da qualidade dos sedimentos e potenciaisriscos também.
Amostradores de água e sedimentos
Pegador Ekman-Birge
Garrafa de van DornColetor com braço retrátil
Batiscafo
Fonte: Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras (ANA, 2011)
Informações do relatório de amostragem
• Deverá conter no mínimoa) Dados sobre o perfil construtivo do poço.b) Identificação do local (nome e endereço).c) Identificação do ponto/poço.d) Nome dos membros da equipe de amostragem.e) Registro dos dados das condições climáticas.f) Registro do uso de produtos que possam interferir nos
resultados (protetor solar, repelente e etc.).g) Dados de calibração (identificação, data da última
calibração).h) Integridade do ponto de coleta.
Informações do relatório de amostragem
• Deverá conter no mínimoi) Integridade do ponto de coleta.j) Observações efetuadas em campo das condições
ambientais e da aparência da água antes e após a purga.
k) Descrição dos procedimentos de descontaminação dos equipamentos.
l) Medição e anotação do nível de água antes da purga e a da medição. Registrar caso ocorra fase livre (espessura, aspecto e etc). Anotar a variação do nível de água durante a purga.
m) Citação do método e dos equipamentos utilizados para purga.
Informações do relatório de amostragem
• Deverá conter no mínimon) Vazão de purga na estabilização e volume de água purgada.o) Registro das medições dos parâmetros indicadores e do tempo necessário até atingir a estabilização.p) Descrição do manuseio e destinação da água purgada.q) Equipamentos utilizados, métodos de coleta, manuseio e preservação das amostras coletadas.
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ANÁLISES QUÍMICAS, FÍSICAS E BIOLÓGICAS
Controles de qualidade - Consultoria• Seleção de laboratório: interlaboratorial – procedimento
interno.• Branco de equipamento: amostra coletada da lavagem do
equipamento de amostragem (último enxague com água).Realizar uma amostra a cada conjunto de 20 amostras deágua coletadas.
• Branco de campo: frasco contendo água destilada aexposição ao ambiente durante um período deamostragem. Um branco por campanha ou fonte deinterferência, por exemplo, uma área de abastecimentocom compostos voláteis.
Controles de qualidade - Consultoria• Branco de temperatura: frasco contendo água fornecida
pelo laboratório para avaliar se as amostras foramdevidamente resfriadas. Deve ser colocado um branco detemperatura em cada contêiner de amostras.
• Branco de viagem: frasco contendo água destilada,transportada do laboratório até o local de amostragem etransportada de volta à origem sem ter sido exposta aosprocedimentos de amostragem para análise de VOC.Recomenda-se um branco por contêiner.
• Replicatas: a mesma amostra de água é duplicada eidentificada sem que o laboratório saiba. Tem a função deavaliar a precisão dos resultados do laboratório ou entrelaboratórios.
Preparo e envio das amostras• Manter as amostras refrigeradas, em geral com
temperatura de +/- 4ºC, para evitar as mudanças físicase/ou químicas que podem ocorrer a partir do momento dacoleta.
• Identificação e proteção adequada.• Armazenamento em caixa térmica adequada.• Filtragem para determinadas análises: alcalinidade,
metais dissolvidos, PCB’s e bactérias.• Atenção a filtragem de 0,45 µ - defendido pela EPA. Filtro
microbiológico, não elimina as partículas de metais –poço com instalação inadequada.
• Entrega de amostras no laboratório: 72 horas (CETESB).
Informações sobre armazenamento e preservação de amostras
Fonte: Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras (ANA, 2011)
Check lists e Cadeia de Custódia• Check list de recebimento: item obrigatório, indica as
condições de entrega das amostras quanto a preservação, integridade, temperatura, identificação, frascos apropriados e etc.
• Cadeia de Custódia: item obrigatório, registra o caminho da amostras desde a coleta até o momento da análise, indicando os responsáveis. Devem conter no mínimo:a) Identificação do nome e endereço da área.
b) Empresa responsável pela coleta.
c) Identificação e assinatura do técnico coletor e quem recebeu as amostras.
d) Identificação da amostra.
e) Identificação da matriz a ser analisada.
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Check lists e Cadeia de Custódia
f) Identificação das análises químicas a serem realizadas.
h)Quantidade e tipo de frascos utilizados por amostra.
i) Especificação dos conservantes eventualmente utilizados.
j) Data e horário de amostragem.
k)Data e horário de entrega ao laboratório.
Laboratórios e Laudos Analíticos
• Laboratórios acreditados na norma ABNT NBR ISO IEC 17025;
• Métodos já reconhecidos e divulgados (Standard Methods, EPA) ou métodos validados pelos laboratórios.
• Laboratórios devem reportar a data da extração e da análise nos laudos.
• Caso o laboratório tenha que subcontratar a análise, esta informação deverá ser comunicada previamente e reportada no laudo.
• As análises devem ser realizadas dentro dos prazos estabelecidos nos métodos analíticos – consultar lista laboratórios.
Laboratórios e Laudos Analíticos
• Os laboratórios deverão possuir controles de qualidade internos tais como:4. Surrorgate: adição de uma quantidade conhecida de
uma substância que exibe um comportamentocromatográfico similar ao dos elementos que estãosendo analisados, mas que certamente não estápresente nas amostras que estão sendo processadas.Sua determinação é feita juntamente com osparâmetros restantes (alvos da análise) e o resultadoobtido é expresso em porcentagem de recuperação. Oresultado obtido é uma indicação de qual fração docomposto existente está sendo determinada pelaanálise (exatidão).
Laboratórios e Laudos Analíticos
• Os laboratórios deverão possuir controles de qualidade internos tais como:1. Branco fortificado (branco spike): é um branco do método
contendo todos os mesmos reagentes e preservantes como as amostras uma concentração conhecida do analito é adicionada –mínimo a cada 20 amostras.
2. Matriz fortificada (matriz spike): é uma porção adicional de uma amostra na qual, antes de seu processamento, são adicionadas quantidades conhecidas dos analitos de interesse. Avalia a recuperação do método em uma matriz – mínimo a cada 20 amostras.
3. Branco do método: avalia a contribuição dos reagentes e das etapas de preparação analítica – mínimo a cada 20 amostras.
Laboratórios e Laudos Analíticos
• Os laudos deverão apresentar os resultados dos controles de qualidade utilizados.
• Os limites de quantificação devem atender os valores orientadores da CETESB, e na ausência destes Lista Holandesa ou EPA.• Limite de detecção: é a menor quantidade que pode ser detectada,
com um nível de confiança estabelecido pelo instrumento de análise.
• Limite de quantificação: o menor valor que consegue ser medido no instrumento e no método escolhido.
• Na impossibilidade de atingir o LQ, o laboratório deverá apresentar a justificativa.
• Laboratório deve informar diluição, fator utilizado.
Laboratórios e Laudos Analíticos
• No caso de amostras de solo, deverá conter a informaçãose a análise foi conduzida na base úmida ou seca e,neste último caso, o teor de umidade da amostra.
• O laudo deverá conter os resultados de incerteza demedição para cada parâmetro, cujo resultado estejapróximo (+/- 20%) ao valor de investigação do CONAMAou outro valor estabelecido pelo órgão ambientalcompetente. Resultado pode ser importante para umaInvestigação Confirmatória.
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Elaboração do Plano de InvestigaçãoClassificação Área
Potenciais Fontes primárias
Potenciais Contaminantes
Vias de transporte
Sondagens (Quantidade, Profundidade)
Poços de Monitoramento (Quantidade, Profundidade)
OutrosParâmetros (solo, água e
outros)
AS-01
Área onde no passado ocorreu a disposição de resíduos gerados no processo produtivo (comprovado
com foto área)
disposição de resíduosmetais, óleos, combustíveis e
solventes
Solo, água subterrânea e ar
AP-01Prédio dos compressores e
caldeira
vazamento de óleo dos compressores ou
caldeiraóleos e combustíveis
solo e água subterrânea
AP-02 Manutenção de peças
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos
e veículos.
óleos e solventessolo e água subterrânea
AP-03
Antiga área de armazenamento de resíduos perigosos no interior do
prédio da linha A
Armazenamento de resíduo perigoso
metais, óleos, combustíveis e
solventes
solo e água subterrânea
AP-04
Área dos antigos tanques de óleo BPF, casa de bombas e tanque
enterrado de óleo diesel
Tanques de óleo aéreo e tanque enterrado de
óleo BPF (desativados).
óleos e combustíveisSolo e água subterrânea
AP-05
Atual estacionamento de veículos (antigo prédio de manutenção das
máquinas)
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos
e veículos.
óleos e solventesSolo e água subterrânea
AP-06 Cabine elétrica desativadavazamento ou descarte
incorreto de óleoóleo e ascarel
Solo e água subterrânea
AP-07 Área de Tancagem
Tanques de óleo BPF, tanque de óleo diesel (desativado) e tanque
de lixívia (em desativação), antigo aterro de resíduo da
produção.
óleos, combustíveis, ácidos, metais e
solventes
Solo e água subterrânea; ar
AP-08 Antigo posto de abastecimentoBomba e tanque de
óleo diesel (desativados).
óleos e combustíveisSolo e água
subterrânea; ar
Elaboração do Plano de Investigação
AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS
Avaliação dos dados• Geologia:
• Perfil litológico de cada poço x geologia regional.
• Características geológicas relacionadas com a contaminação, presença de aterro, camadas selantes e etc.
• Hidrologia e Hidrogeologia Regional e Local:• Corpos d’água próximos.
• Classificação conforme CONAMA nº 357.
• Se necessário levantamento dos usos outorgados no DAEE.
• Levantamento do uso de água subterrânea no DAEE.
• Sentido do fluxo da água subterrânea – mapa potenciométrico.
Interpretação dos dados – Mapa Geológico
Interpretação dos dados – Perfis Construtivos
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Interpretação dos dados - Hidrologia Interpretação dos dados – Mapa potenciométrico
• Interpolação das cargas hidráulicas.Carga hidráulica (m) = cota (m) – nível de água (m).
• Cota deve ser obtida em levantamento planialtimétrico. Levantamento com coordenadas geográficas georreferenciadas.
• Recomenda-se que o nível de água seja obtido em uma única data e não utilizado o nível de água da amostragem (diferença de dias).
• Para elaborar o mapa potenciométrico deve-se colocar todas as cargas hidráulicas calculadas em cada poço em uma planta.
Interpretação dos dados – Mapa potenciométrico
• Através da interpolação, calcular as linhas equipotenciais do mapa.
• O cálculo pode ser feito manualmente ou através de planilhas.
• Após desenhadas todas as linhas, determinar o sentido de fluxo que será sempre perpendicular a cada linha, partindo da carga hidráulica maior para a menor.
• Não recomenda-se o uso de software para elaboração dos mapas potenciométrico, a menos que após elaboração seja feita uma revisão com base na experiência profissional.
Interpretação dos dados – Mapa potenciométrico
Interpretação dos dados – Mapa potenciométrico (exercício)
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Interpretação dos dados – Físico-Químicos
• Avaliar os valores obtidos nos resultados físico-químicos:• Identificar valores anômalos de pH – meio ácido ou
básico, relação com as áreas fontes, potencial delixiviação, entre outros.
• Identificar valores anômalos de OD – valores muitobaixos, indicam consumo devido a biodegradaçãoaeróbia, presença de matéria orgânica oucontaminantes orgânicos, entre outros.
• Avaliar valores de potencial de oxirredução –indicação de ambiente redutor ou oxidante(influência pH e oxigênio dissolvido).
Interpretação dos dados – Físico-Químicos
• Avaliar os valores obtidos nos resultados físico-químicos:• Identificar valores de condutividade elétrica: valores
anômalos, podem indicar presença de sais/íons dissolvidos.
• Avaliar valores de turbidez: valores elevados podem influenciar na presença de metais e outras análises. Necessidade de novo desenvolvimento do poço e recoleta, ou até mesmo reinstalação.
Interpretação dos dados – Fase Livre• Caso seja detectada fase livre em algum poço de
monitoramento ou produto no solo durante assondagens, esta área já é consideradaautomaticamente contaminada, sendo necessária aadoção de medidas emergências, tanto dedelimitação quanto de intervenção.
• A CETESB determinou na Decisão de Diretorianº263/2009, que a partir da data em que foi detectadafase livre na área, a mesma deverá ser eliminada emum prazo de 180 dias (6 meses).
Interpretação dos dados – Fase Livre• A delimitação da presença de produto na água
subterrânea ou no solo, se faz através da execuçãode sondagens e instalação de poços demonitoramento.
• Para a delimitação da pluma em fase livre os poçosde monitoramento devem ser instalados edesenvolvidos de acordo com as recomendações danorma ABNT NBR 15495-1 e ABNT NBR 15495-2,devendo ser instalados com seção filtrante plena,com comprimento máximo de 3 metros, sendo 1metro na zona não saturada e 2 metros na zonasaturada.
Interpretação dos dados – Fase Livre• Nos poços em que seja constatada a presença de
fase livre o desenvolvimento desses poços não deverá ser realizado.
• A determinação da presença de fase livre no interior dos poços, bem como da sua espessura, deverá ser feita por meio de equipamento de medição de interface óleo/água.
• A delimitação da pluma de contaminação em fase livre será definida quando for obtido um número suficiente de pontos-limite necessário para o seu fechamento.
Interpretação dos dados – Fase Livre
• Para a delimitação da pluma em fase livre aparente no plano horizontal deverá ser considerado que o ponto-limite da pluma em fase livre será definido na metade da distância entre um ponto de medição (poço de monitoramento) onde foi detectada a presença de fase livre e outro ponto de medição onde não foi detectada fase livre.
• Para a delimitação da pluma em fase livre aparente no plano vertical deverá ser considerado que o ponto-limite superior da pluma será obtido na cota superior do nível da fase livre medida no poço de monitoramento e o ponto-limite inferior será, de forma conservadora, a cota do nível d’água subterrânea medida no mesmo poço de monitoramento.
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Interpretação dos dados – Fase Livre
• Para a delimitação da pluma em fase livre aparente no plano horizontal deverá ser considerado que o ponto-limite da pluma em fase livre será definido na metade da distância entre um ponto de medição (poço de monitoramento) onde foi detectada a presença de fase livre e outro ponto de medição onde não foi detectada fase livre.
• Para a delimitação da pluma em fase livre aparente no plano vertical deverá ser considerado que o ponto-limite superior da pluma será obtido na cota superior do nível da fase livre medida no poço de monitoramento e o ponto-limite inferior será, de forma conservadora, a cota do nível d’água subterrânea medida no mesmo poço de monitoramento.
Interpretação dos dados – Pluma de Fase Livre
Interpretação dos dados – Fase Livre• Variação sazonal do nível d’água – influencia na
fase livre
Fonte: Relação ente a espessura real e aparente da gasolina com etanol e da gasolina pura em colunas de laboratório (Ferreira, 2003)
Interpretação dos dados – Fase Livre
• A determinação do volume de produto em fase livre em uma área é calculado pela multiplicação da área contendo fase livre pela espessura detectada.
• A espessura detectada no poço não é a espessura real.
• A ausência de franja capilar no poço, gera uma diferença de pressão que resulta no mecanismo de acumulação de produto no poço, gerando a espessura aparente que é superior a real.
N.A.Franja capilar
Interpretação dos dados – Fase Livre
N.A.Franja capilar
Fonte: Relação ente a espessura real e aparente da gasolina com etanol e da gasolina pura em colunas de laboratório (Ferreira, 2003)
Interpretação dos dados – Fase Livre• Existem diversas fórmulas para calcular as espessuras
reais de produto em um poço, em geral estas estãorelacionadas com a densidade do produto, espessura dafranja capilar, tamanho do grão do meio poroso, pressãocapilar-saturação.
• Fórmula de Pastrovich (1979) é bem utilizada, porém nãoconsidera as características geológicas da área:
N.A.
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Interpretação dos dados – Resultados Químicos
• Análise crítica dos laudos:• Observar se o resultado de alguma amostra de
controle de qualidade apresentou concentração.• Avaliar se o erro analítico da duplicata está superior
aos limites definidos como critério de aceitação. EPA indica aceitação de 30% de erro analítico.
• Checar se todos os valores orientadores foram atendidos pelo limite de quantificação do método analítico.
• Avaliar se as datas de análises atenderam aos prazos estabelecidos nos métodos analíticos adotados.
Interpretação dos dados – Resultados Químicos
• Fundamental: vincular os resultados químicos com asáreas com potencial de impacto levantadas. Apresentarmapa de resultados.
• Comparação dos resultados com os valores dereferência: órgãos responsáveis estaduais, CONAMAn° 420 e para as substâncias não listadas ListaHolandesa e EPA (nov/12).
• Segundo CONAMA n°420 todos os Estados tem até2013 para emitir a lista de valores orientadores.
Interpretação dos dados – Ex. Mapa de Resultados Interpretação dos dados
• Dados Químicos:• Na confirmatória é importante avaliar também as
concentrações acima dos valores de prevenção, limite de quantificação e a variação do erro analítico.
• Para as concentrações de metais (principalmente Ferro, Alumínio, Manganês, Cobalto e Bário) avaliar a fonte, pH x Eh, presença no solo e água subterrânea, background, turbidez, construção do poço, variação das concentrações, antes de concluir sobre se é natural ou não na área. Em geral, isso não é possível concluir nesta etapa.
Interpretação dos dadosDELIMITAÇÃO FASE RESIDUAL OU FASE DISSOLVIDA• Pode não ser possível nesta etapa de trabalho.
• Seguir critérios apresentados na DD 263/2009.
• A delimitação da pluma de contaminação em fasedissolvida deverá ser definida a partir de um númerosuficiente de pontos-limite necessários para o seufechamento e considerados como limite da pluma osvalores de intervenção (VI) definidos pela CETESB e, naausência de VI para um determinado parâmetro, o limitede detecção (LD).
Interpretação dos dados• Para realizar a delimitação da pluma em fase dissolvida
no plano horizontal deverá ser considerado que o ponto-limite da pluma deverá estar situado próximo ao ponto deamostragem de água subterrânea que apresenteconcentração da SQI abaixo de VI, a um quarto dadistância entre este e os pontos de amostragem queapresentem concentrações da SQI superior ao VI.
• A delimitação das plumas no plano vertical deverá serrealizada por meio da utilização de poços multiníveis.Deverão ser instalados no mínimo dois conjuntos depoços multiníveis dentro da área do empreendimento, aolongo do eixo longitudinal de movimentação das plumasdissolvidas determinadas no plano horizontal.
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Interpretação dos dados – Ex. Pluma Interpretação dos dados - Pluma
ATUALIZAÇÃO DO MODELO CONCEITUAL
Atualização do modelo conceitual• Sempre deverá ser atualizado ao término do estudo.
• Incluir as informações revisadas sobre os mecanismos de transportes, receptores e contaminantes encontrados.
• Deverá ser feita uma revisão sobre as vias de exposição reais e hipotéticas.
• Pode conter uma nova classificação de cada AP ou ASlevantada, já indicando a reclassificação para AI, AC, AP oudeixando de ser AP, sendo:• Área com potencial de contaminação (AP): área, terreno, local,
instalação, edificação ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades que, por suas características, apresentam maior possibilidade de acumular quantidades ou concentrações de matéria em condições que a tornem contaminada.
Atualização do modelo conceitual• Área suspeita de contaminação (AS): área, terreno, local,
instalação, edificação ou benfeitoria com indícios de ser uma áreacontaminada (AC).
• Área contaminada sob investigação (AI): área, terreno, local,instalação, edificação ou benfeitoria onde há comprovadamentecontaminação, constatada em investigação confirmatória, na qualestão sendo realizados procedimentos para determinar a extensãoda contaminação e identificar a existência de possíveis receptores,bem como paraverificar se há risco à saúde humana.
• Área contaminada (AC - CETESB) ou Área contaminada sobintervenção (ACI – CONAMA, COPAM): área, terreno, local,instalação, edificação ou benfeitoria, anteriormente classificadacomo área contaminada sob investigação (AI) na qual, após arealização de avaliação de risco, foram observadas quantidades ouconcentrações de matéria em condições que causem ou possamcausar danos à saúde humana.
Classificação Preliminar
Área Fontes primárias ContaminantesMecanismos primários de liberação potencial
Fontes secundárias
Mecanismos secundários de
liberação
Vias de transporte
ReceptoresInvestigações
RealizadasResumo dos Resultados Reclassificação
AS-01
Área onde no passado ocorreu a disposição de resíduos gerados no processo produtivo (comprovado
com foto área)
disposição de resíduos
metais, óleos, combustíveis e
solventes
infiltração no solo e escoamento superficial
solo contaminado
dispersão e lixiviação.
Solo, água subterrânea e
ar
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-01, ST-02, ST-03 e PM-01
VOC acima dos valores de intervenção na ST-01 e PM-01
AI-01
AP-01 Prédio dos compressores e caldeiravazamento de óleo dos compressores
ou caldeira
óleos e combustíveis
infiltração pelas fraturas do piso
solo contaminado, produto em fase livre
dispersãosolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
- - AP-01
AP-02 Manutenção de peças
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos e
veículos.
óleos e solventes
infiltração no solo pelas rachaduras das
tubulações ou infiltração no solo
solo contaminado, produto em fase livre
dispersãosolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
- - AP-02
AP-03
Antiga área de armazenamento de resíduos perigosos no interior do
prédio da linha A
Armazenamento de resíduo perigoso
metais, óleos, combustíveis e
solventes
Infiltração de resíduo líquido no solo
solo contaminado
dispersãosolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-06, ST-07, ST-08 e PM-02
nenhum valor acima do limite de quantificação
-
AP-04
Área dos antigos tanques de óleo BPF, casa de bombas e tanque
enterrado de óleo diesel
Tanques de óleo aéreo e tanque
enterrado de óleo BPF (desativados).
óleos e combustíveis
Vazamento de óleo e combustível no solo
solo contaminado, produto em fase livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-09, ST-10, ST-11 e PM-03
fase livre no PM-03, TPH e SVOC acima dos valores de
intervenção em todas as sondagens
AC-01
AP-05
Atual estacionamento de veículos (antigo prédio de manutenção das
máquinas)
Efluente oleoso proveniente de
manutenção/lavagem de máquinas, equipamentos e
veículos.
óleos e solventes
infiltração no solo pelas rachaduras das
tubulações ou infiltração no solo
solo contaminado dispersão
Solo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
- - AP-05
AP-06 Cabine elétrica desativadavazamento ou
descarte incorreto de óleo
óleo e ascarelinfiltração pelas fraturas
do piso
solo contaminado, produto em fase livre
dispersãoSolo e água subterrânea
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-12, ST-13, ST-14
PCB acima dos valores de intervenção AI-02
AP-07 Área de Tancagem
Tanques de óleo BPF, tanque de óleo diesel (desativado) e tanque de lixívia (em desativação), antigo aterro de resíduo da
produção.
óleos, combustíveis,
ácidos, metais e solventes
Vazamento de óleo e produtos químicos no
solo; lixiviação de metais do antigo aterro.
solo contaminado, produto em fase livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea;
ar
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-15, ST-16, ST-17, ST-18,
ST-19, PM-04 e PM-05
Metais acima dos valores de intervenção, acidez (valor anômalo de pH) na água
subterrânea
AI-03
AP-08 Antigo posto de abastecimentoBomba e tanque de
óleo diesel (desativados).
óleos e combustíveis
Vazamento de óleo e combustível no solo
solo contaminado, produto em fase livre
dispersão e lixiviação.
Solo e água subterrânea;
ar
Trabalhadores: Construção Civil e Funcionários
ST-20, ST-21, ST-22 e PM-06
fase livre no PM-06, TPH e SVOC acima dos valores de
intervenção em todas as sondagens
AC-02
Atualização do modelo conceitual – Ex.
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Conclusões
• Apresentar resumo das características geológicas e hidrogeológicas da área.
• Resultados acima dos valores de intervenção legais, por área investigada.
• Áreas que apresentaram valores abaixo da intervenção, porém devem ser novamente avaliadas em próximas etapas ou campanhas de monitoramento.
• Avaliação sobre a presença ou ausência de fase livre.
• Qualquer outra informação relevante observada no estudo.
Exemplo de Recomendações• Para resultados abaixo dos limites de quantificação:
• AS: pode ser necessário propor um monitoramento em outro período (seca/ cheia).
• AP: para áreas que ainda estejam em uso, manter como AP. Para áreas que não estão mais em uso, retirar da classificação de áreas com potencial de impacto.
Exemplo de Recomendações• Para resultados abaixo dos valores orientadores de
intervenção/ investigação (acima ou abaixo da prevenção, limite de quantificação):• AS: propor mais três campanhas de monitoramento semestral
(seca/ cheia).
• AP: pode ser necessário fazer mais um monitoramento (seca/ cheia).
Exemplo de Recomendações• Para resultados acima dos valores orientadores de
intervenção:• AS/AP: reclassificar como AI;• Delimitar tridimensionalmente através de uma investigação
detalhada.• Após o término, elaborar uma Avaliação de Risco
Toxicológico e Modelagem Matemática para verificar a necessidade de ações de intervenção.
• Em geral, já deve se recomendar pelo menos ao cliente ou qualquer outro receptor em risco real, a restrição do uso da água subterrânea do aquífero raso e uso de EPI’s.
• ATENÇÃO: a partir desta data, tem-se 5 anos para investigar, fazer as intervenções e monitorar por 2 anos (ciclos hidrogeológicos). Não depende de posicionamento da CETESB, exceto para áreas críticas.
Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Fonte: Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas, CETESB (1999)
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Gerenciamento de Áreas Contaminadas
Fonte: Decisão de Diretoria n°103 (2007)
Exemplo de Recomendações• Para presença de fase livre:
• Classificar como AC ou ACI.• Implantar as ações emergenciais.• Garantir interrupção da fonte primária.• Avaliar potenciais receptores em risco.• Monitoramento de voláteis em bueiros, galerias e etc.• Delimitar a pluma de fase livre.• Implantar uma técnica de remoção de fase livre.
• ATENÇÃO: • a partir desta data, tem-se 180 dias para delimitar e remover a fase
livre. • Não depende de posicionamento da CETESB, exceto para áreas
críticas.
Opções de remoção de fase livre: DPE (Extração de Duas Fases)
Opções de remoção de fase livre: MPE (Extração Multifásica)
Opções de remoção de fase livre (Escavação)
Exemplo de Recomendações• Para riscos reais e atuais:
• Reclassificar a área AS ou AP como AC.• Implantar ações emergenciais, por exemplo:�Isolamento da área (proibição de acesso à área).
�Ventilação/ exaustão de espaços confinados.
�Monitoramento do Índice de Explosividade.
�Remoção de Materiais (produtos, resíduos, etc.).
�Fechamento/ interdição de poços de abastecimento.
�Interdição de edificações.
�Proibição de escavações.
�Proibição de consumo de alimentos.
�Contenção do avanço das plumas de contaminação.
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CONTEÚDO MÍNIMO DO RELATÓRIO
Elaboração do Relatório• Conteúdo mínimo:
• Resumo Executivo;
• Introdução;
• Histórico;
• Objetivo e escopo;
• Limitações da metodologia adotada;
• Localização da área;
• Contexto geográfico;
Elaboração do Relatório• Conteúdo mínimo:
• Uso e ocupação do solo;
• Contexto geológico e hidrogeológico;
• Plano de amostragem;
• Descrição das atividades realizadas (sondagens, poços, amostragem, ensaios e análises) e metodologia aplicadas;
• Apresentação e discussão de informações obtidas e resultados de análises e ensaios (mapas, tabelas e etc.);
Elaboração do Relatório• Conteúdo mínimo:
• Modelo conceitual atualizado;
• Conclusões e recomendações;
• Ações necessárias para gerenciamento de risco ou monitoramento;
• Referências técnicas e bibliográficas;
• Qualificação e assinatura do profissional responsável.
Elaboração do Relatório• Anexos:
• Planta da área, indicando no mínimo a localização das atividades realizadas, as fontes investigadas, as edificações existentes e os bens a proteger;
• Registro fotográfico da investigação;
• Boletins de sondagens de solo e perfis litológicos-construtivos de poços de monitoramento;
• Boletins de amostragem de solo, águas subterrâneas ou demais meios amostrados;
• Laudos analíticos com cadeia de custódia;
Elaboração do Relatório• Anexos:
• Certificados de calibração dos instrumentos de medição em campo;
• Anotação de responsabilidade técnica (ART);
• Declaração de responsabilidade técnica (se exigido pelo orgãoambiental).
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