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Dr.ª Carla Moreira

Mestre Gui Pestana

(Coords.)

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Ias Jornadas de Actividades Aquáticas

Os objectivos que propomos são os seguintes:

! Dar a conhecer as principais linhas de investigação na área das actividades aquáticas;

! Divulgar as novas técnicas utilizadas nas diferentes modalidades

aquáticas;

! Fomentar a discussão e a cooperação entre diferentes especialistas; nacionais na área das actividades aquáticas.

Comissão Organizadora

Departamento de Motricidade

Humana do ISEIT de Mirandela

Dr.ªCarla Moreira Mestre Gui Pestana

Colaboração:

Instituto do Desporto de Portugal Câmara Municipal de Mirandela Associação Regional de Natação do Nordeste

Instituto Superior de Estudos

Interculturais e Transdisciplinares

Avenida 25 de Abril

5370-202 Mirandela

Tel. 278200150

Fax. 278265203

E-mail: [email protected]

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Programa de Actividades:

20 de Maio

09h00: Recepção e Distribuição da Documentação 09h20: Sessão de Abertura Dr. Armando Queijo Presidente do Campus Universitário de Mirandela Dr. José Silvano Presidente da Câmara Municipal de Mirandela 09h30: “Motricidade Humana: uma nova ciência do Homem” Teórica Doutor Manuel Sérgio 10h30: “Adaptação ao meio aquático: o jogo como estratégia alternativa de ensino” Teórico-Prática Mestre Tiago Barbosa 12h30: Almoço 14h00: “Natação para bebés: pressupostos e sequência metodológica” Teórica Mestre Susana Soares Ribeiro 16h30: Pausa para Cáfe 16h40: “Determinação do Limiar Anaeróbio em nadadores: utilização dos testes T30, Velocidade Crítica, V4 e LAn Individual” Teórica Mestre Ricardo Fernandes 18h15: “Alguns aspectos relativos a Actividades Sub-Aquáticas” Teórica Doutora Isabel Canto de Loura 18h45: Encerramento 1ºDia

Nota: Teórica: Realizado no ISEIT de Mirandela Teórico-Prática: Realizado no ISEIT de Mirandela e na Piscina Municipal de Mirandela

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21 de Maio

09h00: “Hidro-Frenesi” Teórico-Prática Dr.ª Joana Alves 11h00: “ Hidro-Power” Teórico-Prática Mestre Mónica Valente 12h45: Almoço 14h30: “A escola de natação: conteúdos e avaliação de programa” Teórica Doutor Jorge Campaniço 15h45: Pausa para Cáfe 16h00: “Programa de Actividades Aquáticas em Reabilitação Cardíaca” Teórica Doutor Fernando Guimarães 17h00: “ Concepção e gestão de infraestruturas desportivas para actividades aquáticas” Teórica Dr. Paulo Araújo 17h30: “ Principais razões da procura das actividades aquáticas como serviço desportivo na Piscina Municipal de Mirandela ” Teórica Dr. João Vinhais 18h00: Sessão de Encerramento Dr. Armando Queijo Presidente do Campus Universitário de Mirandela

Nota: Teórica: Realizado no ISEIT de Mirandela Teórico-Prática: Realizado na Piscina Municipal de Mirandela

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Índice

MOTRICIDADE HUMANA: UMA NOVA CIÊNCIA DO HOMEM _______________6

ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO: O JOGO COMO ESTRATÉGIA

ALTERNATIVA DE ENSINO __________________________________________8

NATAÇÃO PARA BEBÉS: PRESSUPOSOS E SEQUÊNCIA

METODOLÓGICA _________________________________________________10

DETERMINAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBIO EM NADADORES: UTILIZAÇÃO

DOS TESTES T30, VELOCIDADE CRÍTICA, V4 E LAN INDIVIDUAL _________12

ALGUNS ASPECTOS RELATIVOS A ACTIVIDADES SUB-AQUÁTICAS ______15

HIDRO-FRENESI__________________________________________________17

HIDRO-POWER___________________________________________________19

A ESCOLA DE NATAÇÃO: CONTEÚDOS E AVALIAÇÃO DE

PROGRAMAS ____________________________________________________26

PROGRAMA DE ACTIVIDADES AQUÁTICAS EM REABILITAÇÃO

CARDÍACA ______________________________________________________28

CONCEPÇÃO E GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS DESPORTIVAS PARA

ACTIVIDADES AQUÁTICAS _________________________________________30

PRINCIPAIS RAZÕES DA PROCURA DAS ACTIVIDADES AQUÁTICAS COMO

SERVIÇO DESPORTIVO NA PISCINA MUNICIPAL DE MIRANDELA ________32

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Sexta Feira/20 de Maio 09h30: “Motricidade Humana: uma nova ciência do Homem” Teórica

MOTRICIDADE HUMANA: UMA NOVA CIÊNCIA DO HOMEM

Manuel Sérgio Presidente do ISEIT de Almada

Propor como objecto de estudo a Motricidade Humana quer significar:

- Que a Educação Física não abrange todo o campo de acção dos seus

profissionais, dado que, como especialistas da ciência da motricidade humana, cabe-

lhes, por direito próprio, o jogo, o desporto, a ginástica, a dança, o circo, a ergonomia

e a reabilitação (e o treino que acompanha algumas destas actividades).

- A Educação Motora (que poderá substituir a expressão Educação Física) é o

ramo pedagógico da Ciência da Motricidade Humana e deverá estar presente (como

meio indispensável) nas manifestações concretas da ludomotricidade, da

ergomotricidade e da ludoergomotricidade.

- Que as Faculdades de Educação Física deverão passar a chamar-se

Faculdades de Motricidade Humana, passando assim a referir-se a um campo do

conhecimento e não a uma pedagogia sem fundamentação própria.

- Que a Motricidade Humana explica o absoluto do Sentido e o sentido do

Absoluto emergentes do movimento intencional, específico do ser carente que

persegue a superação e o sonho (ou, por outras palavras, o desenvolvimento).

- Que, desta forma, como ciência e consciência, a Motricidade Humana adquire

lugar indiscutível entre as ciências universitárias.

- Que os curricula escolares das Faculdades de Motricidade Humana hão-de

acrescentar às disciplinas básicas, de teor biológico, ou de teor meramente técnico-

desportivo, outras disciplinas básicas de ter cultural.

- Que a Educação Física não morre, porque nunca morre o que foi superado. Ela

permanece na memória e no labor constante da superação.

- Que a área da Motricidade Humana tem a riqueza ontológica e a dignidade

conceptual das restantes áreas científicas. Também aqui se verifica a apreensão do

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ser no ente e do ente no ser; também aqui se pretende passar da fenomenologia à

ontologia.

- E assim, como ciência e consciência, como exploração limitada do possível, a

Motricidade Humana adquire lugar indiscutível, no quadro geral das ciências.

No meu entender, a Educação Física deve prosseguir, eticamente, na prática da

Motricidade Humana. Mas deve ser um valor a transcender, através de uma síntese

sistémica e pluralista, verdadeiramente nova e diferenciadora que à racionalidade, ao

cálculo, ao rendimento e à eficácia seja capaz de antepor um ciência que é consciência e

uma consciência que é ciência.

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Sexta Feira/20 de Maio 10h30: “Adaptação ao meio aquático: o jogo como estratégia alternativa de ensino” Teórico-Prática

ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO: O JOGO COMO ESTRATÉGIA

ALTERNATIVA DE ENSINO

Tiago Barbosa Instituto Politécnico de Bragança

No ensino das actividades aquáticas, tradicionalmente, os professores adoptam um

método de ensino-aprendizagem rígido relativo à sua concepção, aos seus objectivos e

ao seu próprio desenvolvimento. Neste quadro, os alunos, particularmente as crianças e

os jovens, realizam as tarefas propostas sem saberem porque as fazem de determinado

modo e não de outro (Moreno, 2001).

Este processo é marcado por um objectivo final que se reduz à execução técnica

mais eficiente das habilidades motoras a abordar. Esta é uma concepção de ensino-

aprendizagem que implica, por parte do professor, da adopção de um estilo de ensino

directivo, sem a participação activa do aluno na sua aprendizagem, sem tomar em conta

as dimensões afectivas, sociais ou cognitivas deste (Langendorfer et al., 1988;

Langendorfer e Bruya, 1995).

Este último aspecto assume um carácter mais preocupante quando os alunos são

crianças e jovens, em pleno desenvolvimento (Sidentop, 1991). Piaget (1970) entende

que a apropriação do conhecimento depende da interacção do sujeito com o envolvimento

(objectos, pessoas ou locais). Ora, acontece que um estilo de ensino eminentemente

directivo, impossibilita um desenvolvimento mais enriquecedor da criança ou do jovem.

Por outro lado, a progressiva coordenação das acções e das operações que a criança

interioriza, associada às informações oriundas da experimentação com o envolvimento

terão como resultado a construção de esquemas e de estruturas de conhecimento que se

distinguem qualitativamente. Logo, uma das mais subtis, mas profundas, alterações na

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abordagem das actividades aquáticas para crianças e jovens consistiu no gradual

afastamento de estilos de ensino centrados no professor, para estilos de ensino centrados

no aluno (Langendorfer, 1990).

Neste contexto, a função do professor passará pela criação de um problema

ambiental, ou seja, de um jogo, enquanto estratégia para se atingir determinados

objectivos (Moreno, 2001). Isto é, o jogo aquático educativo será o meio pelo qual se

promoverá o ensino das habilidades motoras aquáticas básicas aos alunos. Com efeito,

os jogos aquáticos educativos encerram um conjunto de vantagens aquando do processo

de adaptação ao meio aquático, especialmente numa fase inicial.

Assim, é objectivo desta comunicação apresentar as principais vantagens da

adopção dos jogos aquáticos educativos enquanto estratégia para promover a adaptação

ao meio aquático de crianças e jovens.

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Sexta Feira/20 de Maio 14h00: “Natação para bebés: pressupostos e sequência metodológica” Teórica

NATAÇÃO PARA BEBÉS: PRESSUPOSOS E SEQUÊNCIA

METODOLÓGICA

Susana Soares

MSc., Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física,

Universidade do Porto

Justificar a inclusão de bebés muito pequenos em aulas de natação é primordial

para o reconhecimento e sobrevivência da modalidade. Se quisermos começar por

fundamentos de domínio geral, podemos começar por pensar nas actuais doenças do foro

psicológico, no tabagismo, no consumo excessivo de álcool, nos acidentes

cardiovasculares, na obesidade, na diabetes, ... o verdadeiro cocktail Molotov que tem

valorado a prática desportiva e reforçado a ideia da necessidade da sua prática começar

desde muito cedo, para que induza habituação e um estado de dependência saudável nos

futuros adultos.

Mas esta não será a justificação mais importante.

O reconhecimento do valor da Natação para Bebés tem que passar por dois

vectores fundamentais: a tomada de consciência da necessidade humana de adaptação

ao meio aquático e da necessidade de criar situações de forte interacção como forma de

promoção do desenvolvimento da criança.

Um adulto inadaptado ao meio aquático é um ser incompleto. Não nos é alheia a

frustração de quem afirma, de forma lacónica ou agressiva, “eu não sei nadar!”. Não nos é

também alheia a insegurança de um progenitor que não sabe nadar e passeia com o seu

filho perto da água, pois está consciente de que não lhe poderá valer numa situação de

acidente. Não nos é alheia a falta de literacia motora, particularmente aquática, da

população Portuguesa.

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No fundo, apesar do atraso da nossa micro-sociedade, a adaptação aquática do

Homem é já uma imperatriz de tão grande domínio como a necessidade de aprender a ler

e a escrever. Esta adaptação é tanto mais fácil quanto mais cedo colocarmos a criança

em contacto com o meio aquático, em idades em que a inconsciência e a ausência do

medo são aliados importantes do nosso trabalho.

A interacção como fio condutor do desenvolvimento da criança é algo já há muito

tempo reconhecido pela psicologia do desenvolvimento, que fomenta a promoção de

situações em que a criança tenha de interagir com a sua família (pai, mãe, irmãos,

avós,...), com os outros (adultos e crianças, normais e especiais, ...), com os objectos (da

casa, do infantário, os brinquedos,...) e com ambientes inabituais (a terra, a areia, a

água,...). Viva então a água, que aproxima os Pais dos filhos e os ensina a brincar – e

aqui pode até reforçar-se o papel do pai, enquanto homem, dada a nossa tradição cultural

atribuir erradamente à mulher papeis dominantes nos primeiros meses de vida dos filhos,

nomeadamente no foro relacional. Viva a água que ensina a reconhecer o vizinho, o

amigo, o professor. Viva a água que faz com que os brinquedos se desloquem de forma

diferente. Viva a água...

É com base nesta fundamentação que se vai desenvolver a nossa acção enquanto

agentes condutores do processo de adaptação de bebés ao meio aquático, processo este

que, reforce-se, vai desembocar num novo nível de adaptação e não no ensino das

técnicas de nado, como alguns possam sugerir.

É com base nesta fundamentação que vamos discutir os pressupostos da natação

para bebés e propor uma sequência de trabalho compreensiva para os pais e

respeitadora das vontades e dos ritmos de desenvolvimento de cada bebé.

É com base nesta fundamentação que vamos balizar os limites da natação para

bebés e evitar exigir demais, forçar e esperar o milagre do super-nadador de 3 anos.

É com base nesta fundamentação que vamos dizer alegremente aos pais que não

vamos ensinar o bebé a nadar, vamos antes adaptá-lo á água.

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Sexta Feira/20 de Maio 16h40: “Determinação do Limiar Anaeróbio em nadadores: utilização dos testes T30, Velocidade Crítica, V4 e LAn Individual” Teórica

DETERMINAÇÃO DO LIMIAR ANAERÓBIO EM NADADORES:

UTILIZAÇÃO DOS TESTES T30, VELOCIDADE CRÍTICA, V4 E LAN

INDIVIDUAL

Ricardo Fernandes1,2, Miguel Almeida1, J. Paulo Vilas-Boas1

1 Universidade do Porto, Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação

Física, 2 Coordenador e Treinador Principal do Centro Desportivo Universitário do

Porto

A Natação Pura Desportiva (NPD) é uma modalidade mista, onde o treino das

componentes condicional e técnica do desportista assumem especial relevância. Esta

comunicação centrar-se-à no primeiro ponto referido, isto é, no treino das factores

bioenergéticos influenciadores do rendimento do nadador. Em termos bioenergéticos, a

NPD é considerada como uma modalidade de resistência. Assim, não desprezando o

treino dos pressupostos anaeróbios, iremo-nos detalhar mais pormenorizadamente num

dos parâmetros mais usados no treino e investigação desta modalidade: o limiar

anaeróbio (LAn).

O LAn é o principal indicador fisiológico tradutor da capacidade de resistência

aeróbia em NPD e é definido como a intensidade de exercício que pode ser sustentada

ocorrendo um steady-state das concentrações de lactato sanguíneo, resultado de um

equilíbrio nas suas taxas de produção e remoção (Brooks, 1985). Em NPD existem um

conjunto de testes validados para determinação do LAn, os quais procuram auxiliar os

técnicos a melhor objectivar o seu processo de treino. No entanto, alguns autores (e.g.

Bosquet et al., 2002) alertam para a carência de estudos comparativos entre essas

diferentes metodologias.

Seguidamente descreveremos sumariamente os principais testes usados na

avaliação do LAn em NPD. Na comunicação oral apresentaremos uma nova proposta de

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determinação do LAn, desenvolvida pelo Gabinete de Natação da FCDEF-UP. Tendo em

conta que o LAn é um parâmetro altamente individualizado procuramos que a sua

mensuração fosse o mais especifica possível.

O Teste de 30min (T30) é um teste simples de nado, proposto por Olbrecht et al.

(1985), o qual tendo vindo a ser considerado como um método eficaz para prescrever o

treino de resistência aeróbia. O nadador terá de efectuar 30min de nado contínuo, de

ritmo constante, à velocidade máxima. A velocidade média individual correspondente a

cada T30 obtêm-se através da divisão do número de metros efectuados por cada nadador

pelo valor correspondente à duração do teste (1800s). O T30 é geralmente efectuado na

técnica de crol, o que se justifica pelo facto da maioria das séries de treino de resistência

aeróbia se realizarem nessa técnica de nado e pelo facto da realização de 30 min

contínuos nas técnicas descontínuas (bruços e mariposa) ser pouco viável, sobretudo

devido às significativas alterações do padrão técnico. Embora este teste esteja bastante

generalizado entre os técnicos, do ponto de vista do nadador não é um teste apelativo,

quer pela sua monotonia, quer pelo facto de, com alguma frequência, os nadadores mais

jovens e os nadadores menos motivados não conseguirem contar o numero de piscinas

que estão a realizar e/ou não controlarem os tempos de passagem que efectuam. Talvez

por isso haja alguma tendência para realizar 2 testes semelhantes mas que, de alguma

forma, diminuem os “defeitos” anteriormente referidos: o teste de 2000 metros e o teste de

20min.

O método da Velocidade Critica (VC) foi desenvolvido e adaptado para a NPD por

Wakayoshi et al. (1992), os quais a definiram como sendo a máxima velocidade de nado

susceptível de ser mantida por um longo período de tempo sem exaustão. Embora esta

metodologia tenha surgido há poucos anos, a VC é já considerada um bom indicador da

capacidade funcional do sistema energético aeróbio e a sua realização parece trazer

alguma “competitividade” acrescida por parte dos nadadores relativamente ao T30, na

medida que as distancias utilizadas no teste são, geralmente, distancias utilizadas em

competição. Existem duas metodologias de determinação da VC: (i) com base em testes

realizados durante as sessões de treino, utilizando, p. ex., as distancias de 200 e 800m ou

100 e 400m (Fernandes et al., 2000) e (ii) com base no currículo do nadador, i.e.,

utilizando os tempos oficiais de competição, desde que tenham sido realizados próximo

da altura do cálculo da VC (Fernandes et al., 1999). A VC calcula-se efectuando uma

regressão linear entre os valores da distancia de nado dos testes efectuados e a

respectiva duração. O valor de VC corresponde ao declive da recta de regressão

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calculada, i.e., o valor de “a” na recta que é de tipo y = ax + b. Nesta metodologia de

determinação do LAn deve-se atender a dois aspectos fundamentais: os testes devem ser

realizados à velocidade máxima e, aquando da utilização de somente duas distâncias,

uma delas deverá ser de curta duração e a outra, obrigatoriamente, de longa duração.

Mader e colaboradores validaram um teste denominado Teste de duas velocidades (V4) para a determinação do Lan, o qual se baseava na realização de duas

repetições de 200m (Mader et al., 1976) ou 400m crol (Mader et al., 1978). Após cada

repetição (a primeira a 80-90% e a segunda a 100% da capacidade funcional do

momento), deveriam ser registados os valores da velocidade de nado e o correspondente

valor de lactatemia. As colheitas de sangue capilar são obtidas, geralmente, por punção

do lóbulo auricular no final do exercício e em recuperação (o intervalo deverá ser superior

a 20 min entre cada repetição). Com base na recta de regressão entre a velocidade de

nado e as respectivas lactatemias são determinadas as velocidades de nado

correspondentes às lactatemias de 4mmol.l-1 (V4), valores estes que se consideram

correspondentes ao LAn. Para vários autores, a determinação da curva

lactatemia/velocidade, com o consequente cálculo do LAn, constitui um dos dados mais

importantes para a definição e reajustamento das cargas de treino em NPD (Gomes

Pereira e Alves, 1993). Não obstante ser aceite pela maioria da comunidade técnico-

científica uma correspondência directa entre o LAn e os valores da V4, os valores de LAn

para a lactatemia fixa de 4 mmol.l-1 têm sido objecto de controvérsias várias. Madsen e

Lohberg (1987), nomeadamente, referiram que o LAn individual de nadadores não era um

valor fixo, variando entre 2mmol.l-1 para os fundistas de elevado nível e 5mmol.l-1 para os

velocistas com uma resistência aeróbia pouco desenvolvida. Por outro lado, esta

metodologia acarreta um acto invasivo para o nadador e implica uma despesa acrescida

para os clubes desportivos pois os analisadores e respectivos consumíveis são onerosos.

Nos casos dos clubes mais modestos, onde a implementação desta metodologia não seja

possível, seja por inexistência de equipamento, orçamento ou know how, os treinadores

deverão recorrer ao teste da VC, sempre mais motivante que o T30. Em alto nível ou em

situação experimental recomendamos vivamente a utilização do método do Lan Individual por nós desenvolvido e aqui apresentado.

A bibliografia utilizada poderá ser solicitada ao autor através do endereço

[email protected]

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

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Sexta Feira/20 de Maio 18h15: “Alguns aspectos relativos a Actividades Sub-Aquáticas” Teórica

ALGUNS ASPECTOS RELATIVOS A ACTIVIDADES SUB-

AQUÁTICAS

Isabel Canto de Loura

Professora Associada doutorada em Oceanografia Biológica

Instrutora PADI de mergulho

A água, quer seja doce quer marinha, sempre exerceu no ser humano um admirável

fascínio, misto de medo e de sede de aventura, quer seja à superfície quer, sobretudo e

mais recentemente, em descobertas submarinas.

Apesar de Portugal estar na “cauda” do mundo no que respeita a actividades

subaquáticas, sobretudo pela antiquada legislação, a que se junta o facto das nossas

águas costeiras serem frias e de fraca visibilidade, o certo é que o número de adeptos

nacionais começa a crescer, havendo já um considerável número de praticantes de todas

as faixas etárias aplicáveis...

Desde o seu início como modalidade desportiva e de recreio “para todos”, em meados do

século XX, avanços consideráveis têm tido lugar, não só no que se refere à fisiologia do

mergulho e à medicina hiperbárica, como em especial no que respeita à fiabilidade e

conforto a nível do equipamento, o que muito tem contribuído para garantir prazer e

segurança na prática desta actividade.

Uma das preocupações mais acentuadas tem vindo a ser o facto da modalidade atrair

pessoas de todas as idades, com especial emfoque nas camadas mais jovens, o que tem

contribuído para o avanço do conhecimento da fisiologia do mergulho de jovens e da

medicina desportiva neste âmbito. Embora em Portugal a prática da modalidade ainda só

seja oficialmente permitida a jovens a partir dos 16 anos, no resto do mundo e, em certa

medida, também em Portugal, já que os cursos para jovens a partir dos 8 anos de idade

podem ser ( e são cada vez mais) ministrados no âmbito de cursos internacionais!...o

número de jovens receptivos à prática da modalidade tem vindo a crescer, para o que

muito têm contribuído acções diversas de divulgação de temas relativos aos Oceanos e à

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

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Ecologia marinha, e em particular acções como aquela que eu própria tenho vindo a

desenvolver desde 2003 (Workshops de Ecologia Marinha com Baptismos de Mergulho),

enquadrada no Programa Ciência Viva de Verão, e titular do Prémio Project Aware

International.

A possibilidade real que o mergulho potencia de trabalhar (quer a nível amador quer a

nível profissional) em áreas tão diversificadas como sejam a Ecologia Marinha, a

Arqueologia Submarina, a manutenção submarina de embarcações, a busca e

salvamento em mar, ensino de alternativas pedagógicas, e divulgação científica, etc,

potenciam também grande interesse nesta modalidade, e estão na base de novos rumos

de formação profissional que podem ser dirigidos a jovens, abrindo novas perspectivas no

mercado de trabalho, aspecto que sem dúvida merece máxima consideração nos tempos

difíceis de inserção profissional que actualmente os jovens têm de enfrentar.

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Sábado/21 de Maio 09h00: “Hidro-Frenesi” Teórico-Prática

HIDRO-FRENESI

Joana Alves Licenciada em Educação Física

Mestranda em Ciências da Educação, FPCE-UL

Técnica Superior de Desporto – Câmara Municipal de Bragança

Os exercícios utilizados dentro de água, são diferentes daqueles utilizados nas

classes de fitness. Existem padrões básicos de movimentos, como a marcha, a corrida ou

o polichinelo, no entanto, a forma como são executados pode criar um enorme leque de

variações, utilizando as propriedades físicas da água (densidade, flutuação, pressão

Hidrostática, viscosidade, resistência frontal - incluindo as leis de Newton), como

facilitação ou resistência aos movimentos.

Benefícios da Hidroginástica:

-O efeito da força da gravidade é diminuído;

-Alcança-se rapidamente um maior fortalecimento muscular

-Aumento do consumo energético;

-Não se sente desconforto ao exercitar;

-Não há dores musculares no dia seguinte aos exercícios e dormirá muito bem

nessa noite;

-Não precisa de saber nadar;

-Apesar de transpirar durante os exercícios, nunca se sentirá suado;

-A pressão hidrostática (pressão da água sobre o corpo) melhora a circulação

sanguínea e ajuda diminuir a retenção de líquidos.

-Melhora a capacidade aeróbia, a composição corporal e a flexibilidade;

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-Para pessoas que têm tecidos conjuntivos fracos e tendência a varizes, a

movimentação na água é ideal. Os que têm uma silhueta mais “arredondada” não

precisam de ter vergonha dos espectadores;

É pretendido com esta apresentação demonstra e exercitar:

Movimentos básicos (membros inferior)

• Marcha\corrida

• Chutes (Kicks)

• Elevação dos joelhos (Knees Lifts)

• Elevações dos calcanhares

• Pêndulo

• Mambo

• Cha cha

• Twist

• Sereia…

Movimentos Básicos (Membros Superiores)

• Abdução\ adução

• Flexão \Extensão

• Rotação

• Circundação

Tempo da Música e Tipos de Música A música motiva a prática de exercício, desta forma será pertinente a escolha de

música com uma forte batida, o que dará ritmo sobre o modo de trabalho. Quando se

selecciona a música será necessário que não haja interrupção entre elas, pois os

exercícios deverão ser ritmados e contínuos. A batida da música é medida em batidas por

minuto (bpm). Para a hidroginástica pode-se usar uma música qualquer entre as 125-150

bpm, mas é claro que a música dependerá da profundidade da água. Quanto mais

profunda a água, mais lenta a música, porque é mais difícil executar os exercícios.

Tipos de música: Latina, Funk, disco, clássica, swing, temática (Natal, Santos

Populares Carnaval)

Tempos \ Velocidade de execução: Tempo de água 2\2

Tempo de Terra 1\1

Meio tempo de água 4\4= duplos

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

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Sábado/21 de Maio 11h00: “ Hidro-Power” Teórico-Prática

HIDROGINÁSTICA

HIDRO-POWER

Mónica Valente

Licenciada em Ciências do Desporto e Educação Física pela FCDEF-UP;

Mestre em Ciências do Desporto na especialidade de Recreação e Lazer pela

FCDEF-UP;

Professora de Educação Física no Quadro de Nomeação Definitiva no Sabugal,

Guarda. Destacada para o Agrupamento de Escolas EB2,3 de Milheirós de

Poiares, Stª Maria da Feira.

Instrutora de Fitness Aquático certificada pela AEA;

Professora de Natação Pura, Natação para Bebés e Hidroginástica no

Gimnofísico, São João da Madeira.

A Modalidade que veio para ficar!

Um Presente e um Futuro à Tua Espera!

Nos últimos trinta anos, registou-se uma crescente importância das práticas

desportivas na ocupação dos tempos livres, fazendo surgir um cenário desportivo

diferente e diversificado. Para além das modalidades clássicas, apareceram outras

ligadas à natureza e/ou realizadas em academias, instituições públicas e privadas, entre

elas, a Hidroginástica (Constantino, 1993).

A água, o eterno mistério!!! Esta sempre exerceu, desde a antiguidade, uma forte

atracção no ser humano, estando provado que, exercitar neste meio, é uma actividade

física eficiente e segura para qualquer pessoa, inclusivé para quem não sabe nadar

(Deldado e Delgado, 2001).

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Dentro da grande oferta de actividades físicas, a Hidroginástica popularizou-se

rapidamente, sendo hoje uma das modalidades mais procuradas por uma gama variada

de utentes, que vai desde os idosos, obesos, gestantes, pessoas com problemas

posturais, com algum tipo de deficiência ou que estão a recuperar de alguma lesão e

também por jovens saudáveis e atletas que pretendem aumentar a sua condição física,

estética corporal e promoção da saúde/qualidade de vida.

Os seus benefícios, documentados na literatura da especialidade, comparados com

a actividade física realizada no meio terrestre, são inúmeros, destacando-se: o impacto

diminuído; menor risco de lesões; efeito da força da gravidade diminuído; alcance rápido

de um maior fortalecimento muscular; diminuição do desconforto ao exercitar (calor, suor);

meio facilitador da prática de actividade física e estabelecimento de relações

interpessoais em indivíduos com um nível baixo de auto-estima, devido à insatisfação

com o seu corpo (Barbosa e Queirós, 2000; Rodriguez, A.M., 2002; Aquatic Exercise

Association, 2001).

Face aos seus benefícios, à tendência de crescimento da sua procura anteriormente

mencionados e à crescente exigência dos vários tipos de população, assistimos, com a

viragem do milénio, a novas tendências e perspectivas para esta modalidade, entre as

quais: Deepwater; Hidroterapia; Jogging Aquático; Dança Aquática; Step Aquático; Water

Kickboxing; Hidro-Jump; Hidro para Gestantes; Aquagap; Watsu; Hidro-Relax; Hidro Bike,

entre outras variantes que vão surgindo freneticamente ao longo do tempo.

Sem dúvida que esta modalidade e as suas variantes surgiram para vencer…e a

partir de hoje (espero), também que façam parte do vosso dia a dia, como lazer ou como

profissão.

Face ao exposto, este workshop tem como principais objectivos:

- Sensibilizar a população participante para a necessidade da actividade física

regular integrar, num futuro próximo, o seu padrão de vida, neste caso particular para a

prática e/ou instrução de Hidroginástica, tendo em consideração as suas vantagens e

benefícios para a saúde;

- Aprender a elaborar coreografias de uma forma simples, tendo em consideração a

motivação dos alunos e questões relacionadas com a música, os métodos de construção

de sequências e blocos coreográficos e as respectivas progressões.

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 21

Produto Final - Hidro-Power: Uma aula repleta de pura energia, dinâmica e

intensa, onde a diversidade de movimentos vai maximizar certamente a tua inspiração

coreográfica. Expressa-te e diverte-te, enquanto realizas um elevado nível de trabalho

cardiorespiratório e muscular, utilizando os tempos e propriedades físicas da água de uma

forma segura e eficaz. Apenas vais necessitar de muita garra, libertar a mente e deixar-te

envolver pelo ritmo da música contagiante!!!

- Dar a conhecer os diversos tipos de materiais existentes no mercado e indústria do

Fitness Aquático e executar exercícios variados, individualmente e a pares, com os

materiais mais conhecidos e acessíveis, de forma a diversificar e dinamizar as aulas de

Hidroginástica.

Coreografia Aquática É possível realizarem-se aulas coreografadas sem que necessariamente tenhamos

de complicar muito. Uma aula coreografada deve representar um estímulo para os nossos

alunos. Para mim, realizar aulas coreografadas constituí-se como um desafio e também

desafia os meus alunos, podendo-se realizar um trabalho divertido e intenso e ao mesmo

tempo acessível a todos, tendo sempre em consideração as Propriedades da Água

(Flutuação, Pressão Hidrostática, Viscosidade, Densidade…) e as Leis Físicas e a Água

(Lei da Inércia, Lei da Aceleração, Lei da Acção/Reacção, Alavancas, Área de Superfície

Frontal, Atrito e Turbulência).

Velocidade de Execução Essencialmente devido à pressão hidrostática, a resistência do trabalho na água é

consideravelmente superior ao da terra (cerca de 12 vezes mais), o que implica

obviamente, que se mantivermos a velocidade de execução ao mesmo ritmo que em

terra, pomos em causa tanto a amplitude dos movimentos, como a segurança com que os

realizamos.

É por isso de extrema importância que domines a velocidade de execução dos teus

movimentos, pois és antes de tudo o “Espelho” dos teus alunos, eles tentarão seguir-te

sempre, mesmo que não o consigam.

Análise Musical A música constitui uma peça chave para o êxito das nossas aulas, devendo ser

utilizada como uma forma de manter o ritmo ou de alcançar a intensidade desejada,

funcionando sempre como um factor extra de motivação.

Page 22: I jornadas de actividades aquáticas

I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 22

Tempo de Água: corresponde a 2 tempos de terra ou a 2 batimentos da música

(bpm) por cada movimento.

Meio Tempo de Água: corresponde a 4 tempos de terra ou a 4 batimentos da música

(bpm) por cada movimento.

Tempo de Terra: em cada batimento da música realiza-se um movimento.

Na água, a velocidade recomendada pela Aquatic Exercise Association (2001), é de

125 a 150 batidas por minuto (bpm), utilizadas em meio tempo. Dependendo do tipo de

movimento, formato das aulas, do nível dos alunos e da utilização ou não de materiais, os

bpm`s podem ser mais lentos ou mais rápidos.

Análise Coreográfica Uma coreografia pode ser considerada um conjunto de movimentos motores, de

acordo com uma estrutura musical e espacial.

Os conjuntos coreográficos de 8 tempos musicais são chamados de elementos,

os de 16 tempos são segmentos, os de 32 tempos são frases musicais ou sequências e os de 64 tempos são designados de blocos coreográficos – o nosso

produto final! (Aquatic Exercise Association, 2001).

Progressões e Transições Podemos dizer que é aqui que está o segredo do teu sucesso e do sucesso das tuas

aulas coreografadas! As Progressões e Transições devem ser as mais correctas

possíveis, de forma a criar aulas fluidas, dinâmicas, contínuas e acima de tudo

motivantes.

As nossas aulas deverão ser suficientemente simples para que todos os nossos

alunos nos possam acompanhar e ao mesmo tempo suficientemente complexas para que

não se tornem desmotivantes.

A importância real não está no produto final, mas no processo. Na maneira como

consegues levar os teus alunos a realizar o que tu pretendes

Métodos de Construção Coreográfica Estilo Livre: movimento a,b,c,d,b,c,d,a,d,c,...

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 23

Método da Pirâmide: aaaa+bbbb+cccc+dddd

aa+bb+cc+dd

abcd

Método da Adição: aaaa/abbb/abcc/abcd…

Pura Repetição ou Coreografia Padronizada: neste tipo de coreografia, ensina-se

um padrão completo de movimentos logo no início, aprendendo os alunos através da

repetição constante da sequência total de movimentos.

Temperatura da água Entre 27º a 31º: Temperaturas mais baixas, mais trabalho aeróbico;

Temperaturas mais altas, trabalho de força, flexibilidade.

Profundidade Para o trabalho “com pé”, a água deve estar à altura do peito. Ter em atenção

populações com problemas cardíacos e respiratórios, assim como com pessoas com

dificuldades de adaptação ao meio aquático.

Com ou sem Materiais?? Trabalhar com materiais é sempre um desafio à criatividade, capacidade de

demonstração e definição de objectivos, isto é, quando temos a piscina equipada com

eles, claro!

Trabalhar com materiais tem os seus benefícios evidentes, entre os quais se

destacam:

- Aumento da sobrecarga;

- Motivação dos alunos;

- Especificidade do trabalho (ex. treino de resistência, força);

- Aumento da variação dos exercícios;

- Auxílio nos movimentos em flutuação (se com materiais de flutuação).

De qualquer forma há que desmistificar a ideia de que o trabalho localizado na água

só é eficaz se utilizarmos materiais, porque afinal, não é já a água uma resistência extra?”

(Tinocas, s.d.).

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 24

Sem materiais Ao trabalhares sem materiais, deves saber se queres trabalhar somente contra a

resistência da água ou também contra a flutuação, pois isso condicionará a posição que o

corpo deve adoptar na água, assim como a ênfase do movimento. Quando trabalhamos

sem materiais, o tipo de força será sempre concêntrica.

Tipos de Materiais/Equipamentos Existem diversos tipos de materiais/equipamentos que podem ser usados numa aula

de Hidroginástica, evidenciando cada um deles possibilidades e desafios diferentes.

No entanto, é necessário saber realmente as características dos materiais a utilizar

e os fins a que servem, sendo necessário passar por um processo de aprendizagem e

progressiva adaptação. O mais importante torna-se assim, em distinguir a função de cada

material no meio aquático, de modo a obter os resultados pretendidos (Aquatic Exercise

Association, 2001).

Os materiais mais usados e comuns no mercado são:

• Equipamentos de Flutuação: Noodles (designados frequentemente por

Esparguetes, Chouriços), os Halteres e Caneleiras de esferovite. Com a utilização deste

tipo de materiais temos que ter em consideração que qualquer movimento na direcção da

superfície é “assistido” (com a ajuda) e, qualquer movimento na direcção do fundo da

piscina é “resistido”, o que implica saber que músculos estão a trabalhar somente contra a

resistência da água e que músculos estão a trabalhar contra a flutuação da mesma.

• Equipamentos de Impulsão: Halteres Flutuantes;

• Equipamentos de Sustentação: permitem o trabalho em águas profundas ou em

posição suspensa. Os Cintos /Coletes de flutuação são os mais característicos para este

fim, mas alguns materiais de flutuação, como os Noodles e os Halteres também podem

ser utilizados.

• Equipamentos de Peso: Halteres quando preenchidos com/de água, Pesos

Aquáticos e Caneleiras com pesos;

• Equipamentos de Atrito: Luvas Aquáticas (também considerados equipamentos de

Arrasto), as Aquafins e os Aquaflaps. Com eles pretendemos aumentar a resistência do

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 25

movimento, através do aumento da área de superfície frontal e sua projecção, assim

como da turbulência.

• Step Aquático;

• Equipamentos de Borracha (Elásticos).

Referências Bibliográficas

• Aquatic Exercise Association (2001). Manual do Profissional do Fitness Aquático.

Rio de Janeiro: Shape Editora e Promoções, Lda.

• Barbosa, T.; Queirós, T. (2000). Manual Prático de Actividades Aquáticas e

Hidroginástica. Editora Xistarca, Promoções e Publicações Desportivas, Lda.

• Colado, J.C.; Moreno, J.A. (2001). Fitness Acuático. Barcelona: Inde

Publicaciones.

• Constantino, J. (1993). O cidadão e o desporto. Novas tendências do desporto

actual. Revista Horizonte. Vol. IX (54), Março- Abril, 205-210.

• Delgado, C.A; Delgado, S.N. (2001). A prática de Hidroginástica. Rio de Janeiro:

Editora Sprint, Lda.

• Santos, L.R.; Cristianni, S. (1997). HIDRO 1000. Rio de Janeiro: Editora Sprint,

Lda.

• Ramaldes, A. (2002). HIDRO 1000 Exercícios com Acessórios. Rio de Janeiro:

Editora Sprint, Lda.

• Rodriguez, A.M. (2002): Aquafitness: O Treino Completo de Fitness de Baixo

Impacto. Porto: Darling Kinderesley-Civilização Editores, Lda.

[email protected]. / www.sprint.com.br. / www.submarino.com.br/books.asp?

Obrigado pela Presença ☺.

Se tiveres alguma dúvida e precisares de algum tipo de ajuda, não hesites em

contactar-me: e-mail: [email protected] \ Tel. 969252677 / 918576058

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 26

Sábado/21 de Maio 14h30: “A escola de natação: conteúdos e avaliação de programa” Teórica

A ESCOLA DE NATAÇÃO: CONTEÚDOS E AVALIAÇÃO DE

PROGRAMAS

Jorge Campaniço

Professor Associado da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Docente

de disciplinas de Natação e Teoria e Metodologia do Treino Desportivo, Treinador

Nacional de Natação, actualmente a colaborar com Leixões Sport Clube,

Coordenador de Mestrados de Observação e Análise do Movimento, Linhas de

investigação em Metodologia Observacional e Técnica Desportiva.

Palavras chave: Metodologia Observacional; Programas de Ensino; Natação

Adaptada.

A presente comunicação tem por objectivo apresentar propostas pedagógicas

para organização de escolas de natação, com base em investigações recentes sobre o

comportamento aquático com alunos de idade escolar básica. O confronto entre

comportamentos aquáticos padrão, registados durante uma investigação centrada na

Metodologia Observacional, leva-nos a rever os procedimentos técnicos e

pedagógicos, sugerindo novas perspectivas ao nível das sequências de aprendizagem

para a natação elementar e sua repercussão no ensino das técnicas de nado.

Durante a investigação quantificou-se de forma objectiva os comportamentos

realizados ao longo de um programa elementar constituído por vinte e sete sessões de

quarenta minutos cada, segundo um registo contínuo e perante um procedimento

sistemático de observação, do qual resultaram 108248 eventos codificados a partir de

220 exercícios aplicados. Estes exercícios foram retirados de um programa piloto,

permitindo estabelecer comparações ao nível do processo de aprendizagem

descrevendo as condutas aquáticas implicadas.

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 27

Os dados foram analisados com recurso à ferramenta estatística SDIS-GSEQ

(Bekman & Quera, 1995, 2001), a qual, permite, através da análise sequencial,

detectar padrões de comportamento e efectuar ainda, uma análise prospectiva, ou

retrospectiva, a partir de condutas critério.

Os resultados demonstraram: (i) ser possível utilizar o presente instrumento para

caracterizar comportamentos aquáticos padrão, recorrendo a programas de natação

elementar instituídos; (ii) definir sequências motoras durante um ciclo de aprendizagem

por intermédio da análise sequencial; (iii) isolar componentes críticas de cada tarefa

que melhor explicam as condutas aquáticas.

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 28

Sábado/21 de Maio 16h00: “Programa de Actividades Aquáticas em Reabilitação Cardíaca” Teórica

PROGRAMA DE ACTIVIDADES AQUÁTICAS EM REABILITAÇÃO

CARDÍACA

Fernando Guimarães Doutor em Cineantropometria

Coordenador do Curso de Motricidade Humana – ISEIT Viseu

A actividade aquática é sem dúvida hoje uma das formas de praticar actividade

física mais procurada pela população. Desde bebé ao idoso, saudável ou com algum tipo

de patologia ou deficiência, esta forma de prática vem a intensificar tanto na prevenção

primária como na prevenção terciária, com o objectivo de contribuir positivamente na

melhoria da qualidade de vida das pessoas. A Reabilitação Cardíaca (RC), como

prevenção terciária, tem por objectivo contribuir positivamente na melhoria da qualidade

de vida do cardiopata para que este possa retornar a sociedade e realizar suas tarefas

quotidianas com maior vigor e segurança.

A actividade física tem um papel fundamental no processo da RC no contributo da

melhoria funcional, melhoria da auto-estima e na reintegração deste na sociedade.

Contudo, a actividade física para este tipo de população deve ser prescrita de forma

individualizada considerando os aspectos clínicos apresentados e monitorada

constantemente.

Nos últimos anos a actividade aquática passou a ser incluída nos programas de RC

com maior frequência. As principais razões para este crescimento tanto na prevenção

primária como na prevenção terciária são: o empuxo da água, acarreta uma diminuição da

sobrecarga do peso corporal, especificamente nas articulações dos membros inferiores e;

a resistência criada pelo movimento dos membros na água estimulam o fortalecimento

muscular bem como, auxílio no retorno venoso. Entretanto, existem controvérsias entre os

profissionais que actuam na RC quanto a recomendação deste tipo de actividade física

para cardiopatas. Alguns destes profissionais apontam para aspectos negativos deste tipo

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 29

de prática para integrantes de programas de RC, tais como: aumento do stress ventricular

esquerdo, irritabilidade ventricular, aumento do volume sanguíneo central e maior

probabilidade de ocorrer uma angina. Alguns aspectos de ordem prática podem contribuir

de forma negativa para a dinâmica deste tipo de actividade, como: a bradicardia induzida

pelo meio líquido; impossibilidade de monitoramento do electrocardiograma (ECG) e da

tensão arterial (TA) e; problemas de segurança. Entretanto, outros profissionais desta

área destacam alguns aspectos positivos deste tipo de prática que são referenciados na

literatura actual, tais como: a segurança deste tipo de actividade é semelhante à outros

tipos de actividades; a diversidade dos tipos de actividades que podem ser realizadas no

meio aquático e; a intensidade pode ser prescrita com base dados obtidos nas técnicas-

padrão de testes de tapete rolante e cicloergometro. Embora não sejam publicados nos

últimos estudos, os efeitos positivos produzidos por este tipo de actividade são

comparáveis aos produzidos em actividades fora da água.

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 30

Sábado/21 de Maio 17h00: “ Concepção e gestão de infraestruturas desportivas para actividades aquáticas” Teórica

CONCEPÇÃO E GESTÃO DE INFRAESTRUTURAS DESPORTIVAS

PARA ACTIVIDADES AQUÁTICAS

Paulo Araújo

Licenciado em Ciências do Desporto, variante de Gestão e Lazer,

Técnico de Actividades Aquáticas na Piscina Municipal de Mirandela.

Palavras-chave: Concepção, Gestão, Instalações Desportivas, Actividades Aquáticas,

Funcionalidade, Piscina, Utente, Serviço Desportivo, Qualidade.

Conceber e gerir instalações desportivas para actividades aquáticas é um processo

complexo, não só porque conceber uma instalação desportiva é do ponto de vista da

engenharia e da arquitectura difícil, mas também porque conceber e gerir uma instalação

desportiva funcional dentro actividades aquáticas, requer muitos conhecimentos sobre os

programas que se vão desenvolver, o tipo de pessoas que os vão frequentar, motivos e

razões porque estes programas ou actividades são procurados, recursos humanos que

vão dar suporte a todo o funcionamento da instalação e o trabalho de manutenção diário.

Todos estes factores interagem entre si deforma a que em conjunto atinjam o objectivo

final, que é satisfazer o utente do serviço desportivo com a máxima qualidade possível.

Este trabalho consistiu na revisão de alguma da bibliografia existente sobre a

temática da concepção e gestão de instalações desportivas.

Por ser uma área vasta e existirem limitações temporais relativamente a elaboração

e apresentação deste estudo, resolvemos apenas abordar relativamente à concepção,

quatro fases do processo, sendo estas: oo processo de planificação/plano preliminar,

processo de design, processo de construção e o processo de treino dos recursos

humanos.

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I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 31

Relativamente à gestão abordamos de forma sucinta o que é a gestão desportiva no

seu global, abordamos também a gestão de recursos humanos, as operações diárias e

manutenção numa piscina e a qualidade como factor estratégico na gestão de uma

piscina.

As conclusões são as seguintes: conceber e gerir são dois factores que interagem

entre si, para se poder conceber uma instalação desportiva funcional para actividades

aquáticas, critérios relativos à gestão da instalação devem ser considerados desde a fase

inicial do projecto, por exemplo: os programas a desenvolver, se estes não forem do

conhecimento dos responsáveis pela concepção, certamente vão ser cometidos erros de

construção que vão limitar a funcionalidade da instalação, vão limitar o desempenho dos

recursos humanos, vão implicar custos superiores e vão muitas vezes comprometer a

qualidade do serviço desportivo prestado ao utente.

Page 32: I jornadas de actividades aquáticas

I Jornadas de Actividades Aquáticas: Livro de Resumos

INSTITUTO PIAGET/ ISEIT de MIRANDELA 2005 32

Sábado/21 de Maio 17h30: “ Principais razões da procura das actividades aquáticas como serviço desportivo na Piscina Municipal de Mirandela ” Teórica

PRINCIPAIS RAZÕES DA PROCURA DAS ACTIVIDADES

AQUÁTICAS COMO SERVIÇO DESPORTIVO NA PISCINA

MUNICIPAL DE MIRANDELA

João Vinhais

Licenciado em Educação Física Variante Ensino Básico

Técnico de Actividades Aquáticas na Piscina Municipal de Mirandela Conhecer as razões que os utentes de uma instalação desportiva apresentam para fazer actividade física pode revelar-se de grande utilidade prática. Efectivamente a voluntariedade inerente à prática de actividades físicas de lazer, implica que os seus promotores estejam conscientes dos aspectos subjacentes à escolha que os utentes das suas instalações fazem em relação à sua participação nos programas de actividades que essas organizações promovem. Se os promotores (organização que gere as instalações), estiverem conscientes dos aspectos que influenciam a procura e as escolhas dos seus clientes/utentes, podem mais facilmente satisfazer os desejos e necessidades destes mesmos utilizadores, delineando a partir dos dados recolhidos estratégias mais eficientes. Este estudo visa saber quais os motivos/razões que levam os utentes da Piscina Municipal de Mirandela, a procurar os serviços desportivos que esta organização desportiva oferece. Para isso foi aplicado um questionário junto dos utentes que frequentam esta instalação entre os dias: 4 e 14 de Maio de 2005. O questionário é constituído por 31 questões e foi aplicado a uma amostra de 100 utentes, de um universo que mensalmente ronda os 2000 em média.

Os resultados serão apresentados nas I Jornadas de Actividades Aquáticas.

Page 33: I jornadas de actividades aquáticas

Ias Jornadas de Actividades Aquáticas

Mirandela

20 e 21 de Maio de 2005

Instituto Superior de Estudos

Interculturais e Transdisciplinares

Avenida 25 de Abril

5370-202 Mirandela

Tel. 278200150

Fax. 278265203

E-mail: [email protected]

Page 34: I jornadas de actividades aquáticas

Apoios: Instituto Piaget, CRL

Avenida D. João Paulo II, 544, 2º

1900 – 726 - Lisboa

Tel. 218371725

Instituto do Desporto de Portugal

Av. Abade de Baçal - Edifício Shopping Center do Loreto, 4º Piso, 5301-256 Bragança

Tel. 273322006

Câmara Municipal de Mirandela

Largo do Município – 5370 Mirandela

Tel. 278200 200

Associação Regional de Natação do Nordeste Pavilhão Desportivo, - Vila Real

Tel. 259 324539

BANIF

Rua da República, 32, 5370-347 Mirandela

Tel. 278201040

Águas Trás dos Montes e Alto Douro

Av.Osnabruck, Nº 29, 5000-427 Vila Real

Tel. 259309370

Região do Turismo do Nordeste Transmontano

Largo Principal, 5300 Bragança

Tel. 273331078

Delta Cafés

Av. Calouste Gulbenkian, 7370 Campo Maior

Tel. 268699200

Aguas Carvalhelhos, S.A.

5460 Boticas - Chaves

Tel. 278255255

Tel. 276410300

Adega Cooperativa de Valpaços, CRL

Bairro do Bonito, 5430 – 429 Valpaços

Tel. 278712140

Page 35: I jornadas de actividades aquáticas

Cooperativa Agrícola de Olivicultores de Vila Flor e Anciães

Zona Industrial, 5360 – 460 – Vila Flor

Tel. 278 518300

Dona Maria Antónia Pinto de Azevedo Mascarenhas – Casal ValePadrinhos

Macedo de Cavaleiros

Tel. 278412716

EuroFumeiro – Sociedade Industrial de Transformação Tradicional de Carnes, Lda

Zona Industrial de Mirandela, 5370 Mirandela

Tel. 278 265845

Solinor – Sociedade de Oleaginosas do Norte, Lda

Cachão, 5370 Mirandela

Tel. 278945296

Florista Tua Flor

5370 Mirandela

Tel. 278265961

TecPan/Prodipani

Zona Industrial de Mirandela

5370 – 565 Mirandela

Tel. 278200460

Bizarro, salsicharia Tradicional, Lda, Gimonde

5300 – 553 Bragança

Tel. 278255255