CRECHE E JI:
• Ro*nas; • Espaço Rita Brito -‐ 2013
A importância das ro6nas na creche e JI
JI e creche: importância das ro6nas
As creches são as primeiras ins6tuições onde são colocados os bebés com idades compreendidas entre os 4 meses e os 3 anos. Têm como interações interven6vas os cuidados e desenvolvimento global e as primeiras aprendizagens e nestas não há uma preparação para futuras escolas. As creches têm como objec6vo respeitar o ritmo, a individualidade e as necessidades de cada criança e promover um ambiente acolhedor, estável, de carinho e compreensão.
Sempre que uma criança chega à sala da creche os Educadores ou a restante equipa devem dar as boas vindas, tranquilizar a criança aproximando-‐se aos poucos e tranquilizar os pais acerca da separação e do reencontro.
JI e creche: importância das ro6nas
A adaptação da criança no jardim-‐de-‐infância deve ser feita de forma gradual, a criança deve ser familiarizada com o ambiente e devem sempre ser seguidos os indícios da criança para que tudo corra bem. A equipa educa6va deve adoptar estratégias para que tudo corra da melhor forma. Esta deverá ter uma comunicação aberta, reservando algum tempo do dia para estarem juntos a pensar sobre aquilo que estão a observar nas crianças, no modo como as devem apoiar e como resolver os problemas que vão surgindo.
JI e creche: importância das ro6nas
Na educação Pré-‐Escolar ro3na diária tem uma grande importância. No entanto, é ainda maior para as crianças da creche (até aos 3 anos) pois exerce um importante papel de segurança e conforto. A criança, ao integrar-‐se da ro6na, sente-‐se mais dona do seu tempo e segura porque consegue prever acontecimentos e vivenciar cada momento. A ro6na desempenha um papel facilitador na captação do tempo e processos temporais. A criança aprende a existência de fases, do nome dessas fases e do encadeamento sequencial.
Contudo, a ro6na funciona também como um suporte para o educador, pois permite-‐lhe gerir melhor o seu tempo e planificar o dia. A ro6na deverá ser flexível na medida em que, com crianças pequenas seria impensável supor processos rígidos. A ro6na diária oferece às crianças uma estrutura de acontecimentos do dia. Esta deve ser consistente, permi6ndo que as crianças antecipem os acontecimentos que se vão seguir, sendo uma estrutura de segurança para elas. A ro6na apoia a inicia6va da criança e promove a sua autonomia.
JI e creche: importância das ro6nas
Devemos começar a estabelecer ro6nas diárias que permitam fomentar a segurança, estabilidade emocional, assim como o desenvolvimento global. Promover o bem-‐estar e a segurança \sica de cada criança. É na creche que as crianças têm mais rigor com as ro6nas, pois é aqui que as ro6nas são aperfeiçoadas, como a higiene, a alimentação, o sono, etc. É aqui que também são iniciadas as a6vidades, ou seja, estas referem-‐se aos tempos a6vos, aos tempos de a6vidade intencional; ga6nhar, andar, cantar, ouvir música, ouvir histórias, pintar, etc.
JI e creche: importância das ro6nas
"A sucessão de cada dia ou sessão tem um determinado ritmo exis6ndo, desde modo, uma ro6na que é educa6va porque é intencionalmente planeada pelo educador e porque é conhecida pelas crianças que sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propôr modificações. Nem todos os dias são iguais, as propostas do educador ou das crianças podem modificar o quo6diano habitual." Orientações Curriculares para a Educação Pré-‐Escolar, pp. 40
JI e creche: importância das ro6nas
Também no jardim-‐de-‐infância existem a6vidades e ro6nas. A sucessão de cada dia tem um determinado ritmo exis6ndo, desta forma, uma ro6na que é educa6va porque é intencional, planeada pela equipa educa6va e é conhecida pelas crianças. Elas sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, devendo ter liberdade de propor alterações.
A repe6ção diária dá-‐lhes pontos de referência estáveis. O facto de as crianças anteciparem e preverem o que acontecerá depois faz com que se sintam cada vez mais seguras e tranquilas na escola.
JI e creche: importância das ro6nas
Para as crianças: as ro6nas são a sequência de acontecimentos que elas podem seguir e compreender. Para os adultos: as ro6nas permitem a organização do seu tempo com as crianças, de modo a oferecer-‐lhes experiências de aprendizagem a6va e mo6vadora. Quando a ro6na é consistente, permite à criança aceder a tempo suficiente para perseguir os seus interesses, fazer escolhas e tomar decisões, e resolver problemas à dimensão da criança no contexto dos acontecimentos que vão surgindo.
As crianças sabem o que podem fazer nos vários momentos e prever a sua sucessão, tendo a liberdade de propor modificações IMPORTATE: uma ro6na so sera verdadeiramente educacional se as a6vidades específicas de cada tempo forem proporcionadoras de aprendizagens significa6vas para cada criança que frequenta aquele estabelecimento de ensino.
JI e creche: importância das ro6nas
A organização do tempo no Jardim de Infância deverá ser feita em colaboração com as crianças para que tenha sen6do para elas; Deverá respeitar sempre os seus ritmos biológicos e as a6vidades a eles associados, como a hora da alimentação, a higiene, o descanso, entre outros, os horários de entrada e saída e as a6vidades programadas; A organização da ro6na deverá ter em conta as diferentes necessidades da criança.
JI e creche: importância das ro6nas
As necessidades das crianças podem ser agrupadas em três grupos: o Necessidades biológicas; o Necessidades psicológicas; o Necessidades sociais.
As necessidades biológicas dizem respeito aos momentos de repouso, higiene, alimentação, e as necessidades psicológicas referem-‐se às diferenças individuais como o tempo e o ritmo de cada um. As necessidades sociais permitem respeitar a cultura e o es6lo de vida de cada criança.
O Espaço no processo de ensino e aprendizagem
O Espaço na Creche e JI
A organização do espaço \sico deve ser pensada tendo como princípio oferecer um lugar acolhedor e prazeroso para a criança, isto é, um lugar onde as crianças possam brincar, criar e recriar suas brincadeiras sen6ndo-‐se assim es6muladas e independentes. O espaço criado para a criança deverá estar organizado de acordo com a faixa etária da criança, isto é, propondo desafios cogni6vos e motores que a farão avançar no desenvolvimento de suas potencialidades.
O espaço deve estar povoado de objetos que retratem a cultura e o meio social em que a criança está inserida.
Podem-‐se cons6tuir diferentes ambientes num só espaço. Os ambientes devem ser planeados de forma a sa6sfazer as necessidades da criança, isto é, tudo deverá estar acessível à criança, desde objetos pessoais como também os brinquedos, pois só assim o desenvolvimento ocorrerá de forma a possibilitar sua autonomia, bem como sua socialização dentro das suas singularidades.
O Espaço na Creche e JI
Os espaços devem ser organizados de forma a desafiar a criança nos campos cogni6vo, social e motor. A criança deve andar, subir, descer e saltar, através de várias tenta6vas, assim a criança estará a aprender a controlar o próprio corpo. O Ambiente deve es6mular os sen6dos das crianças, que permitam que recebam es6mulação do ambiente externo, como cheiro de flores, de alimentos a ser preparados, que sintam o vento, o calor do sol, o ruído da chuva.
O Espaço na Creche e JI
Devem igualmente experimentar diferentes texturas: liso, áspero, duro, macio, quente, frio.
No JI as salas são, geralmente, organizadas de forma a permi6r às crianças a escolha de diferentes 6pos de a6vidades. Durante o dia existem momentos de trabalho em grande grupo, dinamizados pela educadora e momentos de trabalho individual ou em pequenos grupos, em que é possível o desenvolvimento simultâneo de diferentes a6vidades.
O Espaço na Creche e JI
Como influi o espaço no processo de ensino e aprendizagem? Zabalza (1987) refere-‐se ao espaço como uma estrutura de oportunidades e contexto de aprendizagem e de significados. Quando refle6mos sobre a organização do espaço da sala de a6vidades devemos considerar aquilo que maioritariamente existe e que mo6va o funcionamento das a6vidades e do trabalho na nossa sala: o mobiliário e os materiais didá3cos.
O Espaço na Creche e JI
Um espaço dividido em diversas áreas ou em espaço aberto com mobiliário variado, com uma estrutura definida, irá proporcionar às crianças não apenas diferentes dinâmicas de trabalho como também uma diferente relação adulto/criança. Os materiais didá3cos cons6tuem outro indicador válido do 6po de a6vidades que as crianças realizam e da forma como a creche/JI enfrenta as necessidades das crianças pequenas.
O espaço deverá ter uma organização dos materiais apta para as crianças, ou seja, devem estar ao seu alcance, a sua organização deve apresentar uma estrutura lógica, e devem estar rotulados e devidamente e6quetados. Todos estes fatores contribuem para sugerir e es6mular diferentes 6pos de a6vidade, tendo em conta que os materiais são provocadores da a6vidade infan6l e, portanto, a leitura do 6po de materiais que há dentro da sala de aula oferece uma boa ideia do 6po de trabalho que é realizado na mesma. O espaço é fundamental no processo de ensino e aprendizagem. Uma adequada organização do ambiente, incluindo espaços, recursos materiais e distribuição do tempo será fundamental para a consecução das intenções educa6vas.
A creche ou JI deve oferecer uma gama variada e es6mulante de objetos, jogos e materiais que proporcionem múl6plas oportunidades de manipulação e novas aquisições. O ambiente deve ser es6mulante, limpo e ordenado, proporcionar segurança e aprendizagem.
O Espaço na Creche e JI
Organização das salas – creche e JI As salas podem estar organizadas em áreas. Isto permite às crianças realizarem as a6vidades que lhe interessam com uma certa prioridade. Na etapa dos 0 aos 3 as necessidades e a a6vidade das crianças determina a escolha dos espaços, que podem ter tantas áreas como a etapa dos 3 aos 6. As áreas podem ser móveis ou fixas. Área de acolhimento Área da natureza Área da drama6zação Área da informá6ca Área dos jogos Área da biblioteca Área das construções…
O Espaço na Creche e JI
As áreas ou os espaços criados na sala do Jardim de Infância não são estanques. Pode-‐se e deve-‐se criar novas áreas indo ao encontro do interesse do grupo de crianças, mediante os projectos que se es6verem a desenvolver. As mudanças são feitas com o grupo. Desta forma familiarizam-‐se com o espaço e par6cipam no processo de organização. Área do Acolhimento É um local de reunião, onde todos se sentam em roda para par6lhar vivências, contar histórias, cantar, realizar alguns jogos, sendo este também o local onde podemos programar todo o trabalho que pretendemos realizar ao longo do dia, planifica-‐se com o grupo, preenchem-‐se os quadros de gestão do grupo, fazem-‐se avaliações através de registos gráficos e outros.... Pode não ser um espaço exclusivo do acolhimento, visto ser também um espaço que as crianças u6lizam nas a6vidades de trabalho autónomo.
O Espaço na Creche e JI
Área do Jogo Simbólico Esta área inclui a “casinha das bonecas”, a “arca das trapalhadas" e os fantoches. As crianças podem fazer drama6zações, fantoches, teatro se sombras, histórias, brincadeiras de imitação dos modelos familiares… Área dos jogos e construções Nesta área a criança experimenta construções a três dimensões; Faz ac6vidades de iniciação à matemá6ca que implicam comparações e seriações, sequências, alternâncias, tamanhos, peso, forma, cor; Experimenta materiais que promovem noções de lateralidade; Faz ac6vidades de experimentação de noções espaciais como: puzzles, construções, pistas de carros, etc.
O Espaço na Creche e JI
Área da Biblioteca Nesta área a criança manuseia livros, inventa histórias, “lê” histórias, conta histórias, manuseia ficheiros de imagens, enciclopédias, revistas, fotografias... Podemos dispor de livros, revistas, enciclopédias, receitas…
Área da Expressão Plás3ca Nesta área a criança experimenta vários materiais e suportes, realiza artefactos com materiais reu6lizáveis, realiza colagens, pinturas, desenhos com variadas técnicas, manuseia tesouras, plas6cina, colas, experimenta e treina noções de espaço rela6vos ao suporte que nele se inscreve.
O Espaço na Creche e JI
Área da escrita Nesta área a criança tem contacto com o código escrito de uma forma informal. Brinca com letras, copia-‐as, faz tenta6vas de escrita, imita a escrita e a leitura, familiariza-‐se com o código escrito, percebe que há uma forma de comunicar diferente da linguagem oral, percebe as funções da escrita. Não se trata de uma introdução formal e “clássica” à leitura e escrita, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita. Área da matemá3ca Esta área está interligada especialmente com a área dos jogos onde a criança, podendo ser criada separada em função dos interesses do grupo.
O Espaço na Creche e JI
Área das tecnologias Nesta área a criança usa o computador para jogar jogos didá6cos com diversos temas para o seu desenvolvimento. O código informá6co pode ser u6lizado em expressão plás6ca e expressão musical, na abordagem ao código escrito e na matemá6ca, entre outras áreas. Recreio exterior Nesta área a criança brinca livremente; Faz ac6vidades de motricidade; Faz exploração do espaço; Interage com outros.
O Espaço na Creche e JI
O Espaço ainda deve reunir as seguintes condições: Capacidade de ampliação: o espaço deve poder ser expansível e flexível quanto à sua extensão; Conver:vel: as constantes renovações pedagógicas, didá6cas, as possíveis modificações fazem com que o espaço escolar deva se repensado como facilmente modificável, pouco dispendioso, para que possa adaptar-‐se à variedade de situações que cada curso escolar necessita; Polivalente: O espaço tem de permi6r a diversidade de funções que as exigências do trabalho quo6diano necessitem; Variado: o espaço deve ter alcançar todos as facetas que integram a personalidade do aluno; Interrelacionado: é ideal que a comunicação interna se produza entre os variados setores e secções para uma maior complementaridade entre eles.
O Espaço na Creche e JI
A planificação do espaço, desenho e organização deste exerce uma grande influência nos movimentos, condutas e aprendizagem das crianças. Deste modo pode-‐se considerar que o espaço \sico cons6tui um fator de aprendizagem. No momento de estabelecer a planificação e desenho do espaço escolar é necessário responder às necessidades das crianças que vão usufruir dele, e também há que ter em conta as necessidades dos adultos que o vão u6lizar.
O Espaço na Creche e JI
Necessidades das crianças:
• Necessidades afe*vas;
• Necessidade de autonomia;
• Necessidade de movimento;
• Necessidade de socialização;
• Necessidades fisiológicas
• Necessidade de descoberta, exploração, conhecimento.
O Espaço na Creche e JI
Necessidades dos adultos
O Espaço na Creche e JI
A planificação e organização da sala está dividida em diferentes pontos:
Decoração das paredes; Organização das mesas; Diversos 3pos de a3vidades e diversos grupos:
Na sala podemos realizar diversas a6vidades e para isso podemos agrupar as crianças de diversas maneiras: -‐ A6vidades de pequeno grupo (elaboração de murais, fantoches…); -‐ A6vidades de grande grupo (excursões, jogos, drama6zações…); -‐ A6vidades conjuntas (com outra turma , com o resto da escola…).
O Espaço na Creche e JI
O Espaço na Creche e JI: espeço exterior
Espaço exterior:
• Amplo; • Acesso direto das salas e com uma zona de transição o semicoberta para resguardar
do calor e da chuva; • Devemos encontrar um equilíbrio entre espaços demasiado estruturados e espaços
sem estrutura; • Espaços mais ín6mos onde a criança possa estar mais tranquila e mais segura; • Espaços que estejam ao sol e outros à sombra; • Ter objetos simbólico-‐afe6vos: castelos, pontes, animais; • Equipamento de materiais naturais para o jogo sensorial e manipula6vo: areia, água,
terra; • Solo variado; areia, terra, cimento, para provocar nas crianças reações diferentes; • Alguns relevos no terreno também dão possibilidades de realização de outros jogos; • Deve-‐se dar preferência a objetos e materiais que coloquem as crianças em
situações “abertas”. Equipamentos que não estejam totalmente acabados nem totalmente definidos porque dão maiores oportunidades de criação e imaginação.
O Espaço na Creche e JI: espeço exterior
Os adultos não devem ser meros vigilantes, podem par6cipar nas brincadeiras, dinamizando jogos.
Existem outros fatores (internos e externos) que podem influenciar a aprendizagem:
Estado mental que expressa a sa6sfação com o ambiente térmico que nos circunda. Estado mental que expressa a sa6sfação com o ambiente térmico que nos circunda. A não sa6sfação pode ser causada pela sensação de desconforto pelo calor ou pelo frio, quando o balanço térmico não é estável, ou seja, quando ha diferenças entre o calor produzido pelo corpo e o calor perdido para o ambiente.
Conforto térmico
Iluminação natural (proporcionada pelas aberturas e vãos de janelas, aliadas à orientação da edificação) e a iluminação ar6ficial (solucionar as demandas nos locais onde a iluminação natural é insuficiente).
Conforto visual
Outros fatores que influenciam a aprendizagem
Conforto ambiental Sensações de calor ou frio, silêncio ou barulho, ar puro ou ar poluído, muito agradável visualmente ou muito feio, muito claro ou muito escuro etc… Pode-‐se dizer que, além de estarem interferindo no processo educa6vo de forma direta, estarão também a transmi6r às crianças uma série de impressões perce6vas.
Conforto acús3co:
Ruídos internos e externos (localização da escola, orientação do edi\cio, materiais de acabamento do edi\cio, ruídos industriais, trânsito, a6vidades públicas, sirenes, obras, a6vidades recrea6vas com aglomerações humanas).
Outros fatores que influenciam a aprendizagem
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