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Plano Nacional de Qualificação

Formação Inicial e Continuada

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no

ENSI

NO

CONTEÚDOS BÁSICOS

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MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

LABORATÓRIO TRABALHO & FORMAÇÃOCOPPE / UFRJ

Rio de Janeiro2012

Livro do Aluno

ENSINO FUNDAMENTAL

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA TRAJETÓRIA DA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

Grafia atualizada segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, que entrou em vigor no Brasil em 2009, e a 5a edição do VOLP – Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (março de 2009), da Academia Brasileira de Letras.

Ficha Catalográfica Provisória

Formação Técnica Geral – Ensino Fundamental: Livro do Aluno / Coordenação e elaboração: Laboratório Trabalho & Formação – COPPE/UFRJ.

Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2012. 210p. :il — (Conteúdos Básicos na Trajetória da Formação Técnica Geral)

ISBN XXX-XX-XXX-XXX-X

1. Capacitação para o trabalho I. Ministério do Trabalho e Emprego. II. Série.

PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONALFORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Presidência da RepúblicaDilma Rousseff

Ministério do Trabalho e EmpregoCarlos Daubt Brizola

Secretaria de Políticas Públicas de EmpregoRodolfo Péres Torelly

Departamento de QualificaçãoMarcos Antonio Teixeira

Formação Técnica GeralUniversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJCoordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia - COPPEPrograma de Engenharia de Produção - PEPLaboratório Trabalho & Formação - LT&F

EQUIPE LT&F

CoordenaçãoFabio Luiz Zamberlan

ElaboraçãoCecília Maria Murrieta AntunesGabriella Dias de Oliveira Maria Beatriz Altenfelder Tomassini Misael Goyos de Oliveira – coordenação de projetoVânia Souza da Silva

Consultoria EspecializadaMarta Regina Domingues

RevisãoGraça Ramos

Apoio AdministrativoAndré dos Santos BarbosaElza Pinto CoutoJannine Salgueiro

IlustraçãoGuilherme Campello

Projeto Gráfico e Editoração EletrônicaAmanda de Menezes XavierLuisa Falcão da Cruz

Instituição GestoraFundação Universitária José Bonifácio

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É papel do Ministério do Trabalho e Emprego contribuir para a preparação do trabalhador brasileiro visando sua colocação no mercado de trabalho e privile-giando a sua atuação cidadã e o desenvolvimento do país. Assim, o MTE tem atuado na criação da oportunidade de promover melhorias na política pública de qualificação profissional, com vistas principalmente ao controle das ações e aumento da qualidade pedagógica dos cursos promovidos com os recursos públicos federais sob gestão desta pasta ministerial.

Por isso, o presente material didático, em consonância com as diretrizes de articulação entre Trabalho, Educação e Desenvolvimento, características do Plano Nacional de Qualificação, tem como premissa o reconhecimento da Qualificação Profissional como direito, e o Trabalho com princípio educativo, considerando o saber acumulado pelos trabalhadores na busca pela qualidade pedagógica.

Resultado de parceria do Ministério do Trabalho e Emprego com a Universi-dade Federal do Rio de Janeiro, esta produção tem como objetivo apoiar as ações designadas como Conteúdos Básicos, que compõem todos os cursos desenvol-vidos no âmbito dos Plano Nacional de Qualificação – PNQ, em complementação aos conteúdos específicos de cada ocupação.

Nosso anseio, ao contar com a colaboração de instituição de reconhecida especialidade na área da educação e trabalho, materializou-se em uma proposta pedagógica de aplicação nacional, que se presta a unificar e dar qualidade à oferta de conteúdos e percursos formativos componentes dessa etapa inicial dos cursos de qualificação social e profissional.

Nesse sentido, primou-se por considerar as diversidades de região e de público presentes nos programas, por meio de um processo educativo flexível e abran-gente, referenciado na perspectiva de uma formação integral, que contempla o atendimento às dimensões intelectual e tecnológica na formação inicial do trabalhador.

O Ministério do Trabalho e Emprego traz para si este papel: de criar os instru-mentos que permitam a um número crescente de brasileiros enfrentar os desafios de um mundo em célere transformação, formado por cidadãos capazes de uma intervenção social e laboral solidária e propositiva.

Carlos Daubt BrizolaMinistro do Trabalho e Emprego

APRESENTAÇÃO

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Este livro pertence a:

DADOS PESSOAIS

Sexo: F M Data de nascimento: / /

Nacionalidade:

Naturalidade:

Endereço:

Telefones: ( )

E-mail: RG/CPF:

MINHA IDENTIDADE

Meu modo de ser:

Como eu sou:

Meu sonho é:

IDENTIDADE DA TURMA

O objetivo da turma é

Eu pertenço à turma

O sonho da turma é

Cole aqui seu retrato ou faça um desenho.

Caro(a) aluno(a), aguarde a orientação do educador para preencher a ficha. Ela deve ser preenchida a lápis.

FICHA PESSOAL

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Olá! Seja bem-vindo à nova etapa de sua formação profissional. Sua iniciativa de buscar novos conhecimentos e aperfeiçoamento de sua

prática profissional demonstra que você está consciente de seus direitos. A formação profissional é um direito de todos. Quando você se qualifica, exerce esse direito e amplia as possibilidades de inclusão no campo de trabalho que escolheu.

Esta fase do curso – Conteúdos Básicos na Trajetória da Formação Técnica Geral – será a primeira etapa deste processo de qualificação; a segunda etapa será a da formação específica na ocupação selecionada por você.

A primeira etapa tem como finalidade apresentar um conjunto de conheci-mentos, chamados básicos, de grande importância para que o trabalhador se situe como cidadão, conheça seus direitos, aperfeiçoe habilidades e incorpore instrumentos que facilitem seu acesso a um saber cada vez mais ampliado. Tais conteúdos permeiam a Formação Técnica Geral – FTG – que introduz a reflexão sobre temas e conceitos que se relacionam com a sua opção profis-sional e se aplicam também a qualquer outro campo de trabalho.

A forma como os assuntos são tratados certamente vai aprimorar a sua visão crítica e, por isso, o desenvolvimento de uma postura mais segura e autônoma frente ao mundo do trabalho.

Na FTG, insere-se o Projeto de Orientação Profissional – POP –, que foi estruturado numa sequência de questões e reflexões que se referem a momentos da sua vida para que você recorde e analise suas memórias de trabalho e projete seus planos de desenvolvimento profissional e pessoal.

Bom estudo!

A equipe de elaboraçãoLaboratório Trabalho & Formação

CARTA AOS ALUNOS

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1. Apresentação coletiva

2. Em busca de identidades e afinidades

3. Arte, cultura e trabalho

4. Sonhos e expectativas de formação profissional

5. Informação organizada

6. Projeto de orientação profissional – POP

POP – Ficha 1: Minha história de trabalho

7. Complementação do POP FICHA 1

8. Trabalho e transformação

9. Trabalho e contradição

10. A escravidão no Brasil

11. Escravidão no trabalho: um problema atual

12. Histórias de trabalho

13. Iniciando os princípios da Formação Técnica Geral

POP – Ficha 2: Minha história de trabalho

1. Apresentação coletiva

2. Em busca de identidades e afinidades

3. Arte, cultura e trabalho

4. Sonhos e expectativas de formação profissional

5. Informação organizada

6. Projeto de orientação profissional – POP

POP – Ficha 3: Minha história de trabalho

SUMÁRIO

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Humanidade Trabalho e Relações Sociais

Humanidade Trabalho e Relações Sociais

PARTE 1:

PARTE 2:

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Humanidade Trabalho e Relações SociaisPARTE 3:

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7. Complementação do POP FICHA 1

8. Trabalho e transformação

9. Escravidão no trabalho: um problema atual

POP – Ficha 4: Minha história de trabalho

1. Apresentação coletiva

2. Em busca de identidades e afinidades

3. Arte, cultura e trabalho

4. Sonhos e expectativas de formação profissional

5. Informação organizada

6. Projeto de orientação profissional – POP

POP – Ficha 5: Minha história de trabalho

7. Complementação do POP FICHA 1

8. Trabalho e transformação

9. Trabalho e contradição

10. A escravidão no Brasil

11. Escravidão no trabalho: um problema atual

POP – Ficha 6: Minha história de trabalho

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HUMANIDADE, TRABALHO E RELAÇÕES SOCIAIS

PARTE

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL12

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

1. IDENTIDADES

Você está iniciando agora o curso básico de qualificação profissional, que é oferecido em todo o país. Várias pessoas – de diferentes regiões do Brasil, de diferentes idades, mulheres ou homens, jovens ou adultos – podem estar, neste momento, abrindo as páginas de um livro igual a este, com um mesmo objetivo: o desenvolvimento social e profissional.

O trabalho em nossas vidas tem uma importância central. Por meio dele, pode-mos satisfazer nossas necessidades, adquirir novos saberes, ingressar e crescer em uma profissão e, ainda, fortalecer nossa participação cidadã. Nosso tema central neste curso será também o trabalho, mas abordaremos questões como comunicação, direitos e deveres, qualidade de vida, entre outras, de modo que possamos pensar melhor o trabalho nos dias de hoje.

ATIVIDADE 1

CONVERSA DE TODOS

Toda vez que a chamada Conversa de todos, com a sua representação simbólica, é indicada no livro, todos vão falar sobre um determinado tema. É o momento de você dar sua opinião, expor o que pensa, contribuir com seus saberes e suas expe-riências, e, também, é a hora de ouvir os demais, trocar ideias, analisar diferentes visões de mundo e buscar conhecimentos e práticas renovadas.

A turma irá conversar seguindo um roteiro de questões. Cada aluno irá responder às duas primeiras perguntas iniciais e a mais uma pergunta na sequência do roteiro.

Você pode responder usando a linguagem que quiser, por meio da expressão oral,

escrita ou gestual, ou ainda juntar lingua-gens, utilizando várias formas de comu-

nicação de suas ideias e sentimentos, como: a mímica (com gestos, expres-sões faciais e posturas corporais), a musical (cantando as respostas), o desenho, a dramatização etc. Quem decide a forma de expressão, isto é, as linguagens que utilizará ao se comu-nicar, é você.

Quem somos?

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PARTE 1

13PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

PERGUNTAS INICIAIS

■ Qual o é seu nome? Como você prefere ser chamado: pelo nome, pelo sobrenome ou por um apelido?

■ Como soube do curso? Alguém da sua família, da sua comunidade ou do seu trabalho apoiou ou influenciou seu ingresso no curso?

PERGUNTAS SEQUENCIAIS

1 Você gosta de ganhar ou plantar flores?

2 Você gosta da cidade em que vive? Por quê?

3 Você acha importante sonhar com o futuro? Por quê?

4 Você acha que homens e mulheres devem ter os direitos iguais? Por quê?

5 Você acha que os jovens têm os mesmos direitos que os adultos? Por quê?

6 Você gosta de conversar com os mais velhos? Por quê?

7 Neste ano, você já parou para ver o pôr do sol?

8 Você nasceu no campo ou na cidade? E os seus pais?

9 O que você lê no seu dia a dia?

10 Se você fosse responder ao censo demográfico qual é sua cor, o que você responderia? Por quê?

11 De que tipo de música você gosta? Você quer cantar um trecho?

12 Você pratica algum esporte?

13 O que você mais gosta de fazer quando está de folga? Com quem?

14 Você gosta de dançar?

15 Você tem o hábito de tomar café e comer pão com manteiga?

16 Gostaria de incluir alguma pergunta no roteiro? Qual?

Roteiro de perguntas para apresentação

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL14

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

O QUE PENSO, O QUE SINTO

É hora de realizar uma atividade individual. O que penso, o que sinto é o momento em que você irá escrever suas opiniões pessoais, impressões, escolhas etc. Faça neste espaço o seu registro criando uma memória de seus pensamen-tos e saberes.

Então, o que pensou e sentiu ao refletir sobre as suas preferências e conhecer melhor a turma nessa primeira apresentação?

Com quais questões você mais se identificou?

O direito de ser o que somosCada pessoa tem um jeito de sentir, pensar, fazer escolhas, tomar decisões,

enfrentar desafios, entender as situações que fazem parte da sua vida. As relações que estabelecemos com as outras pessoas também definem o que somos.

No poema a seguir, que você vai ler com a sua turma, a autora trata de preferências, necessidades e desejos do trabalhador que devem ser respeitados.

Vamos fazer uma leitura coletiva.

Cântico da rotina (Ana Miranda)

Todo trabalhador tem direito a bocejarTodo trabalhador tem direito a ganhar floresTodo trabalhador tem direito a sonharTodo trabalhador tem direito a ir ao banheiroTodo trabalhador tem direito à manteiga no pãoTodo trabalhador tem direito à promoçãoTodo trabalhador tem direito a ver o pôr do solTodo trabalhador tem direito a um cafezinhoTodo trabalhador tem direito a ler um livro

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PARTE 1

15PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Todo trabalhador tem direito a um rádio de pilhaTodo trabalhador tem direito a sorrirTodo trabalhador tem direito a ganhar um sorriso alheioTodo trabalhador tem direito a ficar gripadoTodo trabalhador tem direito a peru no NatalTodo trabalhador tem direito à festa de aniversárioTodo trabalhador tem direito a jogar peladaTodo trabalhador tem direito a dentistaTodo trabalhador tem direito a andar nas nuvensTodo trabalhador tem direito a tomar solTodo trabalhador tem direito a sentar na gramaTodo trabalhador tem direito à viagem de fériasTodo trabalhador tem direito a catar conchas numa praia desertaTodo trabalhador tem direito a dizer o que pensaTodo trabalhador tem direito a pensarTodo trabalhador tem direito a saber por que trabalhaTodo trabalhador tem direito a se olhar no espelhoTodo trabalhador tem direito a seu corpo e sua alma

Fonte: Deus-Dará. São Paulo: Casa Amarela.

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL16

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

ATIVIDADE 2

CONVERSA DE TODOS

Selecione trechos do poema que você considera mais importantes e apre-sente para a turma justificando a sua escolha.

Recite para a turma como você continuaria o poema:

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Conversem sobre as questões a seguir:

A) Todo trabalhador tem direito a dizer o que pensa? Mas o que é dizer o que se pensa?

B) Vocês acham que o diálogo pode ajudar no processo de aprendizagem?

C) Podemos construir novos conhecimentos ao dialogarmos com os colegas da turma e com o educador?

SISTEMATIZANDO SABERES

O que você faria em um grupo de trabalho para garantir o respeito ao modo de ser, seu e dos outros?

Identificação pessoal – Quem sou?Se alguém perguntar a você qual é a sua identidade, o que você responderia?

A identidade de uma pessoa é um documento de identificação pessoal? É como ela se apresenta? É o time de futebol, ou a escola de samba, ou o grupo de qua-drilha de festa junina a que você pertence? É a sua profissão?

Podemos dizer que é tudo isso... A identidade de uma pessoa é aquilo que a faz ser única desde seu nascimento. Para que você possa observar como isso acontece, vamos ler alguns textos e refletir juntos sobre alguns aspectos da iden-tificação social e da identidade individual e coletiva.

Eu e os outros

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PARTE 1

17PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Identificação social – Como nos identificam?Na sociedade atual, o Estado reconhece a identidade única de um cidadão,

documentando-a com um registro numérico e seus dados pessoais. Afinal, todos devem ter acesso à certidão de nascimento e a outros documentos de identifica-ção que garantam o reconhecimento de sua cidadania e de seus direitos e deveres.

Do nascimento à vida adulta, o cida-dão vai adquirindo novos documentos de identificação, entre eles: carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, cadastro de pessoa física, carteira de motorista; e, conforme os caminhos que segue na vida, outros documentos pessoais que demons-tram a sua trajetória: os certificados de formação escolar e profissional, uma certidão de união estável, uma certi-

dão de casamento, e assim por diante.

A vida social de um ser humano só termina com sua morte, quando a sua família terá o dever de obter o seu último documento de identificação pessoal: a certidão de óbito, que comprova que aquela pessoa, que era única no mundo, deixou de existir.

Os dados da certidão de nascimento são dados pessoais determinados desde o nascimento e que usamos por toda a vida para nos identificarmos.

Carteira de trabalho – CTPS

A Carteira de Trabalho e Previdência Social é um docu-mento obrigatório para qualquer cidadão que vai ingres-sar em um trabalho formal. Este documento, ao ser pre-enchido pelo empregador, garante ao trabalhador acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, bene-fícios da Previdência Social e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros previstos na Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT).

Texto adaptado da fonte: <http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/documentacao/certidao-de-nascimento>. Acesso em: dez. 2011.

AMPLIANDO HORIZONTES

Fig. 1. Documentos de identificação, apresentados no momento da votação eleitoral.

© D

ivulgação

Fig. 2.

© D

ivulgação

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL18

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

Siglas: No Ampliando horizontes, você leu várias siglas que devem ser do conhecimento dos trabalhadores: CTPS, FGTS, CLT.

As siglas são abreviaturas de documentos, instituições públicas, partidos políticos, fábricas, países, estados etc. Por exemplo: SUS – Sistema Único de Saúde; RG – documento de Registro Geral; PM – Polícia Militar; MTE – Ministério do Trabalho e Emprego; Petrobras SA – Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima; CE – Ceará. As siglas facilitam a escrita e a leitura.

SAIBA MAIS

Identidades individuais – Como Sou?A identidade que construímos durante a vida é bem

mais expressiva que os dados de identificação social que constam em nossos documentos.

Começamos a viver em sociedade a partir do nosso nascimento, primeiro com nossa família, e depois com as comunidades às quais passamos a pertencer, como a dos amigos, dos professores e alunos da escola, e dos grupos de diver-são e de trabalho. Modificamos nossa visão de mundo, expandimos nosso modo de ser na proporção em que ampliamos nossos horizontes de vida.

A identidade de uma pessoa é a forma como ela se vê e se apresenta no mundo. Por isso, o jeito de falar, os valores, a profissão, a paixão por um time ou por blocos carnavalescos também ajudam a definir o modo de ser de um indi-víduo. Ao mesmo tempo, o estilo de roupa que usa, a associação de moradores que frequenta, a participação em atividades de um partido político, por exem-plo, podem definir a identidade coletiva de um grupo.

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PARTE 1

19PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Agora, vamos parar um pouco a leitura e cada aluno irá preencher alguns itens da ficha de identificação que antecede este capítulo do livro.

Essa ficha tem duas finalidades: a primeira é a de possibilitar que alguém se comunique com você caso perca o livro e alguém o encontre; a segunda é a de registrar-se como participante do curso, integrando-se à turma.

Identidades coletivas – Como Somos?Todos têm suas razões para estarem hoje neste

curso, e esses motivos nos levam a um objetivo comum: a qualificação pessoal. No decorrer do curso, vocês irão interagir com seus colegas e com o educador. Alguns poderão modificar seus pontos de vista ao trocarem saberes e constru-írem novos conhecimentos sobre as relações sociais e o mundo do trabalho.

Construindo nosso modo de ser:Pense nas questões a seguir e comente dando

exemplos da sua vivência.

Conservamos valores e princípios morais que são transmitidos por nossas famílias?

Modificamos hábitos cotidianos quando passamos a compartilhar uma mora-dia com alguém com quem não vivíamos anteriormente?

Os conhecimentos construídos na escola e no trabalho contribuem para modi-ficar a nossa visão de mundo?

Situações como essas são comuns em nossas vidas e nos levam a concluir que temos uma identidade própria que é uma construção pessoal. Por outro lado, ela se modifica com a ampliação da vivência social. Na nossa trajetória de vida, somos influenciados por instituições (escolas, organizações sociais e de traba-lho, governo etc.), meios de comunicação (rádio, televisão, jornais etc.) e pelas identidades coletivas dos grupos sociais aos quais nos integramos e dos quais absorvemos valores, culturas e visões de mundo. Assim, seguindo nossa história de vida, construímos nosso modo de ser, que está sempre em transformação em função das relações sociais que vivenciamos a cada dia.

As possibilidades de termos uma interação mais produtiva aumentam quando entendemos como é o grupo ao qual estamos nos integrando.

Integrar-se é fazer parte de uma atividade social, inserir-se em um grupo e tornar-se membro de uma ação coletiva.

Interagir é a forma como as pessoas agem em seus relacionamentos, influen-ciando e sendo influencia-das, transformando-se em função das semelhanças e das diferenças que neles se estabelecem.

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL20

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

▪ PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – POP FICHA 1

MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA E MEU HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

Dados de Identidade

Nome:

Curso de qualificação profissional que escolhi:

Minha experiência e o que penso do trabalho

1. Em que tipo de trabalho estou atuando ou estive recentemente?

2. Qual é o trabalho que mais gosto de fazer? Como aprendi a fazer isso?

3. O que faço melhor? Em qual ou em quais atividades tenho maior

habilidade?

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PARTE 1

21PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

POP 1

4. O que eu aponto de positivo e negativo no meu trabalho?

Minhas expectativas profissionais

■ Em curto prazo (1 ano):

■ Em médio prazo (3 anos):

■ Em longo prazo (6 anos):

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL22

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

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PARTE 1

23PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

HUMANIDADE, TRABALHO E RELAÇÕES SOCIAIS

PARTE

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

1. IDENTIDADES

Você está iniciando agora o curso básico de qualificação profissional, que é oferecido em todo o país. Várias pessoas – de diferentes regiões do Brasil, de diferentes idades, mulheres ou homens, jovens ou adultos – podem estar, neste momento, abrindo as páginas de um livro igual a este, com um mesmo objetivo: o desenvolvimento social e profissional.

O trabalho em nossas vidas tem uma importância central. Por meio dele, pode-mos satisfazer nossas necessidades, adquirir novos saberes, ingressar e crescer em uma profissão e, ainda, fortalecer nossa participação cidadã. Nosso tema central neste curso será também o trabalho, mas abordaremos questões como comunicação, direitos e deveres, qualidade de vida, entre outras, de modo que possamos pensar melhor o trabalho nos dias de hoje.

ATIVIDADE 1

CONVERSA DE TODOS

Toda vez que a chamada Conversa de todos, com a sua representação simbólica, é indicada no livro, todos vão falar sobre um determinado tema. É o momento de você dar sua opinião, expor o que pensa, contribuir com seus saberes e suas expe-riências, e, também, é a hora de ouvir os demais, trocar ideias, analisar diferentes visões de mundo e buscar conhecimentos e práticas renovadas.

A turma irá conversar seguindo um roteiro de questões. Cada aluno irá responder às duas primeiras perguntas iniciais e a mais uma pergunta na sequência do roteiro.

Você pode responder usando a linguagem que quiser, por meio da expressão oral,

escrita ou gestual, ou ainda juntar lingua-gens, utilizando várias formas de comu-

nicação de suas ideias e sentimentos, como: a mímica (com gestos, expres-sões faciais e posturas corporais), a musical (cantando as respostas), o desenho, a dramatização etc. Quem decide a forma de expressão, isto é, as linguagens que utilizará ao se comu-nicar, é você.

Quem somos?

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PARTE 2

25PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

PERGUNTAS INICIAIS

■ Qual o é seu nome? Como você prefere ser chamado: pelo nome, pelo sobrenome ou por um apelido?

■ Como soube do curso? Alguém da sua família, da sua comunidade ou do seu trabalho apoiou ou influenciou seu ingresso no curso?

PERGUNTAS SEQUENCIAIS

1 Você gosta de ganhar ou plantar flores?

2 Você gosta da cidade em que vive? Por quê?

3 Você acha importante sonhar com o futuro? Por quê?

4 Você acha que homens e mulheres devem ter os direitos iguais? Por quê?

5 Você acha que os jovens têm os mesmos direitos que os adultos? Por quê?

6 Você gosta de conversar com os mais velhos? Por quê?

7 Neste ano, você já parou para ver o pôr do sol?

8 Você nasceu no campo ou na cidade? E os seus pais?

9 O que você lê no seu dia a dia?

10 Se você fosse responder ao censo demográfico qual é sua cor, o que você responderia? Por quê?

11 De que tipo de música você gosta? Você quer cantar um trecho?

12 Você pratica algum esporte?

13 O que você mais gosta de fazer quando está de folga? Com quem?

14 Você gosta de dançar?

15 Você tem o hábito de tomar café e comer pão com manteiga?

16 Gostaria de incluir alguma pergunta no roteiro? Qual?

Roteiro de perguntas para apresentação

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

O QUE PENSO, O QUE SINTO

É hora de realizar uma atividade individual. O que penso, o que sinto é o momento em que você irá escrever suas opiniões pessoais, impressões, escolhas etc. Faça neste espaço o seu registro criando uma memória de seus pensamen-tos e saberes.

Então, o que pensou e sentiu ao refletir sobre as suas preferências e conhecer melhor a turma nessa primeira apresentação?

Com quais questões você mais se identificou?

O direito de ser o que somosCada pessoa tem um jeito de sentir, pensar, fazer escolhas, tomar decisões,

enfrentar desafios, entender as situações que fazem parte da sua vida. As relações que estabelecemos com as outras pessoas também definem o que somos.

No poema a seguir, que você vai ler com a sua turma, a autora trata de preferências, necessidades e desejos do trabalhador que devem ser respeitados.

Vamos fazer uma leitura coletiva.

Cântico da rotina (Ana Miranda)

Todo trabalhador tem direito a bocejarTodo trabalhador tem direito a ganhar floresTodo trabalhador tem direito a sonharTodo trabalhador tem direito a ir ao banheiroTodo trabalhador tem direito à manteiga no pãoTodo trabalhador tem direito à promoçãoTodo trabalhador tem direito a ver o pôr do solTodo trabalhador tem direito a um cafezinhoTodo trabalhador tem direito a ler um livro

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PARTE 2

27PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Todo trabalhador tem direito a um rádio de pilhaTodo trabalhador tem direito a sorrirTodo trabalhador tem direito a ganhar um sorriso alheioTodo trabalhador tem direito a ficar gripadoTodo trabalhador tem direito a peru no NatalTodo trabalhador tem direito à festa de aniversárioTodo trabalhador tem direito a jogar peladaTodo trabalhador tem direito a dentistaTodo trabalhador tem direito a andar nas nuvensTodo trabalhador tem direito a tomar solTodo trabalhador tem direito a sentar na gramaTodo trabalhador tem direito à viagem de fériasTodo trabalhador tem direito a catar conchas numa praia desertaTodo trabalhador tem direito a dizer o que pensaTodo trabalhador tem direito a pensarTodo trabalhador tem direito a saber por que trabalhaTodo trabalhador tem direito a se olhar no espelhoTodo trabalhador tem direito a seu corpo e sua alma

Fonte: Deus-Dará. São Paulo: Casa Amarela.

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

ATIVIDADE 2

CONVERSA DE TODOS

Selecione trechos do poema que você considera mais importantes e apre-sente para a turma justificando a sua escolha.

Recite para a turma como você continuaria o poema:

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Conversem sobre as questões a seguir:

A) Todo trabalhador tem direito a dizer o que pensa? Mas o que é dizer o que se pensa?

B) Vocês acham que o diálogo pode ajudar no processo de aprendizagem?

C) Podemos construir novos conhecimentos ao dialogarmos com os colegas da turma e com o educador?

SISTEMATIZANDO SABERES

O que você faria em um grupo de trabalho para garantir o respeito ao modo de ser, seu e dos outros?

Identificação pessoal – Quem sou?Se alguém perguntar a você qual é a sua identidade, o que você responderia?

A identidade de uma pessoa é um documento de identificação pessoal? É como ela se apresenta? É o time de futebol, ou a escola de samba, ou o grupo de qua-drilha de festa junina a que você pertence? É a sua profissão?

Podemos dizer que é tudo isso... A identidade de uma pessoa é aquilo que a faz ser única desde seu nascimento. Para que você possa observar como isso acontece, vamos ler alguns textos e refletir juntos sobre alguns aspectos da iden-tificação social e da identidade individual e coletiva.

Eu e os outros

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PARTE 2

29PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Identificação social – Como nos identificam?Na sociedade atual, o Estado reconhece a identidade única de um cidadão,

documentando-a com um registro numérico e seus dados pessoais. Afinal, todos devem ter acesso à certidão de nascimento e a outros documentos de identifica-ção que garantam o reconhecimento de sua cidadania e de seus direitos e deveres.

Do nascimento à vida adulta, o cida-dão vai adquirindo novos documentos de identificação, entre eles: carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, cadastro de pessoa física, carteira de motorista; e, conforme os caminhos que segue na vida, outros documentos pessoais que demons-tram a sua trajetória: os certificados de formação escolar e profissional, uma certidão de união estável, uma certi-

dão de casamento, e assim por diante.

A vida social de um ser humano só termina com sua morte, quando a sua família terá o dever de obter o seu último documento de identificação pessoal: a certidão de óbito, que comprova que aquela pessoa, que era única no mundo, deixou de existir.

Os dados da certidão de nascimento são dados pessoais determinados desde o nascimento e que usamos por toda a vida para nos identificarmos.

Carteira de trabalho – CTPS

A Carteira de Trabalho e Previdência Social é um docu-mento obrigatório para qualquer cidadão que vai ingres-sar em um trabalho formal. Este documento, ao ser pre-enchido pelo empregador, garante ao trabalhador acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, bene-fícios da Previdência Social e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros previstos na Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT).

Texto adaptado da fonte: <http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/documentacao/certidao-de-nascimento>. Acesso em: dez. 2011.

AMPLIANDO HORIZONTES

Fig. 1. Documentos de identificação, apresentados no momento da votação eleitoral.

© D

ivulgação

Fig. 2.

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ivulgação

Page 30: FTG - PNQ. Livro do aluno.

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

Siglas: No Ampliando horizontes, você leu várias siglas que devem ser do conhecimento dos trabalhadores: CTPS, FGTS, CLT.

As siglas são abreviaturas de documentos, instituições públicas, partidos políticos, fábricas, países, estados etc. Por exemplo: SUS – Sistema Único de Saúde; RG – documento de Registro Geral; PM – Polícia Militar; MTE – Ministério do Trabalho e Emprego; Petrobras SA – Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima; CE – Ceará. As siglas facilitam a escrita e a leitura.

SAIBA MAIS

Identidades individuais – Como Sou?A identidade que construímos durante a vida é bem

mais expressiva que os dados de identificação social que constam em nossos documentos.

Começamos a viver em sociedade a partir do nosso nascimento, primeiro com nossa família, e depois com as comunidades às quais passamos a pertencer, como a dos amigos, dos professores e alunos da escola, e dos grupos de diver-são e de trabalho. Modificamos nossa visão de mundo, expandimos nosso modo de ser na proporção em que ampliamos nossos horizontes de vida.

A identidade de uma pessoa é a forma como ela se vê e se apresenta no mundo. Por isso, o jeito de falar, os valores, a profissão, a paixão por um time ou por blocos carnavalescos também ajudam a definir o modo de ser de um indi-víduo. Ao mesmo tempo, o estilo de roupa que usa, a associação de moradores que frequenta, a participação em atividades de um partido político, por exem-plo, podem definir a identidade coletiva de um grupo.

Page 31: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 2

31PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Agora, vamos parar um pouco a leitura e cada aluno irá preencher alguns itens da ficha de identificação que antecede este capítulo do livro.

Essa ficha tem duas finalidades: a primeira é a de possibilitar que alguém se comunique com você caso perca o livro e alguém o encontre; a segunda é a de registrar-se como participante do curso, integrando-se à turma.

Identidades coletivas – Como Somos?Todos têm suas razões para estarem hoje neste

curso, e esses motivos nos levam a um objetivo comum: a qualificação pessoal. No decorrer do curso, vocês irão interagir com seus colegas e com o educador. Alguns poderão modificar seus pontos de vista ao trocarem saberes e constru-írem novos conhecimentos sobre as relações sociais e o mundo do trabalho.

Construindo nosso modo de ser:Pense nas questões a seguir e comente dando

exemplos da sua vivência.

Conservamos valores e princípios morais que são transmitidos por nossas famílias?

Modificamos hábitos cotidianos quando passamos a compartilhar uma mora-dia com alguém com quem não vivíamos anteriormente?

Os conhecimentos construídos na escola e no trabalho contribuem para modi-ficar a nossa visão de mundo?

Situações como essas são comuns em nossas vidas e nos levam a concluir que temos uma identidade própria que é uma construção pessoal. Por outro lado, ela se modifica com a ampliação da vivência social. Na nossa trajetória de vida, somos influenciados por instituições (escolas, organizações sociais e de traba-lho, governo etc.), meios de comunicação (rádio, televisão, jornais etc.) e pelas identidades coletivas dos grupos sociais aos quais nos integramos e dos quais absorvemos valores, culturas e visões de mundo. Assim, seguindo nossa história de vida, construímos nosso modo de ser, que está sempre em transformação em função das relações sociais que vivenciamos a cada dia.

As possibilidades de termos uma interação mais produtiva aumentam quando entendemos como é o grupo ao qual estamos nos integrando.

Integrar-se é fazer parte de uma atividade social, inserir-se em um grupo e tornar-se membro de uma ação coletiva.

Interagir é a forma como as pessoas agem em seus relacionamentos, influen-ciando e sendo influencia-das, transformando-se em função das semelhanças e das diferenças que neles se estabelecem.

Page 32: FTG - PNQ. Livro do aluno.

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL32

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

▪ PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – POP FICHA 1

MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA E MEU HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

Dados de Identidade

Nome:

Curso de qualificação profissional que escolhi:

Minha experiência e o que penso do trabalho

1. Em que tipo de trabalho estou atuando ou estive recentemente?

2. Qual é o trabalho que mais gosto de fazer? Como aprendi a fazer isso?

3. O que faço melhor? Em qual ou em quais atividades tenho maior

habilidade?

Page 33: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 1

33PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

POP 1

4. O que eu aponto de positivo e negativo no meu trabalho?

Minhas expectativas profissionais

■ Em curto prazo (1 ano):

■ Em médio prazo (3 anos):

■ Em longo prazo (6 anos):

Page 34: FTG - PNQ. Livro do aluno.
Page 35: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 1

35PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

HUMANIDADE, TRABALHO E RELAÇÕES SOCIAIS

PARTE

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36

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

1. IDENTIDADES

Você está iniciando agora o curso básico de qualificação profissional, que é oferecido em todo o país. Várias pessoas – de diferentes regiões do Brasil, de diferentes idades, mulheres ou homens, jovens ou adultos – podem estar, neste momento, abrindo as páginas de um livro igual a este, com um mesmo objetivo: o desenvolvimento social e profissional.

O trabalho em nossas vidas tem uma importância central. Por meio dele, pode-mos satisfazer nossas necessidades, adquirir novos saberes, ingressar e crescer em uma profissão e, ainda, fortalecer nossa participação cidadã. Nosso tema central neste curso será também o trabalho, mas abordaremos questões como comunicação, direitos e deveres, qualidade de vida, entre outras, de modo que possamos pensar melhor o trabalho nos dias de hoje.

ATIVIDADE 1

CONVERSA DE TODOS

Toda vez que a chamada Con-versa de todos, com a sua repre-sentação simbólica, é indicada no livro, todos vão falar sobre um determinado tema. É o momento de você dar sua opinião, expor o que pensa, contribuir com seus saberes e suas experiências, e, tam-bém, é a hora de ouvir os demais, trocar ideias, analisar diferentes visões de mundo e buscar conhecimentos e prá-ticas renovadas.

A turma irá conversar seguindo um roteiro de questões. Cada aluno irá responder às duas primeiras perguntas iniciais e a mais uma pergunta na sequência do roteiro.

Você pode responder usando a linguagem que quiser, por meio da expressão oral, escrita ou gestual, ou ainda juntar linguagens, utilizando várias formas de comunicação de suas ideias e sentimentos, como: a mímica (com gestos, expres-sões faciais e posturas corporais), a musical (cantando as respostas), o desenho, a dramatização etc. Quem decide a forma de expressão, isto é, as linguagens que utilizará ao se comunicar, é você.

Quem somos?

Page 37: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 3

37PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

PERGUNTAS INICIAIS

■ Qual o é seu nome? Como você prefere ser chamado: pelo nome, pelo sobrenome ou por um apelido?

■ Como soube do curso? Alguém da sua família, da sua comunidade ou do seu trabalho apoiou ou influenciou seu ingresso no curso?

PERGUNTAS SEQUENCIAIS

1 Você gosta de ganhar ou plantar flores?

2 Você gosta da cidade em que vive? Por quê?

3 Você acha importante sonhar com o futuro? Por quê?

4 Você acha que homens e mulheres devem ter os direitos iguais? Por quê?

5 Você acha que os jovens têm os mesmos direitos que os adultos? Por quê?

6 Você gosta de conversar com os mais velhos? Por quê?

7 Neste ano, você já parou para ver o pôr do sol?

8 Você nasceu no campo ou na cidade? E os seus pais?

9 O que você lê no seu dia a dia?

10 Se você fosse responder ao censo demográfico qual é sua cor, o que você responderia? Por quê?

11 De que tipo de música você gosta? Você quer cantar um trecho?

12 Você pratica algum esporte?

13 O que você mais gosta de fazer quando está de folga? Com quem?

14 Você gosta de dançar?

15 Você tem o hábito de tomar café e comer pão com manteiga?

16 Gostaria de incluir alguma pergunta no roteiro? Qual?

Roteiro de perguntas para apresentação

Page 38: FTG - PNQ. Livro do aluno.

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

O QUE PENSO, O QUE SINTO

É hora de realizar uma atividade individual. O que penso, o que sinto é o momento em que você irá escrever suas opiniões pessoais, impressões, escolhas etc. Faça neste espaço o seu registro criando uma memória de seus pensamen-tos e saberes.

Então, o que pensou e sentiu ao refletir sobre as suas preferências e conhecer melhor a turma nessa primeira apresentação?

Com quais questões você mais se identificou?

O direito de ser o que somosCada pessoa tem um jeito de sentir, pensar, fazer escolhas, tomar decisões,

enfrentar desafios, entender as situações que fazem parte da sua vida. As relações que estabelecemos com as outras pessoas também definem o que somos.

No poema a seguir, que você vai ler com a sua turma, a autora trata de preferências, necessidades e desejos do trabalhador que devem ser respeitados.

Vamos fazer uma leitura coletiva.

Cântico da rotina (Ana Miranda)

Todo trabalhador tem direito a bocejarTodo trabalhador tem direito a ganhar floresTodo trabalhador tem direito a sonharTodo trabalhador tem direito a ir ao banheiroTodo trabalhador tem direito à manteiga no pãoTodo trabalhador tem direito à promoçãoTodo trabalhador tem direito a ver o pôr do solTodo trabalhador tem direito a um cafezinhoTodo trabalhador tem direito a ler um livro

Page 39: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 3

39PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Todo trabalhador tem direito a um rádio de pilhaTodo trabalhador tem direito a sorrirTodo trabalhador tem direito a ganhar um sorriso alheioTodo trabalhador tem direito a ficar gripadoTodo trabalhador tem direito a peru no NatalTodo trabalhador tem direito à festa de aniversárioTodo trabalhador tem direito a jogar peladaTodo trabalhador tem direito a dentistaTodo trabalhador tem direito a andar nas nuvensTodo trabalhador tem direito a tomar solTodo trabalhador tem direito a sentar na gramaTodo trabalhador tem direito à viagem de fériasTodo trabalhador tem direito a catar conchas numa praia desertaTodo trabalhador tem direito a dizer o que pensaTodo trabalhador tem direito a pensarTodo trabalhador tem direito a saber por que trabalhaTodo trabalhador tem direito a se olhar no espelhoTodo trabalhador tem direito a seu corpo e sua alma

Fonte: Deus-Dará. São Paulo: Casa Amarela.

Page 40: FTG - PNQ. Livro do aluno.

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

ATIVIDADE 2

CONVERSA DE TODOS

Selecione trechos do poema que você considera mais importantes e apre-sente para a turma justificando a sua escolha.

Recite para a turma como você continuaria o poema:

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Todo trabalhador tem direito a ________________________________________

Conversem sobre as questões a seguir:

A) Todo trabalhador tem direito a dizer o que pensa? Mas o que é dizer o que se pensa?

B) Vocês acham que o diálogo pode ajudar no processo de aprendizagem?

C) Podemos construir novos conhecimentos ao dialogarmos com os colegas da turma e com o educador?

SISTEMATIZANDO SABERES

O que você faria em um grupo de trabalho para garantir o respeito ao modo de ser, seu e dos outros?

Identificação pessoal – Quem sou?Se alguém perguntar a você qual é a sua identidade, o que você responderia?

A identidade de uma pessoa é um documento de identificação pessoal? É como ela se apresenta? É o time de futebol, ou a escola de samba, ou o grupo de qua-drilha de festa junina a que você pertence? É a sua profissão?

Podemos dizer que é tudo isso... A identidade de uma pessoa é aquilo que a faz ser única desde seu nascimento. Para que você possa observar como isso acontece, vamos ler alguns textos e refletir juntos sobre alguns aspectos da iden-tificação social e da identidade individual e coletiva.

Eu e os outros

Page 41: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 3

41PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Identificação social – Como nos identificam?Na sociedade atual, o Estado reconhece a identidade única de um cidadão,

documentando-a com um registro numérico e seus dados pessoais. Afinal, todos devem ter acesso à certidão de nascimento e a outros documentos de identifica-ção que garantam o reconhecimento de sua cidadania e de seus direitos e deveres.

Do nascimento à vida adulta, o cida-dão vai adquirindo novos documentos de identificação, entre eles: carteira de identidade, carteira de trabalho, título de eleitor, cadastro de pessoa física, carteira de motorista; e, conforme os caminhos que segue na vida, outros documentos pessoais que demons-tram a sua trajetória: os certificados de formação escolar e profissional, uma certidão de união estável, uma certi-

dão de casamento, e assim por diante.

A vida social de um ser humano só termina com sua morte, quando a sua família terá o dever de obter o seu último documento de identificação pessoal: a certidão de óbito, que comprova que aquela pessoa, que era única no mundo, deixou de existir.

Os dados da certidão de nascimento são dados pessoais determinados desde o nascimento e que usamos por toda a vida para nos identificarmos.

Carteira de trabalho – CTPS

A Carteira de Trabalho e Previdência Social é um docu-mento obrigatório para qualquer cidadão que vai ingres-sar em um trabalho formal. Este documento, ao ser pre-enchido pelo empregador, garante ao trabalhador acesso a direitos trabalhistas, como seguro-desemprego, bene-fícios da Previdência Social e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros previstos na Con-solidação das Leis do Trabalho (CLT).

Texto adaptado da fonte: <http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/documentacao/certidao-de-nascimento>. Acesso em: dez. 2011.

AMPLIANDO HORIZONTES

Fig. 1. Documentos de identificação, apresentados no momento da votação eleitoral.

© D

ivulgação

Fig. 2.

© D

ivulgação

Page 42: FTG - PNQ. Livro do aluno.

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HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL

Siglas: No Ampliando horizontes, você leu várias siglas que devem ser do conhecimento dos trabalhadores: CTPS, FGTS, CLT.

As siglas são abreviaturas de documentos, instituições públicas, partidos políticos, fábricas, países, estados etc. Por exemplo: SUS – Sistema Único de Saúde; RG – documento de Registro Geral; PM – Polícia Militar; MTE – Ministério do Trabalho e Emprego; Petrobras SA – Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima; CE – Ceará. As siglas facilitam a escrita e a leitura.

SAIBA MAIS

Identidades individuais – Como Sou?A identidade que construímos durante a vida é bem

mais expressiva que os dados de identificação social que constam em nossos documentos.

Começamos a viver em sociedade a partir do nosso nascimento, primeiro com nossa família, e depois com as comunidades às quais passamos a pertencer, como a dos amigos, dos professores e alunos da escola, e dos grupos de diver-são e de trabalho. Modificamos nossa visão de mundo, expandimos nosso modo de ser na proporção em que ampliamos nossos horizontes de vida.

A identidade de uma pessoa é a forma como ela se vê e se apresenta no mundo. Por isso, o jeito de falar, os valores, a profissão, a paixão por um time ou por blocos carnavalescos também ajudam a definir o modo de ser de um indi-víduo. Ao mesmo tempo, o estilo de roupa que usa, a associação de moradores que frequenta, a participação em atividades de um partido político, por exem-plo, podem definir a identidade coletiva de um grupo.

Page 43: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 3

43PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

Agora, vamos parar um pouco a leitura e cada aluno irá preencher alguns itens da ficha de identificação que antecede este capítulo do livro.

Essa ficha tem duas finalidades: a primeira é a de possibilitar que alguém se comunique com você caso perca o livro e alguém o encontre; a segunda é a de registrar-se como participante do curso, integrando-se à turma.

Identidades coletivas – Como Somos?Todos têm suas razões para estarem hoje neste

curso, e esses motivos nos levam a um objetivo comum: a qualificação pessoal. No decorrer do curso, vocês irão interagir com seus colegas e com o educador. Alguns poderão modificar seus pontos de vista ao trocarem saberes e constru-írem novos conhecimentos sobre as relações sociais e o mundo do trabalho.

Construindo nosso modo de ser:Pense nas questões a seguir e comente dando

exemplos da sua vivência.

Conservamos valores e princípios morais que são transmitidos por nossas famílias?

Modificamos hábitos cotidianos quando passamos a compartilhar uma mora-dia com alguém com quem não vivíamos anteriormente?

Os conhecimentos construídos na escola e no trabalho contribuem para modi-ficar a nossa visão de mundo?

Situações como essas são comuns em nossas vidas e nos levam a concluir que temos uma identidade própria que é uma construção pessoal. Por outro lado, ela se modifica com a ampliação da vivência social. Na nossa trajetória de vida, somos influenciados por instituições (escolas, organizações sociais e de traba-lho, governo etc.), meios de comunicação (rádio, televisão, jornais etc.) e pelas identidades coletivas dos grupos sociais aos quais nos integramos e dos quais absorvemos valores, culturas e visões de mundo. Assim, seguindo nossa história de vida, construímos nosso modo de ser, que está sempre em transformação em função das relações sociais que vivenciamos a cada dia.

As possibilidades de termos uma interação mais produtiva aumentam quando entendemos como é o grupo ao qual estamos nos integrando.

Integrar-se é fazer parte de uma atividade social, inserir-se em um grupo e tornar-se membro de uma ação coletiva.

Interagir é a forma como as pessoas agem em seus relacionamentos, influen-ciando e sendo influencia-das, transformando-se em função das semelhanças e das diferenças que neles se estabelecem.

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CONTEÚDOS BÁSICOS NA FORMAÇÃO TÉCNICA GERAL44

HOMEM, TRABALHO E TRANSFORMAÇÃO

▪ PROJETO DE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL – POP FICHA 1

MINHA EXPERIÊNCIA DE VIDA E MEU HORIZONTE DE EXPECTATIVAS

Dados de Identidade

Nome:

Curso de qualificação profissional que escolhi:

Minha experiência e o que penso do trabalho

1. Em que tipo de trabalho estou atuando ou estive recentemente?

2. Qual é o trabalho que mais gosto de fazer? Como aprendi a fazer isso?

3. O que faço melhor? Em qual ou em quais atividades tenho maior

habilidade?

Page 45: FTG - PNQ. Livro do aluno.

PARTE 1

45PLANO NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO

POP 1

4. O que eu aponto de positivo e negativo no meu trabalho?

Minhas expectativas profissionais

■ Em curto prazo (1 ano):

■ Em médio prazo (3 anos):

■ Em longo prazo (6 anos):

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Realização: