Como Gerir as Finanças da Igreja “Foco no Presidente de Finanças, Tesoureira e Secretário”
“Relatórios de Finanças e da Tesoureira”
“O Orçamento e sua elaboração”
Reservado a Igreja Metodista Unida de Noé
Com Rev, Diogo Raimundo
Angola # Luanda
06/2014
Tema: “Como Gerir as Finanças da Igreja” Destinado a: “Igreja Metodista Unida de Noé”
Contactos: ” www.mribeiros.com # +244 923489762”
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Nota Introdutória
Trabalhei durante 5 anos na comissão de finanças da Igreja Metodista Unida de Redentor,
Igreja localizada no bairro Prenda imediações do lote 22, e parte da experiencia que tenho
hoje relativamente as finanças da igreja, obtive daquela igreja também chamado como
Quartel General do Metodismo.
Trabalhamos em um período de muitas dificuldades uma vez que havia-se derrubado a igreja
no sentido de construir uma nova e melhor.
Alguns membros discordavam a iniciativa de se derrubar a mesma, outros não queriam viver
as dificuldades apresentadas pelas mesmas preferindo se deslocar a outras, os patrocínios
preconizados não se concretizavam e nós “comissão de finanças” tínhamos o árduo dever de
fazer gestão dos escassos recursos que a igreja tinha.
Fez-se de tripas corações, mas a igreja em caso nenhum parou por falta de recursos
financeiros, todos participaram de forma activa e hoje tem-se aquela que é IMUR.
Claro, entramos na comissão e tivemos algumas dificuldade em termos de enquadramento;
verificamos resistência na implementação de algumas políticas financeiras, foi um pouco
difícil mas benéfico para mim e para a própria igreja, e a prova disso é o relato verificado neste
manual.
Neste manual, trago experiencias vividas na vida prática da igreja, trago aconselhamentos com
base na realidade financeira da igreja, trago uma vasta experiencia e bem vivida relativo aos
aspectos financeiros no geral.
Agradeço a Deus, ao Rev. Ribeiro Kalenji (na altura pastor principal), a comunidade da Igreja
Metodista Unida de Redentor e a minha comissão em especial, particularizando a “Mama
Laurinda Nzamba” e “Ntumba André”, pela vasta experiencia que me proporcionaram ao
longo dos 5 anos nos cargos de Vice e Presidente de Finanças.
14/06/2014
Por: Manuel Ribeiro Sebastião
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Índice
1. Finanças ................................................................................................................................................ 4
1.1 Introdução as Finanças ........................................................................................................................... 4
1.1. Perfil do Financeiro ...................................................................................................................... 5
1.2. Comissão de Finanças .................................................................................................................. 8
1.3. Perfil do Presidente de finanças ................................................................................................. 10
1.5. Relatório de Finanças ................................................................................................................. 15
2. Tesouraria ........................................................................................................................................... 20
2.1. Perfil do tesoureiro .................................................................................................................... 20
2.2. Tarefas da tesoureira ................................................................................................................... 20
2.3. Documentos a serem utilizados pelo Tesoureiro ..................................................................... 23
2.4. Relatório da Tesouraria .............................................................................................................. 25
3. Orçamento ......................................................................................................................................... 28
3.1. Fabricação do Orçamento ......................................................................................................... 28
3.2. Elaboração dos Programas ......................................................................................................... 30
3.3. Elaboração do orçamento ......................................................................................................... 30
3.4. Análise de desvios do Orçamento ............................................................................................. 30
3.5. Orçamento da Comissão de Programa. .................................................................................... 30
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1. Finanças 1.1 Introdução as Finanças
Finança é a arte e a ciência da gestão de activos financeiros. Enquanto verbo, financiar significa fornecer fundos para negócios e projectos.
Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais...
Ciência é uma palavra que deriva do termo latino "scientia" cujo significado era conhecimento ou saber. Atualmente se designa por ciência todo o conhecimento adquirido através do estudo ou da prática, baseado em princípios certos. A ciência, em geral, comporta vários conjuntos de saberes nos quais são elaboradas as suas teorias baseadas nos seus próprios métodos científicos. A ciência está intimamente ligada com a área da tecnologia, porque os grandes avanços da ciência, hoje em dia, são alcançados através do desenvolvimento de novas tecnologias e do desenvolvimento de tecnologias já existentes.
Gestão: processo de coordenação das actividades de transformação de imputs (capital, mat. primas, recursos humanos, tecnologia, etc.) em outputs (bens e/ou serviços) com o objectivo de atingir determinados resultados (económicos, financeiros, humanos, etc.), não obteníveis por uma pessoa agindo sozinha.
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados à administração das finanças de empresas e organizações. Ela está directamente ligada a Administração, Economia e a Contabilidade.
Em Finanças, denominar-se-á genericamente por Sistema Financeiro, qualquer estrutura que tenha como objectivo descrever a circulação do dinheiro em determinada organização. O Sistema Financeiro engloba a obtenção de recursos e a sua aplicação. Tais actividade (de obtenção de recursos e dispêndio destes) denomina-se actividade financeira.
O estudo das actividades financeiras do Estado é a finalidade da disciplina denominada Finanças Publicas. O estudo das actividades Financeiras das empresas e organizações é a finalidade da disciplina denominada Finanças Empresariais.
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1.1. Perfil do Financeiro Ser Financeiro é entregar-se de corpo e alma, é estar disponível em pleno na obra de Deus; é
ser Mordomo e é ainda ser um servo fiel e não um servo mau e negligente. Somente através
de dedicação e muitas vezes, da abdicação de horas de lazer e da vida particular pode-se atingir
o sucesso.
O financeiro de sucesso reúne determinadas características fundamentais na implementação de
políticas no seio da igreja.
i. Ter capacidade de assumir risco
Assumir riscos e ter coragem para enfrentar desafios, para tentar novos empreendimentos
para buscar uma nova vida profissional. Mas para tal é necessário preparar-se bastante para
diminuir os riscos pois que nela encontramos pessoas dos mais diversos níveis de escolaridade
e culturais.
ii. Ter a capacidade de ver o futuro
Pensar no futuro, pode dar um outro significado ao presente. Cada pessoa, cada empresa tem
a capacidade de moldar o seu próprio futuro. Mas para tal é necessário exercitar
permanentemente as suas visões do futuro.
O financeiro tem que ter esta visão, nada pior do que aplicar de forma incorrecta os recursos
que a custo de seu trabalho, o membro contribui.
iii. Ser líder
Deus esta chamando líderes e não detentores de poder;
Ser líder significa ter capacidade de reunir, motivar e conduzir pessoas para o a tingimento de
fins comuns. A liderança deve ser participativa e levar em consideração o processo de
aprendizagem do empregado, cumprindo as etapas básicas de desenvolvimento profissional de
cada um deles.
Liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influencia especial dentro de um
grupo no sentido de leva-los a atingir metas de permanente beneficio que atendam as
necessidades reais do grupo. (Jonh Haggai)
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iv. Ser Criativo e ter coragem para quebrar modelos tradicionais.
Você não precisa “inventar a roda” para ser criativo. A criatividade pode ser praticada a partir
da observação e da pesquisa, com pequenas modificações nos paradigmas. Faca perguntas do
tipo “se”.
Exemplo; Criação de Rubricas como Doadores de Deus, Coloque a sua própria Porta ou janela
a casa do Senhor, Balaios especiais para um determinado fim.
v. Saber aproveitar as oportunidades
As oportunidades estão em toda parte, porem cada um tem maior ou menor sensibilidade
para percebe-las. Exemplo: Arrancar com um projecto viável, quando a igreja se encontrar
com recursos financeiros excessivos; abrir um centro médico no caso se verifique um número
elevado de técnicos disponíveis; etc.
vi. Ter iniciativa e dinamismo
As coisas não acontecem por acaso, é preciso acção, iniciativa e dinamismo. O financeiro
precisa ter essas características para fazer com que a organização a que representa venha a
crescer. Não deixe para amanha o que pode fazer hoje, vá a luta e tenha bom ânimo, existem
coisas que devem ser feitas directamente por você. (um certo empresário sempre procurava
ser proactivo visitando os seus clientes, fornecedores e participando de feiras e eventos,
actividades as vezes cansativas. Depois de algum tempo teve seu esforço recompensado com o
crescimento de sua empresa através da presença sempre constante dos cliente, comprando e
utilizando os seus serviços).
O mesmo acontece com o financeiro das igrejas, estes devem sem restrições visitar as classes,
organismos leigos, visitar as casas pastorais e até mesmo a casa dos pastores no sentido de ver
e tomar conhecimento de suas necessidades principais pois que a partir destas visitas novas
opiniões surgirão e estas facilitarão na execução do orçamento (tema a ver mais adiante).
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vii. Ser Optimista
O Financeiro deve possuir a característica de “prever sucesso” em vez de ter aquele excesso
medo do fracasso.
Ele deve apostar em projectos viáveis e bem estruturados de modos a implementar parte dos
recursos que a igreja possui para o mesmo fim, para isso devera ser optimista e fazer com que
tal projecto se concretize. A igreja metodista de redentor, teve um dia o seguinte projectos.
O objectivo em termos anexos nos relatórios de finanças é de irmos relembrando a igreja a
necessidade desta apostar em outras fontes de receitas, além dos que são recolhidos aos cultos
dominicais. Deixa dizer que muitas são as igrejas que com os valores dos cultos apostaram em
investimentos como colégios, postos médicos, quintas, bancos, edifícios, etc e hoje elas
encontram-se totalmente estável e sem problemas financeiros.
viii. Ter conhecimento de finanças
Os Financeiros que não dominam finanças ficam muitas vezes, inseguro e totalmente
dependente de terceiros, aconselha-se para financeiros irmãos ou membros com um certo
domínio em finanças, contabilidade, marketing, economia, gestão ou qualquer outra
disciplina que lida directamente com números.
ix. Ter espírito de Cooperação
“Uma mão lava a outra e as duas batem palmas” ajudando um colega hoje você poderá abrir
as portas para você ser ajudado amanha.
O financeiro deve saber cooperar com outras pessoas quer sejam singular ou colectivas, saber
como as finanças da igreja metodista de Jerusalém fez para construir o rico templo que
tenham não é mal algum, do mesmo jeito que indicar os lugares aonde se compraram os
mobiliários também é espírito de cooperação. Visitar uma igreja para saber como esta
estruturada as finanças da mesma para troca de experiencia também é espírito de cooperação.
Estas iniciativas devem partir das comissões de finanças das respectivas igrejas.
x. Ser Disciplinado e Organizado
Financeiro desorganizado acaba na prisão. Ou seja quando numa oficina possui um
quadro de ferramentas bem organizadas certamente funcionara melhor facilitando o
trabalho dos mecânicos e o controle das mesmas.
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1.2. Comissão de Finanças É o órgão da igreja responsável pelo manuseamento das receitas, esta comissão terá a
responsabilidade de promover, incentivar e realizar actividades que visam angariar fundos para
a igreja e aplicar tais fundos de modos a se ter uma igreja saudável financeiramente.
É indispensável que a comissão apresente rubricas que falem respectivamente das principais
fontes de receitas e despesas da igreja assim, para que no caso de se sacrificar algumas despesas,
não se tenha problemas em faze-lo.
As igrejas no geral, normalmente apresentam três fontes de receitas (dízimos, acção de graças
e ofertas dominical) e três principais fontes de despesas (construção do templo, salários e
fundos conferenciais).
Esta rubrica facilitara aos analistas das igreja a ter uma percepção de aonde mexer nos casos
emergentes.
O Departamento de Finanças
O departamento de finanças responsabiliza-se pela gestão imediata das finanças da igreja. Ela
preocupa-se com as arrecadações verificadas ao longo do culto, os pagamentos e ou
manuseamento de valores ao longo do culto, e para isso esta deve procurar formas de
viabilizar o sucesso deste processo, arranjando formas e mecanismos essenciais de modos a
fazer com que estes objectivos sejam preconizados sem sobressalto, no sentido de fornecer da
melhor forma possível a informação financeira ao membro.
Composição da Comissão de Finanças (Pag. 169 LDIMU)
A comissão de finanças é eleita anualmente pela conferência do cargo, por nomeação da
comissão de actividades leigas ou do plenário, composta e é composta do presidente, pastor,
um membro leigo da conferencia anual do presidente da junta administrativa, do presidente
de relações pastor igreja ou seu representante, do representante da comissão de curadores,
mordomia, do guia leigo, do secretário, do Financeiro, tesoureira e outros membros a serem
adicionados conforme a conferencia do cargo determinar1.
1
Angola, Conferencia Central de. 2008. Livro de Disciplina da Igreja Metodista Unida. Luanda : Centro de
Publicacao Cristã, 2008.
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A comissão de finanças restrita, deve ser constituída pelo Presidente; o Vice-Presidente; o
Tesoureiro; o Secretário de finanças; dois vogais ou um membro de cada classe. Esta
Comissão preocupa-se com os trabalhos que estão directamente ligado as finanças; aos
trabalhos executivos no domingo e no fim do culto e ao longo da semana. Esta comissão é a
chamada comissão executiva que faz a gestão da parte financeira da forma mais íntima
possível. É esta a comissão que prepara a informação financeira, a comissão que preocupa-se
com a recolha dos dados, o lançamento da informação financeira no boletim, a anotação e
produção de um relatório final das finanças para posterior apresentação a igreja.
Regulamentos (Pág. 170 LDIMU)
O secretário das finanças e a tesoureira, caso sejam empregados remunerados da igreja,
local serão membros sem direito a voto;
As posições de tesoureira e de secretárias financeiras não devem ser assumidas pela
mesma pessoa e que as pessoas com estas posições não devem ser membros imediatos
da mesma família.
Todos os pedidos financeiros a serem incluídos no orçamento anual da igreja local
devem ser submetidos a comissão de finanças
Os fundos recebidos serão depositados prontamente de acordo com os procedimentos
estabelecidos pela comissão de finanças.
Carlos Costa, Gabriel Alves. 2008. Contabilidade Financeira. Lisboa : Editora Rei dos Livros, 2008.
Como se cria e processa o fundo de pensoes. Sebastiao, Eduardo. 2009. Luanda : s.n., 2009.
Santos, Antonio Robalo. 2008. Gestoa Estrategica. Lisboa : Escola Editora, 2008.
Victor Franco, Ana Isabel Morais, Benvindo Jesus de Oliveira. 2007. Temas de Contabilidade de Gestao.
Lisboa : Livros Horizonte, 2007.
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1.3. Perfil do Presidente de finanças
Temente a Deus;
Humilde, Calmo e paciente
Capacidade de esclarecer duvidas a pessoas idóneas,
Preferencialmente Técnico Superior
O Presidente de Finanças é 100% administrativo, este, antes que o culto inicie, já deve reunir
com o gabinete pastoral (caso se verificam necessidades) no sentido de saber se houve
alguma alteração de programa que foi tido em consideração na reunião da semana em curso.
Sua presença é indispensável na igreja ao menos duas vezes na semana, no sentido de se
informar das actividades correntes da igreja assim como acompanhar a entrega dos dízimos e
outras ofertas que foram tidas em consideração ao longo da semana.
O presidente de finanças no fim do culto não deve estar preocupado com a contagem do
dinheiro, deve sim reunir com aquelas pessoas que por qualquer motivo apresentam uma
certa duvida, deve participar das reuniões que normalmente acontecem apos o culto, quer a
nível da junta administrativa como de outros órgão, no sentido de dar o seu parecer
financeiro, reunir com a sua comissão no sentido de autorizar possíveis saídas imediatas e
definir o valor a se depositar ao banco, reunir com os pastores, a guia leiga, relações pastores
igreja no sentido de pontualiza-los relativamente as finanças da igreja.
O presidente de finanças deve fazer das finanças da igreja a ferramenta mais transparente
possível para a compreensão dos líderes, da junta e dos próprios membros.
O tesoureiro, deve ser alguém muito dinâmico e capaz de controlar a contagem dos recursos
dos membros que estiverem a organizar as finanças, caso esta esteja sendo feito com base nas
classes como tem sido hábito em algumas igrejas metodistas.
No fim do culto, a tesoureira devera receber os valores dos membros das classes, reconfirmar
os valores, apontar os valores recebidos e ditar estes valores ao secretário para anotação no
seu bloco de apontamentos. Este processo acontecera com os dízimos, ações de graças,
fundos de construções, e outros fundos que possivelmente a igreja venha a ter.
O financeiro em caso nenhum deve contar dinheiro; O financeiro em caso nenhum deve depositar dinheiro ao banco; Estas são tarefas exclusivas da tesoureira, sob orientação do financeiro.
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1.4. Tarefas do Presidente de Finanças Disciplina
Após aprovação do orçamento, as mudanças no que toca o aumento ou diminuição de
rubricas deve ser proposto pela comissão e aprovado pela junta Administrativa.
Planificar receitas e despesas da igreja;
Esta função agrega o desempenho de uma série de actividades, das quais se destacam as
politicas, a elaboração de previsões, fixação de objectivos, orçamentação e etc.
Organizar, monitorar e controlar o orçamento;
O presidente de finanças é o gestor financeiro da igreja, é fundamental que ele faca o
processo do planeamento, organização, e controlo dos recursos com vista a assegurar a
consecução da missão.
A planificação consiste na elaboração de um orçamento aonde mencionara as receitas
previstas, deduzidas dos custos previstos considerando o respectivo valor iniciais e tendo em
atenção o valor final.
A organização vai consistir no processo de orientação de tarefas relativas à facilitação das
execuções previstas no orçamento e a posterior execução.
O controlo consistira no acompanhamento directo das tarefas, apuramento dos dados
previstos aos realizados, a mensuração das respectivas variações positivas ou negativas e a
verificação do resultado final
Apresentar relatórios a Junta e a igreja;
A informação financeira é sensível. É necessário que a informação financeira esteja sempre
correcta, os dados devem ser lançados no tempo certo, pois que ela dispersa-se com muita
facilidade.
Participar das reuniões antes a após o culto;
O Pres. de Finanças é 100% administrativo, deve estar informado do que se passa na igreja,
com os organismos leigos e etc. participar das reuniões facilita a tomada de decisão financeira.
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Delega tarefas Vice:
O presidente de finanças é administrativo, ele orienta e toma decisões. Ele tem um vice e um
secretário disponíveis para a execução das tarefas definidas pela equipa. O presidente de
finanças é o mais alto responsável pela situação financeira da igreja.
Delega tarefas a Tesoureira.
Orienta pagamentos e recebimentos a tesouraria, ela atribui a responsabilidade a esta de
fornecer dados fiáveis relativos os actividade operacionais, actividades Financeiras e actividades
de investimentos.
O presidente de finanças conta com a tesoureira para lhe fornecer dados relativos ao Mapa de
Fluxos de Caixa da Igreja Local.
Delega tarefas ao Secretário de Finanças
O secretário das Finanças, de preferência que seja um jovem e que perceba muito bem de
computadores, pois que este fara todas anotações a nível das ofertas dominicais, as
contribuições semanais, deslocações e marcações de possíveis reuniões com pessoas colectivas
ou individuais.
É importante que seja alguém dinâmico e com um grau de escolaridade que lhe permita fazer
anotações, cálculo de valores, registos e capaz de explicar certas situações aos membros. Um
secretário ineficiente torna o torna a comissão insegura e com trabalhos a dobrar.
Aprovar e rejeitar pedidos de carácter financeiros;
É da responsabilidade do presidente de finanças aceitar ou não solicitações das demais
comissões, independentemente de estas constarem ou não do orçamento.
É da responsabilidade do Presidente prever futuros financeiros e através destes tomar decisões
de aceitação ou não de saídas de valores; ele responde e responsabiliza-se por tais acto de
aceitação ou rejeição.
Responsabilizar-se pela perda ou não de valores;
O presidente de finanças orientam coordena e fiscaliza a tesouraria, toda e qualquer falha que
houver a nível da tesouraria, o presidente deve tomar conhecimento e por sua vez, deve
recorrer ao guia leigo no sentido de informa-lo.
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O facto de o financeiro ser um fiscalizador, isenta-o imediatamente na contagem dos valores.
EM CASO NENHUM ESTE DEVE CONTAR RECEITAS
Na ausência da tesoureira, tem o vice e na ausência do vice tem o secretário. A equipa
trabalha sob supervisão do presidente.
Responsabilizar-se pela saúde financeira da igreja.
A igreja inclina o olhar ao presidente de finanças, este tem a responsabilidade de velar em
todos aspectos a saúde financeira da igreja. Convocando reuniões com tesoureiros e outros
indispensáveis.
Supervisionar a tesouraria das classes.
O presidente de finanças deve orientar as guias de classes a terem tesoureiras e secretários,
devera ainda orientar o uso corrente de diários, recibos e outros documentos financeiros de
modos a facilitar o melhorar o seu trabalho e a facilitar o trabalho da comissão de exame de
contas.
Supervisionar os organismos leigos.
O presidente de finanças deve orientar as organizações existentes na igreja a fim de terem
tesoureiras e secretários capaz de fornecerem relatórios trimestrais as finanças.
O presidente deve orientar formações, seminários e palestras sempre que achar necessário, as
tesoureiras, e secretários de finanças dos organismos de modos a unificar o tipo de
informação financeira da igreja.
Apresentar o valor global da igreja.
O presidente de finanças tem uma equipa extensa por esta razão. Este deve sentir-se satisfeito
quando poder apresentar o somatório de todos valores existente na igreja. (fundo da igreja,
organismos, classes, comissões, coros, etc.)
Prestar contas ao Exame de contas local.
As contas das finanças devem ser analisadas e auditadas pela comissão de exame de contas, no
sentido de procurar saber se as movimentações financeiras foram de encontro com aquelas
que foram previstas no início do ano conferencial ou civil; ela procura ainda saber se a
comissão de finanças cumpriu com as orientações estratégicas da igreja relativa as finanças e
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informação a igreja se verificou-se fiabilidade e transparência na informação financeira.
Dado a responsabilidade de informação que esta comissão solícita, é importante que seja o
presidente de finanças a prestar as respectivas contas.
Mencionar aqui que a Comissão de Exame de Contas não faz parte da Comissão de finanças.
Esta tem como tarefa auditar as contas da igreja no sentido mais amplo possível.
Prestar contas ao exame de contas distrital.
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1.5. Relatório de Finanças
1.5.1. Características qualitativas do Relatório de Finanças:
Relevância – a informação é relevante quando esta influencia as decisões a
serem tomadas.
Compreensibilidade – a informação deve ser rapidamente compreendida pelos
utentes, com dizeres simples e claros.
Comparabilidade – os utentes devem ser capazes de comparar a informação
presente com as demais.
Fiabilidade – a informação deve estar isenta de erros de modos a se evitar
equívocos e problemas nas análises.
1.5.2. Perfil do Relatório de Finanças
Devera conter uma introdução
Exemplo: “O presente relatório realça as actividades desenvolvidas pela comissão
durante o período compreendido de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2011,
nesta conformidade implica a responsabilidade em divulgar os números viáveis
sobre a arrecadação de receitas, a execução das despesas e a realidade financeira
da igreja.”
Orçamento
Exemplo: “O processo da elaboração do orçamento ou plano financeiro, vai
criar junto de todos os responsáveis igreja, a obrigatoriedade de se envolverem
nos objectivos definidos, o que conduz a um maior nível de responsabilização e
a um incremento na circulação de informação – comunicação – entre os vários
centros de responsabilidade.
Dado a importância deste documento, a Comissão de Finanças não fica de fora
na elaboração de importante documento, cujo principal objectivo é definir
metas em termo de finanças de modos a se ter uma gestão direccionada quer na
obtenção de receitas como na efectivação das respectivas despesas.”
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Falar sobre entradas
Durante o período em análise foi possível arrecadar Akz 21.436.804,87 e Usd
50.897,50 contribuindo para o efeito, as receitas com os dízimos com 31,61%,
Ofertas Dominical 20,37% e Acções de Graças com 16,54% respectivamente.
Em dólar, lideraram os dízimos com 33,52%, Acção de Graças com 24,27% e
finalmente com 16,17 % as contribuições provenientes do Colégio de Redentor.
Estas foram tidas como principais fontes de receitas ao longo do período em
análise. É importante salientar que em anos passados, a rubrica Fundo de
Construção também fazia parte das principais fontes de receitas da igreja.
Verifica-se a ausência desta rubrica pelo facto da construção do templo já ter
sido inaugurado.”
Caso haja recomendações para as entradas deve-se mencionar como no
exemplo a seguir.
Recomendações: “Para as próximas épocas, a comissão presume que rubricas
como Dízimos, Acções de Graças e Ofertas dominicais tomarão conta da
situação financeira da igreja. Desta feita, e por se ter retirado algumas rubricas
que foram parte integrante das principais fontes de receita, a comissão
recomenda ao Gabinete Pastoral e ou a Comissão de Missão e Mordomia, um
árduo trabalho em companhia da Comissão de Finanças, no sentido de
transmitir aos membros a importância das acções de graças, como e quando dar,
palestras sobre o Dizimo, e Ofertas Dominicais.“
Falar sobre saídas
Relativamente as despesas temos procurado fazer o melhor para contenção das
mesmas, de forma a permitir o aumento das poupanças, para protecção dos
salários, a finalização da construção do templo e outras rubricas não menos
importantes.
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Assim 24,71 % das despesas foram destinadas a Salários dos pastores, guardas,
secretário, limpeza e subsidio a 1 pastor; 18,53 % para pagamento dos fundos
conferenciais e 12,68 % destinados a construção do templo. 0 Percentual
remanescente, destinaram se a outros custos da igreja.
No que tange aos dólares, a comissão registou o seguinte: 55,55% destinados a
construção do templo, 38,90 % destinados a compra de bancos, e 2,68%
destinados a comissão de culto e música.
Falar de tópicos importantes na igreja que envolvam dinheiro
Exemplo: “Movimento Financeiro
A melhor forma de análise do movimento financeiro da igreja, é comparando-
o ao orçamento de modos a prevenirem-se possíveis erros. Assim, o processo da
elaboração do orçamento ou plano financeiro, vai criar junto de todos os
responsáveis da igreja, a obrigatoriedade de se envolverem nos objectivos
definidos, o que conduz a um maior nível de responsabilização e a um
incremento na circulação de informação e comunicação entre nós, membros da
Junta Administrativa.
Eis aí um extracto das principais fontes de receita em kwanzas, anteriormente
analisado”
Falar dos projectos da igreja que estão ou vão ser implementados
Hoje as nossas igrejas estão lotados de projectos; construção, inovação, renovação, expansão,
estratégicos, diversificação, modernização e substituição.
Neste capítulo, aproveita-se e fala-se dos projectos em cursos.
É importante informar aos membros da Junta Administrativa e nos membros no geral a
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relação existente entres a comissão de estudos e projectos e as finanças.
Falar da existência na tesouraria e nos bancos
A Igreja dispõe em bancos Akz 3.970.786,69 e USD 7.190,25.
Descrição Relatório Bancos Colégio Total
Kwanzas 937.319,07 1.091.198,29 1.942.269,33 3.970.786,69
Dólar 5.915,00 6.546,70 643,55 7.190,25
É importante mencionar que a habitual diferença entre as disponibilidades em
bancos serem diferentes aos constantes no relatório da tesoureira, deve-se ao
facto de ate o presente momento alunos e membros anónimos depositarem
valores as contas da igreja sem darem a conhecer a comissão.
Disponível em moedas estrangeiras: Rands 1.020,00; Euros 70,00 e Libras
25,00.
1.5.3. Organização e suas Rubricas
Numerar as rubricas
Colocar números e alíneas de modos facilitar a compreensão das questões que provavelmente
serão expostas
Organizar de acordo com sua liquidez, de forma decrescente
Convém que a organização seja feita partindo das entradas e saídas e vai terminar com aquelas
actividades cuja aplicação das receitas podem ou não ser consideradas. A questão liquidez é
fundamental nas apresentações dos relatórios.
Colocar gráficos para facilitar compreensão dos membros
Os gráficos mostram de uma forma mais resumida e clara a dimensão dos valores a serem
apresentados.
É muito mais fácil compreender um gráfico do que as explicações financeiras que em muitos
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casos o responsável pelas finanças vê-se na obrigação de utilizar termos técnicos que pode vir
a dificultar a compressão dos membros que não tenham domínio financeiro
Colocar tabelas para facilitar compreensão dos membros
As tabelas tornam ainda mais fácil a compreensão e comparação dos números ou resultados
obtidos, o que facilitara a compreensão dos membros
Devera conter um item liquidez aonde mencionaremos a situação financeira da
igreja actualizada
Os relatórios normalmente são apresentados apos três ou quatro meses, pois eles foram
avaliados pela comissão de exame de contas e ate o período das apresentações, é necessário
que se apresente o valor real da igreja ate 20 dias atrás.
.
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2. Tesouraria
2.1. Perfil do tesoureiro O tesoureiro devera ser uma pessoa responsável, Temente a Deus, fiel aos dízimos, membro
efectivo, preferencialmente alguém com poucas necessidades financeiras e formada no ramo
de economia. Sabe-se que é difícil encontrar pessoas com estes requisitos, assim,
recomendam-se pessoas que já foram tendo cargos de liderança na igreja.
2.2. Tarefas da tesoureira
2.2.1. De acordo a Disciplina
Pagara as causas representadas no orçamento da igreja local e outros fundos e contribuições
que a junta administrativa determinar, dando relatórios regulares e detalhados sobre os
fundos recebidos e consumidos pela comissão de finanças e a junta administrativa.
A tesouraria será auditada anualmente, após este processo, a tesouraria divulgara os
informação financeira a igreja local na conferencia do cargo.
2.2.2. O tesoureiro supervisiona as tarefas de tesouraria, responsabilizando-se pelos
valores das caixas que lhe estão confiadas.
É o tesoureiro o responsável pelo manuseamento dos valores, obedecer orientações do
financeiro relativamente as orientações recebidas ou negociadas com o pastor, a junta,
relações pastores igreja, curadores mordomia, guia leigo ou outro elemento que faca parte da
comissão no seu todo.
2.2.3. Analisa documentação relativa a pagamentos e recebimentos verificando a
correcção dos valores inscritos;
Antes mesmo que se efective cada pagamento ou recebimento, é necessário que o tesoureiro
com maior calma faca um resumo dos pagamentos e ou recebimentos, pois que muita coisa
pode escapar do financeiro pelas preocupações acrescidas que este tem.
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É sempre importante que o tesoureiro se certifique de cada recebimento e principalmente
pagamento a se efectivar.
2.2.4. Confere, regista e prepara ordens de pagamentos, verifica as folhas de caixa e
confere as respectivas existências;
O tesoureiro deve ter sempre bem anotado a informação financeira obtida em cada domingo
e ao longo da semana.
Devera ter em sua carteira itens como dízimos; ofertas dominicais, etc, definir devidamente
cada item em sua agenda de modos a estar preparada para cada duvida apresentada aos
membros.
Gerir dinheiro de outras pessoas é complicado e muitas vezes está-se sujeito a ser chamados
nomes incomuns pela respectiva desorganização desta informação.
2.2.5. Prepara fundos para serem depositados no banco;
As contribuições em nossas igrejas ainda são feitas em balaios, pelo que ao longo da semana
o tesoureiro tem a responsabilidade de depositar ou orientar o depósito destes valores as
contas bancarias da igreja.
2.2.6. Toma disposições necessárias para os levantamentos;
Receber e se certificar dos levantamentos efectivados as contas da igreja.
2.2.7. Assegura a provisão de numerários de caixa e participar no fecho de contas;
Saber prever um fundo de maneio para necessidades emergentes e ser rigoroso na elaboração
do fecho das contas dominicais e semanais
2.2.8. Verifica periodicamente se os valores em caixa coincidem com os valores
registados;
É de estrema responsabilidade certificar-se das existências em caixa. O risco de se verificarem
falta de valores é muito alto, pois que há aquelas atividades em que há necessidade de os
valores saírem e so depois se registarem, como quando se recebem visitas especiais e estes
venhas a precisar de passagens. Há que se ficar atento a estas situações por isso verificar o cais
sempre e compara-lo ao mencionado nos relatórios é de estrema importância.
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2.2.9. Programa e distribui o trabalho pelos diferentes caixas;
O director financeiro tem a responsabilidade de distribuir o dinheiro aos demais tesoureiros
ou assistentes caso estes venham a existir.
2.2.10. Executa outras tarefas relacionadas com operações financeiras, de acordo com
parâmetros definidos.
O tesoureiro dever ser alguém dinâmico e capaz de gerir as finanças sem sobressalto. Deve ser
alguém temente a Deus e deve orar constantemente. O dinheiro é tentação.
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2.3. Documentos a serem utilizados
pelo Tesoureiro Os documentos a serem utilizados pelo tesoureiro das igrejas, não fogem a regra ao que se
usa nas organizações lucrativas. Devemos é saber apenas como usar, uma vez que a natureza
das igreja não se assemelha as empresas com fins lucrativas, assim, explicaremos quais os
documentos a serem utilizados na igreja e a forma como devemos fazer o uso dos respectivos
documentos.
2.3.1.1. Recibo
O recibo é um dos principais documentos que um tesoureiro deve possuir, mencionar que so
através de um recibo o membro que tiver efectuado o pagamento se consegue justificar, do
mesmo jeito que a comissão se apercebe do pagamento ou não da contribuição de cada
membro.
O recibo deve ser entregue em todas situações em que a comissão de finanças recebe valores
do membro, como exemplo: os dízimos, as ofertas que forem entregues as classes para
posterior entrega a comissão de finanças, outras contribuições que foram entregues a outras
comissões que não sejam finanças e etc.
O recibo serve de comprovante de que a contribuição do membro chegou de facto a
comissão de finanças.
2.3.1.2. Notas de Despesas
As notas de despesas utilizam-se para controlo interno para aqueles casos em que se
verificaram compras ou entrega de valores em que desta não se resultam documentos de
apoio.
Como exemplo desta temos aquelas situações em que se fazem compras para alguns
membros em especiais, como doentes, velhos e etc.
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2.3.1.3. Saídas de Caixa
Estes documentos acompanham todos aqueles que trazem comprovativos ou seja, quando a
comissão de finanças comprar um computador, a factura deste devera estar anexada a saída de
caixa de modos a certificar o valor da compra do bem.
2.3.1.4. Entradas de Caixa
As entradas de caixa são de estrema importância, pois que estas apresentarão em cada
domingo a quantidade valores que se deu entrada no caixa ou tesouraria da igreja.
Nesta rubrica mencionam-se todas entradas verificadas quer seja dominicais ou ate as que
foram sendo efectivadas ao longo da semana.
2.3.1.5. Livro de Diário de Caixa (nas diversas moedas)
O livro de diário é fundamental uma vez que ate a comissão de exame de conta os precisara
para supervisão e controlo das respectivas contas.
Esta é uma ferramenta indispensável nas finanças da igreja.
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2.4. Relatório da Tesouraria
O relatório da tesoureira deve ser o mais transparente possível, pois que nela devera constar as
rubricas orçamentadas e as não orçamentadas, e para facilitar sua análise, deve-se mencionar
também as percentagens a que se correspondem as respectivas rubricas.
No relatório da tesoureira da igreja devera constar sempre os seguintes elementos:
1. Saldos Iniciais
2. Somatório das entradas
3. Somatório do saldo inicial e das entradas
4. Somatório das saídas
5. Sanatório dos saldos iniciais acrescido das entradas deduzido as saídas.
6. Saldo Final.
A informação prestada por este documento deve ser comprovada com os estratos de conta
dos bancos e com os diários de caixa.
De acordo com análise feita em algumas igrejas metodista, cheguei a conclusão de que 100%
das nossas igrejas ainda não fazem o uso devido dos documentos de tesouraria, ou seja,
continuamos a fazer o mau uso dos diários de caixa, o facto de existirem apenas diários
únicos para todas contas bancárias, o desconhecimento dos documentos financeiros e
contabilísticos como as saídas de caixa, entradas de caixa, notas de despesas, notas de créditos
e débitos e tantos outros documentos. Isto faz com que as contas a serem apresentadas nos
exames de contas nunca estejam em perfeição ou seja são contas em que os tesoureiros vão
ajustando com base naquilo que possuem em termos de liquidez
Ainda acho que as igrejas metodistas unidas tinham que trabalhar com softwares específicos
de finanças.
Este é dos relatórios mais polémicos, mas sem necessidades para tal por se tratar de um
relatório exacto.
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Relatório da Tesouraria
A informação prestada por este documento deve ser comprovada com os estratos de conta
dos bancos e com os diários de caixa.
Exposição em valor e Percentagem
O Relatório da tesouraria deve ser exposto não só em valores, mas também em percentagem.
Hoje, os números absolutos são tidos como insuficientes para análise. A análise faz-se em
termos percentuais.
Rubricas Conferenciais e Distritais
Bom é que as igrejas desenvolvam suas actividades pensando que a gestão da igreja no
latu sensu, depende da igrejas locais, ou seja:
Os valores arrecadados e disponibilizado de todas as igreja locais, pertencem a:
IGREJA METODISTA UNIDA DE ANGOLA
É fundamental que a tesouraria tenha sempre em consideração as seguintes rubricas
conferenciais:
Previdência pastoral
As igrejas devem inscrever seus pastores ao fundo de previdência pastoral;
* 1% do valor global orçado devera ser destinado as contas da previdência pastoral.
(* Por se analisar)
10% do Salário base do Pastor na igreja;
4% do Salário do Pastor;
2% do Salário do pastor.
O salário base dos pastores não deve ser inferior a 50% da remuneração total.
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Causas Financeiras Dia 24 de Fevereiro comemora-se o dia do Conselho das Igrejas Cristã de Angola.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 28 de Abril comemora-se o dia do Pastor Aposentado.
30% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 18 de Marco comemora-se o dia do Metodismo Angolano.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 24 de Maio comemora-se o dia do Pastor Aposentado.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 01 de Setembro comemora-se o dia do Leigo Metodista.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 21 de Outubro comemora-se o dia do Episcopado.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Dia 24 de Novembro comemora-se o dia da Bíblia.
100% da oferta dominical deve destinar-se aos fundos conferenciais.
Fundos Conferenciais; Estes são propostos pelo caixa geral de modos a serem orçamentados para posterior contribuição.Fundos Distritais; Estes são propostos pelo caixa distrital de modos a serem orçamentados para posterior contribuição.
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3. Orçamento Orçamento é o plano financeiro estratégico de uma administração para determinado exercício ou ano conferencial. Aplica-se tanto ao sector governamental quanto ao privado.2
Orçamento empresarial tem como objectivo identificar os componentes do planeamento financeiro com a utilização de um sistema orçamentário, entendido como um plano abrangendo todo o conjunto das operações anuais de uma empresa através da formalização do desempenho dessas funções administrativas gerais.
Um orçamento, em contabilidade e finanças, é a expressão das receitas e despesas de um indivíduo, organização ou governo relativamente a um período de execução (ou exercício) determinado, geralmente anual, mas que também pode ser mensal, trimestral, plurianual, etc.
O orçamento deriva do processo de planeamento da gestão. A administração de qualquer entidade pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, deve estabelecer objectivos e metas para um período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é, contendo valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da gestão.
3.1. Fabricação do Orçamento
Na igreja moderna, cada vez mais inseridas num mercado global, gerir é tomar decisões em
tempos oportuno, varias vezes em tempo real, para responder eficazmente aos desafios que se
lhes colocam a cada momento.
2
Angola, Conferencia Central de. 2008. Livro de Disciplina da Igreja Metodista Unida. Luanda : Centro de
Publicacao Cristã, 2008.
Carlos Costa, Gabriel Alves. 2008. Contabilidade Financeira. Lisboa : Editora Rei dos Livros, 2008.
Como se cria e processa o fundo de pensoes. Sebastiao, Eduardo. 2009. Luanda : s.n., 2009.
Santos, Antonio Robalo. 2008. Gestoa Estrategica. Lisboa : Escola Editora, 2008.
Victor Franco, Ana Isabel Morais, Benvindo Jesus de Oliveira. 2007. Temas de Contabilidade de Gestao.
Lisboa : Livros Horizonte, 2007.
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Para que a eficácia das respostas aos estímulos externos e internos passa ser coerente com os
objectivos que as igrejas se propõem alcançar, é necessário que as mesmas se enquadrem num
tipo de gestão, geralmente designada por gestão orçamental, caracterizada pela planificação
sistemática das actividades a desenvolver, pela fixação de objectivos a atingir e pela verificação
da medida em que as realizações correspondem aos objectivos previamente fixados.
Essa planificação implica a existência de um processo de gestão onde estejam presentes as
principais funções de gestão, assim identificadas por muitos atores:
Planeamento – visa a fixação dos objectivos estratégicos das organizações num horizonte de
longo prazo (plano estratégico), concretizando em medidas de acção a desenvolver e médio e
a curto prazo necessárias para que as metas definidas a nível estratégico possam ser alcançadas.
Organização - tem como propósito avaliar e determinar quais os meios materiais e humanos
que é necessário mobilizar para atingir os objectivos fixados, designadamente a definição da
estrutura das organizações mais adequadas para o efeito, tal como a identificação das varias
áreas funcionais das organizações, assim como as competências e grau de responsabilidade
dos respectivos gestores.
Motivação e coordenação - abarcam o envolvimento dos colaboradores das diferentes áreas
organizacionais na fixação quer de objectivos quer de políticas de acção, para que o processo
orçamental resulte da coordenação das várias actividades que cada um dos responsáveis se
propõe alcançar. Aqui os gestores influenciam os membros da organização, no sentido de
assegurar que estes assumem os comportamentos de trabalho indispensáveis a execução dos
objectivos estabelecidos.
Controlo - função que completa o ciclo, permitindo comparar as realizações com os
objectivos predefinidos, com o propósito de se tomarem eventuais medidas correctivas, uma
vez determinados e analisados os desvios verificados.
Enquadramento neste processo de gestão, o orçamento anual é um instrumento que permite
quantificar as medidas de acção inseridas no plano anual assim como efectuar o controlo
dessas mesmas medidas, constituindo, portanto, uma ferramenta essencial para avaliar o
desempenho.
A figura abaixo evidência de forma esquemática a articulação entre a função planeamento,
elaboração do orçamento anual e controlo orçamental, que constitui a essência da gestão
orçamental.
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3.2. Elaboração dos Programas
Os programas são elaborados em quantidades (unidades Físicas) e visam estimar um conjunto
de variáveis que traduzem os objectivos definidos em termos de venda, produção e tempo de
trabalho (actividades) das secções.
3.3. Elaboração do orçamento
Após a elaboração dos programas são elaborados os orçamentos, os quais correspondem a
uma previsão dos custos e proveitos relacionados, directa e indirectamente, com o
desenvolver da actividade da empresa.
Assim, do mesmo jeito que nas empresas existem orçamento de várias actividades, na igreja as
comissões todas devem também fazer os respectivos programas e orçamentos de modos a
serem propostos a comissão de finanças no sentido de dar o seu parecer.
3.4. Análise de desvios do Orçamento
Um dos elementos fundamental e indispensável é a análise dos desvios do orçamento. De
nada valeria os orçamentos sem esta última parte, pois esta responsabiliza-se em analisar se de
facto a igreja esteve dentro do programado ao longo do ano.
3.5. Orçamento da Comissão de Programa.
O programa tem um peso fundamental na execução do orçamento, pois que 90% do sucesso
ou insucesso dos orçamentos dependem desta rubrica. Assim, é fundamental que a comissão
de programa reúna três ou dois meses antes da elaboração do orçamento, de modos que o
presidente desta comissão traga informações certas e fiáveis relativamente ao programa de seu
elenco.
Salientar que as reuniões da comissão de programa para solicitação de orçamentos, deve ser
feito com a supervisão de alguém pertencente a comissão de finanças para possíveis
esclarecimentos.
Ver manual II – continuação “o orçamento da igreja”.
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