1Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Desempenho Financeiro, Social
e Ambiental Consolidado do Grupo SATA
2 3Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Sobre este relatório
Pelo terceiro ano consecutivo, a SATA elabora o Relatório Integrado, através do qual o seu desempenho financeiro, social e ambiental é comunicado a todas as suas partes interessadas. Os resultados do desempenho da SATA e in-formações divulgadas nesta publicação abrangem as empresas do perímetro de consolidação da SATA SGPS, sendo apresentado o desempenho individual por empresa em algumas temáticas reportadas. Os dados quantitativos refe-rem-se ao período de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2014, incluindo-se informação relativa aos anos anteriores, no sentido de oferecer um histórico da evolução do desempenho da Empresa.
O presente documento foi elaborado de acordo com as orientações do International Integrated Reporting Council (IIRC) e, em matéria de sustentabilidade, em alinhamento com as Diretrizes de Elaboração de Relatórios de Sustenta-bilidade da Global Reporting Initiative (GRI), na versão mais recente GRI 4.0.
A SATA reporta em conformidade com o resultado da materialidade, abordando os temas materiais relevantes identi-ficados, para a opção “de acordo – abrangente”. A matriz de materialidade, obtida através da auscultação de stakehol-ders realizada no ano anterior, ilustra a importância atribuída pelos vários stakeholders aos vários temas dos pilares económico, ambiental e social.
À semelhança dos anos anteriores, adicionalmente a este relatório poderá ser consultada informação complementar sobre as práticas e políticas da empresa no website corporativo da SATA (www.sata.pt) e nos relatórios anteriormente publicados.
A SATA adotou o normativo IAS/IFRS na preparação da informação financeira, de forma a estar alinhada com as ten-dências e boas práticas do setor aéreo, reexpressando as contas de 2013.
Qualquer esclarecimento sobre a informação publicada neste relatório poderá ser solicitado através do endereço eletrónico [email protected].
2014Índice
Sobre este Relatório Entrevista ao Presidente do Conselho de Administração Principais destaquesEnvolvente externa
01 A SATA
O Grupo SATAAs Pessoas RotasFrotaMarcaModelo de GovernoGestão do risco
02 A Estratégia da SATA
A Estratégia da SATAA redução de custos (Pilar 1)A SATA nos mercados de atuação (Pilar 2)A inovação e eficiência operacional (Pilar 3)
03 A criação de valor
Envolvimento com as Partes InteressadasClientesGestão de fornecedoresApoio à comunidade
04 2014 em análise
Desempenho financeiroGestão do Capital Humano Foco nas operaçõesFoco na segurançaFoco no ambienteAplicação de resultados
05 Anexos
Percurso profissional dos Membros do Conselho de AdministraçãoDemonstrações financeirasAnexos às demonstrações financeiras Certificação Legal de Contas Tabela GRI
Glossário Contactos
03040812
19
20212324252630
33
34363842
45
46495253
57
586269798488
89
9093
100146152
164168
•Segurança, Fiabilidade e Garantia do Serviço;
•Reputação, Imagem e Marca;•Novas rotas e Internacionalização;•Inovação, investigação e tecnologia;•Envolvimento com stakeholders/
Partes interessadas.
•Qualificação dos Recursos Humanos;
•Estrutura organizacional;
•Políticas, procedimentos, normas e regras corporativas;
•Impacte nas comunidades;•Ética e conduta;•Comunicação interna e externa;
•Desempenho ambiental;•Gestão de risco e crise.
•Atração e retenção de talentos;
•Auditoria interna;•Compliance;•Satisfação e bem-estar dos
colaboradores;
•Avaliação de desempenho e sistemas de remuneração;
•Prevenção das alterações climáti-cas;
•Consciencialização e formação ambiental;
•Gestão responsável de fornece-dores.
REDUZIDO MÉDIO ELEVADO
RED
UZ
IDO
MÉD
IOEL
EVA
DO
Importância para os stakeholders externos
4 5Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Entrevista com Luís ParreirãoPresidente do Conselho de Administração do Grupo SATA
“A SATA deixa de voar para a Europa”
A abertura do mercado aéreo açoriano a transporta-doras aéreas internacionais, bem como desequilíbri-os financeiros acumulados, levaram o presidente do Grupo SATA a apresentar no início do ano um plano de desenvolvimento estratégico que prevê a redução de custos fixos em 12,5% até 2020.
Por Helena Rua
Assumiu a presidência do Grupo SATA em Maio do ano passado e já em Janeiro apresentou o Plano de Desenvolvimento Estratégico 2015-2020. O que está na re-alidade na base da deterioração económico-financeira do Grupo SATA? O que é que levou ao au-mento do passivo?
Temos uma preocupação e um man-dato para preparar o Grupo, com o seu conjunto de empresas, para os próximos cinco anos. Mas qualquer olhar para o futuro implica que a rea-lidade actual seja conhecida e carac-terizada com o maior rigor. Foi isso que procurámos fazer como ponto de partida para este plano estratégico. A partir daí fixámos os pressupostos para os próximos anos e os objecti-vos a alcançar.
O Grupo SATA é um grupo que tem valências múltiplas, presta serviços de transporte aéreo de naturezas várias, ao abrigo de diferentes regi-mes e que, ao longo da sua história, que já tem perto de 70 anos, evoluiu de uma transportadora que assegu-rava as ligações entre as diversas ilhas dos Açores – primeiro entre al-gumas e depois entre todas as nove ilhas – para uma dimensão diferente com a criação da SATA Internacional e com a realização de voos para fora
dos Açores. Pergunta-me quais os desequilíbrios que a empresa apre-senta e quais as suas principais di-ficuldades neste momento. A SATA tem, e isso está vertido expressa-mente no plano, duas dificuldades de natureza diferente. Tem uma dificuldade financeira, que decorre de ter um crédito bastante elevado sobre várias entidades, e de ter ao mesmo tempo, e em parte por cau-sa disso, um financiamento bancário de curto prazo também de montante muito elevado. Isso leva a que seja uma empresa com dificuldades de financiamento, que é muito impor-tante no sector da aviação, e a uma empresa com uma função financeira muito pesada, ou seja, com custos de capital muito altos porque mais de dois terços da sua dívida é dívida de curto prazo. A par disso, a SATA tem algumas dificuldades não menos im-portantes de natureza operacional. A SATA tem operado num conjunto muito diversificado de rotas, voando quer para os Estados Unidos e Cana-dá, quer para Portugal Continental, quer para um conjunto de cidades europeias. Essas rotas nem sempre têm a rentabilidade que nós gosta-ríamos que tivessem – algumas delas apresentam rentabilidades nega-tivas – e, para além disso, tem uma estrutura de custos que dificilmente é compatível com a concorrência que
hoje existe neste mercado. A par disso, e não menos importante, o mercado de transporte aéreo, como todo o mercado de transporte, varia directa e proporcionalmente na mes-ma razão em que varia o crescimento do Produto e o crescimento da Eco-nomia. Portugal e o Continente Euro-peu não têm registado propriamente crescimentos muito entusiasmantes, para não dizer que Portugal, no caso particular, tem apresentado mesmo o que agora eufemisticamente se chama crescimentos negativos, por isso o nosso volume de negócios nessas rotas tem vindo a diminuir. Verificou-se também uma certa de-gradação da tarifa média, de alguma forma compensada por crescimentos significativos nos mercados dos Es-tados Unidos da América e Canadá, mas que não são suficientes para compensar as dificuldades que va-mos tendo. Depois, temos um outro problema para resolver, que acha-mos que vamos conseguir ainda este ano, e que tem a ver com a própria frota. Temos uma frota de longo curso muito envelhecida, operamos longo curso para os Estados Unidos da América e Canadá com aviões que praticamente hoje já não se usam em companhias europeias, os Airbus A310, que têm graus de fiabilidade abaixo do que é exigível para uma companhia com as características da SATA Internacional. Tudo isso aca-bou por criar uma situação de quase “tempestade perfeita”. Menos recei-ta, aumento generalizado dos preços dos combustíveis, diminuição da pro-cura, diminuição da fiabilidade das nossas aeronaves, uma estrutura de custos acima da que era adequada à operação que desenvolvemos, natu-ralmente tinha esse tipo de conse-quências.
Isso significa que vão renovar a frota?
O que está previsto é o seguinte: na SATA Air Açores, a frota manter-se--á exactamente como existe hoje; na SATA Internacional, hoje operamos com quatro aviões A310 e com três A320. Vamos manter os três A320 e vamos ter na frota de longo curso
dois aviões de maior capacidade e de maior fiabilidade. Os A310 serão descontinuados.
Vão adquirir dois aparelhos novos e vender os outros quatro?
Para os dois aparelhos novos vamos recorrer ao leasing operacional. Rela-tivamente aos quatro A310, um está em regime de locação e deixará de integrar a frota e os outros são pro-priedade da empresa e logo se deter-minará como é que vão sair.
Voltando um pouco atrás, falou do financiamento que têm a curto prazo – calculo que os juros não devam ser baixos. Esse financia-mento advém da dívida pendente com o Governo Regional dos Açores, para fazer face a desp-esas correntes?
Não. No plano de negócios caracte-rizámos esse passivo de curto pra-zo e dividimo-lo em três linhas de financiamento. Uma das linhas de 63 milhões de euros é a que decor-re dos créditos que temos sobre o sector público, seja sobre a região, seja sobre a República, e é uma linha que será amortizada ao ritmo que as entidades públicas nos forem liqui-dando esse passivo. Temos depois uma linha de 42 milhões de euros que caracterizámos como uma linha de médio prazo, ou seja, uma linha de financiamento que corresponde ao financiamento que foi sendo con-traído para a gestão normal da em-presa e que estimamos negociar por forma a que nos próximos dois anos possamos liquidar apenas juros e depois comecemos a amortizar esse financiamento. Temos ainda uma linha de 25 milhões de euros para a actividade corrente, que terá um plafond variável por forma a recor-rer em dificuldades ou problemas de tesouraria imediatos. É assim que te-mos prevista a organização do nosso passivo bancário. Já abordámos os nossos credores numa perspectiva genérica de avaliar a sua disponibi-lidade para negociarem connosco, as respostas foram sempre muito posi-tivas e é nisso que vamos trabalhar
no imediato.
O passivo neste momento é de 179 milhões de euros…
Mas não é todo da mesma natureza. Temos um passivo estruturado de médio e longo prazo de 50 milhões que decorreu da aquisição da frota da SATA Air Açores e a parte restan-te do passivo são os tais passivos de curto prazo que serão renegociados agora com a banca.
A dívida do Governo Regional dos Açores ao grupo ascende a 40 milhões de euros, mais 3 milhões que estão a ser analisados, de acordo com o governo regional, mas há um documento interno da SATA, citado pela agência Lusa, que faz referência a 77 milhões...
Neste momento, a situação é a se-guinte: a actividade da SATA Air Açores e a sua relação com a região e com a República, no caso da SATA Internacional, decorre de contratos. Portanto, a dívida da região que resulta da execução do contrato de concessão, no caso da SATA Air Açores, é de 40 milhões de euros. A esses 40 milhões acrescem 17,6 mi-lhões que a República deve à SATA Internacional por indemnizações compensatórias por causa dos voos entre os Açores e Portugal Continen-tal. Depois há 3 milhões de euros de reequilíbrios financeiros que a SATA Air Açores reclamou e que estão em discussão e há 3 milhões de custos financeiros que estão também em discussão. É essa a situação relati-vamente aos contratos em vigor e ao que deles decorre em termos de responsabilidades financeiras.
O plano de desenvolvimento prevê ainda cortes nos custos fixos e na estrutura. Em concreto do que estamos a falar e quanto prevê poupar até 2020?
A nossa perspectiva é ter uma redu-ção média de custos fixos, excluindo custos com pessoal, de 12,5% no período total, sendo que o nosso objectivo é que ela se opere o mais
6 7Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
cedo possível. Uma questão diferen-te tem a ver com os recursos huma-nos. Nesta área não há um objectivo quantificado por razões de princípio relativamente à matéria que esta-mos a tratar. Estão previstos três mecanismos de redução dos nossos recursos humanos. Por um lado, há pessoas que atingirão a idade da re-forma e que não serão substituídas. Por outro, sempre que a lei permita a antecipação da reforma – foram ago-ra criados alguns mecanismos que dão maior flexibilidade – e sempre que os trabalhadores nisso tenham interesse, a SATA está disponível para estudar todas essas situações apoiando os trabalhadores naquilo que for o mais adequado. Por outro lado, a SATA tem também um nú-mero significativo de contratados a termos, sazonais e não sazonais, e o que se prevê é que alguns des-ses contratos não sejam renovados. Temos uma operação que vai ser re-dimensionada e isso passa pela sua diminuição e, portanto, os recursos serão dimensionados para o novo modelo de operação.
Pode dar um exemplo?
Temos na frota de longo curso uma previsão de redução de tripulantes técnicos de 23 pessoas e temos nes-se universo 10 contratados a termo. Aquilo que está previsto é que essas contratações não sejam renovadas e a empresa está disponível e já comu-nicou isso às organizações sindicais, para em conjunto com os sindicatos e com os trabalhadores, encontrar os melhores mecanismos de apoio para que sejam colocados noutras empre-sas. Nós não temos uma perspectiva “descartável” relativamente aos re-cursos humanos, temos consciência que é preciso adequar a dimensão e queremos fazê-lo com o menor custo social, o menor custo humano possí-vel.
A SATA prevê a criação de uma nova empresa dentro do grupo, a SATA Serviços, para serviços de handling em que algum do pes-soal de terra será alocado…
A criação de novas empresas não tem como objectivo, nem explícito nem implícito, operar por essa via qualquer redução de recursos hu-manos ou qualquer alteração dos recursos humanos. O que procura-mos – e é isso que está pressuposto na reorganização societária – é, por um lado, a criação de uma verdadeira estrutura do grupo empresarial, com uma SGPS que passa a deter todas as sociedades, o que actualmente não acontece, e uma especialização das empresas por actividade, por forma a que sejam mais eficientes. É o caso dessa empresa que acabou de referir, como é o caso também da SATA Serviços Partilhados, relativa-mente às actividades do back office. Portanto, a nossa preocupação é a de especializar as actividades para caracterizarmos bem os recursos, para que eles sejam o mais rentáveis possível.
Esta empresa de serviços de han-dling pode ser uma oportunidade, com a abertura do mercado à con-corrência?
A nossa perspectiva é que a um au-mento da actividade aeronáutica possa corresponder, por um lado, uma melhor rentabilidade dos nos-sos activos e, sempre que for o caso, a uma maior força de trabalho para prosseguir essas actividades.
O que é que representa para a SATA a abertura à concorrência das rotas entre Portugal Conti-nental e Ponta Delgada e Tercei-ra, principalmente com a entrada de low cost como a Easy Jet e a Ryanair que esmagam os preços dos bilhetes?
Representa sobretudo um grande de-safio, sendo que a nossa perspectiva não é a de concorrer com as compa-nhias low cost pelo preço. Sabemos que não é por aí que fazemos a dife-rença. Achamos que há um mercado para essas companhias, como há um mercado para companhias como a SATA, como a TAP ou como compa-nhias que não são low cost. Natural-mente que isso implica olhar para o
mercado e perceber nesse mercado que passa a ser diferente qual é a nossa previsão em termos de quota de mercado e de serviços que as pes-soas estão disponíveis para pagar. Foi nessa perspectiva que foi orga-nizado todo o plano de negócios. Há um ajustamento da nossa oferta, ad-mitindo que o mercado vai crescer e que há um conjunto de pessoas que preferem viajar em low cost. Relati-vamente aos preços, aquilo que tem acontecido é que as pessoas têm ido aos sites das várias companhias – ou por curiosidade para ver os preços ou para comprar bilhetes – e, com alguma surpresa, para os mesmos períodos do ano, encontram propos-tas de bilhetes da SATA mais baratas do que nas outras companhias. Isso não resulta de nenhuma campanha nem de nenhuma diminuição do nos-so preço. Resulta, julgo eu, de uma questão simples: é que normalmen-te as pessoas não compram bilhetes com tanta antecedência e, portanto, quando estão a comprar com esta antecedência, felizmente para nós, constatam que a SATA não é mais cara, sendo que o serviço é comple-tamente diferente. Tal como tenho dito muitas vezes, nós não estamos mais baratos do que é suposto estar, porventura os outros é que estão mais caros do que a expectativa.
Este plano de desenvolvimento estratégico surge então por causa das low cost ou está a “limpar a casa”?
Surge por duas razões. Por um lado, porque quer a administração, quer os nossos accionistas constataram que havia um conjunto de proble-mas para resolver e que era preciso caracterizá-los e encontrar um cami-nho para eles. Por outro, porque há de facto uma nova política pública de transporte aéreo e é preciso adequar a empresa a essas novas políticas e à oferta que elas implicam.
Qual é o peso dos combustíveis nas contas da SATA? Esta guerra petrolífera entre a OPEP e os Es-tados Unidos poderá beneficiar a companhia?
O peso é significativo. Agora há aqui uma descida momentânea – mas nenhum de nós poderá dizer se se vai manter ou não, porque não tem origem em questões de racionalida-de económica, tem origem em pre-ocupações políticas – mas a nossa preocupação é, e isso está previsto no plano, implementar com espe-cial impacto na SATA Internacional, independentemente do preço do combustível, um plano de redução do consumo de combustível e esti-mamos que dessa forma é possível reduzir os seus custos entre 1,5 mi-lhões e 2 milhões de euros por ano.
Como é que se vai processar essa poupança? Através do aumento da eficiência conseguido com as duas novas aeronaves?
Por um lado, as novas aeronaves são mais eficientes e, por outro, é pos-sível adoptar procedimentos que os nossos técnicos estão a estudar, que minorem o consumo de combustível.
Que rotas vai descontinuar para a Europa?
Temos uma previsão no nosso pla-no de “arrumar” a nossa operação em quatro mercados: o mercado das ligações entre os Açores e Portugal Continental, o mercado das ligações entre as várias ilhas dos Açores, o mercado das ligações entre os Aço-res, Boston, Toronto e Montreal, e o Mercado da Macaronésia, ou seja, ligações entre os vários territórios que compõem esta sub-região do Atlântico Norte, ou seja, Açores, Ma-deira, Canárias e Cabo Verde. Estes são os nossos mercados core e é ne-les que nos vamos concentrar sem dispersões. No plano não constam rotas que nós à partida possamos antever como deficitárias ou com rentabilidades negativas. Isto quer dizer que a SATA deixa de voar para a Europa. Acontece que os nossos voos para a Europa são um contribu-to muito relevante para o sector do turismo nos Açores. Representam por ano entre 50 e 60 mil turistas, que é muito significativo no mercado de turismo, portanto não era possí-
vel nem adequado de um momento para o outro deixar de fazer estas rotas. Portanto, em 2015 vamos as-segurar essas rotas em parceria com os players relevantes do sector do turismo, por forma a que os prejuí-zos que a SATA registou nessas ro-tas sejam minorados e, se possível, anulados. Assim damos tempo às entidades do sector do turismo para encontrar outras opções.
Como gostaria de ver a SATA em 2020?
Gostaria de ver uma companhia ren-tável, fiável, e que conhecendo mui-to bem os mercados onde opera os sirva o melhor possível. Acho que não faz sentido a SATA ter a ambição de ser uma grande companhia, não é da sua matriz, mas acho que faz sentido e é nisso que continuamos a trabalhar, ser uma boa companhia, com boas performances, com pesso-as profissionais e empenhadas, com uma relação boa com os clientes e com um bom serviço aos clientes. Tendo sempre como matriz funda-dora, distintiva e caracterizadora os Açores e a sua conectividade.
Expectativas para Cabo Verde
A SATA é a companhia mais antiga que opera nos mercados da Maca-ronésia e que neles tem origem. Uma primeira prioridade estratégica é afirmar a SATA nestes mercados. Desta forma, qualquer companhia que tenha uma tentação hegemó-nica ou qualquer tentação de tomar conta deste mercado perceberá que tem aqui um concorrente/parcei-ro com quem tem de se entender no futuro. Em segundo lugar, estes mercados representam hoje uma população muito significativa, que viaja bastante – quer a população que reside, quer o turismo destas re-giões. Portanto, pode ser um contri-buto significativo para alimentar as nossas rotas regulares. Como sabe, temos voos para Boston com mui-ta frequência e na altura do Verão quase diários, e a nossa ligação com Cabo Verde quando se concretizar
– temos falado com as autoridades mas é um processo que iremos agora formalizar – é uma ligação que fará, na nossa perspectiva, Cabo Verde/Açores e nos Açores as pessoas apa-nharão o nosso voo regular para Bos-ton. Cabo Verde tem uma comunida-de de emigrantes muito significativa na mesma zona de Boston onde está a comunidade emigrante açoriana e, portanto, é uma forma de, por um lado, prestarmos um serviço à comu-nidade cabo-verdiana e, por outro, de satisfazer os nossos interesses comerciais de ter mais clientes para os nossos voos.
“Trazer cada vez mais turistas aos Açores é um dos nossos objetivos fulcrais e queremos continuar a servir com a fiabilidade, segurança e qualidade de sempre – querendo sempre fazer melhor.”
8 9Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Principais destaques
Económico 2013 2014 Variação (14/13)
Resultado operacional (M€)
SATA Consolidado (22.887) (31.332) -37%
EBITDA (M€)
SATA Consolidado (12.871) (22.303) -73%
EBITDAR (M€)
SATA Consolidado (741) (10.397) -1303%
Dívida líquida (M€)
SATA Consolidado 124.471 152.660 +23%
Gastos em combustível (M€)
SATA Consolidado 59.758 53.933 -10%
2014Operacional 2012 2013 2014 Variação
(14/13)Destinos Regulares 33 38 25 -34%Voos 20.326 19.144 17.256 -10%Passageiros 1.236.119 1.195.251 1.180.146 -1%Carga transportada (t) 5.640 5.347 5.425 +2%Taxa de ocupação 74% 76% 78% +2%Regularidade 98% 97% 98% +1%Pontualidade 83% 80% 78% -2%
Social 2012 2013 2014 Variação (14/13)
Colaboradores 1.241 1.288 1.330 +3%Taxa de rotatividade 19% 13% 17% +31%Horas de formação 68.841 59.092 52.111 -12%Taxa de incidência SATA Air Açores 72% 40% 58% +44%Taxa de incidência SATA Internacional 58% 101% 115% +14%
Ambiental 2012 2013 2014 Variação (14/13)
Consumo de jetfuel das aeronaves (l) 91.370.134 91.056.171 86.841.565 -5%Emissões de CO2 das aeronaves (t) 225.021 231.354 221.360 -4%Taxa de valorização 68% 74% 83% +12%Derrames 1 0 0 -
10 11Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Principais acontecimentos
Janeiro •Edição do livro “Do Mito Nasceram Asas...Uma História da Aviação Civil” de Ricardo Madruga
da Costa (colaborador reformado).Fevereiro•Presença da SATA na Bolsa de Turismo de Lisboa;•Acordo inter-line Porter Airways.
Março •Visita à SATA da delegação da TACV – a transportadora aérea de Cabo Verde, que permitiu a
troca de experiências ao nível de boas práticas de gestão.Abril•SATA anfitriã do Encontro Amadeus Altea– Customer Management User Group (CMUG), a
nível mundial.Maio•Apoio à realização da 49ª edição do SATA Rallye Açores;•Novo Conselho de Administração.
Junho •Início da operação regular direta da rota dos Açores com Madrid;•Apresentação oficial da nova mascote da SATA .
Julho•Apoio à realização do Red Bull Cliff Diving;•Apoio à realização do Walk & Talk Azores;•Campanha Açores “Famílias Crianças Grátis”.
Setembro •Realização de Seminário Internacional sobre Boas Práticas, Perspetivas e Tendências Mun-
diais na Formação Aeronáutica - Oportunidades e Desafios no CFAA;•Apoio à realização do SATA Azores Pro.
Outubro•Realização do simulacro de emergência no aeródromo da Graciosa.
Novembro•Lançamento do Concurso “Lance os seus dados“;•Realização do workshop “Fly To Europe 2015” para profissionais de Turismo em Boston;•Campanha promocional dos 88 Euros.
Dezembro•Acordo inter-line Jetblue;•Campanha de solidariedade SATA Kids, “Dê asas a um sonho”, levada a cabo pelos fun-
cionários do Grupo SATA, ofereceu prendas de Natal às crianças do Centro Sócio Cultural de São Pedro, da Lagoa, ilha de S. Miguel;
•Conclusão do Plano de Negócios 2015/2020.
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2014
Reconhecimentos e Certificações
Reconhecimentos
Ivity-SATA Platinum Award Alliance. Marca SATA conquista distinção má-xima no maior concurso de Itália: o Platinum A’Design Award.
Certificações
A SATA Air Açores e a SATA Inter-nacional mantiveram atualizados os seus Certificados de Operador Aéreo (AOC).O Certificado de Gestão de Continui-dade de Aeronavegabilidade (CAMO) e o Certificado de Organização de Manutenção de Aeronaves (AMO).
A SATA Air Açores manteve o Cer-tificado de Organização de For-mação de Qualificações de Tipo, para pilotos (TRTO) e a SATA Inter-nacional renovou o Certificado de Organização de Formação Autori-zada (ATO).Ambos os operadores mantiveram o Registo IOSA (IATA Operational Safe-ty Audit).
A SATA Gestão de Aeródromos manteve os seus Certificados de Aeródromos bem como a Certifi-cação do Sistema de Gestão da Qualidade.De acordo com a ISO 9001:2008.
A Direção de Handling da SATA manteve também a Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade.De acordo com a ISO 9001:2008.
O Grupo SATA obteve a renovação da Certificação do Sistema Inte-grado de Segurança, Saúde e Am-biente pela APCER.
A SATA Internacional manteve a Certificação enquanto Entidade Formadora pela DREQP (Direção Regional do Emprego e Qualifi-cação Profissional).Por via do Centro de Formação Aero-náutica dos Açores.
12 13Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Envolvente externaA atividade e o desempenho da SATA, em 2014, foram amplamente afetados por fatores externos, que a empresa não controla e que influenciam e regem a sua atividade. O setor do transporte aéreo, especialmente a SATA, está altamente exposto às variações nos níveis de procura e consumo, ficando condicionado à conjuntura a nível interna-cional, nacional e da própria região.
Em 2014 os principais acontecimentos que marcaram o desempenho da SATA foram:
•Deterioração significativa da tarifa média na SATA Internacional e continuidade de rotas com rentabilidades historicamente negativas;
•Cancelamento da rota Funchal / Porto Santo. Apesar disso registou-se ligeiro crescimento de passageiros, veri-ficado no transporte aéreo no interior da RAA;
•Ajuste direto do transporte aéreo inter-ilhas no 4º trimestre.
Clique para mais informações sobre a evolução do número de passageiros transportados.
De seguida, é apresentada uma breve contextualização dos fatores que caracterizaram a economia internacional e nacional durante o ano.
Contexto Regulatório
•Regulamentos ICAO e IATA;•Regulamentos da Comissão Europeia e EASA, com especial
destaque para o Regulamento 965/2012 e para o Regula-mento EC 290/2012;
•Legislação Nacional - INAC;•Legislação Regional.
Contexto Institucional
•Incerteza quanto aos impactos do novo enquadramento de liberalização e das obrigações de serviço público nas rotas regulares domésticas, bem como quanto ao modelo de negó-cio do transporte aéreo na Região Autónoma dos Açores;
•Enquadramento associado à concessão dos serviços aéreos regulares no interior da Região Autónoma dos Açores;
•Acordos de empresa em vigor reduzem a flexibilidade da equipa de gestão em adequar à sazonalidade inerente do negócio.
Contexto do Setor
•Volatilidade e incerteza da evolução do preço do jet fuel;•Crescimento do transporte aéreo internacional moderado,
embora com previsão do aumento do volume de passagei-ros;
•Continuação da expansão do transporte aéreo de carga;•Redução dos custos com matérias-primas, devido sobretu-
do à queda do preço do petróleo;•Receitas de transporte de passageiros ainda se mantêm
moderadas nos EUA.
Contexto Macroeconómico
•EUA com uma recuperação económica mais forte do que o esperado, com perspetivas de crescimento moderado;
•Canadá com um desempenho económico sólido, embora com previsão de abrandamento de crescimento em 2015;
•Portugal apresenta estabilização da atividade económica, apontando para a recuperação gradual;
•Região Autónoma dos Açores com taxa de inflação média de 0,26% e redução da taxa de desemprego.
PIB| taxa de variação, em % 2013 2014 2015P 2016PEconomia mundial 3,3 3,3 3,5 3,7Economias desenvolvidas, das quais: 1,3 1,8 2,4 2,4EUA 2,2 2,4 3,6 3,3Canadá 2,0 2,4 2,3 2,1Zona Euro –0,5 0,8 1,2 1,4Reino Unido 1,7 2,6 2,7 2,4
Fonte: FMI, World Economic Outlook Update, janeiro 2015
Contexto InstitucionalAtualmente, existe um clima de in-certeza quanto aos impactos do novo enquadramento de liberaliza-ção e das obrigações de serviço pú-blico nas rotas regulares domésticas, bem como quanto ao modelo de ne-gócio do transporte aéreo na Região Autónoma dos Açores, prevendo-se a entrada de operadores aéreos low--cost nas ligações dos Açores com o Continente.
No último trimestre de 2014 foi ce-lebrada, por ajuste direto, a conces-são do serviço público aéreo regular no interior da Região Autónoma dos Açores, com a duração de 6 meses, entre 1 de outubro de 2014 a 31 de março de 2015. O transporte aéreo no interior da Região Autónoma dos Açores é assegurado pela subsidiária SATA Air Açores.Importa salientar também que, em 2014, as relações laborais foram caracterizadas por uma significativa paz social. Apesar disso, no primeiro semestre, verificou-se a ocorrência de três greves de sindicato repre-sentativo dos trabalhadores de terra (handling).
As situações de conflitualidade fo-ram superadas por posteriores solu-ções normativas, da responsabilida-de do Governo Regional dos Açores, que determinaram à empresa a repo-sição do “status quo” vigente a 31 de dezembro de 2010.
Clique para mais informações sobre con-texto regulatório que afetou as relações laborais.
Contexto Macroeconómico De acordo com os dados do Fundo Monetário Internacional, em 2014 a economia mundial continuou a de-monstrar sinais de recuperação em-bora de forma desigual. Assistiu-se à queda dos preços do petróleo em dólares norte-americanos em cerca de 55%, desde setembro de 2014. Este declínio deve-se parcialmente à inesperada diminuição da procura em algumas grandes economias, em particular nas economias emergen-tes, também refletida na queda dos preços dos metais industriais. No entanto, prevê-se uma recuperação parcial dos preços do petróleo nos próximos anos. Em 2015, espera--se um crescimento global de cerca de 3,5%, e 3,7% em 2016, sendo os Estados Unidos da América a única grande economia em que as pro-jeções são mais positivas. A baixa inflação e a estagnação económica são as principais preocupações na Zona Euro.
Europa - Zona EuroNa zona Euro, o crescimento durante 2014 foi menor do que o esperado, em grande parte devido ao fraco investimento e à diminuição das ex-petativas de inflação. Prevê-se uma atividade económica baseada em preços do petróleo mais baixos, a fle-xibilização da política monetária, e uma política orçamental neutra, bem como a recente depreciação do euro.Estes fatores serão contrabalança-dos com perspetivas de investimen-
to mais fracas, refletindo em parte o impacto de um crescimento mais fraco nas economias de mercado emergentes no setor da exportação. Prevê-se uma recuperação lenta com um crescimento anual na ordem dos 1,2% em 2015 e 1,4% em 2016.
Estados Unidos da América e CanadáEnquanto que o crescimento mundial aumentou em 2014, registaram-se divergências acentuadas no cresci-mento entre as principais economias, tendo a recuperação dos EUA sido mais forte do que o esperado – após a contração no primeiro trimestre de 2014, o desemprego diminuiu, a pressão de inflação foi mais suave , refletindo também a valorização do dólar e a diminuição dos preços do petróleo. Está previsto um cresci-mento superior a 3% entre 2015 e 2016, com uma procura doméstica assente em preços baixos de petró-leo, um ajustamento fiscal modera-do, e um apoio contínuo a partir de uma política monetária de carácter acomodatício, apesar do aumento gradual projetado das taxas de juros. No Canadá, o desempenho económi-co tem sido sólido, maioritariamente devido à forte recuperação da eco-nomia dos EUA. A dinâmica de cres-cimento vai abrandar um pouco em 2015, refletindo de forma substan-cial os preços do petróleo, e tornar--se mais equilibrada com o arrefeci-mento do mercado imobiliário.
14 15Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Conjuntura RegionalDe acordo com os dados publicados pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores, enquanto que a taxa de inflação média a nível nacional atin-giu -0,28% em 2014, nos Açores foi de 0,26%. Ao contrário do ano anterior, em 2014, a taxa de desemprego nos Açores estimada no 4º trimestre é de 15,5%, representando um de-créscimo de 1,8% face ao trimestre homólogo. No que diz respeito à população empregada, por setores de atividade nos últimos três me-ses do ano, comparativamente com o trimestre homólogo, verificou-se um acréscimo em todos os setores: primário (10,0%), secundário (8,2%) e setor terciário (1,9%).De janeiro a novembro de 2014, os estabelecimentos hoteleiros da Região Autónoma dos Açores regis-taram 1.029,5 mil dormidas, valor superior em 0,3% ao registado em igual período de 2013. Neste mesmo período, os residentes em Portugal atingiram cerca de 379,8 mil dormi-das, correspondendo a um acréscimo homólogo de 6,0%; os residentes no estrangeiro atingiram 649,7 mil dor-midas, registando uma redução em termos homólogos de 2,7%. Os resi-dentes da Suécia e Dinamarca foram
PIB | taxa de variação anual, em % 2014P 2015P 2016PPIB 0,9 1,5 1,6Consumo privado 2,2 2,1 1,3Consumo público -0,5 -0,5 0,5Formação Bruta de Capital Fixo 2,2 4,2 3,5Procura Interna 2,3 1,0 1,5Exportações 2,6 4,2 5,0Importações 6,3 3,1 4,7
Fonte: Boletim Económico – dezembro 2014, Banco de Portugal
Conjuntura NacionalEm 2014, assistiu-se à estabilização da atividade económica, apontando para a recuperação gradual iniciada em 2013. Para o período 2014-2016, segundo dados do Banco de Portugal, prevê-se a continuação do processo de ajustamento gradual dos desequilíbrios macroeconómicos, num contexto de crescimento moderado da atividade e do nível de preços, caraterizado também pela continuação da redução do endividamento externo. A evolução prevista traduz-se numa taxa de variação média anual do produto interno bruto (PIB) de 0,9 % em 2014, de 1,5 em 2015 e 1,6% em 2016, o que configura um crescimento médio ligeiramente superior ao projetado para a área do euro para este período. Esta projeção contempla a manutenção do crescimento robusto das exportações e uma aceleração da formação bruta de capital fixo (FBCF) em 2015-2016, a par de alguma desaceleração do consumo privado. Prevê ainda que a procura interna continue a ser condicionada pelo elevado nível de endividamento do setor privado e pelo processo de consolidação orçamental.
os que contribuíram mais para esta redução, ao contrário dos residentes dos EUA e Espanha que registaram variações positivas acima dos 20%.Os proveitos totais nos estabele-cimentos hoteleiros, de janeiro a novembro de 2014, atingiram 43,1 milhões de euros, correspondendo a uma variação homóloga de -0,3%. As ilhas de São Miguel, Terceira e Faial foram as que maior contributo tiveram nos proveitos totais, respeti-vamente com 65,7%, 14,2% e 9,3%.
Contexto no Setor de Transporte AéreoEm 2014, o setor de transporte aé-reo registou algumas melhorias, apesar da conjuntura económica in-ternacional. Ao mesmo tempo que se registou o enfraquecimento das condições de negócio a nível global, e do nível de confiança dos empresá-rios sobretudo na zona Euro e China, também o crescimento do transporte aéreo internacional não demonstrou grande evolução positiva. Contudo, as viagens domésticas na Europa apresentaram um aumento de cer-ca de 5% face ao ano anterior, mas sobretudo em classe económica em substituição de classe premium, por motivos de redução de custos. O transporte aéreo de carga continuou a expandir-se, apoiado pela melhoria das condições económicas nos EUA e o crescimento forte do comércio na região Ásia-Pacífico. As perspetivas para o transporte aéreo internacio-nal continuam a ser globalmente po-sitivas, embora o abrandamento nas principais economias como a Zona Euro e a China possam afetar de for-ma negativa a procura.De acordo com um survey da IATA aos CFO das companhias aéreas, a redução dos custos com matérias--primas em 2014, sobretudo a queda do preço do petróleo, e o crescimen-to dos volumes de tráfego são os principais fatores responsáveis pela melhoria recente do desempenho fi-nanceiro. Para 2015, as expetativas de lucro são positivas, a nível global, baseado na confiança que o tráfego aéreo continuará a aumentar duran-te 2015.
Preço do JetFuel •Os preços do petróleo caíram para metade durante 2014, e é expectável que continuem a descer em 2015.
•As ações das companhias aéreas, a nível global, subiram 40% em 2014, em parte devido à queda dos preços do petróleo bruto.
Receitas (Yields) •As receitas de transporte de passageiros ainda se man-têm moderadas nos EUA, como há um ano atrás, mas per-manecem fracas em outras regiões.
•Os drivers da procura permaneceram positivos, mas poderá haver uma pressão descendente sobre as recei-tas devido à diminuição dos custos relacionados com combustível.
Procura •Embora o crescimento do transporte aéreo internacional tenha sido moderado, o volume de passageiros aéreos continuará a aumentar, e a procura de transporte aéreo de carga continua a ter uma tendência positiva, apesar das preocupações com a economia global.
Capacidade •A capacidade de carga área mantém-se estável. O cresci-mento no AFTK - Available Freight Tonne Kilometres foi positiva em 2014, e o crescimento do ASK - Available Seat Kilometres foi particularmente forte nos mercados domésticos.
•O crescimento em lugares retomou ligeiramente, mas ainda abaixo da expansão da procura. Este crescimento resultou de um declínio na atividade de armazenamento, bem como de um pequeno aumento de novas entregas de aeronaves.
16 17Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Evolução de indicadores de passageirosTaxa de variação anual - 2014
Evolução de indicadores de cargaTaxa de variação anual - 2014
Fonte: Airlines Financial Monitor, IATA , November and December 2014 * Todos os dados são apresentados em % de variação anual face ao ano anterior, à exceção dos indicadores Passenger Load Factor e Freight Load Factor.
0% 85%
Revenue Passenger Kilometers
Available Seat Kilometers
Passenger Load FactorNorth America
Middle East
Latin America
Europe
Africa
%
68,32,8
0,477,2
7,5
81,16,9
5,25,9
79,83,8
6,478,4
11,212,5
83,72,32,8
0% 85%
Freight Tonne Kilometers
AvailableFreight Tonne Kilometers
Freight Load FactorNorth America
Middle East
Latin America
Europe
Africa
%
30,50,9
6,155,4
5,6
46,85,4
2,92,0
41,90,40,5
44,510,510,7
35,2-0,52,3
55%
Concorrência no Setor do Transporte Aéreo Em 2014 as rotas entre as ilhas da Região Autónoma dos Açores foram asseguradas somente pela SATA Air Açores. As rotas entre esta região e o exterior, são asseguradas pela SATA Internacional, num ambiente compe-titivo com outros players existentes no mercado. Durante este período a SATA deteve a liderança na quota de mercado no aeroporto de Ponta Delgada. Contu-do, para o futuro mantem-se um cli-ma de incerteza sobre o impacto da liberalização do mercado que entrará em vigor a 29 de março de 2015.
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Ponta DelgadaPortoLisboa
4º Trimestre3º2º1º
91%87%
89% 90%
2% 2% 2% 2%
3%
Quota de mercado SATA entre as 10 maiores companhias aéreas/Nº de passageiros nos aeroportos nacionais em 2014
RegulaçãoA SATA assume, ao mais alto nível de gestão, o comprometimento em desenvolver a sua atividade, numa base diária, em conformidade com um conjunto de leis e regulamentos internacionais, comunitários, nacio-nais e regionais.
Clique para mais informações sobre a legislação e regulamentos aplicáveis à SATA.
Principais alterações legislativas com impacto na gestão do Grupo SATA em 2014Em 2014, as principais alterações le-gislativas que impactaram a SATA ao nível da gestão das relações laborais foram:• Decreto-Lei nº 133/2013,de 3 de outubro (regime do Setor Público Empresarial), com início de vigência em dezembro de 2013, disciplinou o trabalho suplementar, ajudas de custo, trabalho noturno e subsídio de alimentação, por re-missão para o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas, importando assim em redução dos valores previstos em AE; medidas estas que assumem impacto signifi-cativo nos segmentos operacionais de handling e manutenção de aero-naves (trabalho suplementar), bem como no pessoal navegante (ajudas de custo).• Leinº83-C/2013,de31dedezembro (Lei do Orçamento de Es-tado 2014), mantendo as proibições de valorização salarial, agravou o va-lor das reduções salariais por aumen-to da percentagem (2,5% a 12%) e alargamento da base de incidência (a partir de €675), abrangendo a totali-dade dos trabalhadores do Grupo.• Lei75/2014,de12dese-tembro (nova disciplina das reduções remuneratórias), limitando as redu-ções salariais para o mesmo universo (remunerações iguais ou superiores a €1500) e em idêntica dimensão (de 3,5% a 10%) do verificado em 2011 e 2012, mantém acrescida onerosidade na perda de rendimen-tos de profissionais qualificados e não fungíveis, nos segmentos de
manutenção de aeronaves e voo, de-terminantes para a viabilização ope-racional.As condicionantes referenciadas, em avaliação de conformidade constitu-cional e subsequentes atos legisla-tivos regionais foram reajustadas, a saber:• Com a prolação do Acór-dão do Tribunal Constitucional nº 175/2014, de 15 de agosto, transi-toriamente foram repristinados os regimes salariais convencionais.• PordecorrênciadoDecretoLegislativo Regional nº 2/2014/A, de 29 de janeiro, com solução man-tida no Decreto Legislativo Regio-nal nº 14/2014/A, de 1 de agosto e Decreto Legislativo Regional nº 22/2014/A, de 27 de novembro, a Resolução nº 24/2015 de 11 de fe-vereiro, contemplou a atribuição de remuneração complementar aos tra-balhadores do Grupo.• O Decreto Legislativo Re-gional nº 20/2014/A, de 30 de ou-tubro (alteração do regime do SPER), mantém em vigor o montante do subsídio de alimentação e regime de ajudas de custo, trabalho suplemen-tar e trabalho noturno, aplicáveis a 31 de dezembro de 2010.Relativamente ao modelo de negó-cio do transporte aéreo na Região Autónoma dos Açores, a liberalização das ligações aéreas entre os Açores e o Continente entra em vigor a 29 de março de 2015, sendo revoga-das as obrigações de serviço público nas ligações aéreas entre as ilhas de São Miguel e Terceira e o continen-te (Lisboa e Porto). Também a partir de 29 de março de 2015, serão im-postas obrigações modificadas de serviço público aos serviços aéreos regulares explorados nas rotas que asseguram as ligações entre Lisboa e Horta, Funchal e Ponta Delgada, Lisboa e Santa Maria e Lisboa e Pico.Estas alterações encontram-se defi-nidas em comunicações publicadas a 27 de janeiro de 2015 no Jornal Oficial da União Europeia, nomeada-mente:• 2015/C 27/03 Comunica-ção da Comissão nos termos do ar-tigo 16º n.º 4, do Regulamento (CE)
n.º 1008/2008 do Parlamento Euro-peu e do Conselho relativo a regras comuns de exploração dos serviços aéreos na Comunidade — Estabele-cimento de obrigações de serviço público no que respeita a serviços aéreos regulares de transporte de carga aérea e correio. • 2015/C 27/04 Comunica-ção da Comissão nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Regulamento (CE) n.º 1008/2008 do Parlamento Euro-peu e do Conselho relativo a regras comuns de exploração dos serviços aéreos na Comunidade — Alteração de obrigações de serviço público re-lativas a serviços aéreos regulares. • 2015/C 27/05 Comunica-ção da Comissão nos termos do n.o 4 do artigo 16.o do Regulamento (CE) n.o 1008/2008 do Parlamento Euro-peu e do Conselho relativo a regras comuns de exploração dos serviços aéreos na Comunidade — Revogação de obrigações de serviço público re-lativas a serviços aéreos regulares.Existem também novos regulamen-tos que condicionam a atividade da SATA, nomeadamente a entrada em vigor em 2014 do Regulamento EC 965/2012 - que estabelece os re-quisitos técnicos e os procedimentos administrativos para as operações aéreas, obrigando à implementação de novos procedimentos e revisão de manuais; e o Regulamento EC 290/2012 - que altera o Regulamen-to (UE) n.º1178/2011 que estabele-ce os requisitos técnicos e os pro-cedimentos administrativos para as tripulações da aviação civil, incluindo a implementação de um Safety Ma-nagement System (SMS).
Clique para mais informações sobre a im-plementação do SMS.
O Regulamento Europeu 261/2004 encontra-se em fase de revisão. As alterações propostas refletem al-guns aspetos positivos para as com-panhias aéreas, como a limitação de assistência aos passageiros em caso de irregularidades de voos decorren-tes de circunstâncias extraordinárias e totalmente alheias às companhias (como aconteceu em 2010 aquando
18 19Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
da crise das cinzas vulcânicas). No entanto, esta revisão visa na sua generalidade ampliar os direitos dos passageiros e, por consequência, os deveres das companhias aéreas (ex.: atrasos prolongados podem conferir direito a indemnização e apenas um conjunto limitado de problemas téc-nicos/avarias podem ser considera-das circunstâncias extraordinárias). Esta revisão poderá vir a afetar os resultados operacionais da SATA.No âmbito específico da gestão de aeródromos, encontra-se em fase de proposta a alteração aos diplomas da atividade aeroportuária, nomeada-mente Decreto Legislativo Regional nº 35/2002/A, de 21 de novembro e o Decreto Regulamentar Regional nº 18/2003/A, de 1 de abril:• o Decreto Legislativo Re-gional nº 35/2002/A aprova um novo regime de licenciamento do uso pri-vativo dos bens do domínio público e atividades desenvolvidas nas áreas dos Aeródromos do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo, bem como da Ae-rogare das Flores, sujeito a licen-ciamento e a pagamento de taxas – na proposta de alteração consta a introdução de diversas inovações e alterações ao regime jurídico cons-tante do mesmo, evidenciando-se a atribuição de licenças a particulares, bem como a clarificação de direitos e deveres que assistem a todas as par-tes envolvidas nas relações jurídicas tituladas pelas licenças;• o Decreto RegulamentarRegional nº 18/2003/A define as taxas devidas pela ocupação de terrenos, edificações ou outras ins-talações, pela sua utilização ou dos seus respetivos serviços e equipa-mentos e pelo exercício de qualquer atividade nas áreas dos Aeródromos do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo, bem como da Aerogare das Flores. - a proposta de reformulação des-te diploma, tem como objetivo criar as condições necessárias para uma estabilização das taxas aeroportuá-rias ao longo do tempo, promovendo mais eficiência na exploração das in-fraestruturas a aeroportuárias, bem como na qualidade do serviço pres-tado.
O Grupo SATA“O Grupo SATA já está longe do pequeno núcleo familiar da década de quarenta do século passado. Trazer a cada dia, o mundo aos Açores e levar os Açores ao resto do Mundo. É um lema e uma missão a cumprir.”
20 21Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
O Grupo SATA
Missão do Grupo SATA
Desenvolver de modo sustentado toda a atividade de transporte aéreo relacionado com os Açores através de uma operação com vocação atlântica assente num serviço fiável, hospitaleiro e inovador.
Valores do Grupo SATA
Simpatia: A SATA aposta na hospitalidade do seu serviço. A bordo e em terra faz por oferecer um serviço atento e cuidado, bem como procura transportar, para onde quer que voe, a genuinidade, simplicidade e amabilidade da alma açoriana.
Fiabilidade: A SATA faz da pontualidade das suas ligações e fiabilidade da sua ação um ponto primordial no seu desempenho, procedendo a constantes auditorias na procura constante de alcançar a excelência na sua atuação.
Inovação: O Grupo SATA elegeu o valor inovação como principal vetor da sua atuação. Ao longo dos últimos anos, tem apostado nas novas tecnologias, com o objetivo de oferecer aos passageiros e aos seus parceiros soluções cómodas, inovadoras e práticas.
Universo SATA
A SATA, fundada em 1941, é atualmente um Grupo constituído por seis empresas com personalidades jurídicas dis-tintas: SATA Air Açores, SATA Internacional, SATA Express, Azores Express, SATA Gestão de Aeródromos e SATA SGPS, cujo centro de decisão está localizado na Região Autónoma dos Açores, ilha de São Miguel, cidade de Ponta Delgada. Estas empresas têm assumido um papel relevante nas acessibilidades dos habitantes das ilhas dos Açores e como instrumento indispensável à consolidação e desenvolvimento económico e social da Região Autónoma.
SATA SGPS 100% Região Autonóma dos AçoresGestão integrada, sob a forma empresarial, da car-teira de participações da Região Autónoma dos Açores, no setor do transporte aéreo.
SATA Air Açores 100% SATA SGPSFundada em 1941, serve as 9 ilhas do Arquipélago dos Açores, através de um serviço público de trans-porte aéreo. Garante, igualmente, desde 2007, os voos inter-ilhas para a Madeira (Funchal). Em 2011 passou a operar as ligações entre os Açores, Ma-deira, Canárias, e Algarve, em nome da SATA Inter-nacional.
SATA Internacional 100% SATA Air AçoresFundada em 1990, participa nas ligações aéreas entre os Açores e o exterior, oferecendo rotas aé-reas para a Europa e América do Norte, ampliando o âmbito da sua operação aérea regular com a reali-zação de operações charter para variados destinos.
SATA Gestão de Aeródromos100% SATA Air AçoresConstituída em 2005, gere quatro das nove infra--estruturas aeroportuárias existentes na Região Autónoma dos Açores (Pico, Graciosa, Corvo e São Jorge) e a Aerogare das Flores. Promove e executa o planeamento e a exploração do serviço público de apoio aeroportuário à aviação civil.
SATA Express e Azores Express100% SATA Air AçoresOperadores turísticos localizados no Canadá (SATA Express) e nos EUA (Azores Express), desde 1985. Atualmente promovem a oferta de ligações cons-tantes, ao longo do ano, entre a América do Norte e Portugal Continental e Insular e comercializam a operação da SATA Internacional nesses países.
Clique para consulta dos organogramas das empresas do Grupo.
A Equipa
No final de 2014 a equipa da SATA era constituída por 1.330 colaboradores.
661 644 25
SATA Air Açores SATA Internacional SATA Gestão deAeródromos
22 23Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Rotas
AMÉRICA DO NORTE2 BOSTON1 MONTREAL1 OAKLAND3 TORONTO
NACIONAIS3 CORVO2 FARO4 FLORES2 MADEIRA - FUNCHAL1 GRACIOSA5 FAIAL - HORTA4 LISBOA2 PICO5 S. MIGUEL - PONTA DELGADA1 PORTO2 SANTA MARIA2 S. JORGE8 TERCEIRA
AçORES
Tema relevante: Novas rotas e internacionalização
A SATA liga mais de oitenta destinos no Atlântico Norte, com voos entre continentes, arquipélagose ilhas, contribuindo para a satisfação das necessidades de mobilidade dos açorianos, e ao mesmo tempo para a re-dução do isolamento dos Açores e promoção do destino turístico da região.
Nº de rotas operadas por destino em 2014
EUROPA1 AMESTERDãO1 ARLANDA2 CANÁRIAS1 FRANKFURT 1 LONDRES1 MADRID2 MUNIQUE1 PARIS
24 25Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
3 Airbus A310-304 | Autonomia, Terceira e São Miguel1 Airbus A310-325 | Macaronésia
3 Airbus A320-214 | Diáspora, São Jorge e Corvo1 Airbus A320-212 | Pico
4 DHC-8-Q402 | Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Flores e Santa Maria
2 DHC-8-Q202 | Graciosa e Faial
FrotaA frota da SATA é composta, atualmente, por 14 aeronaves, com uma idade média de 12,8 anos.
Clique para consulta de informação adicional sobre a Frota SATA
MarcaO símbolo da imagem de marca SATA – assente no elemento gráfico BIA-Blue Islands Açor, um passáro-sítio – é com-posto por nove partes, simbolizando a união e colorido das nove ilhas do arquipélago português, em torno de um objetivo atlântico.O projeto da nova marca SATA, desenvolvido desde 2009, conquistou a distinção máxima no maior concurso do mun-do em Itália – o Platinum A Design Award, em 2014. Trata-se de uma iniciativa que distingue projetos que atingiram o nível exemplar de excelência em design.
26 27Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Presidente da SATA SGPSLuís Parreirão
Vogal Executivo da SATA SGPSIsabel Barata
Vogal Executivo da SATA SGPSFrancisco Gil
Vogal Executivo da SATA SGPSFrancisco Franco
Vogal Executivo da SATA SGPSJoão Soares
Modelo de Governo
A SATA atua de forma a garantir que a sua estrutura e funcionamento organizacionais se encontram devidamente alinhados com os Princípios de Bom Governo do Setor Empresarial do Estado e com as boas práticas internacionais. Os órgãos sociais e colaboradores desenvolvem as suas atividades com salvaguarda de questões éticas e de acordo com os padrões de conduta recomendados.
Princípios do Governo de Sociedade
•Adaptabilidade •Auditoria •Prevenção de conflito de interesses•Controlo•Integridade com o mercado •Respeito•Responsabilização•Segregação de funções
•Transparência
A SATA promove internamente uma cultura de controlo, segregação de funções e prevenção de conflitos de interesses. A SATA promove também o princípio da transparência e integridade com o mercado. Com vista a garantir o envolvimento de todas as suas partes interessadas, a SATA procede à divulgação de todas as informações de carácter corporativo, estratégico e relacionadas com alterações da sua envolvente que afetem a sua operacionalidade, de forma responsável e verdadeira. A elaboração de pareceres sobre a situação económico-fi-nanceira da SATA, assegurada pelo seu órgão de fiscalização, contribui para a tomada de decisão informada por parte do acionista.
Órgãos de Gestão – SATA SGPS
A estrutura de Governo das empresas da SATA assenta no Modelo Latino, que prevê a existência de 3 órgãos de gestão, encontrando-se perfeitamente definidos nos estatutos societários as suas funções e as suas regras de fun-cionamento.
Os órgãos sociais atuais da SATA SGPS foram eleitos a 12 de maio de 2014, para o triénio 2014-2016.
Assembleia Geral Procede à análise e aprovação dos documentos de prestação de con-tas individuais e consolidadas, deliberando sobre a aplicação de resul-tados do exercício, alterações de participação de capital, aumentos de capital e contratação de empréstimos (nas condições previstas). É também responsável por analisar e aprovar as linhas e orientações de caráter estratégico; e pela eleição dos membros dos órgãos sociais, definindo a fixação e alteração da sua remuneração.
Fiscal Único Tem a responsabilidade de fiscalizar a administração da empresa re-lativamente ao cumprimento da lei, estatutos e regulamentos aplicá-veis, assim como, verificar e elaborar um parecer sobre os documentos de prestação de contas através da realização de auditorias internas, assegurando o cumprimento dos standards internacionais definidos.
Conselho de Administração Tem como funções gerir os negócios da sociedade e tomar decisões relativas ao objeto social que são da sua exclusiva competência e res-ponsabilidade. É responsável pela aprovação dos principais objetivos, políticas e orientações de gestão da SATA, assim como monitorizar e garantir o seu alinhamento com as atividades a desenvolver, no senti-do de satisfazer e maximizar os interesses do acionista.
28 29Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Presidente Vice-Presidente Secretário Reuniões RemuneraçãoMilton Sarmento Victor Borges da
PonteAntónio Pimenta N.º reuniões: 4
% de participação: 100%
Principais deliberações:- Programa de Emissões de Papel Comercial; - Eleição dos membros para os Órgãos Sociais 2014-2016;- Fixação das remunera-ções dos membros do Con-selho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas;- Aprovação do Relatório e Contas de 2013.
A política de remunerações da SATA não contempla qualquer componente re-muneratória relativamente aos membros que compõe a Assembleia Geral, pelo que estes não auferem qualquer remuneração pelo exercício das suas funções enquanto membros que compõe este órgão social.
Assembleia Geral - Composição da Mesa da Assembleia Geral
Nome do Fiscal Único Data da primeira designação
N.º de mandatos Duração domandato
Remuneração
PricewaterhouseCoopers & Associados - SROC, Lda.
2014 Primeiro mandato 3 anos civis A remuneração do Fiscal Único em 2014 é de 3.000€ pelos serviços de auditoria e revisão legal das contas.
Fiscal Único
Conselho de Administração da SATA SGPS
O Conselho de Administração é composto por 5 administradores executivos, encontrando-se perfeitamente definidas quais as responsabilidades e as áreas de competência do negócio de cada um.
Indicadores
N.º reuniões: 30
N.º reuniões: 13
% mínima de participação: 67%
Principais deliberações: - Aprovação do Relatório e Contas de 2013 e Aplica-ção de Resultados- Distribuição e atribuição dos pelouros aos Adminis-tradores
Remuneração:A política de remuneração dos membros do Conselho de Administração é definida de acordo com os Esta-tutos do Gestor Público Regional e com os Estatutos da SATA. A remuneração dos membros do Conselho de Administração é constituída por uma componente fixa, que, de acordo com o artigo 25º dos Estatutos do Gestor Público Regional, é fixada por deliberação em Assembleia Geral, sendo que na sua determinação existem três fatores que são tidos em consideração: - As responsabilidades assumidas, complexidade e exigência das mesmas; - Desempenho do membro do órgão social;- Práticas remuneratórias dos principais pares. Os membros do Conselho de Administração só aufe-rem remuneração pelas funções de gestores públicos que desempenham na SATA Air Açores. O valor total da remuneração auferida em 2014 foi 309.206,20€.
Nome do membros doConselho de Administração
Pelouros
Presidente daSATA SGPSChief Executive Officer
Luís Parreirão
•Jurídico;•Gestão de Aeródromos;•Controlo de Gestão;•Comunicação e Imagem.
Vogal Executivo da SATA SGPSChief Human Resources Officer
Isabel Barata
•Secretariado-Geral.
Vogal Executivo da SATA SGPSChief Commercial Officer
Francisco Gil
•Gestão Comercial do Grupo SATA;
•Sistemas de Informação.
Vogal Executivo daSATA SGPSChief Financial Officer
Francisco Franco
•Área Financeira e Conta-bilística;
•Compras e Logística.
Vogal Executivo daSATA SGPSChief Operational Officer
João Soares
•Operações de Voo;•Treino e Instrução;•Manutenção, Engenharia
e Continuidade de Aero-navegabilidade;
•Handling e Operações Terrestres.
De referir que entre janeiro e abril de 2014, o Conselho de Administração teve no ativo apenas um Presidente (Luís Parreirão) e dois administradores executivos (Isabel Barata e Francisco Gil), tendo sido nomeados os restantes dois administradores (Francisco Franco e João Soares) em maio de 2014, data a partir da qual iniciaram funções na em-presa.
30 31Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Gestão do RiscoA Gestão de Risco assume uma importância fundamental no dia-a-dia operacional e de gestão da SATA, presente em todos os processos, sendo uma responsabilidade de todos os colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis hierár-quicos da Empresa. A gestão da SATA é suportada numa metodologia de gestão do risco, claramente definida e alinhada com as boas práticas do mercado, alinhada com a metodologia da Enterprise Risk Management Integrated Framework/COSO II e considera a recente norma ISO 31000:2009 – Risk Management. Esta metodologia visa assegurar um ambiente de controlo interno eficaz e minimizar o impacto dos riscos na organização, reduzir a incerteza e a volatilidade da sua ocorrência, tendo como fim último a sustentabilidade da SATA.
Em complemento, a SATA tem como referência a Matriz de Risco do Setor Aéreo que identifica quatro tipos de risco – riscos financeiros, riscos estratégicos, riscos hazard e riscos operacionais.
RiscosEstratégicos
RiscosOperacionais
RiscosHazard
RiscosFinanceiros
Capitalover run
CulturaCorporativa
EXTERNOS
INTERNOS
Aquisição deaeronaves
Avaliaçãode ativos
Liquidez
RevenueManagement
Programação eplaneamento de rotas
Sistemas de IT
Envelhecimentoda frota
Desenvolvimento de RH
Vendas e Marketing
Responsabilidade civil
Responsabilidadesgerais/riscos legais
Danos napropriedade ounas aeronaves
Preço docombustível
Financiamentoe subsídios
Flutuações cambiais
Comércio de emissões
Estados da economianacional, regionale global
Regulamentação do sector
ConcorrênciaProcura
Alterações de preços
Perturbações nasalianças e codeshares
Aeroportose instalações
Cadeia de fornecimento
Restrições de rede
Fiabilidade da manutenção
Falha no fornecimentopela 3ª parte
Riscos políticos
Terrorismo
Clima
Incidentes públicos
Clique para mais informações sobre o modelo de Gestão do Risco da SATA
A SATA assegura no seu dia-a-dia operacional a gestão e monitorização destes riscos. Em 2014, a SATA levou a cabo uma análise dos riscos de interrupção da operação, que consistiu na identificação deste tipo de riscos, sua probabilidade, impacto e respetivas medidas de mitigação, tendo concluído a primeira fase deste trabalho junto dos diretores das várias áreas.
A SATA iniciou também a implementação da metodologia de análise de risco – Failure Mode and Effects Analysis (FMEA) na Direção de Handling, para a obtenção futura da certificação ISO 9001:2015, tendo sido concluído o módulo de check-in.De realçar ainda o início do processo de revisão do Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas, com vista à atualização os riscos e respetivas de mitigação.
Mitigação dos riscos na SATA
RISCOS FINANCEIROS Preço do Jet FuelO consumo de jet fuel na SATA, anual-mente, ascende a cerca de 68 mil tone-ladas sendo que qualquer alteração no seu preço provoca um impacto muito sig-nificativo nos resultados operacionais da SATA.
Como mitigar?Contratação de operações de hedging num total variável que poderá ir até 80% do total de consumo anual de jet fuel sendo o hori-zonte temporal das operações até 24 meses, ao mesmo tempo que assegura uma monito-rização cuidada e periódica da variação dos preços de petróleo.
RISCOS ESTRATÉGICOS Regulamentação do SetorAs constantes alterações ao nível da re-gulação e orientações internacionais a que a SATA está exposta, exigem uma monitorização orientada, eficaz e atem-pada para assegurar o sucesso das ope-rações.
Como mitigar?Monitorização assegurada pelo Gabinete Jurídico, com total apoio e colaboração dos membros da Gestão.
RISCOS OPERACIONAIS Safety & SecurityA segurança dos colaboradores e dos clientes é a prioridade da SATA e todas as suas operações visam a mitigação do potencial risco de segurança a que estão expostos.
Interrupção da OperaçãoVárias áreas operacionais da SATA, pela própria natureza das suas funções, po-dem ser afetadas por situações que po-dem afetar o normal funcionamento da operação.
Como mitigar?•Existência do Safety Management
System (SMS);•Monitorização de dados de voo (Flight
Data Monitoring);•Existência medidas de security;•Realização de processos periódicos de
auditoria internos e externos, trans-versais a todas as áreas de negócio.
•Manuais de Risco de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (Riscos laborais).
Como mitigar?•Medidas de Gestão de Riscos de Inter-
rupção da Operação.
RISCOS HAZARD Desastres naturaisA atividade da SATA está sujeita a vários eventos naturais que provocam impac-tos significativos em termos de receita e custos: maremotos, terramotos, nevoei-ros fortes e cinzas vulcânicas e eventos sociais como guerras civis, greves e ações terroristas.
Como mitigar?•Contratualização de seguros que não
coloquem em causa a continuidade do negócio e os objetivos estratégicos da SATA;
•Existência de um Grupo de Gestão de Emergência SATA que suportado no Manual de Procedimentos de Emergên-cia, atua nas várias situações de crise.
RISCOS SOCIO-LABORAIS Relações laboraisOs colaboradores da SATA estão associa-dos a várias unidades sindicais tornando necessário a gestão dos vários processos de negociação, de forma a alinhar os vá-rios interesses entre as partes, com vista a mitigar o risco de greves e, consequen-temente, atrasos e cancelamentos de voos.
Como mitigar?Existe um Gabinete de Relações Laborais que garante e motiva uma relação de diálogo aberto com as várias unidades sindicais.
RISCOS POLÍTICOS Políticas regionais e nacionaisA SATA, sendo uma empresa detida a 100% por capitais públicos pode ver a sua atividade afetada por eventuais alte-rações políticas regionais e nacionais.
Como mitigar?O Conselho de Administração adota uma postura de diálogo permanente com o seu acionista no sentido de assegurar o cumpri-mento e o alinhamento dos melhores inte-resses das várias partes envolvidas.
Desafios 2015:•Identificar riscos de interrupção da operação junto dos colaboradores das áreas operacionais;•Concluir revisão de Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas.
32 33Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A Estratégia da SATAA SATA renova continuamente o compromisso para com a Região Autónoma dos Açores, de vencer de forma sustentável os desafios que se colocam.
34 35Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A Estratégia da SATAO transporte aéreo nos Açores, enquanto região insular, desempenha um papel fundamental na garantia da acessibili-dade a bens e serviços básicos pelas populações, contribuindo de forma decisiva para a competitividade da economia e para a qualidade de vida dos açorianos.
Decorrente do ano de 2013 ter sido marcado por um agravamento significativo dos resultados do Grupo SATA, o ano de 2014 foi assinalado por uma intensa crise. Assim, foi imperativo realizar estudos de análise estratégica-financeira, no sentido de reformular a estratégia do Grupo, a fim de evitar um cenário de potencial falência técnica eminente no curto prazo.
As linhas de orientação estratégica da SATA em 2014, operacionalizaram-se essencialmente em torno de 3 vetores: a redução de custos, a intensificação da promoção da SATA nos mercados de atuação e a inovação e eficiência opera-cional, garantindo sempre a fiabilidade e segurança da operação.
SEGURANÇA
PILAR 1A reduçãode custos
PILAR 2A intensificação da promoção da
SATA nos Mercados de Atuação
PILAR 3A Inovaçãoe Eficiênciaoperacional
•Redução de custos fixos e variáveis;
•Reforço da centralização do load control;
•Implementação de medidas de controlo de consumos de catering a bordo;
•Reformulação dos modelos de formação;
•Implementação do Fuel Ef-ficiency Program.
•Estabelecimento de novos acordos e parcerias comerciais;
•Promoção do negócio de han-dling a nível mundial;
•Promoção do Centro de For-mação Aeronáutica dos Açores junto de outros operadores aéreos e stakeholders do setor.
•Aposta no e-marketing;•Inovação dos serviços disponi-
bilizados aos clientes;•Melhoria da eficiência dos
processos operacionais; •Revisão de contratos e níveis
de serviço dos fornecedores de handling;
•Implementação do projeto Eletronic Flight Bag.
Apesar de todos os esforços e determinação da Equipa da SATA, assistiu-se a um agravamento da situação do Grupo, advindo em parte do contexto em que opera (descrito no capítulo Envolvente Externa do presente documento).A empresa manteve o seu acionista a par da evolução da situação.
SATA 2020
MODELO CORPORATIVO
Modelo corporativo: alinhar o modelo corporativo e estrutura acionista com as necessidades da empresa, e rever o modelo de serviços partilhados bem como as necessidades efetivas de re-cursos humanos garantindo as condições para a implementação e execução das componentes an-teriores.
SATA 2020
REESTRUTURAçãO FINANCEI-RA E RENOVAçãO DA FROTA
Restruturação financeira e reno-vação da frota: assegurar o ree-quilíbrio do balanço e a liquidez da SATA, através da recapitali-zação da empresa e da redução da alavancagem. Levar a cabo o processo de renovação de frota da SATA Internacional, nomea-damente a frota de longo curso, constituindo-se um imperativo para a sustentabilidade futura das operações do Grupo SATA.
Planos para o futuro
A SATA procedeu ao desenvolvimento de um plano estratégico a 5 anos, com horizonte temporal 2020, de forma a adaptar-se ao seu enquadramento atual, associado à liberalização do transporte aéreo na Região Autónoma dos Açores e às novas obrigações modificadas de serviço público.
Ambição e posicionamento estratégico – Horizonte 2020
•Vocação regional como fundamento da existência do transporte aéreo no Grupo SATA;•Serviço público de transporte aéreo no interior da Região Autónoma dos Açores e serviços complementares
associados;•Companhia de referência dos Açores nas ligações de Interesse Público ao Continente Português;•Serviço à diáspora açoriana como motivação para a operação comercial EUA e Canadá;•Dinamização dos fluxos turísticos para a Região Autónoma dos Açores;•Operador de referência da Região da Macaronésia;•Prestação de serviços complementares ao negócio do transporte aéreo na Região Autónoma dos Açores,
nomeadamente os serviços e gestão aeroportuária e os serviços de handling.
PILARES ESTRATÉGICOS
SATA 2020
MELHORIA OPERACIONAL E COMERCIAL
“Alcançar um crescimento sólido e duradouro. Pôr termo à atual insustentabilidade.”
A atuação da SATA assentará em torno de três pilares estratégicos distintos, necessários para garantir a suaviabilidade no futuro – em particular, a ativação coordenada das iniciativas de redimensionamento de pessoal,
racionalização de rotas e modernização da frota.
Melhoria operacional e comercial: garantir a melhor eficiência pos-sível da operação, de forma ali-nhada com as melhores práticas de mercado, assegurando a com-petitividade a nível de custos e a produtividade máxima dos ati-vos, bem como perseguindo uma melhoria da eficácia comercial tendo em conta as caracterís-ticas sazonais da atividade da SATA.
36 37Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A Redução de Custos (Pilar 1)
Nos últimos anos, o passivo financeiro do Grupo SATA tem vindo a agravar-se substancialmente, em consequência dos desequilíbrios operacional e financeiro da SATA Internacional e da SATA Air Açores. Esta situação implicou o agravamento significativo da função financeira nos últimos anos, originando custos financeiros relevantes para a realidade do Grupo SATA.
Em termos operacionais, os elevados custos com pessoal e a sub-otimização da rede e da frota, sobretudo ao nível da SATA Internacional, constitui uma desvantagem competitiva para a empresa. Adicionalmente, a existência de irregu-laridades na frota A310 conduziu a custos não previstos.
No entanto, a SATA tem levado a cabo várias iniciativas de eficiência operacional e redução de custos fixos e variá-veis, assegurando a segurança operacional.
Principais iniciativas de redução de custos operacionais na SATA em 2014
Handling
• Renegociação dos contratos com Handling Agents externos em alguns mercados onde a SATA opera, tendo sido alcançada uma redução de custos de cerca de 5% por rotação;
• Reforço da centralização do load control para alguns voos, que permitiu em 2014 atingir poupanças com a load-sheet em mais de 85.000 euros;
• Implementação de medidas de controlo de consumos de catering, com uma redução de custos de cerca de 5% nesta área.
Operações de Voo
•Otimização de consumo e abastecimento de combustível;• Otimização de planos de voo;• Alteração de regimes de motores e de normas operacionais de travões, permitindo melhorar o time on-wing e
tempo de vida útil, respetivamente, e poupar em custos de manutenção na ordem dos milhões de euros.
Manutenção
•Desenvolvimento das áreas oficinais com a acreditação de pequenas reparações em material aeronáutico evitando a compra destes serviços a terceiros;
•Certifição do Laboratório de Ensaios não destrutivos, nas técnicas de líquidos penetrantes, evitando-se a con-tratação de terceiros para a execução das tarefas contempladas nos planos de manutenção aprovados das aeronaves e seus componentes;
• Implementação do Programa Fans B em algumas aeronaves A320 da SATA Internacional.
Canais de distribuição
• Incremento das vendas através do website da SATA, o que permite reduzir custos de comissionamento.
Aprovisionamento
• Estabelecimento em Ponta Delgada de um armazém que veio permitir o aprovisionamento de materiais de Catering, Inflight e de consumo transversal a toda a Empresa, permitindo poupar em custos com transporte e taxas aeroportuárias e de alfândega entre Portugal Continental e Ponta Delgada.
Formação
• Treino teórico e de voo recorrente assegurados por instrutores e examinadores internos, o que permite obter poupanças de custos com formação externa na SATA Internacional na ordem dos 250.000 euros.
Sistemas de Informação
•Renovação do data center, das infraestruturas de telecomunicações (voz e dados) e a renegociação de contra-tos, entre outros, permitem obter uma poupança estimada acima dos 500.000 euros.
Apesar destas medidas permitirem a obtenção de poupanças, exis-tem ainda constrangimentos, decorrentes do papel social que a SATA assume, que resultam em custos adicionais para a empresa e redução de flexibilidade. O elevado número de rotas exploradas pela SATA di-ficulta uma utilização ótima da frota e das tripulações, contribuindo negativamente para a produtividade destes ativos. Além disso, os Acordos de Empresa, em vigor, reduzem a flexibilidade da equipa de gestão da SATA em adequar os recursos humanos, em especial o pes-soal navegante, de acordo com a sazonalidade inerente ao modelo de negócio.
Em 2014, os custos operacionais da SATA, em termos consolidados, reduziram cerca de 5% face ao ano anterior. O CASK, um indicador importante dos custos para os operadores aé-reos, o qual indica os gastos operacionais por lugar disponível por quilómetro percorrido, reduziu na SATA Air Açores 2% face a 2013. Excluindo o combustível, a redução foi também de 2%. No caso da SATA Internacional, o CASK aumentou 6% face a 2013. Excluindo o combustível, o aumento foi de 9%.
Desafios Futuros (2015-2020):•Reduzir custos administrativos e aumentar a produtividade;•Reduzir custos das infraestruturas de sistemas e potenciar
investimentos em sistemas ERP;•Adotar programas de redução de custos operacionais e de
estrutura por forma a inverter situação de insustentabili-dade operacional que marcou os últimos anos;
•Desenvolver um programa de eficiência de combustível na SATA Internacional.
227.343 216.489
38 39Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A SATA nos Mercados de Atuação (Pilar 2)
A SATA voa regularmente para cerca de 30 destinos. O ano de 2014 foi um ano de investimento em marketing e publi-cidade, com o objetivo de potenciar a promoção do destino Açores, incluindo a intensificação de e-marketing. Houve um esforço promocional junto de canais de media femininos tendo em consideração a mulher como decision maker do destino de viagens familiares, bem como a exploração de eventos vários (religiosos, gastronómicos, enólogos, team--building, etc.) em colaboração com os parceiros de negócio.
Os esforços desenvolvidos pela SATA permitiram aumentar a conetividade da Região Autónoma dos Açores comparativamente a 2012. Apesar da redução ligeira do tráfego não--residente, e do aumento da tarifa média, registou-se:•Aumento do load factor e do
número de voos;•Aumento do número de city-
pairs; •Aumento considerável das agên-
cias de viagem com acordos com a SATA, dos mercados com venda de bilhetes SATA bem como dos aeroportos abrangidos por acor-dos interline e de “code share”.
Principais ações comerciais nos diferentes mercados onde a SATA está presente
Presença em EventosEm 2014, a SATA marcou presença em várias Feiras Internacionais realizadas em mercados onde a SATA opera dire-tamente ou por via de acordos interline, consistindo em oportunidades de encontro da networking profissional entre os participantes. A SATA é já considerado um parceiro a ter em conta nos mercados onde opera com voos regulares, com especial destaque para a Alemanha e Reino Unido.
A SATA esteve presente em 37 feiras durante o ano, das quais 87% na Europa.
A SATA participou no programa de Feiras e Workshops organizados pelo Turismo de Portugal, incluindo roadshows em Braga, Porto e Coimbra, e no workshop em Boston. Foi também apresentado o destino Açores em Vigo e Madrid durante o ano, e realizadas duas viagens de prospeção do destino Açores com agentes de viagem de Lisboa e Porto. A presença na BTL – Feira Internacional do Turismo, em Lisboa, embora não tenha tido muito retorno em termos de negócio, teve importância do ponto de vista de gestão do relacionamento entre a SATA e os seus agentes.
Promoção das ligações de mercados offline do centro e norte da Europa via Munique e FrankfurtEm 2014 a SATA esteve presente em ações promovidas pelo Turismo de Portugal em vários mercados offline de leste, contudo a baixa frequência de voos e ligações e respetivos horários não desperta interesse suficiente por parte dos parceiros Interline, não permitindo a obtenção de crescimento.
Desenvolvimento da rota Orly-Ponta Delgada junto a operadores turísticos e público francêsA SATA tem apostado na realização de várias ações de divulgação do destino Paris junto de operadores franceses, quer a nível presencial como em incentivos e-commerce. Além disso, marcou presença em feiras e workshops em Paris com a Associação de Turismo dos Açores.
Promoção de code-share com Binter CanariasRegistou-se um aumento de vendas a partir de bilhetes NT/Binter em voos operados pela SATA, fruto de uma apro-ximação entre as duas companhias. A parceria com o operador turístico da marca Canarias Viaja permitiu uma maior divulgação e reservas adicionais.
Aposta em voo regular direto Ponta Delgada-MadridEm 2014 foi efetuado um reforço de frequências na rota Ponta Delgada- Madrid nos meses de julho e agosto, pas-sando para 2 voos semanais. Até a essa data a ligação entre Ponta Delgada e a capital espanhola era assegurada em operação “charter”, significando que a sua transformação em operação regular integra o desenvolvimento da estratégia de ligação dos Açores com os mercados turísticos europeus, representando um posicionamento ativo na promoção regional como destino turístico.
Realização de acordos comerciais Multilateral Interline Traffic Agreement (MITA)
A presença da SATA no estrangeiro tem sido incrementada a nível de interline mas também através dos Billing and Settlement Plan (BSP) nos mercados emissores, através dos quais foram abertos 8 novos mercados offline – Estónia, Letónia, Lituânia; Eslovénia, Croácia, Bulgária, Sérvia e Montenegro e Ucrânia.
SATA realiza workshop “Fly To Europe 2015” para profissionais de Turismo em BostonA SATA apresentou o website “sata4agents”, uma plataforma dedicada aos agentes de viagem que contempla o aces-so a plataformas online B2B de diversos DMC (Destination Management Companies) da rede de destinos operados pela SATA, e divulgou os destinos europeus que opera durante todo o ano, como os Açores, a Madeira, Las Palmas, Lisboa e Porto. Por seu turno, a Turismo dos Açores realizou uma apresentação sobre o destino Açores.Esta iniciativa contou com a participação de 18 empresas açorianas ligadas ao sector turístico com o objetivo de promover os seus produtos e serviços no mercado Norte-americano.
40 41Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Principais parcerias comerciais da SATA e destinos onde operam
Os operadores turísticos da SATA, com especial destaque para os presentes na Alemanha, Reino Unido e Espanha, em articulação com os General Sales Agents (GSA), promoveram FAM e PRESS Trips (viagens de prospeção de destino com agentes de viagem e jornalistas, respetivamente) aos Açores e ao Porto.
No que diz respeito ao mercado nacional, composto por vários segmentos, salienta-se que o segmento étnico tem um forte peso nas ligações inter-ilhas dentro dos Açores e ligações à Madeira. No segmento Leisure nacional, regista--se a cooperação com operadores, tais como a Nortravel e a Abreu, além de outros com menor impacto mas deveras importantes para a SATA e região.
2014 foi um ano de aposta em marketing e publicidade, registando-se a realização de aproximadamente 50 campa-nhas com um foco estratégico nos mercados dos EUA e Canadá: campanhas comerciais, campanhas SATA Imagine e introdução de pacotes temáticos, juntamente com agências de turismo regionais, relacionados com golfe, caminhadas e gastronomia, entre outros, para impulsionar o tráfego interno dos Açores com alojamento e atividades turísticas incluídas.
Desafios Futuros (2015-2020):
Açores - Obrigações de Serviço Público:•Rentabilizar a frota da SATA Air Açores face às necessidades para cumprimento dos mínimos associados às
obrigações contratuais da concessão do transporte aéreo no interior da Região Autónoma dos Açores;•Responder de forma eficaz aos requisitos da oferta e frequências, bem como à pressão da proximidade às gate-
ways, que adicionam riscos significativos à rentabilidade da operação.
Açores - Rotas Liberalizadas:•Proceder ao ajustamento na competitividade da estrutura, tarifa e produto, face à concorrência das Low Cost
Carriers, por forma a manter de forma sustentável a visibilidade e serviço aos Açores.
EUA e Canadá:•Potenciar a ligação às comunidades emigrantes e fluxos turísticos nestes mercados;•Assegurar um posicionamento sustentável através do ajustamento da tarifa média e nível de serviço;•Dinamizar o potencial negócio de carga e da vertente de exportação.
Mercados da Macaronésia:•Assegurar rotas regulares, algumas de caráter sazonal, mas com interesse para melhorar a utilização de frota e
canalização de tráfego para outras rotas dos EUA e Canadá;•Oferecer uma ligação entre Cabo Verde e Boston onde reside uma forte comunidade emigrante cabo-verdiana.
Clique para mais informações sobre iniciativas de promoção da SATA no mercado: CFAA e negócio de handling
42 43Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A Inovação e Eficiência Operacional (Pilar 3)
Tema relevante: Inovação, Investigação e Tecnologia
Consciente da importância das novas tecnologias no setor da aviação, a SATA assume o compromisso de continuar a inovar nos serviços disponibilizados aos seus clientes. Ao longo dos últimos anos, tem feito uma forte aposta nas novas tecnologias, oferecendo aos seus passageiros e parceiros de negócio soluções inovadoras, práticas, cómodas e eficientes, tanto em terra como a bordo.
Nesta área, o ano de 2014 caracterizou-se, sobretudo, na intensificação do e-commerce, no desenvolvimento de novos produtos e funcionalidades no website, do Customer Relationship Management (CRM) e gestão da relação e informação em torno do cliente, bem como melhorias nos sistemas internos com vista a um maior controlo dos pro-cessos, à obtenção de ganhos de eficiência e redução de custos.
Desenvolvimento e implementação de novos produtose melhoria da comunicação
•Web check-in para residentes - validação de residência online, que até então não era possível esta modalidade de check-in por motivos de pro-va de residência;
•Venda online de seguros de viagem da Allianz, com cobertura 24 horas por dia.;
•Paypal como forma de pagamento online;•Solução para suporte de vendas de serviços adicionais disponível no
website e de suporte à venda nas lojas. As agências de viagens, uti-lizadoras da plataforma Amadeus, passaram a ter acesso aos serviços auxiliares oferecidos pela SATA suportados em documentação eletrónica - Electronic Miscellaneous Document (EMD);
•Otimização do site Sata4 Agents;•Desenvolvimento de novo motor de pesquisa de tarifas promocionais
no website da SATA, facilitando a visualização de acesso ao preço das tarifas, em função dos dias de estadia, contribuindo para melhorar a transparência da comunicação do preço;
•Renovação da aplicação de informação de “estado de voo”, com possibili-dade de subscrição de notificações;
•Inserção automatizada de informação para suporte a processos de notifi-cação comercial e operacional, incluindo aniversário de clientes e alertas de natureza operacional no website;
•Realização de projeto piloto com a aplicação Connexall com vista a au-tomatização de processos de notificação e realização de inquéritos de qualidade;
•Reforço na capacidade da comunicação sobre produtos a clientes através de desenvolvimentos.
Intensificação do e-commerce
•Estabelecimento e renovação de parcerias com os principais agentes de viagens online (OTA) a nível mundial, bem como com os principais agregadores de pesquisa online (Metasearch-ers). Foram realizadas várias campanhas junto destes agen-tes;
•Melhoria das estratégias de otimização para motores de pes-quisa com o objetivo de poten-cializar e melhorar o posiciona-mento orgânico do website da SATA, por forma a reduzir custos e potenciar as vendas;
•Melhoria do índice de qualidade dos anúncios SATA em cam-panhas pay-per-click através da rede Google AdWords, o que potenciou mais visitas e o au-mento do número de vendas.
Self Service Check-In : Houve uma evolução francamente positiva da utiliza-ção dos canais de SSCI durante o ano de 2014: um crescimento de 17% em janeiro para 25% no final do ano. Embora o web check-in seja o canal com maior peso em termos de SSCI assiste-se a um crescimento na utilização do mobile check-in. Web Check-In para Residentes: disponibilizado no final do ano de 2013, as-sistiu-se a um forte aumento da sua utilização na ordem dos 220% em 2014.
Iniciativas internas
•Renovação do data center, alinhado com práticas de Green IT (a fim de reduzir pegada ecológica) - concluída per-mitindo obter a consolidação da infraestrutura, e consequentemente melhorar a eficiência de armazenamento de dados e obter uma poupança de custos associados à manutenção de hardware/software e eletricidade;
•Renovação do website iniciada em 2014, encontra-se em curso, com o objetivo de melhorar a experiência do utilizador e preparar o seu acesso através de diferentes tipos de dispositivos;
•Renovação da intranet – My Sata – iniciada em 2014, com vista a estar acessível a todos os colaboradores, com base num processo de migração para ambiente icloud, facilitando a mobilização dos colaboradores e o acesso ao seu posto de trabalho;
•Renovação das infraestruturas de telecomunicações (voz e dados), tendo sido centralizada a infraestrutura de voz, o que facilita a mobilidade e reduzir em de cerca de 30% os custos com telecomunicações de dados e voz;
•Implementação de processo de monitorização integrado, ao nível dos sistemas de informação;•Implementação de solução de gestão de software centralizada.
Desafios 2015:•Continuar a desenvolver o CRM para aprofundar o conhecimento do perfil dos clientes;•Iniciar projeto de implementação de acompanhamento de estado de voo em tempo real;•Expandir a capacidade de monitorização dos sistemas de informação para as aplicações;•Continuar a o processo de renovação do website;•Implementar aplicação automática de voz no call-center para realização de inquérito de satisfação a passageiros
em caso de irregularidade.
Clique para mais informações sobre iniciativas de eficiência operacional
44 45Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A Criação de ValorEmpenhada em construir relações sustentáveis com as suas partes in-teressadas, a SATA põe à sua disposição um conjunto de soluções efi-cazes e canais de diálogo adequados, tendo por finalidade a criação de valor para os stakeholders e sociedade em geral.
46 47Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Envolvimento com as Partes Interessadas
Tema relevante: Envolvimento com stakeholders/Partes interessadas
O envolvimento com as partes interessadas é uma prioridade para a SATA, dispondo de diversos mecanismos de co-municação, interna e externa, para assegurar um diálogo contínuo.
FAA
Unleashing
poten al
EntidadesReguladoras
Acionistas
Colaboradores
Sindicatos
Ex-colaboradoresreformados
Comunidade
Instituiçõesde ensino
Distribuidores/Representantes
de vendasFornecedores/Prestadores de
serviços
Entidadesdo setor
EntidadesGovernamentais
Clientes
Imprensa eOpinion Makers
ONGs
Companhiasaéreas
concorrentes
Aeroportos
INAC
ICAO
IATA
ECAC
ERA
ANA
UPU
EASA
SITA
JAA TO
AMADEUS
ATA
ACI
AAPR
EADS
Grupos de Stakeholders da SATA
Grupos de Stakeholders
Entidades que influenciam a atividade da SATA
Comunicação Interna
A SATA dispõe de um conjunto de canais de comunicação interna que lhe permite assegurar a correta e adequada difusão de mensagens aos seus colaboradores, essencial para o alinhamento e motivação das suas equipas.
A estratégia de comunicação interna da SATA assenta em 4 pilares:
INFORMAR
Portal do Colaborador | MySATA:Portal interno, que se assume como fonte principal de conhecimento, informação e promotor de relação, disponível a todos os colaboradores e de acesso livre em qualquer computador.
ENVOLVER
E-mail ibelong:Mais do que um email para sugestões, é por excelência um canal de partilha de informação, marcado pela rapidez e fiabilidade de resposta, e um facilitador para a realização de outras ações que promovem igualmente o sentimento de pertença.
Reuniões Internas:Realização de reuniões periódicas com as primeiras linhas funcionais e de quadros, que contribuem para o debate e para a troca de ideias/ boas práticas.
INTEGRAR
Manual de Acolhimento:Apresentação da SATA, da sua missão, dos seus valores e dos seus procedimentos.
Código de Ética e Conduta:Estabelece as orientações e os padrões de atuação para todos os colaboradores, identificando os princípios e as normas de conduta que cada um deve respeitar na promoção de um ambiente de trabalho íntegro, justo e honesto na relação com os seus stakeholders.
Canais de Comunicação de Irregularidades:Conjunto estruturado de canais e conteúdos (sendo garantida a total confidencialidade e anonimato no tratamento destes processos), definido na Política de Comunicação de Irregularidades da SATA MOTIVAR
Campanhas de Solidariedade:Iniciativas que promovam o sentidode pertença dos colaboradores.
48 49Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Comunicação externa
A política de comunicação externa da SATA visa promover um contacto adequado, atempado e eficaz com as partes interessadas, refletindo a estratégia do Grupo. Neste sentido, a SATA continuou a disponibilizar um conjunto de ca-nais de comunicação externa, tais como:
•Azorean Spirit, revista de caráter comercial e institucional distribuída a bordo dos aviões SATA, com periodici-dade trimestral;
•Meios de comunicação online: site da internet (https://www.sata.pt) e redes sociais (Facebook, Twitter, You-Tube e Flickr);
•Meios de comunicação exterior: outdoors, redes multibanco, meios de transporte, imprensa nacional e internacional;
•Rede de Lojas SATA e Contact Center, como canais de venda e de apoio ao passageiro;•TV a bordo;•TV corporativa nas lojas;•Serviços SMS e aplicação Mobile para o telemóvel;•Newsletters;•Campanhas publicitárias de carácter comercial e institucional;•Comunicados pontuais à imprensa;•Relatório Integrado;•Inquéritos de Satisfação aos passageiros no âmbito do projeto Customer Experience Development;•Email da área de comunicação para efeito de convites institucionais (em nome da SATA).
A comunicação externa é desenvolvida em alinhamento com um plano de marketing anual para cada mercado geográ-fico, onde se encontra integrada a dimensão da comunicação.
Clientes
Tema relevante: Reputação, Imagem e Marca
Na SATA, todos os colaboradores contribuem, de forma decisiva, qualquer que seja a sua função ou área de trabalho, para garantir as melhores condições e a melhor experiência ao Cliente.
Modelo de Qualidade do Serviço Para corresponder e até mesmo superar as expectativas dos seus Clientes, a SATA tem um conjunto de comportamen-tos específicos definido que, em conjugação com os fatores críticos de sucesso identificados para cada um dos Pontos de Contacto, marcam a diferença na qualidade do serviço prestado.
Disponibilidade •Resposta rápida às necessidades dos Clientes;•Cidadania organizacional;•Cultura orientada para as pessoas e para a entreajuda.
Pontualidade •Valorização do tempo do cliente e previsibilidade;•Gestão eficiente de recursos;•Sentimento de dever cumprido.
Fiabilidade •Confiança;•Reputação e Credibilidade;•Tranquilidade para agir e conforto para lidar com o Cliente.
Flexibilidade •Satisfação do Cliente pelo serviço e reconhecimento da sua importância;
•Diferencial competitivo;•Realização pessoal pela superação de desafios.
Rigor •Confiança e segurança;•Credibilidade e reforço de uma imagem fiável;•Capacidade de decisão objetiva e imparcial.
Comunicação •Clareza e transparência;•Integridade e idoneidade;•Envolvimento e confiança.
Simpatia •Empatia e hospitalidade;•Imagem calorosa e humanizada;•Orgulho por representar a marca SATA.
Conhecimento •Soluções inovadoras;•Competitividade e diferenciação;•Otimização da sua performance.
Aquisição do serviço
Check-in Bagagem e carga
Embarque Condições dentro do
avião
Serviço a bordo
Desembar-que
irregula-ridades e
reclamações
O modelo de qualidade de serviço tem vindo a ser atualizado e adaptado às exigências quer dos clientes quer de todos os agentes internos e externos relacionados com a aviação civil. A formação dos colaboradores desta área tem vindo, também, a acompanhar estas mesmas transformações e as tendências deste setor.
50 51Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Programa Moving Up
O Programa Moving Up visa garantir o acompanhamento e monitorização contínua da qualidade do serviço prestado ao cliente. Este programa avalia a satisfação dos clientes através de 3 métodos: auditorias de cliente mistério, inqué-ritos de satisfação aos clientes e auditorias internas às lojas de vendas e às chamadas no contact center. Em 2014, a SATA procedeu a uma revisão dos inquéritos de satisfação tornando-os customizáveis à relação estabelecida com o passageiro e alinhados com as oportunidades de melhoria.
Principais Resultados 2014
Com base nos resultados destas avaliações, a SATA procede à análise de oportunidades de melhoria e identificação de ações necessárias à implementação dessas melhorias. Encontra-se em curso um processo de verificação da imple-mentação efetiva das ações de melhoria.
Desafios 2015:•Formalizar processo de identificação e implementação de oportunidades de melhoria, de forma a ir ao encontro
das expetativas dos clientes;•Realizar o inquérito de satisfação a todos os passageiros que fizeram a sua reserva com registo de email;•Reorientar o programa de cliente mistério de forma a medir a eficácia das melhorias implementadas.
Customer Care – área de gestão de reclamações da SATA
O ano de 2014 caracterizou-se pela integração do Customer Care no Gabinete de Auditoria e Qualidade de serviço, com o duplo objetivo de assegurar o tratamento e resposta às exposições dos clientes, bem como a identificação de oportunidades de melhoria e desenvolvimento dos produtos/serviços prestado.
Nº total de reclamações: 3.327
-12% face a 2013
Nº de casos resolvidos: 6.973
+ 33% face a 2013
Tempo médio de resposta: 44 dias
- 35% face a 2013
Nº de sugestões/elogios recebidos: 584
Os principais motivos das reclamações apresentadas prenderam-se sobretudo com atrasos, reclamações de bagagem, cancelamentos, atendimento e aspetos relacionados com regulamentação. Em 2014, a SATA implementou, de forma proativa, medidas de relacionamento com o cliente em caso de potenciais situações de irregularidade, nomeadamen-te o envio de notificações sobre o estado dos voos, mediante subscrição do cliente.
Clique para mais informações sobre a inovação nos produtos/serviços SATA
SATA IMAGINE – Programa de clientes frequentes SATA
O programa SATA IMAGINE continuou a crescer em 2014, tendo sido dada continuidade ao reforço de parcerias, in-cluindo no mercado EUA e Canadá; a reformulação da imagem SATA IMAGINE; a concessão do bilhete prémio residen-tes e estudantes e a disponibilização da newsletter mensal SATA IMAGINE e de um sistema de reclamação de milhas voadas. Por outro lado, continuou a ser incentivada a adesão com a atribuição de bónus de milhas na venda de segu-ros de viagens. Em 2014, foram lançadas novas iniciativas no SATA IMAGINE: disponibilização do cartão Trade, dirigi-do ao segmento de promoção turística e agentes de viagens; inclusão do SATA Imagine Corporate (empresas); criação de uma nova homepage do SATA Imagine e ainda o lançamento de campanhas de adesão ao staff de parcerias.
Total de passageiros frequentes do programa SATA IMAGINE: 132.614
+ 14% face a 2013
Novos passageiros frequentes do programa SATA IMAGINE: 15.806
Total de parcerias ativas: 85
Novas parcerias: 18
Campanhas: 25
Adesões às campanhas: 1.141
Faturação: + 27% face a 2013
Desafios 2015-2016:•Aumentar em 25% o número de parcerias
até 2015; •Aumentar em 4% a faturação do Programa
até 2015; •Alcançar 150.000 membros SATA IMAGINE
até 2016;•Crescer 5% em Portugal Continental até
2015;•Crescer 5% nos mercados EUA e Canadá
até 2016; •Aumentar em 3% o número de membros
com idade inferior a 25 anos até 2015.
52 53Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Gestão de Fornecedores
Em 2014, a SATA contava com 1.569 fornecedores ativos no total, tendo contratado 247 fornecedores novos durante o ano. As áreas de fornecimento mais relevantes no ano, por volume de pagamentos face ao total de pagamentos a fornecedores, encontram-se identificadas na figura seguinte.
Peso de volume de pagamentos a fornecedores por área de fornecimento
Após a centralização do processo de compras em Ponta Delgada, 2014 foi o ano de estabelecimento de um armazém em Ponta Delgada, que veio facilitar o aprovisionamento de materiais de catering, inflight e de consumo transversal a toda a empresa, permitindo não só realizar o aprovisionamento direto de produtos locais, como melhorar os tempos de entrega aos fornecedores de catering, e ainda poupar em custos com transporte e taxas aeroportuárias e de al-fândega entre Portugal Continental e Ponta Delgada.
Registou-se também para o abastecimento de catering a entrada de mais 2 novos produtos de prestígio e produzi-dos na Região Autónoma dos Açores. A SATA passou a adquirir diretamente e a oferecer as Queijadas da Vila Franca do Campo e as bolachas da Moaçor como sobremesa e snack, respetivamente, nos voos entre a América do Norte e Portugal. Estes produtos frescos exigem um tratamento logístico complexo, no entanto, a sua entrada na operação regular nestes voos veio enriquecer o serviço prestado aos passageiros.
Sustentabilidade na cadeia de fornecedores
Na gestão dos seus fornecedores, a SATA considera critérios de seleção e gestão com base em padrões de qualidade, ambiente e segurança (Safety e Security). É requerida aos fornecedores da SATA a adoção de políticas e práticas so-ciais, ambientais e economicamente sustentáveis, respeitadoras dos direitos humanos e que não promovam qualquer tipo de discriminação.
A SATA dispõe de várias ferramentas de gestão de fornecedores para minimizar a sua exposição a riscos de susten-tabilidade na cadeia de fornecimento: o Regulamento de Compras; a Avaliação de Risco e as Auditorias e Inspeções. Em resultado da análise efetuada aos fornecedores, é definida a necessidade de inclusão de cláusulas contratuais específicas, que prevejam existência de multas e penalizações, sempre que a avaliação de risco o justificar. A realiza-ção de auditorias e inspeções, para verificação da conformidade das atividades desenvolvidas com os requisitos es-tabelecidos no âmbito dos contratos de prestação de serviço, poderão resultar na identificação de medidas corretivas ou, em última instância, à rescisão de contratos vigentes.
Adicionalmente, comunica a todos os fornecedores a sua Política de Segurança e Saúde no Trabalho e Ambiente e o Guia de Segurança e Ambiente, onde constam todas as práticas e diretrizes da SATA nesta matéria, e realiza, ainda, ações de formação periódicas em ambiente e segurança, adaptadas aos prestadores de serviços.
Contribuição para a economia regional e nacional
O papel da SATA para o desenvolvimento da economia regional e nacional, vai além da sua contribuição na geração de empregos diretos e no pagamento de salários e impostos. A SATA dinamiza a economia e potencia a criação de emprego indireto, ao selecionar, na sua maioria, fornecedores nacionais e, sempre que possível, regionais, tendo um
Fornecimentos por fornecedores nacionais (% custos totais)
SATASGPS
SATAAir Açores
SATAInternacional
SATAGestão de Aeródromos
2012 100% 72% 66% 98%2013 100% 88% 71% 97%2014 92% 73% 61% 100%
Apoio à Comunidade
Em 2014, a SATA continuou a investir e apoiar a comunidade envolvente em torno de cinco eixos, de acordo com a sua Política de Responsabilidade Social:Combate à fobia de voar; Solidariedade social; Cultura; Promoção turística da Região Autónoma dos Açores e Desporto.
Iniciativas e entidades apoiadas pela SATA em 2014
Promoção turística da Região Autónoma dos Açores
A promoção turística da Região Autónoma dos Açores é um eixo estratégico de atuação do Grupo SATA, não só pela sua raiz identitária açoriana como pela própria natureza da sua atividade. A SATA apoiou o desenvolvimento do tecido empresarial açoriano por via do incentivo à exportação de produtos perecíveis da Região Autónoma dos Açores com destino ao Continente Português, materializada através de uma redução em 50% da taxa de combustível aplicável. Patrocinou também o Congresso Anual da APAT - Associação dos Transitários de Portugal. Contribui ainda para a marca Açores na SATA através da promoção da música regional a bordo, nas lojas de venda e contact center; e disponibilizou no seu catering mais menus e produtos açorianos e imagens dos Açores a bordo.
Entidades apoiadas:•Direção Regional de Turismo;•Associação de Turismo dos Açores; •Escola de Formação Turística e Hoteleira;•Bolsa de Turismo de Lisboa; •Congresso anual da APAT.
papel determinante no apoio à exportação de produtos da Região Autónoma dos Açores.
54 55Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Desporto
A SATA concedeu condições comerciais e tarifárias preferenciais que contribuíram para a realização de diversos even-tos em várias modalidades desportivas e para a atividade de algumas instituições:
•Associação de artes circenses dos Açores;•Atlético Clube dos Ginetes;•Clube Kairós;•Mercadinho do Natal – Câmara Municipal de Lagoa;•5º Triatlo Azores SATA;•Abel Carreiro Jr.;•Associação de bodyboard dos Açores;•Associação de Ciclismo dos Açores;•Associação de Ténis dos Açores;•Azores challenge BTT;•Big Game Fishing;•Bolina – festival das palhaças;•Campeonato do Mundo de Karate;•Campeonato foto subaquática;•Centro de Atividades Gímnicas de Ponta Delgada; •Clube Asas de São Miguel; •Clube desportivo Capelense;•Clube desportivo Santa Clara;•Clube desportivo União Micaelense;•Clube Naval de Ponta Delgada;•Corrida de S. Silvestre de Ponta Delgada; •Dia das Montras – CCIPDL;•Eurovision Sports;•Feira Quinhentista – Ribeira Grande;•Festival Cais de Agosto;•Festival de Parapente; •Fundação Pauleta; •Gala Portugueses de valor;•Geocaching;•Grupo Todo o Terreno Portas do Mar;•João Jácome;•Jogo sem fronteiras;•Judo Clube S. Jorge – campeonato europeu de séniors;•Programa Portugal em festa;•Redbull Cliff Diving;•Ricardo Moura;•SATA Airlines Azores Pro 14; •SATA Rallye Açores; •Torneio de golfe Taça do Emigrante;•Torneio Golfstream feminino;•Verde Golf – torneio friendship;•Vox Cordis;•World Copa Foot;• XXXIII Rallye Além Mar de Santa Maria.
Cultura
A SATA continuou a promover a assinatura de protocolos com entidades e personalidades de relevo na área da cultura:
•Maré de Agosto;•Academia das Artes dos Açores;•Açores gastronomia viva;•Açoriano Oriental – ciclo de conferências;•Campeonato nacional de jogos matemáticos;•Casas dos Açores de Lisboa, Quebec, Winnipeg;•Coliseu Micaelense;•Coral de S. José;•CRAA – Centro de Apoio ao Artesanato;•Dia internacional da aviação civil;•Documentários “A voz de Cabo Verde”; “Autonomia” – promoção e projeto cinema ao ar livre; e “Santo Amaro”;•Fábrica de Espetáculos;•Galeria Fonseca e Macedo;•Gastrónomos dos Açores;•Helfimed;•Intercâmbios culturais – Fernando Ranha;•Labjovem;•Mariana Rocha – Factor X;•Museu Carlos Machado;•Orlando Azevedo – livro sobre os Açores;•Presidência do governo dos Açores – direção geral das comunidades;•Programa “Prós e Contras”;•Rosa Coutinho Cabral – filme Cinzento e Negro;•Rottary Clube de Ponta Delgada;•Ruben Bettencourt – guitarrista açoriano;•San Joaninas;•Só Festas;•Teatro Micaelense;•Ten fest;•Universidade dos Açores;•Walk & Talk;•Wine-in-Azores.
Solidariedade social
A SATA continuou a contribuir para a prossecução dos objetivos de solidariedade social de algumas entidades e IPSS:
•AMI; •Assembleia geral das Nações Unidas da Convenção sobre os direitos da criança;•Associação Consciência Jovem;•Associação de Alzheimer dos Açores;•Associação Norte Crescente;•Associação XXS;•Banco Alimentar Contra a Fome de S. Miguel;
56 57Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
•Bombeiros de Ponta Delgada;•Corrida solidária da PSP;•Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada;•Grupo Motard Golfinhos do Atlântico – Ação Natal;•Jornadas de intervenção precoce na infância;•Make a Wish;•Médicos de família dos Açores;•Patronato de S. Miguel;•Programa “Saudades dos Açores”.
Em 2014, os colaboradores da SATA voltaram a concretizar a ação “Flying 2 Save”, que contou com as dádivas de sangue de mais de uma centena de colaboradores da empresa que se voluntariaram para esse efeito.
Combate à fobia de voar
A SATA disponibiliza um programa de ajuda a todos os passageiros que têm medo de voar – Happy Flyer. Em 2014, recebeu cerca de 30 contactos por email de pessoas com medo de andar de avião, das quais 20 receberam apoio na sua viagem.
2014 em análise
58 59Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Desempenho Financeiro
2014 foi para o Grupo SATA um ano marcado pela deterioração dos resultados operacionais, financeiros e líquidos face ao registado no ano anterior.
Ganhos operacionais (milhares de Euros)
2013 2014
Serviços prestados 171.935 154.393Subsídios 31.795 27.729Outros ganhos 726 3.035
204.456 185.157
A redução dos ganhos operacionais resulta essencialmente da quebra dos rendimentos obtidos no âmbito das ativi-dades de transporte aéreo e atividades conexas, na ordem dos 18 milhões de euros, menos 10% do que o montante registado em 2013.
No gráfico abaixo, evidenciamos as variações nas rubricas mais relevantes de rendimentos auferidos ao longo de 2014 e respetiva variação face ao registado no exercício anterior.
Ganhos Operacionais por área de negócio (milhares de Euros)
2013 2014
Vendas 10 9Transporte aéreo 136.876 127.667Assistência a aeronaves 3.963 3.637Comissões e Taxas 1.737 1.306Subsídios 31.795 27.729Outros Proveitos 30.075 24.809 204.456 185.187
Os Rendimentos Operacionais (incluindo subsídios) por segmento detalham-se do seguinte modo:
Gastos operacionais (milhares de Euros)
2013 2014
a. Gastos com Pessoal 60.440 59.743 b. Combustíveis e lubrificantes 59.758 53.933 c. Rendas e Alugueres 12.130 11.906 d. Reservas de manutenção por horas de voo 10.480 9.326 e. Depreciações e imparidades 10.016 9.029 f. Handling 9.897 8.779 g. Taxas aeroportuárias 8.076 7.586 h. Manutenção 6.646 7.308 i. Outras Taxas 5.396 4.659 j. Comissões 5.198 4.108 k. Catering 3.986 3.985 l. Comunicação 2.851 2.623 m. Conservação e reparação 1.816 2.510 n. C.M.V.M.C 2.334 2.294 o. Serviços relativos a tráfego 2.077 1.654 p. Taxas relativas a voo 1.451 1.098 q. Vigilância e segurança 777 861 r. Manutenção de sistemas informáticas 887 813 s. Limpeza e higiene 712 695 t. Publicidade e propaganda 332 358 u. Deslocações e estadas 395 211 v. Outros 21.687 23.009 227.343 216.489
De acordo com o quadro apresenta-do, o volume de Gastos Operacionais registados em 2014 apresenta uma redução de 5% face ao montante su-portado em 2013.
À semelhança do verificado ante-riormente, a rubrica de Gastos com o Pessoal assume o maior contributo para a totalidade do volume de Gas-tos Operacionais.
A maior redução verifica-se no mon-tante referente ao fornecimento de Combustíveis, que por via da evolu-ção dos preços face à evolução do Brent e do resultado dos esforços contínuos para melhorar a eficiência das operações realizadas, totaliza cerca de 6 milhões de euros de pou-pança face ao ano anterior.
A redução de 1,1 milhões de euros na rubrica de comissões pagas é re-sultado do maior recurso à venda por canais próprios e renegociação de contratos com agentes e operadores.
Peso dos gastos operacionais
204.456
185.157
-9%2.309
Transporte aéreo69%
Transporte aéreo67%
Outros ProveitosOutros Proveitos
SubsídiosSubsídios
Assistência a AeronavesAssistência a Aeronaves
13%
15%
2%
15%
15%
2%
60 61Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Os gastos com jetfuel para os exercícios de 2013 e 2014 decompõem-se do seguinte modo:
(milhares de euros) 2013 2014Consumo Jetfuel 59.758 53.933 (Ganhos)/Perdas operações de hedging 1.617 664Gastos totais com jetfuel 61.375 54.597
A evolução dos gastos com jetfuel é fortemente influenciada pela cotação internacional do petróleo e seus derivados.
O custo total incorrido com combustíveis recuou cerca de 12% face ao registado em 2013, fruto da diminuição no consumo realizado associado à redução de cotação do valor de Brent no final do ano de 2014.
É principalmente através da monitorização de informação e im-plementação de estratégias de otimização de consumo que se procuram atingir melhorias ao nível da eficiência e consequente redução dos custos associados aos consumos das aeronaves utilizadas.
A volatilidade e exogeneidade de ambas as variáveis, Brent e câmbio EUR/USD, são fatores determinantes para mensuração do impacto dos gastos com fuel e derivados no resultado do exercício do Grupo SATA.
Resultados
A evolução dos resultados para o período 2013-2014 apresenta-se do seguinte modo:
Reconciliação dos resultados (milhares de Euros) 2013 2014Ganhos operacionais 204.456 185.157Gastos operacionais (227.343) (216.489)dos quais rendas operacionais (12.130) (11.906)EBITDA (12.871) (22.303)EBITDAR (741) (10.397)Depreciações, amortizações e imparidades de ativos (10.016) (9.029)Resultado operacional (22.887) (31.332)Resultados Financeiros (6.983) (8.058)Resultado Antes de Impostos (29.870) (39.390)Imposto sobre o rendimento (491) 4.605Resultado Liquido do Exercicio (30.361) (34.784)
Como se prova na tabela acima, é notória a deterioração dos resultados operacionais apresentados pelo Grupo SATA face ao que vinha a ser registado em 2013.
Apesar da redução a que se assiste no volume de gastos operacionais, o impacto da redução nas rubricas de ren-dimentos pela constante pressão sobre a estrutura tarifária num contexto económico pouco favorável, são fatores determinantes no cômputo dos resultados auferidos durante o exercício de 2014.
O impacto negativo dos resultados financeiros é fortemente justificado pela grande sazonalidade da operação SATA, obrigando assim o Grupo SATA a socorrer-se de instrumentos de gestão de Tesouraria, como são caso os empréstimos bancários e as contas correntes caucionadas com os respetivos impactos a nível de custos financeiros no resultado líquido do exercício.
Posição financeira e liquidez
A estrutura da posição financeira do Grupo SATA decompõe-se do seguinte modo:
Ativo Capital Próprio e Passivo (em milhares de Euros)
Outros ativos correntes
Caixa e equivalentesOutros ativos não correntes
Ativos tangíveis
Passivos correntes
Passivos não correntes
Capital próprio
Face ao exercício anterior, importa destacar a redução registada na rubrica de Capital Próprio, fruto da incorporação em capitais próprios dos resultados negativos do exercício de 2014 e anteriores, cujo montante ascende a cerca de 78 milhões de euros negativos acumulados.
Na estrutura de Financiamento, destacam-se nas rubricas de Passivo, o aumento do grau de Endividamento, via Em-préstimos Obtidos, tanto na componente Não Corrente, como Corrente, com crescimentos na ordem dos 20 milhões de euros repartidos entre ambas as vertentes de Balanço.
Importa também destacar o contributo da rubrica de Fornecedores no que diz respeito a fontes de financiamento, em cerca de mais 7 milhões de euros face ao valor registado a 31 de Dezembro de 2013.
Na rubrica de Ativo, não se verificam alterações de relevo no que diz respeito aos montantes registados a 31 de De-zembro de 2013, sendo a maior redução verificada em Ativos Fixos Tangíveis, fruto da natural depreciação dos Ativos em utilização na normal atividade da empresa.
O maior aumento regista-se no reconhecimento de Ativos por Impostos diferidos por ativação de montantes relativos a prejuízos fiscais.
O aumento registado na rubrica de Outras Contas a Receber refere-se a montantes a haver da Secretaria Regional do Turismo e Transportes e da Direção Geral do Tesouro por contrapartida de serviços prestados no âmbito das obriga-ções de serviço público contratadas.
A evolução da dívida líquida, bem como do rácio Dívida líquida/EBITDA, apresenta-se como se segue:
Dívida líquida (milhares de Euros) 2013 2014Financiamentos obtidos 142.275 162.286 Não corrente 50.169 59.733 Corrente 92.106 102.553Caixa e equivalentes de caixa 17.804 9.626Dívida líquida 124.471 152.660Dívida líquida/EBITDA (9,7) (6,8)
62 63Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Gestão do Capital Humano
A gestão eficaz do capital humano é um dos pilares estratégicos da SATA, dotando-se de profissionais competentes que permitem assegurar a notoriedade da marca e reputação do Grupo, enquanto referência regional, assegurando um serviço fiável e de qualidade, que satisfaça as expetativas dos seus clientes. Para tal, investe no desenvolvimento e motivação das suas pessoas, propiciando-lhes boas condições de trabalho.
Equipa SATA em 2014No final de 2014, o Grupo SATA contava com:
SATA Air Açores SATA Internacional SATA Gestão deAeródromos
Total
201450% 48% 2% 1330 colaboradores
+98 novascontratações
-225 saídasTaxa de rotatividade: 17%
Distribuição dos colaboradores por área geográfica
Madeira
Açores
Portugal Continental
1 colaborador
24%
76%
58%Colaboradores masculinos
42%Colaboradores femininos
84% contrato detrabalho permanente
98% a tempo integral
74% doscolaboradoressindicalizados
< 30 anos Dos 30 aos 50 anos > 50 anos Género Nº TotalFeminino Masculino
Dirigentes 0% 80% 20% 20% 80% 5Quadros Superiores 0% 57% 43% 16% 84% 119Quadros Médios e Intermédios 6% 61% 33% 26% 74% 181Profissionais altamente qualificados e qualificados
16% 80% 4% 57% 43% 846
Profissionais semi qualificados 5% 78% 17% 1% 99% 165Profissionais não qualificados 0% 57% 43% 79% 21% 14
Colaboradores por categoria profissional, faixa etária e género
Igualdade de oportunidadesA SATA adota políticas de não-discriminação e igualdade de oportunidades. Em 2014, contava com 12 colaboradores portadores de deficiência – 5 ho-mens e 7 mulheres, desde quadros superiores a profissionais semi-qualifi-cados.
Em 2014, 60 homens e 57 mulheres usufruíram de licença parental, veri-ficando-se uma taxa de regresso ao trabalho de 99%.
Colaboradores que gozaramde licença parental, por género
Homens
Mulheres
49%51%
Principais rácios 2013 2014
Estrutura financeira Solvabilidade -10% -24%Endividamento 111% 132%Rendibilidade Rendibilidade operacional -11% -17%Rendibilidade do ativo -17% -20%
O crescimento verificado na rubrica de Passivos Correntes por via do aumento dos Financiamentos Obtidos, associa-do à incorporação dos Resultados Líquidos negativos nos Capitais Próprios do Grupo Sata, tem um impacto significa-tivo nos valores dos indicadores de Estrutura Financeira, com a respetiva deterioração dos valores de Solvabilidade, Endividamento e Autonomia Financeira.A deterioração registada ao nível dos resultados face ao exercício anterior é notória nos indicadores de rendibilidade.
O agravamento registado no resultado operacional de 2014 face ao registado em 2013 e respetivo impacto ao nível do Capital Próprio, piora de forma relevante todos os indicadores de rendibilidade.A evolução do Resultado Líquido do exercício de 2013 para 2014 é evidência da sensibilidade da operação SATA aos efeitos da difícil conjuntura económica nos mercados domésticos e estrangeiros onde atua, com as respetivas pressões ao nível da liberalização de rotas anteriormente operadas ao abrigo de O.S.P e ao nível da redução tarifária. Adicionalmente, tem impacto, o progressivo envelhecimento da frota de longo curso com consequência direta nos gastos de manutenção. Para além disso, a sazonalidade da operação e respetivo efeito a nível de tesouraria, tem impacto direto nos resultados através de gastos de financiamento.
64 65Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Atração de talento
A SATA procura atrair talentos, mantendo uma relação de proximidade com a universidade e escolas profissionais da Região Autónoma dos Açores, e acolhendo, em 2014, 3 estágios curriculares, entre os quais 2 Erasmus da Delft University of Technology - Faculty of Aerospace Enginneering (The Netherlands).
No que respeita ao Programa de Incentivo à Inserção do Estagiar L e T – um programa que apoia a transição de jovens que estejam a terminar o seu estágio para o mercado de trabalho: •A SATA Air Açores acolheu 16 processos de estágio, dos quais 4 foram contratados;•A SATA Internacional acolheu 6 processos de estágio, que resultaram em 2 novas contratações.
Em 2014, a SATA Air Açores organizou 12 processos de seleção, envolvendo 665 candidatos, tendo sido selecionados 28 candidatos para formação inicial, dos quais foram contratados 15 Operadores de Assistência em Escala, 10 Técni-cos de Tráfego de Assistência em Escala, 1 Empregado Comercial Especializado e 2 Mecânicos de Equipamento Terra.
A SATA Internacional organizou 10 processos desta natureza, que envolveram 579 candidatos, dos quais 49 fre-quentaram formação inicial. Em resultado, foram contratados 9 Empregados Comerciais, 5 respeitantes a Pessoal Navegante Técnico, 35 a Pessoal Navegante Cabine, 1 a FDM – Flight Data Monitoring e 1 para o Safety Management System (SMS).
A SATA Gestão de Aeródromos organizou 2 processos, envolvendo 267 candidatos, tendo sido selecionados 8 can-didatos para formação inicial, dos quais foram posteriormente contratados 7 Agentes de Informação de Tráfego de Aeródromo/ Técnico de Operações Aeroportuárias e 1 Coordenador para o Aeródromo da Ilha do Corvo. Acolhimento e Integração
Considerando que a fase de acolhimento é essencial para o sucesso da integração dos novos colaboradores, em 2014 o Modelo de Acolhimento e Integração da SATA foi alvo de uma revisão que, em 2015, irá se traduzir numa atualiza-ção de conteúdos ao nível de todas as fases, responsabilidades e intervenientes no processo, bem como a criação de um Welcoming Email e um flyer, que irá permitir aos novos colaboradores navegar pelas diversas temáticas que estão presentes no mysata (portal interno do colaborador).
Desafios 2015:•Desenvolverdoismanuaisdesuporteparachefiasecolaboradores,comoobjetivodeasseguraroalinhamentodaatuação dos recém-chegados com os valores, princípios e procedimentos da SATA.
Progressão na carreira e desenvolvimento
A estratégia de recursos humanos da SATA assegura uma gestão efetiva dos seus colaboradores em articulação com os objetivos do negócio, a par da relação com os sindicatos, por forma a assegurar um clima interno positivo. A gestão dos processos internos de recursos humanos assenta no manual de funções bem como num modelo de gestão por competências, o qual foi revisto em 2014, e aguarda pela sua implementação em 2015.A progressão na carreira na SATA é baseada nas regras acordadas com os vários parceiros sociais e o Grupo tem vindo a desenvolver esforços para alocar as pessoas de acordo com o seu talento, apostando na mobilidade de colaborado-res em função das competências.
Projeto Bottom-Up
A SATA considera relevante a obtenção de feedback dos colaboradores face às suas chefias, relativamente às suas competências de liderança e desenvolvimento de pessoas. No seguimento da identificação desta necessidade, em 2014, foi implementado um projeto-piloto para a área comercial, intitulado de Bottom Up, abrangendo 4 níveis de coordenação (Coordenador de Área, Coordenador de Serviço, Diretor e Administrador do Pelouro comercial), com os seguintes objetivos:
•Realizar um diagnóstico do potencial das chefias da área comercial, ao nível da liderança e desenvolvimento de pessoas;
•Identificar as necessidades de ajustamento organizacional;
Clique para mais informações sobre relações laborais em 2014
•Construir um plano de desenvolvimento profissional (ações de formação orientadas, coaching, entre outras).
A avaliação Bottom Up assenta no modelo concetual de desenvolvimento de chefias e teve em consideração o Mode-lo de Competências SATA e o Referencial de Liderança SATA. O projeto foi operacionalizado através de um questioná-rio de avaliação de competências de liderança e desenvolvimento de pessoas, aplicado a todos os colaboradores da área comercial. O questionário foi enviado a 241 colaboradores e teve uma taxa de resposta de 73%.
Avaliação de Desempenho
A SATA detém uma ferramenta de avaliação de desempenho, a APD – Análise para o Desenvolvimento, que visa fo-mentar o desenvolvimento do potencial dos colaboradores da SATA, reconhecer o seu mérito, baseado numa cultura de gestão orientada para resultados.
Em 2014, 31% do total dos colaboradores foi avaliado (34% dos colaboradores do género feminino e 29% do género masculino). Esta redução de número de avaliados, face ao ano anterior, deveu-se sobretudo ao facto de terem sido avaliados apenas os colaboradores contratados para o pessoal de terra. A avaliação para os efetivos foi suspensa para efeitos de revisão do Sistema de Avaliação de Desempenho para o Pessoal de Terra. Para o Pessoal Navegante de Cabine, a avaliação decorreu normalmente, tendo sido realizada a todos os tripulantes de cabine (100%).
Sistema de Recompensas e Incentivos
A SATA tem como uma das principais preocupações manter os seus colaboradores motivados e satisfeitos com as condições de trabalho oferecidas. Neste sentido, a SATA oferece aos seus colaboradores vários benefícios, que con-tribuem para uma melhor conciliação da vida pessoal e profissional, valorizando a família.
•Seguro de Saúde;•Facilidades de transporte em conformidade com as regras vigentes no setor;•Subsídio para creche;•Flexibilidade de horários;•Ferramentas de trabalho a partir de casa e do telemóvel (via acesso remoto);•Acordos com vários parceiros comerciais para garantir as melhores condições de aquisição de bens e serviços;•No grupo profissional de Pessoal Navegante de Voo, e numa situação de estadia, a empresa facilita a possibili-
dade dos conjugues/familiares viajarem juntos ou separados, consoante a sua preferência ou realidade familiar;•Aos colaboradores pertencentes ao mesmo agregado familiar, é facilitado o gozo simultâneo de férias;•Em funções de voo, as colaboradoras em fase de amamentação ou aleitamento, ficam dispensadas de efetuar
voos com estadias;•Durante a gravidez as tripulantes são colocadas em funções de terra. Sempre que a gravidez for considerada de
risco, é pago complementarmente ao valor abonado pela segurança social, um subsídio equivalente a 2,5 meses de retribuição.
Formação
Anualmente, a SATA define e implementa um plano de formação, em conformidade com a formação obrigatória do setor e com as necessidades identificadas. Em 2014, foram realizadas no total 54.553 horas de formação, incluindo a formação ministrada a praticantes/ aprendizes.
66 67Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
A maior parte da formação é assegurada por uma bolsa de formadores e instrutores internos que asseguram a trans-ferência do conhecimento em determinadas áreas: operações de voo, terrestres e handling; comercial; manutenção; engenharia; continuidade de aeronavegabilidade e segurança, saúde e ambiente.
Desafios 2015•Garantir o acesso à plataforma de e-learning para consulta de percurso formativo individual pelos colaboradores.
SATA Air Açores•Consolidar a bolsa de examinadores no âmbito do treino de tripulações para a SATA Air Açores;•Obtenção do certificado de Approved Training Organization para a SATA Air Açores.
SATA Internacional•Otimizar o processo de avaliação da eficácia da formação e treino das tripulações;•Assegurar a adaptação da atividade de formação e treino das tripulações à nova legislação da EASA sobre for-
mação de crew resource management que entre outras alterações, estabelece novos requisitos para formadores e examinadores de cursos nesta área.
Centro de Formação Aeronáutica dos Açores
Desde finais de 2013, ano em a SATA foi certificada enquanto entidade formadora, o Grupo tem investido na pro-moção do Centro de Formação Aeronáutica dos Açores (CFAA) e consequente captação de formandos particulares e entidades externas, com ambição de ser uma referência na formação aeronáutica.
837 formandos de diferentes regiões do mundo
131 ações de formação
+ de 27.000 horasde formação
•Formação de SBV (Suporte Básico de Vida) e DAE (Desfibrilhadores Automáticos Exter-nos);
•Aviation First Aid Train the Trainer;•Gestão do Handling;•Airport Services Passenger Handling (IATA);•Crew Resource Management Train the Trainer;•Crew Resource Management for Instructors (IATA).
A par do investimento na formação, o CFAA tem apostado no desenvolvimento de diversas parcerias/protocolos e realização de diferentes iniciativas que visam a promoção do Centro.
•Promoção do CFAA junto de outras companhias aéreas que procuram prestadores de serviços para a área da formação;
•Colaboração com a Açoreana de Seguros no desenvolvimento do I e II Campus Açoreana que decorreu no CFAA com o objetivo de realizar formação de topo dos quadros técnicos dos seus clientes, na área da gestão de risco;
•Realização de uma parceria com a Fundação Pauleta no domínio da Formação de Técnicos Desportivos em SBV-DAE;
•Realização de um Seminário Internacional sobre o tema Boas Práticas, Perspetivas e Tendências Mundiais na Formação Aeronáutica - Oportunidades e Desafios no CFAA, que contou a participação de oradores ligados à formação aeronáutica, nomeadamente entidades reguladoras.
SATA e IATA assinam acordo de cooperação para a formação e desenvolvi-mento de capital humano no setor de transporte aéreo
Através do CFAA, a SATA celebrou um acordo de parceira internacional como Regional Training Partner (RTP) para Portugal, com a IATA Training and De-velopement Institute. Através deste acordo, a SATA concretiza uma das suas ambições – a de se tornar o Regional Training Partner da IATA para a região de Portugal, passando a oferecer uma seleção de cursos presenciais da IATA e programas de diplomas, ministrados por instrutores da IATA, com material didático da IATA, providenciando aos formandos a vantagem de o fazerem em instalações próximas da sua zona de residência.
Desafios 2015•Desenvolver o website do Centro de Formação Aeronáutica dos Açores;•Estabelecer parcerias de formação com operadores externos nacionais;•Reforçar a posição SATA no âmbito da IATA RTP;•Promover o CFAA e criar uma imagem de Marca de referência através da
participação do CFAA em eventos nacionais e internacionais.
Foco na Saúde e Segurança das pessoas
A saúde e a segurança dos colaboradores é uma prioridade constante na SATA, tendo continuado em 2014 a pautar a sua atividade de acordo com os objetivos delineados na Política Integrada de Segurança e Saúde no Trabalho e Ambiente (SSA) associados:
•À melhoria continua de gestão de saúde e segurança no trabalho;•Ao investimento em meios para minimizar os acidentes de trabalho e prevenir doenças profissionais;•À sensibilização e formação dos colaboradores para a importância da adoção de boas práticas;•Ao cumprimento da conformidade legal.
Em 2014, assistiu-se a um maior envolvimento da comissão dos trabalhadores nas auditorias e assuntos de SSA, com a realização de diversas reuniões de planeamento e controlo dos processos de prevenção, bem como, a participação como observadores nas auditorias e visitas de acompanhamento dos diversos estabelecimentos.
Clique para mais informações sobre as auditorias efetuadas ao Sistema de Ges-tão Integrado de Segurança, Saúde e Am-biente
68 69Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Sinistralidade Laboral
Em 2014, registaram-se 112 aciden-tes de trabalho, 38 na SATA Air Aço-res e 74 na SATA Internacional - um aumento de 22% face ao ano ante-rior. Registou-se também uma maior incidência de acidentes de trabalho em colaboradores do género mascu-lino (62 acidentes) face ao género feminino (50 acidentes). Em termos regionais, ocorrerem 59 acidentes de trabalho na Região Autónoma dos Açores e 53 em Portugal Continental.
*LMERT – lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho
Em 2013, a SATA implementou o projeto “Em Forma e Força”, inserido no programa SATA Saudável, que incidiu no de-senvolvimento de um programa de prevenção do elevado número de acidentes de trabalho registado nos Operadores de Assistência em Escala, e consistiu na implementação de um programa de Ginástica Laboral (GL), atividade física e ergonomia.
O projeto “Em Forma e Força” mostrou ter tido efeitos positivos na empresa quer na prevenção de acidentes de trabalho e absentismo na empresa, quer na melhoria das condições de trabalho como no ambiente entre equipas de trabalho. através da redução dos acidentes de trabalho e dias de trabalho perdidos pelos operadores de rampa de Ponta Delgada e Terceira, nos meses de Verão, comparativamente com igual período dos anos anteriores. Em 2014, e como consequência dos resultados alcançados, foi criado um gabinete de fisioterapia na Escala de Ponta Delgada e Terceira. A utilização do gabinete de fisioterapia revelou-se também uma mais valia, quer para os colaboradores, quer para a empresa, ao ser evitado o encaminhamento de diversas situações músculo-esqueléticas para a seguradora, reduzindo-se assim o absentismo por LMERT e acidentes de trabalho. No decurso do ano, foram ainda implementados caixas de primeiros socorros em todos os estabelecimentos da SATA.
Medicina no trabalho
No âmbito da Medicina no Trabalho, a SATA dispõe de um protocolo de vigilância da saúde dos colaboradores que abrange todos os colaboradores e atua em três vertentes: medicina preventiva; medicina curativa e sensibilização. Em 2014 foram realizados 871 exames médicos.
Foco nas Operações
A atividade da SATA desenvolve-se em torno de quatro áreas de negócio:
Transporte Aéreo
SATA Air AçoresTransporte aéreo de passageiros e carga nas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira.
SATA InternacionalTransporte aéreo nas restantes rotas operadas pela SATA.
Assistência a Aeronanves
Assistência a aeronaves que operam nos aeroportos da Região Autónoma dos Açores.
Gestão de Aeródromos
Gestão integral de quatro aeródromos nas ilhas dos Açores – Pico, Graciosa, Corvo e São Jorge – e da aerogare das Flores.
Operadores Turísticos
SATA ExpressConsolidação da presença da SATA no mercado canadiano.
Azores ExpressReforço do posicionamento da marca SATA no mercado dos EUA.
Transporte Aéreo
O negócio de transporte aéreo divide-se em três atividades principais, com exigências distintas entre si: operações de voo, operações terrestres/handling e manutenção e engenharia. Em 2014, a gestão do negócio assentou nas seguintes linhas de orientação: • Segurança;• Reduçãoecontrolodecustos;• Otimizaçãoderecursos;• Melhoriadaeficiênciaoperacional.
70 71Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Planeamento deFrota e Tripulações
SATA Air Açores: Por um lado, o cancelamento da rota Funchal-Porto Santo contribuiu para o aumento da frota ociosa na SATA Air Açores. Por outro, desde o início do Inverno IATA, foi alocada uma aeronave Q200 às Lajes, o que implicou a deslocação das tripulações e consequentes custos adicionais. Adicionalmente, o ano caracterizou-se também pela saída de dois elementos do pessoal navegante técnico, bem como por uma elevada taxa de absentismo do pessoal navegante de cabine. Não se registaram voos cancelados por irregularidades com tripulações.Procedeu-se à definição e uniformização de procedimentos de planeamento de tripulações e apoio ao voo na gestão de escalas e custos logísticos, com vista à redução da complexida-de no processo de decisão e redução do erro.SATA Internacional:Enquanto que a operação com a frota A320 decorreu de forma regular, a operação com a frota A310 foi marcada por algumas irregularidades relacionadas com operações não pre-vistas no planeamento inicial, e com a falta de tripulações, recorrendo-se à subcontratação.
Planos de Voo SATA Air Açores: Em 2014, assistiu-se a uma otimização dos planos de voo, com alteração dos pressupostos operacionais e definição de regras para diferentes city-pairs, permitindo um ajustamento do cálculo do consumo de combustível e uma adaptação à realidade operacional no geral. SATA Internacional: A SATA Internacional procedeu à revisão dos fatores de degradação de performance dos motores da frota A320, o que permitiu atualizar os fatores de performance, incluindo as quantidades de combustível extra.
Combustíveis A SATA continuou a implementar a sua política de combustíveis e boas práticas operacio-nais, na rolagem, aterragem e travagem das aeronaves, tendo já obtido uma poupança muito significativa no consumo de combustível e no aumento de vida útil dos equipamentos (mo-tor, calços e pneus). SATA Air Açores:Em 2014 a SATA Air Açores procedeu a uma maior sensibilização para a redução de custos, e foi fornecida às tripulações dados sobre a poupança estimada no abastecimento de com-bustível das aeronaves para apoiar a tomada de decisão, bem como o valor real monetário de consumo de combustível.Deu-se início ao programa de eficiência de combustível (com duração de 3 anos), o qual contempla várias técnicas no planeamento e gestão dos voos, na manutenção e utilização de tabelas de índices de custos, estando a maioria delas já implementadas.
Eletronic Flight Bag SATA Air Açores:Foi iniciado o projeto de implementação do Eletronic Flight Bag na SATA Air Açores, com vista à redução de custos operacionais, incluindo a redução do consumo de combustível, melhoria da eficiência e otimização de processos relacionados com a atualização e substi-tuição de manuais operacionais e aumento da disponibilidade de pay-load. Em 2014, a SATA Air Açores procedeu à definição de critérios operacionais e à criação de procedimentos e à alteração de manuais.
Certificação RNP (Required Navigation Approach)
SATA Air Açores:A SATA Air Açores iniciou o processo de certificação RNP das aeronaves. A definição de critérios operacionais, a alteração de manuais e o treino teórico-prático às tripulações foram concluídos, estando o operador aéreo a aguardar a conclusão do processo de aprovação pelo INAC.
Principais acontecimentos em 2014
Operações Terrestres e Handling
Em 2014 a centralização do load control foi reforçada através da poupança com a realização de load sheets, que deixaram de ser feitas por agentes de handling externos, passando a SATA Air Açores a realizar o load control dos voos de Lisboa, Porto, Boston e Toronto em Ponta Delgada, com vista a reduzir custos da SATA Internacional.Procedeu-se à implementação de algumas medidas de contenção e adaptação de serviços ligados ao fornecimento de refeições a passageiros e tripulações que permitiram uma pou-pança global de 5,47% nos custos. Encontram-se planeadas medidas adicionais de controlo de consumos e de materiais de catering a implementar no decorrer de 2015.Registou-se uma melhoria no tempo de resposta ao plano de manutenções preventivas e cumprimento do plano de grandes reparações dos GSE (Ground Support Equipment).O novo hangar do serviço de equipamento de terra na Terceira foi dotado de condições míni-mas para transferência de serviços, numa primeira fase, com vista a futuramente continuar a melhorar o tempo de resposta ao plano de manutenção preventiva e corretiva, assim como garantir o conforto e condições técnicas necessárias à execução destas importantes tarefas de reparação e manutenção dos equipamentos de terra. Durante o ano foi iniciado o projeto de implementação de gestão de risco na Direção de Handling, seguindo a metodologia FMEA (Failure Mode and Effects Analysis) para garantir que de forma gradual e atempada a SATA corresponda às exigências da nova norma - ISO 9001:2015 - que vai tornar-se obrigatória a partir de 2018. Neste âmbito foi terminada a análise do processo de check-in.Os contratos com fornecedores de handling e respetivos níveis de serviço foram revistos e renegociados, e foi criada a função de supply control de operações terrestres com vista a monitorizar a qualidade da prestação dos serviços, bem como assegurar o diálogo e uma dinâmica de exigência para com os fornecedores em caso de irregularidade.
Manutenção eEngenharia
SATA Air Açores:A operação decorreu de forma regular, tendo sido realizados 7 eventos de paragens planea-das, 4 com aeronaves da frota Q200 e 3 com aeronaves da frota Q400, para o cumprimento de inspeções no âmbito do plano de manutenção aprovado. De registar também, a substitui-ção de um motor de uma das aeronaves.Segundo os dados estatísticos da operação, a fiabilidade de despacho face a atrasos de ordem técnica foi em média de 99.08% para a frota Q200 e 99.55% para a frota Q400. Foi concluída a 2ª fase das obras de ampliação do hangar de manutenção no Aeroporto João Paulo II (AJPII), em Ponta Delgada, relacionada com a oficina de apoio e escritórios, o que permitiu uma reorganização dos serviços bem como o aumento de cerca de 1.536 metros quadrados do espaço disponível na nave central de forma a alojar mais aeronaves e a permi-tir a hangaragem da frota A320.Foi também desenvolvido um estudo, em conjunto com a Airbus Consulting, com vista à preparação da estrutura E.A.S.A. Parte 145 para a manutenção de base da frota A320.SATA Internacional:A operação decorreu de forma regular, tendo sido realizados 3 eventos de paragens planea-das de inspeção às aeronaves, bem como 5 eventos planeados de troca de motores e APUs.Foi levado a cabo a implementação do Programa FANS B em algumas aeronaves da frota A320, o qual tem benefícios relacionados com o aumento da segurança, a redução de atra-sos no tráfico aéreo e, consequentemente, permite reduzir custos operacionais.
Clique para mais informações sobre as poupanças obtidas
72 73Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Principais Indicadores 2014 – Total
Em 2014, foi no mercado domésti-co dos Açores que decorreu a maior parte da operação da SATA, com um incremento de 6,8% de passagei-ros transportados. Face ao anterior, registou-se uma redução acentuada no número de passageiros transpor-tados nos voos Charter (-36,1,%) e voos de autorização de operações em regime de locação de curta dura-ção (ACMI) a terceiros (-90,2%), bem como nos mercados Europa-Madeira (-91,6%) e Domésticos Madeira (-89,2%), por motivos de desconti-nuidade da operação à saída do Fun-chal (operação até março de 2014). Contudo, registou-se um aumento de 17,7% dos passageiros na rota Madeira-Canárias.
Por outro lado, o mercado Brasil re-gistou uma queda bastante acen-tuada na ordem dos 96%, dado a descontinuidade da rota Lisboa-São Salvador em 2014, tendo sido reali-zados apenas 2 voos - 1 rotação no mês de janeiro).Para os mercados dos EUA e Canadá, registou-se também um aumento na ordem dos 14% e 15%, respetiva-mente.
*Inclui passageiros em trânsito
*Inclui passageiros em trânsito
Em 2014, observou-se uma redução nos voos SATA e, consequentemente, nos passageiros transportados, tendo a taxa de ocupação (Load Factor) registado uma subida de 2,3p.p. .
Desafios 2015-2020:
SATA Air Açores:•Proceder à instalação do Eletronic Flight Bag nas aeronaves, assegurar o treino das tripulações e dos oficiais de
operações de voo e obter a aprovação de aeronavegabilidade junto do INAC relativa à implementação do Eletro-nic Flight Bag em 2015;
•Obter a certificação das aeronaves Q400 para a execução da RNP Approach em 2015;•Concluir, até 2016, a 3ªfase de obras no hangar de manutenção no AJPII relacionada com a requalificação do
espaço antigo sendo implementadas as normas de segurança no trabalho; •Aumentar o âmbito de atividades oficinais na Organização de manutenção, E.A.S.A. Parte 145, aproveitando a
remodelação das oficinas inserida no projeto de ampliação do hangar;•Otimizar processos e recursos e melhorar a qualidade de prestação do serviço de handling.
SATA Internacional:•Desenvolver um programa de eficiência de combustível na SATA Internacional;•Preparar processo de integração do Centro de Controlo Operacional entre a SATA Internacional e a SATA Air
Açores;•Levar a cabo o processo de renovação de frota, nomeadamente a frota de longo curso, incluindo o processo
de preparação dos meios humanos, materiais, documentação técnica e da negociação com os prestadores de serviços de manutenção;
•Consolidar o Sistema de Gestão de Manutenção – AMASIS - como ferramenta essencial na garantia de uma aero-navegabilidade fiável e eficaz.
Assistência a Aeronaves
A assistência das aeronaves da SATA é prestada pela SATA Air Açores e contempla a auto-assistência (prestada a voos da própria SATA Air Açores), a assistência prestada a outras companhias aéreas (incluindo a SATA Internacional) e a assistência em escalas técnicas para reabastecimento (maioritariamente em Santa Maria, Lajes e Ponta Delgada).
A SATA procedeu à promoção do negócio de assistência a aeronaves (handling dos Açores) a nível mundial, com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, das Embaixadas Portuguesas nos vários destinos e da AICEP. Além disso, foi efetuada a renovação da página o handling no website da SATA. Com vista à melhoria do serviço e da otimização operacional, todos os tempos operacionais foram verificados, e foram realizadas reuniões periódicas com os chefes de escala para análise do desempenho nos vários indicadores.
Principais Indicadores 2014 – Total
74 75Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Em termos gerais, o desempenho das operações terrestres relacionadas com assistência a passageiros e aeronaves foi positivo, registando-se a manutenção do desempenho nos vários critérios, face ao ano anterior. Os tempos de entrega de primeira bagagem do narrow e wide bodies melhoraram, tendo sido superada a meta de 13 minutos.Em termos gerais, o nível de satisfação dos passageiros manteve-se positivo em 2014, e com uma redução de 1% no número de reclamações de passageiros sobre handling. Assistiu-se também à melhoria dos tempos médios de rotação nos narrow e wide bodies.
Em 2014, a SATA registou um aumento do número de voos SATA Air Açores assistidos (1,9%), os quais representam 70% do total de voos assistidos. Registou-se também um aumento de 5,8% do número de passageiros assistidos do operador aéreo, os quais representam 49% do número total de passageiros assistidos. Também a carga e correio processados da SATA Air Açores aumentaram em 12,9% e 16,1%, respetivamente, face a 2013. Em termos globais, face ao ano anterior, os custos de handling aumentaram cerca de 1,2%, tendo as receitas geradas nesta área diminuído cerca de 0,5%.
Desafios 2015:•Procederàreformulaçãodomodelodeformaçãodehandling com reforço da componente on-job training;•Desenvolverumaculturadejust culture em handling, otimizar recursos e melhorar o serviço prestado.
Gestão de Aeródromos
Em 2014, a SATA Gestão de Aeródromos continuou a desempenhar a sua atividade de gestão e exploração dos ae-ródromos regionais que estão sob sua tutela, no âmbito do Contrato de Concessão do Serviço Público Aeroportuário de Apoio à Aviação Civil nos Aeródromos das Ilhas do Corvo, Graciosa, Pico, São Jorge e Aerogare da Ilha das Flores.
O ano de 2014 decorreu dentro da normalidade, caraterizado pela continuidade da execução do plano de investimen-tos plurianual para os aeródromos regionais. Adicionalmente, no âmbito dos requisitos para obtenção dos certificados de aeródromos, estabelecidos no Decreto-Lei n.º 55/2010 de 31 de maio, procedeu-se à implementação de ATZ -Ae-rodrome Traffic Zone, que visa melhorar o controlo da zona envolvente dos aeródromos. De forma a operacionalizar este controlo, foram contratados seis colaboradores, os quais receberam no total 420 horas de formação de Técnico de Operações Aeroportuárias (TOA) e 153 horas de formação AITA – Agente de Informação de Tráfego de Aeródromo.
A SATA Gestão de Aeródromos alcançou a renovação do certificado de Prestador de Serviços de Navegação Aérea, na componente de fornecimento de sinal NDB (Non-Directional Beacons) e do certificado de Prestador de Serviços de Informação de Voo de Aeródromo.
Durante o ano, os aeródromos sob gestão da SATA foram alvo de várias auditorias e inspeções, nomeadamente: 4 auditorias ao serviço AFIS e 3 inspeções FALSEC pelo INAC; 4 inspeções efetuadas pela Autoridade Nacional para a Meteorologia Aeronáutica (ANMA), 2 auditorias de infraestruturas e ainda as auditorias no âmbito do sistema de gestão da qualidade, pela APCER, e do sistema integrado de ambiente e segurança.
Planeamento e Gestão de Investimentos
O Contrato de Concessão acima referido, estabelecido entre o Governo dos Açores e a SATA - Gestão de Aeródromos, SA, determina que, nos termos das Cláusulas 7ª, no ponto 5, e 9ª constituem encargos da Região Autónoma dos Açores a construção de novas estruturas aeroportuárias e a realização de certas obras de manutenção, pontuais e extraordinárias, os quais poderão ser cometidos à Concessionária (SATA - Gestão de Aeródromos, SA), que ficará res-ponsável pela realização dos mesmos.
Na sequência destes normativos contratuais, tem sido aprovado anualmente, por Resoluções do Conselho de Go-verno, o Plano de Investimentos dos Aeródromos Regionais, de acordo com o estipulado na Cláusula 11ª do referido Contrato, em que a SATA - Gestão de Aeródromos, SA é incumbida da realização dos investimentos aí aprovados.
Atualmente encontram-se em vigor a Resolução nº 99/2012, de 29 de junho, que aprova o plano de investimentos plurianual para os Aeródromos Regionais, onde estão incluídos os investimentos em execução ao abrigo da Resolu-ção nº 61/2011, de 29 de abril, com um valor global estimado de 36.361.950,00 € e a Resolução nº 56/2013, de 4 de junho, que aprovou os planos de investimentos e de exploração dos Aeródromos Regionais de 2013, com um valor dos investimentos estimado em 75.000,00 € e um valor de exploração estimado em 282.480,00 € respetivamente, perfazendo o valor global de 357.480,00 €. É de referir que, no ano de 2014, não foi publicada nenhuma Resolução do Conselho de Governo para aprovação do plano de investimentos/exploração dos Aeródromos Regionais.
825
1.202
2.761 2.812
76 77Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Os investimentos realizados durante o ano de 2014 totalizaram o montante de 1.463.095,35 € (excluindo o IVA), distribuídos pelas várias infraestruturas aeroportuárias sob gestão da SATA Gestão de Aeródromos.
Principais Indicadores 2014
Em 2014, 95% do total de movimentos nos aeródromos, geridos pela SATA, correspondem ao tráfego operado pela SATA Air Açores. Face ao ano anterior, registou-se um aumento dos movimentos nos aeródromos regionais, com maior incidência na Ilha do Corvo com um aumento de 14% de passageiros, e na Ilha da Graciosa com aumento de 11% de movimentos de aeronaves. O aumento registado no número de movimentos de outras companhias deve-se essencialmente aos voos treino da Força Aérea Portuguesa. O aeródromo do Pico manteve mais uma vez a liderança dos quatro aeródromos. Os movimentos de passageiros e aeronaves foi mais intenso sobretudo nos meses de Verão.
Desafios 2015:•Adquirir os equipamentos para Estação Meteorológica, que inclui equipamento complementar de meteorologia e
relógios para a torre de controlo, para os Aeródromos das Ilhas do Pico, do Corvo e Ilha da Graciosa (neste último caso carece de aprovação prévia em sede de Resolução do Conselho do Governo);
•Adquirir o equipamento complementar de meteorologia para o Aeródromo da Ilha de São Jorge;•Concluir a aquisição de serviços de fornecimento de desfibrilhadores automáticos externos (DAE´S) para as aero-
gares dos Aeródromos das Ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa, Flores e Corvo;•Executar a empreitada de arranjos exteriores do armazém para material de placa do Aeródromo da Ilha do Pico;•Iniciar o procedimento de contratação pública para as obras de restabelecimento da faixa STRIP da cabeceira da
pista 09 e restituição da superfície livre de obstáculos de descolagem da pista 27 do Aeródromo da Ilha do Pico;•Concluir os projetos de ampliação e alargamento da pista e de construção da torre de controlo do Aeródromo da
Ilha Graciosa;•Proceder ao desbaste da vegetação do Aeródromo da Ilha do Pico e do lado sul do Aeródromo da Ilha de São Jorge
(desenvolvimento de esforços no sentido dos trabalhos serem realizados por administração direta de Departa-mentos do Governo Regional);
•Executar o caminho de acesso ao lado sul do Aeródromo da Ilha de São Jorge;•Elaborar o projeto de construção do reservatório de água para reforço de abastecimento ao Aeródromo da Ilha
de São Jorge;•Executar a pavimentação do acesso da viatura de combate a incêndios à pista do Aeródromo da Ilha do Corvo;•Elaborar o projeto do desmonte parcial do morro situado junto ao Aeródromo da Ilha do Corvo, após aprovação em
sede de Resolução do Conselho do Governo;•Elaborar o projeto da repavimentação da pista do Aeródromo da Ilha do Corvo, após aprovação em sede de Reso-
lução do Conselho do Governo;•Lançar o procedimento de contratação pública para a aquisição de serviços de segurança da aviação civil nos
Aeródromos das Ilhas do Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo.
Operadores Turísticos
No decorrer do ano, a SATA Express e a Azores Express continuaram a desempenhar a sua missão de promoção estra-tégica do destino turístico Açores nos mercados Canadá e EUA, respetivamente.
CanadáNa SATA Express, o ano de 2014 focou-se essencialmente na promoção de preços baixos nas tarifas (branded fa-res) bem como do reforço da comunicação através dos vários canais disponíveis, destacando-se a realização de 4 workshops inhouse de promoção da SATA e destino Açores, com cerca de 50 participantes/agentes de viagens cada. Assistiu-se ao reforço da SATA na presença em eventos culturais realizados nas várias províncias canadienses, bem como ao apoio a causas sociais, incluindo iniciativas de fundraising, de apoio a instituições representantes da comu-nidade portuguesa no Canadá. De salientar o elevado sucesso da ferramenta SATA Self Point no Canadá, que permitiu aumentar o número de reservar efetuadas pelos agentes de viagens aderentes.
2014 Voos PassageirosCarga (ton)
Correio (ton)
Trânsito Direto
Trans--bordo
Total Geral 4.226 166.625 602 287 4.308 154Corvo 514 5.065 43 13 328 2
Graciosa 1.006 38.146 195 45 166 0
São Jorge 1.252 48.922 138 96 240 0
Pico 1.454 74.492 225 133 3.574 152
78 79Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Principais Indicadores 2014
*Inclui passageiros em trânsitoPDL = Aeroporto de Ponta Delgada; TER = Aerogare civil das
Lajes; LIS = Aeroporto de Lisboa; OPO = Aeroporto do Porto; YYZ
= Aeroporto de Toronto (Pearson);YUL = Aeroporto de Montreal
(Pierre-Elliot-Trudeau)
A atividade operacional da SATA Express registou um acréscimo de voos significativo de 22%, totalizando 548 voos e um crescimento de 14,7% no número de passageiros transportados, face ao ano anterior.
Desafios 2015:•Maximizar as vendas através do Call-Center e da ferramenta SATA Self Point;•Alterar a denominação da empresa para Azores Airlines Canadá;•Simplificar as regras tarifárias de forma a uniformizar procedimentos;•Realizar acordo com a Flight Center – uma cadeia de agências de viagens com mais de 200 balcões no Canadá;•Continuar a reforçar, de forma significativa, a presença da SATA em eventos no Canadá.
E.U.A.A Azores Express manteve o posicionamento da marca SATA no mercado dos EUA. O seu desempenho comercial foi afetado negativamente pelas várias irregularidades operacionais ocorridas na época de Verão, e não só, num ano que veio a ficar marcado por este tipo ocorrência. Apesar de tudo, o plano de marketing foi cumprido com foco no mercado turístico americano, tendo a Azores Express participado em vários eventos de promoção do destino Açores, por vezes em parceria com a ATA, entidade esta que se tem revelado como parceiro indispensável neste âmbito. Em termos de vendas, continuou a registar-se uma subida significativa nas vendas através das OTAs, nomeadamente Orbitz e Expedia, e salienta-se o grande sucesso das várias promoções levadas a cabo através de outras plataformas online, das quais se destaca a Groupon.Decorrente do lançamento das tarifas Branded Fares no ano anterior e do nível de aceitação abaixo do esperado, houve necessidade de proceder em 2014 ao ajustamento destas tarifas, registando-se algumas melhorias nas ven-das, tendo sido a Brand Smart a preferida pela esmagadora maioria dos passageiros. As tarifas TO (tarifas net para operadores) têm contribuído significativamente para o aumento de vendas de pacotes turísticos, nomeadamente do tipo Flight Inclusive Tours (FIT).
Principais Indicadores 2014
*Inclui passageiros em trânsitoPDL = Aeroporto de Ponta Delgada; TER = Aerogare civil das La-
jes; LIS = Aeroporto de Lisboa; BOS = Aeroporto de Boston (Lo-
gan); OAK = Aeroporto de Oakland (USA); YHM = Aeroporto de
John C. Munro Hamilton (Canada)
A atividade operacional da Azores Express registou um acréscimo de voos de 13,6%, totalizando 567 voos e um crescimento de 14,3% no número de passageiros transportados, face ao ano anterior.
Desafios 2015:•Reformulação do modelo tarifário (Branded Fares) para o mercado dos EUA;•Desenvolver acordos interline com dois parceiros comerciais – Virgin America e Jetline, com vista a canalizar mais
tráfego para a rede SATA;•Desenvolver um modelo operacional onde as frequências de voo assentem numa articulação eficaz a partir do
hub “Ponta Delgada” com Funchal e Porto.
Foco na Segurança
Tema relevante: Segurança, fiabilidade e garantia de serviço.
A SATA encontra-se absolutamente comprometida com a Segurança a todos os níveis da organização, a partir da Ges-tão de Topo, considerando como prioridade operacional, assegurar o estabelecimento de uma cultura de segurança, em conformidade com os regulamentos aplicáveis em vigor.A SATA tem percorrido o caminho de melhoria contínua em matéria de segurança, de forma a garantir a fiabilidade e qualidade do serviço prestado.
Modelo de Gestão de Segurança
Nas empresas do Grupo SATA – em particular, SATA Air Açores, SATA Internacional e SATA Gestão de Aeródromos – encontra-se definida um modelo de gestão da segurança - nas vertentes de safety (segurança operacional) e security (segurança contra atos ilícitos): desde o Accountable Manager em cada estrutura operacional até cada um dos colabo-radores, nas suas atividades do dia-a-dia, contribuindo para a segurança.
80 81Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Accountable Managers
Compliance Monitoring Managers
Safety Review Board
Security Managers
Safety Managers
SMS Manager Safety Action Group
Operações Terrestres Manutenção Formação e Treino Direções de Suporte Operações de Voo
Colaboradores
Accountable Managers: •Garantir os meios humanos,
operacionais e financeiros que assegurem a operação em segu-rança;
•Desenvolvimento de objetivos de longo prazo de segurança, incluindo o estabelecimento de políticas e práticas.
Safety, Security e Compliance Monitoring Managers:
•Garantir a implementação e monitorização do sistema de gestão de segurança (safety e security);
•Assegurar o envolvimento com as autoridades do setor aeronáu-tico;
•Discutir anualmente temas de segurança, de várias perspeti-vas e aprovação de metas e me-didas associadas.
Safety Action Group:
•Monitorizar segurança opera-cional;
•Resolver os riscos identificados;•Avaliar o impacto das alterações
operacionais na segurança;•Assegurar a implementação das
medidas atempadamente.
Direções:
•Assegurar que a operação e atividade decorre em conformi-dade com os requisitos de segu-rança.
Colaboradores:
•Desempenhar as funções em conformidade com os requisitos de segurança.
Safety Management System (SMS)
Em 2014, a SATA prosseguiu a implementação do Safety Management System (SMS), transversal a toda a estrutura organizacional do Grupo. Trata-se de um requisito necessário para a renovação do Certificado de Operador Aéreo (COA), a partir da entrada em vigor em outubro de 2014 do Regulamento EC 965/2012. Neste sentido, foram re-vistos todos os manuais operacionais, por forma a adequar as práticas operacionais às exigências do novo quadro regulatório.
A gestão de safety na SATA assenta em 4 componentes:
Política e Objetivos de Segurança
Gestão de Risco de Segurança
Avaliação da Segurança Promoção da Segurança
Clima de Just Culture:
A SATA procede à monitorização da segurança operacional, por via de me-canismos de reporte obrigatório e também através do reporte voluntário e anónimo de ocorrências (via informática e em suporte de papel).
Instrumentos e ferramentas desuporte ao SMS:
•Formação anual recorrente;•Safety Newsletters;•Surveys de segurança;•Auditorias de segurança;•Modelo de Risk Assessment;•Flight Data Monitoring (FDM);•Reuniões periódicas.
Na SATA Air Açores, todos os post-holders, responsáveis das várias áreas operacionais, técnicos do departamento de safety e o Accountable Manager, de cada operador aéreo, receberam formação em SMS – totalizando cerca de 60 participantes. De forma a garantir a boa execução do SMS, foram também constituídos Comités de Segurança em todas áreas operacionais (operações de voo; operações terrestres e handling; manutenção e engenharia e treino e formação de tripulações) e foram definidos indicadores de performance transversais.
A SATA Internacional procedeu à elaboração do Safety Management Manual, o qual foi aprovado pelo INAC. Decorren-te da necessidade de reforçar o “know- how” humano e tecnológico, no sentido de cumprir com as novas responsabi-lidades, decorrentes da implementação do SMS, procedeu-se ao:
•Início do processo de formação em SMS para o Top Management recorrendo a serviços externos;•Investimento num claro upgrade tecnológico na análise FDM, através da aquisição de um novo software de
análise de dados. Este software permitirá, no futuro, uma monitorização mais rigorosa e credível da operação diária das aeronaves da SATA Internacional, com as vantagens operacionais que daí advêm;
•Investimento em meios humanos, através da admissão externa de um FDM Analyst, responsável pela gestão do programa FDM e sua interação com o SMS; e de um Safety Analyst, com a função de coordenar internamente a implementação do SMS.
A SATA Gestão de Aeródromos, decorrente da obrigação de implementação de um SMS na área de navegação, pro-cedeu à nomeação de um Accountable Manager e de um Safety Manager, bem como ao desenvolvimento de um manual de SMS e de um formulário de reporte voluntário não-punitivo. Passou também a realizar reuniões de revisão semestral, entre a equipa de gestão e os coordenadores dos aeródromos, a fim de analisar ocorrências e garantir o desenvolvimento eficaz do processo de implementação de um SMS.
Security
Em 2014, foram prosseguidos os trabalhos para dar cumprimento ao Plano Nacional de Segurança na Aviação Civil, ao abrigo da Política de Security e do Manual de Segurança de cada um dos operadores aéreos. Dado que a security tem por objetivo salvaguardar e proteger pessoas e bens, de forma permanente, atuando tanto ao nível da prevenção de atos ilícitos, como da gestão de eventuais situações de risco ou ameaça à segurança, a SATA preocupa-se em garantir que todo o pessoal que exerce funções nesta área tenha formação adequada e atualizada.
82 83Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Durante 2014, a SATA levou a cabo programas específicos de segurança, em alinhamento com o Plano Nacional de Formação em Segurança da Aviação Civil (PNFSAC), assegurados por 6 formadores internos. Estes programas incluíram, na SATA Air Açores, ainda matérias relacionadas com o Programa de Segurança de Agente Reconhecido e da certificação de algumas escalas nesta matéria.
No decurso do ano foram ainda realizadas várias reuniões sobre security com as autoridades aeronáuticas e outras entidades onde a SATA está presente. Foram também conduzidas 9 auditorias, follow-ups e inspeções de security na SATA Air Açores e 6 auditorias de security da SATA Internacional, em des-tinos europeus e norte-americanos. A SATA Air Açores levou ainda a cabo um exercício de simulação de ameaça de bomba.
SATA Air Açores:42 ações de formaçãocom 381 formandos
SATA Internacional:76 ações de formaçãocom 393 formandos
SATA Gestão de Aeródromos:6 ações de formaçãocom 71 formandos
Desafios 2015:
SATA Air Açores:•Consolidar a cultura de segurança assente em princípios de reporte não punitivo;•Implementar um mecanismo de reporte que englobe as áreas de safety, security, segurança e ambiente.
SATA Internacional:•Implementar e operacionalizar um modelo de risk assessment comum a todos os departamentos operacionais;•Reforçar a implementação duma efetiva política de Just Culture, assente nos princípios de reporte não punitivo; •Desenvolver uma política de safety de reporte de ocorrências e identificação de hazards comum; •Simplificar, generalizar e facilitar o acesso ao reporte de ocorrências; •Desenhar um programa interno de formação e treino SMS que sirva de base à divulgação do SMS junto de todos
os colaboradores da SATA Internacional;•Operacionalizar o Software Aerobytes integrando o Flight Data Monitoring no processo de gestão da segurança
de voo.
SATA Gestão de Aeródromos:•Rever os manuais e procedimentos de segurança operacional.
Simulacros de emergência
Durante 2014, a SATA realizou 2 simulacros de emergência nos aeródromos de S. Jorge e Graciosa, constituídos por exercícios de emergência médica, do-ença súbita e incêndio e evacuação total do edifício. Além de ser um requisito legal, a realização destes simulacros tem por objetivo aperfeiçoar os proce-dimentos de resposta dos membros da estrutura interna e das entidades ex-ternas regionais envolvidas - Polícia de Segurança Pública, Bombeiros Volun-tários, Câmaras Municipais e Serviços de Salvamento e Luta Contra Incêndio do Aeródromo e, ainda, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
A SATA forneceu aos seus colaboradores diversas formações sobre gestão de emergências e combate a incêndios realizadas no CFAA - Centro de Formação Aeronáutica dos Açores, com recurso ao simulador de fogo, desfibrilhadores automáticos externos e outros equipamentos, totalizando um volume de for-mação de 4.316 horas em 66 ações de formação, abrangendo 411 forman-dos.
Auditorias Internas à Segurança
A SATA conduz, anualmente, planos de auditorias, envolvendo vários departamentos e áreas operacionais, através do qual avalia o nível de conformidade com requisitos operacionais e de segurança (safety e security). Para a sua concre-tização, dispõe de uma bolsa de 16 auditores internos (12 da SATA Air Açores e 4 da SATA Internacional). O aumento do número de não conformidades registadas em 2014, deveu-se sobretudo ao aumento do número de requisitos tidos em consideração pela SATA Air Açores nas auditorias conduzidas, com vista à preparação prévia para o novo modelo de auditoria IOSA – ENHANCED IOSA, que entrará em vigor em 2015.
Taxa média de cumprimento de plano de auditorias: 93% Taxa média de encerramento de não-conformidades: 80%
Auditorias Externas
Auditorias SAFA
A SATA é alvo de inspeção nos países do Espaço Europeu, ao abrigo do Programa da European Aviation Safety Agency (EASA), denominado SAFA – Safety Assessment of Foreign Aircraft. Este programa tem como finalidade efetuar uma avaliação de segurança e condições de aeronavegabilidade das aeronaves que operam em ambiente EASA. Durante o ano de 2014, a SATA Air Açores e a SATA Internacional foram sujeitas a inspeções SAFA, com um total de zero e 16 findings, respetivamente.
Desafios 2015:•Assegurar a preparação para a auditoria IOSA, bem como para o novo modelo de auditoria IOSA - ENHANCED
IOSA, a entrar em vigor em 2015. Neste novo modelo, alguns dos requisitos que são atualmente voluntários pas-sam a obrigatórios, entre outras alterações. A SATA terá de adaptar-se a este novo modelo.
84 85Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Otimizar consumo de recursos
•Eficiency and You (SATA Air Açores);
•Informação sobre a implementação das “Boas Práticas de
Gestão de Consumos” publicada no mySATA;
•Monitorização dos consumos de combustível, eletricidade ,
papel e água em todas as atividades;
•Instalação de contadores nos geradores de emergência;
•Existência de bacias de retenção nas zonas de armazena-
mento de óleos e produtos químicos.
Mitigar as alterações climáticas
•Manual de monitorização de emissões de carbono;
•Manutenção preventiva e inspeções periódicas aos veículos;
•Medição dos níveis de compostos orgânicos voláteis (COV)
nas atividades de manutenção;
•Medições dos efluentes gasosos emitidos pelas chaminés das
cabines de pintura.
Reduzir produçãode resíduos e efluentes
•Implementação do Plano de Gestão de Resíduos;
•Recolha seletiva de resíduos nos Aeródromos;
•Reciclagem e valorização de resíduos;
•Inspeções aos equipamentos que contem gases refrigerantes;
•Instalação de separador de hidrocarbonetos;
•Disponibilização de material para contenção de derrames.
Preservar a biodiversidade
•Protocolo de cooperação entre a Azorina e a SATA;•SATA Forest.
Foco no Ambiente
A preservação do ambiente e a redução do impacte ambiental da atividade faz parte da base de atuação da SATA, refletido na sua Política Integrada de Segurança e Saúde no Trabalho e Ambiente, na qual, em matéria ambiental, compromete-se a:
•Melhorar continuamente o desempenho ambiental, visando sempre a prevenção da poluição e a utilização sus-tentável de recursos naturais;
•Minimizar os efeitos negativos dos aspetos ambientais significativos, decorrentes da atividade global da em-presa;
•Investir em meios técnicos e desenvolver processos para atingir uma maior compatibilidade ambiental; •Envolver e formar os colaboradores e seus representantes com o objetivo de os sensibilizar para a importância
da adoção de boas práticas ambientais;•Assegurar o cumprimento da conformidade legal ao nível ambiental.
Gestão Ambiental
A SATA tem implementado um Sistema de Gestão Integrado (SGI) em Segurança e Ambiente certificado, transversal a toda a empresa. O SGI tem por objetivo a prevenção da segurança e saúde dos trabalhadores e a preservação do meio ambiente, através do conhecimento detalhado dos perigos e riscos profissionais e dos aspetos e impactes ambientais resultantes das atividades da empresa.
Em 2014, a SATA levou a cabo uma revisão das avaliações dos aspetos e impactes ambientais, resultantes da sua atividade, garantindo a continuidade de várias medidas e iniciativas focadas em quatro eixos de atuação:
Despesas com proteção ambiental por parte da SATA: 34.594 euros
A SATA monitoriza e avalia a confor-midade com os requisitos ambientais a que a sua atividade está sujeita. Com vista a promover a responsabi-lidade ambiental na cadeia de for-necimento, os princípios ambientais da SATA encontram-se formalizados nos requisitos ambientais e seguran-ça para os prestadores de serviços.
+21%face a 2013
Auditorias internas – 8Auditorias externas – 2Visitas internas – 6Inspeções – 3Auditorias a fornecedores - 1
Formação e sensibilização ambiental
Em 2014, a SATA procedeu à intensificação da formação em “Gestão Ambiental” com o objetivo de consolidar a cultura ambiental na SATA, tendo realizado 26 ações de formação com 207 participantes, totalizando um volume de formação de cerca de 91 horas.
Desempenho Ambiental
Água da rede pública: 17.003 m3+ 8% face a 2013
Eletricidade: 5.141 GJ- 12% face a 2013
Papel: 19,5 toneladas- 3% face a 2013
Jet Fuel nas aeronaves*: 2.950.008 GJ - 6% face a 2013
Gasóleo de outras viaturas e equipamentos**: 5.577 GJ- 31% face a 2013
*Fator de conversão = 43,0 GJ/t da Agência Portuguesa de Ambiente
** Fator de Conversão = 43,3 GJ/t, de acordo com Despacho n.º17313/2008 de 26 de Junho
Otimizar o consumo de recursos
A SATA prosseguiu a implementa-ção de medidas de monitorização e controlo dos consumos, de forma a potenciar a redução do seu impacto ambiental e a redução de custos.
Em 2014, o aumento de 4% no consumo de água deveu-se princi-palmente a uma rotura de água, na escala do Pico, que já foi identificada por diversas entidades, no entanto ainda não foi encontrado o ponto da fuga. A SATA implementou uma metodolo-gia de monitorização do consumo de papel associada à quantidade de res-mas de papel dão distribuídas pelos serviços em função das adquiridas.O consumo de jet fuel diminuiu, atin-gindo 68.605 toneladas.
Mitigar as alterações climáticas
A SATA monitoriza as emissões de carbono através da elaboração de um inventário trimestral, produzido através de uma aplicação informática, de acordo com os requisitos da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).A SATA possui uma base de dados com informação dos gases fluorados com efeito de estufa instalados nos equipa-mentos de refrigeração (ar condicionado, arcas frigorificas e frigoríficos). Anualmente, a SATA comunica à Agência Portuguesa do Ambiente esta informação.Decorrente da natureza da atividade da SATA, o consumo de jetfuel das aeronaves é o que mais contribui para a pega-da de carbono da empresa. No entanto, as emissões associadas diminuíram 4%, fruto da redução do consumo deste combustível, derivada das medidas de eficiência implementadas.No decorrer de 2014, a SATA procedeu à revisão e atualização da base de dados de gases refrigerantes e realizou um levantamento de todas as quantidades de substâncias destruidoras de camada de ozono utilizadas.
86 87Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Foi também criada uma base de dados de substâncias químicas e perigosas para posteriormente a SATA poder calcular os compos-tos orgânicos voláteis (COVs).
Licenças de CarbonoAs emissões de CO2 serão apuradas e auditadas de forma defini-tiva numa data próxima da obrigatoriedade de reporte às autori-dades competentes, no caso a Agência Portuguesa do Ambiente, até 31/03/2015.Uma vez que a legislação foi alterada, sendo considerados ape-nas os voos intra-europa (excluindo as Regiões Autónomas) para inclusão no CELE, as emissões de CO2 de 2014 a apurar serão da ordem de grandeza das 5.600 t CO2e.
Emissões indiretas de GEE associa-das ao consumo de eletricidade*: 700t CO2e- 12% face a 2013
Emissões diretas de GEE associadas ao consumo de jet fuel da frota de aeronaves**: 221.360 t CO2e - 4% face a 2013
Emissões diretas de GEE associadas ao consumo de gasóleo de outras viaturas e equipamentos***: 413 t CO2e - 16% face a 2013 *Fator de emissão da EDA (490 gCO2/kWh)** Fator de emissão da Agência Portuguesa do Ambiente (3,16 tCO2/tJet Fuel)*** Fator de emissão de acordo com Despacho n.º17313/2008 de 26 de Junho (74,00 kg CO2/GJ)
Protocolo de cooperação entre a SATA e Azorina
Um dos objetivos deste protocolo de cooperação, é possibilitar aos passageiros da SATA a compensação das emis-sões de carbono, resultantes das suas deslocações, através da florestação de determinadas áreas - em média, a acumulação de 200 kg de carbono (equivalente a uma viagem entre os Açores e Lisboa) é feita por uma árvore em aproximadamente 12 anos.
Reduzir a produção de resíduos e impacte das descargas no ambiente
A SATA dispõe de um Plano de Prevenção e Gestão de Resídu-os, implementado transversalmente a todas as empresas. Este plano define as técnicas e tecnologias disponíveis para a recicla-gem, prevenção, reutilização e armazenamento de resíduos, assim como boas práticas de gestão de resíduos.
Neste sentido, a SATA tem procurado reduzir a sua produção e, ao mesmo tempo, efetuar o seu correto encaminhamento através de operadores licenciados que otimizem a sua gestão.
Em 2014, a SATA intensificou o controlo das licenças dos operado-res de resíduos, certificados de AVAC e licenças de descargas de águas. Iniciou também o processo de recauchutagem de pneus de aeronaves.
Verificou-se um aumento de 14% na produção total de resídu-os face a 2013, especialmente nos resíduos não perigosos, que registaram um aumento de 52% comparativamente ao período homólogo, dos quais 94% foram encaminhados para valorização. Este aumento significativo deveu-se, sobretudo, ao aumento da sensibilização dos colaboradores para a reorganização/limpeza dos locais de trabalho e encaminhamento correto dos resíduos produzidos sobretudo nas atividades de manutenção, através de operadores licenciados para o efeito. No decorrer do ano, a SATA elaborou um Manual de Prevenção para a Direção de Manutenção e Engenharia, com a identificação das medidas necessárias tomar
Resíduos perigosos (óleos, sol-ventes, panos contaminados, etc.): 38,13t+ 52% face a 2013
Resíduos não perigosos (papel, pneus, madeira, plástico, etc.): 27,6t - 15% face a 2013
Taxa de valorização: 83% +9% face a 2013
Volume de efluente descarregado*: 13.602 m3+8% face a 2013 Número de derrames significativos: zero
*Valor estimado, correspondendo a 80 % do consumo de água
para prevenir os riscos profissionais, que além de promover a segurança e a saúde dos colaboradores, estabelece medidas de gestão de resíduos.
Em 2014, a SATA assegurou uma taxa de valorização de resíduos de 83% - um aumento de 9% face ao ano anterior, resultado do reforço da sensibilização e formação dos colaboradores para a importância da separação seletiva de resíduos.
Preservar a biodiversidade
A SATA desenvolve iniciativas de apoio à conservação da natureza, com vista a contribuir para a sustentabilidade dos ecossistemas e do equilíbrio ambiental da Região Autónoma dos Açores, com o envolvimento dos seus colaboradores e através do estabelecimento de parcerias com entidades relacionadas com a biodiversidade.
Impacto na fauna local
Para todas as suas atividades, a SATA procedeu à avaliação dos aspetos e impactes ambientais na biodiversidade, tendo sido apurado o potencial impacte nas alterações do habitat da fauna local em alguns aeródromos. Neste senti-do, com vista a mitigar eventuais impactes negativos, e decorrente aos requisitos do Anexo 14 da ICAO, a SATA proce-de à realização de um estudo de avaliação da fauna local, no qual são monitorizados o número e hora de avistamentos de várias espécies de aves, de forma a proceder-se à avaliação dos potenciais impactes da atividade da SATA na biodiversidade circundante. A mitigação dos perigos introduzidos por esta presença de vida animal nos aeródromos tem sido o afugentamento, tendo-se registado 5 bird strikes em 2014, todos com aves de pequena dimensão, sem consequências operacionais.
SATA ForestO projeto de sensibilização ambiental SATA Forest, iniciado em 2011, em parceria com a Sociedade Gestão Ambiental e Conservação da Natureza – Azorina, SA, consiste no reflorestamento da bacia hidrográfica da Lagoa das Furnas com espécies endémicas a fim de combater as espécies invasoras presentes na sua área. De forma a contribuir para um melhor meio ambiente, a SATA, com ajuda dos seus colaboradores, iniciou o plantio de 50 árvores em 2011. Feito um balanço em 2014, os resultados são positivos sendo que parte considerável da SATA Forest encontra-se já florestada, graças à colaboração de um grupo de quase 30 desempregados inseridos num programa de âmbito social.
Desafios 2015•Definir iniciativas de racionalização de consumos bem como objetivos quantitativos de redução de consumos de
água, combustível e eletricidade;•Monitorizar os consumos de combustível da frota de viaturas da SATA;•Concluir o cálculo da emissão de compostos orgânicos voláteis provenientes das substâncias químicas e perigo-
sas consumidas na SATA;•Proceder à certificação energética das aerogares de acordo com o Decreto-Lei 118/2013 de 20 de agosto e
Decreto Legislativo Regional nº 16/2009/A de 13 de outubro;•Realizar auditorias a fornecedores.
88 89Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Anexos
90 91Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Percurso profissional dos membros do Conselho de Administração
Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves
Data de Nascimento:
Habilitações Literárias/Formação complementar•Licenciatura em Direito (Ciências Jurídico-políticas) pela Faculdade
de Direito da Universidade de Coimbra (1984);•Programa Avançado de Gestão para Executivos da Universidade
Católica (2005).
09/10/1959
Percurso ProfissionalAdvogado.Desde 2014 que desempenha funções como Presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA. Anteriormente assumiu funções como administrador do Grupo SATA, foi Presidente e membro do Conselho de Administração de várias empresas e membro do Governo Português.
Isabel Maria dos Santos Barata
Data de Nascimento:
Habilitações Literárias/Formação complementar•Licenciatura em Psicologia pela Faculdade de Psicologia e Ciências
da Educação da Universidade de Coimbra (1988);•Programa Avançado de Gestão para Executivos pela Escola de Pós-
graduação em Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa (1995).
19/08/1964
Percurso ProfissionalDesde 2010 que é vogal do Conselho de Administração das empresas do Grupo SATA (SATA SGPS, SATA Air Açores, SATA Internacional).Anteriormente, em 2009, exerceu funções como Assessora da Comissão Executiva da Eletricidade dos Açores e, no período de 2002 a 2008, foi Diretora Regional de Turismo do Governo Regional dos Açores.
Francisco Cézar Ramos Fernandes Gil
Data de Nascimento:
Habilitações Literárias/Formação complementar•Leadership for the 21st Century, Harvard University, JFK School of
Government, Portugal (2008);•MBA, Universidade Católica Portuguesa (2004);•Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores, IST
(1998);
12/09/1974
Percurso ProfissionalDesde maio de 2013 que é vogal do Conselho de Administração das em-presas do Grupo SATA (SATA SGPS, SATA Air Açores e SATA Internacio-nal). Anteriormente, exerceu funções de Presidente da Associação de Turismo dos Açores, após exercer funções deDirector Executivo na mesma associação desde 2010.Entre 2006 e 2013, exerceu funções de Administrador e Diretor Geral na área da promoção imobiliária no arquipélago dos Açores.Previamente foi Consultor Sénior na área de gestão e na área de teleco-municações móveis.
Francisco Franco
Data de Nascimento:
Habilitações Literárias/Formação complementar•Licenciado em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade
do Porto (1996);•Mestrado em Gestão Pública pela Universidade dos Açores (2002).
24/03/1970
Percurso ProfissionalDesde 2014 que é vogal do Conselho de Administração das empresas do Grupo SATA (SATA SGPS, SATA Air Açores, SATA Internacional e SATA Gestão de Aeródromos).Anteriormente, exerceu funções como Administrador na Universidade dos Açores e foi ainda consultor económico-financeiro.
João Miguel Meneses Bettencourt Soares
Data de Nascimento:
Habilitações Literárias/Formação complementar•Licenciatura em Engenharia Aeronáutica pela Universidade da Beira
Interior (2000);•Pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos – INDEG ISCTE
(2013).
09/08/1976
Percurso ProfissionalDesde 2014 que é vogal do Conselho de Administração das empresas do Grupo SATA (SATA SGPS, SATA Air Açores, SATA Internacional e SATA Gestão de Aeródromos).Anteriormente, exerceu funções como diretor de manutenção e enge-nharia na PGA – Portugália Airlines.
92 93Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Demonstrações FinanceirasSATA SGPS, S.A.
Demonstrações Financeiras Consolidadas31 de dezembro de 2014
94 95Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Índice das Demonstrações Financeiras
Demonstração da posição financeira consolidadaDemonstração dos resultados consolidadosDemonstração do rendimento integral consolidadoDemonstração das alterações dos capitais próprios consolidados Demonstração dos fluxos de caixa consolidadosAnexo às demonstrações financeiras consolidadas
1. INTRODUçãO
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAçãO DAS DEMONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS2.1 Bases de Preparação2.2 Adoção pela primeira vez das IFRS
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 3.1 Consolidação3.2 Conversão Cambial3.3 Ativos Fixos Tangíveis3.4 Ativos Intangíveis3.5 Imparidade de Ativos não Financeiros3.6 Ativos Financeiros3.7 Justo Valor de Ativos e Passivos3.8 Inventários3.9 Clientes e Outras Contas a Receber3.10 Caixa e Equivalentes de Caixa3.11 Capital Social3.12 Passivos Financeiros3.13 Compensação de Instrumentos Financeiros3.14 Empréstimos Obtidos3.15 Imposto Sobre o Rendimento3.16 Benefícios aos Empregados3.17 Provisões3.18 Subsídios e Apoios do Governo3.19 Locações3.20 Gastos e Rendimentos3.21 Rédito3.22 Concessão de Serviço Público Aeroportuário3.23 Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidadas3.24 Eventos Subsequentes
4 POLÍTICAS DE GESTãO DO RISCO FINANCEIRO4.1 Fatores do Risco Financeiro4.2 Gestão do Risco de Capital
5. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS APRESENTADOS5.1 Provisões5.2 Pressupostos Atuariais5.3 Ativos Tangíveis5.4 Imparidade5.5 Justo Valor de Derivados e Programa de Fidelização 5.6 Impostos
9697979899
100
100
101
101102
104104105106107107108109109109109110110110110111111112113113113113114115115
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6. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS7. ATIVOS INTANGÍVEIS8. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA9. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS10. INVENTÁRIOS11. CLIENTES12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A RECEBER13. OUTRAS CONTAS A RECEBER 14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA15. CAPITAL16. OUTRAS RESERVAS17. PROVISõES18. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS19. OBRIGAçõES DE BENEFÍCIOS DE REFORMA E OUTROS20. FORNECEDORES21. DOCUMENTOS PENDENTES DE VOO22. OUTRAS CONTAS A PAGAR23. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS24. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA25. JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS26. VENDAS E PRESTAçãO DE SERVIçOS27. SUBSÍDIOS À EXPLORAçãO28. FORNECIMENTOS E SERVIçOS EXTERNOS29. GASTOS COM O PESSOAL30. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS31. OUTROS GASTOS E PERDAS32. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS33. IMPOSTO DO EXERCÍCIO34. COMPROMISSOS 35. CONTINGêNCIAS 36. PERÍMETRO DA CONSOLIDAçãO37. PARTES RELACIONADAS38. EVENTOS SUBSEQUENTES
96 97Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
DEMONSTRAçãO DA POSIçãO FINANCEIRA CONSOLIDADA
DEMONSTRAçãO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS
DEMONSTRAçãO DO RENDIMENTO INTEGRAL CONSOLIDADO
As notas das páginas seguintes constituem parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas existentes supra.
Nota 2014 2013
AtivoNão correnteAtivos fixos tangíveis 6 63.729.061 70.371.649 Ativos intangíveis 7 246.960 311.887 Ativos financeiros disponíveis para venda 8 99.461 99.014 Ativos por impostos diferidos 9 6.625.326 1.845.500 Outras contas a receber 13 2.558.235 2.257.230
73.259.043 74.885.280
CorrenteInventários 10 3.386.121 3.853.091 Clientes 11 10.209.987 8.989.554 Imposto sobre o rendimento a receber 12 30.787 93.550 Outras contas a receber 13 80.192.478 73.604.507 Caixa e equivalentes de caixa 14 9.625.842 17.803.787
103.445.215 104.344.489
Total do Ativo 176.704.258 179.229.769
Capital Próprio
Capital social 15 18.000.000 18.000.000 Prémios de emissão 3.315.342 3.315.342 Reservas legais 16 575.676 575.676 Reserva de conversão cambial 16 281.112 (181.367)Reservas de justo valor 16 (3.403) (193.154)Resultados acumulados (43.224.201) (10.525.350)Resultado liquido (34.784.362) (30.360.991)
Total Capital Próprio (55.839.836) (19.369.844)
PassivoNão correnteProvisões 17 208.942 283.413 Empréstimos obtidos 18 59.732.641 50.169.047 Obrigações de benefícios de reforma e outros 19 9.965.889 9.303.709 Passivos por impostos diferidos 9 1.526.409 1.755.205 Outras contas a pagar 22 1.094.869 254.444
72.528.750 61.765.818
CorrenteEmpréstimos obtidos 18 102.553.472 92.105.976 Fornecedores 20 21.336.529 14.110.430 Outras contas a pagar 22 22.824.733 18.047.656 Documentos pendentes de voo 21 13.296.794 12.331.271 Instrumentos financeiros derivados 23 3.816 238.462
160.015.344 136.833.795
Total Passivo 232.544.094 198.599.613
Total do Capital Próprio e Passivo 176.704.258 179.229.769
Nota 2014 2013
Vendas e serviços prestados 26 154.393.166 171.934.943 Subsídios à exploração 27 27.728.941 31.795.458 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 10 (2.294.238) (2.333.569)Fornecimentos e serviços externos 28 (141.162.519) (149.353.601)Gastos com o pessoal 29 (59.743.416) (60.439.549)Gastos/ reversões de depreciação e de amortização 6 e 7 (8.919.660) (10.016.106)Imparidade de activos depreciaveis/amortizaveis (108.885) - Imparidade de contas a receber (perdas/reversões) 11 (737.844) (141.465)Imparidade de inventários (perdas/reversões) 10 (198.000) - Provisões (aumentos/reduções) 17 74.471 131.838 Outros rendimentos e ganhos 30 2.960.690 594.596 Outros gastos e perdas 31 (3.324.778) (5.059.128)
Resultado operacional (31.332.072) (22.886.583)
Gastos financeiros 32 (8.240.405) (7.007.021)Rendimentos financeiros 32 182.769 23.833
Resultados antes de impostos (39.389.708) (29.869.771)
Imposto sobre o rendimento do exercício 33 4.605.346 (491.220)
Resultado líquido do exercício (34.784.362) (30.360.991)
Nota 2014 2013 Resultado líquido do exercício (34.784.362) (30.360.991) Outros rendimentos do exercício: Itens que podem reclassificar por resultados Variação de justo valor de derivados de cobertura de fluxos de caixa 23 234.646 1.846.679 Impostos diferidos 9 (44.895) (350.869)Diferenças de conversão cambial 16 462.479 (269.421) 652.230 1.226.389 Itens que não reclassificam por resultados Remensurações de planos de benefícios definidos 19 (2.337.860) (1.848.174) (2.337.860) (1.848.174) Outros rendimentos do exercício (1.685.630) (621.785)
Total do rendimento integral do exercício (36.469.992) (30.982.776)
98 99Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
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As notas das páginas seguintes constituem parte integrante das demonstrações financeiras consolidadas existentes supra.
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Nota 2014 2013 Fluxos de caixa das atividades operacionais Recebimentos de clientes 152.567.739 175.235.859 Pagamentos a fornecedores (134.961.459) (149.166.942)Pagamentos ao pessoal (58.538.576) (58.956.678)
Caixa gerada pelas operações (40.932.296) (32.887.761) Pagamento/ recebimento do imposto sobre o rendimento (399.816) (334.863)Outros recebimentos/ pagamentos 24.719.944 28.371.226
Fluxos de caixa líquidos das atividades operacionais (16.612.168) (4.851.398) Fluxos de caixa das actividadades de investimento Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis (3.248.355) (2.817.577) Ativos intangíveis (12.097) (285.017) Outros ativos - (1.442.351) Recebimentos provenientes de: Juros e rendimentos similares 1.148.315 23.892 Fluxos de caixa líquidos das atividades de investimento (2.112.136) (4.521.053) Fluxos de caixa das atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Empréstimos obtidos 50.535.676 37.370.362 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos obtidos (27.914.297) (2.992.642) Amortização de locações financeiras (5.465.798) (5.428.487) Juros e gastos e similares (9.558.881) (7.875.768) Fluxos de caixa líquidos das atividades de financiamento 7.596.700 21.073.465 Variação de caixa e seus equivalentes (11.127.605) 11.701.014 Efeitos das diferenças de câmbio 260.092 (722.591)Caixa e seus equivalentes no início do exercício 14 17.803.787 6.825.364 Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 14 6.936.274 17.803.787
100 101Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Anexo às demonstrações financeiras
1. INTRODUçãO O Grupo SATA (“Grupo” ou “SATA”) é constituído pela SATA - Sociedade de Transportes Aéreos, SGPS, S.A. e suas subsi-diárias, tendo sido constituída, em 7 de abril de 2006, pelo Decreto Legislativo Regional nº 23/2005/A, no qual o seu capital, no montante de 18.000.000 Euros, seria subscrito e realizado através da entrada de ativos, nomeadamente, da participação financeira que a Região Autónoma dos Açores detinha na SATA Air Açores – Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. (“SATA Air Açores”). O valor atribuído a esta participação, reportado à data de 1 de janeiro de 2006, ascendeu a 21.315.342 Euros, tendo o montante em excesso sobre o capital subscrito, no montante de 3.315.342 Euros sido contabilizado como prémio de emissão de ações.
O Grupo rege-se por aquele diploma, pelos seus estatutos e, em tudo o que neles não estiver previsto, pelas normas aplicáveis às Empresas públicas e às sociedades gestoras de participações sociais.
O Grupo detém, presentemente, as áreas de negócio relacionadas com o transporte aéreo regular dentro e fora do Arquipélago dos Açores, com a exploração de atividades relacionadas com viagens e turismo, com a manutenção de aeronaves, com a assistência em escala ou handling e com a gestão de infra-estruturas aeroportuárias.
A atividade de transporte aéreo regular dentro do Arquipélago dos Açores é realizado pela SATA Air Açores – Socie-dade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A. (“SATA Air Açores) e encontra-se, desde 1996, regulada pelo disposto no contrato de prestação de serviço público celebrado em 24 de maio de 1996 entre a SATA e a Região Autónoma dos Açores, ao abrigo do estabelecido no nº 2 do Artigo 19º dos Estatutos da SATA, aprovados pelo Decreto-Legislativo Regional nº 2/88/A, de 5 de fevereiro e do disposto na Resolução nº 86/96, de 23 de maio. Em 2006 foi aberto um concurso público para exploração das rotas no arquipélago dos Açores, tendo a subsidiária SATA Air Açores ganho o concurso para o período de 1 de abril de 2006 a 31 de maio de 2009. Em 7 de setembro de 2009 a subsidiária SATA Air Açores renovou o contrato de concessão dos serviços aéreos regulares no interior da Região Autónoma dos Aço-res, por um prazo de cinco anos a contar daquela data.
Adicionalmente, em 24 de setembro de 2014 foi assinado um contrato de ajuste direto para o período de 1 de outu-bro de 2014 a 31 de março de 2015.
Em 14 de agosto de 2007 a SATA Air Açores celebrou com o Estado Português o contrato de concessão de serviços aéreos regulares para a rota Funchal e o Porto Santo, com duração de 3 anos a contar daquela data, tendo a data limite de 13 de agosto de 2010, tendo subsequentemente celebrado novos contratos de exploração, o último dos quais em 31 de dezembro de 2010 para o triénio de 1 de janeiro de 2011 até 31 de dezembro de 2013, após o qual, a SATA não procedeu à renovação do contrato com o Estado Português para esta rota.
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a SATA Air Açores operava com seis aeronaves: (i) dois aviões Bombardier Q 200, a operar na SATA desde Julho de 2009; e (ii) quatro aviões Bombardier Q 400, a operar desde março de 2010. Todas as aeronaves foram adquiridas em regime de locação financeira.
A atividade de transporte aéreo regular fora do Arquipélago dos Açores é realizada pela subsidiária SATA Internacio-nal – Serviços e Transportes Aéreos, S.A. (“SATA Internacional”) que desde 1 de janeiro de 1999 tem vindo a explorar as rotas de serviço público entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira, em regime de code-share com a TAP. O direito à exploração da rota de serviços público entre a Região Autónoma dos Açores e a Região Autónoma da Madeira cessou em 31 de dezembro de 2013. Adicionalmente, as rotas entre o Continente-Ponta Delgada e o Continente-Terceira foram iberizadas com referência a 29 de março de 2015. Em 31 de dezembro de 2014, a subsidiária operava com: (i) três aviões Airbus A310-304, dois dos quais são proprie-
dade da subsidiária e um em regime de locação operacional; (ii) um avião Airbus A310-325 em regime de locação financeira; e (iii) mais quatro aviões Airbus A320 em regime de locação operacional.
A subsidiária SATA - Gestão de Aeródromos, S.A. (“SATA Aeródromos”) tem como objeto social a exploração em regime de concessão, do direito de promover e executar o planeamento e a exploração do serviço público de apoio à avalia-ção nos aeródromos do Corvo, Graciosa, Pico e São Jorge e na Aerogare das Flores. O Governo Regional dos Açores, em resultado de concurso público, atribuiu a concessão de serviços públicos aeroportuários de apoio à aviação civil, por um período de 10 anos através de contrato assinado em 1 de julho de 2005.
As subsidiárias SATA Express (“SATA Canadá”) e Azores Express (“SATA USA”) são representantes comerciais criados com o objetivo de comercialização de voos entre os Açores e o Canadá e os Açores e os EUA, respetivamente.
As demonstrações financeiras consolidadas anexas são apresentadas em Euros, e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 21 de abril de 2015. Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assem-bleia Geral de Acionistas nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal.
O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras consolidadas refletem de forma verda-deira e apropriada as operações do Grupo, bem como a sua posição e desempenho financeiro e fluxos de caixa.
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAçãO DAS DEMONSTRAçõES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
2.1 Bases de Preparação
Estas demonstrações financeiras constituem as primeiras demonstrações financeiras consolidadas preparadas pelo Grupo de acordo com as IFRS adotadas pela União Europeia (“IFRS”), emitidas e em vigor ou emitidas e adotadas antecipadamente à data de 31 de dezembro de 2014, e de acordo com a IFRS 1 – Adoção pela primeira vez das IFRS, tendo a SATA preparado a sua Demonstração da posição financeira de abertura na data de transição, a 1 de janei-ro de 2013. As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo até 31 de dezembro de 2013 foram preparadas de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal àquela data (Sistema de Normalização Contabilística “SNC”). No processo de transição das normas contabilísticas anteriormente adotadas para as IFRS, o Conselho de Administração alterou alguns dos critérios de contabilização e valorização aplicados nas demonstrações financeiras consolidadas de 2013, de modo a que os mesmos se apresentem em conformidade com as IFRS. Desta forma, os valores comparativos relativos ao exercício de 2013 foram re-expressos para refletir estes ajustamentos. A reconciliação e descrição dos impactos da transição do normativo anterior para as IFRS no Capital próprio, Resultado do exercício e Fluxos de caixa são apresentados na Nota 2.2.
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, a SATA seguiu a convenção do custo histórico, modifi-cada, quando aplicável, pela mensuração ao justo valor de instrumentos financeiros derivados e os programas de fidelização de clientes.
As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foram preparadas no pressuposto da continuidade das ope-rações, a qual se encontra dependente do apoio financeiro do acionista, da rentabilidade futura das operações, do recebimento da dívida das entidades estatais e da reestruturação financeira dos passivos remunerados.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de estimativas, pressu-postos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adotar pelo Grupo, com impacto significativo no valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte.
Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência do Conselho de Administração e nas suas me-lhores expectativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressu-postos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras, são apresentadas na Nota 5.
Normas, alterações a normas existentes e interpretações que já foram publicadas e cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015, ou em data posterior, caso não tenham sido adota-das antecipadamente:
102 103Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Descrição Alteração Data efetivaNormas efetivas, em ou após 1 de Julho de 2014, ainda não endossa-das pela EU· IAS 1 – Apresentação das demons-trações financeiras
Revisão das divulgações 1 de janeiro de 2016
· IAS 16 e IAS 38 – Métodos de cálculo de amortização / depreciação
Os métodos de depreciação /amortização baseados no rendimento por regra, não são permitidos na mensuração do consumo dos benefícios económicos dos ativos tangíveis e intangíveis.
1 de janeiro de 2016
· IAS 16 e IAS 41 – Agricultura: Plan-tas que produzem ativos biológicos consumíveis
Plantas que apenas produzem ativos biológicos consumíveis, são incluídas no âmbito da IAS 16 e mensuradas pelo modelo do custo ou pelo modelo da revalorização.
1 de janeiro de 2016
· IAS 19 – Benefícios dos empregados Contabilização das contribuições de empregado ou outras entidades
1 de julho de 2014
· IAS 27 – Demonstrações financeiras separadas
Opção de mensurar pelo método da equivalência patrimonial o investimento em subsidiárias, empre-endimentos conjuntos e associadas (Demonstra-ções financeiras separadas).
1 de janeiro de 2016
· Alterações IFRS 10 e IAS 28: venda e contribuição de ativos para associa-da ou empreendimento conjunto
Ganho/ perda na venda ou contribuição de ativos para uma associada ou empreendimento conjunto, baseado na definição de “negócio”.
1 de janeiro de 2016
· Alterações IFRS 10, 12 e IAS 28: aplicação da isenção de consolidar
Isenção de consolidar aplicada às entidades de in-vestimento, extensível a uma empresa-mãe que não qualifica como Entidade de investimento mas é uma subsidiária de uma entidade de investimento.
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Nova interpretação – Contabilização de passivos por taxas e impostos
17 de junho de 2014
O Grupo não concluiu, ainda, o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e resultados.
2.2 Adoção pela primeira vez das IFRS
A SATA adotou as IFRS, emitidas e em vigor ou emitidas e adotadas antecipadamente à data de 31 de dezembro de 2014, tendo aplicado estas normas retrospetivamente para todos os períodos apresentados. A data de transição é 1
de janeiro de 2013, e o Grupo preparou o seu relato financeiro de abertura a essa data, considerando as isenções e exclusões a outras normas existentes, permitidas pela IFRS 1.
A IFRS 1 permite isenções, em especial no que se refere à aplicação retrospetiva, relativamente ao tratamento preco-nizado por outras normas das IFRS, tendo o Grupo optado na data da transição pela isenção da valorização dos ativos fixos tangíveis, pelo que na data da transição para as IFRS o Grupo considerou como ‘custo considerado dos ativos tangíveis’: (a) o justo valor determinado à data da transição para a frota aérea; e (b) o valor resultante de reavalia-ções efetuadas com base em diplomas legais, em datas anteriores a 1 de janeiro de 2013, para os restantes ativos. Relativamente aos ativos não revalorizados, os critérios de reconhecimento, valorização e depreciação adotados no normativo contabilístico anterior são equiparáveis aos do modelo do custo histórico nas IFRS, pelo que não foram sujeitos a ajustamento.
Reconciliação das alterações registadas na transição para as IFRS
Em 31 de dezembro de 2013 e 1 de janeiro de 2013, a adoção de princípios e políticas contabilísticas de acordo com as IFRS teve o seguinte efeito nos capitais próprios do Grupo:
Capital Próprio Resultado do
exercício de 2013 (data do último
reporte em SNC)
Ajust.
Em 31.12.13 (data do último
reporte em SNC)
Em 01.01.13 (data de
transição) Demonstrações financeiras SNC 9.042.873 27.089.688 (15.758.284) Revalorização da frota aérea 1) (7.769.006) 1.502.835 (451.718)Benefícios pós-emprego (vesting period) 1) (1.045.614) (1.219.907) 174.293 Subsídios 1) (50.376) (62.997) - Contas a receber 2) (2.077.219) (2.077.219) - Benefícios pós-emprego (mensuração) 2) (3.960.116) (1.598.075) (513.865)Documentos pendentes de voo e taxas 2) (5.962.650) - (5.962.650)Outras provisões 2) 3.735.297 7.235.297 (3.500.000)Programa SATA Imagine 2) (2.535.585) (2.240.806) (294.779)Imposto diferido - prejuízos fiscais 2) (8.584.085) (3.651.794) (4.932.291)Imposto diferido - revalorização 1) - (1.716.785) (38.420)Imposto diferido - ajustamentos 2) (163.363) (1.080.086) 916.723 Total dos ajustamentos (28.412.717) (4.909.537) (14.602.707) Demonstrações financeiras IFRS (19.369.844) 22.180.151 (30.360.991)
Os ajustamentos acima referidos na reconciliação do capital próprio e do resultado líquido resultam das diferenças quantitativas identificadas entre o normativo SNC e as IFRS, e resumem-se como se segue:
1) Ajustamentos de transição
a. Revalorização da frota aérea - No âmbito da transição para as IFRS, a SATA apurou o justo valor da frota aérea na data da transição, com base numa avaliação externa independente, que considerou como custo considerado.
b. Benefícios pós-emprego (vesting period) – O custo diferido existente no anterior normativo decorrente do diferimento pelo período remanescente da vida laboral dos empregados relativo a responsabilidades não cobertas pelo Fundo de Pensões e pela provisão constituída, é considerado pelo IAS 19 revised como past service costs, e como tal reconhecida diretamente em resultados no momento em que se verifica, pelo que o referido ativo foi desre-conhecido na data da transição.
c. Subsídios – Na sequência do preconizado pelo IAS 20 - Contabilização dos Subsídios Governamentais e
104 105Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Divulgação de Apoios Governamentais, os subsídios ao investimento obtidos passaram a ser apresentados como Rendimentos diferidos ou, em alternativa, deduzidos ao montante do ativo a que respeita, pelo que os montantes de subsídios reconhecidos nos capitais próprios na data de transição foram reclassificados para Outras contas a pagar.
2) Correção de erros
O Conselho de Administração procedeu igualmente à correção de erros relativamente a:
a. Contas a receber – foram desreconhecidos saldos de contas a receber que não qualificam enquanto ativo;
b. Benefícios pós-emprego (mensuração) – a valorização da responsabilidade com benefícios pós-emprego foi reavaliada de acordo com os requisitos previstos no IAS 19, nomeadamente as taxas de desconto consideradas para efeitos de avaliação atuarial;
c. Documentos pendentes de voo e taxas – o rédito decorrente da venda de bilhetes deverá ser registado aquando a realização do voo, tendo sido retificado saldo dos documentos pendentes de voo e respetivas taxas;
d. Outras provisões – foram desreconhecidas provisões que não qualificam como tal, de acordo com a IAS 37, nomeadamente no que se refere à existência de uma obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um acontecimento passado e à probabilidade de ocorrência;
e. Programa SATA Imagine - o programa SATA Imagine foi analisado ao abrigo do IFRIC 13, pelo que as milhas disponíveis para uso nos cartões dos passageiros aderentes ao programa SATA Imagine foram mensuradas ao seu justo valor e reconhecidas na demonstração da posição financeira consolidada enquanto rendimentos diferidos, sen-do o respetivo rédito reconhecido no momento da redenção das referidas milhas pelo passageiro ou, no limite, quando estas expiram;
f. Imposto diferido - prejuízos fiscais - de acordo com a IAS 12 foram desreconhecidos os ativos por impostos diferidos que não se consideram recuperáveis;
g. Imposto diferido – ajustamentos – decorrente dos ajustamentos 2)d. e 2)e. acima, foram igualmente ajusta-dos os efeitos de imposto associados.
Alterações à Demonstração dos fluxos de caixa consolidados
As alterações à demonstração dos fluxos de caixa consolidados não foram consideradas significativas para divulga-ção.
3. Principais políticas contabilísticas
As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas são as que abaixo se descrevem. Estas políticas foram consistentemente aplicadas a todos os exercícios apresentados, salvo indicação contrária.
3.1 Consolidação
Subsidiárias são todas as entidades (incluindo as entidades estruturadas) sobre as quais o Grupo tem controlo. O Grupo controla uma entidade quando está exposto a, ou tem direitos sobre os retornos variáveis do seu envolvimen-to com a Entidade, e tem a capacidade de afetar esses retornos através do seu poder exercido sobre a Entidade. As subsidiárias são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da conso-lidação a partir da data em que esse controlo cessa. As entidades que se qualificam como subsidiárias encontram-se listadas na Nota 36.
A aquisição de subsidiárias é registada pelo método de compra. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos ou assumidos na data de aquisição. Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial, são mensurados inicialmente ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição relativamente ao justo valor da participação do Grupo nos ativos
identificáveis adquiridos é registado como goodwill. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida, a diferença é reconhecida diretamente na demonstração do rendimento integral consolidado.
Os custos diretamente atribuíveis à aquisição são registados diretamente em resultados do exercício.
Quando à data de aquisição do controlo o Grupo já detém uma participação adquirida previamente, o justo valor dessa participação concorre para a determinação do goodwill ou badwill.
Quando a aquisição do controlo é efetuada em percentagem inferior a 100%, na aplicação do método da compra, os interesses não controlados podem ser mensurados ao justo valor, ou na proporção do justo valor dos ativos e passivos adquiridos, sendo essa opção definida em cada transação.
Transações subsequentes de alienação ou aquisição de participações a interesses não controlados, que não implicam alteração do controlo, não resultam no reconhecimento de ganhos, perdas ou goodwill, sendo qualquer diferença apu-rada entre o valor da transação e o valor contabilístico da participação transacionada, reconhecida no capital próprio.
Transações, saldos e ganhos não realizados em transações com empresas do grupo são eliminados. Perdas não reali-zadas são também eliminadas, mas consideradas como um indicador de imparidade para o ativo transferido.
As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir, que as mesmas são aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo.
3.2 Conversão cambial
i) Moeda funcional e de apresentação
Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.
ii) Transações e saldos
As transações em moedas diferentes do euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do relato financeiro, dos ativos e dos passivos monetários denomina-dos em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na rubrica de resultados financeiros líquidos, se relacionadas com empréstimos ou em outros ganhos ou perdas operacionais, para todos os outros saldos/transações.
iii) Empresas do Grupo
Os resultados e a posição financeira de todas as entidades do Grupo, que possuam uma moeda funcional diferente da sua moeda de relato, são convertidos para a moeda de relato como segue:
(i) Os ativos e passivos de cada posição financeira são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data das de-monstrações financeiras consolidadas. As diferenças de câmbio, resultantes desta conversão, são reconhecidas como componente separada no capital próprio, na rubrica “Reservas de conversão cambial”.
(ii) Os rendimentos e os gastos de cada demonstração dos resultados são convertidos pela taxa de câmbio média do exercício de reporte, a não ser que a taxa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas em vigor nas datas das transações. Neste caso, os rendimentos e os gastos são convertidos pelas taxas de câmbio em vigor nas datas das transações.
iv) Cotações utilizadas
As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue:
106 107Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Câmbio final do exercício Câmbio médio do exercício
Moeda 2014 2013 2014 2013
USD 0,8226 0,7259 0,7534 0,7531 GBP 1,2804 1,1992 1,2405 1,1774 CAD 0,7091 0,6819 0,6812 0,7314 BRL 0,3095 0,3073 0,3204 0,3484
3.3 Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se valorizados ao custo deduzido das depreciações acumuladas e eventuais perdas por imparidade. Este custo inclui: (a) o “custo considerado” determinado à data de transição para IFRS, que no caso da frota aérea foram mensurados ao justo valor e todos os restantes ativos foram mensurados pelo valor líquido transitado do normativo anterior, incluindo reavaliações legais; e (b) o custo de aquisição dos ativos adquiridos ou construídos após essa data.
O custo de aquisição inclui o preço de compra do ativo, as despesas diretamente imputáveis à sua aquisição e os encargos suportados com a preparação do ativo para que este seja colocado na sua condição de utilização. Os custos financeiros incorridos com empréstimos obtidos para a construção de ativos tangíveis são reconhecidos como parte do custo de construção do ativo.
Os custos subsequentes incorridos com renovações e grandes reparações, que se traduzam no aumento da vida útil, ou da capacidade de gerar benefícios económicos dos ativos são reconhecidos como elemento do custo dos respeti-vos ativos, sendo capitalizados enquanto ativos fixos tangíveis.
Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são reconhecidos como um gasto do período em que são incorridos.
Os gastos a suportar com o desmantelamento ou remoção de ativos instalados em propriedade de terceiros são con-siderados como parte do custo inicial dos respetivos ativos, quando constituam montantes significativos.
As vidas úteis estimadas e valores residuais para os ativos fixos tangíveis mais significativos são conforme segue:
AnosFrota Aérea Aviões 18 anosMotores 3 anosHélices 5 anosTrens aterragem 6 anosSobressalentes 6 anos Restantes ativos Edifícios e outras construções 50 anosEquipamento básico Entre 5 a 12 anosEquipamento de transporte Entre 5 a 7 anosFerramentas Entre 5 a 12 anosEquipamento administrativo Entre 4 a 10 anosOutras ativos tangíveis Entre 3 a 20 anos
O valor a alocar a cada componente é estimado com base no custo a incorrer na grande manutenção, sendo a vida útil acima indicada o período estimado que decorre entre cada grande manutenção da referida componente.
Atendendo ao facto que os ativos fixos relacionados com equipamentos de voo se encontram componentizados por grandes classes, quando ocorre uma grande manutenção dos aviões a mesma é registada como ativo fixo tangível e depreciada durante o período estimado até à realização da próxima grande manutenção. No caso de a grande manu-tenção ser antecipada, os valores líquidos contabilísticos da anterior grande manutenção serão desreconhecidos, por contrapartida da demonstração de resultados consolidados do exercício.
O Grupo estima o valor residual dos ativos fixos tangíveis em zero, uma vez que a expectativa da gestão é utilizar os ativos pela totalidade da sua vida económica, com exceção da frota aérea que apresenta um valor residual de 20% e 10% para a frota Bombardier Q200/Q400 e Airbus A310, respetivamente.
Sempre que existam indícios de perda de valor dos ativos fixos tangíveis, são efetuados testes de imparidade, de forma a estimar o valor recuperável do ativo, e quando necessário registar uma perda por imparidade. O valor recupe-rável é determinado como o mais elevado entre o justo valor menos custos de vender, e o valor de uso do ativo, sendo este último calculado com base no valor atual dos fluxos de caixa futuros estimados, decorrentes do uso continuado e da alienação do ativo no final da vida útil definida.
As vidas úteis dos ativos são revistas em cada relato financeiro, para que as depreciações praticadas estejam em conformidade com os padrões de consumo dos ativos. Os terrenos não são depreciados. Alterações às vidas úteis são tratadas como uma alteração de estimativa contabilística e são aplicadas prospectivamente.
Os ganhos ou perdas na alienação dos ativos são determinados pela diferença entre o valor de realização e o valor contabilístico do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do rendimento integral consolidado.
3.4 Ativos Intangíveis
Os ativos intangíveis apenas são reconhecidos quando: i) sejam identificáveis; ii) seja provável que dos mesmos ad-venham benefícios económicos futuros; e iii) o seu custo possa ser mensurado com fiabilidade.
Quando adquiridos individualmente os ativos intangíveis são reconhecidos ao custo, o qual compreende: i) o preço de compra, incluindo custos com direitos intelectuais e taxas após a dedução de quaisquer descontos; e ii) qualquer custo diretamente atribuível à preparação do ativo, para o seu uso pretendido.
O Grupo tem registado como ativos intangíveis essencialmente programas de computador – referem-se aos valores despendidos na aquisição de direitos sobre aplicações informáticas e dos custos de parametrização incorridos, para apoio à atividade desenvolvida. São também capitalizados como ativo intangível os upgrades efetuados às aplicações ou a introdução de novas funcionalidades, na medida em que estas inovações incorporem benefícios económicos fu-turos para os ativos beneficiados. As licenças de utilização e manutenção são reconhecidas como custo na Demons-tração dos resultados consolidados, pró-rata do período a que se referem.
A SATA determina a vida útil e o método de amortização dos ativos intangíveis com base na estimativa de consumo dos benefícios económicos associados ao ativo.
3.5 Imparidade de ativos não financeiros
Os ativos com vida útil indefinida não estão sujeitos a amortização, sendo objeto de testes de imparidade anuais. O Grupo realiza os testes de imparidade no final de cada ano e sempre que eventos ou alterações nas condições envol-ventes indiquem que o valor pelo qual se encontram registados nas demonstrações financeiras não seja recuperável.
Quando o valor recuperável é inferior ao valor contabilístico dos ativos, é registada a respetiva imparidade.
Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia contabilística do ativo face ao seu valor recuperável, sendo o valor recuperável, o maior entre o justo valor de um ativo deduzido dos custos de venda e o seu valor de uso. Para a determinação da existência de imparidade, os ativos são alocados ao nível mais baixo para o qual existem fluxos de caixa separados identificáveis (unidades geradoras de caixa).
Os ativos não financeiros para os quais tenham sido reconhecidas perdas por imparidade, são avaliados a cada data de relato, sobre a possível reversão das perdas por imparidade.
108 109Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Quando há lugar ao registo de uma perda por imparidade ou à sua reversão, a depreciação/amortização dos respeti-vos ativos são recalculadas prospectivamente de acordo com o valor recuperável ajustado da imparidade reconhecida. 3.6 Ativos financeiros
O Conselho de Administração determina a classificação dos ativos financeiros, na data do reconhecimento inicial, de acordo com o objetivo da sua aquisição, reavaliando esta classificação a cada data de relato.
Os ativos financeiros podem ser classificados como:
i) Ativos financeiros ao justo valor por via de resultados - incluem os ativos financeiros não derivados detidos para negociação respeitando a investimentos de curto prazo e ativos ao justo valor por via de resultados à data do reconhecimento inicial;
ii) Empréstimos concedidos e contas a receber – inclui os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis não cotados num mercado ativo;
iii) Investimentos detidos até à maturidade – incluem os ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas, que a entidade tem intenção e capacidade de manter até à maturidade;
iv) Ativos financeiros disponíveis para venda – incluem os ativos financeiros não derivados que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou não se enquadram nas categorias acima referidas. São reconhecidos como ativos não correntes exceto se houver intenção de os alienar nos 12 meses seguin-tes à data do relato financeiro.
Compras e vendas de investimentos em ativos financeiros são registadas na data da transação, ou seja, na data em que o Grupo se compromete a comprar ou a vender o ativo.
Ativos financeiros ao justo valor por via de resultados são reconhecidos inicialmente pelo justo valor, sendo os custos da transação reconhecidos em resultados. Estes ativos são mensurados subsequentemente ao justo valor, sendo os ganhos e perdas resultantes da alteração do justo valor, reconhecidos nos resultados do período em que ocorrem na rubrica de custos financeiros líquidos, onde se incluem também os montantes de rendimentos de juros e dividendos obtidos.
Ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos inicialmente ao justo valor acrescido dos custos de tran-sação. Nos períodos subsequentes, são mensurados ao justo valor sendo a variação do justo valor reconhecida na reserva de justo valor no capital. Os dividendos e juros obtidos dos ativos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos em resultados do período em que ocorrem, na rubrica de outros ganhos operacionais, quando o direito ao recebimento é estabelecido.
Empréstimos concedidos e contas a receber são classificados na demonstração da posição financeira consolidada como “Clientes” e “Outras contas a receber” (Notas 11 e 13), e são reconhecidos ao custo amortizado usando a taxa de juro efetiva, deduzidos de qualquer perda de imparidade. O ajustamento por imparidade das contas a receber é efetuado quando existe evidência objetiva de que o Grupo não irá receber os montantes em dívida de acordo com as condições iniciais das transações que lhe deram origem.
O Grupo avalia a cada data de relato, se existe evidência objetiva de que os ativos financeiros sofreram perda de valor.
No caso de instrumentos de dívida classificados como ativos financeiros disponíveis para venda, caso exista evidên-cia objetiva de imparidade (diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, deduzida de perdas de imparida-de sobre esse ativo, previamente reconhecidas em resultados do exercício), as perdas de imparidade acumuladas são reclassificadas de capitais próprios para a demonstração dos resultados consolidados. Em exercícios subsequentes, caso o justo valor destes instrumentos aumente, e esse aumento possa ser objetivamente atribuído a um evento que ocorre após a contabilização das perdas de imparidade em resultados, a perda de imparidade é revertida através da demonstração dos resultados consolidados.
No caso de instrumentos de capital próprio classificados como ativos financeiros disponíveis para venda, um decrés-cimo significativo ou prolongado de justo valor abaixo do seu custo é evidência de que os ativos estão em impari-
dade. Caso tal evidência se verifique (diferença entre o custo de aquisição e o justo valor atual, deduzida de perdas de imparidade sobre esse ativo, previamente reconhecidas em resultados do exercício), as perdas de imparidade acumuladas são reclassificadas de capitais próprios para a demonstração dos resultados consolidados. As perdas de imparidade de instrumentos de capital próprio reconhecidas em resultados do exercício não são revertidas através da demonstração dos resultados consolidados.
Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e benefícios associados à sua posse.
3.7 Justo valor de ativos e passivos
Na determinação do justo valor de um ativo ou passivo, se existir um mercado ativo, a cotação de mercado é aplicada. Este constitui o nível 1 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
No caso de não existir um mercado ativo, o que é o caso para alguns ativos e passivos financeiros, são utilizadas téc-nicas de valorização geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado. Este constitui o nível 2 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
O Grupo aplica técnicas de valorização para os instrumentos financeiros não cotados, tais como, derivados e pro-gramas de fidelização. Os modelos de valorização que são utilizados mais frequentemente são modelos de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções que incorporam, por exemplo, as curvas de taxa de juro e volatilidade de mercado.
Para alguns tipos de derivados mais complexos, são utilizados modelos de valorização mais avançados contendo pressupostos e dados que não são diretamente observáveis em mercado, para os quais o Grupo utiliza estimativas e pressupostos internos. Este constitui o nível 3 da hierarquia do justo valor conforme definido na IFRS 13.
3.8 Inventários
Os inventários são reconhecidos inicialmente ao custo de aquisição, o qual inclui todas as despesas diretas suporta-das com a compra. Subsequentemente, os inventários são valorizados ao menor valor entre o custo de aquisição e o valor líquido de realização.
O custo de aquisição refere-se a todos os custos de compra e outros custos diretos incorridos para colocar os inven-tários no seu local e na sua condição atual. Por outro lado, o valor realizável líquido é o preço de venda estimado no decurso ordinário da atividade empresarial menos os custos estimados de acabamento e os custos estimados neces-sários para efetuar a venda.
Os inventários incluem também materiais, matérias-primas e de consumo inicialmente mensurado pelo preço de com-pra adicionado das despesas diretamente relacionadas com a aquisição.
O método de custeio utilizado para o registo do consumo dos inventários em geral é o custo médio ponderado.
3.9 Clientes e Outras contas a receber
As rubricas de Clientes e Outras contas a receber são reconhecidas inicialmente ao justo valor, sendo subsequen-temente mensuradas ao custo amortizado, deduzido de ajustamentos por imparidade (se aplicável). As perdas por imparidade dos clientes e contas a receber são registadas, sempre que exista evidência objetiva de que os mesmos não são recuperáveis conforme os termos iniciais da transação. As perdas por imparidade identificadas são regista-das na demonstração dos resultados consolidados, em “Imparidade de contas a receber”, sendo subsequentemente revertidas por resultados, caso os indicadores de imparidade diminuam ou deixem de existir.
3.10 Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo, de liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses, que podem ser imediatamente convertidos em caixa, estando sujei-tos a um risco insignificante de variação de valor.
110 111Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Os descobertos bancários são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada, no passivo corrente, na rubrica “Empréstimos obtidos”, e são considerados na elaboração das demonstrações dos fluxos de caixa consoli-dados, como caixa e equivalentes de caixa. 3.11 Capital social
As ações ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao montante resultante da emissão.
3.12 Passivos financeiros
Os passivos financeiros são classificados em duas categorias:
i) Passivos financeiros ao justo valor por via de resultados;ii) Outros passivos financeiros
Os Outros passivos financeiros incluem os “Empréstimos obtidos” (Nota 3.14), “Fornecedores” e “Outras contas a pa-gar”. Os passivos classificados como “Fornecedores” e “Outras contas a pagar” são reconhecidos inicialmente ao justo valor e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado de acordo com a taxa de juro efetiva.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo pagamento, são canceladas ou expiram.
Instrumentos financeiros derivados
Os instrumentos financeiros derivados são registados inicialmente ao justo valor da data da transação sendo valori-zados subsequentemente ao justo valor em cada data de relato. O método do reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da designação que é feita dos instrumentos financeiros derivados. Quando se tratem de instrumentos financeiros derivados de negociação, os ganhos e perdas de justo valor são reconhecidos no resultado do período nas rubricas de gastos ou ganhos financeiros. Quando designados como instrumentos financeiros deriva-dos de cobertura, o reconhecimento dos ganhos e perdas de justo valor depende da natureza do item que está a ser coberto, podendo tratar-se de uma cobertura de justo valor, ou de uma cobertura de fluxos de caixa.
Numa operação de cobertura de justo valor de um ativo ou passivo (fair value hedge), o valor desse ativo ou passivo, determinado com base na respetiva política contabilística, é ajustado de forma a refletir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos ativos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.
Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (cash flow hedge), a parte eficaz das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, no capital próprio, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o respetivo item coberto afeta resultados. A parte ineficaz da cobertura é registada em resultados no momento em que ocorre. 3.13 Compensação de instrumentos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são compensados, sendo os seus valores líquidos reportados na demonstração da posição financeira consolidada apenas quando existe um direito legalmente exercível para compensar os referidos valores, e quando existe uma intenção para liquidar numa base líquida, ou quando o ativo seja realizado simultanea-mente com a liquidação do passivo. O direito legal de compensar existe quando seja exercível a todo o momento no decurso normal da atividade, não sendo contingente à ocorrência de eventos futuros ou de casos de default, insol-vência ou falência da entidade.
3.14 Empréstimos obtidos
Os Empréstimos obtidos são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido dos custos de transação incorridos. Os empréstimos são subsequentemente mensurados ao custo amortizado sendo a diferença entre o valor nominal e o justo valor inicial reconhecida na demonstração dos resultados consolidados ao longo do período do empréstimo,
utilizando o método da taxa de juro efetiva.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir o pagamento do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro, sendo neste caso classi-ficados no passivo não corrente.
Os encargos financeiros, relacionados com empréstimos, são, geralmente, reconhecidos como gastos financeiros, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.
Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvolvimento exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.
A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvi-mento do ativo e é interrompida após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída.
3.15 Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados consolidados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente no capital próprio.
O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras fiscais em vigor. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte da administração fiscal durante um período de 4 anos.
Impostos diferidos
Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo com base na demonstração da posição finan-ceira consolidada, considerando as diferenças temporárias resultantes da diferença entre a base fiscal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações financeiras.
Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já oficialmente comunicada à data do relato financeiro, e que se estima que seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos passivos. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis fu-turos disponíveis para a utilização da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill; ou ii) o reconhecimento inicial de ativos e passivos, que não resultem de uma concentração de atividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. Contudo, no que se refere às diferenças temporárias tributáveis relacionadas com investimentos em subsidiárias, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa mãe tem capacidade para controlar o período da reversão da diferença temporária; e ii) é provável que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.
3.16 Benefícios aos empregados
O Grupo concede complementos de pensões de reforma (doravante designado por plano de pensões).
› Plano de Pensões
Nos termos do Acordo de Empresa em vigor, a subsidiária SATA Air Açores assumiu responsabilidades pelo pagamento aos empregados que foram admitidos até 31 de dezembro de 2003, de complementos das pensões de reforma pagas pela Segurança Social.
Os complementos de reforma atribuídos aos empregados, constituem um plano de benefícios definidos, com fundo autónomo constituído para o qual são transferidas a totalidade das responsabilidades e entregues as dotações ne-
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cessárias para cobrir os respetivos encargos que se vão vencendo em cada um dos períodos.
As responsabilidades com o pagamento das referidas prestações, são estimadas anualmente por atuários indepen-dentes, sendo utilizado o método do crédito da unidade projetada. O valor presente da obrigação do benefício defi-nido é determinado pelo desconto dos pagamentos futuros dos benefícios, utilizando a taxa de juro de obrigações de “rating” elevado denominadas na mesma moeda em que os benefícios serão pagos, e com uma maturidade que se aproxima da maturidade da responsabilidade assumida.
O passivo reconhecido na demonstração da posição financeira consolidada relativamente a responsabilidades com benefícios de reforma, corresponde ao valor presente da obrigação do benefício determinado à data de relato finan-ceiro, deduzido do justo valor dos ativos do plano.
As remensurações resultam de ajustamentos de experiência e alterações nos pressupostos financeiros e demográ-ficos. A SATA reconhece todas as remensurações apuradas, de todos os planos em vigor, diretamente nos capitais próprios, conforme demonstração das alterações dos capitais próprios consolidados.
Os custos de serviços passados são reconhecidos de imediato nos resultados do exercício.
› Planos de contribuição definida
O plano de contribuição definida é atribuído aos pilotos ativos admitidos após 31 de dezembro de 2003 no caso da subsidiária SATA Air Açores e para a totalidade dos pilotos no caso da subsidiária SATA Internacional, e prevê uma contribuição base de 6% por parte do Grupo e 1,5% por parte do colaborador. O plano de contribuição definida é gerido pelo BPI Pensões.
Adicionalmente, os pilotos admitidos até 31 de dezembro de 2008, beneficiam ainda do Prémio de Jubilação, que prevê uma contribuição base de 2,5% da remuneração de base mensal.
As contribuições efetuadas são registadas como gasto com o pessoal na demonstração dos resultados consolidados. › Benefícios de cessação de emprego
Os benefícios de cessação de emprego são reconhecidos quando o Grupo cessa o emprego antes da data normal de reforma, ou quando um empregado aceita a cessação de emprego em troca destes benefícios. O Grupo reconhece a responsabilidade com benefícios de cessação de emprego na mais antiga das seguintes datas: na qual o Grupo deixa de poder retirar a oferta dos benefícios; ou na qual a SATA reconhece os gastos de uma reestruturação, no âmbito do registo das provisões. Os benefícios devidos a mais de 12 meses após o final do período de reporte, caso existam, são descontados para o seu valor presente.
3.17 Provisões
As provisões são reconhecidas quando a SATA tem: i) uma obrigação presente legal, contratual ou construtiva resul-tante de eventos passados; ii) para a qual é mais provável de que não que seja necessário um dispêndio de recursos internos no pagamento dessa obrigação; e iii) o montante possa ser estimado com razoabilidade. Sempre que um dos critérios não seja cumprido ou a existência da obrigação esteja condicionada à ocorrência (ou não ocorrência) de determinado evento futuro, o Grupo divulga tal facto como um passivo contingente, salvo se a avaliação da exigibili-dade da saída de recursos para o pagamento da mesma seja considerada remota.
As provisões são mensuradas ao valor presente dos custos estimados para pagar a obrigação utilizando uma taxa de juro antes de impostos, que reflete a avaliação de mercado para o período do desconto e para o risco da provisão em causa.
Os passivos contingentes, em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas são divulgados no anexo quando é
provável a existência de um benefício económico futuro.
Processos judiciais
As provisões relacionadas com processos judiciais, opondo a SATA a entidades terceiras, são constituídas de acordo com as avaliações internas de risco efetuadas pela Gestão, com o apoio e aconselhamento dos seus consultores legais.
3.18 Subsídios e apoios do Governo
A SATA reconhece os subsídios do Estado Português, da União Europeia ou organismos equiparados (“Governo”) pelo seu justo valor, quando existe uma certeza razoável de que o subsídio será recebido.
Os subsídios não reembolsáveis obtidos pelo investimento em ativos fixos tangíveis e ativos intangíveis, caso exis-tam, são reconhecidos como passivos, enquanto diferimentos por subsídios ao investimento, sendo subsequente-mente creditados na demonstração dos resultados consolidados conjuntamente com os ativos a que estão associa-dos, na rubrica de “Outros rendimentos e ganhos”.
Os subsídios à exploração são reconhecidos como rendimentos na demonstração dos resultados consolidados no mesmo período em que os custos associados são incorridos e/ou registados.
Os subsídios obtidos do Governo sob a forma de atribuição de financiamentos reembolsáveis a taxa bonificada, são descontados na data do reconhecimento inicial com base na taxa de juro de mercado à data da atribuição, consti-tuindo o valor do desconto o valor do subsídio a amortizar pelo período do financiamento ou do ativo cuja aquisição pretende financiar, consoante as atividades financiadas.
3.19 Locações
Locações de ativos fixos tangíveis, relativamente às quais a SATA detém substancialmente todos os riscos e benefí-cios inerentes à propriedade do ativo são classificados como locações financeiras. São igualmente classificadas como locações financeiras os acordos em que a análise de uma ou mais situações particulares do contrato aponte para tal natureza. Todas as outras locações são classificadas como locações operacionais.
As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo menor entre o justo valor do ativo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação, cada um determinado à data de início do contrato. A dívida resultante de um contrato de locação financeira é registada líquida de encargos financeiros, na rubrica de “Empréstimos obtidos”. Os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados, são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidados, no período a que dizem respeito. Os ativos fixos tangíveis adquiridos através de locações financeiras são depreciados pelo menor entre o período de vida útil do ativo e o período da locação quando a SATA não tem opção de compra no final do contrato, ou pelo período de vida útil estimado quando o Grupo tem a intenção de adquirir os ativos no final do contrato.
Nas locações operacionais, as rendas a pagar são reconhecidas como gasto na demonstração dos resultados consoli-dados numa base linear, durante o período da locação.
3.20 Gastos e rendimentos
Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os mon-tantes recebidos e pagos e os correspondentes réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qua-lificarem como tal.
3.21 Rédito
O rédito corresponde ao justo valor do montante recebido ou a receber relativo à venda de produtos e/ou serviços no decurso normal da atividade da SATA. O rédito é registado líquido de quaisquer impostos, descontos comerciais e descontos financeiros atribuídos.
114 115Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
O Rédito da venda de bens é reconhecido quando: i) o valor do rédito pode ser estimado com fiabilidade; ii) é provável que benefícios económicos fluam para a SATA; e iii) parte significativa dos riscos e benefícios tenham sido transferi-dos para o comprador.
O Rédito da prestação de serviços é reconhecido de acordo com a percentagem de acabamento ou com base no pe-ríodo do contrato quando a prestação de serviços não esteja associada à execução de atividades específicas, mas à prestação contínua do serviço.
Transporte aéreo
O valor de venda do transporte de passageiros e carga é, no momento da venda, registado como um passivo na ru-brica de documentos pendentes de voo. Quando o transporte é efetuado, o valor de venda é transferido da rubrica de documentos pendentes de voo para receitas do exercício, se prestado pelo Grupo, ou transferido para uma conta a pagar, caso o transporte seja efetuado por outra companhia aérea.
São efetuadas análises periódicas do saldo da rubrica de documentos pendentes de voo, de forma a corrigir os saldos dos bilhetes vendidos a fim de verificar os que já foram voados ou cujos cupões perderam a validade, não podendo, portanto, ser voados ou reembolsados.
Assistência prestada e comissões
O valor da receita de assistência a aviões de outras companhias aéreas é contabilizado como rédito no exercício em que o serviço é prestado. O rédito relativo às comissões obtidas é reconhecido na medida que é adquirido o direito às mesmas.
Programa SATA Imagine
O Grupo segue o procedimento de, em condições definidas e com base nos voos efetuados, atribuir milhas aos clien-tes aderentes ao programa de fidelização SATA Imagine, as quais podem, posteriormente, ser por estes utilizados na realização de voos com condições preferenciais, nomeadamente, tarifas reduzidas. Com base no número de milhas atribuídas e não utilizadas nem caducadas no final de cada exercício, e na valorização unitária atribuída, ao justo valor, o Grupo procede ao diferimento do rédito correspondente à estimativa do valor percecionado pelo cliente na atribuição das milhas.
Compensações financeiras obtidas como contrapartida de serviço público (dentro R.A.A)
As compensações financeiras atribuídas pelo Governo Regional dos Açores como contrapartida do serviço público são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas. Estas compensações são calculadas nos termos previstos e em resultado do concurso público ganho pela SATA Air Açores e apenas são reconhecidas quando existe uma certeza razoável de que o Grupo cumpre com as condições de atribuição das mesmas e de que estas irão ser recebidas.
Compensações financeiras obtidas como contrapartida de serviço público (fora R.A.A)
As compensações financeiras atribuídas pelo Estado Português para contrapartida das obrigações de serviço público são reconhecidas no período em que se origina o direito às mesmas e registadas na rubrica de subsídios à explora-ção. Estas compensações financeiras são calculadas de acordo com os contratos de concessão de serviços aéreos regulares entre Ponta Delgada e Lisboa, entre Ponta Delgada e Porto e entre Ponta Delgada e o Funchal (até 31 de dezembro de 2013), em função do número de passageiros transportados, residentes nas Regiões Autónomas. Estas compensações apenas são reconhecidas quando existe uma certeza razoável de que o Grupo cumpre com as condi-ções de atribuição das mesmas e de que estas irão ser recebidas.
3.22 Concessão de serviço público aeroportuário
Conforme indicado na nota introdutória, o Grupo tem a concessão do serviço público aeroportuário de apoio à avia-ção civil, por um período de 10 anos através de contrato assinado a 1 de julho de 2005, nos aeródromos do Corvo, Graciosa, Pico e S. Jorge e na Aerogare das Flores. Com a celebração do referido contrato de concessão, não foram transferidos os ativos construídos pela concedente (no caso concreto a “Região Autónoma dos Açores”, ou a “R.A.A”)
ao Grupo, ficando este, apenas com a responsabilidade da sua manutenção e exploração, e realização de obras por conta da concedente (as quais apenas são relevadas contabilisticamente, através de uma conta a receber, pois com o termo da concessão, tais obras revertem para a concedente.
O Grupo adota a IFRIC 12- Acordos de Concessão de Serviços (“IFRIC 12”) para a concessão anteriormente referida.
A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente controla (regula):• Osserviçosaseremprestadospelaconcessionária(SATA)medianteautilizaçãodainfra-estrutura,aqueme a que preço; e• Quaisquerinteressesresiduaisnofinaldocontrato.
A IFRIC 12 aplica-se a infra-estruturas:• Construídasouadquiridaspelooperadoraterceiros;e• Jáexistenteseàsquaisédadoacessopelooperador.
Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão atribuída à SATA encontra-se abrangida no âmbito desta IFRIC uma vez que:
i) A concessão é exercida em regime de serviço público, nos aeródromos do Corvo, Graciosa, Pico e S. Jorge e Aerogare das Flores;ii) As receitas da concessionária (taxas) são fixadas pelo membro do Governo Regional (concedente), após despacho favorável do membro do Governo Regional;iii) A extinção da concessão opera a reversão para a concedente de todos os bens do domínio público e dos demais, ainda que custeados pela concessionária, não podendo esta invocar direito de retenção ou reclamar indem-nização; eiv) É da responsabilidade da concessionária os encargos com as obras de conservação/ manutenção/ reparação ordinárias dos edifícios e equipamentos, bem como a aquisição de novos equipamentos e outros meios necessários ao normal funcionamento e desenvolvimento dos aeródromos concessionados.
Atendendo à tipologia da concessão e seu enquadramento legal, foi entendimento do Grupo que o modelo que me-lhor se adequa à sua realidade é o modelo do ativo financeiro, pelo facto do operador (o Grupo), ter direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente, correspondente a montantes específicos ou determináveis, pelo que a SATA regista um ativo financeiro a receber (conta a receber). Através deste modelo, a entidade concedente dispõe de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente vinculativo.
3.23 Demonstração dos fluxos de caixa consolidadas
A demonstração dos fluxos de caixa consolidados é preparada de acordo com o método direto. O Grupo classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa consolidados, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende, também, os descobertos bancários incluídos na demonstração da posição financeira consolidada na rubrica de passivos remunerados.
A demonstração dos fluxos de caixa consolidados encontra-se classificada em atividades operacionais, de investi-mento e de financiamento.
As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.
Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e alienações de investimentos em empresas participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis.
As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a emprésti-mos obtidos, contratos de locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.
3.24 Eventos subsequentes
116 117Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Os eventos ocorridos, após a data da demonstração da posição financeira consolidada, que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam naquela data, são considerados na preparação das demonstrações financeiras do exercício.
Os eventos ocorridos, após a data da demonstração da posição financeira consolidada, que proporcionem informação sobre condições que ocorram após aquela data, são divulgados, se materiais, nas notas às demonstrações financeiras.
4 POLÍTICAS DE GESTãO DO RISCO FINANCEIRO
4.1 Fatores do risco financeiro
As atividades do Grupo estão expostas a uma variedade de fatores de risco financeiro, incluindo os efeitos de alte-rações de preços de mercado: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro, entre outros.
A gestão de risco do Grupo é controlada pelo departamento financeiro de acordo com políticas aprovadas pelo Con-selho de Administração. Nesse sentido, o Conselho de Administração tem definido por escrito os principais princípios de gestão de risco globais e bem assim políticas específicas para algumas áreas, como sejam a cobertura de risco de taxa de câmbio, risco de taxa de juro e risco de crédito.
i. Risco de taxa de câmbio
A atividade operacional do Grupo é desenvolvida maioritariamente na Região Autónoma dos Açores e Portugal Con-tinental, Canadá e Estados Unidos da América, sendo que se encontra exposto ao risco da flutuação das taxas de câmbio, principalmente as exposições denominadas em dólares canadianos e americanos.
A gestão do risco cambial concretiza-se através da monitorização do grau de exposição do Grupo ao risco de flutuação das taxas de câmbio, por referência aos seus ativos e passivos, e tem como referência métricas definidas internamen-te. Estas métricas são influenciadas pela evolução das atividades e negócios do Grupo.
As estratégias de gestão do risco cambial do Grupo podem envolver a contratação de instrumentos financeiros deri-vados, face ao potencial de limitação de exposição cambial, associado às compras futuras, aos créditos a receber e a pagar, a empréstimos não vencidos, entre outros.
A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio, a 31 de dezembro de 2014 e 2013, com base nos valores da posi-ção financeira, dos ativos e passivos financeiros do Grupo, em divisas, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de relato, apresenta-se como segue:
2014
USD CAD OUTRAS TOTAL
ATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 3.548.216 1.772.066 473.201 5.793.483 Clientes 3.433.728 844.852 113.271 4.391.851 Outras contas a receber 3.283.183 151.017 42.533 3.476.733 10.265.127 2.767.935 629.005 13.662.067
PASSIVOSEmpréstimos obtidos 822.600 - - 822.600 Fornecedores 1.077.888 117.973 32.800 1.228.661 Outras contas a pagar 562.186 314.270 22.394 898.850 2.462.674 432.243 55.194 2.950.111
2013
USD CAD OUTRAS TOTAL
ATIVOSCaixa e equivalentes de caixa 2.191.728 3.740.163 378.145 6.310.036 Clientes 988.613 646.828 905.658 2.541.099 Outras contas a receber 415.183 58.429 8.154 481.766 3.595.524 4.445.420 1.291.957 9.332.901
PASSIVOSEmpréstimos obtidos - - - - Fornecedores 2.363.777 205.346 100.323 2.669.446 Outras contas a pagar 546.947 323.070 - 870.017 2.910.724 528.416 100.323 3.539.463
Em 31 de dezembro de 2014, uma desvalorização/valorização de 10% de todas as taxas de câmbio com referência ao Euro, resultaria num impacto nos resultados do exercício de 1.070 milhares de Euros.
ii. Risco de crédito
O risco de crédito do Grupo resulta essencialmente do risco de crédito dos clientes e das restantes dívidas de ter-ceiros, bem como das entidades financeiras onde a SATA efetua os seus depósitos. O acompanhamento do risco de crédito é efetuado através da avaliação de risco efetuada antes da aceitação e pelo adequado acompanhamento dos limites de crédito atribuídos a cada cliente, sendo solicitadas cauções sempre que necessário.
A qualidade de crédito dos ativos financeiros (depósitos bancários) pode ser avaliada com referência aos ratings de crédito ou informação histórica das entidades a que se referem:
2014 2013 A+ 1.070.118 2.062.810A 2.656.430 2.362.375BB 682.811 1.600.282B+ 2.529.439 4.996.100BB- 1.061.830 2.042.524BBB- 182.608 318.149Outros 1.234.399 4.316.603
Total depósitos bancários (Nota 14) 9.417.636 17.698.843
iii. Risco de liquidez
As necessidades de tesouraria são geridas de forma centralizada pelo departamento financeiro do Grupo SATA, que gere os excessos e défices de liquidez de cada uma das empresas. As necessidades de tesouraria são cobertas pela manutenção de linhas de crédito negociadas com entidades bancárias.
O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como por exemplo os fluxos de caixa operacionais, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso da dívida.
A tabela seguinte analisa os passivos financeiros do Grupo pelo líquido, por grupos de maturidade relevantes, tendo por base o período remanescente até à maturidade contratual, à data do relato financeiro. Os montantes que constam da tabela são cash-flows contratuais não descontados:
118 119Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Menos de 1 ano
Entre 2 a 5 anos
Mais de 5 anos
31 de dezembro de 2014
Empréstimos obtidos: - empréstimos bancários 88.054.203 4.778.116 3.284.954 - papel comercial 8.480.183 10.929.058 - - descobertos bancários 2.752.126 - - - locações financeiras 6.848.144 25.670.464 23.152.427
Fornecedores e contas a pagar 44.161.262 1.094.869 - Instrumentos financeiros derivados 3.816 - -
150.299.734 42.472.507 26.437.381
iv. Risco de taxa de juro
O risco associado à flutuação da taxa de juro tem impacto no serviço da dívida contratada. Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a contratação de diversos empréstimos com taxas de juro variáveis.
Para os empréstimos de longo prazo e como forma de cobrir uma eventual variação da taxa de juro a longo prazo, o Grupo contrata, sempre que apropriado e possível, taxa de juro fixas, para cobrir o risco de flutuação das taxas de juro.
Análise de sensibilidade dos gastos financeiros a variações na taxa de juro:
Foi efetuada uma análise de sensibilidade com base na dívida total do Grupo, com referência a 31 de dezembro de 2014 e 2013.
Tendo por referência a dívida líquida do Grupo em 31 de dezembro de 2014, um acréscimo de 1% nas taxas de juro resultaria num incremento dos gastos financeiros líquidos anuais de 1.620 milhares de euros.
4.2 Gestão do risco de capital
O objetivo do Grupo em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o capital relevado na face da demonstração da posição financeira consolidada, é manter uma estrutura de capital equilibrada.
A contratação de dívida é analisada através da ponderação de fatores como o custo do financiamento e as necessi-dades de tesouraria.
Os rácios de gearing em 31 de dezembro de 2014 e 2013 eram os seguintes:
2014 2013 Empréstimos totais (Nota 18) 162.286.113 142.275.023Caixa e equivalentes de caixa (Nota 14) (9.625.842) (17.803.787) Dívida líquida 152.660.271 124.471.236 Capitais próprios (55.839.836) (19.369.844) Capital Total 96.820.435 105.101.392 Gearing 158% 118%
De salientar a degradação dos rácios acima apresentados, como consequência do aumento da dívida externa.
5. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS APRESENTADOS
As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras do Grupo são continuamente avaliadas, representando a cada data de relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempe-nho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.
A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimati-va possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passi-vos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:
5.1 Provisões
O Grupo analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.
A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pa-gamento das obrigações poderá conduzir a ajustamentos significativos: (a) por variação dos pressupostos utilizados; (b) pelo futuro reconhecimento de provisões anteriormente divulgadas como passivos contingentes; e/ou (c) pela anulação futura de provisões, quando passem a classificar apenas como passivos contingentes.
5.2 Pressupostos atuariais
A determinação das responsabilidades com pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, de natureza demográfica e financeira, que podem condicionar significativamente os montantes de responsabilidades apurados em cada data de relato. As variáveis mais sensíveis referem-se à taxa de atualização das responsabilidades e às tabelas de mortalidade utilizadas.
5.3 Ativos tangíveis
A determinação das vidas úteis e valor residual dos ativos, bem como o método de depreciação a aplicar é essencial para determinar o montante das depreciações a reconhecer na demonstração dos resultados consolidados de cada exercício.
Estes dois parâmetros são definidos de acordo com o melhor julgamento do Conselho de Administração para os ativos e negócios em questão, considerando também as práticas adotadas por empresas do sector ao nível internacional.
5.4 Imparidade
A determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de influência da SATA, tais como: a disponibilidade futura de financiamento, o custo de capital, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas quer externas, ao Grupo.
A identificação dos indicadores de imparidade, a estimativa de fluxos de caixa futuros e a determinação do justo valor de ativos implicam um elevado grau de julgamento por parte do Conselho de Administração no que respeita à identificação e avaliação dos diferentes indicadores de imparidade, fluxos de caixa esperados, taxas de desconto aplicáveis, vidas úteis e valores residuais.
5.5 Justo valor de derivados e programa de fidelização
O justo valor dos instrumentos financeiros que não são transacionados em mercados ativos (derivados over-the--counter) é determinado através de técnicas de valorização. O Grupo exerce julgamento ao selecionar uma variedade de métodos e pressupostos baseados em condições de mercado que se verificam no final de cada período de relato.
O Grupo procede ao diferimento do rédito, no âmbito do programa de fidelização de clientes SATA Imagine, com base no valor unitário da milha, ao justo valor percecionado pelo cliente. Alterações nos pressupostos utilizados pela SATA, no cálculo desta estimativa, podem ter um impacto significativo.
120 121Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
5.6 Impostos
De acordo com a IAS 12, o Grupo reconhece os ativos e passivos por impostos diferidos com base na diferença exis-tente entre o valor contabilístico e as bases fiscais dos ativos e passivos. O Grupo analisa periodicamente a recupe-rabilidade dos ativos por impostos diferidos e reconhece uma perda por imparidade sempre que seja provável que esses ativos não sejam realizáveis, com base em informação histórica sobre o lucro tributável, na projeção do lucro tributável futuro e no tempo estimado de reversão das diferenças temporárias.
6. ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2013 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue:
Terrenos
Edifícios
e outras
construções
Equipamento
básico
Equipamento
transporte
Ferramentas
e utensílios
Equipamento
administrativo
Outros
Ativos fixos
tangíveis
Ativos em
curso Total
1 de janeiro de 2013
Custo de aquisição 73.312 714.097 151.907.352 630.743 1.638.988 6.109.012 6.480.419 34.320 167.588.243
Imparidade acumulada - - - - - - - - -
Reavalição Frota - - - - - - - - Depreciações
acumuladas - (292.209) (76.287.527) (533.437) (1.276.478) (5.494.325) (6.256.342) - (90.140.318)
Valor líquido 73.312 421.888 75.619.825 97.306 362.510 614.687 224.077 34.320 77.447.925
Movimento de 2013
Adições - - 2.597.537 11.612 45.683 168.935 269 - 2.824.036
Alienações - - - - - - - - -
Transferências e abates - - (8.904) - (3.354) (113.390) - (34.320) (159.968)
Reavalição Frota - -
Depreciação - exercício - (20.170) (9.328.673) (34.340) (120.305) (360.141) (34.183) - (9.897.812)Depreciação -
alienações - - - - - - - - - Depreciação- transf. e
abates - - 43.224 - 1.294 112.950 - - 157.468
- (20.170) (6.696.816) (22.728) (76.682) (191.646) (33.914) (34.320) (7.076.276)
31 de dezembro de 2013
Custo de aquisição 73.312 714.097 154.495.985 642.355 1.681.317 6.164.557 6.480.688 - 170.252.311
Imparidade acumulada - - - - - - - - -
Reavalição Frota - - - - - - - - - Depreciações
acumuladas - (312.379) (85.572.976) (567.777) (1.395.489) (5.741.516) (6.290.525) - (99.880.662)
Valor líquido 73.312 401.718 68.923.009 74.578 285.828 423.041 190.163 - 70.371.649
Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 os movimentos registados em rubricas do ativo fixo tangível foram como segue:
Terrenos
Edifícios
e outras
construções
Equipamento
básico
Equipamento
transporte
Ferramentas
e utensílios
Equipamento
administrativo
Outros Ativos
fixos tangíveis
Ativos
em curso Total
1 de janeiro de 2014
Custo de aquisição 73.312 714.097 154.495.985 642.355 1.681.317 6.164.557 6.480.688 - 170.252.311
Reavalição Frota - - - - - - - - - Depreciações acumu-
ladas - (312.379) (85.572.976) (567.777) (1.395.489) (5.741.516) (6.290.525) - (99.880.662)
Valor líquido 73.312 401.718 68.923.009 74.578 285.828 423.041 190.163 - 70.371.649
Movimento de 2014
Adições - 437.523 2.061.512 18.764 33.111 197.919 28.475 - 2.777.304
Alienações - - (1.831) (10.532) (7.352) (1.855) - - (21.570)
Transferências e abates - - (1.230.581) (10.532) (7.726) (16.627) - - (1.265.466)
Imparidade - exercício - - (108.885) - - - - - (108.885)
Depreciação - exercício - (21.006) (8.417.818) (30.682) (86.850) (254.829) (31.451) - (8.842.636)Depreciação - aliena-
ções - - 1.831 9.435 7.352 932 - - 19.550 Depreciação- transf. e
abates - - 769.858 9.435 3.194 16.628 - - 799.115
- 416.517 (6.925.914) (14.112) (58.271) (57.832) (2.976) - (6.642.588)
31 de dezembro de 2014
Custo de aquisição 73.312 1.151.620 155.325.085 640.055 1.699.350 6.343.994 6.509.163 - 171.742.579
Imparidade acumulada - - (108.885) - - - - - (108.885)Depreciações acumu-
ladas - (333.385) (93.219.105) (579.589) (1.471.793) (5.978.785) (6.321.976) - (107.904.633)
Valor líquido 73.312 818.235 61.997.095 60.466 227.557 365.209 187.187 - 63.729.061
Em 2013 e 2014, a frota aérea própria do Grupo era composta por dois aviões Bombardier Q200, adquiridos em estado de uso em 2009, quatro aviões Bombardier Q400, adquiridos novos em 2010, três aviões Airbus A310 e o respetivo equipamento de reserva desses aviões.
O aumento da rubrica “Equipamento básico” no exercício de 2014, no montante de total 2.061.512 Euros, respeita, essencialmente à grande manutenção do reator do avião Q200 CS-TRB no montante de 535.770 Euros, inspeção re-alizada na mesma aeronave no montante de 277.122 Euros e grande manutenção do trem de aterragem da aeronave A310-304 CS-TGU no montante de 645.000 Euros.
O aumento da rubrica “Edifícios e outras construções” no exercício de 2014, no montante total de 437.523 Euros, respeita, essencialmente às obras realizadas nos escritórios do Entreposto de Lisboa.
No decurso do exercício de 2013, as aquisições de equipamento básico no montante de 2.597.537Euros compreen-dem, essencialmente: (i) inspeções realizadas no avião Q200 CS-TRB no montante de cerca de 503.000 Euros; (ii) inspeção estrutural na aeronave A310-304 CS-TGV, no montante de 831.615 Euros; (iii) grande manutenção do APU nas aeronaves A310-304 CS-TGV e A310-325 CS-TKN, no montante de 340.755 Euros; (iv) grande manutenção do
122 123Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
leme de direção da aeronave A310-304 CS-TGU, no montante de 322.273 Euros; e (v) aquisição de sobressalentes, no montante de 355.171 Euros.
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 o valor líquido dos ativos fixos tangíveis, adquiridos sob o regime de locação financeira é como segue:
2014 2013 Valor bruto 98.787.444 98.787.444 Depreciações acumuladas (47.377.447) (42.609.058) 51.409.997 56.178.386
As depreciações dos ativos fixos tangíveis estão reconhecidas na rubrica “Gastos/(reversões) de depreciação e amor-tização” da Demonstração dos resultados consolidados pela sua totalidade.
7. ATIVOS INTANGÍVEIS
O valor dos intangíveis refere-se ao software adquirido e outros para suporte das atividades do Grupo. A evolução registada para os exercícios apresentados é como segue:
Programas
computador Outros Ativos
Intangíveis TotalA 1 de janeiro de 2013 Custo de aquisição 767.091 169.144 936.235 Amortizações acumuladas (654.816) (136.255) (791.071) Valor líquido 112.275 32.889 145.164 Adições 250.697 34.320 285.017 Amortização - exercício (69.780) (48.514) (118.294) 180.917 (14.194) 166.723 31 de dezembro de 2013 Custo de aquisição 1.017.788 203.464 1.221.252 Amortizações acumuladas (724.596) (184.769) (909.365) Valor líquido 293.192 18.695 311.887
Programas
computador Outros Ativos
Intangíveis TotalA 1 de janeiro de 2014 Custo de aquisição 1.017.788 203.464 1.221.252 Amortizações acumuladas (724.596) (184.769) (909.365) Valor líquido 293.192 18.695 311.887 Adições 12.097 - 12.097 Amortização - exercício (77.024) - (77.024) (64.927) - (64.927)31 de dezembro de 2014 Custo de aquisição 1.029.885 203.464 1.233.349 Amortizações acumuladas (801.620) (184.769) (986.389) Valor líquido 228.265 18.695 246.960
As amortizações dos ativos intangíveis estão reconhecidas na rubrica “Gastos/(reversões) de depreciação e amorti-zação” da Demonstração dos resultados consolidados pela sua totalidade.
8. ATIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os ativos reconhecidos nesta rubrica referem-se a instrumentos de capital detidos nas seguintes entidades:
Designação País de domícilio e princi-pal localização de negócio
% detida 2014 2013
Associação de Turismo dos Açores Ponta Delgada 30% 12.500 12.500 Associação Açoriana de Turismo e Hotelaria Ponta Delgada 25% 20.000 20.000 France Telecom França nd 41.514 41.514 Sociedade Ilhas de Valor, S.A. Ponta Delgada 1% 25.000 25.000 Outras - - 447 -
99.461 99.014
9. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos reconhecidos relativamente a impostos diferidos são apresentados na demonstração da posição financeira consolidada pelo seu valor bruto.
O impacto dos movimentos nas rubricas de impostos diferidos, ocorrido para os exercícios apresentados, foi como se segue:
2014 2013 Capital Próprio Imposto diferido 44.895 350.869 44.895 350.869 Demonstração dos Resultados (Nota 33) Imposto diferido (5.053.517) 49.383 Excesso/insuficiência estimativa imposto 3.214 (3.168) imposto corrente 444.957 445.005 (4.605.346) 491.220
Em 31 de dezembro de 2014 a taxa de imposto utilizada, para o apuramento dos impostos diferidos ativos e passivos foi de 18,3% (2013: 19,9%).
Ativos por impostos diferidos
Os movimentos ocorridos nas rubricas de ativos por impostos diferidos para os exercícios apresentados são como se segue:
Provisões
Prejuízos
fiscais
Derivados
cobertura
Responsabilidades com
benefícios pós-emprego Outros Total
A 1 de janeiro de 2013 73.192 - 406.701 1.687.843 50.120 2.217.856
Constituição/reversão por capital - - (361.393) - - (361.393)
Constituição/reversão por resultados (43.689) - - 29.071 3.655 (10.963) - -
Movimento do exercício (43.689) - (361.393) 29.071 3.655 (372.356)
A 31 de dezembro de 2013 29.503 - 45.308 1.716.914 53.775 1.845.500
124 125Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Provisões
Prejuízos
fiscais
Derivados
cobertura
Responsabilidades com
benefícios pós-emprego Outros Total
A 1 de janeiro de 2014 29.503 - 45.308 1.716.914 53.775 1.845.500
Constituição/reversão por capital - - (44.895) - - (44.895)
Constituição/reversão por resultados (13.579) 5.040.000 - (201.700) - 4.824.721
Movimento do exercício (13.579) 5.040.000 (44.895) (201.700) - 4.779.826
A 31 de dezembro de 2014 15.924 5.040.000 413 1.515.214 53.775 6.625.326
Embora as diferenças temporárias ativas sejam superiores às diferenças temporárias passivas, o Grupo reconhece na subsidiária SATA Air Açores apenas as diferenças temporárias ativas até à concorrência das diferenças temporárias passivas, dado não existirem expetativas concretas de lucros fiscais futuros suficientes para as utilizar para além desses montantes. Assim, na data de cada relato é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias, subja-centes aos ativos por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos por impostos diferidos, não registados anteriormente, por não terem preenchido as condições para o seu registo, e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos ativos registados em função da expetativa atual da sua recuperação futura.
Prejuízos fiscais reportáveis
Nos termos da legislação, em vigor em Portugal, os prejuízos fiscais gerados até 2009, de 2010 a 2011, de 2012 a 2013, e a partir de 2014, são reportáveis durante um período de seis, quatro, cinco e doze anos, respetivamente, após a sua ocorrência e suscetíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período, até ao limite de 75% do lucro tributável até 2013 e 70% do lucro tributável nos exercícios seguintes.
Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo SATA considera, em 31 de dezembro de 2014, existir incerteza quanto à capacidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, tendo em atenção a data limite de utilização, detalham-se conforme segue:
Exercício do prejuízo fiscalPrejuízos fiscais a
31 de dezembro de 2014 Ano limite para dedução
2011 8.190.798 20152012 5.835.716 20172013 23.206.695 20182014 (estimado) 10.238.000 2026
Não obstante, tendo em consideração o alargamento do período de reporte dos prejuízos fiscais gerados em 2014 para doze anos, o Grupo considerou que os prejuízos fiscais de 2014 gerados pela subsidiária SATA Internacional, no montante estimado de 27.391.304 Euros, são recuperáveis através da sua utilização na redução do resultado tribu-tável futuro, e como tal, registou o imposto diferido ativo correspondente.
Passivos por impostos diferidos
Os movimentos ocorridos nas rubricas de passivos por impostos diferidos para os exercícios apresentados são como se segue:
Reavaliação Frota Derivados cobertura Total A 1 de janeiro de 2013 1.716.785 10.524 1.727.309 Constituição/reversão por capital - (10.524) (10.524)Constituição/reversão por resultados 38.420 - 38.420 Movimento do exercício 38.420 (10.524) 27.896 A 31 de dezembro de 2013 1.755.205 - 1.755.205
Reavaliação Frota Derivados cobertura Total A 1 de janeiro de 2014 1.755.205 - 1.755.205 Constituição/reversão por capital - - - Constituição/reversão por resultados (228.796) - (228.796) Movimento do exercício (228.796) - (228.796) A 31 de dezembro de 2014 1.526.409 - 1.526.409
A reavaliação resulta da atualização do valor da frota aérea efetuada na data da transição para as IFRS.
10. INVENTÁRIOS
O detalhe dos inventários em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é como segue:
2014 2013 Mercadorias 35.361 45.205 Matérias primas 3.600.949 3.860.075
Imparidade de inventários (250.189) (52.189)
Total inventários 3.386.121 3.853.091
O custo dos inventários reconhecidos em 2014 como gasto e incluído na rubrica “custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas” totalizou 2.294.238 Euros (em 2013: 2.333.569 Euros).
Imparidade de inventários
O movimento ocorrido na rubrica de perdas por imparidade de inventários, nos exercícios de 2014 e 2013, é como segue:
2014 2013 A 1 de janeiro 52.189 52.189 Aumentos / Reduções 198.000 - Utilizações - -
A 31 de dezembro 250.189 52.189
Os aumentos/reduções de imparidade de inventários estão reconhecidos na rubrica “Imparidade de inventários (per-das/reversões)” da Demonstração dos resultados consolidados pela sua totalidade.
126 127Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
11. CLIENTES
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a decomposição da rubrica de Clientes, é como se segue:
2014 2013
Clientes 12.894.867 10.937.476 Clientes de cobrança duvidosa - -
12.894.867 10.937.476
Imparidade clientes (2.684.880) (1.947.922)
Total Clientes 10.209.987 8.989.554
Imparidade de clientes
O movimento ocorrido na rubrica de perdas por imparidade de clientes, nos exercícios de 2014 e 2013, é como segue:
2014 2013
A 1 de janeiro 1.947.922 1.812.246
Aumentos / Reduções 737.844 141.465 Utilizações (886) (5.789)
A 31 de dezembro 2.684.880 1.947.922
Os aumentos/reduções de imparidade de clientes estão reconhecidos na rubrica “Imparidade de contas a receber (perdas/reversões)” da Demonstração dos resultados consolidados pela sua totalidade.
A antiguidade dos saldos é a seguinte:
2014 2013
Não vencidas 977.850 2.334.104até 6 meses 3.753.985 1.778.355de 6 a 12 meses 2.707.904 3.998.487de 12 a 18 meses 1.424.556 963.203de 18 a 24 meses 663.128 500.400superior a 24 meses 3.367.444 1.362.927
Total 12.894.867 10.937.476
Para os períodos apresentados não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor.
12. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO A RECEBER
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos referentes a imposto sobre o rendimento a receber são como segue:
2014 2013 Pagamentos por conta 378.516 340.866 Retenções na fonte 2.271 2.292 Estimativa de imposto (350.000) (249.608)
Total 30.787 93.550
13. OUTRAS CONTAS A RECEBER
No exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013, a decomposição da rubrica de Outras contas a receber, é como se segue:
2014 2013Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Outros devedoresSecretaria Regional do Turismo e dos Transportes 53.435.849 - 53.435.849 46.347.063 - 46.347.063 Direção Geral do Tesouro 18.117.140 - 18.117.140 15.667.266 - 15.667.266 DRPFE 370.250 - 370.250 374.737 - 374.737 ATA 1.151.080 - 1.151.080 1.325.068 - 1.325.068 ILFC 153.449 2.558.235 2.711.684 1.916.403 2.257.230 4.173.633 IVA Intracomunitário 560.455 - 560.455 690.845 - 690.845 Outros 1.954.387 - 1.954.387 2.743.315 - 2.743.315
Adiantamentos a fornecedores 1.434.740 - 1.434.740 1.337.953 - 1.337.953
Gastos diferidosRendas 928.404 - 928.404 820.044 - 820.044 Seguros 92.302 - 92.302 139.995 - 139.995 Outros 127.936 - 127.936 38.166 - 38.166
Acréscimo proveitos 1.393.793 - 1.393.793 1.880.368 - 1.880.368
Estado e Outros Entes PúblicosImposto sobre o valor acrescentado 472.693 - 472.693 323.284 - 323.284
Outras contas a receber 80.192.478 2.558.235 82.750.713 73.604.507 2.257.230 75.861.737
O montante a receber da Secretaria Regional do Turismo e Transportes de 53.435.849 Euros respeita: (i) à compensa-ção financeira por contrapartida de serviços públicos, prestados pela subsidiária SATA Air Açores na Região Autónoma dos Açores, no montante de 45.379.529 Euros; (ii) valores a receber pela subsidiária SATA Gestão de Aeródromos no montante de 8.056.320 Euros, que compreendem valores a receber relativos aos serviços de construção e melho-ramento dos aeródromos regionais no montante de 7.612.529 Euros e o saldo a receber da Secretaria Regional da Economia pelos serviços prestados ao abrigo da concessão no montante de 443.791 Euros.
Relativamente à compensação financeira por contrapartida de serviços públicos na Região Autónoma dos Açores, o montante é calculado nos termos previstos e em resultado do concurso público ganho pela subsidiária SATA Air Açores. O movimento ocorrido nesta rubrica no exercício de 2014 e 2013, bem como o detalhe desta rubrica em 31 de dezembro de 2014 e 2013, é como segue:
2014Compensação Compensação Compensação
relativa a relativa a relativa a Total2014 2013 2012
Saldo inicial - 24.353.073 14.429.350 38.782.423 Compensação (Nota 27) 21.379.420 - - 21.379.420 Reequilíbrio financeiro (Nota 27) 940.116 - (85.719) 854.397 Recebimentos (7.741.072) (6.895.639) (1.000.000) (15.636.711)Saldo final 14.578.464 17.457.434 13.343.631 45.379.529
128 129Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
2013Compensação Compensação Compensação Compensação Compensação
relativa a relativa a relativa a relativa a relativa a Total2013 2012 2011 2010 2009
Saldo inicial - 24.810.133 470.592 1.426.041 7.429.564 34.136.330 Compensação (Nota 27) 23.138.049 - - - - 23.138.049 Reequilíbrio financeiro (Nota 27) 1.215.024 121.939 - - - 1.336.963 Recebimentos - (10.502.722) (470.592) (1.426.041) (7.429.564) (19.828.919)Saldo final 24.353.073 14.429.350 - - - 38.782.423
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o detalhe dos serviços de construção e melhoramentos dos aeródromos regio-nais, com base nos valores previstos no protocolo celebrado entre a Secretaria Regional do Turismo e dos Transportes e a subsidiária SATA Gestão de Aeródromos, e os valores incorridos e recebidos, descreve-se como segue:
2014
IlhaTotal Previsto por protocolo
TotalExecutado Total Recebido Por Receber
Pico 5.779.345 5.806.421 (4.785.309) 1.021.112S. Jorge 27.283.225 16.625.061 (11.347.425) 5.277.636Flores 113.750 608.584 (627.872) (19.288)Corvo 1.446.910 1.192.448 (1.032.109) 160.339Graciosa 2.096.200 2.058.345 (1.516.310) 542.035Compensações adicionais - 630.695 - 630.695
36.719.430 26.921.554 (19.309.025) 7.612.529
2013
IlhaTotal Previsto por protocolo
Total execu-tado Total recebido Por receber
Pico 5.699.500 3.551.946 (2.491.611) 1.060.335S. Jorge 27.173.300 15.262.382 (11.239.500) 4.022.882Flores 111.750 91.217 (83.025) 8.192Corvo 1.373.300 1.127.040 (991.112) 135.928Graciosa 2.002.100 1.006.392 (525.915) 480.477Compensações adicionais - 226.363 - 226.363
36.359.950 21.265.340 (15.331.163) 5.934.177
O montante de 18.117.140 Euros, a receber da Direção Geral do Tesouro compreende: (i) 17.548.355 Euros referente aos voos regulares entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e reencaminhamentos da subsidiária SATA Internacional; e (ii) 568.785 Euros, referente à compensação calculada, pela subsidiária SATA Air Açores, de acordo com o contrato de concessão de serviços aéreos para a rota Funchal – Porto Santo, que vigorou até 31 de dezembro de 2013.
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o saldo a recuperar da Direção Geral do Tesouro no montante de 17.548.355 Euros e 14.169.622 Euros, respetivamente, está relacionado com as “Indemnizações compensatórias” relativas a voos regulares e reencaminhamentos, incluindo o parcial da tarifa suportada pelo Estado referente às rotas da Região Autónoma dos Açores e encaminhamentos entre ilhas. Estes montantes correspondem a bilhetes vendidos pela SATA, podendo ser voados por esta ou por companhias terceiras e detalham-se como segue:
2014 2013Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2014:
Reencaminhamentos 3.345.381 - Voos regulares 5.895.172 - Codeshare - TAP 1.298.312 -
10.538.865 -
Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2013:
Reencaminhamentos 3.221.570 3.221.570 Voos regulares 5.658.824 5.782.400 Codeshare - TAP 1.460.873 1.460.873 Adiantamento por conta (3.331.776) -
7.009.491 10.464.843 Compensações financeiras referentes ao serviço público prestado no exercício de 2012:
Reencaminhamentos - 2.076.138 Voos regulares - 3.107.351 Voos regulares - 710.122 Adiantamento por conta - (2.188.832)
- 3.704.779 17.548.355 14.169.622
Os montantes referentes ao segundo semestre de 2013 e ao ano de 2014 não se encontram, ainda, aferidos e verificados pela Inspeção Geral de Finanças, nem aprovados pelo Governo, não sendo contudo esperadas correções significativas aos valores registados pela SATA.
O montante da compensação financeira a receber pela SATA Air Açores de 568.785 Euros foi calculado nos termos previstos e segundo a fórmula de cálculo definida pelo referido contrato. No exercício findo em 31 de dezembro de 2013, a subsidiária apurou um valor de compensação referente ao serviço público nesta rota no montante de 1.995.555 Euros, o qual foi registado na demonstração dos resultados na rubrica “Subsídios à exploração” (Nota 27).O montante a receber da DRPFE em 31 de dezembro de 2014 e 2013, de 370.250 Euros e 374.737 Euros, respetiva-mente, respeita a valores a receber relativos aos serviços de construção e melhoramento dos aeródromos regionais, pela subsidiária SATA Gestão de Aeródromos.
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o saldo a receber da ATA – Associação do Turismo dos Açores, no montante de 1.151.080 Euros e 1.325.068 Euros, respetivamente, respeita ao valor pendente de receber de incentivos obtidos daquela instituição para algumas rotas realizadas pela subsidiária SATA Internacional na Europa, nomeadamente para Suécia, Dinamarca e Inglaterra.
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o saldo a receber da ILFC num prazo superior a 1 ano, no montante de 2.558.235 Euros e 2.257.230 Euros, respetivamente, compreende os depósitos de caução entregues pela SATA como garantia dos contratos de leasing operacional.
Em 31 de dezembro de 2014 o saldo devedor do IVA, refere-se essencialmente aos pedidos de reembolsos, ainda não recebidos, relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2014.
14. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores:
2014 2013 Caixa 208.207 104.944 Depósitos bancários 9.417.635 17.698.843 Caixa e equivalentes de caixa 9.625.842 17.803.787
130 131Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
O detalhe do montante considerado como saldo final na rubrica de “Caixa e equivalentes de caixa” para efeitos da elaboração da demonstração dos fluxos de caixa consolidados para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é como segue:
2014 2013 Caixa 208.207 104.944 Descobertos bancários (Nota 18) (2.689.568) - Depósitos bancários 9.417.635 17.698.843 Caixa e equivalentes de caixa 6.936.274 17.803.787
15. CAPITAL
Em 31 de dezembro de 2014, o capital social da SATA, encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo repre-sentado por 3.600.000 ações com o valor nominal de 5 euros cada, totalmente detido pela Região Autónoma dos Açores.
16. OUTRAS RESERVAS
Reservas legais
A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital.
Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser incorporada no capital ou utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas as outras reservas.
A 31 de dezembro de 2014 e 2013 a reserva legal não se encontra totalmente constituída de acordo com a legislação comercial em vigor, totalizando 575.676 Euros.
Reserva de conversão cambial
As diferenças de câmbio, resultantes da transposição de unidades operacionais em moeda estrangeira, são regis-tadas no capital próprio, nesta rubrica, nomeadamente relativamente à conversão cambial das subsidiárias Azores Express e SATA Express.
Reservas de justo valor
O montante de 3.403 Euros, apresentado na rubrica “Reservas de justo valor”, corresponde ao justo valor dos instru-mentos financeiros classificados como de cobertura de fluxos de caixa, contabilizado em conformidade com a política descrita na Nota 3.12., líquido do imposto, no montante de 3.816 Euros (Nota 23).
17. PROVISõES
No decurso dos exercícios de 2014 e 2013 realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:
Processos judiciais Outros Total
A 1 de janeiro de 2014 161.500 121.913 283.413 Dotação - - -
Redução (65.000) (9.471) (74.471) A 31 de dezembro de 2014 96.500 112.442 208.942
Processos judiciais Outros Total A 1 de janeiro de 2013 291.000 124.251 415.251 Dotação - - - Redução (129.500) (2.338) (131.838) A 31 de dezembro de 2013 161.500 121.913 283.413
As dotações /reduções de provisões estão reconhecidas na rubrica “Provisões (aumentos/reduções)” da Demonstra-ção dos resultados consolidados, pela sua totalidade.
18. EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
A classificação dos empréstimos obtidos quanto ao prazo (corrente e não corrente) e por natureza de empréstimo, no final do exercício, é como segue:
2014 2013
Tipo Entidade Financiadora Corrente
Não
corrente Total Corrente
Não
corrente Total
Empréstimos bancários :
Cessão Créditos BCP 17.000.000 - 17.000.000 6.000.000 - 6.000.000
Conta corrente caucionada BIC 15.500.000 - 15.500.000 10.000.000 - 10.000.000
Conta corrente caucionada MONTEPIO 16.281.645 - 16.281.645 15.130.000 - 15.130.000
Papel comercial BESI 1.000.000 8.500.000 9.500.000 - - -
Conta corrente caucionada BESA 7.850.000 - 7.850.000 6.855.000 - 6.855.000
Cessão Créditos CEMAH 5.000.000 - 5.000.000 5.000.000 - 5.000.000
Outros CCA 858.366 6.933.054 7.791.420 - - -
Conta corrente caucionada BCP 5.800.000 - 5.800.000 3.660.000 - 3.660.000
Conta corrente caucionada BANIF 5.250.000 - 5.250.000 1.500.000 - 1.500.000
Cessão Créditos CGD 2.000.000 - 2.000.000 5.800.000 - 5.800.000
Conta corrente caucionada Santander 2.722.269 - 2.722.269 2.571.317 - 2.571.317
Cessão Créditos BES - - - 9.792.287 - 9.792.287
Cessão Créditos Santander - - - 5.768.795 - 5.768.795
Conta corrente caucionada BES - - - 2.478.895 - 2.478.895
Papel comercial BPP 822.600 - 822.600 - - -
Papel comercial BANIF 6.000.000 - 6.000.000 11.000.000 - 11.000.000
Empréstimos bancários BANIF 2.900.000 - 2.900.000 - - -
Empréstimos bancários Montepio 5.000.000 - 5.000.000 - - - Descobertos bancários
(Nota 14) 2.689.568 - 2.689.568 - - -
96.674.448 15.433.054 112.107.502 85.556.294 - 85.556.294
Locações financeiras
Locação financeira Caixa Leasing 1.402.435 7.099.070 8.501.505 1.390.449 8.500.407 9.890.856
Locação financeira
BES Leasing e
Factoring 754.170 17.041.557 17.795.727 715.050 17.798.033 18.513.083
Locação financeira
Banco Europeu
Investimento 3.359.091 20.154.545 23.513.636 3.359.091 23.513.636 26.872.727
Locação financeira Totta 357.017 - 357.017 1.068.543 356.971 1.425.514
Locação financeira BESA 6.311 4.415 10.726 16.549 - 16.549
5.879.024 44.299.587 50.178.611 6.549.682 50.169.047 56.718.729
102.553.472 59.732.641 162.286.113 92.105.976 50.169.047 142.275.023
132 133Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
No final do exercício de 2014, o Grupo possuía ainda 7.032 milhares de euros de linhas de crédito contratadas e não utilizadas.
Os empréstimos bancários obtidos junto do Montepio no montante de 11.311.645 Euros, CEMAH no montante de 5.000.000 Euros, BCP no montante de 17.000.000, BIC no montante de 15.500.000 Euros e BANIF no montante de 2.900.000 Euros têm como garantia real atribuída a parte respetiva da dívida da Secretaria Regional do Turismo e dos Transportes.
O empréstimo bancário obtido junto do Montepio no montante de 4.970.000 Euros e papel comercial subscrito junto do BANIF no montante de 6.000.000 Euros têm como garantia real atribuída a parte respetiva da dívida da Direção Geral do Tesouro.
De salientar que a totalidade dos empréstimos obtidos foi negociada com taxas de juro variáveis.
Empréstimos
A análise por maturidade da dívida detalha-se como segue:
2014 2013 Até 1 anos 96.674.448 85.556.294 Entre 2 e 5 anos 12.350.444 - Superior a 5 anos 3.082.610 - 112.107.502 85.556.294
O detalhe dos empréstimos por moeda funcional em 31 de dezembro de 2014 e 2013 é como segue:
2014 2013 Empréstimos em Euros 111.284.902 85.556.294 Empréstimos em Dólares 822.600 - 112.107.502 85.556.294
Uma vez que todos os empréstimos são negociados a condições de mercado (a taxas de juro variáveis), o justo valor dos empréstimos é semelhante ao valor contabilístico dos mesmos.
Locações financeiras
O Grupo regista no seu ativo fixo tangível os ativos adquiridos em regime de locação financeira. Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a SATA tinha assumido compromissos decorrentes de contratos de locação financeira.
O resumo das responsabilidades associadas aos contratos de locação financeira negociados pelo Grupo detalha-se como se segue:
2014 2013Locações Financeiras - pagamentos mínimos da locação Até 1 ano 6.848.144 7.631.724Entre 1 e 5 anos 25.670.464 31.065.746Mais de 5 anos 23.152.427 24.905.879 55.671.035 63.603.349
Custos financeiros futuros das locações financeiras (5.492.424) (6.884.620)
Valor atual do passivo das locações financeiras 50.178.611 56.718.729
O valor atual do passivo das locações financeiras é como segue: 2014 2013 Até 1 ano 5.879.024 6.549.682Entre 1 e 5 anos 22.490.032 26.666.203Mais de 5 anos 21.809.555 23.502.844 50.178.611 56.718.729
As responsabilidades com locações financeiras respeitam essencialmente a (i) duas aeronaves Bombardier Q200 e quatro aeronaves Bombardier Q 400 da subsidiária SATA Air Açores e (ii) um Airbus A310-325 (CS-TKN) da subsidiária SATA Internacional.
19. OBRIGAçõES DE BENEFÍCIOS DE REFORMA E OUTROS
O Grupo concede complementos de pensões de reforma (daqui em diante referido como Plano de pensões) aos em-pregados da subsidiária SATA Air Açores que se encontravam ao serviço até 31 de dezembro de 2003. Para os empre-gados da SATA Air Açores admitidos após essa data e para os pilotos da SATA Internacional foi constituído um plano de contribuição definida, conforme mencionado na nota 3.16.
Para cobertura das responsabilidades para complementos de pensões de reforma, o Grupo constituiu em 29 de de-zembro de 1994 um Fundo de Pensões autónomo para o qual é transferida a totalidade das responsabilidades e as dotações necessárias para cobrir os respetivos encargos que se forem vencendo em cada um dos exercícios.
São Participantes deste Plano de Pensões todos os trabalhadores da subsidiária SATA Air Açores que com esta man-tenham um vínculo efetivo através de contrato de trabalho sem termo e cuja data de admissão na subsidiária seja anterior a 1 de janeiro de 2004. Também são elegíveis os trabalhadores que, tendo sido admitidos na subsidiária, antes de 1 de janeiro de 2004 através de contrato de trabalho a termo certo, venham a adquirir um vínculo efetivo através de contrato de trabalho sem termo celebrado após aquela data.
A avaliação atuarial mais recente dos ativos do plano e do valor presente da obrigação de benefícios definidos foi efe-tuada com referência a 31 de dezembro de 2014 e 2013 por uma entidade externa independente. O valor presente da obrigação de benefícios definidos, bem como o custo dos serviços correntes e dos serviços passados relacionados foram mensurados através do método da unidade de crédito projetada.
Os principais pressupostos utilizados no cálculo atuarial, são os abaixo indicados:
2014 2013 Taxa anual de desconto 2,50% 3,50%Taxa anual de crescimento dos salários 1,50% 1,50%Taxa anual de crescimento das pensões 0,50% 0,50%
Pressupostos demográficos Tábua de mortalidade TV 88/90 TV 88/90 Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80
O montante da obrigação reconhecida na demonstração da posição financeira é determinado como segue:
2014 2013 Valor presente das obrigações 31.387.461 29.684.828 Justo valor dos ativos do plano (21.421.572) (20.451.692)Outros - 70.573 Obrigação na demonstração da posição financeira 9.965.889 9.303.709
134 135Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
O movimento ocorrido no valor atual da obrigação subjacente ao plano de pensões foi o seguinte:
Responsabilidades do plano Ativos do plano Total A 1 de janeiro de 2013 28.403.978 (19.520.592) 8.883.386 Gastos do exercício (Nota 29) Custo serviços correntes 47.299 - 47.299 Juro líquido 1.345.482 (949.371) 396.111 Sub-total 1.392.781 (949.371) 443.410 Remensurações Retorno dos ativos do plano (exclui quota-parte juro líquido) - 12.326 12.326 Variação pressupostos demográficos - - - Variação pressupostos financeiros 2.358.398 - 2.358.398 Ajuste de experiência (522.550) - (522.550)Sub-total 1.835.848 12.326 1.848.174 Contribuições - (1.041.266) (1.041.266)Benefícios pagos pelo Fundo (1.047.211) 1.047.211 - Benefícios pela Empresa (900.568) - (900.568)A 31 de dezembro de 2013 29.684.828 (20.451.692) 9.233.136 Gastos do exercício (Nota 29) Custo serviços correntes 57.838 - 57.838 Juro líquido 1.430.819 (987.957) 442.862 Sub-total 1.488.657 (987.957) 500.700 Remensurações Retorno dos ativos do plano (exclui quota-parte juro líquido) - - - Variação pressupostos demográficos - - - Variação pressupostos financeiros 2.572.132 - 2.572.132 Ajuste de experiência (234.272) - (234.272)Sub-total 2.337.860 - 2.337.860 Contribuições - (1.223.315) (1.223.315)Benefícios pagos pelo Fundo (1.241.392) 1.241.392 - Benefícios pela Empresa (882.492) - (882.492) A 31 de dezembro de 2014 31.387.461 (21.421.572) 9.965.889
A maturidade média das responsabilidades do plano ascende a 11 anos.
O detalhe da natureza dos ativos que constituem o fundo do plano de pensões é como se segue:
2014 2013
Obrigações 13.067.159 12.884.566 Imóveis 4.070.099 3.476.788 Ações 3.213.236 2.658.720 Depósitos 214.216 204.517 Outros 856.863 1.227.102 21.421.572 20.451.692
A contribuição estimada para o Fundo de pensões, em 2015, ascenderá a 1.402 milhares de Euros.
Análise de sensibilidade
Análise de sensibilidade das responsabilidades por benefícios definidos às variações ponderadas da taxa de descon-to:
Taxa 2014Aumento de 0,50% na taxa de desconto 3,00% 29.815.630 Aumento de 0,25% na taxa de desconto 2,75% 30.584.562 Taxa de desconto anual das pensões 2,50% 31.387.461
A análise de sensibilidade acima é baseada na alteração individual da taxa de desconto, mantendo todos os outros em valores constantes. O cálculo da análise de sensibilidade foi efetuado com base no método de apuramento das responsabilidades de benefícios definidos reconhecidas na demonstração da posição financeira consolidada (valor presente das obrigações de benefícios definidos calculadas com base no método da unidade projetada no final do período de relato).
Planos de contribuição definida
Em 2014, o valor das contribuições definidas efetuadas pelo Grupo para o plano de contribuição definida gerido pelo BPI Pensões e prémio de jubilação, ascendeu a 1.014.420 Euros (915.273 Euros em 2013).
20. FORNECEDORES
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, os saldos de fornecedores apresentam-se como se segue:
2014 2013 Fornecedores c/c 21.259.026 14.047.815Faturas em receção e conferência 77.503 62.615
Total fornecedores 21.336.529 14.110.430
21. DOCUMENTOS PENDENTES DE VOO
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 a responsabilidade do Grupo, referente a bilhetes emitidos e não utilizados ascendia a 13.296.794 Euros e 12.331.271 Euros, respetivamente.
22. OUTRAS CONTAS A PAGAR
Em 31 de dezembro de 2013 e 2014, o detalhe da rubrica de Outras contas a pagar é como segue:
136 137Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
2014 2013
Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente TotalOutros credores Taxas aeronáuticas 2.808.609 - 2.808.609 3.642.300 - 3.642.300 Credores diversos 2.151.718 - 2.151.718 1.842.036 - 1.842.036 Adiantamentos de clientes 159.343 - 159.343 11.769 - 11.769 Estado e outros entes públicos Imposto sobre o rendimento singular 841.176 - 841.176 785.596 - 785.596
Segurança social 1.101.258 - 1.101.258 1.018.958 - 1.018.958 Outros 10.470 - 10.470 9.461 - 9.461 Rendimentos diferidos SATA Imagine 3.049.831 - 3.049.831 2.559.176 - 2.559.176 Outros rendimentos diferidos 341.627 - 341.627 668.645 - 668.645 Acréscimos de gastos Remunerações a liquidar 6.681.738 - 6.681.738 5.916.884 - 5.916.884 Manutenção Frota Aérea 780.858 1.094.869 1.875.727 - 254.444 254.444 Seguros 226.083 - 226.083 - - - Outros acréscimos 4.672.022 - 4.672.022 1.592.831 - 1.592.831
Outras contas a pagar 22.824.733 1.094.869 23.919.602 18.047.656 254.444 18.302.100
A rubrica de taxas aeronáuticas refere-se, essencialmente, a valores a pagar a diversas entidades, relacionados com taxas cobradas aos clientes nos bilhetes emitidos.
No âmbito da aplicação do IFRIC 13 – Programa de fidelização de clientes, a atribuição de milhas aos clientes aderen-tes ao programa de fidelização denominado “SATA Imagine”, é diferida com base no valor unitário da milha, percecio-nado pelo cliente (Nota 3.21.).
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 os outros rendimentos diferidos nos montantes de 341.627 Euros e 668.645 Euros, respetivamente, respeita a faturação referente a voos charter efetuada por antecipação, cujo rédito será reco-nhecido posteriormente, aquando da realização do voo respetivo.
A rubrica de remunerações a liquidar respeita a férias e subsídio de férias a pagar em 2015.
O acréscimo de gastos para Manutenção da Frota Aérea refere-se à estimativa de custos que a SATA terá de incorrer aquando da preparação dos aviões em regime de locação operacional para entrega às respetivas entidades locadoras (phase out) e o custo com as próximas grandes manutenções nos aviões. Este montante foi apurado de acordo com as horas de voo realizadas por cada avião e tendo em conta um custo médio por hora de voo.
23. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVADOS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013 o Grupo tinha negociado instrumentos financeiros derivados relativos a swaps de taxa de juro, que qualificam como de cobertura, conforme se detalha:
2014 2013 Ativos Passivos Ativos Passivos Variação Swap taxa de juro – não corrente - - - - -
Swap taxa de juro – corrente - 3.816 - 182.766 (178.950)Opção jet fuel – corrente - - - 55.696 (55.696) - 3.816 - 238.462 (234.646)
O Grupo encontra-se exposto ao risco de variabilidade da taxa de juro em resultado do contrato de locação financeira para a aquisição da aeronave A310 CS-TKN, no qual a SATA paga Euribor a 1 mês, acrescida de spread de 0,2%.
Para fazer face ao risco indicado, a SATA celebrou um contrato de Swap, o qual permite fixar em 3,05% até maio de 2015 o custo do financiamento da sua dívida para o prazo da vida do contrato de permuta de taxa de juro, desde que o indexante não ultrapasse a barreira de 5,75%.
Adicionalmente, em resultado do contrato de locação financeira para aquisição das duas aeronaves Dash Q200, no qual a SATA paga Euribor a 1 mês acrescida de spread de 0,4%, em junho de 2009 foi contratada uma operação de cobertura de risco na modalidade de Collar Plus nas quais o Grupo recebe a Euribor a 1 mês e paga: (i) 2,4% se a Eu-ribor a 1 mês for inferior a 0,97%; (ii) Euribor a 1 mês se a Euribor estiver entre 0,97% e 3,8%; (iii) 3,8% se a Euribor a 1 mês for superior a 3,8%. O referido contrato cessou em agosto de 2014.
O justo valor das operações corresponde ao valor “mark-to-market” determinado com base nas condições acordadas e a curva de taxas de juro de mercado estimadas, à data do relato financeiro, corresponde ao nível 2 da hierarquia de justo valor.
24. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS POR CATEGORIA
As políticas contabilísticas de mensuração para instrumentos financeiros de acordo com a IAS 39 foram aplicadas aos seguintes ativos e passivos financeiros, com referência a 31 de dezembro de 2014 e 2013:
2014
Créditos e
valores a
receber
Instrumentos
financeiros
derivados de
cobertura
Ativos/
Passivos ao
justo valor por
via resultados
Ativos
financeiros
disponíveis
p/ venda
Outros passivos
financeiros
Ativos/ passivos
não financeiros Total
Ativos
Outras contas a receber- não corrente 2.558.235 - - - - - 2.558.235
Ativos financeiros disponíveis p/ venda - - - 99.461 - - 99.461
Caixa e equivalentes de caixa 9.625.842 - - - - - 9.625.842
Clientes e outras contas a receber 88.781.130 - - - - 1.621.335 90.402.465
Total Ativos financeiros 100.965.207 - - 99.461 - 1.621.335 102.686.003
Passivos
Empréstimos obtidos - não corrente - - - - (59.732.641) - (59.732.641)
Outras contas a pagar- não corrente - - - - (1.094.869) - (1.094.869)
Empréstimos obtidos - corrente - - - - (102.553.472) - (102.553.472)
Instrumentos financeiros derivados - (3.816) - - - - (3.816)
Fornecedores e outras contas a pagar - - - - (38.816.900) (5.344.362) (44.161.262)
Total passivos financeiros - (3.816) - - (202.197.882) (5.344.362) (207.546.060)
138 139Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
2013
Créditos e valo-
res a receber
Instrumentos
financeiros
derivados de
cobertura
Ativos/
Passivos ao
justo valor por
via resultados
Ativos finan-
ceiros
disponíveis
p/ venda
Outros passivos
financeiros
Ativos/ passivos
não financeiros Total
Ativos
Outras contas a receber- não corrente 2.257.230 - - - - - 2.257.230
Ativos financeiros disponíveis p/ venda - - - 99.014 - - 99.014
Caixa e equivalentes de caixa 17.803.787 - - - - - 17.803.787
Clientes e outras contas a receber 81.272.572 - - - - 1.321.489 82.594.061
Total Ativos financeiros 101.333.589 - - 99.014 - 1.321.489 102.754.092
Passivos
Empréstimos obtidos - não corrente - - - - (50.169.047) - (50.169.047)
Outras contas a pagar- não corrente - - - - (254.444) - (254.444)
Empréstimos obtidos - corrente - - - - (92.105.976) - (92.105.976)
Fornecedores e outras contas a pagar - - - - (27.116.250) (5.041.836) (32.158.086)
Instrumentos financeiros derivados - (238.462) - - - - -
Fornecedores e outras contas a pagar - - - - (27.116.250) (5.041.836) (32.158.086)
Total passivos financeiros - (238.462) - - (196.761.967) (10.083.672) (206.845.639)
25. JUSTO VALOR DE ATIVOS E PASSIVOS
O justo valor dos ativos e passivos valorizados ao justo valor, corresponde aos seguintes níveis, tal como previsto na nota 3.7:
2014 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total
Passivos financeiros Instrumentos financeiros derivados - (3.816) - (3.816) Passivos não financeiros Outras contas a pagar - (3.049.831) - (3.049.831) - (3.053.647) - (3.053.647)
2013
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Total Passivos financeiros Instrumentos financeiros derivados - (238.462) - (238.462) Passivos não financeiros Outras contas a pagar - (2.559.176) - (2.559.176) - (2.797.638) - (2.797.638)
Instrumentos financeiros derivados
No decurso de 2014 e 2013, a variação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, foi registada em capitais próprios. A decomposição do justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se detalhada na Nota 23.
Outras contas a pagar
O Programa SATA Imagine encontra-se mensurado ao justo valor percecionado pelo cliente. A mensuração do justo valor da milha atribuída aos passageiros tem por base a tarifa média anual praticada para as lowest fares, cujos dados são considerados como observáveis no mercado.
26. VENDAS E PRESTAçãO DE SERVIçOS
O montante de vendas e prestações de serviços reconhecido na demonstração dos resultados, é detalhado como segue:
2014 2013 Vendas de Produtos Merchandising 8.358 9.673 Malas 380 391 Outros 84 - Sub-total 8.822 10.064 Prestação de Serviços Exploração aérea Voos Regulares 116.709.905 117.839.326 Operações Charter 10.957.075 19.036.430 Assistência a aviões de terceiros 3.637.040 3.962.961 Comissões de tráfego 284.698 747.093 Encaminhamentos 3.321.006 3.123.168 Taxa de terminal 1.020.495 990.126 Serviços de gestão aeroportuária 1.740.189 1.582.315 Outros 16.713.936 24.643.460 Sub-total 154.384.344 171.924.879 Vendas e prestações de serviços 154.393.166 171.934.943
27. SUBSÍDIOS À EXPLORAçãO
O montante de subsídios à exploração reconhecido na demonstração dos resultados consolidados é detalhado como segue:
2014 2013
Subsídios à exploração:Contrato obrigação serviço público (Nota 13) 21.379.420 23.138.049Reequilibrio Financeiro (Nota 13) 854.397 1.336.963Indemnizações compensatórias 5.510.335 5.081.814Subsídios Bilhete Madeira (Nota 13) - 1.995.555Outros (15.211) 243.077
27.728.941 31.795.458
28. FORNECIMENTOS E SERVIçOS EXTERNOS
O detalhe dos custos com fornecimentos e serviços externos incorridos nos exercícios de 2014 e 2013 é como segue:
140 141Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
2014 2013 Combustíveis e lubrificantes 53.932.938 59.758.488 Comunicação 2.622.629 2.851.069 Reservas de manutenção por horas de voo 9.326.389 10.479.860 Taxas aeroportuárias 7.586.419 8.076.084 Outras Taxas 4.659.098 5.395.572 Catering 3.984.513 3.986.166 Manutenção 7.307.539 6.645.991 Cedência de pessoal - 337.581 Rendas e Alugueres 11.906.312 12.130.071 Serviços relativos a tráfego 1.654.442 2.077.046 Taxas relativas a voo 1.098.079 1.450.714 Conservação e reparação 2.510.038 1.815.894 Handling 8.779.123 9.896.861 Comissões 4.108.107 5.197.624 Vigilância e segurança 861.101 776.592 Manutenção de sistemas informáticas 813.204 886.582 Deslocações e estadas 209.494 398.188 Publicidade e propaganda 358.120 332.219 Limpeza e higiene 695.342 711.609 Outros 18.749.630 16.149.392 Fornecimentos e serviços externos 141.162.519 149.353.601
A redução dos gastos relacionados com fornecimentos e serviços externos deve-se essencialmente, à redução gene-ralizada dos gastos relacionados com a operação de transporte aéreo, incluindo gastos com combustíveis.
29. GASTOS COM O PESSOAL
Os gastos com pessoal, incorridos durante o exercício de 2014 e 2013, foram como segue:
2014 2013 Remunerações Orgãos sociais 312.456 247.746 Pessoal 45.173.284 44.133.732 45.485.740 44.381.478 Benefícios pós-emprego (Nota 19): Plano de benefício definido 500.700 443.410 Plano de contribuição definida 747.855 672.650 Prémio de jubilação 266.565 242.623 1.515.120 1.358.683 Encargos sociais Encargos sobre remunerações 9.665.889 9.828.276 Indemnizações 83.711 24.525 Custos de acção social 81.011 58.120 Outros 2.911.945 4.788.467 12.742.556 14.699.388 Custos com o pessoal 59.743.416 60.439.549
O número médio de empregados do Grupo encontra-se detalhado no Relatório Consolidado de Gestão.
30. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica de outros rendimentos e ganhos pode ser apresentada como segue:
2014 2013 Diferenças de câmbio favoráveis 1.290.446 - Ganhos em Derivados de Cobertura 9.424 343.635 Rendimentos suplementares 1.560.005 70.279 Ganhos em inventários 5.672 8.136 Outros 95.143 172.546 2.960.690 594.596
O incremento dos rendimentos suplementares decorre da sublocação da aeronave TKP durante o exercício de 2014. 31. OUTROS GASTOS E PERDAS
O detalhe da rubrica de outros gastos e perdas é apresentado no quadro seguinte:
2014 2013 Impostos 740.389 507.701 Comissões 1.485.377 867.352 Perdas em Derivados de Cobertura 660.565 1.801.059 Diferenças cambiais desfavoráveis 0 723.818 Alienações ativos tangíveis 56.090 316 Garantias Bancárias 100.808 205.820 Perdas em inventários 93.161 2.540 Outros 188.388 950.522 3.324.778 5.059.128
32. GASTOS E RENDIMENTOS FINANCEIROS
O detalhe dos gastos financeiros incorridos e rendimentos financeiros obtidos é como segue:
2014 2013 Gastos financeiros Juros empréstimos 5.060.370 3.647.328 Juros locações financeiras 1.079.046 1.218.772 Comissões, taxas e outros 2.100.989 2.140.921 8.240.405 7.007.021 Rendimentos financeiros Juros obtidos 81.538 16.312 Outros 101.231 7.521 182.769 23.833
142 143Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
33. IMPOSTO DO EXERCÍCIO
A decomposição do montante de imposto do exercício reconhecido nas demonstrações financeiras consolidadas é conforme segue:
2014 2013 Imposto s/ rendimento corrente 444.957 445.005 Excesso/insuficiência estimativa imposto 3.214 (3.168)Imposto s/ rendimento diferido (Nota 9) (5.053.517) 49.383 Imposto sobre o rendimento (4.605.346) 491.220
A reconciliação do montante de imposto do exercício é conforme segue:
2014 2013 Resultado antes de Imposto (39.389.708) (29.869.771)Taxa de Imposto 18,4% 17,50% (7.247.706) (5.227.210) Prejuízos fiscais dedutíveis s/ Imposto diferido 1.883.792 4.061.172 Tributação autónoma 399.000 290.000 Excesso/insuficiência estimativa anos anteriores 3.214 (3.168)Outros ajustamentos 356.354 1.370.426 Imposto s/ rendimento (4.605.346) 491.220 Taxa efetiva de imposto 11,7% -1,6%
A taxa de imposto utilizada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras consolidadas, é conforme segue:
2014 2013 Taxa de imposto 18,40% 17,50%Derrama 0,00% 0,00% 18,40% 17,50%
34. COMPROMISSOS
Compromissos com locações operacionais
Conforme referido na Nota 3.19., as responsabilidades com contratos de locação operacional não se encontram regis-tadas na demonstração de posição financeira consolidada do Grupo.
Resumo das rendas vincendas relacionadas com os contratos de locação operacional em vigor à data de 31 de de-zembro de 2014:
Rendas vincendas < 1ano 1 - 5 anos Locações operacionais Airbus A320 7.174.000 5.347.833 7.174.000 5.347.833
35. CONTINGêNCIAS
Garantias bancárias
A SATA tem os seguintes passivos contingentes decorrentes das garantias bancárias prestadas, conforme segue:
2014 2013
Beneficiário Início
Montante em
divisa Moeda Euros
Montante em
divisa Moeda Euros
Região Autónoma dos Açores 01-10-2009 - EUR 5.750.000 - EUR 5.750.000
Tribunal de Trabalho de Ponta Delgada 10-02-2010 - EUR 356.993 - EUR 356.993
Estado Português (rota Funchal – Porto Santo) 01-01-2011 - EUR 297.629 - EUR 297.629
Região Autónoma dos Açores 01-10-2014 - EUR 200.000 - EUR -
Direcção Geral das Alfândegas 08-08-2005 - EUR 5.000 - EUR 5.000
Secretaria Regional do Turismo e Transportes 14-09-2010 - EUR - - EUR 8.802.101
Secretaria Regional Economia 30-06-2005 - EUR 696.537 - EUR 696.537
Secretaria Regional Economia 28-11-2005 - EUR - - EUR 4.697.624
Esso Portuguesa, S.A. 18-03-2002 - EUR - - EUR 14.964
Estado Português 26-05-2010 - EUR - 4.460.227 EUR 4.460.227
Estado Português 19-12-2011 4.234.283 EUR 4.234.283 4.234.283 EUR 4.234.283
Estado Português 19-12-2010 - EUR - 2.715.331 EUR 2.715.331
Estado Português 19-12-2012 2.486.597 EUR 2.486.597 2.486.597 EUR 2.486.597
Estado Português 19-12-2013 2.438.989 EUR 2.438.989 - - -
Massachussets Port Authority 06-12-2010 241.910 USD 182.260 241.910 USD 175.602
ExxonMobil Petroleum & Chemical BVBA 01-02-2011 - USD - 200.000 USD 145.180
AENA 05-05-2000 140.000 EUR 140.000 120.202 EUR 120.202
The Greather Toronto Airport Auth. 31-12-2009 153.393 CAD 104.493 153.393 CAD 104.599
Statoil Fuel & Retail Aviation AS 31-05-2012 - USD - 120.000 USD 87.108
Servisair 03-05-2011 90.000 CAD 61.309 90.000 CAD 61.371
Shell Aviation Espana, S.L.U. 30-04-2013 80.000 USD 60.274 80.000 USD 58.072
DB Vertrieb Gmbh 17-09-2013 - EUR - 40.000 EUR 40.000
Port of Oakland 15-12-2010 60.000 USD 45.205 60.000 USD 43.554
Amsterdam Airport Schiphol 15-04-2010 35.000 EUR 35.000 35.000 EUR 35.000
Fraport AG Frankfurt Services wordline 07-03-2005 30.000 EUR 30.000 30.000 EUR 30.000
H.M Customs and revenue 13-04-2010 24.810 GBP 30.780 24.810 GBP 29.752
Aviapartner Nantes Atlantique 31-12-2009 25.274 EUR 25.274 25.274 EUR 25.274
Government of Canada 29-06-2010 30.000 CAD 20.436 30.000 CAD 20.457
AER Rianta 31-12-2009 20.316 EUR 20.316 20.316 EUR 20.316
Aeroport de Paris- Orly 11-09-2009 - EUR - 20.000 EUR 20.000
Fundação Inatel 14-11-2011 - EUR - 11.335 EUR 11.335
Ibéria 01-01-2011 10.000 EUR 10.000 10.000 EUR 10.000
Aeroport Nantes Atlantique 31-12-2009 7.500 EUR 7.500 7.500 EUR 7.500
Alfandega de Ponta Delgada 19-04-1999 4.988 EUR 4.988 4.988 EUR 4.988
Aerogate Munchen Gesellschaft Fur 01-03-2012 3.000 EUR 3.000 3.000 EUR 3.000
Paypal 11-07-2014 72.000 USD 54.246 - - -
Entreposto Gestão Imobiliária 11-08-2014 25.912 EUR 25.912 - - -
Outros - EUR 12.000 - EUR 17.000
17.339.020 35.587.596
A garantia prestada à Região Autónoma dos Açores resulta do contrato de concessão de atividade de transporte aéreo regular dentro do Arquipélago dos Açores.
Em 14 de setembro de 2010, o Grupo prestou uma garantia à Secretaria Regional do Turismo e Transportes, no valor de 8.802.101 Euros, relativa às obras nos aeródromos das Ilhas de Corvo, Graciosa, Pico, S. Jorge e Flores, no âmbito do protocolo celebrado entre a subsidiária SATA Gestão de Aeródromos com a Secretaria Regional do Turismo e Trans-portes, que terminou durante o exercício de 2014.
144 145Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Conforme indicado na Nota Introdutória, a subsidiária SATA Air Açores mantinha um contrato de concessão de servi-ços aéreos para a rota Funchal – Porto Santo. Esta rota é subsidiada sob a forma de compensação financeira e remu-neração de capital, tendo a empresa prestado uma garantia ao Estado Português, no montante de 297.629 Euros.
As garantias prestadas ao Estado Português foram ao abrigo do contrato de exploração das rotas de serviço público entre o Continente e a Região Autónoma dos Açores e entre esta e a Região Autónoma da Madeira (até 31 de de-zembro de 2013).
Ativos e Passivos contingentes
A 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Grupo não apresenta ativos ou outros passivos contingentes passíveis de divulgação.
36. PERÍMETRO DA CONSOLIDAçãO
As Empresas do grupo incluídas na consolidação à data de 31 de dezembro de 2014 e 2013 são as seguintes:
31 de dezembro de 2014
Designação atividade Sede
Capital
próprio Ativos Passivos
Volume de
negócios
Lucro/
(prejuízo) % detida
SATA SGPS
Sociedade gestora de participações
sociais Ponta Delgada 3.722 65.298 61.576 40.000 (1.622) n.a.
SATA Air Açores
Transporte aéreo regular inter-ilhas
Assistência em escala ou handling
Manutenção de aeronaves Ponta Delgada (29.929.394) 126.173.627 156.103.021 33.310.383 (8.832.006) 100%
SATA Internacional Transporte aéreo regular Ponta Delgada (28.422.549) 51.901.910 80.324.459 127.499.625 (24.808.346) 100%
SATA Gestão Aeródromos
Gestão de infra-estruturas
aeroportuárias Ponta Delgada 1.985.658 9.822.883 7.837.225 2.965.586 (226.350) 100%
Azores Express Tours Inc.
Atividades relacionadas com
viagens e turismo EUA 834.872 1.257.759 422.888 692.732 4.534 100%
SATA Express E.P.Inc.
Atividades relacionadas com
viagens e turismo Canadá 1.321.681 1.393.749 72.068 833.530 45.646 100%
31 de dezembro de 2013
Designação atividade Sede
Capital
próprio Ativos Passivos
Volume de
negócios
Lucro/ (pre-
juízo) % detida
SATA SGPS
Sociedade gestora de participações
sociais Ponta Delgada 5.344 136.801 131.457 40.000 2.165 n.a.
SATA Air Açores
Transporte aéreo regular inter-ilhas
Assistência em escala ou handling
Manutenção de aeronaves Ponta Delgada (18.875.043) 124.849.517 143.724.560 33.268.851 (26.235.837) 100%
SATA Internacional Transporte aéreo regular Ponta Delgada (3.688.439) 50.535.213 54.223.652 144.635.262 (21.669.234) 100%
SATA Gestão Aeródromos
Gestão de infra-estruturas
aeroportuárias Ponta Delgada 2.212.008 8.563.247 6.351.239 2.727.706 24.119 100%
Azores Express Tours Inc.
Atividades relacionadas com
viagens e turismo EUA 1.035.395 1.555.353 519.958 718.460 (28.465) 100%
SATA Express E.P.Inc.
Atividades relacionadas com
viagens e turismo Canadá 1.907.243 2.300.835 393.592 1.389.433 20.156 100%
37. PARTES RELACIONADAS
Em 31 de dezembro de 2014 e 2013, o Grupo SATA é detido em 100% pela Região Autónoma dos Açores.
Remuneração do Conselho de Administração
O Conselho de Administração do Grupo foi considerado de acordo com a IAS 24 como sendo os únicos elementos “chave” da gestão do Grupo. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, as remunerações auferidas pelo Conselho de Administração do Grupo ascenderam a 312.456 Euros (2013: 247.746 Euros).
Saldos e transações entre partes relacionadas
Os saldos e transações, com entidades relacionadas a 31 de dezembro de 2014 e 2013, são como segue:
2014 2013Outras contas a receberSecretaria Regional do Turismo e dos Transportes 53.435.849 46.347.063DRPFE 370.250 374.737
53.806.099 46.721.800
2014 2013Serviços prestadosSecretaria Regional do Turismo e dos Transportes 24.908.088 27.164.738
24.908.088 27.164.738
A natureza dos saldos e transações com a Secretaria Regional do Turismo e dos Transportes e a Direção Regional do Planeamento e Fundos Estruturais encontram-se descritas na Nota 13.
38. EVENTOS SUBSEQUENTES
O Conselho de Administração não tem conhecimento de quaisquer eventos subsequentes à data de relato que pos-sam ter impacto significativo nas demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2014.
CONSELHO DE ADMINISTRAçãO
Luís Manuel Ferreira Parreirão Gonçalves(Presidente)
Isabel Maria dos Santos Barata(Administradora)
Francisco Cezar Ramos Fernandes Gil(Administrador)
Francisco José Massa Flor Franco(Administrador)
João Miguel Meneses Bettencourt Soares(Administrador)
TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
António Jorge Ferreira da Silva
146 147Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Certificação Legal de Contas
148 149Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
150 151Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Relatório e Parecer do Fiscal Único
152 153Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
INDICADOR GRI LOCALIZAçÃO
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
G4 -1 Declaração do Presidente do Conselho de Ad-ministração sobre a relevância da sustentabi-lidade para a organização e a sua estratégia de sustentabilidade
Entrevista ao Presidente. Pág.
G4 - 2 Principais impactos, riscos e oportunidades 3. A SATA - Gestão do Risco; Pág. 4. 2013 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
PERFIL ORGANIZACIONAL
G4 - 3 Nome da organização Sobre este Relatório. Pág. G4 - 4 Principais produtos e serviços 1. A SATA - O Grupo SATA. Pág.
2. A Estratégia SATA - Pág. 3. A criação de valor - Clientes. Pág.
G4 - 5 Localização da sede da organização Avenida Infante D. Henrique, 55-6.º, 9504-528 Ponta Delgada, Açores – Portugal.
G4 - 6 Número de países nos quais a organização opera e nome dos países nos quais as suas principais operações estão localizadas ou que são especialmente relevantes para os tópicos de sustentabilidade abordados no relatório
1. A SATA - O Grupo SATA. Pág. 2. A Estratégia SATA - Pág.
G4 - 7 Tipo e natureza legal de propriedade Sobre este Relatório. 1. A SATA - O Grupo SATA. Pág.
G4 - 8 Mercados servidos 1. A SATA - O Grupo SATA. Pág. 2. A Estratégia SATA - Pág.
G4 - 9 Dimensão da organização Principais destaques - Principais Indicadores. Pág. 1. A SATA - O Grupo SATA. Pág.
G4 - 10 Número total de colaboradores, discriminados por contrato de trabalho e género.
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - 11 Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de contratação coletiva
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - 12 Cadeia de fornecedores da organização 3. A criação de valor - Gestão de Fornecedores. Pág.
G4 - 13 Alterações significativas ocorridas no de-correr do período coberto pelo relatório em relação à dimensão, estrutura, participação acionista ou cadeia de fornecedores da orga-nização
Não se registaram alterações significativas no decorrer do período coberto pelo relatório. 1. A SATA - O Grupo SATA. Pág.
G4 - 14 Abordagem ao princípio da precaução 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. PágG4 - 15 Cartas, princípios ou outras iniciativas desen-
volvidas externamente de caráter económico, ambiental e social que a organização subscre-ve ou endossa
Não existente
G4 - 16 Participação em associações e organizações nacionais ou internacionais de defesa
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas – pág. 3. A criação de valor - Apoio à Comunidade - Págs.
ASPECTOS MATERIAIS IDENTIFICADOSE LIMITES
G4 - 17 Totalidade das entidades incluídas nas de-monstrações financeiras consolidadas
Demonstrações financeiras “Nota 8. Investimen-tos em subsidiárias”
G4 - 18 Processo adotado para definição do conteúdo do relatório e os limites dos Aspectos
Sobre este Relatório
G4 - 19 Aspectos materiais identificados no processo de definição do conteúdo do relatório
Sobre este Relatório
Tabela GRI PARA A OPçãO “DE ACORDO” – Abrangente
G4 - 20 Limite de cada Aspecto material dentro da organização
Sobre este Relatório
G4 - 21 Limite de cada Aspecto material fora da or-ganização
Sobre este Relatório
G4 - 22 Reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais re-formulações
Não se registaram reformulações face a informa-ção fornecida em relatórios anteriores
G4 - 23 Alterações significativas em relação a perío-dos cobertos por relatórios anteriores quanto ao âmbito e ao limite dos Aspectos
Não se registaram alterações significativas face a relatórios anteriores.
ENVOLVIMENTO COM STAKEHOLDERS
G4 - 24 Lista de grupos de stakeholders da organiza-ção
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas. Pág.
G4 - 25 Base para identificação e seleção de stakehol-ders
Sobre este relatório – pág.
G4 - 26 Abordagem adotada para envolvimento com stakeholders, inclusive a frequência do envol-vimento por tipo e por grupo
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas. Pág. Website (formas de comunicação com as partes interessadas)
G4 - 27 Principais questões e preocupações apon-tadas pelos stakeholders como resultado do processo de envolvimento e as medidas ado-tadas pela organização no tratamento das mesmas
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas. Caixas com temas relevantes ao longo do RI. Págs.
PERFIL DO RELATÓRIO
G4 - 28 Período coberto pelo relatório 1 janeiro a 31 dezembro de 2014G4 - 29 Data do relatório anterior mais recente 2013G4 - 30 Ciclo de emissão de relatórios AnualG4 - 31 Contactos para questões sobre o relatório ou
os seus conteúdosSobre este Relatório e Contracapa. Págs.
G4 - 32 Opção “de acordo” escolhida pela organização e respetivo índice da conteúdo da GRI
Presente Tabela
G4 - 33 Política e prática correntes adotadas pela or-ganização para submeter o relatório a uma verificação externa
Sobre este Relatório Apenas a informação financeira é submetida a verificação externa. É intenção da SATA subme-ter, no futuro, a informação de sustentabilidade a um processo de verificação externa.
GOVERNANCE
G4 - 34 Estrutura de governo da organizações, in-cluindo comissões subordinadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág.
G4 - 35 Processo utilizado para a delegação de auto-ridade sobre tópicos económicos, ambientais e sociais pelo mais alto órgão de governo, para executivos seniores e outros colabora-dores
O Conselho de Administração é o órgão com res-ponsabilidade máxima nas questões económicas, ambientais e sociais, tendo alocado 4 colaborado-res às áreas de sustentabilidade, com diferente experiência profissional e competências.
G4 - 36 Designação de um ou mais cargos e funções de nível executivo como responsável pelos tópicos económicos, ambientais e sociais e se esses responsáveis reportam diretamente ao Conselho de Administração
O Conselho de Administração é o órgão com res-ponsabilidade máxima nas questões económicas, ambientais e sociais, tendo alocado 4 colaborado-res às áreas de sustentabilidade, com diferente experiência profissional e competências. Estes colaboradores reportam diretamente ao Conselho de Administração.
154 155Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
G4 - 37 Processos de consulta utilizados entre stakeholders e Conselho de Administração relativamente a tópicos económicos, ambien-tais e sociais
3. A criação de valor - Envolvimento com as partes interessadas (Auscultação das partes interessadas). Pág. Sobre este relatório
G4 - 38 Composição do Conselho de Administração e das suas comissões
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág.
G4 - 39 O presidente do Conselho de Administração é também membro executivo
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág.
G4 - 40 Processos de seleção e nomeação para o Con-selho de Administração e as suas Comissões, bem como, os critérios adotados para sele-cionar e nomear os membros do Conselho de Administração
1. A SATA - Modelo de Governo Pág. Estatutos da SATA Air Açores (Decreto Legislativo Regional n.º 2/88/A - Artigo 5º).
G4 - 41 Processos utilizados pelo Conselho de Admi-nistração para garantir a prevenção e gestão de conflitos de interesse
1. A SATA - Modelo de Governo Pág. 19-21
G4 - 42 Papéis desempenhados pelo Conselho de Ad-ministração e pelos executivos seniores no de-senvolvimento, aprovação e atualização de ob-jetivos, missão, visão e valores, e definição de estratégias, políticas e metas relacionadas com impactes económicos, ambientais e so-ciais
O Conselho de Administração é o órgão respon-sável por apreciar, debater e monitorizar a im-plementação das várias iniciativas propostas e desenvolvidas pelas áreas com responsabilidades nos temas económicos, ambientais e sociais.
G4 - 43 Medidas tomadas para desenvolver e aprimo-rar o conhecimento do Conselho de Adminis-tração sobre tópicos económicos, ambientais e sociais
Anexos - Currículo dos membros do Conselho de Administração. Pág. 80
G4 - 44 Processos de avaliação do desempenho do Conselho de Administração no que diz res-peito ao governo de tópicos económicos, am-bientais e sociais
1. A SATA - Modelo de Governo Pág. 19-21 Estatuto do Gestor Público Regional (Decreto Legislativo Regional n.º 12/2008/A - Artigo 6.º) Estatutos da SATA Air Açores (Decreto Legislativo Regional n.º 2/88/A - Artigo 11.º).
G4 - 45 Papel desempenhado pelo Conselho de Admi-nistração na identificação e gestão de impac-tes, riscos e oportunidades relacionados com questões económicas, ambientais e sociais, bem como, na implementação de processos de due dilligence
1. A SATA - Gestão do Risco. Pág.
G4 - 46 Papel desempenhado pelo Conselho de Admi-nistração na análise da eficácia dos processos de gestão de risco da organização para tópi-cos económicos, ambientais e sociais
1. A SATA - Gestão do Risco. Pág.
G4 - 47 Frequência com que o Conselho de Adminis-tração analisa impactos, riscos e oportunida-des relacionados com questões económicas, ambientais e sociais
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág. 1. A SATA - Gestão do Risco. Pág. Website “Principais Riscos”.
G4 - 48 Órgão ou cargo que analisa e aprova formal-mente o relatório de sustentabilidade da or-ganização e garante que todos os Aspectos materiais sejam abordados
O Conselho de Administração é o órgão responsá-vel pela análise e aprovação formal do Relatório Integrado. O Gabinete de Projetos Corporativos é a área responsável por assegurar a elaboração do presente relatório.
G4 - 49 Processo adotado para comunicar preocupa-ções críticas ao Conselho de Administração
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas (Comunicação interna). Pág.
G4 - 50 Natureza e número total de preocupações crí-ticas comunicadas ao Conselho de Adminis-tração e o(s) mecanismo(s) adotado(s) para abordá-las e resolvê-las
Foco na Segurança. Págs.
G4 - 51 Políticas de remuneração aplicadas ao Conse-lho de Administração e a executivos seniores
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág. Estatuto do Gestor Público Regional (Decreto Legislativo Regional n.º 12/2008/A - Capítulo VI). Estatutos da SATA Air Açores (Decreto Legislativo Regional n.º 2/88/A - Artigo 6º, alínea J e Artigo 13.º).
G4 - 52 Processo adotado para a determinação da re-muneração
A política de remuneração dos membros do Con-selho de Administração é definida de acordo com os Estatutos do Gestor Público Regional e com os Estatutos da SATA (vide G4 - 51).
G4 - 53 Opiniões dos stakeholders são solicitadas e levadas em conta em relação à questão da remuneração, incluindo os resultados de vo-tações sobre políticas e propostas de remu-neração, se aplicável
A política de remuneração dos membros do Con-selho de Administração é definida de acordo com os Estatutos do Gestor Público Regional e com os Estatutos da SATA (vide G4 - 51).
G4 - 54 Proporção entre a remuneração anual total do indivíduo mais bem pago em cada país em que a organização possua operações signifi-cativas e a remuneração média anual total de todos os colaboradores (excluindo o mais bem pago) no mesmo país
Sata Air Açores: 733% (Remuneração mais elevada - 134.796 € ; Remuneração média anual - 18.399 € ). Sata Internacional: 628% (Remuneração mais elevada - 135.952 €; Remuneração média anual - 21.634 €) . Sata Aeródromos: 447% (Remuneração mais elevada - 47.392 €; Remuneração média anual - 10.611 €).
G4 - 55 Proporção entre o aumento percentual da remuneração total anual do indivíduo mais bem pago em cada país em que a organização possua operações significativas e o aumento percentual médio da remuneração anual total de todos os colaboradores (excluindo o mais bem pago) no mesmo país
Em 2014, não existiram aumentos salariais para os colaboradores do Grupo SATA, mas apenas os descongelamentos decorrentes do acordo entre a SATA e os sindicatos.
ÉTICA E INTEGRIDADE
G4 - 56 Valores, princípios, padrões e normas de com-portamento da organização
1. A SATA - Modelo de Governo (Princípios de Código de Ética e Conduta). Pág. 3. A Criação de Valor - Clientes (Qualidade do Serviço). Págs.
G4 - 57 Mecanismos internos e externos adotados pela organização para solicitar orientações sobre comportamentos éticos e em conformi-dade com a legislação
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas. Pág.
G4 - 58 Mecanismos internos e externos adotados pela organização para comunicar preocupa-ções relativamente a comportamentos não éticos ou incompatíveis com a legislação e questões relacionadas com a integridade organizacional, como encaminhamento de preocupações pelas vias hierárquicas, meca-nismos para denúncias de irregularidades ou canais de denúncias
3. A criação de valor - Envolvimento com as par-tes interessadas. Pág. 3. A Criação de Valor - Clientes (Monitorização via Moving Up e Customer Care). Pág.
156 157Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
INDICADORES DE DESEMPENHOECONÓMICO
ASPECTO: DESEMPENHO ECONÓMICO
G4 - EC1 Valor económico direto gerado e distribuído SATA SGPS -Valor Económico Gerado (€): 40.176 € -Valor Económico Distribuido (€): 41.798 €-Valor Económico Acumulado (€): (1.622 €)
G4 - EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para a organização devido às alterações climáticas
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. 3. A SATA - Gestão do Risco. Pág.
G4 - EC3 Planos de benefícios oferecidos pela organi-zação
Não aplicável. Ver resposta a indicador no Relató-rio Individual Sata Air Açores
G4 - EC4 Benefícios financeiros significativos recebi-dos pelo governo
26.851.995,79€ no total de ajudas recebidas do governo: -Portugal Continental: 7.881.866,50 €em indeminizações compensatórias atribuídas pelo Governo da República Portuguesa à SATA Air Açores (998.757,50 € ) e SATA Internacional (6.883.109,00 €) -Açores: 18.970.129,29 € em indeminizações compensatórias atribuídas pelo Governo Regio-nal dos Açores à SATA Air Açores - Contrato de Obrigações de Serviço Público (15.636.710,00 € )e à SATA Gestão de Aeródromos – Contrato de Concessão Gestão Aeródromos (3.333.419,29 €)
ASPECTO: PRESENçA NO MERCADO
G4 - EC5 Intervalo de variação da proporção entre o sa-lário mais baixo e o salário mínimo local, por género
O rácio entre o salário mínimo da SATA e o salário mínimo nacional, que difere em função da região (Portugal Continental, Açores, Madeira, EUA e Canadá) é de 100%, igual para ambos os géneros.
G4 - EC6 Proporção de contratação de pessoal para postos de alta gestão na comunidade local
1. A SATA - Modelo de Governo. Pág.
ASPECTO: PRÁTICAS DE COMPRA
G4 - EC9 Proporção de despesas com fornecedores lo-cais
3. A criação de valor - Gestão de Fornecedores. Pág.
INDICADORES DE DESEMPENHOAMBIENTAL
ASPECTO: MATERIAIS
G4 - EN1 Consumo total de materiais por peso ou vo-lume
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
G4 - EN2 Percentagem de materiais utilizados prove-nientes de reciclagem
0%
ASPECTO: ENERGIA
G4 - EN3 Consumo de energia dentro da organização 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. G4 - EN6 Redução do consumo de energia 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: ÁGUA
G4 - EN8 Total de captações de água discriminado por fonte
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: BIODIVERSIDADE
G4 - EN12 Descrição dos principais impactes das ativi-dades, produtos e serviços da organização sobre a biodiversidade em áreas protegidas e em áreas ricas em biodiversidade
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: EMISSõES
G4 - EN15 Emissões diretas de GEE (Âmbito 1) 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. G4 - EN16 Emissões indiretas de GEE (Âmbito 2) 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. G4 - EN20 Emissões de substâncias destruidoras da ca-
mada de ozono, por peso4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. Não se encontra informação disponível.
G4 - EN21 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas Emissões totais de NOx: 2.364 t Emissões totais de SOx: 621 t
ASPECTO: EFLUENTES E RESÍDUOS
G4 - EN22 Produção de efluentes líquidos, por qualidade e por destino
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
G4 - EN23 Peso de resíduos produzidos, por tipo e por método de tratamento
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
G4 - EN24 Ocorrência de derrames 4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág. G4 - EN25 Peso de resíduos perigosos transportados,
importados, exportados ou tratados e percen-tagem de carregamentos de resíduos trans-portados internacionalmente
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: PRODUTOS E SERVIçOS
G4 - EN27 Iniciativas de mitigação dos impactes am-bientais dos produtos e serviços da organiza-ção e a extensão da redução desses impactes
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: CONFORMIDADE
G4 - EN29 Valor monetário de multas e número de san-ções não-monetárias resultantes do não cum-primento de leis e regulamentos ambientais
Em 2014, a SATA não teve qualquer sanção ou multa significativa em matéria ambiental. Adicio-nalmente, não ocorreram inspeções por parte das entidades oficiais, nomeadamente pela Direção Regional do Ambiente.
ASPECTO: TRANSPORTE
G4 - EN30 Impacte ambiental significativo do transpor-te de produtos e outros bens utilizados nas operações da organização e do transporte de pessoal
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: GERAL
G4 - EN31 Total de custos e investimentos em proteção ambiental, por tipo
4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
ASPECTO: AVALIAçãO AMBIENTALDE FORNECEDORES
G4 - EN32 Novos fornecedores avaliados com critérios ambientais
3. A criação de valor – gestão de fornecedores Pág.4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
G4 - EN33 Impactes ambientais negativos na cadeia de abastecimento e ações tomadas
3. A criação de valor – gestão de fornecedores Pág.4. 2014 em Análise - Foco no Ambiente. Pág.
158 159Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
ASPECTO: MECANISMOS DE QUEIXASE RECLAMAçõES RELATIVOS A IMPACTOS AMBIENTAIS
G4 - EN34 Número de reclamações ambientais Em 2014, não se registaram reclamações de caráter ambiental.
INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – PRÁTICAS LABORAIS
ASPECTO: EMPREGO
G4 - LA1 Número e taxa de novas contratações e taxa de rotatividade por faixa etária, género e re-gião
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
Taxa de novas contratações por género:Feminino: 3%Masculino: 4%Total: 7%Taxa de novas contratações por faixa etária:<30: 4%; 30 a 50: 4%; > 50: 0% Taxa de Novas Contratações por região:Açores: 6%; Portugal Continental:1%
Taxa de rotatividade por género:Feminino: 7%Masculino: 10%Total: 7%Taxa de rotatividade por faixa etária:<30: 9%; 30 a 50: 8%; > 50: 0% Taxa de rotatividade por região:Açores: 14%; Portugal Continental:3%
Para o cálculo de novas contratações foi tido em conta os novos colaboradores ativos a 31 de de-zembro de 2014. Para o cálculo de rotatividade, o número de saídas teve em conta os colaboradores sazonais.
G4 - LA2 Benefícios para colaboradores a tempo inte-gral que não são atribuídos aos colaboradores temporários ou a tempo parcial
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - LA3 Taxas de retorno ao trabalho e retenção após licença parental, por género
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.A taxa de retenção corresponde a 100% para colaboradores de ambos os géneros
Nota: Para o cálculo deste indicador, dos colabo-radores com direito a licença parental a contagem excluiu maiores de 45 anos no caso feminino.
ASPECTO: RELAçõES LABORAIS
G4 - LA4 Prazos Mínimos de aviso prévio em caso de alterações operacionais
Definido no Acordo de Empresa. SATA Air Açores: Pessoal Navegante Técnico até 48h. Em anulações de convocatórias até 24h; Pessoal Navegante Comercial até 24h. Em anula-ções de convocatórias até 12h. SATA Internacional: Pessoal Navegante Técnico possível com o Acordo do Comandante; Pessoal Navegante Comercial até 48h. Em anulações de convocatórias até 24h.
ASPECTO: SAÚDE E SEGURANçANO TRABALHO
G4 - LA5 Colaboradores representados em comissões de segurança e saúde ocupacional
100% dos colaboradores encontram-se represen-tados em Comissões de segurança e saúde ocu-pacional da SATA
G4 - LA6 Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e número de óbi-tos relacionados com o trabalho, por região e género
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - LA7 Colaboradores com elevada incidência e ele-vado risco de doenças graves
Zero
G4 - LA8 Temas de saúde e segurança abrangidos por acordos formais com sindicatos
100%
ASPECTO: FORMAçãO E EDUCAçãO
G4 - LA9 Média de horas de formação anual por colabo-rador, género e categoria profissional
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - LA10 Programas de gestão de competências 4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
G4 - LA11 Percentagem de colaboradores que recebem avaliação de desempenho, por género e cate-goria profissional.
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
ASPECTO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES
G4 - LA12 Mão-de-obra por categoria profissional, géne-ro, faixa etária e minoria e outros indicadores de diversidade
4. 2014 em Análise - Gestão do Capital Humano. Pág.
ASPECTO: AVALIAçãO DE FORNECEDORES EM PRÁTICAS LABORAIS
G4 - LA14 Novos fornecedores avaliados com critérios de práticas laborais
3. A Criação de Valor – Gestão de fornecedores. Pág
ASPECTO: MECANISMOS DE QUEIXAS E RE-CLAMAçõES RELACIONADAS COM PRÁTICAS LABORAIS
G4 - LA16 Número de reclamações sobre práticas labo-rais, endereçadas e resolvidas através meca-nismos de reclamação formais
Zero
INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – DIREITOS HUMANOS
ASPECTO: INVESTIMENTO
G4 - HR1 Acordos de investimento e contratos com cláusulas sobre direitos humanos
O cumprimento da legislação é salvaguardado aquando da contratação de fornecedores e pres-tadores de serviço, garantido o respeito pelos di-reitos humanos.
G4 - HR2 Formação dos colaboradores quanto a direi-tos humanos
Zero
ASPECTO: NãO-DISCRIMINAçãO
G4 - HR3 Número total de casos de discriminação e me-didas corretivas tomadas
Em 2014, não foram registadas quaisquer recla-mações a SATA registo relacionadas com discrimi-nação de passageiros com mobilidade reduzida
160 161Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
ASPECTO: LIBERDADE DE ASSOCIAçãOE NEGOCIAçãO COLECTIVA
G4 - HR4 Operações e fornecedores identificados com risco de violação do direito de liberdade de associação e negociação coletiva, e medidas tomadas
Não foram, até à data, identificadas situações de impedimento de associação e negociação coletiva. A SATA cumpre a legislação portuguesa nesta matéria.
ASPECTO: TRABALHO INFANTIL
G4 - HR5 Operações e fornecedores identificados com risco de trabalho infantil, e medidas tomadas
Não foram, até à data, identificadas situações de ocorrência de trabalho infantil. A SATA cumpre a legislação portuguesa nesta matéria.
ASPECTO: TRABALHO FORçADO OUANÁLOGO AO ESCRAVO
G4 - HR6 Operações e fornecedores identificados com risco de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo, e medidas tomadas
Não foram, até à data, identificadas situações de ocorrência de trabalho forçado e escravo. A SATA cumpre a legislação portuguesa nesta matéria.
ASPECTO: PRÁTICAS DE SEGURANçA
G4 - HR7 Formação do pessoal de segurança quanto a direitos humanos
Zero
ASPECTO: DIREITOS INDÍGENAS
G4 - HR8 Número total de casos de violação aos direi-tos dos povos indígenas, e medidas tomadas
Zero
ASPECTO: AVALIAçãO
G4 - HR9 Operações sujeitas a avaliações de direitos humanos
Zero
ASPECTO: AVALIAçãO DE FORNECEDORES EM DIREITOS HUMANOS
G4 - HR10 Novos fornecedores avaliados com critérios de direitos humanos
3. A Criação de Valor – Gestão de fornecedores. Pág
G4 - HR11 Impactes negativos nos direitos humanos na cadeia de abastecimento e ações tomadas
Zero
ASPECTO: MECANISMOS DE QUEIXASE RECLAMAçõES RELATIVOS COMDIREITOS HUMANOS
G4 - HR12 Número de reclamações ambientais, ende-reçadas e resolvidas através mecanismos de reclamação formais
Zero
INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – SOCIEDADE
ASPECTO: COMUNIDADE
G4 - SO1 Operações com programas de envolvimento das comunidades locais
Zero
G4 - SO2 Operações com impactes negativos nas co-munidades locais
Os potenciais impactes negativos da atividade SATA são as descargas no solo, na água e na atmosfera e ruído ambiental, estando ambos devidamente controlados, não constituindo assim impacte na comunidade local. As descargas de águas estão asseguradas pela atribuição de licenças de descargas de águas à SATA Gestão de Aeródromos , pelas entidades camarárias. As descargas no solo não são efetuadas na nossa atividade. As descargas de efluentes para atmosfera são asseguradas pelo CELE. A legislação do ruído ambiental não é abrangido à SATA Gestão de Aeródromos.
ASPECTO: CORRUPçãO
G4 - SO3 Operações alvo de análise de risco de corrup-ção
Todas as empresas são alvo de análise de riscos de corrupção, o que inclui todos os negócios do grupo.
G4 - SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de cor-rupção
Zero
G4 - SO5 Operações alvo de análise de risco de corrup-ção
Zero
ASPECTO: POLÍTICAS PÚBLICAS
G4 - SO6 Valor total de contribuições políticas por país e beneficiário
A SATA não faz contribuições financeiras políticas por imposição da lei.
ASPECTO: CONCORRêNCIA DESLEAL
G4 - SO7 Número total de ações judiciais por concor-rência desleal, práticas de anti trust e mono-pólio e os seus resultados
Zero
ASPECTO: CONFORMIDADE
G4 - SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias por não cumprimento de leis e regulamentos
Zero
ASPECTO: AVALIAçãO DE FORNECEDORES COM IMPACTES NA SOCIEDADE
G4 - SO9 Novos fornecedores avaliados com critérios relacionados com impactes na sociedade
3. A Criação de Valor – Gestão de fornecedores. Pág
G4 - SO10 Impactes negativos na sociedade na cadeia de abastecimento e ações tomadas
Zero
ASPECTO: MECANISMOS DE QUEIXASE RECLAMAçõES RELACIONADASA IMPACTOS NA SOCIEDADE
G4 - SO11 Número de reclamações sobre impactes na sociedade, endereçadas e resolvidas através mecanismos de reclamação formais
Zero
INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL – PRODUTO
Formas de Gestão 3. A Criação de Valor - Clientes. Pág. 4. 2014 em Análise - Foco na Segurança. Pág.
162 163Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
ASPECTO: SAÚDE E SEGURANçA DO CLIENTE*
G4 - PR1 Avaliação dos impactes dos produtos na saú-de e segurança
4. 2014 em Análise - Foco na Segurança. Pág.
G4 - PR2 Número total de não-conformidades com re-gulamentos e códigos voluntários relaciona-dos com impactes na saúde e segurança cau-sados pelos produtos e serviços
4. 2014 em Análise - Foco na Segurança. Pág.
ASPECTO: ROTULAGEM DE PRODUTOSE SERVIçOS*Formas de Gestão 3. A Criação de Valor - Clientes; Pág.
4. 2014 em Análise - Foco na Segurança; Pág.G4 - PR3 Tipo de informação dos produtos exigida pe-
los procedimentos de rotulagem, e percenta-gem de produtos e serviços sujeitos a essas exigências
A informação sobre produtos e serviços é disponibilizada através do website e balcões de informação. Esta informação está de acordo com os regula-mentos e normas da ICAO, as recomendações da IATA e as diretivas comunitárias relativas aos direitos dos passageiros assim como todas as determinações emitidas pelo INAC relativamente a esta matéria. Esta informação cobre 100% dos serviços e produtos.
G4 - PR4 Número total de ocorrências de não-conformi-dade com a legislação e códigos voluntários relacionados com informações e rotulagem dos produtos e serviços, por tipo de resultado
Zero
G4 - PR5 Resultados de avaliação de satisfação de clientes
3. A Criação de Valor - Clientes. Pág.
ASPECTO: PUBLICIDADE
G4 - PR6 Comercialização de produtos banidos ou obje-to de debate público
Zero
G4 - PR7 Número total de não-conformidades com re-gulamentos e códigos voluntários relaciona-dos com comunicações de marketing, incluin-do publicidade, promoção e patrocínio, por tipo de resultado
Zero
ASPECTO: PRIVACIDADE DO CLIENTE
G4 - PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas a violação de privacidade e perda de dados de clientes
Zero
ASPECTO: CONFORMIDADE
G4 - PR9 Valor monetário de multas significativas por não cumprimento de leis e regulamentos rela-tivos ao fornecimento e utilização de produ-tos e serviços
Zero
164 165Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Glossário
AAPR Association for Airline Passenger RightsACI Airports Council International
ACMI Aircraft, Crew, Maintenance and Insurance - voos contratados em que a transpor-tadora é responsável pelos custos relativos à aeronave, tripulação, manutenção e seguros
Acordos Interline Acordos de cooperação entre companhias. Estes acordos permitem que os pas-sageiros reservem voos em duas ou mais companhias aéreas parceiras e façam um itinerário que inclui cidades não operadas por uma só empresa
AFIS Aerodrome Flight Information Service - Serviço de Informação de Voo de AeródromoAFTK Available Freight Tonne Kilometer
AG Assembleia GeralAIMS Airline Information Management System
Airbus Fabricante de aeronavesAMI Assistência Médica Internacional
AMO Certificado de Aptidão Técnica para Empresas de ManutençãoAOC Air operator certificateAPA Agência Portuguesa do Ambiente
APCER Associação Portuguesa de CertificaçãoAPU Auxiliary Power Unit - serve para ajudar a suprir força elétrica e pneumática aos
sistemas do avião, permitindo que estes operem independente de força externa ou dos motores. Esta função também está disponível em voo
ASK Available Seat Kilometres - número total de lugares disponíveis para venda multipli-cado pelo número de quilómetros voados. Mede a capacidade disponível de pas-sageiros
ASQ American Society for QualityATA Associação de Turismo dos AçoresATK Available Tonne Kilometres - número total de toneladas disponível para passageiros,
carga e correio a multiplicar pelos quilómetros voadosATP Airline Transport Pilot
Back office Departamentos de suporte à atividade operacional de uma organizaçãoBenchmarking Pesquisa das melhores práticas no sector que conduzam a um melhor desempenho
BIA Blue Islands AzoresBirdstrike Colisão de aeronaves com aves
Bombardier Fabricante de aeronavesBusiness case Caso de negócio
Business Intelligence Inteligência ComercialBSP Billing and Settlement PlanBTL Bolsa de Turismo de Lisboa
C€ Cêntimos de euroCA Conselho de Administração
Call Back Processo de retorno de chamadas dos clientesCASK Depósito de combustível
Catering Serviços de terra responsáveis pelo abastecimento de uma aeronave com víveres, comidas e bebidas utilizadas no serviço de bordo durante o voo
Catering Dinâmico Consiste numa aplicação que permita que o carregamento do avião ao nível de bebi-das seja devidamente ajustado, de acordo com o load factor do voo;
CateringPOR Empresa de serviço integrado de cateringCELE Comércio Europeu de Licenças de EmissõesCEO Chief Executive Officer
CFAA Centro de Formação Aeronáutica dos AçoresCFO Chief Financial Officer
Charter Voo reservado por uma agência de viagens, para a deslocação dos seus clientes
Check-In Registo que cada passageiro deve realizar no balcão da companhia aérea antes do embarque
CIO Chief Information OfficerCO2 Dióxido de Carbono
Code share Acordo partilhado - Acordo no qual duas ou mais companhias de aviação partilham o mesmo voo
Compliance Conformidade/ cumprimentoContact Center Central de Atendimento
COO Chief Operating OfficerCOSO Committee of Sponsoring Organizations
COV Compostos Orgânicos VoláteisCRM Customer relationship management - Gestão da relação com o clienteDAE Desfibrilhadores automáticos externosDEP Dynamic Efficiency ProjectDOT Direção de operações terrestres
Double Catering Serviços de abastecimento único de aeronaves para percursos de ida e voltaDHC Refere-se à série de aeronaves Q-400 e Q-300 que fazem parte de uma série de
aeronaves integrantes dos projetos Dash 8 e Bombardier Q Series (conhecidos tam-bém como de Havilland Canada Dash 8, Bombardier Dash 8 e DHC-8)
DOV Direção de operações de vooEADS European Aeronautic Defence and Space CompanyEASA European Aviation Safety AgencyECAC European Civil Aviation ConferenceEDA Eletricidade dos AçoresEMA Empresa de Manutenção
eDOC Sistema de documentação eletrónicoEBITDA Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization - lucros antes de juros,
impostos, depreciação e amortizaçãoEMD Electronic Miscellaneous Document
Empowerment CapacitaçãoERA European Regional Airline AssociationERP Plano de resposta a emergências
Extraleg room seat Serviço SATA que possibilita a aquisição de um lugar nas filas mais espaçosas dos aviões;
FAA Federal Aviation AuthoritiesFAM e Press Trips viagens de prospeção de destino com agentes de viagem e jornalistas, respetiva-
menteFDM Flight Data Monitoring
FMEA Failure Mode and Effects Analysis – é um método de análise de risco indutivo, que permite avaliar, a partir de um determinado modo de falha, as respetivas causas e sequência de efeitos, assim como os meios de deteção e prevenção dos modos de falha e de mitigação dos seus efeitos
FMI Fundo Monetário InternacionalFreight Load Factor Coeficiente de Ocupação por Carga (Load Factor de Carga)
Freight Tonne Kilometer Tonelada de carga transportada, multiplicado por quilómetros voados. Mede o tráfego de carga real
GEE Gases com Efeito de EstufaGJ Gigajoules
Glide Path Componente do sistema ILSGRI Global Reporting Initiative
Ground Handling Assistência em escalaGSA General Sales AgentsGSE Ground Support Equipment – Equipamento de Apoio em Terra
166 167Relatório Consolidado do Grupo SATA de 2014
Handling Serviço de assistência ao passageiro e às aeronaves durante as operações de partida e chegada no aeroporto
Hazard Perigosidade; caracteriza os eventos geofísicos extremos que são capazes de causar um desastre
Hedging CoberturaIFRS International Financial Reporting Standards
Happy Flyer Programa de ajuda os que têm medo de voar de aviãoIATA International Air Transport AssociationICAO International Civil Aviation OrganizationIIRC International Integrated Reporting Council
ILS/DME Instrument Landing System/Distance Mesuring EquipmentINAC Instituto Nacional de Aviação Civil
INE Instituto Nacional de EstatísticaIOSA IATA Operational Safety Audit
IPATA International Pet and Animal Transportation AssociationISO International Organization for Standardization
IT Information technologyIUCN International Union for Conservation of Nature
JAA TO Joint Aviation Authorities Training OrganizationJAR FCL Joint Aviation Requirements - Flight Crew LicensingJet Fuel Combustíveis para aviões
Kg QuilogramaLIS Aeroporto de Lisboa
LER Lista Europeia de ResíduoLink Hiperligação
LMERT Lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalhoLoad Control Nível de ocupação médio das aeronaves, calculado pela razão entre passageiros/
quilómetros pagos e lugares/quilómetros disponíveisLoad Factor Coeficiente de Ocupação - RPK dividido pelo ASK
Localizer da cabeceira Componente do sistema ILSLUTS Lugares Utilizados - Número de passageiros transportados, incluindo passageiros em
trânsitoM3 Metro cúbico
Mercados offline mercado para os quais a SATA não tem voo direto, utilizando assim acordos interlineMITA Multilateral Interline Traffic Agreement - órgão da IATA que reúne transportadoras
aéreas de todo o mundo, em que as filiadas podem fechar contratos de interline entre si
Mobile Boarding Pass Serviço SATA que permite fazer o embarque através do telemóvelMobile Check-in Serviço SATA que permite fazer o check-in através do telemóvel
MOV Movimento de aeronavesMoving Up Aplicação que permite a recolha dos tempos na realização de atividades de Handlig,
nomeadamente assistência de passageiros e placaNarrow-Body Aeronave de pequeno porte, com um único corredor
NDB Non-Directional Beacons - Rádio sinal - prestação de serviços de navegação aéreaNewsletter Comunicado, normalmente de carácter periódico, contendo informações sobre a
atividade e/ou serviços de uma organização, enviado por correio eletrónico aos seus subscritores
NO2 Dióxido de azotoOAE Operadores de Assistência em EscalaOCI Observatório de Comunicação Interna e Identidade Corporativa
OHSAS Occupational Health and Safety StandardOPO Aeroporto do PortoPAD Passenger Airline Discount
PAGE Programa Avançado de Gestão para ExecutivosPAX Movimento de passageirosPDL Aeroporto de Ponta Delgada
PhD DoutoramentoPIB Produto Interno Bruto
Passenger Load Factor Coeficiente de Ocupação por Passageiros (Load Factor de Passageiros)pp Pontos percentuais
PTANA Professional Travel Agents of North AmericaQMSYS Aplicação permite o registo de auditorias e a criação de check lists com itens para
auditar, definição dos auditores e auditadosRAA Região Autónoma dos AçoresRAM Região Autónoma da MadeiraRCP Práticas de Reanimação Cardiopulmonar
Risk Management Gestão do riscoRNP Required Navigation Approach
Rolling Forecasting Ferramenta de Orçamento Dinâmico
RPK Revenue Passenger Kilometres - Número total de passageiro, multiplicado pelo número de quilómetros voados
S4 SATA InternacionalSafety Segurança operacional
Safety Cards Cartões de segurança com instruções a bordo das aeronavesSales Executive Executivo de Vendas
Security Segurança contra atos ilícitosSEMS Security Management System
SGA SATA Gestão de AeródromosSGI Sistema de Gestão Integrado
SGPS Sociedade Gestora de Participações SociaisSGOK Aplicação que permite a gestão operacional do aeroporto, controlando o registo dos
recursos afetos a cada vooSINTAC Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil
SITA Societe Internacionelle de Telecomunications AeronautiquesSITAVA Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e AeroportosSITEMA Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves
SMS Safety Management system - Sistema de gestão de segurançaSNPVAC Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil
SOP Standard Operating Procedures - Procedimento Operacional PadrãoSO2 Dióxido de enxofre
SPAC Sindicato de Pilotos da Aviação Civil SPV Sociedade Ponto Verde
SQAC Sindicato dos Quadros da Aviação ComercialSREA Serviço Regional de Estatística dos Açores
Stakeholders Pessoas/grupos ou entidades com interesses numa organizaçãoTankering Carregamento de combustível além do tecnicamente necessário a partir dos locais de
menor alíquotaTáxi Circulação da aeronave na pista
Time to Market Período para introdução no mercadoTKP Número total de toneladas transportadas de passageiros, carga e correio a multipli-
car pelo número de quilómetros voadoTMA Técnicos de manutenção de aeronaves
TTAE Técnicos de Tráfego de Assistência em EscalaTWA Trans World AirlinesTWR Torre de Controlo do Aeródromo
t Toneladast CO2 e Toneladas de CO2 equivalente
UE União EuropeiaUPU Universal Postal Union
Web sales Vendas na Internet
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Contactos
Para qualquer informação ou sugestão relativamente a este relatório, contacte: Projetos Corporativos Morada: Avenida Infante D. Henrique 55-6.º9504-528 Ponta Delgada Açores-Portugal Telefone: +351 296 209 700 Email: [email protected] Website: www.sata.pt
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Desempenho Financeiro, Social
e Ambiental Consolidado do Grupo SATA
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