A Dominação nas Organizações
Alexandre Abreu
Martha Tricot
Jhonatham Mier
Wellington Xavier
Dominação ...
É a probabilidade de encontrar obediência a um determinado mandado.
Funda-se em diversos tipos de submissão.
Razões:
Considerações Utilitárias - vantagens e inconvenientes por parte
de quem obedece;
Costume - hábito cego de quem obedece;
Puro Afeto - devoção afetiva de quem obedece.
Dominação - seria instável se repousasse apenas na SUBMISSÃO.
Dominação precisa de LEGITIMIDADE → bases da legitimidade são de 3 TIPOS PUROS.
Em virtude: da devoção efetiva à pessoa do senhor e dos seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente: a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória.
O sempre novo, o extraordinário, o inaudito e o arrebatamento emotivo que provocam.
Tipo mais puro:
• dominação do profeta
• dominação do herói
• dominação do herói guerreiro
• dominação do grande demagogo
Associação dominante: de caráter comunitário, na comunidade ou no séquito.
Tipo que manda: o líder
Tipo que obedece: o apóstolo [sequaz, seguidor, partidário, secretário]
*Obedece-se exclusivamente à pessoa do líder por suas qualidades
excepcionais, somente enquanto essas qualidades lhe são
atribuídas, ou seja, enquanto seu carisma subsiste.
*O domínio perde sua efetividade quando essas qualidades deixam
de ser identificadas.
Quadro administrativo: Os subordinados são escolhidos segundo
carisma e vocação pessoais.
*Não se exige qualificação como com funcionários (quadro
administrativo burocrático); ou posição como [com servidores] no
quadro administrativo estamental; ou dependência pessoal como
[com servidores] no quadro administrativo patriarcal.
Em virtude: de estatuto.
Tipo mais puro: dominação burocrática.
Idéia básica: qualquer direito pode ser criado e modificado mediante um estatuto sancionado corretamente quanto à forma
Os subordinados são membros da associação (cidadão, partidários, camaradas, etc.)
Obedece-se à regra estatuída (e não a pessoa em virtude de seu direito próprio)
Quadro administrativo: funcionários.
*O funcionário tem formação profissional.
*Sua administração: é trabalho profissional em virtude do dever objetivo do cargo.
Em virtude: crença na santidade das ordenações e poderes
senhoriais de há muito existentes.
Tipo mais puro: dominação patriarcal
[Idéia básica: não declarada ]
Associação dominante: é a de caráter comunitário
*Os subordinados são os súditos
*Obedece-se à pessoa em virtude de sua dignidade
própria, santificada pela tradição: por fidelidade. O conteúdo das
ordens está fixado pela tradição.
*Quem ordena é o senhor.
Quadro administrativo: servidores
*O funcionário é um familiar, um funcionário doméstico, amigos
pessoais ou de pessoas
ligadas por vínculo de fidelidade.
*Em princípio, frente às normas e tradição, considera-se impossível
criar novo direito.
Reconhece-se que o estatuto é “válido desde sempre” (por
“sabedoria”).
“O Assédio Moral no trabalho é definido como qualquer
conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que
atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou
integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu
emprego ou degradando o clima de trabalho.”
Marie France Hirigoyen
“O Assédio, coação ou violência moral está ligado ao direito
fundamental à dignidade humana, à imagem, à honra, a personalidade
e à saúde do empregado, todos, direitos da Constituição Federal”
Cláudia Reina, juizado Tribunal Regional do Trabalho – 1ª Região (TRT/RJ)
Vertical
Ascendente (Tipo raro, Relações Assimétricas)
Descendente (Mais comum, Hierarquia)
Horizontal (Entre colegas)
Misto
Vitimização
O Assédio é realizado de forma oculta, dúbia, maliciosa, dando margem a diversas
interpretações, atuando no psicológico e emocional da pessoa.
Em todo assédio há um problema com relação à diferença (gênero, idade, raça, religião, competência, estética, etc).
Há intencionalidade de prejudicar.
O Assédio é praticado por chefes ou subchefes, com entendimento equivocado dos objetivos a serem cumpridos ou agindo por conta
própria.
Pode haver assédio entre grupos de funcionários que se unem em busca de poder e exclusão de outros funcionários.
A vítima geralmente é uma pessoa competente ou questionadora.
*Excertos extraídos de: Outubro 2006 Criativa
“As vítimas de assédio mantém um sentimento se terem sido
rejeitadas, maltratadas, desprezadas, humilhadas”
“O impacto traumático do assédio é tão grande que o assediado não
gosta de lembrar, tem vergonha do acontecido, continua a se sentir
culpado e muitas vezes só percebe que foi vítima de assédio, quando
já está desligado da empresa.
• Ambivalência do discurso do assediador, sempre com duplo
sentido e negação da verdade;
• Reprimendas constantes;
• Zombarias;
• Agressões pontuais;
• Sobrecarga de tarefas, sem que haja tempo hábil de executá-las;
• Retirada de tarefas e funções;
• Observações sarcásticas, irônicas, cáusticas;
• Crítica sistemática do trabalho;
• Desvio de função;
• A vítima é vigiada, pressionada e aos poucos vai sendo isolada do grupo e do processo produtivo;
• Recados e avisos não são repassados;
• Assediador nega e deturpa os fatos;
• O assediado é ridicularizado por aspectos subjetivos de sua personalidade, criando dúvidas e queda da autoestima;
• Faltas no serviço e licenças médicas da vítima servem como munição para o assédio continuar
ASSÉDIO SEXUAL E ASSÉDIO MORAL
• O Assédio moral muitas vezes acontece com a mulher que negou o
assédio sexual, ou após término de um envolvimento
afetivo/sexual.
• Assédio horizontal e vertical.
*Excerto extraído de: Outubro 2006 Criativa
Como Evitar:
Alianças com os colegas de trabalho.
Não entrar em conflito direto com o assediador.
Não se distanciar do grupo
Levantando Provas:
Documentos, e-mails, bilhetes, atestados e exames médicos.
Anotar em um caderno, com páginas numeradas, as palavras, os
atos de assédio e nome das testemunhas
A Dominação e o Assédio MoralConclusão
O mal causado é irreversível em muitos casos e os principais diagnóticos são: depressão, síndrome do
pânico, estresse pós-traumático, síndrome de Burn-out, Paranóia, Psicose maníaco-
depressiva, Fragmentação psíquica, desequilíbrio emocional.
FIM
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