Coordenadoria de Educação
Língua Portuguesa – Aluno(a)7° Ano
II CADERNO DE APOIO PEDAGÓGICO
2010
7º ANO
II Caderno
Nome da Escola:__________________________________
Nome:___________________________________________Coordenadoria de Educação
Eduardo PaesPrefeito da Cidade do Rio de Janeiro
Profª Claudia CostinSecretária Municipal de Educação
Profª Regina Helena Diniz BomenySubsecretária de Ensino
Profª Maria de Nazareth Machado de Barros VasconcellosCoordenadora de Educação
Profª Maria Socorro Ramos de SouzaProfª Maria de Fátima Cunha
Coordenação
Profª Drª Maria Teresa Tedesco Vilardo Abreu Consultora - Língua Portuguesa
Profª Monica Araujo de SouzaElaboração
Profª Leila Cunha de Oliveira Revisão
Profª Leila Cunha de Oliveira Profª Monica Araujo de Souza
Diagramação
Querido(a) aluno(a),
Neste caderno, estudaremos alguns autores e
compositores que são referência para a
literatura e a música no Brasil.
Além de conhecermos biografias e diferentes
textos, faremos uma viagem pela história, que
contará com personagens fantásticos e
diversas situações: umas comuns, outras nem
um pouco.
Vamos conhecer estes ilustres autores e suas
obras que tantas alegrias nos proporcionam.
rickbr8.wordpress.com/2008/01/
7º ANO
II Caderno
Coordenadoria de Educação
Nome da Escola:__________________________________
Nome:___________________________________________
Noel cresceu magro e doente. Mas, apesar disso, desde a
adolescência interessou-se pela vida boêmia, frequentando
rodas de samba. Aprendeu a tocar bandolim com sua mãe,
adotando depois o violão – que aprendeu a tocar com o pai – ,
como seu instrumento.
Glossário:
Fórceps: instrumento que se usa para,
a partir de indicação adequada, extrair
uma criança do útero.
Maxilar: Cada um dos dois ossos em
que se implantam os dentes superiores.
Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da
língua portuguesa/Aurélio Buarque de
Holanda Ferreira. 3ed.Rio de Janeiro. Nova
Fronteira.
7º ANO/ Julho 2010
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
TEXTO 1
Noel Rosa nasceu no bairro de Vila
Isabel, no Rio de Janeiro, em dezembro
de 1910 e se tornou célebre através de
suas músicas. Sua mãe teve um parto
difícil e o médico precisou forçar o
parto, usando fórceps, o que teria
causado um afundamento em seu
maxilar.
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Nome da Escola:__________________________________
Nome:___________________________________________
Fichas 1: Noel de Vila Isabel
1) Este ano Noel Rosa completaria 100 anos. Seria bastante
interessante conhecermos um pouco mais esse grande compositor.
Para isso, você irá complementar a biografia dele. Algumas pistas
já foram dadas no texto anterior. Cabe a você dar continuidade,
respondendo às perguntas abaixo. Pesquise em livros na sala de
leitura, na internet. A seguir, escreva a biografia desse
compositor.
a) Onde nasceu Noel Rosa?
b) Por que ele foi tão importante para o bairro em que nasceu?
c) Que doença o afetou tão cedo?
d) Quantos anos tinha quando morreu?
e) Quais foram os seus principais parceiros musicais?
f) Você conhece alguma música de Noel Rosa? Pesquise sobre
a obra desse compositor.
Atenção: o samba-enredo da Escola de Samba Unidos da Vila
Isabel, este ano, fez uma bela homenagem a esse compositor.
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7º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
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Nome da Escola:__________________________________
Nome:___________________________________________
2) “Mas, apesar disso, desde a adolescência, interessou-se pela vida boêmia, frequentando rodas de
samba.”
a) Que característica a expressão destacada revela do nosso compositor Noel Rosa?
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b) Reescreva a frase, substituindo a expressão em negrito por outra de valor equivalente, mantendo a
característica do compositor.
______________________________________________________________________________________________________
3) No trecho “Sua mãe teve um parto difícil e o médico precisou forçar o parto( ...)”, o uso da palavra de
ligação e revela o seguinte sentido:
______________________________________________________________________________________________________
4) Substitua a palavra em negrito do trecho acima por outra de igual significado.
Reescreva o trecho sem alterar-lhe o sentido.
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7º ANO
FICHA 1
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www.fep.up.pt/.../Pauta_musical_transp.gif
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Conversa de botequim
Composição: Noel Rosa / Vadico
Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao
Sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do fute...bol
Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão
Uma caneta, um tinteiro,
Não se esqueça de me dar palitos
Vá dizer ao charuteiro
Que me empreste umas revistas,
Um isqueiro e um cinzeiro
Seu garçom faça o favor de me trazer depressa...
Telefone ao menos uma vez
Para três quatro quatro três três três
E ordene ao seu Osório
Que me mande um guarda-chuva
Aqui pro nosso escritório
Seu garçom me empresta algum dinheiro
Que eu deixei o meu com o bicheiro,
Vá dizer ao seu gerente
Que pendure esta despesa
No cabide ali em frente
Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol
7º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
TEXTO 2
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�“A música ‘conversa de botequim’ foi inspirada em
um fato que ocorreu com Noel Rosa, em um barzinho
que frequentava. Lá havia um garçom que, assim que
Noel chegava, ia limpar a mesa onde sentava. Este era
um modo de dizer, na época, que o cliente não era
bem vindo”.
�“O telefone (344333) citado na música ‘Conversa
de Botequim’ teve tanto sucesso que a empresa
telefônica da época comprou o número para fazer
uma propaganda”.
Adaptado de http://www.letras.com.br/biografia/noel-rosa-
7º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
TRABALHANDO COM O TEXTO 2
1) A música “Conversa de botequim” é um poema no qual Noel Rosa explora a melodia, a musicalidade e a rima em seus versos.
Observe:
“Que eu não estou disposto a ficar exposto ao
Sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do fute...bol”
a) Retire da música outros exemplos de versos com rimas.
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b) Pense e responda: por que esse recurso foi utilizado?
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2) As formas verbais PENDURE E e F ECHE indicam uma ordem.
Retire da música outras palavras com essa mesma função. Qual o efeito
desse recurso na letra dessa música?
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Nome:___________________________________________
3) “Um pão bem quente com manteiga à beça.”
a) Com que intenção o poeta utilizou a expressão à beça no verso acima?
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b) Que outra palavra ou expressão poderia ser usada sem alterar o sentido do verso? Esta palavra que você utiliza traz o
mesmo efeito na musicalidade e ritmo do poema? Por quê?
___________________________________________________________________________________________________
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4) Que elementos presentes no poema comprovam que a situação retratada é de bar? Explique.
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5) Quem é o interlocutor do eu poético? Transcreva um ou mais versos que justifique (m) a sua resposta.
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7º ANO
FICHA 1
Coordenadoria de Educação
IMAGEM: gif - www.pmf.sc.gov.br/.../notas_musicais.gif
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Nome:___________________________________________
Soneto do amigo
Vinícius de Moraes
Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explicaQue só se vai ao ver outro nascerE o espelho de minha alma multiplica...
Soneto de Fidelidade
Vinícius de Moraes
De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.
MORAES, Vinícius. Poesia completa e prosa. Lacerda Editora,Rio de Janeiro,2008
7º ANO
FICHA 2
Coordenadoria de Educação
TEXTO 2
TEXTO 1
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Nome:___________________________________________
Para começar este trabalho, leia estes dois sonetos – poema de forma fixa – em voz alta. Sinta o ritmo, a musicalidade, a intenção do eu poético em cada um deles.
1) Qual é o tema do texto 1? E o do texto 2?
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2) Analise o título dos dois poemas. Com a ajuda de seu professor, diga de que forma o título marca a estrutura dos dois
poemas.
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3) Analise bem versos e estrofes e diga por que esses poemas são conhecidos como “poemas de forma fixa”.
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4) Que ideia é expressa pelo prefixo RE, nas palavras “ressurge” e “reencontrado” ( versos 3 e 4 do texto 1)?
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5) Que relação a ideia expressa por esses prefixos estabelece com o verso “Que só se vai ao ver outro nascer” ( última
estrofe do texto 1)?
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FICHA 2
Coordenadoria de Educação
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6) Volte à 2ª estrofe do Soneto da fidelidade. No
verso, “Quero vivê-lo em cada vão momento”, o
pronome destacado refere-se a que palavra? Em
que estrofe essa palavra é encontrada?
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Vinícius de Moraes também era
conhecido como o Poetinha.
Esse pseudônimo foi dado a ele por
suas características de escritor.
Essa é uma figura de linguagem
chamada perífrase, que nomeia pessoas e
lugares por suas características
específicas.
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FICHA 2
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Vinicius de Moraes
7) Leia a primeira estrofe do Soneto do amigo
“Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado”
a) A presença da palavra Enfim informa ao leitor que muitas coisas aconteceram na vida desses amigos.
Que informações são essas que o poema traz e que se referem à palavra destacada? Localize as estrofes em que se
encontram essas informações.
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b) Explique o efeito de sentido do uso dos dois pontos e das reticências na última estrofe.
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8) Volte ao Soneto da Fidelidade e retire um (ou mais) verso(s) que justifique(m) o seu título.
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9) Qual o efeito de sentido do uso dos parênteses e dos dois pontos na última estrofe?
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FICHA 2
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Os verbetes de dicionário são entradas,
definições de palavras e explicações e notas
sobre algo. O verbete de dicionário não serve
somente para dar o significado de uma palavra,
como serve também para dar explicações
gramaticais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Verbete
PARA FAZER NO SEU CADERNO
� Procure no dicionário o significado das palavras COMOVER e CONTENTAMENTO, presentes nos poemas de Vinícius de Moraes (textos 1 e 2 da ficha 2) e registre-os.
� Observe que outras informações estão presentes no verbete e pesquise os seus significados.
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7º ANO
FICHA 2
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No dia 9 de dezembro, a Organização
Mundial de Saúde publicou um relatório sobre a
epidemia global do tabaco, e apresentou os
resultados para o ano de 2009.
De acordo com o monitoramento, o uso de
tabaco nesse ano causou a morte de cinco
milhões de pessoas. Além disso, as vítimas do
tabagismo passivo foram cerca de 600 mil
pessoas.
Não basta simplesmente dizer às pessoas
que o cigarro é prejudicial à saúde. São essenciais
medidas e campanhas dos governos dos diversos
países contra o tabaco.
Texto adaptado de:
http://virtudesvirtuais.files.wordpress.com/2010/01/1260400353_126039
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1.Qual é o assunto da campanha da Organização Mundial de Saúde?
____________________________________________________________________________________
2. Que elementos do texto indicam fatos ?
____________________________________________________________________________________
3. Pesquise o que é o tabagismo passivo?
____________________________________________________________________________________
4. O que, segundo o texto, é essencial para o combate ao tabagismo?
____________________________________________________________________________________
5. Por que os governos devem tomar a frente na luta contra o tabaco?
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7º ANO
FICHA 3
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TEXTO 1
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1) Observe a imagem ao lado (texto 1) e responda:
a) o que você observa nela?
________________________________________________
________________________________________________
b) a que se destina a campanha?
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________________________________________________
c) podemos dizer que há relação entre esta
imagem e o texto 1? Por quê?
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________________________________________________http://virtudesvirtuais.files.wordpress.com/2010/01/1260400353_
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7º ANO
FICHA 3
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TEXTO 2
http://www.cigarro.med.br/
7º ANO
FICHA 3
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TEXTO 3
O texto 3 é uma propaganda institucional contra o tabaco.
1) Faça a leitura da imagem, respondendo às questões
abaixo.
a) Qual o significado das bolas de ferro para o
entendimento da
propaganda?____________________________________________
_________________________________________________________
b) Qual a diferença na expressão facial entre as pessoas
que já compraram o cigarro e aquelas que ainda irão
comprar?_______________________________________________
_________________________________________________________
c) Que personagem realmente está tirando proveito da
situação? Explique .
_________________________________________________________
_________________________________________________________
7º ANO
FICHA 3
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O cigarro possui muitos componentes
químicos que são prejudiciais à saúde,
como por exemplo nicotina, alcatrão,
monóxido de carbono, amônia, formol,
naftalina, açúcares etc, além de vários
tipos de conservantes.
Pesquise e registre, em seu caderno,
as doenças que podem ser causadas
pelo tabagismo.
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1) Segundo Mafalda, qual é a importância do dedo
indicador?
_________________________________________________________
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2) Em que quadrinho encontra-se o humor da história?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
3) Qual é a função da palavra destacada em “Esse deve
ser o tal indicador de desemprego”, para o contexto da
história?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
4) Que palavra ou expressão é substituída pelo pronome
que em “...de que tanto se fala!”
_________________________________________________________
5) Que ideia é expressa no terceiro quadrinho?
_________________________________________________________
7º ANO
FICHA 4
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TEXTO 1
Entre leão e unicórnioMarina Colasanti
No meio da noite de núpcias, o rei acordou tocado pela sede. Já ia se levantar, quando, junto à cama, do lado da
sua recém-esposa, viu deitado um leão.
– Na certa – pensou o rei mais surpreso do que assustado – , estou tendo um pesadelo.
E mudando de posição para interromper o sonho mau, deitou a real cabeça sobre o real travesseiro. Em seguida,
adormeceu.
De fato, na manhã seguinte, o leão havia desaparecido sem deixar cheiro ou rastro, e o rei logo esqueceu de tê-lo
visto.
Esquecido ficaria, se dali a algum tempo, acordando à noite entre um suspiro e um ronco, não deparasse com ele
no mesmo lugar, fulvo e vigilante. Dessa vez, custou mais a adormecer.
Quando a rainha despertou, o rei contou-lhe do estranho visitante noturno que já por duas vezes se apresentava em
seu quarto.
– Oh! Senhor meu marido – disse-lhe esta constrangida – , não ousei revelar antes do casamento, mas desde
sempre esse leão me acompanha. Mora na porta do meu sono, e não deixa ninguém entrar ou sair. Por isso não tenho
sonhos, e minhas noites são escuras e ocas como poço.
Penalizado, o rei perguntou o que poderia fazer para livrá-la de tão cruel carcereiro.
7º ANO
FICHA 5
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Durante algum tempo dormiu todas as noites até de manhã, sem sobressaltos. Mas numa madrugada quente em que os
edredons de pluma pareciam pesar sobre seu corpo, acordando todo suado, viu que o quarto real estava invadido por
dezenas de beija-flores e que um enxame de abelhas se agrupava na cabeceira
Depressa cobriu a cabeça com o lençol, e debaixo daquela espécie de mortalha, atravessou as horas que ainda o
separavam do nascer do dia. Só ao perceber o primeiro espreguiçar-se da rainha, emergiu de dentro da cama, contando-lhe
da bicharada.
– É que dormindo ao seu lado, meu caro esposo, cada vez mais doces e mais floridos se fazem meus sonhos.
– explicou ela, sorrindo com ternura.
E ele, desvanecido com tanto amor, pousou-lhe um beijo na testa.
Muitos meses se foram, tranquilos.
Porém uma noite, tendo jantado mais do que devia à mesa do banquete, o rei acordou em meio ao silêncio.
Levantou-se disposto a tomar um pouco de ar no balcão, quando, caracoleando sobre o mármore real do aposento, viu
aproximar-se um unicórnio azul.
Não ousou tocar animal tão inexistente. Não ousou voltar para cama. Perplexo, saiu para o terraço, fechou
rapidamente as portas envidraçadas, e encolhido num canto esperou que a manhã lhe permitisse interpelar a rainha.
7º ANO
FICHA 5
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– Quando o leão aparecer – respondeu ela – pegue a espada e corte-lhe as patas.
Naquela mesma noite, antes de deitar, o rei botou ao lado da cama sua espada mais
afiada. E assim que abriu os olhos na semi-escuridão, zac! Decepou as patas da fera de um só
golpe. Depois, mais sossegado, retomou o sono.
– É a montada da minha imaginação – escusou-se ela. – Leva meus sonho lá onde eu não tenho acesso. Galopa a
noite inteira sem que eu tenha controle.
Tão bonito pareceu aquilo ao rei, que na noite seguinte, quer por desejo, quer por acaso, no momento em que a
mulher adormeceu, ele acordou. Lá estava o unicórnio com seu chifre de cristal, batendo de leve os cascos, pronto para a
partida. Desta vez o rei não temeu. Levou-lhe a mão ao pescoço, alisou o suave azul do pêlo, e de um salto montou-o.
Unicórnios de sonho não relincham. Aquele levantou a cabeça, sacudiu a crina, e como se pisasse nos caminhos do
vento, partiu a galope.
Galoparam a noite toda. Mas antes que o sol nascesse, quando a escuridão apenas começava a derreter-se no
horizonte, os cascos mais uma vez pousaram no mármore. E a real cabeça deitou-se no travesseiro.
– Sonhei que vossa majestade fugia com a montada de minha imaginação – disse a rainha ao esposo, de manhã.
Mas estou bem contente em vê-lo agora aqui ao meu lado – acrescentou numa reverência.
O rei, porém, mal conseguia esperar pelo fim do dia. Tão rica e vasta havia sido a viagem, que só desejava montar
novamente naquele dorso, e, azul no ar azul, descobrir novos rumos. Pela primeira vez as tarefas da coroa lhe pareceram
pesadas, e tediosa a corte. Da rainha, só desejava que, rápido, adormecesse.
E a cada noite, mais diferente ficou.
Já não queria guerrear, nem dançar nos salões. Já não se interessava por caçadas ou tesouros. Trancado sozinho
na sala do trono durante horas, pensava e pensava, galopando na lembrança, livre como
o unicórnio.
7º ANO
FICHA 5
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Ressentia-se, porém, a rainha com aquela ausência. Doente, quase, de tanta desatenção, mandou por fim chamar a
mais fiel das suas damas de companhia. E em grande segredo deu-lhes as ordens: deveria esconder-se debaixo da cama
real, cuidando para não ser vista. E ali esperar pelo sono da rainha. Tão logo esta adormecesse, veria surgir um leão sem
patas. Que não temesse. Pegasse as patas que jaziam decepadas à sua frente, e, com um fio de seda, as costurasse no
lugar.
Tendo obtido da moça a promessa de que tudo faria conforme o explicado, deitou-se a rainha logo ao escurecer,
pretextando grande cansaço. No que foi imediatamente acompanhada pelo rei.
Custava, porém, o sono chegar. Virava-se e revirava-se o casal real sobre o colchão, enquanto embaixo a dama de
companhia esperava. E de tanto esperar, o sono acabou chegando primeiro para ela que, sem perceber, adormeceu.
Acordou noite alta, quando há muito o unicórnio tinha vindo buscar o seu ginete. Assustada, não querendo faltar com a
promessa e ouvindo o ressonar da rainha, rastejou para fora da cama. Lá estava o leão, deitado e imóvel. Lá estavam as
patas à sua frente. Rapidamente pegou a agulha enfiada com longo fio de seda, e em pontos bem firmes costurou uma pata.
Depois a outra.
Leões de sonho não rugem. Aquele levantou a cabeça, sacudiu a juba e firme sobre as patas retomou a sua tarefa de
guardião. Nenhum sonho mais sairia das noites da rainha. Nenhum entraria. Nem mesmo aquele em que um unicórnio azul
galopava e galopava, levando no dorso um rei para sempre errante."
COLASANTI, Marina. A moça tecelã e outras histórias.Editora Global,2004
7º ANO
FICHA 5
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fantasiemagic.blogspot.com/
1) Você conhece a origem da palavra PERSONAGEM? Faça uma pesquisa sobre o assunto e registre em seu caderno.
2) Explorando o texto.
a) Quem são os protagonistas ( personagens principais) do texto?
___________________________________________________________________________________________________
b) Que fatos inusitados aconteciam durante o sono da rainha?
___________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________________
d) O que, segundo a rainha, provocara o enxame de abelhas?
___________________________________________________________________________________________________
e) Qual a real função do leão e do unicórnio no texto?
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f) Pela leitura do texto, pode-se constatar que o casal havia se casado há pouco.
Retire do texto um trecho que justifique essa afirmação.
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3) Retire do texto uma expressão que indique tempo passado.
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J ovensonlines.blogspot.com/2010/05/lendas-ser...
4) A quem se refere o pronome em destaque, no seguinte trecho: “De fato, na manhã seguinte, o leão havia
desaparecido sem deixar cheiro ou rastro e o rei logo esqueceu tê-lo visto”. (L.6)
____________________________________________________________________________________________
5) O texto “Entre leão e unicórnio” é uma narrativa. Sabe-se que esse tipo de texto deve ter um momento inicial, a
complicação, o clímax e o desfecho da situação narrada.
Identifique no conto de Marina Colasanti os episódios que marcam essas partes.
a) Início das ações da narrativa.
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b) Elementos que marcam a complicação da história.
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c) O clímax dos fatos narrados.
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d) O desfecho da história.
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Fóssil de superpredador de 238 milhões de anos
é encontrado no RS
Tecodonte media sete metros de comprimento e pesava 900 quilos.
Espécie, só achada no Brasil, foi identificada no início do século XX.
Iberê Thenório
Paleontólogos brasileiros encontraram no Rio Grande do Sul um esqueleto
quase completo do tecodonte superpredador Prestosuchus chiniquensis, que
viveu há cerca de 238 milhões de anos. O animal, que lembra uma mistura de
cachorro com dinossauro, media cerca de sete metros de comprimento, tinha 1,6
metros de altura, pesava novecentos quilos e andava sobre as quatro patas.
Os ossos foram encontrados no município de Dona Francisca, na região central
do estado, por pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). O
local é rico em fósseis do período triássico, entre 200 e 250 milhões de anos
atrás, quando os continentes ainda não haviam se separado.
G1, São Paulo. 10/05/2010
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7º ANO
FICHA 6
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TEXTO 1
1) Qual a finalidade desse tipo de texto?
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2) A que público se destina?
__________________________________________________________________________________________________
3) Construindo o glossário.
Procure no dicionário o significado das palavras FÓSSIL e PREDADOR. Registre em seu caderno.
4) Compare este texto com o texto 1 da ficha 5 (“Entre o leão e o unicórnio)” e comprove suas respostas, transcrevendo
fragmentos dos textos.
a) Qual deles fala de fatos reais?
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b) Qual deles possui elementos fantásticos?
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7º ANO
FICHA 6
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Trabalhando com o Texto ...
Você sabe o que é biodiversidade?
O termo biodiversidade – ou diversidade biológica –
descreve a riqueza e a variedade do mundo natural.
As plantas, os animais e os microrganismos fornecem
alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima
industrial consumida pelo ser humano.
http://wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/biodiversidad
1) Você sabe o que é o aquecimento global? Converse com o seu professor e colegas sobre o assunto e registre as informações que respondam à pergunta.
______________________________________________
______________________________________________
2) Qual a relação entre biodiversidade e aquecimento
global?
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7º ANO
FICHA 7
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TEXTO 1
1) Observe atentamente a imagem e a frase em destaque. Em seguida, explique a relação existente entre elas.
_____________________________________________________________________________________________
2) Explique a ideia expressa na frase “A BIODIVERSIDADE ESTÁ NA GENTE”.
_____________________________________________________________________________________________
3) Que palavra ou expressão poderia substituir a expressão destacada, sem alterar o sentido da frase?
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Clic
kmar
ket.c
om.b
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FICHA 7
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TEXTO 2
VAMOS ORGANIZAR UMA ENTREVISTA?
Você conhece alguém que tenha nascido no nordeste do Brasil?Marque data e hora para entrevistá-lo(a).
Selecionando as perguntas ( registre-as em seu caderno). Organize outras perguntas, que julgar
necessárias, considerando a pessoa escolhida para ser entrevistada.
a) Qual o seu nome?
b) Quantos anos você tem?
c) Onde você nasceu?
d) Descreva sua cidade.
e) O que você mais gostava de fazer em sua cidade natal?
f) Qual era a maior dificuldade encontrada por sua família nesse lugar?
g) Quando chegou ao Rio de Janeiro?
h) Por que veio para cá?
i) Qual foi a melhor e a pior surpresa que teve ao chegar aqui?
j) Você percebeu alguma diferença entre o falar nordestino e o falar carioca? Cite alguns exemplos.
k) Você já ouviu falar em toada e literatura de cordel?
l) Você conhece algum autor desse tipo de texto?
7º ANO
FICHA 8
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Entrevista
Acompanhe a entrevista feita pelo jornalista Ricardo Kotscho com Patativa do Assaré, em março de 2000. O repórter e redator Jesus Leite, da Rádio Assaré FM, gentilmente emprestou um gravador para Kotscho, o que possibilitou a reprodução desta entrevista na Internet.
Época: O que você falaria para os companheiros nordestinos que estão em São Paulo, no Rio? Como está o Nordeste hoje? Vale a pena voltar?
Patativa: A vida está difícil em toda a parte, mas lá está pior porque a legião de nordestinos que tem láé um absurdo. E o desemprego faz com que eles procurem um meio de voltar para a própria terra. Mesmo sofrendo, mas está sofrendo em sua terra. Mas não vou fazer poesia dentro deste tema não.
Época: É muito triste, né? Não dá vontade, não dá inspiração...
Patativa: Não, inspiração eu tenho a toda hora. Em tudo o que eu quero. É porque eu não lembro nem quero. Naquele tempo, também já tinha gente querendo voltar e não podia. Lá tem muita gente, rapaz, que quer voltar e não pode voltar.
Época: Agora seria a triste volta. A triste partida e agora a triste volta.
Patativa: É.
Você conhece Patativa do Assaré?
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Patativa
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06/TEXTO 1
Época: Algum amigo do senhor que foi embora e voltou para Serra, para Assaré? Teve amigo do senhor que voltou já?
Patativa: Tem. Tem muitos que voltaram, mas não é nem pelo seu sofrimento, e a saudade bate nele, e ele, mesmo sofrendo, deixa sua lembrança no coração e nunca esquece aquele que tem o espírito de patriota e ama a própria terra. Eu pelo menos nasci aqui, neste Assaré, e nunca parti para parte nenhuma. E nem quero sair. Hei de viver aqui até morrer neste meu Assaré. Assaré, de meus amores, onde andei de beco em beco, saíram flor, folhas e flores, só ficou um tronco seco. Mas mesmo assim eu quero viver aqui. Gravador que estás gravando, aqui no nosso ambiente, tu gravas a minha voz, o meuverso e o meu repente. Mas gravador, tu não gravas a dor que meu peito sente. Tu gravas em tua fita com a maior perfeição, o timbre de minha voz e a minha própria expressão, mas não grava a dor grave, gravada em meu coração. Gravador, tu és feliz, e ai de mim o que será, bem pode ser desgravado o que em sua fita está e a dor do meu coração jamais se desgravará.
Época: Muito bonito. São 8 horas da manhã e o senhor já está inspirado. Todo dia é assim?
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Patativa: Sempre nasci com esta interação e continua ainda. Embora no vigor da mocidade, cada um pode bem avaliar, que eu tinha mais expressão, pensamento mais rápido, mas com 91 anos, tô com 91 anos, se eu quiser saber por experiência...
Época: O senhor imaginava chegar ao ano 2000, passar o ano 2000, e continuar com esta memória que o senhor tem, lembrar de obras que o senhor fez, de trabalhos que o senhor fez há quarenta, cinquenta anos?
zerobertograuna.blogspot.com/2009_12_01_archi...
Patativa: A primeira reportagem que teve foi no jornal de Diário do Nordeste neste ano, foi minha saudação ao ano 2000.
Época: Como é esta saudação?
Patativa: Com amor no coração, faço a minha saudação. Meu bom dia ano 2000, trazendo felicidade, paz, justiça e liberdade, bem-vindo seja ao Brasil. Meu caro amigo 2000 pede com desejos mil, nestes versinhos rasteiros, um poeta que se empenha pedindo que o povo tenha um Brasil dos brasileiros. Ouvindo com atenção, minha solicitação, fiquei muito feliz. Queremos que você traga, desde o campo
até a praça, progresso em nosso país. Patativa do Assaré. Época: Muito bonito, muito bonito. O Senhor trabalhou até mais de 70 na lavoura. Até que idade o senhor trabalhou na roça?
Patativa: 60 e tantos anos. É porque a poesia de outros poetas é diferente do Patativa. Eu nasci com um privilégio admirável, que eu mesmo nunca vi outro fazer. Fazer a sua própria poesia, gravando logo na mente, desviando, repito, na memória. Você pode ler uma estrofe, ficava na mente. Segunda, terceira, até terminar o poema que eu quisesse fazer.
Época: E a grande inspiração do senhor sempre foi a roça, sempre foi a terra, a natureza, por isso que o senhor sempre quis ficar em Santana, em Assaré, sem sair daqui. Esta é a grande inspiração do senhor?
Patativa: Naturalmente.
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singrandohorizontes.wordpress.com/.../
Época: E estes visitantes? Agora, tem o memorial bem aqui na frente, tem o Memorial do Patativa. Quase todos os dias vem visita e eles vão no memorial e querem falar com o senhor. Às vezes, o senhor não fica aborrecido com tanta gente que vem aqui?
Patativa: Não. Quanto mais visitas, mais eu me sinto prazenteiro porque eu não fiz provenção da minha lira, para ter como ganhar dinheiro. Eu procurei, estou fazendo ainda, é atrair amizade no Brasil inteiro. Eu quero que o Brasil todo me quer. Você ainda não viu isso não?
Época: É verdade, todo mundo gosta do senhor. É o poeta popular mais querido do Brasil de todos os tempos. É o que todo mundo fala.
Patativa: Aí então, a minha riqueza que eu fiz até agora não é outra. É a própria amizade, é o amor de um para os outros, sem sentido de exploração. É isso o que tenho feito e quero fazer o restante da minha idade.
Época: Esta é a maior alegria que o senhor tem? Esta fraternidade, amizade, amor. Qual o momento de tristeza que o senhor tem?
Patativa: Não, mas a maior riqueza é esta. Aquele que sabe vê o que é a vida, vê que a principal riqueza é o amor de um para os outros. Foi o que Cristo pregou, o direito humano, na Palestina, e tudo aquilo que ele pregou.
Trecho adaptado da Revista Época, 12/07/2002.
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Literatura de Cordel ww
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1) Como é comum entre os poetas, Patativa do Assaré é o pseudônimo desse carismático autor. Você sabe
qual o verdadeiro nome dele? Pesquise e registre.
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2) Em que lugar do Brasil nasceu Patativa do
Assaré?______________________________________________________________________________________________________
3) De que modo a vida que levava influenciou sua literatura?______________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
4) Procure no texto palavras que sejam características daquela região do Brasil.
________________________________________________________________________________________________________________
5) Leia o trecho retirado da entrevista: “Assaré de meus amores, onde andei de beco em beco, saíram
flor, folhas e flores, só ficou um tronco seco”. O que o poeta quis retratar com essa frase?
________________________________________________________________________________________________________________
6) A entrevista foi integralmente reproduzida a partir de um recurso auditivo. Retire trechos da
entrevista que confirmem essa
afirmação.____________________________________________________________________________________________________
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7) A entrevista usa a linguagem informal. Destaque do texto marcas que revelem que está sendo usada
a língua portuguesa informal.
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8) Na quarta pergunta, Patativa expressa a sua tristeza e o seu carinho pelo “Assaré”. Que palavras ele
usa para mostrar sua relação com o lugar em que nasceu?
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
9) Qual a queixa que o poeta faz ao gravador?
______________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________
10) Ainda na pergunta 4, qual o efeito da repetição da conjunção e no trecho “Tem muitos que voltaram,
mas, não é nem pelo sofrimento, e a saudade bate nele, e ele, mesmo sofrendo, deixa sua lembrança no
coração e nunca parti para parte nenhuma.”
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Poetas niversitário, Poetas de Cademia, De rico vocabularoCheio de mitologia; Se a gente canta o que pensa, Eu quero pedir licença, Pois mesmo sem português Neste livrinho apresento O prazê e o sofrimento De um poeta camponês.
Eu nasci aqui no mato, Vivi sempre a trabaiá, Neste meu pobre recato, Eu não pude estudá. No verdô de minha idade, Só tive a felicidade De dá um pequeno insaioIn dois livro do iscritô, O famoso professôFilisberto de Carvaio.
No primeiro livro havia Belas figuras na capa, E no começo se lia: A pá — O dedo do Papa, Papa, pia, dedo, dado, Pua, o pote de melado, Dá-me o dado, a fera é máE tantas coisa bonita, Qui o meu coração parpitaQuando eu pego a rescordá.
Foi os livro de valôMais maió que vi no mundo, Apenas daquele autôLi o premêro e o segundo; Mas, porém, esta leitura, Me tirô da treva escura, Mostrando o caminho certo, Bastante me protegeu; Eu juro que Jesus deu Sarvação a Filisberto.
Depois que os dois livro eu li, Fiquei me sintindo bem, E ôtras coisinha aprendi Sem tê lição de ninguém. Na minha pobre linguage, A minha lira servageCanto o que minha arma sente E o meu coração incerra, As coisa de minha terra E a vida de minha gente.
Poeta niversitaro, Poeta de cademia, De rico vocabularoCheio de mitologia, Tarvez este meu livrinho Não vá recebê carinho, Nem lugio e nem istima, Mas garanto sê fiéE não istruí papéCom poesia sem rima.
Aos Poetas Clássicos
Patativa do Assaré
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TEXTO 2
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Cheio de rima e sintindoQuero iscrevê meu volume, Pra não ficá parecoCom a fulô sem perfume; A poesia sem rima, Bastante me disanimaE alegria não me dá; Não tem sabô a leitura, Parece uma noite iscuraSem istrela e sem luá.
Se um dotô me perguntáSe o verso sem rima presta, Calado eu não vou ficá, A minha resposta é esta: — Sem a rima, a poesia Perde arguma simpatia E uma parte do primô; Não merece munta parma, É como o corpo sem arma E o coração sem amô.
Meu caro amigo poeta, Qui faz poesia branca, Não me chame de pateta Por esta opinião franca. Nasci entre a natureza, Sempre adorando as beleza Das obra do Criadô, Uvindo o vento na serva E vendo no campo a revaPintadinha de fulô.
Sou um caboco rocêro, Sem letra e sem istrução; O meu verso tem o chêroDa poêra do sertão; Vivo nesta solidadeBem destante da cidade Onde a ciença guverna. Tudo meu é naturá, Não sou capaz de gostáDa poesia moderna.
Dêste jeito Deus me quis E assim eu me sinto bem; Me considero feliz Sem nunca invejá quem tem Profundo conhecimento. Ou ligêro como o vento Ou divagá como a lêsma, Tudo sofre a mesma prova, Vai batê na fria cova; Esta vida é sempre a mesma.
http://www.tanto.com.br/Patativa.htm
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O Brasil é um país de grandes extensões
territoriais, o que corrobora para que a língua
portuguesa falada em todo o território
brasileiro, apesar de possuir um padrão,
tenha suas variações regionais.
Glossário:
Corroborar: ratificar; confirmar.
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PARA FAZER NO SEU CADERNO
Volte ao texto 2 (Aos Poetas Clássicos) e selecione
palavras que não façam parte do falar carioca.
Você sabe o que é “licença poética”? Converse com
o seu professor e, em seguida, justifique as
palavras grafadas fora do padrão, na literatura de
Patativa do Assaré.
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1) Leia a estrofe abaixo e explique a quem o poeta se
refere.
“(...)
Poetas niversitário,
Poetas de Cademia,
De rico vocabularo
Cheio de mitologia;
Se a gente canta o que pensa,
Eu quero pedir licença,
Pois mesmo sem português
Neste livrinho apresento
O prazê e o sofrimento
De um poeta camponês.
(...) “
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2) Qual é, segundo essa estrofe, a diferença
entre ele – Patativa – e os poetas citados no
poema?
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3) Em que estrofe o poeta fala sobre a beleza
das rimas e faz uma “crítica” aos versos
brancos?
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4) Nessa mesma estrofe, ele justifica a paixão
pelas rimas. Copie os versos que confirmam
essa afirmação.
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Trabalhando o Texto 2...
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O que é literatura de cordel
Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma
artística, uma manifestação cultural. Por meio da
escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as
histórias do povo — pelo próprio povo.
O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os
livretos, antigamente, eram expostos em barbantes,
como roupas no varal.
Nossa literatura de cordel é caracterizada,
principalmente, pela poesia popular. A prosa
aparece muito mais na forma oral, que passa de
geração para geração.
Como é uma manifestação muito mais cultural do
que intelectual, destaca-se em regiões onde a
cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no
Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul.
http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de-cordel-autores-obras/
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Considerando a leitura do texto 2, responda.
1) O texto 3 possui as características dos textos produzidos como literatura de cordel? Por quê?
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TEXTO 3
2) Crie, em seu caderno, um poema com as características da literatura de cordel e sugira ao seu
professor organizar uma feira literária para divulgação dos textos da turma.
3) Em que região do Brasil é mais comum encontrarmos a literatura de cordel? Procure no poema
(texto 2) palavras relacionadas a essa região.
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4) A literatura de cordel é caracterizada pela poesia popular. Retire do poema elementos que confirmem essa afirmação.
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5) Considerando que esses poemas são recitados de forma melodiosa e cadenciada, explique a
importância das rimas nesse tipo de texto.
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