Download - DIFERENÇAS SOMAM Viva a diversidade! · A ArcelorMittal acredita nisso e esta crença está consolidada em sua Política de Diversidade e Inclusão, que você vai conhecer aqui.

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DIFERENÇAS SOMAM

Viva a diversidade!

Cada um de nós é único, diferente e especial. Diversidade é a regra e é tambémuma riqueza, pois proporciona o encontro de ideias, perspectivas e experiênciasdistintas, tornando o mundo um campo mais fértil e a colheita bem temperada.A ArcelorMittal acredita nisso e esta crença está consolidada em sua Política deDiversidade e Inclusão, que você vai conhecer aqui.A Política foi implementada pelo Grupo em agosto de 2009 e destaca valorescomo respeito, cooperação, solidariedade, flexibilidade e equidade – todos elesvalores que a empresa sempre cultivou e buscou incentivar na sua equipe. Mais que um documento, a Política de Diversidade e Inclusão é um compromisso.E um compromisso que pede o seu engajamento, porque valorizar a diversidade éum exercício de diálogo e aprendizado constantes.

Desafio e oportunidadeA ArcelorMittal é uma empresa mundial e lida cotidianamente com as diversidadesregionais, locais e pessoais em suas unidades espalhadas por 28 países. Esse é um grande desafio empresarial, mas também uma enorme oportunidade. Sim,oportunidade de desenvolver um conhecimento profundo das realidades locais ede criar um ambiente de trabalho sadio e empolgante.

Nossa diversidade é nossa riqueza

Para a empresa, um ambiente rico em diversidade é fundamental para o sucessodos negócios. Isto porque pessoas que pensam de forma diferente geramsoluções inovadoras e respostas mais criativas diante de desafios, impulsionandoa empresa cada vez mais além.Para o mundo, seja nas relações regionais seja em âmbito global, o encontro sadiode diversidades tem efeito similar. Diferenças que se respeitam e dialogamproporcionam mais formas de ver e resolver problemas e abrem maispossibilidades de tolerância, respeito mútuo e desenvolvimento. Por isso, entender e valorizar a diversidade é tornar o mundo um lugar maisinteressante e criativo.Você vai conhecer agora a Política de Diversidade e Inclusão da ArcelorMittal esaber um pouco mais sobre o tema: o que a empresa já faz no Brasil em relação àinclusão e à valorização da diversidade; entender um pouco melhor conceitos;conhecer algumas estatísticas; ter dicas de como lidar com a diversidade no dia adia e de como se relacionar com pessoas com deficiência, entre outrasinformações.Esperamos que o material lhe sirva de inspiração para o trabalho e para a vida. E lembre-se sempre de que diferenças somam.

A riqueza do mundo está no diálogo da sua diversidade. E valorizar esse

diálogo é um exercício cotidiano e um aprendizado para a vida toda.

Nosso objetivo é construir um ambiente de trabalho moderno e flexível que revele a originalidade e o talento de nossos empregados.Considerar todo o potencial presente neste ambiente ampliará nossosucesso ao nos ajudar a definir novos mercados, responder aos desafios dos nossos clientes e corresponder às expectativas de nossosstakeholders com inovação e criatividade.

A ArcelorMittal é a maior e mais completa companhia de aço do mundo, comoperações em 28 países e busca assegurar que a implementação de nossasatividades em todos os lugares considere as leis a serem cumpridas e tambéma riqueza cultural de cada país onde estamos presentes.Acreditamos no poder da ousadia que cria oportunidades para ressignificar a excelência, que integra a nossa indústria e que nos leva ao nosso maiorobjetivo: “transformando o amanhã”.Nós estamos convencidos de que a diversidade da nossa equipe é umariqueza. Ela traz novas ideias, perspectivas e experiências num ambienteacolhedor e que fortalece nossos valores de Sustentabilidade, Qualidade eLiderança.Para a ArcelorMittal, diversidade significa uma equipe que contenha diferentesculturas, gerações, gêneros, grupos étnicos, nacionalidades, competências,origens sociais e todas as outras características que nos tornam singulares.Inclusão diz respeito à criação de um ambiente no qual cada um tenha aoportunidade de participar plenamente na criação do sucesso do negócio eonde todos os empregados são valorizados em suas diferentes habilidades,experiências e perspectivas.

SustentabilidadePara transformar o amanhã e para continuar evoluindo, estamosdesenvolvendo padrões internacionais de liderança, que tenha ao mesmotempo um conhecimento profundo da realidade local e os conhecimentosespecíficos exigidos na ArcelorMittal.Nós consideramos as diversas ideias e diferentes maneiras de ser e trabalhardentro da Organização para continuamente criar e incrementar nossaperformance e para melhor servir aos nossos clientes.

Política de Diversidade e Inclusão

QualidadePrecisamos atrair e manter os melhores talentos, sermos identificados como um empregador atraente ao maior número possível de talentos potenciais ereconhecidos por apoiar todos para que atinjam seu pleno potencial e para que contribuam para o sucesso da ArcelorMittal.Para que isso aconteça, estamos empenhados em:

• Identificar, analisar e abordar de maneira pró-ativa os desafios da diversidadedentro do Grupo e suas unidades, de maneira a apoiar a implementaçãodesta política.

• Garantir que todas as unidades de negócio (BUs) cumpram com asobrigações legais, regulamentos, o Código de Conduta e a prática de nossosValores.

• Eliminar comportamentos de discriminação em qualquer etapa da vidaprofissional e em qualquer nível hierárquico.

• Dar o direito a todos os empregados e prestadores de serviços de acesso a um ambiente de trabalho livre de assédio.

• Adaptar processos e procedimentos internos para tornar possível adiversidade e a inclusão.

• Fornecer capacitação e sensibilização sobre as responsabilidades de todospara com a diversidade e inclusão, bem como sobre seus benefícios, visandoa promover maior compreensão de nossas diferenças e semelhanças, adiminuir os preconceitos e a aumentar o respeito e a flexibilidade, ampliando,assim, a eficiência de nossas equipes multiculturais.

LiderançaNossa gente coloca em prática no dia a dia as normas e os comportamentosestabelecidos pelo nosso Código de Conduta, a definição das competências enossos valores.Nossos líderes praticam uma abordagem aberta e inclusiva na gestão dasatividades, nas relações com a comunidade, fornecedores, clientes e outrosstakeholders, buscando o aprimoramento contínuo e níveis sustentáveis deperformance.

A DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL

Em 2001, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura(Unesco) publicou a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural. Odocumento demonstra que a valorização das diversidades das culturas é umcaminho fundamental para o desenvolvimento sustentável e coexistência pacíficamundial. Para reforçar, o dia 21 de maio foi adotado como Dia Mundial daDiversidade Cultural. A Declaração afirma que cada indivíduo deve reconhecer não só o outro em todasas suas formas, mas também o caráter plural de sua própria identidade dentro desociedades igualmente plurais. Só assim é possível conservar a diversidadecultural em sua dimensão dupla de processo evolutivo e fonte de expressão,criação e inovação.Conheça alguns trechos do texto da Declaração da Unesco:

Sintonia global

“A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essadiversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades (...) Fonte de intercâmbios, deinovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido,constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida econsolidada em benefício das gerações presentes e futuras.”

“Em nossas sociedades cada vez mais diversificadas, torna-se indispensávelgarantir uma interação harmoniosa entre pessoas e grupos com identidadesculturais a um só tempo plurais, variadas e dinâmicas, assim como sua vontadede conviver. As políticas que favoreçam a inclusão e a participação de todos oscidadãos garantem a coesão social, a vitalidade da sociedade civil e a paz.”

“A diversidade cultural amplia as possibilidades de escolha que se oferecem a todos; é uma das fontes do desenvolvimento, entendido não somente emtermos de crescimento econômico, mas também como meio de acesso a umaexistência intelectual, afetiva, moral e espiritual satisfatória.”

O QUE JÁ FAZEMOS NO BRASIL EMRELAÇÃO À DIVERSIDADE E À INCLUSÃO

A ArcelorMittal já atua em várias frentes de valorização da diversidade e dainclusão. São ações internas e externas que fortalecem a filosofia e os valorescorporativos. No ambiente interno, as ações demonstram a importância que aempresa dá à expressão plena dos empregados e à valorização de talentos.Externamente, mostram o compromisso da ArcelorMittal com a inclusãoprofissional e social e com a valorização das identidades culturais dascomunidades onde está presente.Conheça algumas dessas ações:

Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência (ArcelorMittal Aços Longos)Busca promover a qualificação profissional e contribuir para a inclusão de pessoascom deficiência e para o reingresso de profissionais parcial ou totalmenteincapacitados no mercado de trabalho. A ação tem a parceria do Serviço Nacionalde Aprendizagem Industrial (Senai) e abrange as áreas administrativa e demanutenção mecânica.

Programa Somar (ArcelorMittal Tubarão) Incentiva a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, por meioda capacitação profissional, contratação de pessoas qualificadas, formação debanco de currículo e inclusão em programas de estágio. O programa tambémbusca envolver empregados, familiares e comunidades, de forma a contribuir paraa conscientização em relação ao tema.

Projeto Catavento (ArcelorMittal Tubarão)Iniciativa desenvolvida em parceria com a Ação Comunitária do Espírito Santo(ACES) e outras 22 instituições, foca a inclusão social de pessoas com deficiênciapor meio da educação e da arte. Oferece cursos e oficinas de capacitação,orientação aos familiares dos beneficiários, e busca também difundir uma visãolivre de preconceitos com relação às potencialidades das pessoas, por meio doapoio a eventos voltados a debater o tema e a buscar novas formas de atuação.

O que o tema tem a ver conosco?

Programa de Aprendizagem Industrial para Pessoas com Deficiência (ArcelorMittal Inox Brasil) Objetiva promover a inclusão social e o convívio com a diversidade, oferecendoacesso à formação e futuras oportunidades para pessoas com deficiência. Emconvênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), oferececurso na área de manutenção elétrica, que tem boa demanda no mercado detrabalho. O conteúdo envolve o desenvolvimento de habilidades básicas eespecíficas, em treinamentos teóricos e práticos.

Projeto Educar na Diversidade (Fundação ArcelorMittal Brasil)Busca mobilizar educadores para que promovam a transformação nas práticaspedagógicas de escolas comuns e especiais, de forma a se alcançar o sucesso dainclusão escolar de alunos com deficiência. O projeto capacita educadores da redepública, com conteúdo teórico e atividades práticas e de planejamento, de forma apreparar os educadores para o atendimento educacional especializado.

Incentivo culturalA ArcelorMittal promove a valorização da diversidade também por meio de suaPolítica do Investimento Cultural. A empresa apoia a expressão das diversidadesregionais por meio do patrocínio de projetos culturais, com foco na formação degestores, artistas e públicos, e na ampliação do acesso das comunidades a bens eserviços culturais. Os projetos incluem cursos, seminários, palestras, workshops,oficinas, publicações, espetáculos e exposições.

Promoção social A ArcelorMittal leva o esforço de inclusão também para fora da empresa, comvárias ações de inclusão social nas comunidades onde está presente. São, entremuitos, programas de alfabetização, projetos de capacitação e cursosprofissionalizantes, que buscam proporcionar a públicos menos privilegiadosmelhores condições de geração de renda e de acesso ao mercado de trabalho.

AFINAL, DO QUE ESTAMOS FALANDO QUANDO FALAMOS EM DIVERSIDADE?

O mundo internacionalizado em que vivemos nos dá a ilusão de que somosiguais. Mas não somos realmente iguais, não é mesmo?! Olhe para si e à sua volta: não existe nenhum outro ser igual a você. Temos semelhanças e temos diferenças. Esse conjunto é que é diversidade.

Diverso não é o outro. Somos todos.Falar de diversidade não é falar dos outros, mas de todos nós, pois todos somosdiversos. De alguma maneira, somos todos singulares.Um costume arraigado, que precisa ser abandonado, é a ideia de “normalidade”:como se existisse um padrão considerado “normal” e tudo que não se encaixassenele fosse o “diferente”. Esta é uma ideia equivocada. Afinal, como podemos falar em “normalidade” em

Diversidade

um mundo com quase 7 bilhões de pessoas de culturas tão diversas; em um país,como o Brasil, com 200 milhões de indivíduos de comunidades tão particulares;em um grupo empresarial, como a ArcelorMittal, presente em 28 países tãoculturalmente distintos; e em uma empresa, como a nossa, que tem raízes emmais de 60 municípios de identidades plurais?

Portanto, esqueça-se de que existe um padrão que pode ser chamado de normal.Isso é um um mito. O normal é ser diverso.

Ampliando a visãoÉ comum, quando pensamos em diversidade, achar que a questão se restringe agênero e raça/etnia. Esta é uma visão estreita que precisa ser ampliada.

Diversidade engloba muito mais: precisamos considerar outras particularidades,como idade, condição socioeconômica, experiências e história de vida, estilo detrabalho, estado civil, orientação sexual, religião, condição de saúde, deficiênciafísica ou intelectual, personalidade, gostos e preferências, crenças e valores, entretantas e incontáveis outras diferenças/semelhanças.

O preconceito nem sempre é consciente Muitas vezes reproduzimos padrões de preconceito e discriminação herdados. São posturas, às vezes sutis, que reproduzimos sem sequer nos darmos conta.

Somos produto de nossas experiências de vida e deheranças culturais. Por isso, nossas crenças e valores

são relativos e parciais. Mudar isto é um desafio diárioe para a vida toda, um aprendizado constante.

São pequenas falas do tipo: “apesar de ser mulher, fulana é muito eficiente”;“mesmo com deficiência, fulano desenvolve um trabalho ótimo”. Isto épreconceito inconsciente. A diversidade (ser mulher, ter deficiência ou qualquer outra particularidade) nãose contrapõe à capacidade e, quando falamos coisas desse tipo, estamos no fundosendo preconceituosos e desrespeitosos.

Respeitar é mais que tolerarDiante de diferenças, podemos simplesmente não considerá-las e apenas tolerá-las.Isso não é respeitar a diversidade. Respeitar não é simplesmente “conviver com”. Sabemos que existem pessoas com valores e objetivos de vida diferentes e nemsempre compatíveis com os nossos. Respeitar é abranger essas diferenças e, defato, interagir com o diverso e permitir a troca. Nem sempre é fácil: precisamos aceitar que nossas crenças e valores são relativos,subjetivos e parciais. Mas é fundamental: só assim estaremos valorizando adiversidade e explorando o melhor que ela tem para oferecer.Ao permitir-se dialogar com um outro diferente de nós, e por vezes quaseintolerável, abrimos nossas vidas para novas perspectivas. Se conseguirmos daresse passo, podemos nos surpreender. Dialogar com o diverso pode nos levar areavaliar conceitos, a mudar valores pessoais ou, ao contrário, reforçá-los. Podetambém nos unir em laços de cooperação para construir algo maior e paraenfrentar juntos problemas comuns. Mas lembre-se: para isso, a troca é imprescindível. No final das contas, ao trocar,as diferenças sempre somam, sempre agregam.Não dar esse passo é ser intolerante. A intolerância fecha nossos olhos e nos tornainflexíveis. E a rigidez pode nos levar ao isolamento.

Se somos diversos, como fica a questão da igualdade?Diversidade não se opõe a igualdade. Logo em seu primeiro artigo, a DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos (proclamada em 1948, na Assembléia Geral daOrganização das Nações Unidas) nos lembra: “Todas as pessoas nascem livres eiguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agirem relação umas às outras com espírito de fraternidade.”Lendo o texto com atenção, percebemos que é uma declaração de igualdade quenão exclui a diversidade. Ao contrário. Ao orientar para o espírito de fraternidade,nos chama para uma atitude de respeito pelo outro. E respeitar o outro não ésumir com as diferenças, e sim considerá-las na construção de regras deconvivência no sentido da harmonia.

DEFICIÊNCIA14,5% da população, ou seja, mais de 24 milhões de pessoas, apresentamalgum tipo de deficiência (visual, auditiva, física, intelectual ou múltipla).

GÊNEROMulheres: 51,2% (97,19 milhões)Homens: 48,8% (92,62 milhões)

IDADEIdosos: 10,5% (20 milhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo 11 milhões de mulheres e 9 milhões de homens).Jovens: 18% (34 milhões de pessoas entre 15 a 29 anos)

COR/RAÇANegros: 49,7% (94,34 milhões) - 7,4% pretos e 42,3% pardos (que englobamulatos, caboclos, cafuzos, mamelucos ou mestiços de preto com outra cor/raça).Brancos: 49,4% (93,77 milhões)Amarelos e indígenas: 0,9% (1,51 milhão)

RELIGIÃOCatólicos: 73,89%Evangélicos: 16,22%Sem religião: 7,35%Espírita (Espiritualistas, Kardecistas): 1,35%Outras: 1,19%

ORIENTAÇÃO SEXUALNão há estatísticas oficiais no Brasil sobre orientação sexual. Estimativas apontamque mais de 10% da população sejam homossexuais. Também não existe consenso sobre a nomenclatura para os diferentes tipos de orientação além daheterossexual. O termo ‘homossexual’ cobriria apenas um deles. A tendência temsido a de utilizar a sigla LGBT ou LGBTTTs (lésbicas, gays, bissexuais, travestis,transexuais, transgêneros e simpatizantes) para identificar quaisquer orientaçõessexuais e identidades de gênero divergentes do sexo designado no nascimento.

(Fontes: Censo IBGE 2000, FGV/IBGE 2005, IBGE/PNAD 2008)

Conheça algumas estatísticas

Lembre-se: todos têm limitações, sejam pessoas com deficiência ou não.

DEFINIR PARA COMPREENDER

O atual conceito de deficiência foi introduzido pela Convenção sobre Direitos daPessoa com Deficiência (ONU, 2006) e indica que pessoas com deficiência sãoaquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, osquais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas.

COMO DENOMINAR: atualmente, a denominação utilizada é “pessoa comdeficiência”. Ela foi escolhida porque assinala que o aspecto adjetivo (“comdeficiência”) é apenas uma dentre várias características da pessoa. As denominações acompanham a particularidade da deficiência: pessoa comdeficiência física, pessoa com deficiência auditiva, pessoa com deficiência visual epessoa com deficiência intelectual. No caso de pessoas com deficiência visual ouauditiva total, os termos ”cego” e “surdo” são aceitáveis. Não é correto dizer que alguém é surdo-mudo. Muitas pessoas surdas não falamporque não aprenderam a falar, mas não implica necessariamente que elas nãopossam falar. Uma questão interessante é a adoção de “deficiência intelectual” como substitutada denominação “deficiência mental”. A justificativa para a troca é que o termointelectual é mais apropriado por referir-se ao funcionamento do intelectoespecificamente, e não ao funcionamento da mente como um todo. Outra razão é que a adoção dessa denominação evita a confusão de deficiência com doençamental (que é uma condição absolutamente distinta).

COMO NÃO DENOMINAR: deixe de lado denominações superadas, como“portador de deficiência”, “pessoa com necessidades especiais”, “portador denecessidades especiais”, e nunca utilize expressões desrespeitosas e pejorativas,como inválido, retardado, excepcional, incapaz, aleijado etc.

Inclusão

RELACIONANDO-SE BEM COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Por falta de informação, nem todos sabem como se relacionar com pessoascom deficiência e acabam criando barreiras para a inclusão. Confira algumasdicas que podem contribuir para um relacionamento de respeito e cooperação:

Não tente ignorar a deficiência É comum achar que “fingir não notar a deficiência” é uma forma de respeitar apessoa. Não é! A deficiência está ali e não pode ser ignorada. Ao contrário, já que a pessoa vai ter uma ou mais necessidades específicas que precisam serconsideradas nas rotinas. Lembre-se de que o tratamento igualitário deve levarem conta as necessidades individuais.

Relacione-se com naturalidadeAo encontrar uma pessoa com deficiência, procure agir com naturalidade. Não atrate como se ela fosse uma criança, nem como se estivesse doente.

Ajude só quando necessárioSe você achar que uma pessoa com deficiência precisa de ajuda, ofereça. Se apessoa aceitar, pergunte qual a forma mais adequada para auxiliá-la. Não seofenda se a ajuda for recusada. Muitas vezes, a ajuda não é necessária oudeterminada atividade pode ser melhor desenvolvida sem assistência.

Seja sinceroEm situações embaraçosas, tenha em mente que o respeito, aliado à delicadeza, àsinceridade e ao bom humor, sempre ajuda. E, se você não se sentir confortávelou seguro para fazer algo solicitado por uma pessoa com deficiência, sinta-se livrepara recusar, mas procure alguém que possa ajudá-la.

Potenciais e limitações são comuns a todos nósAssim como todos têm potenciais, também têm limitações. Para as pessoas comdeficiência, a regra não muda. Em função de uma deficiência, a pessoa pode terdificuldade para realizar algumas atividades, mas ter extrema habilidade paraoutras – exatamente como todo mundo. Procure enxergar essa habilidade dapessoa, seu talento, seu potencial e outras qualidades.

Respeite o espaço da pessoaConsidere que os acessórios utilizados pelas pessoas com deficiência fazem partede seu espaço. Cadeiras de rodas, muletas, bengalas e até cães-guias só devemser tocados quando permitido ou solicitado.

Seja um promotor da inclusãoObserve se o seu local de trabalho pode receber melhorias para atender àspessoas com deficiência. Confira se a entrada oferece condições de acesso paraquem tem alguma dificuldade de locomoção; se há condições internas para acirculação de uma pessoa em cadeira de rodas; se o banheiro precisa seradaptado; e se há sinalização adequada. Lembre-se de que respeitar as diferençassignifica considerá-las na construção de regras, modos de convivência, naadaptação de processos e procedimentos para tornar a inclusão uma realidade.

Torne a postura inclusiva uma atitude para a vidaAgir para garantir a igualdade (de direitos) na diversidade (de particularidades) éuma questão ética de co-responsabilidade. Por isso, faça o exercício diário depraticar posturas inclusivas não só na empresa como também na sua vida emcomunidade.

DICAS ESPECÍFICAS PARA AS DIFERENTES DEFICIÊNCIAS

É importante conhecer um pouco da realidade de cada tipo de deficiência parasaber a melhor forma de se relacionar. E não se esqueça: aja com naturalidadee sem preconceitos.

• DEFICIÊNCIA VISUAL

Identifique-se sempreQuando se aproximar de uma pessoa com deficiência visual, identifique-se. Nãodeixe de apertar sua mão ao encontrá-la. Da mesma forma, sempre que deixar olugar, informe que você está saindo; ela pode não perceber que você se foi.

Guie com segurançaPara guiar uma pessoa com deficiência visual, devemos deixá-la segurar nossobraço, de preferência no cotovelo ou no ombro, para que ela sinta nossosmovimentos e possa nos acompanhar. Evite pegá-la pelo braço sem permissão epuxá-la com você. Além de perigoso, isso pode assustá-la.

Descreva o trajetoDurante o trajeto, avise à pessoa sobre a existência de degraus e outrosobstáculos. Procure descrever o percurso, indicando, por exemplo, o número dedegraus de uma escada e o lado onde fica o corrimão.

Converse à vontade e lembre-se de que a deficiência é visual e não auditivaNão fique receoso quando conversar com uma pessoa com deficiência visual.Procure manter a conversa com naturalidade e não grite. Lembre-se de que apessoa não enxerga, mas escuta normalmente – às vezes a audição de umapessoa com deficiência visual é até mais desenvolvida que o normal.

Integrar significa tornar um só.Pense em quantas interações

criativas a inclusão pode gerar.

• DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Faça contato físico ou visualAo falar com uma pessoa com deficiência auditiva, acene para ela ou toquelevemente seu braço para que ela volte a atenção para você.

Facilite a leitura labialFique de frente para a pessoa, deixando a boca visível, de forma a possibilitar aleitura labial. Evite fazer gestos ou segurar objetos em frente à boca. Fale em tomnormal de voz, de forma bem articulada, distinguindo palavra por palavra, masnão exagere. Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual.

Não griteLembre-se: falar mais alto com um deficiente auditivo é inútil.

Seja expressivo ao falarExpressões faciais, gestos e movimentos do corpo, que indicam sentimentos dealegria, surpresa, sinceridade etc., substituem as mudanças sutis do tom de voz,que não são percebidas pelas pessoas com deficiência auditiva.

Não deixe de comunicar-seNormalmente, a voz de uma pessoa com deficiência auditiva é diferente, já queela não escuta o som que está emitindo. Se você tiver dificuldade para entender,fique à vontade para pedir que a pessoa repita ou escreva a mensagem em umpapel. O importante é se comunicar.

• DEFICIÊNCIA FÍSICA

Respeite o ritmo de cada umSe você estiver acompanhando uma pessoa com deficiência física, procureacompanhar o seu ritmo de deslocamento.

Conduza uma cadeira de rodas com cuidadoTenha atenção ao conduzir uma pessoa em cadeira de rodas, tomando cuidado aopassar por obstáculos e pessoas. Em uma descida ou degrau, o ideal é ficar de

costas e guiar a cadeira de marcha a ré ou com a frente da cadeira suspensa, para evitar a perda de equilíbrio. Para subir ou descer mais de um degrau, éaconselhável pedir ajuda para mais uma pessoa.

Pergunte se você pode ajudarAlgumas pessoas que utilizam cadeira de rodas preferem movimentá-la sozinhas.Por isso, mesmo nos casos em que ela pareça estar precisando de auxílio,pergunte antes, para certificar-se de que ela deseja ser ajudada.

Não se apoie na cadeira de rodasA cadeira de rodas representa uma extensão do corpo da pessoa que a usa.Apoiar-se ou encostar-se na cadeira sem a permissão do usuário pode serconsiderada uma atitude de invasão e desrespeito.

Olhe no olhoAo conversar por mais que alguns minutos com uma pessoa que usa cadeira derodas, procure sentar-se também ou inclinar-se, para que vocês fiquem com osolhos no mesmo nível.

• DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Seja pacientePessoas com deficiência intelectual podem apresentar dificuldades deaprendizado e raciocínio. Por isso, é importante que você respeite as limitações e mantenha-se sempre disposto a ajudar.

Não subestime a capacidadePermita que as pessoas com essa deficiência tentem cumprir suas tarefas sem asua ajuda. Elas tendem a realizar as atividades de forma mais lenta, entretantoisso não quer dizer que elas sejam dependentes. Lembre-se de ajudar apenas com o que for realmente necessário e só quando forsolicitado.

Relacione-se normalmenteAdote um tratamento natural para as pessoas com deficiência intelectual.Cumprimente-as e mantenha um diálogo sempre que for possível.

O mundo é um mosaico de bilhares de partes diversas.Ouse imaginar este mosaico em movimento constante.O que somos hoje podemos não ser amanhã.

A diversidade é móvel e isto é o tempero da vida.

M:IB