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Luís André é paraplégico, bombeiro e mergulhador pág. 26
SEXTA-FEIRA, 30 SETEMBRO 2011 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXIX, N.º 1536 (II Série) | Preço: € 0,90
Razia nas instituições de BejaAmbaal, EDAB e ExpoBeja têm morte anunciada
Últimos voos entre Beja e Londres em outubro
Reportagem exclusiva do “Diário do Alentejo” no único aeroporto do mundo que aparece e desapare-ce num só dia. Até agora, aos domingos de manhã, chegava um avião proveniente de Londres, que logo tornava a largar para a capital britânica. Mas o vai e vem acaba agora em outubro. E depois se verá o futu-ro da aerogare bejense. págs. 4/5
Os dias negros da Rádio Voz da PlanícieJá foi a grande referência radiofónica popular do Alentejo. E ainda hoje a sua frequência se espalha pelas lonjuras do sul. Mas a quebra das vendas de publicidade e um diferendo aparentemente insanável com a câmara bejense está a silen-ciar a voz da planície. pág. 7
Apenas nove alunos disponíveis para ingressar na AgráriaNa primeira fase do concurso nacional de acesso, apenas nove das 100 vagas disponibilizadas pela Escola Superior Agrária de Beja fi caram preenchidas. Direção do IPBeja ga-rante que as restantes serão preenchidas por alunos deten-tores de diplomas de especialização tecnológica. pág. 9
Hélder Guerreiro entra na corrida pelo PS
As eleições para a Federação do Baixo Alentejo do Partido Socialista são apenas daqui a mais de um ano. Mas na grelha de partida já se perfi -lam dois candidatos: Pedro do Carmo e Hélder Guerreiro, vereador em Odemira. Entrevista ao candidato que não se quer deixar atrasar nas voltas de aquecimento. pág. 6
Moio é campeão nacional de Promoção em TT
Uma dupla bejense, constituída por Edgar Moio e João Penedo, sagrou-se no passado fi m de semana campeão nacional de pro-moção em automóveis de todo o terreno. A MoioMotorsportTT, nas quatro provas dis-putadas, subiu três vezes ao pódio, garan-tindo assim o título nacional. pág. 20
págs. 8 e 11
DR
No fi nal dos anos 1960 Beja tinha o mais refi nado bairro residencial do Alentejo. O Bairro Alemão. Ou dos alemães, como os locais lhe chamavam. Uma área habitacional construída de raiz para receber os militares alemães em destacamento da base aérea de Beja. Um sítio com escolas personalizadas, espaços e jardins públicos, torres biónicas com recolha de lixo centralizado. Hotel. Ciclovias. Zonas fl orestais. Parques despor tivos. Gás canalizado e aquecimento central. Foi há mais de 40 anos. Quem diria, ainda hoje. págs. 14/15
Quandoo BairroaindaeraAlemão...Fotorreportagemde José Ferrolho e crónica de João Espinho
Nesta última semana, quase que por ata-cado, foi anunciado o fi m da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, den-tro de 60 dias. Foi proposto o encerramento da
Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, assim os associados liquidem as suas dívidas para com a instituição. E, ape-sar do voto contrário da Assembleia Municipal,
a Câmara de Beja garante que será o próprio Governo a dar a machadada fi nal na ExpoBeja, empresa que até aqui geria o Parque de Feiras e Exposições de Beja.
Consulte a agenda cultural todos os dias em www.diariodoalentejo.pt
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2011 Editorial
Voar
Paulo Barriga
Os alentejanos, os be-jenses, disse-o o bispo antigo de Beja, não são
lá muito de ir à missa aos do-mingos. Há a caça, no tempo dela. Há os centros comerciais enxameados com as frescas mulheres dos outros. Há as paredes nas Portas de Mértola mesmo a jeito para encostar o pezinho e deixá-las passar para lá e para cá. Às vezes há futebol e os bares dos estádios têm a mania de estar abertos e da máquina de imperial fun-cionar bem logo pela manhã. Há os olhos bassos dos peixes no mercado velho a olhar para os cafés que ali são exímios em fazer carochas (bebera-gem à base de genebra e café). Enfim, há um nunca mais acabar de coisas benéficas que um bom bejense domingueiro pode fazer, com as suas per-nas enfiadas no fato de treino e o maço de tabaco enroscado na manga da camisa. Até há, imagine-se, a possibilidade de ir ver as “camones” chegar e abalar de avião ali ao pé de São Brissos. Beja, reconheça-mos, é uma cidade divertida e cheia de benignas coisas para fazer. Ao domingo. Esta se-mana, o “Diário do Alentejo” também domingou no aero-porto e bem os apanhou agar-rados às redes, empoleirados, emaranhados. Mas para o mês que vem acaba-se este belo pe-tisco. Interrompem-se as car-reias aéreas para Londres. E a aerogare passará a ser um se-nhor casão. Um casão bem feito, feito em tempo útil e com o dinheiro bem contadi-nho. E talvez por isso se extin-guiu com tanta rapidez a em-presa que o construiu e geriu, não fosse ela contaminar com a sua eficiência as demais em-presas do Estado e de mais tu-mores que ceiam à mesa da nossa dívida pública. Beja tem um aeroporto novinho em fo-lha. Tem gente disponível para mirar o que lá se passa. Mas não tem um movimento, nem que fosse apenas ao domingo, no calçadão da mata que acon-tecesse, que levante a voz pelo funcionamento pleno daquela
coisa. Será que isto do voar, como os domingos,
também é uma questão de fé? Para a próxima pergunto ao bispo.
Vice-versaQuando foi da República, aqui no Alentejo, havia muita gente que era eivada de anticristianismo. E esse anticristianismo levado pelos republicanos manteve-se um pouco no espírito do alentejano. D. Manuel Falcão
D. Manuel Falcão confunde anticristianismo com anticlericalismo, que são coisas completamente diferentes. Os republicanos eram anticlericais e a atuação do bispo de Beja, D. Sebastião Leite de Vasconcelos, também
político com assento na Câmara dos Pares, reforçou, no Baixo Alentejo, esta vertente republicana de luta por um Estado laico, o que é decisivo e
fundamental para a garantia das liberdades, nomeadamente da religiosa”.
Constantino Piçarra, historiador
Sofia Mercês
30 anos, operadora de callcenterServe para muito pouco. Acho que o aeroporto de Beja pode facilitar em muito o trajeto aé-reo, no entanto… se está pa-rado pouco adianta. Investiram no edifício mas ao tempo que está parado não se justi-fica, se calhar teríamos mui-tas outras prioridades que não essa. Se funcionasse fa-cilitava, evitava deslocações a Faro ou a Lisboa, porque está numa zona intermédia”.
Joaquim Carvalho,
68 anos, reformadoAcho que não foi um dinheiro desperdiçado, desde que seja para benefício é sempre bom. Sou do distrito de Beja e acho que seria sempre bom se fun-cionasse completamente. Estar parado é que não pode ser, as-sim não serve para nada. Eu já andei de avião para a Madeira e para os Açores e se tivesse aqui com certeza aprovei-tava para passear mais”.
Gertrudes Jorge,
50 anos, auxiliar ação educativa Faz falta para desenvolver a re-gião e devia ter sido aberto há mais tempo. Se ainda não funciona é porque os pode-res locais dão pouca atenção à nossa região. Não era difí-cil, era só preciso um bocadi-nho de boa vontade. Lutámos 40 anos pelo Alqueva e agora vamos lutar outros 40 pelo ae-roporto. Nunca andei de avião, mas era uma coisa que gostava. Fico à espera do aeroporto”.
Luís Tavares,
21 anos, desempregado Faz sempre falta um aeroporto em qualquer cidade, mas como isto está… parece que não es-tão a avançar nada. Se tivesse um aeroporto aqui em Beja se-ria mais utilizador, claro, por-que ir a Lisboa apanhar o avião é muito chato. Compensava bastante ter aqui um aero-porto. Agora não utilizo muito mas já viajei muito de avião, para o Brasil por exemplo, e ter que ir a Lisboa... Seria sem-pre mais fácil apanhar aqui”.
Voz do povo Para que serve um aeroporto em Beja? Inquérito de Ângela Costa
Fotonotícia Monumento a Al-Mutamid Em termos de poesia mural será difícil encontrar pior em qualquer urinol deste país. E, de
facto, é precisamente essa a função primordial que o monumento de homenagem ao poeta Al-Mutamid, que nasceu em Beja e foi rei de Sevilha, tem
neste momento. Mandado construir pelo anterior executivo CDU, num recanto menor do Parque da Cidade, e com os bicos que sobraram do orça-
mento do programa Polis, a suposta homenagem ao rei poeta nunca passou de uma miragem, como as piores miragens que o poeta terá tido no seu
tempo de degredo. Uma cidade que não respeita os seus ilustres, dificilmente será respeitada pelos seus comuns.PB Foto de José Ferrolho
coisa. Será que isto docomo os domi
também é questão dPara a próperguntbispo.
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2011Rede social
O que é o Ewpitc?
O Ewpitc é um grupo de trabalho in-dependente composto por polícias europeus e académicos convidados, que reúnem algumas vezes por ano sob os auspícios da Interpol. Pelos re-sultados alcançados e pelos manu-ais e guias que produz e distribui por todas as polícias de investigação cri-minal do mundo, por intermédio da Interpol, este grupo goza de grande prestígio internacional, e o seu atual presidente eleito, Wolfgang Shreiber, tem participado no grupo de espe-cialistas do G8 e também tem estado em reuniões do Conselho da Europa. Assim o grupo consegue estar infor-mado das tendências de política legis-lativa e das previsíveis consequências em termos de prevenção e repressão do crime. No Ewpitc eles desenvol-vem ativamente investigação pros-petiva, tentando antecipar diferentes formas de criminalidade tecnológica e elaboram guias e manuais de boas práticas para a investigação criminal nessa área.
Como foi que o European Working
Party on IT Crime chegou a Beja?
Um dia fomos contactados no sen-tido de, eventualmente, participar-mos num dos projetos liderados pela PJ no seio daquele grupo de traba-lho internacional. Sinceramente foi uma surpresa porque, nem esperá-vamos este tipo de reconhecimento, nem fazíamos ideia de que a nossa PJ estava tão bem colocada no plano in-ternacional. Depois do contacto ini-cial, com o nosso apoio oferecemo--nos para demonstrar um dos nossos produtos ao Ewpitc – o “HackLab”. Foi assim que Beja foi a escolha lógica e natural para a realização do 61.° en-contro daquele grupo. Correu muito bem, sob todos os pontos de vista: académico, social e profissional. É por isso que tenho a certeza de que Beja, a região alentejana e o nosso UbiNet ficaram muito bem vistos a nível internacional. Este evento ser-viu claramente para esse efeito.
Como analisa a investigação acadé-
mica em Beja?
O IPBeja está mais atento à parte qualitativa da sua massa estudan-til em busca de promissoras mais valias, que desenvolvam proje-tos úteis que sirvam para proje-tar a nossa cidade e a nossa aca-demia (Agricultura, Educação, Enfermagem e Tecnologia) a nível nacional. Quando os projetos são de qualidade, podemos afirmar-nos. Hoje, devido ao espaço comunitá-rio, não se pode pensar a nível local sem perspetivar a expansão e ou a exportação de conhecimento.
3 perguntasa Vito
Carioca
Como por magia, foram entronizados na cerveja num só diaAdivinha: qual dos novos confrades da cerveja mais loirinhas é capaz de fazer desaparecer?
Belas cavalgadas na noite escura de SerpaBonito, bonito foi observá-las (e a eles) muito bem montadas na Primeira Gala Ibérica Equestre de Serpa.
O exemplo de como nem sempre os fotógrafos dão boas fotosNa Casa da Cultura de Beja estão expostas quatro exposições da Estação Imagem. Coisa a não perder, por nada deste mundo.
Para a posteridade a pose glamorosa da noite cubenseEsteve bastante participada, mas sem os Armany de aluguer que se costumam ver no castelo de Beja, a Arena Summer Party, de Cuba.
O cavalo sempre é uma solução para andar nas ruas das NevesEste foi o primeiro Passeio Equestre da Freguesia de Nossa Senhora das Neves. Este ano foram muitos, para o ano mais serão.
Presidente do IPBeja
Semana passada
QUINTA-FEIRA, 22
BEJA, VIDIGUEIRA, ALJUSTREL E SERPADIA EUROPEU SEM CARROS
Os municípios de Beja, Aljustrel, Serpa e Vidigueira assinalaram o Dia Europeu Sem Carros com várias iniciativas a culminar a Semana Europeia da Mobilidade. Na capital de distrito, o trânsito esteve condicionado na praça da República, local onde se centraram as comemorações. Nos outros concelhos também se observaram cortes de trânsito em algumas zonas e artérias e sensibilizou-se a população para a importância das energias alternativas.
SEXTA-FEIRA, 23
SINES GNR DETÉM HOMEM POR FURTO DE COBRE
A GNR deteve um homem detetado a furtar cobre de um posto de transformação de eletricidade na zona de Sines. Na altura da detenção, o indivíduo, de 33 anos, tinha na sua posse 15 quilos de cobre. O homem ficou detido a aguardar ser presente a tribunal.
SÁBADO, 24
VIANA DO ALENTEJO FEIRA D’AIRES COM 260 ANOS
Viana do Alentejo voltou a receber a centenária Feira d’Aires, que junta o sagrado e o profano numa festa que comemora 260 anos. O certame é organizado pelo município e desenrola-se em redor do santuário num espaço com cerca de 10 hectares.
DOMINGO, 25
FERREIRA PARQUE SÉNIOR EM FUNCIONAMENTO
Dois espaços para a prática da petanca, um para a malha e quatro equipamentos geriátricos, já estão disponíveis e a funcionar no Parque Público de Ferreira do Alentejo. Aníbal Costa, presidente do município, disse à Rádio Pax que esta é uma infraestrutura importante para a valorização do jardim público. O autarca referiu ainda que o investimento foi “modesto” já que a estrutura foi projetada e construída pelos serviços municipais.
SEGUNDA-FEIRA, 26
BEJA PSP RECUPERA MATERIAL ROUBADO
Na sequência de uma ronda na cidade, a PSP de Beja apanhou em flagrante no interior de um estabelecimento comercial dois indivíduos do sexo masculino, mas os meliantes conseguiram iniciar uma fuga numa carrinha. A patrulha perseguiu-os por várias artérias da cidade, obrigando-os a abandonar o veículo, mas lograram continuar a fuga a pé, tendo os polícias recuperado todo o material roubado, essencialmente perfumes caros e roupa de marca.
TERÇA-FEIRA, 27
INFORMAÇÃO NOVO PROJETO JORNALÍSTICO
“Sul Informação” é o nome de um novo projeto jornalístico português que se propõe cobrir a região do Algarve e o Baixo Alentejo. O meio escolhido é a Internet com um blog e através do Facebook e Twitter. No entanto, o objetivo é evoluir para um jornal regional impresso.
BEJA LOJA DE OURO ASSALTADA
Uma loja de compra e venda de ouro em Beja foi assaltada por um homem armado e encapuzado, que roubou 1 500 euros de um envelope que continha 3 500 euros, disse à Lusa fonte da PSP. Segundo a oficial de relações públicas do Comando de Beja da PSP, Maria do Céu Silva, um homem, armado e encapuzado, entrou na loja, situada no Terreiro dos Valentes, e exigiu à funcionária que lhe desse dinheiro, após o que a fechou num compartimento da loja. O assaltante acabou por deixar o envelope com o dinheiro restante em cima do balcão, tendo depois fugido a pé. O crime, por envolver uma arma de fogo, vai ser investigado pela Polícia Judiciária.
Luís de Matos, com menos Moedas.
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Até ao final de agosto, de acordo com dados apurados, “foram
efetuados 34 movimentos (aterragens + descolagens)”,
contabilizando-se até este período “792 passageiros comerciais”
O dia começa com um sol radioso. Nos campos as ervas ainda estão molhadas. É cedo e na planície, ao
domingo, quanto o relógio marca oito ho-ras, são poucos os que já andam a pé. A ci-dade ainda dorme.
Contam-se pelos dedos de uma mão os carros que seguem na estrada. Uma seta in-dica o caminho para o aeroporto de Beja, mas nenhum condutor segue na direção da infraestrutura.
O parque do aeroporto de Beja, porém, está composto. Estão estacionados os car-ros dos funcionários e dos poucos bejenses que vieram embarcar familiares. Está ainda estacionada a frota de uma empresa de alu-guer de veículos. E, como não poderia dei-xar de ser, está estacionada a carrinha de cor azul que efetua o transporte de alguns turistas que chegam à região para as unida-des hoteleiras. Estão ainda parados os car-ros de curiosos, que também são alguns. Vieram ver o avião a chegar e a partir, atra-vés da rede que os separa da pista.
É um aeroporto em funcionamento e isso agrada a quem chega e vê as movimen-tações. Afinal, ao domingo de manhã, por estas paragens, por poucas horas que seja, há vida. O aeroporto de Beja ainda só recebe um voo charter (ida e volta) e opera um dia por semana.
Quem está junto à rede do lado de fora da infraestrutura acredita que “as coisas vão melhorar” e que “ainda virão mais avi-ões para o aeroporto de Beja”. Há, no en-tanto, os mais cautelosos. Não esquecem a crise e o momento difícil que o País atra-vessa e, entre os comentários, ainda se re-mata: “As pessoas não se podem esquecer que este também é um aeroporto de carga” e que “não são só os voos de passageiros que são importantes”.
Quem chega ao aeroporto facilmente se apercebe da presença da GNR. No lado de fora os militares fardados de verde apre-sentam-se ao serviço. Alinham segundo as incumbências. A ambulância da Cruz Vermelha também está estacionada e pronta para alguma eventualidade, bem como os profissionais que a conduzem.
Os curiosos olham através da rede, avistam a pista e os vários trabalhado-res com coletes vestidos que nela operam. Espera-se pela chegada do avião que partiu de Londres. Posteriormente preparar-se-á a descolagem do mesmo avião que regressará a Inglaterra. E há, sem dúvida, muita gente
Mercados holandês e alemão na calha
Os domingos no aeroporto de BejaTodos os domingos há um avião que chega a Beja. E a esperança de
quem assiste à sua partida renova-se em cada descolagem em direção a
Londres. Quem fica em terra a ver os aviões espera que se assista à mul-
tiplicação de operações. Quem parte, segundo dados apurados, na sua
grande maioria vai satisfeito com o que viu e pensa regressar ao Alentejo.
Para além do Reino Unido, a breve trecho, existe a determinação de cati-
var os mercados alemão e holandês. Os domingos no aeroporto de Beja.
Texto Bruna Soares Fotos José Ferrolho
envolvida.Os domingos no aeroporto de Beja são
marcados por esta rotina. O avião que chega é o avião que parte. Rotina, essa, que se manterá até ao dia 16.
Dentro do aeroporto, contudo, avistam --se maioritariamente fardas azuis. Os agen-tes da PSP estão nos seus postos. Ouve-se o burburinho das conversas, as rodas das ma-las a deslizar pelo chão. Fala-se português, inglês e, enquanto uns chegam, outros par-tem. Alguns turistas ingleses estão de re-gresso a Londres. Mas também alguns be-jenses aproveitam o voo para regressar aos seus empregos na capital britânica.
Os turistas que chegam dirigem-se à companhia de aluguer de veículos, aos representantes do operador turístico. Ninguém procura táxi. E o único taxista que marcou presença neste dia no aeroporto seguiu caminho sem passageiros.
Quem aguarda pelo embarque, entre-tém-se na cafetaria. Come, bebe e folheia os livros ou revistas que traz consigo. Fala, ob-serva e, sobretudo, espera. O check in está feito. Não houve atrasados, até porque a fila não era grande.
Turismo inglês subiu consideravelmente no
Alentejo No dia de embarque e chegada do voo Heathrow-Beja, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) tinha os seus inquiridores a postos. O objetivo é continuar a realizar o estudo, uma parceria entre o politécnico e a ANA – Aeroportos de Portugal, empresa pública responsável pelos aeroportos nacio-nais, para conhecer o perfil dos turistas que chegam, todos os domingos, ao aeroporto de Beja, através da ligação a Londres.
O IPBeja garantiu ao “Diário do Alentejo” que o grau de satisfação dos visitantes “ronda os 94 por cento”, sendo que “89 por cento dos turistas” admitem que “querem voltar”.
Até ao final de agosto, de acordo com dados apurados, “foram efetuados 34 mo-vimentos (aterragens + descolagens)”, contabilizando-se até este período “792 passageiros comerciais”, dos quais “319 em-barcados e 389 desembarcados”. A isto so-mam-se os 84 trânsitos do voo inaugural da TACV que vieram de Lisboa e fizeram trân-sito em Beja.
Segundo os primeiros dados revela-dos pelo estudo do IPBeja, “a esmagadora maioria visita pela primeira vez o Alentejo” e desloca-se “para diversas localidades da
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região”, com destaque para “a estância bal-near de Troia e para as localidades de Évora, Monsaraz, Serpa e Mértola, além da barra-gem de Alqueva”.
Os turistas que chegaram ao aeroporto de Beja no domingo reconhecem que “este não é um destino turístico ainda muito conhecido”.
Uma banca com produtos regionais ins-talada no aeroporto de Beja desperta a aten-ção de quem por ela passa. É o primeiro con-tacto que os turistas têm com os produtos da região. Não falta o mel, o vinho, o azeite, a doçaria, entre outros. A loja, essa, só abre brevemente, segundo a informação deixada pela ANA numa faixa que esconde o futuro espaço comercial. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo também lá está, dispo-nível, para dar toda a informação necessá-ria aos turistas.
A promoção da região Alentejo, con-tudo, começou bem antes. Na verdade, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo, em parceria com a ANA,
lançou uma grande campanha no Reino Unido e, segundo Vítor Silva, presidente da entidade de promoção, “esta campanha permitiu dar uma visibilidade ao Alentejo como nunca existiu”. Tanto que, “nos pri-meiros seis meses o mercado inglês su-biu consideravelmente no Alentejo”. Neste sentido, de acordo com Vítor Silva, “já foi lançado um concurso internacional para que esta operação de voo se mantenha para o próximo ano”.
Até ao final do mês de outubro, a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo adianta, na voz do seu presidente, que “es-tão a ser reunidas condições para, à seme-lhança do que se fez com o Reino Unido,
chegar aos mercados holandês e alemão”. “O Alentejo ainda não é um destino sufi-
cientemente conhecido. Embora, neste mo-mento, existam operadores na Alemanha e na Holanda que se encontrem disponíveis”. Se tudo correr de acordo com o previsto, es-pera-se que atá à data acima referida se possa lançar um concurso para estes mercados.
O “Diário do Alentejo” solicitou tam-bém esclarecimentos à ANA. Contudo, até ao final do fecho desta edição, não obteve resposta.
Ao fundo ouvem-se os motores. O baru-lho vai aumentando. É tempo de embarcar e de ver o avião partir. O movimento regressa no próximo domingo, na volta do avião.
“Estão a ser reunidas condições para, à semelhança do que se fez com o Reino Unido, chegar aos mercados holandês e alemão”.
Vítor Silva, presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo
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Atual
É correto afirmar que Hélder Guerreiro é o can-
didato da continuidade, uma vez que, entre
outros, é apoiado por Pita Ameixa?
O apoio do Luís Ameixa, do Paulo Pisco, da maioria dos presidentes de câmara socialistas do distrito e de um conjunto alargado de figu-ras do meu partido significa, antes de mais, que estas pessoas me conhecem, sabem do que sou capaz e confiam, tal como eu sinto que sou a melhor solução e quem está melhor preparado para dirigir o Partido Socialista nesta fase de novo ciclo político. Posto isto queria afirmar que tenho o maior respeito e admiração pelo traba-lho desenvolvido pelo Luís Ameixa durante o tempo que tem dirigido os destinos do partido. Hoje temos um partido mais forte, mais coeso e mais capaz de vencer, eu tenho os mesmos de-sígnios de um partido inclusivo, forte e ganha-dor mas, naturalmente, tenho a ambição de fa-zer melhor. Finalmente, tenho para mim que as verdadeiras continuidades não existem o que importa é respeitar o que está feito, e eu reitero a profunda admiração pelo trabalho desenvol-vido pelo Luís Ameixa, e também tenho para mim que mais inteligente é quem souber inter-pretar o passado para perspetivar o futuro! O que pensa do, para já, seu único concorrente,
Pedro do Carmo: acha que, a mais de um ano
de distância, a sua candidatura é precipitada e
fora de tempo?
Pedro do Carmo é meu camarada e merece o meu respeito. Relativamente às duas candidatu-ras surgirem fora de tempo sou sensível à preo-cupação daqueles que consideram, justamente, o lançamento de candidaturas neste momento prematuro. Não estando previstas eleições an-tes do segundo semestre de 2012, também eu preferia que este processo fosse iniciado bem mais tarde. Porém, não avançar agora, tendo conhecimento que está, há mais de um mês e meio, no terreno, uma outra candidatura, seria pôr em causa qualquer possibilidade de dispu-tar em condições de igualdade esta eleição. Julgo que este processo, tendo sido aberto a longa dis-tância do ato eleitoral, pode ser conduzido com enorme elevação, ser clarificador e trazer todos os militantes para um debate que também pode ser muito positivo para o Partido Socialista e para a sua afirmação na região. Sejamos nós ca-pazes de interpretar essa necessidade. Que comentário lhe merece a opinião de Aníbal
Costa quando este afirma que os autarcas não
se devem envolver nas eleições para os órgãos
regionais do PS?
Aníbal Costa é um grande autarca do PS. Tem a sua opinião que eu respeito mas, pela evidên-cia da minha candidatura, nesta questão em particular, não concordo. Havendo disponibili-dade todos têm direito e dever de estar de corpo e alma ao serviço das pessoas e do seu partido. Este é o meu caso. PB
“Sou a melhor solução”
HélderGuerreiroCandidato à liderançada Federação do PS
Número de exames baixou perto de 30 por cento em Beja
Crise atinge laboratóriose centros de diagnóstico
Abaixo-assinado de protesto
Fecho de estação dos CTT em Safara
Rodeia Machado, presidente dos Bombeiros Voluntário de Beja e
da direção da Liga dos Bombeiros Portugueses, não tem números
certos, mas arrisca os 30 por cento a menos, no que diz respeito ao
transportes de doentes para fazerem exames. Algumas corporações
de Beja começam a sentir dificuldades tendo sido dispensados em
alguns concelhos motoristas que viram os seus contratos terminar
sem serem renovados. Mesmo assim, são poucos os casos, quando
comparados com o distrito de Évora onde a média andará nos 75 por
cento de redução de transporte, com algumas corporações a atingir
os 90 por cento.
Bombeiros transportam
menos
As novas diretivas do Ministério da Saúde, no sen-tido dos exames, análises clínicas e outros meios com-plementares de diagnós-tico serem efetuados, tanto quanto possível, nos hospi-tais centrais, levou a um de-créscimo de cerca de 30 por cento na generalidade dos laboratórios que operam na cidade de Beja.
Texto Aníbal Fernandes
“Se não fosse o re-curso à banca atra-vés do factoring já tí-
nhamos fechado a porta”, diz ao “Diário do Alentejo” Armindo Gonçalves, um dos médicos res-ponsáveis do Laboratório de Análises Clínicas de Beja, um dos operadores de saúde no dis-trito de Beja. Sendo o Estado “o principal cliente”, e havendo in-dicação para encaminhar para os hospitais quem necessita de recorrer a meios complementa-res de diagnóstico, não é de es-tranhar que esta clínica tenha reduzido, nos últimos meses, “em cerca de 20 por cento” a sua atividade.
A Ulsba, através do seu gabi-nete de comunicação, confirma que “mesmo anteriormente a estas diretivas, a realização de meios complementares de diagnóstico”, no Hospital José
Joaquim Fernandes tinha “uma resposta integrada” que respon-dia à sua “capacidade de res-posta”, e enviava os utentes para o exterior “quando essa capaci-dade se esgotava”.
No entanto, Graça Fortunas, da Ulsba, garante que, nos últi-mos meses, não se sentiu “au-mento da procura” nos serviços hospitalares.
Assim, a diminuição da pro-cura nos privados resulta ou de menos exames prescritos nas uni-dades de locais de saúde, ou, pura e simplesmente, da impossibili-dade financeira dos utentes para o pagamento das taxas modera-doras e despesas de transporte da residência para as clínicas.
Uma fonte da direção do Instituto de Cardiologia
Preventiva de Beja (ICPB), confirmou ao “DA” que “as pessoas estão a ser desvia-das para os hospitais”, o que no caso deste instituto “ já levou ao despedimento de um técnico da área de cardiopneumologia”.
Comparando os números de julho e setembro de 2010 com os deste ano (em agosto estão en-cerrados), assiste-se a uma re-dução de 25 e 20 por cento, res-petivamente, um número que se enquadra na média obser-vada pelo “Diário do Alentejo” junto de outras fontes.
A juntar a isto os operado-res da área da saúde queixam -se ainda de atrasos nos pagamentos por parte do Estado. Armindo Gonçalves revelou ao “DA” que a última fatura recebida era re-ferente a serviços prestados em julho de 2010. Isso cria “dificul-dades de tesouraria” e deixa os players na “expetativa” e com “23 pessoas a trabalhar enquanto os deixarem”, lamenta-se.
Na opinião deste respon-sável clínico, “os hospitais de-viam estar vocacionados para as urgências e internamen-tos”, deixando os meios com-plementares de diagnóstico para os privados “que cumprem uma tabela de preços imposta pelo Ministério” e que, afirma, “não sai mais caro” do que nos hospitais.
A estação dos CTT em Safara (Moura) foi subs-tituída por um posto
de atendimento numa papela-ria, o que está a provocar polé-mica na aldeia e já motivou um abaixo -assinado de protesto. Em comunicado de imprensa, a empresa CTT – Correios de Portugal adianta que o novo posto está situado “a 10 metros
da antiga estação de correios” e assegura que a “transferên-cia do serviço da estação para o novo balcão”, que vai funcionar numa papelaria da aldeia, “não implica alterações na distri-buição do correio”. Além disso, é frisado pelos CTT, o atendi-mento vai ter “horário mais alargado”, assegurando “todos os serviços postais”, como “a
expedição e entrega de corres-pondência e encomendas, cor-reio registado, o pagamento de vales e a cobrança de faturas”. A Câmara de Moura, em comuni-cado divulgado no início da se-mana, considera que a medida é “contra os direitos e os inte-resses das populações do con-celho e da região”. A autarquia, que diz não ter sido consultada
neste processo, “solidariza-se com o povo e com a Junta de Freguesia de Safara”. “O novo encerramento vem juntar-se ao fecho, nos últimos anos, na nossa região, de escolas, hospi-tais, maternidades e valências em centros de saúde, ligações e ramais ferroviários ou instala-ções da PSP e da GNR”, exem-plifica o município.
Análises Fazem-se menos fora dos hospitais
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Considera-se, de alguma forma, culpado pelo
estado financeiro catastrófico a que chegou a
CoopBeja?
Não se trata de haver ou não culpados, numa cooperativa funciona a lógica da solidarie-dade e o respeito pelos antecessores. Só assim poderemos ter moral para continuar a trans-ferir para os vindouros o ideal cooperativo.
A saúde financeira mede-se por rácios, a técnica mais usada na análise financeira, e não será preciso “torturar os números para acabarem por confessar”. Eles são o que são e não aquilo que pretenderíamos que fossem.
Assim, a solvabilidade da Proletário em 2009 apresentava o valor de 37,26 por cento contra 5,27 por cento em 2010 e a autonomia financeira estava plasmada nos valores de 27,14 por cento contra 5,00 por cento para o mesmo período.
E não é o endividamento, como se tem e continua a fazer crer, o pior dos males da Cooperativa, mas sim os resultados negati-vos continuados, que apresentaram em 2010 o seu maior valor de sempre.
Mais dois indicadores, que atestam a cla-reza da resposta: em 2010 o endividamento cresceu 29,71 por cento em relação a 2009 e as vendas baixaram 14,92 por cento no mesmo período.
Para além disso, em 2010 foi alie-nado valioso património (rentável a mé-dio/longo prazo), que servia de almofada à Cooperativa.
Os relatórios e contas, que derivam tam-bém de compromissos legais, estão na Cooperativa, alguns podem ser consultados através da Internet, sendo que todos eles são igualmente enviados a entidades oficiais.
É acusado por alguns parceiros seus de gestão
danosa do bem cooperativo. Concorda?
Gestão danosa? Não, isso até prefigura crime. Mas se há dúvidas investiguem-se os meus sinais exteriores de riqueza! Quando fala em parceiros, pretende falar de alguém em par-ticular? Não me vou dirigir a ninguém, só quero referir que não exerci qualquer ges-tão ditatorial: todas as decisões estruturais (1999-2009) foram aprovadas por unanimi-dade pelos três coletivos, que liderei.
Acha que a CoopBeja ainda tem futuro e
que todos os postos de trabalho podem ser
salvaguardados?
Vai ser difícil salvaguardar todos os postos de trabalho, mas se for possível pôr a fun-cionar a trilogia “direção, trabalhadores e cooperadores” “a carta” pode ser levada a Garcia. PB
“Investiguem os meus sinais exteriores de riqueza”
Júlio RaimundoDirigente cooperativo
A Rádio Voz da Planície (RVP) está em grandes dificulda-des financeiras. Apesar de a direção da estação garan-tir que até ao final de setem-bro estão resolvidos os pa-gamentos aos funcionários, a redução em mais de 30 por cento, em 2011, dos enca-ches com a publicidade, não deixam adivinhar um final de ano animador para a esta-ção da rua da Misericórdia. Ainda para mais quando a emissora parece manter um braço de ferro político com a autarquia, proprietária do prédio onde a rádio está instalada, a quem deve dois anos de renda. Câmara pon-dera ação de despejo.
Texto Paulo Barriga
Foto José Serrano
É o próprio vereador Miguel Góis que afirma existir da parte da RVP uma “ques-
tão política” com a Câmara. Antes, prossegue o autarca, “não pagavam renda, usufruíam de várias regalias e ainda recebiam perto de 20 mil euros por ano. Neste momento não estamos em condições para alimentar essa situação e quisemos manter uma relação de igualdade para com as outras rádios. E isso ma-nifesta-se na compra de espaços publicitários”.
Dá-se o caso que, nos úl-timos dois anos, a Câmara Municipal de Beja adquiriu “apenas 300 euros em publi-cidade na RVP, o que é vergo-nhoso”, refere Justino Engana, diretor de estação. “Esta au-tarquia”, prossegue, “não tem sensibilidade para perceber a importância dos meios de
proximidade e, connosco, pa-rece que estão de má-fé”.
E a crise entre a autarquia e a RVP adensa-se quanto às pró-prias instalações. Miguel Góis é perentório em afirmar que, caso
a rádio não pague as rendas em atraso, num valor que rondará os 10 mil euros, “poderá sofrer uma ação de despejo”. Já Justino Engana diz não concordar com a renda imposta pela Câmara, 400 euros mensais, nem com o valor estipulado para a venda do edi-fício, 80 mil euros. São “verbas irrealistas”, refere o radialista, “que não levam em consideração as sucessivas beneficiações que a rádio fez num prédio que rece-bemos em ruínas”.
Rádio Pax à margem da crise A par da contenda com a edili-dade, a RVP está a sofrer for-temente com a crise financeira que afeta os seus principais clientes, as pequenas e médias empresas. Mas Justino Engana assegura que irão ser criados no-vos produtos e ideias para en-caixar proveitos que façam com
que nenhum dos nove funcio-nários da estação emissora ve-nham a ser despedido nos próxi-mos tempos.
Quem parece estar a passar à margem da crise é a Rádio Pax. A outra estação da cidade perdeu mais de 30 por cento dos seus rendimentos em publicidade du-rante o ano de 2010. E, “anteci-pando o pior”, refere António Lúcio, “diversificámos a nossa oferta, saímos para fora da rádio, organizamos rádios específi-cas para feiras, não paramos um minuto”. Quanto à relação desta emissora com a Câmara de Beja, Lúcio diz que a autarquia podia apostar um pouco mais em pu-blicidade na antena, “mas como nunca tivemos dependentes de nenhuma entidade pública isso não nos afeta. Se vier, tudo bem, se não vier, também nunca con-tamos com eles”.
Voz da Planície queixa-se de falta de sensibilidade da autarquia
Vão maus os dias da Rádio
A Deco Proteste acaba de divulgar um estudo sobre os preços dos
produtos de consumo nos su-permercados do País. E no que
se refere à cidade de Beja – não há dados disponíveis para os restantes concelhos do Baixo Alentejo –, o carrinho vem com mais compras quando os
consumidores se dirigem às lo-jas Continente e Intermarché. Já o Pingo Doce tem preços em média 10 por cento mais caros. Tal como as contas sobem 15
por cento quando se vai ao Lidl ou ao Minipreço. Os dois agen-tes locais avaliados, CoopBeja e Supermercado Veríssimo, vêm no fundo da tabela.
Estudo da Deco Proteste
Continente e Intermarché mais em conta
“Esta autarquia não tem sensibilidade para perceber a importância dos meios de proximidade e, connosco, parece que estão de má-fé”.
Justino Engana
é o valor em euros do investimento em
publicidade que a Rádio Voz da Planície
afirma que a Câmara de Beja ali gastou
ao longo dos últimos dois anos300
O projeto Bebida Saudável, promovido pela SIC Esperança, IAC – Instituto
de Apoio à Criança e Vitalis, e a que a Cáritas Diocesana de Beja se
associou, abrangeu 24 famílias do distrito, num total de 38 crianças. No
âmbito do referido projeto foram criadas bolsas escolares que “permitirão
a centenas de crianças e jovens do 1.º ciclo do ensino básico, em situação
de carência comprovada, acesso ao material escolar necessário para
começarem o novo ano letivo”. A Caritas de Beja, representante do
projeto no distrito de Beja, considera esta parceria “uma mais-valia,
na medida em que as famílias que beneficiam da bolsa manifestam
dificuldades económicas e valorizam a situação escolar dos seus filhos”.
Bebida Saudável apoia 24 famílias
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Dificuldades financeiras assustam autarcas
Extinção da Ambaal em marcha
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Vai avançar a extinção da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal). O processo de liquidação encontra-se em mar-cha. As dificuldades financeiras preo-cupam os autarcas e são o verdadeiro calcanhar de Aquiles da associação.
A Assembleia Intermunicipal da Ambaal – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral
aprovou na segunda-feira, 26, a extinção da associação.
A decisão, essa, foi aprovada por una-nimidade. O processo de extinção encon-tra-se a cargo do jurista da Ambaal que irá estabelecer um cronograma com as vá-rias acções a desenvolver, tendo em vista a concretização da extinção da referida associação.
O presidente da Ambaal, Jorge Pulido Valente, considera que “não faz sentido existir a Ambaal e a Cimbal – Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo”. O au-tarca defende ainda que “é preciso esta-belecer-se com a Cimal – Comunidade
Intermunicipal do Litoral Alentejano um protocolo de trabalho”.
De acordo com Jorge Pulido Valente, “é necessário que os municípios devedo-res regularizarem as suas dívidas à asso-ciação, que rondam quase um milhão de euros”.
O autarca da Câmara de Beja alerta que a extinção da referida associação só po-derá ser efectuada quando os municípios devedores regularizarem as suas dívidas à Ambaal. Prevê-se, assim, que a extinção da Ambaal seja um processo moroso.
Recorde-se, no entanto, que recente-mente a Câmara Municipal de Sines equa-cionou deixar de integrar a associação. A vice-presidente da autarquia revelou estar a analisar o valor da dívida à associação, garantindo que o montante será “liqui-dado”. A câmara de Sines não põe, con-tudo, de parte a hipótese de deixar de in-tegrar a associação, estando a averiguar, neste momento, quais são os benefícios de continuar na Ambaal.
Durante o processo de extinção, irá ser decidido o futuro do “Diário do Alentejo”.
A Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) aprovou também, por unanimidade, a disso-
lução da empresa, que vai ser liquidada nos próximos 60 dias.
Na reunião, os acionistas aprovaram “por unanimidade” a extinção da EDAB, proposta pelo acionista maioritário, o Estado, e nome-aram a comissão liquidatária, que tem 60 dias para liquidar a empresa, disse José Queiroz.
A comissão liquidatária é composta pelos atuais dois administradores da EDAB, o pró-prio José Queiroz e Manuel Barroso.
“A comissão liquidatária tem 60 dias para fazer a liquidação da EDAB, ou seja, avaliar o passivo, os ativos e as dívidas da empresa, e para apresentar à assembleia geral uma pro-posta de liquidação definitiva da empresa”, criada em 2000 para construir o aeroporto de Beja, explicou José Queiroz.
Em declarações à Lusa, após a reu-nião, Jorge Pulido Valente, presidente da Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, que é acionista e preside à
assembleia geral da EDAB, mostrou-se preo-cupado “com o facto de a EDAB estar sem di-nheiro para pagar os salários dos funcioná-rios e assegurar as despesas correntes”.
Os acionistas minoritários esperam que a li-quidação da EDAB “se resolva o mais depressa possível” e defendem que, até lá, “terá que ser o Estado”, enquanto acionista maioritário, “a as-sumir o pagamento dos salários dos funcioná-rios e as despesas correntes” da empresa.
“Não faz sentido serem os outros acionistas, que não o Estado, a entrar com capital” para pa-gar os salários dos funcionários e as despesas correntes da EDAB, disse Jorge Pulido Valente.
José Queiroz confirmou que a EDAB, “uma empresa que nunca teve receitas”, “não tem recursos financeiros” para pagar os sa-lários dos quatro funcionários e assegurar as despesas correntes.
“Como membro da comissão liquidatária da EDAB vou ter que falar com os acionistas, nomeadamente com o acionista maioritário, o Estado, e fazer propostas para que o pro-blema se resolva”, disse José Queiroz.
EDAB acaba dentro de 60 dias
CDU acusa Câmara de Beja de pôr em causa pagamento de salários Os vereadores da CDU na Câmara de Beja chamaram a atenção para o incumprimento do mu-nicípio nos compromissos financeiros para com a Assembleia Distrital de Beja. Os vereadores da oposição consideram que “este incumprimento pode pôr em causa o pagamento atempado dos salários do mês de setembro aos 13 trabalhadores do Museu Regional de Beja e aos dois traba-lhadores da Assembleia Distrital”. A CDU lembra ainda que “à câmara de Beja corresponde uma comparticipação mensal de 16 mil euros, estando neste momento em dívida oito meses”.
A Federação do Baixo Alentejo da Juventude Socialista promoveu na
segunda-feira, 26, uma conferência de imprensa com o objetivo de
apresentar as principais preocupações da JS, nomeadamente sobre o
momento político atual. O encontro contou com a presença de Pedro
Alves, secretário geral da Juventude Socialista.
Juventude socialista reuniu-se
em Beja
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Apenas nove vagas num total de 100 disponíveis foram preenchidas
Escola Agrária sem alunos
Racionalização de recursos humanos no IPB é inevitável O presidente do conselho coordena-dor dos Institutos Superiores Politécnicos, Sobrinho Teixeira, admitiu na semana passada que estas instituições podem vir a dispensar docentes contratados devido aos cortes no ensino superior (8,5 por cento). Confrontado com estas declarações, o presidente do Instituto Politécnico de Beja, Vito Carioca, adiantou ao “Diário do Alentejo” que “tendo em conta o atual cenário será inevitável uma racionalização dos recursos humanos”, mas que “não é possí-vel para já projetar essa tendência”. O responsável revelou ainda que em relação ao funcionamento da instituição, já estão a “implementar medidas no sentido de otimizar os custos de funcionamento”.
Ninguém deu por eles, mas na semana passada estiveram reunidos no Instituto Politécnico
de Beja alguns dos melhores especialistas mundiais na área da investigação da criminalidade
informática. Tratou-se da 61.ª Conferência Internacional do European Working Party on IT
Crime, da Interpol. Um dos momentos altos do encontro foi a apresentação do “HackLab”,
recente produto resultante das investigações feitas por cientistas bejenses na Estig.
Investigadores da criminalidade
informática em Beja
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A Escola Superior Agrária de Beja viu preenchidas, na primeira fase do concurso
nacional de acesso, somente nove va-gas, num total de 100 disponíveis. A diretora da escola afirma, em decla-rações ao “Diário do Alentejo”, que “os alunos que terminam o 12.º ano, de facto, têm pouca apetência para este tipo de cursos”, mas lembra que “há um público que passa ao lado dos concursos nacionais de acesso, que são os alunos detentores de diplomas de especialização tecnológica, alu-nos que optaram mais cedo pelas es-colas profissionais e que acabam por ingressar no Instituto Politécnico de Beja (IPB). Concluído esse curso, que
tem a duração de um ano, candida-tam-se através dos concursos espe-ciais de acesso”, esclarece.
De acordo com Olga Amaral, a Agrária tem “mais de 30 alu-nos [detentores de diplomas de es-pecialização tecnológica] candida-tos em Agronomia, mais de 30 em Engenharia Alimentar, em Ambiente também são bastantes e em Biologia menos”. A responsável considera que “a apetência para estas áreas passa também pela ideia que se tem da agri-cultura, sendo que as mentalidades demoram a mudar”. A escola tem vindo, assim, a desenvolver inicia-tivas de divulgação junto das esco-las secundárias, com vista a “mostrar
aos alunos do 12.º ano como funciona a escola” e que a “agricultura é uma área em expansão”.
A docente lembra ainda que está a decorrer a segunda fase de candida-turas, cujos resultados serão conheci-dos no dia 6 de outubro, e que haverá ainda uma terceira, com divulgação da lista de colocações a 19 do mesmo mês, pelo que será prematuro “fazer um balanço”. “Sei que este ano houve muitos alunos que deixaram exames para a segunda fase, é um facto, o que poderá trazer bastantes alunos na se-gunda fase. Mas por outro lado tam-bém verifiquei que há muitas vagas em muitas outras instituições”, diz a res-ponsável, admitindo que o decréscimo
de candidatos às universidades e poli-técnicos verificada poderá ser também uma consequência da crise. “As pes-soas têm mais alguma dificuldade em colocar os seus filhos nas universida-des. Se fossemos uma zona com uma densidade populacional elevada po-deria dizer que isso jogaria a nosso fa-vor, porque tentariam colocar os filhos perto de casa, o que significaria menos encargos, mas não é o caso”, diz.
Também o presidente do IPB re-força a “importância do ingresso através dos concursos especiais de acesso”: “Não vou escamotear o facto de estarmos a falar de poucos candi-datos colocados nesta primeira fase, mas como tem sido referido várias
vezes, esta é só a primeira fase. Ainda vamos ter mais duas e acima de tudo estamos confiantes, pois, neste mo-mento, se juntarmos aos colocados nesta primeira fase os matriculados com origem nos concursos especiais de acesso, na Escola Superior Agrária temos neste momento 66 matricula-dos”, diz.
Vito Carioca lembra ainda que os “resultados [da primeira fase] não es-tão muito distantes dos registados no ano passado, ano em que, como é pú-blico”, o IPB “acabou por ter os cursos cheios, o que é um bom indicador da nossa capacidade em manter a pro-cura, o que se deve à importância do setor agrícola na região”. NP
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O Alentejo dá a provar as suas igua-rias. Beja acolhe o 2.º Festival Internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas e, entre os dias 3 e 9, pro-movem-se os produtos tradicionais, a gastronomia, a cozinha e a cultura do Mediterrâneo.
Beja acolhe, entre os dias 3 a 9, o 2.º Festival Internacional Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas. O ob-
jetivo é valorizar a gastronomia, os produtos tradicionais, a cozinha e a cultura do mediter-râneo.
A organização encontra-se a cargo da Turismo do Alentejo ERT, que conta com o apoio do Turismo de Portugal IP, da Confraria Gastronómica do Alentejo, da Comissão Vitivinícola da Região Alentejo e da Câmara Municipal de Beja.
O primeiro dia, segunda-feira, 3, ficará mar-cado por uma conferência internacional, que decorrerá no Teatro Municipal Pax Julia, con-tando com a presença de vários especialis-tas nacionais e estrangeiros. Em debate vai es-tar o reconhecimento da dieta mediterrânica como Património Mundial da Humanidade e
a intenção de Portugal integrar o grupo de pa-íses que viram a candidatura ser aprovada pela Unesco, nomeadamente Itália, Grécia, Espanha e Marrocos. Destaque ainda para o painel “Casos internacionais de sucesso no eno-turismo”, onde vão ser apresentados os exem-plos práticos de Mendonza (Argentina), África do Sul e La Rioja (Espanha).
O segundo dia do evento é direcionado para os estudantes da área da Hotelaria e Turismo com a realização do workshop “Dieta mediter-rânica – património mundial e gastronomia do Alentejo”.
A Festa das Gastronomias Mediterrânicas, que acontece nos dias 8 e 9, no Parque de Feiras e Exposições de Beja, é um dos momen-tos mais aguardados e estão agendadas aulas de culinária, cozinha de degustação e ações de showcooking.
A Festa das Gastronomias conta ainda com a semana gastronómica das “comidas de pão”. A iniciativa envolve mais de 90 restaurantes do Alentejo.
A gastronomia também poderá ser apre-ciada através de almoços e jantares com che-fes conceituados que se realizam nas princi-pais unidades hoteleiras da cidade.
Gastronomia do Alentejo em destaque
Mediterrâneo à mesa em Beja
Pela primeira vez fora de Espanha
Congresso do Presunto em Ourique, em 2013
Debate em Sines
Turismo religioso europeu
O sétimo Congresso Mundial do Presunto vai realizar-se em maio de 2013 na vila de Ourique, cuja
candidatura para organizar o evento foi aprovada por unanimidade e derrotou a outra apresentada por Bruxelas.
O comité c ient í f ico do cong resso atribuiu “por unanimidade” a organi-zação da próxima edição do evento à candidatura da Câmara de Ourique e da Associação de Criadores de Porco A lenteja no (ACPA), que “ derrotou a out ra ca nd idat u ra que foi apresen-tad a por Br u xela s”, d i sse à Lu sa o presidente do mu n ic ípio, Ped ro do Carmo.
Assim, a sétima edição do Congresso Mundial do Presunto vai realizar-se em Ourique, em maio de 2013, e deverá reu-nir “cerca de 500 congressistas”, disse o autarca.
“Será a primeira vez que o Congresso Mundial do Presunto irá realizar-se fora de Espanha”, sublinhou Pedro do Carmo, referindo que a realização do evento na vila é um “motivo de orgulho para o mu-nicípio e os ouriquenses, mas também
para a região, o País e a fileira do porco alentejano”.
Segundo o autarca, a realização do congresso em Ourique “reveste-se da maior importância para o desenvolvi-mento económico da região e do País” e vai contribuir para “valorizar os seus produtos”, sobretudo os associados à produção de carne de porco, “num mer-cado mundial competitivo e servindo de maior estímulo às dinâmicas do setor”.
Reconhecimento internacional Por ou-tro lado, a at r ibuição da orga niza-ção do próx imo Congresso Mundia l do Presunto a Ourique “é o reconhe-cimento internaciona l das pol ít icas desenvolv idas” pela parceria entre o município e ACPA “na defesa dos inte-resses e da af irmação do setor e da f i-leira do porco alentejano”.
O autarca destacou a “importância” dos apoios de instituições regionais e nacionais, como a Turismo do Alentejo, e de entidades privadas, que “servi-ram de forma credível os objetivos da candidatura”.
O Seminário Internacional Ultreia, con-sagrado à temática “Peregrinações, tu-rismo sustentável e desenvolvimento regional”, decorre ao longo do dia de hoje, sexta-feira, sendo presidido pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles.
Sines vai ser, por um dia, a capital do tu-rismo religioso na União Europeia. A ci-dade do litoral alentejano recebe ao longo
do dia de hoje, sexta-feira, no auditório do porto de Sines, o Seminário Internacional Ultreia, con-sagrado à temática “Peregrinações, turismo sus-tentável e desenvolvimento regional”. O encontro, cuja sessão de abertura, pelas 10 horas, será presi-dida pela secretária de Estado do Turismo, Cecília Meireles, é organizado pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, em parceria com a administração do porto de Sines e o município local. O seminário de-corre no âmbito do Programa de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico e suscita, se-gundo a organização, “uma reflexão alargada em torno do projecto Ultreia, que inclui Espanha,
França, Irlanda e Portugal”. Numa altura em que as práticas turísticas “se
encontram em rápida mutação” e em que “o re-gresso às raízes e aos valores essenciais dos terri-tórios é algo prioritário”, a questão que se coloca neste dia de seminário é como tornar as rotas do turismo religioso acessíveis e sustentáveis. Para debatê-lo foram convidados responsáveis polí-ticos, gestores de fundos comunitários, entida-des de turismo, e especialistas em património religioso, desenvolvimento regional, sustentabi-lidade e vida pastoral.
Sines faz parte da rota de peregrinação marí-tima a Santiago de Compostela. Desde os finais da Idade Média que o seu Hospital do Espírito Santo deu guarida a inúmeros peregrinos em direção à Galiza, mas também a Jerusalém e a Roma. O porto de Sines, ponto de visita obrigatório nos iti-nerários de navegação ao longo da costa atlântica, está tradicionalmente ligado a importantes vias ter-restres de peregrinação, como a que sulcou a costa alentejana, unindo Odemira, Santiago do Cacém, Grândola e Alcácer do Sal. Por aqui discorreram, ao longo dos séculos, peregrinos vindos da bacia do Mediterrâneo, da Andaluzia e das Ilhas Britânicas.
Ateliers permanentes na Casa da Cultura com inscrições abertas A Casa da Cultura, em Beja, tem abertas as inscrições para os seus ateliês permanentes. A oferta formativa contempla, este ano, ateliês de artes decorativas, artes plásticas e multimédia, azulejaria de aresta, azulejaria contemporânea, azulejaria de corda seca, banda desenhada, bateria, cerâmica, desenho e pintura, expressão dramática, fotografia, fusing, guitarra, ilustração científica, mosaico, retrato e
yoga. Os ateliers, organizados pela Câmara Municipal de Beja e pela Associação Pegada no Futuro, “carecem, na maioria, de inscrição e implicam o pagamento de uma mensalidade”, adianta a autar-quia. A exceção vai para os ateliês de banda desenhada (Ouriço-do-Mar e Toupeira) que são de fre-quência livre. Estes são dirigidos a crianças entre os oito e os 12 anos e a partir dos 13 anos. Os ateliês vão decorrer entre os meses de outubro e junho de 2012.
A Câmara Municipal de Vidigueira vai assinalar o Dia
do Idoso com um programa destinado à população
sénior do concelho. Para amanhã, sábado, 1 de outubro,
está previsto um almoço convívio, com animação
musical, e para o dia seguinte um passeio a Fátima.
Câmara de Vidigueira
assinala Dia do Idoso
DR
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A Assembleia Municipal de Beja, liderada pela CDU, chumbou a extin-
ção da empresa gestora do par-que de feiras da cidade, proposta pelo executivo PS da Câmara que vai ficar, agora, “a aguar-dar” que o Governo extinga a en-tidade. A proposta de extinção da ExpoBeja, que tinha sido apro-vada pela Câmara de Beja com os votos a favor da maioria PS e con-tra da oposição CDU, não pas-sou na Assembleia Municipal, onde os comunistas têm a maio-ria. A extinção da empresa, de âmbito municipal e detida em 60 por cento pelo município e em 40 por cento pela Associação de Criadores de Ovinos do Sul (ACOS), foi chumbada com os vo-tos da CDU e do BE, enquanto o PSD se absteve e o PS votou a favor, disse o presidente do município, Pulido Valente. O chumbo “não faz sentido”, porque “todos os elei-tos da Assembleia Municipal con-cordaram com a extinção”, mas os que votaram contra “invoca-ram que, antes de se decidir a ex-tinção, devia ter sido assinado um
protocolo” entre os acionistas so-bre futuro da empresa e a gestão do Parque de Feiras e Exposições de Beja. “Isto não é possível, nem faz sentido”, porque um protocolo para gerir o parque, de acordo com a estrutura acionista da ExpoBeja, só pode ser celebrado depois da decisão e durante o processo de extinção, argumentou.
Rodeia Machado, da bancada da CDU, explicou à Lusa que os co-munistas “não se opõem à extinção” da ExpoBeja, mas “discordam da forma como o processo decorreu”.
“Não houve consenso entre a Câmara Municipal e a ACOS” so-bre a decisão de extinguir a empresa e “devia ter sido encontrada e proto-colada entre as partes uma solução consensual”.
O chumbo “não é problemático”, disse Pulido Valente, referindo que a extinção da empresa “vai evoluir, porque o Governo está a preparar a extinção de empresas municipais em situação idêntica à da ExpoBeja”, ou seja, “deficitárias”.
“Vamos aguardar que o Governo extinga a ExpoBeja”, que, por ser de-tida na sua maioria pelo município,
“cai na esfera das empresas muni-cipais” e, por isso, “o Governo terá legitimidade para a extinguir”, argumentou.
Pulido Valente já tinha dito à Lusa que o município decidiu extin-guir a ExpoBeja porque esta dá pre-juízos e se tornou financeiramente “insustentável”, caminhando “para uma situação de falência”.
De acordo com o relatório de ati-vidades de 2010 da ExpoBeja, a em-presa teve um prejuízo superior a 27 mil euros no ano passado.
Contactado pela Lusa, o presi-dente da ACOS e vogal da adminis-tração da ExpoBeja, Manuel Castro e Brito, escusou-se a prestar mais declarações sobre o assunto.
No entanto, em declarações an-teriores, Castro e Brito tinha dito que “está a haver uma especula-ção, acerca do assunto, da parte da Câmara de Beja”, porque os prejuí-zos são “aceitáveis”.
Os prejuízos são partilhados pe-los acionistas, lembrou, referindo que, para o município, os valores re-lativos a 60 por cento de um preju-ízo de 27 mil euros são “peanuts”, ou seja, trocos.
Pulido Valente acredita que será o Governo a por fim a esta entidade
Assembleia Municipal de Beja chumba extinção da ExpoBeja
Companhia acusa autarquia de falta de vontade política
Jodicus cancela Bitij
A Bienal Internacional de Teatro para a Infância e Juventude (Bitij), que já conta
com 16 anos de vida entre Beja e a fre-guesia de Cabeça Gorda, este ano não vai ter lugar. A organização, a cargo do grupo de teatro Jodicus, justifica a decisão com o facto de a Câmara Municipal de Beja, principal patro-cinador, não ter conseguido “garan-tir atempadamente um subsídio de cinco mil euros”. “Nós não temos di-nheiro suficiente para poder supor-tar uma iniciativa desta envergadura, e a Câmara de Beja não nos garantiu o dinheiro todo na hora certa para nós podermos pagar aos grupos”. Isto a 40 dias do evento e com o pro-grama já fechado, que previa 16 espe-
táculos e a vinda de quatro compa-nhias estrangeiras, acrescenta João Góis, do Jodicus. Uma delas, que en-tretanto já tinha adquirido as passa-gens de avião, vai ter mesmo que ser recebida “às custas” do grupo de te-atro amador.
O dirigente lembra que a VIII Bitij estava a ser preparada com co-nhecimento da autarquia desde “ou-tubro do ano passado” e que nas vá-rias reuniões tidas “nunca nos foi dito redondamente que não era pos-sível pagar-nos atempadamente”. Inclusivamente, acrescenta, “acei-támos deslocar espetáculos para o BejaKids” – iniciativa infanto juve-nil que se estreia nos próximos dias 8 e 9 – “embora entendendo que a
Bitij deve ter um espaço próprio”. João Góis fala ainda de dívidas
antigas que tornaram “de todo im-possível” levar por diante a Bienal em 2011. É que a “Câmara de Beja só este ano acabou de pagar a Bitij/09, deve ainda três mil euros referentes à ati-vidade regular desse ano e outros 875 euros relativos a 2010”, além de que “ainda não temos qualquer noção do que vamos receber em 2011”.
Segundo o município, nunca es-teve em causa o apoio de cinco mil eu-ros, que “estava decidido e atribuído”. “O problema foi a disponibilidade de tesouraria que o grupo necessitava que existisse”, confirma o vereador Miguel Góis, informando ter havido “um acordo” no sentido de transferir a
edição para o próximo ano, “de modo a garantir que fosse feita com a quali-dade que desejamos e com a possibili-dade de pagamento a tempo e horas”.
João Góis não tem a mesma in-terpretação: “Ficou dito que quando houvesse oportunidade se fazia. Mas desde o ano passado que também se vem dizendo que esta edição se fazia. Acho que o que aqui falta é vontade de levar a iniciativa por diante”.
Quanto às dívidas por liquidar, o membro do executivo bejense con-fessa que tal é “transversal a pra-ticamente todos os fornecedores da câmara” e que há um “esforço enorme” para que tudo esteja regu-larizado “até ao final do ano”.
Carla Ferreira
“O mundo, a cidadania e o voluntariado” é o tema da conferência que o presidente da AMI – Assistência Médica
Internacional, Fernando Nobre, profere hoje, sexta-feira, às 21 horas, no auditório da Biblioteca Municipal José
Saramago, em Beja. O trabalho da AMI, fundada em 1984, assenta em três pilares: “ação internacional em favor das
vítimas de guerra, catástrofes naturais e pobreza extrema; ação nacional em favor dos excluídos sociais; e ação de
alertar consciências, sensibilizando a opinião pública para uma indignação ativa”, adiantam os responsáveis.
Feira de Alcácer do Sal dá a provar primeiros frutos secosOs primeiros frutos secos do
ano são “reis e senhores” da
Feira Nova de Outubro de
Alcácer do Sal, que decorre
entre hoje, sexta-feira, e
domingo. Na edição deste
ano, o certame conta com
36 expositores, num total
de 54 stands, cerca de 200
feirantes, oito tasquinhas,
dois restaurantes e diversos
bares e 10 divertimentos
para crianças e adultos,
nomeadamente carrosséis.
Além de os visitantes poderem
adquirir os primeiros frutos
secos da época, a feira tem
como pontos fortes uma corrida
de touros, animação musical,
gastronomia ou exposição
de produtos regionais.
Passeio de BTT pelos caminhos de AljustrelA Câmara Municipal de Aljustrel
organiza no domingo, dia 2
de outubro, um passeio de
BTT, com partida às 9 horas,
junto ao edifício dos paços do
concelho. Os participantes
irão percorrer 32 quilómetros,
num percurso que os vai levar a
trilhar caminhos pelo concelho
de Aljustrel, passando pela
barragem do Roxo, freguesia
de Ervidel e aldeia de Corte
Vicente Anes, regressando a
Aljustrel. A inscrição, para
maiores de 12 anos, faz-se
diretamente no local de partida.
“As quatro faces da mulher” no IPJ
O Instituto Português da
Juventude, em parceria com a
Brahma Kumaris, promove
amanhã, sábado, 1 de outubro, na
Loja Ponto Já de Beja, o workshop
“As quatro faces da mulher”.
Uma iniciativa que “pretende
encorajar as participantes a
explorar o simbolismo das quatro
‘faces’ que caracterizaram as
mulheres e seu papel através
dos tempos, ao redescobrirem
a sua verdadeira dignidade,
potencial, e reconetá-las com
o ‘eu’ interno, num ambiente
nutritivo, construtivo e
pacífico”, explica a organização.
O workshop é gratuito.
Fernando Nobre
na Biblioteca de Beja
Maior prova de vinhos do Alentejo em Lisboa A maior prova livre de vinhos do Alentejo em Lisboa decorre hoje e amanhã, sá-bado, no Centro Cultural de Belém, com a presença de dezenas de pro-dutores e de especialistas do setor. A iniciativa conta com a presença de mais de 300 vinhos do Alentejo. “O evento é uma oportunidade única quer para os agentes económicos alentejanos contactarem com
os consumidores e perceberem a evolução de gostos e tendências, quer para os apreciadores, que durante dois dias têm a possibilidade de de-gustar grandes referências alentejanas e novos lançamentos”, salien-tou a presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Dora Simões. Durante os dois dias do evento vão decorrer provas temá-ticas, sujeitas a inscrição e orientadas por especialistas.
O chumbo “não é problemático”, disse Pulido Valente, referindo que a extinção da empresa “vai evoluir, porque o Governo está a preparar a extinção de empresas municipais em situação idêntica”
Opinião
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São exemplos como o deste rapaz que dão força para superar todas as adversidades, por muito grandes e profundas que elas
sejam. LUÍS ANDRÉ, bombeiro em Ourique, ficou paraplégico aos 22 anos. E cruzou os braços? Nada disso, tirou um curso de mergulho e hoje a sua vida voltou a fazer sentido. E a nossa também! PB
Há que travar uma guerra árdua para a conservação das igrejas em duas frentes (…)O baixo Alentejo luta com a dificuldade, sentida há muito noutros países da Europa, de ter inúmeros monumentos religiosos sem culto regular, fechados aos visitantes. José António Falcão, “Notícias de Beja”, 22 de setembro de 2011
Ciência e inovação geram crescimento Maria da Graça Carvalho
Deputada ao Parlamento Europeu
Os governos Sócrates herda-ram dos governos Barroso e Santana Lopes dois programas comparticipados pela União Europeia no valor de mil mi-lhões de euros: o Programa Operacional Ciência e Inovação e o Programa Operacional Sociedade do Co-nhecimento. A execução destes programas
conduziu à melhoria significativa dos indicadores de ciência e de inovação, como o anterior primeiro-ministro José Sócrates fez questão em salientar de forma reiterada. No entanto, como to-dos os portugueses notaram, a referida melhoria não teve im-pacto no crescimento económico.
Investir na ciência e na inovação é condição necessária, mas não suficiente, para o crescimento económico. Para que a socie-dade consiga absorver o avanço científico e tecnológico os gover-nos têm de assegurar regras de concorrência justas e rigorosas, um mercado eficiente, uma política fiscal estável, uma adminis-tração pública ágil e a formação generalizada da população.
A situação atual é muitíssimo mais grave e os fundos co-munitários representam a única possibilidade de investimento público para promover o crescimento económico e o emprego. Neste momento o Governo encontra-se a renegociar 15 mil mi-lhões de euros do atual quadro comunitário de apoio. É crucial que neste processo seja dada prioridade aos fatores que mais po-dem contribuir para o crescimento da economia – a ciência, a inovação e a educação – reforçando as parcerias entre centros de investigação e empresas, a inserção de especialistas altamente qualificados no tecido empresarial e o apoio ao emprego jovem qualificado.
Beja e ÉvoraFrancisco Marques
Músico
Muito se tem vindo a dizer, com base no senso co-mum, acerca do domínio de Évora sobre Beja. Se por um lado é fácil com-preender alguns dos as-petos que levam a que se pense desta forma, por outro lado, como bejense que sou, parece-me difícil
aceitar tal domínio como um facto consumado e que não é pos-sível fazer nada para o inverter.
Compreendo que em termos históricos Évora leva vantagem ao ser considerada património mundial; que geograficamente está localizada no coração desta enorme província que ocupa quase um terço do País; que na área científica tem uma tradição universitária secular.
Mas Beja, e de certa forma todo o Baixo Alentejo, tem ou-tros aspetos de que se pode orgulhar. Como exemplo, a respeito de infraestruturas, Beja já tem um aeroporto e em breve terá
uma autoestrada que nos permitirá estar mais perto de tudo e de todos e é no Baixo Alentejo que se situa o porto de Sines, que pode ser um polo de desenvolvimento económico importantís-simo para a região; em termos geográficos, Beja está localizada a cerca de uma hora e meia de diversas cidades importantes como Lisboa, Faro e Sevilha, e o Baixo Alentejo tem uma costa com be-líssimas praias que podem ser bem aproveitadas turisticamente; musicalmente, todo o Baixo Alentejo tem um património único que se traduz no seu modo de cantar (o “cante” – um tipo de canto polifónico à capela) que ainda se ouve nos grupos corais que vão resistindo ao passar dos anos e nos representa de forma exemplar em qualquer lugar, bem como de tocar, em que se des-taca um instrumento próprio: a viola campaniça.
Parece-me então que está na hora de contrariar este pen-samento e mostrar que Beja e o Baixo Alentejo têm valores tal como Évora e o Alto Alentejo. É altura para darmos as mãos e fa-zermos qualquer coisa que possamos em prol do Baixo Alentejo e da sua capital. Penso que apesar das suas especificidades deve-mos ver o Alentejo como um todo. Vamos fazer valer o que Beja e Évora têm de melhor pois se todos fizermos um pouco que seja, decerto faremos muito.
O Pierrot, a Colombina e o ArlequimMarcos Aguiar
Licenciado em Psicologia
A Presidência da República inter-pretada por Aníbal Cavaco Silva, já se percebeu, tem dois atos. Ao contrário dos presidentes da re-pública (PR) que o precederam, Cavaco Silva teve, em matéria de relacionamento com os restantes órgãos de soberania, um primeiro mandato muito interventivo, mas prepara-se para um segundo ato
em que representará um papel secundário, num guião escrito e protagonizado pela coligação PSD/PP no Governo.
Esta submissão do PR a um governo do mesmo quadrante político, já de si grave, é ainda mais preocupante no momento complicadíssimo que o País vive. Cavaco começa a parecer-se com um Pierrot de uma peça ao estilo “Commedia dell’arte”, recuperando a história do trio enamorado que sempre foi um verdadeiro entretenimento popular. Pierrot (Cavaco), que ama Colombina (PSD), que ama Arlequim (PP), que, por sua vez, também deseja Colombina. Burlesco ao melhor nível, pena é que a plateia não tenha condições para pagar mais por tão sublime representação.
Como esquecer o ativismo do PR em plena pré-campanha eleitoral para as legislativas, com o País já mergulhado na crise e o FMI aquartelado em Lisboa, num flagrante contraste com os seus silêncios presentes? Como relativizar as observações acerca da origem da crise, atribuindo-a a variáveis internas a Portugal, sem as confrontar com o que ele afirma agora acerca do mesmo tema? Como fazer de conta que não existiu, no passado, uma opinião muito positiva do PR sobre as agências de notação fi-nanceiras, sabendo-se o que ele diz agora destas?
Mais: como avaliar a inusitada comunicação do PR ao País a propósito do estatuto dos Açores e aceitar, hoje, o seu silên-cio cúmplice com o desgoverno na ilha de Alberto João Jardim? Como acreditar na moral e bons costumes que o PR apre-goar, quando a mesma pessoa se sente no direito de nada dizer acerca das malfeitorias dos seus amigos, colegas de partido, de
Governo, de lideranças várias e férias no Algarve, Duarte Lima (suspeito de homicídio), Dias Loureiro (foragido à justiça) e Oliveira e Costa (burlão)?
Não aplaudamos mais um Pierrot triste e enrabichado por Colombina, enquanto ela, malandra, vai para a cama com o Arlequim, ou com qualquer outro interesseiro que, vindo da di-reita ou da esquerda, lhe satisfaça as pretensões.
Chega de teatro, precisamos de um presidente da repú-blica… a sério!
Definições e indefiniçõesLuís Covas Lima
Bancário
Viagens. Lisboa, – Beja e Beja –, Lisboa. São eternas e apelati-vas essas viagens que faço. A frequência é elevada e não me canso, porque todas elas têm um ponto de partida ou de chegada de que gosto. Por trabalhar em Lisboa é notória e visível a minha satisfa-ção na chegada a Beja. À chegada benzo-me porque assim fui edu-
cado. Beja, a terra onde nasci, passei a minha infância e adoles-cência e aprendi a considerar os outros. Aliás, lembro-me dos mais velhos me dizerem com toda a propriedade que não im-portavam estatutos nem condição social. Todos precisamos de todos, sem exceção. É um lema tão eterno, que até a moderni-dade destes nossos tempos insiste cada vez mais em vincar.
Na ida para Beja insisto em não reconhecer a existência das áreas de serviço, a não ser que seja por uma razão de força maior. Além de serem impessoais e de descaradas nos preços, não me dão o conforto, nem me permitem lembrar as minhas raízes. Por essa razão, quando saio da autoestrada, suspiro por chegar a Santa Margarida do Sado. É um marco, onde sempre parei, para “esticar as pernas”, beber um café e conviver com os primeiros amigos na chegada ao Baixo Alentejo. O Manuel Maria e a Paula sempre me receberam no Café Milénio com alegria e amizade.
A noção dos novos tempos. O desenvolvimento passa tam-bém pela construção das acessibilidades que este distrito sem-pre reclamou. Como sempre, não há bela sem senão. As minhas viagens, aquelas que me motivam e me chamam, tenderão a ser mais curtas e mais rápidas. A aproximação à capital será uma evidência. Em fase de construção da A26, é com nostalgia que percorro caminhos quase paralelos. Mas é com apreensão que antevejo que as terras e locais deste nosso Baixo Alentejo ficarão mais distantes. A paragem obrigatória será lembrada mas não esquecida. Por mim, farei questão de fazer o desvio num qual-quer nó e continuarei a parar no sítio de sempre e que muito me diz. Outros tempos sempre lembrados e nunca esquecidos, ape-sar dos novos tempos. Não esquecerei as vezes sem conta onde comprei especialmente camarão do rio, além de pupias, enchi-dos e queijos para levar aos meus amigos e família.
O percurso da A26 tende à esquerda e à direita. É assim até Beja. Santa Margarida do Sado, Figueira dos Cavaleiros, Ferreira do Alentejo e Beringel. Esquerda, direita, esquerda, direita. Faz lembrar a política dos nossos tempos. Não importa se à es-querda ou à direita. É tudo uma questão de desvios. O resultado final tende para infinito. Fatalmente, finito para a margem es-querda. Baleizão, Serpa e Vila Verde de Ficalho não constam no mapa. Ligação a Espanha para quê? Pelos vistos, não importa. Orgulhosamente sós!
[A eletrificação da linha de Beja] não esconde a impossibilidade ou incapacidade que o depu-tado do PS, eleito pelo distrito, tem em mobilizar o seu partido para a defesa dos interesses das populações do distrito de Beja. João Ramos, “Alentejo Popular”, 22 de setembro de 2011
No Festival Islâmico de Mértola conheci um bando de “idiotas” que andava pelo mundo em busca de sinais da poesia e da vida
de AL-MUTAMID. Ouviram falar que havia um recente monumento em Beja que celebrava o poeta medievo. Disse-lhes que a coisa estava transformada em urinol público. Voltaram para França, apertados. PB
As autarquias associadas à Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral decidiram acabar com ela. Com a
associação. O que acontecerá quando os respetivos integrantes pagarem na integra o milhão de euros que devem em comparticipações. Ou seja: a AMBAAL está para acabar, nunca!PB
Efeméride
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5 de Outubro de 1910 – Triunfo da República
“Sabendo antecipadamente o que está a acontecer em Lisboa, os líderes republi-canos do Baixo Alentejo começam a jun-
tar-se em Beja no fim da tarde de 5 de outubro de 1910 procurando informações, embora sem resultado, so-bre o que se passa na capital do país junto quer do Governo Civil, quer do comandante de Infantaria 17.
Entretanto, um telegrama particular chega à ci-dade dando conta do triunfo da República, notícia que imediatamente se espalha pela população. Por força desta informação, comentada por todos, o povo co-meça a juntar-se na praça D. Manuel dando vivas à República. É então, já noite, que duma das janelas da praça Augusto Barreto e Francisco Pereira Coelho fa-lam à multidão, sendo, mais tarde, lido ao povo o te-legrama em que o ministro do Interior do Governo Provisório, António José de Almeida, nomeia o dr. António Aresta Branco governador civil do distrito de Beja. Como este líder republicano não se encontra na cidade, prevendo-se só a sua chegada no comboio da meia-noite, a população começa a dividir-se em gru-
pos, percorrendo as-sim as ruas de Beja, cantando a Portu-guesa e a Marse-lhesa, para confluir, mais tarde, na esta-ção de caminho de ferro. Aqui, Aresta Branco é recebido de forma entusi-ástica, iniciando--se em seguida um cortejo que da esta-ção vai até às Portas
de Mértola, onde o novo governador civil fala ao povo da janela da residência do dr. Francisco Pereira Coelho, membro da Comissão Política Distrital do Partido Republicano. Dia 6 de outubro a República é oficialmente proclamada na Câmara Municipal, com a adesão ao novo regime do Regimento de Infantaria 17 e da vereação municipal monárquica. A tomada de posse do primeiro governador civil republicano acon-tece, poucas horas depois, no edifício da Casa Pia.
Empossado no cargo de governador civil, de imediato Aresta Branco procede à nomeação de novos administradores para os catorze concelhos do distrito e substitui a vereação monárquica da Câmara de Beja por uma outra presidida pelo dr. Manuel Duarte Laranja Gomes Palma que exerce este cargo até janeiro de 1914 quando uma nova ve-reação assume funções em resultado das eleições municipais de 30 de novembro de 1913. A tomada de posse da vereação republicana acontece a 10 de outubro de 1910 e, nesse mesmo dia, por proposta do vereador Joaquim Filipe Fernandes, a praça D. Manuel passa a chamar--se praça da República, o largo Duque de Beja, praça Almirante Cândido dos Reis, a rua dos Infantes, rua 5 de Outubro e a rua do Hospital, rua Dr. Miguel Bombarda. Mais tarde, por proposta do vereador dr. Pedro Sequeira Feio, é decretado 1 de maio, dia do trabalhador, feriado municipal” (1).
(1) PIÇARRA, Constantino, Beja Republicana, 1910/1926, 100 Luz, Castro Verde, 2010, p. 29-30..
Constantino Piçarra
EfemérideContinuamos intransigentes contra o encerramento de escolas, de postos médicos e de outros serviços públicos de proximidade, bem como eventu-ais extinções de freguesias. Tudo fizemos, tudo fazemos e tudo faremos para que o nosso concelho [Ferreira] continue a beneficiar de uma disponi-bilidade de bens e serviços que verdadeiramente honram o nosso estado social. Aníbal Reis Costa, “Jornal de Ferreira”, setembro de 2011
Cartas ao diretorQuando as desgraças
do mundo não bastam
Dália Reis Martins
Beja
O ministro das Finanças diz que o pior ainda está para vir. E embora eu ainda não tenha compreendido muito bem o que é que isto significa, acredito na pa-lavra dele. Estamos metidos num atascadeiro! E não é só a nível de finanças. Doenças bizarras, que nos ar-rastam para tratamentos intermináveis que só adiam o fim. Pais que matam filhos. Filhos que matam pais. Outros que não se contentam só com matar. Outros que matam por qualquer coisa. E outros ainda que se suicidam.
Eu no fundo acredito que sempre houve disto (e houve!). Que não foi agora assim de repente só porque ficamos sem dinheiro, até porque tempos houve em que tínhamos muito menos.
O certo é que graças aos media, no presente temos noção da taradice e desgraça que anda pelo mundo. E tal conhecimento deveria servir para nos aperfeiçoar enquanto humanos, para fazer crescer em nós a von-tade de mudar e melhorar naquilo que está ao nosso alcance.
Todos nós temos um pequeno raio de acção no qual podemos inf luir positivamente. Há todo um sem nú-mero de pequenas coisas que podemos fazer para tor-nar a vida melhor para os que nos cercam, como deixar passar à frente, na fila do supermercado, a mulher que não se queixa mas que apoia o peso do corpo num pé e noutro, inquieta. E por outro lado, nunca deixar passar a que exige prioridade porque com certeza está mal ha-bituada e pode tornar-se numa tarada em potência, se já não for.
Acho que toda a gente conhece alguém que, como se a desgraça que vai no mundo não fosse em dimensão suficiente, tenta por si próprio criar mais. O mal des-tas pessoas é terem nascido a achar que são especiais e ao longo da vida terem conseguido sempre levar a sua avante. E o problema surge quando num belo dia de sol alguém lhes diz que não pode ser!
Imagine o leitor que não deixa passar uma vizinha na fila do supermercado e que a partir desse dia ela co-meça a persegui-lo. Primeiro rouba-lhe o tapete que diz bem-vindo. Depois mija-lhe à porta de madrugada. A seguir atropela-lhe o gato (não o mata mas deixa--o coxo para sempre). Mais tarde acusa-o de ser baru-lhento e chama a GNR. E ao mesmo tempo inventa coi-sas a seu respeito (imagine o horror que isto é se viver num meio pequeno).
Devia então ter deixado passar esta senhora à frente? Não. Porque como já lhe disse, o mal é terem-lhe feito sempre as vontadinhas todas. Deverá pegar numa caçadeira e acabar com o problema? Também não, até porque se mete noutro. Então para além do atasqueiro mundial ainda tem que viver com a raiva gratuita de uma pessoa doente? Sim.
Se uma pessoa destas se atravessar na sua vida, deixe-a espernear, ignore-a e sobretudo nunca perca a calma porque é isso que se pretende. Mas prepare-se porque enquanto ela não se cansar, e mesmo o que o go-verno diga o contrário, o pior estará sempre para vir!
Há 50 anos“Tempos escassos”em novidades e em dinheiro
As pequenas peças jornalísti-cas de opinião, no “Diário do Alentejo” de há meio século,
eram do mais interessante que o vesper-tino oferecia aos seus leitores. Bem escritas pelos jornalistas da casa, alguns dos quais procurando por essa via “contornar” a Censura fascista, abordavam temas locais e davam uma ideia – ainda dão, lidas hoje – do ambiente desses tempos.
Na edição de 26 de setembro, M.G. (provavelmente, Melo Garrido) cronicava no “Varandim da Cidade” sobre o Totobola, acabado de surgir. Ouçam-no, na íntegra:
“O ‘Totobola’ é, presentemente, a ‘co-queluche’ da população citadina. E o fenó-meno não ocorre apenas em Beja mas sim em quase todas as terras do País. É uma novidade. Uma novidade que traz, con-sigo, a promessa de dinheiro! E os tempos vão escassos tanto em novidades agradá-veis como em dinheiro!...
Segundo informações oficiais, na ‘jor-nada inaugural’ foram recolhidos nas quatro agências que funcionam nesta ci-dade 2.345 boletins, que totalizaram 6.578 apostas, números estes que não ficaram nas posições cimeiras em relação a outras cidades, mas que também não figuram nas mais baixas.
O primeiro prémio, como já larga-mente se divulgou, foi arrebatado por um estudante de Vila Real de Trás-os-Montes, único totalista no acerto dos 13 resultados e que embolsará 224 contos.
O 2.º prémio, do mesmo montante, será dividido por 53 concorrentes, que ‘adivinharam’ 12 resultados. Cada um re-ceberá mais de 4 contos.
Registe-se, como curiosidade, que neste lote figura um concorrente de Beja, o sr. José Martins Rocha, chefe dos escritó-rios duma firma desta cidade.
Para começo, não foi mau, convenhamos...”
Dois dias depois, M.G. voltava a deixar a sua marca no “Varandim da Cidade”, cri-ticando o município bejense da altura:
“Há tempo, há muito tempo, lançámos o alvitre de que, a exemplo de uma útil prá-tica seguida em tantas outras [cidades] do País e do estrangeiro, fossem colocadas em Beja placas indicando os locais onde se si-tuam os seus monumentos de maior inte-resse ou valor. (...)
Aguardou-se mas aguardou-se em vão.Está quase no termo mais uma tempo-
rada de maior afluxo turístico a Beja.E tudo continua na mesma.Mais uma vez diremos, pois, que esta
nossa cidade é uma terra de muitos turis-tas mas de nenhum turismo.
E é pena.”
Carlos Lopes Pereira
Fotorreportagem
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Memórias de um Bairro Pergunta-me o director
do “Diário do Alentejo” se sou moço para fazer
uma crónica sobre o “Bairro Alemão”, uma crónica
de memórias pessoais e históricas. Não sei se tenho
engenho para verter numa crónica as lembranças de um
bairro da minha cidade que, dizem, é um exemplo de
como deveriam ser todos os bairros das nossas urbes.
Aqui f ica o que conseg ui relembra r.
O Bairro Alemão traz-me à memória episódios
e vivências diversas, espaçadas em tempos
dist intos e com intensidades desiguais.
Num primeiro tempo – estou a falar de 1969,
princípios de 70, o Bairro Alemão era um sítio onde
viviam cidadãos estrangeiros cujas casas tinham
❝Foi nestas andanças que dei os meus primeiros passos na língua alemã, ora arranhando
o que ouvia, ora tentando ler as páginas das revistas que, também elas, vinham da
Alemanha, recheadas de notícias e ilustradas com mamas e rabos, que me eram
oferecidas, as revistas pois claro, para aprofundar o conhecimento da língua”.
recheadas de notícias e ilustradas com mamas e
rabos, que me eram oferecidas, as revistas pois
claro, para aprofundar o conhecimento da língua.
É em 1973, no Bairro Alemão, que apanho boleia
para ir, pela primeira vez, visitar a Alemanha.
Lá chegado, percebi que o bairro em Beja tinha
sido “copiado” de tantos outros existentes na
Alemanha e que a estereofonia, afinal, não habitava
em todos os lares alemães. Os seios e corpos
despidos, esses sim, estavam em todas as bancas
de revistas. Assim como o cheiro dos produtos
para as máquinas de lavar roupa e a possibilidade
de assistir, ao vivo, ao “Dark Side” dos Pink Floyd.
Por razões irrelevantes para esta crónica, o Bairro
aquecimento em todas as assoalhadas, onde não
faltavam tapetes largos e, nos quartos de dormir, camas
gigantescas desprovidas de lençóis mas abastecidas
com umas coisas cheias de penas, de pato diziam eles.
Do que eu mais gostava, nesse meu tempo com
pouco mais de 10 anos de idade, era poder deitar-me
nas alcatifas, junto a armários onde tudo cabia, e
desfrutar das aparelhagens de som que faziam ecoar
a estereofonia que me entrava pela cabeça através de
auscultadores, uma coisa criada para, também, não
incomodar os vizinhos. Foi nestas andanças que
dei os meus primeiros passos na língua alemã, ora
arranhando o que ouvia, ora tentando ler as páginas
das revistas que, também elas, vinham da Alemanha,
Texto João Espinho Fotos José Ferrolho
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Alemão passa a década de 1970 quase desocupado
de alemães. A política externa alemã e o 25 de
Abril ditam a redução de habitantes no bairro.
Em 1980 a comunidade alemã regressa a Beja
e o bairro toma uma nova vida. A Casa Alemã
é o centro de tudo o que é novo, a discoteca é o
ponto de atracção nocturna, a cerveja começa
a fazer parte dos hábitos bejenses e a típica
gastronomia alemã entra nos lares da nossa cidade.
As festas e hábitos alemães são, nessa década, uma
marca do Bairro Alemão: o Carnaval, com cinco dias
de folia, a tentar reviver as festividades carnavalescas
de Colónia; o baile de Maio, com mesas recheadas e
orquestras germânicas; a Oktoberfest faz da cerveja
uma festa e do pernil de porco uma estranha iguaria;
o Bazar de Natal, com multidões a contribuir para
associações carenciadas, numa forma de estar a que,
ainda hoje, não nos habituámos, passou a fazer parte
do calendário bejense. A Cultura também regressou
ao bairro, com iniciativas nas diversas áreas. Foi
também no Bairro Alemão que Beja viu, em directo, a
cerimónia da reunificação da Alemanha, decorrente
da queda do Muro e do fim da Alemanha comunista.
O Bairro Alemão deixou de existir em 1994. Hoje
é o Bairro da Força Aérea Portuguesa. A história
do Bairro Alemão está por fazer, assim como por
fazer está a história da presença alemã em Beja.
esta crónica não respeita a nova ortografia
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Desporto
“Os jogos são todos complicados, não há coisas fáceis, o nosso
trabalho visa superar essas difi-culdades, com a atitude e o empe-nho que temos demonstrado até aqui”. Esta é a receita do treinador Fernando Piçarra para justificar o quinto lugar que a equipa ocupa atualmente. Na antevisão do jogo de domingo, Piçarra afirma: “Vamos a Mafra explorar o contra ataque, não entraremos em campo para defendermos nada”. E reitera: “Jogaremos o jogo pelo jogo, é isso que faremos em todos os campos, temos que sair dos campos com a consciência que demos tudo o que estava ao nosso alcance para ob-termos sucesso”. Da jornada do passado fim de semana fica o re-gisto do triunfo tangencial sobre o Carregado, numa partida em que o Moura desperdiçou inúmeras oportunidades de golo, capazes de construir um volumoso resultado. Contudo, foram os golos de Kata e Nuno Moreira, ambos no período complementar, que asseguraram os três pontos à equipa mourense, que até ao momento tem assinado um campeonato extremamente meritório. Nos restantes jogos da terceira ronda, surpreende a go-leada sofrida pelo Juventude, em Vendas Novas, equipa que conti-nua a reforçar o seu plantel, e mais uma derrota pesada sofrida pelo
Reguengos. O Vendas Novas li-dera, o Moura está na quinta posi-ção, o Juventude e o Reguengos fe-cham a tabela dos pontos.
Resultados da 3.ª jornada: Caldas, 2-Mafra, 0; Vendas No-vas, 5-Juventude, 0; 1.º Dezembro, 0-Pinhalnovense, 2; Oriental, 2-Fátima, 1; Tourizense, 1-Louletano,
1; Torreense, 3-Reguengos, 0; Ser-tanense, 1-Monsanto, 1; Moura, 2-Carregado, 1.
Classificação: 1.º Vendas Novas, Torreense e Sertanense, sete pon-tos. 4.º Pinhalnovense, 6. 5.º Moura, 5. 6.º Carregado, Tourizense, Caldas, Oriental e 1.º Dezembro, 4. 11.º Monsanto e Fátima, 3.
13.º Louletano e Mafra, 2. 15.º Juventude, 1. 16.º Reguengos, 0.
Próxima jornada (2/10): Mafra-Moura; Juventude-Caldas; Pinhalnovense-Vendas Novas; Fátima -1.º Dezembro; Louletano -Oriental; Re guen-gos -Tourizense; Monsanto-Tor-reense; Carregado -Sertanense.
Despertar recebe o Desportivo de Portugal
2 .ª Di v is ão N acional de
Juniores Série D/3.ª jornada:
Internacional, 3-Despertar, 2; Farense, 1-U. Montemor, 1; Lusitano, 2-Atlético, 3; Imortal, 2-Estoril, 3; Oeiras, 0-BM Almada, 1; Desp. Portugal, 1-Olhanense, 4.
Classificação: 1.º Estoril, nove pontos. 2.º Beira Mar Almada, 7. 3.º Atlético, 6. 4.º Farense, 5. 5.º Lusitano Évora, Olhanense e Internacional, 4. 8.º Imortal e Oeiras, 3. 10.º Despertar, 2. 11.º U. Montemor e Desportivo Portugal, 1.
Próxima jornada (1/10): Despertar-Desp.Portugal; U. Mon -te mor-Internacional; Atlético-Farense; Estoril-Lusitano Évora; Beira Mar Almada-Imortal; Olhanense-Oeiras.
Odemirense tem saída difícil
para Setúbal
Nacional de Juvenis Série D/7.ª
jornada: Olhanense, 1-O Elvas, 3; Odemirense, 1-Barreirense, 0; U. Montemor, 0-V. Setúbal, 1; Casa Pia, 2-Imortal, 3; Estoril, 0-Oeiras, 0; C. Piedade, 2-Amora, 0.
Classificação: 1.º Casa Pia, 18 pontos. 2.º Imortal, 16. 3.º Estoril, 15. 4.º V. Setúbal e Oeiras, 13. 6.º Odemirense, 11. 7.º Olhanense, 10. 8.º Barreirense e O Elvas, 6. 10.º Amora e U. Montemor, 4. 12.º Cova da Piedade, 3.
Próxima jornada (2/10): O Elvas-Cova da Piedade; Barreirense-Olhanense; V. Setúbal-Odemirense; Imortal-U.Montemor; Oeiras-Casa Pia; Amora-Estoril.
Despertar em casa, Castrense fora
Nacional de Iniciados Série
F /4 .ª Jornada: Olhanense, 2-Lusitano VRSA, 1; Esp. Lagos, 2-Despertar, 3; Barreirense - -Louletano (adiado 4/12); V. Setúbal, 2-Lusitano Évora, 0; Imortal, 1-Odeáxere, 0; Juventude, 2-Castrense, 2.
Classificação: 1.º Olhanense, 12 pontos. 2.º V. Setúbal, 10. 3.º Barreirense, 9. 4.º Imortal, 7. 5.º Odeáxere, Despertar e Esp. Lagos, 7. 8.º Castrense, 5. 9.º Lusitano VRSA, 4. 10.º Louletano, 3. 11.º Juventude, 1. 12.º Lusitano de Évora, 0.
Próxima jornada (2/10): O l h a n e n s e - E s p . L a g o s ; Desper t a r - -Ba r re i rense ; Louletano-V Setúbal; Luistano Évora-Imor ta l; Odeá xere --Juventude; Lusitano VRSA --Castrense.
Futebol Juvenil
Campeonato Nacional da 2.ª Divisão
Moura quer pontuar em Mafra
O Campeonato Nacional de Basquetebol da 2ª
Divisão-CNB2, competição disputada pelo Beja
Basket Clube, vai iniciar-se a 6 de novembro
de 2011. Na primeira ronda a equipa bejense
jogará em casa com os Salesianos de Évora.
Excursão a Guimarães O Moura Atlético Clube está a promover entre os sócios e adeptos do clube uma excursão a Guimarães, nos dias 15 e 16 de outubro, tendo em vista o jogo da 3.ª eliminatória da Taça de Portugal que levará a equipa mourense à cidade berço.
Campeonato Nacional de
Basquetebol da 2.ª divisão
Seria desejável que a jornada de domingo marcasse, quer para
o Despertar quer para o Aljustrelense, o abandono do ciclo de resultados menos con-seguidos que as equipas têm as-sinado nesta fase inicial do cam-peonato. Não é desejável que se mantenham no rodapé da ta-bela classificativa. Urge pontuar e os próximos compromissos po-dem assinalar essa reviravolta.
O Aljustrelense recebe a forma-ção do Messinense, que veio a Beja vencer o Despertar mas que sabemos ser adversário perfei-tamente ao alcance dos minei-ros. O Despertar será anfitrião do União de Montemor, forma-ção que na última época escapou por pouco à despromoção e que nem por isso está melhor apetre-chada. Acreditamos que os bejen-ses terão argumentos para conse-guirem os primeiros pontos. No
rescaldo da jornada anterior, as-sinalam-se as duas derrotas sofri-das pelas duas equipas sul alen-tejanas. O Despertar trouxe três bolas de Faro e o Mineiro outras tantas do Redondo, mas deixou lá o tento de honra.
Resultados da 3.ª jornada: Pescadores, 1-Quarteirense, 0; U. Montemor, 1-, Esp.Lagos, 3; Farense, 3-Despertar, 0; Messinense, 1-Sesimbra, 1; Redondense, 3-Aljus-trelense, 1; Fabril, 4-Lagoa, 0.
Classificação: 1.º Farense, nove pontos. 2.º Sesimbra, 7. 3.º Pescadores, Esp. Lagos, Redondense e Fabril, 6. 7.º Messinense, 7. 8.º Quarteirense e U. Montemor, 3. 10.º Aljustrelense e Lagoa, 1; 12.º Despertar, 0.
Próxima jornada (2/10): Quar teirense-Fabri l; Esp. Lagos-Pes cadores; Despertar-U. Montemor; Sesimbra -Farense; Aljustrelense-Messinense; La-goa-Redondense.
Nacional da 3.ª Divisão
Despertar e Mineiro jogam em casa
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Futsal: Baronia na Taça de Portugal A equipa de futsal do Grupo Desportivo e Cultural de Baronia, repre-sentante da AF Beja nas competições nacionais da modali-dade, inicia amanhã oficialmente a temporada desportiva com a participação na 1.ª eliminatória da Taça de Portugal. A equipa de Vila Nova de Baronia desloca-se ao Pavilhão Municipal de Tavira para defrontar os Sonâmbulos. Na mesma
competição pontificam outras equipas alentejanas, como os Independentes, de Sines, que jogam na Quinta do Conde, a Associação Évora Futsal, que receberá os Indefetíveis, e o Sporting de Viana do Alentejo, que tem deslocação ao Pavilhão do Sassoeiros. Os jogos estão marcados para as 16 horas. O Campeonato Nacional da 3.ª Divisão de Futsal come-çará no dia 8 de outubro.
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Os v izinhos Mi lfontes e Odemirense protagonizam no domingo, no Campo da
Foz do Mira, palco dos visitados, mais um derby da edição 2011 do campeo-nato distrital da AF Beja. Trata-se do jogo mais empolgante da jornada, de-pois da abertura desta competição no último fim de semana, numa jornada que confirmou o potencial do can-didato Castrense que construiu o re-sultado mais volumoso da jornada. Marcaram-se 27 golos, em seis dos sete jogos venceram as equipas da casa, o outro foi o esperado empate entre
Ferreirense e Milfontes. Como balança desta ronda inaugural, acentua-se a elevada produtividade das equipas em matéria de finalização. Só o Guadiana, Vasco da Gama e o Serpa se ficaram em branco. Aldenovense e Serpa fo-ram protagonistas do primeiro derby da época, num jogo emotivo resolvido pelos visitados já em período de com-pensação.
Resultados da 1.ª jornada: Castrense, 6-Panóias, 1; Rosairense, 1-Guadiana, 0; Odemirense, 2-Vasco Gama, 0; Ferreirense, 3-Milfontes, 3; Desportivo de Beja, 3-Almodôvar, 2; Aldenovense,
1-Serpa, 0; Sporting Cuba, 4-São Marcos, 1.
Classificação: 1.º Castrense, Sporting de Cuba, Odemirense, Desportivo de Beja, Rosairense e Aldenovense, três pontos. 7.º Milfontes e Ferreirense, 1. 9.º Serpa, Guadiana, Almodôvar, Vasco da Gama, São Marcos e Panoias.
Próxima jornada (2/10): Panoias-Sporting de Cuba; Guadiana-Castrense; Vasco da Gama-Rosairense; Mil fontes-Odemirense; Al mo dôvar-Ferreirense: Ser pa-Des portivo Beja; São Marcos -Al-denovense.
Firmino Paixão
Distritalão já mexe
Há derby na foz do Mira
Distrital No derby de Vila Nova de São Bento o Serpa lutou mas o Aldenovense marcou nos descontos
Termina hoje, sexta-feira, o prazo de
inscrições para o curso de candidatos
a árbitros de futebol de 11, que a
Associação de Futebol de Beja vai
realizar no próximo mês de outubro.
Curso de árbitros da AF Beja
em outubro Foi um “ponta de lança” de eleição. Nasceu há 60 anos, em 15 de no-vembro de 1950, em Santa Clara de
Louredo. Fez todo o percurso formativo no Despertar (ainda hoje se confessa um des-pertariano de gema), mas aos 19 anos in-gressou no Desportivo de Beja. Aliás, a sua carreira foi salteada entre estes dois clubes, com um intervalo para vestir a camisola do Lusitano de Évora quando esteve a cumprir serviço militar naquela cidade. Desenhador projetista, aposentado da função pública, quer andar um pouco à margem do futebol.
(2) – PANOIAS-SPORTING DE CUBADepois da pesada derrota sofrida há oito dias, os visitados não terão ânimo para vencer um Sporting de Cuba aguerrido e moralizado.
(2) – GUADIANA-CASTRENSETriunfo natural do Castrense, seguramente uma das melhores equipas deste campeonato.
(1) – VASCO DA GAMA-ROSAIRENSEGanha a Vidigueira, e se outras razões não exis-tissem seria pelo facto de o meu sobrinho Pedro ser jogador da equipa.
(X) – MILFONTES-ODEMIRENSEÉ um derby interessante. Para além de estar-mos em presença de duas equipas equilibradas e bem apetrechadas.
(1) – ALMODÔVAR-FERREIRENSEO Almodôvar é favorito, porque é uma equipa que, tradicionalmente, perde poucos pontos a jogar em casa.
(2) – SERPA-DESPORTIVO DE BEJAO Desportivo é favorito em todos os jogos que disputa. Não terá uma tarefa fácil mas reúne o meu favoritismo
(1) – SÃO MARCOS-ALDENOVENSEO São Marcos, a jogar no pelado, tem argumen-tos suficientes para derrotar o Aldenovense.
Hoje palpito eu... João Rosa
Com um reduzido número de equipas que justificaram a for-mação de uma única série, ar-
ranca amanhã, sábado, o Campeonato Distrital da 2.ª Divisão da AF Beja. No lote de concorrentes estão o Piense e o Bairro da Conceição despromovidos
na última época do escalão principal, prováveis candidatos a um brilharete que lhe permita o regresso ao conví-vio dos grandes. Destacamos o jogo do 1.º de Maio em Pias, onde os locais recebem o Barrancos, este ano de re-gresso ao futebol sénior. O calendá-
rio completo da jornada é o seguinte: Amarelejense-Alvo ra da; Bairro da Conceição -Messejanense; Ourique-Vale de Vargo; Renascente-San-luizense; Piense-Barrancos; Negrilhos-Cabeça Gorda. Folga o Saboia. Os jogos iniciam-se às 15 horas.
Distrital da 2.ª Divisão
Barrancos regressa em Pias
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Idanha-a-Nova foi palco de mais um pódio para a du-pla bejense, constituída por
Edgar Moio e João Penedo, ao vo-lante do Nissan Terrano II. Um ex-celente 3.º lugar que lhes garantiu o título de campeões nacionais da Promoção A e a subida ao 3.º lugar na Taça TT Pré Clássicos. A equipa MoioMotorsportTT subiu três ve-zes ao pódio em quatro provas, conquistando um total de seis tro-
féus, o mais importante deles, o 1.º lugar na Baja Carmim, em Tavira. No Ervideira Rali TT foi 1.º clas-sificado na Promoção, 1.º classifi-cado na classe Nissan Terrano e 2.º classificado na Taça. Em Proença--a-Nova foram desclassificados por excesso de tempo e, no último fim de semana, na Baja de Idanha - -a-Nova, 3.º classificados na Taça e 1.º da classe.
“Foi uma época bastante difícil
para nós em termos financeiros, tivemos que nos esforçar bastante para conseguirmos realizar todas as provas, mas conseguimos levar o barco a bom porto e conquistar o nosso objetivo de ser campeões”, revelou Edgar Moio, sublinhando o caráter amador do projeto e o facto de competirem pela primeira vez neste campeonato. Moio refe-riu: “O balanço para esta equipa foi bastante positivo pois o nosso
veículo, apesar de ser fiável, é bas-tante limitado, mas levou-nos três vezes ao pódio, sobretudo no úl-timo fim de semana, em Idanha, onde, depois de vários azares, a sorte acabou por nos sorrir e vi-mos o nosso objetivo alcançado”.
A MoioMotorsportTT estará pre-sente nos próximos dias 27 a 29 de ou-tubro na 25.ª BAJA TT de Portalegre, para encerrar a época e também ten-tar conquistar mais um troféu.
O futebol, tal como o País, está de tanga! A troika, esse vil condado, liderado por gentes estrangeiras, comanda literalmente os euros que nos caem nos bolsos. Tecnocratas, de olhos azuis e envergando fatos da última geração, ordenam as migalhas de pão que teimam chegar às nossas bocas. Tudo feito em prol de um povo há muito… de tanga. Num ápice, recuo no tempo e, numa conclusão diametralmente adversa, repenso na ilusão constatada, em tempos, no futebol regional de Beja. Os clubes, então considerados ricos, fabricavam plantéis cujos valores mensais iam para além do minimamente aceitável. Não existia a troika mas os mentores dessas agremiações aventureiras trabalhavam com verbas exorbitantes. Craques de primeira linha engrossavam o rol das ambições. Alvitrava-se, então, um futuro comprometedor. Claro que esse tipo de análise não era universal. Os adeptos, sempre sequiosos de vitórias, aplaudiam. Os mais requintados duvidavam. O dirigente, soberbo, orgulhava-se dos feitos desportivos alcançados pelo seu clube. E assim se construiu uma fútil irrealidade. Entretanto, o diretor que outrora botou palavra e criou falsas ilusões ao povo da bola, permanece imune.Hoje, vejo e revejo, a inflação sofrida pelo futebol distrital. Conheço casos que, nessa altura, me deixaram completamente abismado. Perplexo. Jogadores que, à época, recebiam mais dos clubes onde jogavam do que propriamente da entidade empregadora a quem debitava oito, ou mais, horas de trabalho diário. As verbas requeridas pelos craques duplicavam, ou triplicavam, consoante o imaginativo mundo dos emblemas. Agora, refastelado no meu sofá, sustento a opinião que nada se fez para arrepiar um caminho cujas repercussões futuras são por ora sobejamente reconhecidas. Há clubes que atingiram o auge e que extinguiram, depois, o futebol sénior; outros que se arrastam pelas ruas da amargura. Este o cenário atual do futebol cá do sítio. De tanga e… incompreendido!
TangaJosé Saúde
Team MoioMotorsportTT
Bejenses foram campeões nacionais
Joga-se amanhã, sábado, no Pavilhão de Santa Maria, na cidade de Beja, o jogo entre
a Zona Azul e o Almada, relativo à terceira jornada do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão em Seniores Masculinos. Um jogo importante para os bejenses de-pois do excelente triunfo conse-
guido há oito dias no Pavilhão do Oriental. Os resultados comple-tos da jornada foram os seguintes: Andebol Sines,27-Redondo,28; Lagos,17-Loures,15; Oriental,25-Zona Azul,30; Boa Hora,37-Costa D’Oiro,18; Almada,43-Náutico Guadiana,23. Folgou o Torrense. A Zona Azul ocupa o quinto lu-
gar da tabela. Próxima jornada (1/10): Torrense-Boa Hora; Costa D’Oiro-Oriental; N.Guadiana--Lagoa; Loures-A.C.Sines; Zona Azul-Almada.
Serpa joga em casa com o Lagoa No Pavilhão Carlos Pinhão, na cidade de Serpa, a equipa de iniciados
do Centro de Cultura Popular de Serpa recebe amanhã, sábado, pe-las 14 e 30 horas, a formação do Lagoa, para cumprir aquela que é a segunda jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Na ronda inaugural a equipa alentejana per-deu no Pavilhão do Vela de Tavira (24/13).
Andebol
Zona Azul recebe o Almada
A terceira e última prova do Campeonato Nacional de Pesca
às Carpas (Carpfishing/2011) realiza-se entre os dias 6 e
10 de outubro na barragem de Odivelas. A prova contará
com a participação de 20 duplas de pescadores nacionais
e inicia-se pelas 14 horas de sexta-feira, 6 de outubro.
BTT em Santiago do Cacém A Associação BTT “Os Chaparros”, de Santiago do Cacém, anunciou a realização do seu 12.º passeio de BTT para o dia 13 de novembro, com dois percursos com a extensão de 40 e 70 quiló-metros, de dificuldades média e média alta.
Campeonato nacional de pesca
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Diário do Alentejo nº 1536 de 30/09/2011 2.ª Publicação
PEDRO BRANDÃO
Agente de Execução
C.P. 3877
ANÚNCIO
Tribunal Judicial de Mértola – Secção Única
Acção Executiva
Processo n.° 103/06.5TBMTL
Exequente: Caixa Geral de Depósitos, S.A.
Executados: Ana Maria Pereira Pinheiro Romão e António Correia
Romão Pereira.
FAZEM-SE SABER que nos autos acima identifi cados se encontra designado o dia 13 de Outubro de 2011, pelas 13:30 horas, no Tribunal acima identifi cado, para abertura de propostas que sejam entregues até esse momento na Secretaria do mesmo, pelos interessados na compra dos seguintes bens:
Verba 1) - Prédio urbano descrito sob o número 452/19871027, da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, artigo matricial n.° 1518 - Santana de Cambas, situado em Bens.
Verba 2) - Prédio urbano descrito sob o número 453/19871027, da freguesia de Santana de Cambas, concelho de Mértola, artigo matricial n.° 2178 - Santana de Cambas, situado em Bens.
Os bens pertencem aos Executados:ANA MARIA PEREIRA PINHEIRO ROMÃO, NIF:
185772943 E ANTÓNIO CORREIA ROMÃO PEREIRA, NIF: 143468200.
VALOR BASE: 35.000,00 €Será aceite a proposta de melhor preço acima do valor de
24.500,00€, correspondente a 70% do Valor Base [ou verba 1) 70% de 5.000,00€ - verba 2) 70% de 30.000,00€]
Nos termos do artigo 897° n.° 1 do CPC, os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, cheque visado à ordem do agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base do bem, ou garantia bancária, no mes-mo valor.
É Fiel depositário que o mostrará a pedido os executados Ana Maria Pereira Pinheiro Romão e António Correia Romão Pereira, residentes em Bens, Santana de Cambas, Mértola.
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Diário do Alentejo nº 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL
DO NOTÁRIO LICENCIADO JOÃO FARINHA ALVES
Certifi co narrativamente que, por escritura de vinte e um de
Setembro do ano de dois mil e onze, lavrada de folhas noventa e
oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número
cento e cinquenta-A, deste Cartório JOSÉ FERNANDES SIMÃO e
mulher MARIA ANA MARTINS SIMÃO, ambos naturais da freguesia
de Santana de Cambas, do concelho de Mértola, que declararam
ser casados sob o regime da comunhão geral de bens, residen-
tes habitualmente na Rua José dos Santos Mateus, lote quinze,
terceiro andar direito, em Prior Velho, freguesia do concelho de
Loures, contribuintes fi scais, respectivamente, números 118769766
e 129520047, justifi cam ser donos e legítimos possuidores, com
exclusão de outrém, de um prédio urbano composto de quintal,
com a área de cem metros quadrados, situado em Moreanes, na
freguesia de Santana de Cambas, do concelho de Mértola, que
confronta do Norte com Via Pública, do Sul com Maria Bárbara
Sebastião e Quintal José Jacob; do Nascente com Maria Bárbara
Sebastiâo, e do Poente com Quintal José Jacob, que se encontra
inscrito sob o artigo 3.017, da freguesia de Santana de Cambas, com
o valor patrimonial de 160,00€, constando como titular do referido
artigo matricial Maria Martins (cabeça-de-casal da herança de), tia
da ora justifi cante mulher.
Que, no tocante ao registo predial, não se encontra descrito na
Conservatória do Registo Predial de Mértola.
ESTÁ CONFORME.
Cartório Notarial de Setúbal, do Notário Lic. João Farinha Alves,
aos vinte e um de Setembro do ano de dois mil e onze.
O Notário,
Lic. João Farinha Alves
22Diário do Alentejo30 setembro 2011
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JOÃO HROTKOMédico oftalmologista
Especialista pela Ordem
dos Médicos
Chefe de Serviço
de Oftalmologia
do Hospital de Beja
Consultas de 2ª a 6ª
Acordos com:
ACS, CTT, EDP, CGD, SAMS.
Marcações pelo telef. 284325059
Rua do Canal, nº 4 7800 BEJA
Fisioterapia ▼
Oftalmologia ▼
Medicina dentária ▼
Luís Payne PereiraMédico Dentista
Consultas em Beja
Clínica do JardimPraça Diogo Fernandes,
nº11 – 2º
Tel. 284329975
Dr. José LoffUrgências
Prótese fi xa e removível
Estética dentária
Cirurgia oral/
Implantologia
Aparelhos fi xos
e removíveis
VÁRIOS ACORDOS
Consultas :de segunda
a sexta-feira, das 9 e 30
às 19 horas
Rua de Mértola, nº 43 – 1º esq.
Tel. 284 321 304
Tm. 925651190
7800-475 BEJA
Clínica Dentária ▼
Ginecologia/Obstetrícia ▼
DR.ª FÁTIMA
CAETANODoenças
Respiratórias
Alergias
Respiratórias
Apneia do Sono
Consultas às quintas-feiras
Praça António Raposo Tavares,
12 – 7800-426 BEJA
Tel. 284313270
Pneumologia ▼
Dr.ª Heloisa Alves ProençaMédica Dentista
Directora Clínica da novaclinicaExclusividade em Ortodontia (Aparelhos)
Master em Dental Science (Áustria)Investigadora Cientifica - Kanagawa
Dental School – JapãoInvestigadora no Centro de Medicina
Forense (Portugal)
Rua Manuel AntRua Manuel Antóónio de Britonio de Briton.n.ºº 6 6 –– 1.1.ºº frente. 7800frente. 7800--522 Beja522 Beja
tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106tel. 284 328 100 / fax. 284 328 106
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DOENÇAS DO SISTEMA
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a partir das 15 horas
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dos Telhais, 7000 Évora
Tel. 266749740
Cirurgia Vascular ▼
DOENÇAS PULMONARESALERGOLOGIA
Sidónio de Souza
Ex-Chefe ServiçoHospital Pulido Valente
Consultas às 5ªs feirasMarcações:
tel. 284 32 25 03CLINIPAX
Rua Zeca Afonso, nº 6 1º B - BEJA
Consultasde Neurologia
DRª CAROLINA ARAÚJO
Neurologista do Hospital
dos Capuchos, Lisboa
ConsultórioCentro Médico de BejaLargo D. Nuno Álvares
Pereira, 13 – BEJATel. 284312230
FRANCISCO BARROCAS
Psicologia ClínicaPsicoterapeuta
e Terapeuta Familiar
Membro Efectivo da Sociedade
Portuguesa de Terapia Familiar e da Associação Portuguesa de Terapias
Comportamental e Cognitiva – Lisboa
Beja: CLINIPAX, Rua Zeca Afonso, nº 6 - 1º-B,
7800-522 Beja Tel./Fax 284322503
TM. 917716528Albufeira: OFICINA
DOS MIMOS – CENTRO DE DESENVOLVIMENTO
DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA DO SUL,
Quinta da Correeira, Lote 49,8200-112 Albufeira
Tel. 289541802Tm. 969420725
Psicologia ▼
Pneomologia ▼
Psiquiatria ▼
FERNANDO AREAL
MÉDICO Consultor
de PsiquiatriaConsultório
Rua Capitão João
Francisco Sousa 56-A
1º esqº 7800-451 BEJA
Tel. 284320749
saúde
Centro de Fisioterapia S. João Batista
Fisiatria – Dr. Carlos Machado
Psicologia Educacional – Elsa Silvestre
Psicologia Clínica – M. Carmo Gonçalves
Tratamentos de Fisioterapia
– Classes de Mobilidade– Classes para
Incontinência Urinária– Reeducação dos Músculos
do Pavimento Pélvico– Reabilitação
Pós MastectomiaAcordos com A.D.S.E., ACS-
PT, CGD, Medis, Advance Care, Multicare, Seguros Minis. da Justiça,
A.D.M.F.A., S.A.M.S.Marcações pelo 284322446; Fax 284326341 R. 25 de Abril, 11
cave esq. – 7800 BEJA
Fisioterapia ▼
DR. J. S. GALHOZOuvidos,Nariz,
GargantaExames da audição
Consultas a partir das 14 horas
Praça Diogo Fernandes,
23 - 1º F (Jardim
do Bacalhau)
Telef. 284322527 BEJA
Otorrinolaringologia ▼
AURÉLIO SILVAUROLOGISTA
Hospital de Beja
Doenças de Rins
e Vias Urinárias
Consultas às 6ªs feiras
na Policlínica de S. Paulo
Rua Cidade S. Paulo, 29
Marcações
pelo telef. 284328023
BEJA
Urologia ▼
CÉLIA CAVACOOftalmologista
pelo Instituto Dr. Gama
Pinto – Lisboa
Assistente graduada
do serviço
de oftalmologia
do Hospital
José Joaquim
Fernandes – Beja
Marcações de consultas
de 2ª a 6ª feira,
entre as 15 e as 18 horas
Rua Dr. Aresta Branco, nº 47
7800-310 BEJA
Tel. 284326728
Tm. 969320100
Oftalmologia ▼
GASPAR CANO
MÉDICO ESPECIALISTA
EM CLÍNICA GERAL/
MEDICINA FAMILIAR
Marcações a partir das 14 horas
Tel. 284322503
Clinipax
Rua Zeca Afonso,
nº 6-1º B – BEJA
Clínica Geral ▼
DRA. TERESA
ESTANISLAU CORREIAMarcação de consultas
de dermatologia:
HORÁRIO:
Das 11 às 12.30 horas
e das 14 às 18 horas
pelo tel. 218481447
(Lisboa) ou
Em Beja no dia
das consultas
às quartas-feiras
Pelo tel. 284329134,
depois das 14.30 horas na
Rua Manuel António de
Brito, nº 4 – 1º frente
7800-544 Beja
(Edifício do Instituto
do Coração,
Frente ao Continente)
Dermatologia ▼
DR. A. FIGUEIREDO LUZ
Médico Especialista pela Ordem dos Médicos
e Ministério de Saúde
GeneralistaCONSULTAS DE OBESIDADERua Capitão João Francisco
de Sousa, 56-A – Sala 8Marcações
pelo tm. 919788155
Obesidade ▼
PSICOLOGIAANA CARACÓIS SANTOS
– Educação emocional; – Psicoterapia de apoio; – Problemas comportamentais;
– Dificuldades de integração escolar; – Orientação vocacional;
– Métodos e hábitos de estudo
GIP – Gabinete de Intervenção PsicológicaRua Almirante Cândido Reis, 13, 7800-445 BEJA
Tel. 284321592
CENTRO DE IMAGIOLOGIA
DO BAIXO ALENTEJO
António Lopes – Aurora Alves – Helena Martelo –
Montes Palma – Maria João Hrotko
– Médicos Radiologistas –
Convenções: ADSE, ACS-PT, SAD-GNR, CGD, MEDIS, SSMJ, SAD-
PSP, SAMS, SAMS QUADROS, ADMS, MULTICARE,
ADVANCE CARE
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados, das 8 às 13 horas
Av. Fialho de Almeida, nº 2 7800 BEJA Telef. 284318490
Tms. 924378886 ou 915529387
ECOGRAFIA – Geral, Endocavitária, Osteoarticular, Ecodoppler
TAC – Corpo, Neuroradiologia, Osteoarticular, Dentalscan
Mamografi a e Ecografi a Mamária
Ortopantomografi a
Electrocardiograma com relatório
Clínica Médico-Dentáriade S. FRANCISCO, LDA.
Gerência de Fernanda Faustino
Acordos: SAMS, ADMG, PSP, A.D.M.E.,Portugal Telecom e Advancecare
Rua General Morais Sarmento, nº 18, r/chão; TEL. 284327260 7800-064 BEJA
FRANCISCO FINO CORREIA
MÉDICO UROLOGISTA
RINS E VIAS URINÁRIAS
Marcações de 2.ª a 6.ª feira a partir das 14 horas
Rua Capitão João Francisco de Sousa, n.º 20
7800-451 BEJA
Tel. 284324690
_______________________________________
Manuel Matias – Isabel Lima – Ana Frederico
Hugo Pisco Pacheco – Miguel Oliveira e Castro
Ecografia | Eco-Doppler Cor | Radiologia Digital Mamografia Digital | TAC | Uro-TC | Dental Scan
Densitometria Óssea
Acordos: ADSE; PT-ACS; CGD; Medis, Multicare; SAMS; SAMS-quadros; Allianz; WDA; Humana; Mondial Assistance.
Graça Santos Janeiro: Ecografia Obstétrica
Marcações: Telefone: 284 313 330; Fax: 284 313 339; Web: www.crb.pt
Rua Afonso de Albuquerque, 7 r/c – 7800-442 Beja
E-Mail: [email protected]
Urologia ▼
saúde 23Diário do Alentejo30 setembro 2011
Dr. Sidónio de Souza – Pneumologia/Alergologia/
Desabituação tabágica – H. Pulido Valente
Dr. Fernando Pimentel – Reumatologia – Medicina
Desportiva – Instituto Português de Reumatologia de
Lisboa
Dr.ª Verónica Túbal – Nutricionismo – H. de Beja
Dr.ª Sandra Martins – Terapia da Fala – H. de Beja
Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia
Familiar – Membro Efectivo da Soc. Port. Terapia Familiar
e da Assoc. Port. Terapias Comportamental e Cognitiva
(Lisboa) – Assistente Principal – Centro Hospitalar do Baixo
Alentejo.
Dr. Rogério Guerreiro – Naturopatia
Dr. Gaspar Cano – Clínica Geral/ Medicina Familiar
Dr.ª Nídia Amorim – Psicomotricidade/Educação Especial
e Reabilitação (difi culdades específi cas de aprendizagem/
dislexias)
Dr. Sérgio Barroso – Oncologia – H. de Beja
Drª Margarida Loureiro – Endocrinologia/Diabetes/
Obesidade – Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Dr. Francisco Fino Correia – Urologia – Rins e Vias
Urinárias – H. Beja
Dr. Daniel Barrocas – Médico Interno de Psiquiatria –
Hospital de Santa Maria
Dr. Carlos Monteverde – Chefe de Serviço de Medicina
Interna, doenças de estômago, fígado, rins, endoscopia
digestiva.
Dr.ª Ana Cristina Duarte – Pneumologia/Alergologia
Respiratória/Apneia do Sono – Assistente Hospitalar
Graduada – Consultora de Pneumologia no Hospital de
Beja
Dr.ª Isabel Martins – Chefe de Serviço de Psiquiatria
de Infância e Adolescência/Terapeuta familiar – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo
Dr.ª Paula Rodrigues – Psicologia Clínica – Hospital de
Beja
Dr.ª Luísa Guerreiro – Ginecologia/Obstetrícia
Dr.ª Ana Montalvão – Hematologia Clínica /Doenças do
Sangue – Assistente Hospitalar – Hospital de Beja
Dr.ª Ana Cristina Charraz – Psicologia Clínica – Hospital
de Beja
Dr. Diogo Matos – Dermatologia. Médico interno do
Hospital Garcia da Orta.
Dr. José Janeiro – Medicina Geral e Familiar – Atestados:
Carta de condução; uso e porte de arma e caçador.
Dr.ª Joana Freitas – Cavitação, Lipoaspiração não
invasiva,indolor e não invasivo, acção imediata, redução
do tecido adiposo e redução da celulite
Dr.ª Ana Margarida Soares – Terapia da Fala - Habilitação/
Reabilitação da linguagem e fala. Perturbação da leitura e
escrita específi ca e não específi ca. Voz/Fluência.
Dr.ª Maria João Dores – Técnica Superior de Educação
Especial e Reabilitação/Psicomotricidade. Perturbações
do Desenvolvimento; Educação Especial; Reabilitação;
Gerontomotricidade.
Enfermeira Maria José Espanhol – Enfermeira
especialista em saúde materna/Cuidados de enfermagem
na clínica e ao domicílio/Preparação pré e pós parto/
amamentação e cuidados ao recém-nascido/Imagem
corporal da mãe – H. de Beja
Marcações diárias pelos tels. 284 322 503 Fax 284 322 503 Tm. 91 7716528
Rua Zeca Afonso, nº 6, 1º B, 7800-522 Beja
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24Diário do Alentejo30 setembro 2011
institucional diversosDiário do Alentejo n.º 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
Assembleia de Freguesia de Santa Clara de Louredo
A Assembleia de Freguesia de Santa Clara de Louredo, reunida em 27 de Se-
tembro de 2011,
DELIBERA:
1. Manifestar a sua convicção de que, pela exiguidade dos recursos públicos que
lhe são afectos e pela forma exemplar como são aplicados
a) As autarquias locais têm um importante papel na promoção das condições
de vida local e na realização de investimento público, indispensáveis ao progresso
local, no combate às assimetrias regionais e, no presente quadro, às acções que
contribuam para atenuar os efeitos da crise e em particular aos refl exos sociais mais
negativos que a aplicação do actual programa de ingerência externa está a impor
aos portugueses;
b) A extinção de autarquias que em quase nada contribuirá para reduzir a despesa
pública, só não acarretará novos e maiores gastos para um pior serviço às populações
como constituirá um factor de empobrecimento da vida democrática local;
2. Repudiar a intenção de extinguir as autarquias existentes, seja pela sua pura
eliminação seja por recurso a qualquer forma de engenharia política, que lhes retire
o que têm em essencial, a saber, os seus órgãos democraticamente eleitos, as sua
atribuições próprias e a parte dos recursos públicos essenciais à sua existência e fun-
cionamento nas condições de autonomia previstas na Constituição da República.
Aprovado por maioria com 4 votos a favor, dos eleitos da CDU e 3 abstenções
dos eleitos do PS
O Presidente da Assembleia de Freguesia
Evaristo José Guerreiro Amaro
Diário do Alentejo n.º 1536 de 30/09/2011 Única Publicação
ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SERPA
EDITAL
SARA DE GUADALUPE ABRAÇOS ROMÃO, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA
MUNICIPAL DE SERPA.
TORNA PÚBLICO: de acordo com o estipulado no n.° 3 do artigo 84° da Lei n.°
169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.° 5-A/2002, de 11 de
Janeiro e artigos 16.° e 38.° do Regimento da Assembleia Municipal de Serpa, que
no próximo dia 30 de Setembro de 2011, pelas 18:00 Horas, na Sala de Sessões
da Câmara Municipal realizar-se-á uma sessão ordinária deste Órgão Deliberativo,
cuja ordem de trabalhos é a seguinte:
1. PERÍODO DE “ANTES DA ORDEM DO DIA”
1.1. Apreciação e votação da acta nº 4/2011
1.2. Resumo do Expediente
1.3. Intervenção dos membros da Assembleia Municipal
2. PERÍODO DE “ORDEM DO DIA”
2.1. Relatório da Actividade Municipal (Artigos 53º e 68º da Lei nº 169/99,
de 18/09, com a redacção da Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro) – Relatório nº
4/2011
2.2. Segunda revisão ao Orçamento e Plano Plurianual de Investimentos
2.3. Impostos Municipais
2.4. Encerramento de serviços do Hospital de S. Paulo, em Serpa
2.5. Moção da Assembleia de Freguesia de Vila Nova de S. Bento sobre o
encerramento/privatização do Posto dos CTT naquela freguesia
2.6. Tomada de posição da Assembleia Municipal de Beja – “Pela Defesa dos
Comboios em Beja”
3. PERÍODO DE “INTERVENÇÃO DO PÚBLICO”
E, para constar, se publica o presente edital e outros de igual teor, que vão ser
afi xados nos locais públicos do costume.
Serpa, 21 de Setembro de 2011.
A Presidente da Assembleia MunicipalSara de Guadalupe Abraços Romão
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CONSTRUÇÃO CIVIL
“DESDE 1800”
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Sr. FRANCISCO ANTÓNIO CAROCINHO, de 86 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério de Nossa Senhora das Neves. (Rectifica-se porque por lapso e erradamente na anterior publicação foi colocado o titulo académico de Doutor, pelo que pedimos desculpa à família)
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA AUGUSTA LAM-PREIA, de 78 anos, natural de Rosário - Almôdovar. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 22, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CUSTÓDIA, de 87 anos, natural de Quintos - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Capela do Lar de Salvador - Polo II, para o cemitério de Beja.
BERINGEL
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MIRALDINA DA CONCEIÇÃO GAMITO, de 88 anos, natural de Beringel - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
CUBA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. CÂNDIDA AUGUSTA PE-NEDO CORREIA VASCO, de 74 anos, natural de Cuba, casada com o Exmo. Sr. António Francisco Maltez Vasco. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 23, da Casa Mortuária de Cuba, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA CAROLINA GAR-RIDO PEREIRA, de 53 anos, natural de Santiago Maior - Beja. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 24, do Hospital de Beja, para o cemitério desta cidade.
AMENDOEIRA DO CAMPO / VALE DE AÇOR
†. Faleceu o Exmo. Sr. ANTERO DIAS, de 79 anos, natural de Alcaria Ruiva - Mértola, casado com a Exma. Sra. D. Manuela Inácia Dias. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Casa Mortuária de Amendoeira do Campo, para o cemitério de Vale de Açor, Alcaria Ruiva.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA OLINDA TRINDADE RAMOS, de 78 anos, natural de Paranhos - Seia, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 27, da Capela do Bairro da Esperança, para o cemitério de Beja.
BEJA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOÃO AUGUSTO MALDONADO, de 84 anos, natural de Vidigueira,viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
BERINGEL
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM DA COSTA FI-GUEIRA TAVARES, de 76 anos, natural de Beringel - Beja, viúvo. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Casa Mortuária de Beringel, para o cemitério local.
NOSSA SENHORA DAS NEVES
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOSÉ AUGUSTO PIÇARRA GUER-REIRO, de 62 anos, natural de São João Baptista - Moura , casado com a Exma. Sra. D. Maria José Duro Mestre Piçarra. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 28, da Casa Mortuária de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas
apresentamos as nossas mais
sinceras condolências.
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Rua da Cadeia Velha, 16-22 - 7800-143 BEJA Telefone: 284311300 * Telefax: 284311309
www.funerariapax-julia.pt E-mail: [email protected]
Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Vila Nova de S. Bento
Faleceu o Exmo. Sr. António
Rosa Abril Paixão, de 67
anos, casado com Eugénia
Jesus Ferreira Paixão Abril,
natural de Vila Nova de S.
Bento. O funeral a cargo des-
ta Agência, realizou-se no
passado dia 28 de Setembro
da Casa Mortuária de Vila
Nova de S. Bento para o ce-
mitério local.
Na impossibilidade de agra-
decer pessoalmente a todas
as pessoas que comparece-
ram ao funeral e manifesta-
ram o seu pesar, a família,
vem por este meio expressar
o seu agradecimento a todos
os que estiveram presentes.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
BARRADAS, LDA.Rua do Outeiro nº 21 Vila Nova de S. Bento
Telm: 967026828 - 967026517
Serpa
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Manuel CorreiaEsposa, fi lho, irmãos, sobrinhos
e restante família cumprem o
doloroso dever de participar o
falecimento do seu ente queri-
do ocorrido no dia 22/09/2011,
e na impossibilidade de o fazer
individualmente vêm por este
meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanharam
à sua última morada ou que de
qualquer forma manifestaram o
seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA
SERPENSE, LDAGerência: António Coelho
Tm. 963 085 442 – Tel. 284 549 315Rua das Cruzes, 14-A – 7830-344
SERPA
FuneráriaCentral de Serpa, Lda.
Rua Nova 31 A 7830-364 Serpa Tlm. 919983299 - 963145467
Brinches
É com enorme pesar e soli-
dários na dor da família que
participamos o falecimen-
to da Sra. Ana Gertrudes
Passinhas, de 94 anos,
viúva.
O funeral a cargo desta
Funerária realizou-se no pas-
sado dia 24 de Setembro da
Casa Mortuária de Brinches
para o cemitério local.
A família enlutada na impos-
sibilidade de o fazer individu-
almente, agradece a todas
as pessoas que pela sua
presença ou de outra forma
manifestaram o seu pesar.
Castro Verde
PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Maria da Encarnação RosaSeus fi lhos, netos e restante família participam o seu falecimen-to aos 89 anos, no dia 19/09/2011, e agradecem desta forma a todas as pessoas que compareceram no seu funeral ou que lhes manifestaram o seu pesar.
Nossa Senhora
das Neves
MISSA
Rui Miguel
Cascalheira Colaço
da Costa
7.º Ano de Eterna Saudade
7 anos já se passaram e a
saudade não diminui, tua mu-
lher e teus fi lhos não conse-
guem esquecer-te “Rui”
Esposa, fi lhos, pais, irmão e
restante família informam que
será celebrada missa pelo
seu eterno descanso no dia
02/10/2011, domingo, pelas
18 e 30 horas na Igreja da Sé
em Beja, agradecendo desde
já a todos os que se dignarem
comparecer.
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Francisco António
CarocinhoSeus fi lhos, netos e restante
família cumprem o doloroso
dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido
ocorrido no dia 20/09/2011, e
na impossibilidade de o fazer
pessoalmente, agradecem
por este meio a todas as pes-
soas que o acompanharam à
sua última morada ou que de
outro modo manifestaram o
seu pesar.
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
José Augusto
Gonçalves
(Sabala)Esposa, fi lhos e restante fa-
mília cumprem o doloroso
dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido
ocorrido no dia 18/09/2011, e
na impossibilidade de o fazer
pessoalmente, agradecem
por este meio a todas as pes-
soas que o acompanharam à
sua última morada ou que de
outro modo manifestaram o
seu pesar.
MISSA
António Francisco
Moisão Gaspar9.º Ano de Eterna Saudade
Oiço-te no vento
que me vem falar
Quando em tua ausência,
teimo em te esperar
Vejo-te na espuma
branquinha do mar
Quando sou areia
e me vens beijar
Mãe, avó, irmãos, cunha-
das e sobrinhos, mandam
celebrar missa no dia 4 de
Outubro pelas 19 horas na
Igreja do Salvador – Beja.
Agradecem desde já a todas
as pessoas que assistirem
ao piedoso acto.
Nossa Senhora
das Neves
MISSA
Rui Miguel Escalinha
Fragoso7.º Ano de Eterna Saudade
Sua mãe, tio e restante famí-
lia participam a todas as pes-
soas de suas relações e ami-
zade que mandam celebrar
missa por alma do seu ente
querido no dia 02/10/2011,
domingo, pelas 11 e 30 horas
na Igreja de Nossa Senhora
das Neves, agradecendo
desde já a todos os que se
dignarem comparecer.
Baleizão
PARTICIPAÇÃO, AGRADECIMENTO E MISSA
Inácio José Charrua Garrido HonradoEsposa e fi lhos cumprem o doloroso dever de participar o fale-
cimento do seu ente querido ocorrido no dia 25/09/2011, e na
impossibilidade de o fazer individualmente vêm por este meio
agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última
morada ou que de qualquer forma manifestaram o seu pesar.
Mais informam que será celebrada missa do seu 7º dia, no dia
02/10/2011 na Igreja Paroquial de Baleizão pelas 10.00 horas.
AGÊNCIA FUNERÁRIA POPULAR BEJENSE, LDA.Rua António Sardinha, nº 12, 7800-447 BEJA
Tel. 284323555 Tm. 965217456
Vidas
Luís André, paraplégico e bom-beiro em Ourique, concluiu no passado mês de agosto o curso de mergulhador de recreio. É o primeiro bombeiro paraplé-gico com certificação de mer-gulho e a segunda pessoa com mobilidade reduzida a conse-gui-lo em Portugal.
Texto Marco Monteiro Cândido
A vida de Luís André sofreu um enorme contratempo em 1995. Um acidente de
mota deixou-o paraplégico aos 22 anos e com 80 por cento de incapaci-dade física. Com a mudança que so-freu na sua vida, Luís André teve que reaprender a viver de outra forma, deixando muitos dos seus sonhos de parte. “Tentei refazer a minha vida. Após um acidente destes a vida muda. É morrer e nascer outra vez e é começar dali para a frente”. Um dos sonhos era o de praticar mergulho, tornar-se mergulhador. “Este é um velho sonho que eu tinha. Mas, após o acidente, tive que o pôr de parte. Falei ainda com mergulhadores na altura para saber se, mesmo sendo paraplégico, conseguiria mergulhar. Aí disseram-me que não e eu colo-quei de parte essa hipótese”.
Desde o acidente, o desejo de mer-gulhar foi posto completamente de parte por Luís André. Até ao ano pas-sado, quando foi desafiado pela asso-ciação internacional de mergulhado-res com limitações, a Disabled Divers International (uma associação di-namarquesa sem fins lucrativos e com representação em Portugal), e a Associação Salvador, uma instituição que pretende promover a integração de pessoas com deficiência motora e melhorar a sua qualidade de vida, para fazer umas provas em Lisboa. “Prestei as provas, não tive qual-quer dificuldade e disseram-me que não havia problema nenhum em fa-zer um mergulho. Em agosto de 2010 convidaram-me para fazer um mer-gulho no mar, em Sesimbra, acom-panhado por dois instrutores por não ter ainda experiência”.
Esta primeira experiência no fundo do mar provocou algo em Luís André, como se tivesse nas-cido uma terceira vez. “Esse mer-gulho mexeu comigo. No fundo do mar não temos quaisquer limitações.
Luís André é o primeiro bombeiro paraplégico com certificação de mergulho
O homem que nasceu de novo
Exploramos, vamos onde qualquer outra pessoa sem limitações vai. E aí vivi o meu sonho”. Ao falar desse momento, Luís André emociona-se visivelmente, como se o mar lhe ba-nhasse os olhos. “Foi a liberdade to-tal. Uma grande emoção. Quando o
nosso espírito entra naquele mundo, esquecemos tudo”.
Daí para cá, mais do que nunca, o chamamento do mergulho foi ainda mais forte. Incentivado pelos instru-tores da DDI-Portugal, Luís André começou a acreditar na possibilidade
de cumprir o seu velho sonho: ser mergulhador. Desse momento e até ao início do curso de mergulhador foi uma questão de tempo e dispo-nibilidade, o que aconteceu no pas-sado mês de agosto. Passada a parte teórica do curso, Luís André passou
três dias em piscina e um dia e meio no mar, tendo concluído o curso com aproveitamento. “Na piscina é tudo muito mais fácil, mas no mar as coi-sas são completamente diferentes”. Apesar de tudo, não sentiu quais-quer dificuldades no fundo do mar e foi mais fácil do que estava à espera. “Punha muitos obstáculos e tinha muitos porquês, mas depois, ao viver os momentos, correu tudo bem”.
O primeiro mergulho de Luís André, já depois da certificação, aconteceu no passado dia 17 de se-tembro, numa limpeza subaquá-tica em Sesimbra e “sem instruto-res”, afirma o mesmo com visível orgulho. “Só fui acompanhado por uma pessoa, mas isso é a lei que obriga, sempre, duas pessoas a mergulharem no mar ”.
O sonho que Luís André tinha posto de parte, e que agora recupe-rou, é um exemplo das muitas coi-sas que as pessoas portadoras de deficiência podem e conseguem fa-zer. De tudo o que fazia, antes de sofrer o acidente de mota, ser bom-beiro foi a única coisa da qual não desistiu. Em 1989, com 16 anos, Luís André entrou para a corpora-ção dos Bombeiros Voluntários de Ourique, onde está até hoje e onde trabalha na central telefónica. E hoje, saltar de para-quedas tam-bém está mais perto.
Se fosse possível, Luís André mer-gulharia todos os dias. Por agora, e já com a certificação, vai fazendo-o quando é possível. Para o futuro, há que arranjar equipamento próprio, já que o custo do material ainda não permitiu a Luís adquiri-lo. E, se pos-sível, conjugar o mergulho com a vida de bombeiro. “Como sou o pri-meiro bombeiro paraplégico certifi-cado em Portugal neste nível, pode-rei tentar ingressar numa equipa de mergulho da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Isso é uma luta que te-nho. Acredito que seja difícil, mas ao mesmo tempo acho que se as pessoas dentro das estruturas virem para além do bombeiro que anda de ca-deira de rodas, pode ser possível”.
E por agora, 16 anos depois do acidente que o deixou paraplégico, sempre com o mar no horizonte, Luís André é um homem em paz, como a paz que se vive no fundo do mar. “Hoje posso dizer que sou uma pes-soa que se consegue deitar em paz”.
Poderei tentar ingressar numa equipa de mergulho da Autoridade Nacional
de Proteção Civil. Isso é uma luta que tenho. Acredito que seja difícil, mas
ao mesmo tempo acho que se as pessoas dentro das estruturas virem para
além do bombeiro que anda de cadeira de rodas, pode ser possível.❝
Sonho concretizado Batismo de megulho no mar
“Esse mergulho mexeu comigo. No fundo do mar não temos
quaisquer limitações. Exploramos, vamos onde qualquer
outra pessoa sem limitações vai. E aí vivi o meu sonho”.
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Dica Já demos aqui algumas dicas para reciclares as tampinhas de plástico, mas agora o desafi o que te lançamos é para criares a partir das caricas ímans divertidos. Podes criar personagens inspiradas nos teus pais, irmãos ou amigos.
Vitória, vitória conta a tua estória
D 3
A companhia bejense Lendias d’Encantar realiza no fim de semana, dias 1 e 2, três ateliês de expressão dramática, que decorrerão na Casa da Cultura para diferentes públicos alvo. Entre as 10 e as 13 horas, a ação é orientada pela atriz Marisela Terra e dirigida a crianças com idades entre os seis e os nove anos. Os restantes destinam-se a jovens, dos 10 aos 14 anos, e a adultos, sendo dinamizados por Ana Ademar e António Revez, respetivamente.
Lendias promove
ateliês para crianças
e jovens
A páginas tantas ...
sorrisos
O Senhor Nicanor, de Ana Fernández-Abascal e ilustrado por Flávio Morais, é o mais recente livro editado pela Kalandraka. A autora junta três personagens como protagonistas de um conto, em que cada uma vai lendo sucessivamente um livro, após a enunciação de uma fórmula que se vai repetindo à laia de estribilho. – Que história tão má!É melhor esquecê-la já.E, como se queria rir,pegou num livro a seguir...Todas elas recorrem a um livro para satisfazer a dose de emoção, entretenimento ou aprendizagem que a televisão não lhes proporciona. As ilustrações muito iconográficas e de cores muito intensas produzem chamativos contrastes. Podemos sempre perguntar, televisão ou um livro?
sosLeonardo Da Vinci nasceu em Itália em 1452. Pintou “Mona Lisa”, um dos quadros mais famosos do mundo, muito pelo enigmático sorriso da persona-gem. Leonardo não foi só pintor, foi também músico, escultor, inventor, engenheiro, cientista e matemático. Muitas das notas que escrevia nos seus livros aparecem escritas da direita para a esquerda sendo apenas decifráveis ao espelho.“Lets Make Some Great Art” lançou um livro dedicado a vários pintores, onde podes não só aprender técnicas como di-vertires-te recriando os quadros originais. A dica propõe-te de-senhares um novo sorriso desta pintura de Leonardo Da Vinci ou como no vídeo (http://vimeo.com/26444180) criares a partir do desenho original personagens como Lady Gaga.
Consegues ler isto. Então tenta dese-nhar o sorriso de Mona Lisa
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Boa vidaComer Frango do campo assado no forno
Ingredientes:
1 frango do campo4 dentes de alho picadosq.b. colorau q.b. salsa picada 1 folha de louroq.b. sal e pimenta 1,5 dl de azeite1 dl de vinagreq.b. de polpa de tomate2 dl de vinho branco 1 dl de aguardente velhaq.b. de Água Batatas fritas Salada mista
Confeção:
Parta o frango em pedaços e tempere com todos os ingre-dientes, esfregue bem tudo no frango e reserve de um dia para o outro no frigorí-fico. Leve ao forno a assar a 170ºC, durante uma hora. Depois de assado sirva com as batatas fritas e uma salada a gosto.Bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
.
A Mandy é uma cadela adulta, cruzada de pastor alemão, que está no canil há pouco
tempo mas já conquistou todos. É simpática e muito dócil com todas as pessoas e
cães. É mamã de sete lindos cachorrinhos que também procuram famílias de adoção.
Venham conhecer a Mandy e os seus filhotes à associação. Depois de amamentar será
esterilizada e vacinada. Contactos: 962432844; [email protected]
Portugal vinhateiro pode (e deve) dividir-se em três uni-dades territoriais, cada uma com forte tipicidade senso-rial atribuída aos vinhos aí produzidos: Atlântico, Vales
(ou Terras Altas) e Sul de Portugal. Nesta última grande região, a influência mediterrânica, a homogeneidade de castas e métodos culturais e a liderança tecnológica concorrem para a produção de vinhos maduros, gulosos, expressivos e com um amplo espec-tro de degustação que não se limita à mesa, precedendo-a por entre aperitivos ou, apenas, com dois dedos de conversa. As sensações cati-
vantes e a versatilidade estão na origem da preferência de mais de 50 por cento dos consumi-dores nacionais pelos néctares do sul, onde marcam presença os vinhos do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve.
Prepare-se para alente-janar até Pax Julia. Na capi-tal do Baixo Alentejo realiza --se nos dias 7, 8 e 9 de outubro a quinta edição da Vinipax, mostra de vinhos do sul de Portugal, com a presença dos maiores produtores das re-giões do Tejo, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve. Serão perto de uma centena de expositores, no pavilhão prin-cipal do parque ferial de Beja. Se a temática do enoturismo lhe interessa, saiba que na se-mana da Vinipax e no âmbito do food festival Alentejo das Gastronomias Mediterrânicas se realiza, no dia 3, uma con-ferência com o testemunho de técnicos estrangeiros que nos explicarão os casos de sucesso da África do Sul, da Argentina e da Espanha.
Celebrando o quinto ani-versário da Vinipax, arran-cam novos eventos para mi-údos (Beja Kids dinamizado pela organização do Canal Panda) e para graúdos (Beja Brava, a mostra para amantes da arte equestre e da tauro-maquia). Juntam-se assim à Olivipax, Azeite e Sensações do Sul e ao Beja Gourmet com a comida e o picoteio tão do agrado de todos os leitores que, assim, podem e devem deslocar-se em família.
Reserve as datas e reúna toda a informação em www.vinipax.net e em www.turis-modoalentejo-gastronomias-mediterranicas.com.
Aníbal Coutinho
Vinho Diário
Um dos vinhos que mais me
impressionou na recente prova
cega que deu origem ao meu
“Guia Popular de Vinhos”,
edição 2012, já nas livrarias e
nos supermercados, foi o branco
Vinha do Monte, IG Alentejano
de 2010. Uma das compras
seguras em qualquer prateleira.
Vinho de Calendário
Paulo Laureano é um dos enólogos
nacionais mais conhecido e
afamado. Autor de muitos dos
grandes vinhos alentejanos,
tem vindo a apostar no
desenvolvimento da sua dimensão
como produtor, baseado em
Vidigueira. Recentemente o vinho
branco Paulo Laureano, Reserve,
DO Alentejo de 2010, brilhou numa
competição internacional para
decidir os melhores vinhos em
prova durante as viagens de avião.
Com os pés assentes na terra, pode
provar este vinho na Vinipax.
Dois copos de conversaAlentejanar com Bom Gosto
.
Filatelia Filapex
No próximo dia 8 de outubro (sábado) re-aliza-se, em Beja, a
Filapex 2011, exposição com-petitiva entre os filatelistas do Núcleo de Colecionismo do Centro Cultural e Desportivo do Hospital de Beja e os da Confraria Timbrológica Me-ri dional de Évora. Cada uma das equipas tem sete elemen-tos, apresentado cada um de-les uma coleção de três qua-dros (48 folhas). Pela equipa de Beja, concorrem: dr. José da Costa Lemos com a cole-ção “Império Russo”; dr. Jorge da Costa Oliveira Bomba com “Os oito primeiros anos da fi-latelia em Israel”; Pedro Vaz Pereira com “Inteiros Postais da Monarquia, Açores e Madeira”; Francisco Geada Sousa, com “Expansão Portuguesa Ultramarina”; Francisco Matoso Galveias com “Aves, esses conquista-dores dos ares”; José Marques Afonso com “O Dia do Selo em Portugal”; e José Geada Sousa com “Transfusão de sangue – um pouco de histó-ria”. Pela Confraria concor-rem: António Cristóvão com “Emissão Camilo Castelo Branco”; Nuno Ferreira com “História Postal de Évora”; Rui Mendes com “Stationery of Great Britain – Queen Victoria – The registered en-velopes”; João Soeiro com “Correio Aéreo Português”; Júlio Maia com “Esta Gesta Gloriosa”; Bento Grossinho Dias com “Uniformes Mi-litares”; e Eduardo Oliveira e Sousa com “Do sonho à re-alidade”. Para avaliar e pon-tuar as coleções a Federação Portuguesa de Filatelia no-meou os jurados dr. Eurico Lage Cardoso e João Maria Violante. A exposição decorre na rua Poeta Afonso Lopes Vieira, n.º 15, local onde estará em funcionamento um posto de correio provido de um ca-rimbo comemorativo que re-produz o escritor Manuel da Fonseca, escritor que já foi fi-latelizado num selo emitido em 14 de março último.
Geada de Sousa
BDEm cheio!...
Ao momento em que es-tas palavras se registam, a França ainda não foi tor-
pedeada por essa coisa das agên-cias de rating (odiosamente contra o euro e, sobretudo, contra a Europa). Sob o céu plúmbeo da “crise mun-dial”, a França caminha bem pela sua Cultura. Por exemplo: em curto es-paço de tempo, fez e estreou duas be-las adaptações da BD ao cinema (o que está muito em voga tanto em França como nos Estados Unidos). São elas:
1 – “Le Chat du Rabbin” (O Gato do Rabino), em ci-nema de anima-ção, com base na popularíssima sé-rie homónima de Joann Sfar. A adap-tação e conseguida feitura desta versão deve-se a Antoine Deslesvaux e ao próprio Sfar. Pena que, mesmo via ál-
buns BD, esta divertida série não es-teja devidamente editada em portu-guês. Tem editora que é cega!...
2 – “́ L’Élève Ducobu” (O Aluno Ducobu), criação original em BD pe-los geniais Zidrou e Godi. A loucura popular e hilariante é tal que não se es-capou ao cinema, mas aqui, com ato-res de carne e osso: Vincent Claude (Ducobu), Juliette Chappey (Léonie) e Elie Semoun ( prof. Latouche), com re-alização de Philippe de Chauveron.
Repete-se: Que pena que esta série não esteja também devidamente edi-tada em português! Tem editora que é cega!... Dââââh!...
A esperança fica-se agora para que estes filmes passem nos nossos cine-mas, nas nossas televisões ou, no mí-nimo, que sejam rapidamente edita-dos em DVD. Haja Deus!...
“Os Campistas”
Editora: Asa.Autores: Veerle Swinnen, Dugomier e Eric Maltaite.Obra: “Os Campistas”.
Uma obra refrescante e cheia de hu-mor, contando com boa paródia as alegrias e os desaires que acontecem aos amantes e praticantes do salutar campismo. Obra a ler folgadamente através das férias estivais.
Luiz Beira
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Os nossos chefes O Bento no Nerbe, a arte da cozinha
Às vezes as pessoas não se dão conta do me-lhor que têm na sua terra. É, infelizmente, assim em muitas artes e também na culiná-
ria. Temos entre nós um cozinheiro que só conse-guia mostrar as suas obras ao público nos concursos de culinária temática da Ovibeja, patrocinados pela Confraria Gastronómica do Alentejo. Recebia, inva-riavelmente, a distinção de prémios, com frequência, o primeiro. Agora abriu um restaurante, ficou dispo-nível para todos.
O Bento – Bento Colaço Gomes Serrano, uma já an-tiga e respeitada família de Beja – começou a cozinhar cedo. Precisou de aprender. Em novo teve uma situa-ção clínica difícil, com fortes limitações na sua dieta, que ele gostava de confecionar, frequentemente ino-vando, criando novas composições, especializando o seu gosto natural.
O restaurante do Núcleo Empresarial da Região de Beja é contemporâneo da própria associação, no prin-cípio dos anos noventa, mas nunca se tornou notória a sua presença entre nós. Está como estava, a mobí-lia é discreta mas distinta, os instrumentos de uso são os normais e ainda restam alguns pratos originais,
gravados com o símbolo do Nerbe. Restaurante dis-creto, no termo da cidade. Espaço para estacionar: o suficiente para um batalhão de infantaria reforçado.
Tem uma lista fixa semanal onde se destaca à terça - -feira o peixe, conforme o que vem de Sines, à quinta - -feira o cozido à portuguesa e ao sábado a cabidela. Na carta variável acompanha-se as estações e a frescura dos produtos. Com a vertente regional sempre em vista. Há açorda, de pescada ou bacalhau, borrego, ou
assado ou em ensopado, sopas de toucinho, sopas de peixe – quase sempre à quarta-feira – e feijoadas.
As feijoadas são tentadoras. Desde o clássico fei-jão branco com espinafres e pescada, ao feijão “cá de casa”, com rolas, se as houver, passando pelo feijão à “Tio Luís Lobito”, com galinha, arroz e um inesperado ovo estrelado a acompanhar. Há iscas e pratos de caça no seu tempo próprio.
Comeu-se, na companhia do Luís Dargent e da Fátima Freire de Andrade – excelente consórcio –, um bacalhau à moda da casa, no forno, e um refrito de entrecosto com arroz de espinafres e miolos fingi-dos, uma espécie de migas secas com ovos. A Fátima comeu um bife de lombo com um molho original e muito gabado. Os miolos fingidos são um brilhante acompanhamento que pertence à mais antiga panó-plia dos nossos pratos, receita hoje quase esquecida mas de imenso interesse gastronómico.
A Catarina, filha, acompanha a sala, a Ana, mu-lher, confeciona as sobremesas. Comeu-se uma mousse, feita por ela é uma maravilha. Doces conven-tuais, como pão de rala, são mais lá para o inverno.
A lista é de vinhos do Alentejo, não muito extensa mas criteriosa, bem arrumada. A Vidigueira está pre-sente, o BS – Bons Sinais mas que podia ser Bento Serrano – e todos eles com preços muito razoáveis.
Ainda não abre ao domingo, irá abrir lá mais para a frente, talvez ao almoço para começar.
António Mira Almodôvar
Restaurante Nerbe
Encerra ao domingo (por enquanto)
Rua Cidade de São Paulo – Edifício Nerbe – Beja
Preço médio 15 €
Tel. 284 329 168 | 964 121 182 | 917 096 895
A decorrer deste o último dia 26, a Feira do Livro de Ourique
cumpre amanhã, sábado, o seu último dia, na Biblioteca
Municipal Jorge Sampaio. “Estórias de Encantar”, com o contador
Jorge Serafim, e oficinas criativas para crianças dinamizadas
no âmbito do Orika-te – Contrato Local de Desenvolvimento
Social do Concelho de Ourique são as atividades previstas para
o dia de encerramento. A mesma equipa dinamiza hoje, sexta -
-feira, oficinas criativas também para idosos, prevendo-se, para
completar o programa do dia, a apresentação, a partir das 21 horas,
da performance “Mais noite menos dia”, pelo grupo Hedonistas.
Feira do Livro de Ourique
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Fim de semanaDois clarinetes e um piano no Musibéria A dupla de clarineristas Esther Georgie e João Pedro Santos e a pianista Ana Zão protagonizam o concerto de música clássica com que Serpa celebra amanhã, sábado, o Dia Mundial da Música. O recital, com entrada livre, decorre a partir das 21 e 30 horas, no auditório do centro Musibéria.
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Nascido em Moura, criança fascinada pelo brilho e pelo colorido do mundo do espetáculo, Domingos Machado é o homem por detrás do travesti Belle Dominique, que este ano comemora 35
anos de palco com uma programação que passa pela cidade natal. Hoje mesmo, a partir das 22 horas, o espaço Sherazade recebe o espetáculo de café-concerto “‘Xê’ La Belle”, um musical com momentos de stand-up comedy atravessados por “alguma crítica social e política tão ao jeito do espetáculo de cabaret”, como descreve a sinopse. Miss Belle Dominique, “mulher extrovertida, exuberante, às vezes um bocadinho desbocada”, nas palavras do seu criador, surgirá no palco mourense acompanhada das artistas Veronique Divine, “exímia bailarina de cabaret burlesco”, e Celly C, “a voz quente e sensual do music-hall cabaret”.
A data é também assinalada com uma exposição retrospetiva que abriu portas ontem, quinta-feira, no espaço Inovinter, com o apoio da câmara municipal local. Peças de guarda-roupa, fotografias, troféus, de-poimentos, entrevistas, adereços de espetáculo, material de promoção e outras “curiosidades” fazem parte do espólio destes 35 anos de carreira. Belle Dominique foi “inventada” dois anos após a Revolução dos Cravos, no bar Memorial, em Lisboa, com uma recriação de Liza Minelli en-quanto Sally Bowles no filme “Cabaret”. Meine damen und herren, mes-dames et messieurs, ladies and gentlemen: Miss Belle Dominique.
Imagens do rio Mira na Biblioteca O rio Mira é o tema da exposição
de fotografia que vai estar patente
na Biblioteca Municipal José
Saramago, entre amanhã, sábado,
e 29 de outubro, como resultado
de mais uma edição do concurso
nacional de fotografia, promovido
pelo município de Odemira e pela
associação Sopa dos Artistas.
A inauguração decorre pelas
12 horas, ocasião em que serão
também entregues os prémios
aos autores dos cinco melhores
trabalhos a concurso. O vencedor
é João Pedro Costa, pela imagem
“Sereno Amanhecer” (na foto). O
concurso foi aberto a fotógrafos
amadores e profissionais,
tendo contado com a adesão
de mais de 60 participantes.
Peixe Avião voam até Beja Os bracarenses Peixe Avião,
grupo que se inscreve no universo
do pop/rock e da eletrónica, vão
estar amanhã, sábado, a partir
das 21 e 30 horas, no Pax Julia
Teatro Municipal. A banda tem
dois álbuns no seu currículo,
“40.02” e o recente “Madrugada”,
de quem o poeta Valter Hugo
Mãe disse tratar-se da “prova
dos nove para um dos mais
preciosos projetos nacionais.
Reiterando o melhor de que
são capazes, os Peixe Avião
superam-se no mais caro dos
sentidos, isto é, amadurecendo”.
Uma boa sugestão para o
Dia Mundial da Música.
Domingos Machado em Moura
Belle Dominique
apaga 35 velas
Os Hedonistas são um grupo de jovens de Ourique, inscritos em várias sensibilidades artísticas, que têm por hábito reunir-se
com alguma regularidade para “cantar, falar, declamar, expor e projetar emoções sobre determinada época do ano”, quer seja
uma nova estação ou uma data comemorativa. Resultado disso é o espetáculo multimédia “Mais noite menos dia”, que tem
como tema central a chegada do outono, “o declínio da luz, as primeiras chuvas, as novas melancolias”, e como matéria-prima
os poemas, a música e a fotografia. A estreia é hoje, sexta-feira, na Biblioteca Municipal Jorge Sampaio, pelas 21 e 30 horas.
Hedonistas estreiam peça em Ourique
Lendias apresentam comédia de costumes no Pax Julia Cumpre-se hoje, sexta-feira, pelas 22 horas, a última das três sessões
da peça “Grávida abandonada procura namorado”, pela companhia
Lendias d’Encantar, no Pax Julia Teatro Municipal. A produção,
que se apresenta pela primeira vez nesta sala bejense, tem texto
de António Manuel Revez e consiste numa “comédia de costumes
que evoca o imaginário inquietante e delirante dos encontros
amorosos combinados on line, envolvendo de forma divertida os
eternos temas da verdade e das máscaras, do ser e do parecer”.
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Não bastasse já a quantidade assinalável de candidatos à liderança do PS/Beja – cuja eleições
se realizam daqui a mais de um ano – soubemos agora que já existem oito candidatos para a mesma estrutura
daqui a seis anos, entre os quais Pedrito de Portugal e o pequeno cantor Saúl, que nessa altura
já estará na reforma.
Dificuldades financeiras podem levar funcionários do museu a receber em sestérciosAs dívidas de municípios estão a estrangular algumas instituições da região, como a Assembleia Distrital, responsável pelo Museu Regional de Beja. Os salários dos funcionários desta instituição estão em risco e podem obrigar ao recurso de medidas de emergência, como pagar em sestércios (moeda romana) ou mesmo em lápides funerárias. “Tive uma colega que recebeu o subsídio de férias em capitéis do Fórum da antiga Pax Julia”, confidenciou-nos uma funcionária. “São muito giros mas ocupam metade da sala de jantar. Um deles tem inscrito na parte de trás a frase ‘Mariana Alcoforado was here’ e outro tem a frase ‘Marquês de Chamilly, és cortes, desaparece’”. Mas a esperança é a última a morrer. As dificuldades do museu geraram uma onda de solidariedade. A própria estátua da Rainha D. Leonor já admitiu ir para a apanha do morango em Espanha para ajudar a pagar dívidas.
Beja substitui o Dia Europeu sem Carros pelo Dia Europeu sem Comboio, Voos Internacionais e Autoestrada
Parece que este ano foi o último em que se celebrou o Dia Europeu
sem Carros na capital do Baixo Alentejo. Os responsáveis locais re-
solveram adotar um dia que diga mais aos alentejanos – pratica-
mente todos têm carros e se não tivessem ficariam mais isolados
do que Alberto João Jardim está no PSD. Neste sentido, será inaugu-
rado o Dia Europeu sem Comboio, Voos Internacionais e Autoestrada,
dia esse que será partilhado com outras grandes cidades do mundo
como Zafra (Espanha), Diapaga (Burkina Faso) ou Cochabamba
(Bolívia). “Estou certo que a iniciativa será um êxito, pois estamos
cada vez mais isolados no que se refere a outros meios de transporte
que não o carro”, como nos explicou um membro da organização, en-
quanto usava o ponto de carregamento de veículos elétricos para
carregar o telemóvel e o portátil. “O Dia Europeu sem Carros poderá
voltar quando Beja tiver alternativas, como um TGV, voos interna-
cionais como o Caracas-Beja (com escala em Padrão, Porto Peles e
Neves), ou mesmo uma ciclovia que ligue Beja a Kuala Lumpur. Neste
momento, o carro faz-nos tanta falta como o oxigénio ou as empa-
das do Luiz da Rocha” .
Equipa do CEBAL trabalha em medicamento para restaurar atividade cerebral dos concorrentes da Casa dos Segredos
Depois de resultados prometedores na luta contra o can-
cro da mama, a equipa do Centro de Biotecnologia Agrícola
e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral (Cebal) já está
a trabalhar num projeto que pode revolucionar o mundo
da medicina, como a penicilina ou a pulseira do equilíbrio.
Uma investigação conjunta com a publicação on line Ábacos
do Amanhã revelou que o centro está a preparar um medica-
mento baseado em hortelã da ribeira que permite restaurar
a atividade cerebral dos concorrentes da Casa dos Segredos,
reality show da TVI. “Já começámos com os testes – colocá-
mos um concorrente e uma ovelha a serem alvo do trata-
mento experimental. De momento, podemos avançar que
a ovelha leva vantagem: já distingue a esquerda da direita
e resolve equações do exame de 12.º ano de matemática. O
concorrente sabe realçar os atributos físicos, mas ainda con-
tinua a dizer frases que não fazem sentido como: ‘O teu se-
gredo tem a ver com o mulherenguismo’ ou ‘És mesmo ho-
mem com dois agás’”.
InquéritoQuem é que acha que deve ser o can-didato da CDU à Câmara de Beja?
FÁTIMA FELGUEIRAS, 57 ANOS
Ex-autarca, pessoa com pós-graduação em sacos azuis
e cliente n.º 1 da Corporación Dermoestética
Meus queridos vejenses, eu posso ser can-
didata da CDU, do PND ou do PH. Tudo o que
bem à rede… Sei que não saviam, mas eu
própria sou vejense desde pequenina, pois
sempre gostei do Rivateijo. Comigo na presi-
dência da Câmara de Veija, haberá bôos para
o Vrasil todas as semanas, pois poderei ter
que me ausentar algumas bezes, por causa duma… aahhh… mal-
dita sinusite, é isso! Só aqueila água me faz vem…
D. MANUEL FRANCO FALCÃO, 89 ANOS
Bispo emérito de Beja, pessoa que acha que o comunismo é para os
comunistas alentejanos uma cena que não lhes assiste
Mas mais candidatos para quê? Faça-se
como se fez na Bélgica que estão há 500 dias
sem governo e têm crescimento económico.
Na Igreja temos a mesma gestão há mais de
2 000 anos e a coisa tem corrido bem!
RODEIA MACHADO, 63 ANOS
Presidente dos Bombeiros de Beja, pes-
soa que está mortinha por se candidatar
A gestão de Pulido Valente foi a pior coisa
que aconteceu a este concelho desde as in-
vasões napoleónicas e a peste negra juntas.
Ele é responsável pelas lesões do Fernando
Mamede e pelo desaparecimento da Maria de
Lurdes Modesto das televisões! Agarrem-me,
agarrem-me que eu candidato-me!
Governo admite eletrificação da linha do comboio até Beja mas só se for quilómetro sim, quilómetro não
Depois do episódio da não-construção-do-TGV-que-afi-
nal-não-ia-ser-construído-mas-afinal-já-vai-por-
que-é-um-TGV-pró-fraquinho, apurámos que o
Governo admite rever a sua política em rela-
ção à rede ferroviária, incluindo a ligação
a Beja. O executivo admite eletrificar a
linha a curto prazo, mas apenas se for
quilómetro sim, quilómetro não, para
poupar dinheiro. Especialista em
transportes públicos e letras de mú-
sicas do João Pedro Pais, explicou-
-nos como é que isto pode ser reali-
zável: “Basta fazer uma puxada da
rede elétrica da barragem de Alvito.
Com jeitinho, os tipos da EDP nem se
apercebiam. Nos troços eletrificados,
era sempre a andar; nos troços sem ele-
tricidade, bastaria desembraiar o com-
boio”. E acrescentou: “Agora todos falam na
bitola ibérica e na bitola europeia, mas devía-
mos apostar na bitola Bombaim, muito praticada
na Índia. Aquilo dá para meter umas 3 000 pessoas
numa automotora, mais dois rebanhos de ovelhas e quatro
capoeiras. Uma viagem entre Beja e Cuba pode levar 46 dias, mas
imaginem o que se pouparia”.
Nº 1536 (II Série) | 30 setembro 2011
RIbanho POR LUCA
FUNDADO A 1/6/1932 POR CARLOS DAS DORES MARQUES E MANUEL ANTÓNIO ENGANA PROPRIEDADE DA AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL Presidente do Conselho Directivo Jorge Pulido Valente | PRACETA RAINHA D. LEONOR, 1, 7800-431 BEJA | Publicidade e assinaturas TEL 284 310 164 FAX 284 240 881 [email protected]ção e redacção TEL 284 310 165 FAX 284 240 881 [email protected] | Assinaturas País € 28,62 (anual) € 19,08 (semestral) Estrangeiro € 30,32 (anual) € 20,21 (semestral) Director Paulo Barriga (CP2092) | Redacção Bruna Soares (CP 8083), Carla Ferreira (CP4010), Nélia Pedrosa (CP3586), Ângela Costa (estagiária) Fotografia José Ferrolho, José Serrano | Cartoons e Ilustração Carlos Rico, Luca, Paulo Monteiro, Susa Monteiro | Colaboradores da Redacção Alberto Franco, Aníbal Fernandes, Carlos Júlio, Firmino Paixão, Marco Monteiro Cândido | Provedor do Leitor João Mário Caldeira | Colunistas Aníbal Coutinho, António Almodôvar, António Branco, António Nobre, Carlos Lopes Pereira, Constantino Piçarra, Francisco Pratas, Geada de Sousa, José Saúde, Luiz Beira, Rute Reimão | Opinião Ana Paula Figueira, Arlindo Morais, Bruno Ferreira, Carlos Félix Moedas, Cristina Taquelim, Daniel Mantinhas, Filipe Pombeiro, Francisco Marques, Francisco Martins Ramos, Graça Janeiro, João Machado, João Madeira, José Manuel Basso, Luís Afonso, Luís Covas Lima, Luís Pedro Nunes, Manuel António do Rosário, Marcos Aguiar, Maria Graça Carvalho, Nuno Figueiredo Publicidade e assinaturas Ana Neves | Paginação Antónia Bernardo, Aurora Correia, Cláudia Serafim | DTP/Informática Miguel Medalha Projecto Gráfico Alémtudo, Design e Comunicação ([email protected]) Depósito Legal Nº 29 738/89 | Nº de Registo do título 100 585 | ISSN 1646-9232 Nº de Pessoa Colectiva 501 144 587 Tiragem semanal 6000 Exemplares Impressão Grafedisport, SA – Queluz de Baixo | Distribuição VASP
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Hoje, sexta-feira, o céu vai estar limpo e a temperatura vai oscilar entre os 16 e os 32 graus centígrados. Amanhã, sábado, o sol vai brilhar em toda a região e no domingo não são esperadas nuvens.
São aqueles carros minúscu-los, de apenas dois lugares, que não requerem carta de condu-
ção. Por causa do seu público preferen-cial e das manobras insólitas em que costumam andar envolvidos, chamam --lhes, em refinado sarcasmo alentejano, “mata-velhos”. Para o fotógrafo António Carrapato começaram por ser um enigma para se transformar num caso de afeto, não muito distante daquele que os seus dedicados donos costumam vo-tar-lhes. Daí resultou uma exposição que é, antes de mais, uma experiên-cia. Para chegar à sua apresentação, na Ermida de Nossa Senhora da Conceição, em Lisboa, o fotógrafo fê-lo desde Évora a bordo de um destes carros-brinquedo, ele que mede 1,90 metros. O vídeo “Eu e o meu mata-velhos”, sobre a heroica e barulhenta travessia, é parte da exposi-ção que agora pode ser vista na Casa da Cultura de Beja.
A Casa da Cultura de Beja tem patentes,
até final do mês de outubro, quatro ex-
posições de fotografia produzidas pela
Estação Imagem, entre as quais “Mata -
-velhos”. Fala-me deste projeto – que his-
tória ou histórias quiseste contar aqui?
A história “Mata-velhos”, que faz parte da exposição colectiva da Estação Imagem que está na Casa da Cultura, fala da
António Carrapato44 anos, natural de Reguengos de Monsaraz
Fez o debute como fotojornalista no jornal “Açoriano Oriental”, tendo passado por várias publicações na capital do País até decidir juntar o saber empírico a um curso de fotografia na AR.CO. É colaborador do “Diário do Alentejo” e fotógrafo oficial da Ovibeja há mais de uma década. Assinou também a mostra “Nós”, o culminar de um projeto maior que representa o olhar irónico que os alentejanos têm sobre si próprios e um ponto de viragem rumo à fotografia de autor, captada nos intervalos do fotojornalismo.
relação dos proprietários destes veículos com o espaço público e da minha relação com estes (carros) através de um vídeo que mostra uma pessoa com 1,90 metros (eu) dentro de um “mata-velhos” numa viagem entre Évora e a Galeria Ermida Nossa Senhora da Conceição, em Belém, Lisboa, onde o projeto foi apresentado pela primeira vez.
O tom irónico, humorístico, é um traço
importante da tua assinatura enquanto
fotógrafo. De que forma o encontramos
em “Mata-velhos”?
O tema já por si é cómico. Num país como Portugal, onde a sinistralidade ro-doviária é elevadíssima, haver a possi-bilidade de alguém poder andar na es-trada sem carta de condução é, de facto, irónico.
Como vão os projetos de fotografia de
autor nas pausas do fotojornalismo?
Neste momento, a fotografia de au-tor está mais presente desde a exposi-ção “Nós”, que se inaugurou no Museu de Évora em novembro de 2009. Desde aí, tenho vindo a desenvolver vários pro-jetos. Alguns já finalizados, como é o caso de “Mata-velhos”, e outros que es-tão em curso. É uma fase nova que estou a descobrir.
Entrevista de Carla Ferreira
Canto a Vozes debatido em Portel Portel acolhe entre hoje e amanhã, sábado, mais uma
edição da iniciativa O Canto a Vozes, uma organização
da câmara municipal local. O encontro contempla
o Festival Artes da Fala, a partir das 21 e 30 horas
de ambos os dias, que conjuga a música tradicional
portuguesa, os poetas populares alentejanos, o
repentismo italiano em ottava rima e o rap do litoral
alentejano, com os Prazo & Label T, de Sines. Por
seu turno, a mesa redonda “Património cultural
imaterial: Identidade, turismo e estratégias locais”
convida para o debate vários especialistas, entre eles
o realizador Tiago Pereira, autor do documentário
“Sinfonia Imaterial”, que será exibido pelas 18 horas
de amanhã, sábado, no auditório municipal.
Comunidades Mineiras em Aljustrel
Aljustrel volta a receber, entre os dias 6 e 8, o Encontro
das Comunidades Mineiras. Esta é a sexta edição do
encontro e a Faixa Piritosa Ibérica volta a estar em
destaque. Recentemente foi criado o Agrupamento
Europeu de Cooperação Territorial (AECT) cuja
abrangência é a Faixa Piritosa Ibérica e, neste sentido,
esta é a base geográfica para o encontro. O encontro
começa na quinta-feira com a apresentação pública
de um documentário, feito em 1973, sobre o Grupo
Coral do Sindicato Mineiro, por Francisco d’Orey.
Haverá uma conversa com a participação do autor,
do antropólogo Paulo Lima e de um representante
do grupo coral. Na sexta-feira, destaque para um
colóquio que colocará em evidência a situação e
as perspetivas desta região mineira. Segundo a
Câmara de Aljustrel, “de facto assiste-se à inversão da
tendência desta atividade na região. De uma situação
em que a atividade mineira quase desapareceu com
o sucessivo encerramento de minas, anunciam-se,
agora, novas concessões de extração para a Faixa
Piritosa”. Será ainda abordada a recuperação
ambiental e o aproveitamento patrimonial cultural
e turístico das zonas mineiras e haverá uma visita
à zona de Algares. À noite tem lugar a tradicional
tertúlia “Vida Mineira”. O último dia do encontro,
sábado, será dedicado ao convívio entre as populações
desta vasta zona mineira, quer do lado português
quer do lado espanhol, com uma manhã desportiva.
A tarde, essa, será dedicada ao convívio cultural.
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Fotógrafo alentejano expõe na Casa da Cultura de Beja
Ele e o seu “mata-velhos”
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