Instituição de Longa
Permanência Para
IdososVirgílio Garcia Moreira MD MSc
Programação Objetivo: Partilhar com o grupo um panorama geral
das ILPIs no Brasil e no Mundo como Modelo de Gestão da Saúde do Idoso
Envelhecimento populacional e os cenários de atuaçãodo profissional de saúde junto ao idoso;
História das ILPIs;
Papel das IPIs e perfil epidemiológico da populaçãoadscrita;
Trajetória da Legislação sobre as ILPIs e normasoperacionais;
Vivência Prática e o dia a dia na ILPI;
Envelhecimento Populacional
Envelhecimento Populacional
Cuidados com dependentes
Papel da família?
Quem é a família?
Redução da fecundidade
Mudanças de nupcialidade
Participação da mulherno mercado de trabalho
ESTADO X MERCADO PRIVADO
O Que é a ILPI?
Cocoon – Ron Howard – 1985
História das ILPIs Cristianismo e o amparo aos idosos
“Há registros de que o primeiro asilo foi fundado pelo Papa
Pelágio II (520-590), que transformou a sua casa em um hospital
para velhos”.
Alcântara AO. Velhos institucionalizados e família: entre abafos e desabafos. Campinas: Alínea; 2004.149 p.
Domenico di Bartolo, Care of the Sick in the Pellegrinaio, 1440, fresco, Siena,
Ospedale di Santa Maria Della Scala
História das ILPIs Até Sec. XVIII – hospital como local de internamento:
assistência material e espiritual aos doentes, pobres,
devassos, loucos e prostitutas. Local de separação e
exclusão.
Sec. XVIII – abrigo de mendigos;
Sec. XIX – Sapêtrière – 8,000 mil doentes (3 mil
idosos) – considerada a primeira instituição geriátrica;
Beauvoir S. A velhice. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; 1990. p. 711.
Foucault M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal; 1979. p. 99-128.
História das ILPIs Brasil Colônia
Conde de Resende defendeu que soldados velhos mereciam uma
velhice digna e descansada.
Em 1794, no Rio de Janeiro, inicio do funcionamento da
Casa dos Inválidos, não como ação de caridade, mas
como reconhecimento àqueles que prestaram serviço à
pátria, para que tivessem uma velhice tranquila.
História das ILPIs Asilo São Luiz para Velhice Desamparada – 1890
Visibilidade à velhice
Mundo a parte: romper laços com família e sociedade
www.casasluiz.com.br
Groisman D. Asilos de velhos: passado e presente.
Estudos interdisciplinares sobre o envelhecimento 1999; 2: 67-87.
História das ILPIs No Brasil, quando sem instituições específicas para
idosos, inclusão nos nichos de doentes mentais,
criancás abandonadas, desempregados, etc.
Sec XIX Santas Casa abrigava mendigos, porém, com
o aumento de internação de idosos, passou a definir-se
como instituição gerontológica em 1964.
Born T. Cuidado ao idoso em instituição. In: Papaléo Neto M, et al, organizadores. Gerontologia. São Paulo: Atheneu; 2002. p. 403-13.
História das ILPIs Modelo Asilar Brasileiro
Instituições totais – Ultrapassadas
“um local de residência e trabalho, onde um grande número de
indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais
ampla por considerável período de tempo, levam uma vida fechada
e formalmente administrada”
Cidadãos violados em sua individualidade, sem controle
da própria vida, sem direito a seus pertences sociais e à
privacidade, com relação difíciol ou inexistente com
funcionários e o mundo exterior.
Goffman E. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva; 2003. p. 11-157.
Definições Asilo = ásylos grego / asylu latim consideravam como
casa de assistencia social onde eram recolhidas, para
sustento ou também para educação, pessoas pobres e
desamparadas, como mendigos, crianças
abandonadas, órfaos e velhos – Lugar onde ficam
isentos da execução das leis, os que a ele se
recolhem;
Definições Long Term Care
Assisted Living Facilities = idosos independentes;
Nursing Facility = Nursing Home = Long-term care
Facility = subacute care unit = nursing home care unit
= idosos dependentes;
Ambientes fora do nicho hospitalar clássico ou a parte
em unidade hospitalar;
ILPIs e o Rio de Janeiro
Padrão
Excelência
Política Macro / Meso / Micro
Equipe multiprofissional
Médico / Enfermeiro / Técnico de enfermagem / cuidador
Fisioterapia / Terapia ocupacional / Fonoaudiologia
Musicoterapia / Tai Chi Chuan / Pa Tuan Chin / Medicina Tradicional Chinesa
Espaço água / Espaço horta / Espaço caminhada / Espaço Teatro / Espaço Pintura
Espaço Físico
Ensino
Casa Gerontológica de Aeronáutica
Brigadeiro Eduardo Gomes
Valorização da autonomia e independência
Refeitório
Atividades lúdicas
Reunião sindical
Grupo de recepção
Bailes
Jogos
Etc
Casa Gerontológica de Aeronáutica
Brigadeiro Eduardo Gomes
Casa Gerontológica de Aeronáutica
Brigadeiro Eduardo Gomes
Definições
Definições
RDC 285/2005 Estabelecer o padrão mínimo de funcionamento ILPIs
Abrangência
A toda instituição de Longa permanência para idosos,
governamental ou não, destinada à moradia coletiva de
pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou
sem suporte familiar
RDC 285/2005 Grau de Dependência do Idoso
Grau de dependência I: idosos independentes, mesmoque requeiram uso de equipamentos de auto-ajuda;
Grau de dependência II: idosos com dependência ematé 3 AVDs/AIVDs sem comprometimento cognitivoou com alteração cognitiva controlada;
Grau de dependência III: idosos com dependência querequeiram assistência em todas as aividades de autocuidado para vida diária ou comprometimentocognitivo;
RDC 285
Modalidades de Atendimento
Modalidade I: ILPI destinada a idosos com até umaAVD comprometida e com capacidade cognitivapreservada, mesmo que requeiram o uso de algumequipamento de auto-ajuda; Capacidade máximarecomentada por unidade – 40 pessoas; Quartos com no máximo 4 pessoas
Modalidade II: ILPI destinada a idosos com até 3 AVDs afetadas e com comprometimento cognitivocontrolado, que necessitam de auxílio e de cuidadosespecializados e exijam controle e acompanhamentoadequado por profissionais de saúde; Capacidademáxima recomentada por unidade – 30 pessoas;
SBGG – Instituição de Longa Permanência Para Idosos: Manual de Funcionamento, SGBB-SP;2003.
Modalidades de Atendimento
Modalidade III: ILPI destinada a idosos com 4 a 5
AVDs comprometidas, com quadro demencial e/ou
agitação alterada. Necessita de equipe
multiprofissional. Capacidade máxima recomendada
por unidade – 30 pessoas;
Modalidade IV: ILPI destinada a idosos dependentes
que requeiram assistência total nas AVDs, Necessita
de uma equipe multiprofissional de saúde.
Capacidade máxima recomendada por unidade – 30
pessoas;
SBGG – Instituição de Longa Permanência Para Idosos: Manual de Funcionamento, SGBB-SP;2003.
SBGG – Instituição de Longa Permanência Para Idosos: Manual de Funcionamento, SGBB-SP;2003.
SBGG – Instituição de Longa Permanência Para Idosos: Manual de Funcionamento, SGBB-SP;2003.
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Novas demandas da Institucionalização
Qual o Caminho a Seguir?
Como Garantir a Assistência à Saúde?
• RDC 283/05 – ANVISA
• A instituição deve elaborar, a cada dois anos,
um Plano de Atenção Integral à Saúde dos
residentes, em articulação com o gestor local
de saúde.• Ser compatível com os princípios da universalização,
equidade e integralidade;
• Indicar os recursos de saúde disponíveis para cada
residente, em todos os níveis de atenção, sejam eles
públicos ou privados, bem como referências, caso se
faça necessário;
Aula Dr. José Luiz Telles
Como Garantir a Assistência à Saúde?
• RDC 283/05 – ANVISA• prever a atenção integral à saúde do idoso,
abordando os aspectos de promoção, proteção e prevenção;
• conter informações acerca das patologias incidentes e prevalentes nos residentes;
• A instituição deve avaliar anualmente a implantação e efetividade das ações previstas no plano, considerando, no mínimo, os critérios de acesso, resolubilidade e humanização;
• A Instituição deve comprovar, quando solicitada, a vacinação obrigatória dos residentes conforme estipulado pelo Plano Nacional de Imunização de Ministério da Saúde;
Aula Dr. José Luiz Telles
Como Garantir a Assistência à Saúde?
• RDC 283/05 – ANVISA
• Em caso de intercorrência médica, cabe ao RT
providenciar o encaminhamento imediato do
idoso ao serviço de saúde de referência previsto
no plano de atenção e comunicar a sua família
ou representante legal;
• Para o encaminhamento, a instituição deve
dispor de um serviço de remoção destinado a
transportar o idoso, segundo o estabelecido no
Plano de Atenção à Saúde.
Aula Dr. José Luiz Telles
Como Garantir a Assistência à Saúde?
• Desafios para a Assistência
1. Recursos Humanos – cuidadores ou
profissionais de saúde?
2. Gestores Locais – como estabelecer o
compromisso do gestor com as instituições
de longa permanência?
3. ILPIs – Residências Coletivas ou
Instituições de Saúde?
Aula Dr. José Luiz Telles
O Perpétuo aguardar…
Desejos Necessidades
Ambiente
Cultura
Família
Dinheiro
Prazer Metas
Prochaska JO. Decision making in the transtheoretical model of behavior change. Med Decis Making. 2008 Oct.;28(6):845–849.
Prochaska JO. Decision making in the transtheoretical model of behavior change. Med Decis Making. 2008 Oct.;28(6):845–849.
Cotidiano…
Motivação…
Objetivo…
Avaliação Geriátrica Ampla
West Middlesex Hospital
Avaliou e reabilitou pacientes crônicos que praticamente residiam no hospital
Muitos voltaram a viver na comunidade
Criou as bases da medicina geriátrica
(1897-1960)
MATTHEWS, DA. Dr. Marjory Warren and the Origin of British Geriatrics. JAGS, 1984
Síndrome da Fragilidade
Instituições de Longa Permanência e a Síndrome da Fragilidade
Qual o Perfil da
Instituicão?
Instituições de Longa Permanência e a Síndrome da Fragilidade
Qual o Tamanho da Equipe?
Instituições de Longa Permanência e a Síndrome da Fragilidade
Aspectos Clínicos
ILPI e AGA
O que identificar?
O que buscar?
Qual perfil de
avaliação?
Longa
Permanência
Perfil Funcional do
Idoso
ModalidadesAGA
Plano de Condutas
Instrumentos de
Avaliação
Discussão com
Equipe
Nível de dependência
Perfil Cognitivo
Deambulação
Suporte Social
Visão
Audição
Isolamento
Continência
Sono
Dentição
Protocolo CIAPE
Instituições de Longa Permanência e a Cuidados Paliativos
Perfis Clínicos Multimorbidade
Manifestações atipicas de doenças
Exame físico
Exames complementares
Família e suas demandas
Cuidadores e senso percepção
Informação
CAMARANO and KANSO,. As instituições de longa permanência para idosos no Brasil. Rev. bras. estud. popul. [online]. 2010, vol.27, n.1, pp. 232-235.
Modelos Assistenciais
para Idosos Hospital
Altamente medicalizado, focado no diagnóstico e com
ampla utilização da tecnologia
Unidade SubAguda – “Nursing Home”
Focado no continum de cuidado iniciado no hospital,
menor contato médico e investigações diagnósticas
Long Term Care
Suporte de enfermagem com cuidados para os frágeis e
portadores de síndrome demencial
Nursing Home
Alimentar-se sem ajuda:
- 67% para 53%
Vestir-se sem ajuda:
- 30% para 13%
Perfil dos indivíduos:
• Média de 85 anos idade;
• 3 ou mais limitações funcionais;
• Média de 6 condições crônicas;
• 50% com comprometimento cognitivo;
• Insuficiente perfil financeiro ou equipe de
cuidados para domicílio;
• Skilled nursing facilities
• Focados na equipe multidisciplinar;
• Infusões de drogas venosas;
• Cuidados com feridas;
• Monitoramento pós-agudo em idosos
complexos;
Hazzard. Textbook of Geriatrics and Gerontology, 2009.
Ouslander J, Osterweil D, Morley J. Medical Care in the Nursing Home. 2nd ed. New York, New York: McGraw-Hill; 1996.
Perfil dos indivíduos – Instrumentos de avaliação:
• InteRAI – Minimum Data Set;
• Em até 2 semanas – AGA;
• Em até 21 dias plano de condutas;
Hazzard. Textbook of Geriatrics and Gerontology, 2009.
www.medicare.gov/NHCompare
Acolhimento
Privacidade
Individualidade
Qualidade no encontro entre os sujeitos
"Há pouco, andava quase que como o voar de um beija flor.
Com o tempo, vou manso, bem devagar.
Bem há pouquinho, era o sol.
E de repente, anoiteceu.
Lembro-me que era ontem, bem recente;
frescor, fragrância, textura de pêssegos recém-colhidos.
Vieram passos, nesgas, marcas bem marcadas.
Me olhei,
e vi que ali no espelho, era eu." * José Ortega y Gasset
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