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Coração de Pedra 

Um amor de infância…

Como homem de negócios efazendeiro, Boone Sinclai

possui tudo o que sempre qui

– mas Keely Welsh jamaifizera parte de seus planos. A

doce menina sempre foraapaixonada pelo taciturno

cowboy, embora soubesse qu

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não tinha nenhuma chance…

final, ele era experiente,

ela, muito inocente.Quando a vida de Keely

ameaçada por forças que elanão consegue controlar, ele s

torna sua única chance de

sobrevivência. Boone é amarca registrada do típico

homem do Texas: calado

nobre, leal e bastante teimoso

Caberá a Keely convencê-lo

de que ela não é mais uma

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menina, e sim uma mulhe

pronta para arrebatar seu

coração!

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Querida leitora,

Tenho este livro em minha mente hmais de dois anos, porém não conseguifazer com que a premissa funcionasse

Então, trabalhei nela durante o meuempo livre, até deixar o enredo d

exatamente como eu queria. Ist

acontece muito com algumas históriasPor mais que goste delas, não consigdeixá-las dignas de um romancePortanto, lapido a ideia original até qu

fique perfeita.Nasci no sudoeste da Geórgia, em

Cuthbert, onde minha irmã e minh

sobrinha ainda vivem. Meu avô tinh

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uma fazenda em Calhoun County, umugar que é infestado de cascavéis

Quando eu era criança, tinha um cãde caça chamado Buck, que era meuamigo e protetor. Eu era míope, maninguém sabia, até porque não fari

muita diferença, já que não tínhamodinheiro para comprar óculos. Um diaeu estava andando pela grama n

fazenda e Buck correu na minha frenteOuvi um som que parecia o de baconfritando, e, minutos depois, Bucapareceu carregando uma cascavel de metro de comprimento.

Buck salvou a minha vida. Elmorreu quando tinha 12 anos, ma

amais vou esquecê-lo. Sem ele, eu nã

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eria crescido para me tornar umautora de romances.

Ao escrever este livro, não lembrei sdas cascavéis, mas também de sentar nvaranda nas noites preguiçosas dverão, ouvindo os grilos e os cães

assistindo ao movimento dos vagaumes enquanto comia amendoim

quentinho. Doces lembranças…

Boa leitura

Diana Palme

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CORAÇÃO DE PEDRA

 TraduçãoVera Vasconcellos

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Capítulo 1

KEELY  WELSH  sentiu a presença del

antes de erguer o olhar e vê-lo. Erassim desde que conhecera BoonSinclair, o irmão mais velho de sumelhor amiga. Ele não era um

estonteante astro de cinema e nemmesmo um ser sociável, mas sim umhomem recluso e solitário qu

raramente sorria, cuja presenç

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ntimidava as pessoas. Por alguma razãdesconhecida, Keely sempre pressentiquando ele estava por perto, mesmque não o estivesse vendo.

Era um homem alto e magro, mainha pernas musculosas e mãos e pé

ongos. Alguns rumores sobre BoonSinclair se tornavam mais exagerados medida que eram passados adiante

Comentavam que ele estivera naForças Especiais do Exército, nexterior, cinco anos antes; que salvarsua unidade da destruição certa; quganhara medalhas; que almoçara com presidente na Casa Branca; que fizerum cruzeiro com um autor de fam

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mundial; que quase se casara com umprincesa europeia, e daí por diante.

Ninguém sabia a verdade. Bemalvez Winona e Clark Sinclai

soubessem. Winnie, Clark e Booneram mais unidos do que a maioria do

rmãos costumava ser. Mas Winnie nãcomentava sobre a vida particular drmão mais velho, nem mesmo com

Keely.Não houvera um dia, desde quinha 13 anos, que Keely não tivess

amado Boone Sinclair. Observava-o distância, com os olhos verdes suaves cobiçosos. As mãos tremiam caso sdeparasse inesperadamente com ele

Como naquele momento.

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Boone estava parado diante dbalcão, fazendo o registro de entradaTinha uma consulta marcada para fazea vacinação de rotina de seu cachorroFazia isso uma vez por ano. Ele amavseu Pastor Alemão preto e marrom

claro, chamado Bailey. As pessoacomentavam que o cão era o único seno mundo que Boone amava de fato

Talvez ele gostasse dos irmãos, mas nãdemonstrava. No entanto, nãconseguia esconder a afeição por Bailey

Um dos técnicos em veterinárisurgiu com um bloco nas mãos chamou Bailey, sorrindo para Booneque não retribuiu a gentileza. Ele guiou

o cão idoso para o consultório

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passando por Keely sem ao menos lhdirigir o olhar. Boone não falava comela. No que lhe dizia respeito, KeelWelsh era invisível.

Quando Boone fechou a porta dconsultório, após entrar, ela deixou

escapar um suspiro. Ele agia da mesmforma em qualquer lugar em que visse. Na verdade, tinha a mesm

reação em seu enorme rancho, próxima Comanche Wells, no Oeste dacobsville, Texas. Nunca proibir

Winnie de convidá-la para almoçar oupara um ocasional passeio a cavalo, maa ignorava da mesma forma.

– É engraçado – dissera Winnie um

dia, quando as duas estavam

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cavalgando. – Boone nunca tecnenhum comentário sobre você, mafaz questão de fingir que não a vê. Ficmaginando por quê. – E então

encarara-a com aqueles olhos escuromaliciosos, emoldurados pelo cabel

oiro. – Não saberia me dizer a razãocerto?

Keely se limitou a sorrir.

– Não tenho a menor ideia – disseraE estava sendo sincera.– Ele só faz isso com você

continuara a amiga pensativa. – É muiteducado com as namoradas ocasionaide Clark. Até mesmo com aquelgarçonete que Clark trouxe para janta

em nossa casa uma noite dessas, e voc

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sabe como Boone pode ser esnobeAinda assim, finge que você não existe.

– Talvez eu o faça se recordar dalguém de quem não gosta – retrucarKeely.

– Houve aquela jovem de quem el

estava noivo – dissera Winnie do nada.Keely sentiu o coração dar um salt

dentro do peito.

– Sim, lembro-me quando ele ficounoivo. – Ela estava com 14 anos, quas15, um pouco antes de ele voltar dexterior. O coração adolescente dKeely havia se despedaçado.

– Foi pouco antes de você voltar viver com sua mãe aqui – continuar

Winnie, como se lhe estivesse lendo

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mente. – Na verdade, foi na mesmépoca em que ele começou a se excedena bebida. – A amiga hesitara. A mãde Keely era alcoólica e aquele era umassunto delicado para ela. – EnfimBoone estava se desligando do exércit

naquela época. A noiva correu para Alemanha, para onde ele foi levaddepois de ser transportado d

helicóptero do campo de batalhaferido. E depois… Puff! Ela despareceuBoone voltou para casa e nunca maimencionou o nome dela. Nenhum dnós conseguiu descobriu o quaconteceu.

– Alguém comentou que el

pertencia à realeza europeia – arriscar

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Keely tímida.– Possuía um parentesco afastad

com um homem que foi nomeadcavaleiro na Inglaterra. – A resposta damiga soara sarcástica. – De qualqueforma, ela desapareceu e ele ficou

amargurado por um longo tempo. Eentão, algumas semanas atrás, elefone tocou e era ela. A ex-noiva est

vivendo com o pai, que possui umagência de detetives particulares em SanAntonio. Ela disse a Boone qucometeu um grave erro e queria reatao relacionamento. – Keely sentira coração descer para os pés. Uma rivaque tinha uma história com Boone

Sentira-se arrasada só de pensar em ta

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possibilidade, apesar do fato de nuncer se aproximado o suficiente de Boon

para ao menos ter de competir com outra mulher.

– Seu irmão não perdoa as pessoas prosseguira Keely, pensando alto.

– Isso mesmo. – retrucara Winniesorrindo. – Mas ele suavizou um poucoAgora, está saindo ocasionalmente com

ela. Na verdade, os dois irão a um showdo Desperado semana que vem.Keely franziu a testa.– Boone gosta de rock pesado?

perguntou surpresa. – Ele parecia tãsério e reservado que não podimaginá-lo em um show de rock.

E acabara fazendo tal comentário.

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Winnie soltara uma risada.– Eu posso. Boone não é o tip

conservador e calado que parece serPrincipalmente quando se irrita ouentra em alguma discussão.

– Boone não discute. – dissera Keely

mais uma vez dando voz apensamento.

Aquele homem nunca discutia

Quando se irritava para valer, socavaNunca as mulheres, claro, mas ohomens que trabalhavam para elsabiam que não deviam pressioná-loprincipalmente se ele estivesse de mauhumor. Um cavalariço acabardescobrindo da pior forma possível qu

ninguém fazia piadas com o patrão

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Boone levara um coice de um cavalo e rapaz achara hilariante. Ele amarrara cavalariço a uma estaca e lhe esfregarum balde de feno reciclado. Tudo semdizer uma palavra.

Keely soltara uma risada.

– O que foi? – perguntara Winnie.– Estava me lembrando daquel

cavalariço…

Winnie também soltara uma risada.– O rapaz disse que não conseguiacreditar, mesmo enquanto estavacontecendo. Boone tem uma aparêncimuito austera, como se nunca tivesssujado as mãos de poeira. Os caubóique trabalham para ele costumavam

subestimá-lo. Não mais.

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– O episódio com a cascavel tambémé digno de nota – retrucara Keelyachando graça.

– O cozinheiro ficou tão chocado! exclamou Winnie. – De fato, era umpéssimo cozinheiro, mas ameaçou

processar Boone se o demitisse. Entãoficamos presos a ele. E tambémameaçou cozinhar uma cascavel par

Boone se ele continuasse a fazer críticaà comida. Também fez alguncomentários ácidos sobre o sumiço dnoiva de Boone. E então, certa manhãfoi verificar se seu tacho de ferro estavimpo o suficiente para que pudess

cozinhar e uma cascavel saltou em seu

rosto!

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– Sorte do cozinheiro a cobra estasem presas.

– Mas ele não sabia disso! – retrucarWinnie, gargalhando. – E também nãsoube quem foi o autor da façanhaDemitiu-se no ato. Os homen

iteralmente deram vivas, enquanto carro dele se afastava. O cozinheiro quo sucedeu era talentoso

extremamente educado com meurmão.– Isso não me surpreende.Winnie fizera um moviment

negativo com a cabeça.– Boone tem essas pequena

diossincrasias – murmurara ela.

Como nunca ligar o aquecedor de seu

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quarto, mesmo quando está um fricongelante e desfilar por aí com camisa fechada até o colarinho.

– Nunca o vi sem camisa comentara Keely. O que era incomumá que a maioria dos caubóis trabalhav

nu da cintura para cima no calor dverão, quando estavam marcando cuidando do gado. Exceto Boone.

– Ele costumava ser menos pudico dissera Winnie.– Boone, pudico? – soara Keel

chocada.A amiga a olhara de relance e soltar

uma risada abafada.– Bem, acho que isso não combin

com ele.

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– Nem um pouco.Winnie comprimira os lábios.– Pensando bem, meu irmão não é

único pudico por aqui. Nunca a vusando uma camiseta. Está sempre dblusas de manga comprida e gola alta.

Keely tinha uma boa razão para issouma que jamais dividira com ninguémAquele era o motivo pelo qual nã

namorava. Era um segredo terrívePreferia morrer a contar para Winnieque talvez contasse para Boone…

– Fui criada com muita austeridade disse Keely em voz baixa. E erverdade. Apesar de todas as estranhaendências, os pais insistiam que el

frequentasse a escola dominical e

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missa todos os domingos. – Meu panão aprovava roupas espalhafatosas reveladoras.

Provavelmente porque a mãassediava qualquer homem que atraísse quando estava bêbada. Tentar

até mesmo seduzir Boone. Keely nãinha conhecimento disso e Winnie nã

sabia como lhe contar. Aquela era um

das razões que justificava antagonismo de Boone em relação Keely.

As coisas seriam melhores se Keelsoubesse do paradeiro do pai. Ela diziàs pessoas que achava que ele estavmorto, porque era mais fácil do qu

admitir que o pai era um alcoólico

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assim como a mãe, e que andavmisturado com um bando de homenperigosos.

A princípio, Keely sentira a falta delemas estaria correndo ainda mais perigse tivesse ficado com o pai.

A seu modo, ainda o amava, apesado que lhe acontecera.

– Pensando bem, você nem mesm

namora.Keely dera de ombros.– Sou técnica em veterinária. Tenh

uma vida agitada. Trabalho em sistemde plantão. Se houver uma emergêncià meia-noite de um dia de fim dsemana, tenho que comparecer.

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– Isso é um monte de bobagens. dissera Winnie em tom de voz suaveenquanto estacavam para que o

animais bebessem em um dos córregode águas cristalinas da propriedadarborizada em que cavalgavam. – J

entei apresentá-la a homens bons comquem trabalho e você parece congelaquando qualquer um se aproxima.

– Porque você trabalha na polícia me apresenta policiais como possíveinamorados – retrucara Keely em tomde brincadeira.

Era verdade. A amiga trabalhavcomo escrevente no Departamento dPolícia de Jacobsville durante o dia e

no momento, estava temporariament

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desempenhando a tarefa de atendentde emergência para o 911. Na verdadeWinnie esperava ficar permanentnaquela função, porque conviver com policial Kilraven durante todo o diaquando ele trabalhava no plantã

diurno, estava-a matando.– Policiais me deixam nervosa – dizi

Keely. – Falando assim, você até pod

pensar que fui alguma criminosa npassado.Mas Winnie não estava sorrindo.– Está me escondendo alguma coisa

dissera ela, com um gesto negativo dcabeça.

– Nada de importante. Sério. – Se

suspeita que tinha do pai se provass

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verdadeira, envergonharia-a. Se algumdia Boone descobrisse, ela morreria dvergonha. Mas não tinha notícias do padesde os 13 anos, portanto, não erprovável que ele retornasse algum diaacompanhado de seus amigos fora d

ei. Rezava para que ele não o fizesse. Ocomportamento da mãe era difícil suficiente de suportar.

– Há um belo policial que estrabalhando conosco há algumasemanas. E é exatamente o seu tipo.

– Kilraven – arriscara Keely.– Sim! Como sabe?– Porque você fala sobre ele o temp

odo – retrucara Keely e, em seguida

comprimiu os lábios. – Tem certeza d

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que não está interessada nele? Querdizer, é solteira e um ótimo partido.

Winnie corou.– Ele não faz meu tipo.– Por que não?A amiga mudara de posição na sela

parecendo incomodada.– Ele afirmou que não era meu tipo

Disse que sou muito nova para fica

sonhando com um lobo experientcomo ele e que eu devia parar dalimentar esperanças.

Keely ofegou alto.– Ele não fez isso!Winnie anuiu tristonha.– Fez. Não tinha percebido qu

estava sendo tão óbvia. Quero dizer

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Kilraven é estonteante, a maioria doolhares femininos o segue. Ele apenapercebeu mais quando eu o fiz. Porqusou quem sou, acho eu – acrescentoucom expressão pesarosa. – Boone dever dito alguma coisa a ele. Meu irmão

muito protetor em relação a mim. Pensque sou muito ingênua para andar soltpelo mundo.

– Em defesa de Boone, você sempreve uma vida protegida. – Keeldissera de maneira gentil. – Kilraven um homem do mundo. E perigoso.

– Eu sei – resmungara Winnie. – Hocasiões em que ele se encontrenvolvido em situações que me fazem

suar sangue até vê-lo voltar para

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delegacia. Ele também percebeu issoNão gostou e não se furtou em mdizer. – Ela inspirara profundamente dirigira o olhar a Keely. – Então, podsaber tudo sobre minha angústiparticular, mas não é capaz de dividir

sua? Mas é inútil. Eu sei.Keely soltara uma risada nervosa.– Sabe o quê? Não tenho segredos.

– Sua vida toda é um mistério. Maio maior deles é que está apaixonadpelo meu irmão. – Keely parecia tesido esbofeteada. – Eu nunca contaria ele. – Winnie acrescentou, em tom dvoz sereno. – Mas essa é a verdadeSinto muito pelo modo como ele a trata

Sei o quanto isso dói. – Keely desviara

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olhar, envergonhada. – Não fique assim– acrescentara a amiga gentilmente. Não contarei. Nunca. Acredite.

Keely relaxara, inspirandprofundamente e observando a águgorgolejante do córrego sobre as pedras

– O que sinto não prejudicninguém. Ele nunca saberá e isso majuda a entender como seria amar um

homem… Mesmo que esse amor nuncseja correspondido. É o sabor de algque nunca posso ter, é só.

Winnie franziu a testa.– O que quer dizer com isso? Clar

que um dia será amada! Keely, vocem apenas 19 anos. Tem a vida inteir

pela frente!

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Keely fixara os olhos escuros, suavee tristonhos na amiga.

– Não nesse sentido. Nunca mcasarei.

– Mas um dia…– Não – interrompera ela, negand

com um gesto de cabeça.Winnie mordeu o lábio inferior.– Quando for um pouco mais velha

alvez pense diferente – começara amiga. – Você tem 19 anos. Boone tem30. É uma grande diferença e ele levem consideração esse tipo de coisa. Aex-noiva era apenas um ano mais jovemdo que ele. Meu irmão costuma dizeque as pessoas não devem se casar s

iverem uma grande diferença de idade

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– Por quê?Winnie suspirara.– Não costumo falar sobre isso, ma

nossa mãe era 12 anos mais nova qupapai. Ele morreu arrasado porqumamãe fugiu com seu irmão mais novo

Meu pai sempre repetia que cometeuum grande erro ao se casar com alguémque pertencia a outra geração. A

diferença de idade entre os dois ermuito significativa. Não tinham nadem comum.

Keely sentira o coração compadecidpela família da amiga.

– Sua mãe ainda está viva?Winnie mordera o lábio inferior.

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– Nós… Não sabemos – respondera– Nunca tentamos encontrar nossa mãou nosso tio. Eles se casaram após

divórcio e se mudaram para MontanaNenhum dos dois nunca tentou entraem contato conosco.

– Isso é muito triste.– Isso tornou Boone amargo. Bem

sso e o fato de a noiva tê-l

abandonado. Meu irmão não tem amulheres em alta conta.– Não pode culpá-lo. – Keely tinh

de admitir. – É triste, não acha?

dissera, dando palmadas leves npescoço do cavalo. – O fato de sermomuito jovens para os homens de quem

gostamos?

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– Só na mente deles – retrucarWinnie. – Mas sempre podemos fazêos mudar de opinião. Temos apenas d

encontrar a isca certa.Keely soltara uma risada.– Isso não parece fácil?

Winnie fizera uma careta.– Na verdade, não. – Ela dera um

eve puxão nas rédeas, desviando

montaria do córrego e Keely a seguiu. Conversemos sobre algo mais divertid– dissera a amiga quando retornavamao rancho. – Vai comparecer ao bailbeneficente?

Keely negara com um gesto dcabeça.

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– Gostaria de ir, mesmo sem umacompanhante, mas ambos os meuchefes juniores e nosso técnico sênio

rão. Terei de ficar de plantão.– Isso é terrível!– Mas é justo. Estava de folga no an

passado.– Eu me lembro. Mas, no an

passado, você ficou em casa.

Keely estudara o cepilho da selaenquanto o couro rangia sob omovimentos ritmados do corpo dcavalo.

– Ninguém me convidou para ir.– Você não encoraja os homens.

comentara Winnie.

Keely exibira um sorriso triste.

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– Para quê? – perguntara. Qualquer homem que me convidassnão valeria a pena. Não quero menvolver com ninguém.

Winnie sempre tivera curiosidadsobre a estranha vida pessoal de Keely

maginava o que teria acontecido amiga para deixá-la tão solitária.

– É só um baile. – lembrara a amiga

Não tem de concordar em se casar comum homem apenas por ele acompanhar até em casa.

Keely soltou uma gargalhada.– Você é terrível! – exclamara quas

engasgando.– Estou apenas constatando um fat

óbvio. – A resposta soara divertida.

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– De qualquer maneira, estarerabalhando. Vá e se divirta por nó

duas.– Qualquer homem que me lev

ambém não valerá a pena – afirmarWinnie. – A diferença é que eu quero i

apenas para esfregar meuacompanhante no rosto de Kilraven.

– Ele não irá – murmurara Keely.

– O que a faz pensar assim?– Apenas um palpite. Kilraven é umhomem fechado. Faz-me lembrar CashGrier antes de se casar com TippMoore. Grier era o protótipo perfeito dhomem que odeia mulheres. Acho quKilraven é igual.

Winnie hesitou.

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– Imagino por quê.Keely não quis esticar o assunto

Compadecia-se da amiga. E de smesma, também. Os homens eram umremenda dor de cabeça…

Keely voltou ao presente a tempo d

ver Boone saindo do consultório comBailey preso pela coleira. Passou por elsem nem ao menos lhe dirigir o olha

ou lhe dizer uma palavra.Após observá-lo se afastar com coração partido dentro do peito, elgirou e voltou ao trabalho, exibindalegria em consideração aos seucolegas de trabalho.

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KEELY ODIARA  a ex-noiva de Boondesde que a conhecera. O pai de MistHarris dirigia uma agência de detetive

particulares em San Antonio e ela eruma mulher rica. Misty era bela, muitnteligente e olhava com superioridad

para as outras mulheres. Winnie lhcontara que Boone gostava de mulherendependentes e inteligentes. Keel

maginava também que provavelmentMisty era uma boa amante, o que deixava incomodada.

Aquela mulher tinha uma língu

ferina e não gostava de Keely. Aquilficou óbvio quando chegou para umencontro com Boone na noite da sexta

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feira seguinte e a encontrou sentada nsala de estar com Winnie.

– Vocês não têm namorados? espantou-se Misty, brilhando em umvestido de noite preto, com o cabelongo cascateando sobre os ombros. O

olhos azul-escuros faiscavam commalícia. – Que lástima! Boone mevará ao show do Desperado e m

apresentará ao líder da bandaCompramos os ingressos há dois mesesSerá uma noite maravilhosa!

– Adoro o Desperado. – Winnie tevde concordar.

– Não perderia esse show por nada ronronou a morena.

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Houve um barulho na porta laterade algo arranhando e ouviu-se umganido.

– Ah, é aquele cachorro – resmungouMisty. – Esse animal é imundo. Pelamor de Deus, Winnie, não vai deixá-l

entrar, certo? Esses tapetes persas têmum valor inestimável. Esse cão ocobrirá de lama.

– Bailey é um membro da família retrucou Winnie em tom frio, enquantabria a porta e retirava uma toalha duma estante próxima. – Olá, velh

amigo – cumprimentou o PastoAlemão idoso. – Você se molhou? – Elcomeçou a secá-lo e a lhe limpar a

patas. O cão estava ofegante e ganindo

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A língua se encontrava roxa. O corpremia e o abdome estava distendido.

Keely o observou com olhaprofissional. Algo estava errado. Ela sergueu e se juntou a Winnie próximo porta de vidro de correr. Em seguida, s

ajoelhou, tocou o abdome distendiddo cachorro e trincou os dentes.

– Ele está com timpanismo – disse

Winnie.– O que está acontecendo? perguntou Boone, aproximando-se compassadas largas.

Keely ergueu o olhar, tentando nãrair o prazer em vê-lo.

– Bailey está com uma espécie d

impanismo. Precisa ser levado a

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veterinário imediatamente.– Não diga asneiras – disparou ele.

Cães não têm timpanismo.– Cachorros de grande porte têm

retrucou Keely, com ansiedade na voz– Deve ter visto este problema no gad

em algum momento. Aqui. Sinta. – Elsegurou a mão de Boone e a pousou nabdome do cachorro. Ele sentiu

franziu a testa. – Veja a cor da língua nsistiu Keely. – Não está conseguindoxigênio suficiente. Se não o levamediatamente ao veterinário, seu

cachorro morrerá.– Ah, isso é ridículo – disparou

morena. – Ele apenas comeu em

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demasia. Coloque-o no canil. Pelmanhã ele estará bem.

– Ele estará morto – repetiu Keelsem rodeios.

– Ouça aqui, não perderei aquelshow por causa de um cão velho

estúpido com problemas estomacais. Misty explodiu. – Está apenas tentandchamar a atenção de Boone dizend

que algo está errado com esse cachorroEle sabe de sua paixonite. Essa é umatitude patética.

Boone olhou para Keely, que sencontrava pálida e arrasada por veseu segredo mais íntimo revelado emalto e bom som para Boone escutar. El

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passou a mão sobre o abdome dcachorro uma última vez.

– Isso não é timpanismo – declarou– Apenas comeu demais e está comgases. – Ele se levantou, dandpalmadas leves na cabeça do cachorr

enquanto sorria. – Ficará bem, certovelho amigo?

Keely lhe dirigiu um olhar furioso. O

cachorro ainda estava ofegante e agorgania alto.– Ele não é seu – disparou Boone.

Misty tem razão. Está tentando apenachamar minha atenção, como o velhBailey ganindo para que eu lhe dcarinho. Mas não funcionará. Levare

Misty ao show.

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Keely estava tão furiosa que nem amenos lhe dirigiu o olhar.

Bailey estava morrendo.– Venha – disse Boone para a ex

noiva.E os dois partiram em direção

garagem, sem que ele dissesse qualqueoutra coisa a Keely ou Winnie. Minutodepois, ouviu-se o motor do carr

roncando pelo caminho que levava estrada.– O que faremos? – perguntou

Winnie, porque acreditava em sumelhor amiga.

– Podemos deixá-lo morrer ou leváo ao veterinário – respondeu Keely sem

rodeios.

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– Qual de nós vai dirigindo? – Aamiga se limitou a perguntar.

O MAIS  velho dos três veterinários dono da clínica, Bentley Rydel, estavde plantão. Ele era o melhor cirurgiã

do grupo. Aos 32 anos, era o único qupermanecia solteiro. As pessoas diziamque Bentley era tão intratável qunenhuma mulher conseguia saproximar dele. O que provavelmentera verdade.

O médico ajudou Keely a levar Baile

para a sala de raio X e colocá-lo sobre mesa. Ela segurou o cachorro enquantera feito o exame, acariciando-o e lh

dizendo palavras confortadoras. Par

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um homem que não passava de umararaca humana com os membros d

sua própria espécie, o veterinário era essência da compaixão com os animais.

Bentley e Winnie retornaram deminutos depois com os raios X. O

veterinário tinha a expressão sombrienquanto mostrava que o estômago dBailey havia revirado.

– É um procedimento complicado caro e não posso lhes prometer que serbem-sucedido. Se não o operar, necrose se espalhará e ele morreráTalvez ele morra de qualquer formaVocê terá de tomar uma decisão.

– Ele pertence ao meu irmão – diss

Winnie, acariciando o animal qu

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gania.– Seu irmão terá de dar

consentimento.– Ele não dará – retrucou Keel

arrasada. – Boone acha que não se tratde timpanismo.

As sobrancelhas de Bentlearquearam.

– E em que faculdade de veterinári

ele se formou?O telefone de Winnie tocou o temde Guerra nas Estrelas, interrompenda conversação. Ela respondeu nervospor ter reconhecido o número do irmãna tela.

– É Boone – sussurrou com a mã

sobre o telefone. – Alô? – atendeu

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hesitante.– Onde diabos está meu cachorro?

Ele exigiu saber.Winnie inspirou profundamente.– Nós o trouxemos aqui para a clínic

veterinária.

– Nós?   Keely está envolvida nissocerto? – perguntou ele indignado.

O veterinário, percebendo

expressão transtornada de Winnieesticou a mão para o telefone e ela entregou.

– Esse animal – começou veterinário em tom de voz firme – estcom um quadro grave de timpanismoPosso lhe mostrar nos exames de raio

X onde a necrose do tecido começou

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Se eu não o operar, estará morto dentrde uma hora. A decisão é sua, mas devomá-la rapidamente.

Boone hesitou.– Ele sobreviverá?– Não posso lhe garantir – respondeu

Bentley sucinto. – Deveria tê-lo trazidno instante em que começou apresentar os sintomas. A demor

complicou o quadro. Essa conversa acrescentou em tom de voz ácido – mais um atraso.

O xingamento pôde ser ouvido a ummetro de distância.

– Opere-o – disse Boone. – Eu lhdarei permissão. Minha irmã pode se

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sua testemunha. Faça o que puder. Pofavor.

– Certamente o farei. – Bentleentregou o telefone para Winnie. Keely, precisa prepará-lo para a cirurgia

– Sim, senhor. – Keely estav

sorrindo. O patrão era um excelentnegociador. Ao menos agora Baileinha uma chance, não graças àquel

mulher sem coração que terisacrificado a vida do cão por umngresso para o show.

A OPERAÇÃO  durou duas horas. Keelpermaneceu paramentada ao lado dveterinário, administrando a anestesi

no cachorro e lhe verificando os sinai

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vitais constantemente. Por sorte, haviapenas uma pequena quantidade decido necrosado e ela observou a

mãos hábeis do cirurgião extirpá-la.– Por que a demora? – perguntou

Bentley.

Keely trincou os dentes.– Ingressos para o show d

Desperado. A namorada de Boone nã

queria perdê-lo.– Então ela decidiu que Bailey podimorrer.

As feições de Keely se contraíram.– Não sei se ela estava send

deliberadamente cruel.– Ficaria surpresa de ver quanta

pessoas consideram os animais objeto

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nanimados e desprovidos dsentimentos. Às vezes, os maiantiquados entram aqui e afirmamcategoricamente que nenhum animasente dor.

– Uma tremenda besteira

resmungou ela.Bentley soltou uma risada curta.– Exatamente o que penso.

– Como ele está se saindo? perguntou Keely.O médico fez um gesto afirmativ

com a cabeça.– Bem. Não há complicações sérias

Operei a Shiloh Shepherd de TomWalker com o mesmo problema há doi

meses, lembra-se? E ele tinha um tumo

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do tamanho de um punho fechadoNós o perdemos a despeito dntervenção oportuna.

– Não perderemos Bailey, certo? perguntou ela preocupada.

– Sem chances. É um cão velho, ma

é um guerreiro.Keely sorriu. Mesmo que Boone

nfernizasse, iria valer a pena. Gostav

daquele cachorro idoso tambémmesmo que Boone pensasse que elestava apenas o usando como desculpaO fato de ele ter acreditado naquelmorena desalmada a enfurecera. Nãera estúpida a ponto de pensar quaquele tipo de jogo surtiria efeito em

um homem com uma cabeça que mai

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parecia um bloco de aço. Boone não lhdedicaria um segundo olhar nem se elfosse Helena de Troia. Não era idiota ponto de tentar seduzi-lo. O fato dBoone não perceber isso a surpreendia.

– Pronto – anunciou Bentley por fim

quando finalizou a sutura. Keely retirouo anestésico e observou o veterináriexaminar o cão. – Acho que el

sobreviverá, mas não repita isso parninguém. Só saberemos pela manhã.– Sim, senhor.– Eu o carregarei para você. – O

médico se voluntariou porque o animaera muito pesado e Keely tinhdificuldades em erguer peso.

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– Não precisa – começou elconstrangida.

Os olhos azul-claros de Bentle

refletiam suavidade ao encontrar odela.

– Você teve algum tipo de problem

no ombro esquerdo. Não preciso vê-lpara saber que está aí. Não deixarei quo sobrecarregue.

As feições de Keely se contraíram emuma careta.– Não sabia que era tão óbvio.– Não direi nada a ninguém

afirmou o médico com um sorriso. Mas também não a deixarei carregaexcesso de peso.

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– Obrigada, chefe – disse eladevolvendo o sorriso.

Bentley deu de ombros.

– Você é a funcionária maiesforçada que jamais tive. – O médicpareceu constrangido com o qu

acabara de dizer e se dedicou a erguer cachorro com todo o cuidado e levá-lpara uma das gaiolas de recuperação

onde seria monitorado até acordar danestesia.– Posso ficar aqui e observá-lo

sugeriu Keely.

– Recebi um telefonema em meucelular enquanto estávamos preparandBailey para a cirurgia – lembrou ele.

Há uma novilha dando à luz n

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propriedade de Cy Parks. Está tenddificuldades. É uma de seus espécimepuro-sangue e ele me quer lá pargarantir que o bezerro nasça com vida.

– Então você tem de ir até lá.Bentley anuiu.

– Verificarei como Bailey estquando voltar. É noite de sexta-feira acrescentou com um sorriso frouxo.

Geralmente temos vários casos demergência durante a noite, você sabdisso.

– Quer que eu fique aqui paratender os telefonemas? – perguntouKeely.

Bentley lhe dirigiu um olha

questionador.

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– É noite de sexta-feira – repetiu ele– Por que não tem um compromisso?

Keely deu de ombros.– Os homens me odeiam. Se duvida

basta perguntar a Boone Sinclair.O médico olhou por sobre o ombro

ergueu uma das sobrancelhas enquanta porta se abria.

– Por falar no diabo… – disse em um

om de voz que não sobrepujou saudação de Winnie ao irmão.

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Capítulo 2

BOONE ENTROU  apressado na sala ond

Keely e Bentley se encontravam lado ado em frente à gaiola. Não parecia tãbeligerante no momento e preocupação com o velho cão er

evidente quando se ajoelhou ao lado dgaiola e tocou a cabeça do animaadormecido com um roçar suave d

ponta dos dedos.

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– Ele sobreviverá? – perguntou semerguer o olhar.

– Saberemos isso pela manhã respondeu Bentley conciso. – Resistiumuito bem à cirurgia e não descobrnada que possa complicar su

recuperação. Para um animal dessdade, está em excelente forma.

Boone se ergueu encarando

veterinário.– Obrigado.– Agradeça a Keely. – A respost

soou sucinta. – Ela ignorou sua sugestãde deixar o animal sozinho até amanhãQuando – acrescentou o veterináricom um brilho mordaz no olhar –

eria encontrado morto.

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Os olhos de Boone tambémfaiscaram.

– Pensei que Bailey estava tentandchamar minha atenção. Assim comKeely – acrescentou com um sarcasmfrio.

As sobrancelhas de Bentley sergueram.

– Acha mesmo que Keely tem

necessidade de suplicar atenção dalgum homem? – perguntou, como se comentário fosse inacreditável para ele.

Boone enrijeceu o corpo.– A vida pessoal dela não é problem

meu. Sou grato a você por ter salvado vida de Bailey.

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– Saberemos se a cirurgia foi bemsucedida pela manhã – retrucouBentley. – Keely pode pegar minh

maleta, por favor?– Sim, senhor. – Ela deixou a sala

satisfeita pela desculpa que a afastari

da presença de Boone.– Eu e esse cão passamos po

momentos difíceis juntos – disse ele a

veterinário, relanceando mais uma veo olhar à gaiola. – Se tivesse percebido quanto a situação era grave, nunca terisaído de perto dele. – Boone encarou

médico. – Não sabia que cachorropodiam ter timpanismo.

– Agora sabe – retrucou Bentley. – A

maioria dos cachorros de grande port

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corre esse risco.– O que pode causar isso?Bentley fez um movimento negativ

com a cabeça.– Não sabemos. Existe meia dúzia d

eorias, mas nenhuma certeza.

– O que você fez?– Extirpei o tecido morto e fixei seu

estômago na coluna dorsal.

respondeu Bentley em tom calmo. Prescreverei uma dieta especial para eleNos próximos dias, claro, tomarapenas fluidos.

– O senhor me dará notícias? perguntou Boone lentamente.

Bentley reconheceu a preocupaçã

estampada naqueles olhos escuros.

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– Claro.Boone girou na direção de Winni

com olhar acusador.As feições da irmã se contraíram pel

ensão.– Ouça, Keely sabia o que estav

fazendo, não importa o que pense começou na defensiva. – Concordecom ela e me responsabilizo por te

razido Bailey para cá.– Não estou reclamando – disse eleA expressão austera se suavizandoenquanto se inclinava para depositaum beijo afetuoso na testa de Winnie.

– Obrigado.A irmã sorriu aliviada por ele nã

estar zangado.

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– Também amo o velho Bailey.Keely entrou e entregou a malet

para Bentley. Também estavsegurando uma capa de chuva.

– Detesto capas – reclamou veterinário.

Porém, ela se limitou a estendê-la ndireção dele. Com expressãcontrariada, ele escorregou os braço

ongos pelas mangas.– Senhora preocupação – resmungou– Teve uma pneumonia da últim

vez que saiu na chuva fria. – Elembrou.

Bentley girou e sorriu. Na verdadeergueu de leve um dos cantos do

ábios. Bentley Rydel nunca sorria.

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– Vá para casa.Keely negou com a cabeça.– Não deixarei Bailey até que el

acorde da anestesia – disse ela, semnem ao menos dirigir o olhar a Boone– Além disso, fique certo de que haver

pelo menos um chamado demergência esperando por você quandvoltar.

– Não lhe pago o suficiente parcobrir todas essas horas extras comentou o veterinário.

Keely deu de ombros.– Então nunca ficarei rica – retrucou

sorrindo.Bentley suspirou.

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– Está bem. Estou com o telefoncelular ligado se precisar de mim.

– Dirija com cuidado.

Embora fizesse uma careta parKeely, a expressão do veterinário sornou impassível e firme ao se despedi

dos Sinclair com um gesto de cabeça.Boone lançava um olhar furioso

Keely. Ela o ignorou e voltou a s

aproximar da gaiola de Bailey para lhconferir os sinais vitais.– É melhor irmos embora. – diss

Winnie ao irmão. – Vejo-a mais tarde.

Keely anuiu, sem lhes dirigir o olharBoone hesitou de maneira incomum

mas nada disse. Segurou o braço d

Winnie e a guiou na direção da porta.

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– Não podia ao menos agradecer Keely por ter salvado a vida de Bailey– A irmã o repreendeu quando sencontravam parados ao lado de seurespectivos carros.

Boone lhe lançou um olhar fri

através da fina cortina de chuva.– Poderia processá-la por ter trazid

Bailey sem minha permissão.

Winnie se mostrou chocada.– Ela salvou a vida do seu cachorro!Boone lhe evitou o olhar.– Isso não vem ao caso. Vamos

Estamos nos molhando.– E quanto ao seu show? – perguntou

Winnie com uma leve acidez no tom d

voz.

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– Ainda não acabou. Voltarei para láWinnie teve vontade de dizer que

ex-noiva do irmão não ficaria satisfeitcom o fato de ele a ter deixado lsozinha, mesmo que por algunminutos, mas decidiu se calar. O mau

humor de Boone era evidente e nuncfora uma atitude inteligente provocá-lo

KEELY PERMANECEU ao lado de Bailey atque ele acordasse e Bentley voltasse dseu chamado. Havia uma novemergência, uma mulher cuja Springe

Spaniel inglesa estava dando cria e umdos filhotes não conseguia nascer. Maiuma vez, tiveram de fazer uma cirurgi

de emergência para salvar mãe e filhote

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Eram 2h quando concluíram orabalhos e limparam a clínica.

– Agora, vá para casa – disse Bentleem tom de voz gentil.

– Terei de ir. – Keely soltou umrisada. – Não consigo manter os olho

abertos.– Não importa o que diga Boon

Sinclair – começou o veterinário.

Você fez a coisa certa. – Ele relanceou olhar a Bailey, que dormia tranquilgraças a um analgésico. – Acho que elvai sobreviver.

Keely sorriu. Embora Boone fossbastante desagradável, amava seu velhcão. Ficava feliz por ele não ter de abri

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mão de seu companheiro antes dempo.

Ao voltar para casa, Keely cruzou pante pé a porta do quarto da mãe e fopara a cama.

NO DIA  seguinte, Keely trabalhou até meio-dia e foi para casa fazer todo rabalho doméstico que a mã

costumava negligenciar. Terminou bema tempo de começar a fazer o jantarÀquela hora, a mãe estava terminandde tomar sua segunda dose de uísque

a melhor amiga, Carly, apareceu parantar. Keely, que preparara comid

suficiente para apenas duas pessoas

eve de acrescentar batatas e cenoura

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ao guisado para fazê-lo render. Oorçamento para os gêneros alimentícioera minguado, sempre preterido para gasto com bebidas alcoólicas.

Era sempre a mesma coisa nas noitede sábado em que ficava em casa

pensou Keely tristonha, escondendo ncômodo enquanto servia a refeiçã

frugal na sala de jantar. A mãe, Ella, j

bêbada, fazia piadas com os trajeconservadores da filha, enquanto melhor amiga, Carly, acrescentava seucomentários sarcásticos aos dela.

Carly não era nenhuma beldade, maElla era. A mãe tinha um rostadorável, uma figura elegante

costumava utilizar os dois a seu favor.

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A lista de seus ex-amantes, apesados problemas relacionados ao vícioseria capaz de preencher um pequenbloco. As confusões que já causara eruma de suas fontes favoritas ddivertimento. Além de ridicularizar

filha, claro. Ella e Carly consideravam virtude algo obsoleto. Costumavamenfatizar que nenhum homem desejav

uma mulher inocente nos dias atuais. Avirgindade era um ônus para ummulher solteira.

– Tudo que você precisa é de umhomem, Keely – afirmou Carly Blairsoltando uma risadinha e levando forte cigarro turco aos lábios carmim.

Algumas noites na cama com um

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homem experiente iriam apagar esssua aparência puritana.

– Precisa usar maquiagem acrescentou a mãe, entre goles derceira dose de uísque. – E compra

algumas roupas que não pareçam te

sido resgatadas de um brechmissionário.

Keely poderia lembrá-las de qu

rabalhava com animais em uma clínicveterinária e não em uma butique duxo e que não conhecia muito

homens disponíveis. Porém, retrucaserviria apenas para diverti-las aindmais. Aprendera a manter a cabeçbaixa quando estava sob fogo cruzado.

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O guisado de carne bovina qucozinhara durante todo o dia na panelelétrica estava cheiroso e espesso. Keel

fizera pãezinhos comacompanhamento e um bolo simplepara a sobremesa. Seus esforços nã

foram apreciados. As duas mulheremal percebiam o que estavam comendoenquanto trocavam figurinhas sobr

uma conhecida em comum que moravna cidade e estava tendo um caso. Ocomentários eram mundanos vergonhosos para Keely. Claro que a

duas percebiam e isso era o que amotivava a continuar. O que a mãe e amiga não sabiam era que Keely nã

poderia se dar ao luxo de ter um

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namorado, muito menos um amanteTinha um segredo que nunca dividircom ninguém, exceto com seu médicparticular. Aquilo a manteria solitáripara o resto da vida. Fazia questão qua mãe não soubesse o que estav

escondendo.Ella era amarga, triste e adorava fazê

a sua vítima. Aquele segredo serviri

apenas de combustível aos ataques quhe desferia. Portanto, Keely mantinhuma boa distância entre ela e a mãdesalmada que possuía.

Costumava imaginar que destinivera o pai. Keely o amara muito

pensara ser correspondida. Mas ele nã

parecia mais o mesmo desde qu

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perdera sua reserva animal. Entregarase ao álcool e depois às drogas parembotar a dor e a decepção.

Não tinha meios de se sustentarquanto mais uma filha. Teve de deixáa com a mãe. Keely fizera todo

possível para que o pai a deixasse ficacom ele, oferecendo-se para arrumaum emprego no horário em que nã

estivesse na escola, qualquer coisa. Maele dissera que Keely precisava dsegurança enquanto crescia, o que nãeria a seu lado. Afirmara que Ella nã

era uma pessoa tão má. Keely sabimuito bem quem era a própria mãemas não conseguiu fazer o pai muda

de ideia, portanto concluiu que el

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provavelmente havia se esquecido dquanto a ex-esposa podia ser crueAlém disso, estava aterrorizada com anovas amizades do pai, principalmentcom um deles, que a havia esbofeteado

Ella possuía terras que havia herdad

de seus pais falecidos, juntamente comuma grande quantia em dinheiro. Amãe dissera que emprestara dinheiro a

marido para que ele construísse sureserva animal e saísse de sua vida. Odinheiro que lhe restara da herançfora gasto rapidamente em fériauxuosas, carros caros e uma mansão

enquanto Keely vivia em circunstânciaprecárias com o pai. Contudo, a fortun

da mãe, ou a falta dela, não preocupav

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Keely. Tão logo estivesse segura em seuemprego, arranjaria outro de meiexpediente para poder pagar umpensionato. Viver ali se tornarnsuportável. O pai se limitara

despejá-la na porta da frente de Ella

chorando e ainda suplicando paracompanhá-lo. A mãe não ficara feliem receber a adolescente de volta em

sua vida, mas, por fim, acolheu-a. Ao13 anos, Keely teve de se adaptaentamente à mulher da qual mal sembrava dos tempos de infância e que

a partir dali, se dedicou a tornar suvida um inferno.

– Boone Sinclair está saindo com

ex-noiva que o desprezou quando el

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argou o exército. – disse Carly Blaicom voz pastosa, relanceando um olhaa Keely.

– É mesmo? – Ella também desviou olhar para a filha. – Você a viu? perguntou, porque sabia que a filha er

amiga de Clark e Winnie Sinclair. Como ela é?

– Muito bonita. – respondeu Keel

calmamente, entre uma garfada e outra– Cabelo negro comprido e olhos azuis.– Muito bonita. – Ella soltou um

risada. – Muito diferente de vocêcerto? Você se parece com seu paQueria uma bela menina que sparecesse comigo. – A mãe enrugou

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nariz. – Que desapontamento você srevelou.

– Nem todos podem ser bonitos, mã– retrucou Keely. – Prefiro senteligente.

– Se fosse inteligente, iria para

faculdade para arranjar um empregmelhor – retrucou Ella. – Trabalhacomo técnica para um veterinário

acrescentou desdenhosa. – Quemprego vulgar!– O veterinário sênior para quem

Keely trabalha é muito bonito. – Carlnterrompeu, mudando de posição n

cadeira, enquanto soltava uma risadabafada. – Tentei convencê-lo a sai

comigo, mas ele se limitou a me dirigi

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um olhar gélido e a se concentrar nrabalho que estava fazendo. – Ela deu

de ombros. – Acho que ele tem umnamorada em algum lugar.

Keely se surpreendeu com comentário. Carly tinha bem mais d

que 40 anos e Bentley apenas 32.Uma vez, o patrão comentara qu

não suportava Carly. Provavelment

não gostava de Ella também, mas ermuito educado para colocar tal aversãem palavras. Não que qualquer umdas duas tivesse algum bicho destimação que pudesse necessitar dseus serviços. A mãe detestava animais.

– O patrão de Keely tem o coração d

gelo, assim como Boone Sinclair

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afirmou Ella, reclinando-se para trás ncadeira e estudando a filha comexpressão fria. – Você nunca conseguirnada com aquele homem – acrescentoucom voz arrastada. – Ele pode andacom a ex-noiva a tiracolo, mas não

um amante apaixonado.– Como pode saber? – questionou

Keely, atingida pelo comentário e pel

forma com que a mãe o direcionou ela.Um sorriso sarcástico bailou no

ábios de Ella.– Porque tentei seduzi-lo em mais d

uma ocasião – disse, divertindo-se coma expressão horrorizada da filha. – É

frio como uma pedra de gelo. Nã

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reage normalmente às mulheres, nemmesmo quando elas o assediamfisicamente. Não importa o que apessoas digam sobre o relacionamentpicante que ele tem com a ex-noivaposso garantir que ele não é tã

responsivo assim às mulheres.– Talvez ele apenas não apreci

mulheres mais velhas. – Keel

resmungou em tom ácido, os olhofaiscando de raiva ao imaginar a mãutilizando seus ardis em Boone.

Uma expressão cruel se estampou nrosto de Ella.

– Bem, ele certamente não a apreci– retrucou com deliberado sarcasmo.

Disse a Boone que você estava atraíd

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pelo seu patrão veterinário e que suaarefas na clínica incluíam se deitar com

ele.Keely se encontrava horrorizada.– O quê? – disparou. – Mas por qu

disse isso?

Ella riu da expressão da filha.– Queria ver o que ele teria a dizer

respondeu, achando graça da situação

– Foi um desapontamento. Boone nãesboçou nenhuma reação. Entãperguntei se ele havia notado que belcorpo você desenvolveu, apesar de nãser bonita. A resposta foi que ele não ssentia atraído por crianças. – CriançasKeely tinha 19 anos. Aquilo não era se

criança. Não pensava em si mesm

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como uma criança. Mas Boonpensava… – Depois, disse-lhe que vocpodia ter aparência de criança, mas qusabia o que fazer com um homem e elsimplesmente virou as costas e foembora. – Ella prosseguiu, observand

a expressão arrasada da filha. Portanto, suponho que sua pequenfantasia de amor não será realizada. – O

rosto da mãe adotou um semblantmalicioso. – Mencionei também nmeio da conversa, antes de Boone partide modo tão rude, que você nutria umpaixonite por ele e que conseguiria tiráa de seu patrão se quisesse. Ele afirmou

que você era a última mulher d

mundo que ele desejaria.

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Keely teve vontade de abrir umburaco no chão e se enterrar. Umparte do comportamento antagônico dBoone começava a fazer sentido. A mão alimentara de mentiras sobre ela Boone as engolira uma por uma

maginou há quanto tempo Ella fizeraquilo e se o que a motivara fora vingança por ele tê-la desprezado

Talvez a visse como uma rival e quisessse certificar de destruir qualquer chancde Boone fraquejar em relação à filhaDe qualquer forma, fora um golpdevastador para Keely, que acabou podeixar o restante da refeição intocadaNão se via capaz de engolir nem mai

uma garfada da comida.

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– Poderia ter alguma chance com else deixasse de se vestir com roupas dbrechó e usasse um pouco dmaquiagem. – Ella repreendeu.

– Com o salário que recebo, só posscomprar roupas de brechó. – Keely s

defendeu.Seguiu-se um silêncio pesado.– Isso foi uma indireta para mim?

questionou Ella, com o olhar faiscandde raiva. – Porque se foi, lembre-se quhe provi um teto sobre a cabeça

comida para forrar o estômago acrescentou. – Tudo que tem a fazer cozinhar alguma coisa e limpar a casde vez em quando para justificar o qu

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he é dado. Isso é mais do que justoNão sou obrigada a vesti-la também!

– Nunca disse que era, mãe retrucou Keely.

– Não me chame de mãe! – disparouElla, oscilando de leve sobre a cadeira.

Para começar, nunca a desejei. Seu paestava louco para ter um filho homemFicou desapontado quando soube qu

era uma menina e eu me recusei engravidar de novo. Isso arruinouminha cintura. Levei anos parrecuperar a forma. Queria dá-la emadoção quando você estava com 1anos e seu pai se divorciou de mim, maele disse que a levaria se eu lh

emprestasse dinheiro para abrir

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reserva animal. Portanto, eu lhemprestei. Quantia que, por falar nissoele nunca me devolveu. Só assim ele irou de perto de mim. Ele também nã

a queria. – acrescentou Ella. – Ninguéma desejava e ninguém a deseja agora.

– Ella! – Carly interveioncomodada. – Isso foi duro.

O rosto de Keely estava tão lívid

quanto uma folha de papel.Ella pestanejou várias vezes como snão tivesse noção do que estavdizendo e encarou a amiga com olhavazio.

– O que foi duro?Carly se encolheu enquanto Keely s

ergueu e começou a retirar a mesa sem

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dizer uma palavra.Carregou os pratos vazios para

cozinha, tentando desesperadamentesconder as lágrimas das duamulheres. Às suas costas, ouviu burburinho se tornar cada vez mai

audível até reconhecer a voz da mãdiscutindo. Saiu para o ar frio da noitrajando blusa de mangas compridas

sem agasalho. As lágrimas lhe rolandpelo rosto. Cruzando os braços sobre peito, caminhou para o pátio da frenteparando próximo à cerca que dava vistpara Comanche Wells, para apastagens e o pequeno oásis de árvoreque sombreavam a terra cercada, ond

o gado puro-sangue pastava. Era um

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bela paisagem, com o ar frio e os raiodo luar incidindo nas folhas do enormcarvalho que assomava no pátio frontaemprestando-lhes uma aparênciprateada. Mas Keely se encontrava cegpara a beleza daquele cenário. Sentia-s

nauseada.Ouviu o telefone tocar dentro d

casa, mas o ignorou. Primeiro, fora

antagonismo feroz de Boone, discussão sobre Bailey e as provocaçõede sua ex-noiva na noite anteriorAgora, eram as revelações terríveis dmãe. Aqueles foram os piores dois diada vida recente de Keely. Não querivoltar para dentro da casa. Desejav

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ficar ali no frio e congelar até morrer e dor estancar.

– Keely? – chamou Carly da portdos fundos. – É Clark Sinclair. Ele quefalar com você.

Keely hesitou por um instante. Em

seguida, girou e entrou na casa, semencontrar o olhar de Carly ou girar rosto na direção da sala de jantar, ond

a mãe terminava de tomar seu drinqueErgueu o fone e disse “alô” em tomde voz baixo.

– Essa velha a está infernizandocerto? – Clark brincou. – Que tasairmos? Sei que está em cima da horamas acabei de chegar de Jacksonville

quero conversar com alguém. Winni

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está trabalhando até mais tarde no 91e só Deus sabe para onde foi BooneQue acha da ideia?

– Oh, gostaria muito – respondeuKeely animada.

– Precisando de um plano de escape

certo? Estarei aí dentro de dez minutos– Estarei pronta. Eu o esperarei n

varanda da frente.

– Deus! Esta noite deve ter siddifícil! – exclamou Clark. – Eu mapressarei, para que não pegue umresfriado. – Em seguida, desligou. EKeely também.

– Arranjou um encontro? perguntou Ella com voz arrastada

ranspondo a soleira da porta em zigue

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zague, com o copo de uísque vaziainda na mão. – Quem a levará parpassear?

Sem dar resposta, Keely seguiu pelcorredor até seu quarto, entrou rancou a porta.

– EU A  avisei que seria um erro dizesso a ela. – disse Carly queixosa. – Va

se arrepender amanhã quando estivesóbria.

– Seria um erro lhe dizer o quê? Ella resmungou. – Preciso de outr

drinque.– Não. Precisa ir para a cama

dormir. Venha. – Carly a guiou a

próprio quarto, empurrou-a para dentr

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e fechou a porta. – Como foi capaz ddizer aquilo à sua filha? – perguntoucom voz suave, enquanto ajudava amiga a se deitar na ampla cama dcasal coberta por um luxuoso edredomrosa.

– Não me importo. – afirmou Elldesafiadora. – Ela está atravessada emmeu caminho. Não a quero aqu

Nunca quis.– Keely faz todo o trabalhdoméstico e cozinha – argumentouCarly em um de seus raros momentode compaixão. – Trabalha o dia todo eàs vezes, metade da noite para o patrãoE então, volta para casa e trabalha com

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uma empregada. Não valoriza o que elfaz por você.

– Poderia contratar uma pessoa parfazer tudo isso. – Ella fez um gesto coma mão, afastando a ideia.

– Poderia pagar a essa pessoa?

questionou Carly.Ella franziu a testa. Mal consegui

pagar pelos serviços públicos e compra

gêneros alimentícios. Porém, nãrespondeu.Carly a observou em silêncio po

algum tempo.– Se a pressionar, ela partirá. E então

o que fará?– Farei os trabalhos domésticos

cozinharei – respondeu Ella arrogante.

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Carly fez um gesto negativo com cabeça.

– Está bem. A vida é sua. Mas estperdendo a oportunidade.

– De quê? – Ella resmungou.– De conviver com o único parent

que possui – respondeu Carly em umom desanimado. – Não tenho ninguém

– acrescentou. – Meus pais estã

mortos. Não tenho irmãos. Fui casadamas não pude ter filhos. Meu maridambém está morto. Você tem um

filha e não a quer. Daria qualquer coispara ter um filho.

– Pode ficar com Keely – disse Ellsoltando uma risada. – Eu a darei par

você.

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Carly se dirigiu à porta.– Não pode dar ninguém, Ella. – A

amiga olhou para trás. – Porquambém não tem ninguém de fato.

– Tenho homens – retrucou Ella comuma risada fria. – Posso ter qualque

homem que deseje.– Por uma noite. – A amig

concordou. – A velhice está s

aproximando com muita rapidez parnós duas. Quer mesmo afastar suúnica filha? Um dia, Keely se casará erá os próprios filhos. E você não ter

permissão sequer de ver seus netos.– Não terei netos – retrucou Ella.

Não ficarei velha. Não tenho nem 4

anos!

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Carly soltou uma risada.– Está se aproximando dos 50.

Carly lembrou. – E nem todos oratamentos de beleza do mund

mudarão isso.– Farei um lifting facial – retrucou

Ella. – Venderei mais algumas terrapara pagar a cirurgia.

Aquilo era uma insensatez. Ella havi

vendido a maior parte das terras que família lhe deixara. Se vendesse restante, não conseguiria nem mesmpagar suas contas. Mas Carly sabia qunão adiantaria argumentar com ela.

– Boa noite.Ella lhe fez uma careta, colapsou

sobre os travesseiros e adormeceu em

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segundos.Carly não disse mais nada. Limitou

se a fechar a porta.

KEELY VESTIU  uma calça comprida dveludo cotelê marrom e um suéter d

gola rulê bege. Em seguida, escovourapidamente o cabelo loiro, cheio e lisoEsperava que Clark não tivesse umprograma caro em mente. Não tinhroupas adequadas para isso. Por fimcolocou um sobretudo bege antigo pegou a bolsa.

Fiel à sua palavra, Clark entrou comseu carro esporte no pátio emexatamente dez minutos.

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Carly saiu do quarto de Ella no exatnstante em que Keely estava partindo.

– Ela está dormindo? – perguntou

Keely tristonha.– Sim. – Carly não consegui

esconder a preocupação. – Ela nunc

deveria ter dito aquilo tudo a você prosseguiu. – Sua mãe a amava quandvocê era bebê. Não se lembra porqu

era muito pequena, mas eu me recordoElla ficou tão feliz…– Tão feliz que agora me trata dess

eito? – perguntou Keely magoada.

Carly suspirou.– Ella mudou muito depois que seu

pai partiu. Começou a beber e o vício s

ornou pior a cada ano. – Ela percebeu

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que não estava convencendo a jovem sua frente. – Há coisas que não sabsobre seus pais.

– Tais como?Carly fez um gesto negativo com

cabeça.

– Não cabe a mim lhe contar. – Elgirou. – Vou para casa. Sua mãdormirá até amanhã.

– Tranque a porta quando sair, pofavor – disse Keely.– Estou saindo agora. Você pod

rancá-la. – Carly pegou a bolsa estacou no instante em que Keelfechou a porta.

– Às vezes, sou tão cruel quanto ela

confessou Carly em tom de voz suave.

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Não deveria troçar de seu jeito de serTampouco sua mãe. Mas você nãrevida. Tem de aprender a fazer issoEstá com 19 anos. Não passe o resto dvida se curvando às pessoas apenas parmanter a paz.

Keely franziu a testa.– Não faço isso.– Você faz, querida. – Carl

contrapôs em tom de voz calmo, antede deixar escapar um suspiro. – Ella eu somos uma péssima influência parvocê. O que precisa fazer é alugar umapartamento e viver sua própria vida.

Keely procurou o olhar da outrmulher.

– Tenho pensado sobre isso…

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– Então, faça-o – aconselhou Carly. Saia daqui enquanto pode.

Keely franziu a testa.– O que quer dizer com isso?A amiga da mãe hesitou.– Já falei demais. Divirta-se em seu

encontro. Boa noite.

CARLY SE  encaminhou ao seu pequencarro esporte. Keely a observou por umminuto, antes de descer os degraus descada e se dirigir ao local onde Clark aguardava em seu carro lustroso. Ele s

nclinou sobre o banco do carona abriu a porta, sorrindo.

– Teria saído do carro e aberto

porta para você, mas sou muit

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preguiçoso – provocou ele.Keely devolveu o sorriso. Clark er

como uma versão suavizada de BooneO cabelo também era preto, e os olhosescuros, mas era um pouco mais baixdo que o irmão e o cabelo tinha leve

ondas, ao contrário dos de Boone, quera liso.

– Nenhum de vocês se parece com

Winnie – comentou ela.Clark deu de ombros.– Ela puxou às cores da minha mãe

mas não gosta de ouvir isso, porque nóa detestamos.

– É o que Winnie me disse.Clark lhe relanceou o olhar enquant

manobrava o carro para fora do pátio.

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– Temos o mesmo sentimento, certoSua mãe é uma dor de cabeçambulante.

Keely anuiu.– Hoje ela estava a todo vapor

confessou exausta. – Bêbada e cruel.

– O que Carly estava lhe dizendo?– Que tenho de aprender a enfrentá

a – respondeu ela. – Surpreendente

não acha? Vindo da melhor amiga dmamãe? As duas caçoam de mim empo todo.

Clark a olhou de relance, mas nãsorriu.

– Ela tem razão. Precisa enfrentameu irmão também. Boone pisa na

pessoas que não oferecem resistência.

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Keely experimentou um calafrio.– Não consigo enfrentar seu irmão

Ele é assustador.– Assustador? Boone?Keely desviou o olhar à janela d

carro.

– Podemos conversar sobre outrcoisa?

Clark ficou desconcertado com

comentário, mas logo se recuperou.– Claro! Acabei de escutar a notícide que os chineses estão lançando outrsonda à lua. – Keely lhe dirigiu umolhar oblíquo.

– Não gosta de assuntos relacionadoà astronáutica – murmurou ele. – Est

bem. Política?

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Keely gemeu alto.– Estou tão enjoada dos candidatos

presidência, que às vezes penso em mmudar para algum lugar que ninguémdispute cargos públicos.

– A selva amazônica me veio

mente.Keely espremeu os olhos.– Se eu me embrenhasse nela, talve

escapasse da televisão e da internet.– Posso ver as manchetes. – dissClark com horror fingido. – “Técnicem veterinária local comida por umonça-pintada nas selvas escuras dAmérica do Sul!”

– Nenhuma onça-pintada que s

preze comeria um ser humano

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retrucou ela. – Principalmente alguémque come anchovas na pizza.

– Não sabia que gostava de anchovasKeely suspirou.– Não gosto. Mas quando er

pequena, descobri que se eu as pedisse

meu pai me deixava comer mais dduas fatias de pizza.

Clark soltou uma risada.

– Seu pai devia ser uma figura.– Ele era. – Um sorriso saudoscurvou os lábios de Keely. – Os animaio amavam. Eu o vi dar alimentos aoigres na mão, sem nunca ser mordido

Até mesmo as cobras gostavam dele.– Aquela reserva de animais deve te

sido um lugar extraordinário.

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– Era maravilhoso – respondeu ela. Todos o amavam. Mas houve umacidente trágico e papai perdeu tudo.

– Alguém foi comido?– Quase – retrucou Keely, nã

desejando prolongar o assunto.

Houve uma ação judicial.– E ele perdeu. – Clark arriscou.Keely não o contradisse.

– Aquilo o destruiu.Clark franziu a testa.– Ele cometeu suicídio?Keely hesitou. Aquele era Clark, seu

amigo. Sabia que ele não contaria Boone e nem mesmo a Winnie nadque lhe dissesse sem sua permissão.

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– Meu pai não está morto – revelouela em tom de voz suave. – Não seonde ele está ou o que está fazendo

Meu pai desenvolveu… O vício dbebida. – Não poderia contar toda verdade a Clark. Ela o encarou com

olhar preocupado. – Não contará isso ninguém, certo?

– Claro que não.

Keely estudou a bolsa que pousarsobre o colo, girando-a nas mãosnquieta.

– Ele me deixou com minha mãe

partiu. Isso foi há seis anos e nuncmais tive notícias dele. Pelo que semeu pai pode estar morto.

– Você o amava.

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Keely anuiu.– Sim – concordou, remexendo-se

agitada, no banco do carro.– O que foi?Keely sentiu a dor causada pela

palavras da mãe a lhe varar o corpo.

– Minha mãe disse que nunca mquis. Que eu arruinei a aparência dela acrescentou com uma risada superficial

– Deus do céu! E eu pensei que nossmãe era cruel! – Clark estacou em umsemáforo no caminho de Jacobsville he dirigiu o olhar.

– Não é uma pena que não possamoescolher nossos pais?

– Sim, é – concordou ela. – Fique

nauseada ao ouvi-la dizer aquilo. Devi

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er percebido. Ela não gostava de mimquando parti e gostou menos aindquando meu pai me despejou em sucasa. Agora, acho que me odeia. Tenteagradá-la, cuidando da casacozinhando, limpando, mas minha mã

não reconhece nada disso. Ela sressente até da comida que como. Keely girou na direção dele. – Tenho d

sair daquela casa – disse desesperada. Não aguento mais isso.– A sra. Brown dirige um pensionat

muito respeitável – sugeriu ele.As feições de Keely se contraíram.– Sim e pede um preço alto por um

quarto. Não posso arcar com ess

despesa com o salário que ganho.

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– Exija um aumento de Bentley propôs Clark.

– Oh, certo, essa será a primeira coisque farei amanhã – retrucou ela comvoz arrastada.

– Tem medo de Bentley. E tem med

de Boone. – Clark se juntou ao tráfego– E tem mais medo ainda de sua mãeTem de se rebelar e tomar o pulso d

sua própria vida.– O que quer dizer com isso?– Não pode passar a vida com med

das pessoas. Principalmente de pessoacomo o meu irmão e Bentley RydeSabe por que eles são assustadores? Clark insistiu. – Porque é difícil dialoga

com eles. Ambos são basicamente doi

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ntrovertidos que têm uma tremenddificuldade de se relacionar com outrapessoas. Consequentemente, smostram calados e reservados e não sdesviam de seu caminho parnteragirem. São uns solitários.

Keely suspirou.– Também sou solitária, a meu

modo. Porém, não me coloco

margem, lançando olhares furiosos àpessoas o tempo todo. Ou pior, fingindque não as vejo.

– Essa é a última tática de Boone? Clark brincou, soltando uma risadbaixa. – Ele a ignora, certo?

– Era o que estava fazendo até eu

discutir com ele sobre o estado d

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Bailey.– Graças a Deus que você o fez

afirmou Clark fervoroso. – Bailepertence a Boone, mas todos nóamamos aquele velho amigo. Nuncconseguirei entender por que Boon

não percebeu o estado em que elestava. Meu irmão é um vaqueiro, jviu timpanismo antes.

– A namorada dele o convenceu dque eu estava tentando chamaatenção, usando Bailey para atraiBoone para meu local de trabalho.

– Oh, pelo amor de Deus! – explodiuClark. – Boone não é tão estúpido esse ponto.

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– Bem, ao que parece, minha mãandou lhe dizendo que eu tinha umpaixonite por ele e agora Boone pens

que tudo que faço ou digo é umentativa de me esgueirar para a vid

dele – disse Keely em tom amargo.

– Ella disse isso a ele? – exclamouClark.

– Sim. E também que eu estav

dormindo com Bentley.– Bentley sabe que você estdormindo com ele? – perguntou Clarkfingindo inocência.

Keely soltou uma risada.– Não sei. Perguntarei a ele.Clark também explodiu em um

gargalhada.

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– É assim que se faz, criança – dissele. – Tem de aprender a se desviar dogolpes e não levar a vida tão a sério.

– Parece muito séria para mimultimamente – retrucou ela. – Estnoite, tive a sensação de ter colidid

contra uma parede.– Deveria empurrar sua mãe contr

uma – disse Clark. – Melhor ainda

dizer a ela que péssima mãe ela temsido.– Ela não escuta quando está bêbad

e passa a maior tempo fora de casquando está sóbria. – Keely comprimiuos lábios. – Trabalho para veterináriosAprendi, por força da profissão, a nã

cutucar a onça com vara curta.

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Clark sorriu.– É mesmo?– Para onde está me levando?

perguntou Keely quando ele tomou estrada estadual em vez da que levava acobsville. – Pensei que iríamos a

cinema.– Não estou com disposição para ve

filmes. Pensei em irmos a San Antoni

para comer camarão – respondeu Clark– Essa é a minha vontade. O que acha?– Ficará muito tarde para voltarmos

– Ela lembrou preocupada.– Que diabos! – Clark resfolegou.

Pode dizer a sua mãe que estavdormindo comigo em vez de Bentley

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mandá-la cuidar da própria vidquando chegar em casa.

Os olhos de Keely quase saltaram daórbitas.

Clark percebeu e sorriu.– O que me faz lembrar de um

questão em que precisarei de umpequena ajuda. Acho – acrescentou que podemos ser a solução do problem

um do outro. Se você concordar.Durante todo o trajeto até SanAntonio, Keely imaginou o que elquisera dizer com aquilo ou como sencaixaria na “solução” de Clark.

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Capítulo 3

O  RESTAURANTE  em que Clark a levou

era o mais luxuoso da cidade, famospelos frutos do mar que servia. Keelestava preocupada com o fato de estacom trajes muito informais para um

ocal tão sofisticado, mas viu pessoavestidas de todas as formas. Portantorelaxou e seguiu Clark e a recepcionist

até uma mesa de canto.

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Após acomodá-los, trouxe-lhes ocardápios. Keely se viu obrigada morder a língua ao ver os preçosQualquer prato naquele restaurantequivalia a um dia de seu salárioPorém, Clark se limitou a lhe sorrir

dizer que ela podia pedir o ququisesse. Estavam celebrando. Keelmaginou o que seria, mas ele nã

revelou.Pelo fato de ter comido mais cedoela optou por uma refeição frugaQuando terminou de escolhermaginou se havia sido apenas a comid

que trouxera Clark até ali. Ele nãconseguia desviar o olhar da garçonet

que anotava os pedidos. E a jovem

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corou lindamente quando ele encarou.

– Você a conhece? – perguntou Keelem tom suave quando a moça se retiroupara providenciar os pedidos.

– Sim – respondeu ele com expressã

desanimada. – Estou apaixonado poela.

Imediatamente Keely se lembrou d

reação de Boone ao envolvimento dormãos com pessoas de classe econômicnferior. No passado, ele verbalizara ta

repúdio. A expressão estampada nrosto de Clark era dolorosa de se verKeely sabia mesmo sem necessitaperguntar que o amigo tinha plen

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ciência da situação desanimadora emque se encontrava.

– Essa é a moça que levou para jantano rancho? – perguntou elarecordando algo que ouvira de Winnie

Clark anuiu.

– Boone foi educado com ela, madepois me perguntou se eu havienlouquecido. Ele encara todas a

mulheres trabalhadoras como caçadorade dotes que mal podem esperar para scasarem comigo e depois pedirem divórcio para conseguirem um generosacordo.

– Nem todas as mulheres sãnteresseiras – afirmou ela.

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– Diga isso a Boone. Ele parece nãsaber.

– Aquela mulher com quem ele est

saindo parece obcecada por dinheiro. Keely resmungou.

– Ela não conta, porque tem su

própria fortuna.– Sim, e é bela também – acrescentou

Keely com mais amargura do qu

pretendia.Clark a estudou do lado oposto dmesa posta com uma toalha brancaflores frescas, velas e talheres de prata.

– Pensando bem… Será que umhomem como Boone iria incorrer nmesmo erro? Aquela mulher

abandonou quando estava deitado em

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um leito de hospital, com feridacausadas por tiros de metralhadora qupoderiam ser fatais. Ela não gostava dhospitais. Pensou que meu irmão fossficar paralítico e, portanto, lhe devolveuo anel de noivado. Agora está em San

Antonio e quer voltar ao ponto dpartida. Como acha que Boone se sentem relação a isso?

Pela primeira vez, Keelexperimentou uma pontada desperança.

– Seu irmão não perdoa as pessoas afirmou em tom de voz suave. Omesmo que uma vez dissera a Winnie.

– Exatamente. Muito menos pessoa

que lhe feriram o orgulho.

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– Então por que ele está saindo comela? – Keely quis saber.

Clark deu de ombros.– Ela é linda e tem modos refinados

Talvez meu irmão esteja apenasolitário e deseje exibir uma obra d

arte em seus braços. Ou… acrescentou ele devagar. – Talvez tenhalgo em mente que ela não est

esperando. Misty quer se casar com elagora, mas acho que Boone não quer. Epenso que ele tem uma boa razão parestar saindo com ela.

– Só Deus sabe qual é. – Keelresmungou.

– Deus sabe. E provavelmente nã

gosta também.

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– Acha que Boone está tramanduma vingança?

– Pode ser. Meu irmão não costumdividir seus pensamentos íntimocomigo ou com Winnie. Ele esconde ogo. Não deixa transparecer nada.

– Como ele era antes de voltar parcasa ferido? – questionou Keely.

– Menos reservado – respondeu

Clark. – Fazia piadas corriqueiras, riagostava de festas e amava dançarAgora, é o extremo oposto do homemque era. É amargo e irritadiço e não dipor quê. Nunca conversou comnenhum de nós sobre o que aconteceucom ele naquele lugar.

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– Acha que o que aconteceu, seja lá que for, foi a causa dessa mudançradical?

Clark anuiu.– Sinto falta do irmão que tive. Nã

consigo me aproximar do homem qu

ele se tornou. Boone me evita como seu fosse uma praga. E ainda mais desdque levei Nellie para jantar lá em casa

Ele me passou um sermão inflamadsobre os riscos de encorajar umassalariada.

– Então se sente constrangido em

continuar saindo com ela.– Sinto-me constrangido com

possibilidade de Boone descobrir qu

estou namorando Nellie – confessou

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ele. – O que me levou – acrescentou el– à solução para a qual necessito dajuda.

Keely o encarou com olhar cauteloso– Por que estou com a sensação d

que não deveria ter concordado em vi

aqui com você?– Não posso imaginar – respondeu

ele, inclinando-se para a frente

sorrindo. – Mas se você apenacooperar com meu pequeno projetoum dia lhe devolverei o favor.

Keely percebeu que Nellie, quatendia outra mesa, lançava olharemagoados na direção de Clark, que nãnotava o interesse da jovem.

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– Isso está aborrecendo Nellie – dissKeely.

– Não por muito tempo. Conversare

com ela depois que partirmos. Ouçavocê é minha melhor amiga. Precisque me ajude a despistar para qu

Boone não descubra o quanto estouenvolvido com Nellie. Fingiremos questamos nos relacionando se voc

concordar.– Que estamos nos relacionando? Keely guinchou. – Ouça, Boone estpensando que sou amante de Bentle

graças à minha mãe. Não acreditará questou interessada em você. Ele modeia! – exclamou ela. – Boon

enlouquecerá se pensar que está em um

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relacionamento sério comigo e tentarmpedir de todas as formas que puder

Perderei meu emprego e terei de ficaem casa, com minha mãe menlouquecendo…

– Sua mãe ficará extasiada se pensa

que você está namorando comigoporque sou rico – argumentou Clarsarcástico. – Não causará problem

algum. E Boone concentrará suenergia em encontrar maneiras de tiráa de minha vida, sem saber o que d

fato está acontecendo.– Boone não é bobo. – Keely pareci

preocupada. – Imaginará o que você viuem mim. Sou pobre, tenho um

ocupação humilde…

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– Cuidarei de tudo isso – disse elesuavizando a situação. – Tudo que tema fazer é fingir que me acha fascinante– Clark sorriu. – Na verdade, so

fascinante – acrescentou. – Semmencionar excelente partido

charmoso. – Keely fez uma careta. Mas meu irmão não pode saber qunão é para valer – prosseguiu, com

expressão séria. – Boone tem o controlde todo o dinheiro até eu fazer 27 anosEntão, poderei dispor de meu fundpatrimonial. Isso acontecerá no ano quvem. Não posso me dar ao luxo dcontrariá-lo agora. Mas não vou abrimão de Nellie. – Ele relanceou o olha

em direção à jovem garçonete, qu

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corou mais uma vez diante do interessque ele demonstrava e quase deixoucair uma bandeja. – Tem de nos ajudar– Clark suplicou. – Ajudou Bailey e elé apenas um cão. Sou um homem gente atencioso que a trato como uma irm

mais nova.– Isso! Pode manipular os cordéis d

meu coração – resmungou Keely.

Clark sorriu.– Ora, vamos! Isso deixará Boonouco, sabe disso. Você adorará.

Pensando na forma como Boone ratava, tinha de admitir que aquel

farsa pagaria dividendos na forma dvingança.

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Mas Boone era um inimigo de peso Keely estava insegura em torná-lo umAquilo era engraçado, considerando

modo hostil com que ele a tratavaBoone já era seu inimigo.

– Eu a salvarei se a situação s

complicar – prometeu Clark.Keely sabia que aquela era um

péssima ideia e que se arrependeria d

ê-la aceitado.– Se eu concordar com isso, tenho dcontar a verdade a Winnie – começouela.

– Não. – Clark a interrompeu dmediato. – Winnie não consegu

guardar segredos. Contará tudo qu

sabe a Boone.

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As feições de Keely se contraíram.– Tenho certeza de que isso va

acabar mal.– Mas fará isso, certo? – perguntou

com um sorriso encorajador.Keely suspirou com expressã

preocupada. Clark era seu amigo hanto tempo quanto Winnie. Ele

ajudara a se safar de uma dúzia d

enrascadas envolvendo sua mãe.– Está bem – concordou por fim.Clark exibiu um sorriso de orelha

orelha.– Está bem! Agora, que tal

sobremesa?

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ANTES DE deixarem o restaurante, Clara apresentou a Nellie e explicou garçonete quem era Keely e o qu

representava em sua vida. Nellie sanimou no mesmo instante. Mostrou-sradiante quando Clark acrescentou qu

Keely seria um disfarce para que os doipudessem continuar namorando semque Boone soubesse.

Keely percebeu que a outra mulheera muito acanhada e meiga e quClark parecia adorar aquela atitudeMas também notou algo que ele nã

captou: havia um leve brilho no olhade Nellie, que não combinava comaquele jeito brando, e Keely não pôd

evitar a apreensão. Talvez o que

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atraísse em Clark fosse exatamente que Boone desaprovava. Para todos oefeitos, ele estava começando a testar oimites do controle do irmão mai

velho. E Nellie certamente sabia quaquela era uma família rica. Era um

assalariada, como Keely. Caso viesse se revelar uma caça-dotes, Keely seriqueimada na fogueira por Boone po

er tomado parte naquilo. Gostaria dpoder recusar. De fato, gostaria.

OS DOIS chegaram em casa muito tarde

Era 1h quando Clark estacionou emfrente à porta da casa de Keely.

Até aquele momento, não s

recordara das palavras cruéis da mãe

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que voltaram com força arrebatadorquando percebeu a luz da sala de estaainda acesa. Não queria entrar. Sivesse qualquer outro lugar para ondr, não poria mais os pés naquela casa.

Porém, suas escolhas, assim como

salário que recebia, eram limitadasTinha de conviver com a mãe até qupudesse se sustentar sozinha.

Clark a observava com evidentcompaixão.– Provavelmente ela nem se lembr

do que disse – murmurou ele. – Oalcoólicos não têm boa memória.

Keely lhe relanceou um olhacurioso.

– Como sabe disso?

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Clark hesitou, mas apenas ponstantes.

– Depois que a noiva de Boone abandonou, ele entrou em ummaratona de duas semanas dbebedeiras. Não se recordou de muita

coisas que me disse, mas eu me lembrbem de todas. A cereja do bolo acrescentou com as feições tensas – fo

que eu nunca chegaria aos seus pés que não era apto a administrar umrancho.

– Ah, Clark! – disse ela compassivaPodia apenas imaginar qual a sensaçãde ser um homem e ter dcorresponder às expectativas de um

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rmão mais velho como Boone. Era umarefa inglória.

– Quando voltou a ficar sóbrio, nãse lembrava de nada que me disseraMas as palavras ferem.

– Nem me diga – concordou Keel

compreensiva.Clark girou em direção a ela.– Estamos no mesmo barco, certo

Ambos não correspondemos àexpectativas das pessoas com quemvivemos.

– Winnie e eu o achamomaravilhoso do jeito que é argumentou Keely obstinada.

Surpreso, Clark deixou escapar um

risada.

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– É verdade?– Sim. Você tem um excelente sens

de humor, nunca está emburrado ousarcástico, e tem um coração enorme. Os olhos de Keely estreitaram. – Se euhe dissesse que Bailey precisava d

ratamento urgente, tenho certeza dque o colocaria em seu carro e o levarimediatamente ao veterinário.

Clark suspirou.– Sim, acho que seria isso que faria.– Boone pensou que era um patétic

ardil de minha parte para lhe chamaatenção. Acho que minha mãe dissmuitas coisas ruins a meu respeito parele.

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– o que parece. Ela não gosta dvocê, certo?

– O sentimento é recíproco. Estamo

meio que presas uma à outra até que euconsiga um aumento de salário ouarranje um segundo emprego.

– Como conseguiria trabalhar emuma segunda ocupação? – perguntouele.

– Escapar dos constantes maus-tratode minha mãe me faria conseguir. Nãposso imaginar como seria viver em umugar onde ninguém caçoasse de mim.

– Poderia trabalhar para mim sugeriu Clark.

Keely negou com a cabeça.

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– Obrigada, mas tenho de dispensarQuero ser totalmente independente.

– Imaginei isso, mas perguntar nã

ofende.Keely sorriu.– Você é mesmo um homem

extraordinário.– Venho buscá-la no próxim

sábado, pela manhã. Podemos cavalga

no rancho. Podemos também começar atiçar os nervos de Boone – acrescentouClark com uma risada abafada.

– Desapareça com toda a munição d

balas de seu irmão antes de eu chegar l– suplicou ela.

– Boone não é tão ruim assim

afirmou Clark.

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Keely estremeceu.– Claro que não.A porta da frente se abriu e a mãe d

Keely saiu para a varanda.– Quem está aí fora? – perguntou

com voz arrastada se amparando em

uma das pilastras da varanda. Estavrajando uma calça comprida de sed

floral e um robe rosa felpudo. O cabel

estava desgrenhado e parecia sonolenta– Não lhe dê atenção – aconselhouKeely com um pequeno suspiro. – Elnem ao menos sabe o que está dizendoVejo-o no próximo sábado.

– Obrigado – agradeceu Clark comafeição sincera.

Keely deu de ombros.

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– Faria o mesmo por mim – retrucousorrindo. – Boa noite.

– Boa noite.Enquanto saía do carro, ela se senti

remer por dentro, temendo outrconfronto. Tentou passar direto po

Ella, mas a mãe a impediu.– Onde esteve? – exigiu saber.Keely a encarou. Pela primeira vez

não recuou, embora sentisse os joelhofraquejarem.– Saí – respondeu concisa.As feições de Ella se contraíram.– Não fale comigo dessa maneira

Vive em minha casa, caso tenha sesquecido.

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– Não por muito tempo – retrucouKeely entre dentes cerrados. – Vou mmudar tão logo arranje um empreg

noturno, além daquele que já tenhoNão me importo se tiver de viver nmeu carro. Valerá a pena. Não ficare

mais aqui.Passou de supetão pela mãe, entrou

na casa, cruzou o corredor e foi diret

para o próprio quarto, trancando porta. Encontrava-se trêmula. Era primeira vez que enfrentava a mãcruel.

Ella se aproximou da porta do quarte bateu. Keely a ignorou. A mãnsistiu, mas a resposta foi a mesma.

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ELLA ESTAVA  se tornando sóbrirapidamente. Acabara de se dar contde que, se Keely partisse, não terininguém para fazer as tarefas da casaNão sabia nem mesmo cozinhar. Atdois ou três anos atrás, seria capaz d

contratar uma empregada, mas estavsofrendo uma grave redução em seucapital, devido às más decisões no

negócios. E havia algo mais, ainda maipreocupante. Algo em que não ousavpensar no momento.

– Não estava falando sério! – gritouela atrás da porta do quarto da filha. Sinto muito.

– Você sempre sente muito

retrucou Keely tensa.

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– Não. Desta vez sinto muito mesmo– Seguiram-se alguns instantes dhesitação. Keely começou a fraquejarMas depois recordou a ficha corrida dmãe e se manteve calada. – Não secozinhar! – gritou Ella um minut

depois. – Morrerei de fome se vocpartir!

– Compre um restaurante. – A

resposta seca soou de Keely.Com que dinheiro? , pensou Ella, maa luz do quarto de Keely se apagou. Elficou parada lá, cambaleante, a mentembotando, o coração disparandoMuito tempo atrás, embalara Keely emseus braços e lhe cantara canções d

ninar. Ela a amara. O que acontecer

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com aquele sentimento suave aquecedor? Teria findado, anos atrásquando soubera a verdade sobre marido? Tantos segredos! , pensou elaTanta dor! E aquela sensação aindestava ali. Nada a dissipava.

Precisava de outro drinque. Voltou cruzar o corredor em direção ao própriquarto. Poderia negociar com Keely n

dia seguinte. Havia muito tempo. Afilha não podia partir. Não tinhdinheiro e nenhum lugar para onde irQuanto a arranjar outro emprego, comseria possível se trabalhava em tempntegral naquela clínica veterinária? Ell

relaxou. Keely ficaria. Tinha certez

disso.

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NA MANHàde sábado, Clark veio buscáa para cavalgarem no rancho.

Keely fizera aquilo muitas vezes comWinnie, mas nunca com Clark. Winnie Boone costumavam ficar em casa nofins de semana, mas o carro vermelh

da amiga não se encontrava à vistquando Clark estacionou em frente aoestábulos, com Keely a seu lado.

Em seguida, ele saiu, contornou veículo e abriu a porta do carona comum floreio.

Boone, que estava selando um cavalpara si mesmo no estábulo, estacou coma sela no ar para lhes lançar um olhafurioso.

– Oh, Deus! – sussurrou Keely.

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– Ele é apenas um homem embrou-a Clark. – Pode matá-la, ma

não pode comer seu cadáver.– Tem certeza?Boone havia pousado a sela de volt

ao chão diante da cerca que impedi

seu capão favorito de sair da baia. Emseguida, cruzou com passos decididos corredor de tijolos em direção a Clark

Keely, que recuaram alguncentímetros, quando ele se aproximoucom aquelas passadas calculadasrápidas e perigosas.

Boone assomou sobre os dois, aindmais alto do que Clark, parecendntimidador.

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– Pensei que voaria para Dallas hoj– disse ele ao irmão.

Clark se sentia intimidado pelo irmã

mais velho e não conseguia disfarçarTentou uma aparência desafiadora, maudo que conseguiu foi parecer culpado

– Vou na segunda-feira – explicousoando como se pedisse desculpas. Trouxe Keely para cavalgar comigo.

Boone baixou o olhar a Keely, qufitava os próprios pés e se repreendimentalmente por ter aderido ao plannsano de Clark.

– É mesmo? – perguntou Boone comfrio sarcasmo, antes de relancear olhar a Clark. – Pegue um cobertor par

Tank na sala de arreios. No caminh

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pode pedir para Billy selar dois cavalopara vocês.

A expressão de Clark se iluminou. Ormão parecia quase amistoso.

– Claro!Clark sorriu para Keely e s

precipitou pelo corredor do estábulo emdireção à sala de arreios, deixando-a ncompanhia de Boone, que pareci

estranhamente um leão confrontandum suculento e grosso bife.– Diga a Clark que não está com

vontade de cavalgar – disse eleentamente. – E peça para ele a leva

para casa. Agora.Primeiro a mãe, agora Boone. Estav

farta de ver as pessoas lhe dizendo

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que fazer. Ela ergueu o olhar, com oenormes olhos verdes escurecidos.

– O que lhe importa se eu cavalgacom Clark? Faço isso constantementcom Winnie.

– Isso é diferente.

Keely se sentiu ameaçada. E depoisnsultada. Ela encarou aqueles olho

negros, perceptivos com resignação.

– É porque minha família não é ricou socialmente importante, certo? questionou. – Por que sou pobre?

– E inculta – acrescentou Booneprovocante.

O rosto de Keely se tornou rubro.– Sou diplomada no trabalho qu

faço – gaguejou ela.

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– É como um cavalariço maisofisticado – disse Boone sem rodeios. Segura cachorros e gatos enquanto oveterinários os tratam.

Keely sentiu todo o corpo enrijecer.– Isso não é verdade. Administr

anestesia, aplico vacinas…Boone ergueu uma das mãos.– Poupe-me dos pormenores – diss

ele, soando enfadado.– Nem todo mundo pode ir parHarvard, sabia? – Keely resmungou.

– E alguns de nós não conseguimonem mesmo frequentar uma faculdadpública – retrucou ele. – Você possuíuma bolsa de estudos e a atirou pel

anela.

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Keely se sentiu nauseada.– Uma bolsa de estudos que pagav

apenas pelos livros – corrigiu. – Emesmo assim por metade deles. Compensa que eu poderia pagar minhnstrução, frequentar as aulas e mante

um emprego em tempo integral, tudao mesmo tempo?

– Poderia ter aberto mão d

emprego.Keely soltou uma risada superficial.– Minha mãe adoraria isso. Assim

nem mesmo teria dinheiro parcomprar mantimentos.

Os olhos escuros se estreitaram.– Você paga aluguel?

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Os olhos verdes enormes e suaves dKeely encontraram os dele.

– Faço todo o trabalho de casa

cozinho, lavo e faço compras. Esse meu aluguel.

– Quem compra bebidas alcoólica

para ela? – questionou Boone com umsorriso frio. – E seus négligé

ransparentes?

O rosto de Keely se tornou escarlateBoone estava insinuando alguma coisaA expressão que ela estampou no rosto questionou sem palavras.

Boone enfiou as mãos nos bolsos deans, fazendo com que o tecido s

retesasse sobre os músculos exaltados

fortes de suas pernas.

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– Passei em sua casa para lhagradecer tardiamente por ter levadBailey ao veterinário a tempo de salváo – disse, conciso. – Você não estav

em casa, mas ela estava. Atendeu porta trajando uma négligé  transparent

e me convidou a entrar.A vergonha acachapante a fez desvia

o rosto.

– Envergonhada? – resfolegou ele. Por quê? Tal mãe, tal filha. Tenhcerteza que usa algo parecido parBentley – acrescentou com umsarcasmo melado.

Keely se viu incapaz de responder. Aopinião que aquele homem tinha sobr

ela era lastimável. Amava-o em segred

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há anos e ele era capaz de tratá-ldaquela forma. Não lhe dava ao menoo benefício da dúvida.

O silêncio de Keely o enfureceu. Poque aquilo também o fazia se senticulpado, Boone não sabia responder.

– Fique longe de Clark – ordenouconciso. – Não quero que saia com eleEstá me escutando?

– É apenas uma cavalgada…– Não me interessa de que se trata disparou Boone observando o corpo dKeely enrijecer e os olhos verderefletirem medo. Aquilo o enraiveceuainda mais. Deu um passo em direção ela e ficou furioso quando a viu recuar.

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– Suma da vida de Clark. Hojmesmo! – ordenou em tom baixo ameaçador.

Keely sentiu os joelhos fraquejaremAquele homem era intimidador. Nãconseguia nem ao menos forçar o olha

a encará-lo. Estava farta de sentir medde todo mundo. Principalmente dBoone.

Antes que ele pudesse acrescentaqualquer coisa, Clark apareceu com cobertor, sorrindo.

– Billy selou os cavalos. Ele os est

razendo neste minuto.Boone dirigiu um olhar furioso

Keely.

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– Acho que ela quer ir para casa disse ele.

– Você quer? – exclamou Clar

surpreso.Keely inspirou fundo e se aproximou

um passo de Clark.

– Gostaria de cavalgar – respondeu.Clark relanceou o olhar a Boone

cujos olhos se encontravam cor d

azeviche.– O que está havendo? – perguntouao irmão, franzindo a testa. – Importase se eu levar Keely para cavalgar?

Boone dirigiu mais uma vez um olhafurioso a Keely, como se desejasse assáa em um espeto. Em seguida, desviou

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mesmo olhar para o irmão, com oábios contraídos em uma linha fina.

– Ah, diabos! – Explodiu. – Faça que bem entender!

Girou e se encaminhou pisando durem direção ao estábulo, aparentement

alheio ao cobertor que Clark lhestendia e à sela que deixara próximo grade. Os passos longos, rápidos

audíveis no chão pavimentado ecoavampelo corredor.Clark rilhou os dentes enquanto

observava partir.– Espero que não esbarre em

nenhum de seus homens seja qual for caminho que esteja tomando – diss

com visível apreensão.

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– Por quê? – perguntou Keelyaliviada com o fato de Boone não tedito mais nada.

De repente, se ouviu uma vodistante, um xingamento grosseiro e som de água espirrando.

– Ah, Deus! – disse Clark pesaroso.Keely observou o corredor. Um

caubói alto e todo molhado entrou n

estábulo, espalhando água enquantcaminhava. O homem resmungavquando ergueu o olhar para se deparacom Keely e Clark e fez uma careta.

– O que aconteceu com você, Riley– perguntou Clark curioso.

O caubói lhe dirigiu um olhar severo

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– Fiz um comentário sobre o belcasal que você e a srta. Keely formavam– disse ele na defensiva. – Boone m

ergueu e me atirou no bebedor doanimais.

Clark trocou um olhar com Keely

Ela teve de morder o lábio inferior parsuprimir uma risada enquanto o caubócruzava o corredor do estábulo

reclamando da roupa limpa que usava que teria de ir direto para a máquina davar. Ele se dirigiu à porta dos fundos

em direção ao alojamento do

funcionários.– Pobre rapaz! – disse Keely

erguendo o olhar. – Seu irmão tem um

emperamento muito explosivo.

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– Sim. – Clark inspirouprofundamente. – Bem, não foi tãruim quanto eu esperava – acrescentousorrindo. – Vamos para o nossagradável passeio a cavalo, fingindo qumeu irmão gosta de você e mal pod

esperar para recebê-la em nossa família– Otimista – disse Keely, sorrindo.

BOONE HAVIA  partido quando os doiretornaram da preguiçosa cavalgadpelo rancho, mas Winnie estavacabando de estacionar o carro n

garagem. Ela dirigia um gracioso carresportivo vermelho que considerava seuorgulho e alegria pelo fato de esta

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pagando pelo veículo com o própridinheiro.

Ao deixar a garagem, Winniestampava uma expressão tensa nrosto. Nem ao menos notou Clark Keely a princípio, não até passar pel

estábulo.– O que há de errado com você?

questionou o irmão.

Winnie estacou e relanceou um olhavazio aos dois.– O quê?– Perguntei o que há de errado com

você – repetiu Clark enquanto os doise aproximavam de Winnie.

– Teve um dia ruim no trabalho?

perguntou Keely.

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– Tive um pequeno desentendimentcom Kilraven – resmungou ela emresposta.

As sobrancelhas de Keely arquearam– Que tipo de desentendimento?As feições de Winnie se contraíram.

– Não mencionei o dez-trinta e doienvolvido em um dez-dezesseis físico explicou ela, descrevendo

possibilidade de uma arma de fogestar envolvida em uma brigdoméstica. – A pessoa que telefonoudisse que o marido de uma mulheestava bêbado, que a surrara na frentdos filhos e estava apontando umpistola para a cabeça dela. O telefon

ficou mudo e eu acionei Kilraven

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Havia acabado de refazer comunicação com a pessoa que ligou e escutava enquanto passava anformações. A pessoa estava histérica

portanto me atrapalhei e não mencionea arma. Quando Kilraven chegou a

endereço que lhe forneci, descobriuuma Colt automática .45 apontada parseu rosto.

Keely ofegou.– Ele foi baleado?– Não. Mas não graças à minh

eficiência – disse Winnie arrasada. – Euambém devia ter relatado um dez-três

um dez-trinta e três, pedindo parsilenciar o rádio enquanto ele entrav

na casa. Confundi tudo. Foi meu

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primeiro plantão sem o instrutor, simplesmente estraguei tudo! Minhsupervisora disse que eu poderia tecausado a morte de alguém e estavcerta. – Ela caiu em prantos. – Kilravenpediu reforço e convenceu o homem

argar a arma, Deus sabe como. Depoique o homem foi levado em custódipara o centro de detenção, Kilraven m

elefonou de seu celular e disse que, seu voltasse a acioná-lo para umchamada e omitisse detalhes vitais docorrência, faria com que mdemitissem.

Keely a abraçou, sussurrandpalavras de conforto, enquanto Clar

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he dava palmadas leves no ombroafirmando que tudo aquilo iria passar.

Winnie assoou o nariz e limpou aágrimas.

– Vou pedir demissão da delegacia do 911 e voltar para casa – disse, com

um soluço. – Sou um perigo! Kilravendisse que eu estava tomando o empregde outra pessoa que talvez estivess

precisando desesperadamente. Dissambém que mulheres ricas que ssentem entediadas deveriam encontraoutra maneira de se divertirem.

– Isso foi grosseiro – resmungouClark. – Terei uma conversa com ele.

Winnie ergueu o olhar ao doce irmã

através de uma cortina de lágrimas.

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– Está brincando? Kilraven faz Boonparecer civilizado.

– Bem, então poderíamos pedir parBoone conversar com ele – sugeriuClark.

No momento em que Winni

começava a responder, um carro dpatrulha de Jacobsville surgiu voandpelo caminho que levava a casa e freou

cantando pneu em frente ao estábuloUm homem alto, de cabelo preto aparência imponente, saiu do carro caminhou com passos decididos emdireção aos três.

– Uh-oh – sussurrou Winnieempalidecendo.

– Quem é esse? – perguntou Clark.

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Winnie inspirou profundamente.– Kilraven – disse em tom de vo

enso.

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Capítulo 4

WINNIE PARECIA  uma carpideir

profissional. O cabelo loiro sencontrava revolto pelo vento e os olhonjetados pelo pranto.

– Tudo bem – disse tentando evita

problemas enquanto Kilraven estacavaassomando sobre ela. – Não precisavpercorrer todo esse trajeto apenas par

me dizer que estou demitida. Vou

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apresentar minha demissão amanhpela manhã.

Kilraven apoiou uma das mãos sobro cabo da arma que se encontrava ncoldre e baixou os olhos cinza faiscantepara encará-la.

– Quem lhe pediu para se demitir?– Você disse que era isso que eu

deveria fazer – acusou-o Winnie, com

uma nova leva de lágrimas a lhe rolapelo rosto. – Que eu deveria deixameu cargo na polícia para que pessoaqualificadas o ocupassem.

As feições de Kilraven se contraíramAquelas lágrimas eram reais. Havia sidntimado a vir até ali por seu superior,

chefe da polícia de Jacobsville, Cash

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Grier, protestando durante todo rajeto, por pensar que Winnie estav

representando o papel de vítima parnspirar compaixão. Mas aquilo não ereatro. Ele sentiu a raiva se dissolve

como as lágrimas que caíam do rosto d

Winnie no chão quente.– Eu poderia tê-lo matado – diss

Winnie com os olhos vermelhos

começou a chorar outra vez. – Aquelhomem estava apontando uma armpara sua cabeça.

Os dentes perfeitos de Kilravenrilharam.

– Não estava carregada.Winnie o encarou através da névo

de lágrimas.

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– O quê?– Não estava carregada – repetiu

Kilraven. – Ele estava muito alcoolizadpara perceber que a arma estava sem pente.

– Ainda assim, não teria uma bala n

câmara? – perguntou Winnie.Kilraven deu de ombros.– Não importa.

Winnie franziu a testa.– Não importa? Por quê?O policial inspirou profundamente.– Ele não poderia se lembrar com

destravá-la. – Winnie se limitava encará-lo sem nada dizer. – Mapoderia ter terminado em tragédia

continuou ele, em tom de voz calmo.

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Quero dizer, se ele conseguisse de fatdisparar aquela maldita coisa… Deixou a frase morrer.

Mais uma vez, Winnie assoou o narie limpou as lágrimas.

– Eu sei.

– Eles a atiraram naquelatendimento às emergências, sem umreinamento decente – Kilraven

resmungou. – Qualquer funcionário dserviço de emergência da polícia duma cidade grande passa por umprograma de treinamento. Bem, município de Jacobs tem um também. Kilraven concedeu. – Mas o diretor nãa levou a sério, pensou que não estav

querendo de fato trabalhar no 911, j

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que trabalha em tempo integral parnós na delegacia. Portanto, colocou-apenas como assistente de uma daatendentes permanentes e a deixouevar isso adiante. Pensou que voc

fosse desistir depois de alguns dias, qu

havia aceitado o trabalho apenas poestar entediada em casa e que achavque fosse divertido trabalhar para

serviço de emergência. Tive uma longconversa com o diretor antes de vir parcá.

– Teve? – Winnie estava fascinadamas hesitou. – Você não o agrediu oucoisa parecida?

– Não costumo agredir as pessoas

retrucou o policial alto em tom de vo

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áspero.– Não é o que Harley Fowler diz

sibilou Keely.Kilraven lhe dirigiu um olhar furioso– Aquele cara me apontou uma fac

e ameaçou cortar meu… Bem, esqueç

do que ele me ameaçou, mas estaventando me furar com a faca. Er

nocauteá-lo ou lhe dar um tiro.

– Quantos pinos tiveram de colocana mandíbula de Harley Fowler? Keely refletiu em voz alta.

– Foi melhor do que ter de extraiuma bala. – Kilraven protestou. – E seo que estou dizendo. Tive de extrairês balas do meu corpo ao longo do

anos, juntamente com muitos estilhaço

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e também tenho dois pinos de aço. Opinos são menos doloridos.

Winnie o estudava, curiosa.– Não lhe direi onde estão – diss

Kilraven. – E que vergonha esses seupensamentos!

Winnie corou.– Não sabe o que estou pensando.– Uma ova que não sei. – Kilraven

resfolegou. – Meu bisavô era um xamde mão cheia, que conseguia lementes.

– Não é isso que Harley Fowler dissque ele era. – Keely interveio.

Kilraven lhe dirigiu um olhaexasperado.

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– O que Harley Fowler sabe sobrmim? Nunca sequer o conheci!

– Ele não o conhece, mas joga pôque

com Garn Grier, que trabalha com JonBlackhawk, que é seu meio-irmão explicou Keely.

– Maldito FBI! – xingou Kilraven.– Harley não pertence ao FBI.

Winnie lembrou.

– Mas Garon e meu irmão pertencem– retrucou ele. – E é melhor elepararem de contar mentiras sobre mime minha família.

– Jon é   da sua família – retrucouWinnie. – E Harley não contoumentiras. Disse que seu bisavô s

enfureceu com um xerife loca

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ambuzou-o com carne fresca e o atiroude cabeça em um covil de lobos.

– Bem, o covil de lobos estava vazino momento. – Kilraven defendeu ancestral.

– Sim, mas seu bisavô não sabi

disso. – Keely soltou uma risada.Kilraven lhe fez uma careta.– Não ouviu isso de Harley Fowler

sim de Bentley Rydel.Keely corou.Kilraven atirou as mãos para o alto.– Leva-se um cachorro a

veterinário, esperando que ele lhprescreva remédios e, em vez disso, elextrai informações pessoais d

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ndivíduo e as espalha por toda comunidade.

– Não pode se juntar à família se nãconhecermos tudo sobre você. – Clarnterveio.

Kilraven franziu a testa.

– Que família? – perguntoudesconfiado, relanceando o olhar Winnie, que corou do mesmo jeito qu

fizera Keely.– A família Jacobsville – respondeuClark. – Não somos uma cidade e simuma imensa família.

– Você não mora em Jacobsville sim em Comanche Wells – argumentouKilraven.

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– Que é uma extensão de Jacobsville você está evitando o assunto – dissClark com um sorriso maroto.

A boca grande e sensual de Kilravense curvou em um leve sorriso.

– Estou fora. Não quero fazer part

de uma família.– Com esse tipo de atitude, não m

preocuparia com isso – disse Winni

entre dentes cerrados.Kilraven estacou para encará-la.– Seu diretor conversará com voc

pela manhã sobre intensificar seu

reinamento. Ele fará isso pessoalmenteNem eu nem o pessoal de resgate ou dpolícia queremos vê-la demitida. Voc

em talento para a função – dizend

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sso, ele girou nos calcanhares e voltoupisando duro para o carro da patrulhaEscorregou para trás do volante, ligou motor e disparou pelo caminho de ondviera, sem acenar ou dizer qualqueoutra coisa.

– Bem, ele parece uma boa pessoa. Clark teve de admitir.

– Ele parece assustador também

opinou Keely, observando Winnie, qusorria através das lágrimas.– Talvez eu não seja uma caus

perdida afinal.Keely a abraçou.– Definitivamente não é uma caus

perdida – afirmou, soltando um

risada.

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– Bem, acho que vou entrar e ver sencontro alguma coisa para comer… Winnie estacou, alternando o olhaentre os dois. – O que vocês estãfazendo juntos?

– Enlouquecendo Boone

respondeu Clark com um sorrisravesso.

– Importa-se de explicar como?

questionou a irmã.– Convidei Keely para andar a cavalcomigo e Boone estava no estábulquando chegamos juntos de carro.

– Então é por isso. – Winnicomeçou, pensativa.

– Por isso, o quê? – Keely quis saber.

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– Por isso que meu irmão estavsentado no carro, no acostamento destrada, com o veículo da patrulha d

Departamento de Segurança Pública dTexas atrás dele, com um policiaestadual dentro, solicitand

nformações sobre mandados de prisão– Como soube o que eles estavam

fazendo? – perguntou Keely.

– Por que eu consulto placas dveículos o tempo todo para os policiaiestaduais e para a polícia local respondeu ela.

– O que Boone estava fazendo? perguntou Clark hesitante.

Winnie soltou uma risada abafada.

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– Ensinando novas palavras apolicial estadual ao que parecia. Nãousei parar para perguntar.

– Oh, Deus! – exclamou Keelyrelanceando o olhar a Clark.

– Pare com isso! – ordenou o amig

com voz firme. – Não é da conta dBoone se a convido para vir aqucavalgar.

– Não deveria ser – disse Winnie armão. – Mas ele fará com que sejaBoone acha que Keely é muito jovempara sair com homens. Quaisquer qu

sejam.Os olhos de Clark quase saltaram da

órbitas.

– Ela está com quase 20 anos!

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– Claro que está. – Winniconcordou com voz suave. – Mas nãpara Boone. Ele pensa que Keely aindé aquela menina de tranças tentandensinar seu cachorro a buscar o jornal.

– Não desenterre isso. – Keel

gemeu.– Foi na época em que seus pai

alugaram aquela casa na estrada

enquanto a que compraram estavsendo reformada. Você devia ter uns 1anos. Aquele cachorro era ótimo embuscar jornais – comentou Winnie. Apenas achava mais fácil lhe trazer ornal de Boone, que encontrava n

portão da frente, do que pegar o seu n

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caixa do correio na calçada em frente sua casa.

– Boone gritava comigo. – Keelrecordou, experimentando um tremor.

– Boone grita com todo mundo embrou Winnie.

– Com quase todo mundo – corrigiuClark.

As sobrancelhas de Keely s

ergueram.– Quase?– Não surte nenhum efeito quand

ele grita com Bentley Rydel, certo? retrucou Clark com uma risada baixa. Winnie me contou – acrescentouquando Keely pareceu confusa.

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– Bentley não teme ninguém – dissela. – Ele tem sido muito bom parmim.

– Se ele não fosse tão mais velhodiria que ele tem uma queda por você disse Clark. – Mas ele é ainda mai

velho do que Boone.– Acho que sim – concordou Keely.– Que tal almoçarmos? – perguntou

Winnie após um instante de silêncio. Teremos de fazê-lo, porque nossa sraohnston está de folga hoje, mas poss

preparar uma salada e Keely fazer pã

de verdade.– Adoraria comer pão feito em casa

– Clark suspirou. – As merendeira

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costumavam fazê-los na escola quandeu era criança.

– Importa-se de fazer? – perguntouWinnie à melhor amiga.

Keely sorriu.– Claro que não. Adoro cozinhar.

Aquilo também lhe daria umdesculpa para não ter de voltar parcasa por algum tempo. Em breve, a mã

acordaria de ressaca, como sempre, e evaria à loucura. Com um pouco dsorte, talvez Carly fosse até lá e a levasspara um passeio, já que era sábadoAquilo lhe proporcionaria uma adorávenoite sozinha se não fosse chamadpara alguma emergência na clínic

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veterinária. Algo de que raramentdesfrutava.

OS TRÊS  trabalhavam em um silênciamistoso enquanto providenciavamuntos um almoço frugal. Keely separou

um pouco da massa que estava usandpara fazer os pãezinhos e adicionoumanteiga, nozes pecan, canela e açúcapara fazer rolinhos de canela para sobremesa. A salada de macarrão dWinnie teve tempo para esfriaenquanto a massa crescia. Dentro d

uma hora, Keely tinha pãezinhos sobra mesa e rolinhos de canela assando nforno, enquanto comiam a salada d

macarrão e frutas frescas.

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Boone chegou no meio do banquetmprovisado. Estacou à soleira da porta

com as narinas se dilatando.– Estou sentindo cheiro de pão fresc

– comentou, franzindo a testa. – Onddiabos conseguiram pão fresco? H

alguma padaria na cidade que eu nãconheça.

– Keely os fez – resmungou Clark s

servindo do terceiro pãozinhbesuntando-o de manteiga. Huummm! – acrescentou, fechando oolhos e gemendo diante do sabodelicioso.

– Ganhou uma multa? – perguntouWinnie, tentando despistar o irmão d

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olhar penetrante que fixava em Keely que a fazia se remexer na cadeira.

– Multa por quê? – perguntouBoone, vasculhando no armário ondguardavam as porcelanas para pegar umprato.

– Por excesso de velocidade retrucou ela.

Boone pousou o prato sobre a mesa

pegou talhares e um guardanapo. Emseguida, se serviu de uma xícara de cafda cafeteira e se sentou com os outrorês. O coração de Keely já s

encontrava aos pulos dentro do peito ela teve de se esforçar para aginormalmente diante da proximidad

daquele homem.

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– Recebi uma advertência respondeu ele com voz tensa.

– Minha amiga Nora é escreventudiciária interina do município.

Winnie lembrou. – Se recebeu ummulta por excesso de velocidade

passará pelo departamento dela e Norme contará.

Boone retorceu os lábios.

– Recebi uma pequena multa.– Só há um tamanho de multa Winnie contrapôs.

Boone a ignorou, esticando a mãpara um pãozinho. Em seguida, passoumanteiga e deu uma mordida na massfofa. A mesma expressão de Clark s

estampou em seu rosto. A cozinheir

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que trabalhava para eles, a sraohnston, não sabia fazer pães caseiros

embora fosse uma excelente cozinheira– Sobrou um pouco de salada – diss

Winnie, empurrando a tigela emdireção a ele.

– Onde aprendeu a fazer pãezinhos– perguntou ele a Keely, parecendmuito interessado na resposta.

– Quando morava com meu pai, eladministrava uma grande reservanimal. Um de seus empregadoemporários fora militar e viajara poodo o mundo. – Keely recordou. – El

era um chef gourmet. Ensinou-me fazer pães e doces franceses quando eu

inha 12 anos.

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– Que tipo de animais seu pai criava– Boone insistiu.

– Os mais comuns – retrucou elasem lhe sustentar o olhar. – Girafaseões, macacos e um elefante.

– Leões africanos?

Keely anuiu.– E um leão da montanha

acrescentou. – Ninguém percebeu qu

as juntas dos dedos com que elsegurava o garfo se tornaram brancas.– Eles são agressivos – disse Boone.

Um dos meus funcionários teve dseguir um e matá-lo quando trabalhavno Arizona, alguns anos atrás. O animaestava dizimando o gado. Ele contou

que o leão matou um de seus cachorro

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farejadores antes que ele pudessacertá-lo com um tiro.

– Eles tendem a ser agressivos como maioria dos animais selvagens concordou ela. – Não fazem isso pomal. São apenas animais selvagens

Fazem o que fazem.– Qual era sua função na reserva?

murmurou Boone.

– Eu alimentava e dava água aoanimais e verificava se as cancelaestavam trancadas, à noite, para queles não fugissem – respondeu Keely.

– Não era uma tarefa adequada uma criança de 12 anos – comentouele.

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– ramos apenas meu pai e eu retrucou ela. – Exceto pelo velhBarney. Ele era aleijado. Havia caçad

um leão que matara um homem nÁfrica e o animal o atacou. Ele perdeuum braço e um pé na luta.

– Ele guardou a pele quando matou? – perguntou Boone.

Keely exibiu um leve sorriso.

– Fez um tapete dela que lhe servide colchão todas as noites. Quandpartimos, Barney ainda o carregavconsigo.

– Os pãezinhos estão bons – dissBoone de repente.

– Obrigada – agradeceu Keel

ímida.

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– Poderia arranjar um emprego dcozinheira – comentou ele.

Keely franziu a testa.– Por que eu deveria abrir mão d

rabalhar com Bentley?A expressão amistosa de Boon

eclipsou.– Deus sabe.Winnie dirigiu um olhar penetrant

ao irmão, mas ele o ignorou. Em vedisso, lhe estudou o rosto e franziu esta.

– Esteve chorando – disseabruptamente.

– Por quê? – Winnie empalideceuNão queria falar sobre o assunto.

– Por quê? – insistiu ele.

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Winnie sabia que seria inútil tentaesconder o ocorrido de Boone. Alguéminha de contar a ele afinal.

– Quase matei Kilraven – confessouela, pousando o garfo.

– Como?

– Atrapalhei-me e esqueci dpreveni-lo de que o homem envolvidem uma briga doméstica estava armad

– explicou em tom de voz calmo. – Parsorte de Kilraven, a arma estava sempente e o homem não conseguiudestravá-la.

– Para sorte dele – prosseguiu Clark– Se tivesse atirado em Kilraven, teride esperar o julgamento no hospital.

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– Isso iria depender do lugar que elo alvejasse – retruvou Winnie.

– Kilraven é feito de aço. – Keel

brincou. – Nenhuma bala conseguiriperfurar aquela couraça.

– Ela tem razão. – Clark concordou

com uma risada abafada. – Serinecessário uma bomba para lhe causauma pequena rachadura.

Ninguém percebeu que Boone sencontrava com a postura tensa e oolhos fitando, vazios, o espaço. Aexpressão estampada neles seri

reconhecida de imediato por qualqueveterano de guerra. Mas ninguém nfamília estivera no exército, a não se

Boone.

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Porém, Keely percebeu. Sabia quBoone estivera na linha de frente dguerra, como soldado das ForçaEspeciais. Sabia que ele recordava algaterrorizante. Sabia disso, porquambém possuía recordaçõe

enebrosas. Sem dizer uma palavra, seuolhos comunicaram aquelconhecimento ao homem taciturno d

outro lado da mesa. Boone franziu esta e desviou o olhar.Quando terminou o café, ele s

ergueu.– Tenho alguns telefonas a dar

murmurou.– Keely fez rosquinhas de canela

disse Winnie. – Não quer uma?

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Boone exibiu uma hesitaçãncomum.

– Leve-me uma no escritório comoutra xícara de café, está bem?

– Claro. – Winnie concordou.– Não. – Os olhos escuros de Boon

se fixaram em Keely. – Quero que voceve.

Antes que ela pudesse responder

Boone se retirou da cozinha.– Ora! – exclamou Clark surpreso.– Ele está disposto a esganar alguém

– disse Winnie em tom solene. – Booné um horror quando não tem ninguémpara acalmá-lo. Se desaprova seuencontros com Clark, tornará sua vid

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um inferno. Eu levarei a sobremesdele.

– Não – discordou Clark desviando olhar a Keely. – Tem de parar de temêo e enfrentá-lo – disse ele. – Essa

uma boa oportunidade para começar.

Keely empalideceu, hesitando olhando para Winnie na esperança dque a amiga a salvasse.

Mas Winnie também hesitava, com esta franzida.– Talvez Clark tenha razão – diss

após alguns instantes. – Boone sabe quvocê tem medo dele e usa isso contrvocê.

Keely mordeu o lábio inferior.

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– Suponho que esteja certa. Sou umfraca.

– Não, não é – respondeu a melho

amiga, sorrindo. – E esta é sua chancde provar.

– Com seu escudo ou sobre ele.

Clark entoou dramático.Keely lhe lançou um olhar furioso.– Não sou espartana.

– Uma amazona, então. – Clarconcedeu com um sorriso travesso. – Vaté ele.

– Estaremos bem aqui – prometeu

Winnie. – Pode gritar por socorro remos correndo.

Keely tinha suas dúvidas sobre isso

Winnie e Clark amavam Boone, ma

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nenhum deles nunca fora páreo para emperamento do irmão. Se gritasse po

socorro, presumiriam que Boone estavespumando de raiva e pronto para umbriga. Certamente se esconderiam soalguma peça de mobília rústica

entando passar despercebidos. Aindassim, o que diziam fazia sentido. Elestava com quase 20 anos. Era hora d

aprender a enfrentar um confronto.Keely encheu uma xícara de café retirou os rolinhos de canela do fornoColocou dois deles em um pires adicionou um guardanapo antes drelancear um olhar à plateia.

Clark fez um gesto de encorajament

com a mão.

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– Vá em frente! – Winnie estimulouKeely poderia lhes devolver um

resposta adequada, mas sentia coração bater na garganta. Incomodavaa o fato de Boone ter pedido que ela lhevasse a sobremesa. Considerando

reação que ele tivera à sua amizade comClark, devia estar tramando algumcoisa.

KEELY BATEU à porta, nervosa.– Entre – disse Boone conciso.Equilibrando o pires com os rolinho

e a xícara de café, ela abriu a portdesajeitada e a fechou com as costasquando se encontrava dentro d

escritório.

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Era uma sala pequena aconchegante, com estantes do chão aeto que ocupavam duas paredesanelas francesas que se abriam para um

pequeno pátio e uma lareira artificial. Ocarpete era bege escuro, as cortinas em

ons terrosos. Mas a mobília era emcouro vermelho, como se neutralidade das tonalidades d

ambiente exigisse um toque de corBoone parecia muito à vontadesentado em uma enorme cadeirestofada em couro vermelho, atrás duma ampla mesa de carvalho maciçoSobre a cornija da lareira se encontravuma pintura do pai de Boone. Um

profecia de como ele ficaria quand

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estivesse mais velho, com cabelgrisalho e uma expressão distinta autoritária.

– Você se parece com ele. – Keeldeu voz ao pensamento, enquantpousava o café e o pires com

sobremesa em um ponto livre da mesarepleta de papéis. As mãos sencontravam frias e trêmulas, fazendo

xícara tiritar contra o pires. Esperavque Boone não tivesse percebido.– Pareço? – Ele relanceou o olhar a

retrato. – Meu pai era uma cabeça maibaixo que eu.

– Não se pode avaliar a altura emuma pintura – argumentou ela.

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Não queria discutir, portanto sencaminhou à porta.

– Volte aqui – disse Boone conciso

Aquilo não era um pedido.Era agora ou nunca. Keely inspirou

profundamente e girou.

– Winnie está esperando por mim.– Winnie? – perguntou Boone com

um sorriso cínico. – Ou Clark?

Keely engoliu em seco. As mãocomeçaram a tremer outra vez. Ela aevou à cintura para disfarçar.

– Os dois – concedeu.

Boone se inclinou para trás ncadeira, ignorando os rolinhos e o café.

– Você e Clark se relacionam com

rmãos há anos. Por que a paixã

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repentina?– Paixão? – repetiu ela.– Ele a está paquerando. Nã

percebeu? – perguntou Boonsarcástico.

– Fomos passear a cavalo

argumentou ela. – Há muitas coisampossíveis de se fazer sobre o lomb

de um cavalo.

As sobrancelhas de Boone formaramdois arcos.– É mesmo? Que tipo de coisas?Sabendo que ele a estav

provocando, Keely lhe dirigiu um olhafurioso.

– Disse que queria rosquinhas d

canela e café. Aí estão.

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Mais uma vez, Keely se encaminhouà porta.

Era incrível a velocidade com qu

aquele homem conseguia se deslocar

pensou ela, entontecida, ao se deparacom Boone à porta antes que pudess

alcançá-la. Keely teve de estacaabruptamente para não colidir comaquele corpo forte e esguio.

Boone girou de modo que as costade Keely ficassem contra a porta. Oolhos escuros se estreitaram quandbaixaram para encará-la. Ela parecia umcoelho pequeno, delicioso decididamente assustado.

Boone percebeu-lhe o tremor e um

sorriso lento lhe curvou os lábio

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enquanto seus olhos faiscavam.– Está com medo de mim – disse em

om de voz grave e lento.As mãos de Keely se espalmaram

contra a porta, atrás das costas, em umentativa de se fundir à madeira maciça

Boone estava muito próximo. Podisentir o calor que emanava daquelcorpo musculoso e alto, a fragrânci

refrescante e pungente dele, enquantse aproximava cada vez mais.Agora ele tinha a vantagem e sabi

disso. Ela cometera um erro estúpidoentara fugir.

– Você não tem medo de Clark ouBentley, certo? – insistiu ele.

– Os dois são ótimas pessoas.

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Um som curto e áspero escapou dgarganta de Boone.

– E eu não sou?Keely deixou escapar um suspir

rêmulo. Os olhos não conseguiam serguer além do primeiro botão d

camisa de Boone, que se encontravaberto. Os pelos espessos, escuros crespos se esgueiravam pela abertura

ela imaginou se haveria mais cobrindo peito largo e musculoso sob o tecido dcamisa. Boone não exibia o torso, ousequer desabotoava mais do que primeiro botão da camisa. Aquilaguçava a curiosidade de Keely. Seupensamentos a surpreendiam. Nã

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pensava daquela forma sobre umhomem há muito tempo.

Boone reconheceu o medo que elsentia no momento. Uma das mãoongas roçou o rosto de Keely antes dhe afastar mexas do cabelo loiro sedos

para trás. Um gesto sensual o bastantpara fazê-la estremecer. Não conseguiocultar sua reação àquele homem. Nã

inha tal experiência.Aproveitando aquela vantagem, else inclinou e roçou o narivagarosamente contra o dela em umcarícia estranha e íntima que a feprender a respiração.

– Você cheira a lilases – sussurrou

ele. – É uma fragrância que nunc

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reconheci em nenhuma outra mulher.– É apenas o xampu – disparou

Keely. Sentia-se envergonhada nervosa. Não entendia ao certo o quBoone estava fazendo. Seria isso umassédio sexual? Não se recordava de te

sido tratada daquele jeito por nenhumhomem.

– É mesmo? – Boone mudou d

posição alguns centímetros, o suficientpara que as pernas longas entrassem emcontato com as dela em uma intimidadque Keely nunca tivera com nenhumhomem.

Em um gesto instintivo, as mãopequenas se espalmaram no peito larg

e ela o empurrou com força.

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Boone recuou com uma palavrgrosseira. Os olhos escuros pareciamduas labaredas ao encará-la.

– Pensa que eu a estava assediando– Desafiou em tom de voz tenso. – Serimuita sorte de sua parte! Não perc

meu tempo com crianças. – Keelestava tremendo. Toda a postura dBoone refletia ameaça e a expressã

estampada naquele belo rosto era leta– Diabos! – Boone explodiu, furioscom a própria fraqueza e a reação fride Keely. Ela não passava de umpingente de gelo.

O lábio inferior de Keely estavrêmulo. Boone a assustava àquel

ponto. Ela ainda ligava a raiva

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violência física, graças a um amigo dpai. Em um gesto involuntário, Keely sencolheu quando ele levantou a mão. Omedo evidente fez a raiva de Boonaumentar. Ele estacou por um instanteperplexo. O que estava percebend

nela, sem que uma palavra fosse dita, fascinava. Keely realmente o temia. Nãdevido ao seu ardor, mas ao seu

emperamento. Ela achava que erguera mão para agredi-la. O que lhsuscitava um questionamentpreocupante: teria algum homem agredido no passado?

– Eu ia abrir a porta – disse ele emum tom de voz totalmente diferente

Um que costumava usar com crianças.

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Não bato em mulheres. Isso é umcovardia.

Keely forçou os olhos a encará-loNão poderia contar a ele. Guardavantos segredos. Havia pesadelos em

seu passado.

Boone franziu a testa. Os dedos lhocaram o rosto com extrem

suavidade. Em seguida, os moveu at

he traçar o contorno da boca maciantes de lhe tocar o cabelo.– O que aconteceu com você?

perguntou no tom mais suave quamais usara com ela.

Keely lhe sustentou o olhar.– E o que aconteceu com você?

confrontou ela com um fio de voz.

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– Comigo?Keely anuiu.– Quando Clark mencionou bombas

você ficou paralisado e seu olhar estavatormentado.

A expressão no rosto de Boone s

alternou de suave para indiferente emquestão de segundos. Ele a estavdispensando.

– É melhor voltar para perto dooutros – disse Boone, abrindo a portpara ela e se afastando para o lado.

Keely transpôs a soleira, hesitantecomo se ficasse algo inacabado entreles.

– Obrigado pelo café e a sobremesa

agradeceu ele com voz tensa e fechou

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porta, antes que ela dissesse qualqueoutra coisa.

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Capítulo 5

BOONE SAIU  do escritório uma hor

depois e partiu sem dizer uma palavraKeely, Winnie e Clark estavam vendum filme novo em pay-per-view dividiram uma pizza, antes de Clar

evá-la para casa de carro. Boone aindnão havia chegado.

Keely não costumava te

premonições, mas agora uma a assolava

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Estava escurecendo e, quando saproximaram da residência Welsh, elregistrou duas coisas. Não havia luzeacesas na casa e o carro do adjunto dxerife do município de Jacobs sencontrava parado no caminho qu

evava a casa.– Oh, Deus! – murmurou Keel

emerosa, segurando a maçaneta d

porta.Preocupado, Clark saltou do carro caminhou ao lado dela em direção axerife, que também saiu do própricarro quando a viu se aproximar.

– Sinto muito, senhorita – disse elcom uma postura calma. – Mas nã

conseguimos contatá-la por telefone

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houve… Bem… Uma espécie demergência.

– Aconteceu alguma coisa comminha mãe? – perguntou Keelnervosa.

– Não exatamente. – O adjunto, um

homem gentil, tinha uma expressãpesarosa. – Ela está no Shea’Roadhouse – acrescentou, se referind

ao famoso bar, na Victoria Road. – Estmuito bêbada, quebrando garrafas e srecusando a partir. Gostaríamos qunos acompanhasse para ver se consegurazê-la para casa antes que sejamo

forçados a prendê-la. – Ele, como maioria dos moradores do município d

acobs, sabia que a fortuna de Ell

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minguara, mesmo que Keely nãsoubesse. Ela não teria dinheirsuficiente para pagar a fiança da mãe.

– Vou agora mesmo – concordouKeely.

– Vou levá-la de carro e ajudá-la

razê-la de volta para casa. – Clark sofereceu sem que fosse preciso lhpedir.

Keely sorriu para o adjunto do xerife– Obrigada.O homem deu de ombros.– Eu costumava ter de arrastar meu

velho dos bares – disse ele. – Foi posso que entrei para a polícia quand

cresci. Vou seguir seu carro, para o cas

de haver mais problemas.

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– Obrigada.– Faz parte de meu trabalho, não h

o que agradecer.

QUANDO CHEGARAM  ao Shea’s, Ellestava berrando a todos pulmões

segurando uma garrafa de uísque vaziacima da cabeça, enquanto o dono dbar se encontrava agachado em umcanto.

– Pelo amor de Deus! – exclamouKeely, se aproximando da mãe, comClark e o adjunto do xerife em seu

encalço. – O que está fazendo?Ella reconheceu a filha e lentament

pousou a garrafa sobre o balcão do bar

Em seguida, estremeceu.

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– Keely. – Em um raro momento demoção, envolveu o pescoço da filhcom os braços e se agarrou a ela como uma tábua de salvação. – O qufaremos? – soluçou. – Oh, Keely, o qufaremos?

– Em relação a quê? – perguntou elachocada com o comportamento da mãeElla nunca se mostrava afetuosa.

– É tudo culpa minha – disse a mãcom voz engrolada. – Tudo culpminha. Se tivesse lhe contado o que eusabia…

Antes que Keely pudesse exploraaquele comentário enigmático, Ellcomeçou a colapsar.

– Ajudem! – gritou Keely.

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O adjunto do xerife e Clark cercarama mulher desfalecida e a ergueram.

– Quer processá-la? – perguntou adjunto do xerife ao dono do bar.

O homem parecia transtornado, maa expressão de Keely o fez se decidir.

– Não, se ela concordar em pagar oprejuízos.

– Claro que pagaremos – retrucou

Keely, alheia à situação financeira dmãe.– Onde está Tiny? – perguntou

adjunto do xerife ao dono do barporque o leão de chácara destabelecimento costumava contesituações como aquela.

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– Ele sofreu uma cirurgia no joelho confidenciou o dono do bar. – Um dnossos voláteis clientes lhe chutou

perna e o deixou fora da ativaGeralmente recorremos a um leão dchácara substituto, mas não consegu

encontrar nenhum. Ninguém, excetTiny, aceita esse emprego.

– Se tiver algum problema, tudo qu

em a fazer é ligar para nós. – disse adjunto do xerife.– Sei disso. Obrigado. – O dono d

bar hesitou, franzindo a testa como s

quisesse acrescentar mais alguma coisamas relanceou um olhar preocupado Keely. O adjunto do xerife era um

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veterano da força policial. Sabia que homem queria lhe dizer algo.

– Vou ajudar os dois a levar a sraWelsh até o carro e depois voltarei parpegar a lista dos danos causados ao seuestabelecimento – prometeu e viu

dono do bar relaxar um pouco.– Está bem. – O homem concordou.

KEELY SEGUIU  o adjunto do xerife Clark, que carregavam sua mãe parfora do bar.

– Você tem um cobertor ou alg

parecido, para o caso de ela vomitar? perguntou a Clark, preocupada. Serierrível se a mãe sujasse o sofisticad

banco traseiro do carro.

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Clark abriu o porta-malas e de lretirou um grande edredom. Emseguida, o estendeu sobre o banco.

– Guardo isso para o caso de ter dransportar Bailey para algum lugar

confessou. – Aquele cachorro não gost

muito de passear de carro.Os dois acomodaram Ella no banc

raseiro do veículo e fecharam a porta

Após trocarem algumas palavras com adjunto do xerife, retornaram residência Welsh e carregaram Ella pardentro, deitando-a em sua cama. Keelomou cuidado para utilizar apenas

braço direito no processo. O esquerdera muito frágil para erguer qualque

coisa.

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– É um peso morto – comentou Clarquando a tinham acomodado.

– Geralmente é – retrucou Keelofegante. Em seguida, franziu a testpara a figura flácida da mãe, que aindrajava calça comprida, uma blusa, um

suéter e tinha os sapatos calçados. Maiarde os tiraria, quando Clark partisse.

Fico imaginando o que a deixou ness

estado? Minha mãe nunca frequentbares, exceto com Carly e mesmo assimnão se embebeda dessa forma.

– Não tenho a menor ideia – dissClark. – Bem, vou voltar para casa acrescentou, sorrindo. – Obrigado poudo.

Keely sorriu.

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– Eu é que lhe agradeço.– Eu lhe telefono.Keely acenou enquanto ele partia. J

estava escuro. Ela voltou para dentroainda intrigada com o estado da mãe.

PORÉM, AINDA  mais mistérios estavampor vir. Retirou os sapatos da mãe e cobriu com uma manta. Despir umpessoa desacordada era um trabalhpesado e já sentia o ombro doer.

Estava assistindo ao noticiário npequena televisão em cores, enquant

colocava uma braçada de roupas paravar, quando bateram à porta.

Na maioria das noites de sábado

havia emergências no trabalho

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frequentemente era chamada parajudar. Porém, o telefone não tocaraNão havia nenhuma mensagem nsecretária eletrônica, exceto por umestranha chamada com nada além destática e um clique. Keely imaginou s

Bentley teria vindo até ali de carro a fimde buscá-la para alguma emergência.

Keely abriu a porta e teve outr

surpresa. O xerife Hayes Carson sencontrava parado na varanda da frente não estava sorrindo.

– Olá – cumprimentou ele. – Possentrar?

– Claro. – Keely segurou a portaberta para que o xerife pudesse entrar

Ele era uma cabeça mais alto do qu

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Keely, tinha cabelo castanho comreflexos loiros, que teimava em formauma onda sobre a sobrancelhesquerda. Os olhos eram escuros pareciam traspassar as pessoas. Na casdos 30 anos, ainda era solteiro

considerado um excelente partido. Maela sabia que Hayes não viera visitá-lno meio da noite por achá-la irresistíve

Keely se encaminhou à televisão pardesligá-la e gesticulou para que o xerifse sentasse em uma cadeira enquanto sempoleirava no braço do sofá.

– Se está aqui para falar sobre acontecimento no bar esta noite… começou preocupada.

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– Não. – O xerife a interrompeu emom de voz suave. – Não exatamente

Teve notícias de seu pai ultimamente?

Keely se mostrou perplexa. Nãesperava aquele tipo de pergunta.

– Na…não – gaguejou ela. – Nã

enho notícias dele desde que mdeixou aqui nesta casa quando eu tinh13 anos – acrescentou. – Por quê?

O xerife parecia estar considerandsuas opções. Em seguida, se inclinoupara a frente.

– Tinha conhecimento de que ele s

envolveu com más companhias antes dpartir?

– Sim – respondeu Keely

experimentando um tremor. – Um do

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amigos dele costumava me bater e mdeixar com hematomas – recordouNunca contara isso a ninguém. – Achque foi a principal motivação para meupai me trazer de volta para minha mãe.

Os lábios sensuais de Hayes s

comprimiram em uma linha fina.– Foi uma pena que ele não estivess

vivendo no município de Jacobs n

época – resmungou o xerife.Keely sabia o que ele queria dizerOuvira rumores de que Hayes ermpiedoso com homens que surravam

mulheres.– Sim, também acho – concordou ela

– Meu pai está envolvido em algum tip

de problema?

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– Achamos que está precisando ddinheiro. Talvez entre em contato comvocê ou sua mãe. Isso é muitmportante. Se ele o fizer, precisa m

comunicar imediatamente. – A voz dHayes soava austera. – Vocês dua

podem estar correndo grande perigo.– Da parte do meu próprio pai?

perguntou ela atônita.

Hayes hesitou por instantes.– Ele não é mais o pai de quem sembra. Não mais.

O pai nunca fora o ideal que elsonhara, lembrou Keely, mesmo quentasse lhe devotar o amor que um painha direito de receber da filha. Podi

se lembrar de ocasiões em que el

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estava doente e o pai a deixava sozinhpara sair nas horas mais impróprias desaparecer, às vezes por dois diaseguidos, enquanto ela e o empregadocavam a reserva animal. Por fim,

vício da bebida e os amigos violentos

apavoravam mais do que jamaiadmitira.

– Ele está envolvido em algo ilega

xerife Carson? – perguntou elapreensiva.A expressão do xerife era a de um

ivro fechado. Nada revelava.– Ele tem amigos que estão – disse

revelando uma pequena parte dverdade. – Esses amigos o estã

pressionando para que consiga um

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dinheiro que seu pai não tem e eleestão desesperados para obterAchamos que talvez ele tenha tentadcontatar sua mãe.

– Por que acha isso? – perguntouKeely devagar.

Hayes deixou escapar um suspiro.– O dono do bar Shea’s disse que Ell

gritava que o marido iria matá-la se nã

he desse dinheiro e que estava falida.O coração de Keely perdeu umbatida.

– Falida? Ela disse que estava falida– exclamou. – Mas ela tempropriedades, recebe aluguéis…

O xerife trincou os dentes. Odiava

fato de ter de ser ele a lhe dizer

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verdade.– Ela vendeu todas as propriedades

provavelmente para pagar as contas dobares – disse com voz tensa. – Um docorretores de imóveis que estava no bana ocasião mencionou isso para mim

Não lhe sobrou nada. Provavelmentdestruiu suas economias também.

Keely se sentiu nauseada. Deixou-s

afundar no sofá e mais uma vez ssentiu magoada. Não era de se admiraque a mãe não quisesse que ela saíssde casa. Ella não podia contrataalguém para fazer os trabalhodomésticos em seu lugar.

– Sinto muito – disse Hayes com

sinceridade.

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– Não, tudo bem – respondeu Keelyforçando um sorriso. – Eu desconfiavaDe vez em quando, minha mãe deixavalguma coisa escapar. – Os olhos verdese encontravam angustiados. Seu saláriminguado mal lhe possibilitava ter um

carro velho e colocar gasolina parrabalhar, quanto mais pagar po

serviços públicos e a manutenção d

casa. O que Hayes lhe contara eraterrorizante.– O que quer que eu faça?

perguntou ela, imaginando o que rouxera ali.

– Quero que me comunique se ouvialgo sobre seu pai – pediu ele com vo

suave. – Há muita coisa em jogo

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Gostaria de poder lhe dizer o que semas não posso.

Keely se lembrou que o amigo do papossuía ficha criminal. Ele se gabaraquando a esbofeteara, de ter mataduma mulher por muito menos do qu

he responder, como Keely fizera.– Pouco antes de eu vir par

acobsville – recordou ela, com a test

franzida. – Um amigo de papai, Jockme disse que matou uma mulher.– Jock? – Hayes retirou um palmto

do bolso e abriu uma tela. – JocHardin?

Keely sentiu o coração perder umbatida.

– Sim. Foi ele quem me agrediu.

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O xerife franziu a testa.– Por que ele a agrediu?Keely inspirou profundamente.– Queimei pãezinhos.Hayes praguejou com raiva e s

desculpou em seguida. Inclinou-se par

a frente e a encarou.– Fez mais do que bater em você?

perguntou.

– Ele queria. – Keely não poderidizer mais nada. Jock havia suspendidsua blusa até o meio do caminho e empurrado, desgostoso. O orgulho mpedia de admitir aquilo para Hayes.

– Ele foi impedido?Keely anuiu. Os olhos verde

fixaram-se nos dele.

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– Sabe onde ele está? Quero dizerele não virá até aqui causar problempara mim ou minha mãe, certo?

– Não sei. Ele está foragido devido uma nova acusação, uma que dividcom seu pai. Não me pergunte qua

Não posso lhe dizer – acrescentou xerife quando ela começou a falar. Basta dizer que podemos colocá-lo em

prisão perpétua se o pegarmos.– E o meu pai? – insistiu ela, comsuavidade.

– Provavelmente terá a mesmsentença. Sinto muito. Seu pai cometeucrimes graves desde que a deixou aquMuito graves. Pessoas morreram.

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Keely sentiu o coração descer para opés. Lembrou-se do pai rindocomprando-lhe um filhote de cachorr

e a levando com ele para a reservanimal, provocando-a devido à afeiçãque ela dedicava a Hilton, o leão d

montanha. Ele não era um homemruim naquela época e lhe tinha afeiçãosempre se mostrava gentil. O homem

dos últimos tempos que ela srecordava era muito diferente. Sofrimudanças violentas de humor. Jocpassara a controlar a vida do pai. E

dela. Keely concluíra, mais tarde, quele provavelmente salvara sua vidrazendo-a de volta a Jacobsville.

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– Ele não era um homem mauquando tinha a reserva animal – dissela. – Tinha uma namorada muit

agradável que me levava à igreja e elnunca caçoava de mim por isso. Essmulher também era nossa contadora

Naquela época, meu pai era religioso, seu modo. Amava os animais, que correspondiam. Era capaz de entrar n

aula do tigre e do leão da montanha acariciá-los. – Keely soltou uma risaddiante da lembrança. – Eleronronavam… – Uma expressã

desolada se estampou em seu rosto. – Ese Jock vier até aqui? – perguntou, comgenuína apreensão. Aquele homem

aterrorizara durante semanas. O pa

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estava tão alheio à realidade que nemmesmo interviera.

O semblante de Hayes endureceu.– Eu o prenderei de modo que el

nunca mais escape – prometeu.Keely relaxou um pouco.

– Ele era cruel comigo.– Teve sorte de Jock não tê-l

matado. – E quando ela anuiu: – Todo

nós a vigiaremos – prometeu o xerifeerguendo-se. – Tracei um plano de açãcom meus adjuntos e a polícia dacobsville enviará reforços para vigiar

clínica veterinária quando você estiverabalhando até tarde. Telefone para

atendente do serviço de emergência

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avise que está a caminho. Nós lhdaremos cobertura.

– Assim o farei. Obrigada, xerifHayes – acrescentou ela, quando sencontravam na porta da frente.

– Sinto muito pelo que aconteceu

com seu pai – disse ele, de modabrupto. – Sei como é isso. Meu únicrmão era viciado em drogas. Morreu

de overdose.Keely sabia. Todo mundo sabia.– Sinto muito por você, também.– Mantenha suas portas trancadas.– Está bem.– Boa noite.– Boa noite.

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Keely o observou partir e, semseguida, trancou a porta e se sentoucedendo ao pranto.

NO DIA  seguinte, a mãe se encontravsóbria e se fechou em uma concha d

silêncio. Keely cozinhou e limpou a cassem fazer nenhum comentárioNenhuma das duas mencionou situação financeira em que s

encontravam. A mãe se mostrava muitalerta e trancava as portas. No entantoquando Keely a questionou por qu

estava fazendo aquilo, não obtevresposta.Carly veio visitá-la na noite da sexta

feira seguinte para levá-la a um bar

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mas Ella estava sóbria e não aceitou.Na sala contígua, conversavam em

om baixo, mas Keely apurava oouvidos e conseguia ouvi-las acima druído suave da máquina de lavar louça

– Vai contar para Keely?

perguntava Carly.– Suponho que terei de contar. – Ell

concedeu, tensa. – Esperava que nunc

fosse necessário – acrescentouarrasada. – Pensei que tudo estavacabado. Rezei para que ele morresseque se mantivesse afastado parsempre.

– Sei como se sente. – Carly afirmou– Mas é tarde demais para isso

Conversou com o xerife, certo?

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– Sim. Contei tudo a ele. O xerifdisse que preveniu Keely de que nóduas talvez estivéssemos correndperigo e que ela devia comunicar-lhmediatamente se tivesse qualque

notícia do pai. – Ella hesitou. – Keel

amava o pai. Sei que ainda o amaapesar de tudo. Talvez não conte ninguém se ele lhe telefonar.

– Ele não é o homem que ela amou retrucou Carly nervosa. – Seria capaz dmatá-la em uma fração de segundo sela se atravessasse em seu caminho. Eaquele homem, o tal de Jock, costummatar pessoas sem nenhuma razão. Éum desalmado.

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– Sim. – Ella concordouexperimentando um calafrio. – Ele veicom Brent trazer Keely até aqui. Aquel

homem não o perdia de vista nem poum segundo e os dois não ficaram pomuito tempo.

– Eu me lembro. – Carly disse. – Ero homem mais assustador que jamais vFez minha pele arrepiar quando pousou

o olhar em mim.– Eles não podem voltar para cá afirmou Ella. – Não me importa quanto estejam encalacrados. Nã

posso lhes dar um dinheiro que nãenho. – Ela tossiu. – Brent quer que eu

venda a casa.

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– Isso é tudo que lhe restou. Nãpode vendê-la!

– Não venderei – disse Ella resoluta

– Mas ele ameaçou…– Contou ao xerife Carson. Ele

vigiarão você e Keely.

O coração de Keely pareceu parar dbater. Teria um dos dois a ameaçadoCertamente não seu pai.

– Jock esteve no exército. – Ellprosseguiu. – Brent disse que ele feparte de algum programa de pacificaçãultrassecreto. Sabe como tortura

pessoas e isso lhe dá prazer. Dissambém que ele ainda tem uma cert

queda por Keely, apesar do qu

aconteceu com ela.

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– O que ele quis dizer com isso? Oque aconteceu com ela? – Carly pensoualto.

– Não sei. Ele não me contou. Seguiu-se um longo silêncio. – Tantosegredos! Eu os guardei de Keely

Brent os guardou de mim. Ao quparece, minha filha também guarda odela. Tantos segredos. Oh, meu Deus

Preciso de um drinque.– Não podemos sair. – Carly sapressou em dizer. – Não agora.

– Tenho uma sobra de uísque retrucou Ella, sonhando com a bebida– Não sei onde está.

– É melhor não beber – disse Carly.

Tem de pensar nas consequências

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Agora, mais do que nunca, precispensar com clareza.

Seguiu-se outra pausa.– Sim, acho que tenho.Keely se sentia entorpecia, com

mente repleta de tudo que escutara

mas não disse uma palavra. Limitou-sa sorrir para Carly quando ela partiu evitou ficar a sós com a mãe, que s

encontrava tão silenciosa quando umgreja. Aquilo era tão atípico que lhdeu arrepios. Era como se estivesspenetrando em sua própria cova.

KEELY FEZ uma tentativa para que a mãse abrisse sobre o pai, mas Ella mudar

de assunto e ligara a televisão par

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ouvir o noticiário. Passara a fazer issodos os dias, como se esperasse algum

notícia em especial. Aquilo deixavKeely nervosa.

Clark apareceu na noite seguinte, nsábado, para levá-la em um de seu

encontros e se mostrou taciturnenquanto se afastavam da casa de Ella.

– O que há de errado com você?

perguntou Keely.Clark lhe relanceou o olhar.– Queria levá-la para San Antoni

para jantar e assistir a uma peça, maBoone disse que não podíamos. – Elfranziu a testa. – Disse que você estenvolvida em algum tipo de problema

não deve se afastar do município.

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Keely ficou com a respiração presa ngarganta. Como Boone ficara sabendoO que ele sabia? E então, se lembrouHayes Carson era seu melhor amigoSaíam juntos todas as semanas parogar pôquer com Garon Grier e Jon

Blackhawk, o meio-irmão do policiaKilraven.

– O que está acontecendo?

perguntou Clark. – O que Boone sabque eu não sei?Keely rilhou os dentes. Não queri

conversar sobre o assunto, mas seribom ter alguém com quem dividir apreocupações que lhe comprimiam peito.

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– Meu pai está envolvido em algumipo de problema e o xerife Carson ach

que eu e mamãe podemos estar em

perigo. Ele quer dinheiro. Ao quparece, telefonou para minha mãe e ameaçou. Ela não quer me contar o qu

ele disse.– Deus do céu! – exclamou Clark

relanceando o olhar ao retrovisor.

Teria isso alguma coisa a ver com o fatde estarmos sendo seguidos?– Seguidos?– Sim. Por um dos carros do xerif

quando a busquei em sua casa e por umcarro da polícia de Jacobsville agora questamos na cidade.

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Keely se lembrou do que Hayes lhdissera e apertou a bolsa que pousarsobre o colo.

– O xerife Carson disse que mvigiariam – confessou. – Acham qualvez eu esteja correndo perigo se sair

noite.– Comigo?– Você poderia estar na linha de fog

ambém, Clark – respondeu elaacabando de se dar conta daquilo. Talvez devêssemos parar de nos ver…

– Não. – A voz de Clark soou firme

– Não vou abrir mão de Nellie. Esse um ótimo plano. Vamos continuarapesar de seu pai. Afinal, ameaças nã

passam de ameaças. Como ele poder

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he fazer algum mal se está cercada popoliciais? – perguntou, sorrindo.

– Não sei.– Estaremos perfeitamente seguros.

afirmou Clark. – Quando Boone dissque eu não poderia levá-la para San

Antonio, telefonei para Nellie e pedpara que viesse de carro até aqui. Eu deixarei na biblioteca local, que fic

aberta até às 21h. Isso me dará algumempo com ela se você concordarFicará segura na biblioteca acrescentou.

Keely sabia disso. A polícia sericapaz de vigiá-la através das inúmeraanelas de vidro se ficasse sentada em

uma das mesas.

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– Está bem – concordou ela.Clark exibiu um sorriso radiante.– Você é a menina mais legal que eu

conheço.– Obrigada.– Estou falando sério. – Ele hesitou.

Não acha que seu próprio pai farialgum mal a você, certo? – acrescentoupreocupado.

– Claro que não – mentiu Keely.– Isso me faz sentir melhor.– Nellie estará segura dirigindo d

San Antonio até aqui e depois voltandosozinha, à noite? – perguntou ela, comgenuína preocupação.

– Ela dirige uma dessas SUV

enormes – explicou ele. – Um trato

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não seria capaz de derrubá-la. E Nelliem um telefone celular pago por mim

Pode telefonar para pedir socorro sprecisar.

– Ela parece muito legal – dissKeely.

– É a melhor coisa que já maconteceu – murmurou ele com umsorriso sonhador. – É uma dinamite n

cama e, quando lhe dou presentes, mdeixa envergonhado com tantgratidão. Os brincos de diamante fizeram chorar.

Keely imaginou se Clark não se davconta do que estava admitindo. Aquelmulher trocava sexo por presentes caro

e ele pensava que isso era amor. Ma

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ela não pensava assim. Percebera ganância no olhar de Nellie quandClark conversara com ela nrestaurante. Os homens são tão obtusos

pensou, tristonha. Até mesmo Boonepor sair com a mulher traidora que

argara às traças quando estava feridono exterior. Aceitara-a de volta em umpiscar de olhos.

– Está muito calada – comentouClark. – Desculpe. Não deveria ter feitaquele comentário sobre Nellie sequente na cama. Acho que considerum pecado o sexo fora do casamento.

– Sim – confessou Keely.– Nosso pai nunca pensou dess

forma – comentou Clark. – El

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apreciava as mulheres. Nunca voltou se casar, mas certamente se divertiubastante. Mas Winnie não aprovava seumodo de vida. É muito parecida comvocê. – Ele lhe relanceou o olhar. Minha irmã não gosta de Nellie.

Clark fez uma careta. – Acho quminha namorada não agrada amulheres – acrescentou. – Tem muito

problemas no emprego. As colegaacham que ela ganha muitas gorjetasDizem que ela manipula a vaidade dohomens para que eles a recompensemgenerosamente. Isso é ridículo!

Não era, mas Keely não daria voz apensamento. Com um pouco de sorte,

medida que Clark convivesse com

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namorada, acabaria descobrindo verdade. O fato de Winnie não gostada moça, significava muito. A amigamava as pessoas e não era possessivcom os irmãos.

– Não se importa em ficar aqu

sozinha? – perguntou Clark quandestacionou diante da bibliotecaTelefonara para Nellie no caminho at

ali.Keely sorriu.– Claro que não. Divirta-se.Clark se inclinou e lhe depositou um

beijo no rosto.– Você é um doce. Eu

recompensarei. Que tal um par d

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brincos de esmeralda? Sei que amesmeraldas…

Keely franziu a testa.– Não quero nada de você, Clark

disse, admirada. – Você é meu amigo!Clark parecia ter sido atingido po

um golpe na cabeça.– Mas você ama esmeraldas

nsistiu.

Keely se inclinou para a frente e lhbeijou o rosto.– Se eu quiser uma esmeralda,

comprarei. Um dia – acrescentou comuma risada. – Aquela não é Nellie? perguntou, indicando um grande SUVverde que acabara de entrar n

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estacionamento. A mulher dentro dcarro lhes lançou um olhar furioso.

– Uh-oh. – Clark soltou uma risada– Ela a viu me beijando. Nellie extremamente ciumenta. Terei dadoçá-la. – Ele retirou uma caixa d

oias do bolso e a abriu para mostrar conteúdo a Keely. Era um colar ddiamantes. Um verdadeiro, brilhante

caro colar de diamantes. – Perguntei dque ela realmente gostava e Nellie citousto. Acha que a agradará?

Keely teve de morder a própriíngua.

– Claro!Clark fechou a caixa.

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– Isto a deixará de bom humor. Soltou uma risada abafada. – Voltaredaqui a pouco.

– Está bem.Keely saiu do carro ao mesmo temp

em que Nellie contornou o SUV

rancando-o com o controle remotoDirigiu um olhar de superioridade Keely, que usava uma calça comprid

de veludo cotelê, um blusa de algodão um sobretudo. Nellie trajava um casacque custaria um ano de salários dKeely. Provavelmente outro presente d

Clark. Tinha uma aparência caragananciosa e muito ciumenta.

– Por que você o beijou?

perguntou, mantendo-se de costas par

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Clark. – Não quero que o toque, ouviuEle é todo meu.

– Dá para perceber seu interesse nel– disse Keely, indicando o casaco e vestido. – Comprado e pago?

– Como se atreve? – Nellie disparou.

Keely exibiu um doce sorriso.– Um dia ele vai se dar conta dess

seu lado – sussurrou. – E a largará.

– Acha que me importo? – perguntouNellie com voz arrastada. – Sempraparecerá outro, ainda mais rico. Alémdisso, os homens são uns obtusos.

Nellie passou por ela e sencaminhou, apressada, para os braçoabertos de Clark.

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– Oh, querido, senti tanta saudade! exclamou e o beijou com avidez. Clarestava sendo devorado vivo.

Keely fez um movimento negativcom a cabeça. Encaminhou-se biblioteca, pensando que P.T. Barnum

inha razão. De fato, nascia um otário cada minuto. Gostaria de poder dizer verdade a Clark, mas um homem tã

apaixonado quanto ele não lhe dariouvidos ou acreditaria no que dissesseAquilo acabaria por arruinar a amizaddos dois. Mas o pior estava para vir, el

sabia. Desejava que ela e Boone nãfossem inimigos. Dessa forma, podericontar para ele o que estav

acontecendo. Sabia que acabaria

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nevitavelmente, no meio de todaquela confusão.

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Capítulo 6

A  BIBLIOTECA  era um dos lugare

favoritos de Keely. Não tinha muitempo para aproveitá-la, porqugeralmente estava de plantão nos finaide semana. Mas naquele, a técnica em

veterinária sênior oferecera-snesperadamente para trabalhar nugar dela. O marido era do exército e

unidade a que ele pertencia for

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chamada para a preparação das tropapara combate no exterior. A mulheestava se sentindo triste com aquelsituação e não queria ficar muito tempsozinha. Keely se apiedara da colegamas ficara satisfeita por ter algum

empo de folga. Ou havia ficado, atsua vida se complicar.

Estava lendo um texto sobr

anatomia canina quando uma sombrassomou sobre ela. Keely ergueu olhar para se deparar com o de BoonSincler. No mesmo instante, sentiu coração disparar. Ela se atrapalhou como livro e acabou o derrubando ao chão.

Boone o ergueu, observando d

relance o título com um estranh

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sorriso lhe curvando os lábios e pousou sobre a mesa. Em seguidapuxou uma cadeira e se sentou próxima ela. Keely se encontrava sozinha nsala de leitura. A bibliotecária estavnos fundos, catalogando, portant

inham toda a sala à disposição dodois.

– Pensei que você e Clark tinham um

encontro – murmurou ele desconfiado.Keely não conseguia pensar em nadaBoone estava se inclinando em direçãa ela. Podia sentir a fragrâncimentolada do hálito refrescante em seurosto. Ela mordeu o lábio inferior.

– Queria pesquisar uma coisa

balbuciou Keely hesitante, corando

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Não era boa em mentir. – Ele focolocar gasolina no carro. Está voltandpara me buscar. – Forçou um olhafurioso. – Iríamos ao teatro em SanAntonio, mas você disse a ele que nãpoderíamos.

– San Antonio é muito grande e nãconhecemos muitos policiais lá retrucou ele, fechando o semblante d

repente. – Você precisa ficar na mira dpolícia. É mais fácil vigiá-la aqui.– Andou conversando com o xerif

Hayes – acusou ela.Boone anuiu.– Geralmente Hayes é bem tranquilo

Quando se preocupa com alguma coisa

é por que há uma boa razão. – Os olho

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escuros se estreitaram ao se fixarem nodela. – Sua mãe não aparece no Shea’há uma semana?

Aquela era uma pergunta.Keely precisava desesperadament

conversar com alguém. A expressão d

seu rosto estava tensa devido preocupação. Clark era terno, maestava muito concentrado em Nelli

para prestar atenção em seuproblemas.Não que o amigo não se preocupass

com ela. Apenas gostava mais de NelliePara sua surpresa, a mão longa d

Boone acariciou a dela, que sencontrava pousada sobre a capa d

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ivro. Em seguida, ele entrelaçou odedos quentes e fortes com os dela.

– Converse comigo – disse em tomde voz baixo.

Aquilo a fez estremecer. Fazia anoque um homem não a tocava. E

nenhum homem a tocara, na verdadeapenas um menino que ela namoraraNunca fora abraçada, beijada

acariciada. Era uma mulher com todoos desejos femininos e não podia, nemousaria, ceder a eles.

Boone era mais experiente com amulheres do que ela imaginavaEntendeu a reação de Keely e ssurpreendeu.

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– Para uma mulher que faz sexregularmente, não age como se seudesejos estivessem sendo satisfeitos

comentou ele.O rosto de Keely adotou a mesm

coloração vermelha que a capa do livr

enquanto ela tentava soltar os dedos.Boone sorriu, não por maldade,

contraiu os dedos ainda mais.

– Conte-me o que está de fatacontecendo.A mão longa era confortadora. Keel

não resistiu ao toque firme

acariciante. Era uma sensaçãmaravilhosa. Ela teve vontade de ssentar no colo de Boone, recostar

cabeça àquele ombro largo e chora

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oda sua dor. Desejava apenas umpouco de consolo. Mas aquele não era homem, o lugar ou a hora certa.

Keely inspirou profundamente.– Está acontecendo alguma coisa com

meu pai – confessou em um tom de vo

sussurrado. – Não sei o quê. Ninguémquer me contar nada. Ele está envolvidem algo ruim e tem aquele amigo…

As feições suaves de Keely scontraíram e os olhos verdes sencheram de dor diante da lembrança.

– Aquele amigo. – Boone estimulouapertando-lhe a mão, mostrando-smuito interessado.

– Jock. – O nome tinha o sabor d

veneno nos lábios de Keely. – Minh

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mãe acha que ele tem algo a ver com que está acontecendo. Eu a ouvconversando com Carly. Ela não mconta nada.

– Esse homem, Jock – insistiu ele. Pareceu assustada quando pronunciou

o nome dele.– Ele… Agrediu-me – confessou

Keely, fascinada com a expressão que s

estampou naquele belo rosto másculo. Eu tinha quase 13 anos. Ele estava mobservando enquanto eu cozinhavaAquele homem me deixava nervosa. Elera um ex-dentento. Disse que havimatado uma mulher. Deixei opãezinhos queimarem. – Ela voltou

morder o lábio inferior. – Ele me bateu

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com tanta força, que me jogou no chãoMeu pai ouviu meus gritos, veio até cozinha e conseguiu tirá-lo de lá. Keely envolveu o peito com os braçossentindo o frio a invadir ao evocar aembranças dolorosas. – Foi logo depoi

disso que meu pai me trouxe para vivecom minha mãe.

– Deus! – Os olhos de Boone s

encontravam suavizados e calmos pelcompaixão. – Não é de se admirar qunão se sinta à vontade na presença dhomens. – Ele estava se recordando dalgo, com a mandíbula contraída. – Posso teve medo de mim em meu

escritório.

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– Não o conheço bem – confessou elquase em um pedido de desculpas. – Evocê não gosta de mim – acrescentou

constrangida. – Não gosta que eu sejamiga de Winnie e que saia com Clark.

– Não, não gosto – respondeu ele

com sinceridade. Mas pareciperturbado.

– Eu entendo – disse ela par

surpresa de Boone. – Sabe que soupobre e pensa que estou usando Winnie Clark…

– Uma ova que penso! – Boon

ratou de baixar a voz no mesmnstante, olhando ao redor para s

certificar de que não havia atraído

atenção da bibliotecária. Quando voltou

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a se concentrar em Keely, franziu esta. – Você não usa as pessoas

disparou. – Trabalha como um soldadpara justificar seu salário e não recebnada pelas horas extras. Faz visitas propriedade da sra. Mckinnon para da

as injeções em seu cachorro diabéticporque ela não consegue, passeia comos cães do abrigo nos finais de seman

para que os funcionários possam lidacom as adoções… – Boone se calouabruptamente com se não quisessrevelar que tinha conhecimento dodas as suas atividades.

– A sra. McKinnon ama aquelcachorro – respondeu ela. – Maggi

oma conta do abrigo nos sábados

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alimenta e dá água para os animais ndomingo. O orçamento deles é muitminguado. Ela passa o dobro do temppelo qual é remunerada para fazer tudsso. Eu apenas lhe dou uma pequen

ajuda.

Os olhos escuros e calmos lhestudaram o rosto oval, emolduradpelo cabelo loiro, e desceram até o

graciosos lábios em forma de arcoKeely não era uma beldade, marradiava uma espécie de graciosidad

que a maioria das mulheres nãpossuía.

– É uma pena – disse ele, quase parsi mesmo – que não seja mais velha.

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– Farei 20 anos em dezembro retrucou Keely, interpretando comentário de maneira errada.

– Vinte anos completos. – Boonbaixou o olhar à mão útil e nem umpouco elegante. Unhas pequenas, muit

bem cuidadas, mas não pintadasNenhum anel nos dedos. Ele franziu esta. – Não usa anéis? – perguntou

erguendo o olhar às orelhas de Keely. Nenhum brinco?A pergunta a fez corar.– Tenho alguns pequenos de prata

mas esqueci de colocá-los…– Clark não lhe deu nenhuma joia?

nsistiu ele. – Ele saiu esta noite com

uma enorme caixa de joias.

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– Oh, aquilo era para… – Keely scalou, horrorizada.

Boone ergueu as sobrancelhas e umdos cantos de seus lábios se ergueu.

– Não era para você?Keely engoliu em seco.

– Não gosto de joias.– Mentirosa.– Não tenho de receber pagament

para dar atenção a um homem retrucou, corando e só então se deuconta de que erguera a voz. – Querdizer, não quero que Clark me dê coisacaras.

Boone inclinou a cabeça para o lade a observou como um falcão.

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– Nas últimas semanas, ele comproumetade do estoque da joalheria. Vi orecibos, mesmo que não tenha sido eu

que paguei as contas. Tenho umcontador para fazer isso.

Keely se encontrava diante de um

dilema. Não podia admitir que Clarnão lhe dera joias caras e, se negasse, deixaria em apuros.

– Seu carro é um lixo – insistiu ele. Oolhar experiente de Boone lhe varreu blusa e a calça comprida, concentrandose em seguida no sobretudo velho qu

se encontrava pendurado sobre espaldar da cadeira. – Usou essa mesmroupa uma dúzia de vezes para ir lá em

casa. Só dirige quando é extremament

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necessário para poupar gasolina. E nãpermite que Clark lhe dê um par dbrincos?

Keely trincou os dentes. Não lhdiria mais nada. Puxou a mão paribertá-la.

Porém, Boone não permitiu.– Aquela garçonete que ele levou

para jantar lá em casa – disse com vo

suave. – Olhava ao redor a cadgarfada, catalogando as pinturas, prataria, a mobília e avaliando o preçde cada tapete e candelabro.

Keely se sentiu horrorizada com possibilidade de estar reagindo àquelcomentário. Sentiu os olhos quas

saltarem para fora das órbitas.

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Os lábios de Boone se comprimirame os olhos negros faiscaram.

– Clark pensa que me engana – dissele em tom sussurrado e suave. – Ele sesquece de que o pai de Misty tem umagência de detetives que posso contrata

quando preciso. Ao que parece, Nelliambém não se deu conta disso, d

contrário seria mais comedida em

frequentar motéis com Clark. – Keeldeixou escapar um ofego suave que lhraiu o choque. – Você não usa a

pessoas – continuou ele. – Mas Clarksim, a está usando. E você estpermitindo.

– Não estou entendendo. – O

protesto de Keely soou fraco.

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– O que me surpreende é o fato dseu patrão ser tão conivente com isso acrescentou, com o semblantendurecendo. – Ele não é do tipciumento?

Keely afundou ainda mais n

cadeira, sentindo-se flácida. Falharcom Clark. O amigo nunca iria perdoáa.

– O dr. Rydel tem 32 anos, Boone retrucou ela com voz suave e nãpercebeu a reação que ele esboçou menção do próprio nome. Os olhonegros faiscaram.

– Trinta e dois – repetiu ele. Por umnstante, a mente de Boone embotou.

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– Trinta e dois – confirmou Keelerguendo o olhar para encará-lo. Tenho 19 anos. Mesmo que eu foss

uma mulher fatal, de nada adiantariaO dr. Rydel odeia as mulheres. Gostde mim apenas porque me vê com

uma criança. Assim como você acrescentou em um tom de vodiferente.

Os olhos escuros se encontravamndecifráveis.– Às vezes – Boone começou com vo

suave – você parece mais velha do qu

é. – Ele franziu a testa de leve. – Poque não namora? – perguntou, drepente.

Keely ficou chocada com a pergunta.

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– Eu… Meu trabalho consome muitdo meu tempo… – Ela havia entraddireto na armadilha e lhe dirigiu umolhar furioso. – Namoro Clark afirmou, obstinada.

– Clark a ama – retrucou ele. – Com

uma irmã – acrescentou logo emseguida. – Meu irmão nunca a tocaNão se ilumina quando a vê. Suas mão

não tremem quando você está poperto. Isso não me parece um romance– O que Boone descrevia erexatamente o que acontecia com elquando o via. Mas Keely não admitirisso, claro. O que ele estava dizend

sobre Clark? – Quando meu irmã

evou a garçonete lá em casa

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prosseguiu Boone – derramou cafsobre a toalha de mesa ao lhe serviuma segunda xícara. Ele literalmentcaiu da cadeira ao roçar as mãos dNellie quando ela lhe passou a salada. As feições de Keely se contraíram.

Não preciso de uma confirmação parsaber para quem era aquele colarCertamente não foi para você.

– Não contará nada a ele? perguntou Keely preocupada. – Clark meu amigo. Ele e Winnie. E não tenhmuitos. Dei-lhe a minha palavra…

Os olhos escuros faiscaram.– Aborrece-me o fato de que nã

enha se importado em ajudá-lo a m

enganar.

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O olhar de Keely expressava pesar.– Clark me disse que Nellie era

coisa mais importante do mundo parele e morreria se tivesse de abrir mãdela. Seu irmão achou que você ficarião furioso por pensar que ele estav

namorando comigo que esqueceriNellie.

Boone baixou o olhar à mã

pequena, acariciando-lhe o dorsodistraído. Não queria admitir o quantaquilo o deixara furioso. De ummaneira incomum. Keely era umcriança. Não podia se dar ao luxo de senvolver com ela. Era estranho como ssentia aliviado em saber que ela nã

estava dormindo com Bentley Rydel.

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Ella mentira para ele. Tentara feri-lpelo fato de ele tê-la rejeitado.

– Sua mãe é uma figura – resmungourritado.

Keely se viu confusa por não privados pensamentos conturbados d

Boone.– Por que está dizendo isso?Boone ergueu o olhar.

– O que acha de Nellie? – perguntouele, mudando de assunto. – E diante dhesitação de Keely: – Diga-me nsistiu.

Keely deixou escapar um suspiro he sustentou o olhar.

– Acho que ela é o pior tipo d

oportunista que existe – confessou.

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Acumula presentes e em troca oferecsexo. Clark acha que isso é amor acrescentou em um tom de voz cínico.

– Você, não.Keely exibiu um olhar envelhecido.– Viver com meu pai me ensinou

algumas coisas. Ele estava quase falidquando perdeu a reserva animal, pocausa de uma mulher que o bajulava

fingindo-se impressionada com a formcomo ele lidava com os animais. Ela lhmassageava o ego e meu pai lhcomprava presentes caros. Então, veio ação criminal e ficamos sem nada. Amesmo tempo – acrescentou ela –havia aquela doce mulher que cuidav

de nossa contabilidade, me levava par

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a igreja e namorava com meu pai. Erímida e não era bonita. Ele

abandonou tão logo surgiu aquela outrmulher.

– E o que aconteceu?– Meu pai foi à falência e

namorada vistosa de repente snteressou por um corretor de imóvei

que acabara de herdar um lote d

propriedades do pai falecido.– Entendo.– Clark é um rapaz doce – disse el

em tom de voz calmo. – Merece coismelhor.

Boone se inclinou para trás ncadeira, soltando-lhe a mão por fim.

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– Ela trabalha para se sustentarassim como você. Devia defendê-la.

– Aquela mulher é uma cobra

respondeu ela. – E não trabalha tantassim para se sustentar. As colegas drabalho dizem que Nellie flerta com

clientela masculina para conseguigorjetas polpudas. Foi Clark quem mcontou. Ele acha que as colegas têm

nveja porque ela é uma beldade.Boone tinha o olhar perdido.– Beleza é algo subjetivo – afirmou

em um tom estranho. – Não s

manifesta em detalhes superficiais.Keely exibiu um sorriso, que logo s

ransformou em uma risada.

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– Talvez eu seja subjetivamente bele ninguém note.

Boone percebeu, tardiamente, qu

aquilo fora uma piada. E também soltouuma risada suave.

Keely olhou ao redor. A bibliotecári

estava começando a fechar as portas apagar as luzes. Ela mordeu o lábinferior. Não havia o menor sinal d

Clark.– Acho que não a deixarão passar noite aqui – comentou ele.

Keely se ergueu, com expressã

ensa. Recolheu a capa e a bolsa.– Ao menos há um banco lá fora, n

frente da biblioteca. Disse a Clark qu

eles fechavam às 21h.

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Boone também se ergueuobstruindo-a com sua altura.

– Ainda não aprendeu que ntimidade faz as pessoas perderem

noção do tempo.Keely não se viu capaz de lh

sustentar o olhar. Boone soava vulgarPousou a bolsa e, desajeitadaescorregou o braço esquerdo pel

manga do sobretudo.No segundo seguinte, Boone sencontrava atrás dela, ajudando-a vestir a agasalho.

– O que aconteceu com seu braço? perguntou.

Keely sentiu as mãos longas

quentes em seus ombros e o calo

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seguro do corpo musculoso atrás delaDesejava se inclinar para trás e se veenvolta naqueles braços fortesPensamentos insanos!

– Um acidente – respondeu após umminuto. – Nada terrível – mentiu.

Mas deixou meu braço sem forçasTenho dificuldade em erguê-lo.

Seguiu-se um silêncio. A expressã

geralmente impassível de Boone refletiraiva.– Tenho um problema similar em

uma das pernas – disse ele. – Se sobrecarregar, acabo mancando.

Keely girou para encará-lo. Havinotado, mas nunca esperara que Boon

admitisse aquilo para o inimigo.

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– Foi ferido no exterior com maigravidade do que contou a Winnie Clark – disse ela com sensibilidadastuta. – Mais do que jamais contou alguém, exceto talvez ao xerife Carson.

Boone contraiu a mandíbula.

– É muito perceptiva.– A meu modo também enfrente

batalhas – respondeu ela com a vo

calma. – As cicatrizes não desaparecemmesmo que as feridas se curem. E sãcapazes de destruir as pessoas.

Keely o encarava enquanto diziaquilo. Os olhos tinham a mesmexpressão que os dele. Aquele era ummomento em que partilhavam

ragédia e a dor. Boone se aproximou

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um passo e ela ergueu o olharexpectante. Era como se a muralhentre os dois houvesse diminuídalguns centímetros de tamanho e nessfresta deixado passar a luz. Mas quandele ia começar a falar, um carr

estacionou do lado de fora dbiblioteca.

Boone empurrou Keely para

sombra projetada por uma estante divros. Do outro lado das janelas dvidro fumê, viram Clark lançar umolhar furtivo ao enorme Jaguar dBoone, estacionado ao lado da SUV dNellie. Ele apressou a namorada a saido carro e entrar no dela, despedindo

se rapidamente. Parecia assustado. Em

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seguida, estacou diante do para-choqudianteiro do próprio carro e olhou emdireção à biblioteca, hesitante.

– O jogo acabou – avisou Keely Boone com os olhos brilhantes.

– Não, não acabou. Venha cá. – El

he segurou a mão e a guiou mais para extremidade da fileira de estantes, fordo alcance da janela.

– Espero que seja uma boa atriz.– Como?Ouviram a porta se abrir. Clar

sussurrou algo para a bibliotecária recebeu uma resposta no mesmo tomabafado. Em seguida, escutaram apassadas no carpete se aproximando.

Boone soltou a mão de Keely.

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– Já vi que não me dirá nada constatou Boone em um tom de vobaixo, mas suficiente para alcançar outra extremidade da fileira destantes. – Quero saber onde está Clare por que ele não está aqui com você

concluiu, com um gesto significativo dcabeça.

Keely logo captou.

– Eu lhe disse, ele foi colocagasolina…Clark girou para o corredor em qu

eles se encontravam. O olhar temeroseclipsou quando ouviu o que Keeldizia. No mesmo instante, pareceurelaxar.

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– Estou de volta – disse ele a Keely. Não demorei nada. – Ele se juntou aodois, sorrindo para o irmão. – O qu

está fazendo aqui?– Entrei para pegar um livro

encontrei Keely. – Boone resmungou.

Por que não a levou com você parcolocar gasolina no carro perguntoudesconfiado.

– Eu disse a ele que queria conferiumas informações no livro de anatomicanina do qual lhe falei – comentou elcom Clark.

– Oh, certo. – Clark concordou dmediato.

O olhar furioso de Boone englobou

os dois, enquanto as luzes se apagavam

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– Agora, não terei mais tempo dpegar o meu, graças aos dois. – Girounos calcanhares e saiu pisando duroestacando apenas para falar com bibliotecária.

Keely apressou-se a voltar para pega

o próprio livro e o levar para a mesadizendo à incomodada bibliotecária quvoltaria na segunda-feira para consultá

o e se desculpando por atrasá-la.A mulher sorriu e disse que estavudo bem, mas os seguiu até a saídarancando a porta.

– Essa foi por pouco! – exclamouClark quando estavam dentro do carroretornando à casa de Keely. – Quant

empo ele ficou lá?

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– Apenas alguns minutos – mentiuela. – Pensei que estaríamoenrascados!

– Estaríamos se ele tivesse visto Nellisair do meu carro e entrar no dela retrucou Clark. – Que sorte ele esta

conversando com você no fim dcorredor e não em frente à janela!

– Sim, não foi? – concordou ela.

– Terei de planejar melhor dpróxima vez – disse Clark quase para smesmo.

– Nellie gostou do colar?O amigo soltou uma risada abafada.– Amou! Encomendei um terninh

de uma grife famosa para combina

com ele e mandei entregar n

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apartamento dela – acrescentou. Nellie ficou muito agradecida.

Keely podia imaginar o tipo dgratidão, mas nada falou. Ainda estavmaginando o que Boone esperava qu

ela fizesse agora. Não suportaria dizer

Clark que entregara seu segredo. Nãque o tivesse feito realmente. Boonnão era tolo. Clark o subestimara, com

sempre. Era de se esperar que Boonestivesse sempre três passos à frente dodo mundo.

– Nellie é mesmo uma mulher bonit– comentou ela, para ter algo a dizer.

– Sem dúvida. – Clark dirigiu umsorriso malicioso a Keely. – Não tev

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nenhum problema antes de Boonaparecer?

– Não, foi tudo tranquilo.– Terei de planejar melhor d

próxima vez – repetiu ele. – Boone esperto. Tenho de me esforçar para qu

ele não descubra.– Tenho certeza de que encontrar

um jeito – retrucou ela.

– Nós encontraremos. – Clarcorrigiu. – Estamos juntos nesssituação, lembra-se?

Aquela “situação” iria acabar mapara Clark de um jeito ou de outro Keely detestava o fato de ter aceitadomar parte nela. Principalmente agor

que Boone estava sabendo de tudo

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maginou se deveria contar a verdade Clark. Provavelmente sim, mas temia reação de Boone se descobrisse. Sentiase sufocada.

– Não fique tão preocupada – dissClark em tom gentil. – Tudo ficar

bem. Pode acreditar.– Sabe que o pai de Misty tem um

agência de detetives particulares em San

Antonio? – perguntou ela, de repentedesejando morder a própria línguassim que as palavras lhe escaparam doábios.

– E que agência! – Clark resmungou– Pedi que verificassem a ficha de umcaubói para nós quando estávamo

contratando um novo vaqueiro. O

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homem tinha uma folha corrida e odetetives não encontraram nada.

Keely o encarou.– Como descobriram se eles nã

disseram nada?– Boone descobriu – respondeu.

Suspeitou de alguma coisa que homem fez e pediu a Hayes parvasculhar o passado do homem. O

vaqueiro tinha antecedentes criminaipor roubo. Uma condenação e cumpriupena. Boone o demitiu no mesmo dia.

– Pensei que até mesmo um detetivncompetente conseguisse descobri

uma coisa dessas – comentou Keely.Clark franziu a testa.

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– Foi isso que pensei e comentei comBoone também. Ele disse que a agêncihavia contratado um homem com

credenciais falsas, mas que sdescobriram depois da investigação dpassado do vaqueiro. Acabaram no

agradecendo por fazê-los descobrir.Keely achou aquilo curioso. Parecia

he uma desculpa esfarrapada. Ma

estavam estacionando em frente a sucasa e não havia mais tempo parquestionamentos.

Quando Clark estacionou em frent

à varanda, Ella se encontrava parada dado de fora da porta de tela vestind

apenas uma camisola e com um cop

cheio de uísque na mão.

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– Aí está você! – vociferou quandKeely abriu a porta do carona. – Ondesteve?

– Por que não volta para cascomigo? – sugeriu Clark.

Até mesmo aturar a mãe naquel

estado seria preferível a estar na mesmcasa que Boone, após a estranhconversa que tiveram. Precisava d

empo para refletir sobre o que ele lhdissera. Sem mencionar o incômodque seria escutar outro longo recitasobre as qualidades de Nellie, qudurara todo o trajeto até ali. PortantoKeely forçou um sorriso.

– Posso lidar com ela – disse em tom

suave. – Está tudo bem.

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– Se está dizendo. – Clark parecia tedúvidas. – Nunca nos contou o quaconteceu no escritório de Boone núltima vez em que esteve lá em casaNós o ouvimos fechar a porta.

– Ele estava apenas me prevenind

contra você – mentiu ela com outrsorriso. – Mas de nada adiantou.

Clark soltou uma risada, aliviado.

– Graças a Deus! Não suportaria veodos os meus planos indo por águabaixo antes mesmo de serem postoem prática. Este é apenas o começo parmim e Nellie! Tem certeza de que quemesmo ficar? – Ele gesticulou ndireção a Ella.

Keely anuiu.

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– Obrigada pela carona. Vejo-o embreve.

– Claro. Cuide-se. – Keely fechou porta do carona. Clark acenou parElla, que o ignorou, quase caindo emsua impaciência de falar com a filha. O

carro se afastou.– O que há de errado? – perguntou

Keely quando chegou à varanda

porque não se tratava apenas de algundrinques. O rosto da mãe estavranstornado e visivelmente assustado.

Ella mordeu o lábio inferior.– Seu pai telefonou outra vez.– Outra vez? Onde ele está?

perguntou Keely. – Está vindo para cá?

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– Não sei. – Ella tomou um grandgole do drinque.

– O que ele queria? – Keely insistiu.

A mãe girou e encarou a filha com oolhos arregalados e assustados. A mãque segurava o copo estava trêmula.

– Ele… Ele não disse.– Então, por que telefonou?Ella olhou ao redor, nervosa.

– Vamos entrar.Quando se encontravam dentro dcasa, a mãe trancou a porta. Estavbastante agitada. Não conseguia nem

mesmo encontrar o interruptor certpara apagar a luz da varanda.

– Eu faço isso. – Keely s

voluntariou.

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A mãe a observou, mordendo o lábinferior. Estava tão pálida que a pele d

rosto adquirira um tom leitoso.Keely permaneceu em silênci

esperando que ela começasse a falar.

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Capítulo 7

– NÃO SEI  por onde começar – diss

Ella hesitante. – Sei que seu pai não lhcontou nada sobre o que aconteceuaqui antes de ele partir com você.

– Nunca ninguém me conta nada

retrucou Keely amarga. – Sei que papaestá envolvido em alguma coisa, que polícia está interessada nele por isso

que Jock também está envolvido. – El

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aprumou a coluna. – E sei que estfalida e papai a está ameaçando parque lhe arranje dinheiro.

Ella mordeu o lábio inferior comanta força que arrancou sangue.

– Não poderia saber disso. Quem lh

disse? – A mãe exigiu saber.– É verdade? – Keely disfarçou.Ella olhou ao redor, transtornada

afastando o cabelo revolto do rosto finoKeely deu um passo à frente.– É verdade? – repetiu com

suavidade.A mãe inspirou profundamente. Pel

primeira vez, aparentava a idade quinha.

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– Sim – confessou. – Pensei que dinheiro nunca acabaria. Havia tantoSeus avós investiram em terras quand

valiam uma bagatela. À medida que cidade cresceu, mais pessoas precisavamde terras e eles começaram a alugá-la

para empresas. Quando morreram, eudei continuidade a essa práticaaumentando os aluguéis de acordo com

a valorização das terras no mercado.– O que aconteceu? – Keelestimulou.

Ella soltou uma risada superficial.

– Tornei-me gananciosa. Meus painunca me compraram roupas de grifou mesmo um bom carro. Obrigavam

me a pagar minhas próprias despesa

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desde o dia em que comecei rabalhar. Queriam que eu cursasse

faculdade, mas pensei que eu eresperta o suficiente. Seu pai pensou queu colocaria a mão em todo aqueldinheiro no instante em que se casass

comigo, portanto foi isso que fez. Maas coisas não saíram do jeito que elesperava. – Ella inspirou fundo, o

olhos fitando o vazio. – Tudo que euinha era uma mesada. Brent e eucompramos carros caros e diamantesfrequentamos os melhores restaurantee fizemos longas viagens ao exteriorAcumulamos uma fortuna em dívidasMeus pais pagaram, mas suspenderam

meus cheques. – A mãe soltou outr

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risada e relanceou o olhar à filha. Brent havia se acostumado ao padrãde vida alto. Não conseguiria voltar rabalhar por um salário. Então

encontrou uma maneira de ganhadinheiro fácil. – O semblante da mã

endureceu. – Você era muito pequenpara entender o que estavacontecendo. Meus pais morreram em

um acidente de avião e nós herdamoos bens, mas não sobrou muita coisaBasicamente apenas as terras, o restanthavíamos gasto. Eu queria Brent fora dminha vida. Seu pai desejava ter aquelreserva animal, portando fiz um acordcom ele. Vendi algumas terras e lhe de

o que consegui por elas. Eu estava livre

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ainda relativamente jovem, e quericelebrar. E assim o fiz. Depois, Brent despejou aqui e acabou-se minha vidde luxos. Ressenti-me com você posso. Mas foi o que nos salvou de nãermos sido atiradas na rua com apena

as roupas do corpo. Eu havia perdido controle e nem ao menos percebQuando me dei conta, era tard

demais. – Ella se encaminhou à sala destar e se deixou afundar em umcadeira. Keely se empoleirou no braçdo sofá de frente para a mãe. Não ercomum a mãe desabafar daquelmaneira com ela, de igual para iguasem nenhum sarcasmo. A mãe afastou

uma mecha do cabelo para trás.

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Consegui salvar algumas propriedadeantes que fossem hipotecadas devido àcontas não pagas. Mas meus inquilinoencontraram aluguéis mais baratos e smudaram. Fiquei apenas com imóveivazios que não tinha condições d

reformar e ninguém os queria. Noúltimos seis meses, perdi tudo, excetesta casa e o terreno onde est

assentada. Ella ergueu o olhar parencará-la. – Seu pai e Jock estão falidoe precisam de um adiantamentoQuerem que eu venda a casa parevantar o dinheiro.

– Mas é tudo que lhe resta argumentou Keely. – Diga-lhes que nã

fará isso. O xerife Carson a protegerá.

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Ella mordeu o lábio inferior.– É mais complicado que isso

retrucou a mãe em tom de voz baixo. Seu pai e eu fizemos algo ilegal, quandvocê era muito pequena. Se ele contar que sabe, serei presa.

Os lábios de Keely se comprimiramem uma linha fina.

– Se ele usar isso contra você

ambém será incriminado e será preso.Ella exibiu um sorriso tristonho.– Eles teriam de pegá-lo primeiro

certo? – perguntou. – Seu pai esteve umpasso à frente da lei durante toda suvida.

– O que vocês fizeram? – questionou

Keely, prevendo que a mãe fosse s

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fechar e não revelar nada.Ella tomou um gole do uísque.– Vivi com essa culpa por anos

disse ela, quase que para si mesma. Pensei que o que fizemos não mncomodaria. Pensei… – Tomou outr

gole da bebida. – Um garoto da cidadviu Brent trazendo um carregamento dcocaína e o escondendo em noss

porão. O menino ia contar ao xerife. As feições de Ella se contraíram. – Meupai já havia ameaçado me deserdar pocausa de Brent. Se houvesse umescândalo, nós dois seríamoprocessados e eu perderia tudo. Elepoderiam provar que eu… Paguei pel

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carregamento que Brent iria fracionar vender nas ruas.

– E o que vocês fizeram? – perguntouKeely apreensiva.

– O garoto era viciado. – Ellprosseguiu, melancólica. – Sempr

estava drogado. Possuía umfornecedora, um dos traficantes dBrent. Ela morreu e a irmã se casou

com um pecuário local alguns meseatrás. Prometemos que enviaríamos umquilo da cocaína para o menino, só paro consumo dele, se não nos delatasse.

Keely estava se sentindo nauseadaFazia uma ideia de quem a mãe estavfalando.

– E…?

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– Oh, ele concordou. Na verdadeprometemos a ele uma fração naquelmesmo instante. Usamos um termo quequivalia a cem dólares em cocaína ninguagem das ruas. O que não lh

dissemos foi que era cem por cent

pura. Não fora nem ao menofracionada ou misturada a alguma coisque lhe suavizasse o efeito. Demos

quantidade à fornecedora do garoto ele pediu que ela injetasse nele. Ogaroto morreu. Claro que ela não sabiambém. Mas nós a tínhamos em nossa

mãos na época, porque ela não podiprovar que não sabia que o estavmatando.

Keely fechou os olhos.

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– Foi Bobby, o irmão mais novo dxerife Hayes Carson, certo? – perguntouem tom de voz áspera.

Ella suspirou.– Sim. Vivi com a culpa e o med

durante todos esses anos, aterrorizad

com a possibilidade de o xerife Hayedescobrir. Ele não sossegaria até mcolocar na prisão. Hayes culpou outra

pessoas e isso tirou a culpa de mim. Era única esperança que eu possuía…– Não é de se admirar que tenh

financiado a reserva animal de papai disse Keely, compreendendclaramente os fatos do passado. – Fopor isso que deixou ele me levar.

A mãe anuiu lentamente.

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– Depois da morte de Bobby, nãconseguia mais olhar para Brent. Ele mfazia sentir uma assassina. Tambéminha medo que seu pai se drogass

uma noite qualquer e contasse a todmundo o que fizemos. Então, el

prometeu deixar a cidade se eu lhdesse o dinheiro para a reserva animaDisse até mesmo que tomaria juízo, s

ivraria das drogas e tentaria recuperasua vida. Afirmou que nunca desejaranto uma coisa quanto aquela reserv

animal.O olhar de Keely pareci

ranstornado ao recordar o que a mãhavia lhe dito. Que tivera de da

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dinheiro ao marido para que ele levassa filha embora.

– Não. – Ella se apressou em dizerendo-lhe a expressão. – Eu queri

magoá-la naquela noite. Isso não verdade. Brent queria ficar com você

Disse que se eu lutasse por sua guardacontaria toda a verdade à polícia. Elnão tinha nada a perder naquela época

Havia sido preso duas vezes antes poporte de drogas e conseguira sair com ajuda de um advogado. Mas nunccometera um assassinato. Tampouceu. Então, permiti que ele a levasse. Ella ergueu o olhar. – Nunca perguntese Jock era o motivo. O amigo de seu

pai a vira quando veio visitar Brent

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he contar sobre a reserva animal questava administrando. O dono querivender. Brent disse que Jock gostava dmeninas novas, mas na época não ligueuma coisa à outra. – A mãexperimentou um arrepio. – Eu devi

estar louca.Keely se sentiu nauseada. Talve

aquele acidente, por mais terrível qu

ivesse sido, a salvara de algo muitpior. Agora percebia o que poderia teacontecido. Logo depois de o pacomprar a precária reserva animal ondock trabalhara e começar a reformá-la

o amigo foi preso. Ao que parecia, Joccumprira pena também, porque s

reaparecera dois anos depois na reserva

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Foi quando as coisas começaram descer ladeira abaixo e apenas umsemana antes do acidente de KeelyDepois disso, Jock não suportava tocáa. Talvez tenha sido ideia dele o pa

deixá-la com a mãe para que os doi

pudessem prosseguir na vida de crimesTalvez ela tivesse sido parte do planpara aquelas atividades ilegais, pensou

em um silêncio aterrorizado. Fora salvde muito mais do que tinhconhecimento na ocasião, mesmo sressentindo por ter sido abandonada.

Não conhecia nada sobre o paPensara que ele a amava. Naqueles doianos em que foram apenas os dois

Dina, fazendo a contabilidade, su

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nfância fora feliz e segura. Por duavezes, o pai havia até mesmo deixadde beber, embora ela não soubesse quele usava drogas. Porém, um poucantes de Jock voltar, Brent Welsh senvolvera com aquela mulher vistosa

que lhe tirou tudo que ele havipoupado, o que não fora pouco. Jocficara lívido quando soube.

– Em que está pensando? perguntou Ella.Keely ergueu o olhar.– Em como fomos felizes durant

aqueles dois anos. Acho que foi duranto tempo em que Jock esteve presoporque ele partiu quando eu e papa

nos estabelecemos na reserva animal

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só retornou poucos dias antes de papame trazer para cá.

Ella parecia aliviada.– Ao menos Jock não teve muit

acesso a você, certo?– Não – respondeu Keely. – Eu tinh

medo dele.– Eu ainda tenho – confessou Ella.

Seu pai podia ficar perigoso quand

bebia, mas disse que Jock era perigosaté mesmo sóbrio.Keely alisou o tecido da calça sobre

oelho com uma das mãos.– Obrigada por me contar a verdadeO olhar de Ella se encontrav

perturbado.

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– Estava assustada – disseabruptamente. – Não conseguia encarao fato de que ajudei a matar um rapaz

mesmo que ninguém soubesseComecei a beber e não consegui pararsso me ajudava a esquecer. – Mais um

vez ela mordeu o lábio inferior. Nunca deveria ter dito que não queria. Ou que seu pai ficou

desapontado quando soube que vocnão era um menino. Eu a desejei muitoCarly estava certa. Nunca deveria tehe dito tal coisa.

Aquilo não significava que Ella amasse, mas era alguma coisa.

– Obrigada – respondeu Keely.

A mãe inclinou a cabeça para o lado.

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– Está envolvida com o rapaSinclair? – perguntou, preocupada. Brent encontraria uma forma de utilizáa para obter vantagem. Ele é um

viciado. Não consegue parar. Está maiperigoso agora do que quando eu vivi

com ele, principalmente pela situaçãem que se encontra e com Jock pressionando.

Keely estava tentando digerir a ideide que seus pais tinham um dedo nmorte do irmão mais novo do xerifHayes e que o pai era um traficante ddrogas. Sabia dos acordos em nadegítimos que o pai fizera para adquiri

os animais, mas ele lhe escondera su

pior faceta durante aqueles dois ano

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em que viveram juntos. De seu pontde vista atual, concluiu que forngênua e tola. “Talvez fosse tant

negação quanto ignorância”, pensouKeely. Não desejava um pai criminosoMesmo um alcoólico, o que o julgar

ser, não tinha o mesmo estigma que umadrão. Embora fosse uma questã

apenas de grau de gravidade.

– Está recordando fatos, certo? perguntou Ella. – Ouça, posso não seuma boa mãe e posso ser a pioalcoólatra da cidade, mas nunca lhe batquando estava com raiva ou coloquesua vida em risco. Você sabe disso. Era verdade. Keely podia se senti

usada pela mãe, mas nunca tivera med

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dela. Portanto, anuiu em concordância– Poderia lhe dizer que vou recomeçarVou parar de beber, de censurá-la e dseduzir homens casados. – Ella deu dombros e exibiu um sorriso quzombava de si mesma. – Mas seria um

mentira. Faço isso há muito tempo. Nãposso mudar. Não quero mudar. Gostde me embebedar e aprecio os homens

– Sei disso – disse Keely em um tomde voz resignado. – Se ao menopudesse parar de fazer eu me sentinferior, já seria alguma coisa. Dó

quando você caçoa do meu jeito de serPapai não é perfeito, mas me fazia ir greja todos os domingos. Uma vez, m

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disse que se certificaria de que eu nãacabasse como vocês dois.

Ella refletiu sobre aquelas palavrasAinda estava segurando o drinqueTomou outro gole.

– Bem, ele estava certo em fazer isso

Sim. Estava. A melhor forma de deixade ser um alcoólatra é nunca tomando primeiro gole.

– Não gosto nem mesmo do cheirda bebida. – Keely resmungou.Ella soltou uma risada.– Nem eu – confessou. E exibiu um

sorriso genuíno para a filha.– Seus pais bebiam? – perguntou

Keely de repente.

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Os olhos de Ella escureceram com dor enquanto tomava um grande golda bebida âmbar.

– Meu pai bebia.Keely esperou, mas nenhuma outr

confissão sucedeu aquela. Imaginou

que se devia o ódio estampado no olhade Ella quando mencionou o paLembrou-se de que a mãe nunca falav

sobre os pais.– Mais segredos. – Keely murmuroudistraída.

Ella se limitou a anuir.

– Alguns são dignos de seremguardados para sempre. – A mãe sergueu. – Bem, vou me deitar. Se

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elefone tocar, faça-nos um favor e nãatenda.

– Gostaria de poder. – Keelconfidenciou. – Mas ainda tenho umemprego que me requisita a qualquemomento.

Ella franziu a testa.– Não tem um telefone celular?Keely corou.

– Não. – Não tinha dinheiro parcomprar nem o modelo mais barato.Ella vasculhou a bolsa e de lá retirou

o dela.– Daqui em diante, quando sair

noite, leve o meu. Estarei com Carly seu sair. – Com um gesto, dispensou

objeção instantânea da filha.

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Poderemos usar o dela. Tem de ter ummaneira de pedir ajuda. Seu pai e Jocpodem tentar até mesmo sequestrá-laBrent parecia desesperado.

– Por que os dois simplesmente nãroubam um banco? – perguntou Keel

exasperada.– Nem brinque com isso. – A mãe s

apressou em dizer, empalidecendo.

– Desculpe. Não deveria ter dito issoElla se dirigiu ao corredor.– Vou me deitar. Tome cuidado s

iver de sair. Telefone para departamento do xerife e peça aoadjuntos do xerife para vigiá-la.

– Farei isso. – No entanto, Keel

estava pensando no irmão do xerif

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Hayes e como ele sofrera depois que perdera para aquela tão comentadoverdose de drogas. Não suportava deia de estar envolvida de algum

forma, mesmo que não tivesse nadcom isso. Os pais eram responsáveis

nevitavelmente, um dia a verdade virià tona. Nunca se conhecia de fato apessoas, disse a si mesma. Nem mesm

os próprios pais. Mas apesar de tudo, nesperada preocupação da mãe que elulgara odiá-la a aqueceu por dentro.

Keely não foi se deitar de imediatoDeteve-se saboreando a sensação de teuma mãe de verdade pela primeira vena vida. Mesmo que aquela mãe fosse

versão suavizada de uma assassina.

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CLARK LHE telefonou dois dias depois e convidou para um grande bailbeneficente que aconteceria no centrcomunitário, no sábado. Keely nãestaria de plantão naquela noiteportanto não poderia recusar.

– Se isso não é desespero, então mdiga o que é – disse ele tristonho. – É única coisa acontecendo aqui em

acobsville em um futuro próximo, menos que queria que eu nos inscrevpara a oficina de dança de quadrilha dverão – acrescentou irritado. – Nuncconseguirei me encontrar com Nellie.

– Gosto de dançar – retrucou Keely– Tudo bem. Você poderá dar um

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escapada que ninguém sentirá sua faltaDepois, pode inventar que passou mal.

– Você é um gênio! – exclamouClark.

“Não, estava apenas se aperfeiçoandem mentir”, pensou ela. Ainda estav

preocupada com a farsa de Boone com o fato de Clark estar mergulhandde cabeça em um desastre. E no fund

de sua mente, pairava o pai, Jock e suaramas.

O TRABALHO  prosseguiu rotineiro. Ela

a mãe estavam convivendo bem pelprimeira vez. Até mesmo Carly smostrava mais gentil com ela. Pareci

que o trabalho doméstico que fazia, ao

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poucos, começava a ser apreciado, assimcomo a comida que preparava. Keelsentia como se estivesse começanduma vida nova.

Porém, na manhã de sábadoenquanto se preocupava em encontra

um vestido em bom estado para usar nbaile, o telefone tocou.

Keely o atendeu. A mãe estav

dormindo até mais tarde. Ela e Carlhaviam saído para a cidade na noitanterior e Keely esperava ouvir a voz dClark. Mas não se tratava do amigo.

– Sua mãe já colocou a casa à venda?Conhecia aquela voz. Não era a d

pai e sim a de Jock.

Keely hesitou, nauseada pelo medo.

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– Responda, maldita!– Na…não – Ainda não…– Diga a ela que é melhor se apressar

Sei o que seus pais fizeram. Ele talvenão esteja disposto a contar, mas eu farei. Está me ouvindo, Keely? – Em

seguida, o criminoso bateu o telefoncom força.

Uma semana atrás, ela não teri

entendido a ameaça, mas agorcompreendera perfeitamente. Poderiprocurar Hayes Carson e lhe contar qua mãe fora um meio para umhomicídio. Mas então, não poderiesperar nenhuma proteção por partdele, principalmente se Haye

descobrisse de quem fora o homicídio

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Clark também não poderia ajudá-laNão ousava envolver Boone. Keely ssentou, nauseada e assustadamaginando o que ela e a mãe fariam.

MAIS TARDE, quando Ella acordou

Keely teve de lhe contar sobre elefonema.A mãe estava de ressaca, mas s

recobrou rapidamente.– Então Jock sabe? Temi que Brent s

drogasse a ponto de lhe contar.– O que podemos fazer? – perguntou

Keely arrasada.Ella inspirou profundamente.– Não sei. Terei de pensar n

assunto.

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– Não temos tempo – disse Keely. – Ese ele procurar o xerife?

Ella dirigiu o olhar à filha com umsorriso genuíno.

– Obrigada – agradeceu com vorouca. – Significa muito para mim que

depois do modo como a tratei, ainda smporte se eu for presa. – A mãe deu d

ombros. – Talvez seja melhor esclarece

udo. Isso aconteceu há tantos anos…Se eu contratasse um bom advogado…– Sim. – Keely concordou.Ella relanceou o olhar à filha, tã

esperançosa e entusiasmada. Sabia qunão haveria juiz no município de Jacobque a livrasse da pena de homicídio

Não quando a vítima era o irmão d

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xerife, não importava quanto temphouvesse passado entre a data da morte o presente. Keely era jovem e cheia dsonhos. Ella há muito não os tinha. Maalvez pudesse fazer algo pela filha sivesse coragem de fazer o que er

necessário.– Encontraremos uma solução

garantiu à filha. – Você irá àquele bail

com Clark, certo? Ele é um rapaz muitbom. Talvez se case com você. – Oolhos de Ella pareceram sonhadores poum momento. – É um bom homemPoderia tomar conta de você e lhe daudo que quisesse.

– Clark e eu somos apenas amigos.

Keely esclareceu.

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Ella lhe dirigiu um olhar curioso.– É o irmão, certo? Não a ajude

muito contando aquelas mentiras Boone. Posso chamá-lo e lhe dizer verdade.

– Não. – Keely negou no mesm

nstante.Ella a encarou.– Você o amava e eu estraguei tudo

Sinto muito.– Boone me considera muito jovempara ele – disse Keely com um sorrisriste, recordando o modo como Boon

falou com ela na biblioteca e odiando acircunstâncias que a impossibilitaram der ao menos uma chance com ele

Agora que sabia a verdade sobre o

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pais, seria impossível qualquer tipo drelacionamento com ele. Boone Sinclaircom sua imaculada reputação inhagem sanguínea impecável, nã

desceria a ponto de se casar com a filhde usuários de drogas e assassinos.

– Parece tão triste – disse Ella. – Sintmuito mesmo.

– Eu sei. Está tudo bem – respondeu

Keely.A mãe se ergueu.– É melhor terminar de passar seu

vestido a ferro. Eu lhe ofereceria umdos meus – acrescentou. – Mas você muito mais magra que eu.

– Obrigada por me oferecer

retrucou Keely com voz suave.

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Ella lhe devolveu o sorriso e algo sagitou dentro dela ao recordar comhavia sido cruel com a filha. Estavarrependida agora. Talvez pudessemconsertar algumas coisas. Talvez, apenaalvez, fosse capaz de poupar Keely d

mais tristezas se fizesse a coisa certa.

CLARK FOI pontual em buscar Keely. Elrajava um gracioso vestido de velud

verde que lhe valorizava as belas curvado corpo até os tornozelos, com umestola de pele de raposa que pertencia

mãe. Ella insistira em lhe emprestar sofisticado acessório. Também estavusando um par de sapatos caros, d

salto alto. Outro empréstimo da mãe

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que calçava o mesmo número de KeelyEla não possuía nenhum sapatelegante, por não ter ocasiões onde usáos. O cabelo loiro, recém-lavado

brilhante, se encontrava perfeitamentescovado, e os olhos verdes estavam

repletos de sonhos.– Está estonteante – disse Clark d

repente, enquanto a ajudava a entra

no carro. – Estou falando sério. Podacreditar.Keely sorriu.– Obrigada, Clark.O amigo escorregou para trás d

volante, pensativo. Quando ele franzia testa daquela forma, a fazia se lembra

de Boone.

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– Algo errado? – perguntou ela.Clark deu de ombros.– Estava pensando que a tenho usad

e isso não é certo.– Não me importo.– E isso torna tudo ainda pior

retrucou ele. – Estou fazendo coisas qunão me agradam apenas para evitar quBoone faça perguntas sobre minh

namorada. – Clark lhe relanceou olhar. – Se eu gostasse dela de verdadeagiria de forma diferente, não acha?

Keely estava surpresa com a atitude a pergunta do amigo.

– Você está apaixonado. E isso faz apessoas agirem de maneira estranha.

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– Estou? Quero dizer, apaixonado? Clark fez uma curva. – Tenho gastaduma fortuna em joias e roupas de grif

para Nellie. Ela não recusa nada. Nverdade, dá sugestões de coisas do qugosta e que eu poderia lhe dar. – Clar

olhou em direção a ela. – Não conseguconvencer você a aceitar um par dbrincos caros.

Keely corou. Ao que parecia, Boonandara fazendo algum comentárisupostamente inocente que fizera rmão pensar sobre o que estav

acontecendo.– Não gosto de joias.– Claro que gosta. Todas as mulhere

gostam – retrucou Clark. – Mas não a

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quis aceitar de mim. E nem mesmquer me dizer por quê.

Keely mordeu o lábio inferior.– Seria como aceitar pagamento po

ajudá-lo.– E isso é errado?

– No meu mundo, sim. Umpequena lembrança no Natal é umcoisa, mas aceitar joias caras é outra.

– Foi o que Boone disse. A namoraddele estava insinuando que queria umcolar de diamantes. Ele lhe disse parirar o cavalo da chuva, que nã

precisava pagar para ter a companhia dnenhuma mulher. Misty saiudesabalada, sem dizer mais um

palavra.

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– Aposto que ela voltará – dissKeely em um tom tristonho.

– Claro que sim. Boone é muito ricobonito e é incessantemente perseguidpor todas as solteiras do sul de Dallas. O coração de Keely desceu para os pés

Claro que era. Boone se encaixava nsonho de perfeição masculina dqualquer mulher. Certamente s

encaixava no dela. – Isso me faz pensar– Clark prosseguiu. – E não de umforma muito agradável que, se Nellime amasse, gostaria de me presentear.

– Ela não tem condições de dapresentes à sua altura. – Keelmurmurou em tom de voz seco.

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Clark pensou por um minuto deixou escapar uma risada.

– Bem, não, ela não poderia, mas aí

que está. Ela nunca me deu nada dpresente desde que começamos namorar. Nem mesmo um lenço ou um

CD. Nada.– Algumas pessoas não têm o hábit

de presentear.

– E outras são caça-dotes – retrucouele.Keely se inclinou para trás no banco.– Acho que sim. Nunca entendi po

quê. Gosto de trabalhar para ganhameu salário. Meus contrachequepodem ser minguados em comparaçã

com outros, mas vibro com cada um

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deles. Tudo que possuo foi conquistadcom meu próprio suor.

– Boone admira isso.– É mesmo? – Estava cansada de soa

mpressionada.– Não que ele queira. Meu irmão s

esforça ao máximo para ignorá-la.– Já percebi.– Talvez ele esteja certo – disse Clar

em tom sério. – Você é muito jovemAté para sair comigo.Keely atirou as mãos para o alto.– O que há de errado com minh

dade? Pelo amor de Deus, farei 2anos na véspera de Natal!

Clark sorriu. Keely o fazia se senti

bem. Sempre fizera. Ela e Winnie eram

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as mulheres mais próximas dele nmundo.

– Você é a melhor amiga que jamaiive – disse ele de repente. – Vou

começar a tratá-la melhor.– Vai mesmo? Então, se quiser m

dar uma coisa…– Qualquer coisa! – Clar

nterrompeu. – Estou falando sério.

– Adoraria ter tapetes no meu carro.Clark pestanejou, confuso.– O quê?– Tapetes. Aquelas coisas d

borracha preta que ficam sobre assoalho. Apenas para o lugar dmotorista. – Ela se apressou em

acrescentar. – Meu carro era d

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segunda mão e, portanto, não veio como equipamento original. Oestacionamento do dr. Rydel não pavimentado. Quando chove, tenho datravessá-lo pisando em lama.

Clark ainda estava absorvendo

choque. Nellie lhe pedira, com a maiopetulância, um pingente de diamantque vira anunciando em uma revista d

moda e lá estava Keely, pedindo umúnico tapete para colocar em seumaldito carro.

– Não é nada caro – disse elaemendo ter se excedido. – Quer

dizer, para um presente de Natal. Voucomprar alguma coisa para voc

ambém, mas não será nada caro.

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Clark estacionou no centrcomunitário, sentindo-se cinccentímetros mais alto. Ele a girou parencará-lo dentro do carro.

– Você faz com que eu me sintenvergonhado – disse Clark em tom d

voz suave.– Por quê? – questionou ela.Clark fez um gesto negativo com

cabeça.– Esqueça. É melhor entrarmosAcho que estamos um pouco atrasados

– Por culpa minha – disse Keelysorrindo. – Teve de esperar enquanteu procurava minha bolsa. – Ela ergueu. – Era uma antiga de minh

mãe. Ela me emprestou, juntament

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com seu telefone celular e uma estolde pele… – Keely a agitou. – E seusapatos. – Ergueu um dos pés parmostrar.

Clark teve vontade de chorar. Keelnunca lhe pedira nada. E não permitiri

que Winnie lhe emprestasse nada. Elnunca se sentira tão mal em toda suvida. Usara-a como um disfarce par

seu grande caso de amor, colocara-a emuma posição em que Boone poderifulminá-la se descobrisse o que elfizera e sem nunca pensar naconsequências.

– Esta noite será a última em questarei escondendo Nellie atrás de voc

– disse ele, de repente. – Dessa vez

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sairei escondido com ela, mas daqui emdiante, entrarei com Nellie pela portda frente de minha casa.

– Tenha algum ketchup ao alcanceestá bem? – Keely provocou. – Boone servirá em uma bandeja no jantar.

– Sei disso. Talvez não seja uma mdeia deixar que ele lhe dê uma

mordidas. Assim, talvez ela mostre sua

verdadeiras garras.O sorriso evadiu o rosto de Keely.– Talvez não seja tão ruim quant

está pensando – disse ela em tom suave– Quero dizer, Nellie pode gostar dvocê e, ainda assim, gostar de joias.

– Talvez o único interesse dela sejam

as joias – retrucou ele com cert

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cinismo.Um grande SUV entrou n

estacionamento e as feições de Clark scontraíram.

– Ela está adiantada. – Fixou o olhaem Keely. – Quer que eu entre com

você?– Posso fazer isso sozinha

respondeu ela, negando com a cabeça.

Clark lhe entregou um dos ingressos– Pegue isto, mesmo que seja a úniccoisa que me permita lhe dar. Voltareantes que sinta minha falta.

Keely sabia que não seria bem assimClark podia falar o que quisesse, maainda estava enfeitiçado por Nellie. At

o fim da noite, aquela mulher o teri

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convencido de que não podia viver semela. Pobre homem!

– Divirta-se – disse ela.Clark resfolegou.– Divirta-se você.Keely saiu do carro, fechou a porta

acenou. Não olhou na direção dNellie. Teria prazer em lhe atiraalgumas pedras se aquilo poupass

Clark de uma decepção.A MÚSICA flutuava pelo ar frio da noiteEstavam tocando um ritmo latino

Keely imaginou todos os excelentedançarinos, incluindo Matt Caldwel Cash Grier, na pista de dança

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encantando os espectadores. Estavansiosa por vê-los dançar.

Entregou o ingresso para o bilheteiroajustou a estola aos ombros e penetrouno enorme salão, onde a banda dmúsica tocava.

– Pensei que viria junto quando ouvClark mencionar que havia compradas entradas. – Uma voz grave

divertida soou atrás dela. Keely giroupara se deparar com os olhos suaves escuros de Boone Sinclair.

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Capítulo 8

KEELY SE  viu incapaz de proferir um

única palavra. Boone lhe segurou a mãe a guiou para dentro do centrcomunitário.

– Posso perguntar onde está Clark?

– Não há necessidade. Não vi seucarro – respondeu ela, sentindo comse os pés não tocassem o chão.

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– Não viu porque não vim de carroTrouxe uma das picapes do rancho e estacionei lá nos fundos. Duvido qu

Clark tenha notado.– Não notou. – Keely olhou ao redor

– Winnie está aqui?

Boone hesitou.– Não.Keely estacou forçando-o a para

ambém.Boone baixou o olhar, apreciando-aOs olhos escuros se detiveram na formcomo o vertido verde-esmeralda s

ajustava ao corpo esguio e belo.– O verde lhe cai bem – elogiou el

reflexivo.

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– Winnie não veio…? – insistiuKeely.

– Kilraven disse que não viria

retrucou ele. – Portanto, Winnie dissque seria inútil permitir que homenque não a agradam a guiassem pel

pista de dança.Keely inclinou a cabeça para o lado

erguendo o olhar para encará-lo.

– Talvez ela tenha razão.Boone ergueu uma das sobrancelhascom expressão maliciosa.

– Talvez.

De repente, Keely se sentiu sem jeitoOlhou ao redor do salão, dessa veprocurando por Misty.

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– Ela não está aqui. – Keely corouvoltando a fitar os olhos negrodivertidos. – Vim sozinho – esclareceu

ele. – Disse que não compraridiamantes para alguém com quemenho um relacionamento casual e el

se ofendeu.– Foi o que ouvi dizer.– Oh? Clark ficou impressionado?

– Sim. Mas não pense que isso durarmuito – acrescentou ela. – Tão logClark fique sozinho com Nellieesquecerá tudo que disse.

– Sem dúvida. – Boone comprimiu oábios. – Sabe dançar, srta. Welsh?

O coração de Keely perdeu um

batida pela forma com que ele disser

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aquilo. Boone não tinha acompanhante mesmo assim viera. E seu olhaparecia querer devorá-la. Aquilo eremocionante, mesmo que não pudessalimentar mais nenhuma esperança.

– Sei – retrucou ela, soando ofegante

Boone lhe retirou a estola e a bolsapousou-as sobre uma mesa próximaonde Cag Hart e a esposa, Tess

estavam sentados. – Importam-se emomar conta disto? – perguntou.Tess exibiu um sorriso.– Não se eu puder experimentar ess

estola.– Fique à vontade – disse Keely, com

um sorriso de orelha a orelha.

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Tess envolveu o pescoço com a pele fez uma pose, adejando os cílios para marido. Os olhos azuis faiscavam

dentro da moldura formada pelo cabelruivo.

– Não lhe comprarei uma rapos

morta – avisou Cag em tom áspero.Keely se lembrou de que Cag vira

filme sobre o porquinho e deixara d

comer a carne daquele animamaginou se ele ultimamente vira maialgum filme sobre animais.

Tess ergueu o olhar e exibiu um

sorriso maroto.– Vi um filme sobre caça a raposas…– Quer parar com isso? – Ca

resmungou, com um curioso rubor.

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Gosto de animais.Tess se inclinou para a frente e

beijou.– Eu também. Mas esse anima

provavelmente foi morto há várioanos…

Cag soltou uma risada e lhcorrespondeu o beijo.

Boone puxou Keely para a pista d

dança.Escorregou um braço por sua cinture a puxou para perto, entrelaçando odedos aos dela. Keely cambaleounervosa, enquanto ele a guiava commaestria no ritmo lento. Aquilo fez umrisada escapar da garganta de Boone.

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Keely se sentia como uma raposacorrendo para se esconder. O coraçãbatia acelerado, a respiração s

encontrava presa em algum lugar dextremidade inferior de sua traqueiaMal notava a música. A única coisa qu

he preenchia os sentidos era o corpforte colado ao dela, a fragrância dhálito e da colônia de Boone. Ele

enfraquecia e a deixava trêmula. A mãonga se espalmou em suas costas sobro veludo macio.

– Gosto desse vestido – murmurou

ele contra a testa de Keely.– É muito bonito – respondeu Keely.– Gosto da sensação do tecido

corrigiu ele.

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– Oh! – exclamou ela com umrisada nervosa.

Boone roçou o rosto ao dela, o que fez erguer o olhar para encará-lo.

– Dezenove anos – disse ele em tomde voz suave, enquanto a estudava

parecendo se sentir culpado.Keely franziu a testa.– Sabe de uma coisa? Idade não

udo.– Se citar aquela velha e exaustivmáxima de que o que importa é quilometragem… – ameaçou ele comvoz suave.

– Mas é verdade – retrucou Keely.Boone roçou os dedos entre os dela

enquanto os dois se moviam no ritm

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ento da música.– Teve notícias de seu pai, certo?

perguntou de repente.Keely se remexeu no círculo daquele

braços fortes.Boone anuiu.

– Foi o que pensei. Parecsobressaltada desde que entrou poaquela porta.

Keely se sentia péssima quando sembrava do que a mãe dissera sobre rmão de Hayes Carson. Carregaria

culpa pelo que os pais fizeram até o fimde seus dias. E Hayes estava tentandprotegê-la sem saber da verdade.

– Venha cá.

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Boone parou de dançar, segurou-lha mão e a guiou por uma porta laterapara o pátio escuro, onde apenas um

faixa de luz vinda do salão incidia nchão pedregoso.

– Conte-me o que a est

preocupando – incentivou Boone.Keely recostou a testa ao peit

musculoso. Se ao menos pudesse… Ma

Hayes era amigo de Boone.– Foi Jock quem telefonou. Feameaças. Meu pai quer que mamãvenda a casa e lhe dê o dinheiro

revelou pesarosa. – Ele tem um trunfcontra ela, que poderá usar se minhmãe não concordar. Ela está com med

dele.

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– Qual é esse trunfo?Keely deixou escapar um gemid

suave.– Não sei.Boone lhe ergueu o queixo.– Sim, você sabe – argumentou

procurando-lhe o olhar à luz frouxa qunsidia pelas janelas.

Os olhos verdes se encontravam

atormentados.– Não posso lhe contar – disse elriste. – Não é um segredo meu.

Os dedos longos lhe acariciaram queixo.

– Pode me contar qualquer coisa disse ele, com a voz grave, suave

sedutora. – Qualquer coisa.

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Boone a fazia desejar desabafar. Erforte, atraente e fazia o sangue de Keelferver nas veias. Desejava beijá-lo atque aquela dor cessasse, maobviamente não podia lhe dizer isso.

Mas não precisou. Boone leu o

sinais sutis do corpo recostado ao deleda respiração alterada e tirou suapróprias conclusões. Lentamente, com

que para não assustá-la, inclinou o rostem direção aos lábios em forma de umgracioso arco.

– Devo estar louco – sussurrou ele.O hálito tinha o aroma de café. A

extraordinária sensação daquele toquntimo fez a cabeça de Keely rodopiar

Quase não fora beijada de verdade

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nunca daquela maneira. A experiêncide Boone era evidente.

Porém, à medida que o beijo sprolongava, ele pareceu perder umpouco do controle.

A boca se tornou ávida. Os braços s

contraíram, obrigando-a a arquear acostas e se colar aos contornos de açde seu corpo. Keely enrijeceu

mpotente, diante de uma intimidadda qual não estava acostumada.Boone ergueu a cabeça, surpreso com

a postura tensa e reação que elesboçava. Keely reagia como se nuncivesse sido abraçada e beijada na vida

Como se o ardor exigente de um

homem adulto lhe fosse desconhecido

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E talvez o fosse. Considerou o quficara sabendo da vida de Keely, atravédos comentários da irmã.

Deixou que ela recuasse um passomas não a soltou.

– Está tudo bem – disse Boone em

om de voz suave, sorrindo. Emseguida, lhe segurou o rosto entre amãos longas e o manteve onde queria

Com o polegar lhe roçou de leve o lábinferior e mais uma vez se inclinou emdireção a ela. – Tudo que temos emer – refletiu – é o medo em si…

Dessa vez foi diferente. Boone não smostrou exigente. Provocou-lhe oábios, roçando-os com os dele em

carícias suaves que a fizeram deseja

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mais. As mãos que lhe acariciavam cabelo da nuca escorregaram até curva suave dos quadris de Keely e puxaram mais para perto. Elestremeceu com aquele contato e poum instante a boca que a beijava s

mostrou mais exigente.Mas quando ela enrijeceu, Boon

suavizou no mesmo instante.

Era como um duelo silenciosopensou ela fascinada. Boone avançavamas bastava ela hesitar para qurecuasse. Era como se entendesse dificuldade que ela sentia, como sestivesse ciente de como aquelasensações lhe eram novas

assustadoras. Boone a acalmou

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nduziu até que ela começasse a relaxae deixasse de oferecer resistência aritmo lento e firme com que ele beijava.

– É isso – sussurrou ele quando Keelargou o peso do corpo suavement

contra o dele. – Apenas não ofereçresistência. Não vou machucá-la.

Keely sabia disso, mas ainda assim

era difícil se entregar a alguém que nãconhecia seu passado. Não estavassustada com a exploração daquelamãos fortes, mas sim com o que elpoderia encontrar se persistissePortanto, quando sentiu as pontas dodedos longos se aproximarem da curv

de seus seios, se sobressaltou e recuou.

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Keely esperou um rompante. Apenauma vez na vida, cedera à tentação duventude e concordara em sair com

um vendedor que apareceu na cidadeEle tentara agarrá-la no carro, Keelutou com o homem e ele ficou furioso

vociferando sobre jovens que gostavamde provocar. Em seguida, escorregara amãos à força em seus ombros e seios

Keely nunca esqueceria o olhaaterrorizado no rosto do homem. Ele afastara com um empurrão e a levarpara casa sem dizer uma única palavraNem ao menos lhe dirigiu o olhaquando ela saiu do carro. Aquelepisódio não foi tão ruim quanto

encontro que tivera à tenra idade de 1

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anos que culminara por traumatizá-lamas foi desagradável o suficienteAquela fora a última vez que saíra comum homem para um encontro amoroso

Mas Boone não se mostrou zangadoNa verdade, parecia mais satisfeito d

que ofendido com sua falta dreceptividade.

– Muito bem! – exclamou em tom d

voz suave e com um sorriso a lhe curvaos lábios.Keely estava preocupada.– Não está… Zangado?Boone fez que não com a cabeça.– Virgens precisam ser tratadas com

gentileza – sussurrou ele, inclinando-s

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para lhe capturar os lábios com ternurquando ela corou.

Quando Boone interrompeu o beijoinha a expressão séria e gentil. Ele lh

acariciou o cabelo, tocou-lhe as maçãdo rosto, a boca, o queixo.

– Quando fará 20 anos? – perguntouapós alguns instantes.

– Na ve… Véspera de Natal

gaguejou ela.– Na véspera de Natal. Daqui quatro meses. – Boone lhe beijou umdas pálpebras, forçando-a a fechá-la sorriu contra a pele macia. – Teremode fazer algo muito especial para o seuaniversário.

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– Teremos? Oh, quer dizer WinnieClark e você?

Boone ergueu a cabeça e lh

procurou o olhar.– Por que não achou que estou m

referindo apenas a mim e a você?

perguntou.– Por causa de Misty – lembrou ela.Boone franziu a testa como se nã

soubesse a que ela estava se referindoA magia se evaporou. Ele recolheu amãos e se tornou distante.

– Misty – repetiu ele.

A noite perdeu o encantamentoBoone se transformou em um estranhodistante. O homem indiferente d

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passado. Naquele instante, parecinunca ter considerado tocá-la.

Keely envolveu o torso com os braçocontra um frio que não se originava dbrisa noturna.

– Está ficando frio – disse ela

entando soar causal.– Sim, está. – Boone se afastou dela

perdido em pensamentos. Em seguida

estacou para lhe abrir a porta.Keely entrou sem lhe sustentar olhar e sem nada dizer.

Boone também se manteve caladoEla se encaminhou à mesa das bebidae pegou um copo pequeno drefrigerante, sentando-se de costas par

a parede.

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Observou Boone estacar próximo um grupo de pecuários e começar conversar com eles. Keely vasculhou salão para se certificar se Clark havichegado. Quando voltou o olhar agrupo de pecuários outra vez, Boon

havia sumido e não o viu mais.

CLARK VEIO  buscá-la. Estava com umaparência desgrenhada e pareciaborrecido.

– A cor das pérolas não a agradou disse desanimado. – Ela queria pérola

cor de rosa e eu lhe dei cinza.– Sinto muito.Clark lhe relanceou o olhar com

expressão pesarosa.

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– Detestei deixá-la sozinha no baile confessou. – Sinto muito mesmo. Nãfarei isso outra vez.

– Está tudo bem. Gostei da música.– Você é a melhor amiga que jamai

ive – disse ele depois de um minuto.

Mas não devia deixar que eu maproveitasse de você dessa forma.

Keely soltou uma risada.

– Está bem.Clark exibiu um sorriso devasso.– Boa garota.– Qual é o seu próximo plano?Clark suspirou.– Não sei. Eu lhe direi quando Nelli

decidir se quer me ver outra vez.

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– Ela decidirá que sim – afirmouKeely.

– Veremos.

O DR . Rydel estava causando umnferno pior do que o de costum

quando Keely chegou para trabalhar nsegunda-feira seguinte.– Disse-lhe para encomendar outr

remessa daquela ração de cachorro com

baixo teor de gordura na semanpassada – vociferava com a novsecretária, Antônia.

– Mas eu pedi, dr. Rydel – defendeuse a jovem, quase em prantos. Disseram que não tinham no estoquno momento.

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O veterinário deixou escapar um somrude.

– E suponho que a urna com o velhgato da sra. Randolph também estejfora de estoque? – acrescentousarcástico.

Dessa vez, Antonia enrubesceu.– Não senhor. Esqueci de verifica

sso. Desculpe. – Ela apressou-se em

acrescentar.Porém, de nada adiantou. O drRydel se postou diante dela com umolhar furioso. A moça caiu em prantos correu para os fundos.

– Ah, belo trabalho, doutor! resmungou dra. Patsy King. – Ela s

demitirá e nós teremos de contrata

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outra secretária. Quantas foram atagora, neste ano? Deixe-me pensar…Seis, certo?

Bentley a encarou, enfurecido.– Quatro!– Oh! Apenas quatro. – A veterinári

revirou os olhos. – Isso me faz sentimelhor.

– Não tem um paciente a esperando

dra. King? – perguntou ele com voarrastada e os olhos faiscando.A veterinária suspirou.– Sim, tenho, graças a Deus, mas vim

até aqui para que nossa secretárimarcasse a próxima consulta. Suponhque terei de fazer isso sozinha! – El

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ançou um olhar significativo emdireção aonde Antonia soluçava alto.

Rydel soltou um xingamento.A dra. King fez uma careta.– Oh, como se isso ajudasse em

alguma coisa! – Ela resmungou

sentando-se, em seguida, na cadeira dsecretária e marcando a próximconsulta para seu paciente. Enquant

fazia isso, acrescentou as despesas mprimiu uma folha as detalhando.– Eu poderia ajudá-la a fazer isso.

Keely se ofereceu.– Não, não poderia. – O dr. Ryde

resmungou. – Preciso que ajude noexames e não na marcação de consultas

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– Por falar nisso, Keely, podcarregar o cachorro da sra. Reynolds ato carro dela? – perguntou a dra. Kin

com um sorriso gentil.– Claro – respondeu Keely d

mediato, acompanhando a veterinári

e deixando um furioso dr. Rydel parrás.

DEPOIS DAQUELA  manhã, ficou clara

guerra entre os dois veterinários maiexperientes da clínica. A dra. King errês anos mais nova que o dr. Ryde

casada, com dois filhos e precisava demprego. Porém, ameaçou deixar clínica se ele não parasse de usar asecretárias para a prática de tiro ao alvo

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Keely, o técnico veterinário mais antige o outro médico, dr. Dave Mercerprocuraram se manter longe dcaminho do dr. Rydel até que ele sacalmasse.

Ninguém sabia o que o deixara tã

aborrecido, mas ele parecia um pugilistcaminhando pelas ruas munido de suauvas de boxe. Estava ansioso por um

briga.Para Keely, foi um alívio quando semana de trabalho chegou ao fim, que lhe permitiu se afastar de todaquela tensão. Ainda se encontrava nmundo da lua por causa de Boone repassava na mente o beijo terno qu

rocaram no pátio do centr

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comunitário. Não entendia comportamento dele. Tudo estava bematé ela mencionar Misty. Em seguidaele se fechou como se tivesse ssentindo culpado por tocá-la. Preferirdeixar o baile a arriscar ter outr

conversa com ela.Pior, as pessoas estavam comentand

sobre os dois. Tess Hart a provocar

pelo fato de ter saído para o pátio comBoone e voltado com o rosto rubroMencionara isso a Cag. Provavelmentele contara aos irmãos que passaram notícia adiante. Portanto, Keely se viuprovocada no mercado, porque umdas moças que trabalhavam no caix

inha um namorado na propriedad

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Hart Ranch. Depois, ouviu insinuaçõeno banco, porque uma das funcionáriaque trabalhava no caixa era casada como capataz de Cag Hart e a filhrabalhava no serviço de emergênci

911, com Winnie.

– Você e Boone são o comentáriprincipal da cidade, sabia disso? Winnie provocou a amiga quand

estavam almoçando juntas no Barbara’Café naquele sábado.– Ele vai me matar – disse Keel

ristonha. – E Clark também, quandperceber que Boone sabe o que ele estaprontando.

– Ah, Boone sempre sabe – afirmou

Winnie com naturalidade. – Clar

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nunca consegue esconder nada dele…Ou de mim. Mas cá entre nós, não achque aquele relacionamento com Nellivai muito longe. Ela ficou furiosa poque Clark lhe deu um colar de pérolada cor errada. Isso depois de ele ter lh

dado quase a joalheria inteira! Winnie se inclinou para a frente. – E nfim das contas, ela é casada.

– O quê?   – exclamou Keely. – Clarsabe disso?– Disso e de mais coisas. – Winni

respondeu. – Quando saí de casaBoone estava presenteando nosso irmãcom um volumoso dossiê sobre a sraNellie Summers. Disse que Clark nã

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sairia de casa até que lesse cada detalhsórdido.

– Pobre Clark!Winnie soltou uma risada abafada.– Ele estava xingando loucament

depois de ler a primeira página – diss

ela. – Há duas semanas, Clark não teriacreditado naquilo, mas ao que pareceBoone escolheu o momento certo par

he revelar a verdade.– Fico feliz – confessou Keely. – Euestava no meio do fogo cruzado, sendusada como disfarce.

– Clark não deveria ter feito issoBoone estava furioso. Disse que ele nãinha o direito de usá-la dessa forma.

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– Clark é meu amigo. Não poderime negar a ajudá-lo.– retrucou Keelcom suavidade.

– Você nunca diz “não” a ninguém retrucou Winnie preocupada. – É muitboa com as pessoas. Não sabe s

defender.– Estou tentando.– Clark a pisoteia. Assim com

Boone. E aposto que o dr. Rydeambém.– O dr. Rydel pisoteia todo mundo

comentou Keely.

– Bem, nesse ponto tem razão. Winnie tomou um gole de café e, emseguida, seus olhos começaram

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faiscar. – O que aconteceu entre você meu irmão no baile?

– Você também, Winnie! – Keelchoramingou.

– Sou sua melhor amiga. Tem de mcontar.

Keely adotou a expressão mais blasque pôde conjurar.

– Ele queria conversar comigo sobr

Clark sem que ninguém nos ouvisse.Winnie pareceu murchar.– Só isso?– E o que mais poderia ser?

retrucou Keely. – Sabe que Boone nãme suporta. Geralmente me ignora, maele sabia que Clark estava aprontand

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alguma coisa com minha ajuda. Econseguiu arrancar tudo de mim.

– Boone é ótimo nisso. – Winnie tevde admitir. – Costumavam deixá-lnterrogar pessoas quando estava n

serviço militar. – A amiga brincou com

a xícara de café. – Meu irmão mudoumuito desde que voltou do exteriorCostumava ser uma pessoa alegre

Agora, não é mais. – Ela ergueu o olhar– Ele sai com Misty, mas não a toca.O coração de Keely saltou dentro d

peito.– Como você sabe?– Porque nunca vejo nenhum

evidência – respondeu Winnie. – Boon

costuma largar as roupas pelo chão d

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seu quarto. Eu as recolho para colocáas no cesto de roupa suja para a sraohnston lavar. Nunca encontr

nenhuma mancha de batom em suacamisas. – Ela fez uma pausacomprimindo os lábios. – Bem, isso nã

é verdade. Na noite de sábado passadohavia algumas marcas de batom em seucolarinho. – O rosto de Keely pareci

em chamas e a amiga soltou uma risadriunfante. Ela sabia que Winnie iricaçoar de Boone se descobrisse o quhavia acontecido. Não permitiria que amiga tivesse certeza. Se os irmãos provocassem com piadas sobre ela, tudestaria terminado antes mesmo d

começar. – Não é de se admirar que el

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esteja agindo como uma cobrescaldada durante toda a semana. Winnie refletiu, observando Keelatentamente. – Ele nem telefonou parMisty. Estranho, não acha?

– Vá com calma, por favor. Eu dance

com Boone. – Keely resmungou. Claro que meu batom esbarrou ncolarinho dele.

A alegria de Winnie se esvaiuentamente, enquanto franzia a testa.– Tem certeza que isso foi tudo?Keely dirigiu um olhar significativo

amiga.– Boone não me suporta. Estav

apenas tentando descobrir por qu

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Clark e eu não estávamos juntos nfesta.

– Ah, peixe com batatas fritas! resmungou Winnie.

– Como?A amiga mudou de posição n

assento.– Deus do céu! Estou pegando a

manias de Hayes Carson!

– Não entendi.– Hayes Carson não xinga como umpessoa normal. Ele diz coisas como“biscoitos e leite!” e “peixe com batafritas!”. Quem convive com ele, acabpegando essas manias.

– E por que está convivendo tant

com Hayes Carson? – Keely quis saber.

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– Pelo rádio!– Ah, certo.– Ele não é nada mau. – Winni

refletiu em voz alta. – E é muito maisimpático do que Kilraven. Deveridesviar minha atenção para ele.

– Se fizesse isso, despedaçaria coração de Kilraven. – Keely provocou.

Winnie enrugou o nariz.

– Como se ele fosse notar se euflertasse com outro homem – retrucouconcisa. – Ele está usando as táticas dBoone: ignorando-me.

– Provavelmente tem estadocupado.

Winnie brincou com o guardanapo.

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– Os homens não valem oproblemas que nos causam – disserritada.

Keely soltou uma risada.– Não – concordou. – Não valem.– E não somos duas mentirosas?

retrucou Winnie.Keely anuiu.A pequena cafeteria estava lotad

para um sábado. A maioria dos clienteera composta de turistas, tentandaproveitar os últimos dias de agostoHavia um rodeio anual em Jacobsvill

que atraía multidões, porque trazialgumas estrelas do circuito. O prêmipara o vencedor não era nada mau

ambém.

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– Há muitos carros com placas doutros estados – comentou Winnie. Acho que estão aqui devido ao rodeio.

– Estava pensando sobre o rodeiagora – retrucou Keely com uma risadabafada. – Mentes brilhantes caminham

na mesma direção.– Exatamente. Acho que… – Winni

deixou morrer a frase. Observava

porta da frente, impotente.Keely relanceou o olhar naqueldireção. Kilraven, ainda trajando uniforme, se encontrava parado do ladde dentro da porta. “Era mesmo umhomem atraente”, pensou ela. Altobonito, elegante, cabelo negro basto e

corpo musculoso na medida certa.

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– Com licença – disse ele com a vograve elevada. – Alguém aqui estdirigindo um SUV com placa dOklahoma?

Um jovem trajando jeans e umcamisa de cambraia ergueu a mão.

– Sim, estou. Algum problemapolicial?

Kilraven caminhou até a mesa d

rapaz, avistando Winnie e Keely ncaminho e as cumprimentando com umgesto educado de cabeça.

– O senhor recolheu um veado nacostamento? – perguntou.

O jovem soltou uma risada.– Sim. O animal tinha acabado de se

atropelado por outro carro, acho eu

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porque ainda estava quente e flácidquando o peguei. – O sorriso dhomem secou. – Desejava apenas leváo para casa e fracioná-lo para coloca

no meu freezer. Fiz algo de errado?Kilraven clareou a garganta.

– Talvez seja melhor acionar seuagente de seguro.

O jovem parecia perdido.

– Por quê?– O veado não estava morto.– Não estava… Morto?– E saiu desabalado pelo seu para

brisa.O rapaz ainda estava anuindo.– Pelo para-brisa? – repetiu com

expressão tensa. – Pelo para-brisa d

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minha picape novinha em folhaAaahhh!

O rapaz se ergueu com um saltoatirando a cadeira ao chão e quasderrubou um casal a caminho da portda frente. O grito de desânimo soou

audível mesmo com a porta fechada.Kilraven fez um gesto negativo com

cabeça e estacou ao lado de Winnie.

– O veado estava apenas tonto explicou ele com um leve divertimentno olhar. – Tivemos o caso de umhomem que cometeu o mesmo erro seimeses atrás. Mas felizmente para ele, veado voltou a si, antes que elconseguisse erguê-lo e colocá-lo n

picape.

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Do lado de fora da cafeteria, os gritose tornavam cada vez mais altos.

Kilraven relanceou um olhar parfora e soltou uma risada baixa.

– Acho que esse rapaz vai querer umrelatório para apresentar ao agente d

seguro. É melhor eu escrevê-lo para ele– Já encontraram Macreedy?

perguntou Winnie com a voz arrastad

e um sorriso travesso no rosto.Kilraven gemeu.– Ele apareceu no município d

Bexar por volta das 17h de ontempuxando uma fila de 40 carros em umcortejo fúnebre. Eles deviam chegar acemitério em Comanche Wells, ond

eram esperados às 15h – acrescentou

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porque Keely parecia confusa. – Pofim, ele conseguiu levá-los para a igrejcerta após vários carros pararem parcolocar gasolina.

– É a segunda vez este mês. Nuncdeveriam ter deixado Macredy lidera

um cortejo fúnebre – disse Winnie.Kilraven soltou uma risada abafada.– Falei a mesma coisa para Haye

Carson, mas ele disse que Macreednunca aprenderá a ter autoconfiança sele o afastar das peculiaridades dserviço público agora.

– Ele não tinha um mapa? – Keelquis saber.

– Se o tinha, não conseguiu achá-lo

respondeu Kilraven com um suspiro.

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Ele guiou o último cortejo fúnebre pardentro de um pântano, próximo ao rioe o carro funerário atolou. – Ele soltouuma risada. – Agora estou achandgraça, mas ninguém riu na ocasiãoTiveram de enviar reboques para retira

odo mundo de lá.– Hayes devia parar de insistir ness

erro e colocar Macreedy nas tarefa

administrativas – disse Winnie.– Seria um grande erro. Hayes colocou responsável pelas celas dprisão no mês retrasado e ele deixouum detento sair para usar o toalete e sesqueceu de trancá-lo outra vez. Oprisioneiro roubou um banco durant

sua liberdade temporária. – Kilraven fe

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um movimento negativo com a cabeça– Acho que Macreedy não é talhadpara fazer carreira no departamento dpolícia.

– Sim, mas o pai dele acha que é. Winnie lembrou.

– O pai era um policial de carreia npolícia estadual – disse Kilraven Keely. – Insistiu para que o filh

seguisse seus passos.– Hayes Carson é nosso xerife – dissKeely confusa. – Macreedy é um dseus adjuntos.

– Sim, bem, Macreedy começourabalhando na polícia estadual.

Winnie começou.

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Mas Kilraven estava soltando outrrisada baixa.

– E então, ele parou uma van ond

estava uma unidade da divisão dnarcóticos que trabalhava sob disfarcequando estavam correndo par

nterceptar um enorme carregamentde cocaína. Os homens estavamrabalhando há semanas naquele caso

Os traficantes fugiram enquantMacreedy multava os agentes da divisãde narcóticos devido a uma luz traseirapagada. O pai de Macreedy conseguiu

salvá-lo dos rapazes daquela unidadda divisão de narcóticos, mas ele foconvidado a praticar seu ofício em

outro lugar.

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– Então Hayes Carson o recebeu continuou Winnie. – O xerife é primem segundo grau de Macreedy.

– O xerife Carson poderia ter negad– disse Keely.

– Não se diz “não” para o pai d

Macreedy. – Kilraven esclareceu.– Ao menos ele está conhecend

odas as estradas vicinais. – Winni

opinou, filosófica.Kilraven lhe dirigiu um sorriso, qudurou muito para ser consideradconvencional e a pele delicada dWinnie adotou uma coloraçãgraciosamente avermelhada.

– Onde está meu rifle?  – O berro soou

vindo do estacionamento. –  Alguém

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roubou meu rifle! 

Kilraven relanceou o olhar à janelaO rapaz, dono do SUV vermelhoestava correndo pela rua, com um rifleem direção que o veado fugitivo haviomado. O dono da arma pulava par

cima e para baixo, enraivecido, gritandameaças ao caçador do veado.

– É melhor eu ir salvar o caçador d

veados – disse Kilraven.– Espero que ele tenha um agente dseguros compreensivo. – Keely refletiuem voz alta.

– E um bom advogado. Roubar rifleé crime. – Kilraven se despediu com umbreve gesto de cabeça e saiu com

passadas largas em direção à porta.

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– Ora! – provocou Keely com vosuave. – E acha que ele não gosta dvocê?

A expressão de Winnie estava tãluminada que fez Keely a invejar.

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Capítulo 9

KEELY RIRA  do apuro em que Haye

Carson se encontrava com o primMacreedy, mas era impossível falar dxerife ou pensar nele sem se lembrar ddolorosa confissão da mãe sobre

rmão de Hayes, Robert.Ainda se sentia invadida pel

sentimento de culpa quando Clark lh

elefonou.

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– Sinto muito – disse ela assim qureconheceu a voz.

– Sente? – Clark hesitou. – OhSuponho que esteja se referindo Nellie. Boone sabia o tempo todo disse com voz desanimada. – Pense

que o estava enganando. Sempre subestimo. Ele contratou a agência ddetetives do pai da namorada par

nvestigar Nellie. Não posso dizer questeja chocado com o que descobrBem, surpreendeu-me o fato de ela secasada e… Se deitar comigo.

– Boone é muito inteligente – dissKeely de modo descomprometido.

– Sim, e sabe como fazer as pessoa

falarem.

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As feições de Keely se contraíram.– Não tive intenção…– Não! Não você. Eu! Ele m

perguntou que diabos eu pensava questava fazendo, deixando-a sozinha nbaile durante toda a noite. Estav

furioso.– Mas eu estava bem.– Ele sabe que seu pai e o compars

alvez tentem capturá-la. Eu sabia dissou deveria saber. Mesmo assimcoloquei-a em perigo. Boone disse qupoderia ter lhe acontecido qualquecoisa. Sinto muito mesmo. Estava tãenfeitiçado por Nellie que nãconseguia pensar em mais nada. Você

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minha amiga. Eu deveria a estaprotegendo.

O fato de Boone estar preocupadcom sua segurança a aqueceu podentro.

– Está tudo bem – afirmou ela.

Sinceramente.– Ele ficou furioso com isso. – Clar

prosseguiu. – Eu diria que parece at

possessivo em relação a você, mas isso ridículo. Boone gosta de você a seumodo, acho eu. – Ele fez uma pausa. Há rumores sobre vocês dois no baileVocês saíram juntos para o pátio…

– Para conversar sobre você. – Keelapressou-se para esclarecer. – Seu irmã

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queria saber onde você estava e o questava fazendo. Ele é muito insistente.

Seguiu-se um suspiro aliviado.– Sim, ele é. – Mais uma pausa.

Keely, nunca se envolva com ele – dissClark de uma forma tão desesperad

que lhe fez o coração se encher ddecepção. – Algo lhe aconteceu nexterior. Boone detestou as mulhere

por anos desde que aquela gatselvagem o abandonou quando estavferido. Só Deus sabe por que elpermitiu que aquela mulher o guiasspelo mesmo caminho outra vez. Talvequeira se vingar. Boone detestmulheres. Apenas as usa. Mais ou

menos como eu – acrescentou arrasado

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Keely não sabia o que dizer, comresponder àquilo.

– Seu irmão não é uma pessoa ruim.– Não disse que ele era, apena

detesta as mulheres. Ele mantém Mistem rédea curta e não mede as palavra

ao falar com ela. É quase como sBoone a mantivesse por perto poalguma misteriosa razão, mas não que

mesmo nada com ela. Não dá a mínimmportância se está atrasado para umencontro com Misty ou se nãcomparece. Ela passa a maior parte dempo em que estão juntos, reclamand

da forma como Boone a trata discutindo sobre você.

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– Sobre mim? – exclamou Keely. Mas por quê? Boone me ignora.

– Não tenho a menor ideia. Mist

em ciúmes de você.– Isso é uma piada! – Keel

resmungou. – Misty é linda e rica. Sou

comum e pobre. Não sou páreo parela.

– Poderia discutir isso – retrucou

Clark com voz suave. – Você temqualidades maravilhosas.– Não sou nenhuma beldade.– Nem ela.

Keely soltou uma risada baixa.– Claro que é.– Não é uma beldade por dentro

nsistiu ele obstinado. – Você é.

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– Obrigada. Você é maravilhoso.– Maravilhoso? – Clark soltou um

risada. – Bem, ao menos ainda somoamigos, certo?

– Sim.– Então, pode passear a caval

comigo de vez em quando. No ranchoQuando Boone não estiver por perto acrescentou ele com uma risad

ravessa.– Ambos sabemos que você não temmedo de Boone – repreendeu ela.

– Pelo menos, não muito.– O que disse a Nellie para termina

o namoro? – Seguiu-se uma longpausa, na qual o coração de Keely s

consternou pelo amigo. – Clark, voc

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ainda não terminou o namoro? – Apausa que se seguiu foi ainda maior. O marido dela pode lhe fazer algummal. Algo grave – preveniu ela.

Clark deixou escapar um suspiro.– Você não entende. É complicado.

– Acho que não entendo – retrucouela. – Tome cuidado, está bem?

– Eu tomarei. Sei que tenho d

colocar um ponto final nisso, mas nóemos algo especial… Pelo menos dminha parte. É preciso um tempo parme ajustar.

– Cuide-se – disse Keely.– Farei isso. Até qualquer dia.– Até qualquer dia.

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Keely desligou, ainda preocupadaClark estava brincando com fogo. Se ele Boone fossem de fato amigos, diri

sso a ele. Mas ele não lhe telefonara ouse aproximara dela desde o bailequando a beijara com tanta doçura

Keely não parava de sonhar com aquiloansiava por vê-lo, mas não tivera sequeum vislumbre dele.

Talvez Boone a tivesse seduzidapenas para obter informações sobrClark e Nellie, pensou ela. Aquele erum pensamento lastimável e a mantev

ristonha pelo restante do dia.

KEELY E  a mãe estavam convivendmelhor do que nunca antes, embora el

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vivesse aterrorizada com a possibilidadde o pai, ou pior, de Jock aparecer porta da casa. Ella conversara com umcorretor de imóveis sobre a casa e erreno. Tinha de levar a ameaça dock a sério, dissera a mãe, e não queri

r para a prisão. Keely se preocupavcom as chances de aquele segredo vir ona de qualquer maneira. Sentia-s

culpada até mesmo por teconhecimento dele.As coisas pioraram quando Haye

apareceu na clínica veterinária em quKeely trabalhava, no meio da semanseguinte. Parecia taciturno preocupado. Pediu para que Keely

acompanhasse até o estacionamento

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para evitar as pessoas que saglomeravam na sala de espera. Dessforma, poderiam conversar emprivacidade.

– O que houve de errado? perguntou Keely apreensiva.

– É sobre seu pai – começou elehesitante. O rosto adotara umexpressão endurecida. – Ouvi algo

Uma espécie de fofoca que envolve morte do meu irmão…– Oh, céus! – Keely se lamentou.

Eu sinto muito!A expressão de seu rosto revelav

muito. Keely nunca conseguia guardasegredos e aquele lhe custara muita

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noites insones. Se Hayes pressionasseeria de lhe contar. Keely empalideceu.

– Você sabe, certo? – perguntou elcom voz calma. – Conte-me.

Keely abraçou o próprio corpo comforça.

– Se eu lhe contar, minha mãe serpresa – respondeu ela arrasada.

– Se não contar, sua mãe pod

morrer – contrapôs o xerife. – Seu pafoi visto em uma estalagem de estradno município de Bexar, dois dias atrás.

Keely ofegou.– Com Jock?– A pessoa que o viu não tinh

nformações sobre o outro homem

Provavelmente não o reconheceria. O

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que Brent sabe sobre sua mãe e o qusso tem a ver com minha família?

Keely se recostou ao carro dpatrulha o encarando com um olhananimado.

– Ao que parece, meu pai traficav

cocaína, antes de me deixar aqui. Adroga era pura. Ele fez um acordcom… – Ela se calou e mordeu o lábi

nferior. Não sabia como aquilo irisoar.Hayes parecia saber. A figura alt

mudou o peso de um pé para o outro.– Sei o que meu irmão era – disse em

om de voz calmo. – Não preciso mentisobre ele. Bobby está morto e enterrad

há muito tempo.

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Keely inspirou profundamente.– Sim, mas ainda assim ele é seu

rmão e você o amava – retrucou comsuavidade. – Eu amava meu pai. Nuncsonhei… – Ela se calou. – Seu irmão viumeu pai comprar um carregamento d

drogas. Meu pai ofereceu a Robert umpequena fortuna em cocaína para quele não contasse a você.

– Então foi isso.– Meu pai deu a droga ao seu irmãomas não lhe disse que era cem pocento pura. Robert pediu para que sufornecedora injetasse nele. Por isso eleve a overdose. – Keely baixou o olhar

– Sinto-me tão envergonhada!

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– Não! – Hayes se moveu para frente e lhe segurou o rosto nas mãograndes. – Não, Keely, não lhe cab

vergonha ou culpa! Você é tão vítimquanto Bobby. Não carregue esse pesem seus ombros. O crime foi deles, nã

seu!Grossas lágrimas rolavam pelo rost

de Keely. Hayes tateou por um lenço

mas não encontrou nenhum. Ela deuum sorriso torto, enquanto retirava umpedaço de toalha de papel do bolso dcalça jeans.

– Sempre carrego isto – explicouenquanto enxugava as lágrimas. Estamos sempre limpando sujeira

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Alguns cães vomitam quando sãrazidos para cá.

– Posso compreendê-los – dissHayes, forçando um sorriso. – Tambémnão gosto de ir a médicos.

Keely assoou o nariz.

– Queria lhe contar, mas não podiaNunca tive uma boa relação com minhmãe até recentemente e sabia que, se eu

contasse, ela poderia ser presa.– Com base em quê? – perguntouHayes. – Não há nenhuma provaTodos os diretamente envolvidos com caso estão mortos. A mulher qufornecia drogas a Bobby era a irmã dvy Conley, Rachel. Ela morreu d

overdose também, não faz muit

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empo. Deixou um diário e confessouque dera a overdose a Bobby – dissele, para surpresa de Keely.

Na verdade, ela conhecia Ivy, questava recém-casada com Stuart Yorkrmão de sua melhor amiga.

Hayes pareceu pensativo.– Falando de maneira figurada, seu

pai e Rachel entregaram a arma par

Bobby, mas foi ele quem puxou gatilho. Meu irmão era viciado desde o12 anos. Eu sabia e tentei fazer com quele parasse, mas nunca consegui.

– Quer dizer que mamãe não vapara a cadeia? – perguntou Keelpreocupada.

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– Não. – O xerife hesitou. – Mas seupai irá, se eu encontrar um malditmotivo para prendê-lo – acrescentou n

mais frio tom que Keely jamais o ouvirutilizar.

Aquilo a entristeceu, porque o pa

fora bom para ela. Keely não tinhconhecimento do passado negro dBrent e o amava. Foi duro saber que el

era um fora da lei. Ela imaginou poquê, o que o pai fizera para se envolveem algo tão grave que o obrigara fugir, assustado.

– Se ele está fugindo, precisa ddinheiro. – Keely raciocinou em voalta. – Deve estar desesperado par

escapar.

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Hayes comprimiu os lábios.– Você pensa como um detetive

disse ele.– Ele fez algo ilegal – continuou

Keely. – Ou Jock fez e ele o ajudou. Os olhos verdes refletiam tristez

quando encontraram os do xerife. Meu pai era bom para mim naqueledois anos em que vivi com ele. Se nã

ivesse se envolvido com Jock outra vezalvez tivesse mudado.– Homens maus não mudam – diss

Hayes em um tom resignado. – Muitodeles são facilmente influenciáveisOutros são apenas preguiçosos e nãquerem trabalhar para ganhar a vida

Alguns sofreram tantos maus-tratos qu

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detestam o mundo e querem se vingarE entre esses todos, há os bons meninoque usam drogas, se embebedam fazem coisas das quais se arrependempara o resto da vida. – Ele deu dombros. – Acho que foi por isso qu

Deus criou os homens da lei. – O xerifsorriu e Keely o correspondeu.

– Se tiver qualquer notícia de seu pa

– disse Hayes –, precisa me avisamediatamente.– Mamãe está conversando com

corretores de imóveis – informou ela. Está com muito medo do que ele possfazer.

– Eu também – concordou o xerife.

Tenho um amigo em San Antonio qu

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está conversando com o homem qureconheceu seu pai. Ele conseguiu umpista e a está seguindo. Talveenhamos sorte.

– Como devo orientar minha mãe?Hayes pensou por um minuto.

– Diga-lhe para ir em frente e colocaa propriedade à venda. – Keely abriu boca para protestar, mas o xerife ergueu

uma das mãos. – Ela não precisa vendêa. Apenas dar a impressão de que estvendendo. Talvez isso nos dê algumempo. Poderia apostar dinheiro qu

seu pai e seu parceiro estão atentos aque está se passando aqui.

– Direi isso a ela – prometeu Keely.

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– E mantenha as portas e janelarancadas apenas para prevenir. – O

xerife acrescentou com expressão séria.

– Sempre fazemos isso.– Mantenha seu telefone sempre

mão – aconselhou ele. Keely anuiu.

Sinto muito que tenha sido envolvidnisso. – Hayes prosseguiu.

– Não escolhemos a família em qu

nascemos – respondeu Keely filosófica– Não é verdade?

KEELY FOI para casa depois do trabalho

contou à mãe tudo que o xerife Carsondissera. Ella ficou aliviada.– Estava apavorada – confessou

filha. – O xerife Carson não m

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prenderá? Ele disse isso?– Sim – afirmou Keely. – Mas el

quer que você coloque a casa à venda.– Posso fazer isso. – Ella alisou

ecido de seda da calça comprida. Sim, posso fazer isso. – A mãe, qu

sempre fora viçosa, agora aparentava dade que tinha. Nem ao menos usav

maquiagem. – Hoje tomei apenas um

drinque – disse após um minutosorrindo para a filha. – Estou sentindremores, mas talvez consiga largar

vício se me dispuser a tentar.Keely sentiu que estava começand

um relacionamento verdadeiro com mãe.

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– Está falando sério? – perguntousorrindo.

– Bem, não tenha muitas esperanças

– Ella soltou uma risada. – Passei maior parte de minha vida sendalcoólatra. Não é fácil parar de beber.

– Entendo. Mas eu a ajudarei dodas as formas possíveis.

Ella estudou a jovem à sua frente em

silêncio.– Você é uma boa menina, minhfilha – disse ela. – Não tenho sido umboa mãe para você. Gostaria… – Ell

deu de ombros. – Bem, não é semprque se tem segundas chances. Mas vouentar.

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– tudo que se pode fazer – retrucoKeely e, em um impulso, abraçou mãe. Ella hesitou por um minuto, ma

em seguida, retribuiu o afeto. Foi ummomento suspenso no tempo, quandudo parecia possível. Mas era apena

mpressão.

KEELY ESPERARA  que Boone lhelefonasse, levasse Bailey à veterinári

para exames de rotina ou mesmo questivesse em casa quando ela fosse emum daqueles ocasionais passeios

cavalo de sábado com Winnie. Porémele se manteve afastado.Keely aceitou o convite para cavalga

na propriedade Sinclair, esperando te

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um vislumbre dele. Sabia que aquilo erpatético, mas estava ávida por encontráo, sob quaisquer circunstâncias. Winniiderou o passeio pelo deque d

madeira que levava ao rio quatravessava a propriedade. Keel

começou a desmontar do cavalo.– Não. – Winnie se apressou em

dizer, indicando a grama alta.

– Há cascavéis aí. Um dos rapazematou duas, próximo ao rio, estsemana.

– Está muito quente – disse Keeldesanimada diante da menção àcobras. Tinha pavor daquele réptil.

– Sim e elas gostam de lugares fresco

– disse Winnie. – É melhor voltarmos

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acrescentou, verificando a hora nrelógio de pulso. – Tenho de trabalhaesta tarde. Faleceu um familiar de umdas nossas atendentes no serviço demergência e prometi substituí-la.

– Você é uma boa pessoa – diss

Keely. – Estou sendo sincera.Winnie sorriu.– Obrigada. Você também é. E eu

ambém estou sendo sincera.– Como está Clark? – perguntouKeely durante o trajeto de volta.

– A caminho de uma tragédia respondeu Winnie em um tom de vocrítico. – Ainda está se encontrandcom aquela mulher.

– Como você sabe?

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– Ele guardou uma caixa de joias nbolso quando pensou que eu não estavvendo. – A amiga explicou.

– Mas ela é casada – argumentouKeely. – E se o marido dela descobrir?

– Clark lamentará muito – retrucou

amiga. – Naquele relatório do detetiveestava escrito que o marido de Nelliera um motorista de caminhão qu

fazia longas viagens e tem antecedentecriminais por assalto.– Oh, Deus! – resmungou Keely.– Um dia, acabaremos recebendo um

chamado de emergência para Clark emmeu trabalho, espere e verá – dissWinnie com expressão séria. – Ele nã

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nos ouve. Pensa que pode tirá-la dmarido. Está apaixonado.

– Se aquela mulher não abandonou marido é porque tem algum motivo concordou Keely. – Provavelmente eme.

– Esse é o meu palpite.As duas cavalgaram em silêncio at

avistarem o estábulo.

– Boone também está fazendo umbesteira – disse Winnie após umminuto.

O coração de Keely deu um saltdentro do peito.

– Está trazendo aquela moça Mistpara passar o fim de semana aqui em

casa – respondeu Winnie tensa. – S

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Deus sabe por quê. Ele a trata mal, maaquela mulher não desiste. Nãentendo o que está acontecendo.

– Vingança – arriscou Keely.– Foi o que pensei também. Ma

Clark não é o único a esconder joias d

mim. Boone estava com uma caixa doias no bolso também. Assim com

Clark – confidenciou ela, relanceand

um olhar preocupado a Keely. – Eu vEra pequena e quadrada, parecendconter um anel. Ele a estavescondendo.

O mundo de Keely estavdesmoronando. Ela tentou sorrir.

– Acho que talvez seu irmão tenh

descoberto que gosta mesmo de Misty

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certo?Winnie pareceu preocupada.– Meus irmãos são dois idiotas

resmungou Winnie.– O amor torna as pessoas irracionai

– retrucou Keely, olhando ao redor d

pastagem. – Se não chover nopróximos dias, até mesmo os animaienlouquecerão – acrescentou, tentand

mudar de assunto. – Essa seca é terríve– É pior para os ranchos pequenos respondeu Winnie. – Nós temorecursos para comprar feno e alimentao gado. Agora, essa questão de usar milho para combustível está puxando preço desse cereal lá para cima. – Fe

um movimento negativo de cabeça.

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Tenta-se consertar uma coisa e sestraga outra.

– Assim é a vida, suponho.– Não fique tão desanimada – diss

Winnie em tom de voz suave. – Talveseja apenas um broche ou algo parecid

que Boone comprou para algumamiga. Pode não ser um anel.

– Claro.

Winnie sabia que a amiga estavescondendo uma grande tristeza mudou de assunto enquanto perfaziamo trajeto de volta ao rancho.

Encontraram um Clark furioso nestábulo. Ele caminhava de um ladpara o outro, soltando fumaça pela

ventas. Quando viu as duas mulheres s

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aproximarem a cavalo, se precipitou ndireção delas, acompanhado de umvaqueiro que levou os cavalos parserem desselados no estábulo.

– Qual é o seu problema? perguntou Winnie quando os cavalo

foram levados.– Aquele maldito detetive particula

que trabalha para o pai da namorada d

Boone. Ele é o problema! – vociferouClark. – Boone me enganou!– Ele o enganou? Como? – Keely qui

saber.– Nellie não é casada – rosnou ele.

Suspeitei disso, porque ela vive em umapartamento na cidade. Nenhum d

seus vizinhos nunca mencionou o fat

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de outro homem vir visitá-la, muitmenos que seu suposto marido tivessuma vaga para seu caminhão nestacionamento do prédio. Portantopedi a um amigo que tenho na polícide San Antonio para levantar a fich

dela para mim na surdina. Eldescobriu que Nellie nunca foi casada!

Winnie estava chocada.

– Tenho certeza de que Boone não oorientou a colocar informações falsas nrelatório.

– Boone detesta Nellie – retrucouClark. – Faria qualquer coisa para noseparar. E antes que as duas digam issosei que ela tem uma veia mercenária

Gosta de coisas bonitas, porque não tem

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condições de comprá-las. É problemmeu se quero presenteá-la. Ninguémestá me forçando a fazer isso. – Winnie Keely trocaram olhares preocupados– Mas ela está tão furiosa pelo fato dBoone ter mandado investigá-la

entado nos separar com mentiras acrescentou, com expressão tristonha. que não quer mais me ver.

Keely se sentiu culpada. Embora motivo ninguém pudesse saber.– Sinto muito mesmo – disse Winni

em tom de voz suave, depositando-lhum beijo no rosto. – Podemos conversamais tarde, está bem? – Ela franziu esta. – Ah, me esqueci! Tenho de leva

Keely para casa…

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– Eu a levo – ofereceu Clark. – Assimela poderá me consolar.

Winnie abraçou o irmão e depoiKeely.

– Eu lhe telefono – disse à melhoamiga.

Keely anuiu. Estava desapontada ponão ter conseguido ver Boone e tristpor que haviam mentido para Clark

Fazer pessoas inventarem históriasobre Nellie não parecia uma atitude dBoone.

Clark a colocou em seu carro esporte disparou pelo caminho que levava estrada. Era evidente que ainda estavfurioso.

– O que vai fazer? – perguntou ela.

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– Vou fazer o que Boone deseja resmungou o amigo. – Vou deixaNellie antes que ele encontre ummaneira de lhe destruir a reputação.

Keely lamentava por ele.– Boone é terrível – disse ela.

– Está muito acostumado a fazer acoisas da maneira dele. Está ncomando há tanto tempo que pens

poder comandar a vida das pessoaambém. – Clark lhe relanceou umolhar. – Está disposta a uma pequenvingança? Afinal, ele também já ofendeu.

Keely foi invadida por um maupresságio.

– De que tipo?

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– Ele disse a Misty que você o estavassediando no baile beneficente revelou Clark com voz tensa. – Eu lhdisse que havia rumores sobre vocêdois. Ela os ouviu e fez um escândaloGeralmente Boone não dá a meno

atenção aos ataques da namorada, madesta vez foi diferente. Disse que você atraiu para o pátio e flertou

descaradamente com ele.Keely se sentiu tão envergonhada humilhada que teve vontade de abrium buraco no assoalho do carro e senterrar. Aquilo era uma mentirabsurda e Boone sabia disso. Mordeu ábio inferior com tanta força que quas

arrancou um pedaço.

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Clark relanceou o olhar à expressãpétrea da amiga e fez uma careta.

– Desculpe. Não tinha a intenção drevelar isso de maneira tão cruel.

– A verdade é sempre o melhormesmo que doa.

– Mal pude acreditar quando o ouvdizer isso – prosseguiu Clark. – Sei quvocê não se atira nos homens. E qu

nunca flerta. Não consegue nemmesmo argumentar com Boone. Ele gnora!

Keely se sentia muito rebaixadaAceitara imediatamente o convite parpassear a cavalo com Winnie npropriedade Sinclair, esperand

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encontrar Boone. E ele havia contadmentiras sobre ela para a namorada.

Aquela fora a gota d’água. Sentia-sprofundamente nauseada.

– E de que adiantaria isso? – Keelquis saber.

– Isso iria ensinar uma lição sobrentar comandar a vida das pessoas. Ésso – disse Clark entre dentes cerrados

– Estou cansado de ser tratado comuma criança pelo meu irmão. Ele nãsuporta Nellie porque a acha ummercenária, mas o que é aquela caçadotes disfarçada de dama que ele levpara cima e para baixo, senão ummercenária?

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– Ela não é uma das minhas pessoafavoritas.

– Concordo. E agora ele está faland

sobre noivado – resmungou Clark. – Euo ouvi mencionar isso para HayeCarson ao telefone. Não pude escuta

oda a conversa, mas ele parecia furiosoE então disse que estava tentando ficanoivo. Não pude acreditar, mas quand

vi as alianças sobre a mesa dele… – Ocoração de Keely, que já estava a meicaminho, acabou de descer para os pésClark suspirou. – Bem, eu não vou vive

na mesma casa que aquela mulhenojenta e Winnie concorda comigo. Sela se mudar para lá, nós saímos. Boon

pode entretê-la sozinho.

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– Não posso culpá-lo por isso – dissKeely com um fio de voz. – Ela estavdisposta a sacrificar o velho Baileapenas para ir a um show de rock.

– Algo que você nunca faria retrucou ele, dirigindo-lhe um sorriso.

– Amo animais.– Eu também.– Então, o que está sugerindo é qu

finjamos que estamos namorando comfizemos antes? Boone perceberá a farsa– Desta vez não. – Clark garantiu.Keely refletiu sobre aquelas palavra

pelo restante do trajeto até sua casasuportando a dor dos escárnios cruéide Boone. O homem que a beijara com

anta ternura no pátio do centr

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comunitário não parecia alguém capade humilhar uma mulher que correspondera. Mas ela não entendimuito de homens e Boone devia tê-lconsiderado uma inexperiente. Talveestivesse apenas se divertindo. Boone s

afastara quando ela mencionara Misty se tornara distante. Talvez estivesse ssentido culpado por estar beijando um

mulher enquanto se encontravenvolvido com outra. Ele tinha dexplicar a fofoca para Misty, portanto escolhera como bode expiatório. CabraO que fosse! Podia quase odiá-lo poaquela atitude. Certamente, a feencarar a realidade de sua situação.

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Boone era rico. Ela era pobre. Mistera bela e socialmente aceitável. O pade Keely era um criminoso. Aquil

resumia tudo.Clark estacionou diante da porta d

frente e desligou o motor.

– Vamos assistir a uma apresentaçãde balé em San Antonio. – Ele ergueuuma das mãos quando Keely começou

protestar. – Vou contratar um guardacostas para que Boone não tenhmotivos para dizer que a estoucolocando em perigo. – Aquela era um

atitude nova. Keely sentia respeitrenovado pelo amigo. – E faremocompras, quer você goste ou não

afirmou ele. – Precisa de alguns belo

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rajes de noite, algo sedoso, que lhdeixe os ombros expostos.

Keely sentiu uma pontada no peito.– Não visto esse tipo de coisa

afirmou em um tom de voz afetado.– Não estou pedido que vá de roup

de baixo – retrucou Clark suave. – Esim com algo mais feminino do que estacostumada a usar.

O amigo não poderia saber questava lhe ferindo o orgulho, mas aquilestava escrito na expressão de Keely ele notou, franzindo a testa.

– O que há de errado? – perguntouClark.

Keely uniu as mãos sobre o colo.

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– Não posso usar roupas que nãsejam fechadas até o pescoço, muitmenos algo que deixe expostos meu

ombros – disse ela, erguendo o rostpara encará-lo. – Tive um… Umacidente, pouco antes de meu pai m

razer para Jacobsville. Ficaram…Bem… Cicatrizes.

– Deus! Peço-lhe desculpas. – Clar

se apressou em dizer. – Eu não sabia!– Ninguém sabe, nem mesmo minhmãe – confessou ela taciturna. – E vocnão pode contar para ninguém

ambém. – Keely baixou o olhar à calçeans. – É algo com que aprendi

conviver, do meu jeito. Mas tenho um

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vestido dentro das limitações impostapor meus ferimentos.

– Essa fraqueza que tem no braço recordou ele em voz alta. – É outrsequela, certo?

Keely anuiu, com o rosto rubro.

– Desculpe.– Não. Eu é quem lhe peço desculpa

– retrucou ele, esticando a mão par

segurar a dela. – Não direi a ninguém prometeu Clark. E nós compraremoroupas bem conservadoras. Mabonitas.

– Não permitirei que faça isso retrucou ela orgulhosa.

Clark comprimiu os lábios.

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– Suponhamos que eu lhe faça umempréstimo?

– Nunca poderia pagá-lo. Minha mã

pode me emprestar um de seumodelos mais conservadores e suestola de pele de raposa. Estare

apresentável. Prometo.Um sorriso terno curvou os lábios d

Clark.

– Está bem. Se quer assim…– Quanto ao guarda-costas, deveriperguntar ao xerife Carson sobre isso sugeriu ela.

– Eu o farei. Agora, entre. Manterecontato.

– Tem certeza de que quer fazer isso

– perguntou Keely enquanto abria

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porta do carona. – Talvez Nellie voltpara você.

– Não sei se quero isso – retrucouClark. – Viveremos um dia de cada vezPorém, se precisar de qualquer coisame avise, está bem?

Keely não precisaria, sabia disso, maainda assim, sorriu.

Os olhos escuros do amigo s

estreitaram.– Sinto muito por ter lhe contado que Boone disse – acrescentou ele comexpressão séria. – Isso a feriu.

– A vida fere, Clark – respondeu ela– Não há como escapar disso.

– É o que dizem. – Ele se inclinou

sobre o banco para fechar a porta

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abrir a janela. – Na próxima noite dsexta-feira, o balé.

Keely sorriu.– Pedirei ao dr. Rydel para sair mai

cedo.– Também pedirei. – Clark ofereceu.

– É corajoso!– Sim, ouvi dizer que ele está fazend

picadinho de sua equipe ultimamente

mas nós nos damos bem. – Clark soltouuma risada abafada. – Eu lhelefonarei. Até breve.

– Até breve.

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Capítulo 10

O  GUARDA-COSTAS  na verdade era um

policial de Jacobsville que fazirabalhos informais quando não estavde serviço. Era um homem forte parecia incapaz de sorrir.

Em vez de seguir no carro com odois, os seguiu em seu veículo particulaaté San Antonio. Clark lhe pagara

gasolina e teria lhe comprado um

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ngresso para o balé se o homem nãivesse respondido que preferia se

queimado vivo. Sendo assim, Claromara outras providências para empo em que ficariam dentro deatro.

Keely trajava o mesmo vestido dveludo verde que usara no baile, estola de pele de raposa e sapatos d

salto alto da mãe. Estava nervosa com possibilidade de se misturar à nata dsociedade de San Antonio, mas o amighe segurou a mão e lhe garantiu qu

aquelas eram pessoas comuns, comele.

Clark reconheceu um amigo e

apresentou a Keely. O homem er

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ason Pendleton, dono de uma fazendagrícola em Jacobsville. Geralmentestava acompanhado de sua meia-irmãGracie, mas aquela noite se encontravao lado de uma mulher ruiva, quapresentou como sua noiva. A mulhe

era estridente e não muito educadaArrastou Jason para longe deleminutos depois e o levou para perto d

dono do jornal local.– Acho que não a agradamos – dissClark. – É verdade que o velhPeppernell ali é dono de um jornal, manossa família poderia comprar quasudo que ele possui com algunrocados. Jason lhe dirá isso em algum

momento e então ela o puxará de nov

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na nossa direção, toda efusivanventando que Peppernell é primo ou

algo do tipo com quem ela tem obrigação de falar. A irmã de JasonGracie, não se impressiona comdinheiro. É amiga de pessoas que nã

possuem um tostão. Mas, pelo quparece, a noiva de Jason só quesocializar com os magnatas.

Clark estava achando graça, maKeely estava mortificada.– É esse tipo de pessoas que conhece

– perguntou incomodada. – Que ulgam pelo que possui?

– Jason não é assim, mas tenho mpressão de que a noiva é. – El

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franziu a testa. – Fico imaginando ondestá Gracie. É difícil não vê-los juntos.

– É mesmo? – perguntou Keelcuriosa. – Irmãos não costumam fazecompanhia uns aos outros em eventosociais, certo?

– Eles não são parentes – respondeuele, sem dar importância ao fato. – Amãe de Gracie se casou com o pai d

ason e morreu logo depois, deixandason responsável por ela. A mãe dGracie está morta, mas ela ainda vivcom Jason. Até agora, ele não smostrou muito disposto a assumicompromissos. Acho a noiva de Jasonbonita, mas parece muito ganancios

ambém.

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Keely percebera aquilo. Estavobservando a mulher enquanto JasonPendleton se inclinava para falar comela. A ruiva olhou em direção a Clark Keely com uma expressão arrependida.

– Ela acabou de receber a má notíci

– disse Clark com uma risada abafada.Keely também riu, mas ao girar

cabeça, seu olhar colidiu com o d

Boone Sinclair. O encontro inesperada fez experimentar um arrepio. Nmesmo instante, ela desviou o rostpara voltar a fixar o olhar em Clark he segurou a mão com força. O coraçã

estava disparado. Boone a acusara dê-lo assediado descaradamente. Nã

queria ter de falar com ele outra vez.

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Boone estava acompanhado de Miste a guiou em direção aos dois.

– Antes que comece a falar – dissClark ao irmão beligerante –, contratearret do Departamento de Polícia dacobsville como nosso guarda-costas

o detetive Rick Marquez tem umassento ao nosso lado no teatro concluiu, dirigindo um olhar frio a

rmão. Ainda estava furioso com relatório daquele detetive particulasobre Nellie. – Cobri todas as bases.

Os olhos escuros de Boone sestreitaram, irritados. Fixou o olhar emKeely até obrigá-la a encará-lo, mas else apressou a desviar o rosto. Nã

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conseguia esquecer o que Boone disserà namorada sobre ela.

– Ainda acho que não foi uma bodeia – disse Boone conciso.

– Por que simplesmente nãaproveitamos nossa noite e deixamo

que seu irmão e sua… Amiga…Aproveitem a deles? – sugeriu Mistarrogante. – Ele é maior de idade

sabia?Boone dirigiu um olhar dreprovação a Misty e voltou a sconcentrar em Clark.

– Não a coloque em risco – ordenouem tom austero.

– Nunca faria isso – retrucou Clar

no mesmo tom. – E você sabe disso.

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Boone encarou Keely por um longnstante, mas ela o ignorou. Quando s

afastou para acompanhar Misty aos seuugares, tinha a testa franzida.

– Você convidou Marquez? perguntou Keely para ter algo a dizer.

– Sim. Ele ama balé e será nossguarda-costas lá dentro, apenas para caso de seu pai ou o comparsa decidi

planejar um ataque durante a exibiçã– acrescentou com sarcasmo.Keely soltou uma risada.– Acho que isso não é muito prováve

de acontecer.– Também acho. Boone está estranh

ultimamente. Estava infernizand

Hayes Carson ao telefone ontem à noit

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e só Deus sabe por quê. O xerife é seumelhor amigo, mas estavam brigando.

– Estavam? – perguntou Keeldistraída, ainda nervosa com o olhantenso que Boone lhe lançara e nã

conseguindo se concentrar no que

amigo dizia.– Não deveríamos entrar?– Provavelmente nós…

– Oh, aí   estão vocês. – A noiva dason Pendleton se precipitou emdireção a eles. – Sinto muito por termonos afastado de repente, mas tínhamode falar com aquele amigo de Jason!

Clark relanceou um olhar a Keely eve de morder a própria língua par

suprimir uma risada.

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Jason observava a noiva com umolhar estranho, como se não tivessnotado sua tendência a alpinista sociaEle não possuía uma belezconvencional, mas Keely podia ver poque atraía a atenção das mulheres. E

não era por sua riqueza. Ela dirigiu umolhar tímido ao casal enquanto Clark guiava em direção à plateia.

O detetive Marquez sorriu quando odois se sentaram a seu lado.– Está sozinho? – perguntou Clar

surpreso.– Não consigo conquistar a

mulheres. – Marquez deu de ombros. Quando veem o revólver – indicou

coldre de ombro – e percebem que

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carrego o tempo todo, geralmentdesaparecem da minha vida. Mas tudbem – acrescentou satisfeito. – Semprdesejei passar a vida sozinho e semfilhos ou netos.

Clark e Keely explodiram em um

risada uníssona.O homem se limitou a sorrir.

DURANTE TODA  a apresentação do baléque se revelou bela e interessanteKeely estava ciente dos olhos escuros dBoone a observando. Detestava a

sensações que não conseguia impedirporque sabia o que aquele homempensava dela. Era humilhante que nã

fosse capaz de evitá-las.

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Quando a apresentação chegou afim, Boone interpelou Clark, Keely e guarda-costas na porta da frente.

– Vamos ao Chaco’s Bar e Grill paromar um drinque. Por que não suntam a nós? Seu guarda-costas est

convidado também.– Não bebo em serviço – respondeu

arret sem rodeios. – Mas obrigado.

– Acho melhor irmos para casa ponderou Clark sabendo da relutâncide Keely em lidar com seu irmão.

– Será apenas um drinque – insistiuBoone, com aquela expressão qudeixava claro que conseguiria o ququeria, chovesse ou fizesse sol.

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– Então está bem. – Clark cedeucomo sempre. Logo em seguida, sarrependeu ao ver a expressão de Keel

quando ele concordou.– Não demoraremos – prometeu

Boone.

Em seguida, ele e Misty se dirigiramao seu carro esporte, que se encontravestacionado ao lado do de Clark. Mist

reclamava em voz alta sobre a intrusãna privacidade dos dois. Keely tevvontade de fazer o mesmo. Não estavdisposta a tomar um drinque, muit

menos em companhia de Boone.Mas acabaram todos se reunindo n

bar. Keely pediu um refrigerante. Mist

he dirigiu um olhar furioso, enquant

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pedia uísque sour com um sorrispresunçoso, como se achasse que aquelfosse um comportamento puritano dKeely.

– Marquez aprovaria isso – dissClark quando Keely foi servida.

Ainda não tem idade para beber.– O quê? – Misty quis saber.– Só é permitido vender bebid

alcoólica para maiores de 21 anos disse Clark com naturalidade.Misty franziu a testa.– Você ainda não tem 21 anos?

perguntou a Keely.– Farei 20 anos na véspera do Nata

daqui a quatro meses – respondeu

Keely sem lhe dirigir o olhar.

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A irritação de Misty era evidente. Elomou um gole do drinque e ignorou

outra.Mas o mesmo não aconteceu com

Boone. Ele parecia inquieto. QuandMisty pediu licença para ir ao toalet

com óbvia relutância e Clark decidiuacompanhá-la, Keely ficou sozinha comBoone. Não conseguia se forçar

encará-lo. Limitou-se a tomar goles drefrigerante, segurando o copo com aduas mãos e olhando em direção abar.

– Não me dirigiu a palavra durantoda a noite – disse Boone de repente.

E nem o olhar.

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E então, ela o encarou com os olhofaiscando de raiva.

– Não queria dar a impressão de qu

o estava assediando – respondeu emom de voz frio. – Pelo que entend

atirei-me em você durante o bail

beneficente e o ofendi.Boone contraiu a mandíbula

desviou o olhar como se a resposta

constrangesse.– Há coisas acontecendo das quainão tem conhecimento. Não deveriestar andando por aí com Clark.

– Estou tão segura com ele quantestaria em casa – retrucou ela. – Clark um homem maravilhoso. Sorte minh

que o seu detetive o tenha afastado d

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Nellie. Aparentemente – acrescentoucom um sorriso significativo –, sou maiadequada a Clark do que ela.

A expressão de Boone erntimidadora, mas antes que el

pudesse retrucar, Misty estava de volta

Ela se sentou na cadeira e recostou cabeça ao ombro de Boone, na intençãde distraí-lo. Clark e Keely s

encontravam tensos e pouco à vontadeQuase não conseguiam agir de maneircivilizada até acabarem de tomar suabebidas.

MISTY FEZ  questão de ficar sozinha aado de Keely enquanto caminhavam

na direção dos carros.

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– Boone só falou de você durantoda a noite, só Deus sabe por quê

Bem, não vai conseguir fisgá-lo – dissem tom de voz frio. – Vou dar um jeitem você!

Keely não teve a chance de pergunta

o que ela quisera dizer com aquiloMisty correu em direção a Boone quasropeçando para alcançar o carro em

que estavam. Parecia enciumada pelfato de Boone tê-la mencionado. Keelnão conseguia imaginar por quê, maera emocionante pensar que talvez elestivesse arrependido pela péssimatitude em relação a ela.

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– QUE DIABOS há de errado com Boone– perguntou Clark no trajeto para casa– Nunca o vi tão taciturno.

– Não tenho a menor ideia respondeu Keely.

– Eu o infernizei por causa d

relatório do detetive. Ele jurou que nãmandou o homem mentir. – Clarrelanceou um olhar a Keely. – Nã

consigo ficar muito tempo zangado commeu irmão. Mas me desculpe por nãer nos livrado daquele drinque.

– Tudo bem – respondeu ela. – Seu

rmão é intimidador. É difícil qualquepessoa negar alguma coisa para ele.

– Principalmente eu. – Clark sorriu.

Quando éramos crianças, Boon

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sempre me protegia dos meninos maue mais velhos. Nunca temia nada. Achque ele me superprotegia. Após a mortde nossa mãe, papai se tornounsuportável. Boone absorveu muito

dos ataques que eram destinados

mim.– Ele o ama.– Sim. E eu também o amo. – Clar

dirigiu um olhar a ela. – Boone dissque o xerife Carson a procurou.– Sim – retrucou ela. – Tive de lh

contar o que meu pai fez.– Como?Keely mordeu o lábio inferior. O pa

era um criminoso. Aquilo afastari

Boone de sua vida para sempre. Tinh

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certeza de que Hayes Carson havia lhcontado sobre seus pais. Os dois semprforam muito amigos.

– Meu pai era traficante de drogas confessou ela em tom de voz calmo. Forneceu a cocaína que matou o irmã

do xerife Carson, Bobby.– Oh, Deus! – exclamou Clark sério

– Pobre criança!

– Agora meu pai está de voltuntamente com o comparsa e quemuito dinheiro…

– Eu poderia lhes dar o ququisessem. – Clark ofereceu no mesmnstante.

– Não! – respondeu ela com olha

eloquente. – Não entende que o únic

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modo de impedi-los é mantê-los poperto enquanto mamãe coloca a casa venda? Talvez a polícia tenha a chancde pegá-los antes que façam mal alguém.

– Acha que seu pai seria capaz de lh

fazer algum mal? – perguntou Clark. Keely nunca gostara de pensar npassado. O acidente que sofrera lh

ferira mais que o corpo. Quando menino pequeno caiu no poço da jauldo leão, ela e o pai estavam parados doutro lado. Ele não fizera nada parsalvar a criança.

– Sim, seria, certo? – questionou elpreceptivo.

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Keely inspirou profundamente. Forogo depois do processo criminal que

pai a trouxera de volta a Jacobsville. El

quase não lhe dirigira a palavra e nãconseguia lhe sustentar o olhar. Keelentara se convencer de que a hesitaçã

do pai em salvar a criança se devera achoque, mas ela não havia hesitado.

– Passei todos esses anos tentand

fingir que meu pai me trouxe de voltpara meu próprio bem – disse ela. Mas acho que foi porque estavenvergonhado. – Keely ergueu a mã

quando o amigo fez menção dperguntar algo. – Não consigo falasobre isso, nem mesmo agora. É muit

doloroso pensar que meu pai estav

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disposto a assistir enquanto a vida duma criança estava em perigo. Eu amava, mas ele preferiu me sacrificapara se salvar. – Ela ergueu o olhar. Na mesma situação, Boone não terihesitado nem por um segundo

Tampouco você ou Winnie.Clark tinha uma expressão austera.– É difícil perder a confiança em

nossos pais. Sei o que estou dizendoQuando mamãe fugiu com nosso tioficamos devastados. Três criançapequenas e ela simplesmente sumiu.

Keely estava pensando que nuncseria capaz de abandonar alguém dpróprio sangue, mas não fez nenhum

comentário.

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– Você será uma excelente mãe afirmou com uma risada abafada. Seus filhos serão muito mimados.

Keely escorregou a mão pelo braçesquerdo.

– Não – disse, parecendo distante.

Não terei filhos. Não me casarei.– Algumas cicatrizes não terão

menor importância – afirmou ele.

Keely não respondeu. Clark não fazideia. E também não conseguiria lhcontar.

– Eu me diverti – disse ela, sorrindo– A noiva do sr. Pendleton é uma piad– acrescentou com uma breve risada. Acha que ele será capaz de se casar com

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uma mulher que é o protótipo dalpinista social?

– Acho que, assim como euPendleton se envolveu em umrelacionamento carnal que o cega para verdadeira natureza da parceira

respondeu Clark depois de algunnstantes. – Espero que ele tenha sort

de cair em si a tempo.

Keely franziu a testa.– Isso não soa como você.– Estive observando Misty esta noit

– retrucou ele. – Ela se derrete parBoone com cifrões refletidos nos olhosAquela mulher gosta de pertencer primeira classe. Finge ter dinheiro, ma

acho que isso não é verdade. Em minh

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opinião, Misty está representando parconseguir Boone de volta. Espero quele tenha bom senso. – Clark gesticuloucom a mão. – Vi a mim mesmrefletido em meu irmão. Eu tambémestava encantado com Nellie, porém

percebi que não passava de uma ilusão– Clark arriscou um olhar a Keely. Você não permitiu que eu lhe dess

brincos de esmeralda quando os ador– disse ele com voz suave. – Nuncconheci uma mulher como você.

– Na verdade, há muitas iguais mim e todas vivem em Jacobsville Comanche Wells – provocou ela. ovens comuns, sem sofisticação, qu

vivem no campo, amam animais

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plantação e não acham que casar comum homem rico é a maior de suaambições na vida.

Clark fez uma careta.– Nunca conseguiria que Boon

aceitasse uma dessas jovens – diss

Clark resignado. – Ele sempre espera pior quando namoro alguém fora dnosso círculo social.

Aquilo a magoou, mas Keely naddisse. Clark fora gentil com ela.– Tenho de ir – disse ela. – Tive um

noite maravilhosa – acrescentou. Obrigada.

– Repetiremos isso. – Clark franziu esta. – Não quis dizer o que pareceu…

Sobre namorar garotas fora do meu

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círculo social. Sempre pensei em voccomo alguém da minha família.

Keely sorriu.– Essa é a coisa mais bonita qu

amais me disse.Clark pareceu envergonhado.

– Será que preferia que eu considerasse uma jovem elegível?

Keely negou com a cabeça.

– Gosto de ser sua amiga.– Eu gosto de ser seu amigo. – Clarse inclinou e lhe depositou um beijo nrosto. – Se precisar de ajuda, sabe qupode me procurar.

Keely soltou uma risada abafada.– Claro que sei, mas posso me cuida

sozinha. Boa noite.

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– Boa noite.Clark a esperou entrar em casa par

igar o motor do carro e partir.

ELLA ESTAVA  estranhamente taciturnaQuando Keely perguntou sobre a casa

a mãe lhe deu apenas respostaevasivas. Carly não estava presente e halgum tempo não as visitavaAusentara-se da cidade por algumempo, informou Ella por fim e depoi

não tocou mais no nome da amigaHouve também um telefonem

perturbador que a mãe atendeu respondeu com monossílabos. Nãcontou à filha o que fora dito ou quem

elefonara.

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Quando um carro estacionou diantda porta da frente em uma manhchuvosa de sábado, Ella ofegou. Keelcorreu para ver quem era.

– É Boone Sinclair – dissegaguejando pelo choque.

– Graças a Deus! – exclamou a mãe– Graças a Deus! – Em seguida, cruzouo corredor, entrou em seu quarto

fechou a porta.Surpresa, Keely saiu para a varandno mesmo instante em que Boonsaltava do carro e subia os degraus, doide cada vez.

Estava em trajes de trabalho: jeansbotas, um chapéu branco e uma camis

xadrez de mangas compridas, abotoad

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até o pescoço. Baixou os olhos escuros ranstornados para encará-la.

– Vamos dar uma volta de carro disse conciso.

Keely poderia pensar em uma dúzide razões para não o acompanhar. A

mente concordou que o fizesse, mas corpo a fez entrar na casa, pegar a bolsauma jaqueta leve e se despedir da mãe.

BOONE ABRIU  a porta do carro para elentrar e o contornou para escorregapara trás do volante e ligar o motor. Um

minuto depois, estavam disparandpela estrada em direção ao ranchSinclair.

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Keely não conseguia disfarçar nervosismo. As mãos brincavam com pequena bolsa enquanto ela escutava

som ritmado dos limpadores de parabrisa que dispersavam a água da chuva

Apesar de toda a recente turbulênci

entre os dois, sentia-se segura comBoone. Segura, excitada, esperançosa perdidamente apaixonada. Cada célul

viva de seu corpo ansiava por seabraçada como fora no bailbeneficente. Esperava que ele nãpercebesse.

Mas Boone percebeu. Era muitexperiente para se confundir com inguagem corporal de Keely e aquilo

fez sorrir em seu íntimo. Se estivess

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envolvida com seu irmão, como Clarafirmava, não se mostraria tão nervosem sua companhia. Aquilo significavque ainda estava em tempo. Sconseguisse convencê-la de que nãivera intenção de humilhá-la.

Boone seguiu por uma trilha de gadque levava a um portão fechado, parouo carro e desligou o motor.

A chuva inundou o para-brisaornando a paisagem externa umnévoa cinza. Ele soltou o cinto dsegurança, sentou-se de lado no bancdo motorista e a encarou.

O silêncio era enervante. Keely virouo rosto em direção a ele e teve o olha

capturado e preso.

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– Clark disse que vocês estão em umrelacionamento firme – disse ele.

E agora? O que diria?, pensounervosa. Não era verdade, mas Clark estava usando como ferramenta de suvingança, aparentemente por te

perdido Nellie. Ela mordeu o lábinferior e tentou encontrar uma saíd

graciosa para aquele dilema.

– Ele disse isso? – perguntou a fim der tempo para pensar.Os olhos escuros se estreitaram.– Não jogue comigo – disse el

conciso. – Está ou não envolvida commeu irmão?

Desculpe, Clark, disse ela em silênci

para si, mas nenhuma mulher resistiri

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àquele olhar de Boone.– Não estou – respondeu, soand

ofegante como se tivesse corrido umonga distância.

A tensão pareceu desertá-lo.– Bem, graças a Deus que uma cois

deu certo – murmurou ele. – Sericapaz de estrangular Hayes Carson! Enquanto Keely estava tentand

decifrar aquele enigma, Boone lhsoltou o cinto de segurança e a puxoupara seus braços. – Pensei que estsemana não chegaria ao fim. – Os lábioávidos capturaram os dela como sestivessem famintos há anos precisassem satisfazer aquela fome em

segundos. Puxou-a contra o corpo

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alheio ao suave gemido de protesto quela deixou escapar. – Estou louco povocê – sussurrou Boone contra os lábiomacios. – Morrendo por você…

Estaria ouvindo ele dizer aquelapalavras? Keely deixou os protestos d

ado. Seriam inúteis de qualquer jeitoAninhou-se ao corpo forte e esqueceu dor no ombro e no braço, sentindo-s

derreter no ardor de Boone, que apenacrescia com sua resposta abandonadaO desejo de Keely começou a se ergueem uma espiral. Aquele era o mais docnterlúdio de sua vida. A chuva açoitav

o teto do carro, o capô, o porta-malasO vento soprava, mas ela não consegui

ouvir nada além das batidas acelerada

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do próprio coração. Não conseguiresistir. O que Boone desejasse poderier.

Exceto quando a mão longescorregou sob sua blusa e lhe tocou seio, subindo para baixar a alça d

sutiã. Keely não poderia, não ousarideixar que ele lhe sentisse o ombro.

Com um grito agudo, ela se afastou

O rosto rubro pelo desejo, os olhoranstornados pela paixão e o medo.Boone interpretou aquela reação d

maneira errada. Os olhos escuros sornaram frios. Ele a afastou aind

mais, com a respiração ofegante, atconseguir recobrar o controle.

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A primeira vez em que a beijaranterpretara os protestos de Keely comemores de uma virgem. Mas não era

caso agora. Ela o rejeitara. Mentira emrelação aos seus sentimentos por ClarkNão conseguia esconder o fato de qu

não queria ter nenhuma intimidadcom ele. Aquilo lhe feriu o ego, quasanto quanto na ocasião em que Misty

evitara naquele hospital do exército.– Boone – começou ela em tomsuave, temendo o que teria de lhcontar.

– Esqueça! – Ele interrompeurecolocando o cinto de segurança igando o motor do carro. – É evident

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que não consegue esquecer seusentimentos por Clark. Sem problemas.

Boone não disse mais uma palavraNem sequer olhou em direção a ela atse encontrarem em frente propriedade Welsh, com o motor d

carro ligado.– Não é o que está pensando – diss

ela.

– Uma ova que não é – retrucou elem tom frio. – Adeus, Keely.O modo como ele dissera aquela

palavras lhe deu certeza de que não sratava de uma despedida temporária

Boone queria dizer que nunca mais sencontrariam sozinhos.

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Keely sentia o coração em frangalhosBoone pensava que ela o rejeitara e nãera verdade. Não podia suportar

expressão de pavor no olhar de Boonse ele tivesse lhe tirado a blusa. Aquilacabaria com qualquer chance qu

ivesse com ele. Claro que forexatamente o que acabara de acontecerporém, sem o trauma adicional do qu

ele ignorava.Keely inspirou profundamente.– Obrigada pela carona – conseguiu

dizer, conjurando um tom educado. Em

seguida, abriu a porta e saiu.Ainda assim, Boone não disse mai

uma palavra. O carro estava de volta

estrada antes que ela pisasse n

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primeiro degrau da varanda. Keely nãolhou para trás. Seria inútil.

A MÃE  ainda estava agindo de maneirestranha. Havia se passado quase umsemana desde o dia que Boone a levar

naquele passeio e a beijara. A chuvcessara e agora o calor era insuportáveEstavam ocorrendo incêndios florestais

Todos temiam atirar um fósforo nchão, queimar lixo ou mesmo fumaum cigarro a céu aberto. Estava quasna época da colheita do milho, do fen

e dos amendoins. O milho e o feneram muito importantes, pois teriam ddurar para manter o gado pelo períod

de inverno. As colheitadeiras e o

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ratores estavam sendo preparadoenquanto contavam os últimos dias qurestavam para a colheita.

Na manhã de sábado, os sons dmaquinaria podiam ser ouvidos emodos os lugares. Winnie passou par

buscar Keely para um almoçmprovisado, garantindo primeiro qu

Boone estaria fora cuidando da

colheitadeiras e não voltaria pelo restdo dia. Levara um cooler com elecontendo o almoço e bebidas.

– Espero ter ovos suficientes parfazer uma salada – murmurou Winniquando transpuseram as enormecolunas que sustentavam os agor

abertos portões que levavam à casa. – S

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não tiver, talvez eu dê uma passadrápida no mercado. – Ela relanceou olhar a Keely que parecia apreensiva. Boone está mesmo fora, cuidando dacolheitadeiras – afirmou. – Eu nãmentiria sobre isso.

Keely relaxou com um sorriso.– Está bem. Desculpe.– Não é culpa sua – retrucou Winnie

iderando o caminho em direção cozinha. – Boone praguejou contra voca semana inteira para ser sincera. Semmencionar Hayes Carson… Só Deusabe por quê. Mas esta manhã algchegou por correio expresso. Ele levou correspondência para o escritório e s

fechou. Saiu sem dizer uma palavra

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caminhando lentamente. – As feiçõede Winnie se contraíram. – Que Deuajude os vaqueiros! Até o fim da tardealguém se demitirá, pode escrever o questou dizendo. Ele está fervilhando!

– Não sabe o motivo? – Keely nã

resistiu a perguntar. – Pode ter sidalgo sobre meu pai…?

Winnie se mostrou surpresa.

– O que Boone teria a ver com seupai?Keely se sentiu encurralada.– Disse que ele conversou com

xerife Hayes…Winnie franziu a testa.– O que está acontecendo?

Keely hesitou.

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– Clark não lhe contou nada?– Ele disse que tinha de levar um

guarda-costas quando a levou a SanAntonio – respondeu a amiga com vosuave. – Não sou tola. Há rumores dque seu pai está metido em confusão

ameaçando você e sua mãe. Mas achque Boone não estaria envolvido nisso.

– Não. Claro que não. – Keely s

apressou em dizer, forçando um sorrisoWinnie não tinha a menor ideia do questava acontecendo de fato entre rmão e sua melhor amiga

Provavelmente era melhor que nuncsoubesse. Boone nunca mais lhvoltaria um segundo olhar. Keel

maginou como poderia esfriar su

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amizade com Winnie sem lhe suscitasuspeitas. Tinha de encontrar ummodo. O simples pensamento de voltaa esbarrar com Boone outra vez, depoido modo como se despediram nsábado, a deixava nervosa.

As duas começaram a fazer o almoçomas como Winnie previra, deveria tecomprado ovos. Havia apenas dois n

refrigerador.– Não posso fazer salada de ovosuficiente para nós duas e para ohomens comerem mais tarde comapenas dois. – A amiga soltou umrisada, enquanto pegava a chave dcarro e a bolsa. – Termine de fazer

salada de macarrão enquanto vou

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rapidamente ao mercado. Serão apena15 minutos. – E percebendo a expressãpreocupada de Keely. – Boone nãconseguiria chegar aqui em 15 minutossso a faz se sentir melhor?

– Sim – respondeu Keely decidida.

Winnie comprimiu os lábios.– Fico imaginando o que est

acontecendo entre você e meu irmã

mais velho. Mas não perguntareAinda.Winnie saiu apressada pela porta do

fundos e a fechou. Keely se sentiumenos segura.

Terminou de preparar a salada dmacarrão e a colocou no refrigerador

Escutou a porta da frente se abrir

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fechar, experimentando uma pontadde alívio.

Winnie estava de volta.Mas os passos cruzando o corredo

não eram suaves e abafados. Mas simpesados e firmes. Apreensiva, ela girou

E lá estava Boone, trajando um jeanmanchado, botas e uma camisa úmidde suor. O chapéu estava pendurad

em uma das mãos. Os olhos, quandencontraram os dela, faiscaram draiva.

– Venha até o escritório – ordenouele com voz tensa. – Tenho algo parhe mostrar. – Boone girou e se afastou

deixando que ela o seguisse.

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Keely estacou à porta do escritóriomexendo nos botões da blusa de mangcomprida branca que usava sobre

calça comprida de sarja bege. Boonestava segurando o envelope quWinnie mencionara ter chegado po

correio expresso naquela manhã. De láele retirou uma fotografia e a estendeupara ela.

– Veja – disse ele em um tom tãameaçador que lhe fez o cabelo da nucse eriçar. – E depois me diga que nãem nada a ver com Clark!

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Capítulo 11

KEELY ENTROU lentamente no escritóri

e segurou a foto. E quase se engasgouquando a viu. A fotografia mostravduas pessoas na cama, em um abraçntimo. O homem era Clark e a mulhe

inha seu rosto. Mas aquele certamentnão era seu corpo. Quase soltou umrisada de alívio diante da tentativ

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óbvia de colocar seu rosto no corpo doutra mulher.

Keely ergueu um olhar divertidomas Boone não estava rindo. Estavfurioso e obviamente acreditava quaquela fotografia era a prova de sua

mentiras.– Essa não sou eu – começou ela.– Uma ova que não é! – vociferou

Boone, arrancando a foto das mãos dKeely e a rasgando em pedaços quatirou sobre o carpete. – Se ao menome dissesse a verdade, poderia teaceitado. Não precisava mentir!

– Mas eu não menti – protestou ela– E posso provar!

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As mãos pequenas se ergueramrelutantes para os botões da blusa. Nãqueria chegar a tal extremo, mas Boon

não seria convencido facilmente.Interpretando o gesto de maneir

errada, ele gritou:

– Poupe-se do constrangimento. Nãquero saber como é sob essa blusa. Foapenas uma brincadeira da minha part

– acrescentou com um sorriso frio. Um pequeno flerte, uma provocaçãoalguns beijos. Tenho certeza que nãevou isso a sério. Só queria ver at

onde você ia. Se não deixou claro antesfez isso agora. Qualquer um dos irmãoSinclair servirá, desde que consiga

suficiente para valer a pena o sacrifício

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certo? E eu que a julgava tão honestarecatada e trabalhadora! Tudo nãpassava de uma farsa. Como todas aoutras, você só está atrás do dinheiro!

– Isso não é verdade! – afirmouKeely na defensiva.

Os olhos escuros voltaram a faiscar.– Não a quero mais aqui. Nunc

mais. Saia da minha casa e vá embora. E

nunca mais retorne. Não me importque Clark ou Winnie a convidemSimplesmente não aceite! Dê umdesculpa ou faça o que for necessáriomas não pise nesta casa outra vez.

– Você não entende! – argumentouKeely impotente.

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– Eu disse saia! Agora! Se não sairserei capaz de telefonar para um doadjuntos do xerife Hayes e mandar tirá

a daqui algemada!Boone estava muito enfurecido par

escutar a voz da razão e falava sério

Keely não suportava o pensamento dser presa por invasão de propriedade. Anotícia se espalharia rapidamente po

Comanche Wells e Jacobsville e elnunca conseguiria superar aquelvergonha.

Keely inspirou, sentindo-se arrasada

Ela o amava e Boone era capaz de tratáa daquela maneira.

– Estou indo – disse ela. – Nã

precisa fazer ameaças para que eu saia

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Por favor, diga para Winnie que tivalguma emergência.

Boone não respondeu. Saiu descritório, seguiu pelo corredorranspôs a porta da frente e entrou n

que soava como uma picape. O veícul

se afastou cantando pneu, antes quKeely alcançasse o longo caminho quevava à estrada. Boone não sabia qu

Winnie a trouxera de carro até ali. Nãinha como voltar para casa.Mas estava muito temerosa d

encontrar Boone para ir até aalojamento e pedir uma carona. Dqualquer forma, não adiantaria dnada. Todos os homens se encontravam

nas pastagens, trazendo as colheitas.

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Keely vestia uma blusa de mangcomprida, não tinha água e nemmesmo usava um chapéu. O sol ernclemente. Quando saiu pelos portõe

e percorreu 400 metros de estradasentia-se demasiado cansada e com

sede para continuar. Iria se sentar sombra de uma árvore, imaginou. Aestrada era plana ali. Winnie passari

de carro por aquele ponto, mais cedou mais tarde. A blusa branca sdestacaria no bosque de algarobeirasTeria apenas de tomar cuidado com ogalhos baixos das árvores e os espinhoongos, tão afiados que eram capazes d

espetar uma bota.

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A enorme árvore próxima à estradprovia um pouco de sombra. Havia umgalho grosso caído ao chão que deveri

estar ali há muito tempo. Keelcolapsou sobre a madeira, exaustdevido ao calor, sem olhar onde estav

sentando. Aquilo foi um erro. Ela ouviuo som de bacon frito, que o cérebro emurbilhão não relacionou à fonte, qu

nada tinha a ver com frituras: umcascavel diamante.Antes que Keely pudesse virar

cabeça para procurá-la, a cobra deu

bote. Picou-a no antebraço e recuouainda sibilando.

Aterrorizada, ela se ergueu de um

salto e se afastou correndo, antes que

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réptil a picasse outra vez. A picadestava evidente, manchada com sangue“Um torniquete”, pensou. Impedir quo sangue corresse para o coraçãoManter a picada mais baixa que coração…

Keely pegou o lenço que semprcarregava em um dos bolsos e envolveuo antebraço com o tecido entre a picad

e o cotovelo. Em seguida, ergueu umgalho fino e o utilizou para apertar enço. Usá-lo apenas para manter

sangue sob a pele, recordou aorientações dos livros de primeirosocorros que lera. Não devia apertá-lcom muita força para não impedir

circulação. Uma vez apertado, nã

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podia afrouxá-lo. O próximo passo seripedir ajuda.

Ajuda? Keely olhou para um lado depois para o outro. A estrada sencontrava deserta. Fora picada pouma cobra venenosa. O braço estav

nchando à medida que o venenentava ganhar a circulação na direçã

do coração. Mantendo o braç

esquerdo abaixado, aquele que ficarcom a sequela, tentou inspirar e expiraenta e superficialmente. Necessitariomar soro antiofídico. Teriam algum

no hospital de Jacobsville? Não estavcom o telefone celular da mãe. Deixarao no balcão da cozinha de Winnie. O

calor era incinerador e ela já estava s

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sentindo zonza. E nauseada. A picadestava doendo. Muito!

Keely fechou os olhos, parada nmeio da estrada. Se em breve nãpassasse ninguém por aquela estradaseria tarde demais. A mente de Keel

flutuou para Boone. Como ele agira nbaile beneficente, abraçando-abeijando-a com tanta ternura, quas

como se a amasse.– Boone – sussurrou ela, antes ddesmaiar.

WINNIE ESTAVA  praguejando contra própria falta de sorte enquanto voltavapressada para o rancho. Boone havi

he telefonado, quase incoerente pel

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fúria, intimando-a a jamais recebeKeely outra vez no rancho. Afirmarafurioso, que tinha fotos da amiga comClark, que lhe causavam náuseas. Haviexpulsado Keely e dito que nunca maia queria naquela casa. Desligara

elefone, antes que Winnie pudesse lhdizer que Keely não tinha como voltapara casa. Agora, esperava voltar

empo de poupar a pobre moça de umonga e desconfortável caminhada.Aproximou-se da estrada que levav

ao rancho e notou uma trouxa dfarrapos caída ao chão. Porém, quandpercorreu mais alguns metros percebeuque não eram farrapos. E sim Keely!

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Winnie girou o carro, deixou o motoigado, a porta aberta e correu em

direção à amiga.

– Keely! Keely! – gritou enquantretirava o telefone celular do bolso igava para o serviço de emergência sem

hesitar.Os olhos de Keely se entreabriram

atordoados.

– Winnie… Uma cobra… Cascavel…Tentou levantar o braço esquerdoEstava inchado e quase preto.

– Deus do céu! – sussurrou Winni

penalizada. Uma voz falou ao seuouvido do outro lado da linha.

– É Winnie Sinclair – disse ela.

Shirley, é você? Foi o que pensei. Ouça

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estou com Keely Welsh aqui no meida estrada. Ela foi picada por umcobra. Disse que foi uma cascavel. Vouevá-la para o Hospital Geral dacobsville, pois não há tempo par

despachar uma ambulância. Faça com

que eles a estejam esperando com soro antiofídico. Entendeu? NãoShirley, obrigada. Não, não poss

permanecer na linha. Tenho de colocáa dentro do carro.Winnie desligou e conseguiu

ransferir Keely para o banco da frentdo carro e prendê-la com o cinto dsegurança em questão de segundossem saber de onde tirara a força. Senti

o coração batendo como um tambor

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enquanto passava a marcha e deixavmarcas dos pneus no chão de terra, ase afastar dali.

Após percorrer 1,5km se deparoucom as luzes azuis faiscantes de umveículo e reduziu a velocidade. O carr

da polícia de Jacobsville girou na frentdela. A porta se abriu e a cabeça dKilraven se inclinou para fora.

– Siga-me! – gritou ele.Winnie anuiu, aliviada por obteajuda. Ele disparou com o carro dpatrulha e ela o seguiu. Os carros safastavam do caminho. Os doiavançaram dois sinais vermelhos manobraram em direção à entrada d

emergência do hospital.

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Tão logo Winnie freou o carroKilraven se precipitou em direção aveículo para retirar Keely e carregá-lpela porta da emergência, onde ummaca e o dr. Coltrain a aguardavam.

– Picada de cobra. – Winnie ofegou

– Cascavel diamante. Ela mesma fez orniquete no braço…

– Está tudo bem. – Kilraven

acalmou. – Shirley telefonou para elesEstá tudo pronto, menos o sorantiofídico – acrescentou em tomcalmo. – Eles não têm suficienteportanto providenciaram para que umpolicial estadual o leve até a fronteiraHayes Carson vai encontrá-l

pessoalmente e trará o soro antiofídic

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até aqui. – Ele pousou uma das mãoongas no ombro de Winnie. – El

ficará bem. Você fez tudo certo.Winnie mordeu o lábio inferior. A

ágrimas lhe rolavam pelo rosto. Elvirou de costas e começou a subir o

degraus da escada.Porém, Kilraven a girou e a puxou

para seus braços.

– Nunca sinta vergonha de suaágrimas – sussurrou ao ouvido dWinnie. – Também já derramei minhcota delas.

Aquilo era surpreendente e bastantagradável. Significava que Kilraven erhumano.

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– Obrigada – agradeceu ela com vorouca, após um minuto. – Em seguidarecuou e limpou os olhos com o dors

da mão. – Estava apavorada e não podidemonstrar. Ela é minha amiga.

– Eu sei. Venha. Eu a acompanho

Por coincidência, tive uma chamadpara vir até aqui. Lembra-se de BenBarkley? O filho lhe deu um tiro n

perna quando ele começou a surrar mãe do garoto.– Riley atirou nele? – perguntou

Winnie surpresa. O rapaz parecia meig

e se mostrava útil quando chamava serviço de emergência para que ajudassem a salvar a mãe do pa

alcoólatra.

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– Sim – afirmou Kilraven, sorrindo nclinando a cabeça de leve para o lado

– Nós o levaremos para o campo de tirpara que ele possa aprimorar sua mirapara o caso de ter de repetir a dose.

Winnie não pôde conter a risada. Er

uma coisa ultrajante de se dizer.– Assim está melhor – disse ele

quando lhe estudou o semblante.

Agora, mantenha-se impassível.– Não sou inglesa.– Não? – exclamou Kilraven. – Ora

que coincidência… Nem eu!Winnie lhe socou o peito largo

rindo, e os dois se encaminharamuntos, à emergência.

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FURIOSA E  se vendo impotente em fazealguma coisa pela amiga, Winnie srefugiou na única coisa em que podipensar que talvez a ajudasse: vingançaPortanto, telefonou para Boone e o feer um vislumbre do inferno.

– Acalme-se, acalme-se! – pediu ele– Não estou entendendo uma palavrdo que está dizendo. Espere… – Boon

desligou o motor do trator que estavoperando para ajudar na colheita. Muito bem, o que aconteceu comKeely?

– Ela estava caminhando de voltpara casa, graças a você, quando fopicada por uma cascavel! Está n

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Hospital Geral de Jacobsville… BooneAlô? Maldição!

Winnie desligou o telefone, aindmais furiosa, porque o irmão nãquisera escutá-la. Em seguida, ligoupara Clark.

– Onde você está? – perguntouquando ele demorou para atender elefone.

O irmão parecia ofegante.– Eu… Uh… Tive de correr parpegar o telefone – disse, meio sem jeitoAo fundo, Winnie podia ouvir músicocando e um protesto distante, qu

soava como uma voz feminina.– Oh, diabos! Esqueça! – El

resmungou e desligou o telefone. Nã

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precisava perguntar para saber ondClark se encontrava. Certamente comaquela maldita Nellie outra vez. Bastavde tolerância!

Mas Clark lhe telefonou dez minutodepois, enquanto ela estav

aguardando, na esperança de algumrelato sobre Keely. Havia abordadenfermeiras, que lhe prometeram

verificar como estava a amiga, manunca retornaram. Estava começando se sentir frustrada.

– O que você queria? – perguntou rmão.

– Esqueça. Volte para Nellie! – Elresmungou.

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– Não desligue! – Clark rosnou. Não estou com Nellie. Estou nresidência de Dave Harston ajudando-

a arrastar um piano. A esposa dele estfazendo um lanche para nós.

Winnie sentiu o rosto corar.

– Desculpe.Clark soltou uma risada.– Acho que os sons devem se

similares, mas juro que não estoufazendo nada que me importasse de sevisto fazendo. O que houve?

– Keely foi picada por uma cascavel

disse tristonha. – Não consigo obtenenhuma informação e estou muitpreocupada. O braço dela estava quas

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preto. Estou assustada… – A voz dKeely falhou.

– Estarei aí dentro de 15 minutos. Elficará bem, minha irmã. Sei que ficará.

– Obrigada – respondeu ela com vorouca, antes de desligar, rezando par

que o irmão estivesse certo.Uma comoção no balcão d

nformação lhe chamou atenção. Boon

estava vociferando enquanto passavpor uma enfermeira e por Kilraven caminho da sala de emergência. Winniquase deu vivas. Se alguém era capaz dburlar a burocracia, esse alguém era seurmão mais velho. Podiam ameaçá-lo

mas jamais impedi-lo.

– Coltrain! – berrou ele.

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– Aqui. – A voz soou grave resignada.

Boone sabia esconder bem, maestava aterrorizado. O telefonema dWinnie o fez se martirizar com sentimento de culpa. Mal consegui

respirar a caminho do hospital. Um dseus vaqueiros morrera de picada dcascavel um ano antes. Estav

apavorado com a possibilidade de Keelnão ter conseguido ajuda a tempo. Sela morresse, nunca se perdoariaNunca!

– Onde ela está? – Boone exigiusaber com os olhos faiscando e o rostrubro. Viera direto do campo d

rabalho para o hospital, com as roupa

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que estava vestindo e nem reparou quanto se encontrava desgrenhado.

Coltrain gesticulou com a cabeça emdireção a um dos boxes, onde cuidavamde Keely. Sabia que de nada adiantarientar impedi-lo de entrar. Significari

uma briga, onde ele menos podia se daao luxo de entrar em uma.

Boone adentrou o boxe e estacou d

mediato. Tudo pareceu sair de focoexceto o braço esquerdo de Keely. Elea haviam desnudado até a cintura e lhcoberto um dos seios com um lençodeixando o esquerdo e o ombrexpostos enquanto aplicavam o sorantiofídico para tentar lhe salvar a vida

Keely estava inconsciente.

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O braço quase negro e deformadpelo inchaço.

Mas não era o edema que chamava atenção de Boone. E sim o ombrexposto. Havia profundas cicatrizes lhmarcando a pele, que pareciam feita

por algo provido de enormes presas. Oestrago era impressionante ao olhar. Ador que ela tivera de suportar… N

mesmo instante, Boone percebeu quaquelas fotos haviam sido adulteradas mais tarde infernizaria a vida de quempreparou aquele engodo. Mas naquelmomento, toda a sua atenção se focavnaquela frágil menina a quem julgarmal e quase matara.

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– Que diabos aconteceu com ela? disparou ele.

– Foi picada…

– Não estou me referindo à picada dcobra. Aquilo! – Boone apontou para ombro que o lençol deixava exposto.

Coltrain queria lhe responder quperguntasse a Keely, mas sabia que serinútil.

– Ela pulou na cova de um leãmontanhês na reserva animal do papara salvar um menino de 7 anos qudeslizou por sob a grade para dentro d

cova, quando ninguém estava vendo.– Deus do céu! E onde estava o pa

enquanto isso estava acontecendo?

Boone quis saber.

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– Parado perto da grade, observando– Coltrain disse com evidente desdém.

– Maldito homem! – Boonpraguejou com voz rouca.

– Não poderia concordar mais.Boone prendeu a respiraçã

enquanto a observava.– Ela sobreviverá? – perguntou po

fim, após adiar a pergunta pelo máxim

de tempo que pôde.Coltrain o encarou.– Não sei – respondeu com

sinceridade. – O veneno teve um bomempo para agir antes de ela se

encontrada… – O médico hesitoudiante da tortura no olhar do outr

homem.

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Boone passou pelos técnicos e saproximou da cabeceira da cama, ondKeely estava deitada, tão pálida móvel. Afastou-lhe uma mecha d

cabelo suado da testa com uma damãos não muito firmes e se inclinou

para lhe falar ao ouvido.– Tem de viver – sussurrou ele

forçando estabilidade na voz. – Tem d

viver. Isso é culpa minha, mas nãposso… Viver… Se você morrer… Boone se viu obrigado a silenciarporque a voz estava falhando. Amagem de Keely estava embaçada. El

nunca chorava. Sua serenidade ernquebrantável, mas a estava perdendo

Com o polegar, lhe acariciou os lábio

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pálidos, enquanto deixava escapar umsuspiro audível.

– Matarei aquele maldito detetivparticular – sussurrou.

Keely se remexeu, um minúsculmovimento, mas ele o sentiu. Boon

recostou a testa à dela, deixando oábios lhe roçarem a pele pálida e fria.

– Não morra. Por favor…

– Tem de nos deixar trabalhar – dissColtrain, segurando o braço de Booneque se encontrava rígido como metal. Venha. Faça o que é melhor para ela.

Boone hesitou apenas o suficientpara lhe dirigir um último olhar.

– É uma pena que ela tenha ficad

com essas cicatrizes – disse um do

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écnicos.– Que cicatrizes? – perguntou Boon

com a voz rouca.Coltrain se limitou a sorrir, enquant

acompanhava o rancheiro para fora dboxe e de volta à sala de espera.

Winnie ergueu o olhar quando rmão chegou acompanhado d

médico. Ele estacou, quase tremend

de raiva e olhou para a irmã.– Telefone-me se houver qualquechance, a mínima que seja – disse emom de voz tenso. – Está me ouvindo?

– Sim, claro – respondeu Winnie. Para onde vai?

– Matar um detetive particular

nformou ele entre dentes cerrados

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Boone acrescentou alguns adjetivos resposta, que fizeram as sobrancelhade Winnie se erguerem em direção nascente do cabelo.

Em questão de segundos, Boonhavia desaparecido. Winnie ligou a

fotos que ele mencionara à partidrepentina de Keely e, em seguida, adetetive particular que o irmão iri

caçar. Clark entrou enquanto elrefletia sobre aquilo tudo.Winnie girou em direção a ele.– Conhecemos algum fiador judicial

– perguntou ela em tom de conversa.

O ESTADO  de Keely era grave, mas el

recobrou as forças quand

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acrescentaram o soro antiofídico ncateter ligado à sua veia. Estavnconsciente, mas gemia. Coltrain

mantinha sob controle, enquantrabalhavam para estabilizar seus sinai

vitais.

Era muito tarde quando ele retornouà sala de espera, com um sorriso nrosto.

– Ela sobreviverá – disse exausto. Mas ficará internada por alguns dias.– Graças a Deus! – exclamaram o

dois irmãos quase em uníssono.– Deveríamos mandar os homen

caçar as cascavéis – sugeriu Clark.– Temo que Boone já esteja à caça d

uma delas – retrucou Winnie, sorrind

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em seguida para Coltrain. – Obrigada.– Também gosto dela – respondeu

médico, retribuindo o sorriso. – Émelhor os dois irem descansar. Avisarepara que uma das enfermeiras lhelefone se houver qualquer mudanç

no quadro de Keely.– Obrigada – repetiu Winnie.– É para isso que sou médico – diss

Coltrain com um sorriso bemhumorado, que englobou os doirmãos.

Winnie tentou telefonar para Boonemas ele não atendeu. Estava a ponto dentar outra vez quando o xerife Haye

Carson adentrou a sala de espera, com

o cabelo castanho de reflexo loir

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brilhando à luz artificial. Os olhopareciam turbulentos.

– Tentou telefonar para seu irmão? perguntou ele a Winnie. – Desculpemas eles não permitem telefonemas ncadeia.

– Oh, não! – gemeu ela.– Oh, sim – retrucou Hayes. – Não s

preocupe em chamar alguém. Eu pague

a fiança pessoalmente enquanto nãestava de serviço.Hayes levou uma das mãos à orelha.– Juro por Deus, os guardas estavam

escrevendo as palavras de baixo calãque ele vociferava. Nunca ouvi tainguajar em toda minha vida. A

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menos, o detetive não dará queixa poagressão, no entanto…

– Ele não dará? Graças a Deus! exclamou Winnie. – Mas por quê?

– Ele fugiu para salvar a vida. Seupatrões, porém, não tiveram tanta sorte

– Hayes exibiu um sorriso genuíno. – Odetetive Rick Marquez e eu estivemofazendo uma pequena investigação po

conta própria, depois do expediente com uma discreta ajuda de algunamigos. E descobrimos – prosseguiucom um tom de voz baixo e cautelospara evitar ser ouvido por terceiros que aquela namorada de Boone, Mistye o pai estão atolados até o pescoço em

uma rede de tráfico da região. Ele

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haviam fugido quando Marquez enviouum agente da Divisão de Narcóticocom um mandado de busca para dauma olhada por lá. Foi a última notícique tive – acrescentou com uma risadabafada. – Foi despachado um alert

para todo o estado à procura delesAcho que não os veremos tão cedo.

Winnie estava quase ofegante.

– Pobre Boone! Ele e Misty estavamnamorando…– Pedi a ele que fizesse isso

esclareceu Hayes. – Boone estavfurioso também. Disse que isso estavnterferindo com algo muito pessoa

Detestei tê-lo forçado a fazer isso, ma

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seu irmão era a única pessoa que tinhqualquer tipo de acesso a ela.

Os olhos de Winnie se iluminaram.– Então ele não gostava dela d

verdade?– Não. Boone não a suportava. Fe

sso para me ajudar a prender um domaiores traficantes de drogas dacobsville.

E Boone não queria fazer devido algum motivo pessoal. Seria KeelyWinnie pensou nas fotos que o detetivdo pai de Misty havia produzido parele…

– Eles falsificaram as fotos – disparouela.

Hayes franziu a testa.

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– Que fotos?– Esqueça.– Como está Keely? – perguntou

Hayes gentil. – Boone me contou sobra picada da cobra.

– Ela ficará bem. Mas ainda nã

estou conseguindo contatá-lo nelefone – acrescentou Winni

preocupada.

– A essa hora deve estar se dirigindao posto de enfermagem – informou xerife. – Boone não parou de xingar atchegarmos à cidade. Está em algumugar do hospital. Aparecerá a qualque

momento.Ao mesmo tempo em que estavam

falando sobre ele, Boone transpôs

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porta da sala de espera. Estavdesgrenhado e tinha hematomas noolhos.

– Eu sei – disse Winnie quando rmão mais velho ergueu uma das mão

que estava machucada. – O outr

homem ficou pior. Você está bem?Boone deu de ombros.– Um pouco esfarrapado, mas é só

Telefonei para Coltrain. Ele disse quKeely ficará bem. No instante em quela puder ser removida, virá para casconosco – acrescentou.

Winnie hesitou.– Ela não vai querer isso.– Mas não terá outra opção. Alguém

elefonou para a mãe dela? – perguntou

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ele.Clark voltou da máquina d

refrigerantes com duas latas nas mãos.– Querem beber alguma coisa?

perguntou aos dois homens e franziu esta para Boone. – Que diabo

aconteceu com você?– Uma pequena altercação – diss

Boone despreocupado. – Gostaria d

um café se está anotando pedidos.Clark sorriu.– Qualquer coisa que meu irmã

mais velho quiser – murmurou antes dse retirar outra vez.

– Passarei na casa de Keely conversarei com Ella – disse Hayes.

Estarei de serviço esta noite, porqu

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enho um caso pendente, mas folgareamanhã. – E apontando um dedo parBoone. – Você vá para casa e lave íngua com sabão.

Boone envolveu os ombros do amigcom um dos braços de maneir

afetuosa.– Você é o único homem qu

conheço que pensa que “biscoitos

eite” é um xingamento.– Faço palestras sobre drogas parcrianças – disse ele. – Como seria se eudeixasse escapar uma dessas expressõegrosseiras em sala de aula?

– Provavelmente essas criançaconhecem mais palavras grosseiras d

que você. – Winnie interveio, sorrindo

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– Devia ouvir alguns pais delas aelefone quando ligam chamando

polícia.Hayes fez uma careta.– Eu sei. Tenho de escutá-las. – El

sorriu para Winnie. – Sabe de um

coisa? Você é uma excelente atendentdo 911. Kilraven gosta quando vocestá de serviço. Diz que você ilumina a

noites sombrias.– Ele diz? – O rosto de Winnie sacendeu como uma manhã luminosa.

– Pode parar com isso. – Boonnterveio com expressão severa.

Minha irmã voltará para a faculdade, sformará e se casará com um homem

culto.

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– Não voltarei para a faculdade retrucou Winnie em um tom de voranquilo. – Não quero um diploma. E

não me casarei com nenhum homemculto ou não, até que esteja disposta sso.

– Engula essa, Boone – disse o xerifeBoone dirigiu um olhar furioso

rmã, que o correspondeu de imediato.

– Eu… Uh… Não alimentaria muitaesperanças em relação a Kilraven disse Hayes em tom de voz gentil e umpouco constrangido. – Ele vivencioualguma tragédia pessoal. Pode agir dmaneira normal, mas não superou rauma.

Winnie se aproximou do xerife.

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– Conte-me, Carson – pediu ela comvoz baixa, utilizando o último nome damigo, como sempre fazia quandestava falando sério.

– Alguns anos atrás – começou Haye–, houve um assassinato violento em

San Antonio. Na época, Kilraven estavrabalhando lá, sob disfarce, com

polícia local. Era uma noite chuvosa d

sábado, quando sempre temos dúziade batidas de carro. Ele e o parceirestavam mais próximos do que apatrulhas, pois a maioria estavocupada, portanto se ofereceram parproteger a cena do crime. Kilravenreconheceu o endereço e entrou

correndo antes que o parceiro pudess

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mpedi-lo. – Hayes fechou os olhos. Foi feio. Muito feio. – Ele fez umpausa. – O que estou lhe dizendo é quaquele homem é uma bomba atômicemocional prestes a detonar, nãmporta o quanto se mostre controlado

Kilraven não fixará raízes emacobsville, Texas. Está adiando lida

com seu trauma há muito tempo. Um

dia, irá explodir e nada sobrará.– Você conhecia as vítimas do crime– perguntou Winnie hesitante.

– Eram familiares dele – revelou xerife. – E isso é tudo que posso lhdizer.

Winnie imaginou que tipo d

familiares. Pobre homem!

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– Conversou com dr. Coltrain sobrquando poderemos levar Keely parcasa? – perguntou ela ao irmão.

Boone negou com a cabeça.– Não, mas eu a levarei. Poss

garantir que não será esta noite.

Winnie conseguiu esboçar umsorriso. Hayes acabara de lhdespedaçar os sonhos, mas não queri

deixar o desânimo transparecer.– Vou para casa dormir um poucoVocê vem? – perguntou a Boone.

O irmão hesitou.– Acho que sim. – Ele baixou o olha

ao próprio corpo e fez uma careta. Deveria ter ido em casa trocar de roupa

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– Ninguém notará. – Winnisuspirou. – Muitas pessoas estiveramaqui durante todo o dia e parte d

noite, alimentando esperanças de teremboas notícias. – Ela indicou duafamílias de pessoas com rostos pálidos

olhos vermelhos, sorrindo para elas sendo correspondida. Era fácil fazeamigos em salas de emergência d

hospitais. Winnie lhes disse que iripara casa e perguntou se precisavamque ela lhes trouxesse alguma coisaTodos negaram com movimentos d

cabeça. Não importavam anecessidades que tinham, não ousariampartir antes de receberem notícias

Winnie entendia perfeitamente.

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Winnie e Boone dormiram por algumahoras e, em seguida, retornaram dcarro ao hospital. Tomaram o café dmanhã na cafeteria sem sentir o saboda comida que ingeriam com café preto

– O que você disse a Keely?

perguntou ela.O olhar de Boone estav

ranstornado.

– Muita coisa – disparou elebaixando os olhos à xícara de café vazia– Aquela maldita foto era tãconvincente! – Percebia também quKeely não estava tentando seduzi-lquando começara a desabotoar a blusaQueria lhe mostrar as cicatrizes. Agora

aquilo lhe causava uma imensa dor.

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– Ela ficará bem. Pode fazer as pazecom Keely.

Boone deixou escapar uma risadsuperficial.

– Acha mesmo?A porta da cafeteria se abriu e Haye

Carson entrou, com expressão fechadaraçando uma linha reta até os Sinclair.

– Preciso falar com vocês – diss

conciso, olhando ao redor para garantique ninguém os estivesse ouvindo. Acabei de encontrar Ella Welsh mortem sua sala de estar!

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Capítulo 12

– MORTA? – exclamou Boone

omando cuidado para manter o tom dvoz baixo. – Qual a causa?– Ferimento à bala – retrucou Hayes

puxando uma cadeira e se sentando.

Estava lá com um médico legistauntamente com uma equipe forense daboratório de criminalística do estado

meu próprio investigador. Descobrimo

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mpressões digitais latentes e umcápsula de bala, mas não preciso despecialistas para saber quem fez isso.

– O pai de Keely. – Winnie arriscou– Ou o parceiro dele, Jock.

– Eles estavam desesperados po

dinheiro segundo Keely – respondeuHayes. – Disse a ela para orientar a mãa colocar a casa à venda, sem vendê-l

de fato, apenas para que Brent Welshacreditasse que ela estava concordandoMas ele deve tê-la procurado e exigidatitudes imediatas. Ella deve ter srecusado ou os enfurecido, não sei. – Oxerife deixou escapar um suspiro. – Nãpodemos deixar Keely ver o corpo d

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mãe. O caixão terá de permanecefechado.

– O quê? – exclamou Boone.A expressão de Hayes era eloquente.– Eles a torturaram, provavelment

para descobrir sobre algum bem que el

pudesse ter.– Deus do céu! – disse Boon

preocupado. – Eles virão atrás de Keely

certo? – perguntou em tom de voalterado. – Ela será a próxima, porquherdará o pouco que Ella lhe deixou.

– Não ouvimos nenhum rumor sobrqualquer aparição deles desde quMisty, o pai e o detetive fugiram pelfronteira – informou Hayes. – Talve

estejam assustados o suficiente par

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continuar foragidos se estiverem nmesma rede que os remanescentes doperação de contrabando de drogas dormãos Fuentes. Outra possibilidade

que o assassinato de Ella os estimule continuar fugindo, já que sabem que o

estaremos procurando. Por outro ladose a mãe deixou um seguro de vidaKeely o receberá. A conta de poupanç

de Ella significa dinheiro vivoConversei com o gerente bancário dele ele me disse que há dinheiro lá.

– Precisaremos de mais homenprotegendo o rancho. – Winnie pensouem voz alta.

– Muitos, todos ex-militares, e eu se

onde encontrá-los – disse Boone com

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expressão fechada. – Transformarei rancho em uma fortaleza. Welsh nuncporá as mãos em Keely!

– Eu poderia fazer algumaobservações sobre fazer justiça com apróprias mãos – disse Hayes com

humor seco. – Mas não o farei. Apenanão se exceda. Não tenho meios dpagar mais nenhuma fiança para você.

Boone soltou uma risada abafada.– Eu o restituirei. – O sorriso secou. Pobre Keely – disse pesaroso. Primeiro a cobra, depois a mãe.

– Alguém terá de contar a ela. Hayes olhou ao redor para os rostoensos. – Poderíamos sortear um. Ou

pedir que Coltrain faça o trabalho sujo.

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– Eu lhe contarei quando chegar momento certo – disse Boone em tomde voz suave. – Agora, essa é umresponsabilidade minha.

Winnie nada disse, mas parecipensativa e contente.

O QUE  estava longe de ser o estado dKeely quando se recobrou dos efeitodos medicamentos que lhe foramadministrados.

Boone não saíra do seu lado. Ela lhdirigira um olhar feroz na primeira ve

em que o vira lá, quando ainda sencontrava muito fraca e nauseadaMas no terceiro dia, estava recuperand

as forças e continuava furiosa.

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– Eu sei, eu sei. – Boone santecipou, antes que ela começasse falar. – Entendi tudo errado. Acusei-de coisas que não fez e a expulsei dminha casa. – Por um instante, elpareceu transtornado. – Sei que fui

culpado disso – prosseguiu, inspirandprofundamente e baixando o olhar àpróprias botas. – Deus! Nunca tiv

ntenção de fazê-la voltar caminhandpara casa com a temperatura tão altcomo estava! Devia estar fora de mimpara não ter percebido que você nãinha como chegar em casa. – Keelinha vontade de gritar com ele, ma

estava muito fraca e o braço doía. A

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feições se contraíam pela dor todas avezes que o movimentava.

– Aquela não era eu com Clark, nfoto que você atirou na minha cara!

Boone ergueu a cabeça e anuiu.– Eu sei – retrucou com expressã

fechada.Aquele semblante e as palavra

diziam coisas que dispensavam

perguntas. Boone sabia. Vira seuombro. Ela fechou os olhos e grossaágrimas lhe rolaram pela lateral d

rosto. Agora, se sentia ainda piorNunca quisera que Boone, dentre todaas pessoas, soubesse de seu segredo.

A mente de Keely retrocedeu a

rapaz que vomitou quando viu seu

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ombro…Boone se aproximou da cama e s

nclinou sobre ela, pousando uma damãos longas ao lado de sua cabeça, nravesseiro.

– Eles me matarão se eu me senta

aqui. Sei que ainda está fraca e sentindmuita dor, mas quero que sinta umcoisa. – Boone lhe segurou a mã

direita e a levou ao peito sobre a camisfriccionando-a sobre determinadponto e lhe observando o olharQuando reconheceu a percepção noolhos verdes, fez um gesto afirmativcom a cabeça.

Keely franziu a testa quando lh

encontrou o olhar.

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– Tenho mais dessas – segredouBoone tenso, aprumando a coluna emseguida. – Muitas. Uma que destruiuum pedaço de osso da minha coxaQuando Misty me viu, na Alemanhaogo depois que as bandagens foram

removidas, saiu correndo do quartoEstão com melhor aparência agoradepois de algumas cirurgias plásticas

mas as cicatrizes são muito profundapara serem completamente removidas são notáveis. Não ando sem camisa acrescentou amargo. – Há anos.

Keely sentiu a dor que o atingia. Ela compreendia.

– Nunca usei nenhuma peça d

mangas curtas desde que tinha 13 ano

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– retrucou em tom de voz baixo. Quando estava com 16 anos, um rapade quem eu gostava me convidou parum encontro. Ele estava apenas mocando, como os rapazes fazem, ma

quando puxou minha blusa para baix

e viu as cicatrizes, naquela ocasião mairecentes – Keely fechou os olhos –abriu a porta do carro e vomitou. Ele s

desculpou, mas eu fiquei devastadaNaquele momento eu soube que nunceria uma vida normal, que nunca m

casaria e teria… Teria filhos. – A voz dKeely falhou, enquanto lágrimaquentes lhe escorriam pelo rosto. Estavfraca e com dor, do contrário nunc

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eria permitido que Boonestemunhasse sua tristeza.

Aquilo o afetou. Ele se inclinou maiuma vez e lhe beijou os olhos, o narizas maçãs do rosto.

– Não chore – sussurrou com vo

rouca. – Tem sido tão corajosa. Nãposso suportar vê-la chorar. Não chorequerida.

Agora Keely sabia que estavsonhando. Boone nunca se referira ela com um tratamento carinhoso ou smportara em magoá-la. Mesmo assim

fechou os olhos saboreando aquelsonho. Era tão doce sentir a respiraçãde Boone contra seus lábios, a boc

sensual lhe acariciando o rosto úmido,

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voz grave murmurando palavras doces nacreditáveis.

O som da porta se abrindnterrompeu o sonho, claro. Boone s

afastou e ela teve certeza de que todaquela cena fora fruto de su

maginação. Afinal, recebera sedativofortes para compensar a dor lancinanteA expressão de Boone estava taciturna

como sempre, e não se parecia em nadcom o homem que lhe sussurravpalavras carinhosas segundos atrásWinnie e Clark entraram no quartocom expressões sérias e preocupadasprincipalmente quando se depararamcom o semblante de Keely.

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– Você não contou a ela? perguntou Winnie irritada. – Coltraindisse para não…

– Contou o quê? – perguntou Keelno mesmo instante, enxugando aágrimas no lençol. As feições d

Winnie se contraíram ao mesmo tempem que Boone e Clark lhe dirigiamolhares furiosos. – O que têm para m

contar? – insistiu ela, agora beligeranteao observar a expressão de culpa norês rostos que a encaravam.

– Eu disse que contaria a Keel

quando chegasse a hora – respondeuBoone conciso. – Agora não é momento certo.

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– Sim, mas… – Winnie se calouhorrorizada, quando começou noticiário na televisão que estava ligada

A primeira imagem foi a foto de EllWelsh, seguida dos esclarecimentosobre o assassinato. Fora para avisá-l

sobre isso que Winnie e Clark haviamentrado correndo no quarto. Sabiamque a televisão estava ligada, embor

em baixo volume, para que todopudessem assistir ao noticiário noturnoOs dois viram o início da reportagemnas televisões fixadas nas paredes d

sala de espera. Não haviam pensadque a história do assassinato serinoticiada tão cedo.

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Keely caiu em prantos novamentequase histérica.

– Maldita coisa! Desligue isso!

ordenou Boone a Clark, ao mesmempo em que se precipitava para

campainha ao lado do travesseiro d

Keely. Enquanto o irmão mais novdesligava a televisão, Boone pressionoua campainha para chamar a enfermeira

antes de se inclinar para aninhar o rostde Keely ao seu ombro.– Está tudo bem, querida. Está tud

bem. Sinto muito. Não queria qu

recebesse a notícia dessa forma!A enfermeira entrou e ele explicou

em tom de voz baixo o que acabara d

acontecer. Consternada, a mulher fo

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chamar Coltrain que, segundo elaainda estava fazendo visitas aopacientes.

O médico ruivo entrou no quartpoucos minutos depois. Prescreveu umsedativo para Keely e esperou até qu

fizesse efeito antes de chamar os irmãopara o corredor.

– Foi a maldita televisão – diss

Boone irritado. – Por que mantêm essacoisas em todos os quartos?– Não foi ideia minha, acredite em

mim – retrucou o médico de imediato– Keely terá uma difícil recuperação siver de voltar para aquela casa sozinha

– Ela não voltará. – Boone s

apressou em dizer. – Irá para noss

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casa. Já discuti isso com Hayes Carson.– Boa ideia – afirmou Coltrain

nspirando profundamente. – Nãesperava que a notícia fosse veiculadão cedo. Diabos, nem ao meno

possuímos uma estação de televisã

ocal!– San Antonio é perto suficiente par

veicular a notícia com rapidez, aind

mais em um dia em que não haja muitnovidade – disse Winnie. – Não hnada acontecendo, além das notíciasobre política e todos já estão enjoadodisso.

– É melhor contratar alguns guardacostas para protegê-los em casa

aconselhou Coltrain. – Esses bandido

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estão desesperados o suficiente parentar conseguir dinheiro da forma qu

puderem.– Todos sabem quem matou a mã

de Keely… Ao menos aqui nesta regiãsabemos – retrucou Winnie. – Seriam

olos se permanecessem por perto.– Esses caras não primam pel

nteligência – argumentou o médic

rônico. – Do contrário, não teriamarriscado vir aqui. Hayes Carsonadoraria ter Brent Welsh sob a mira dsua arma, sob qualquer pretexto.

– Eu também – retrucou Boone comexpressão severa. – Aquele homemficou assistindo enquanto Keely er

quase comida viva na tentativa de salva

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uma criança de ser devorada por umeão da montanha. Aquelas cicatrize

serão permanentes, certo? – perguntouao médico.

A expressão de Coltrain não erencorajadora.

– Talvez possamos suavizá-las com ajuda de um cirurgião plástico, mas sãmuito profundas. Seriam necessária

umas seis intervenções no mínimo. E hmais uma coisa. As suturas forammalfeitas também. Talvez Keely tenhproblemas sérios mais tarde. Só por essrazão, eu recomendaria a cirurgiplástica. Porém, ela não tem segursaúde.

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– E que diabos isso importa? perguntou Boone animado. – Daremoum jeito. Convença-a a fazer isso e eu

pagarei a cirurgia.Coltrain sorriu.– Combinado.

Winnie não disse nada, mas se sentipéssima pelo fato de serem amigas hanto tempo e Keely não ter lh

contado nada sobre o episódio com eão. Imaginou se teria dito ou feitalguma coisa que deixara a melhoamiga constrangida em lhe contar sobr

seu acidente.– Keely está dormindo? – perguntou

Boone ao médico.

Coltrain anuiu.

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– Ficará sedada por algum tempo. Émelhor assim. A picada da cobra ainda está fazendo sofrer demais. Se Winninão a encontrasse naquele momento…Bem, é melhor não pensar nisso acrescentou, interrompendo

comentário ao perceber a expressãranstornada de Boone. – É melhor eu

voltar para o trabalho. Se precisarem d

mim, é só comunicar à enfermeira dplantão. Elas sabem como mencontrar.

– Obrigado – agradeceu Boone.Coltrain deu de ombros e sorriu.– Gosto de Keely.Os irmãos se reuniram para traça

planos. Boone decidiu que seria melho

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partir para se encontrar com Eb Scotpessoalmente. Necessitariam de umespecialista. Clark e Winnie srevezariam ao lado de Keely. Ninguémconseguiria passar por eles. Nãestavam armados, mas certament

poderiam pedir ajuda.

ERA DE  manhã quando Keely acordouA combinação de todas as drogas com urbilhão emocional devido à morte d

mãe a nocauteara durante toda a noiteEla pestanejou, sonolenta, a mente clar

e vazia até se lembrar repentinamentda notícia que vira na televisão na noitanterior. Era como se lhe tivessem

atirado uma pedra no coração

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Lágrimas lhe banharam os olhos outrvez.

– Sinto muito – disse Winnie comvoz suave, da cadeira ao lado da camaonde mantinha vigília. – Sobre sua mãe

Keely lhe relanceou o olhar

suspirou.– Sabia que um dia a perderia

respondeu. – E por muito tempo fomo

quase inimigas. Mas estávamorecomeçando uma relação e noornando amigas… – Keely mordeu ábio inferior com força. – Esta foi um

semana horrível – acrescentou apóalguns instantes.

– Sim, foi. – Winnie hesitou.

Gostaria que tivesse me contado sobr

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seu ombro – disse ela. – Sinto como sivesse falhado com você por não te

confiado em mim para contar seuproblema.

Keely se mostrou pesarosa.– Tinha medo que contasse a Boon

– explicou com voz suave. – Não qusso fizesse alguma diferença. Ele m

odiava…

– Não é verdade. – A resposta sooumediata. – Não tem ideia do que spassou enquanto dormia.

– Boone me mostrou fotos de ummulher que tinha o meu rosto e outrcorpo em uma situaçãcomprometedora com Clark – disse ela

– Sabia que era falsa, mas ele não. Seu

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rmão ficou furioso. Decidi deixar orgulho de lado e lhe mostrar… MaBoone pensou que eu estava tentandseduzi-lo. – Os olhos de Keely ardiam– Deveria ter atirado algo pesado neleE então, Boone me expulsou de su

casa e saiu pisando duro, antes que eupudesse dizer que não tinha comvoltar para casa. Quando eu sair dest

cama – acrescentou, com a raivcrescendo à medida que falava –, voufazer da vida dele um inferno. Aquelhomem não perde por esperar!

Winnie teve de se esforçar parsuprimir uma risada. Keely era umpessoa tão meiga. Estava mesm

furiosa.

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– Eu a ajudarei a acabar com ele prometeu. – Mas meu irmão não sabiaE você não tem noção de como elreagiu quando descobriu.

– O que quer dizer com isso?– Quando ele a viu na emergência d

hospital, saiu berrando que havia sidenganado pelo detetive do pai de Mistantes de partir. A próxima notícia qu

ivemos dele foi através de HayeCarson, que chegou aqui contando quacabara de pagar fiança para tiraBoone da cadeia em San Antonio.

– O quê? – exclamou Keely.– Ele agrediu o detetive que falsificou

a foto – explicou Winnie com um

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risada baixa. – Foi preso e Hayes tevde pagar fiança para soltá-lo.

– Eles o processarão? –perguntouKeely. A raiva esquecida com preocupação sobre o futuro de Boone. Ele não será preso, certo? – acrescentou

emerosa.– Parece que não. O detetive, Misty

o pai fugiram através da fronteira

ninguém deu queixa contra Boone respondeu Winnie satisfeita. Acontece que eles estavam envolvidocom a organização de Fuentes, podacreditar em uma coisa dessas? Boonestava saindo com Misty apenas parpassar informações sobre os contato

dela para Hayes Carson. Ele ficou

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furioso com o xerife por obrigá-lo fazer isso. – Winnie sorriu. – Eu lhdisse que Boone não iria perdoá-lfacilmente depois de tudo que Mistfez.

– Boone foi preso – disse Keel

ncrédula. – Ele nunca dá um passo emfalso.

– Não desta vez. Mas houv

circunstâncias atenuantes. Ele estavum pouco embriagado no momento.– Boone andou bebendo?– Foi o que ouvimos dizer. – Winni

confirmou, soltando uma risada emseguida. – Meu imaculado irmãobêbado e surrando detetives. – Fez um

movimento negativo com a cabeça. – O

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que está havendo com o mundo? Sorriu para Keely. – Eu diria que, aque parece, meu irmão está maienvolvido com você do que deixransparecer.

Keely temia alimentar esperanças

principalmente depois que Boone virseu ombro dilacerado. Mas suas açõendicavam que se importava mais com

ela do que expressava verbalmenteHavia esperança, pensou ela. Boonambém tinha cicatrizes. Talvez tivess

passado por experiências piores do quas dela, com pessoas do sexo oposto qunão entendiam ou desprezavam suacicatrizes.

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QUANDO  BOONE  retornou ao hospitaWinnie e Clark haviam se ausentadpara jantar em casa e preparar umquarto para receber Keely quandivesse alta. Coltrain dissera que el

poderia sair do hospital no dia seguint

se seu quadro continuasse a progredir.Keely não queria ir para a casa do

Sinclair, por temer que Boone tivess

he oferecido hospedagem motivadapenas pelo sentimento de culpa. Maambém não queria voltar para casa

com a morte de Ella tão viva em sumente. Ninguém lhe dissera onde mãe morrera, mas Keely suspeitava dque tivesse sido em casa.

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Enquanto analisava as opçõedaquela morte em sua mente, Keelrecebeu uma visita inesperada. A

melhor amiga de Ella, Carly, entrouvestida de preto e com os olhovermelhos pelo choro.

– Eles lhe contaram? – perguntoucom voz suave, por temer aborreceKeely.

– Sim – respondeu ela. – Estávamonos dando tão bem… – acrescentoucom a voz embargada.

Carly se inclinou em direção à cam

e a envolveu em um abraço gentil.– Estive fora da cidade. Havia um

igação perdida no meu telefone celular

mas quando tentei retornar para Ella

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não houve resposta. Fiquei preocupadquando não consegui me comunicacom você também, portanto, interrompminha breve viagem e voltei para casa– As feições de Carly se contraíram. Que recepção de boas-vindas! Ell

morta e você no hospital com umproblema grave. Vai ficar bem?

– Sim – respondeu Keely. – Mas pel

que sei a cobra morreu.Levou um minuto para que Carlentendesse a tentativa de humor negre sorrisse.

– Pobre cobra!– Espero que os parentes daquel

réptil estejam muito tristes. – Keel

impou os olhos com o lençol. – Nã

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ive tempo para tomar as providênciado funeral.

– Quer que eu faça isso? – perguntouCarly em tom solene. – Dois anos atrásElla me entregou uma cópia destamento que havia feito, com

nstruções para seu funeral. Não penseque um dia aquilo fosse necessário, maaceitei para lhe fazer a vontade.

– Poderia ligar para Lunsford’s omar as providências? – perguntouKeely com voz suave. – Minha mãpossui uma assistência funerária comeles, que deve cobrir todas as despesasEla acabou de pagar alguns anos atrás.

– Farei com prazer – retrucou Carl

com o rosto coberto por uma nova lev

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de lágrimas. – Ella era a única amigque eu tinha. A única verdadeira.

Keely esticou a mão sã e apertou a dCarly.

– Você era a única amiga verdadeirdela também – retrucou. – Fico feli

que minha mãe tenha tido você.O pranto de Carly se intensificou.– Gostaria de poder retirar todas a

coisas horríveis que disse a você. – Amulher mais velha soluçou. – Não quidizer nada daquilo. Nos velhos temposmuitas vezes ficava tomando conta dvocê quando Ella não podia. Acabeesquecendo esses momentos. Mas fareudo para compensá-la se puder.

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– Cuide do funeral de mamãe – dissKeely. – E ficaremos quites.

Carly secou as lágrimas.

– Para quando quer que eu marque– perguntou preocupada. – Não parecem condições de comparecer a um

funeral.E não estava. Keely hesitou. Boon

ranspôs a porta, dirigiu um olhar frio

Carly e se aproximou da cama.– Tomei as providências para reforçaa segurança no rancho – disse sempreâmbulos. – O que quer fazer em

relação a sua mãe?– Carly cuidará disso – retrucou

Keely. – Ela sabe onde estão todas a

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coisas e tem cópias do testamento comos últimos desejos de minha mãe.

Boone relanceou um olhar à mulhemais velha.

– Se houver qualquer despesa extraficará por minha conta – disse ele.

Carly anuiu. Os olhos tão vermelhoquanto os de Keely.

– Obrigada. – Em seguida, hesitou.

Sabe de uma coisa? – prosseguiuançando uma olhar significativo Boone. – Talvez não seja uma má ideicremá-la e enterrar as cinzas no jazigda família.

No mesmo instante, Boone soubque Carly vira o estado em que Ell

ficara e queria poupar Keely do trauma

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Os olhos escuros se estreitaram.– Acho uma boa ideia. O que acha?Keely não tinha certeza e hesitou.– Um funeral viking – disse ele com

voz suave. – Apropriado a uma mulhecorajosa.

Keely caiu em prantos outra vez.– Sim – concordou, soluçando. – El

era corajosa. Está bem então.

Boone se inclinou para a frente e puxou contra o peito, limpando-lhe aágrimas com beijos.

– Isso vai passar – disse comsuavidade. – Tudo passa. Um dia, sercapaz de se lembrar dela com alegria.

– Sim, é verdade. – Carly confirmou

Em seguida, se posicionou no outr

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ado da cama, inclinou o corpo e beijouo cabelo desgrenhado de Keely. – Voucomeçar a tomar as providências. Ohospital e a funerária talvez precisem dsua aprovação antes de dar início aoprocedimentos. Direi para telefonarem

para cá.– Faça isso – respondeu Boone.

Mas acho que não haverá problem

algum. Você se manteve firme ao ladde Ella quando ninguém se aproximavdela.

Carly interpretou aquilo como umelogio e sorriu.

– Obrigada.– Se conseguir achar aquela cobra

disse Keely a Boone, tentando aliviar

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atmosfera pesada. – Poderemos fazeum funeral para ela também. Claro queno caso de não ter morrido com picada que me deu, teremos de matá-lprimeiro.

Boone conseguiu conjurar uma brev

risada.– Fico feliz de ver que está melhor.Keely exibiu um sorriso fraco

fazendo uma careta de dor quandmoveu o braço.– Coltrain disse que ela poderá te

alta amanhã, portanto a levaremos parnossa casa – disse Boone a Carly. Emseguida, retirou a carteira do bolsopegou um cartão de visitas e o entregou

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a ela. – Se precisar de ajuda com aprovidências do funeral, basta me dizer

– Está bem. Se a cremarmospodemos marcar um culto em memóride Ella quando isso tudo acabar sugeriu Carly, lançando um olha

preocupado a Keely. – Você nãconseguirá comparecer ao funeral nacondições em que está agora.

– Tenho de concordar – retrucouKeely, prendendo a respiração. – Ohmeu Deus! Meu trabalho! Nem amenos telefonei para o dr. Rydel! Elvai me despedir!

– Eu telefonei para ele. – Boone sapressou em acalmá-la. – Rydel colocou

uma técnica temporária em seu lugar

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Ele e toda a equipe da clínica lhdesejaram uma boa recuperaçãoEnviaram-lhe uma imensa cesta dfrutas. Acabou de chegar, portanto, enfermeira a entregou para mim. Eucoloquei no carro. Vou levá-la para cas

e a terá amanhã.– Obrigada – agradeceu Keely.

Estava com medo de perder meu

emprego. Estava muito doente parelefonar e lhes contar o que aconteceu– Oh, todos em Comanche Wells

acobsville sabem tudo que se passou. Carly esclareceu com um olhadivertido a Boone. – E quero dizer tudo

Os olhos de Boone brilharam, ma

Keely não percebeu.

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Carly se despediu e os deixou a sós.Boone enfiou as mãos nos bolsos d

calça e assomou sobre ela, com o olhasuave e calmo.

– Você parece um pouco melhor comentou.

– Gostaria de me sentir assim. Aindestou nauseada e meu braço lateja disse ela com voz rouca, erguendo

olhar para encará-lo. – Detesto cobras.– Esses répteis não gostam que apessoas sentem em cima deles retrucou Boone.

– Não sentei. Aquela cobra apareceude repente. Não consegui nem virapara vê-la erguer a cabeça e me picar.

– Nervosismo.

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Keely pestanejou confusa.– Como?– Cascavéis são nervosas. Chocalham

para tentar assustar as pessoas e assimafastá-las.

Nunca ocorrera a Keely que um

cobra poderia ser nervosa. E deu voàquele pensamento.

Boone suspirou.

– De qualquer forma, nós a pegamos– Pegaram? É mesmo? – perguntouexcitada.

– Os rapazes a encontraram a umdistância de seis metros do local onde cobra a picou.

– E o que fizeram com ela?

Boone comprimiu os lábios?

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– Gosta de chapéus de vaqueiro?– Acho que sim. Não uso muito

exceto quando vou cavalgar.– Você usará esse. É feito sob medid

e ornado com couro de cobra cascaveOu será quando a pele for curtida.

– Não fez isso.– Fiz. – Boone lhe dirigiu um sorriso

– Quando você melhorar, daremos um

passeio a cavalo juntos.– É mesmo?Um dos olhos escuros de Boone s

estreitou.– Você passeia a cavalo com Clark

Winnie a toda hora. Pode cavalgacomigo agora – disse em tom levement

beligerante.

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– Está bem – concordou elfascinada. Ele soava quase como sestivesse enciumado. Aquilo erridículo, claro.

– Mandei colocar uma televisão emseu quarto. Você pode assistir a filme

no pay-per-view. Temos antenparabólica também, portanto podassistir a programas do mundo todo.

Os olhos de Boone faiscaram. – Edepois tem o noticiário nacional com corrida presidencial em todos os canaishoras e dias.

Keely suspirou.– Não assisto ao noticiário naciona

há semanas. Não suporto tant

monotonia. Os únicos assuntos são

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eleição presidencial e todos os detalhedas vidas pessoais das celebridades.

– O canal espanhol tem notícias dverdade – comentou ele. – Se quisesaber o que se passa no mundo, é lá quvai conseguir.

Keely sorriu.– Não sei falar espanhol.– Eu a ensinarei. – Boone se ofereceu

de imediato. Os olhos insinuavam qupretendia lhe ensinar outras coisaambém.

O rosto de Keely se tornouevemente rubro. Sua vida fora um livr

doloroso e fechado, e seu futuro, umsonho que nunca pensara s

concretizar. Agora, lá estava aquel

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homem atraente, por quem sapaixonara há anos, fitando-a comolhos apreciativos e lhe sorrindo. Tinha sensação de que seu coração iriexplodir de tanta alegria.

Boone sorriu.

– A sra. Johnston tem uma auxiliade cozinha, Melinda. Ela é dGuatemala. Está nos ensinando a língu

maia. Você pode aprender também.– Maia? – Keely prendeu respiração. – A cultura desse povenglobava a astronomia, o conceito zere canteiros para plantio e irrigaçãenquanto os europeus ainda pareciamestar na idade da pedra.

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– Eu sei. – Boone soltou uma risadbaixa. – Você passa seu tempo nbiblioteca lendo sobre eles. Ao meno

foi isso que escutei da bibliotecáriachefe.

Keely corou. Era lisonjeiro o fato d

Boone saber coisas sobre ela.– Adoraria visitar as ruínas maias

disse ela. – E viajar para o Peru para ve

as ruínas incas também.– Eu também – disse ele. – Talveum dia possamos ir juntos.

Para Keely aquele era um sonh

mpossível. Nunca juntara dinheirsuficiente para comprar uma passagemde avião nem mesmo para passar féria

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no Sul do Texas. Um sorriso sonhadohe curvou os lábios.

E Boone percebeu.– De que mais você gosta?Keely sorriu.– História antiga.

– Os Césares, os filósofos, opolíticos…?

– Não mencione os políticos!

– Que tipo de história? – Boonsoltou uma risada abafada. – E quhistoriadores você lê?

– Tácito. Tucídides. EstrabãoArriano. Plutarco… Esses.

– Autores complexos para ummente tão jovem – comentou Boone.

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– Ouça, posso ser jovem, mas tenhuma mente velha – disse ela. – Fiquequase por minha conta quando meu pa

me levou para o Oeste do Texas parviver em uma reserva animal e fiquei dfato sozinha quando voltei para cá

porque mamãe bebia muito. – MamãeO pensamento lhe deixou o semblantsério ao se lembrar da recente tragédia

– Não posso acreditar que meu própripai a matou – disse ela. – Ele burlava ei de vez em quando, mas nunca fe

mal a ninguém.

– Ele vendia drogas. – Boonembrou. – Isso faz mal às pessoas.

– Sim, mas entendeu o que eu qui

dizer – retrucou ela. – Meu pai não er

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um assassino.– Querida, todas as pessoas sã

assassinas se receberem o incentivcerto – afirmou Boone. – Todos podemmatar.

Keely suspirou.

– Suponho que sim. – concordouristonha.

Boone se inclinou e lhe depositou

um beijo suave nos lábios.– Vou buscar uma xícara de cafdecente. O que quer que eu lhe traga?

– Um bife suculento com purê dbatatas? – perguntou ela esperançosa.

– Não há a menor chance de passacom esse tipo de comida pelo posto d

enfermagem, a não ser que todo

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estejam com pregadores nos narizesTente outra coisa – ofereceu ele.

– Acho melhor eu esperar pelo jantado hospital – respondeu Keelresignada.

– Assim que você melhorar, vou levá

a de avião para Fort Worth apresentá-la a um lugar que vende bifeexcelentes – prometeu ele.

O coração de Keely deu um salto npeito.– Está falando sério?Boone inspirou profundamente.– Tive de namorar com Misty par

passar informações para Hayes e pelmenos duas vezes por dia o infernizav

por causa disso. Eu a havia esquecid

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há anos, mas tive de fingir para que elnão suspeitasse de nada. – Os olhos dBoone se tornaram ainda mais escuros– Hayes também tem muitresponsabilidade pelo que aconteceuEla é vingativa. Preparou um

armadilha para você e eu fiquei tãfurioso que não consegui raciocinaquando vi aquelas fotos.

Keely se lembrou da promessa dMisty em se vingar dela. Aquela mulhefizera um excelente trabalho.

– Um dia ela terá o que merece afirmou Keely.

– Todos teremos – respondeu elfilosófico, relanceando o olhar a

relógio de punho.

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– Tenho de dar alguns telefonemas comer alguma coisa, mas depoivoltarei.

Os olhos verdes se iluminaram.– Está bem.Um sorriso lento curvou os lábios d

Boone. Desgrenhada, com o cabelo popentear e o rosto sem maquiagemKeely lhe parecia linda. Ela poderia te

morrido facilmente. Ele nunca sericapaz de viver com a culpa por aquelmorte.

Boone se inclinou e a beijou comextrema ternura.

– Volto já.– Está bem. Esperarei.

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Boone se retirou com uma risadbaixa.

Dez minutos depois, o telefone tocou

e Keely atendeu, pensando ser Winniou Clark.

– Keely, é você?

Era a voz do pai.

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Capítulo 13

– VOCÊ MATOU  minha mãe!

exclamou Keely com um guinchestrangulado, dominada pela raiva quo som daquela voz lhe inspirava. Como foi capaz!

– Não fui eu. Juro que não fui! retrucou Brent parecendo assustado. Nunca matei ninguém em toda minh

vida. Tem de acreditar em mim.

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– Você a ameaçou para que lhe dessdinheiro…

– Tive de fazer isso! Ouça, se eu nãpagar o que devo, eles irão… Bem, eleameaçaram matar sua mãe, agora estãdizendo que vão atrás de você, também

– disse ele, nervoso. – É a ganguFuentes! Eu me envolvi com eles pocausa de Jock – prosseguiu em tom

amargo. – Ele trabalha para Fuentes hanos. Foi até mesmo preso no lugadele, logo depois que você veio moracomigo. Jock me disse que eles pagavammelhor do que qualquer outrdistribuidor e que me colocaria dentrda quadrilha, porque um primo del

rabalhava na organização. Mas log

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ivemos problemas porque Jocudibriou um dos chefes e embolsou

dinheiro das drogas. Depois sescondeu e me deixou levar a culpaAgora, eles estão atrás de mim. Ouviu-se um suspiro do outro lado d

inha. – Sua mãe estava certa sobrock. Ella disse que ele iria me destrui

se eu não pusesse um fim a ess

amizade e foi isso que aconteceu. Joccontinua me telefonando, ameaçandfazer algo contra você, caso não arranjdinheiro para ele sair da cidade anteque os barões do tráfico o matem. Nãsei o que fazer!

Keely teve de se esforçar par

suprimir os sentimentos. O pai estav

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ustificando seu comportamento, maela se lembrava de vê-lo parado ao ladda jaula enquanto o leão da montanha arrastava para o que teria sido sumorte.

– Procure o xerife Carson

respondeu ela. – Conte tudo que mcontou e o ajude a encontrar Jock. Issé o que você tem a fazer.

– Diabos! Carson me trancafiará ncadeira e jogará a chave fora! resmungou ele. – Fui eu quem vendeua cocaína que matou o irmão dele. NãoEu não procurarei a lei.

– E que mais pode fazer? perguntou ela.

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– Conseguir dinheiro suficiente parque Jock pare de me pressionar. Aorganização de Fuentes quer mata

ock, mas não sabem de seu paradeiroPensaram que Ella sabia e… – Brent idizer que torturaram ela, mas nã

conseguiu dar tal informação à filhacom quem já falhara tantas vezes. Bem, eles a mataram. Agora, a únic

esperança que tenho é levantar dinheiro para ajudar Jock a sair do paíantes que o peguem. Juro que, se eunão o fizer, Jock dirá a eles que fui eu

quem os traiu. Devolverá a eles o quroubou e colocará a culpa em mim!

– Se você lhe der dinheiro – retrucou

Keely em um tom de voz fatigado –, el

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sempre vai querer mais.– Há uma chance de isso nã

acontecer. O único objetivo de Jock sair do país antes que façam com ele que fizeram com aqueles agentes dDivisão de Narcóticos, que mataram

ock não admite, mas acho que ele estcom medo do novo sócio de Fuentes. Ohomem se chama Machado e o odeia

Ele o matará antes que Fuentes o façase tiver chance, e Jock sabe disso.– Deixe que ele o mate – sugeriu

Keely com frieza.– Jock foi o único amigo que eu tiv

– respondeu o pai pesaroso. – Mantevese firme ao meu lado quando todos m

abandonaram.

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Assim como Carly se mantivera fiel Ella. Mas o que a motivara fora o afetgenuíno que devotava à sua mãe. Jocficara ao lado de Brent Welsh porqusabia que Ella tinha dinheiro, pensouKeely, e poderia consegui-lo atravé

daquela amizade. Porém, ela não deuvoz ao pensamento. O pai não lhe dariouvidos.

– Não tenho dinheiro algum afirmou Keely. – Trabalho como técnicveterinária e recebo salário mínimoMamãe… – A oz falhou e ela teve de srecompor. – Mamãe tinha algumdinheiro em uma conta poupança, maestá no nome dela e bloqueado devid

ao testamento. Levará semanas até qu

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eu tenha acesso àquela quantia. – Keelnão sabia se isso era verdade, maparecia convincente.

O pai soltou um xingamentgrosseiro.

– Deve haver alguma coisa par

vender!– Mamãe vendeu tudo – retrucou el

amargurada.

Brent praguejou mais uma vez.– Esses seus amigos, os Sinclair, têmdinheiro. Peça a eles!

– Não farei isso.– Sua vida está em jogo! – vociferou

ele. – Isso não é brincadeira! Jock dissque não tem nada a perder. Matar

você se não nos ajudar.

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Keely se sentia muito velha. A mãestava morta e ela quase morreraBoone conhecia o seu mais terrívesegredo e certamente não a desejarimais, mesmo que se mostrasscompassivo e compreensivo sobre sua

cicatrizes, por também possuí-las. MaKeely não via futuro possível para smesma.

– Não me importo – retrucou passiva– Deixe que Jock faça seu pior. Talveesteja me fazendo um favor – concluiucom humor negro. – Deus sabe qununca terei um marido ou uma famílicom minha aparência.

– Eu… Sinto muito – disse ele

falando pausadamente. – Sinto muit

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mesmo pelo que aconteceu. Fiquei tãchocado que não consegui me moverSinto-me péssimo por isso. Não pensena forma como essas cicatrizepoderiam afetar sua vida.

– É uma pena – disse Keely, sentind

o ódio crescer dentro dela. – Até aquelmomento, pensava que você gostava dmim.

– Eu gosto, do meu jeito – afirmou pai. – Meus pais eram secos um com outro e comigo também. Nunca sesforçaram para serem generosos comninguém. Aprendi que devemos cuidade nós mesmos e não nos importarmocom mais ninguém.

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– Mamãe também – retrucou ela. Nenhum de vocês era talhado para criafilhos.

– Tem razão. – O pai soltou umrisada superficial. – Quando vocnasceu, nossas vidas mudaram

radicalmente. Sua mãe era muitnstável emocionalmente para cuidar d

um bebê. – O pai soava amargo. – Voc

passou muito tempo aos cuidados dCarly.Um lampejo de luz espocou n

mente de Keely ao recordar o rosto d

Carly. Era um semblante muito maifamiliar do que o de Ella. Não era de sadmirar que a outra mulher tivesse sid

ão protetora em relação a ela.

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– Mas isso é tudo passado e agorestou com problemas muito maioresTem de tentar me arranjar algumdinheiro. Jock disse que não vai esperapor muito tempo.

– Diga a ele para vir ao meu

encontro. Posso lhe emprestar umarma. – Keely brincou.

– Isso não tem graça!

– Se estivesse no meu lugar, talveivesse.– Peça ajuda a seus amigos. At

mesmo 2 mil dólares serão suficientes nsistiu o pai. – Anote um número ond

você pode me encontrar.Keely pegou um bloco e um papel d

dentro da gaveta do criado-mudo.

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– Está bem.Brent lhe passou o número.– Faça um esforço, querida

suplicou o pai. – Você sobreviveucontra todas as expectativas. Não querque morra por um punhado d

dinheiro.– Verei o que posso fazer – diss

Keely pesarosa, antes de interromper

igação. Só então percebeu que estavrêmula.

QUANDO  BOONE  retornou, encontrou-

calada e preocupada, com o olhaperdido no vazio.

– O que há de errado? – perguntou

porque no mesmo instante percebeu

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que acontecera alguma coisa. Podisentir.

Keely franziu a testa.– Como sabe que há algo errado?Boone se moveu até a cama e s

deixou afundar preguiçosamente n

poltrona ao lado do leito.– Leio mentes. Vamos, diga-me.Keely se recostou contra o

ravesseiros, cansada.– Meu pai me telefonou. Jock estfugindo dos barões das drogas e quedinheiro para sair do país. Disse ao meupai que, se eu não lhe arranjar algumme matará. Os traficanteprovavelmente o mandarão de volta d

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onde quer que ele tenha vindo em umcaixa de sapatos.

Boone retirou o chapéu e o pousouno chão, ao lado da poltrona. Emseguida, escorregou uma das mãoongas e magras pelo cabelo negro.

– Vou soltar Bailey em cima dele equando meu cachorro terminar, Joccaberá em uma caixa de sapatos. Ou

algumas partes dele caberão.– Bailey está bem? – perguntou ela.Boone sorriu.– Ótimo, graças a você. – O sorris

que lhe curvava os lábios sensuaisecou. – Ainda não consigo acreditaque dei ouvidos àquela trapaceir

egoísta, quando você afirmou qu

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Bailey não estava bem. Gostaria dpoder voltar o tempo atrás e apagaaqueles breves minutos.

– No final, acabou tudo bem.Boone anuiu.– Apenas porque você teve coragem

de fazer o que sabia ser certo. Tevpulso firme.

– Sou apenas teimosa – retrucou ela

– O que posso fazer? Não tenho nadque possa vender para comprar umpassagem de avião para Jock.

– Conversarei com Hayes. – Boondecidiu. – Ele saberá o que fazer.

E O  xerife soube. Providenciaram um

soma em dinheiro que Boon

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prometeria entregar a Brent para atraío a uma armadilha. Keely dera a

xerife o número do telefone em qupoderia contatar o pai quando elconseguisse dinheiro.

– Você não vai – disse ela a Boon

quando ele e Hayes estavam discutindsobre quem levaria o dinheiro parock.

– Como? – perguntou ele em tomáspero.Keely corou, mas não mudou d

atitude.– Você não vai. Todos próximos

mim estão mortos ou em perigo e vocnão vai se juntar à minha mãe n

funerária local. Deixe que ele faça isso

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– Keely apontou para Hayes. – O xerifsabe como lidar com criminosos. É bomnisso.

– Obrigado – agradeceu Hayedivertido.

– Estive na Unidade de Força

Especiais no Oriente Médio. – Boonembrou. – E voltei para casa.

Keely dirigiu o olhar a Hayes

esperando apoio.O xerife exibia uma expressão ddesagrado.

– Está bem. Vou planejar os detalheão logo vocês consigam o dinheiro

Com um pouco de sorte, podemopegar os dois.

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– Eu lhe telefono – prometeu Boone– Quando Hayes partiu, ele observouKeely com um semblante levement

divertido. – Está com medo que eu sejferido.

Keely mudou de posição no

ravesseiros.– Minha mãe está morta porque meu

pai queria dinheiro. Não quero perdê

o… Quero dizer, não quero que Clare Winnie o percam.Boone comprimiu os lábios.– Tive vontade de lhe torcer

pescoço quando vi aquelas fotos – dissem tom de conversa. – E o de Clarambém.

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– Sei que não quer que seu irmão srelacione comigo por eu ser de umclasse social…

– Pare com isso – resmungou ele. Não queria que namorasse com meurmão porque você é minha

completou conciso.Um calor intenso aqueceu todo

corpo de Keely. Certamente estav

ouvindo coisas. E deixou ncredulidade transparecer em seusemblante.

– Teremos de fazer algo quanto à su

autoestima. – Boone soltou uma risadabafada. – Não sei por que semprpensou que eu não a desejaria. At

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mesmo Clark percebeu que eu estavmorrendo de ciúmes.

– Você me odiava! – exclamou ela. gnorava-me quando levava Bailey a

dr. Rydel!– Disfarce – retrucou ele. – Não sabi

sobre seu ombro naquela ocasião acrescentou em tom de voz mais baixo– Tudo em que pensava era em meu

próprios defeitos. Já havia tidevidências de como uma mulhereagiria a eles. Você é tão jovem. Eu considerava muito imatura para lidacom isso.

– Sou mais velha do que aparento argumentou Keely.

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– Ambos somos. – Os olhos escuros observaram atentamente. – Não mmporto mais com os obstáculos

mprovisaremos.Keely sentia o corpo todo formiga

com o modo com que ele a olhava, ma

não conseguiu evitar a apreensão. Ocírculos que Boone frequentavpertenciam a um mundo moderno. Ma

ela estava vivendo no passado.– Nunca estive… Nunca tive… Nãsei como… – Ela desistiu exasperada.

– Sei de tudo isso – afirmou Boon

com voz gentil. – Iremos devagar. Nãquero apressá-la.

– Sim, mas isso não importará

retrucou ela ansiosa. – Não percebe

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Fui criada nos preceitos dreligiosidade, a despeito dos mauexemplos que meus pais são. Acho quas pessoas não devem dormir juntaantes de se casarem.

– Engraçado – respondeu Boone com

um sorriso. – É exatamente isso qupenso.

Era como se ela tivesse parado d

respirar. Seu olhar se encontrava presao dele. Keely se sentia esquisita.– É mesmo? – perguntou.– Sim. Portanto, vamos nos conhece

melhor e só então tomaremos decisõea longo prazo. Está bem?

Keely sorriu, com o coraçã

ransbordando de felicidade.

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– Está bem.Uma risada baixa escapou d

garganta de Boone. Era a primeira veque se sentia feliz desde que aquelcalvário começou.

BOONE RETIROU  dinheiro do banco, emespécie, e telefonou para Hayes. Oxerife pediu para que Keely contatassao pai e combinasse uma hora e umocal para que o dinheiro mudasse d

mãos.– Você conseguiu! – exclamou Brent

– Você é maravilhosa! Isso salvarminha vida!

– Pensei que salvaria a minha

retrucou ela desconfiada.

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– Claro, a sua! – O pai se apressouem emendar. – Quis dizer que salvará nós dois! Onde quer que a encontre?

– Ainda estou no hospital – lembrouela.

– Oh! Isso mesmo. Acho que poderi

encontrá-la no hospital então – sugeriuele.

Keely repetia o que ele dizia para qu

Boone e Hayes pudessem escutar. Oxerife anuiu entusiasmado.– Sim. Isso seria ótimo – disse Keely

– Quando quer vir?– Dentro de dez minutos

respondeu Brent e desligou.Keely repôs o fone no gancho.

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– Ele está vindo para cá – informouem um tom amargo. – Disse que isshe salvaria a vida. Não estava nem um

pouco preocupado com a minha.– Sinto muito – desculpou-se Hayes

– Mas ele nunca se preocupou com

bem-estar das outras pessoas. Dcontrário, nunca teria enviado aquelcocaína pura para Bobby, sabendo qu

aquilo o mataria.Keely suspirou.– Eu esperava que… – Calou-se

ruborizando. – Bem, seria bom se ele s

preocupasse ao menos um pouccomigo. Mas se ele se importasse, terimergulhado naquela cova do leão d

montanha, sem pensar na

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consequências, quando a vida daquelcriança estava em jogo.

– O que você fez – retrucou Boone.Keely anuiu.– Não pensei em nada, apenas reag

Papai foi processado pelos pais d

criança por causa disso, mas eles mchamaram para depor e descreveram oferimentos que eu havia sofrido po

entar salvar a vida do menino. Afamília da criança ficou envergonhada pediu ao advogado para dar o caso poencerrado. O menino não ficou sequeassustado e não sofreu nenhumarranhão. Mas o juiz não foi tãndulgente. Alegou que papai devia te

uma cerca mais segura no lugar e fixou

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uma quantia a pagar à família dmenino. Mas naquela ocasião, ele jhavia gasto todo seu dinheiro comaquela mulher interesseira. Teve dpedir um empréstimo, dando a reservcomo garantia para pagar o que devia

família do menino e os custos dprocesso. Ele perdeu tudo e acho qumeu pai pensa que eu lhe devo isso.

– A meu ver, ele é quem lhe deve posso – argumentou Boone em um tomde voz seco.

– Concordo – acrescentou Hayes, serguendo. – É melhor eu trazer algumreforço para cá. Conversarei com serviço de segurança do hospita

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ambém. – E relanceando o olhar Boone. – Você vai ficar?

– Pode apostar – retrucou elobstinado. – Não a deixarei sozinhcaso Brent consiga passar por seuesquema de segurança.

Hayes sorriu.– Acho que não conseguirá, mas

melhor prevenir do que remediar. Que

um revólver?Boone soltou uma risada abafada.– Nunca precisei de um. E ainda nã

preciso.– Está bem. Grite se precisar d

ajuda. Obrigado, Keely. – agradeceu xerife a ela.

Keely anuiu.

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Hayes partiu e ela dirigiu um olhacurioso a Boone.

– Por que não precisa de umrevólver? – perguntou.

– Tive a mais alta pontuação dminha unidade em combate corpo

corpo – retrucou ele com simplicidade– Conseguia até mesmo desarmar meuhomens quando eles me atacavam

armados.Os olhos verdes faiscaram.– Uau!Boone deu de ombros.– É um dom. Todos nós temos dons

– Ele lhe sorriu. – O seu é lidar com oanimais. Nunca lhe disse que Baile

morde, certo?

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– Seu cachorro nunca me mordeu retrucou ela confusa.

– É a única pessoa que o conhece qupode dizer isso – revelou ele com umbrilho no olhar. – Como eu disse, vocem um dom.

Keely lhe retribuiu o sorriso.Boone se ergueu, caminhou até

porta, abriu-a e olhou de um lado par

o outro do corredor. Em seguida, voltoupara dentro do quarto. Havia acabadde girar em direção ao closet quando porta do quarto se escancarou drepente e Brent Welsh irrompeu nquarto.

– Rápido, me dê o dinheiro! – disse

Keely de modo abrupto. – Haye

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Carson está lá embaixo e capturou Jocno instante em que ele transpôs a portaAlguém avisou a polícia!

– Então deveria estar seguro respondeu Keely – se o xerife Carsonprendeu Jock.

– Nunca terei dinheiro suficientpara estar seguro – disse ele. – Mas amenos posso escapar do bando d

Fuentes. Onde está…?Com um movimento tão fluido ququase passou despercebido a KeelyBoone agarrou o braço de Welsh, girouo e o prendeu contra a paredemantendo-o lá com uma das mãograndes enquanto abria o telefon

celular e apertava um botão.

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– Solte-me! – suplicou Brent ao seucaptor. – Não posso ir para a cadeidaqui. Eles vão me matar!

– Que tragédia isso seria! respondeu Boone com voz arrastada.

A porta se escancarou mais uma ve

e Hayes adentrou, fechando o telefoncelular. Em seguida, guardou a Gloc40 que estava empunhando na altur

de sua têmpora direita e sorriu parBoone.– Não esquece o treinamento milita

que teve, certo? – Soltou uma risadabafada.

Boone sorriu.– Eu o pratico nos touros teimoso

quando os estou tangendo. Aqui está.

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Ele girou Welsh para que Hayepudesse algemá-lo.

– Keely, diga a ele para me soltar! gritou Brent para a filha. – Sounocente. Foi Jock! Ele fez aquilo!

Keely se sentiu nauseada. Quas

acreditara nas desculpas esfarrapadado pai.

– Não posso ajudá-lo – respondeu el

com tristeza na voz. – Ninguém podagora.O rosto de Brent se tornou sombrio

ele começou a xingar. Mostrando-senojado, Hayes o arrastou para fora dquarto e o entregou a um adjunto.

– Sinto muito por isso – disse a Keely

– Nós o tínhamos preso, mas el

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escapou. Agora o temos outra vezgraças a você – disse ele a Boone. – Eseu parceiro também. Conversarei comvocê mais tarde. Não se preocupeKeely – acrescentou. – Esses dois sãprocurados por assassinato no Arizona

Acho que haverá uma audiência dextradição em breve. Bom trabalhoBoone. Se algum dia quiser trabalha

para mim…?– Nunca me enquadraria respondeu Boone. – Costumo fazexingamentos grosseiros.

Hayes lhe fez uma careta.– “Biscoitos e leite” é um excelent

xingamento – informou ao amigo.

– Ah!

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Hayes partiu com a dignidadntacta.

Boone se aproximou da cama omou Keely nos braços, com cuidad

para não lhe ferir o braço dolorido.– E agora podemos nos concentra

em tempos mais felizes – disse com vosuave, sorrindo enquanto a beijava comuma ternura de tirar o fôlego.

KEELY OCUPOU  um quarto contíguo ade Winnie no andar superior. Aquelera o mais belo quarto que jamais vira

Temia pisar naquele carpete, de umbranco imaculado, que fazia umcontraste vibrante com as cortinas

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manta azuis e os ladrilhos do banheirda mesma tonalidade.

– Deus! Esse toalete é maior do qumeu quarto! – exclamou ela enquantBoone a carregava e a pousava na cama

– Gostamos de muito espaço

retrucou ele sorrindo. – Estconfortável?

Keely afundou na maciez das penas.

– Oh, sim!Winnie e Clark surgiram atrás delescarregando flores e frutas.

– As flores foram enviadas pelameninas da clínica – disse-lhe Winnie– E as frutas pelo dr. Rydel.

– Ele sempre lhe manda presentes?

perguntou Boone com expressã

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fechada.– Apenas quando sou picada po

cascavéis e acabo internada no hospita– respondeu ela em tom solene.

Winnie e Clark gargalharam emuníssono.

Boone corou de leve.– Parem com isso – resmungou

enterrando o chapéu na cabeça d

modo que quase lhe cobrisse os olhos. Tenho de colocar os rapazes parrabalhar na pastagem oeste. Voltarei empo do jantar. – Ele sorriu par

Keely. – Quando estiver melhor, podpreparar pãezinhos para nós.

Keely soltou uma risada, lisonjead

por ele ter gostado de seus quitutes.

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– Está bem.– Mas não agora – preveniu ele.Keely bateu continência, o que o fe

gargalhar alto. Em seguida, piscandpara os irmãos, se retirou, deixando-ocom Keely.

– Imagine só! – Winnie suspirousorridente. – Você e Boone.

Keely corou.

– Ele está apenas sendo gentil.– Acha mesmo? – Clark brincou. Eu não.

– Saia. – Winnie expulsou o irmãem tom de brincadeira. – Vouacomodar Keely e depois terei de irabalhar por algumas horas. Est

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semana estou trabalhando em turnodivididos.

– Você possui uma fortuna e trabalhpor um salário. – Clark suspirouresignado.

Winnie fez uma careta para o irmão.

– Gosto de trabalhar comassalariada.

Os olhos do irmão faiscaram

maliciosos.– Gosta de trabalhar com Kilraven.Winnie corou.– Ele é apenas um dos rapazes com

quem trabalho, agora que estou nserviço de emergência em tempntegral.

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Clark arqueou as sobrancelhas e sretirou, gargalhando.

– Além disso – prosseguiu Winnie

dizendo à melhor amiga –, Kilraven nãgosta de mim.

Keely tinha suas dúvidas quanto

sso, mas se limitou a sorrir, sem naddizer.

Winnie a ajudou a vestir um

camisola de algodão com estampflorida que a cobria até os tornozelosde mangas curtas bufantes e gola altaQuando viu as cicatrizes, suas feições s

contraíram.– Pobre menina – disse com

compaixão genuína. – Deve ter sido tã

doloroso!

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Keely perdeu o constrangimentdiante daquela expressão.

– A maioria das pessoas spreocuparia em fazer comentários sobra aparência. Sim, foi muito dolorido. Oprimeiros dias foram os piores de minh

vida. E depois, mesmo quandcomeçou a sarar, ficaram as cicatrizes. Um arrepio lhe perpassou a espinha

ela se inclinou para trás nos travesseirocom um suspiro. – Mas acho que no fimfoi uma bênção disfarçada, porque Jocacabou saindo da prisão dois anodepois e tentou abusar de mim no diem que voltou. Foram essas cicatrizeque me salvaram. Ele me achou

repulsiva. – Keely dirigiu um olha

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significativo à amiga. – Eu tinha 13 ano– acrescentou amarga.

Winnie se sentou na cama ao lado damiga e lhe apertou a mão.

– Alguns homens são como animais disse em tom gentil. – Os homen

costumavam me assediar em festas posaberem quem sou e a que famílipertenço. Na verdade, não era a mim

que queriam e sim a fortuna e o podeque eu poderia lhes proporcionarBoone passou muito tempo fazendameaças. – Winnie soltou uma risada. É por isso que gosto de trabalhar ncentro de gerenciamento demergências – acrescentou. – Algun

dos funcionários mais novos nem a

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menos sabem que pertenço a umfamília rica. Tratam-me como todos ooutros. Isso é lisonjeiro.

Keely se mostrou curiosa.– Kilraven sabe quem você é.Winnie anuiu, franzindo a testa.

– É estranho que ele pareça não smportar. – Ela hesitou, baixando

olhar ao colo. – Mas na maior parte d

empo me trata como qualquer outratendente.– Sempre sonhei com Boone

confessou Keely. – E nunca pensei quele pudesse sentir o mesmo por mim.

Winnie soltou uma risada.– Tive uma intuição sobre iss

quando ele surrou aquele detetive

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disse divertida. – Isso não se pareccom Boone. Não era apenas sentimento de culpa. Ele pode achá-lmuito jovem, mas parece que estcomeçando a tolerar sua faixa etária.

Keely sorriu.

– Sou velha para minha idade afirmou concisa.

– E eu direi amém a isso!

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Capítulo 14

BOONE VOLTOU para casa empoeirado

exausto por ter ajudado a transportar onovilhos da pastagem de verão até umcurral de contenção, onde ficariam atserem despachados a um curral d

engorda e completarem um ano ddade.

Era um processo longo e árduo em

que alguém sempre acabava ferido

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Felizmente, Keely percebeu, não forBoone.

– Paga uma fortuna a seu capatapara fazer esse serviço e depois vai paro campo trabalhar como se fosse ele disse Winnie agitada, quando el

entrou no quarto de Keely, após teomado um banho.

– Não sou talhado para a vida d

cavalheiro ocioso – retrucou elesorrindo. – Como está passandomocinha? – perguntou a Keely.

– Muito melhor – afirmou ela. Hayes Carson lhe deu alguma notícia?

Boone negou com a cabeça.– Ele só entrará em contato conosc

quando tiver algo de concreto a dizer

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Enquanto isso, pare de se preocuparEstá segura aqui.

Keely sorriu.– Eu sei. Não foi por isso qu

perguntei. Estava apenas pensando.– Estou faminto – disse Boone

rmã. – A que horas comeremos?– A sra. Johnston se superou

respondeu Winnie com um sorriso.

Guisado de carne bovina e pão dmilho mexicano.– Valeu a pena trabalhar o dia todo

disse ele. – Eu trarei seu jantar aqui, nquarto – acrescentou, se referindo Keely.

– Eu descerei… – começou ela.

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– Não até que Coltrain a libere retrucou Boone em tom de voz firme. Não queremos uma recaída agora

certo?– Não, mas meu braço está melhor

afirmou ela, movimentando-o de mod

desajeitado. – O inchaço diminuiubastante.

– Maldita cobra – resmungou ele.

– Foi exatamente o que disse quandfui picada. – Keely garantiu.Boone sorriu.– Está com uma aparência muit

melhor. – Os olhos escuros percorrerama camisola florida, ousados possessivos.

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A LEMBRANÇA  daquele olhar a mantevocupada durante todo o jantar. Boone rouxe pessoalmente em uma bandej

para surpresa de Winnie, Clark e da sraohnston, que acrescentou um vaso d

flores à bandeja. Após o jantar, Winni

se encaminhou diretamente ao própriquarto para trocar de roupa. Clark saiuBoone vestiu um pijama e um rob

antes de retornar ao quarto de Keelcom uma pasta de arquivo nas mãosusando óculos de leitura e com um lápipreso atrás de uma das orelhas. Sentouse ao lado dela na cama, reclinando-ssobre uma das duas pilhas dravesseiros que a sra. Johnston havi

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razido para ela. Em seguida, abriu pasta e começou a ler.

Keely estava fascinada.– O que está fazendo?– Estudando os formulário

mpressos sobre programas d

reprodução que nosso capataz de gadme trouxe – explicou ele. – Nossreprodução visa a determinada

características, como baixo peso anascer e estrutura magra. Utilizamocomputadores para fazer projeções parnós – acrescentou, mostrando-lhe anformações contidas nas páginas.

– Não. Quero dizer… Quero dizer, que está fazendo aqui, dessa forma?

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Keely apontou para o pijama e o robque ele usava.

Boone lhe dirigiu um sorrisconspiratório.

– Vou dormir com você.– Não vai! – Ela ofegou. – Par

começar, não posso…– Dormir – enfatizou Boone.

Fechamos os olhos e quando nos damo

conta o dia amanheceu.Keely relaxou um pouco, mas aindse mostrava cautelosa.

– As portas estão abertas – disse elegesticulando com a cabeça em direçãao corredor. – E continuarão assimNinguém perceberá que estou aqui.

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Winnie passou pela soleira da portdo quarto e sorriu. De repente parougirou e olhou admirada.

Boone lhe lançou um olhar furioso.– Que há com você? – perguntou

rmã. – Nunca viu um homem d

pijama e robe antes?– Você está na cama com Keely

retrucou Winnie. – Ela ainda está frac

– acrescentou preocupada.– É verdade, mas o amigo do pai delé versado na arte de escapar da polícia argumentou ele, enfiando a mão n

bolso e de lá retirando uma armcalibre .38 das forças especiais da polícique parecia desgastada. – Ninguém

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passará pelo meu crivo – acrescentouerguendo a arma.

A expressão chocada de Winnie fosubstituída por um sorriso malicioso.

– Entendi.– Ótimo. Enquanto está aqui, po

que não busca Bailey e a cama dele e rás para cá? – sugeriu Boone. – Ele va

começar a ganir se ficar sozinho com

uz apagada.– É isso que Bailey faz. – Winniconfirmou para Keely. – Acha quBoone vai morrer se não estiver pertpara protegê-lo.

Keely sorriu.– É um velho e doce menino.

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– Quem, eu? – perguntou Booncom voz arrastada, lançando-lhe umolhar malicioso por sobre os óculos d

eitura.– O cachorro! – enfatizou ela.– Oh! – Boone voltou a se concentra

em suas planilhas, alheio ao mundo aredor.

Winnie soltou uma risada abafada.

– Vou buscar Bailey.E FOI  isso que fez. Mas além dcachorro, trouxe também Clark e a sra

ohnston. Os dois perscrutavam dcorredor, fascinados. Boone nunchavia levado uma mulher para o anda

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de cima da casa e lá estava ele, na camavestindo um pijama, ao lado de Keely.

Clark começou a falar, mas Boonergueu o revólver, exibiu-o e voltou guardá-lo no bolso, sem erguer o olhada planilha.

– Eu não disse nada! – protestou rmão mais novo. – Não deveri

ameaçar as pessoas com uma arm

apenas porque estão curiosas!– O revólver é para aquele amigdemoníaco do pai de Keely – esclareceuWinnie.

– Oh! – Finalmente Clark entendeu– Está bem.

A sra. Johnston exibia um sorriso d

orelha a orelha. O cabelo branc

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parecia vibrar. Os três se limitaram observar o casal com os rostosorridentes. Boone enfiou a mão noutro bolso e pegou uma caixa de joiapequena, do tipo que continha um aneExibiu-a, mais uma vez sem erguer

olhar da planilha e a escondeu outrvez. Agora, Keely também parecia semfôlego.

– Aqui está Bailey e sua cama – dissWinnie, enquanto colocava o leitacolchoado do cachorro próximo aado que Boone ocupava da cama.

Fecharemos a porta quando sairmos.– Não farão nada disso – disse Boon

conciso. – Esta é uma casa de respeito

Nada de devassidão nos quartos. – E

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dirigindo um olhar severo a Clarkacrescentou: – Isso serve para todos.

O irmão mais novo ergueu as duamãos.

– Uma única vez trouxe uma mulheàs escondidas até meu quarto com

propósitos imorais. E ele nunca sesquece disso!

– Foi um ato de caridade. – Winni

repreendeu Boone. – Ele a encontrouvagando sozinha por uma esquina e rouxe para casa com a intenção d

aquecê-la com um cobertor.Todos caíram na gargalhada, at

mesmo Clark.– Está bem. Basta. Todos para fora

Tenho trabalho a fazer e depois teremo

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uma noite decente de sono. – Boongirou o rosto em direção a Keely, que adorava com o olhar e um sorriso ternhe curvou os lábios.

– Um de nós está precisando mais dque todos.

– Não posso discordar disso retrucou Keely.

Enquanto os dois trocavam olhare

apaixonados, a plateia desapareceuBoone relanceou o olhar ao corredor uma risada abafada lhe escapou dgarganta ao voltar a se concentrar nmulher deitada a seu lado.

– Na verdade, tenho intençõemalignas em mente – confidenciou em

om de voz baixo. – Mas ele

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provavelmente estão escondidos a umdistância de três metros, aguardando oacontecimentos. Portanto, teremos dnos comportar.

Keely deixou escapar um profundsuspiro.

– Está bem – retrucou. A mãcoberta pelo lençol se esticou para tocao braço musculoso. Em seguida, fechou

os olhos, confortada por aquele contato– Fiquei com medo de dormir durantdias – sussurrou ela. – Agora, não estoumais.

Boone escorregou uma das mãos pelcabelo longo e loiro.

– Durma – disse ele. – Eu a mantere

segura.

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– Sei disso.Boone voltou a se concentrar na

planilhas. Segundos depois, no longsilêncio que se seguiu, três pares dolhos perscrutaram, cautelosos, pelporta entreaberta.

– O que foi? – perguntou elbeligerante.

Os três saíram correndo. Bailey pulou

para a própria cama, andando emcírculos por alguns momentos, até sacomodar, bocejar e cair no sono.

NA MANHà seguinte, Keely ouviu umcarro se aproximar da propriedadeDescerrou as pálpebras lentamente

desorientada. Estava aninhada contr

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um corpo forte e quente. Os dois sencontravam sob as cobertas.

Boone baixou um olhar afetuoso parencará-la.

– Preparada para tomar o café dmanhã? – perguntou com voz suave.

Ouvi uma agitação na cozinha.Keely se aconchegou ainda mais a

peito musculoso.

– Acho uma ótima ideia.Os dois estavam deitados no ladque ela ocupava na cama e, ao quparecia, dormiram naquela posição noite toda. Keely se sentia tãconfortável e segura que se viurelutante em se mexer.

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Ouviram murmúrio de vozes nandar de baixo. Em seguida, passoapressados e pesados subindo a escada

Hayes Carson entrou, com o uniformdesgrenhado, assim como o cabelcastanho com reflexo loiro sob

chapéu.Estacou, erguendo as dua

sobrancelhas.

Boone bocejou.– Estou armado – murmurou.– Ainda não disse nada – protestou

Hayes.

Boone lhe dirigiu um olhar furioso.– Para proteger Keely – esclareceu.– Oh!

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Hayes caminhou, decidido, até cama, atirou o chapéu no carpetesentou-se na cama ao lado de Boone

se recostou para trás sobre oravesseiros.

– Deus, estou cansado! Trabalhei

noite toda ajudando no interrogatórido pai de Keely e seu comparsa.

– Fique à vontade – disse Boone com

voz sarcástica e arrastada.– Obrigado, ficarei – respondeu xerife. – Esta é a cama mais confortáveem que já me deitei – acrescentou

esticando a mão para o chão, erguendo chapéu e o pousando sobre os olhos– Poderia dormir por uma semana!

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– Primeiro, diga-me o que estfazendo aqui – sugeriu Boone.

– Para salvar a própria pele, o pai d

Keely fez um acordo judicial. Ele noentregou seu amigo Jock com umacusação de assassinato. Parece que seu

comparsa matou uma mulher nArizona. Era o principal suspeito, manão conseguiram reunir provas par

condená-lo. O pai de Keely tem umrelógio que pertence à mulher morta pode atestar que Jock estava lá na horque aconteceu o assassinato. – Haye

sorriu sob o chapéu.– E quanto ao meu pai? – Keely qui

saber.

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– Pegará de 25 anos por acusação dcumplicidade. Conversamos com promotor público assistente ontem

noite.– Talvez isso lhe ensine alguma liçã

– disse Keely, mas não soava tã

convicta.– Não espere milagres – acconselhou

Boone. – Isso raramente acontece com

os fora da lei.– Como você bem sabe – disse Hayecom voz arrastada, sob o chapéucruzando as pernas longas.

O som de outro carro se aproximouEm seguida, ouviu-se a porta do veículbater, outro murmúrio de vozes

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passos subindo a escada, mas dessa vezsuaves, rápidos e quase imperceptíveis.

Kilraven estacou à soleira da portaobservando a cena que se descortinavà sua frente.

– Bem, como se isso não fosse típic

dos agentes da lei – resmungou. – Saino meio de um interrogatório e deixar rabalho duro para a polícia local!

– Cale-se, Kilraven – disse Hayes emum tom agradável. – Não durmo hduas noites.

– Como se eu tivesse dormido! disparou Kilraven, franzindo a testaEm seguida, deu de ombros. – Diabosalvez tenha razão. Um pouco d

descanso talvez nos faça bem. Olá

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Keely. – Ele a cumprimentou enquantse deixava afundar na extremidade dcama e se esparramava próximo às botade Hayes. – Ora, esta é uma camrealmente macia. – Ele brincoufechando os olhos.

Ouviu-se mais algumas passadas saproximando.

– Ninguém vai descer para tomar

café da manhã…? – Winnie sencontrava parada à soleira da portaabsolutamente perplexa. Havia quatrpessoas na cama. Duas uniformizadas. Não vou trazer bandejas até aqui anunciou. – Quem quiser café, qudesça para tomá-lo. – E exibindo um

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sorriso. – Há o suficiente para as visitaambém.

– Somos visitas? – perguntou Hayesonolento.

– É o que parece –resopondeuKilraven.

– Acho que todos nós temos de noevantar – disse Hayes, deixand

escapar um suspiro.

– A cama é minha. – Boone lembrou– Além do mais, eu e Keely estávamoaqui primeiro.

Hayes se sentou com a testa franzida– O que está fazendo na cama com

Keely?Boone retirou a arma do bolso.

– Um revólver! – exclamou Kilraven

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Boone balançou a cabeçnegativamente e soltou uma risada.

AS VISITAS ficaram para o café da manhe depois se retiraram. Kilraven dirigiuum olhar estranho a Winnie. Ela s

mostrava reservada em relação a elultimamente. Era como se toda a alegrie vivacidade a tivessem desertado parsempre. Winnie sabia que não havinenhuma chance de Kilraven snteressar por ela de uma form

permanente e não era do tipo qu

aceitava relacionamentos casuaisAquilo lhe partia o coração.

Kilraven tentou lhe capturar o olha

enquanto ele e Hayes se dirigiam

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porta da frente, mas Winnie não ousavencará-lo. Ela se despediu em um tomde voz agradável e natural antes dretornar à mesa. Kilraven franziu a testao vê-la se afastar.

– Não tem uma reunião com

pecuaristas visitantes hoje? – perguntouWinnie a Boone.

– Sim, por algumas horas. Ele

querem conhecer nossos laboratórios dnseminação artificial.– Tenho de ir para o trabalho – diss

ela relutante, relanceando o olhar Keely. – Clark já partiu para Dallasporque tinha um encontro com algunnvestidores e a sra. Johnston est

fazendo compras.

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– Bailey me protegerá – afirmouKeely, esticando a mão para acariciar velho cão.

– Não precisa mais de proteção afirmou Boone com voz gentil. – Seupai e Jock estão seguros atrás das grade

do centro de detenção de San AntonioEles não costumam perder prisioneiros.

– Foi o que ouvi dizer. – Winnie tev

de concordar. – Apenas se certifique drancar todas as portas – acrescentouprevenindo a melhor amiga.

– Claro que sim – retrucou Keelcom um sorriso. – Não se preocupemSobrevivi a uma picada de cobrcascavel.

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– Você é muito forte mesmo. Winnie se viu obrigada a admitir. Voltarei do trabalho o mais rápid

possível. Cuide-se.– Você também – respondeu Keel

com voz terna.

Winnie se inclinou para beijar amiga e Boone antes de partir para rabalho, conseguindo ocultar o coraçã

partido dos dois. Não queria estragar felicidade do casal.A casa mergulhou em um silênci

profundo, com apenas os dois, aind

rajando pijamas. Boone baixou o olhaa Keely com uma expressão que elnunca lhe vira estampada no rosto. Em

seguida, ele se levantou devagar

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afastou a cadeira dela, ergueu-a nobraços e subiu a escada.

– Está na hora da sobremesa sussurrou ele, inclinando-se em direçãaos lábios de Keely.

– Tomamos o café da manhã. Nã

existe sobremesa nessa refeição.– Sim, para nós existe.Boone lhe capturou os lábios em um

beijo faminto. Passados algunsegundos, Keely esqueceu seuprotestos, envolveu o pescoço largo como braço são e o correspondeu comentusiasmo. Ele soltou uma risaddiante da avidez inocente de Keely começou a lhe ensinar a técnic

apropriada. Quando chegaram a

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– Boone… – Ela estava divididaorturada.

Enfiando a mão no bolso, ele retirou

a caixa de joias e a abriu. Dentro, sencontrava um anel solitário desmeralda e um conjunto de aliança

cravadas com esmeraldas e diamantes.– Todos nesta casa sabem qu

pretendo me casar com você. Compre

estes anéis há semanas, esperando quHayes juntasse provas suficientes parcolocar aquela maldita Misty e o pai ncadeia! Um pedaço de papel com um

carimbo não fará muita diferença. Comeste anel – disse ele com voz ternaescorregando o solitário de esmerald

no dedo de Keely –, eu a desposo. O

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resto virá depois. Eu a amo acrescentou reverente. – E a amarei ato dia de minha morte. Quer se casacomigo?

Keely mal conseguia vê-lo ou o anedevido à cortina de lágrimas.

– Sim – sussurrou.Boone se inclinou e se apossou do

ábios macios, provocando-os para qu

se abrissem, induzindo-os a acolher nvasão lenta e firme de sua língua.Keely ofegou quando uma carga d

paixão tão energizada quanto a quedde um raio lhe varou o corpo. O choquse refletia nos olhos verdes quencontraram os dele.

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– Nós começamos aqui e agora declarou Boone em tom de voz solene– Este é o primeiro dia do restante d

nossas vidas. Deixe-me amá-la.Keely se encontrava muito excitad

para pensar em recusar. Sentia as mão

ongas sob sua camisola, fazendo coisaestranhas que lhe dissipava constrangimento por suas cicatrizes. El

fechou os olhos, deixando escapar umgemido suave, enquanto os dedos fortehe acariciavam com maestria

contorno dos seios, logo send

substituídos pelos lábios ávidos dBoone.

– Sim – concordou ela, com um

sussurro trêmulo. E durante longos

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apaixonados minutos não disse mainada.

Boone interrompeu aquele interlúdiapenas para protegê-la. – É muito cedpara termos bebês – sussurrou elcontra os seios fartos e úmidos.

Temos muito o que viver antes. Depoisquando estivermos adaptados um aoutro, nossos filhos virão naturalmente

– Amo crianças – disse Keely comvoz terna.Boone sorriu.– Eu também.O braço ferido protestou quando el

o esticou para abraçá-lo, mas Keelgnorou a dor. Boone a excitou de toda

as maneiras e por um longo tempo, at

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que ela estivesse trêmula de desejo suplicando por um fim àquela docortura. Naquele instante, Keely

sentiu perder o controle. Arqueando oquadris no ritmo das investidas dcorpo forte, ela soltou um grito suave

quando a barreira de sua inocênciprotestou diante da invasão.

Boone hesitou com o corpo pulsand

pelo ardor.– Eu a machuquei – disse com vorouca.

– Quase nada – sussurrou ela dvolta, porque Boone parecia também tesentido sua dor. – Não pare.

– Como se eu pudesse! – El

conseguiu dizer, soltando uma brev

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risada ao começar a se movimentaoutra vez. Gemendo, se enterroudentro dela, ávido para preenchê-la ncapaz de se controlar.

Keely se moveu com ele, em umdesejo cego, pulsando com a sensaçã

deliciosa que se intensificava e sornava mais prazerosa a cada segundo

Sentia-o em uma intimidade que nunc

sonhara possível. O último pensamentque lhe passou pela mente foi que ápice daquele prazer seria capaz dmatá-la. A intensidade do clímax foi tãforte que, ao final, Keely deixou escapagritos altos e agudos que jamais souvira emitir.

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Os dois se grudaram um ao outro nominutos que sucederam o ato de amorBoone se encontrava exaurido. Ma

conseguia respirar. Sob seu corpo, Keelainda o segurava com força, com aunhas curtas cravadas em sua pele

ainda se movendo devido aos espasmoque se abrandavam em seu corpnexperiente. Ela estava aprendend

que o ápice não era de fato o fimdaquela sensação. Podia sentir os ecodaquele clímax intenso e avassalador srepetirem sem cessar, caso s

movimentasse do modo certo.Boone permitiu que ela se entregass

àquelas sensações por algum tempo

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mas depois lhe segurou os quadris e fez parar.

– Basta – sussurrou. – Você não estacostumada com isso. Sentirdesconforto se não pararmos agora.

– Oh! – protestou Keely.

Boone a beijou com ternura.– Além disso – disse em um sussurr

–, estamos desafiando a sorte. Essa

coisas são fabricadas para serem usadauma única vez. Podem romper.Os olhos verdes se abriram e s

fixaram nos dele, arregalados.– Podem?Keely soava quase esperançosa e o fe

soltar uma risada baixa.

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– raro, mas acontece. Nãprecisamos de um filho no momentono início de nosso casamento.

– Tem certeza que não? – perguntouela.

Boone a beijou mais uma vez.

– Sim, tenho. E não é porque eu nãqueira tê-los – esclareceu. – Quero quenhamos um tempo para viajarmos

nos conhecermos melhor.– Viajar.Boone não conteve outra risad

baixa.

– Para qualquer lugar que queira ir.– Quer dizer que poderíamos viaja

para Wyoming ou ver o Old Faithful?

perguntou excitada.

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Boone sustentou o peso do corpo emum cotovelo.

– Estava pensando em um lugar maiexótico.

– Oh, como a Florida? – Ela anuiu.Boone franziu a testa.

– As pirâmides. Chichén ItzáSacsayhuamán. Zimbábue. Esses tipode lugares.

– Está se referindo ao exterior? exclamou ela. – Poderíamos fazer isso?Boone estudou o rosto belo, pequen

e extasiado de Keely e outro sorrisvoltou a lhe curvar os lábios.

– Sim, poderíamos.– Uau!

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Boone a beijou mais uma vez recuou fazendo uma careta de dor aver a mesma expressão no rosto d

Keely.– Eu a avisei – disse em tom d

brincadeira. – Leva tempo e prática par

evitar essas armadilhas.– Acho que tem razão. – Keely fixou

o olhar no peito largo que ostentav

cicatrizes profundas. Havia mais nabdome definido e outra, muita maifunda, na coxa musculosa. Ela esticou mão e as tocou, testando os contorno

rígidos e as explorando com as pontados dedos.

– Símbolos de honra – murmurou

em tom de voz alto.

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Boone a observou explorá-lo, oolhos escuros penetrantes e alertasantes de exibir um sorriso.

– Durante anos me sentconstrangido por isso.

– Não são repugnantes – retrucou

ela.Os olhos escuros se fixaram n

ombro de Keely, cortado por cicatrize

ão profundas quanto as dele e maimaltratadas.– Pode fazer uma cirurgia plástica s

quiser – disse ele. – Mas eu a amaria dmesmo jeito se tivesse perdido umbraço ou uma perna. Nada nuncmudará o que sinto por você. E não m

mporto com essas cicatrizes.

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– Eu também não me importo com asuas. – Keely se inclinou para a frente he beijou o peito, onde a pel

enrijecida do ferimento sarado formavum corte em diagonal. – Fico tão felique aquela mulher idiota o tenh

abandonado – murmurou ela.Boone soltou uma risada.– Eu também.

Keely se aninhou ao corpo forte, maisegura e menos tímida.– Essa união de corpos parece se

uma coisa natural. Certamente foprazerosa.

Boone lhe envolveu o corpo com obraços fortes, tomando cuidado par

não machucá-la mais do que já fizera

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Em seguida, fechou os olhos. Nunca ssentira tão feliz em toda sua vida.

BOONE HAVIA  planejado uma grandfesta de casamento, mas a consciêncifalou mais alto. Portanto, no di

seguinte, levou Keely ao juiz da vara dfamília em Jacobsville e se casou comela.

– Você é mesmo um puritano provocou-o Keely quando saíram dribunal, usando as alianças d

casamento, com a certidão guardada n

bolsa de mão que ela usava.Boone deu de ombros.– O roto falando do esfarrapado

retrucou ele com um sorriso terno.

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Keely se colou ao corpo forte, aindse sentindo um pouco fraca e trêmuldevido à picada da cobra, mas tão felique temia explodir.

– Ainda há uma coisa a fazermos disse relutante.

– Sim. Quer telefonar para Carly oudeseja que eu o faça?

Keely entrelaçou os dedos aos dele.

– Eu telefonarei para ela.UMA SEMANA  depois, aconteceu funeral de Ella. Um breve culto n

cemitério, onde a mãe foi enterrada aado de seus pais. Foi um tristntervalo em um turbilhão d

felicidade, porque Winnie insistiu em

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fazer uma cerimônia de casamentoBoone e Keely concordaram relutantesO entusiasmo da irmã era contagiante.

Portanto, eles se casaram no outonocom os bordos cobertos com suas capagloriosas nos tons vermelho e dourado

e crisântemos no buquê de Keely. Ela ogou quando saiu da igreja e assistiu

extasiada, as damas de honra lutarem

para alcançá-lo. Porém, foi o padrinhoHayes Carson, quem o pegou. O xerifexibiu um sorriso largo e fez ummesura cortês quando todos os olharese fixaram nele. Um mal-humorado drBentley Rydel também compareceu acasamento, juntamente com os colega

de trabalho de Keely e Carly, que s

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desfez em prantos e disse que Keely era noiva mais bela que jamais vira.

Os recém-casados viajaram durantum mês em lua de mel, em um toupela Espanha, África e boa parte dEuropa. Os dois retornaram exaustos d

viagem, mas trazendo lindaembranças na bagagem.

– Não será feliz oferendo chás

sendo anfitriã de jantares festivoscerto? – perguntou Boone quandacabaram de jantar e se encontravamsentados em frente à lareira da sala destar.

– Não sou talhada para isso respondeu ela preocupada.

Boone sorriu e a puxou para perto.

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– Então, faça o que lhe dá prazer.– Gostaria de voltar a trabalhar par

o dr. Rydel – disse ela devagar. – Achque isso não o agradaria?

Boone observou os olhos verdeenormes e suaves.

– Já conversamos sob seus dons e elese relacionam aos animais. Acho quseria uma boa ideia. Haverá dias em

que terei de me ausentar da cidade negócios, comparecer a feiras de gado conferências também. Você pode macompanhar algumas vezes, não gostarde pegar a estrada com tantfrequência. Trabalhe para Rydel. – Ele beijou. – Apenas não se esqueça ond

mora e quem você ama.

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Keely sorriu e o beijou de volta.– Nunca poderia esquecer isso.Boone se espreguiçou e bocejou.– Clark está com uma namorad

nova segundo disse Winnie murmurou ele, após um silênci

agradável. – Uma boa menina dessvez. Ela trabalha na biblioteca.

Keely sorriu.

– Que bom para Clark. E quanto Winnie?O marido hesitou.– Não sei. Ela está mudada. Est

muito calada ultimamenteProvavelmente sonhando com Kilraven– Ele fez um movimento negativo com

cabeça. – Aquela ave não se adaptará

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uma cidade pequena. Ele tem ametrópoles em seu sangue.

Keely prometeu a si mesma arranjaempo para conversar com a melho

amiga e deixá-la chorar em seu ombro.– Está com sono? – perguntou ele.

Keely recostou o rosto no ombrargo.

– Não muito. Por quê? Tem algo em

mente? – provocou ela.– Na verdade, tinha. – Boone snclinou para a frente e roçou de leve oábios aos dela por um breve segundo.

Pãezinhos.Pega de surpresa, Keely soltou um

gargalhada.

– Pãezinhos?

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– Não como um decente desde antede nosso casamento – retrucou ele. – Eagora você já está curada. Além dissoninguém os faz como você.

– Bem, se é isso que pensa, adorariassar alguns pãezinhos! – exclamou el

com o olhar faiscando de alegria. – Maantes, precisarei de um pouco destímulo.

Boone apertou os lábios em uminha fina.– Que tipo de estímulo?– Seja criativo – provocou ela.Boone se levantou, ergueu-a no

braços e se dirigiu à escada.– Criativo – repetiu ele com um

risada abafada. – É meu nome do meio

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Keely recostou o rosto ao peito forte escutou as batidas fortes compassadas do coração de Boonesorrindo em antecipação. Sentia comse estivesse sendo ressarcida peloongos anos de solidão e sofrimento qu

passou. As cicatrizes, decidiu ela, nãinham tanta importância afinal. E

felicidade que encontrara ao lado d

Boone fazia cada uma delas valer pena.

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CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DELIVROS, RJ

P198c

Palmer, DianaCoração de pedra [recurso eletrônico] /

Diana Palmer; tradução Vera Vasconcellos. - 1ed. - Rio de Janeiro: Harlequin, 2015.recurso digital

Tradução de: Heart of stone

Formato: ePubRequisitos do sistema: Adobe DigitalEditionsModo de acesso: World Wide Web

ISBN 978-85-398-1752-8 (recursoeletrônico)

1. Romance americano 2. Livroseletrônicos. I. Vasconcellos, Vera. II.

Título.

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15-19084 CDD: 813CDU: 821.111(73)-3

PUBLICADO MEDIANTE ACORDO COMHARLEQUIN BOOKS S.A.

Todos os direitos reservados. Proibidos a

eprodução, o armazenamento ou aransmissão, no todo ou em parte.

Todos os personagens desta obra são fictícios.Qualquer semelhança com pessoas vivas ou

mortas é mera coincidência.

Título original: HEART OF STONECopyright © 2008 by Diana PalmerOriginalmente publicado em 2008 porSilhouette Special Edition

Arte-final de capa:sabelle Paiva

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