PRÉ-HISTÓRIA
até ao nascimento de Cristo
As primeiras manifestações musicais não deixaram vestígios da forma como
na Pré-História se começou a fazer arte com os sons. Os timbres produzidos
pela Natureza e pelo próprio corpo fascinaram certamente o Homem desses
tempos, dando-lhe vontade de os imitar. Portanto, muito antes do
aparecimento dos primeiros instrumentos musicais já o homem fazia a sua
música, imitando os sons da Natureza (gritos, sons corporais, paus, ramos, pedras, conchas...).
Presume-se que o homem de Neandertal já fizesse música. Sabe-se com alguma certeza que o Homem da Cro-
Magnon, mais evoluído que os seus antecessores, conhecia o prazer de a escutar e interpretar. Com o Homo
Sapiens a fala e a capacidade de abstracção.
Há vestígios, tal como podemos observar nas pinturas das cavernas, de que o homem utilizava a música nas
cerimónias rituais (caça, cultos dos mortos, evocação das forças da natureza...). Primeiro usaria a voz e outros
sons do corpo mas, ao longo do tempo, foi construindo instrumentos musicais e, com eles, acompanhou essas
músicas e danças para as tornar mais “agradáveis” e, deste modo, a agradar os seus deuses.
Na Mesopotâmia encontraram-se provas de que existiram grupos de instrumentos de sopro, cordas e percussão.
Nos vasos sumérios (meados do Século III a. C.) estão reproduzidos intérpretes de instrumentos musicais de
corda. No segundo milénio a. C. existia já uma notação musical na Mesopotâmia, assim como uma teoria musical
baseada em princípios matemáticos.
ANTIGUIDADE
do nascimento de Cristo até 400 D.C.
Nas grandes civilizações antigas (Egipto, Grécia, Roma) a música tinha um papel
fundamental em todas as acções do dia-a-dia.
Os antigos Egípcios aprenderam, provavelmente, alguma coisa sobre a música da
Mesopotâmia. A música fazia parte da vida diária dos Egípcios, assim como dos
seus festivais, cortejos e apresentações dramáticas.
A música tinha origem divina e estava muito ligada ao culto dos deuses. Os
instrumentos de corda, harpa e cítara eram fabricados com muita arte.
A escala Egípcia era diatónica, conforme se pode deduzir pelas flautas encontradas. A arte Egípcia atingiu
outras civilizações antigas, como a Cretense, a Grega e a Romana.
Nos vestígios encontrados nas ruínas de algumas cidades gregas, pode concluir-se que a música era a
glorificação da natureza e da vida.
Na Grécia (Atenas) todos os anos realizavam um concurso de canto e as peças de teatro eram
acompanhadas por música. Os gregos cultivavam a música como arte e como ciência. Era uma das quatro
disciplinas fundamentais da educação dos jovens. O órgão é uma invenção grega.
Já em Roma as lutas dos gladiadores eram acompanhadas por trombetas. Os ricos aprendiam música e
realizavam concertos nas suas casas. Na rua, malabaristas e acrobatas representavam acompanhados por
flautas e pandeiretas. Os conjuntos de músicos obtinham licenças especiais do Imperador para percorrerem
as províncias do Império, dando o primeiro exemplo de Tournée.
MEDIEVAL
400 - 1450
No primeiro século da nossa Era, ocorreu em Roma a simultaneidade de duas culturas e
filosofias opostas: a civilização cristã, que nascia, e a antiga civilização romana, já em
grande decadência espiritual. Com o aparecimento do Cristianismo, ainda no Império
Romano, a música volta a desempenhar uma função respeitável (somente entre os
adeptos da nova religião).
Por volta do ano 100 começa então a surgir uma nova música, na qual os primeiros cristãos exprimiam os seus
sentimentos de fé, esperança e amor através desta arte.
Escondidos nas catacumbas por baixo da cidade de Roma, devido às perseguições, os cristãos criaram as suas
próprias formas de prática religiosa e musical, entoando um tipo de oração: salmos cantados a uma só voz em
latim (língua oficial da Igreja) e sem acompanhamento musical. Eram cantados numa das mais velhas formas
musicais que conhecemos, «pergunta e resposta», em que uma frase cantada por um líder é repetida pelo
grupo sem alterações ou apenas com alguma variação.
A Idade Média durou um milénio, desde a queda do Império Romano do Ocidente (476 até cerca de 1450). De
500 a 1000, período em que o Cristianismo se impôs ao paganismo em toda a Europa, a sociedade e o poder
estavam nas mãos dos reis, que tinham o apoio da Igreja. Carlos Magno, o lendário Imperador dos Francos,
monarca progressista, desenvolveu a educação e deixou atrás de si uma ideia de justiça social que iluminou o
“obscurantismo” do mundo medieval dos primeiros séculos.
Foi em mosteiros que os monges e as freiras preservaram o conhecimento do
mundo antigo e o transmitiram, através dos seus manuscritos, para o presente. Para
os serviços da igreja necessitavam de música e, por isso, a arte da música era
largamente religiosa ou sacra. De 1000 a 1450, os mosteiros românicos deram lugar
à construção de grandes catedrais num estilo mais leve: o gótico. Fundaram-se Universidades em toda a
Europa. As cidades tornaram-se centros de arte e cultura e surgiram os primeiros burgueses que tiveram um
papel importante na vida social.
Apesar da sociedade feudal ser dominada por homens, a mulher era muito respeitada devido ao culto universal
a Maria, Mãe de Cristo. Nas canções da Corte, os trovadores cantavam poemas onde a mulher era venerada.
Os trovadores eram, normalmente, poetas músicos que apresentavam material original, ao contrário dos
músicos de igreja que baseavam a sua arte em melodias do passado (nos cantos gregorianos). Os trovadores
pertenciam à classe aristocrática, mas um artista, mesmo sem linhagem, podia ser bem aceite pelo seu talento.
A música profana fazia parte da corte medieval. Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era
indispensável em cerimónias, civis e militares, e também para animar os Cruzados quando partiam para a Terra
Santa ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas.
Os jograis pertenciam a outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam, tocavam, dançavam, faziam
acrobacias e exibiam as habilidades de animais domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões,
entretinham a nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como vagabundos e
viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por trazerem as novidades e as notícias de outras
terras.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Estilo Imitativo (mp3) – Técnica de composição polifónica que envolve a repetição mais ou menos integral de
uma frase numa voz, depois de esta já ter sido anteriormente citada por outra voz.
Canto Gregoriano (mp3) - A grande quantidade de melodias tradicionais do rito cristão que na sua forma final
se designam por canto gregoriano. Compreende linhas monofónicas de melodia vocal, que em execução
correcta não são acompanhadas, em ritmo livre, sem divisão em compassos. Tem um sistema de notação
próprio, usando uma pauta de 4 linhas em vez de 5. A palavra é uma tradução dolatim cantus planus em
oposição a cantus figuratus (canto florido, indicando contraponto sobre a melodia tradicional) ou cantus
mensuratus (canto medido, indicando regularidade do ritmo associada com a música polifónica. O ramo grego
da igreja cristã e a religião judia possuem um corpo semelhante de melodias rituais, mas o termo cantochão, no
seu uso comum, não inclui estas tradições.
O ritmo do cantochão é o ritmo livre do discurso; é um ritmo prosódico que emerge do ritmo não métrico das
palavras que são recitadas - salmos, orações, etc.
Quanto às suas características, o cantochão pertence a dois grupos distintos - o responsorial (desenvolvido a
partir da recitação de salmos em tomo da «dominante») e o antifonal (desenvolvido como melodia pura).
O cantochão desenvolveu-se durante os primeiros séculos da cristandade, influenciado pelo sistema modal
grego (ver Modos) e possivelmente pela música das sinagogas judias. No Século XV foi instituída uma reforma
muito importante, aparentemente sob o impulso do papa Gregório
Uma outra reforma foi tentada no final do Século XVI, mas com resultados desastrosos. Palestrina foi
encarregado de rever o cantochão do Gradual e Antifonário, mas morreu quase imediatamente após ter aceite
esta encomenda. Felice Anerio e Soriano encarregaram-se então da revisão, e a sua edição foi publicada pela
Impressora dos Médicis em dois volumes, 1614-15. Esta Edição Mediciana, como é conhecida, com a sua
adição e supressão de melismas, as suas melodias alteradas e melodias novas, tomou-se a base de muitas
edições de fraca qualidade destinadas à execução do cantochão. No séc. XVIII, era comum a introdução de
notas de ornamento e notas de passagem no cantochão (esta prática é chamada em francês machicotage). No
Século XIX, realizou-se outra reforma e foi publicada a famosa Edição de Ratisbona (Regensburg) - baseada,
infelizmente, na Edição Mediciana. Seguiram-se anos de controvérsia, já que os monges de Solesmes, em
França, estavam a trabalhar há algum tempo, de um modo sistemático e científico, fotografando e comparando
inúmeros manuscritos, em todas as bibliotecas da Europa. Publicaram o seu Gradual em 1883 e o Antifonário
em 1891. À Edição de Ratisbona tinham sido conferidos privilégios papais, mas em 1903 estes expiraram e no
mesmo ano Pio X foi eleito papa e imediatamente emitiu o seu famoso Motu Proprio sobre música religiosa, no
qual referia, entre outras coisas, a importância do cantochão e a necessidade de o ir buscar a fontes mais
antigas e mais puras.
Entre as reformas introduzidas pelos monges de Solesmes.
No que respeita ao aspecto estilístico, há que distinguir entre o canto silábico, neumático e melismático. No
primeiro, a cada sílaba do texto corresponde apenas um som; no último, a voz lança-se em longos vocalizos
sobre uma única sílaba: o canto neumático situa-se entre estes dois extremos: embora sem longos vocalizos, é
mais rico do que o canto silábico.
Por volta do Século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d'Arezzo (995 -
1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano. A
utilização do sistema silábico de dar às notas deve-se também ao monge Guido d'Arezzo e encontra-se num
hino ao padroeiro dos músicos, São João Batista:
Ut queant laxit Ut queant
laxit
Ressonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solvi polluti
Labii reatum
Sancte Joannes
(Com o passar do tempo o Ut foi substituído pelo Dó)
Música Modal (mp3)- As escalas que dominaram a música europeia durante 1100 anos (aproximadamente de
400 a 1500 d. C.) e influenciaram fortemente compositores durante outros cem anos (até cerca de 1600).
Reapareceram de tempos a tempos na obra de alguns compositores, especialmente no séc. XX. Ao longo desse
período total de 1500 anos, o cantochão da Igreja, que é inteiramente «modal», continuou a habituar os ouvidos
das gerações mais jovens ao efeito melódico dos modos. Mas a expressão «modos eclesiásticos» está errada,
já que o seu uso era generalizado.
O material musical disponível na época em que os modos foram aceites era equivalente às teclas brancas do
piano ou órgão de hoje, cujas notas formam (com ligeiras diferenças de tom) a escala cientificamente
estabelecida no Século IV a. C. por Pitágoras e pelos pensadores gregos do seu tempo. No Século XI da nossa
era, os Gregos usavam esta escala de 7 maneiras diferentes: a influência grega era grande na primitiva Igreja
Cristã, tendo-se desenvolvido, como medida prática, mudanças no sistema modal entre os cantores. No Século
V, foram adoptados 4 modos (modos autênticos) e, no tempo do papa S. Gregório, o Grande (cerca de 540-
604), acrescentaram-se mais de 4 modos (plagais) e, mais tarde, outros 4, perfazendo 12. Nos modos
autênticos, a 5ª nota (dominante) era muito usada como nota de recitação no cantochão e a primeira (final)
como nota cadencial para encerrar uma passagem. Os modos autênticos podem ser recriados tocando no piano
escalas de oitava de notas brancas começando respectivamente em ré, mi, fá e sol. A melodia tocada num dos
modos e depois em outro alterar-se-á em alguns dos seus intervalos, e portanto no seu efeito geral, por
oposição a uma melodia tocada nas nossas 12 escalas maiores ou menores, todas elas idênticas na sua
estrutura intervalar. Os modos plagais eram apenas novas formas dos autênticos, mas cujo âmbito já não se
situava entre final e a respectiva oitava superior dos modos autênticos correspondentes, mas movia-se da
quarta inferior à quinta acima da final. Para evitar ter a nota de recitação no extremo superior ou inferior da
escala, a dominante dos modos plagais estava três notas abaixo da dos modos autênticos correspondente.
Toda a série era como se segue (A = autêntico, P = plagal):
I - (A) Âmbito Ré-Ré com Dominante Lá
II - (P) Âmbito Lá-Lá com Dominante Fá
III - (A) Âmbito Mi-Mi com Dominante Dó (originalmente Si)
IV – (P) Âmbito Si-Si com Dominante Lá
V – Âmbito (A) Fá-Fá com Dominante Dó
VI – Âmbito (P) Dó-Dó com Dominante Lá
VII – Âmbito (A) Sol-Sol com Dominante Ré
VIII – Âmbito (P) Ré-Ré com Dominante Dó (originalmente Si)
Cerca de mil anos depois de São Gregório, um monge suíço, Henrique de Glaro ou Henricus Glareanus, num
livro chamado Dodecachordon (1547), propôs uma teoria segundo a qual deveria haver historicamente 12
modos em vez de 8. Ele acrescentou modos em Lá e Dó (nenhum em Si), com as suas formas plagais, de modo
que a tábua acima ficou assim completada:
IX - (A) Nível Lá-Lá com Dominante Mi
X - (P) Nível Mi-Mi com Dominante Dó
XI - (A) Nível Dó-Dó com Dominante Sol
XII - (P) Nível Sol-Sol com Dominante Mi
Glareano devolveu os 12 modos ao que pensou ser a sua origem. Nomes gregos, como estes (embora
incorrectos), acabaram por ser aceites:
I - Dórico
II - Hipodórico
III - Frígio
IV - Hipofrígio
V - Lídio
VI - Hipolídio
VII - Mixolídio
VIII - Hipomixolídio
IX - Eólico
X - Hipoeólico
XI - Jónico
XII - Hipojónico
Claramente se deveria entender que a diferença entre os vários modos não está na altura dos sons mas na
ordem em que aparecem os tons e semitons. Qualquer modo pode ser utilizado numa altura diferente da original
(ou seja, pode ser transposto), mas nesse caso os seus intervalos permanecem os mesmos que na forma
original.
Com o desenvolvimento da música harmonizada, o sistema modal tendeu a desintegrar-se: os dois modos
autênticos acrescentados por Glareano (o jónico e o eólico) pareciam os mais aptos à harmonia e
permaneceram como as nossas escalas «maiores» e «menores».
Música Polifónica (mp3)- Termo que, literalmente, significa a sobreposição de diversos sons; mas que, no seu
sentido habitual, tem implícita a presença do contraponto - é o oposto de homofonia, em que o interesse está
virtualmente confinado a uma única «linha» musical, actuando os outros sons apenas como acompanhamento.
Daqui deriva polifónico. Período polifónico é uma expressão pouco precisa que, geralmente, indica o século XVI
e os princípios do Século XVII, isto é, o período de, por exemplo, Palestrina, Lasso e Byrd. (O estilo de um
compositor bastante posterior como Bach é também polifónico, mas ai a polifonia é subordinada ao esquema
harmónico, ao passo que no período anterior a polifonia é considerada como a base única de construção
musical.
Organum (mp3)- As primeiras músicas polifónicas (com duas ou mais linhas melódicas tecidas conjuntamente)
datam do século IX. Por essa época, os compositores partiram para urna série de experiências, introduzindo
urna ou mais linhas de vozes com o propósito de acrescentar maior beleza e refinamento a suas músicas. A
composição nesse estilo é chamada organum e sua forma mais antiga é o "organum paralelo", pois a voz
organu (vox organolis, a que foi adicionada) tinha unicamente o papel de duplicar a voz -principal (vox -
principalis, a que conservava o cantochão original), num intervalo inferior, de quarta ou quinta.
Esse som, um tanto rígido e despojado, frequentemente era enriquecido por meio da duplicação de uma ou
ambas as vozes na oitava. Nos dois séculos seguintes, os compositores foram gradualmente dando alguns
passos no sentido de libertar a voz organal de seu papel como cópia fiel da voz principal. Por volta do século XI,
além do movimento paralelo, a voz organal também usava o movimento contrário (elevando-se quando a voz
principal abaixava e vice-versa), o movimento-oblíquo (conservando-se fixa enquanto a voz principal se movia) e
o movimento directo (seguindo a mesma direcção da voz principal, mas separada desta não exactamente pelos
mesmos intervalos). No "organum livre", a voz organal já aparece, escrita acima da voz principal. É feita ainda
ao estilo de nota contra nota, mas se observe que, na peça mostrada abaixo, há três ocasiões em que a parte
da voz organal tem duas notas para cantar contra uma única da voz principal.
No começo do Século XII, esse rigoroso estilo de nota contra nota foi inteiramente abandonado, substituído por
outro em que a voz principal se esticava por notas do canto com longos valores. A voz principal passou, então, a
ser chamada de tenor (do latim tenere, isto é, manter). Acima das notas do tenor, longamente sustentadas, uma
voz mais alta se movia livremente, expressa por notas de menor valor que, com suavidade, se iam
desenvolvendo. Dá-se a um melodioso grupo de notas numa única sílaba o nome de melisma, daí esse tipo de
organum ser conhecido como “organum melismático”.
Motetos (mp3)- No Século XIII, as vozes mais altas das clausulae começaram a receber palavras
independentes do texto. O duplum, então, a ser conhecido como motetus (do francês mots, que significa
“palavras”), dando assim origem a um tipo de música popular que foi chamada de moteto. Como muitas dessas
composições foram elaboradas para serem cantadas fora das igrejas, passaram a ser usadas palavras
seculares.
Sobre a clausula, talvez tirada de um organum a duas vozes, acrescentava-se uma terceira voz (triplum), escrita
com notas mais rápidas. Esta tinha palavras inteiramente independentes, às vezes até em outra língua."É
curioso observar que, musicalmente, o triplum poderia tanto ajustar-se ao tenor (agora mais tocado do que
cantado) como o duplum, mas não precisava necessariamente adequar-se aos dois, do que por vezes
resultavam conflitos dos mais dissonantes"! É típica da Idade Média essa forma de construção musical em
camadas, por vezes resultantes do trabalho de diferentes compositores.
Danças e Canções Medievais (mp3)- Em sua maioria, as danças e canções medievais são monofónicas
(tessitura de uma só linha). Durante os séculos XII e XIII, houve intensa produção de obras na forma de canção,
compostas pelos troubadours, os aristocráticos poetas-músicos do Sul da França, e pelos trouvères, a
contrapartida destes no Norte. São duas palavras que estão associadas ao moderno verbo francês trouver que
significa "descobrir" - de modo que troubadours e trouvères eram aqueles que descobriam ou inventavam
poemas e melodias.
Eram melodias que davam clara ideia do tom, mas não dos valores reais das notas, que adivinham certamente
do ritmo natural das palavras. Não existe qualquer informação sobre os instrumentos que deveriam acompanhá-
las, mas é pouco provável que fossem cantadas sem acompanhamento. Também é possível que houvesse uma
introdução e interlúdios entre os versos, executados por algum instrumento.
Dentre as canções dos troubadours, uma das mais conhecidas é Kalenda Maya, música que pode ser cantada
em um tempo de dança bem ritmado: "Primeiro de Maio, mas nenhuma folha, flor ou canto de pássaro me pode
dar prazer, enquanto notícias de meu amor não receber..."
De entre as dos trouvères, C'est la fin, de autor anónimo, traduz um estado de espírito ainda mais melancólico:
"É o fim. Não importa o que se diga, eu amarei…”
As formas mais populares da dança medieval foram a estampie (provavelmente, "dança sapateada") e o
saltarello ("dança saltitante"). São músicas construídas por partes, cada qual repetida uma vez. A parte, antes
de se fazer a repetição, é chamada "ouvert" (aberta), e da segunda vez em que é executada tem o nome de
"clos" (fechada). Tanto podia ser tocada por um ou dois instrumentos como por um grupo mais numeroso, com
um ou dois solistas executando as partes iniciais para depois juntar-se os demais instrumentistas. Mostramos
aqui uma dança de corte na França do Século XIII, chamada ductia, cuja forma é a da estampie, mas com um
número menor de partes.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Alaúde (mp3) – o alaúde, na forma que a Renascença tornou famosa, só foi introduzido na Europa no Século
XII, pelos mouros, com seu nome árabe (al’ud, que se tornou laud na Espanha, depois luth na França). No fim
do Século XIV, adquiriu aspecto característico com caixa piriforme composta de lados de sicónomoro e o
cravelhal recurvado para trás.
Carrilhão - conjunto de sinos graduados, para ser tocado com martelos de metal.
Charamela (mp3 ) - instrumento de sopro e palheta dupla, antepassado do oboé.
Cítola ou cistre - instrumento de 4 cordas de arame.
Cornamusa – instrumento de sopro que consiste de um chalumeau melódico dotado de
palheta dupla e inserido em um reservatório de pele hermético (odre ou saco). O ar entra
no odre através de um tubo superior, com uma válvula para impedir o seu retorno. Na
Idade Média este instrumento podia ou não ter um bordão.
Flauta e tambor - taborin (nome dado ao executante). Flauta de três furos tocada com uma das mãos enquanto
a outra toca o tambor que é sustentado no ombro ou debaixo do braço pelo mesmo executante. Animava todas
as danças e festividades e o seu auge foi entre os Séculos XV e XVI. Este instrumento é até hoje presente em
algumas tradições no sul da França e no País Basco.
Flauta dupla – os instrumentos de sopro duplos são conhecidos desde Antiguidade. A flauta dupla foi um
instrumento bastante utilizado e desapareceria somente no século XVI.
Flauta reta – as flautas retas englobam as flautas doces (flauta de oito furos, um deles na parte posterior
destinado ao polegar) e as flautas de seis furos com agudos feitos através de harmónicos, já que não possuem
o furo posterior. É classificado na Idade Média como instrumento de som suave, baixo, diferenciando-se dos
instrumentos altos, como as bombardas.
Flauta transversal – Presente em Bizâncio pelo menos desde o século XI, é pela primeira vez representada no
manuscrito d’Herrade de Landsberg. Os estudiosos dos instrumentos do período estão de acordo em afirmar
que a flauta transversal, bem como as flautas retas, tinham formato cilíndrico.
Galubé e tamboril - flauta e tambor de duas faces, tocados por uma só pessoa.
Harpa (mp3) – as harpas são reconhecidas por sua forma aproximadamente triangular e pelas cordas de
comprimentos desiguais estendidas num plano perpendicular ao corpo sonoro. As cordas são presas por
cravelhas, que podem variar de sete a vinte e cinco. A pequena harpa portátil veio sem dúvida da Irlanda, com a
chegada dos monges irlandeses (a harpa é o emblema heráldico deste país).
Organetto ou portativo - (porque podia ser carregado ou portado pelo executante). Bizâncio foi o primeiro
centro de construção de órgãos da Idade Média. Na figura ao lado temos uma representação do instrumentista
tocando o fole com a mão esquerda, enquanto a direita executa a peça no teclado.
Órgão (mp3) - além do órgão da igreja, havia o órgão portátil, que podia ser carregado.
Percussão – antes do século XII, praticamente não existia, a excepção dos jogos de sinos (cymbala)
empregados nos mosteiros. Só nos Séculos XII e XIII aparecem na Europa provenientes provavelmente do
Oriente, os tambores de dois couros, o pequeno tambor em armação, que por vezes era dotado de soalhas
(pandeiro), címbalos de dedos etc.
Rabeca – instrumento de cordas friccionadas com caixa monóxila, isto é, escavada em uma
só peça de madeira. As formas variavam entre as ovais, elípticas ou rectangulares. De
proporções menores do que a viela de arco tem um som agudo e penetrante.
Saltério (mp3) – Aparece no século XII numa escultura da catedral de Santiago de
Compostela. Neste instrumento as cordas são estendidas em todo o seu comprimento acima
da caixa de ressonância, ao contrário do princípio da harpa.
Viela - maior que as violas modernas, possuía um cavalete achatado.
Viela de arco (mp3) – os instrumentos de cordas friccionadas da Idade Média, chamados vièle, fiddle, giga, lira,
começaram a ser utilizados no século X, quando o arco surge na Europa (introduzido provavelmente pelos
árabes). A viela de arco pode ter formas bastante diversas e apresenta normalmente de três a cinco cordas.
Pode ser tocada apoiada no ombro ou no joelho.
Viela de roda – ou symphonia - Espécie de viela em que o arco é substituído por uma roda, que fricciona as
cordas sob a acção de uma manivela. As cordas são encurtadas não directamente pelos dedos, mas através de
um teclado. Este instrumento pertence ao folclore desde o Século XVII.
RENASCIMENTO
1450 - 1600
O Renascimento (termo proveniente de «renascer») caracteriza-se
essencialmente por dois aspectos fundamentais: o interesse pelo saber
e o interesse pela cultura. Estes ideais, provenientes dos antigos
Gregos e Romanos, marcaram fortemente este período, de grandes
descobertas e explorações, com notáveis avanços na Ciência e na Astronomia. Deixa de existir a visão
teocêntrica do Homem da Idade Média, isto é, Deus deixa de ser razão para todas as explicações acerca do
Universo.
Terminada a Guerra dos Cem Anos, a Inglaterra e o Ducado de Borgonha, que compreendia a Bélgica, a
Holanda e a França, converteram-se nos centros da cultura musical do século XV. Os compositores ingleses
viajaram ao longo do continente europeu na primeira metade deste século. Alguns estabeleceram-se onde hoje
é a França, na época território inglês. A transferência do Ducado para o imperador Maximiliano I, em 1477,
transferiu o centro cultural para os Países Baixos. Esta escola (franco-flamenga) irradiou a sua influência de
quase 200 anos pela Europa.
O período da Renascença se caracteriza, na história da Europa Ocidental, sobretudo pelo enorme interesse
devotado ao saber e à cultura, particularmente a muitas ideias dos antigos gregos e romanos. Foi também uma
idade de grandes descobertas e explorações, a época em que Vasco da Gama, Colombo, Cabral e outros
exploradores estavam fazendo suas viagens de descobrimento, enquanto notáveis avanços se processavam na
ciência e na astronomia.
Entre os principais compositores da primeira geração renascentista, encontram-se Guillaume Dufay e Johannes
Ockeghem, dois homens eruditos, que deram continuidade e desenvolvimento ao estilo musical que,
distintamente, Dunstable tinha criado. A música introduzida por Dufay e seus contemporâneos tinha uma
clarividência sem precedentes. As técnicas medievais começam a ser esquecidas.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Música Sacra (mp3) - Música sobre temas religiosos.
Música Profana (mp3) - Música de divertimento, para ouvir ou dançar, podendo ser
programática ou pura e que não diz respeito à religião nem a temas religiosos.
Polifonia (mp3) - Sobreposição de diversos sons mas que tem implícita a presença do
contraponto – é o oposto de homofonia, em que o interesse está confinado a uma única
“linha” musical, actuando os outros sons apenas como acompanhamento.
O período polifónico é uma expressão que indica o Século XVI e os princípios do Século XVII, o período de
Palestrina, Lasso e Byrd.
Imitação contínua (mp3) - Imitação é o processo de que os compositores se servem na escrita da partitura:
uma voz repete uma figura que foi enunciada antes por outra voz.
Contínuo é um tipo de linha melódica grave que se compunha para um instrumento de teclado destinado a tocar
a parte de acompanhamento ou a fazer parte de um conjunto instrumental especial. Dada uma única nota grave,
o músico tinha de elaborar ele próprio as harmonias correctas a tocar acima daquela nota.
Cantus firmus - Cantus firmus é uma melodia, geralmente extraída do canto gregoriano, usada por
compositores dos séculos XIV – XVII como base da composição polifónica e contra a qual as outras melodias
são escritas em contraponto.
Pavana (mp3) - Dança espanhola, aristocrática, que remonta pelos menos ao Século XVI e é mencionada em
Shakespeare. Era frequentemente seguida por uma veloz Galharda.
Galharda (mp3) - Dança animada mas nem sempre no compasso 3/2 e que ascende ao Século XV. Entrava
frequentemente nas suites orquestrais dos sécs. XVI e XVII, em contraste com uma Pavana, que é mais lenta, e
às vezes era construída com o mesmo material desta.
INSTRUMENTOS MUSICAIS
Alaúde (mp3) - Instrumento de cordas com trastos, muito antigo, dedilhado pelos dedos
(inicialmente usava-se um plectro ocasionalmente). Provavelmente, em Espanha, foi
transformado no alaúde europeu, com uma separação nítida entre o braço e a caixa de
ressonância central.
Bombarda (mp3) - Tipo de Charamela, embora nos séculos XIV e XV o termo fosse aplicado à charamela alto
na França e Inglaterra. O nome provém provavelmente de uma peça de artilharia com o mesmo nome.
Espineta (mp3) - Instrumento de tecla de pequena dimensão, da família do cravo, no qual as cordas estão
dispostas em diagonal, em frente do executante, e mais ou menos paralelas ao teclado, como no virginal.
Fagote (mp3) - Membro mais grave da família das palhetas duplas, afinado em Dó. Feito em madeira, com um
tubo cónico.
Flauta Travessa (mp3) - Flauta tocada transversalmente, que se distingue da flauta direita, a qual é tocada com
a ponta virada para baixo.
Harpa (mp3) - Instrumento de origem muito remota, que se pode definir muito simplesmente como uma
armação aberta sobre a qual está esticada uma série de cordas de dimensão crescente, postas em vibração
quando são dedilhadas.
Órgão (mp3) - Instrumento de tecla operado pela pressão de ar transmitida dos foles aos tubos,
fazendo soar as notas.
Sacabuxa (mp3) - Antiga designação de um instrumento de sopro, espécie de trombone.
Usado a partir de finais do século XV. Pouco diferente do trombone moderno, este instrumento
tem apenas uma campânula maior.
Trompete (mp3) - Instrumento de sopro do grupo dos metais, com um tubo de curvatura interna
cilíndrico, que no último quarto da sua extensão se vai alargando até tomar quase a forma de uma campânula.
Vihuela (mp3 ) - Instrumento espanhol de forma semelhante à guitarra. Maior do que a guitarra e tinha
geralmente 6 pares de cordas e 10 trastes. Foi substituído gradualmente pela guitarra cerca de 1700. A sua
música era escrita em tablatura.
Viola de Braço (mp3) - Instrumento de corda que se toca apoiado no braço mas posteriormente aplicou-se aos
membros da família do violino.
Viola da Gamba (mp3) - Instrumento de corda, embora se refira mais especificamente ao instrumento baixo,
que se segurava entre os joelhos.
Virginal (mp3) - Instrumento de tecla de corda beliscada. O virginal típico tem uma forma oblonga com uma
série de cordas paralelas ao teclado. A origem do termo é obscura mas é provável que venha da associação
deste instrumento com executantes femininas ou possivelmente do seu timbre (semelhante ao de uma voz de
menina).
MÚSICA BARROCA
1600-1750Barroco, termo que foi aplicado a pedras preciosas de formato triangular, terá sido
também usado para definir o estilo arquitectónico em particular e a arte em geral, pelo
emprego excessivo de ornamentos. Em finais do século XVI, a música procurava
ainda os caminhos que outras artes tinham já trilhado: o regresso aos padrões
clássicos greco-romanos.
Durante o período que decorreu aproximadamente entre 1600 e 1750, o desenvolvimento da música assentava
em duas vertentes principais: o melodrama - baseado no teatro grego, em que as palavras e o canto davam
maior expressividade sentimental - e a música instrumental - que durante estes anos teve um notável
desenvolvimento, tornando-se uma arte completamente autónoma.
Em Florença, Itália, um grupo de intelectuais que se auto-intitulou de camerata, reuniam no
Palácio de Pitti, ou na residência do mecenas Giovanni Bardi, preparando a renovação musical.
Este novo género que se desenvolvia tinha uma grande adesão por parte de alguns aristocratas
da época que, através do apoio prestado às artes, eram reconhecidos socialmente. Esses aristocratas
chegaram à conclusão que o elaborado contraponto, até esse tempo utilizado no canto, encobria o sentido das
palavras que, segundo eles, deveria ter mais importância do que a música.
A polifonia dos séculos XV e XVI foi a mais complexa de todos os tempos.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Suite - Nome mais comum dado a uma composição instrumental em diversos andamentos, uma sequência de
danças.
Nos séculos XVII e XVIII, a sua característica era a inclusão das danças “Allemande”, “Corrente”, “Sarabanda” e
“Giga” com a adição de outras danças.
Tonalidade maior e menor - A distribuição dos tons e meios tons pelas notas de uma escala determina os
vários modos. Se uma escala no modo Maior começar em Dó, diz-se que está na tonalidade (ou no tom) de Dó;
se começar em Ré, diz-se que está na tonalidade (ou no tom) de Ré, etc. As notas que estão fora do tom da
escala diz-se que estão fora do tom.
Os sustenidos e bemóis que pertencem ao tom utilizado podem ser reunidos junto da clave; os outros
sustenidos e bemóis naturais que aparecem «acidentalmente» na música são escritos como acidentes.
Os modos maior e menor e respectivos tons são os dois únicos tipos de ordenação de notas usados na música
ocidental aproximadamente entre 1600 e 1900; antes disso predominavam os modos gregorianos.
Melodia - Uma sucessão de notas, variáveis de altura, que tem uma forma organizada e reconhecível. A
melodia é horizontal, ou seja, as notas são ouvidas consecutivamente, ao contrário da harmonia, em que as
notas soam simultaneamente («vertical»).
Estilo monódico - Género de composição em melodia e contínuo, por exemplo, na ópera italiana dos princípios
do Século XVII, em contraste com o estilo polifónico precedente, quando as partes eram tratadas como tendo a
mesma importância.
ESTILO COMPOSITOR MÚSICA
Suite Johannes Sebastien Bach Suite 2 mp3
Galharda Jean-Baptiste Lully Abertura mp3
Aria Claudio Monteverdi Qual onor mp3
Minueto George Friedrich Handel Suite 1 mp3
Prelúdio e Fuga Johannes Sebastien Bach Dó Menor mp3
Sonata François Couperin La tromba mp3
Concerto - abertura Alessandro Scarlatti Lá menor mp3
Concerto Arcangelo Corelli Natal mp3
Baixo Contínuo Arcangelo Corelli Trio Sonata Op.3 n.º2 mp3
Cantata Johannes Sebastien Bach Wachet auf mp3
Coral Johannes Sebastien Bach Ich will hier bei dir stehen mp3
Oratória George Friedrich Handel O Messias - Alleluia mp3
Responsório Calos Seixas Tantum Ergo mp3
Dinâmica Henry Purcell Come, ye sons of arts, come away mp3
Melodia George Friedrich Handel I know that my redeemer liveth mp3
Homofonia Giulio Caccini Amarilli mp3
MÚSICA CLÁSSICA
1750-1810
Por um lado, o termo «clássico» poderá ter significados diferentes, mas por outro, seja qual for
a interpretação, significa algo de valor duradouro, eterno, ao qual estão associadas qualidades
como, entre outras, simplicidade, clareza, equilíbrio, elegância e lógica. Sendo vulgarmente
chamada clássica a toda a música que não é efémera, passageira, significando o oposto de
ligeira ou popular, deve ser enquadrada no período histórico a que nos estamos a referir;
compreendido aproximadamente entre 1750 e 1810.
No decorrer do século XVIII, realizou-se plenamente aquilo a que os últimos compositores barrocos já
aspiravam: a criação de uma arte abstracta.
Os classicistas não pretendiam que a sua música fosse uma linguagem para cantar a religião, o amor; o
trabalho, ou outra coisa qualquer. Procuravam darlhe pureza total, a fim de que o mero acto de ouvi-Ia bastasse
para dar prazer. A perfeição formal era o seu ideal estético, baseado na abstracção completa. Essa abstracção
foi obtida, desenvolvendo a sonata clássica (sonata forma/forma sonata) e a
sinfonia.
A música clássica tornou-se mais leve e menos complicada que no período
Barroco. Nela predomina a melodia com acompanhamento de acordes, as
frases são bem delineadas e mais curtas que anteriormente.
A dinâmica das obras torna-se mais variada, aparece o Sforzato (acentuação forte numa nota), o crescendo
(aumento gradual da intensidade do som) e o diminuendo (diminuição gradual da intensidade do som). A música
é tonal.
O cravo cai em desuso e é substituído pelo piano (piano-forte). A orquestra cresce em tamanho e acolhe um
diversificado número de instrumentos.
Por seu lado, a Ópera conhece um grande desenvolvimento e popularidade e começa a tratar temas do dia-a-
dia.
É um período musical extremamente fértil em grandes compositores e talvez a mais produtiva de todos os
períodos da história da música. Viena de Áustria é considerada a capital da música clássica pois foi lá que se
concentraram a maioria dos compositores.
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Sonata - Originalmente, peça para ser tocado em vez de ser cantada. A sonata barroca tem de 3 a 5
andamentos, mais extensos e autónomos. No período romântico tem dois a quatro andamentos, o primeiro dos
quais usa sempre a forma sonata.
Música pura ou absoluta - Música que não recorre a referências directas a coisas exteriores, isto é, que não é
acompanhada de palavras nem é música descritiva, que descreve uma história, ou uma cena.
Sinfonia - Grande obra orquestral. Normalmente em três ou quatro andamentos, um dos quais costuma ser na
forma sonata.
COMPOSITOR MÚSICA
Joseph Haydn Concerto Trompete e Orquestra mp3
Wolfgang A. Mozart Eine Kleine Nachtmusik mp3
Wolfgang A. Mozart Flauta Mágica mp3
Wolfgang A. Mozart Sinfonia 40 mp3
Wolfgang A. Mozart Sonata Piano Lá M mp3
Wolfgang A. Mozart Requiem mp3
MÚSICA ROMÂNTICA
1810-1910
Depois da Revolução Francesa, o Liberalismo espalhou-se por toda a Europa e, seguidamente, para o resto do
mundo que tinha sido alvo de uma grande transformação. Os ideais políticos, assim como a estrutura cultural que
parecia ser sólida e definitiva, acabaram por desmoronar e, consequentemente, as artes não escaparam.
Como expressão cultural deste novo ideal (Liberalismo) surgiu, atingindo todas as artes, o movimento romântico.
Relativamente à música, os novos conceitos tinham como objectivo: 1 - eliminar a arte de salão feita para uma elite
aristocrática e 2 - direccionar a música para o povo através de uma linguagem simples.
As primeiras manifestações dessa nova música eram geralmente obras de exaltação revolucionária em que se
celebravam os acontecimentos nacionais e as liberdades conquistadas.
A «antiga» linguagem musical clássica já não servia, visto ser limitada por regras muito rígidas.
Perante os novos conceitos, a música devia dramatizar-se, tornar-se sentimental, exprimir sentimentos interiores,
ser mais livre e, para isso, precisava de formas mais livres que favorecessem, entre outros aspectos, a
improvisação.
Assim, ao lado de concertos, sinfonias e sonatas surgiam fantasias, nocturnos, baladas, rapsódias, prelúdios e
poemas sinfónicos. Em França, os músicos desdobram-se numa produção contínua e descontrolada desse tipo de
obras, mas é entre os alemães que o Romantismo se afirmará.
O rumo será este até meados do Século XIX, altura em que se deu o casamento entre o Romantismo e o
Nacionalismo (Casamento esse que veio a ser dos mais felizes… para a música!).
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Música programática - É música instrumental sugerida por um termo não musical e que trata de descrever, por
exemplo, uma história, uma pintura, etc.
Ópera - Género de peça teatral em que todos ou a maior parte dos personagens cantam os seus papéis e em que a
música constitui um dos elementos fundamentais. As primeiras obras que se podem classificar neste género são as
que apareceram em Itália por volta de 1600, embora se encontrem precursores na Idade Média.
Há diversos sinónimos para o tema ópera, cujos significados exactos dependem do contexto histórico.
Música nacionalista - Um movimento musical que começou durante o Século XIX e foi marcado pela ênfase dada a
elementos nacionais da música, como canções tradicionais, danças tradicionais, ritmos tradicionais ou assuntos
para óperas e poemas sinfónicos que reflectiam a vida e história nacionais. Paralelamente deu origem a movimentos
políticos de independência, tais como os que ocorreram em 1848, como uma reacção à dominância da música
alemã. Na Rússia, A Vida pelo Czar de Glinka (1836) iniciou um movimento nacionalista que foi sustentado por Cui,
Mussorgsky, Balakirev, Rimski-Korsakov. Liszt expressou o espírito húngaro nas suas obras e este espírito foi
intensificado por Bartók e Kódaly. Smetana, Dvorák e Janácek foram os principais nacionalistas da Boémia; na
Noruega, Grieg, na Finlândia, Sibelius; em Espanha, Falla, Albéniz e Granados; em Inglaterra, Holst e Vaughan
Willliams; nos E.U.A., Copland, Gershwin, Ives e Bernstein; no Brasil, Villa-Lobos.
COMPOSITOR MÚSICA
Berlioz Sinfonia Fantástica Op. 14 mp3
Fryderyk Chopin Estudo 4 Dó Sust. Piano mp3
Franz Lizt Concerto Orq. 1 Mib m mp3
Richard Wagner Navio Fantasma mp3
Johannes Brahms Dança Húngara 5 mp3
George Bizet Carmen mp3
Tchaikovsky Abertura 1812 mp3
Claude Debussy O Mar: diálogo do vento e do mar mp3
MÚSICA MODERNA
a partir de 1910
O inconformismo é uma característica do Homem desde a sua existência. Na música tem-se
manifestado de muitas e variadas maneiras, mas sempre com o mesmo objectivo: comunicar através
dos sons e sentidos.
Sendo uma arte, a música deve estar continuamente atenta à necessidade de aperfeiçoar a sua
linguagem (que é universal). Ao longo dos tempos, a imaginação foi essencial para substituir a
relativa permanência formal dos séculos passados por uma incessante apresentação de
vanguardismos.
Sendo assim, ao longo dos tempos, sempre houve uma necessidade de mudança, de inovação e uma constante exigência
imaginativa de originalidade e criatividade.
A música é a arte que mais facilmente nos comove (de uma forma muito mais intensa que a muito mais intensa que a poesia).
É que, enquanto que a expressão/interpretação literária depende da mente, a música deixa o «campo aberto» para sonhar à
vontade, encerrando em si a apreensão e a expressão da beleza.
Beethoven afirmou: «A música é uma revelação muito mais sublime do que todo o sabedoria ou filosofia. Ela é a única
introdução incorpóreo no mundo superior do saber, esse mesmo mundo que rodeio o Homem, cujo significado interior não se
percebe por conceitos reais...». A música, arte de contrastes que suscita os mais heterogéneos sentimentos na sua diversidade
de tendências, fez do Século XX um dos mais interessantes da sua História.
A música, arte de contrastes que suscita os mais heterogéneos sentimentos na sua diversidade de tendências, fez do Século
XX um dos mais interessantes da sua História.
O Romantismo explorou até ao limite as possibilidades da música tonal.
O Século XX surge como o século das experiências, da procura de novos caminhos na música e nas
artes em geral.
É o demonstrar das formas convencionais e a valorização de novas perspectivas, a procura de novos
materiais e a utilização de recursos trazidos pelos avanços tecnológicos.
Acentua-se a tendência para valorizar culturas até então esquecidas. Os novos meios de transporte e
comunicação facilitam as trocas culturais e fazem com que se conheça na música moderna influências
muito variadas.
O aparecimento da gravação sonora abre um mundo novo à produção musical.
A procura de novas sonoridades faz com que os compositores explorem sons produzidos por objectos, transformando-os em
instrumentos musicais. Os instrumentos convencionais são transformados e preparados de forma a alargar as suas
possibilidades tímbricas. O timbre, nesta época, é talvez o parâmetro mais valorizado na música.
Surgem os primeiros instrumentos electrónicos, que ficarão para sempre ligados à música Pop Rock, embora também estejam
presentes noutros géneros musicais.
O piano é um instrumento muito usado em experiências no campo da investigação tímbrica. Têm sido usadas técnicas muito
simples, como seja: tocar agregados sonoros (clusters), usando o cotovelo, o antebraço ou mesmo a mão aberta sobre as
teclas, tocar directamente nas cordas do piano com os dedos, como se se tratasse de uma harpa. Há compositores que para
obter novas sonoridades, colocam folhas de papel entre as cordas do piano ou objectos sobre as cordas (bolas de ping-pong).
CARACTERÍSTICAS MUSICAIS
Tonalismo - Interdependência em que se encontram os diferentes graus da escala relativamente a uma tónica que é o centro
de todos os movimentos melódicos. A tonalidade define-se pela hierarquia dos graus tonais: 1º, 4º e 5º graus.
Pentatonismo - É um sistema baseado na escala pentatónica. Kódaly, compositor Húngaro, escreve com uma estrutura
pentatónica, baseado nas origens do Folclore Húngaro. É também a Kódaly que se deve a linguagem dos vocábulos (Vocábulos
Kódaly) utilizada no ensino de música a crianças: h Tá-á, q Tá, e Ti, etc.
Impressionista - Palavra empregue para descrever obras como as de Debussy e Ravel enquanto parecem interpretar os seus
títulos não de uma maneira narrativa ou dramática, como o período romântico, mas como um observador que estivesse a
registar a sua impressão num determinado momento.
Modalismo - É a maneira como se dispõem os intervalos de tom e meio-tom e que definem o que se chama modo.
Polimodalismo - É um fenómeno que consiste na sobreposição de melodias pertencentes a modos diferentes. É o sistema
utilizado nas Escalas-Mistas.
Politonalidade - Sobreposição ou simultaneidade de melodias ou acordes pertencentes o tonalidades diferentes. Os
compositores do século XX empregaram-no muito; porém, já aparece no "Divertimento musical" de Mozart, que é bem mais
antigo. Este sistema foi utilizado por Ravel e Strawinsky.
Cromatismo - Sequência melódica que usa a escala cromática – doze sons.
Atonalidade - Sistema harmónico que foge ao princípio fundamental da tonalidade central e que se deve ao compositor
Austríaco Schoenberg. Os intervalos fundamentais na música atonal são a 4ª aumentada e o meio-tom cromático.
Dodecafonia - É o emprego contínuo do cromatismo, alterando o sentido tonal. Neste sistema, empregam-se livremente os 12
sons da escala temperada. Wagner pode considerar-se o percursor do dodecafonismo.
Pontilhismo - Música em que as notas parecem aplicadas em «pontos» isolados em vez das curvas melódicas normais - por
exemplo, certa música de Webern e Stockhausen.
Música Serial - É um sistema mais alargado que a dodecafonia. Utilizam-se as “séries” que são grupos de 4 ou 5 sons. Foi
preconizado por Schoenberg que o definiu de: “Método de compor com 12 sons que só entre si são aparentados”.
Outros sistemas há que poderão ser estudados e, aprofundado o seu estudo em tratados de História da Música.
Música aleatória - Música escrita no pressuposto de intervenção ao acaso do intérprete. Escreve-se geralmente com grafia
própria, diferente da tradicional. Esta forma desenvolveu-se depois da 2º Guerra Mundial.
Música Minimalista - Palavra usada a grupos de compositores, por exemplo, Steve Reich e Philip Glass, em cuja música existe
um mínimo de material, usado repetidas vezes para obter um efeito máximo.
ESTILO COMPOSITOR MÚSICA
Atonalidade Arnold Schoenberg Noite transfigurada mp3
Impressionista Claude Debussy L'Aprés midi d'un faune mp3
Pontilhismo Anton Webern Sinfonia Op. 21 mp3
Dodecafonia Igor Stravinsky Agon mp3
Dodecafonia Alban Berg Wazzeck mp3
Aleatória John Cage Sonata 1 mp3
Piano Preparado John Cage Bacchanale mp3
Minimalismo Steve Reich Violin Phase mp3
BLUES
Depois da escravatura, só nos finais do Século XIX é que os músicos negros norte-americanos conseguiram ter
guitarras. Os músicos andavam de terra em terra e, por isso, precisavam de instrumentos fáceis de transportar.
Até esta altura um dos instrumentos mas usados era uma espécie de violino, mas a guitarra acústica de seis
cordas metálicas tornou-se tão popular que o substituiu
Canção triste, de lamentação, geralmente sobre um caso amoroso infeliz, de ritmo lento, que se tornou muito
conhecida por volta de 1911; em sentido estrito, é uma composição curta (12-bar blues, blues de 12 barras) em
3 linhas de 4 barras cada, em que a segunda linha repete exactamente ou quase a primeira e em que o conjunto
segue uma sequência de acordo previamente estabelecida. A tonalidade predominantemente utilizada é maior,
mas com o 3º e os 7º graus da escala abaixados (as “blue notes”). A harmonia tende para o domínio da plagal
ou subdominante.
Compositores como Gershwin, Ravel, Copland e Tippet usaram o termo para indicar um ambiente semelhante
ao dos blues, mais do que uma adesão estrita à forma. Entre os grandes cantores de blues encontram-se Bessie
Smith e Billie Holiday.
COMPOSITOR MÚSICA
Louis Armstrong Westen Blues mp3
Louis Armstrong Down River Side mp3
Scott Joplin Entertainer mp3
Handy Blues St. Louis Blues mp3
SALSA
Apesar do nome Salsa e das letras das canções serem em castelhano, este género musical nasceu nos bairros
hispânicos (Spanish Harlem) no final dos anos 60 e os músicos que o criaram era emigrantes de vários países
da América Latina, nomeadamente Cuba, Porto Rico e da República Dominicana. Foi da mistura das músicas
destes países, cada um contribuindo com os respectivos “condimentos” musicais, que acabou por nascer a
Salsa.
Os tipos musicais que mais influenciaram a Salsa foram a Rumba, a Bomba e a Plena porto-riquenhos e o Jazz
norte-americano. De salientar que, o género musical que constitui a base da Salsa foi Son Cubano, ritmo com
origem nas zonas rurais de Cuba na segunda metade do século XVIII, tendo como antecedentes a influência
hispânica, francesa e italiana. Já no início do Século XIX, com a vinda dos guajiros (camponeses) para as
cidades, o Son converteu-se numa música apreciada por todos.
ESTILO COMPOSITOR MÚSICA
Salsa Célia Cruz Hot Street Salsa mp3
Bomba Bomba Tanta vanidad mp3
Rumba Las estrellas de Fania - Rumba Yambeque mp3
Son Compay Segundo De camino a la vereda mp3
POP-ROCK
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) deixou marcas muito profundas em todo o Mundo. Após este conflito,
assistiu-se a rápidas e profundas transformações na forma de ser e de estar das pessoas. Surgiram
movimentos políticos, sociais e culturais, que vieram renovar e revolucionar as sociedades.
Também o progresso económico que se veio a verificar após esta guerra, aliado ao desenvolvimento das
aparelhagens sonoras e às emissões, das rádios, veio alterar a forma de pensar e de viver de toda a sociedade.
O sentimento de revolta dos jovens para com a situação político-social e económica do pós-guerra deu origem a
manifestações artísticas revolucionárias. Estes movimentos fizeram-se notar nas mais variadas artes e também
na forma de estar, pensar e vestir dos jovens.
A história da música Pop e Rock continua ainda a fazer-se e torna-se difícil sintetizá-la.
A grande explosão da indústria discográfica e o desenvolvimento da rádio, televisão e cinema são co-
responsáveis pelo aparecimento da pop music.
De raízes americanas, o Rock'n’Roll espalhou-se por todo o mundo ocidental desde cerca de 1950, baseado
numa voz solista e violas (principalmente eléctricas), e difundido através do disco. Rock'n’Roll é aplicado
apenas a um subtítulo, com características particulares rítmicas e outras. São indicadas por termos
semelhantes como Folk-Rock e Jazz-Rock as fusões com outra música popular.
O termo Pop sobrepõe-se mas não é empregado verdadeiramente como sinónimo; para os praticantes do Rock,
Pop pode denotar um produto mais comercializado, mais juvenil e mais facilmente assimilável do que o Rock.
Por volta de 1950 surgiu uma nova era musical com a qual os jovens rapidamente se identificaram. Pôde-se
também assistir a uma alteração dos hábitos de vestir, dançar e de viver dos jovens. Todos estes factores
contribuíram para o aparecimento de vários movimentos socioculturais no século XX.
O estilo Rock'n’Roll surgiu pela mão de Bill Haley (1926-1981)
com a canção "Rock around the clock", em 1954, e veio alterar
profundamente os hábitos musicais da população branca dos
Estados Unidos da América e, mais tarde, da Europa.
O Rock'n’Roll contribuiu para que alguns preconceitos raciais
fossem ultrapassados. A coabitação de brancos e negros em
locais públicos passou a ser uma realidade, facto até então
impensável.
A denominação Rock'n’Roll viria, posteriormente, a ser alterada para rock, em consequência de um novo
movimento surgido na Inglaterra, cujos principais responsáveis foram The Beatles. A canção "Love me do",
editada em 1962, ficou para sempre como o grande marco desta alteração.
A predominância da língua inglesa nas canções destes estilos deve-se à Inglaterra e aos Estados Unidos da
América, pelo facto de terem sido estes países os principais responsáveis pelo seu aparecimento,
desenvolvimento e divulgação. A duração das canções é curta e não há qualquer interligação entre elas. Os
temas abordados nas letras eram, inicialmente, o amor e críticas à sociedade e a revolta que os músicos
sentiam relativamente às desigualdades sociais vigentes a nível mundial, assim como os alertas a favor da
preservação ambiental.
Os conjuntos musicais são formados por um reduzido número de pessoas. A base instrumental é habitualmente
constituída por guitarras eléctricas, bateria e teclado e a parte vocal interpretada por uma voz solista.
A música atravessou gerações e acompanhou a evolução dos tempos. É curioso notar que hoje em dia prolifera
um conjunto heterogéneo de estilos musicais baseados na música Pop e Rock, que, no entanto, são agora
ouvidos por um leque mais alargado de faixas etárias. A evolução técnica na construção dos instrumentos
contribuiu também para que fossem surgindo mudanças estilísticas no Rock.
Os meios de comunicação social e a evolução dos aparelhos de reprodução sonora têm contribuído para que
hoje exista um grande número de grupos e intérpretes destes estilos musicais.
A partir de 1970 surgem nos EUA e na Europa novas correntes na música Rock. Houve uma procura de novas
sonoridades, tirando partido das potencialidades dos sintetizadores e explorando electronicamente outros
instrumentos.
Pink Floyd, Led Zeppelin e Genesis são alguns dos grupos que se afirmaram neste período.
Com o decorrer dos anos, o Rock foi evoluindo tendo aparecido muitos grupos que contribuíram para o
aparecimento de derivações deste género musical, que por sua vez deram origem a novos estilos. Surgiram
então o heavy metal, punk, new wave, disco, tecno entre outros.
Durante a década de 80 assistiu-se à afirmação da música oriunda de outros países. Pioneiro do Reggae como
Bob Marley trouxe ao público questões como a pobreza e a fome mundiais. Consequência disso, surgiram
concertos de caridade e contra o apartheid. Deste modo, a música Rock consegue atingir o objectivo humanista
que sempre procurou desde as suas origens.
A partir de 1981 o canal televisivo MTV, dos EUA, passou a transmitir videoclips 24 horas por dia. Assim, trouxe
uma extraordinária importância ao elemento visual na música. O canal MTV passou a ser um dos meios de
divulgação de toda a música ligeira em todas as suar vertentes.
INTÉRPRETE/GRUPO MÚSICA
Loonie Donegan Rock my Soul mp3
Bill Haley Rock around the clock mp3
Elvis Presley Tutti frutti mp3
Beatles Help mp3
Rolling Stones (I can't get no) Satisfaction mp3
Bob Dylan Mr. Tambourine Man mp3
Beach Boys I get around mp3
Pink Floyd Money mp3
Led Zeppelin Good times bad mp3
Genesis I know what I like mp3
Elton John Goodbye yellow Brick Road mp3
Queen We will rock you mp3
Madonna Like a virgin mp3
FADO
Tipo de canção popular portuguesa com acompanhamento de guitarra, datando
aparentemente de cerca e 1850. O Fado terá sido trazido do Brasil onde se conhece uma
dança com o mesmo nome desde 1819 e que, por sua vez, terá sido introduzido naquele
país pelos escravos negros oriundos de Angola. É da mistura destas três raças que surge
o Fado de Lisboa, canção silábica, como na generalidade é a melodia popular
portuguesa. Os centros de cultura estão localizados em Lisboa e Coimbra, embora nesta última cidade esteja
limitado ao meio académico.
Top Related