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Medicina Legal p/ Delegado Polcia Civil-PEProfessor: Alexandre Herculano
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AULA 00: Traumatologia forense: Energia de ordem
fsica (parte I).
SUMRIO PGINA
1. Apresentao 1
2. Cronograma 3
3. Traumatologia forense: Energia de ordem fsica
(parte I).
4
4. Questes propostas 15
5. Questes comentadas 18
6. Gabarito 26
Ol meus amigos (as) do Estratgia Concursos!
Meu nome Alexandre Herculano e vamos iniciar o curso de
Medicina Legal, para o concurso de Delegado de Polcia Polcia Civil do Estado de Pernambuco, com base no edital, recentemente,
publicado.
Sou Analista, trabalho no Ministrio da Justia. Alm desse,
passei, tambm, para o TRT e TRF do Paran, MPU, Polcia Civil (Inspetor
de Polcia, Oficial de Cartrio e Papiloscopista) do Rio de Janeiro, Polcia
Rodoviria Federal PRF, e outros. Sou formado em Administrao e Ps-Graduado em Gesto da Segurana Pblica. Atuei quatro anos na
Secretaria Nacional de Segurana Pblica, que fica em Braslia, assim,
adquiri boa experincia nessa rea, alm de ter colaborado em cursos
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EAD para a Polcia Civil de vrios Estados. Ministrei aula sobre Medicina
Legal para os concursos da PCMG, PCBA, IGC-SC, PCSP, PCGO, PCDF e
outros. Tivemos vrios aprovados, logo, espero fazer parte do seu
sucesso tambm!
Como devem saber no dia 14 de fevereiro de 2014, foi publicado o
to esperado edital. Sero 100 (cem) vagas destinadas ao cargo de
Delegado de Polcia com salrio de R$ 9.069,81. Quanto ao programa,
nosso curso abordar toda parte de Medicina Legal. Teremos cinco
questes, na prova, sobre Medicina Legal, ou seja, uma quantidade
razovel, que poder fazer a diferena no seu resultado.
E a esto animados? Espero que sim, pois o primado para o
sucesso nesta batalha. Quero dizer para vocs que estou nesta rea
(concurso pblico) h 10 anos, e passei por muitas dificuldades no
estudo, pois tinha que conciliar com o trabalho, o qual tinha hora para
entrar, contudo, no tinha para sair, rsrs...Era gerente de um grande
banco, cito isso, j que sei que muitos tm que fazer o mesmo, logo, digo
para vocs que possvel, acreditem!
Ento, com relao ao nosso curso selecionei algumas
questes dos ltimos concursos e farei novas questes estilo da
banca, e dentro da realidade atual. Sendo assim, no vamos
perder tempo, estudando bem essa parte vocs sairo na frente!
Pessoal qualquer dvida recorram ao FRUM, ser um prazer atend-los,
ok?
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Este ser o cronograma do nosso curso:
AULA CONTEDO DATA
Aula 0 Traumatologia forense: Energia de ordem
fsica (parte I). 21/02
Aula 1 Percia mdico-legal: Percias mdico-
legais, percias e peritos. 25/02
Aula 2 Documentos legais: contedo e
importncia. 02/03
Aula 3 Traumatologia forense: Energia de ordem
fsica (parte II). 06/03
Aula 4 Traumatologia forense: Energia de ordem
mecnica. 11/03
Aula 5 Leses corporais: leve, grave e gravssima
e seguida de morte. 16/03
Aula 6 Tanatologia forense: causas jurdicas da
morte, diagnstico de realidade da morte. 22/03
Aula 7 Sexologia forense. 27/03
Aula 8 Simulado 02/04
Observao importante: este curso protegido por direitos
autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera,
atualiza e consolida a legislao sobre direitos autorais e d
outras providncias.
Grupos de rateio e pirataria so clandestinos, violam a lei e
prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o
trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente
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atravs do site Estratgia Concursos.
Ento vamos comear. Mas antes percam seis minutinhos para
assistir esse vdeo, tenho certeza que muitos iro se animar.
http://www.youtube.com/watch?v=qZIPGfzhzvM
Traumatologia forense: Energia de ordem fsica (parte I)
Pessoal, essas so as energias capazes de modificar o estado
fsico dos corpos e de provocar leses corporais e morte, como a
temperatura, a eletricidade, a presso atmosfrica, assim como a luz e o
som.
Quanto temperatura, sua modalidades so: o frio, o calor e
a oscilao da temperatura. Vou abordar, agora, as principais
caractersticas e aes do frio e do calor, pois so bem abordadas em
prova.
A ao geral do frio leva alterao do sistema nervoso.
sonolncia, convulses, etc. Assim, pode advir a morte quando tais
alteraes assumem maior gravidade.
Uma informao importante que o aluno deve saber que o
diagnstico de morte pela ao do frio difcil, entretanto, h alguns
principais elementos, como: hipstase vermelho-claro, rigidez cadavrica
precoce, sangue de tonalidade menos escura, sinais de anemia cerebral,
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congesto polivisceral, espuma sanguinolenta nas vias respiratrias,
infiltrado hemorrgico na mucosa gstrica (sinal de Wischnewski), e na
pele, podero ser observadas flictenas semelhantes s das
queimaduras.
Os animais e o corpo humano expostos por perodos prolongados
a temperaturas muito baixas so passveis de congelao, designando-se
por geladuras as leses corporais resultantes da mesma. Assim, Callisen
mencionou que as geladuras comportam-se em trs graus: eritema,
flictenas e necrose ou gangrena.
9 1. grau Eritema: inicialmente o frio provoca vasoconstrio acentuada nos capilares e palidez cutnea
e, num segundo tempo, rubefao vermelho-escura
entremeada de reas lvidas na pele tensa e luzidia,
decorrente da reteno do sangue pobre em oxignio
nesses pequenos vasos dilatados pela estafa da
contratilidade vascular;
9 2. grau Flictenas: semelhantes s das queimaduras, so produzidas pela estase capilar com transudao do
plasma que destaca e levanta a epiderme em forma de
ampolas;
9 3. grau Necrose ou gangrena: mida ou seca, posterior mortificao dos tecidos, por coagulao do
sangue dentro dos capilares e perturbaes isqumicas,
assestadas, indolores, lvidas ou azuladas, em qualquer
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rea do tronco e/ou capaz de destruir parte ou a totalidade
do membro.
Cabe ressaltar que alguns autores, como o Frana, consideram a
classificao do 1 grau ao 4 grau, sendo a de 1 grau: palidez ou
rubefao local; 2 grau: eritema; 3 grau: necrose e 4 grau: gangrena
ou desarticulao.
Meus caros, o calor pode atuar de forma difusa ou direta. O
calor difuso ocorre de duas maneiras: a insolao e a intermao.
Por isso, alguns autores fazem menes s termonoses, que so
tratadas como uma quarta modalidade da Temperatura.
A insolao no exige a ao direta dos raios solares, pois pode
desencadear-se em indivduos abrigados do sol, sujeitos, todavia, o calor
intenso dos dias de vero, por um quadro clnico subitneo de palidez,
angstia precordial, forte dor na cabea, transpirao, perda de
conscincia e coma. H casos de insolao em que ocorrem rigidez da
nuca (sinal de Kernig), trismo (impossibilidade da abertura da boca) e
convulses, precedendo a morte. Do ponto de vista mdico-legal, a
insolao tem escasso interesse, por quase sempre ter origem acidental.
A intermao termonose que se manifesta em espaos confinados ou abertos, sem o suficiente arejamento, quando h elevao
excessiva do calor radiante tem interesse mdico-legal, por isso que pode ser acidental ou excepcionalmente criminosa, e relacionar-se,
respectivamente, com a infortunstica (acidente de trabalho) e com o foro
criminal.
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Na intermao a sintomatologia surge paulatinamente,
manifestada por mal-estar, nervosismo, cefaleia, nuseas, taquicardia,
pulso filiforme, sudorese, angstia, sede intensa, midrase, hipertermia
(s vezes, hipotermia), e, afinal, coma e morte.
No calor direto, tem por consequncia as queimaduras, de maior
ou menor extenso, mais ou menos profundas infectadas ou no,
advindas das aes das chamas, do calor irradiante, dos gases
superaquecidos, etc. So ordinariamente de origem acidental, apesar de
termos casos de suicdio. Com relao ao criminosa mais rara.
Como j mencionei, as queimaduras so leses resultantes da
atuao direta do calor, em qualquer de suas formas, sobre o
revestimento cutneo e/ou o organismo. So ditas simples, quando as
leses so produzidas apenas pelo agente calor: lquidos e vapores em
alta temperatura, slidos aquecidos ou ao rubro, substncias inflamveis
em combusto; e ditas complexas, quando resultam da ao do atrito
em relao ao calor e de outros fatores prprios do agente
agressivo,como por exemplo: queimaduras produzidas por eletricidade,
frico, raios X, lquidos plsticos, etc.
Do ponto de vista eminentemente prtico importa estudar as
queimaduras quanto profundidade e quanto extenso, esta tambm
tendo valor mdico-legal especialmente para ajuizar sobre a gravidade
das mesmas. Quanto profundidade, de importncia mdico-legal, a
classificao de Hoffmann, segundo alguns, ou de Lussena, conforme
outros, que abrange apenas quatro graus:
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9 1. grau Eritema simples (sinal de Christinson);
9 2. grau Vesicao, em que as flictenas apresentam lquido lmpido ou de colorido amarelo rico em albumina e
cloretos (sinal de Chambert). Alguns autores mencionam
que a queimadura de 2. grau pode ser de espessura
parcial superficial ou de espessura parcial profunda. Na
queimadura de 2. grau de espessura parcial superficial, h
uma pequena destruio da epiderme e de parte do derma,
com preservao de grande quantidade clulas
germinativas (camada basal da pele), capazes de
regenerar espontaneamente o tegumento lesado,
FLFDWUL]DQGR-R ao cabo de duas a trs semanas. Na queimadura de 2. grau de espessura parcial profunda, so
conservados apenas uma parte do derma e alguns
elementos germinativos (ductos glandulares, folculos
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pilosos), o que explica por que a regenerao local do
epitlio demanda seis a sete semanas;
9 3. grau Escarificao, por comprometimento e posterior necrose de todo o tecido dermoepidrmico e da
tela celular subcutnea e formao de escaras em ferida
aberta. A cicatrizao morosa da periferia para o
centro de escarificao, resultando, de forma repetida,
cicatriz retrtil e at queloide, porque o calor desencadeia
coagulao necrtica da camada basal de Malpighi, que
substituda por tecido de granulao sem as caractersticas
de elasticidade e deslizamento da pele;
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9 4. grau Carbonizao, superficial ou profunda, de todos os tecidos, inclusive sseos, acarretando a morte do
indivduo. A carbonizao representa o grau mximo das
queimaduras, comprometendo, parcial ou totalmente, as
partes profundas dos vrios segmentos do corpo, atingindo
os prprios ossos e ocasionando xito letal.
Bem, vimos acima quanto profundidade, agora, vamos
extenso. Segundo este critrio, a classificao feita de acordo com a
extenso percentual da superfcie corprea lesada, em geral
utilizando esquemas como o de Berkow e o de Lund e Browdwer, que
levam em conta uns tantos por cento relativos s reas de crescimento e
conferem maior exatido determinao da regio queimada, conforme a
idade. Na falta desses esquemas, deve-VHDSOLFDUDUHJUDGRVQRYHde Wallace, que, prtica, divide a superfcie corprea em reas
correspondentes a 9%, ou mltiplos de 9%, permitindo calcular a
extenso da regio atingida pela queimadura com certa aproximao.
Assim, segundo a regra dos nove, a cabea e o pescoo do adulto
representam 9% da superfcie corporal, cada membro superior 9% (9 + 9
= 18%), cada membro inferior 18% (18 + 18 = 36%), o tronco anterior e
o tronco posterior, respectivamente, 18%, e o perneo, 1%. No beb e
nas crianas esses percentuais mudam, vejam a imagem abaixo:
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Eletricidade
Vamos falar um pouco sobre eletricidade, que uma forma
de energia de ordem fsica, csmica ou industrial, cujas manifestaes
so conhecidas desde tempos remotssimos, capaz de agir sobre o corpo
humano e dos demais seres vivos, provocando graves danos e
frequen-temente a morte.
A eletricidade atmosfrica, representada especialmente pelos
raios, agindo letalmente sobre o homem e animais, chama-se
fulminao, e, quando apenas determina danos corporais, fulgurao.
Assim, a fulminao a morte instantnea pelas descargas
eltricas csmicas ou raios e fulgurao a perturbao causada no
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organismo vivo por descargas eltricas csmicas ou raios, sem
ocorrncia de xito letal.
As leses externas tomam aspectos arborifome, conhecida como
sinal de Lichtenberg (imagem abaixo), procedente de vasomotores,
podendo desaparecer com a sobrevivncia. Podem surgir outras
alteraes, como queimaduras, hemorragias musculares, fraturas sseas,
etc.
A eletricidade industrial a eletricidade dinmica sob a forma de
correntes contnuas ou galvnicas e alternadas. A ao da eletricidade
industrial ou artificial pode provocar leses corporais, com ou sem xito
letal, denominadas eletroplesso, frequentemente ocasionadas por
defeito de instalaes (campainhas, telefones, chuveiros eltricos), mau
isolamento dos fios condutores, impercia ou negligncia da vtima. o
dano corporal, com ou sem xito letal, provocado pela ao da corrente
eltrica industrial ou artificial, sobre os seres vivos. As leses originadas
por essa forma de eletricidade variam com a voltagem, a amperagem, a
natureza da corrente (contnua ou alternada) e com condies peculiares
ao prprio indivduo a ela submetido.
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Marca eltrica de Jellineck (imagem abaixo), muito
importante para a prova de vocs - de aspecto circular, elptica ou em
roseta, pode no existir. Aderente ao plano cutneo subjacente tem valor
mdico-legal para indicar a porta de entrada da corrente eltrica no
organismo. Indolor, despida de reaes inflamatrias por assptica,
forma-se rapidamente mostrando grande tendncia cura.
Seguindo, preciso saber que a marca eltrica diferente da
queimadura eltrica. A primeira representa exclusivamente a porta de
entrada da corrente eltrica no organismo. Chamo a ateno de vocs
para a queimadura eltrica, que pode ser cutnea, muscular, ssea e at
visceral, dependendo do efeito (passagem da corrente eltrica) e da lei de
joule. Essa leses apresentam-se em forma de escaras negras, de bordas
relativamente regulares, podendo ou no apresentarem as marcas do
condutor.
O Frana faz meno classificao das queimaduras eltricas
cutnea por Piga (o autor da classificao), e j foi cobrado em prova,
vejamos:
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9 Tipo poroso (com aspecto das imagens histolgica do
pulmo);
9 Tipo anfratuoso (parecido com esponja rota e gasta);
9 Tipo cavitrio (em forma de crateras com zonas de
tecidos carbonizados).
Quando no tecido sseo, essas queimaduras, em face da
resistncia deste tecido, podem ocasionar sua fuso, produzindo
pequenas esferas denominadas "prolas sseas".
Pessoal, vamos a um quadro (sobre eletricidade) com uma
pequena reviso sobre a parte que eu considero importante para a prova
de vocs, vejamos:
Natureza - Descarga No Letal - Descarga Letal - Ferimento
Industrial Eletroplesso Eletrocuo Marca de Jellinek
Natural Fulgurao Fulminao Marca de Lichtemberg
Pessoal, esta foi nossa aula demonstrativa, na aula 03, vocs vo
ver muito mais sobre Energias de Ordem Fsica!
Vamos, agora, fazer algumas questes, espero vocs na prxima
aula!
Grande abrao e bons estudos!
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Questes propostas
1) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivo de Polcia Civil) A
eletricidade natural ou csmica, reportando ao captulo das
energias lesivas de ordem fsica, agindo letalmente sobre o
homem, denomina-se:
A) Eletroemisso.
B) Eletroplesso.
C) Fulminao.
D) Fulgurao.
2) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Mdico legista) Nas queimaduras por
fogo, sob chama direta:
A) as leses so descendentes, de acordo com a fora de
gravidade.
B) as leses tm contorno ntido e forma bem definida.
C) os pelos esto habitualmente crestados.
D) as leses classificadas como superficiais cursam com formao
de bolhas.
E) as reas protegidas pelas vestes geralmente so poupadas.
3) (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polcia) Em relao percia
mdico-legal, julgue os itens seguintes.
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A eletricidade natural ou artificial, o frio, a onda eletromagntica e
o som so exemplos de energia que podem provocar leses
corporais.
4) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivo de Polcia) Julgue os itens a
seguir, relacionados a percias e a laudos mdico-legais.
Para a confirmao da causa morte de uma vtima fatal de
eletroplesso o perito deve identificar, nessa vtima, a marca
eltrica de Jellinek, que consiste em uma queimadura bem
definida na pele.
5) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Mdico Legista) O sinal de
Lichtenberg uma caracterstica que pode ser encontrada nas
mortes por:
A) asfixia.
B) afogamento.
C) eletroplesso.
D) soterramento.
E) fulminao.
6) (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polcia) A classificao
das queimaduras, que considera a profundidade das leses,
defnida em graus, do primeiro ao quarto. Uma queimadura que
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apresenta vesculas ou flictenas, contendo lquido seroso, remete-
se:
A) primeiro grau.
B) segundo grau.
C) terceiro grau.
D) quarto grau.
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Questes Comentadas
1) (FUMARC - 2011 - PC-MG - Escrivo de Polcia Civil) A
eletricidade natural ou csmica, reportando ao captulo das
energias lesivas de ordem fsica, agindo letalmente sobre o
homem, denomina-se:
A) Eletroemisso.
B) Eletroplesso.
C) Fulminao.
D) Fulgurao.
Comentrios:
Como eu disse, a etricidade uma forma de energia de
ordem fsica, csmica ou industrial, cujas manifestaes so conhecidas
desde tempos remotssimos, capaz de agir sobre o corpo humano e dos
demais seres vivos, provocando graves danos e frequen-temente a morte.
A eletricidade atmosfrica, representada especialmente pelos
raios, agindo letalmente sobre o homem e animais, chama-se
fulminao, e, quando apenas determina danos corporais, fulgurao.
Assim, a fulminao a morte instantnea pelas descargas
eltricas csmicas ou raios e fulgurao a perturbao causada no
organismo vivo por descargas eltricas csmicas ou raios, sem
ocorrncia de xito letal.
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A eletricidade industrial a eletricidade dinmica sob a forma de
correntes contnuas ou galvnicas e alternadas. A ao da eletricidade
industrial ou artificial pode provocar leses corporais, com ou sem xito
letal, denominadas eletroplesso, frequentemente ocasionadas por
defeito de instalaes (campainhas, telefones, chuveiros eltricos), mau
isolamento dos fios condutores, impercia ou negligncia da vtima. o
dano corporal, com ou sem xito letal, provocado pela ao da corrente
eltrica industrial ou artificial, sobre os seres vivos. As leses originadas
por essa forma de eletricidade variam com a voltagem, a amperagem, a
natureza da corrente (contnua ou alternada) e com condies peculiares
ao prprio indivduo a ela submetido.
Marca eltrica de Jellineck, muito importante para a prova
de vocs - de aspecto circular, elptica ou em roseta, pode no existir.
Aderente ao plano cutneo subjacente, tem valor mdico-legal para
indicar a porta de entrada da corrente eltrica no organismo. Indolor,
despida de reaes inflamatrias por assptica, forma-se rapidamente
mostrando grande tendncia cura.
Gabarito: C.
2) (FUNCAB - 2013 - PC-ES - Mdico legista) Nas queimaduras por
fogo, sob chama direta:
A) as leses so descendentes, de acordo com a fora de gravidade.
B) as leses tm contorno ntido e forma bem definida.
C) os pelos esto habitualmente crestados.
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D) as leses classificadas como superficiais cursam com formao de
bolhas.
E) as reas protegidas pelas vestes geralmente so poupadas.
Comentrios:
Vamos a uma pequena reviso:
No calor direto, tem por consequncia as queimaduras, de
maior ou menor extenso, mais ou menos profundas infectadas ou no,
advindas das aes das chamas, do calor irradiante, dos gases
superaquecidos, etc. So ordinariamente de origem acidental, apesar de
termos casos de suicdio. Com relao ao criminosa mais rara.
Como j mencionei, as queimaduras so leses resultantes da
atuao direta do calor, em qualquer de suas formas, sobre o
revestimento cutneo e/ou o organismo. So ditas simples, quando as
leses so produzidas apenas pelo agente calor: lquidos e vapores em
alta temperatura, slidos aquecidos ou ao rubro, substncias inflamveis
em combusto; e ditas complexas, quando resultam da ao do atrito
em relao ao calor e de outros fatores prprios do agente
agressivo,como por exemplo: queimaduras produzidas por eletricidade,
frico, raios X, lquidos plsticos, etc.
Do ponto de vista eminentemente prtico importa estudar as
queimaduras quanto profundidade e quanto extenso, esta tambm
tendo valor mdico-legal especialmente para ajuizar sobre a gravidade
das mesmas. Quanto profundidade, de importncia mdico-legal, a
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classificao de Hoffmann, segundo alguns, ou de Lussena, conforme
outros, que abrange apenas quatro graus:
9 1. grau Eritema simples (sinal de Christinson); 9 2. grau Vesicao, em que as flictenas apresentam
lquido lmpido ou de colorido amarelo rico em albumina e
cloretos (sinal de Chambert). Alguns autores mencionam
que a queimadura de 2. grau pode ser de espessura
parcial superficial ou de espessura parcial profunda. Na
queimadura de 2. grau de espessura parcial superficial, h
uma pequena destruio da epiderme e de parte do derma,
com preservao de grande quantidade clulas
germinativas (camada basal da pele), capazes de
regenerar espontaneamente o tegumento lesado,
FLFDWUL]DQGR-R ao cabo de duas a trs semanas. Na queimadura de 2. grau de espessura parcial profunda, so
conservados apenas uma parte do derma e alguns
elementos germinativos (ductos glandulares, folculos
pilosos), o que explica por que a regenerao local do
epitlio demanda seis a sete semanas;
9 3. grau Escarificao, por comprometimento e posterior necrose de todo o tecido dermoepidrmico e da
tela celular subcutnea e formao de escaras em ferida
aberta. A cicatrizao morosa da periferia para o
centro de escarificao, resultando, de forma repetida,
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cicatriz retrtil e at queloide, porque o calor desencadeia
coagulao necrtica da camada basal de Malpighi, que
substituda por tecido de granulao sem as caractersticas
de elasticidade e deslizamento da pele;
9 4. grau Carbonizao, superficial ou profunda, de todos os tecidos, inclusive sseos, acarretando a morte do
indivduo. A carbonizao representa o grau mximo das
queimaduras, comprometendo, parcial ou totalmente, as
partes profundas dos vrios segmentos do corpo, atingindo
os prprios ossos e ocasionando xito letal.
Assim, o examinador fala sobre o fogo direto, normalmente, h
a crestao dos pelos.
Gabarito: C.
3) (CESPE - 2012 - PC-AL - Agente de Polcia) Em relao percia
mdico-legal, julgue os itens seguintes.
A eletricidade natural ou artificial, o frio, a onda eletromagntica e o som
so exemplos de energia que podem provocar leses corporais.
Comentrios:
As energias de ordem fsica so: efeitos da temperatura,
eletricidade, presso atmosfrica, radiaes, luz e som. Essas podem
causar leses corporais.
Gabarito: C.
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4) (CESPE - 2012 - PC-AL - Escrivo de Polcia) Julgue os itens a
seguir, relacionados a percias e a laudos mdico-legais.
Para a confirmao da causa morte de uma vtima fatal de eletroplesso o
perito deve identificar, nessa vtima, a marca eltrica de Jellinek, que
consiste em uma queimadura bem definida na pele.
Comentrios:
Pessoal, segundo a doutrina, a marca eltrica de Jellineck de
aspecto circular, elptica ou em roseta, pode no existir. Aderente ao
plano cutneo subjacente tem valor mdico-legal para indicar a porta de
entrada da corrente eltrica no organismo. Indolor, despida de reaes
inflamatrias por assptica, forma-se rapidamente mostrando grande
tendncia cura. Logo, o examinador no pode afirmar que o perito deve
identificar a marca.
Gabarito: E.
5) (FUNCAB - 2012 - PC-RO - Mdico Legista) O sinal de
Lichtenberg uma caracterstica que pode ser encontrada nas
mortes por:
A) asfixia.
B) afogamento.
C) eletroplesso.
D) soterramento.
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E) fulminao.
Comentrios:
A fulminao a morte instantnea pelas descargas eltricas
csmicas ou raios e fulgurao a perturbao causada no organismo
vivo por descargas eltricas csmicas ou raios, sem ocorrncia de xito
letal. As leses externas tomam aspectos arborifome, conhecida como
sinal de Lichtenberg, procedente de vasomotores, podendo desaparecer
com a sobrevivncia. Podem surgir outras alteraes, como queimaduras,
hemorragias musculares, fraturas sseas, etc.
Gabarito: E.
6) (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polcia) A classificao
das queimaduras, que considera a profundidade das leses,
defnida em graus, do primeiro ao quarto. Uma queimadura que
apresenta vesculas ou flictenas, contendo lquido seroso, remete-
se:
A) primeiro grau.
B) segundo grau.
C) terceiro grau.
D) quarto grau.
Comentrios:
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Conforme vimos, os eritemas causam pele avermelhada, so
as queimaduras superficiais de 1 grau. J as flictemas so as
queimaduras de 2 grau. Quanto escarificao da derme temos a
queimaduras de 3 grau.
Gabarito: B.
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Gabarito
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3-C 4-E
5-E 6-B
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