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  • UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CII:NCIAS AGRARIASCURSO DE MEDICINA VETERINARIA

    HIPERPLASIA CiSTICA ENDOMETRIAL - PIOMETRA(CADELAS E GATAS)

    CURITIBA2002

  • LINDSAY GRIGOLETTI

    HIPERPLASIA CiSTICA ENDOMETRIAL - PIOMETRA(CADELAS E GATAS)

    Trabalho de Conclusao deCurso apresentado ao Cursode Medicina Veterinaria daUniversidade Tuiuti doParana, como requisito parcialpara a obten9Ao do titu.lo deMedico Veterinario.Orientadora: Prof. Andrea Barros

    CURITIBA2002

  • SUMARIO

    LlSTA DE ILUSTRAc;:OES 3

    RESUMO 4

    INTRODUc;:Ao........................................ 5

    4 DESCRIc;:Ao DOS CONCEITOS RELACIONADOS COM A HIPERPLASIA

    CiSTICA ENDOMETRIAL - PIOMETRA......... 6

    4.1 ETIOLOGIA ..

    4.2 SINAIS CLiNICOS ...

    4.3 DIAGNOSTlCO ...

    4.4 TRATAMENTO ..

    4.5 PROGNOSTICO ...

    6

    9

    13

    15

    23

    CONCLUsAo , 25

    REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS........................................................ 26

  • 1.LlSTA DE ILUSTRAC;:OES

    FIGURA 1 - Ovarios clsticos e utero com hiperplasia cistica endometrial de umaMastiff com 2 an os de idade, no cia durante 12 semanas.. 8

    FIGURA 2 - Utero friavel e aumentacfo de tamanho em um animal com piometra .. 8

    TABELA 1- Resumo da Classifica~o de Dow de Hiperplasia Cistica do Endometrio- Piometra. 13

  • 2.RESUMO

    Na pratica da dinica de pequenos anima is, os medicos veterinarios sao

    freqOentemente confrontados com 0 quadro de piometra em cadeJas. Em gatas

    raramente ocorra. Devern decidir rapidamente sobre a melhor forma de tratamento

    quando se trata uma situa~o de risco de vida da paciente. Esta revisao tern como

    objetivo a descric;ao dos conceitos dentro da hiperplasia cistica endometrial e

    consequentemente da piometra. Aborda-se tanto a etiologia como as sinais e

    achados clinicos. bern como aspectos do diagn6stico desta patotogia. Com relayao

    ao tratamento, sao considerados tanto a abordagem medicamentosa quanta a

    cirurgica e a importlmcia de cada urna delas.

    Unitermos: Cadelas, hiperpJasia cistica endometrial, piometra.

    Abstract:

    Small animal clinicians are frequently confronted by cases of pyometra in bitches.

    In cat the incident is rare. Having to decide quickly about the best treatment when it is

    a life-threatening situation. This review is aimed at describing the concepts in the

    cystic endometrial hyperplasia and consequently in the pyometra. The etiology,

    signals and clinical findings and aspects of the pathology diagnosis are reviewed.

    Regarding treatment, both medical and surgical approaches are into account and

    importance of each one.

    Key-words: Bitches, cystic endometrial hyperplasia, pyometra.

  • 3.INTRODUC;AO

    A vagina apresenta urna flora bacteriana normal residente. Durante 0 estra, a cervix

    relaxa e estas bacterias s~o capazes de entrar no utero. Geralmente 0 mecanisme

    de defesa do utero e capaz de eliminar estas bacterias, ou algum mecanismo na

    cervix (possivelmenle muco) pode prevenir a sua entrada. Em particular entretanto,

    as femeas com hiperplasia cistica endometrial. parecem incapazes de eliminar estas

    bacterias que pod em sobreviver no fluido cistico. 0 cresci menta de bacterias no

    utero eventualmente estimula 0 acumulo de exsudato inflamatorio. 0 organismo

    geralmente isolado destes casos e a E. coli. A administra

  • 4. DESCRICiiO DOS CONCEITOS RELACIONADOS COM A HIPERPLASIA

    CiSTICA ENDOMETRIAL - PIOMETRA

    4.1.Etiologia

    A hiperplasia clstica do endometria (HeEl induzida pel a progesterona e a

    primeira lesao no desenvolvimenlo da piomelra.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881). Eo

    um disturbio do utero potencialmente fatal.( NELSON e COUTO, 2001, p.681-B83).

    A res posta fisiol6gica normal do endometria a progesterona e exagerada. As

    glandulas endometria is tarnam-S8 cisticas e repletas de liquido, e 0 liquido S9

    acumula no lumem uterino.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881). A progesterona

    suprime 0 sistema imune local, eslimulando as glt:1ndu"lasendometriais a produzir

    secreyaes favoraveis ao crescirnento bacteriano. diminuindo a contratilidade do

    miometrio e fechando a cervix, prevenindo a drenagem do exsudato uteri no

    decorrente. A hiperplasia endometrial causada pel a progesterona ocorre com ou

    sem estrogeno. 0 estrogeno, param, aumenta profundamente a gravidade da

    enfermidade atraves do aumento do numero de receptores para progesterona no

    endometria. Esta piometra se desenvolve em 25% das cadelas que recebem

    estradiol como urn abortivo (no acasalamento indesejado) durante a

    diestro.(.OSTWALD et aI., 1998, p. 381-383).

    A Escherichia coli e a bacteria mais freqOentemente isolada de gatas e cadelas

    com piometra.(Richard W. Nelson). Ha uma boa evidencia de que capas de E coli

    tern uma afinidade para 0 epih~lio do trato urinario e musculo delgado, como tambem

    o endometrio e a miometrio na fase progesterona. Se as organismos de tratos

    urinarios estao envolvidos na patogenia ales devem ganhar entrada ao utero no

    estro, quando 0 canal cervical esta aberto. Normalmente pode-se dizer que a utero,

  • na fase estrogenica, e capaz de eliminar esta contaminayao bacteriol6gica, maspode ser significante que na cadela 0 inicio do estra esta associ ado com 0 aum.,ento

    da concentrayao plasmatica de progesterona, proveniente da luteinizayao dos

    foliculos de Graaf.( CHANDLER et aI., 1989, p. 506-509). Outras bacterias como

    Streptococcus, Staphilococcus, Pseudomonas, Proteus, Klebsiella, Salmonella, e

    infeces bacterianas mistas tambem ocorrem.(ETTINGER,1992, p. 1878-1881).

    Apesar da infecyao bacteriana nao iniciar a patogenia de HCE-Piometra, ela e aprincipal causa da morbidade e mortalidade associadas a piometra.( NELSON e

    COUTO, 2001, p. 681-683).

    Quando a progesterona e administrada em cadelas ooferectomizadas, as lesOes

    da HCE e todos os sintomas tipicos de piometra s~o produzidos. Nenhuma dessas

    les6es e produzida quando 0 estrogenio e administrado sozinho. A ocorrencia deHCE e piometra ap6s a administra~o ex6gena de progesterona e dose e dura~o-de pendente tanto na cadela como na gata. Uma patologia uterina semethante foi

    descrita apas a administrayao de compostos progestacionais como a progesterona,

    acetato de melengestrol, acetato de megestrol, acetato de medroxiprogesterona, 17-

    a-acetoxiprogesterona, e acetato de dormadinona em cadelas. A ocorrencia de HCE

    e piometra tern side descrita freqOentemente ap6s a administrayao de acetato de

    megestrol e medroxiprogesterona a gatas intactas e parcial mente histerectomizadas.

    Em adi~o Ii HCE, as progestinas ex6genas causam supressao do c6rtex adrenal

    em cadelas e gatas. Embora 0 estrogenio eXOgenosozinho nao provoque HCE ou

    piometra, ele potencia os efeitos da progesterona.(ETTINGER,1992, p. 1878-1881).

    A patogenese da piometra parece ser similar em gatas e cadelas. A molestia emenos prevalente em gatas, porque estes animais sao ovuladores induzidos, que

  • necessitam do coito antes que ocorra 0 desenllolvimento do tecido luteo, e que

    ocorra a subsequente secreyao de progesterona. A medicayao progestacional

    empregada no tratamento de algumas molestias cutaneas felinas pode ser

    respons8.11el par incidlmcia mais elevada de piometra em gatas nao-fecundadas.(

    BOJRAB, 1996, p. 666-669).

    FIGURA 1 - Oviirios cisticos e utero com hiperplasiaclstica endometrial de uma Mastiff com 2 anos de idade.no cio durante 12 seman as.

    II

    i "o\JItA,':;~'c~.. ": " "'-,'".,.,.. I"1.' '.' ~o",/ .!., _0"'0 , Ii ~__,.~_;:~'~'~~f'.'~~~-t I, .'-

    FIGURA 2 - Utero friiivel e aumentadode tarnanho em urn animal com piometra.

  • 4.2.Sinais Clinicos

    Segundo a pesquisa de Dow, citada por ETTINGER (1992, p. 1878-1881), quatro

    tipos cHnicos e histologicos de HCE-piometra na cadela e na gata foram descritos.

    Os animais com 0 tipo I de HCE nao apresentam sintomas de molestia exceto por

    um corrimento vaginal sanguinolento em algumas gatas, e urn corrirnento vaginal

    mucosa em algumas cadelas. Macrosc6pica e histologicamente, ocorria HCE sem

    inflama

  • 10

    nas cadelas como nas gatas. As celulas plasmaticas e Qutras celulas mononucleares

    foram as infiltrados celulares predominantemente encontrados no tipo III de HCE-

    piometra em gatas. A aparimcia histol6gica do tipo IV de HCE-piometra variou de

    acordo com a abertura da cervix nas cadelas e gatas. Quando a cervix estava

    "aberta", os cornos uterinos Ileralmente tinham menos do que 3 cm de di~metro.

    Havia HCE, fibrose, e hipertrofia do miometrio. Quando a cervix estava "fechada",

    havia extrema distensao uterina, uma parede uterina fina, e atrofia

    endometrial.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881).

    Embora as cadelas e gatas sob a inftu~ncia da progesterana end6gena (lase

    luteinica) ou ex6gena, e as cadelas em fase luteinica recebendo estr6genos

    exogenos, estejam evidentemente sob a maior risco de desenvolverem HCE, 0(5)

    motiva(s) porque somente algumas famaas sao afetadas e desconhecido. N~o

    existem diferenyas aparentes nas concentrar;:aes de progesterona ou estrogenos

    nae conjugados no sangue de cadelas com piometra, cadelas com falsa gestayao,

    ou cadelas norma is na fase luteinica do cido estral. Nao existe evidencia de que as

    irregularidades do estra, a lalsa gestayao, ou a lalta de gestayao anterior estejam de

    algum modo associadas com a ocorrencia de piometra na cadela. Em exame feito

    em 245 cadelas, um hist6rico anterior de falsa gesta~o foi real mente mais comum

    em cadelas sem piometra do que nas cadelas com piometra. Embora as alterayOes

    hiperplasicas ten ham sido descritas, 0 autor sugeriu que a progesterona seria 0

    agente causal para ambas as condic;6es. Finalmente, as anormalidades ffsicas que

    impedem a drenagem do utero podem favorecer 0 desenvolvimento de

    piometra.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881).

  • II

    Davida ao fata da cadela normalmente apresentar urna fase luteinica longa, e

    urna vez que a gata 56 apresenta a fase lutefnica quando e induzida a ovular, a

    piometra devia ser mais comum em cadelas do que em gatas. Dow registrou que a

    piometra ocorria com urna freqO~ncia tres vezes maior em cadelas do que em gatas.

    Os sintomas clinicos da HCE-piometra s~o essencialmente iguais para am bas as

    esptkies. Os sintomas de piometra tornam-se evidentes durante a fase luteinica,

    geratmante quatro a dez semanas ap6s 0 astra, au apas a administrar;ao ex6gena

    de progestin as. Os sintomas incluem depressao, anorexia, vbmitos, diarn~ia,

    polidipsia e poliuria. Par Dutro lado, estes sintomas nao especffrcos com urn hist6rico

    de exposi\'1io a progestina, s~o sugestivos de piometra. 0 corrimento vaginalpurulento esta presente em 75% das cadelas com piometra.(ETIINGER, 1992, p.

    1878-1881).

    Varios graus de depress:3o e desidrata

  • 12

    diferencial sao extrema mente variaveis. Pode haver leucopenia e desvio a esquerda

    degenerativD, au, alternativamente, a contagem leucocitaria total pode atingir

    200.000/~d. Pode-s8 detectar anemia, hiperglobulinemia, alou hiperfibrinogenemia. A

    azotemia e comum. A isostenuria e a proteinuria foram isoladamente encontradas

    em 30% das cadelas com piometra.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881).

    As lesoes renais associadas com piometra lem sido investigadas. Ocorre uma

    redu~o na capacidade de concentrar a urina, associ ada com a infecc;ao bacteriana

    do utero, porem ela nao ocorre associada com a manipulayao hormonal, na

    ausfmcia de infe~o bacteriana. as tubulos tarnam-S8 irresponsivos ao harmonia

    antidiuretico, porem freqOentemente ainda possuem capacidade de diluir a urina. As

    lesOes tubulares foram encontradas atraves da microscopia. Bacterias intactas,

    fixadas ao epitelio tubular, tambem foram descritas. 0 prejuizo na capacidade

    tubular de concentrar a urina contribui para a poliuria, com polidipsia compensatoria.

    As lesOes glomerulares caracteristicas da deposiyao de imunocomplexos foram

    identificadas pela microscopia eletrbnica e estudos imunofiuorescentes de biopsias

    renais de cadelas com piometra. Os estudos realizados ~in vitro" utilizando E. coli

    obtida de cadelas com piometra de ocorrencia natural, demonstraram a afinidade de

    liga~ao da Ecoli pelo epitelio da bexiga urinaria, epitelio parietal e visceral da

    ca.psula de Bowman, e epih31io tubular renal. As les6es renais associadas com

    piometra sao potencial mente reverslveis ap6s a remo~o do antigeno bacteriano

    atraves da ovario-histerectomia.(ETTINGER, 1992, p. 1878-1881).

  • 13

    TABELA 1 - Resumo da Classilicac;ao de Dow de Hiperplasia Cistica doEndometrio-Piometra

    TIPOI Hiperplasia cistica do endometrioAus~ncia de inftamac;aoAus~neia de sintomas elinices exceto par umcorrimento vaginal moderado

    TIPOII Hiperplasia cistica do endometriaCom infiltrado de calulas plasmaticas (callela)Com infiltrado de PMN (gata)Doenya clinica moderada

    TIPOIII Hiperplasia cistica do endometriaAbcessos ao radar das gltindulas endometriaisClinicamente enfermoInliltrac;ao de PMN no endometria e talvez nomiometrio (cadela)Infiltral'llo mononuclear (gata)

    TIPOIV Cervix aberta: hiperplasia cistica do endometria,fibrose. hipertrofia do miometrioCervix fechada: extrema distensao uterina, paredeuterina delgada, atrolia endometrial

    4.3.Diagn6stico

    A piometra e diagnosticada com base na ocorrencia dos sinais clinicos durante 0

    diestro ou apes a administrar;.ao exegena de progestinas, pela presenc;a de

    corrimento vulvar septico e pela identificac;ao de aumento de volume uteri no por

    radiografias e ultra~sonografia abdominais. Devem ser realizados hemograma

    completo, perfil bioquimico serico e urinalise para a detecvao de anormalidades

    metab61icas associadas a sepse e avalial'll0 da funl'llo renal.(NELSON e COUTO,

    2001, p. 681-683).

  • Neutrofilia com desvio a esquerda, monocitose e evidencia de toxicidade deleuc6citos s~o achados mais importantes do hemograma. 0 numero de leuc6citos

    pode chegar a 100.000 a 200.000hd. Em caso de sepse grave, pode estar presente

    leucopenia com desvio esquerda degenerativo. Tambem pode ocorrer discreta

    anemia arregenerativa normocitica normocromica.(NELSON e COUTO, 2001, p.

    681-983).

    As anormalidades bioquimicas incluem hiperproteinemia, hiperglobulinemia e

    azotemia. Ocasionalmente, a alanina-aminotransferase e a fosfatase alcalina est~o

    ligeiramente elevadas, provavelmente em decorrencia de hip6xia e septicemia. Os

    achados da urinalise incluem isostenuria ou proteinuria em um terva das cadelas

    com piometra. E comum a presenc;a de bacteriuria. Muitas das alterac;oes renais

    pareeem ser secundarias a glomerulonefrite por complexos imunes e interfer~ncia de

    endotoxinas bacterianas na resposta tubular renal ao hormonio antidiuretico, embora

    Qutros fat ores desconhecidos pare~m contribuir. Estas alteragaes renais

    normalmente sa.o reversiveis apas a remo903o da fonte de antigenos

    bacterianos.(NELSON e COUTO, 2001, p. 681-683).

    A citologia vaginal revela a presen~ de urn exsudato septico, as vezes com

    eelulas endometriais. Os achados citol6gioos costumam ser anormais, mesmo na

    auseneia visivel de corrimento. Os resultados da cultura e do antibiograma do

    exsudato uterino identificam 0 agente e os antibi6ticos apropriados para 0

    tratamento. (NELSON e COUTO, 2001, p. 681-683).

    o diagnostico diferencial rna is importante para a piometra e a gestayao. Ambasas condi

  • 15

    n~o deve haver desvio a esquerda ou sintomas de toxicidade. Uma contagemdiferencial de leucocitos deve ser realizada nos animais suspeitos de piometra. A

    presen

  • 16

    septioemia e/au endotoxemia, se ja nao existirem. T erapia com liquidos intravenosos

    e indicada para correyao de deficits existentes, para manuten~o da perfusaotecidual adequada e para melhora da func;a.o renal. Em cadelas, diversos estudos

    demonstraram que 0 progn6stico piora S9 a azotemia nao for corrigida antes do

    tratamento cirurgico. A antibioticoterapia deve ser iniciada imediatamente. Devem

    ser utiHzados antibi6ticos bactericidas de ample espectro com eficacia contra E.coli,

    como sulfonamidas-trimetoprim, ampicilina au amoxicilina-clavulanato, enquanto as

    resultados da cultura e do antibiograrna sao aguardados. 0 antibi6tico adequado

    deve entao ser manti do por 2 a 3 semanas.(NELSON e COUTO, 2001, p. 681-

  • 17

    metab6licas graves provocadas pela piometra. Todavia a Qvario-histerectomia e aunica escolha razoavel para animais gravemente doentes, pois a extirpayao cirurgica

    e imediata, 0 que n~o ocorre na evacua~o do conteudo uterine infectado comtratamento cifnioo. A Qvario-histerectomia e curativa, eliminando as comp1icas:6esadvindas de anestesia, cirurgia ou progressao da doenya. (NELSON e COUTO,

    2001, p. 681-(;83).

    Tratamento cirurgico. Os protooolos anestesicos variam muito, dependendo do

    estado do paciente. Os animais com doen~ sist~mica precisam ser monitorados

    proximamente durante uma anastesia. Etes podem ser induzidos com urn opiaceo

    mais diazepam, administrados em dosagens crescentes, conforme 0 necessaria

    para intubar. Se uma intubac;aonao for possivel, poder-se-a administrar etomidato

    au do sag ens reduzidas de tiopental au propofo!. Sa n~o sa encontrar disponrval

    atomidato, c~as arritmicos poderao ser pre-medicados com oximorfona e induzidos

    com tiopental a lidocaina. Nessa ultimo caso, deve-se calcular 9 mg/kg de cada um,

    a administrar metade de inicio, intravenosamente. Dave-se administrar uma droga

    adicional para permitir que a cadela seja intubada. Garalmente, nao sa dava

    administrar intravenosamente mais que 6 mglkg de lidocalna, para evitar

    intoxica~o. 0 isoflurano constitui 0 inalat6rio de escolha, pais causa depressao

    cardiaca minima, a sua induyao e recuperayao sao geralmente rapidas. Nesses

    pacientes, deve-se monitorar proximamente a profundidade anestesica.(FOSSUM et

    al . 2002, p. 602-607).

    Em animais com piomatra, deve-se corrigir a hipotensao antes da cirurQia e

    evita-Ia durante e apos a mesma. Animais com proteinas totais inferiores a 4 g/dL ou

    albumina inferior a 1,5 gldL podem se beneficiar da administrac;aoperioperat6ria de

  • col6ide. Os col6ides podem ser administrados pre, intra e/ou pOs-operatoriamente,

    ate uma dose total de 20 mLlkg/dia. Caso se administrem col6ides durante a cirurgia

    (7 a 10 mLlkg), dever-se-a tratar a hipotensao intra-operatoria aguda com

    eristal6ides. Para suporte inotr6pico, durante a cirurgia, podem-se administrar

    dobutamina (2 a 10 ~Lg/kg/min,intravenosamente) ou dopamina (2 a 10 1l9/kg/min,

    intravenosamente). A dobutamina e menos arritmogl~l'nica e cronotropica que adopamina e sera preferida se 0 paeiente estiver hipotenso e anurico. Caso se

    encontre anurico e normotenso. Podera ser preferivel dopamina em dose baixa (0,5

    a 1,5 Ilg/kg/min, intravenosamente) mais furosemida (0,2 mg/kg, intravenosamente).

    Esses pacientes devem ser monitorados quanto a arritmias ou taquicardia.(FOSSUM

    et aI., 2002, p. 602-607).

    o paciente deve ser posicionado ern decubito dorsal, para urna celiotomia na

    linha media ventraL Deve-se depilar e pre para para cirurgia asseptica 0 abdome

    ventral inteiro.(FOSSUM et aI., 2002, p.602-B07).

    Tecnica cirurgica. Exponha 0 abdome p~r uma inciseD na linha media ventral,

    eomec;;ando 2 a 3 em caudalmente a cartilagem xif6ide, e estendendo-se ate 0 pubis.

    Explore 0 abdome, e localize 0 utero distendido. Observe evidencias de peritonite

    (inflama~o de serosa, aumento de fluido abdominal, petequias). Obtenha fluido

    abdominal para cultura, eva cue a bexiga por meio de cistocentece, e colete uma

    amostra urinaria para cultura e analise, se nao for enviada anteriormente. Exteriorize

    cui dado samente 0 utero, sem aplicer presseo ou trayao excessiva. Urn utero

    preenchido com fluido fica freqOenternente friavel; portanto, levante-o ern vez de

    puxa-Io para fora do abdome. Nao use gancho de castra~o para localizar e

    exteriorizar 0 utero, pois este pode se lacerar. Nao corrija urna tor

  • 19

    isso liberara bacterias e toxinas. Isole 0 utero do abdome com tamp6es de

    laparotomia ou toalhas esterilizadas. Coloque pinc;as e ligaduras, exceto que se

    pode resseccionar a cervix alam dos ovarios, dos cornas uteri nos e do corpo uteri no.

    Ugue as pedlculos com urn material de sutura monofilamentar absorvivel (au seja,

    polidioxanona ou poligliconato 2-0 ou 3-0), e transeccione na jun~o da cervix e da

    vagina. Lave completamente a coto vaginal. Colha amostras de cultura do conteudo

    uteri no sem cantaminar 0 campo cirurgico. Remova as tampOes de laparotomia e

    troque as instrumentas, luvas e campos estereis contaminados. Lave a abdome e

    tache a inciseD rotineiramenta. Envie 0 trato para avalia~o patol6gica.(FOSSUM et

    ai, 2002, p. 602-

  • 20

    piometra de coto pode sa associar a urn tecido ovariano residual. Nesses casas, 0

    coto rest ante dave ser excisado e 0 tecido ovariano residual dave ser removido.

    Qutras complicac;:68S pod em incluir anorexia, letargia, anemia, pirexia, vornito e

    ictericia. A maior parte das complicaes S8 resolve dentro de 2 semanas de

    cirurgia.(FOSSUM et aI., 2002, p. 602-607).

    Tratamento com prostaglandina. 0 tratamento cJrnico da piometra com

    prostaglandina F2u (PGF2u) pode ser considerado no caso de lemeas de alto valor

    reprodutivQ que n~o estao intensamente doentes. Nos Estados Unidos, 0 usa de

    prostaglandinas n~o foi aprovado para pequenos anima is. As prostaglandinas das

    series F provocam contra90es miometricas que podem evacuar 0 utero S8 a cervix

    estiver patente. Em geral, a cervix dilata-s8 em res posta a presseo exercida contra

    ela. No entanto, existe risco de a dilatayao nao ocorrer tao rap ida mente quanto

    necessaria para que haja evacuayao do conteudo pela cervix da gata au da cadela

    com piametra "fechada". Assim, pade acorrer ruptura uterina e extravasamenta de

    seu conteudo para 0 abdome.(NELSON e COUTO, 2001, p. 681-683).

    As prostaglandin as tam bern provocam lute61ise ou suprimem a esteroidogl~mese

    ovariana, rernovendo a fonte de progesterona responsavel pel a doenr;a. A lute61ise

    pode au nao ocorrer durante 0 tratamento de piometra com PGF2a., dependendo da

    lase do diestro, da dose de PGF2a e da dura,.ao do tratamento. E meros prov

  • 2'

    que para aquelas sam drenagem. Para 0 tratamento de piametra, a PGF2a. natural

    (Lutalyse; Upjohn Co., Kalamazoo, Mich.) e administrada por via subcutanea, umaou duas vazes ao dia, na dose de 0,1 a 0,25 mglkg, ate 0 esvaziamento do utero.

    Normalmente, hi! necessidade de 3 a 5 dias de tratamento. 0 volume de corrimento

    vulvar dave aumentar a medida que 0 utero esvazia. Com a tratamento, 0 corrimentoS8 torna menes pUfulento e mais mucoso ou sanguinolento. 0 tamanho do utero

    volta ao tamanho normal quando a utero sa esvazia, mas HEC pode persistir. 0

    tamanho uterino pode sar avaliado par palpat;ao abdominal, radiografia au ultra-

    sonografia. Sa necessaria, 0 tratamento dave continuar por mats de 5 dias, mas

    existem evidencias de que a fertilidade diminu; nos animais que requerem

    tratamento prolongado ou repetido em rela91!o aqueles que recebem urn periodo

    men or ou apenas um perfodo de tratamento. A ovario-histerectomia deve ser

    reconsiderada em animai. que necessitam de tratamento prolongado.(NELSON e

    COUTO, 2001, p. 681-683).

    sao comuns rea96es adversas nos animais tratados com PGF2a., incluindo

    respirayao ofegante, saliv8c;80, emasa, defecayao, miC98o, midriase e

    comportamento de fazer ninhos. Comportamentos de lambedura exagerada e

    vocalizayao podem sar observados em gatas. As reac;Oes adversas desenvolvem-se

    5 minutos apos a aplica~o da PGF2a e podem durar de 30 a 60 minutos. A

    gravidade das reaC;Oes esta diretamente ralacionada a dose e inversamente

    relacionada ao tempo de tratamento. As reay6es adversas tornam-se mais leves nas

    aplicac;iies subsequentes.(NELSON e COUTO, 2001, p. 681-683).

    Em cadelas, a dose letal media de PGF2u e de 5,13 mg/kg. Foram relatadas

    dificuldade respirat6ria grave e ataxia em gatas que recebaram 5 mg/kg, mas n~o

  • houve 6bito. As prost.aglandinas sinteticas como cloprostenol e fluprostenol sao mais

    potentes do que a PGF2o; natural e t~m poucos efeitos sistemicos em outras

    especies. No entanto, sua eficacia no tratamento da piometra e sua dose adequada

    ainda precisam ser estabelecidas. Em face dos efeitos colaterais das

    prostaglandinas F2a:, est~o sendo estudadas outras alternativas. A supressao da

    progesterona seria vantajosa no tratamento da piometra. Infelizmente, as doses

    luteoliticas da PGF2Ct estao associadas a efeitos sistemicos indesejflVeis. Como a

    prolactina e luteotropica. a adiyao de urn antagonista da prolactina como abromocriptina ou a cabergolina pode reduzir a dose de prostaglandina e seus efeitos

    colaterais. Estudos preliminares com uma combina~o de prostaglandina e

    antagonistas da prolactina produziram resultados diversos. Estudos preliminares

    com a anti progestin a aglepristona, urn inibidor competitiv~ que se liga aos receptores

    de progesterona, revelaram resultados positiv~s como agente unico de tratamento

    para a piometra canina. Ainda na.o foi estabelecida a feriilidade subseqOente em

    animais tratados.(NELSON e COUTO, 2001, p. 681-683).

    A justificativa para a op~o pelo tratamento clinica, em lugar do tratamento

    cirurgico, de piometra e 0 desejo do proprietario em reproduzir as f~measacometidas. As femeas podem acasalar no proximo cicio com a utilizayao de

    tecnicas adequadas de manejo. Contudo, isto pode de algum modo ser mais

    importante em cadelas do que em gatas, pois aquelas terao estimulayao de

    progesterona, fator predispanente para a desenvolvimento de HCE-piometra, par

    pelo menos 60 dias apas cada cicio, ocorrendo ou nao concepyao. Em gatas, a

    produyao de progesterona estli ligada a induyao da ovulayao ou apas a ovulayao

    espontanea. Foram relatadas taxas de gestayao de 40 a 82% em cadelas que

  • 23

    receberam PGF2u para a tratamenta da piametra aberta. A idade da cadela e a

    gravidade da HCE e da patalogia uterina alteram as taxas de gesta~o. Fllmeas

    mais jovens tern maior possibilidade de engravidar nos cidos subsequentes. Apenas

    urna entre quatro cadelas com piometra fechada foi tratada desta maneira com

    sucesso. Gatas que receberam PGF2a para 0 tratamento de piometra aberta

    tiveram taxa de gesta~o de 71 a 88%. Em cadelas tratadas com PGF2u, 0 intervalo

    interestro pode ser menor do que a normal.(NELSON e COUTO, 2001, p. 68t -{)83).

    Apos 0 tratamento com PGF2a. pode ooorrer recidiva da piometra. Apesar de

    existirem apenas alguns relates de achados de biopsia uterina apas 0 tratamento, a

    HCE estava presente em f~meas que receberam PGF2u. No entanto, como 0 animal

    ciclou apas 0 tratamento, nao sa sa be S8 isto representa persistimcia ou recidiva da

    HCE. Em cadelas, as taxas de recidiva relatada sao de 77% durante um periodo de

    27 meses. Em gatas, existem relatas de taxa de recidiva de 15%. Assirn, como a

    capacidade reprodutiva e limitada pel a reddiva, 0 numero desejado de ninhadas

    deve ser obtido 0 quanto antes. Apesar de haver alguns relatos de tratamento clinico

    bem-sucedido para a piometra recidivante de gatas e cadelas, a ovario-histerectomia

    e normal mente recomendada. (NELSON e COUTO, 2001, p. 681-{)83).4.5. Progn6stico

    A morte ocorre geralmente sem terapia cirurgica ou medica; no entanto, alguns

    animais se recuperam apes a regressao do corpo luteo e a drenagem uterina

    espontimea. Nesses anima is, e comum a recorr~ncia de piometra no diestro

    subsequen1e. Nas cadelas, a piometra persiste comumente ou recidiva apes uma

    terapia com prostaglandinas. No entanto, apos terapia com prostaglandinas, produz-

    se pelo menos uma ninhada normal em 40 a 74% das cadelas (Meyers-Wallen,

  • Goldschmidt, Flickinger, 1987) e 81% das gatas (Davidson, Feldman, Nelson, 1992),

    o prognostico ap6s uma cirurgia sera bom casa S8 evite a contamina~o abdominal,

    S8 controle 0 choque e a sepse e S8 revertam as danos renais par meio de

    fluidoterapia e eliminayao de anligenos bacterianos (recuperayao de 84%) (Hardy e

    Osborne, 1974), Pode ocorrer morte quando as anormalidades metab61icas ficam

    graves e nao responsivas a uma terapia apropriada,(FUSSOM et aI., 2002, p, 602-

    607),

  • 25

    5.CONCLU;:;Ao

    A hiperplasia cfstica do endometrio induzida pel a progesterona e a primeira lesaono desenvolvimanto da piometra. Como uma septicemia e/ou uma endotoxamia

    podem estar presentes, esse disturbio do utero pode se tomar fatal. As gatas sao

    menos acometidas que as cadelas por serem ovuladoras induzidas. Sinais clinicos

    como corrimento vaginal, depressao, anorexia, vomitos, diarreia, polidpsia e poliuria

    sao sugestivos de piometra. Exames radiograficos e sangufneos sao essen cia is no

    diagnostico dessa patologia. Porem a ultra-sonografia ainda e a melhor escolha na

    diferenciayao de gestavao. Muitas vezes os efeitos colaterais do tratamento com

    prostaglandinas estao presentes. Sendo geralmente utilizado em cadelas

    destinadas a reprodu~o. A ovario-histerectomia e 0 tratamento de escolha e e

    importante sempre estar associado com fluidoterapia e antibioticoterapia. Deve-se

    lembrar que mesmo com 0 tratamento cirurgico recomendado a femea afetada pode

    nao estar livre da morte, ja que a infec;:ao bacteriana asta. presente. No auxilio a

    prevenc;:ao, a ovario-histerectomia sempre que possivel deve ser indicada.

  • 26

    6.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

    ALLEN, W. E. et al. Sistema Genital. In: CHANDLER, E. A et al. Medicina eTerap~utica de Caninos. Manole Ltda, 1989. p. 506-509.

    JOHNSON, C. A. Molestias do Utero. In: ETTINGER, S. J. Tratado de MedicinaIntern a Veterinaria. Manale Ltda, 1992. p. 1878-1881.

    WYKES, P. M., OLSON, P. N. Molestias do Utero. In: BOJRAB, M. J. Mecanismosda Molestia na Cirurgia dos Pequenos Animais. 2.ed. Manole Ltda, 1996. p. 666-669.

    OSTWALD, D. A. et al. Segredo da Medicina Veterinaria. Porto Alegre: Artmed,1998. p. 381-383.

    NELSON, R, W.; COUTO, C. G. Medicina Interna de Pequenos Animais. 2.ed.Guanabara Koogan, 2001. p. 681-683.

    FOSSUM, T W. et al. Cirurgia de Pequenos Animais. Roca Ltda, 2002. p. 602-607.

  • UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS AGRARIASCURSO DE MEDICINA VETERINARIA

    TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO

    "T.C.C."

    LINDSAY GRIGOLETTI

    CURITIBA2002

  • ReitorLuiz Guilherl11e Rangel Santos

    Pro-Reitor AdministrativoCarlos Eduardo Rangel santos

    Pr6~Reitora AcademicaCarrnem Luiza da Silva

    Pr6~Reitor de PlanejamentoAfonso Celso Rangel Santos

    Secreta ria GeralDenise Carneiro de Campos

    Diretor da Faculdade de Ciencias AgrariasProf. Clovis Manoel Pena

    Coordenador do Curso de Medicina VeterinariaProf. Wilson MendesProf. halo Minardi

    Coordenador do Estagio do Curso de Medicina VeterinariaProf. Sergio Jose Meireles Bronze

    CAMPUS TORRESAv. Comendador Franco, 1860CEP: 80215-090 - Jardim Bot~nicoFane (41) 263-3424

  • APRESENTACAO

    Este Trabalho de Conclusao de Curso (TCC), e urn dos requisitos para a

    obtem;ao do titulo de Medico Veterin

  • UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANAFACULDADE DE CIENCIAS AGRARIASCURSO DE MEDICINA VETERINARIA

    RELATORIO DO ESTAGIO CURRICULAR

    CURITIBA2002

  • LINDSAY GRIGOLETTI

    RELAT6RI0 DO ESTAGIO CURRICULAR

    Trabalho de Conclusao deCurso apresentado ao Cursode Medicina Veteriniuia daUniversidade Tuiuti doParana, como requisito parcialpara a obtenyao do titulo deMedico Veterinario.Orientadora: ProfO!. Andrea Barros

    CURITIBA2002

  • AGRADECtMENTOS

    Agradecimentos especiais 80 Dr. Vicente Lopes, pela sua paciencia e

    compreenS80, e a professora Andrea Barros. As orientayaes deles fcramimprescindiveis na realizayAo deste trabalho de conclusao do curso.

    as agradecimentos VaG tambem ao proprietario e a administradora da Clinica

    Veterinaria Wistuba, Glenoir e Irene Wistuba, par me aceitarem como estagiaria e

    pela amizade.

    Finalmente, gostaria de agradecer a duas pessoas que amo: minha m~e Carole meu namorado Rodotpho. Etes compreenderam que os deixassem de lado em

    alguns momentos para realiza~o do desenvolvimento do presente relat6rio de

    85t8gio. Alem do importante apoio que me dao na vida passoal e profissional.

  • SUMARIO

    LlSTA DE ILUSTRAyC>ES , 9

    2 LlSTA DE ABREVIATURAS 10

    RESUMO 11

    4 INTRODUyAO 13

    DESCRlyAO DO LOCAL DO ESTAGIO 14

    6 CAsuisTICA DE TODOS OS CASOS CLiNICOS E CIRURGICOS

    ACOMPANHADOS DURANTE 0 PERioDO DO ESTAGIO 19

    7 DESCRlyAo DE ALGUNS CASOS CLiNICOS 26

    7.1 HERNIA PERINEAL. ................................................................................ 26

    26

    27

    28

    ....................................... 28

    34

    ...... 34

    35

    ......................... 36

    7.2 HIPERPLASIA E PROLAPSO VAGINAL.............................................. 36

    7.1.1 ETIOLOGIA ...

    7.1.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS ...

    7.1.3 DIAGNOSTICO ...

    7.1.4 TRATAMENTO ....

    7.1.5 PROGNOSTICO ...

    7.1.6 RELATO DO CASO ..

    7.1.7 DISCUssAo ....

    7.1.8 CONCLusAo ...

    7.2.1 ETIOLOGIA E CARACTERisTICAS CLiNICAS .. 36

    7.2.2 DIAGNOSTICO ... 36

    7.2.3 TRATAMENTO ... 38

    7.2.4 RELATO DO CASO .. 41

    7.2.5 DISCussAo .... 41

  • 7.2.6 CONCLUSAO 43

    7.3 FALSA GESTAt;:AO ,. 44

    7.3.1 ETIOLOGIA... . 44

    7.3.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS 45

    45

    . 45

    .................................................. 47

    48

    48

    7.4 OTITE EXTERNA................................................................................. 49

    7.3.3 DIAGNOSTICO.....

    7.3.4 TRATAMENTO..

    7.3.5 RELATO DOCASO...

    7.3.6 DISCUSSAO...

    7.3.7 CONCLUSAO...

    7.4.1 ETIOLOGIA... 49

    7.4.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS E DIAGNOSTICO... 52

    7.4.3 TRATAMENTO... 56

    7.4.4 RELATO DOCASO... ............ 61

    7.4.5 DISCUSSAO... 62

    7.4.6 CONCLUSAO.. 62

    7.5 DERMATITE ALERGICA POR PICADA DE PULGA 63

    7.5.1 ETIOLOGIA... ........... 63

    7.5.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS... ......... 63

    7.5.3 DIAGNOSTICO... ........... 63

    7.5.4 TRATAMENTO E PREVEN

  • 7.6 ACANTOSE NIGRICANTE. 68

    7.6.1 ETIOLOGIA ... ... 6B

    7.6.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS ... 6B

    7.6.3 DIAGN6STICO .... 68

    7.6.4 TRATAMENTO ..... 69

    7.6.5 RELATO DO CASO .... 69

    7.6.6 DISCUSSAO ... 70

    7.6.7 CONCLUSAO .... 70

    7.7 GASTRITE AGUDA ................................................................ 71

    7.7.1 ETIOLOGIA... . 71

    7.7.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS... . . 71

    7.7.3 DIAGN6STICO.... .......................................... 71

    7.7.4 TRATAMENTO... 72

    7.7.5 PROGN6STICO... 72

    7.7.6 RELATO DO CASO... 73

    7.7.7 DISCUSSAO , 73

    7.7.B CONCLUSAO ... 74

    7.8 GASTROENTERITE POR ANCYLOSTOMA................................ 74

    7.B.1 ETIOLOGIA ... . 74

    7.B.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS... 74

    7.S.3 DIAGN6STICO... 75

    7.B.4 TRATAMENTO... 76

    7.B.5 PROGN6STICO... 76

    7.S.6 RELATO DO CASO... 76

  • 7.8.7 DISCUssAo .

    7.8.8 CONCLUsAo .

    . 77

    .. 78

    7.9 DIARREIA INDUZIDA POR ALiMENTA;:Ao 78

    ...... 78

    .79

    79

    ........................................... 79

    .............................................. ,..80

    80

    7.9.1 ETIOLOGIA...

    7.9.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS...

    7.9.3 DIAGNOSTICO...

    7.9.4 TRATAMENTO...

    7.9.5 PROGNOSTICO...

    7.9.6 RELATO DO CASO...

    7.9.7 DIScussAo ...

    7.9.8 CONCLUsAo ...

    81

    ..... 82

    7.10 ESCABIOSE (SARNA SARCQPTICA) 82

    7.10.1 ETIOLOGIA...

    7.10.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS..

    7.10.3DIAGNOSTICO .

    7.10.4 TRATAMENTO .

    7.10.5 RELATO DO CASO..

    7.10.6DIScussAo .

    7.10.7 CONCLUsAo .

    ....... 82

    83

    83

    84

    85

    86

    87

    7.11 CLAMIDIOSE 87

    7.11.1 ETIOLOGIA... 87

    7.11.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS...

    7.11.3 DIAGNOSTICO .

    7.11.4 TRATAMENTO .

    87

    88

    88

  • 7.11.5 RELATO DO CASO... ..89

    . 90

    90

    7.11.6 DISCUssAo ...

    7.11.7 CONCLUsAo ...

    7.12 ULCERA SUPERFICIAL DA CORNEA....................................... 90

    7.12.1 ETIOLOGIA....

    7.12.2 CARACTERlsTICAS CLiNICAS...

    7.12.3 DIAGNOSTICO..

    7.12.4 TRATAMENTO...

    7.12.5 RELATO DO CASO.....

    7.12.6 DISCUssAo ...

    ...... .... 90

    ............................ ~93

    93

    ................... 96

    .... 97

    7.12.7 CONCLUsAo ..... . , 97

    7.13 PARVOVIROSE CANINA 97

    7.13.1 ETIOLOGIA ...

    7.13.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS..

    7.13.3 DIAGNOSTICO...

    7.13.4 TRATAMENTO E PREVENCAO...

    97

    98

    99

    ............................. 99

    7.13.5 RELATO DO CASO 100

    7.13.6 DISCUssAo ..

    7.13.7 CONCLUSAo ...

    102

    102

    7.14 RINOTRAQUEiTE. 102

    7.14.1 ETIOLOGIA... 102

    7.14.2 CARACTERisTICAS CLiNICAS... 103

    7.14.3 DIAGNOSTICO..

    7.14.4 TRATAMENTO...

    . ,104

    .......................................................1%

  • 7.14.5 RELATO DO CASO ..

    7.14.6 DISCUssAo ...

    . 106

    7.14.7 CONCLUsAo .

    ......... .........107

    107

    8 CONCLUsAo FINAL.. 108

    9 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 109

  • 1.LISTA DE ILUSTRA~C>ES

    TABELA 1- Esquema de Vacina.ao em Caes 16

    TABELA 2- Esquema de Vacina

  • 2.LlSTA DE ABREVIATURAS

    % pereentagem

    mg.

    Kg

    ~lg/Kg .

    ........... miligramas

    quilos

    .. .. " umicrogramas par quilo

    ........... centfmetros

    . parvovirus canino

    " adenovirus canino

    .................................................. rinotraqueite viral felina

    herpesvirus felino I

    moh~stia respirat6ria superior

    virus da leucemia felina

    intramuscular

    . subcutaneo

    endovenoso

    ovario-histerectomia

    sem ra~ defenida

    1 vez ao dia

    2 vezes aD dia

    em.

    pvc.

    CAV.

    RVF.

    HVF-1.

    DRS.

    VLFe.

    1M.

    SC.

    EV.

    OHE.

    SRD.

    s.Ld.

    b.Ld.

  • 3.RESUMO

    o relat6rio em quest~o tern como objetivo descrever 0 estagio de conclusao do

    curso realizado na area de pequenos animais, mais especificamente de caes e

    gatos, na elinice Veterinaria Wistuba. 0 estagio teve inido no dia 26 de fevereiro e

    foi concluido no dia 13 de junho do ano de 2002 na cidade de Curitiba. De acordo

    com as norm as da Universidade, 322 horas foram cumpridas sob orienta~o do

    medico veterinario Vicente Lopes. 0 desenvolvimento do presente relatorio fai

    orientado pela professora Andrea Barros. Nele est:!lo descritos 0 local do estagio;

    incluindo informa90es ffsicas, funcionamento, equipamentos disponiveis,

    atendimento e rotina da clinica; e alguns casas da clinics medica e cirurgica

    destacando-se as causas, sinais, diagn6sticos e tratamentos de cada urn. A

    exposi~o das discuss6es e conclus6es tambem constam neste trabalho.

    Resumen:

    EI informe en cuesti6n bene como finalidad describir el estagio del conclusion del

    curso efectuado en la area del pequel10sanimales, mas especificamiente del perro y

    gatos, en la Clinica Vetennaria Wistuba. EI estagio teve inicio en el dia 26 del febrero

    y fue concluido en el dia 13 del junio del allo del 2002 en la ciudad del Curitiba.

    Conforme las normas de la Universidad, 322 horas fueron cumplidas con la

    orientacion del medico veienmJrio Vicente Lopes. EI desarrollo del relatono fue

    orientado por la profesora Andrea Barros. Eston contenidos el local del estagio,

    inc/uso info(maciones fisicas, funcionamiento, equipamientos disponibles. consuJtas

    y (tllina de la clfnica; y algunos casos de /a cffnice mooica y quin)rgica. Las causas,

  • los signos, los diagn6slicos y el lralamienlo del cada uno fuemn destacados. La

    exposici6n de las discusiones y conclusiones tambien eston net trabajo.

  • 13

    4,INTRODUCiio

    No estagio foram acompanhados os atendimentos clinicos e cirUrgicos em caes

    e gatos. Pode-se observar a retina da clfnica quanta as patologias e funcionamento

    em geral e com isso destaca-Ios e descreve-Ios no relat6rio. As descrity6es das

    deen

  • 5.DESCRI
  • 15

    A Clinica I composta par nove veterinarios, administradora Irene Wistuba e sua

    secreta ria, duas recepcionistas, dais auxiliares, uma mo~ para limpeza e dois

    tDsadores

    o atendimento e 24 horas com exce~o do pet shop que fica disponivel ate as19 horas. Sernpre he urn veterimirio plantonista. 0 veterinario orientador deste

    relat6rio, Dr. Vicente, permanece na Clinica Veterinaria Wistuba as teryas, quartas.quintas e sextas das 14 as 20 horas e alguns sabados.

    Os equipamentos que a C!lnica pas sui sao: raio X, rel/eladora de raio X,

    ultrassonografia, ultrasson para remoc;ao de tartare, eletrocauterioJeletrobisturi,

    motor de baixa rotac;.ao para polimento dentario, eletrocardiograma, foea cirur~ico,

    negastoc6pio, incubadora para filhotes, incubadora para esteriliza~o dos

    instrumentos cirurgicos, broncosc6pio, aparelho para ventila9Ao control ada,

    microscopio. Alem de otoscopios, estetosoopios, oftalmoscopios, cortadores de

    unhas e instrumentos cirurglcos disponfveis aos veterinarios

    Exames complementares como raia X, ultrassonografia e raspadas sao

    realizados na propria Clfnica. 0 sangue colhido e enviado para os laboratorios e

    estes retornam os resultados dos exames solicitados.

    Par serem importantes dentro da desaiC;ao da rotina da dinica; a esquema de

    vacinayao, desverminayao e as misturas anestesicas dotadas estario detalhadas a

    seguir.

  • 16

    Esquemas de vacina~ao em caes e gatos usados na Clinica Veterinaria

    Wistuba:

    TABELA 1 - Esquema de Vacina~o em Caes:Idade do Animal ~ Tipo da Vacina

    45-60 Dias l' Dose Vacina Octupla (Fort Dodge)75-90 Dias (3 meses) 2' Dose Vacina-Octupla (Fort Dodge)105-120 Dias (4 meses) 3' DoseVacina.Octupla.(Fort Dodge)135-150 Dias (5 meses) Vacina Anti-Rabi~(lJirbac)-A partir de 1 Ano e 2 Dose Unica Anual Vacina Octupla (Fort Dodge)+ Anti-meses Rabica (Virbac)A partir de 3 Anos Dose Unica Anual Vacina OetupTa (Fort Dodge) ou

    Sextupla (Fort Dodge)_+ Anti-Rabica (Virbac)A partir de 7 Anos Dose Unica Anual Vacina Oetupla (Fort Dodge) ou

    Sextupla (Fort Dodge) ou Triplice (Fort Dodge) + Anti-Rabica (Vlrbae)

    TABELA 2 - Esquema de Vacina~o em Gatos:Idade do Animal Tipo da Vacina

    60 Dias l' Dose Vacina Quadrupla - Eclipse 4 (Fort Dodge)90 Dias (3 meses) 2' Dose Vacina QuadruRla - Eclipse 4 (Fort Dodge)120 Dias (4 meses) Vacina Anti-RabicaA partir de 1 Ano Dose Unica Anual Vacina Quadru~la (Fort Dodge) ou Triplice

    (Fort Dodge) + Anti-Rabica (Virbac)

    Esquemas de Desvermina~ao em cAes e gatos usados na CHnica Veterinaria

    Wistuba:

    TABELA 3 - Esquema de Desvermina~o em Caes:Idade do Animal Vermicidas e Doses

    Ate 5 Meses Administrar 3-4 dias apos cada vacinaDrontal@ puppy (pirantel, febantel) - 1 ml para cada kg depeso vivo

    D-epois de 5 Meses Administrar-=-a cad~3 meses em caes que permanecem amaior parte do tempo fora de casaDrontal plus (praziquantel, pirantel, febantei) - ate 5 kg --+ 'h

    ~ comprimido; de 6 a -10 k9-sL1 comprimido; de 11.a 20 kg- -> 2

  • 17

    comprimidos; de 21 a 30 kg --+ 3 comprimidos; de 31 a 40 kg--+ 4 comprimidos.Drontal~ (praziquantel, pirantel) - idemDroncit (praziquantel) para caes - idem. Acima de 41 kgseguir a'I1[QQQr ,., comprimido; de 2 a 3 kg -) Y. docomprimido; de 3 a 4 kg --+ 1 comprimidoDroncit (praziquantel) para gatos - 1 comprimido para cada10 kg de peso vivo

    A partir de 4 Meses Administrar a cada 6 meses em gatos que permanecem amaior parte do tempo dentro de casa (de apartamento)Masmas vermicidas e doses ja citadas

    Misturas Anestesicas para caes mais usadas na eUnica Veterinaria Wistuba:

    Mistura Anestesica 1: Quetamina (Vetaset/Ketaset) - frasco/anpola de 10 mlcom 50 mg/ml

    Xilazina (Dosipe~/Rompum) - 1,1 mg/kg, EV1,1 - 2,2 mgl1

  • Anestesia para gatos mais utilizada na Clinica Wistuba:

    Primeiramente Atropina, 10 minutos depois Xilazina (Rompum) e 10 minutos apesQuetamina (Vetaset).

  • 19

    6.CAsuisTICA DE TODOS OS CASOS CLiNICOS E CIRURGICOS

    ACOMPANHADOS DURANTE 0 PERioDO DO ESTAGIO

    A seguir estar~o descritos todos as casas dinicos e cirurgicos observados na

    Clinica Veterinaria Wistuba durante 0 periodo em que 0 estagio curricular foi

    realizado.

    TABELA 5 - Casos elinices observados desde 26 de fevereiro a 13 de junhode 2002, a maior parte no periodo da tarde, na Cliniea Veterimiria Wistuba.

    Casas Clinicos - Especies Total

    Aeantose Nigrieante Canina

    Atopia Canina 5

    Celulite do Pastor Alemao Canina

    Dermatite alergiea por pieada de pulgas - Canina 15

    Dermatite par hipersensibilidade alimentar Canina 7

    Dermatofitose Can ina e Felina 11

    Impetigo Canina 7

    Malasseziase cutanea Canina 3Peticulose Canina 2

    Sarna demodecica Canina ~6

    Sarna sarcoptica Canina ?O

    Sarna notoedrica Felina -2

    Seborreia oleo 58 Canina 16

    Seborreia seea Canina 9

    (97)

  • 20

    Blefarite stafiloc6cica Canina

    Catarata Canina 8

    eeratite pannus Canina ,1

    Ceratite bacteriana Canina 3

    Conjuntivite par clamidiose Feliner 2

    Glaucoma Canina 5

    Ulcera da c6rnea Canina e Felina 11

    Uveite par trauma Can ina e Felina 5

    Sindrome uvea dermatol6gica - Canina(37)

    Otite bacteriana Canina 38

    OUte fungica (Malassezia) Canina 15

    OUte externa bacteriana + fungica Canina 11

    Sarna otodecica Canina 21

    (~5)

    Asma felina Felina 4

    Bronquite alergica Felina 2

    Calicivirose Felina

    Cinomose Canina 7

    Peritonite inferoosa felina Felina 6

    Pneumonia par aspirayao Cimina 2

    Rinotraqueite Felina 24

  • 21

    Sindrome das vias aereas braquecefalicas Canina 3

    Traqueobronquite infecciosa canina Canina 11

    (60)

    Endocardite infecciosa Canina

    Endocardiose da Valvula Mitral Can ina 2

    Miocardiopatia dilatada Canina

    (4)

    Colite nervosa Can ina

    Coronavirose Canina 2

    Estenose esofagica Canina 2

    Estomatite -CaninaGastrite Aguda Canina 9

    Gastrite Cr6nica ~Canina 4

    Gastroenterite de origem alimentar Canina 21

    Gastroenterite par Canina 3

    Ancylostoma caninum

    Gastroenterite per Qutros parasitas Canina 7

    Gastroenterite par corpo estranho _Can ina e Felina 3

    Gastroenterit.e par drogas Can ina e Felina 5

    Gastroenterite par toxinas Can ina 2

    Gengivite felina Felina

    Hepatite aguda Canina 9

  • 22

    Insuficiencia Pancreatica Ex6crina Canina

    Inlussucepc;ao intestinal Canina

    Megaesolago cong~nito Canina 2

    Parvovirose Canina 32

    Ulcera gastrica Can ina 8

    (114)

    Calculo renal Canina 2

    Calculo vesical -canina 3

    Calculo uretral Canina 5

    Cistite bacteriana Canina 3

    Rim policistico Canina

    Sindrome urologica felina Felina 5

    (19)

    Aborto - Brucelose -=""- Canina

    Cislo ovariano Canina 3

    Falsa gestac;ao Canina 14

    Gestac;ao Canina 6

    Hiperplasia clstica endometrial - Piometra Can ina 20

    Neoplasia mamaria Canina 29

    Criptorquidismo Canina 2

    (75)

    Diabete -melitus Canina 6

  • 23

    Hipotiroidismo Canina 10

    Hiperadrenocorticismo Canirt9 5

    Hiperestrogenismo Can ina

    (22)

    Displasia coxo-femoral Canina 3

    Fratura do femur Canina

    F ratura do umero Canina 2

    Fratura da infise mandibular-=--~- Can ina

    Luxa,ao patelar Canina 11

    Osteoartrite Canina 13

    (31)

    Avulsao do plexo braquial Canlna .1

    Convulsao Canina 5

    Lesao do nerve ciatico par inje9Bo Canina

    Protusao do disco intervetebral do tipo I Canina 3

    Sindrome vestibular por infec,ao do ouvido medio Canina 2

    (12)

    ~(&56)

  • TABELA 6 - Casas cirurgicos abservados desde 26 de fevereiro a 13 de junhade 2002, a maior parte no periodo da tarde, na CHnica Veterinaria Wistuba.

    Casos Cirurgicos Esp cies T9tal

    Caudectomia Can ina 8

    Conchotomia Canina 12

    Retirada do dedo-de-labo Canina 5

    Orquiectomia Canina e Felina 27

    Ovario-histerectomia Can ina e Felina 56

    Redugao de hernia perineal Canina

    Reduc;ao de hiperplasia vaginal Canina

    Retirada de tumor de mama Canina 27

    Vasectomia Canina 6

    Ceratectomia para retirada de-derm6ide- Canina

    Ectropion Canina 4

    Entropion Canina 7

    Flap da 3' palpebra Canina

    Reposigao da 3' palpebra Canina

    (157)

  • GRAAco 1 Com porac;1o qUinto Oilincidl:ncil decase.: da cllnica medica (1J e da cilnici

    cirurglca (2)

    ~1

    76%

    GRAAco 2 Percentagem do numcrode cDe.(2) e de gate.:-(1) atendldos na Clinic Veterinaria Wi.tuba durante 0 estagio

    14%

    66%

  • 26

    7.DESCRIIYAO DE ALGUNS CASOS DA CLiNiCA MEDICA E CIRURGICA EM

    CAES EGATOS

    7.1.HERNIA PERINEAL

    7.1.1.Etiologia

    A hernia perineal ocorre quando a diafragma pelvico (isto a, as musculos

    coccigeos e elevadores do anus) enfraquece e permite que 0 canal retal S8 desvie

    lateralmente.(NELSON e COUTO, 2001, p. 365 e 366). A causa do enfraquecimento

    do diafragma pelvico e pouoo compreendida, mas acredita-se que S8 assode comhorm6nios masculinos, esfon;o e fraqueza ou atrofia museu lares congenitas ou

    adquiridas. 0 diafragma pelvico e mais forte nas cadelas que nos dies machos.

    Qualquer afe""ao que cause esfon;o pode estressar a diafragma pelvico.(FUSSOM

    et aI., 2002, p. 369-394).

    A herniayao pode ser uni au bilateral. 0 conteudo herniario e circundado par

    urna camada fina de fascia perineal (saca herniario), tecido subcutaneo e pele. 0

    saca hernia rio pade conter gordura pelvica ou retroperitoneal, fluido seroso, reto

    desviado au dilatado, diverticula retal, prostata, bexiga au intestino delgado. Os

    gatos apresentam, geraJmenta, somente a reto dentro do saco herniario. Os 6rg805

    deslocados no interior da hernia podem ficar obstruidos e astrangulados. Obstn.Jt;ao

    ou estrangulamento viscerais sa associarao com deteriora~o rapida, a menes que

    sa corrija a obstru;;aa au a aprisionamento.(FUSSOM et al., 2002, p. 389-394).

  • 27

    7.1.2.Caracteristicas Clinicas

    E principalmente encontrada em caes idosos nao-castrados (especialmente das

    ra~s Boston Terrier, Boxer, Corgis e Pequines); as gatos raramente sao

    acometidos. A maiaria dos animais sao [evados para exame par causa de disquezia,

    constipac;:ao ou aumento de volume perineal; entretanto, a hemia9Bo da bexiga

    neste disturbio pode causar uremia p6s-renal intensa com depress~o e

  • 28

    v6mito.(NELSON e COUTO, 2001, p. 365 e 366). Outros sinais silo obstipa9ao,

    tenesmo, prolapso retal, estranguria, anuria e flatulencia.(FUSSOM et aI., 2002, p.

    389-394).

    7,1,3,Diagnostico

    o exame digital do reto deve revelar des via relal. aus~ncia da musculatura desuporte e/au urn diverticula retal. 0 clinico dave procurar pela retrofiex8o da bexiga

    no processo herniario. Sa houver duvida, a area perineal dave ser aspirada para

    verificar sa a urina esta presante.(NELSON e COUTO, 2001, p. 365 a 366).

    Raramente S8 precisa de radiografias simples; no entante, estas podem revelar a

    posic;ao da bexiga e da prostata e urna assimetria au urn aumento de tamanho. 0

    registro radiografico de retroflexao da bexiga requar. freqOentemente, uretrograma

    e/ou urn cistograma. Administra~o de bario oral au retal demonstra a posiryao do

    colon e do reto. Tambem e passlvel identificaya:o ultrassonografica da be.xiga e da

    prostata.(FUSSOM et aI., 2002, p. 389-394).

    Os pacientes com retroflexao vesical apresentam freqOentemente azotffmia,

    hiperclemia, hiperfosfatemia, a leucocitose neulrofilica.(FUSSOM at aI., 2002, p.

    389-394).

    7.1.4. Tratamento

    o objetivo do tratamento clinico e aliviar e evitar constipa~o e disuria, evitar umestrangulamento de 6rg~os. Oeve.-se corrigir os fatores causadores (ou seja,

    obstru9Ao ou infecyao do trato urinario, megac6lon, prostatite). Algumas vezes,

    consegue-se manter a defecayao normal usanda laxantes, amolecedores fecais,

    altera90es dieteticas, enemas peri6dicos, e/ou evacuayao retal manual. Pode-se

  • 29

    descomprimir a bexiga por meio de centese ou cateteriza

  • ]0

    Oeve-S8 administrar amolecedores feeais 2 a 3 dias antes da cirurgia. Deve-s8

    evacuar 0 intestino grosso com laxantes, catarticos, enemas e extra~o manual.

    Apes a indu~o anestesica, deve-se administrar intravenosamente antibi6ticos

    profilaticos eficazes contra microrganismos Gram-negativos e anaer6bios. Sa a

    bexiga se encontrar retroflexionada no interior da hernia, deve-se colocar urn cateter

    urinario au realizar cistocentese, atraves do perinea, para aliviar 0 desconforto e

    evitar deteriora

  • }!

    herniorrafia, realize castra",o caudal por incisao perineal mediana.(FUSSOM at aI.,

    2002, p. 389-394).

    Herniorrafia Tradicional ou Anat6mica. Pre-posicione fics de sutura

    monofilamentares 0 ou 2-0 em suturas interrompidas simples, usa-S8 uma agulha

    curva e grande. Comeee a colocacao da sutura entre 0 esfincter anal externo e os

    museu los elevador anal, coccfgeo, ou ambos. Espace as suturas em menDS de 1 em

    de intervalo. A medida que a coloca~ progride ventral e lateralmente, incorpore 0

    ligamenta sacrotuberoso para reparo segura, S9 for necessaria. Coloque suturas

    atraves, em vez de ao redor, do ligamenta sacrotuberosD para evitar aprisionamento

    do nerva ciaiico. Oriente as suturas ventrais entre 0 esfincter anal externo e 0

    musculo obturador interno. Fique ciante dos vasoso e nervos pudendos em todos os

    momentos para evitar traumatizar essas estruturas. Amarre os fios de sutura,

    comer;.ando dorsal mente e progredinda ventral mente. Antes de amarrar os ultimos

    poucos fios de sutura, remova 0 tampa.o usado para manter a reduc;ao. Avalie 0

    reparo; colaque suturas adicianais se fraquezas au defeitos persistirem. Lave a area.

    Feche a tecido subcutaneo com padrt'la de aproxima~o interrompida ou continuo

    (por exemplo, polidioxanona ou poligliconato 3-D ou 4-D), e a pele com padra,? de

    aproxima",o interrompido (por exemplo, miilon 3'0 ou 4-0).(FUSSOM et aI., 2002, p.

    389-394).

  • flGURA 1122 r-",,, 'v'" .t ""., ; ..., ..,:,.) -j.:"r.'i';''' I"? I',I I '.' ,1,\. ~~ '.r,j:;..-.!"-r""l~ t;Z"".;;o '-:~".'.-..n;.,,~-:>!

    L------.1G~3_Te~c~n~~~a~d.~----Hemiorrafia AnatOmice au TradiCiont1l.

    Hemiorrafia por Transposi~Ao do Musculo Obturador Interno. Incise a fascia

    e 0 periosteo ao longo da borda caudal do isquio e da origem do musculo obturador

    interno. Usando um elevador periosteal, levante a periostea e 0 musculo obturador

    interno do isquio (A). Transponha dorsomedialmente ou recue a musculo no interior

    do defeito, para permitir aproxima~o entre as musculos coccigao e elevador anal e

    a esfincter anal externo. Sa for necessario, transeccione 0 tendao de inseryao do

    musculo obturador interno para oonseguir uma cobertura adequada do defeito. 0

    tendao obturader interno e freqOentemente dificil de visualizar, tornando diffcil

    transea;:ao. Tenha cuidado para evitar uma transeet;ao dos vasos gluteais caudais e

    do nervo perineal. Pn3-ooloque suturas interrompidas simples, tal como na tecnica

    tradicional. Comece por aproximayao des musculos elevador anal e coccigeo

  • combinadas com a esfincter anal externo dorsal mente. Depois, coloque suturas

    entre a musculo obturador interno e a esfincter anal externo medialmente, as

    394).

    musculos elevador anal e coccigeo lateralmente (B).(FUSSOM et aI., 2002, p. 389-

    (IOU." '. t:u A. ...'",,~... ".1, -".1 ;

    ,10 .r.. ,

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    FIGURA 4 - cnica a HemlOrrafiapor ransposi 0 0 uscu 0Obturador Interno.

    No p6s-operat6rio devem ser administrados analgesicos, conforme necessaria,

    para minimizar a esfon;o e a prolapso retal. Se ocorrer prolapso retal, deve-se

    colocar uma sutura em balsa de tabaco. Em pacientes ur~micos, deve-se continuar

    com fluidoterapia. Compressas mornas aplicadas no local cirurgico, duas a tr~s

    vezes ao dia, diminuem a incha90 e a irrita~o perineal. Pode-se interromper os

    antibi6ticos dentro de 12 horas, a menos que tecidos isquemicos, necrosados au

    contaminados ja se encontrassem presentes antes da cirurgia au que a paciente se

    encontre debilitado. Depois da herniorrafia, devem-se monitorar esses pacientes

    quanto a sinais de infe~o de ferimento (vermelhidflo, dor, incha90, secrec;flo).

  • Deve-se continuar com amolacadores feeais por 1 a 2 mesas.(FUSSOM et aI., 2002,

    p. 389-394).

    7.1.5.Progn6stico

    o prognostico e bom a reservado.(NELSON e COUTO, 2001, p. 365 e 366).Nos pacientes afetados, a defeeal'ao deve ser facilitada pcr tratamento clinico e

    dieteticD. 0 perigo de terapi8 medica prolongada e que a bexiga, a intestino ~u a

    pr6stata ficar~opresos na hernia, com consequencia de risco para a vida. Quando a

    cirurgia e realizada par urn cirurgi~oexperiente, 0 prognostico torna-S9 razoavel aborn. Os pacientes com retroflexao vesical apresentam 0 prognostico pior.

    Herniorrafia naG corrigira anormalidades neurol6gicas preexistentes (incompetencia

    de esfincter anal ou comprometimento da inervayao vesieal).(FUSSOM at aI., 2002,

    p. 389-394).

    7.1.6. Relato do Caso

    7.1.6.1.Anamnese:

    Nome: Tedy

    Raya: SRD

    Especie: Canina

    Sexo: Macho

    Idade: 9 anos

    o proprietario estava preocupado com 0 aparecimento em poucos dias de urnamassa volumos8 lateral ao anus do ~o. Ah~m disso, 0 animal estava com

    obstipayao e anorexia. Outra informayao importante foi que 0 cao nao tinha sido

    castrado.

  • 35

    7.1.6.2.Exame fisico: Evidenciou-se que 0 animal estava apatico. Atraves da

    palpa~o da massa, percebeu-se que a mesma era flacida e em seu interior tinha-se

    a impressao que havia Hquido. Detectou~se tambem urn aumento bilateral simetrico

    da pr6stata (hiperplasia benigna prostatica) atraves da palpac;Aoretal.

    7.1.6.3.Diagnostico: Diagnosticou-se ser uma hernia perineal atraves dos sinais

    clinicos e anamnese.

    7.1.6.4. Tratamento: 0 tratamento foj cirurgico. Tanto a reaproximayao da

    musculatura quanta a castra~o foram realizados.

    A anestesia administrada foi da rnistur8 1 ja descrita anteriormente. Durante a

    cirurgia 0 animal recebeu f1uidoterapia (Ringer Lactato) e 1 ml de antibi6tico

    bactericida penicilina G benzatina (Benzetacil) 1M.Ap6s ter permanecido um dia na

    clinica para observa~o, foi para casa.

    o p6s--cirurgico constituiu-se de duas aplica

  • 36

    aumento de volume e 0 exame digital retal fcram utilizados para S9 chegar ao

    diagnostico, pois cemo foi citado por FUSSOM et al. (2002) e NELSON e COUTO

    (2001) raramente as radiografias e exames ultrassonogn3fices sao necessarios. Com

    relayao ao tratamenta, a castra~o fol realizada para auxiliar a reduyao da hernia e

    da prostata tambem. A tecnica de escelha foi a Herniorrafia Anatomica ou

    Tradicional A antibioticoterapia leve a objetivo de nao permitir urna septicemia e a

    dieta especial para facilitar a defeca"ao do animal. Conforme 0 tratamento descrito

    petos autores, amolecedores feeais e laxantes tambem poderiam ter sido utilizados.

    7.1.8. Conclusao

    Concluiu-se que a anamnese associ ada aos sinais clinicos e importante para S8

    chegar a um diagnostico, que a castrac;.ao e fundamental em animais que nao saodestinados a reproduyao e que urn tratamento imediato e feito de maneira adequada

    favorecem 0 prognostico.

    7.2.HIPERPLASIA E PROLAPSO VAGINAL

    7.2.1.Etiologia e Caracterlsticas Cllnicss

    Durante 0 proestro e a estra, a vagina fica edemaciada e hiperplasica. Algumas

    vezes, essas attera90es s~o tAo grandes que 0 tecido vaginal projeta-se da vulva.

    Esta condi"ao e cenhecida cemo hiperplasia vaginal au pro/apsa vaginal, porque

    estas s~o as alterac;:6es fisicas e macrosc6picas mais proeminentes. Inicialmente, 0

    aumento de volume resulta de acumulo de Ifquido de edema; assim, alguns

    teriogenologistas tern recomendado que ela seja chamada edema vaginal. 0

    prolapso, ou protrusao, deste tecido edemaciado e hiperplasico nao deve ser

  • 37

    confundido com 0 prolapso vaginal ou uteri no que raramente ocorre durante 0

    parto.(NELSON e COUTO, 2001, p. 680 e 681).

    Hiperplasia/prolapso vaginal ocorre exclusivamente em cadelas durante os

    period os de estimulo estrogenico. Oesta forma, 0 disturbio e identificado durante 0

    proestro e 0 estro. Em algumas cadelas, 0 prolapso recidiva no final do diestro ou

    durante 0 parto, quando pequenas quantidades de estrogenio podem ser

    secretadas. 0 grau de edema e hiperplasia e muito variavel. Pode ser identificadoapenas durante a palpa~o vaginal (prolapso vaginal do tipo I) ou pode prolapsar-se

    da vulva (prolapso vaginal do tipo II). Apesar do teeido que prolapsa da vulva

    parecer exagerado, ele normalmente envolve apenas cerca de 1em do comprimento

    do assoalho vaginal, imediatamente cranial ao orificio uretral externo. A amplitude evariavel. pois as vezes consiste em uma uni~o longa e outras vezes envolve uma

    pon;:ao maior do comprimento do assoalho vaginal. Menos comumente, 0 tecido

    hiperplasico acomete a circunferencia da vagina (tipo III). Neste caso, tambem 0

    tecido edemaciado hiperplasico se localiza na regiEio do orifido uretral; 0 restante da

    vagina esta normal.(NELSON e COUTO, 2001, p. 680 e (581).

  • 7.2.2.Diagnostico

    o diagn6stico do prolapso vaginal baseia~sena anarnnese enos achados doexame fisioo. As cadelas pedem sar levadas ao veterinario porque nao aceitam a

    copula ou per causa da presanya de urna massa que sa insinua pel a vulva. A

    anamnese indica que a cadala esta no proestro ou no astra. Caso eontrario, 0

    estimulo estragenico pode ser confirmado por dtologia vaginal. Em caso de duvida,

    o tecido hiperplasico pode sar difereneiado de neoplasia vaginal com base na

    analise citologica de material obtido por aspira9l\o eam agulha fina.(NELSON e

    COUTO, 2001, p. 680 a 681).

    A palpa9l\o digital da vagina mostra que a massa se origina da por9l\o ventr,!1da

    vagina, imediatamente cranial ao orificio uretral. Todo 0 restante da vagina

    permanece normal. Sa 0 teeida edematoso for pequeno 0 suficiente para estar

    contido na vagina a no vestibulo, ele e normal mente bem macio, brilhante e rosa-claro a opalescente (edematoso). Se 0 teeido prolapsa da vulva, ele e seea, sembrilha e enrugado. Com a exposic;ao continua podem aparecer fissuras e

    ulcera.(NELSON e COUTO, 2001, p. 680 e 681).

    7.2.3.Tratamento

    o tratamento do adema vaginal e principalmente de suporte. 0 edama e a

    hiperplasia podem ter resolu9l\o espont~nea quando a fase folicular do cicio e a

    produyao ovariana de estrogenio cessa. Isto pode sar acelerado pela ovario-

    histerectomia, que tambem previne recidiva de hiperplasia/prolapso vaginal. Ap6s a

    ooforectomia, 0 edema a a hiperplasia sa resolvem em 5 a 7 dias. Pode ser tentada

  • a induyaa da avulayaa com harmonia liberadar de gonadatrapina, mas naa fai

    publicado nenhum resultado de estudos que demonstram a acelerayao da

    recuperayaa. Se hiperplasialprolapsa impedir a c6pula, a inseminayaa artificial pade

    ser realizada. Apesar do tecido edemaciado hiperplasico S8 localizar sobre 0 orificio

    externa da uretra, a fluxa de urina dificilmente e bloqueado.(NELSON e COUTO,2001, p. 680 e 681).

    Se a mucosa estiver lesada, 0 tecido edemaciado 8.XPOStO deve ser protegiqo de

    trauma e infec9Bo. Isto e conseguido com a ap1icacao de antibi6ticos t6picos ( p. ex.,

    bacitracina-neomicina-polimixina) ou cremes contendo antibi6tico e corticoster6ides

    e limpeza do teeido (SOIUc;80 salina marna au agua marna com Fisohex) de acordo

    com a necessidade. Pode ser colacado um colar elizabetano para a preven9ao da

    aufomutilar;ao, mas raramente e necessaria. A pele perineal e vulvar subjacente

    deve ser avaliada, pais pode estar macerada. Camas muito irritantes, como de palha

    au madeira, nao devem ser utilizadas. 0 tecido grav8mente lesado au necrosado

    deve ser remavida cirurgicamente.(NELSON e COUTO, 2001, p. 680 e 681).

    A amputaylla do tecido edemaciado fai considerada em femeas reprodutoras,

    mas deve ser reservada para anirnais muito valiosos. A hemorragia resultante deste

    procedimento e normal mente muito significativa, independente de boa tecnica

    cirurgica. A amputa~o do tecido hiperplasico nao evita recidiva em ciclos estrais

    subseqLlentes, mas a gravidade do prolapsa pode estar bastante reduzida.(NELSON

    e COUTO, 2001, p. 680 e ~81).

    Recomenda-se uma ovario-histerectomia para evitar recorrencia e lesao na

    mucosa evert ida. Massas grandes em protusao pod ern exigir redu~o manual' par

    episiotamia e suturas vulvares para evitar recorr~ncias, ate que a tecido edematoso

  • retrai-se. Nao se recomenda a resse~o do teeido em protusao sem OHE, pois 0

    procedimento S8 associa a uma hemorragia significativa e n~o avita a recorrencia

    durante as ciclos estrais subsequentes. Recomenda-se a resse~o do teeida em

    protusao quando esta S8 encontrar gravemente danificado au necrosado.

    Recomenda-se ovario-histerectomia e excisao QU bi6psia de massa para todos as

    tumores vaginais, exceto TVT. Muitos tumores vaginais encontram-se sob influencia

    hormonal, e regridem ap6s uma OHE.(FOSSUM et aI., 2002, p. 607-609).

    Para a OHE, 0 paciente dave sar posicionado em decubito dorsal. Devern-s8

    depilar e preparar para cirurgia asseptica a abdome ventral inteiro e a perinea. Uma

    episiotomia requar que 0 animal seja reposicionado em uma posi~o perineal (au

    saja, decubito ventral, membros pelvicos sabre a borda de uma mesa acolchoada,

    cauda fixada dorsal mente sobre as costas).(FOSSUM et aI., 2002, p. 607-609).

    T ,;cnica Cirurgica. Realize uma OHE e fa9

  • continuas (por exemplo, polidioxanona ou poligliconato 3-D ou 4-0). 0 edema deve

    se resolver dentro de 5 a 7 dias apOs uma OHE.(FOSSUM et aI., 2002, p. 607-{l09).

    Os pacientes devem sar sustentados pOs-operatoriamente com fluidos e

    analgesicos, conforme 0 necessario. Oevem~se aplicar compressas frias

    imediatamente ap6s a episiotomia e compressas marnas no dia seguinte para

    reduzir a inflamayao e a incha90. 0 autotraumatismo pode resultar em deisooncia

    devido ao desconforto perineal associ ado a episiotomia a/ou as suturas vulv~res;

    p6s- operatoriamente, dave-sa usar urn colar elisabetano, urn balds, au barras

    laterais. Deve-se palpar a vagina 5 a 7 dias ap6s a reduc;;ao da massa e/ou a OHE, e

    as suturas vulvares devertio sar removidas S9 a eversao tecidual tiver regredido com

    urn risco minima de nova protusao. 'Pode ocorrer hemorragia apes amputa

  • 7.2.5.1.Anamnese:

    Nome: Mila

    Ral"': Boxer

    Especie: Canina

    Sexo: F1>mea

    Idade: 2 anos

    Peso: 25 Kg

    A queixa do proprietario era de que a cadala estava apresentando urn aumento

    vaginal exagerado. Alem da presenc;a de anorexia, constipayao e disuria. Segundo

    o dono, a boxer 9stava entrando no cio devido a data do cio anterior.

    7.2.5.2.Exame fisico: Femea apresentando hiperplasia vaginal do tipo II. Estava

    apatica e percebeu-se que sentia dar a palpa9Bo. 0 tecido edematoso estava urnpouco seeo e sem brilho.

    7.2.5.3.Diagn6slico: Chegou-se ao diagnostico de hiperplasia vaginal pelos

    sinais clinioos observados e pel a anamneS9.

    7.2.5.4. Tratamento: Aplica~o de D,S ml de flumixin-meglumine (Banamine) 1M

    durante a consulta. Prescrito cetoprofeno (Ketofen) durante 7 dias. Retornou para

    revis8:o e observou-se que nao houve melhora. 0 tratamento passou a ser cirurgico.

    Primeiro a ovariohisterectomia fai realizada, mas nao resolveu por completo. A

    redu~o do tecido hiperplasico teve que ser feita.

    Nesta ultima cirurgia, 0 animal recebeu mistura anestesica 1 ja descrita

    anteriormente. Durante 0 procedimento cirurgico permaneceu com fluidoterapia

    (Ringer Lactato). A aplica~o de 2 ml de antibi6tico bactericida penicilina G

    benzatina (Benzetacil) 1M foi efetuada.

  • No pos-cirurgico a aplicaC;8o de 2 ml de antibiotico bactericida penicilina G

    benzatina (Benzetacil) 1M em dois dias alternadamente e 0 repouso fcram

    fundamentais. 0 retorno final, no decimo dia, seria para retirada dos pontos.

    A redw;:ao da hiperplasia ocorreu favorecendo 0 progn6stico.

    7.2.S.Discussao

    Conforme descrito por NELSON e COUTO (2001) algumas vezes durante 0

    proestro e estra ha um exagero no aumento do tecido vaginal. De aeordo com a

    anamnese, foi isso 0 que aconteceu com a Boxer. A pratusAo era do tipo II da

    descric;ao dos autores ja citados. 0 diagnostico foi baseado na anamnese, e

    observa980 e paJpa9Ao do teeido edematoso. N~o foi necessario a citologia vaginal

    para diferenciar de uma neoplasia. A cirurgia de amputayao do teeido hiperplasico

    leve que ser realizada porque 0 tratamento de suporte e a ovario-histereetomia nao

    foram 0 suficiente para urna completa redu.yao. A castrac;ao provavelmente evitara

    urna recipiva.

    o pragnostico foi favoravel depois da cirurgia.7.2.7. Conclusao

    E importante diferenciar um aumento edemaeiado do teeido vaginal de urna

    neoplasia. Com i550 fazer uma boa anamnese e observar bern os sinais clinicos s~o

    fundamentais. Em caso de duvidas deve-se realizar urn exame citol6gico. 0

    tratamento cirurgico rnuitas vezes e 0 de melhor resultado. A ovario-histerectomia e

    essencial na preven980 ou no prognostieo. Sem a ovario-histerectomia uma recidiva

    nao pode ser descartada. A assoeia~o com administrac;ao rnedicamentosa favorece

    a tratamento.

  • 7.3.FALSA GESTAyAO

    7.3.1.Etiologia

    A falsa gestayao e um fenbmeno clinico em que fameas nao-prenhes exibem

    comportamento maternal e sinais fisicos de gesta~o no final do diestro (fase lutea).

    Os termos falsa gesta

  • Em cadelas, a falsa gesta,ao e considerada normal. Ela n~o esta associada anenhuma anormalidade reprodutiva, como piometra au infertilidade. Na verdade,

    ocorre exatamente 0 contrario, a falsa gesta,ao indica que ocorreu ovula,ao no cicio

    precedente e que 0 eixo hipotal~mico-hipofisario-gonadal esta intacto. N:3o S9 sabe

    a motivo palo qual algumas cadelas sao marS propensas a desenvolver as sintomas

    e nem por que a gravidade deles varia com cada ciclo.(NELSON e COUTO, 2001, p.

    689 e 690).

    7.3.2.Caracteristicas Clinicas

    A falsa gesta,ao e caracterizada pelo desenvolvimento de comportamentomaterna, como fazer ninhos e adotar objetos inanimados au Qutros animais, assim

    como 0 desenvolvimento das gl~ndlilas mamarias e galactorreia (produy8o de leite

    naG associ ada a gestac;ao e parte). Qutros sinais mais preocupantes, da perspectiva

    do proprietario, incluem: mal-estar, irritabilidade, aumento de volume abdominal,

    anorexia e vOmito. Os sinais assemelham-se muito aos da gestayao.{NELSON e

    COUTO, 2001, p.689 e (390).

    7,3,3.Diagn6stico

    A falsa gesta~o e diagnosticada com base na anamnese enos achados fisicosem urna cadela nao prenhe ou, menos comumente, em uma gata no final do diestro.

    Para excluir gestayao podem ser realizados exames como radiografias e ultra-

    sonografia.(NELSON e COUTO, 2001, p. 689 e 690).

    7.3.4.Tratamento

    Os sinais clinicos da falsa gestac;ao sao autolimitantes. e normal mente hit

    resolu980 ap6s 2 au 3 semanas. Tratamento usualmente naa e necessario. A auto-amamentayao (Iambedura das gl~ndulas mamarias) e a ap1ica9Bo de compressas

  • frias au marnas au autra esrimulo nas glandulas mamarias pode promover a

    lact8r;:ao e devem ser evitadas. A suspensaa da alimentac,;ao par 24 horas, seguida

    de aumento gradual (3 a 5 dias) ate alcanvar as quantidades habituais, ajuda a

    reduzir a lacta~o. Cadelas com sintomas comportamentais exagerados podem

    reeeber tranqOilizar;;aa leve. No entanto, os fenotiazinicos podem aumentar a

    secre"ao de prolactina, e seu uso deve ser evitado.(NELSON e COUTO, 2001, p.

    689 e 690).

    Como mencionado anteriormente, a falsa gesta9ll0 e normal e autolimitante emcadelas, nao havendo necessidade de tratamento. Se tratada, isto e feito mais coma propos ito de agradar a proprietBria do que para beneficiar a animal. Casa sinais

    cHnicos graves persistam par mais de 2 a 3 semanas, deve-s9 investigar a presEmc;a

    de hipotireoidismo. Progestinas como 0 acetato de megestrol e androgenios (i.e.,

    mibolerona, 0,016 mg/Kg/dia) suprimsm a secrec;ao de prolactina e assim dimin"uem

    as manifestac;6es clfnicas da falsa gesta9ll0. Como seria esperado, os sinais clfnicos

    recidivam ap6s a suspensao das progestinas. Isto oeorre porque 0 declinio das

    concentra0es de progesterona estimula a libera~o de prolactina. Desta forma, as

    progestinas nao sao reeomendadas para 0 tratamento da falsa gesta"ao.(NELSON e

    COUTO, 2001, p. 689 e \390)

    Drogas que inibem a liberayao de prolactina, como agonistas da dopamina e

    antagonistas da serotonina, sao eficazes na melhora dos sinais ffsico's e

    comportamentais da falsa gesta~o em cadelas, mas provocam efeitos colaterais.

    Nos Estados Unidos, nao sao comercializados para usa veterinario. 0 efeito

    colateral mais comum dos agonistas da dopamina bromocriptina e cabergolina e 0vomito. A redul'ao da dose e a administra"ao da droga ap6s as refeiyiJes ajudam a

  • ",

    reduzir as vomitos. A dose sugerida para bromocriptina (Parlodsl; Sandoz, East

    Hanover, N.J.) e 10 fig/Kg 2 vezes ao dia, por via oral, durante 10 a 14 dias A'i0se

    de cabergolina (Galastop; Boehringer Ingelheim Richfield, CT) de 5 fig/Kg,

    diariamente, par via oral, causa melhora em 3 a 4, com a resoluyao dos sinais em 7

    dias. EmenDS comum a ocorrencia de vomitos em animais tratados com cabergolina

    do que com bromocriptina. 0 antagonista de serotonina metergolina tar:nbem inibe a

    secrec;ao de prolactina. Ele nao provoca vtlmitos, mas pode causar

    hiperexcitabilidade, agressao e lamentos. A dose sugerida de metergolina

    (Contra lac; Virbac) e 0,1 mg/Kg, 2 vezes ao dia. durante 8 dias. A falsa gesta9"l0pode recidivar nos pr6ximos ciclos estrais. A ovario-histerectomia realizada aurante

    a anestro impede a recidiva.(NELSON e COUTO, 2001, p. 689 e 690).

    7.3.5.Relato do Caso

    7.3.5.1.Anamnese:

    Nome: Cherry

    Ra

  • 7.3.5.3.Diagnostico: Devido a anamnese e ao exame fisico, a falsa gestayao

    pOdeser diagnosticada.

    7.3.5.4. Tralamenla: Foi prescrito a administra,ao de Y; comprimido de

    metergolina (Contralac 5) a cada 12 horas durante 4 a 8 dias dependenda da

    escassez do leite.

    7.3.6.Discuss30

    Nao se descobriu a causa do surgimento da falsa gestat;ao na cadela. Mas,

    como foi citado por NELSON e COUTO (2001), 0 aparecimento e consideradonormal em cadelas. 0 comportamento materna e presenc;a dos sinais c1inicos

    (vornito, rnal-estar, galactorreia, adotar objetos inanimados) que a femea apresentou

    estao de acordo com a descriyao dos auto res ja atados. 0 exame radiografico nao

    foi realizado porque a proprietaria relatou que a cadela nao tinha cruzado. Segundo

    NELSON e COUTO (2001), a radiografia e importante no diagn6stico diferencial degesta,ao.

    Nao foi preciso reduyao da alimenta9tlo e nem usa de tranqOilizantes, pais as

    altera915es nao eram exageradas. A metergolina inibe a secre9Ao de prolaCtina

    (NELSON e COUTO, 2001). Por possuir assa a9ilO foi prescrito seu uso no

    tratamento.

    7.3.7. Conclus30

    Concluiu~se que a falsa gesta980 nao e urna doen~ preocupante. Na maioriadas vezes as sinais cHnicos sao autolimitantes.

    o tratamento geralrnente e indicado para satisfazer os proprietarios e naquelescasos em que os sinais clinicos estejam mais exagerados. A ovario-histerectomia e

  • .9

    importante na preven980 de altera90es como a falsa gesta~o. Deve-s9 sempre

    recomenda-Ia, principal mente em cadelas nao destinadas a reprodu~o.

    7.4.0Iile Extema

    7.4.1.Etiologia

    Os possiveis fatares envolvidos no desencadeamento de uma otite extern a sao

    muitos. Eles variam desde problemas inerentes a estrutura do ouvido propria mente

    dita ate doenyas cutaneas concomitantes, sendo que, independente da causa, 0

    processo patologico decorrente e 0 me sma. A inflamac;ao do tegumenta pode sar

    vista como uma hiperemia e uma tumefa~o edematosa; 0 balan~r da cabeya e a

    autotraumatismo exacerbam essa resposta. A descarga ceruminosa que asia

    constantemente presente aumenta nos casas em que existir urn subseqOente

    envoi vimento bacteriano au fungico. Se 0 processo permanecer sem tratamento, 0

    circula viciasa resultante de infiama

  • 50

    urna ventilayao adequada do canal auditiv~ extema I necessaria para permitir que a

    secagem ocorra. Os tipos de pavilhao auricular que nao fieam em pe, como as do

    Cocker Spanial ou do Bassel Hound, impedem uma adequada ventila~o do canal,

    contribuindo para 0 acumulo de cera e de restas de tecido no ouvido. Da masma

    maneira, 0 lumem estreito do canal do Poodle Miniatura, com suas pregas bastante

    juntas, rehf!m mais facilmente a cera no ouvido, e ha aquales ~es, como 0 PastorAlemao e 0 Dachshund que se beneficiam de urn canal luminal adequado, mas que

    possuem normalmente urna produc;ao excess iva de cera. Urn pouco de pelo sempre

    asta presente no canal auditivo externo da maiaria das ra9-C3s, mas as raryas que

    apresentam urna quanti dade excessiva de pelos sofrem mais as efaitos do acumulo

    de cera, e da falta de drenagem e ventila~o adequadas. A contorma~o do ouvido

    aparentemente desempenha urna Dutra fun9Bo na etiolog18 da otite extema, na qual

    numerosos microorganismos parecem estar associ ados com estas variaes

    estruturais. Entao, os Poodle Miniature parecem ser predispostos a apresentar

    infeces fungicas puras ou infea;Oes mistas de fungos e bacterias gram-positivas,

    enquanto naquelas ra9CIS que apresentam 0 pavilh~o auricular pendular sao as

    bacterias gram-negativas as mais comumente encontradas na otite externa. (Pugh e

    col., 1974).(CHANDLER et aI., 1989, p. 53-59).

    Apesar da sama de ouvido Otodectes cynotis ser, indubitavelmente, a causa

    mais comum de otite externa nos gatos, ela tern urna significlmcia menor no cao

    (Frazer, 1965; Pugh e col., 1974). 0 quadro clinico da otocariase varia entre as duas

    especies; somente nos gatos jovens sinais graves s~o observados, enquanto 0 gato

    adulto tolerar extremamente bem mesmo as infecc;aes massivas. Na verdade, muitos

    felinos que foram tratados parecem sar resistentes a reinfesta~o (Joshua, 1965).

  • 51

    Entretanto, em urn cao de qualquer idade a presenc;a de urna sarna e sempre

    notada, ja que produz urna rea~o aguda, caracterizada par balanc;ar intenso da

    cabeya, traumatismo no ouvido devido ao ato de coyar e uma descarga seca no

    inicio.(CHANDLER at aI., 1989, p. 53-59).

    Deve-se lembrar que 0 revestimento tecidual do canal auditiva externo e urnaextensao da pele corporea, sando que a (mica diferenya pratica e a presen

  • 52

    bacterias gram-negativas, existem como comensais no ouvido normal, e muito maisprovavel que eles e:xen;:am seu sfeito patogE!:nico como agentes seeundarios (Frazer

    e col., 1970). Nao h

  • 53

    abaixo da saliemcia cartilaginosa do ouvido externo podem oearrer, como

    conseqOt~mcia do autotraumatismo. 0 pad ante pade inclinar sua caber;a par 0 lado

    afetado e, sa a ouvido estiver extrema mente delarosa, poderao ser natadas

    depressao e passivel inapetencia. Nessa contexto, urna anamnese completa eimportante para investigar a causa inieial, e urn exame ffsico completo ira revelar a

    possibilidade de urna doent;a cut~nea concomitante. Os linfonodos submandibulares

    podem estar aumentados. 0 diagnostico da causa inieial requer urn exame completo

    do ouvido e, apesar de que a tempo e os numeros devem sempre ditar a extensao

    do procedimento diagnostico, ate certa ponto, e verdade dizer que em alguns

    paciente 0 diagnostico satisfat6rio demorara somente alguns minutas e, em autros a

    exame feito sob anestesia e indispensavel. Uma pratica comum e a de aplicar umaterapia sintamatica par uma semana, como urn pracesso de exclusao, adian

  • d) Radiografia do ouvido medio

    o tegumenta esters hiperemico e possivelmente edematoso nos processosagudos, e estara hipertrofiado a hiperplasico com a oclusao au estenose do canal

    auditivo externo, nos estados cr6nicos. A colorayao do exsudato pode sar urn guia

    para 0 tipo de microorganismo presente. As infeCes puras por Pifyrosporum canis

    (Malassezia canis) e as infeC6es mistas de P. canis e estafilococos podem ser

    indicadas par urna descarga marrom escura e negra; as infeces

    predominantemente par estafilococos ou estreptococos podem sar jndicada~ par

    secreyees amarelo-escuro au marrom-claro, enquanto as bacterias gram-negativas

    podem sar caracterizadas par urna secre~o amarelo-daro (Frazer e col., 1961,

    1970; Pugh e col., 1974). E claro que a identifica~o especifica do - lipode

    microorganismo presente requer a coleta da secreyao com urn ~swab para um

    subseqOente diagnostico laboratorial. 0 Kswab~ dave ser colhido cuidadosamf?nte:

    ele deve ser passado no local antes qua qualquer limpeza tenha side feita, sendo

    que a pele ou 0 cabelo ao redor do ouvido na:o devem ser tocados. Mesmo

    assumindo que 0 ~swab possa ser dificil de ser colhido, e que tenha sido

    encaminhado rapidamente ao laboratorio, algumas vezes 0 resultado final pode ser

    dificil de interpretar. A impor1~ncia relativa dos microorganismos isolados pode ser

    muito dificil de sar atribuida, a menos que 0 exame bacteriologico seja, pelo menes

    semiquantitativ~, e determinado tipo de microorganismo seja suspeitado. Oepois

    disso, a antibioticoterapia especifica podera ser aplicada.(CHANDLER et aI., 1989,

    p.53-59).

    Urn exame complete do canal auditiv~ externo requer 0 uso do otosc6pio. A

    sarna do ouvido e do tamanho da caberya de urn alfinete, aparecendo branca com a

  • 55

    luz do otoscopio. Era e negativamente fototr6pica, e seus movimentos rapidos sao

    prontamente identificados. As sarnas existem sa mente em cuvidos secos, sendo que

    evitarao urn canal em que a secre~o for umida. Em varios casas, 0 canal auditiv~

    externo devera ser limpo e, possivelmente 0 usa de anestesia em pacientes agitados

    com os ouvidos doloridos podera ser necessario. A idenlifica.;ao e retirada de corpos

    estranhos e 0 diagnostico de ulcerat;ao do tegumenta necessitam, invariavelmente,

    de anestesia, e esse e urn procedimento essencial para 0 exame da membranatimp~nica.A extensao e a forma do canal auditivo externo com SUBS pregas na

    divisao das poryaes horizontal e vertical requerem a usa de urn especulo 10ngo.

    Esse exame e desconfortavel, portanto, mesma no cuvida saudavel. A limpeza

    adequada da parte horizontal do canal e dificil, a menos que seja utilizada a agulhade Spreull. A delicada lavagem cern uma solu,ao a 0,5% de cetrimide e indicada,

    mas masma assim a membrana timpanica doante podera ser faeilmente rompida 58

    nao S8 tomar cuidado. Urna vez que 0 canal auditivo externo distal tenha side

    adequadamente limpo, a membrana timpanica normal poderc~ ser vista como urna

    por.;ao esbranqui

  • 56

    7.4.3.Tratamento

    Limpeza do Conduto Auditivo. Depois de firmado 0 diagnostico, 0 primeiro e

    essencial passo no tratamento cHnico da olite externa e a minuciosa limpeza doconduto auditivo. 0 medicamento otol6gioo topioo pode nao ser efetivo, se aplicado

    a um ouvido rep leta de exsudato. 0 material ceruminoso pode inalivar alguns

    medicamentos, ah~m de aluar como barreira mecll.nica para as superffcies cutaneas

    infectadas. Em casos brandos de olite externa, este quadro pode ser acompanhado

    pela repelida aplica.,ao (duas a qualro vezes diarias) de rnedicarnenlos olol6gicos

    combinadas com propriedades ceruminoliticas, bern como antibacterianas ou

    antimicoticas. Em tais pacientes, a maior parte do material ex.sudativo tera sido

    dissolvida e eliminada do conduto auditivo dentro de dais a tres dias. Apes este

    periodo de administrayao medicamentosa intensiva, a aplica~o do medicamento

    pode sofrer redugao, para uma au duas vezes ao dia, por mais 10 a 14

    dias.(ETTINGER, 1992, p. 264-,266).

    Em pacientes com otite externa mais grave, ou quando a cooperayao do dono do

    animal e questionavel, as pacientes deverao ser sedados, ou colocados sob

    anestesia geral, para completa higienizar;ao. Enquanto sob anestesia geral, 0

    conduto auditivo externo deve ser examinado para a presenya da membrana

    timpanica. Os pelos devem ser arrancados ou aparados do conduto auditivo. Os

    restos teciduais sao removidos par suave irrigac;ao do canal, com uma solu~o anti-

    s"plica aquecida (solu.,ao de clorexidina a 0,5% e a 10% de beladina). Urn agenle

    ceruminoHtico deve ser aplicado as orelhas 10 a 15 minutos antes de irrigagao,

    dependendo do carater do material exsudativo, para que seja facilitada a sua

    remog:Jo. Urna solury:io salina esteril e aquecida deve ser usada, se houver qualquer

  • 57

    indicaqAo de ruptura da membrana timpanica, visto que a clorexidina e Qutras

    soluyOes para irrigac;ao sabidamente causam labirintite. Urn pequeno caleter, tuba

    de polietileno, ou 0 instrumento "Water P