Equipe: Fernando Santos Diener [email protected]
Gil Barretto Trindade Netto [email protected]
Eduardo Soares Rezende [email protected]
Danilo Barbosa Vieira Fuentes [email protected]
Daliane Eberhard [email protected]
Colaboradores: Antônio A.S. Frasca, Pedro S. E. Ribeiro, Marcelo F. Silva, Said Abdallah, Paulo
Benevides, Gilmar Rizzotto, Maria Abadia, Tiago Duarte, Joseneusa B. Rodrigues, Pedro Bispo.
Geologia do Grupo Roosevelt Geologia do Grupo Roosevelt
Projeto Evolução Crustal e Metalogênia da Região de Aripuanã
Adquirir e integrar informações geológicas, geofísicas,geoquímicas e metalogenéticas, visando avançar noentendimento geológico-geotectônico do Grupo Roosevelt
Objetivos:
Em 2015 a CPRM iniciou o Projeto “Evolução Crustal eMetalogênia da Região de Aripuanã” que pretende avançar noentendimento geológico-geotectônico do Grupo Roosevelt
Projeto Evolução Crustal e Metalogênia da Região de Aripuanã
Integração dos dados:
• Mapas e pontos geológicos
• Geofísica (aeromagnetometria/gammaespectometria)
• Geoquímica (Escala 1:250.000)
• Imagens de satélite
Projeto Evolução Crustal e Metalogênia da Região de Aripuanã
Produto alcançado:
• Mapa geológico integrado escala 1:250.000
Projeto Evolução Crustal e Metalogênia da Região de Aripuanã
Produto alcançado:
• Tratamento de amostras de sedimento de corrente e concentrado de bateia (Escala 1:250.000) para obtenção de Mapa com bacias anomalascom enfoque para Au-Cu-Pb-Zn
Projeto Evolução Crustal e Metalogênia da Região de Aripuanã
• Mapeamento geológico e levantamento geoquímico de 3 folhas 1:50.000
• Perfis Regionais
• Geologia/Estratigrafia
• Litoquímica
• Potêncial Metalogenético
• Geocronologia
• Evolução Geotectônica
Trabalhos em andamento:
Grupo RooseveltO Grupo Roosevelt é representado por uma extensa faixa composta porrochas vulcânicas e vulcanoclásticas intercaladas a rochas metassedimentarescom idades variando entre aproximadamente 1,78-1,70 Ga.
Estas rochas estão associadas a Província Rondônia-Juruena (Santos et al.,2008) ou Rio-Negro Juruena (Tassinari e Macambira 1999) que apresentaformação entre 1,8-1,5 Ga e são pertencentes ao Craton Amazônico.
(Tassinari e Macambira 1999)
Compartimentação do Craton AmazônicoSantos et al., (2008)
COMPARTIMENTAÇÃO GEOTECTÔNICA
Compartimentação Geotectônica do Domínio Juruena Fonte: Ribeiro e Duarte (2010)
GEOLOGIA DO GRUPO ROOSEVELT – ASPECTOS GERAIS
• Extensa faixa (500x150Km) composta por rochas vulcânicas e vulcanoclásticasintercaladas a rochas metassedimentares pelíticas e psamíticas com químicas subordinadas.
• Associados a corpos de granitos Suíte Zé do Torno/Nova Canaã e diques e soleiras máficas.
Rochas metavulcânicas e metavulcanoclásticas (Formação Serra do Expedito)
Rochas metassedimentares (Formação Filadélfia)
Granito Zé do Torno
Granito Nova Canaã
GEOLOGIA DO GRUPO ROOSEVELT - LOGÍSTICA
• 70% DA ÁREA COM RESTRIÇAO DE ACESSO (TERRAS INDÍGENAS
• EXTENSA ÁREA DE FLORESTA
GEOLOGIA DO GRUPO ROOSEVELT – RELAÇÕES DE CONTATO
• Tectônico com rochas do Complexo Juruena (~1,8-1,7 Ga)
• Intrusivo com rochas da Suíte AMCG Serra da Providência (~1,5 Ga)
• Intrusivo rochas alcalinas e charncokitos (~ 1,25 Ga)
• Intrusivo com granitos da Suíte Rio Pardo (~1,0 Ga)
• Recoberto por rochas sedimentares do Grupo Caiabis (~1,1 Ga?)
RELAÇÕES DE CONTATO
GEOLOGIA DO GRUPO ROOSEVELT – DEFORMAÇÃO/METAMORFISMO
• Padrão regional de dobramentos isoclinais com formato oncelar em planta, afetado por redobramento que gera padrão de interferência
• Afetado também por falhas de empurrão, zonas de cisalhamento e falhas normais
• Metamorfismo xisto verde baixo a anquimetamórfico
1 3
2
1 2 3
GEOLOGIA GRUPO ROOSEVELT – ASPECTOS REGIONAIS
• FEIÇÕES DO APARELHO VULCÂNICO
• CALDEIRAS
• DOMOS
GEOLOGIA GRUPO ROOSEVELT
• Cinturão vulcânico NE-SW
GEOLOGIA GRUPO ROOSEVELT – LITOZONA FLOR DO PRADO
Estratificação cruzada e plano paralela em ignimbrito
Estratificação micro acanalada em depósitos de surge
Brecha piroclástica em ignimbrito
PROPOSTA DE DIVISÃO ESTATIGRÁFICA DO GRUPO ROOSEVELT
• Formação Filadélfia: Constituída pelo predomínio demetassiltitos e argilitos intercalados a tufos cineríticos vulcânicasressedimentadas. Ocorrem também intercalações com camadasde formações ferríferas e manganesíferas. A porção basal podeapresentar conglomerados, arenitos vulcanogênicos econglomerados intraformacionais.
• Formação Serra do Expedito: é constituída pelopredomínio de pacotes de rochas metapiroclásticas intercaladas alentes, faixas e domos de rochas metavulcânicas. Associada a estaformação ocorrem também diques e soleiras máficas e granitosgranofíricos.
Formação Serra do Expedito
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas:• Lavas e domos de composição andesítica, dacítica, riodacítica e riolítica
• Rochas vulcânicas exalativas (Sulfetos maciços, brechas hidrotermais, formações ferríferas)
• Soleiras, diques e derrames de composição basáltica
• Granitos granofíricos
Litofácies Piroclásticas• Piroclásticas de surge – Tufos cineríticos e brechas
• Piroclásticas de fluxo – Predomínio de Lapilli tufos e tufos cineríticos
• Piroclásticas de queda – Tufos cineríticos, cinzas vulcânicas
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas Ácidas
• Predomínio de domos maciços de composição dacítica, riodacítica e riolítica
• Vulcânicas afaníticas a porfiríticas com fenocristais de plagioclásio, quartzo, KF e biotita envolvidos em matriz fina criptocristalina.
• Amígdalas,vesículas, textura de fluxo magmático, acamamento ígneo
Dacito subvulcânico na região de São Marcelo-Cabeça DF-188
Domo maciço de riolito porfirítico
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas Ácidas
Fotomicrografias A) Metaandesito porfirítico HP-59A; B) Dacito Subvulcânico; C) Riolitoporfirítico
Dacito fino HP-357Andesito porfirítico HP-173 Riolito porfirítico HP-371
Diabásio fino – FD -86
• Predomínio de diques e soleiras de diabásio
• Espessura aparente variando entre (2-100m)
• Textura sub-ofítica
• Localmente derrames de basalto e pillow lavas
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas Máficas
Diabásio com textura subofítica – FD -98
Plg
Bt
Hbl
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas – Máficas
Formação Serra do Expedito – Litofácies piroclásticasPiroclásticas de surge
• Representam uma mistura turbulenta de partículas e vapor de água que se move com rapidez;
• Rochas de ocorrência restrita (1-2m de espessura) geralmente próxima a caldeiras;
• Principalmente tufos cineríticos e brechas de colapso de caldeira;
\
GEOLOGIA GRUPO ROOSEVELT – LITOZONA FLOR DO PRADO
Estratificação cruzada e plano paralela em ignimbrito
Estratificação micro acanalada em depósitos de surge
Brecha piroclástica em ignimbrito
Formação Serra do Expedito – Litofácies piroclásticasPiroclásticas de fluxo
• Grandes pacotes de rocha que derivam do fluxo de partículas e gás;
• Proximidade com a caldeira;
• Sugere ambiente subaéreo-subaquoso raso.
\
Piroclásticas de Fluxo - Proximal
Aglomerado piroclástico comLitoclastos de ignimbrito
Ignimbrito com fragmentos líticos máficos e ácidos angulosos e soldados
Aglomerado piroclástico muito soldado
Litofácies Piroclásticas de Fluxo - Proximal/Medial
Estratificação cruzada acanalada em tufo cinerítico –FD-19
Camadas de igimbrito de diferentes composições e espessuras FD-16
Amígdalas em tufo cineríticodacítico
Piroclásticas de Fluxo Distal/Piroclásticas de Queda
Pumices achatadas em tufo cinerítico andesítico HP - 55
Tufo cinerítico estratificado e rico em pumices FD-351
Tufo cinerítico de cinzas vulcânicas com detalhe de pumice FD-29
• Distribuição ampla dentro do Grupo Roosevelt
• Camadas e pacotes de tufos cineríticos maciços ou estratificados, laminados, ritmicos ricos em púmices e cinzas vulcânicas
• Ambiente aéreo e subaquoso
Piroclásticas de Queda
Lapilli acrescionário em tufo cinerítico intercalado a siltitoFD-305
Tufo de cristais rico em Lapilliacrescionário FD-96
Tufo cinerítico estratificado FD-315
• Principal Exemplo: Depósito de Pb-Zn da Serra do Expeditoem Aripuanã
• Nas regiões proximais ocorre principalmente sulfetos maciços, disseminados e rochas hidrotermalizadas
• Nas regiões distais formações ferríferas e manganesíferas
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas EXALATIVAS
Esquema com modelo evolutivo do depósito de Aripuanã Biondi (2013)
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas EXALATIVAS PROXIMAIS
Fonte: Santos et aL., 2014
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas EXALATIVAS PROXIMAIS
Fonte: Santos et a., 2014
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas EXALATIVAS PROXIMAIS
Fonte: Santos et a., 2014
Litofácies vulcânicas e sub vulcânicas EXALATIVAS DISTAIS
• Intercalação de Tufos cineríticos e hematita e pirita
Suíte Plutônica Associada - Zé do Torno e Nova Canaã
Bt hbl granito foliadoAF-41 Enclave diorítica em granito DF335
• Corpos epizonais e mesozonais de monzogranitos, sienogranitos e alcali-granitos
• Localmente granitos subvulcânicos como microgranitos finos e granófiros
• Texturas entre porfirítica, equigranular grossa e granolepidoblástica
Formação Filadélfia
• Predomínio de metassiltitos e argilitos com estratificação plano-parelala
• Intercalação com cinzas vulcânicas e vulcânicas ressedimentadas
• Porção basal pode apresentar conglomerados, arenitos vulcanogênicos arenitos arcoseanos
• Camadas e lentes de Formações Ferríferas e Manganesíferas
Arenito arcoseano acamadadoFD-301
Paraconglomerado com fragmentos de vulcânicas com matriz arenosaFD-318
Estrafificação cruzada em arenito feldspáticoFD-205
Formação Filadélfia – Ambiente Fluvial
Seixos inbricados em conglomerado intraformacional FD-205
Siltito vermelho rico em manganês
Intercalação entre arenito e camadas de magnetita/hematita/manganês
Estrafificação plano paralela em arenito feldspático FD-205
Formação Filadélfia – Ambiente Lacustre raso
Estratificação cruzada acanaladaem tufo ressedimentado
Argilito e siltito estratificados
Intercalação entre siltito e argilito
Formação Filadélfia – Ambiente Lacustre Profundo
Siltito com shards
Formação Filadélfia – Proveniência Zircão Detrítico
206Pb/238U
PARCACONGLOMERADO DE AMBIENTE FLUVIAL DF-205
SILTITO INTERCALADO COM ARENITO DE AMBIENTE LACUSTRE RASO DF-62A
• Grandes cinturões com caldeiras e domos vulcânicos
• Predomínio de rochas piroclásticas ácidas de fluxo e de queda de ambiente sub-aquoso raso e aéreo (Vulcanismo explosivo)
• Predomínio de Vulcânicas hipoabissais (filoniano)
• Pares Pluto-vulcânicos e enxame de diques máficos
• Ambiente fluvio-lacustre associado com contribuição vulcânica
PALEOAMBIENTE GRUPO ROOSEVELT
• Apesar da deformação imposta, o Grupo Roosevelt preserva boa parte das estruturas primárias o que permite realizar uma reconstituição paleoambiental
PALEOAMBIENTE GRUPO ROOSEVELT
AMBIENTE GEOTECTÔNICO DO GRUPO ROOSEVELT
• Grande similaridade com as rochas vulcânicas e plutônicas do Grupo Colider (~1,8 Ga)
• Idade semelhante a do Complexo Juruena (1,78-1,70)• Idades mais novas para sudoeste em direção ao Domínio Jamari
Evolução das Idades U-Pb da Província Tapajós-Parima e Domínio JuruenaFonte: Ribeiro e Duarte (2010)
Fonte: Ribeiro e Duarte (2010)
• Extensas faixas de rochas tonalítica a graníticas cálcio-alcalinas de alto K (Ex: Suítes Vitória, São Pedro, São Romão);
• Predomínio de vulcanismo piroclástico ácido cálcio-alcalino de alto K (Ex: Grupos Colíder e Roosevelt)
• Assinatura de granitóides como: Tipo I de Arco, Tipo I Tadi a pós tectônica e do Tipo A;
• Ausência de granitos Colisionais (Tipo I e S)
• Gabros e dioritos associados (Suíte Máfica Vespor)
Principais Características da Província Rondônia-Juruena
AMBIENTE GEOTECTÔNICO
• Vários pesquisadores consideram que a evolução Geotectônica das rochas do Grupo Roosevelt e da Província Rondônia-Juruena estejam relacionadas a evento extensional intraplaca (Exemplo: Neder et al., (2002); Teixeira et. al.,(2015); Rizzotto et al., (2017)
Diagrama de ambientes geotectônico de Pearce 1982 para as rochas ácidas do Grupo Roosevelt na região de Aripuanã Neder (2002)
Modelo de Evolução geotectônica extensional para o Grupo Roosevelt na região de Aripuanã Neder (2002)
Desenho com o extensional e underplating para a região de Alta Floresta Rizzotto et al., (2017)
AMBIENTE GEOTECTÔNICO – Ambiente extensional intraplaca?
• Outro grupo de autores consideram que a evolução Geotectônica das rochas do Grupo Roosevelt e da Província Rondônia-Juruena estejam relacionadas a Margem Continental Ativa (Exemplo: Santos (2000); Souza et al., (2005); Ribeiro e Duarte (2010); Scandolara et al., (2013); Duarte (2015)
Diagrama de ambientes geotectônico de Pearce 1996 para amostras de rochas do Grupo Roosevelt na região de Aripuanã e para os tonalitos e granodioritos da suíte Vitória Ribeiro e Duarte (2010)
Modelo de Margem Continental Ativa para a Provìncia Rondônia Juruena Ribeiro e Duarte (2010)
AMBIENTE GEOTECTÔNICO – Margem Continental Ativa?
• Cinturão Ígneo Trans-Escandinaviano
AMBIENTE GEOTECTÔNICO – Correlações Globais
• Cinturão ígneo de aproximadamente 1400 Km composto por granitóides e rochas máficas de idade variando entre 1,85-165 Ga
• Predomínio de granitóides alcali-cálcicos com assinatura do Tipo I e A e localmente de composição cálcio-alcalina
• Margem Continental Ativa: Nyström (1982); Wilson (1982); Åhäll e Larson (2000).
• Extensão Crustal e processo de underplating: Wilsonet al. (1985), Johansson (1988), Zuber e Öhlander (1990), Korja et al. (1993), Beunk et al. (1996) e Andersson (1997a)
• Cinturão Ígneo Trans-Escandinaviano
AMBIENTE GEOTECTÔNICO – Correlações Globais
COMO O ESTUDO DO GRUPO ROOSEVELT PODE AJUDAR A DEFINIR O AMBIENTE GEOTECTÔNICO DESTA
PROVÍNCIA?
• Coleta de amostras metassedimentares para caracterizar possíveis fontes dos sedimentos dos Grupos Roosevelt
Amostras para proveniência de zircão detrítico em rochas metassedimentares
ESTUDO DE PROVENIÊNCIA DE ZIRCÃO DETRÍTICO PARA O GRUPO ROOSEVELT
• Espera-se que se o ambiente for extensional intraplaca haverá importantes contribuições de zircões com idades > 1,8 Ga
• Importantes Populações de zircão > 1,8 Ga
ESTUDO DE PROVENIÊNCIA DE ZIRCÃO DETRÍTICO PARA O GRUPO ROOSEVELT
• Espera-se que se o Grupo Roosevelt estiver relacionado a uma Margem continental Ativa haverá principalmente importantes populações de zircão com idades variando entre 1,8-1,7 Ga
• Importantes Populações de zircão entre 1,8-1,7Ga
ESTUDO DE PROVENIÊNCIA DE ZIRCÃO DETRÍTICO PARA O GRUPO ROOSEVELT
• Importantes Populações de zircão entre 1,8-1,7Ga
206Pb/238U
DF-62A-Siltito lacustre Raso
DF-205 ParaconglomeradoFluvial
MODELO MARGEM CONTINENTAL ATIVA COMUNDERPLATING E ABERTURA
• Collins (2002)
FIM
FIM
Top Related