Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 1
A família 80C51• Organização:
– Microcontroladores versus microprocessadores– Os microcontroladores da família 80C51– Interface com o exterior– Modelo de programação– Processamento dos pedidos de interrupção– Modos de endereçamento e tipos de instruções– Exemplo: Simulação de um registo de deslocamento
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Microcontroladores (Cs) e microprocessadores (Ps)• Um microcontrolador é fundamentalmente um
componente que integra os três blocos principais na arquitectura de um computador: CPU, memória e E/S
• Entre Cs e Ps existem as seguintes diferenças:– Os Cs dispõem de E/S interna de vários tipos– Os Cs podem dispor de ROM / EPROM– Os Cs são sobretudo vocacionados para tarefas de
controlo, onde 8 bits são a solução mais comum
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Os Cs da família 80C51• A família 80C51 apresenta uma arquitectura interna
algo complexa, o que a poderia desaconselhar como veículo para a introdução a este domínio. Contudo:– Trata-se de componentes com grande uso na prática, para
os quais existe uma enorme variedade de aplicações de apoio ao projecto, comerciais ou do domínio público
– A complexidade não é tanto devida à arquitectura do CPU interno, mas mais pela necessidade de se multiplexarem muitos sinais em poucos pinos
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80C51: Arquitectura do núcleo de base
Controlo de
interrupções 4K
ROM 128
RAM
Temporizadores / Contadores
CPU
Oscilador 4 portas de
E/S paralela Porta série
TxD RxD P0 P2 P1 P3
Interrupções externas
Entradas dos contadores Endereços / dados
Interrupções internas
Sinais de controlo
(cristal exterior)
(2 T/C de 16 bits)
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Variantes dentro da família 80C51• As variantes principais que estão disponíveis nesta
família têm as seguintes características principais:Função VariantesRAM 64 bytes a 1.024 bytes(EP)ROM 0 a 32 KbytesTimers / counters 1 a 3 (16 bits)E/S paralela 2 a 7 portas (8 bits)Interfaces série RS-232C, I2C, CANInterrupções externas 1 a 10Frequência de relógio 32 KHz a 40 MHzEncapsulamento 24 a 80 pinos (DIP, LCC, QFP)
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Organização de memória• A família 80C51 distingue entre memória de programa
(MP) e memória de dados (MD):– A MP contém o programa a executar (instruções e
operandos), enquanto a MD serve apenas para dados– Uma vez que existe apenas um barramento de endereços e
um barramento de dados, a distinção entre MP e MD é feita através do sinal de leitura (MP: /PSEN, MD: /RD)
– Na MP efectuam-se apenas operações de leitura, sendo que na MD se efectuam operações de leitura e escrita
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Organização de memória (cont.)• Ainda a distinção MP / MD:
– A existência de dois tipos de memória obriga o 80C51 a ter internamente dois apontadores (PC, DP)
– A selecção do sinal de leitura apropriado (/PSEN ou /RD) é feita automaticamente pela instrução a executar
– MP e MD não são necessariamente ROM e RAM, podendo mesmo coexistir no mesmo componente de memória, e.g. uma NVRAM (de onde viria o sinal de leitura, neste caso?)
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Organização de memória (cont.)• Os recursos internos de MP e MD podem ser
complementados externamente:
(externa)
/EA=0(externa) 0000h
0FFFh
1000h
FFFFhh
/EA=1(interna)
(externa) FFFFh
(interna)
00h
FFh
/PSEN /WR/RD
Memória de programa (MP) Memória de dados (MD)
0000h
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Organização de memória (cont.)• O 80C51 inicializa a execução do programa a partir do
endereço 0 (zero), que poderá ser de MP interna ou externa, de acordo com o estado do pino /EA:– Quando /EA=0, o 80C51 começa a execução do programa
pela MP externa– Nos casos em que existe MP interna, forçar /EA=0 significa
que esta memória não deve ser considerada (no entanto, se existir MP interna, será normalmente por aí que se iniciará a execução do programa)
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Organização de memória (cont.)• Alguns aspectos importantes quanto à MD:
– Os 128 endereços superiores permitem de facto aceder a 256 posições, de acordo com o modo de endereçamento (conforme seja directo ou indirecto, como veremos adiante)
– Do total de 384 posições assim existentes, 128 correspondem aos registos de funções especiais (SFR, special function registers) (por exemplo, o DP ocupa dois destes 128 SFR)
(interna)
00h
FFh
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Interface com o exterior• Barramentos:
Porto 0 (ou barramento dedados e endereços — AD[0:7])
Porto 1
Porto 2 (ou barramento deendereços — A[8:15])
Porto 3 (ou os seguintes sinais:RxD, TxD, /INT0 e /INT1, T0 eT1, /WR e /RD)
XTAL1
XTAL2
RST
ALE-/PROG
VCC8
8
8
8/EA-VPP
/PSENVSS
+5 V
cristal
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Interface com o exterior (cont.)• Repare-se ainda que:
– O barramento de endereços é partilhado com os portos de E/S paralela 0 e 2
– O porto 0 é também partilhado com o barramento de dados
– AD[0..7]: A multiplexagem dados / endereços (oito bits menos significativos) é feita no domínio temporal (primeiro o endereço e depois os dados)
P0 / AD[0:7]
P1
P2 / A[8:15]
P3 / …
XTAL1
XTAL2
VCC8
8
8
8
+5 V
cristal
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Interface com o exterior (cont.)• Atendendo à multiplexagem temporal em AD[0..7], o
80C51 proporciona o sinal de controlo (ALE) para uma latch externa que memoriza a metade menos significativa do endereço:
AD[0:7]
A[0:7]
D[0:7]
A[8:15]
Porto 0
Porto 2
Porto 3/WR/RD
Registo
80C51 Memória
A[8:15]
ALE
8
88
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Interface com o exterior (cont.)• Barramento de controlo:
– RST (reset)– /EA-VPP– /PSEN– ALE - /PROG– /INT0 e /INT1 (entradas
de interrupção)– T0 e T1
– /WR – /RD– XTAL1 e XTAL2 (pinos
do oscilador interno)
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Configuração de pinosP1.0P1.1P1.2P1.3P1.4P1.5P1.6P1.7RST
P3.0 - RxDP3.1 - TxD
P3.2 - /INT0P3.3 - /INT1
P3.4 - T0P3.5 - T1
P3.6 - /WRP3.7 - /RD
XTAL2XTAL1
0 V
123456789
1011121314151617181920
4039383736353433323130292827262524232221
+5 VP0.0 - AD0P0.1 - AD1P0.2 - AD2P0.3 - AD3P0.4 - AD4P0.5 - AD5P0.6 - AD6P0.7 - AD7/EA - VPPALE - /PROG/PSENP2.7 - A15P2.6 - A14P2.5 - A13P2.4 - A12P2.3 - A11P2.2 - A10P2.1 - A9P2.0 - A8
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Diagramas temporais• Leitura da MP externa:
ALE
Porto 0
140 ns (mín.)
/PSEN 80 ns(máx.)
A0:A7 Instrução A0:A7
Porto 2 A8:A15 A8:A15 397 ns (máx.)
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Diagramas temporais (cont.)• Leitura da MD externa:
ALE
Porto 0
440 ns (mín.)/PSEN
A0:A7 (Riou DPL)
Instr.A0:A7 (PCL)
Porto 2 P2.0:P2.7 ou A8:A15 (do DPH) A8:A15 (PCH)
152 ns (máx.)/RD
Dados
648 ns (máx.)
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Diagramas temporais (cont.)• Escrita na MD externa:
ALE
Porto 0
440 ns (mín.)/PSEN
A0:A7 (Riou DPL)
Instr.A0:A7 (PCL)
Porto 2 P2.0:P2.7 ou A8:A15 (do DPH) A8:A15 do PCH
70 ns (mín.)/WR
Dados
AD[0:7]
A[0:7]
D[0:7]
A[8:15]
Porto 0
Porto 2
Porto 3/WR/RD
Registo
80C51 Memória
A[8:15]
ALE
8
88
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Modelo de programação• Diagrama de
blocos da arquitectura de base:
RAM EPROM
Acum.
SFR
Controlo
Reg. B
PSWIR
P0 latch P2 latch
Stack pointer
P0 drivers
Prog. counter
Data pointer
P3 latchP1 latch
P2 drivers
P1 drivers P3 drivers
ALU
8 8
8 8
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A RAM (MD) interna revisitada
Acessível porendereçamentodirecto eindirecto (RAM)
Acessível porendereçamentoindirecto (RAM)
Acessível porendereçamentodirecto (SFRs)
FFH
80H7FH
0
(128 bytessuperiores)
(128 bytesinferiores)
Registos defunçõesespeciais(SFRs)
18H 10H 08H 0
20H
7FH
2FH
1FH 17H 0FH 07H
Espaço endereçável ao bit (endereços de bit entre 0 e 7F)
Quatro bancos de oito registos cada (registos R0 a R7)
Valor inicial (após reset) do apontador para a stack (SP)
11 10 01 00
Bits de selecção do banco na palavra de estado (PSW) 30H
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Os registos de funções especiais (SFR)
(conjuntos de oito bytes)F8H FFHF0H B F7HE8H EFHE0H ACC E7HD8H DFHD0H PSW D7HC8H CFHC0H C7HB8H IP BFHB0H P3 B7HA8H IE AFHA0H P2 A7H98H SCON SBUF 9FH90H P1 97H88H TCON TMOD TL0 TL1 TH0 TH1 8FH80H P0 SP DPL DPH PCON 87H
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Pedidos de interrupção• A arquitectura do núcleo de base do 80C51 suporta
cinco fontes de interrupção:– Duas interrupções externas (pinos /INT0 e /INT1)– Duas interrupções provenientes dos timers– Uma interrupção proveniente do porto série
• Cada uma destas fontes pode ser habilitada ou inibida e a cada uma pode ser atribuída alta ou baixa prioridade (em ambos os casos, individualmente)
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Pedidos de interrupção (cont.)• Sobre a prioridade das interrupções:
– O atendimento a uma interrupção de baixa prioridade pode ser interrompido por uma interrupção de alta prioridade, mas não vice-versa (e se forem interrupções da mesma prioridade?)
– No que respeita a pedidos simultâneos, será atendido primeiro o que tiver mais alta prioridade; se forem iguais, será realizada uma sequência de pooling para determinar qual será atendido primeiro
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Pedidos de interrupção (cont.)• O atendimento a um pedido de interrupção começa
com o armazenamento do valor actual do PC na stack, a que se segue uma chamada à respectiva rotina de atendimento:
Fonte de interrupção Endereço de atendimentoPino exterior External Interrupt 0 (/INT0) 0003HOverflow no timer 0 (TF0) 000BHPino exterior External Interrupt 1 (/INT1) 0013HOverflow no timer 1 (TF1) 001BHConcluiu-se uma recepção ou transmissão série (RI , TI ) 0023H
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Modos de endereçamento• Será adoptada nesta apresentação a mesma
classificação e organização que são seguidas na folha de características do componente (Philips)
• Por cada modo de endereçamento, apresenta-se uma explicação sumária e alguns exemplos ilustrativos da sua utilização
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Endereçamento directo• O operando é especificado através de um endereço
de oito bits que se encontra na posição de MP seguinte à que contém o código da instrução (só pode ser usado com as posições internas de RAM e com os SFR):
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmov r0,5fh (r0) (5fh) nenhuma A8 5F 2 2mov a,p1 (a) (90h) nenhuma E5 90 2 1
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Endereçamento indirecto• É usado um registo para especificar o endereço do
operando (tanto pode ser usado com as posições de RAM internas como externas):
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmov a,@r1 (a) ((r1)) nenhuma E7 1 1movx a,@r1 (a) ((r1)) nenhuma E3 1 2movx @dptr,a ((dptr)) (a) nenhuma F0 1 2
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Endereçamento ao registo• O próprio código da instrução contém um campo com
três bits que identifica qual dos registos R0 a R7 deve ser usado (dentro do banco seleccionado):
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmov a,r1 (a) (r1) nenhuma E9 1 1inc r5 (r5) (r5)+1 nenhuma 0D 1 1
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Endereçamento específico dos registos• No caso das instruções que são específicas de certos
registos (por exemplo, do acumulador):
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mcpl a (a) /(a) nenhuma F4 1 1inc dptr (dptr) (dptr)+1 nenhuma A3 1 2
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Endereçamento imediato• O valor do operando está contido na posição de MP
seguinte à que contém o código da instrução:Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mcjne r5,#2ah,marca (pc) (pc)+3
se (r5)2ah(pc) (pc)+rel
se(r5)<2ah(c) 1senão(c) 0
BD 2AF1
3 2
mov a,#76h (a) #76h nenhuma 74 76 2 1
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Endereçamento indexado• É usado para a leitura de valores armazenados na
MP, servindo como apontador um registo de 16 bits (DP ou PC):
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmovc a,@a+dptr (a) ((a)+(dptr)) nenhuma 93 1 2movc a,@a+pc (pc) (pc)+1
(a) ((a)+(pc))nenhuma 83 1 2
jmp @a+dptr (pc) (a)+(dptr) nenhuma 73 1 2
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Ainda os modos de endereçamento• Apesar de a folha de características do 80C51 não o
referir explicitamente, este componente suporta também um modo de endereçamento a que é habitualmente dada a designação de endereçamento relativo (e.g. jb P1.2,marca)
• Neste modo, e em vez do endereço de destino, o operando consiste na diferença (offset) entre esse endereço e o endereço actual
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Ainda os modos de endereçamento (cont.)• O offset é apresentado
como um byte em complemento para dois, o que permite saltos de até 127 bytes para a frente ou 128 bytes para trás:
Decimal Complemento para dois-128 10000000 (hexadecimal 80)-127 10000001 (hexadecimal 81)-126 10000010 (hexadecimal 82)... ...-2 11111110 (hexadecimal FE)-1 11111111 (hexadecimal FF)0 00000000 (hexadecimal 00)1 00000001 (hexadecimal 01)2 00000010 (hexadecimal 02)... ...
126 01111110 (hexadecimal 7E)127 01111111 (hexadecimal 7F)
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Ainda os modos de endereçamento (cont.)• Esta solução permite poupar um byte na
especificação do endereço, sendo o valor do offset calculado pela aplicação que gera o código objecto
• Exemplo:0110000000000101
Código instr.
(60h, código de jz marca)(05h, valor do offset)
Código instr. endereço para onde sepretende saltar
0006000700080009000A000B000C000D
Endereços no exemploconsiderado:
endereço da instrução seguinte(deverá ser incrementado 5vezes para chegar ao endereçoda marca)
marca:
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Tipos de instruções• O importante não é conhecer todas as instruções
(nem isso seria possível), mas sim conhecer bem as características dos seus cinco grupos principais:– Instruções aritméticas (arithmetical)– Instruções lógicas (logical)– Transferência de dados (data transfer)– Instruções Booleanas (Boolean)– Instruções de salto (jump)
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Instruções aritméticasMnemónica Operação Modos endereçamento Tempo de
dir. ind. reg. im. execução(s)
add a,<byte> (a) = (a)+<byte> 1addc a,<byte> (a) = (a)+<byte>+(c) 1subb a,<byte> (a) = (a)-<byte>-(c) 1inc a (a) = (a)+1 (específico do ACC) 1inc <byte> <byte> = <byte>+1 1inc dptr (dptr) = (dptr)+1 (específico do DP) 2dec a (a) = (a)-1 (específico do ACC) 1dec <byte> <byte> = <byte>-1 1mul ab (b) b.a[15:8], (a) b.a[7:0] (específico do ACC e B) 4div ab (a)=Int[a/b], (b)=Mod[a/b] (específico do ACC e B) 4da a Ajuste para decimal (específico do ACC) 1
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Instruções aritméticas (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Maddc a,#3bh (a) (a)+(c)+#3bh c, ac, ov 34 3B 2 1mul ab b b.a[15:8],
a b.a[7:0]c=0, ov A4 1 4
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Instruções lógicasMnemónica Operação Modos endereçamento Tempo de dir. ind. reg. im. execução (s) anl a,<byte> (a) = (a) <byte> 1 anl <byte>,a <byte> = <byte> (a) 1 anl <byte>,#data <byte> = <byte> #data 2 orl a,<byte> (a) = (a) <byte> 1 orl <byte>,a <byte> = <byte> (a) 1 orl <byte>,#data <byte> = <byte> #data 2 xrl a,<byte> (a) = (a)<byte> 1 xrl <byte>,a <byte> = <byte>(a) 1 xrl <byte>,#data <byte> = <byte>#data 2 clr a (a) = 0 (específico do ACC) 1 cpl a (a) = /(a) (específico do ACC) 1 rl a Rotaciona (a) à
esquerda (específico do ACC) 1
rlc a Rotaciona (a) à esquerda através do c
(específico do ACC) 1
rr a Rotaciona (a) à direita (específico do ACC) 1 rrc a Rotaciona (a) à direita
através do c (específico do ACC) 1
swap a (a[3:0]) (a[7:4]) (específico do ACC) 1
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Instruções lógicas (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Morl 4eh,#3bh (4eh) (4eh) #3bh nenhuma 43 4E 3B 3 2clr a (a) 0 nenhuma E4 1 1
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Instruções de transferência de dados• Estas instruções sub-dividem-se em três grupos
principais:– Transferência de dados na MD interna– Transferência de dados na MD externa– Leitura de tabelas armazenadas na MP
• Cada um destes tipos será agora considerado individualmente
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Transferência de dados: MD interna
Mnemónica Operação Modos endereçamento Tempo dedir. ind. reg. im. execução (s)
mov a,<fonte> (a) = <fonte> 1mov <dest>,a <destino> = (a) 1mov <dest>,<fonte> <destino> = <fonte> 2mov dptr,#data16 (dptr) = #data16 2push <fonte> inc (sp);
mov ((sp)),<fonte> 2
pop <destino> mov <destino>,((sp));dec (sp)
2
xch a,<byte> (a) <byte> 1xchd a,@ri (a[3:0]) ((ri[3:0])) 1
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Transferência de dados: MD interna (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmov 7fh,3bh (7fh) (3bh) nenhuma 85 3B 7F 3 2mov dptr,#3b07h dptr[15:8] #3bh
dptr[7:0] #07hnenhuma 90 3B 07 3 2
xch a,r7 (a) (r7) nenhuma CF 1 1
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 43
Transferência de dados: MD externa
Bits de endereço Mnemónica Operação Tempo deexecução (s)
8 bits movx a,@ri (i=0 ou 1) Carrega (a) com ((ri)) 28 bits movx @ri,a (i=0 ou 1) Carrega ((ri)) com (a) 216 bits movx a,@dptr Carrega (a) com ((dptr)) 216 bits movx @dptr,a Carrega ((dptr)) com (a) 2
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmovx a,@r1 (a) ((r1)) nenhuma E3 1 2movx @dptr,a ((dptr)) (a) nenhuma F0 1 2
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 44
Transferência de dados: Leitura de tabelas na MP
Mnemónica Operação Tempo deexecução (s)
movc a,@a+dptr Carrega (a) com o conteúdo da MPem ((a)+(dptr))
2
movc a,@a+pc Carrega (a) com o conteúdo da MPem ((a)+(pc))
2
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mmovc a,@a+dptr (a) ((a)+(dptr)) nenhuma 93 1 2movc a,@a+pc (pc) (pc)+1;
(a) ((a)+(pc))nenhuma 83 1 2
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Instruções BooleanasMnemónica Operação Tempo de
execução (s)anl c,<bit> (c) = (c) <bit> 2anl c,/<bit> (c) = (c) /<bit> 2orl c,<bit> (c) = (c) <bit> 2orl c,/<bit> (c) = (c) /<bit> 2mov c,<bit> (c) = <bit> 1mov <bit>,c <bit> = (c) 2clr c (c) = 0 1clr <bit> <bit> = 0 1setb c (c) = 1 1setb <bit> <bit> = 1 1cpl c (c) = /(c) 1cpl <bit> <bit> = /<bit> 1jc marca Salta para marca se (c)=1 2jnc marca Salta para marca se (c)=0 2jb <bit>,marca Salta para marca se <bit>=1 2jnb <bit>,marca Salta para marca se <bit>=0 2jbc <bit>,marca Se <bit>=1 então [salta para marca; <bit> 0] 2
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Instruções Booleanas (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Morl c,/acc.4 (c) (c) /acc.4 c A0 E4 2 2clr p2.7 (p2.7) 0 nenhuma C2 A7 2 1jb p1.2,marca (pc) (pc)+3;
se (p1.2)=1 então(pc) (pc)+rel
nenhuma 20 92 D3 3 2
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Instruções de salto• Estas instruções sub-dividem-se em dois grupos
principais:– Salto não condicional– Salto condicional
• Cada um destes tipos será agora considerado individualmente
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Instruções de salto não condicional
Mnemónica Operação Tempo deexecução (s)
jmp marca Salta para marca (ljmp, sjmp) 2jmp @a+dptr Salta para ((a)+(dptr)) 2call marca Chama a subrotina em marca (lcall, acall) 2ret Retorna da subrotina 2reti Retorna da interrupção 2nop Nenhuma operação (para além de (pc) (pc)+1) 1
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Instruções de salto não condicional (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mljmp marca (pc) marca nenhuma 02 80 00 3 2lcall marca (pc) (pc)+3;
(sp) (sp)+1;((sp)) (pc[7:0]);(sp) (sp)+1;((sp)) (pc[15:8])(pc) marca
nenhuma 12 80 00 3 2
reti (pc[15:8]) ((sp));(sp) (sp)-1;(pc[7:0]) ((sp));(sp) (sp)-1;
nenhuma 32 1 2
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 50
Instruções de salto condicional
Mnemónica Operação Modos endereçamento Tempo dedir. ind. reg. im. exec. (s)
jz marca Salta para marca se(a)=0
(específico do ACC) 1
jnz marca Salta para marca se(a)0
(específico do ACC) 1
djnz<byte>,marca Decrementa <byte> esalta para marca se<byte>0
2
cjne a,<byte>,marca Salta para marca se(a)<byte>
2
cjne <byte>,#data,marca Salta para marca se<byte>#data
2
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 51
Instruções de salto condicional (cont.)• Exemplos:
Mnemónica Operação Flags Código #Byte #Mjz marca (pc) (pc)+2;
se (a)=0 então(pc) (pc)+rel
nenhuma 60 CA 2 2
djnz 5fh,marca (pc) (pc)+3;(5fh) (5fh)-1;se (5fh)0 então(pc) (pc)+rel
nenhuma D5 5F C7 3 2
cjne @r1,#22h,marca (pc) (pc)+3;se ((r1))#22h então(pc) (pc)+relse ((r1))<#22hentão (c) 1;senão (c) 0
se((r1))<#22h(c) 1senão(c) 0
B7 22 C4 3 2
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 52
Exemplo de aplicação• Para consolidar os conhecimentos adquiridos,
consideraremos agora o caso de pretendermos simular o funcionamento de um registo de deslocamento, como o que se apresenta a seguir:
IN
CLK
OUT[0] OUT[1] OUT[2] OUT[3]
OUT[4] OUT[5] OUT[6] OUT[7]
D
CLK
QD
CLK
Q D
CLK
Q D
CLK
Q
D
CLK
QD
CLK
Q D
CLK
QD
CLK
Q
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 53
Exemplo de aplicação (cont.)• Os pressupostos são os seguintes:
– O sinal de relógio é activo à transição ascendente
– No estado inicial, todas as saídas deverão estar a 0
IN
OUT[0]OUT[1]OUT[2]OUT[3]OUT[4]OUT[5]OUT[6]OUT[7]CLK
– A relação entre as entradas (IN e CLK) e as saídas (OUT[0..7]) deverá ser tão próxima quanto possível da que teria lugar através da implementação em hardware
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 54
Sequência de passos• A sequência de passos até à solução é a seguinte:
– Efectuar a atribuição entre os sinais exteriores e os pinos de E/S paralela do microcontrolador
– Reflectir sobre a sequência de operações que implementem a funcionalidade pretendida
– Codificar esta sequência em assembly– Obter o código objecto, simular o seu funcionamento
(verificação de projecto) e implementar na prática
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 55
Atribuição de recursos• A simplicidade do exemplo considerado dispensa-nos
o uso de recursos externos a um 87C51, pelo que poderemos especificar a seguinte atribuição:– Linhas de saída OUT[0..7] do registo de deslocamento
estarão ligadas ao porto 1 (respectivamente P1[0..7])– Linhas de entrada ligadas ao porto 0 (CLK em P0.0 e IN
em P0.1)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 56
Sequência de operações a realizar• A sequência de operações a realizar pode
especificar-se como se segue:– Aguardar pela subida no sinal de relógio (CLK)– Após a subida em CLK, deslocar o conteúdo de OUT[0..7]
uma posição, no sentido de OUT[0] para OUT[7] (para a esquerda, considerando que OUT[7] está à esquerda)
– Se a entrada IN estiver em 1, colocar OUT[0] em 1; caso contrário, colocar OUT[0] em 0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 57
Codificação em assembly0003 00000004 0000 E4 inicio clr a0005 0001 F5 90 mov p1,a ; coloca OUT[0..7] em 00006 0003 30 80 FD marca1 jnb p0.0,marca1 ; espera que CLK suba0007 0006 A2 81 mov c,p0.1 ; coloca IN no Carry0008 0008 33 rlc a ; realiza o deslocamento0009 0009 F5 90 mov p1,a ; actualiza as saidas0010 000B 20 80 FD marca2 jb p0.0,marca2 ; espera que o CLK desca0011 000E 80 F3 sjmp marca10012 00100013 0010 .end
tasm: Number of errors = 0
(analisar com pormenor; para que serve a linha 10?)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 58
Verificação de projecto• É necessário esperar pela descida do relógio (linha
10), para evitar que uma única subida em CLK provoque múltiplas operações de deslocamento (dependendo da relação entre CLK e o relógio do 87C51):
CLK
OUT[0]
Intervalo correspondente à execução das linhas0006 a 0009, após o que tem lugar aactualização das saídas P1[0..7]
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 59
Verificação de projecto (cont.)• Considerando CLK a 1 KHz e o relógio do 87C51 a
12 MHz, quantas operações de deslocamento ocorreriam se não tivéssemos aquele cuidado?
inicio clr a 1 s (1 ciclo máquina @ 12 MHz)mov p1,a 1 s (1 ciclo máquina @ 12 MHz)
marca1 jnb p0.0,marca1 2 s (2 ciclo máquina @ 12 MHz)mov c,p0.1 1 s (1 ciclo máquina @ 12 MHz)rlc a 1 s (1 ciclo máquina @ 12 MHz)mov p1,a 1 s (1 ciclo máquina @ 12 MHz)
marca2 jb p0.0,marca2 2 s (2 ciclo máquina @ 12 MHz)sjmp marca1 2 s (2 ciclos máquina @ 12 MHz)
CLK
OUT[0]
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 60
Verificação de projecto (cont.)• É ainda também importante atentarmos na diferença
CLK (P0.0)
OUT[0] (P1.0)
IN (P0.1) 2 s
t1 – Momento em que é efectuada a leitura de CLK (jnb p0.0) t2 – Momento em que é efectuada a leitura de IN (mov c,p0.1)
entre o tempo de propagação de um circuito com FF-D e a simulação via 87C51:
• Poderão daqui advir problemas (funciona-mento incorrecto)?
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 61
Expansão da funcionalidade• Suportar uma entrada Habilita (em P0.2):
.org 0#include def8752.asm
inicio clr amov p1,a ; coloca OUT[0..7] em 0
marca1 jnb p0.0,marca1 ; espera que CLK subamov c,p0.1 ; coloca IN no Carryjnb p0.2,marca2 ; Habilita activo?rlc a ; realiza o deslocamentomov p1,a ; actualiza as saidas
marca2 jb p0.0,marca2 ; espera que o CLK descasjmp marca1
.end “.org...”? “#include...”?
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 62
Expansão da funcionalidade (cont.)• Suportar entradas de Habilita (P0.2) e Sentido (P0.3):
.org 0#include def8752.asm
inicio clr amov p1,a ; coloca OUT[0..7] em 0
marca1 jnb p0.0,marca1 ; espera que CLK subamov c,p0.1 ; coloca IN no Carryjnb p0.2,marca2 ; Habilita activo?jnb p0.3,dir ; Sentido para a direita?
esq rlc a ; deslocamento para a esquerdasjmp actual
dir rrc a ; deslocamento para a direitaactual mov p1,a ; actualiza as saidasmarca2 jb p0.0,marca2 ; espera que o CLK desca
sjmp marca1
.end
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 63
Avaliação do resultado• Comparando as duas alternativas (FF-D e 87C51)
para a implementação do exemplo considerado, que conclusões podemos tirar relativamente a:– Tempo de desenvolvimento?– Flexibilidade da implementação?– Rapidez de funcionamento?
• Como é que a resposta às questões anteriores é afectada pela complexidade do caso em estudo?
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 64
As interrupções revisitadas
IT0/INT0
IE0
IT1/INT1
IE1
0
1
0
1
TF0
TF1
TIRI
Fontes deinterrupção
IE0 e IE1 são flags de interrupção que pertencem ao registo TCON (SFR com endereço 88H)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 65
Gestão das interrupções• O código executado pelo microcontrolador pode
activar / desactivar (set / cleared) todas as flags de interrupção
• Cada fonte de interrupção pode ser habilitada / inibida individualmente (registo IE nos SFR)
• A cada fonte de interrupção pode ser atribuída uma prioridade alta ou baixa (registo IP nos SFR)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 66
Interrupções externas• /INT0 e /INT1 podem ser activos ao nível ou à
transição, de acordo com o conteúdo do registo TCON (SFR com endereço 88H)
• Se as interrupções forem activas à transição, as flags que as geram são limpas pelo hardware quando a respectiva rotina é executada (caso contrário, terá que ser o código do utilizador a fazê-lo)
IT0/INT0
IE0
IT1/INT1
IE1
0
1
0
1
TF0
TF1
TIRI
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 67
Interrupções dos T/C• As interrupções pedidas pelos temporizadores /
contadores são geradas por TF0 e TF1, activadas por “rollover” nos registos dos respectivos T/C (excepto T/C 0 em modo 3, como veremos adiante)
• Quando é gerada uma interrupção proveniente dos T/C, a flag que a gerou é limpa pelo hardware quando a respectiva rotina é executada
IT0/INT0
IE0
IT1/INT1
IE1
0
1
0
1
TF0
TF1
TIRI
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 68
Interrupções da comunicação série• Os pedidos de interrupção do periférico de
comunicação série resultam do OR entre as flags RI (recepção) e TI (transmissão)
• Nenhuma destas flags é limpa pelo hardware quando a respectiva rotina é executada (o código da rotina tem primeiro que identificar a causa da interrupção e depois limpar a flag)
IT0/INT0
IE0
IT1/INT1
IE1
0
1
0
1
TF0
TF1
TIRI
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 69
O registo IE (end. SFR A8H) – endereçável ao bit• Este registo permite-nos habilitar / inibir cada fonte de
interrupção:
– EA inibe todas as interrupções se estiver em 0; se estiver em 1, estarão habilitadas as que tiverem o seu IE.x em 1
– ES: periférico série; ET1 e ET0: dos T/C; EX1 e EX0: externas (pinos /INT1 e /INT0)
ET1 EX1 ET0 EX0EA - - ES
IE.7 IE.6 IE.5 IE.4 IE.3 IE.2 IE.1 IE.0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 70
O registo IP (end. SFR B8H) – endereçável ao bit• Este registo permite-nos atribuir a cada fonte de
interrupção uma prioridade alta ou baixa:
– Uma fonte de interrupção terá alta prioridade quando o seu bit IP.x estiver em 1 baixa quando estiver em 0
– PS: periférico série; PT1 e PT0: dos T/C; PX1 e PX0: externas (pinos /INT1 e /INT0)
PT1 PX1 PT0 PX0- - - PS
IP.7 IP.6 IP.5 IP.4 IP.3 IP.2 IP.1 IP.0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 71
O registo TCON (end. SFR 88H) – endereçável ao bit• Para além de controlar os T/C, este registo também
se relaciona com as interrupções externas:
– IEx: O hardware activa (set) esta flag à transição descendente em /INTx e limpa-a (cleared) quando a respectiva rotina de atendimento é executada
– ITx: Se estiver em 1 a interrupção em /INTx é activa à transição descendente; caso contrário, é activa ao nível 0.
IT1 IE0 IT0
TC.7 TC.6 TC.5 TC.4 TC.3 TC.2 TC.1 TC.0
IE1TR0TF0TR1TF1
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 72
Atendimento das interrupções• Ao atender uma interrupção, o hardware do 80C51
determina a execução de uma instrução LCALL para a respectiva rotina de atendimento:– Endereços de atendimento: IE0 - 0003H; TF0 - 000BH;
IE1 - 0013H; TF1 - 001BH; RI ou TI - 0023H– A flag associada à interrupção é limpa pelo hardware nuns
casos, mas noutros terá que o ser pelo código– LCALL força o PC na stack, mas quaisquer outros registos
(e.g. ACC, PSW, ...) terão que ser guardados pelo código
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 73
Retorno das interrupções• A execução da rotina de atendimento continua até
que seja encontrada uma instrução RETI (return from interrupt):– RETI informa o processador que terminou o atendimento à
interrupção e extrai da stack o endereço de retorno– RET (retorno de subrotina) faria algo semelhante, mas
manter-se-ia a indicação de estar em curso o atendimento a uma interrupção (qual o problema?)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 74
Exemplo (KEIL): Interrupções via /INT0; código para ilustrar o atendimento de interrupções; externas em /INT0, activas à transição
cseg at 0salta:
jmp inicio; uma vez que 0003H tem que conter o código de atendimento; a /INT0, em 0000 cabe apenas uma instrução de salto
cseg at 0003hintext0:
inc r1reti
; o atendimento a /INT0 apenas incrementa o R1, pelo que o ; seu conteúdo nos diz quantas interrupções foram atendidas
cseg at 0010hinicio:
mov r1,#0; inicializa R1 com 0
mov tcon,#01mov ie,#81h
; programa o funcionamento das interrupções via /INT0ciclo: mov a,p0
add a,p1mov p2,ajmp ciclo
; está sempre a colocar em P2 o valor de P1+P0
end
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 75
Int. via /INT0: Visualização no dScope
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 76
Os temporizadores / contadores (T/C) do 80C51• Existem dois T/C com 16 bits, podendo cada um
funcionar como temporizador (T) ou contador (C):– Como temporizador o registo é incrementado por cada
ciclo máquina (12 ciclos de relógio)– Como contador o registo é incrementado à descida do
sinal no pino (T0 ou T1) – sendo T0 / T1 amostrados uma vez em cada ciclo máquina, a detecção de descida leva 24 ciclos de relógio (primeira amostra 1, segunda 0)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 77
Controlo de funcionamento dos T/C• O controlo de cada T/C é feito através dos registos
TMOD e TCON (dois dos SFR):– O estado (activo / parado) é controlado através do registo
TCON– A definição da função pretendida (temporizador ou
contador) é feita pelo bit C-/T em TMOD– Para cada T/C (seja como temporizador ou como
contador) existem quatro modos de funcionamento, definidos pelos pares de bits (M1,M0) em TMOD
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 78
T/C: Modos 0 e 1(iguais nos dois T/C) TMOD:
TCON:
– Este modo é compatível com o temporizador do 8048 (8 bits com pré-divisão por 32)
– No modo temporizador, e com Gate em 1, podemos medir a largura do impulso em /INTx
– O modo 1 é igual ao 0, mas agora em 16 bits
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 79
T/C: Modo 2(igual nos dois T/C) TMOD:
TCON:
– A contagem é em 8 bits (TL1)– Quando se excede o limite da contagem (“overflow”) é
pedida uma interrupção e TL1 é automaticamente recarregado com o conteúdo de TH1 (que se mantém)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 80
T/C: Modo 3(diferente para cada T/C)
TMOD:TCON:
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 81
T/C: Modo 3 (cont.)• Comentários ao modo 3:
– Neste modo, o T/C 1 está parado (como quando TR1=0)– TL0 e TH0 funcionam de modo independente (em 8 bits)– TH0 funciona como temporizador, controlado por TR1 e
pedindo interrupções via TF1 (repare-se que TR1 e TF1 pertenciam ao T/C 1, nos outros modos de funcionamento)
– Nota: O T/C 1 pode ainda ser usado (retirando-o do modo 3), mas sem poder controlar TF1
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 82
O registo TCON (end. SFR 88H) – endereçável ao bit• Os bits TFx e TRx estão associados aos T/C:
– TFx: Pede as interrupções do T/C x (set por hardware quando ocorre overflow; limpa por hardware quando se salta para a rotina de atendimento)
– TRx: controlo de estado (activo / parado) do T/C x (controlado por software para activar / parar o T/C x)
IT1 IE0 IT0
TC.7 TC.6 TC.5 TC.4 TC.3 TC.2 TC.1 TC.0
IE1TR0TF0TR1TF1
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 83
O registo TMOD (end. SFR 89H) – endereçável ao bit• Existem quatro bits por cada T/C:
– Gate: Em conjunto com TRx, controla o estado (activo / parado) do C/T (ver esquemas que descrevem os modos de funcionamento)
– C-/T: Define a função (0: temporizador; 1: contador)– M1,M0: Definem o modo de funcionamento (0 a 3)
C-/T M1 M0
TM.7 TM.6 TM.5 TM.4 TM.3 TM.2 TM.1 TM.0
M0M1C-/TGate Gate
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 84
Exemplo (KEIL): Funcionamento do T/C 1; exemplo para ilustrar o funcionamento dos T/C com interrupções; T/C 1 funciona como contador de 8 bits com auto-reload ; deve complementar-se P1.0 quando forem contados três impulsos exteriores
cseg at 0 inicio:
mov tmod,#60H ; contador, modo 2 (quando TR1=1 e T1 desce)mov ie,#88H ; permite interrupções do T/C 1 mov tl1,#0fdh ; para contar apenas três vezes mov th1,#0fdh ; para recarregar o TL1setb tr1 ; permite início da contagemjmp $ ; apenas para ficar aqui parado
cseg at 001bh
tc1int: ; complementa o bit P1.0cpl p1.0reti
end
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 85
T/C 1: Visualização no dScope
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 86
A porta de comunicação série no 80C51• Pode transmitir e receber em simultâneo (é do tipo “full
duplex”)• Os registos de recepção e transmissão são ambos
acedidos através do SBUF (SFR c/ end. 99H):– A escrita no SBUF carrega o registo de transmissão– A leitura do SBUF acede ao registo de recepção
(fisicamente diferente)• A porta série tem quatro modos de funcionamento
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 87
Porta série: Modos de funcionamento 0 e 1• Modo 0 - Transmissão em 8 bits (LSB primeiro), com
taxa de transmissão (baud rate) de 1/12 da frequência de relógio. Os dados entram e saem via RxD, estando o relógio de transmissão em TxD.
• Modo 1 - Transmissão em 10 bits: Start bit (0), bits de dados (LSB primeiro) e um Stop bit (1), com baud rate variável. Envio por TxD e recepção por RxD.
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 88
Porta série: Modos de funcionamento 2 e 3• Modo 2 - Transmissão em 11 bits: Start bit (0), bits
de dados (LSB primeiro), um nono bit programável (e.g. o bit de paridade no registo PSW) e um Stop bit (1). O baud rate pode ser 1/32 ou 1/64 da frequência do relógio. Envio por TxD e recepção por RxD.
• Modo 3 - Como no modo 2, mas agora com baud rate variável.
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 89
Taxas de transmissão (baud rate)• No modo 0, o baud rate é fixo e igual a 1/12 da
frequência de relógio• No modo 2, o baud rate depende do bit SMOD no
registo PCON (SFR c/ end. 87H), sendo dado por (2SMOD / 64) x (frequência) (1/64 ou 1/32, portanto)
• Nos modos 1 e 3, o baud rate é variável e determinado pelo T/C 1 (e também depende do bit SMOD)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 90
Uso do T/C 1 para determinar o baud rate• Nos modos 1 e 3 o baud rate é determinado pela
seguinte expressão: (2SMOD / 32) x (ritmo de overflow do T/C 1)
– As interrupções através deste T/C devem estar inibidas– O T/C 1 pode funcionar como temporizador ou como
contador, em qualquer modo de funcionamento, excepto o modo 3 (recorde-se que neste modo o T/C 1 está parado)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 91
Geração do baud rate via T/C 1: Forma habitual • No caso mais comum, o T/C é usado no seu modo 2
(como temporizador com auto-reload)• O baud rate da porta série, nos seus modos 1 e 3, é
então dado por (2SMOD / 32) x (frequência / (12 x (256-(TH1))))
– (TH1): Conteúdo do T/C 1, oito bits mais significativos– Para uma frequência de 11,0592 MHz, quais os valores de
SMOD e (TH1), para resultar um baud rate de 19.200 bps?
(modo 2 do T/C 1)
(modos 1 e 3 da porta série)
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 92
O registo SCON (end. SFR 98H) – endereçável ao bit• Bits SM0, SM1 e SM2:
– SM0 e SM1: Definem o modo de funcionamento (0 a 3).– SM2: Habilita a capacidade de comunicação em sistemas
do tipo multiprocessador, nos modos 2 e 3. Neste caso, o nono bit em 1 dá origem a um pedido de interrupção, para indicar que chegou um endereço de nó.
RB8 TI RI
SC.7 SC.6 SC.5 SC.4 SC.3 SC.2 SC.1 SC.0
TB8RENSM2SM1SM0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 93
SCON (end. SFR 98H) – endereçável ao bit (2)• Bits REN, TB8 e RB8:
– REN: Controlado por software para permitir (1) ou inibir (0) a recepção.
– TB8: Nono bit a transmitir nos modos 2 e 3 (controlado por software).
– RB8: Nos modos 2 e 3, é o nono bit recebido. No modo 1, se SM2=0, é o stop bit recebido. No modo 0, não é usado.
RB8 TI RI
SC.7 SC.6 SC.5 SC.4 SC.3 SC.2 SC.1 SC.0
TB8RENSM2SM1SM0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 94
SCON (end. SFR 98H) – endereçável ao bit (3)• Bits TI e RI:
– TI: Flag de interrupção por envio. Activada por hardware no final do oitavo bit em modo 0, ou no início do Stop bit nos restantes modos. Deve ser limpa por software.
– RI: Flag de interrupção por recepção. Activada por hardware no final do oitavo bit em modo 0, ou a meio do Stop bit nos restantes modos. Deve ser limpa por software.
RB8 TI RI
SC.7 SC.6 SC.5 SC.4 SC.3 SC.2 SC.1 SC.0
TB8RENSM2SM1SM0
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 95
Exemplo (KEIL): Escreve em P1 o byte recebido
; segmento de código para ilustrar a recepção série no 80C51; cada byte recebido é escrito na porta 1
cseg at 0salta:
jmp iniciocseg at 0023h
int_psr:clr ri
; limpa a flag que indica interrupção por recepçãomov p1,sbuf
; copia para a porta 1 o byte que acabou de chegarreticseg at 0030h
inicio:mov scon,#70h
; porta série em modo 1 (SM0,SM1)=(0,1), recepção habilitada (REN=1) ; activa RI quando lê o Stop bit (SM2=1)
mov tmod,#20h; T/C 1 como temporizador (C/T=0) em modo 2 (M1,M0)=(1,0)
mov tl1,#0fdhmov th1,#0fdh
; com SMOD em 0 por omissão, resulta um baud rate de 9.600 bpsmov ie,#90h
; habilita apenas as interrupções da porta sériesetb tr1
; activa o funcionamento do T/C 1jmp $
end
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 96
Porta série: Visualização no dScope
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 97
Outro exemplo: Recepção de uma tabela de valores• Requisitos (assuma-se a frequência de 11,0592 MHz):
– Baud rate de 19.200 bps (gerados pelo T/C 1), palavras de 10 bits (start bit, dados, stop bit)
– Armazena os bytes recebidos em MD interna, a começar em 30H
– Termina quando receber a sequência ASCII “FIM”: 46H-49H-4DH
– Quando terminar, reinicializa apontador para a tabela e salta para 2000H
Introdução ao Projecto com Sistemas Digitais e MicrocontroladoresA família 80C51 - 98
Conclusão• Objectivo principal do capítulo: Apresentar a
arquitectura em que se baseia a família de microcontroladores 80C51
• Pistas para a continuação do estudo:– Evolução da arquitectura 80C51 (e.g. arquitectura XA)– Outros microcontroladores (e.g. Motorola 68HCXX e
Microchip PIC)
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