Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense
Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense
Investimentos Industriais 2007-2010Resultados e Cenários 2007-2008
Investimentos Industriais 2007-2010Resultados e Cenários 2007-2008
Realização Apoio
Investimentos Industriais 2007-2010Resultados e Cenários 2007-2008
Desempenho e Perspectivasda Indústria Catarinense
Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense / Florianópolis / v.08 / p. 01-68 / 2008
Elaboração:
Equipe Técnica:
Projeto Gráfico:
Sistema FIESC
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESCDiretoria de Relações IndustriaisUnidade de Política Econômica e Industrial
Márcia CamilliGraciella MartignagoAna Lúcia TeixeiraAngelita V. Vieira HelayelJean Franco Mendes Calegari
Alexandre PassoldJaison Henicka
F293d FEDERAÇÃO das Indústrias do Estado de Santa Catarina.Diretoria de Relações Industriais. Unidade de Política
Econômica e Industrial.Desempenho e perspectivas da indústria catarinense:investimentos industriais 2007-2010: resultados e cenários:2007/2008. Florianópolis: FIESC, 2000 -v. 07
1. Investimentos industriais - Santa Catarina. 2. Comportamentoindustrial - Santa Catarina. I. Federação das Indústrias do Estadode Santa Catarina. Unidade de Política Econômica e Industrial.
CDU 330.3(816.4) "2007-2010”
Rodovia Admar Gonzaga, 2765, Itacorubi, Florianópolis, SC, 88034-001Fone: 48 3231 4279 | Fax: 48 3231 4196site: www.fiescnet.com.bre-mail: [email protected]
2
Apresentação
Investimentos na Indústria Catarinense – 2007 a 2010
Resultados e Cenários Econômicos – 2007 e 2008
.....................................................................................................
Resultados por Região
Desembolsos BRDE .........................................................................................
Desembolsos BADESC ....................................................................................
Desembolsos BNDES .......................................................................................
PRODEC
.........
Preços ...........................................................................................................
Comércio Internacional .................................................................................
Vendas no Varejo ..........................................................................................
Emprego .......................................................................................................
Atividade Industrial .......................................................................................
Cenários Econômicos para 2008 ......................................................................
Investimentos realizados em 2007 ...................................................................
Investimentos Futuros .....................................................................................
Finalidades dos Investimentos ........................................................................
....................................................................................
.........................................................................................................
Considerações Finais ......................................................................................
A economia em 2007 .......................................................................................
Panorama Internacional ...............................................................................
Panorama Nacional e Catarinense .....................................................
BRDE, parceiro para crescer ............................................................................
Sumário
Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense
3
5
8
13
18
20
23
25
25
27
30
32
32
35
37
38
45
46
48
58
62
5
A indústria catarinense apresentou resultados positivos em 2007, registrando
aumento de produção, vendas, emprego e obtendo superávit em sua balança
comercial. Assegurar este crescimento é o maior desafio daqui para frente.
2008 deverá ser um ano promissor para os investimentos, tanto privado quanto
público. A menor ociosidade do parque fabril associada à demanda crescente e
o ano eleitoral, formam um cenário propício à sua expansão.
Diante deste quadro, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina,
está lançando com o apoio do BRDE, mais uma edição da publicação
Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense. Em seu volume 08 constam
informações sobre os investimentos realizados pela indústria catarinense em 2007
e previsões para o período 2008, 2009 e 2010. Na segunda parte está a análise
conjuntural referente ao ano 2007 e as perspectivas para 2008.
O estudo é um importante referencial para profissionais que se preocupam com
as perspectivas de crescimento futuro, ou seja, com condições favoráveis ao
desenvolvimento sustentável. Assim, a FIESC cumpre o compromisso
de gerar e disponibilizar informações, agregando conhecimento estratégico
ao mundo empresarial.
Alcantaro Corrêa
Presidente do Sistema FIESC
Apresentação
Desempenho e Perspectivas da Indústria Catarinense
O ano 2007 foi caracterizado por crescimento das atividades industriais em
Santa Catarina, apesar da desvalorização cambial que impactou sobre a
competitividade de importantes segmentos da indústria. A taxa cambial, que se
mostrou desfavorável às exportações, por outro lado favoreceu as importações,
oportunizando a compra de matérias primas e bens de capital com preços mais
acessíveis. O aumento da produção em 2007 resultou em maior nível de
utilização da capacidade instalada e abriu o debate em torno da necessidade de
maiores investimentos para evitar um descompasso entre a oferta e a demanda.
Das 144 indústrias consultadas pela FIESC no início de 2008, 81% investiram em
2007 e 19% não. O total investido por elas foi R$ 1,5 bilhão. As que não
investiram, citaram como principal fator limitante dos investimentos em 2007 a
taxa cambial. Muitas indústrias tiveram prejuízo, principalmente nos segmentos
do mobiliário e de madeira, apresentando baixa lucratividade e assim falta de
recursos próprios para investir. Outros motivos apontados para a não realização
de investimentos em 2007 foram: taxas de juros ainda elevadas, falta de mão-de-
obra especializada, crise da construção civil nos EUA, pela capacidade
instalada estar ajustada para a demanda, inexistência de linhas de crédito
específicas e que sejam acessíveis às pequenas e médias indústrias, cenário
desfavorável e competição com produtos importados.
Investimentos Realizados em 2007
8
Proporção de empresas que realizaram ou não investimentos em 2007
Fonte: FIESC/PEI
NºEmpresas
Informantes
141111
116
833
1011
64
18334
1341
144
2007 (% de respostas)Realizou
InvestimentosNão realizou
Investimentos
938273
10063
10067
1009055
100100100
67100
756950
10081
71827
038
033
01045
000
330
253150
019
Gêneros de Atividade
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfecções de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impressão e Repr. de GravaçõesProdutos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProdutos de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProdutos de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Eletrôn., Apar. e Equip. de ComunicaçãoVeículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
Os segmentos de atividade líderes em investimentos no ano 2007 foram
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, com o montante de R$ 335 milhões
e Produtos Alimentares com R$ 325 milhões, sendo a maior parte alocada em
Santa Catarina.
A grande investidora em outros estados no ano 2007 foi Informática/software e
no exterior, Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos. Do total investido em
2007, ou seja, R$ 1,5 bilhão, 83% foi realizado em Santa Catarina, 14% fora do
estado e 3% no exterior. Fora de Santa Catarina os investimentos ocorreram
em diversos estados, com destaque para São Paulo, Paraná, Goiás e Rio
Grande do Sul. No exterior destacaram-se Argentina, Chile e México. Pode-se
citar ainda China, EUA, Índia, Japão, Venezuela, Colômbia, Austrália,
Cingapura e vários países da Europa.
Segundo 58% dos empresários, o nível dos investimentos foi compatível com
as necessidades da empresa. Para 27% dos informantes os investimentos
realizados ficaram abaixo das necessidades, para 7% muito abaixo, para 5%
acima e para 2% muito acima de suas necessidades.
9
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
Valor investido em 2007
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros de Atividade
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfecções de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impr. e Repr. de GravaçõesProdutos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProdutos de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProdutos de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Eletrôn., Apar. e Equip. de Comun.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
Em SC
299.077.493,0958.977.330,4936.948.103,52
7.000.000,0019.643.067,03
139.620.487,4713.483.793,00
1.981.000,0021.909.195,0925.453.149,7395.061.587,3720.039.990,52
139.042.185,86274.763.475,38
29.752.082,0016.469.154,7619.735.880,5713.472.779,70
01.232.430.755,58
Em outrosEstados
25.868.955,153.611.009,006.989.292,901.400.000,00
288.385,1919.869.373,50
0300.000,00
9.336.000,008.945.590,19
25.788.000,0020.000,00
150.000,0019.850.000,00
1.000.000,0000
2.200.000,0080.000.000,00
205.616.605,93
TOTAL
00000
2.690.032,460000000
40.450.000,000000
8.000.000,0051.140.032,46
324.946.448,2462.588.339,4943.937.396,42
8.400.000,0019.931.452,22
162.179.893,4313.483.793,00
2.281.000,0031.245.195,0934.398.739,92
120.849.587,3720.059.990,52
139.192.185,86335.063.475,38
30.752.082,0016.469.154,7619.735.880,5715.672.779,7088.000.000,00
1.489.187.393,97
Noexterior
10
Participação dos gêneros de atividade nos investimentos em 2007
As indústrias catarinenses utilizaram, em média, 4,66% de seu faturamento para
investimentos em 2007. Alguns segmentos de atividade ultrapassaram esta
média, com destaque para Informática que com a abertura de capital e
conseqüente oferta pública inicial de ações em 2006 obteve recursos para
fomentar seu crescimento no ano seguinte. Deve-se levar em conta que alguns
percentuais ficaram altos em função de várias empresas além de utilizarem
recursos próprios pegaram financiamentos bancários ou de terceiros, ou seja,
utilizaram recursos extras.
Gêneros de Atividade2007
7.016.506.812,961.745.563.823,661.119.057.560,24
154.885.024,06420.640.333,58
2.501.174.656,86184.688.696,57
62.918.373,50972.834.847,94
1.617.491.417,875.058.678.102,21
256.950.648,344.538.682.523,954.051.482.790,84
400.534.570,04776.307.589,00455.901.355,40383.148.165,55244.510.000,00
31.961.957.292,57
Investimentossobre
faturamentoInvestimentos
R$
Fonte: FIESC/PEI
Valor do faturamento e investimentos realizados em 2007
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfecções de Artigos de VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impress.e Repr. de GravaçõesProdutos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProdutos de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProdutos de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Eletrôn., Apar. e Equip. de Com.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
Fonte: FIESC/PEI
23%
Outros
21%
Material Elétrico
Máquinas e Equipamentos
9%
Papel
11%
Alimentar
22%
Informática
6%
Metalurgia
8%
324.946.448,2462.588.339,4943.937.396,42
8.400.000,0019.931.452,22
162.179.893,4313.483.793,00
2.281.000,0031.245.195,0934.398.739,92
120.849.587,3720.059.990,52
139.192.185,86335.063.475,38
30.752.082,0016.469.154,7619.735.880,5715.672.779,7088.000.000,00
1.489.187.393,97
4,633,593,935,424,746,487,303,633,212,132,397,813,078,277,682,124,334,09
35,994,66
FaturamentoR$
11
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
Em termos de valor médio investido por empresa, destacaram-se em 2007
Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos e Informática. Os valores registrados
foram R$ 112 milhões e R$ 88 milhões, respectivamente.
A preferência dos empresários continua sendo a utilização de recursos próprios
nos investimentos. Os principais motivos apontados para esta escolha foram:
evitar endividamento, reduzir os encargos financeiros, falta de disponibilidade
de crédito, evitar juros elevados, disponibilidade de recursos próprios,
dificuldade na obtenção de financiamento, falta de limite junto aos bancos para
obter linhas de longo prazo e facilidade na gestão do capital.
A proporção de recursos próprios nos investimentos realizados em 2007 foi de
62,62% e a captação em bancos de fomento 20,23% do total investido. Deve-se
destacar que em 2006 a parcela de recursos captada pelas indústrias nos
bancos de fomento foi de 15,40%. Houve nítido aumento de um ano para o outro e
a previsão é de maior crescimento nos próximos anos, chegando a 45% do total a
ser investido.
Origem/fonte dos financiamentos em 2007
Fonte: FIESC/PEI
Bcos.Nacionais
9,37
BcosFomento
20,23Bcos
Internacionais5,25
Fornecedores2,02
Terceiros0,42
Outros0,08
RecursosPróprios
62,62
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
%
Em média, 40% das indústrias pesquisadas importaram máquinas e
equipamentos em 2007. Acima deste valor médio destacam-se os segmentos
Têxtil, Couros, Edição e Impressão, Produtos de Metal, Máquinas e
Equipamentos, Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, Material Eletrônico e
de Comunicação, dentre outros. A taxa cambial favoreceu a importação de bens
de capital e as indústrias mais capitalizadas puderam aproveitar a oportunidade.
De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior-MDIC, as importações de bens de capital realizadas por Santa
Catarina em 2007 registraram crescimento de 61,95% na comparação com
2006. Este item representa 21,75% das importações totais do estado.
As importações de bens intermediários cresceram 37,95% neste mesmo
período de comparação, sendo que no item insumos industriais o aumento foi de
38,08%. Bens intermediários tem um peso de 63,75% nas importações
catarinenses. Em bens de consumo o aumento das importações foi de 49,26%
em relação ao ano anterior.
Importação de máquinas e equipamentos em 2007
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfecções de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impressão e Repr. de GravaçõesProdutos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProdutos de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProdutos de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Eletrôn., Apar. e Equip. de Comunic.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
366427
100251367
030455075566767
03850
040
643673
0758733
10070555025443333
1006250
10060
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros de Atividade% de respostas
Não realizouRealizou
12
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
13
Investimentos Futuros
Grande parte das indústrias consultadas irá realizar investimentos nos próximos
três anos, ou seja, 68% delas. As que estão indefinidas chegam a 23%. Menor
disposição para investir foi verificada nas indústrias do mobiliário, edição e
impressão, diversas, minerais não metálicos e madeira. A desvalorização do
dólar prejudicou vários segmentos de atividade, reduzindo a rentabilidade das
exportações e desestimulando novos investimentos.
Estão previstos investimentos para os próximos três anos?
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfecções de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impressão e Repr. de GravaçõesProdutos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProdutos de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProdutos de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Eletr., Apar. e Equip. de ComunicaçãoVeículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
798264
100567533677055
100100
7867
100753150
10068
141827
0312533333027
00
1733
0253825
023
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros de Atividade% de respostas
IndefinidoSim
7090
130
3300
18005000
3125
09
Não
A estimativa de investimento industrial para o período 2008 a 2010 é de
R$ 6 bilhões, sendo R$ 2,1 bilhões em 2008, R$ 2,2 bilhões em 2009 e
R$ 1,7 bilhão em 2010. Do total a ser investido até 2010, 81% será realizado em
Santa Catarina, 15% em outros Estados e 4% no exterior. Os investimentos fora
de Santa Catarina terão como motivos filiais situadas fora do estado, incentivos
fiscais, mão-de-obra, logística, oportunidades de negócios/expansão comercial,
aumento da proximidade com potenciais clientes e fornecedores de matéria-
prima, diversificação da linha de produção e capilaridade dos canais de
distribuição. Os investimentos no exterior objetivam a instalação de nova
unidade fabril, instalação de escritórios regionais de vendas, desenvolvimento
de novos mercados e consequentemente expansão da base de clientes.
14
Valor dos investimentos anunciados para os anos 2008, 2009 e 2010 (R$)
Santa CatarinaFora do EstadoNo ExteriorTOTAL
1.870.477.641,52211.761.873,31
62.480.000,002.144.719.514,83
Fonte: FIESC/PEIObs: Deve-se levar em conta que várias empresas ainda não possuem informações disponíveis, principalmente para 2010.
Local 2008
1.935.390.035,35180.635.446,44110.400.000,00
2.226.425.481,79
2009
1.079.166.753,49505.729.191,09100.500.000,00
1.685.395.944,58
2010
4.885.034.430,36898.126.510,84273.380.000,00
6.056.540.941,20
TOTAL
Referente à fonte dos recursos para os investimentos futuros, apesar da
utilização do capital próprio continuar sendo prioridade, deve-se destacar o
crescimento da disposição dos industriais em utilizar recursos dos bancos de
fomento. Na pesquisa anterior, a intenção dos industriais era financiar 24,6% dos
investimentos futuros via bancos de fomento. Na pesquisa atual as expectativas
dos empresários são de captar 45,53% dos recursos para os investimentos
futuros nestes agentes de desenvolvimento.
Fonte dos recursos para os investimentos futuros
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
%
Bcos.Fomento
45,53
BcosNacionais
4,73Fornecedores
1,35 1,08Outros0,05
Próprios47,26
Fonte: FIESC/PEI
BcosInternacionais
15
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
Dentre os Estados que receberão investimentos até 2010 pode-se citar São
Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais e Amazonas. No exterior
estão México, Argentina, China, Estados Unidos, Chile, Venezuela, Índia, Japão,
Rússia, Emirados Árabes, Austrália, Cingapura e países da Europa. A maior
parcela dos investimentos fora de Santa Catarina nos próximos três anos será
realizada pelo segmento Alimentar. A principal investidora no exterior será a
indústria de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos. O total de empregos a
serem gerados com os novos investimentos é de 30 mil, sendo 26 mil em Santa
Catarina e 4 mil fora do estado.
Valor dos investimentos previstos para 2008, 2009 e 2010
Fonte: FIESCObs: Deve-se levar em conta que várias empresas ainda não possuem informações disponíveis, principalmente para 2010.
0
500
1.000
1.500
2.000
2008 2009 2010
R$ milhões
Em SC
Fora de SC
Exterior
16
Investimentos anunciados para 2008
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfec. de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impres. e Repr. de Grav.Produtos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProd. de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProd. de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Elet., Apar. e Equip. de Comun.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
244.350.071,0066.590.000,0035.008.622,32
5.000.000,008.400.000,00
484.500.000,0020.000.000,00
100.000,0017.300.000,0099.803.067,60
257.504.585,6015.300.000,00
115.037.200,00423.800.000,00
22.600.000,0029.550.000,0017.350.000,00
8.284.095,000
1.870.477.641,52
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros de Atividade
36.597.922,007.280.000,004.483.951,311.000.000,00
200.000,0000
300.000,0012.000.000,00
5.500.000,0010.400.000,00
02.000.000,00
50.000.000,002.000.000,00
000
80.000.000,00211.761.873,31
0000000000000
52.150.000,00330.000,00
000
10.000.000,0062.480.000,00
280.947.993,0073.870.000,0039.492.573,63
6.000.000,008.600.000,00
484.500.000,0020.000.000,00
400.000,0029.300.000,00
105.303.067,60267.904.585,60
15.300.000,00117.037.200,00525.950.000,00
24.930.000,0029.550.000,0017.350.000,00
8.284.095,0090.000.000,00
2.144.719.514,83
TOTALR$
SantaCatarina
R$
Fora doEstado
R$
No ExteriorR$
Investimentos anunciados para 2009
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfec. de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impres. e Repr. de Grav.Produtos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProd. de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProd. de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Elet., Apar. e Equip. de Comun.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
542.468.000,0040.140.000,0038.075.615,35
015.000.000,00
516.200.000,0020.000.000,00
100.000,0031.800.000,0031.832.000,00
254.648.020,0017.320.000,00
136.751.400,00207.000.000,00
25.600.000,0033.330.000,0025.125.000,00
00
1.935.390.035,35
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros de Atividade
15.558.000,00300.000,00
4.777.446,4400
500.000,0000
70.000.000,006.000.000,00
11.000.000,0000
50.000.000,002.500.000,00
000
20.000.000,00180.635.446,44
0000000000000
100.000.000,00400.000,00
000
10.000.000,00110.400.000,00
558.026.000,0040.440.000,0042.853.061,79
015.000.000,00
516.700.000,0020.000.000,00
100.000,00101.800.000,00
37.832.000,00265.648.020,00
17.320.000,00136.751.400,00357.000.000,00
28.500.000,0033.330.000,0025.125.000,00
030.000.000,00
2.226.425.481,79
TOTALR$
SantaCatarina
R$
Fora doEstado
R$
No ExteriorR$
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
17
Investimentos anunciados para 2010
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfec. de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impres. e Repr. de Grav.Produtos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProd. de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProd. de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Elet., Apar. e Equip. de Comun.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
146.846.000,0041.140.000,0041.891.593,49
014.300.000,00
226.800.000,0020.000.000,00
100.000,0024.600.000,0020.926.000,00
129.404.160,0017.350.000,00
124.034.000,00188.000.000,00
29.500.000,0034.275.000,0020.000.000,00
00
1.079.166.753,49
Fonte: FIESC/PEIObs: Deve-se levar em conta que várias empresas ainda não possuem informações disponíveis para 2010.
Gêneros de Atividade
419.874.000,00300.000,00
5.055.191,0900000
10.000.000,006.000.000,00
11.500.000,0000
50.000.000,003.000.000,00
0000
505.729.191,09
0000000000000
100.000.000,00500.000,00
0000
100.500.000,00
566.720.000,0041.440.000,0046.946.784,58
014.300.000,00
226.800.000,0020.000.000,00
100.000,0034.600.000,0026.926.000,00
140.904.160,0017.350.000,00
124.034.000,00338.000.000,00
33.000.000,0034.275.000,0020.000.000,00
00
1.685.395.944,58
TOTALR$
SantaCatarina
R$
Fora doEstado
R$
No ExteriorR$
Investimentos totais anunciados para 2008, 2009 e 2010
Produtos Alimentícios e BebidasProdutos TêxteisConfec. de Artigos do VestuárioCouros e Artigos de ViagemProdutos de MadeiraCelulose, Papel e Produtos de PapelEdição, Impres. e Repr. de Grav.Produtos QuímicosArtigos de Borracha e PlásticoProd. de Minerais não MetálicosMetalurgia BásicaProd. de Metal –exceto máquinasMáquinas e EquipamentosMáquinas, Aparelhos e Mat. ElétricosMat. Elet., Apar. e Equip. de Comun.Veículos AutomotoresArtigos do MobiliárioProdutos DiversosInformáticaTOTAL
280.947.993,0073.870.000,0039.492.573,63
6.000.000,008.600.000,00
484.500.000,0020.000.000,00
400.000,0029.300.000,00
105.303.067,60267.904.585,60
15.300.000,00117.037.200,00525.950.000,00
24.930.000,0029.550.000,0017.350.000,00
8.284.095,0090.000.000,00
2.144.719.514,83
Fonte: FIESC/PEIObs: Deve-se levar em conta que várias empresas ainda não possuem informações disponíveis para 2010.
Gêneros de Atividade
558.026.000,0040.440.000,0042.853.061,79
015.000.000,00
516.700.000,0020.000.000,00
100.000,00101.800.000,00
37.832.000,00265.648.020,00
17.320.000,00136.751.400,00357.000.000,00
28.500.000,0033.330.000,0025.125.000,00
030.000.000,00
2.226.425.481,79
566.720.000,0041.440.000,0046.946.784,58
014.300.000,00226.800.000,020.000.000,00
100.000,0034.600.000,0026.926.000,00
140.904.160,0017.350.000,00
124.034.000,00338.000.000,00
33.000.000,0034.275.000,0020.000.000,00
00
1.685.395.944,58
1.405.693.993,00155.750.000,00129.292.420,00
6.000.000,0037.900.000,00
1.228.000.000,0060.000.000,00
600.000,00165.700.000,00170.061.067,60674.456.765,60
49.970.000,00377.822.600,00
1.120.950.000,00185.930.000,00
97.655.000,0062.475.000,00
8.284.095,00120.000.000,00
6.056.540.941,20
TOTAL2008
Valores em R$
2009 2010
18
Finalidades dos Investimentos
As principais finalidades dos investimentos a serem feitos pela indústria de
transformação catarinense até 2010 são aquisição de máquinas e equipamentos
e atualização tecnológica. Na seqüência aparece o aumento da capacidade
produtiva e o desenvolvimento de produtos. Percebe-se a preocupação dos
industriais catarinenses em se modernizar, ampliar produção e inovar. Também
ocorrerão investimentos em ampliação de instalações, lançamento de novos
produtos, treinamento de pessoal, novos processos de produção e na área
ambiental. A tabela a seguir especifica os demais itens citados pelos industriais.
Os investimentos terão quais finalidades?
Aquisição de máquinas e equipamentosAtualização tecnológicaAumento da capacidade produtivaDesenvolvimento de produtosConstrução civil/ ampliação de instalaçõesLançamento de novos produtosTreinamento/ aperfeiçoamento de pessoalImplantação de novos processos de produçãoInvestimentos na área ambientalImplantação de programas para melhoria da qualidadeImplantação de nova unidade fabrilPropaganda/ marketingReflorestamentoInvestimentos sociais (restaurante, creche, ambulatório, etc)Matriz energética: gás, energia elétrica, outrosDiversificação de atividadesRacionalização administrativaComércio eletrônicoCriação de empresa cooperada, em rede ou joint-ventureOutrosTOTAL DE ASSINALAÇÕES
8866605145403936332221201413
887524
582
61464235312827252315151410
9665313-
Fonte: FIESC/PEI*Obs: Questão de múltipla escolha
FinalidadesNúmero de
assinalações*% sobre o total
de respondentes (144)
19
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
Além dos investimentos levantados pela FIESC, acrescentam-se outros já
confirmados ou em negociação:
Instalação deuma unidadeprodutora demotores ecabeçotes emJoinville.
GM
Bunge eYara Brasil
Investimentos emfábrica defertilizantes emAnitápolis.R$ 550 milhões.
Construção defrigorífico paraabater aves esuínos em Mafra.R$ 600 milhões.
Construção deunidade produtorade painéis de MDFpara a indústria demóveis no PlanaltoNorte.
Sadia
Eucatex
Flexicotton
Whirlpool
Inauguração deuma unidadeprodutora dehastes flexíveise discos dealgodão emSanto Amaro.R$ 6 milhões.
Ampliação da produçãode compressores eabertura de umaunidade da EmbracoEletronic Controls(Eecon) na China paraprodução ecomercialização desistemas eletrônicos deutilidades domésticas.
Tigre
Novas fábricas emodernizações noexterior, ampliaçãodas existentes naArgentina e EUA efábricas em MG e PE.US$ 100 milhões.
EBCO Systems
Fabricante deequipamentosde raio x evarreduraeletrônica decontêineres,planeja construirfábrica em Itajaí.
Copérdia
Investimentos deR$ 1,4 milhão naconstrução deuma fábrica demadeira em Itá.
Seara
Ampliação dacentral deincubação emAraranguá.R$ 18 milhões.
RR Donelley
Fabricante deprodutos gráficos,investirá cerca deR$ 3 milhões naampliação dacapacidade produtivada sua unidade deBlumenau.
Tivit
Empresa do GrupoVotorantim, voltada aserviços de tecnologiada informação,planeja construir umafábrica de softwaresem Florianópolis, em2008. Será a segundaunidade da empresano país.
Fonte: Informe semanal de investimentos Bradesco, jornais Diário Catarinense e Valor Econômico.
20
As indústrias participantes da pesquisa distribuíram-se da seguinte forma
por regiões:
Resultados por Região
Número de indústrias informantes por região
BlumenauBrusqueCaçadorCampos NovosCanoinhasChapecóConcórdiaCriciúmaCuritibanosIbiramaItajaíJaraguá do Sul
235
111341
101349
Fonte: FIESC/PEI
Regiões Número
JoaçabaJoinvilleLagesLagunaMafraMaravilhaPalmitosRio do SulSão JoséVideira
TOTAL
418
61
1811966
144
Regiões Número
Valor dos investimentos realizados em 2007 de acordo com as regiões de origem das indústrias
BlumenauBrusqueCaçadorCampos NovosCanoinhasChapecóConcórdiaCriciúmaIbiramaItajaíJaraguá do SulJoaçabaJoinvilleLagesLagunaMafraPalmitosRio do SulSão JoséVideiraTOTAL
95.195.718,0032.728.792,3236.154.581,37
1.766.857,3117.456.334,47
204.350.379,001.800.000,00
33.888.849,929.216.280,512.800.000,00
380.008.992,696.944.500,00
303.952.829,68101.315.873,20
50.000,0046.326.249,22
9.260.466,5152.180.359,6265.743.284,0688.047.046,09
1.489.187.393,65
86.598.646,9532.728.792,3232.168.196,18
1.766.857,3117.456.334,47
179.350.379,001.800.000,00
24.707.259,739.216.280,512.800.000,00
317.516.806,696.944.500,00
183.164.829,68101.315.873,20
50.000,0043.226.249,22
9.260.466,5130.420.953,6664.743.284,0687.195.046,09
1.232.430.755,58
Fonte: FIESC/PEI
Regiões das indústrias
Investimentos Totais
Valor alocado na própria região
Valor em R$
21
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
As
r
efetuados
V
eles
estabelecimentos
Santa
indústrias
Valor dos investimentos previstos para 2008, 2009 e 2010, de acordo com a região de origem das empresas que os realizarão
BlumenauBrusqueCaçadorCampos NovosCanoinhasChapecóConcórdiaCriciúmaIbiramaItajaíJaraguá do SulJoaçabaJoinvilleLagesLagunaMafraPalmitosRio do SulSão JoséVideiraTOTAL
Fonte: FIESC/PEI
Regiões dasindústrias
TOTAL2008
Valor dos investimentos (R$)
2009 2010
127.370.364,6347.000.000,0041.500.000,00
030.500.000,00
128.158.000,002.000.000,00
78.893.067,604.500.000,003.860.000,00
572.342.209,0022.600.000,00
393.923.910,60425.880.000,00
50.000,0047.571.970,0010.000.000,0032.400.000,0074.626.993,00
101.543.000,002.144.719.514,83
95.683.061,7926.000.000,00
4.200.000,0000
400.500.000,001.200.000,00
38.932.000,004.300.000,002.500.000,00
395.200.000,0010.900.000,00
448.373.120,00514.700.000,00
70.000,0036.011.300,0018.000.000,0041.730.000,0053.606.000,00
134.520.000,002.226.425.481,79
98.516.784,5823.000.000,00
7.200.000,0000
400.700.000,00800.000,00
27.626.000,005.500.000,002.500.000,00
376.700.000,007.600.000,00
237.294.160,00223.200.000,00
80.000,0022.134.000,0013.500.000,0038.375.000,0083.180.000,00
117.490.000,001.685.395.944,58
321.570.211,0096.000.000,0052.900.000,00
030.500.000,00
929.358.000,004.000.000,00
145.451.067,6014.300.000,00
8.860.000,001.344.242.209,00
41.100.000,001.079.591.190,601.163.780.000,00
200.000,00105.717.270,00
41.500.000,00112.505.000,00211.412.993,00353.553.000,00
6.056.540.941,20
As indústrias das regiões de Jaraguá do Sul, Joinville e Chapecó foram
responsáveis por 60% dos investimentos realizados em 2007, ou seja,
R$ 888 milhões. Levando-se em consideração os investimentos a serem
efetuados de 2008 a 2010 deve-se destacar as indústrias das regiões de
Jaraguá do Sul, Lages e Joinville com maiores valores previstos, sendo eles
R$ 1,3 bilhão, R$ 1,2 bilhão e R$ 1,1 bilhão, respectivamente. Os
estabelecimentos industriais destas regiões irão investir principalmente em
Santa Catarina. Investimentos em outros estados partirão principalmente de
indústrias da região de Chapecó e no exterior das de Jaraguá do Sul.
22
Local onde as indústrias irão investir de 2008 a 2010
BlumenauBrusqueCaçadorCampos NovosCanoinhasChapecóConcórdiaCriciúmaIbiramaItajaíJaraguá do SulJoaçabaJoinvilleLagesLagunaMafraPalmitosRio do SulSão JoséVideiraTOTAL
Fonte: FIESC
Regiões dasindústrias
TOTALEm SC
Destino e valor dos investimentos a serem realizados de 2008 a 2010 (R$)
Outros Estados No Exterior
303.132.622,1696.000.000,0051.600.000,00
030.500.000,00
529.358.000,004.000.000,00
125.951.067,6014.300.000,00
8.860.000,00936.133.209,00
41.100.000,00834.691.190,60
1.163.780.000,00200.000,00
105.717.270,0041.500.000,00
112.505.000,00132.353.071,00353.353.000,00
4.885.034.430,36
18.437.588,840
1.300.000,0000
400.000.000,000
19.500.000,0000
155.959.000,000
224.900.000,0000000
77.829.922,00200.000,00
898.126.510,84
0000000000
252.150.000,000
20.000.000,0000000
1.230.000,000
273.380.000,00
321.570.211,0096.000.000,0052.900.000,00
030.500.000,00
929.358.000,004.000.000,00
145.451.067,6014.300.000,00
8.860.000,001.344.242.209,00
41.100.000,001.079.591.190,601.163.780.000,00
200.000,00105.717.270,00
41.500.000,00112.505.000,00211.412.993,00353.553.000,00
6.056.540.941,20
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
O BRDE como agente de fomento, empenhado na promoção do
desenvolvimento regional, tem financiado investimentos para diversos
segmentos de atividade em nosso estado. Em 2007 o valor total desembolsado
em Santa Catarina foi de R$ 346 milhões, sendo 61% destinado para a indústria,
ou seja, R$ 211 milhões. De 2006 para 2007 os valores contratados por este
segmento de atividade cresceram 146,5%.
23
Desembolsos BRDE
AgropecuáriaIndústriaInfra-estruturaComércio e ServiçosTOTAL
Fonte: BRDE
41.651210.730
53.42240.193
345.995
53.24685.480
149.57428.581
316.881
-21,78146,53-64,2840,63
9,19
2007Valor em R$ mil
Contratações por Ramo de Atividade – Santa Catarina
2006Valor em R$ mil
%2007/2006
Ramo deAtividade
AgropecuáriaIndústriaInfra-estruturaComércio e ServiçosTOTAL
Fonte: BRDE
345.848508.633101.133159.755
1.115.369
316.094283.592207.073194.718
1.001.477
9,4179,35
-51,16-17,9611,37
2007Valor em R$ mil
Contratações por Ramo de Atividade – Região Sul
2006Valor em R$ mil
%2007/2006
Ramo deAtividade
24
· Construção e reforma de prédios e instalações;
· Aquisição de máquinas e equipamentos novos nacionais cadastrados na FINAME;
· Aquisição de máquinas e equipamentos importados, sob consulta;
· Capital de giro associado, ou seja, o capital de giro necessário ao financiamento do aumento de
produção e vendas decorrente do investimento realizado.
· Programas ou projetos em Gestão para a Qualidade;
· Capacitação tecnológica e desenvolvimento de produtos e processos;
· Controle ou gestão ambiental e tratamento de resíduos;
· Conservação de energia;
· Conversão de plantas industriais para o uso do gás natural como fonte energética;
· Instalação de centrais de co-geração;
· Conversão ao gás metano veicular, nas modalidades: oficinas de conversão de veículos; instalações
para gás em postos de combustíveis; conversão de frotas de veículos de transporte de passageiros;
· Outros empreendimentos associados à utilização do gás natural como fonte energética;
· Centros ou laboratórios de pesquisa;
· Treinamento de pessoal e qualificação profissional;
· Aquisição e desenvolvimento de software (sob condições).
· Projetos de infra-estrutura econômica ou social;
· Silos e armazéns;
· Pequenas centrais hidrelétricas;
· Equipamentos turísticos;
· Reflorestamento para fins energéticos ou suprimento de matéria-prima;
· Outros.
Tipos de investimento
Indústria - o que é financiado pelo BRDE
Observações:
1. Em operações com empresas que faturam até R$ 1.200.000,00 por ano e se classificam como
microempresas, podem ser financiados equipamentos nacionais usados, desde que associados a
outros investimentos fixos.
2. No segmento de prestação de serviços, somente para microempresas pode ser financiado o capital
de giro associado.
2007R$ Milhões
Fonte: BNDES
1.615,8149,4104,9772,0
3,6267,9
25,4292,7
3.803,0115,5
51,3416,1135,5
73,8749,1
57,934,2
2.169,528.739,8
2.942,41.157,64.287,6
20.352,29.551,03.356,92.524,93.669,33.270,6
292,41.447,5
912,4618,3
46.980,2
1.625,8109,7
73,7817,4
3,8479,3
20,8121,1
4.836,2143,0
44,8539,4245,8111,7602,0
76,0155,3
2.918,331.414,6
4.066,01.669,55.213,6
20.465,59.782,63.268,72.735,33.778,63.658,8
557,01.077,61.136,8
887,351.318,0
3.460,9243,2
39,8690,4
5,8968,5274,5
1.238,75.322,1
293,3171,3447,9
91,0106,6
1.319,788,743,9
2.759,737.581,3
6.000,01.446,18.160,9
21.974,412.772,9
5.295,33.311,74.165,85.754,7
699,21.524,92.384,41.146,1
64.891,8
2005R$ Milhões
2006R$ Milhões
Discriminação
NORTERondôniaAcreAmazonasRoraimaParaAmapáTocantinsNORDESTEMaranhãoPiauíCearaRio Grande do NorteParaíbaPernambucoAlagoasSergipeBahiaSUDESTEMinas GeraisEspírito SantoRio de JaneiroSão PauloSULParanáSanta CatarinaRio Grande do SulCENTRO OESTEMato Grosso do SulMato GrossoGoiásDistrito FederalTOTAL
%2007/2006
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
25
Desembolsos BADESC
AgropecuáriaIndústriaInfra-estruturaComércio e ServiçosAdm. PúblicaTOTAL
Fonte: BADESC
09.266.136
515.00016.097.627
103.634.657129.513.421
83.5008.777.902
100.0005.075.605
90.246.132104.283.138
-6
415217
1524
2007Valor em R$
2006Valor em R$
Ramo deAtividade
Desembolso anual do Sistema BNDES por Região e Unidade da Federação em
2005, 2006 e 2007
Desembolsos BNDES
26
Desembolsos do BNDES para o estado de Santa Catarina em 2006 e 2007
%07/06
Fonte: BNDES
247.588.1578.712.694
1.399.295.411613.146.546
4.591.4921.640
73.637.47640.370.710
1.208.81019.468.39412.913.985
1.620.7606.167.970
383.56158.697.86616.858.30664.014.55527.816.228
1.265.471323.071.288
46.772.1465.810.505
59.279.6548.420.077
13.645.487132.484
1.079.751.195371.747.561
10.365.77235.123.51283.186.142
441.684.77319.255.49332.098.844
5.115.0983.982.947
115.4374.247.174
41.227.54211.138.25013.144.947
5.224.011219.227
1.874.4652.735.347.458
395.629.0186.353.804
1.277.601.712307.951.163
5.149.523-
98.301.36825.737.330
1.669.45925.868.44042.170.296
1.596.29427.446.158
4.432.05963.393.75419.657.73336.565.97938.211.38116.429.299
439.368.25362.359.91616.477.76128.064.76213.327.853
2.909.178513.754
1.632.161.638639.449.513
8.861.49459.012.46483.583.844
694.380.2296.296.290
37.741.4756.946.0728.432.2122.796.0315.678.713
43.397.2715.888.0709.435.272
15.316.345244.131
4.702.2093.311.746.172
59,79-27,07
-8,70-49,7812,15
33,49-36,2538,1132,87
226,55-1,51
344,981055,50
8,0016,61
-42,8837,37
1198,2836,0033,33
183,59-52,6658,29
-78,68287,79
51,1672,01
-14,5168,01
0,4857,21
-67,3017,5835,80
111,712322,13
33,715,26
-47,14-28,22193,19
11,36150,86
21,07
Valores em R$
2007Atividades
AgropecuáriaIndústria ExtrativaIndústria de Transformação
Produtos AlimentíciosBebidasFumoTêxtilConfec., vestuário e acessóriosCouro, artefato e calçadoMadeiraCelulose e papelGráficaQuímicaFarmoquímico, farmacêuticoBorracha e plásticoMineral não metálicoMetalurgiaProduto de metalEquip. inform., eletrônico, óticoMáq., aparelho elétricoMáquinas e equipamentosVeículo, reboque e carroceriaOutros equip. transporteMóveisProdutos diversosManutenção, reparação, instal.
Comércio e ServiçosEletricidade e gásÁgua, esgoto e lixoConstruçãoComércioTransporte terrestreTransporte aquaviárioAtiv. aux. transporte e entregaAlojamento e alimentaçãoInformação e comunicaçãoTelecomunicaçõesAtiv. financeira e seguroAtiv. imobil., profissional e adm.Administração PúblicaEducaçãoSaúde e serv. socialArtes, cultura e esporteOutras ativ. serviços
TOTAL
2006
27
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
PRODECPrograma de Desenvolvimento da Empresa Catarinense
O PRODEC, vinculado a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
Sustentável, tem como objetivo promover o desenvolvimento sócio-econômico
catarinense, por intermédio da concessão de financiamentos de incentivo à
implantação ou expansão de empreendimentos industriais, que vierem produzir
e gerar emprego e renda no Estado de Santa Catarina.
Em 2007, os incentivos solicitados, aprovados e contratados estão a seguir:
Empresas que entraram com pedido no PRODEC em 2007
Nº deEmpre-
gosMassarandubaJoinvillePalhoçaJoinvillePomerodeItaiópolisIpumirimConcórdiaJaraguá do SulLagesCampos NovosItajaíCordilheira AltaJaraguá do SulCampos NovosCuritibanosJoaçabaVideiraVargem BonitaSão CarlosChapecóChapecóOtacílio CostaBlumenauJaraguá do SulTrês BarrasCanoinhasCaçadorCaçadorJaraguá do SulJaraguá do SulGuaramirimLagesAraranguáChapecóChapecó
715.169,8036.480.878,00
5.097.537,004.766.529,008.000.000,00
14.903.490,0012.338.144,57
2.625.939,801.847.580,025.000.000,00
85.663.876,0020.706.230,00
7.658.820,0015.034.500,00
8.400.000,00585.000.000,00
43.149.523,0045.000.000,0074.322.200,00
1.150.000,009.100.000,00
17.350.000,0078.600.000,0069.868.275,00
2.507.376,00146.000.000,00
25.027.841,0078.600.000,0026.117.550,0090.829.351,00
471.677.453,0035.587.776,00
141.339.531,7110.600.000,00
7.804.800,003.135.300,00
15109
356082
196207
107732
60073638640
45660
15070
7199150200
6613
360111200
6120642
22160250123
54
Razão/Denominação Social
Hitan Indústria Têxtil Ltda.Krona Indústria de Plásticos Ltda.Ventisol Indústria e Comércio Ltda.Krona Acessórios Hidráulicos Ltda.Cativa Têxtil Indústria e Comércio Ltda.Indústria Avícula Itaiópolis Ltda.Agrofrango Indústria e Comércio de Alimentos Ltda.Frigorifico Varpi Ltda.Frig Representações Comerciais Ltda.Minusa S/A Ind. e Com. de Peças para TratoresCooperativa Regional Agrop. de Campos NovosA.M.C. Têxtil Ltda.Nilo Tozzo & Cia Ltda.A.M.C. Têxtil Ltda.Iguaçu Celulose Papel S/ABerneck Aglomerados S/AHidráulica Industrial S.A. Indústria e Comércio.Batávia S/A Indústria de AlimentosCelulose Irani S/ACarlitos Alimentos Ltda.Cooperativa Central Oeste CatarinenseFolle Indústria de Implementos Rodoviários Ltda.Sudati Painéis Ltda.Weg Equipamentos Elétricos S.A.Chocoleite Indústria de Alimentos Ltda.Mili S/ACia. Canoinhas de PapelGuararapes Painéis Ltda.Adami S/A MadeirasWeg Automação S.A.Weg Equipamentos Elétricos S.A.Weg Indústrias S.A.Companhia de Bebidas das Américas – AMBEVSupermercados Manenti Ltda.Açotec Engenharia Indústria e Comércio S.A.Bigolin Distribuidora de Alimentos Ltda.
InvestimentosR$
Município
Continua
28
Nova VenezaCriciúmaTubarãoBlumenauSanto Amaro da ImperatrizFlorianópolisPinhalzinhoSão JoaquimSão Miguel do OesteFlorianópolisBlumenauSão Lourenço do OesteTimbóJoinvilleJoinvilleJoinvilleJaraguá do SulCordilheira Alta
459.472,124.068.400,001.565.176,002.850.000,003.255.000,00
633.360,0053.124.588,94
7.219.623,2721.298.053,0014.736.000,00
470.000,0078.000.000,0022.550.000,00
179.399.245,195.296.730,552.150.000,002.587.600,003.640.000,00
2.595.308.919,97
5915
1486660
277160
21883450
154992
1.012122
182110
8.582
Indústria e Comércio de Confecções La Moda Ltda.Tecnargilas Mineração e Beneficiamento Ltda.Cooperativa Agropecuária de TubarãoTecnoblu Ind. Com. Importação e Exportação Ltda.Flexicotton Ind. e Com. de Hastes Flexíveis S/ASuper Rosa Ltda.Cooperativa Central Oeste Catarinense – LÁCTEOSVinícola Pericó Ltda.Sul Valle Alimentos Ltda.Bistek - Supermercados Ltda.Olimed Material Hospitalar Ltda.Parati S/AHércules Motores Elétricos Ltda.Wetzel S.A.Dânica Termoindustrial Brasil Ltda.Mkraft Comércio de Metais Ltda.Urbano Agroindustrial Ltda.Laticínios Cordilat Ltda.TOTAL
Nº deEmpre-
gos
Razão/Denominação Social InvestimentosR$
Município
Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC.
Nº deEmpre-
gos25.738.760,00
2.604.000,003.099.724,181.155.000,00
28.434.143,001.169.894,408.741.479,00
12.130.108,1383.073.108,71
436186513
350138516393
1929
Razão/Denominação Social
Aves do Parque Ltda. - AVEPARFundição Jo Lindo Ltda.Indústria e Comércio Mafferson Ltda.Manobra Radical Confecções Ltda.Rovitex Indústria e Comércio de Malhas Ltda.Confecções Evanilda Ltda.Tramonto Agroindustrial S.A.Rudolph Usinados de Precisão Ltda.TOTAL
InvestimentosR$
Município
XanxerêTimbóCriciúmaTimbóLuiz AlvesTimbóMorro GrandeTimbó
Projetos aprovados pelo Conselho Deliberativo do PRODEC em 2007
Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC
29
Investimentos na Indústria Catarinense 2007 a 2010
Nº deEmpre-
gos
5.436.889,0029.400.000,0010.232.300,00
2.604.000,003.099.724,181.155.000,009.689.599,641.169.894,40
62.787.407,22
25357130
186513
245138991
Razão/Denominação Social
Haco Etiquetas Ltda.Menegotti Indústrias Metalúrgicas Ltda.Tritec Industrial Ltda.Fundição Jo Lindo Ltda.Indústria e Comércio Mafferson Ltda.Manobra Radical Confecções Ltda.Frigorífico Sul Brasil Ltda.Confecções Evanilda Ltda.TOTAL
Montante doFinanciamentoAprovado R$
Município
BlumenauSchroederJaraguá do SulTimbóCriciúmaTimbóLindóia do SulTimbó
PRODEC - Projetos contratados em 2007
FONTE: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC
8532.3242.3764.579
4931.6354.1781.929
Ano
20002001200220032004200520062007
Empregos GeradosInvestimentos R$
964.102.687,00222.772.028,63813.764.676,24462.150.491,6643.919.868,52234.455.877,88386.931.882,2583.073.108,71
PRODEC - Projetos Aprovados de 2000 a 2007
Fonte: Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável - Diretoria de Desenvolvimento Econômico - DIEC
Quant. de Projetos
12132355
41429
8
Posição em 31/12/2007
30
Considerações Finais
A crescente demanda interna tem refletido positivamente nas decisões de
investimentos industriais. Em 2007 as indústrias catarinenses investiram R$ 1,5
bilhão. Em 2008 as expectativas dos industriais são de investir R$ 2,1 bilhões,
significando um crescimento superior a 40% em relação ao ano anterior.
Modernização, aumento da produção e inovação são os principais objetivos dos
investimentos futuros.
Duas informações se destacam no levantamento realizado pela FIESC que são o
significativo aumento previsto dos investimentos para 2008 e 2009, comparado
com 2007, e a maior propensão dos industriais em captar recursos para os
investimentos futuros via bancos de fomento.
Segundo pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), em 2005 o Brasil ocupou a última colocação entre 35 países,
em investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo sobre o PIB,
sendo a proporção de 15,9%. A China liderou o ranking com uma participação de
41,5%. Os dados são de 2005, pois é o último ano com informações disponíveis
para todos os países. Para os membros da OCDE a taxa média de investimentos
em 2006 foi de 21%. Dados mais recentes, dos dois últimos anos, mostram
crescimento do grau de investimentos do Brasil. Em 2006 a proporção foi de
16,5% do PIB e em 2007 de 17,6%. A meta do governo é chegar a 21% em 2010.
Melhores condições de crédito, juros e câmbio bem como a redução da carga de
impostos são fatores que poderão estimular novos investimentos nos próximos
anos. Reverter esta posição de último colocado é necessário e urgente já que o
investimento é elemento essencial para o crescimento sustentável.
32
Panorama Internacional
O ano de 2007 ficou marcado por crescimento econômico mundial, mas terminou
com expectativas desfavoráveis para 2008. O PIB das economias mais desen-
volvidas terminou o ano em expansão, embora apresentando forte desaque-
cimento nos Estados Unidos. A média de crescimento econômico mundial em
2007 foi de 4,7%, pouco abaixo do crescimento de 5% registrado em 2006.
Os EUA reduziram severamente seu crescimento como reflexo da queda dos
preços dos imóveis e da retração do setor da construção civil. Enquanto em 2006
os EUA cresceram 2,9%, em 2007 o crescimento econômico foi de 1,9%. A crise
do sub-prime fez com que os bancos elevassem as exigências para concessão
de novos empréstimos e a demanda por crédito enfraqueceu. No último trimestre
de 2007 os EUA enfrentaram uma elevada contração nos investimentos
imobiliários residenciais, mas os gastos com consumo, componente mais
representativo do PIB, registraram crescimento anual, apesar da menor
intensidade em relação a trimestres anteriores. Quanto ao comércio exterior, a
depreciação do dólar, o arrefecimento da demanda doméstica e a continuidade
do crescimento econômico no restante do mundo favorecem à queda da
importação norte-americana enquanto estimulam a sua exportação,
contribuindo positivamente para o PIB deste país.
Na Área do Euro também houve uma moderação na trajetória de expansão do
produto, apesar da menor intensidade. Enquanto em 2006 o crescimento
econômico da área Euro foi de 2,8%, em 2007 houve um crescimento de 2,6%.
As instabilidades nos mercados de crédito somadas à elevação dos preços do
petróleo diminuíram o crescimento do consumo.
No final de 2007 o PIB Japonês apresentou aceleração, sobretudo pela elevação
dos investimentos privados não residenciais, das exportações, e da baixa
expansão das importações. Mas, de acordo com o Banco Central do Brasil, há
sinais de enfraquecimento na confiança dos consumidores como resultado do
aumento da volatilidade do mercado acionário e da elevação dos preços do
petróleo. O PIB Japonês cresceu 2,1% em 2007, ante ao crescimento de 2,4%
em 2006.
A economia em 2007
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
33
A economia chinesa, apesar das políticas monetárias restritivas e da gradual
desaceleração das exportações do país para os Estados Unidos, cresceu 11,4%
em 2007, expansão superior aos 11,1% de 2006. A combinação da queda da
taxa de juros nos EUA com a elevação das taxas de juros na China tem tornado
mais intensa a apreciação do renminbi, o que contribuirá para uma redução do
ritmo de crescimento econômico do país.
O ano de 2007 terminou com as economias do mundo voltadas para a elevação
de preços, principalmente de energia e das commodities agrícolas. De acordo
com o Banco Central do Brasil, pelo lado da demanda houve o desempenho da
economia mundial que pressionou os preços das principais commodities. Pelo
lado da oferta houve, em alguns mercados, reduzidos níveis de estoque
vigentes. Entretanto, pondera o Banco, há sinais de atividade especulativa nos
mercados de commodities, que estariam sendo utilizadas por investidores
internacionais como instrumento de proteção contra a inflação.
A evolução dos preços da soja, trigo e milho seguiram associados em 2007. A
utilização do milho como matéria-prima para a produção do etanol nos Estados
Unidos e a competição por área de plantio dessa cultura com soja e trigo
estimulam a elevação de preços. Os preços do café refletiram um reduzido nível
de estoque em ambiente de pressão da demanda internacional pelo produto.
Os preços das commodities metálicas foram pressionados pelo crescimento
econômico mundial, sobretudo da China. Acordos como o da Vale com grandes
siderúrgicas asiáticas, envolvendo a elevação dos preços do minério de ferro em
até 71% neste início de 2008, caracterizam o cenário econômico deste mercado.
A China é o maior consumidor e produtor mundial de aço, e em 2007 elevou em
17,4% sua importação de minério de ferro.
O petróleo, ao contrário de 2006, apresentou elevação dos níveis de preços em
2007, com alta de 57% no ano, o que contribuiu para a elevação da inflação no
cenário mundial. Foi a maior valorização anual desde 1999.
Gráfico 1: Preços do Petróleo
Fonte: Banco Central do Brasil
Petróleo Brent e WTI- mercado futuro (m+1)
60
70
80
90
100
110
120
Abr2007
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan2008
Fev Mar Abr
US$/BBL(158,9 l)
Brent WTI
Os preços do petróleo apresentaram elevação devido ao aumento da demanda
da Ásia, principalmente da China, além de outros países emergentes.
Permaneceram, também, dúvidas quanto à ambição do Irã em relação ao seu
programa nuclear, ataques de rebeldes à refinarias e a infra-estrutura petrolífera
na Nigéria, além de conflitos entre turcos e rebeldes curdos no norte do Iraque.
Contribuem também o enfraquecimento do dólar norte-americano em relação às
principais moedas, a relutância da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (OPEP) em elevar sua produção e os recuos nos estoques norte-
americanos. O Departamento de Energia dos Estados Unidos projeta o preço
médio do petróleo leve (WTI) em US$ 109,53/barril para 2008. Porém, este valor
deverá ser ultrapassado, já que em maio de 2008 a cotação chegou a
US$ 130,00 o barril.
34
Panorama Nacional e Catarinense
Produto Interno Bruto
O desempenho econômico brasileiro ficou caracterizado por alto crescimento da
produção em 2007. O PIB brasileiro apresentou incremento de 5,4% (em relação
ao ano anterior), impulsionado, sobretudo, pela queda da taxa de juros, e pelo
aumento da massa salarial. O crescimento real do PIB per capita em 2007
atingiu 4,0%, como mostra o gráfico abaixo.
Gráfico 2 – Produto Interno Bruto e PIB per capita – Brasil (2000-2007)
PIB e PIB per capita - Taxa (%) de crescimento (2000-2007)
1,1
- 0,2
1,2
- 0,3
4,2
2,3
4,03,8
5,7
3,22,7
1,3
4,3
5,4
1,7
2,8
1
0
1
2
3
4
5
6
7
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
PIB PIB per capita
Fonte: IBGE
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
35
36
Apesar da valorização cambial, houve maior crescimento da agropecuária em
2007. O setor apresentou desempenho positivo de 5,3%, superior ao cresci-
mento de 3,2% em 2006 e 0,8% em 2005, ano em que o setor partiu de uma base
de comparação elevada. Os destaques positivos na produção agrícola do ano
foram: trigo (62,3%), algodão herbáceo (33,5%), milho em grão (20,9%), cana
(13,9%) e soja (11,1%). Já os negativos, destacam-se: café em grão (-16,7%),
arroz em casca (-3,7%) e feijão (-4,4%).
A indústria de transformação apresentou um bom desempenho em 2007,
registrando crescimento de 5,1%, enquanto em 2006 o crescimento foi de 2,0%.
A indústria extrativa mineral cresceu menos em 2007 do que em 2006. Apesar de
ter mantido elevada a extração de minério ferro (crescimento de 10,7% em 2007
e 10,9% em 2006), houve retração na extração de petróleo e gás, que cresceu
somente 0,8% em 2007, enquanto havia crescido 5,1% em 2006.
A construção civil elevou suavemente o ritmo de crescimento de 2007, e
apresentou incremento da produção em 5% em relação ao ano anterior. No ano
de 2006 o crescimento da construção civil foi de 4,5%.
O ano de 2007 registrou elevação da demanda, pelo quarto ano consecutivo. O
consumo das famílias cresceu 6,5% motivado, novamente, pelo incremento real
da massa salarial (3,6% em 2007) e das operações de crédito do sistema
financeiro. Houve aumento de 28,8% no saldo de operações de crédito do
sistema financeiro com recursos livres para as pessoas físicas.
Outro componente da demanda agregada, o consumo do governo teve
crescimento de 3,1% e a formação bruta de capital fixo cresceu 13,4%, o que
representa significativo desempenho em relação ao ano anterior quando a
formação bruta de capital fixo havia registrado crescimento de 6,3%. De acordo
com o IBGE, o desempenho da FBCF de 2007 é a maior taxa de crescimento no
ano desde o início da série em 1996.
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
37
Preços
Os preços em 2007 apresentaram, em média, um crescimento mais elevado em
relação ao ano anterior. A inflação acumulada em 2007, medida pelo IPCA foi de
4,47%, conforme mostra o quadro I.
Indicadoresde Preços
IPCA
IGP-DI
ComentáriosAcumuladono ano (%)
Impulsionado sobretudo pelo preço dos alimentos. O grupo Alimentação e Bebidasapresentou uma elevação de preços de 10,86% em 2007, seguida pelas despesaspessoais, que cresceram 6,53%. No ano de 2006, a elevação do IPCA foi de 3,14%.
O incremento do IGP-DI reflete o comportamento do Índice de Preços aoConsumidor – Brasil (IPC-Br), que variou 4,6% em 2007 (2,05% em 2006). O Índicede Preços no Atacado – Disponibilidade Interna (IPA-DI), apresentou elevação de9,44% (4,29% em 2006). O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) variou6,15% (5,04% em 2006). O IPA agrícola apresentou variação de 24,82% em 2007(6,92% em 2006 e -6,32% em 2005) e os preços industriais acumularam variação de4,42% em 2007, ante 3,46% em 2006.
Quadro I - Indicadores de Preços – Brasil - 2007
Fontes: IBGE, FGV e BACEN
4,47
7,89
O IGP-di (Índice Geral de Preços – disponibilidade interna) em 2007 apresentou
crescimento em relação ao ano de 2006, com variação de 7,89%
(1,22% em 2006).
38
Comércio Internacional
Em 2007 as exportações atingiram US$ 160,6 bilhões e as importações
totalizaram US$ 120,6 bilhões. O intercâmbio comercial brasileiro atingiu US$
281,2 bilhões, o que é considerado um recorde das contas externas brasileiras.
O superávit comercial foi de US$ 40,0 bilhões. Em relação ao ano de 2006, as
exportações cresceram 16,6% e as importações ampliaram 32,0%.
Consideradas as categorias de uso, as exportações de bens manufaturados,
que respondem por mais da metade (52,3%) da pauta total, evoluíram em 11,9%.
Mas, o crescimento mais significativo das exportações foi a de produtos básicos
que cresceu 28,1% em relação ao ano anterior.
A importação de matérias-primas e produtos intermediários, que representam
49,3% da pauta total, cresceu 31,2% em 2007. A importação de bens de capital,
que representa 20,8% da pauta total, expandiu-se em 32,7%. Estes dados
sugerem a forte correlação da importação com a ampliação dos investimentos no
Brasil. A importação de bens de consumo no ano de 2007 aumentou 34,0% em
relação a 2006.
Apesar do câmbio, as exportações brasileiras mantêm-se em ritmo de
crescimento nos três primeiros meses de 2008. Entretanto, as importações
crescem em ritmo mais acentuado. Estas são estimuladas pela valorização
cambial, mas também pelo crescimento econômico e as expectativas favoráveis,
além do aumento dos preços. Neste primeiro trimestre de 2008 houve aumento
nos preços de combustíveis importados, dos bens intermediários e de bens de
consumo não duráveis. Estes fatores sugerem atenção em relação aos
resultados na balança comercial em 2008. Apesar da menor vulnerabilidade das
contas externas brasileiras em relação aos anos anteriores, o desempenho
exportador pode ser prejudicado pela crise econômica internacional.
Do total das exportações brasileiras, a economia catarinense contribuiu com
US$ 7,4 bilhões, aproximadamente, o que correspondeu a 4,60% de
participação, como mostra o quadro II.
39
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
O aumento das exportações em relação ao ano anterior foi de 23,40%, maior
incremento desde o ano de 2004 e acima da média nacional. No ano anterior
(2006/2005), o incremento foi de 6,83%.
Quadro II – Exportações do Brasil e Santa Catarina – 2006 e 2007
Fonte: MDIC
Exportações
BRASILSANTA CATARINA
JAN-DEZ/07US$ 1000 FOB
JAN-DEZ/06US$ 1000 FOB
VARIAÇÃO %07/06
160.649.0737.381.840
137.469.7005.965.687
16,5823,4
As exportações catarinenses de produtos manufaturados atingiram
US$ 4,5 bilhões em 2007. As exportações de produtos básicos totalizaram
US$ 2,67 bilhões.
Os produtos mais exportados por Santa Catarina em 2007 foram carnes de frango,
fumo, motocompressores, soja e carne de suíno, como mostra o quadro III.
Quadro III - Os 10 produtos mais exportados por Santa Catarina - 2006 e 2007
Pedacos e Miudezas,comest.deGalos/galinhasFumoMotocompressor HermeticoOutros Grãos de SojaOutras Carnes de Suíno,congeladasPreparacões Alimenticias eConservas,de GalosCarnes de Galos/galinhas,n/cortadas em pedaçoBlocos de Cilindros,Cabecotes, etc. p/motoresMotores elétricos (NCM 85015210)Portas,respect.caixilhos,Alizares e Soleiras
ProdutosVar (%)07/06
41,4410,5013,85
558,1524,56
47,38
81,89
-0,3828,40
0,38
Part.%s/total
11,456,815,810,773,45
2,65
2,05
3,662,59
3,03
US$ 1000F.O.B.
685.093407.187347.779
46.016206.086
158.593
122.745
218.680154.806
181.182
Part.%s/total
13,136,105,364,103,48
3,17
3,02
2,952,69
2,46
US$ 1000F.O.B.
969.020449.958395.957302.851256.693
233.731
223.266
217.841198.767
181.870
2007 (Jan/Dez) 2006 (Jan/Dez)
Fonte: MDIC/SECEX
40
Quanto aos países de destino das exportações catarinenses, os Estados Unidos
mantêm-se como líder do ranking dos maiores mercados (participação de 17,30%
no total exportado por Santa Catarina), apesar do ritmo de crescimento das
exportações para este país ter diminuído nos últimos três anos. Em 2007, as expor-
tações catarinenses para os Estados caíram 8,15%, como mostra o quadro IV.
O incremento das exportações para a Argentina manteve-se em 2007 em ritmo
elevado, o que garantiu a este país a ampliação da sua participação no total
exportado por Santa Catarina, chegando em 2006 a aproximadamente 7% do total.
Quadro IV - Os 10 principais países de destino das exportações de Santa Catarina - 2006 e 2007
Estados UnidosArgentinaPaises Baixos (Holanda)AlemanhaJapaoReino UnidoMexicoRussiaAfrica do SulItalia
17,307,085,864,974,454,032,632,582,572,55
Fonte: MDIC
Países
1.390.666396.283260.262284.242228.767258.673176.858246.610147.078166.310
23,256,624,354,753,824,322,964,122,462,78
-8,1531,8466,2829,2043,7014,95
9,88-22,7628,8512,97
2007/2006%
JAN-DEZ2007
US$ 1000 F.O.B.
Particip.%
JAN-DEZ2006
US$ 1000 F.O.B.
Particip.%
1.277.363522.452432.771367.245328.738297.356194.333190.473189.515187.880
Além dos dez principais destinos das exportações catarinenses, outros países têm
apresentado incremento das suas compras. Dentre estes se destacam: Coréia do
Sul (229,17%), Venezuela (118,81%), Hong Kong (76,28%), Espanha (45%),
França (25%), Angola (125,69%), Austrália (60,48%).
Dentre os principais mercados externos de Santa Catarina, a Rússia manteve a
redução significativa das suas compras e da sua participação no total exportado
pelo Estado. As exportações para a Rússia em 2006 já haviam caído pela metade
em relação ao exportado em 2005 e em 2007 caíram mais 22,76% em relação ao
exportado em 2006.
41
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
O desempenho das exportações em 2007 foi conquistado por muitas empresas.
No quadro abaixo podem ser identificadas as quinze maiores empresas
exportadoras do Estado. Todas as empresas listadas possuem uma participação
superior a 1% do total exportado pelo Estado.
Fonte: MDIC
Quadro V – Principais empresas exportadoras do Estado de Santa Catarina – 2006 e 2007
Whirlpool SA (Multibrás)Weg Exportadora S/ASeara Alimentos S/APerdigao Agroindustrial S/ASadia S.AUniversal Leaf Tabacos LtdaTupy Fundicoes LtdaAgrenco do Brasil S.A.Souza Cruz S/ACooperativa CentralOeste Catarinense LtdaDiplomata S/AIndustrial e ComercialKlabin S.A.Busscar Onibus S.A.
8,317,487,086,205,853,923,823,803,00
2,49
2,061,821,44
Empresasexportadoras
364.510434.090345.655348.536302.749243.808302.451
27.436211.032
128.031
70.004124.360
70.261
6,097,265,785,835,064,085,060,463,53
2,14
1,172,081,17
68,2927,2451,2531,3242,7318,82-6,67
923,215,02
43,76
117,757,76
50,77
2007/2006%
JAN-DEZ2007
US$ 1000 F.O.B.
Particip.%
s/total
JAN-DEZ2006
US$ 1000 F.O.B.
613.425552.349522.801457.700432.121289.700282.286280.732221.622
184.058
152.434134.010105.934
Particip.%
s/total
As quarenta principais empresas exportadoras de Santa Catarina representam
aproximadamente 72% do total exportado pelo Estado, dado que mostra uma
maior concentração em relação aos dois anos anteriores. Em média, as maiores
exportadoras apresentaram um incremento de 37% das suas exportações em
2007, média superior as demais empresas exportadoras, que aumentaram as
vendas externas em 1,49%, o que gerou a maior concentração no ano de 2007.
Dentre as quarenta maiores exportadoras catarinenses, algumas apresentaram
queda das vendas ao mercado externo em 2007/2006: Tupy Fundições (-6,67%),
Eliane Revestimentos Cerâmicos (-12,75%), Portobello SA (-19,72%),
Compensados e Laminados Lavrasul S/A (-5,73 ), Cecrisa Revestimentos
Cerâmicos (-29,47%), Masisa Madeiras LTDA. (-20,22 ), Karsten S.A.(-22,69 ),
Dohler S.A (-5,8 ).
%
% %
%
42
O ano de 2007 representou mais um ano de significativo incremento das
importações catarinenses (44,20%). No ano de 2006, as importações de Santa
Catarina apresentaram variação de aproximadamente 59% em relação ao ano
anterior. Em 2005/2004 o aumento foi de 37%. As importações catarinenses em
2007 somaram US$ 5 bilhões, aproximadamente, conforme dados apresentados
no Quadro VI.
Quadro VI – Importações do Brasil e Santa Catarina – 2006 e 2007
BrasilSanta Catarina
Fonte: MDIC
Importações
91.395.6213.472.345
32,0444,20
VARIAÇÃO%
2007/2006
JAN-DEZ2007
US$ 1000 F.O.B.
JAN-DEZ2006
US$ 1000 F.O.B.
120.620.8785.001.944
Dentre os produtos mais importados destacam-se os produtos de cobre,
produtos plásticos, fios têxteis sintéticos e trigo, conforme mostra o quadro VII.
Quadro VII - Os 10 produtos mais importados por Santa Catarina em 2006 e 2007
ProdutosVar (%)07/06
39,5010,46
255,4911,07
-13,82
3,88
78,2731,39
221,80
73,92
Part.%s/total
11,403,630,932,583,10
2,13
0,891,160,45
0,83
US$ 1000F.O.B.
395.517125.824
32.39289.383
107.370
73.816
30.73440.34715.780
28.632
Part.%s/total
11,032,782,301,981,85
1,53
1,101,061,02
1,00
US$ 1000F.O.B.
2007 (Jan/Dez) 2006 (Jan/Dez)
Fonte: MDIC
Catodos de Cobre RefinadoOutros Polimeros de EtilenoFio de Fibras ArtificiaisGarrafoes,garrafas,frascosOutros Polietilenos s/cargaTrigo (exc.trigo duro oup/semeadura)Fio de Fibras de Poliesterescom Fibras ArtificiaisFio Texturizado de PoliesteresFio de Fibras de PoliesteresOutros Aparelhos Videofônicosde Gravação
551.734138.981115.150
99.27992.529
76.681
54.78753.01250.779
49.798
43
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Considerando a importação catarinense por fator agregado em 2007, observa-se
que, pelo segundo ano consecutivo, houve uma significativa elevação das
importações de bens de capital, que totalizaram US$ 1,087 bilhão,
aproximadamente, como mostra o quadro VIII. O incremento da importação de
bens de capital foi de 62% em relação a 2006, o que consiste em um indicador de
investimentos realizados pela economia catarinense.
Quadro VIII – Importação Catarinense por Fator Agregado em 2006 e 2007
Categorias Var (%)07/06
62,061,9
143,6
37,94,6
38,1123,6-80,5
49,390,838,154,8
671.764670.998
765
2.311.571182.582
2.060.64468.195
149
473.625100.242373.383
11.808
2007 (Jan/Dez)US$ 1000
F.O.B.
2006 (Jan/Dez)US$ 1000
F.O.B.
Fonte: MDIC
Bens de CapitalBens de Capital (exc.equip.de transporte uso industr.)Equipamentos de Transporte de Uso Industrial
Bens IntermediariosAlimentos e Bebidas destinados a IndústriaInsumos IndustriaisPecas e Acessórios de Equipamentos de TransporteBens Diversos
Bens de ConsumoBens de Consumo DuráveisBens de Consumo não DuráveisCombustíveis e Lubrificantes
1.087.9491.086.084
1.865
3.188.770191.021
2.845.237152.483
29
706.944191.297515.647
18.281
Os bens intermediários, que representam aproximadamente 63% da pauta de
importados de Santa Catarina, registraram uma variação de 37,9% sobre o
montante importado no ano anterior.
A importação de bens de consumo totalizou cerca de US$ 706 milhões, uma
participação de 14% no total importado. Considerando o importado no ano
anterior, houve um incremento de 49%, aproximadamente.
Apesar do intenso crescimento das importações provenientes da China em 2006
(166%), no ano de 2007 estas apresentaram um incremento de
aproximadamente 101%, totalizando cerca de US$ 927 milhões. Como principais
países de origem das importações catarinenses destacam-se também a
Argentina, conforme quadro abaixo, mas também Chile, Estados Unidos,
Alemanha e Peru, dentre outros. No quadro IX podem-se observar as
importações catarinenses por país de origem.
44
Quadro IX - Os 10 principais países de origem das importações de Santa Catarina – 2006 e 2007
Fonte: MDIC
PaísesVar (%)07/06
101,5916,2530,7748,0665,8976,1370,43
5,0830,9624,96
Part.%s/total
13,2617,3911,65
8,125,103,452,614,123,022,52
US$ 1000F.O.B.
459.875603.338403.953281.562177.068119.827
90.569142.876104.627
87.373
Part.%s/total
18,5314,0210,56
8,335,874,223,093,002,742,18
US$ 1000F.O.B.
2007 (Jan/Dez) 2006 (Jan/Dez)
ChinaArgentinaChileEstados UnidosAlemanhaPeruIndonesiaUruguaiItaliaParaguai
927.075701.398528.269416.887293.742211.056154.359150.140137.014109.178
As importações do México também ampliaram significativamente em 2007
(135%), totalizando US$ 56,8 milhões, aproximadamente. O México responde
por 1,14% do total importado por Santa Catarina.
As principais empresas importadoras, em SC, em 2007 e a sua participação no
total importado são:
Quadro X - As 10 principais empresas importadoras de Santa Catarina – 2006 e 2007
Empresas ImportadorasParticip.
(%)
5,614,553,332,522,062,041,861,811,691,64
280.386227.479166.582125.951102.885102.271
93.16490.39984.53181.900
JAN-DEZ/2007US$ 1000 FOB
Cotia Vitoria Serviços e Comércio S/ADow Brasil S.A.Copper Trading S/ADiamond Business Trading S/A
Brasil Mundi Importacao e Exportacao LtdaCompanhia de Bebidas das Americas - AMBEVBunge Alimentos S/AWeg Equipamentos Elétricos S/ALogistic Network Technology Com., Import.
Whirlpool SA (Multibrás)
Fonte: MDIC
45
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Vendas no Varejo
No acumulado do ano, o crescimento do volume de vendas do comércio varejista
ampliado brasileiro cresceu 13,56%, mais do que o dobro do crescimento das
vendas de 2006 (6,45%). O mesmo ocorreu com as receitas do comércio
varejista ampliado, que incluem as atividades de material de construção e
veículos, motos, partes e peças, que aumentaram 15,13% em 2007, enquanto no
ano anterior, o crescimento foi de 7,55%.
Em Santa Catarina, o comércio varejista registrou um desempenho superior ao
brasileiro. Enquanto as vendas de 2007 cresceram 15,46% em relação ao ano
anterior, a receita nominal cresceu 17,08%.
O volume e a receita nominal das vendas do comércio varejista de Santa
Catarina, por tipo de atividade, podem ser observados no quadro XI.
Quadro XI - Volume e receita nominal de vendas no comércio varejista de Santa Catarina
Fonte: IBGE - Pesquisa Mensal de Comércio.
Atividades2007/2006
Volume de vendasno comércio varejista (%)
Receita nominal de vendasno comércio varejista (%)
Hipermercados, supermercados,produtos alimentícios, bebidas e fumoHipermercados e supermercadosTecidos, vestuário e calçadosMóveis e eletrodomésticosArtigos farmacêuticos, médicos,ortopédicos, de perfumaria e cosméticosLivros, jornais, revistas e papelariaEquipamentos e materiais paraescritório, informática e comunicaçãoOutros artigos de uso pessoal e domésticoVeículos, motocicletas, partes e peçasMaterial de construção
7,437,5
15,927,27
8,044,56
38,0716,7825,9412,80
2006/2005
7,017,076,20
-4,36
--
16,78---
2005/2004
5,715,35
11,0810,56
--
25,31---
2004/2003
10,6711,69
6,7128,21
--
----
2007/2006
12,3712,4119,97
4,55
12,677,54
20,3420,0926,5315,90
2006/2005
6,306,39
12,20-4,81
--
6,34---
2005/2004
8,007,62
22,3316,30
--
19,30---
2004/2003
14,2015,0717,1332,67
--
----
46
Considerando as diferentes atividades econômicas, destaca-se a retomada no
crescimento das vendas e das receitas do varejo de móveis e eletrodomésticos
em 2007, que em 2006 tinham apresentado retração de vendas em relação ao
ano anterior. O segmento de hipermercados e supermercados apresentou
aumento no volume de vendas em relação a 2006, mas o incremento na receita
nominal foi muito superior, dada a elevação de preços, sobretudo dos alimentos,
o que caracterizou o ano de 2007.
O emprego formal brasileiro, em 2007, de acordo com os dados do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) apresentou significativa expansão em relação ao ano
de 2006. Verificou-se a criação de 1.617.392 postos de trabalho celetistas,
resultando no crescimento do emprego na ordem de 5,85%.
Todos os setores e subsetores de atividade econômica apresentaram elevação
no emprego em 2007. O setor de Serviços liderou a geração de empregos, com
o aumento de 587.103 postos, um aumento de 5,29% em relação a 2006. O
Comércio foi responsável pela abertura de 405.091 novas vagas (6,56%) e a
Indústria de Transformação registrou incremento de 394.584, uma elevação de
6,09% em relação ao ano anterior. De acordo com o CAGED, o ano de 2007
registrou desempenhos recordes dos Serviços e do Comércio e o segundo
melhor resultado da Indústria de Transformação, ficando atrás somente do ano
de 2004, quando gerou 504.610 postos.
Em Santa Catarina, houve aumento de 6,11% no emprego formal, totalizando
83,6 mil postos de trabalho adicionais.
Emprego
47
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Quadro XII – Evolução do emprego por subsetor de atividade econômica no Brasil e Santa Catarinaem 2005, 2006 e 2007
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego - CAGED.
AtividadesIndustriais 200520062007
Brasil
Variação anual (%)
TOTALIndústria Extrativa MineralIndústria de TransformaçãoProdutos Minerais não MetálicosMetalurgiaMecânicaMateriais Elétricos e de ComunicaçãoMaterial de TransporteMadeira e MobiliárioPapel, Papel e EditoraçãoBorracha, Fumo e CouroQuímica, Farmacêutica, Vet.Têxtil e VestuárioCalçadosProdutos AlimentíciosConstrução Civil
5,855,916,094,159,14
12,158,88
12,121,283,352,754,605,103,026,17
13,08
Considerando o porte da atividade industrial, no ano de 2007, em Santa Catarina,
as microempresas diminuíram a sua participação no total de emprego, apesar do
incremento no número de trabalhadores, dado a maior elevação do emprego das
medias e grandes empresas. A participação das empresas industriais, de acordo
com o porte, e o saldo de admissões e demissões podem ser observados no
quadro XIII.
SC
6,114,895,761,849,88
12,6219,1410,51-6,352,475,297,325,76
18,288,65
13,79
Brasil
4,728,494,063,335,085,642,482,770,423,192,824,133,37
-0,136,877,34
SC
4,740,394,191,344,756,986,74
13,04-1,653,596,325,265,387,154,773,63
Brasil
5,096,243,014,182,752,616,745,18
-4,553,623,254,383,62
-5,085,038,44
SC
5,2510,09
2,675,971,46
-1,944,45
15,18-7,382,231,488,044,706,427,178,69
Quadro XIII - Comportamento do emprego na indústria de transformação de SC – 2006 e 2007
Fonte: CAGED
Tamanhoda empresa 20072006
Admissões20072006
Demissões20072006
SALDO
20072006
Participação %sobre total
A variação no emprego formal das atividades industriais de Santa Catarina em
2007 podem ser observadas no quadro XII.
MicroPequenaMédiaGrandeTOTAL
81.14669.55150.56835.786
237.051
92.13575.47260.25249.987
277.846
67.12367.19749.04432.995
216.359
75.35074.48655.24642.719
247.801
14.0232.3541.5242.791
20.692
16.785986
5.0067.268
30.045
67,7711,38
7,3713,49
100,00
55,873,28
16,6624,19
100,00
48
Atividade Industrial
O resultado acumulado no ano de 2007 mostra que houve crescimento da
produção industrial brasileira de 6% em relação ao ano anterior. Este dado
comprova que o ritmo de crescimento da indústria em 2007 acentuou-se em
relação aos últimos anos, ficando inferior somente ao desempenho de 2004, ano
de maior crescimento industrial desta década, como mostra o quadro XIV.
Quadro XIV - Produção Física Industrial do Brasil de 2003 a 2007
Fonte: IBGE – Banco de Dados Agregados
Produção Industrial Brasileira
Discriminação
Indústrias ExtrativasIndústria de Transformação
TOTAL
2003
Variação (%)
0,044,7
-0,2
20052004
8,34,288,52
3,0910,18
2,71
20072006
2,837,352,58
6,015,876,02
Em 2007, ao contrário dos últimos três anos, a indústria de transformação
superou o desempenho da indústria extrativa mineral. Com exceção do ano de
2004 em que a produção industrial brasileira foi impulsionada pela exportação, o
ano de 2007 foi o melhor ano de crescimento da produção da indústria de
transformação do Brasil.
A indústria brasileira foi impulsionada pela demanda do mercado interno, sendo
a demanda externa prejudicada pelo comportamento cambial. Houve em 2007:
expansão do crédito e do emprego, a flexibilização monetária, os impulsos
fiscais e, em alguns segmentos, a recomposição dos reduzidos níveis de
estoques.
Considerando as atividades industriais, o ano de 2007 registrou um aumento de
produção abrangente, atingindo vinte das vinte e três atividades.
49
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Os desempenhos industriais que mais destacaram-se em 2007 foram:
- máquinas e equipamentos, com variação da produção industrial de 17,72% em
2007. Desde o ano 2000, quando a produção industrial de máquinas e
equipamentos do Brasil cresceu 18,85%, a produção desta indústria não havia
crescido tanto, tendo sido beneficiada pela expansão dos investimentos em
2007. Segundo a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos, a
produção de bens de capital destacou-se em 2007 e registrou um faturamento da
ordem de R$ 61,6 bilhões, correspondendo a um crescimento de 12,6% sobre o
obtido em 2006. As exportações brasileiras de bens de capital cresceram 21,3%,
no período de janeiro a dezembro de 2007, passando de US$ 8,7 bilhões, obtidos
no ano anterior, para US$ 10,5 bilhões. O maior comprador continua sendo os
Estados Unidos, apesar de as vendas terem sofrido uma retração da ordem de
7,2% no ano de 2007.
- veículos automotores, que apresentou crescimento da produção de 15% em
2007. De acordo com a Anfavea, a produção de autoveículos montados e
desmontados em 2007 foi de 2,97 milhões de unidades, resultado 13,9%
superior ao obtido em 2006, quando foram produzidos 2,61 milhões de
autoveículos. O ano de 2007 representou o maior resultado do setor no Brasil em
unidades produzidas. E esta dinâmica pode ser atrelada à expansão do mercado
interno, dado que as exportações totais de autoveículos em 2007 totalizaram
786,8 mil unidades. Comparados com os 842,8 mil veículos embarcados para o
exterior em 2006, registrou-se queda de 6,6%. A produção de máquinas
agrícolas automotrizes também contribuiu significativamente para a expansão
da indústria de veículos automotores em 2007. A produção de máquinas
agrícolas automotrizes somou 65,0 mil unidades, uma expansão de 41,0% em
relação ao montante produzido em 2006 (46,1 mil unidades).
A indústria de Máquinas e Equipamentos contribuiu para o crescimento da
indústria geral, que foi de 6%, com 1,12 pontos percentuais e a indústria de
Veículos Automotores com 1,35 p.p., fazendo com que, conjuntamente
explicassem grande parte do crescimento industrial brasileiro. Esta excessiva
concentração do crescimento industrial em apenas dois ramos de produção não
é saudável. As expectativas empresariais favoráveis, que estimularam os
investimentos e a evolução do crédito e o aumento da massa salarial que
estimularam o consumo, são as razões que explicam o desempenho destas
indústrias. Nesses ramos, sobressaem os itens automóveis, autopeças e
caminhões, no segundo setor, e os centros de usinagem, fornos microondas,
refrigeradores e máquinas para colheita, no primeiro.
50
- a indústria de máquinas para escritório e equipamentos de informática manteve
um ano de expressivo crescimento na produção (14,41%), apesar do menor
dinamismo em relação ao crescimento do ano anterior, dada a base de
comparação elevada. Em 2006 apresentou incremento de 51,6% na produção
em relação a 2005 e foi o melhor resultado dos últimos anos;
- a indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos que vinha apresen-
tando um ritmo de crescimento em torno de 7% a 8% ao ano, nos últimos três
anos, apresentou crescimento de aproximadamente 14% em 2007/2006.
Esse grupo de indústrias tem uma dinâmica articulada ao desempenho das
áreas de bens de capital e bens de consumo duráveis, líderes da expansão do
mercado interno, já iniciada em 2006. O desempenho da produção de bens de
consumo duráveis reflete, entre outros fatores, a recuperação da renda real e a
expansão do volume de crédito na economia. A expansão da produção de bens
de capital resulta da consolidação das perspectivas favoráveis de continuidade
do crescimento da demanda interna.
As principais pressões negativas da produção industrial brasileira em 2007
vieram da indústria de fumo (-8,1%), madeira (-3,2%) e material eletrônico e
equipamentos de comunicações (-1,1%).
51
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Quadro XV - Produção Física Industrial do Brasil, por atividades, de 2003 a 2007
Fonte: IBGEObs: novas divisões da produção industrial segundo o IBGE.
Atividades Industriais
Indústria de TransformaçãoAlimentosBebidasFumoTêxtilVestuárioCouros e calçadosMadeiraCelulose, papelEdição, impressãoPetróleo e álcoolFarmacêuticaPerfumaria e prod. de limpezaOutros prod. químicosBorracha e plásticoMinerais não metálicosMetalúrgica básicaProdutos de metalMáquinas e equipamentosMáquinas de escritório e equip. de informáticaMáquinas, aparelhos e materiais elétricosMateriais eletrôn., aparelhos e equip. de com.Equipamentos de instalação médico-hospitalarVeículos automotoresOutros equipamentos de transporteMobiliárioDiversos
2003
Variação (%)
-0,20-1,4-4,3-6,4-4,5
-12,2-9,85,36,30,7
-2,2-9,10,9
3-3,4-3,65,8
-5,55,3
81,80,5
-3,44,19,2
-9,2-1,7
20052004
8,524,125,81
18,9410,11
1,542,337,687,92
-2,392,320,95
11,896,957,774,853,359,97
16,1733,54
7,0617,79
8,329,86
10,36,86
10,78
2,710,606,36-0,9
-2,11-5,05-3,21-4,473,10
11,301,47
14,433,72
-1,25-1,22,81
-1,97-0,16-1,3617,25
7,8714,22
2,556,815,540,538,44
20072006
2,581,817,153,941,57
-4,96-2,71-6,852,181,741,614,381,96
-0,882,242,642,84
-1,283,95
51,578,7
0,019,371,272,098,44
-1,27
6,022,555,37-8,13,825,10-2,2-3,20,76-0,23,051,915,075,645,885,266,755,79
17,7214,4113,98
-1,13,81
1513,94
7,43-1,6
52
Nos índices por categorias de uso, apresentados no quadro XVI, a maior taxa de
crescimento da produção industrial brasileira em 2007 ficou com bens de capital,
com incremento de 19,5%, apoiado no crescimento generalizado dos seus
diversos subsetores: bens de capital para transporte (18,1%), para uso misto
(15,4%), para fins industriais (17,0%), energia elétrica (26,0%), agrícolas (48,3%)
e para construção (18,7%).
Quadro XVI - Produção Física Industrial do Brasil, por categorias, de 2002 a 2007
Fonte: IBGE
Categorias
Bens de capitalBens intermediáriosBens de consumo
DuráveisSemiduráveis e não duráveis
2002
Variação Anual (%)
-5,84,21,54,71,1
20042003
2,21,9
-2,83
-4
19,77,387,33
21,844,03
20062005
3,570,945,99
11,394,56
5,72,13,45,82,7
2007
19,54,94,79,23,4
O segmento de bens de consumo duráveis também exibiu expansão acima da
média nacional, avançando 9,2%, apoiado principalmente no dinamismo do setor
automobilístico (12,6%), uma vez que os resultados positivos de celulares (2,0%)
e de eletrodomésticos (5,3%) foram mais discretos, de acordo com o IBGE.
Em Santa Catarina, a produção da indústria de transformação teve um ano de
crescimento significativo, com expansão de 5,4%, em ritmo bem superior ao
observado em 2006 (0,2%) e 2005 (0,0%).
Quadro XVII – Produção Física Industrial de Santa Catarina, de 2003 a 2007
Fonte: IBGE
Produção Industrial de Santa Catarina
Indústria de transformação
Variação Anual (%)
20042003
-5,53 11,40
20062005
0,04 0,23
2007
5,42
Discriminação
53
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Das onze atividades da indústria de transformação classificadas pelo IBGE,
nove apresentaram expansão na produção (quadro XVIII).
As atividades industriais com o melhor desempenho no ano de 2007 em Santa
Catarina foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que obteve um
incremento da produção de 14,34% em relação ao ano anterior. Este
desempenho foi impulsionado pela maior fabricação de motores elétricos.
O segundo melhor desempenho foi obtido pela indústria de veículos
automotores, que cresceu 11,1% em relação ao ano anterior, e registra quatro
anos consecutivos de acentuado dinamismo. Este incremento é resultante,
sobretudo, da maior fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus. Este
comportamento reflete o dinamismo do mercado interno, impulsionado pelo
aumento da demanda derivada do aumento da renda e dos financiamentos de
longo prazo.
Quadro XVIII - Produção Física Industrial, Santa Catarina, por atividades, de 2003 a 2007
Fonte: IBGEObs: Novas divisões da produção industrial segundo o IBGE.
Atividades IndustriaisSanta Catarina
AlimentosTêxtilVestuário e acessóriosMadeiraCelulose, papel e produtos de papelBorracha e plásticoMinerais não metálicosMetalurgia básicaMáquinas e equipamentosMáquinas, aparelhos e mat. elétricosVeículos automotores
Variação Anual (%)
-5,55-7,86
-15,563,95
-0,85-19,15
3,29-0,336,63
12,89-33,67
20042003
11,3613,22-2,8512,3
12,6617,07
4,2429,6114,1610,1242,32
20062005
2,224,98
-12,020,736,252,180,203,69
-12,91-11,8839,63
-8,05-0,54
-10,03-17,18
2,869,04
-3,46-4,4612,10
8,0124,92
2007
7,812,221,24
-2,392,476,241,03-0,67,16
14,3411,13
Ressalta-se também o incremento da produção da indústria de alimentos (7,7%),
impulsionada, sobretudo, pela maior produção de carnes e miudezas de aves,
principal item da pauta exportadora catarinense em 2007.
Desempenho relevante também foi apresentado pela indústria de máquinas e
equipamentos, que cresceu a produção em 7,2% em relação a 2006, sobretudo
pela maior produção de refrigeradores e congeladores.
54
Os principais destaques negativos vieram da indústria madeireira, que
decresceu a produção em 2007 em 2,6% em relação a 2006, ano em que a
produção de madeira já havia registrado um desempenho negativo relevante
acompanhando o desempenho da indústria madeireira nacional.
A indústria de metalurgia básica foi a segunda queda de 2007, diminuindo a sua
produção em 0,6% em relação ao ano anterior.
A indústria de vestuário em 2007 consegue crescer a produção, após vários anos
de queda, movimento que ocorre desde o início da década. No ano de 2007
houve um aumento da produção de aproximadamente 1,24% em relação a 2006.
Considerando outros indicadores da indústria nacional, tem-se que as vendas
industriais apresentaram incremento de 5,1%, desempenho significativamente
superior ao ano de 2006, quando as vendas industriais cresceram somente
1,72% em relação a 2005. A indústria brasileira de transformação apresentou
também, em 2007, aumento de 4% nas horas trabalhadas, em comparação ao
ano anterior.
Quadro XIX – Indicadores Industriais – Brasil – 2004, 2005, 2006 e 2007
Fonte: CNI
Indicadores Industrias Brasil
Vendas IndustriaisHoras Trabalhadas na Produção
Variação Anual (%)
2004
14,296,21
20062005
2,034,54
1,721,8
2007
5,14,0
Na média de 2007, a utilização da capacidade instalada expandiu-se 1,8 pontos
percentuais, em relação a 2006. De acordo com a CNI, o aumento da capacidade
instalada em 2007 só foi menor do que em 2004, quando houve elevação de
2,7 p.p, mas o volume de investimentos na indústria em 2007 foi sensivelmente
superior ao de 2004. As vendas reais de máquinas e equipamentos no acumulado
de 2004 cresceram 5,3% e no acumulado de 2007 expandiram 17,9%.
55
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Em Santa Catarina, as vendas da indústria apresentaram recuperação após dois
anos consecutivos de queda. Após o bom desempenho das vendas em 2004,
Santa Catarina tem dois anos consecutivos de declínio das vendas da indústria, o
que se refletiu na redução da utilização da capacidade instalada. Este movimento
descendente foi interrompido no ano de 2007, quando houve crescimento das
vendas, das horas trabalhadas e da capacidade instalada industrial, como
mostra o quadro XX.
Quadro XX – Indicadores Industriais de Santa Catarina em 2005, 2006 e 2007
Fonte: FIESC/PEI*Pontos percentuais de um período para o outro
Variáveis
Vendas reaisHoras trabalhadas na produçãoUtilização da capacidade instalada*
Variação Anual (%)
20062005
-11,892,96
-2,24
-1,540,81
-1,44
2007
8,11,151,17
Conforme pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina –
FIESC, realizada pela unidade de Política Econômica e Industrial, junto a 206
indústrias, as atividades industriais que mais sofreram retração das vendas em
2007 foram (quadro XXI):
Mobiliário: a indústria produtora de móveis continua enfrentando grave crise
econômica. É o terceiro ano consecutivo que apresenta retração de vendas,
apesar de menor intensidade em 2007 (-4,11% em 2007/2006, -19% em
2006/2005 e -18,1% em 2005/2004). A retração das vendas é também
acompanhada de redução das horas trabalhadas, que apesar de muito intensa
em 2006 (-12,3%), em 2007 sofreu retração de -3,12%. Em relação à capacidade
instalada, houve recuperação. Após ter passado por três anos consecutivos de
redução da capacidade instalada, em 2007 a indústria de móveis conseguiu
elevar a sua capacidade produtiva. Enquanto em 2004, a indústria moveleira
trabalhava a 84,5% da capacidade total instalada, em 2006 passou a trabalhar
com 79%, nível próximo ao realizado em 2003, mas recuperou em 2007,
ultrapassando levemente o nível de 80% de capacidade.
56
Quadro XXI – Indicadores Industriais da Indústria de Transformação de Santa Catarina – 2007/2006
Fonte: FIESC/PEI
Gêneros
Alimentos e BebidasProdutos têxteisConfecções, art. do vestuário e acessóriosProdutos de madeiraCelulose, papel e produtos de papelProdutos QuímicosArtigos de borracha e plásticoProdutos minerais não-metálicos
Cerâmica para revestimentoCristais e vidroOutros
Metalurgia básicaProd. metálicos - excl. máquinasMáquinas e equipamentosMáquinas, aparelhos e mat. elétricosMaterial eletrônico e equip. comunicaçãoVeículos automotoresMóveisDiversasTOTAL
VendasReais
Variação % acumulada(2007/2006)
19,923,65-6,6
-6,515,485,644,28-1,5
-3,6212,59
7,72,3
16,415
1,410,66
1,49-4,114,64
8,1
7,97-6,65-5,31-3,33-1,470,63
-7,242,15
-0,443,4
12,4-3,4212,48
6,6318,79
4,6914,08-3,127,911,15
91,4381,7571,7179,7189,7785,2472,9688,6193,1176,3984,2784,93
83,587,1695,3585,01
76,879,0180,0982,47
91,886,2175,0377,8490,1286,0472,7387,2191,1279,3183,4283,1682,6390,9995,9286,7076,4080,7181,1083,64
SaláriosLíquidos
HorasTrab.na Produção
CapacidadeInstalada% médio
2006
CapacidadeInstalada% médio
2007
17,16-7,095,554,56
2,51,26
11,453,681,09
12,9612,85-1,3920,15
6,7524,9220,99
7,763,48
21,518,38
Madeira: o ano de 2007 é o terceiro consecutivo que a indústria madeireira
apresenta significativa redução de vendas. Neste ano a redução das vendas foi
de 6,51%, patamar um pouco abaixo da retração de 2006, quando houve uma
queda de aproximadamente 9% nas vendas industriais. O mesmo movimento
descendente é apresentado pelas horas trabalhadas (queda de 3,33%) e pela
capacidade instalada. Em 2007 a capacidade instalada caiu ao menor nível nos
últimos quatro anos, 77,84%.
Vestuário: no ano de 2007 a indústria de confecções e artigos de vestuário
apresentou queda nas vendas, acompanhada por queda nas horas trabalhadas,
mas elevou a capacidade instalada e a produção industrial, o que indica
expectativas positivas da indústria para o ano de 2008. A dinâmica da indústria
de vestuário está muito atrelada ao mercado interno e tende a se beneficiar da
conjuntura econômica favorável, caracterizada pelo aumento da renda que vem
ocorrendo nos últimos anos.
57
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Cerâmica: a indústria de minerais não-metálicos e de revestimentos cerâmicos
tiveram uma significativa retração das vendas em 2007, impulsionada pela
menor exportação de produtos, conseqüência do câmbio. As vendas de
revestimentos cerâmicos caíram 3,62% em 2007, assim como as horas
trabalhadas e a capacidade instalada.
As atividades industriais que apresentaram os melhores resultados em 2007 em
Santa Catarina foram:
Alimentar: a indústria de alimentos e bebidas, além do crescimento da produção
industrial, refletido no aumento da capacidade instalada, apresentou
significativo aumento das vendas (19,92%) em relação a 2006. Neste ano,
problemas com embargos à carne brasileira na Rússia, além das questões
cambiais, tiveram um impacto muito negativo nas vendas da indústria alimentar,
o que foi revertido em 2007. Todos os indicadores industriais da indústria
alimentar mostram um melhor desempenho no ano de 2007 do que o
apresentado no ano anterior.
Máquinas e Equipamentos: a indústria de máquinas e equipamentos, que já
havia registrado ampliação das vendas em 2006, fecha o ano de 2007 com
elevação de 15% nas vendas. A maior demanda por bens de capital que vem
ocorrendo no Brasil nos últimos dois anos dada a conjuntura de retomada de
investimentos, favorece esta indústria, o que se reflete no aumento da sua
capacidade instalada. Outro fator positivo é a melhor condição de crédito que
têm favorecido o consumo de eletrodomésticos, particularmente linha branca.
A indústria de produtos metálicos destacou-se em 2007 pelo incremento de
vendas e horas trabalhadas, mas sua capacidade instalada manteve-se em
declínio, o que sugere a venda de estoques.
Em 2007 a indústria catarinense apresentou um bom desempenho neste ciclo
de expansão do mercado interno. O aumento da massa real de rendimentos e a
ampliação do crédito têm impulsionado a demanda interna. Este processo,
aliado à elevada capacidade de autofinanciamento das empresas e ao crédito
crescente (financiamentos empresariais) mudam as expectativas e estimulam
os investimentos.
58
Cenários Econômicos para 2008
O ano de 2008 inicia em ambiente de redução da oferta de crédito e deterioração
das expectativas de crescimento econômico mundial para 2008. O cenário pode
ser caracterizado como de desaceleração do crescimento do produto e
elevação de preços. A crise norte-americana que teve o mercado financeiro
como um dos principais protagonistas, impactou negativamente as principais
economias do mundo. Como conseqüência, o desempenho das demandas da
Europa, do Japão, China e demais economias emergentes de grande porte,
passará a exercer uma maior influência no comércio internacional e no
crescimento do produto mundial em 2008.
Neste primeiro trimestre de 2008 houve sinais de que a economia dos EUA
passará por um período recessivo ao longo do ano. Na tentativa de evitar uma
maior desaceleração, o governo dos EUA adotou medidas fiscais e monetárias
que visam estimular o consumo das famílias e o investimento empresarial, mas
deverão impactar a economia somente no segundo e no terceiro trimestres de
2008. De acordo com o Banco Central do Brasil, o resultado destas medidas em
conjunto com o estímulo às exportações, advindo da desvalorização monetária,
não serão suficientes para combater os efeitos da elevação dos preços do
petróleo, que tem reflexo negativo sobre a renda disponível nos EUA. Apesar
das medidas governamentais que tem como objetivo estimular a demanda
agregada, a elevação dos spreads bancários continuará apertando as
condições de acesso a crédito pelas famílias e a continuidade do declínio dos
preços de imóveis residenciais, também exercerá pressão negativa. Logo, o
desempenho econômico dos EUA dependerá do comportamento destas
variáveis nos próximos meses.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o produto mundial sofrerá
desaceleração nos próximos dois anos. Em 2008 o crescimento da produção
mundial será de 3,7% e em 2009 será de 3,8%. Estas taxas serão conquistadas,
sobretudo, pelo desempenho das economias emergentes e dos países asiáticos
recentemente industrializados. Os EUA crescerão 0,5% em 2008 e 0,6% em
2009. Para a Zona Euro as expectativas do FMI também são de desaceleração.
A taxa de crescimento para 2008 será de 1,4% e 1,2% em 2009, sendo que a
área sofrerá com a persistência de taxas de inflação relativamente elevadas,
tendo em vista o teto de 2%, em 2008 e 2009, segundo o Banco Central Europeu.
59
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Na China, apesar das medidas monetárias contracionistas implementadas pelo
Banco Central Chinês, a liquidez do mercado financeiro seguirá elevada,
favorecendo as expectativas inflacionárias. O governo chinês perseguirá a meta
de 4,8% para a inflação em 2008 e para isso é provável, conforme indica o Banco
Central do Brasil, que gere novos aumentos dos depósitos compulsórios e da
aceleração da apreciação cambial, além da continuidade na adoção de
medidas administrativas, tais como o congelamento temporário de alguns
preços dos grupos energia, alimentos e transportes. Para o Fundo Monetário
Internacional, o crescimento chinês sofrerá desaceleração e será de 9,3% em
2008 e 9,5% em 2009.
Crescimento econômico mundial de 2006 a 2009
Fonte: Word Economic Outlook, Fundo Monetário Internacional, abril de 2008.* Projeções
MundoEconomias AvançadasEstados UnidosZona EuroJapãoReino UnidoCanadáÁfricaRússiaChinaÍndiaBrasilMéxico
2006
5,03,02,92,82,42,92,85,97,4
11,19,73,84,8
2008*2007
4,72,71,92,62,13,12,76,28,1
11,49,25,43,3
3,71,30,51,41,41,61,36,36,89,37,94,82,0
2009*
3,81,30,61,21,51,61,96,46,39,58,03,72,3
Locais% anual
60
O menor crescimento do produto afetará o comércio internacional. O volume de
comércio internacional que atingiu um crescimento de 9,2% em 2006 e sofreu
redução em 2007, com taxa de crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior,
deverá expandir-se 5,6% em 2008, de acordo com o FMI. Ocorrerá queda
do comércio internacional tanto dos países desenvolvidos quanto dos
países emergentes.
Em relação aos preços, o mundo enfrentará pressões inflacionárias em 2008.
Para o FMI, os preços do petróleo continuarão sofrendo elevação, mas recuarão
em 2009. Os preços ao consumidor em 2008 crescerão 2,6% nas economias
avançadas e 7,4% nas economias emergentes. Para o Brasil, o Banco Central
prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2008, apesar de que a
elevação dos preços internacionais do petróleo se transmitirão à economia
doméstica por meio das cadeias produtivas.
Para o Brasil, a expectativa do FMI é de que o PIB cresça 4,8% em 2008. Mas, a
dinâmica de crescimento brasileiro continuará muito atrelada à demanda
interna. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria, a produção
industrial dará continuidade ao ciclo de expansão. O consumo das famílias
expandirá 7,5% em 2008, dada a expectativa de crescimento da renda, fruto do
aumento da massa salarial, das transferências governamentais, do crédito e do
emprego. São também estes fatores que gerarão um crescimento industrial
estimado para 2008 de 5%. A elevação da demanda contracenará em um
cenário de oferta restrita, dado que uma em cada quatro empresas industriais
iniciou 2008 com nível de estoque abaixo do planejado, conforme indica a CNI.
Segundo dados do Banco Central do Brasil, embora o investimento na economia
brasileira venha contribuindo para suavizar a tendência de elevação das taxas
de utilização da capacidade, não tem sido suficiente para conter tal processo.
Logo, no curto prazo, gera-se no Brasil um descompasso entre a evolução da
oferta e da demanda doméstica, pressionando os preços. A trajetória da
inflação e da taxa de juros, em 2008, dependerá portanto, dos
desenvolvimentos correntes e prospectivos no tocante à ampliação da oferta de
bens e serviços para o adequado atendimento à demanda.
61
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Na reunião do Copom de março de 2008, o Banco Central projetou
manutenção dos preços da gasolina, e do gás de bujão e reajuste da tarifa de
telefonia fixa em 3,5% para o acumulado de 2008. A eletricidade será
reajustada em 1,1% e no conjunto de preços administrados haverá elevação
de 4,0%. Ressalta-se, entretanto, que os preços dos combustíveis no mercado
nacional dependem da evolução dos preços do petróleo. Se estes mantiverem
pressionados em 2008, como projeto o FMI, será improvável que não ocorra
reajustes dos combustíveis em 2008.
O Brasil, portanto, sofrerá desaceleração em relação ao desempenho de 2007,
com alguma influência da crise internacional sobre a economia nacional. Os
investimentos são de vital importância para que o Brasil consiga evitar nova
restrição monetária, principalmente em setores que já estão com alta
capacidade instalada. O lançamento da nova política industrial em maio,
denominada Política de Desenvolvimento Produtivo, prevê o aumento dos
investimentos na economia em relação ao PIB de 17,6% para 21% até 2010 e
elevação dos investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento de
0,51% para 0,65%. Contempla também estímulos às exportações.
Desoneração tributária, maior disponibilidade de crédito e financiamentos
estão previstos na Política anunciada. Porém, a necessidade de reformas
estruturais permanece, sobretudo para que a limitação no abastecimento de
energia elétrica, grande gargalo ao crescimento econômico, seja
ultrapassado. De acordo com o IPEA, os investimentos do Plano de Aceleração
do Crescimento (PAC) não eliminam o risco de insuficiência da oferta de
energia no Brasil até 2013, mesmo que não haja atraso nas obras. A lentidão de
obras essenciais, como a duplicação da BR-101, continua a comprometer o
crescimento da economia catarinense. O setor de infra-estrutura brasileira
ainda carece de maiores investimentos para que ocorra aumento da
capacidade instalada, e também necessita de marcos regulatórios claros para
que o Brasil tenha condições de crescer continuamente.
62
BRDE, parceiro para crescer
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) é uma instituição
financeira pública criada em 15 de junho de 1961, pertencente aos governos de
Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Sua missão é promover o
desenvolvimento econômico e social da Região Sul através do apoio técnico,
institucional e creditício de longo prazo. No ano que passou, o BRDE registrou um
forte incremento em suas operações no setor industrial, sendo o que mais
buscou crédito, com R$ 508,63 milhões, 46% do total de R$ 1,115 bilhão em
contratações. Do valor total contratado, Santa Catarina responde por R$ 346
milhões, sendo a indústria também o setor responsável pelo maior volume de
recursos, R$ 211 milhões.
· Mais de 40 mil clientes;
· 50 mil projetos apoiados;
· US$ 20 bilhões em financiamentos;
· US$ 42 bilhões em investimentos totais;
· 2,2 milhões de empregos;
· US$ 5 bilhões em adicional de arrecadação (ICMS) para os governos do Sul.
O Banco apoiou fortemente a formação do complexo metal-mecânico e a
indústria moveleira na região Norte do Estado, a indústria de cerâmica no Sul, a
indústria têxtil do Vale do Itajaí, o sistema de integração da agroindústria e
cooperativas na região Oeste, a fruticultura de clima temperado no Planalto e
Meio-Oeste, a hotelaria no Litoral e o ensino superior privado em todo o Estado.
Além disso, teve papel fundamental na transformação de Santa Catarina em um
importante pólo agroindustrial brasileiro. Além de financiar os projetos de
produção de aves e suínos, principalmente na região Oeste, o Banco também
financiou a correção de solo e projetos de integração entre produtor e frigoríficos.
Por operar fundamentalmente com recursos provenientes do BNDES, o BRDE
pode oferecer linhas de crédito com juros baixos e longos prazos de amortização
e carência. Não importa o setor nem o tamanho da empresa: no BRDE, o
empresário ou produtor rural sempre encontra o financiamento na medida certa
para seu projeto.
Nos seus 46 anos de atuação, o BRDE produziu os seguintes resultados:
63
Resultados e Cenários Econômicos 2007 e 2008
Principais linhas e programas de financiamento para os setores Secundário e
Terciário (indústria, comércio e serviços):
O que pode ser financiado:
Programas Especiais:
Requisitos Mínimos:
Informações
Investimentos em geral (construção, ampliação ou reforma de instalações,
aquisição de equipamentos, desenvolvimento de programas e produtos,
treinamento e qualificação de recursos humanos, racionalização do consumo de
energia, capital de giro associado ao investimento a ser realizado, entre outros).
BRDE-Microempresa – Para microempresas e empresas de pequeno porte, com
mais de dois anos de atividade operacional ou experiência profissional do
empreendedor, contemplando condições especiais, documentação
simplificada e estrutura própria, atuando diretamente ou através de convênios.
BNDES / Exim – Financia capital de giro para produção de bens destinados
à exportação.
· Apresentar boa situação cadastral;
· Apresentar situação fiscal/tributária em dia;
· Possuir bom retrospecto econômico-financeiro;
· Dispor da parcela de recursos próprios e garantias reais para o projeto;
· Apresentar documentação padrão, fornecida pelo BRDE, seus conveniados
ou obtida através do site do Banco.
(48) 3221 8000
www.brde.com.br
Renato de Mello Vianna (SC)
Diretor-Presidente
Casildo Maldaner (SC)
Diretor Financeiro
Mario Bernd Neto (RS)
Vice-Presidente e Diretor de Planejamento
Paulo Furiatti (PR)
Diretor Administrativo
(acumula temporariamente Diretoria de Operações)
(acumula temporariamente Diretoria de
Acompanhamento e Recuperação de Créditos)
Diretoria BRDE
BRDE
64
65
Diomício VidalEduardo SelemeEdvaldo ÂngeloGünter KnolseisenHenrique de Bastos MaltaIda Áurea da CostaJohni RichterLauro José dos SantosLino RohdenLuiz César MeneghettiMaurício César PereiraMurilo Ghisoni BortoluzziNey Osvaldo Silva FilhoOvandi RosenstockPaulo Sérgio AriasRenato Rossmark SchrammSalvador Ramiro NavidadValdecir PamplonaValter Ros de Souza
Conselho Fiscal
EfetivosWalgenor TeixeiraFred Rubens KarstenRenato Rovaris
SuplentesLeonir João PinheiroWoimer José BackFlávio Henrique Fett
Delegação junto à CNI
EfetivosAlcantaro CorrêaJosé Fernando Xavier Faraco
SuplentesGlauco José CôrteVicente Donini
FIESC
Alcantaro Corrêa - PresidenteGlauco José Côrte - 1º Vice-PresidenteVicente Donini - Diretor 1º SecretárioMário Cezar de Aguiar - Diretor 2º SecretárioCésar Murilo Barbi - Diretor 1º TesoureiroCarlos Toniolo - Diretor 2º Tesoureiro
Vice-Presidentes para Assuntos Regionais
Albano Schmidt - Norte-NordesteAlfredo Piotrovski - Litoral SulÁlvaro Luis de Mendonça - Alto UruguaiAnselmo Zanellato - Centro-OesteArnaldo Huebl - Planalto NorteAstor Kist - Extremo-OesteCarlos Ivanov Hristo - Serra CatarinenseDurval Marcatto Júnior - Vale do ItapocuGilberto Seleme - Centro-NorteGuido José Búrigo - SulJoão Stramosk - Alto Vale do ItajaíMoacir Antoninho Sartori - OesteRui Altenburg - Vale do ItajaíVítor Mário Zanetti - Sudeste
Vice-Presidentes para Assuntos Estratégicos
Afonso Eliseu FurghesttiCarlos Vitor OhfIngo FischerJosé Zeferino PedrozoLeonardo Fausto ZipfRonaldo Baumgarten (in memoriam)
Diretores
Aldo Apolinário JoãoÁlvaro WeissAntônio WiggersBárbara PaludoCharles Alfredo BretzkeCid Erwin LangConrado Coelho Costa Filho
Diretorias e Conselhos do Sistema FIESC
66
CIESC
Alcantaro Corrêa - PresidenteGlauco José Côrte - Vice-PresidenteEster de Souza Ferreira de Macedo - Diretora1ª SecretáriaIsmar Lombardi - Diretor 2º SecretárioMichel Miguel - Diretor 1º TesoureiroAdalberto Roeder - Diretor 2º Tesoureiro
Conselho Consultivo
Adolfo Cesar dos SantosAmauri BeckAmauri Eduardo KollrossAmilcar Nicolau PelaezBernardo Wolfgang WernerEduardo Ferreira HornFernandes Luiz AndrettaGenésio Ayres MarchettiJair PhilippiJosé Fernando Xavier FaracoLuciano Flávio AndrianiLuiz Gonzaga CoelhoOdelir BatistellaOsmar TelckOsvaldo Moreira Douat
Conselho Fiscal
EfetivosJosé Fernando da Silva RochaNivaldo PinheiroDario Luiz Vitali
SuplentesLuciano José Teixeira MoreiraMárcio RibeiroKonstantinos Meintanis
SESI - Conselho Regional de Santa Catarina
Alcantaro Corrêa - PresidenteGlauco José Côrte - Vice-PresidenteCésar Augusto Olsen - Representante daFIESC
Representantes da Indústria
TitularesCid Erwin LangJosé Fernando da Silva Rocha
Sérgio Luiz Pires
SuplentesAlfredo EnderAmauri Alberto BuzziCarlos Kracik RosaRamiro Cardoso
Representantes dos Trabalhadoresda Indústria
TitularCarlos Artur Barboza
SuplenteCarlos Alberto Baldissera
Representantes Institucionais
TitularesMinistério do Trabalho e Previdência SocialRepresentante: Luiz Miguel Vaz ViegasGoverno do EstadoRepresentante: Célio Goulart
SuplentesMinistério do Trabalho e Previdência SocialRepresentante: Carlos Artur BarbosaGoverno do EstadoRepresentante: Antonio Carlos Poletini
Luiz Carlos Guedes
67
SENAI - Conselho Regional de Santa Catarina
Alcantaro Corrêa - PresidenteGlauco José Côrte - Vice-PresidenteAdolfo Fey - Representante da FIESC
Representantes da Indústria
TitularesAdemir Luiz Palla LanaOsvaldo LucianiJosé SuppiVincenzo Francesco Mastrogiacomo
SuplentesCidnei Luiz BarozziJaime RichterNilton Gomes PazJader Jacó Westrupp
Representantes dos Trabalhadoresda Indústria
TitularAri Oliveira Alano
SuplenteCarlos Alberto Baldissera
Representantes Institucionais
TitularesMinistério da EducaçãoRepresentante: Consuelo Aparecida SielskiSantosMinistério do Trabalho e EmpregoRepresentante: Luiz Miguel Vaz ViegasSuplentesMinistério da EducaçãoRepresentante: Rosângela Mauzer CasarottoMinistério do Trabalho e EmpregoRepresentante: Carlos Artur Barbosa
IEL/SC
Alcantaro Corrêa - PresidenteGlauco José Côrte - Vice-PresidenteMichel Miguel - Diretor TesoureiroNivaldo Nass - Representante da FIESC
Conselho Consultivo
EfetivosCésar Gomes JúniorFaustino PanceriGilson Pedro StoeberlHeleny MeisterIsabel Christina BaggioJosé Júlio PereiraPaulo César da Costa
SuplentesAdolar PieskeBlásio MannesCarlos A. Bueno dos SantosDanilo VanzinJaime FranznerLuiz WieserTito Alfredo Schmitt
Representantes Institucionais
Banco Regional de Desenvolvimento doExtremo Sul - BRDERepresentante: Nelson Casarotto Filho
Fundação CertiRepresentante: Carlos Alberto Schneider
Fundação de Apoio à Pesquisa Científicae Tecnológica do Estado de SantaCatarina - FapescRepresentante: Vladimir Álvaro Piacentini
Serviço de Apoio às Micro e PequenasEmpresas - Sebrae/SCRepresentante: Anacleto Ângelo Ortigara
Universidade do Estado de SantaCatarina - UdescRepresentante: José Francisco Salm
Universidade Federal de SantaCatarina - UFSCRepresentante: Marcos Laffin
Conselho Fiscal
EfetivosAldo NienkötterJoão Paulo SchmalzMarcus Schlösser
SuplentesAlexandre d’Ávila da CunhaAntônio WiggersNorberto Dias
FIESC/CIESC
Henry Uliano QuaresmaDiretor de Relações IndustriaisTelefone: (48) 3231-4118 Fax: (48) 3334-5623E-mail: [email protected]
Fernando Pisani LinharesDiretor Administrativo e FinanceiroTelefone: (48) 3231-4115 Fax: (48) 3231-4193E-mail: [email protected]
SESI
Sergio Luiz GargioniSuperintendenteTelefone: (48) 3231-4144 Fax: (48) 3231-1634E-mail: [email protected]
Neimar Borges BragaDiretor de NegóciosTelefone: (48) 3231-4144 Fax: (48) 3231-4324E-mail: [email protected]
Diretoria Executivado Sistema FIESC
Carlos Henrique PerezDiretor Administrativo e FinanceiroTelefone: (48) 3231-4143 Fax: (48) 3231-4324E-mail: [email protected]
Leocádia MaccagnanDiretora de Operações SociaisTelefone: (48) 3231-4142 Fax: (48) 3231-4324E-mail: [email protected]
SENAI
Sérgio Roberto ArrudaDiretor RegionalTelefone: (48) 3231-4131 Fax: (48) 3231-4169E-mail: [email protected]
Antônio José CarradoreDiretor de Educação e TecnologiaTelefone: (48) 3231-4135 / 3231-4136Fax: (48) 3231-4311E-mail: [email protected]
Marco Antônio DociattiDiretor de Desenvolvimento OrganizacionalTelefone: (48) 3231-4135 / 3231-4136Fax: (48) 3231-4311E-mail: [email protected]
IEL
Natalino UggioniSuperintendenteTelefone: (48) 3231-4119 Fax: (48) 3334-2822E-mail: [email protected]
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