ESTUDO DE REAPROVEITAMENTO DE RESIDUO SOLIDOS NO
PROCESSO DE DESCARTE DE PALLETES DE MADEIRA
SOLID WASTE REUSE OF STUDY IN THE PROCESS OF WOOD
PALLETS DISPOSAL
FACCHIN, Mônica Monteiro1
FRIZZO, Rafael2 LOPES, Josiane 3
MALESKI, Marikeli4
DETERS, Odair5
RESUMO
Este artigo apresenta um estudo sobre alternativas criativas sobre sustentabilidade aplicada
com o reaproveitamento de resíduos de madeiras sólidos que, após processo de transporte e
movimentação de material, são descartados de modo desnecessários as operações seguintes e
sucateados. Para este artigo foi estipulado à análise do reaproveitamento de palletes de
madeiras não utilizáveis mais para a produção e movimentação de peças no setor de logística
da organização, situada na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. O foco principal
deste artigo apresenta uma possível melhoria a ser implantada na organização, na criação de
um setor que, no descarte deste resíduo sólido, seja reaproveitado para fabricação de móveis e
utensílios que serão usados e doados pela própria organização. A metodologia empregada
para a fundamentação desse artigo foi à pesquisa quantitativa, e também foi aplicado um
questionário em forma de entrevista semiestruturada. No desenvolvimento foram abordados
alguns conceitos de sustentabilidade para um melhor entendimento do assunto, e em seguida
apresentado os resultados da entrevista, relatando a situação atual do setor e concluindo com
uma proposta de melhoria para a empresa.
Palavras-chave: Criatividade Empresarial Resíduo, Reaproveitamento de Madeira,
Sustentabilidade.
ABSTRACT
This article presents a study of creative alternatives on sustainability applied to the reuse of solid waste woods
that after the process of shipping and handling material are disposed of unnecessary mode and scrapped the
following operations. For this article was stipulated the analysis of wood pallets for reuse unusable over to the
production and movement of pieces on the organization of the logistics sector, in the city of Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. The main focus of this paper presents a possible improvement to be implemented in the
organization, the creation of an industry that, at the disposal of this solid waste, be reused for the manufacture of
furniture and fixtures to be used and donated for the organization. The methodology used for the basis of this
article was quantitative research, and was also applied a questionnaire in the form of semi-structured interview.
Development were discussed some concepts of sustainability for a better understanding of the subject, and then
presented the results of the interview, describing the current situation of the sector and concluding with a
proposed improvement to the company.
Keywords: Business Creativity Waste; Reuse of wood; sustainability
1Graduanda do Curso de Administração da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected]; 2Graduando do Curso de Administração da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected]; 3Graduanda do Curso de Administração da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected]; 4Graduanda do Curso de Administração da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected]; 5Professor orientador: Odair Deters da Faculdade Ideau – Caxias do Sul RS, [email protected].
2
INTRODUÇÃO
O contexto atual em que se encontra a humanidade nos impõe um árduo
compromisso de reestruturar a sociedade. Desse modo, uma mudança na cultura dos cidadãos
e das organizações se torna necessária, exigindo uma reconstrução dos modelos de produção e
consumo adotados pelo ser humano.
Isto posto, novas formas de organização são necessárias e a sustentabilidade
empresarial pode ser uma dessas formas, que inova e desafia organizações e administradores a
respeito da necessidade de conciliar as dimensões econômica, ambiental e social nos
negócios. Através de ações inovadoras de ecoeficiência, a sustentabilidade empresarial pode
ser uma oportunidade de novos negócios, gerando receitas e contribuindo para a perenidade
dos negócios.
Um dos problemas que mais causam impactos na produção de produtos é a geração de
resíduos e depois de consumidos, esses produtos também geram problemas, quando, após sua
vida útil, não se têm propostas adequadas para a sua destinação. No caso da madeira, tanto
empresas da indústria moveleira, da construção civil quanto metalúrgicas e logísticas acabam
tratando inadequadamente os resíduos de madeira, seja para se livrarem do problema do
volume de refugos gerados, seja por falta de opção para a destinação final dessa madeira.
Como alternativas para minimizar os problemas da produção de novos produtos de
madeira estão os cuidados com os resíduos e com os refugos gerados através da reciclagem.
A reciclagem de materiais e, no caso, da madeira tem expressiva resposta nos campos
ambiental, econômico e social. Para o meio ambiente a reciclagem é favorável por reduzir o
volume de resíduos depositados em aterros sanitários ou em outros ambientes, possibilitando
o reaproveitamento desses resíduos em outros processos produtivos e aumentando a vida útil
dos materiais, minimizando a emissão de gases tóxicos, agressões ao solo, ar e água e
reduzindo problemas de saúde pública provocados pelo lixo. No âmbito econômico, a
reciclagem contribui para a utilização mais racional dos recursos naturais e a reutilização de
outros. Já no aspecto social, a reciclagem promove melhores condições de vida para as
pessoas, através das melhorias ambientais e pela geração de emprego e renda.
As práticas de sustentabilidade empresarial devem ser vistas como uma oportunidade
de inovação para as empresas, e devem acatar aos critérios de relevância social, prudência
ecológica e eficiência econômica, evidenciadas em estratégias e práticas éticas e sustentáveis
de ecoeficiência e responsabilidade social, conciliando crescimento econômico, preservação
do meio ambiente e equidade social.
3
A empresa escolhida para este estudo busca conduzir suas operações de forma
sustentável, acreditando que progresso não se apresenta somente na esfera econômica, mas
também na social. Suas operações buscam contribuir com aspectos ligados ao meio ambiente,
não esgotando os recursos dos quais necessitam, as condições sociais e as relações saudáveis
com consumidores, fornecedores e colaboradores. Através da sua gestão ambiental,
desenvolve programas que visam otimizar o consumo de bens naturais, reduzindo assim
desperdícios e, por consequência, a geração de resíduos.
Essa empresa também desenvolve ações voltadas à prevenção e provimento de ações
que reduzam ou previnam exclusões, riscos e vulnerabilidade social, bem como atendam às
necessidades emergentes ou permanentes decorrentes de situações pessoais ou sociais dos
profissionais e ou familiares.
A Responsabilidade Social possibilita vislumbrar o amadurecimento do modelo de
gestão praticado na Metalúrgica em questão. Para se diferenciar e deixar o mundo cada vez
melhor, como proposta para o reaproveitamento desses resíduos de madeira, elaboramos um
projeto ainda não denominado, no qual tem como missão desenvolver e implementar ações e
programas de educação e cultura que promovam inclusão e transformação social.
Preparar crianças e adolescentes para o exercício da cidadania, através de uma
proposta educativa. As atividades ocorrem no horário inverso ao período escolar em um
centro de educação dentro da empresa, e a seleção dos participantes segue o critério de
vulnerabilidade social. Com parceria de uma escola de formação profissional de Marcenaria,
o projeto quer fazer o reaproveitamento de palletes, transformando em moveis.
Localizada em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, a empresa conta com cinco
unidades, sendo uma delas na Argentina. Desde 1962 desenvolve produtos reconhecidos pela
qualidade e excelente desempenho. Atenta às necessidades do mercado, a empresa inovou
constantemente, produzindo modernas linhas de caminhões, chassis para ônibus, utilitários
4x4 e motores a diesel. E sempre considerando a questão ambiental, em 2006 a empresa lança
o primeiro trator brasileiro com o uso de biodiesel.
MATERIAL E MÉTODOS
Pesquisa é um conjunto de ações que visam à descoberta de novos conhecimentos em
uma determinada área. A pesquisa neste artigo foi uma pesquisa descritiva com abordagem
quantitativa e qualitativa, pois nas pesquisas descritivas realizam-se estudos, análises,
4
registros e interpretação dos fatos sem a interferência do pesquisador. Sua finalidade é
observar, registrar e analisar os fenômenos ou sistemas técnicos. Este tipo de pesquisa visa
coletar dados, analisá-los e apresentar uma possível solução para os problemas encontrados.
A pesquisa quantitativa é o método para conseguir demostrar em números e gráficos
as opiniões, informações e até mesmo sugestões de como é possível melhorar e otimizar a
operação. (POSGRADUANDO, 2012).
Conforme Marconi e Lakatos (2011), o objetivo da entrevista qualitativa é obter
respostas sobre o tema ou problema a investigar, enquanto o objetivo da entrevista
quantitativa é medir e permitir o teste de hipóteses, uma vez que os resultados são definidos e
menos passiveis de erros de interpretação.
Também pode ser descrita que a abordagem quantitativa está relacionada à
quantificação de dados obtidos mediante pesquisa, ao contrário da abordagem qualitativa que
não emprega procedimentos estatísticos como centro do processo de análise de um problema.
Soares (2003)
A pesquisa a ser realizada para este artigo será uma pesquisa qualitativa e quantitativa,
com perguntas de dupla opção, onde o entrevistado responderá sobre o tema abordado, após
realizará uma análise com os resultados obtidos apresentando-se uma proposta de melhoria a
ser implantada, sendo analisados os resultados, e sugestões dos colaboradores selecionados
para a pesquisa. Abordam-se questões sobre o reaproveitamento dos resíduos de madeiras e a
utilização de móveis.
A pesquisa foi realizada na empresa no mês de outubro de 2015 e foram entrevistadas
30 pessoas, dentre elas funcionários e técnicos do setor de logística.
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 Sustentabilidades Empresariais: Desenvolvimento Sustentável Aplicado às Empresas
No intuito de contrapor a realidade vivida pela humanidade desde a Revolução
Industrial que, a partir da década de 80, com a publicação do relatório “Nosso Futuro
Comum”, o conceito de Desenvolvimento Sustentável surge, ganha força e segue com uma
nova proposta desenvolvimentista para a sociedade. O documento publicado pela Comissão
Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Comissão
Brundtland, foi que definiu o Desenvolvimento Sustentável como sendo aquele que atende às
5
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem
a suas próprias necessidades. (COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO, 1991).
Assim, “criamos uma economia que não pode sustentar o progresso econômico, uma
economia que não pode nos conduzir ao destino desejado” (BROWN, 2003, p.6). Portanto a
mudança para o novo paradigma da sustentabilidade propõe uma nova dinâmica e ordem para
o mundo atual, está relacionada principalmente à interação e cooperação entre governos,
empresas e sociedade civil organizada na construção de uma sociedade mais justa e
sustentável. A efetividade e a evolução das teorias e práticas de desenvolvimento sustentável
incluem, necessariamente, a participação de todos os atores sociais, dentre eles, as empresas.
Neste contexto, torna-se cada vez mais frequente e emergente a necessidade da
reflexão do empresariado sobre o seu papel no desenvolvimento de nossa sociedade. Diante
da conjuntura vivida nos últimos séculos, o desempenho do empresariado no contexto da
revolução industrial, científica e tecnológica passou a ser, então, objeto de questionamentos,
na medida em que a obsessão única e exclusiva pelo lucro foi e tem sido uma das mais
lembradas características do setor empresarial, o que, tem interferido negativamente em sua
reputação, suscitando nas empresas novas maneiras de pensar e agir. Almeida (2002, p.53)
nos apresenta esta situação da seguinte forma:
[...] Acostumado a dividir o universo em compartimentos estanques para
poder entendê-lo – fruto de uma visão cartesiana, mecanicista,
reducionista, forjada em trezentos anos de Revolução Científica e Industrial –, nos últimos anos do século XX o homem viu-se às voltas
com a constatação de que a natureza não se deixa apreender
completamente pelas ferramentas tradicionais de análise [...]. Para ser compreendida, pede um novo: orgânico, holístico, integrador [...].
Portanto, mostra-se cada vez mais necessária a busca por novas formas que
contribuam não somente para os negócios, mas também a construção de uma sociedade
sustentável. Investir em sustentabilidade empresarial é, além de um comportamento ético e
altruísta, uma maneira de, indiretamente, contribuir para a permanência dos negócios,
beneficiando no fim, a própria atividade empresarial.
Uma sociedade é sustentável, “ao atender, simultaneamente, aos critérios de relevância
social, prudência ecológica e viabilidade econômica, os três pilares do desenvolvimento
sustentável” (SACHS, 2002, p.35). Para tanto, é seguindo essa lógica que as empresas devem
adotar políticas e práticas de sustentabilidade empresarial, procurando, a partir de então,
6
incorporar estrategicamente aos negócios as dimensões – econômicas ambientais e sociais –
do desenvolvimento sustentável.
A importância da sustentabilidade empresarial na adoção do novo paradigma do
desenvolvimento sustentável ganhou força a partir da década de 90, com a constituição de
várias entidades voltadas para o tema. Em 1992, ocorreu à criação do WBCSD – World
Business Council for Sustainable Development, mais adiante, em 1997, a fundação do
CEBDS – Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e, no ano de
1998, a fundação do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
No contexto atual, nota-se que a adoção de práticas empresariais sustentáveis é uma
realidade perfeitamente possível e que está ao alcance de todos. Na atual conjuntura
tecnológica e científica nota-se que ser uma empresa sustentável está intimamente mais
relacionado a questões culturais e a paradigmas carregados ao longo de anos do que a
capacidade intelectual e econômica do mundo de construir novos modelos de
desenvolvimento.
Apesar dessa realidade, a incorporação do desenvolvimento sustentável nas empresas
é um processo ainda em formação, até por que a construção do conceito de desenvolvimento
sustentável e sustentabilidade empresarial ainda são movimentos recentes, pouco difundidos e
debatidos pela sociedade neste século XXI. Desta maneira, para fins de delimitação e
pesquisa, será analisado o conceito e a prática da sustentabilidade empresarial a partir de duas
áreas fundamentais e substancialmente reconhecidas pela sociedade como novos
comportamentos éticos do setor empresarial: a responsabilidade social empresarial e a
ecoeficiência.
3.1.1 Responsabilidade Social Empresarial
A nova realidade mundial impulsiona as empresas a adotarem modelos de gestão mais
sustentáveis. Neste sentido, a responsabilidade social empresarial emerge como uma
alternativa cada vez mais comum de colocar em prática a sustentabilidade empresarial. Ser
socialmente responsável considera a premissa de que o crescimento econômico – representado
na geração de riquezas – é uma contribuição além daquilo que as empresas devem oferecer a
nossa sociedade. A responsabilidade social empresarial é a atuação social da empresa, ela
perpassa por todos os níveis organizacionais, da estratégia até a operação.
Ela procura dar a empresa um caráter mais humano e altruísta, que tenha interesses
maiores. Adotando esta nova forma de pensar e agir a organização está buscando dar a sua
7
contribuição para a sociedade (ALESSIO, 2008). A realização da responsabilidade social
empresarial exige que a organização adote um posicionamento estratégico multistakeholder5,
que considere em todo o seu negócio os interesses e as necessidades de todos os públicos
afetados – diretamente ou indiretamente – pela atividade empresarial. Isso exige da empresa
consciência e uma nova postura voltada para além das questões econômicas. Para tanto, é
preciso inovar e, mais do que isso, quebrar paradigmas.
Nessa nova dinâmica organizacional de mundo, o papel do empresariado passa a ter
fundamental importância no enfrentamento organizado dos maiores desafios globais. A
conceituação cada vez mais sedimentada do desenvolvimento sustentável propõe consigo essa
nova perspectiva, que sugere ao empresariado a responsabilidade social empresarial como
condição sine qua non para o estabelecimento, crescimento e permanência de qualquer
negócio.
3.1.2 Ecoeficiência
Mais uma forma atual e, substancialmente mais pragmática de efetivar a
sustentabilidade empresarial identifica-se através da ecoeficiência. Ser ecoeficiente apresenta-
se como oferecer bens e serviços que satisfaçam as necessidades, gerando impactos
ecológicos sempre menores e capazes de serem absorvidos pela natureza. Segundo WBCSD
(World Business Council for Sustainable Development) (apud, DIAS, 2000, p.130):
A ecoeficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades humanas e
contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam
progressivamente o impacto ecológico e a intensidade de utilização de
recursos ao longo do ciclo de vida, até atingirem um nível, que, pelo menos, respeite a capacidade de sustentação estimada para o planeta
Terra.
São inúmeras as oportunidades de as empresas serem ecoeficientes. Reorientação dos
processos, revalorização dos subprodutos e a recolocação nos mercados podem apresentar um
novo posicionamento estratégico, uma nova orientação mercadológica e também uma
oportunidade para novos negócios (WBCSD, apud DIAS, 2000). Empresas ecoeficientes não
surgirão num piscar de olhos. Essa nova postura voltada para a conservação dos ecossistemas
requer empenho, inovação e, acima de tudo, mudança.
5Públicos de interesse que afetam ou são afetados pela atividade organizacional.
8
Apresenta-se neste sentido, a ideia de que as empresas, independentemente de porte e
ramo de atuação, precisam ousar e sair de sua zona de conforto, rever seus modelos de
produção, buscando outras maneiras de constituir e fazer negócios. Estima-se que este novo
cenário de ecoeficiência seja num futuro breve, condição fundamental para que as empresas
sobrevivam num mercado que, além de competitivo, também seja altamente sustentável.
Para tanto, precisa-se quebrar paradigmas e buscar novas estratégias empresariais,
desta vez conciliando crescimento econômico com desenvolvimento social e preservação do
meio ambiente. Desta forma, a janela de oportunidades para a ecoeficiência torna-se uma
grande vitrine para o desenvolvimento dos mercados nas próximas décadas, e o
aproveitamento desta situação por parte do empresariado será uma questão de atitude e visão,
de como transformar problemas sociais e ambientais em negócios rentáveis e sustentáveis.
3.2 Sustentabilidades Empresariais através da Inovação
A revolução científica e tecnológica impetuosa dos últimos cinquenta anos tem
proporcionado à humanidade o desenvolvimento virtuoso de várias áreas do conhecimento
humano, dentre elas: a inovação. Sustentabilidade empresarial e inovação andam lado a lado,
pois inovar é criar, mudar, renovar e isso tem muito haver com a efetividade de ações
empresariais sustentáveis.
Entretanto, frequentemente, a visão sobre o conceito de inovação tem sido reduzida e
atrelada, apenas, ao desenvolvimento e oferecimento de produtos e serviços. A inovação pode
estar presente em toda a estratégia empresarial e, portanto, não deve ser caracterizada e
limitada desta forma. Almeida (2002, p.82) nos coloca que:
[...] Cabe às empresas, de qualquer porte, mobilizar sua capacidade de
empreender e de criar para descobrir novas formas de produzir bens e
serviços que gerem mais qualidade de vida para mais gente, com menos
quantidade de recursos naturais. [...] A inovação, no caso, não é apenas tecnológica, mas também econômica, social, institucional e política [...].
Esta nova proposta de gestão voltada ao paradigma da sustentabilidade empresarial
representa inúmeras oportunidades de inovação e de novos negócios. Para tornar tal contexto
proveitoso, as empresas podem enxergar estas oportunidades de duas maneiras: a de inovar
aproveitando o próprio negócio da empresa e a outra a de inovar ocupando novos mercados,
ou seja, desenvolvendo novos negócios. Essa não é uma tarefa fácil, mas é uma grande chance
para sair à frente da concorrência e, portanto, garantir o crescimento dos negócios. Se tratando
9
da oportunidade de inovação em negócios já existentes, McDonough e Braungart (apud
HART, 2002) nos colocam que:
[...] O rápido surgimento de tecnologias inovadoras, como genoma,
diomimetismo, tecnologia da informação, nanotecnologia, e energia
renovável, representa uma oportunidade para as empresas – especialmente para aquelas muito dependentes de combustível fóssil,
recursos naturais e materiais tóxicos – reposicionarem suas competências
internas em torno de tecnologias mais sustentáveis [...].
Mas o desenvolvimento sustentável também pode ser uma oportunidade para novos
negócios. A melhoria dos níveis de desenvolvimento humano, representado no maior poder de
compra pode ser refletida em acesso ao consumo e consequente aumento na oferta de
produtos e serviços a mercados, anteriormente, inexplorados.
A melhoria das condições de vida da população representa um ambiente para o
desenvolvimento de novos negócios, mas muitas e grandes oportunidades de negócios
inovadores não dependem disso, pois elas estão nos mercados de baixa renda. A base da
pirâmide ainda é uma demanda reprimida, que pode ser um alvo importante para as novas
tecnologias e para o desenvolvimento de novos negócios, quer exijam ou não uma nova
estrutura para a atividade empresarial.
Segundo Hart (2006, p.127):
[...] os inovadores concorrem contra o não consumo – ou seja, eles oferecem um produto ou serviço a pessoas que de outra forma seriam
deixadas totalmente de fora ou permaneceriam mal atendidas pelos
produtos existentes. Essa é a segunda razão pela qual a base da pirâmide oferece melhores mercados para negócios crescentes [...]. Quando trazem
um produto inovador para clientes que eram mal atendidos ou até mesmo
ativamente explorados, estes ficam encantados por terem produtos
simples com funcionalidade modesta.
As populações mais pobres representam um imenso e novo desafio gerencial para as
grandes corporações mundiais. Tornou-se evidente que há um grande mercado potencial a ser
atendido na base da pirâmide (HART, 2006). Ainda neste contexto, encontramos uma
oportunidade de as empresas fazerem dos mercados de baixa renda – inclusive, o da América
Latina e do Brasil – uma possibilidade de expansão e criação de novos negócios.
Neste sentido, é relevante e estratégico que as empresas repensem seu posicionamento
e, a partir de então, direcionem seus esforços também para novas oportunidades até então
ignoradas ou desconhecidas. Desta forma, um esforço sistemático voltado para o marketing e
10
para inovação pode representar uma alternativa a mercados altamente competitivos e até
mesmo saturados.
Nessa perspectiva, a atuação empresarial também encontra espaço e oportunidade para
inovar naquilo que, até então, era tratado como um processo exclusivamente gerador de
impactos negativos. Na indústria, a eliminação do desperdício leva a uma cadeia de eventos e
processos que podem vir a formar a base de uma surpreendente inovação na esfera
empresarial (HAWKEN, 2007).
Contudo, a inovação também pode ser parte do cotidiano de empresas de menor porte,
e isto está muito mais intimamente ligado a visão dos empreendedores do que ao acesso a
recursos financeiros. Segundo Marcovitch (2006), no universo das pequenas empresas tem
havido uma busca bem-sucedida de inovação (em segmento crescente). Esta vem para
desmistificar a inovação como possibilidade real apenas para grandes empresas.
A adoção cada vez mais expressiva e multilateral deste novo paradigma
desenvolvimentista – surgido a partir do conceito de desenvolvimento sustentável – pressupõe
um esforço empresarial, que objetive a incorporação de comportamentos éticos a sua
estratégia, tornando parte de seu modelo de negócio à inovação enquanto quesito fundamental
para o exercício de sua sustentabilidade empresarial e o que antes era tido como um desafio
pode se tornar a chave para a garantia de continuidade dos negócios.
A inovação deve ser vista e empregada como uma condição favorável para que as
empresas ganhem força, abrangência, competitividade e sustentabilidade em mercados cada
vez mais competitivos e globalizados.
3.3 O Retorno Financeiro das Ações de Sustentabilidade Empresarial
Existem evidências de que as ações de sustentabilidade empresarial, sejam elas através
da responsabilidade social e/ou da ecoeficiência, podem gerar uma variedade de retornos para
as empresas. Imagem, reputação, relacionamento, vendas, produtividade dos funcionários e
lucro são algumas das formas de obter vantagem competitiva através de ações empresariais
sustentáveis. Vale salientar que, apesar de todas estas possibilidades, é bastante incipiente a
adoção deste tipo de prática nas empresas, seja pelos altos investimentos demandados em
alguns casos ou, principalmente, pela cultura organizacional que ainda resiste à mudança.
Por serem conceitos e práticas ainda em processo de formação, cresce na comunidade
empresarial o questionamento sobre a real conexão entre as práticas de responsabilidade
social e a performance econômica e financeira das empresas. Neste sentido, Jones e Murrell
11
(apud, Machado Filho, 2001, p.109) colocam que “este tipo de correlação vem sendo
analisada em vários estudos acadêmicos recentes, embora com resultados muitas vezes
contraditórios e inconclusivos”. Em função desta dificuldade de mensurar e de estabelecer
uma relação direta entre responsabilidade social empresarial e desempenho econômico-
financeiro das empresas, bem como em função da necessidade de delimitar, serão tratados
nesta pesquisa apenas os retornos financeiros de ações de sustentabilidade empresarial
voltadas para a ecoeficiência, apesar de existirem outras possibilidades de retorno citadas no
primeiro parágrafo deste capítulo.
3.3.1 Produção mais limpa
A efetivação da sustentabilidade empresarial passa fundamentalmente pela reflexão
sobre os processos produtivos adotados pelas empresas. Neste sentido, a busca por soluções
voltadas a uma produção mais limpa é uma medida de ecoeficiência importante, que tem se
mostrado benéfica e rentável, tanto para a empresa, como para todos os seus stakeholders.
Segundo o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável –
CEBDS (2009):
[...] produção mais limpa é a aplicação contínua de uma estratégia técnica, econômica e ambiental integrada aos processos, produtos e
serviços, a fim de aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, água
e energia, pela não geração, minimização ou reciclagem de resíduos e
emissões, com benefícios ambientais, de saúde ocupacional e econômica [...].
A aplicação de uma produção mais limpa gera economias dos mais diversos recursos
utilizados no processo produtivo de uma empresa. Ela traz benefícios relevantes, sejam eles
em função da economia na utilização de água, energia e matéria-prima ou até mesmo no
retorno econômico que o desenvolvimento e comercialização de subprodutos podem gerar.
Neste sentido, é importante quantificar e avaliar os resíduos e perdas que são geradas
durante o processo de produção. Para que, a partir daí, a empresa possa gerenciar seus
resíduos, na busca pela identificação de oportunidades que contribuam para a minimização da
utilização de recursos naturais, ou seja, redução do desperdício e, por fim, o aumento de
competitividade.
A produção mais limpa exige uma ruptura de paradigmas, como qualquer outra prática
de sustentabilidade empresarial. Mas isso deve ser visto com bons olhos pelo empresariado,
12
pois essa nova perspectiva de processo produtivo também poderá proporcionar as empresas
uma nova forma de comportamento que será essencial aos negócios num futuro próximo: a
conciliação da atividade econômica com a preservação do meio ambiente.
Art. 3º, VII da Lei 12.305 – destinação final ambientalmente adequada:
destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do
Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e
a minimizar os impactos ambientais adversos. (Brasil, 2015).
3.3.2 Possibilidades de aplicação dos resíduos de madeira e o que são palletes
São muitas as utilidades possíveis quando falamos de resíduos de madeiras, uma vez
que, descartada sua utilidade na empresa para transporte de materiais, podemos utiliza-los em
muitas situações, como na fabricação de moveis, casinhas para animais, objetos decorativos
entre outras, pois por se tratarem de madeiras, como os palletes, sua vida é longa e pode trazer
benefícios a empresa. Palletes são estrados de madeira que servem para transportar e
locomover materiais adquiridos de fornecedores. São feitos de pedaços de madeiras que
constituem um espaço determinado para locomoção dentro da empresa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Atualmente, o resíduo de madeira é um material com baixo valor agregado e
poucos prestadores de serviço licenciados para realizar o beneficiamento, o que dificulta e
encarece a sua destinação. Os palletes de madeira são utilizados para transportar diversos
itens, como grandes peças em metais para usinagem. Com a compra desse tipo de matérias, há
também um grande acumulo desses palletes, gerando resíduo de madeira. O processo de
reciclagem de palletes pode ser desde reutilização para transporte, produção de energia até
transformação em móveis.
13
Análise do consumo anual e custos de destinação
A empresa em estudo gera, em produção normal, uma média de 12 contêineres de 40
m³ por mês de resíduos de madeira. Além do custo de destinação em constante elevação,
outros fatores agregam importância à redução da geração do resíduo de madeiras. A
organização do resíduo de madeiras é dificultada pela sua geração constante e em grandes
volumes. As caixas de madeiras não são desmontadas, o que propicia o descarte indevido de
peças, que podem vir a sair junto com material.
Abaixo segue o quadro 1 exemplificando o consumo anual e os custos da destinação
do resíduo de madeira.
Quadro 1 – Custos de destinação de resíduo de madeira
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada.
No quadro 1 é possível verificar os dados da quantificação de resíduo de madeira
gerado pelos fornecedores. Os dados da totalização referem-se ao volume de resíduo de
madeira estimado e ao respectivo custo total da destinação, não considerando os custos com a
compra das embalagens.
No quadro 2, apresenta-se um levantamento sobre os principais fornecedores que
utilizam como principal auxilio na movimentação e carga de materiais palletes e caixas de
madeiras, que após o uso são descartados. Para alguns fornecedores estão sendo feitos testes
de retorno das embalagens.
Ano
Quantidade
de Cargas
(ano)
Valor da
coleta
( caçamba
c/40m3)
Peso total
destinado
Valor gasto com
destinação
2013 149 R$ 400,00 382.860
toneladas R$ 59.600,00
2014 129 R$ 400,00 367.230
toneladas R$ 51.600,00
2015 32 R$ 400,00 111.210
toneladas R$ 12.800,00
14
Quadro 2 – Dados de resíduos de madeiras por fornecedor (2014).
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada.
Análise da pesquisa realizada
O questionário proposto para a obtenção dos resultados compôs-se de oito questões de
gênero qualitativo e quantitativo, onde foram entrevistados 30 colaboradores que trabalham
na empresa, no setor de logística.
Conforme Figuras 1,2 e 3, observa-se que 53,3% dos entrevistados eram do sexo
masculino, e 46,7% do sexo feminino, 70% tem idade entre 25 e 40 anos e 50% com
escolaridade de nível superior em andamento.
FORNECEDOR ESTADO UNIDADE OBSERVAÇÕES QUANTIDADE
CAIXAS
VOLUME
TOTAL
(m³)
CUSTO
TOTAL
(2014)
A SP 3 280 174,79 R$ 1.747,99
B SP 2 3064 728,09 R$ 7.280,95
C SP 2 1156 1.167,80 R$ 11.678,25
D MG 1 1137 544,01 R$ 5.440,17
E SP 1 880 458,27 R$ 4.582,75
F SP 1 Esta em teste -
retorno do estrado 864 233,59 R$ 2.335,95
G SC 1 208 107,53 R$ 1.075,32
H RS 1 332 146,85 R$ 1.468,57
I SC 1 Caixas retornarão
ao fornecedor 1034 612,28 R$ 5.743,71
J SC 2 Caixas retornarão
ao fornecedor 137 44,58 R$ 445,84
K RS 2 197 139,31 R$ 1.393,16
L RS 1 276 96,4 R$ 964,03
M RS 2 117 32,52 R$ 325,29
N RS 2 43 99,69 R$ 996,95
O SP 1 59 9,3 R$ 93,03
P SP 2 302 219,77 R$ 2.197,75
Q RS 2 Caixas retornarão 208 178,69 R$ 1.786,96
R SC 1 Caixas retornarão
ao fornecedor 288 204,33 R$ 2.043,33
5.197,8 51.600,00
15
Figura 1: Gênero dos entrevistados
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada.
Figura 2: Idade dos entrevistados
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada.
Figura 3: Escolaridade dos entrevistados
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada.
Nota-se conforme Figura 4 que 83,3% dos entrevistados acreditam que o grande
volume de embalagens de madeira pode tornar o local de armazenamento desorganizado, na
Figura 5, 100% dos entrevistados são favoráveis ao reaproveitamento da madeira, e ainda, na
Figura 6 mostra que 73,3% dos entrevistados já ouviram falar em móveis de reaproveitamento
de madeira.
Gênero dos entrevistados:
Idade:
Escolaridade:
16
Figura 4: Volume de embalagens no local de armazenamento
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada
Figura 5: Reaproveitamento (favorável ou não)
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada
Figura 6: Moveis de Reaproveitamento
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada
Já na Figura 7, identifica-se que 76,7% dos entrevistados se dispõem a participar de
serviços voluntários para a fabricação de móveis.
Figura 7: Projeto de Voluntários Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada
Volume de embalagens:
Reaproveitamento:
Moveis para Reaproveitamento:
Projeto de Voluntários:
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Na última pergunta, representada no gráfico, a pesquisa refere-se a quais tipos de
móveis seriam interessante para a fabricação, fornecemos a opção de o entrevistado responder
com mais de uma opção a pergunta, obteve-se os seguintes resultados:
Gráfico: Tipos de Moveis
Fonte: Elaborado pelos autores com base na pesquisa realizada
Analisamos assim, que 53,3% dos entrevistados apresentaram maior interesse na
fabricação de móveis de decoração. A pesquisa aplicada teve como principal objetivo
identificar se os colaboradores eram a favor do reaproveitamento da madeira, e que tipos de
móveis achava interessante para a fabricação. Obteve-se um resultado positivo quando
questionamos os entrevistados que tinham interesse em participar desses projetos voluntários
para a fabricação dos móveis onde, registra-se que 76,7% apresentam-se interessados, sendo
assim, pode-se contar com ajuda desses profissionais juntamente com os Menores
Aprendizes6 para a fabricação dos móveis.
Custos na Implementação do Projeto de Fabricação de Moveis
Após a análise dos resultados da pesquisa, levantamos dados para a aplicação do
projeto de reaproveitamento de resíduos de madeiras descartadas.
Atualmente, a empresa estudada já possui em seu quadro de funcionários um
profissional que desenvolve alunos para o mercado de trabalho (Projeto Menor Aprendiz),
6Menor Aprendiz é um projeto que contempla jovens entre 16 e 17 anos, estudantes.
2
15
9
16
Tipos de móveis para a fabricação
Móveis para escritório
Camas, estantes, racks,
entre outros
Móveis para animais de
estimação (casinhas,
camas, entre outros)
Objetos de decoração
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assim podemos usar o mesmo profissional para desenvolver o projeto de fabricação de
móveis. Primeiramente identificou-se a necessidade que capacitar esse profissional a fim de
ter a qualificação necessária para desenvolver o projeto.
Os alunos existentes no projeto Menor Aprendiz passariam a atuar uma vez por
semana, neste novo projeto, aprendendo uma função diferente da que estão sendo
qualificados, capacitando-os assim, inclusive, para outros mercados de trabalhos.
A empresa já possui um local como Centro de Treinamento, onde realiza as aulas
práticas e teóricas, sendo aproveitado assim o mesmo local, pois já possuí toda infraestrutura
necessária.
No Quadro 3 mostra uma simulação dos custos que a empresa irá ter para a
implementação do projeto.
Quadro 3 – Simulação de custos com o projeto
Fonte: Os autores (2015)
Os custos identificados no quadro 3 baseiam-se nos custos de compras da empresa e
pesquisa realizada em páginas da Internet de empresas do ramo. O custo para aplicação do
curso de aperfeiçoamento para o professor foi pesquisado e o melhor custo-benefício
encontrado foi através do site Cursos Virtual oferecido com carga horaria de 400 horas, onde
se ensina montagem e projetos de moveis.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo geral desse estudo trata do reaproveitamento dos resíduos de madeira para
uma possível melhoria a ser implantada na empresa metalúrgica de Caxias do Sul. O projeto
objetiva a produção de bens imóveis que utilizar-se-ão pelos colaboradores dentro das
Material Custo Turma
Aperfeiçoamento Professor R$ 219,90 6 pessoas
por turma
Ferramentas
Martelo R$ 49,00 R$ 294,00
Prego (100 unid.) R$ 5,90 R$ 35,40
Tinta (3,6 L) R$ 50,00 R$ 300,00
Serrote R$ 35,60 R$ 213,60
Total R$ 360,40 R$ 843,00
19
dependências da empresa, e possível utilização e doação desses produtos também, em
benefício destes e do projeto.
Pensando na constante preocupação com o meio ambiente, a adaptação com as novas
leis de sustentabilidade e os grandes gastos com as destinações dos resíduos de madeira
sugerimos a empresa a criação de um projeto de reaproveitamento de resíduos de madeira.
Conforme se observa na pesquisa, mostrar-se sustentável, já não é mais uma escolha e
sim condição de sobrevivência diante das novas exigências governamentais, legais, sociais e
mercadológicas. Buscando essa adaptação às novas exigências e buscando uma melhoria para
baixar custos na empresa o presente estudo desenvolveu esta proposta de reaproveitamento de
resíduos de madeiras (palletes). Destaca-se que ainda não repassou-se à proposta para a
empresa.
Na pesquisa realizada, foram aplicadas questões qualitativas e quantitativas, onde os
resultados obtidos foram analisados pelo grupo e apresentado através de gráficos. A ideia
proposta pelo grupo, através dos resultados apresentados, foi bem aceita pelos colaboradores
da empresa, uma vez que, além de contribuir para a sustentabilidade da empresa, ajuda o meio
ambiente e no próprio dia a dia nas operações executadas, permitindo ainda a alguns o
desenvolvimento de atividades voluntárias.
Nota-se ainda que baixos custos com transportes e sustentabilidade contínua devem
ser de suma importância para o desenvolvimento de uma empresa, sendo que, nos dias atuais,
a competição entre as empresas e a forte briga pelo melhor lugar no mercado de trabalho
podem auxiliar no desenvolvimento e crescimento das organizações, onde o presente estudo
busca atender. Por se tratar de uma melhoria, ela deve ser apresentada e analisada pela direção
da empresa. Se for comparar a economia que esta melhoria irá trazer a empresa, todo gasto
com reciclagem e frete pago pelo descarte será revertido como lucro para à empresa.
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