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Nº10, outubro 2011
CONTEÚDOS
IM,I.P.
01 Resumo
02 Descrição Meteorológica
03 Descrição
Agrometeorológica
08 Informação
agrometeorológica especifica 11 Previsão Mensal
11 Anexos
Figura 1- Número de dias em onda de calor em outubro de 2011
RESUMO
Boletim Meteorológico para a Agricultura outubro 2011 Produzido por Instituto de Meteorologia, I.P. Também disponível em www.meteo.pt
Em outubro 2011 os valores da temperatura média do ar no Continente,
estiveram muito altos nas 1ª e 2ª décadas do mês, com desvios em relação ao
valor normal (1791-2000) entre +2ºC e +9ºC e com ocorrência de 2 ondas de
calor (Fig. 1). Na 3ª década do mês, os valores já estiveram próximos ou
inferiores ao valor normal, em grande parte das regiões do Norte e Centro e
superiores ao normal na região Sul e na região Oeste.
Os valores de precipitação foram muito baixos nas 1ª e 2ª décadas do mês de
outubro, não tendo mesmo ocorrido precipitação em praticamente todo o
território do Continente. Pelo contrário, na 3ª década registou-se precipitação
em todas as estações meteorológicas, com valores foram muito elevados,
superiores aos valores normais (1971-2000).
Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água
utilizável pelas plantas, no final do mês de outubro, aumentaram, variando no
final do mês entre 20% e 80%, devido aos elevados valores de precipitação
que se verificaram na 3ª década, já que na 1ª e 2ª décadas continuavam muito
baixos.
Em 1 de outubro iniciou-se o cálculo das horas de frio acumuladas para todo o
território do continente, verificando-se que apenas nas regiões de altitude do
Norte e na Serra da Estrela ocorreram valores acumulados superiores a 125
horas.
Boletim meteorológico para a agricultura
ISSN 2182-0597Publicação Mensal
DIRETOR: Dr. Adérito Vicente Serrão
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1. Descrição Meteorológica
1ª Década, 01-10 de outubro de 2011 A situação meteorológica na 1ª década de outubro foi caracterizada por um anticiclone de
bloqueio, localizado inicialmente sobre a Europa Central, com uma depressão centrada entre os
Açores e a Madeira e uma outra no sueste europeu. Este anticiclone estendia-se a quase toda a
Europa Ocidental, desde a Escândinâvia ao Mediterrânio e da Polónia à Península Ibérica. No
decorrer da década, este anticiclone deslocou-se para oeste, vindo a localizar-se no Golfo da
Biscaia e, nos dias 6 e 7, a noroeste da Corunha. Associado a este anticiclone, uma massa de ar
muito quente e seco – Ar tropical Continental – originou valores muito elevados de temperatura,
tendo dado origem a vaga de calor em vários locais de Portugal Continental.
A corrente de leste, definida por esta situação meteorológica, sobre o Continente e a massa de ar
seco, deram origem a céu limpo, vento em geral fraco de leste e valores baixos da humidade
relativa do ar. Apenas nos dias 6 e 7 o vento soprou do quadrante norte moderado, por vezes forte
no litoral e nas terras altas, e registou-se uma descida da temperatura.
2ª Década, 11-20 de outubro de 2011 A situação meteorológica na 2ª década de outubro, de forma semelhante à 1ª década, continuou a
ser caracterizada por um anticiclone de bloqueio localizado na Europa Ocidental - Península
Ibérica e ilhas Britânicas, ou na região Atlântica próxima. Esta situação meteorológica continuou
a originar, céu limpo, vento em geral fraco do quadrante leste e valores da temperatura do ar
muito elevados, tendo sido ultrapassados, em alguns locais, os valores absolutos para outubro. O
posicionamento do referido anticiclone na região Atlântica, a noroeste da Península Ibérica, a
partir do dia 14, conjuntamente com uma depressão pouco cavada, centrada a oeste da costa
ocidental portuguesa entre 14 e 16, originaram um aumento temporário da nebulosidade e descida
gradual da temperatura do ar que se manteve, no entanto, com valores acima dos normais. Na
segunda parte da década, ocorreram, por vezes, neblinas ou nevoeiros matinais no litoral entre o
Cabo Mondego e o Cabo Raso.
3ª Década, 21-31 de outubro de 2011 A situação meteorológica na 3ª década de outubro começou por ter a influência do anticiclone dos
Açores, localizado a oeste deste arquipélago e, no dia 22, por uma depressão centrada a sul do
Continente. Nestes dias o céu esteve em geral pouco nublado, excepto na tarde de 22, na região
Sul onde houve um aumento temporário de nebulosidade e ocorreram aguaceiros. A partir do dia
23, o território do Continente passou a estar sob a influência de passagem de sistema frontais, em
geral de forte actividade, tendo-se registado valores elevados da precipitação acumulada, em
especial nas regiões do litoral, e vento por vezes forte, predominando do quadrante oeste. Na
madrugada de 24, em Faro, registou-se uma rajada 157 km/h, devido a um donwburst formado
numa supercélula associada à passagem da superfície frontal fria, tendo provocado estragos no
Aeroporto. No dia 26, a passagem de um outro sistema frontal, provocou inundações em vários
locais, em especial do litoral Norte, nomeadamente em Vila do Conde, Póvoa de Varzim e em
Braga, onde choveram 73 mm em 6 h. Nos dias 28 a 30, registou-se uma melhoria significativa
das condições meteorológicas devido à influência do anticiclone dos Açores que se estendeu em
crista para nordeste, desde os Açores até à Europa Central, originando céu pouco nublado e vento
fraco. No dia 31, um novo sistema frontal aproximou-se do noroeste do Continente, originando
aumento de nebulosidade e precipitação.
Descrição meteorológica e agrometeorológica
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2. Descrição Agrometeorológica 2.1 Temperatura Os valores da temperatura média no Continente nas 1ª e 2ª décadas foram superiores aos valores
normais 1971-2000, enquanto na 3ª década estiveram próximos ou inferiores ao valor normal, em
grande parte das regiões do Norte e Centro e superiores na região Sul e na região oeste (Figura 2).
Assim, na 1ª década os valores da temperatura média variaram entre 16.3ºC em Penhas Douradas
e Lamas de Mouro e 24.5ºC em Lisboa/G.C., e os desvios em relação aos valores normais
variaram, entre +2.7ºC em Alcobaça e +6.4ºC em Cabril. Na 2ª década aqueles valores variaram
entre 15.6ºC em Lamas de Mouro e 24.5ºC em Portalegre e os desvios variaram entre +2.3ºC em
Aveiro e +9.3ºC na Guarda. Na 3ª década os valores médios variaram entre 8.2ºC em Penhas
Douradas e 19.7ºC em Faro e os desvios variaram, entre -1.4ºC em Chaves e +2.0ºC em Faro.
Figura 2 Distribuição espacial da temperatura média do ar nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de outubro de 2011 (em cima) e
respetivos desvios em relação à média 1971-2000 (em baixo)
1ªd. 2ªd. 3ªd.
1ªd. 2ªd. 3ªd.
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2.2 Temperaturas acumuladas1/Avanço-Atraso das Culturas
No Quadro I apresentam-se os valores da temperatura acumulada no final de outubro de 2011,
para várias localidades do Continente, considerando a temperatura base de 0ºC desde 1 de
setembro 2011 e de 6ºC desde 1 de janeiro 2011. O mesmo quadro contém também informação
sobre o número de dias de atraso ou avanço potencial mensal das culturas para temperaturas base
de 0, 4, 6 e 10ºC, verificando-se que houve em avanço potencial das culturas em todas as regiões
indicadas.
Quadro I Temperaturas acumuladas (graus-dia) no mês de outubro 2011 e o acumulado desde 01 setembro-2011 e desde 01 janeiro-2011, para diferentes temperaturas base, e respetivo número de dias
de atraso ou avanço potencial das culturas no mês.
Estações
Temperaturas acumuladas no mês de outubro T acumuladas desde
T0ºC Nº dias avanço atraso
T4ºC Nº dias avanço atraso
T6ºC Nº dias avanço atraso
T10ºC Nº dias avanço atraso
01 setembro 2011
Tb=0ºC
01 janeiro 2011
Tb=6ºC
Bragança 466 6.4 342 9.1 280 11.5 164 25.0 1035 2691
Vila Real 529 7.9 405 10.9 343 13.4 221 25.6 1132 2952
Porto/P.R. 587 6.7 463 9.0 401 10.8 277 18.1 1202 3254
Viseu/C.C. 559 9.9 435 13.7 373 16.9 252 32.5 1164 2931
Coimbra/C. 598 7.3 474 7.3 412 8.6 288 13.5 1220 3348
Castelo Branco 612 7.0 488 9.2 426 11.0 302 17.6 1281 3584
Portalegre 635 9.4 511 12.5 449 15.0 325 24.8 1310 3547
Lisboa/I.G. 645 5.6 521 7.1 459 8.2 335 12.0 1249 3823
Évora/C.C. 606 7.6 482 9.9 420 11.7 296 18.4 1265 3431
Beja 637 5.7 513 7.3 451 8.6 327 12.9 1319 3760
Faro 673 5.1 549 6.4 487 7.4 363 10.8 1367 4206
2.3 Precipitação Os valores de precipitação foram muito diferentes nas 1ª e 2ª décadas em relação ao que ocorreu
nas 3ª década. Nas 2 primeiras décadas, não se registou precipitação em grande parte das estações
meteorológicas do Continente e, onde ocorreu, foi inferior a 1mm. Na 3ª década ocorreu
precipitação em todo o Continente e os totais da década variaram entre 17.1mm em Moncorvo e
321.7mm em Lamas de Mouro.
Em termos de percentagem em relação ao valor normal 1971-2000, a precipitação na 1ª e 2ª
décadas foi muito inferior ao valor normal, enquanto que na 3ª década foi muito superior ao
normal, acima de 250% em várias regiões do território (Figura 3, em baixo).
1Método das temperaturas acumuladas (Ta)/graus-dia: permite analisar o efeito da temperatura na fenologia das plantas. Admitindo que a
temperatura base (Tb) é aquela a partir da qual determinada espécie se desenvolve, num período de n dias a Ta é o somatório das diferenças entre a
temperatura média diária e a Tb. Sempre que a temperatura média diária for inferior à Tb, a Ta considera-se nula.
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Figura 3 Precipitação total nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de outubro (em cima) e respetiva percentagem em relação à média
1971-2000 (em baixo).
Em relação à precipitação acumulada desde o início deste novo ano agrícola 2011/12 (01
setembro e 31 de outubro 2011), os valores são inferiores aos normais (1971-2000), exceto na
região de Lisboa e Vale do Tejo e em parte da Beira Interior e do Alentejo. Os valores
acumulados de precipitação variaram entre 24.6mm em Mogadouro e 361.4mm em Lamas de
Mouro (Figura 4, esq.). A percentagem da quantidade de precipitação, acumulada desde o início
do ano agrícola, em relação à normal, variou entre 27% em Travancas (concelho de Chaves) e
164% em S. Julião do Tojal (Figura 4, dir.).
1ªd. 2ªd. 3ªd.
1ªd. 2ªd.
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Figura 4 - Precipitação acumulada desde 1 de setembro a 31 outubro de 2011 (esq.) e percentagem em relação à
média 71-2000 (dir.)
2.4 Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo
Apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura e da precipitação a Norte e a Sul do
rio Tejo e respetivos desvios em relação a 1971-2000 para o mês de outubro (Quadro II).
Quadro II Temperatura e Precipitação a Norte e a Sul do Tejo – outubro 2011
2.5 Evapotranspiração de referência2
Na Figura 5 apresenta-se a distribuição espacial, por décadas, dos valores de evapotranspiração de
referência (ETo, Penman-Monteith) em outubro de 2011, estimada com base em análises do
modelo numérico “Aladin3”, e segundo o método da FAO. Verifica-se que na 1ª década ocorrem
os valores mais elevados de ETo em particular nas regiões do interior centro e sul, da ordem dos
40 mm; Na 2ª década os valores diminuem, registando-se os valores mais altos no interior da
região centro e no sotavento Algarvio; Na 3ª década a ETo volta a diminuir significativamente em
todo o território.
2Este produto está em fase de testes
3Modelo de previsão numérica, de área limitada, desenvolvido e aplicado no âmbito do consórcio europeu “Aladin”
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Na Figura 6 apresenta-se a distribuição espacial da evapotranspiração de referência (ETo,
Penman-Monteith) acumulada entre 01 de setembro (início do ano agrícola) até 31 de outubro de
2011, onde se verifica que a região oriental entre a Beira Baixa e o Alto Alentejo, apresenta os
valores mais altos (superiores a 120mm), enquanto que os valores mais baixos ocorrem em quase
toda região Norte e o quase todo o litoral Ocidental.
Figura 5 – Evapotranspiração de referência nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de outubro 2011
Figura 6 – Evapotranspiração de referência acumulada de 1 de
setembro a 31 outubro 2011
3ªd.
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2.6 Água no solo
Os valores em percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água utilizável pelas
plantas, foram muito baixos nas primeiras 2 décadas de outubro, inferiores a 20% em quase todo o
território, no entanto na 3ª década, devido às elevadas quantidades de precipitação, os valores de
água no solo aumentaram significativamente estando agora no final do mês todo território entre
20% e 80% de percentagem de água no solo, apresentando-se algumas regiões com valores acima
dos 60%, em particular o Minho e a Beira Interior. (Figura 7).
Figura 7 - Percentagem de água no solo nas 1ª, 2ª e 3ª décadas de outubro 2011
3. Informação agrometeorológica específica
3.1 Número de horas de frio
Na Figura 8 apresenta-se o número de horas de frio (temperaturas inferiores a 7.2ºC) acumuladas
desde o dia 01 de outubro de 2011, estimados a partir de análises do modelo numérico Aladin.
Verifica-se que nas regiões de altitude do Norte e serra da Estrela o número de horas de frio
acumulados é superior a 125 horas. No quadro III apresentam-se os valores do número de horas
de frio acumulados em outubro 2011 nas sedes de distrito de Portugal Continental.
No quadro IV apresenta-se as horas de frio para a pêra rocha, estimado para os concelhos da
região oeste, os 7 maiores valores médios do número de horas de frio, assim como os respectivos
valores máximo e mínimo e na sede de concelho.
1ªd. 2ªd. 3ªd.
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Quadro III Número de horas de frio entre 01 e 31 outubro de 2011
Figura 8 Número de horas de frio acumulados entre 01 e
31 de outubro de 2011 em Portugal Continental (análises
do modelo Aladin).
Quadro IV Número de horas de frio entre 01 e 31 outubro de 2011
(análises do modelo numérico Aladin)
Estações Média do Concelho
Mínimo no Concelho
Máximo no Concelho
Sede de Concelho
Batalha 17.8 10 23 16
Porto de Mós 15.0 0 21 19
Nazaré 13.1 10 15 13
Alcobaça 12.7 6 19 13
Marinha Grande 9.8 2 19 15
Leiria 9.4 3 21 10
Caldas da Rainha 6.5 2 10 5
Bombarral 4.7 2 6 5
Distrito Valor sede distrito
V. Castelo 1
Bragança 86
Vila Real 35
Braga 32
Porto/P.R 19
Viseu 10
Aveiro 3
Guarda 44
Coimbra 1
C. Branco 0
Leiria 10
Portalegre 0
Santarém/F.B 0
Lisboa/I.G. 0
Setúbal 0
Évora 0
Beja 0
Faro 0
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3.2 Temperaturas acumuladas para a cultura da Vinha Nota: Este produto iniciará novamente o seu cálculo em janeiro de 2011, cujos resultados serão
disponibilizados neste boletim, considerando para a vinha a temperatura base para o abrolhamento de
3.5ºC, a qual corresponde à temperatura base das castas de referência para Portugal Continental, Fernão
Pires e Castelão, da coleção ampelográfica nacional, localizada na Estação Vitivinícola Nacional em
Dois Portos.
No sítio do IM na internet, em:
http://www.meteo.pt/pt/agrometeorologia/produtos.especificos/index.jsp
disponibiliza-se a distribuição espacial da temperatura acumulada para a vinha entre 01 de abril e
30 de setembro de 2011, para uma temperatura base de 10ºC, para Portugal Continental. No final
de setembro os maiores valores, superiores a 2000 graus-dia, ocorreram a sul do sistema
montanhoso Montejunto-Estrela (exceto no litoral sul) e nalgumas áreas do interior Norte e
Centro. Os menores valores, inferiores a 1400 graus-dia, ocorreram nalguns locais de altitude do
Norte e na Serra da Estrela.
No quadro V, apresentam-se os últimos valores da temperatura acumulada no período de 01 de
Abril a 30 de Setembro de 2011 para as regiões vitivinícolas, estimados a partir de análises do
modelo numérico Aladin.
Quadro V Temperaturas acumuladas entre 01 de abril e 30 de setembro de 2011 para a temperatura base de 10ºC, na vinha (estimadas pelas análises do modelo numérico Aladin)
Regiões Vitivinícolas
T acumuladas (ºC) desde 01 de abril 2011 Tb = 10ºC
Média Mínimo Máximo Valor na Sede distrito
Alentejo 2137 1581 2461 Portalegre – 1985 Évora – 2073 Beja – 2177
Algarve 2097 1588 2453 Faro – 2370
Península Setúbal 2017 1563 2245 Setúbal – 2142
Tejo 1979 1435 2228 Santarém – 2031
Douro e Porto 1862 1095 2222 Porto –*1608
Vila Real – 1564 Pinhão – 1951
Beiras 1773 606 2472
Viseu – 1728 Aveiro – 1592 Guarda – 1457 Coimbra – 1746
Castelo Branco – 2333
Lisboa 1631 1352 2199 Lisboa – 1886 Leiria – 1585
Trás-os-Montes 1532 723 2211 Bragança – 1555
Minho 1478 674 1856 Viana do Castelo – 1345
Braga – 1665 * Inclui-se o valor da sede do distrito do Porto apesar de não pertencer à região vitivinícola Douro e Porto
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Previsão Mensal para o Território do Continente (com base no modelo do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo ECMWF)
(Data de referência para a previsão: 10/11/2011)
Período de 14/11/2011 a 11/12/2011
Na precipitação total semanal prevêem-se valores acima do normal, para todo o território, nas
semanas de 14/11 a 20/11, de 21/11 a 27/11 e de 28/11 a 04/12. Na semana de 05/12 a 11/12 não é
possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.
Na temperatura média semanal prevêem-se valores acima do normal, para todo o território, nas
semanas de 14/11 a 20/11 e de 21/11 a 27/11. Nas semanas de 28/11 a 04/12 e de 05/12 a 11/12
não é possível identificar a existência de sinal estatisticamente significativo.
ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal (outubro 2011) Baseado nos dados registados na rede de estações meteorológicas automáticas do IM.
ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em outubro de 2011 No quadro A1 apresentam-se os valores médios decendiais da temperatura mínima (Tmin),
temperatura máxima (Tmax) diárias e da humidade relativa às 09UTC (HR) a 1.5 m, da
precipitação (Prec) e do vento médio diário (V) a 10 m.
ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em outubro de 2011
No quadro A2 apresentam-se os valores decendiais da temperatura da relva (Trelva), temperatura
do solo a 5 e a 10cm de profundidade (Tsolo), da evapotranspiração de referência (ET0) estimada
com base em análises do modelo numérico “Aladin” e segundo o método da FAO para as 3
décadas do mês e o valor acumulado no ano agrícola em curso 2011/2012 (com início a 1 de
setembro e fim a 31 de agosto), e percentagem de água no solo, em relação à capacidade de água
utilizável pelas plantas.
ANEXOS
Previsão Mensal
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ANEXO I - Carta da radiação solar global mensal em outubro de 2011
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ANEXO II - Valores de alguns elementos meteorológicos em outubro de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)
Quadro A1
Estação Tmin (ºC) Tmáx (ºC) Prec (mm) HR (%) V (Km/h) ( a 10m)
Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª V. Castelo 13.6 12.1 9.4 26.0 24.7 18.6 0.0 0.2 201.2 61.6 66.8 83.1 2.1 1.9 3.0 Bragança 9.6 8.8 4.4 27.2 27.9 16.6 0.0 0.0 71.5 62.8 56.9 86.3 1.3 1.1 2.1 Vila Real 14.0 13.4 7.4 27.8 27.6 17.0 0.0 0.0 161.7 58.0 53.8 76.9 1.6 1.0 6.1 Braga 11.5 8.8 8.4 30.9 30.4 20.9 0.0 0.0 230.0 66.1 80.1 87.8 1.2 0.8 2.0 Porto/P.R 15.9 13.7 - 27.7 26.3 - 0.0 0.3 - 52.1 62.1 - 2.8 2.4 - Viseu 16.0 16.7 9.0 27.3 28.0 17.0 0.0 0.0 81.5 48.9 41.2 75.9 3.7 2.9 4.3 Aveiro 15.3 13.1 11.8 26.6 24.9 20.3 0.0 0.0 - 59.9 70.6 73.2 2.3 1.6 3.4 Guarda 13.3 14.9 7.1 23.5 25.1 13.6 0.0 0.0 167.0 58.7 44.4 82.2 3.4 2.2 4.8 Coimbra 16.0 15.2 11.4 30.6 29.7 20.5 0.0 0.0 45.9 54.1 53.5 74.4 2.2 1.7 3.8 C. Branco 16.6 15.3 10.7 29.7 29.4 20.0 0.0 0.0 117.4 45.5 42.8 76.9 3.1 1.9 6.1 Leiria 11.8 10.2 - 30.3 30.1 - 0.0 0.0 - 79.4 84.9 - 1.6 1.2 - Portalegre 18.6 19.8 12.0 28.9 29.3 19.5 0.0 0.0 68.2 43.1 32.0 78.4 3.8 2.4 4.0 Santarém/F.B 16.1 13.4 11.6 32.0 30.9 22.2 0.0 0.0 108.6 54.9 67.8 80.1 2.3 1.7 3.3 Lisboa/I.G. 19.3 17.5 14.3 29.4 28.6 22.0 0.0 0.0 114.2 59.1 68.2 76.5 3.7 2.5 4.5 Setúbal 15.2 11.9 11.3 31.1 30.1 22.8 0.0 0.0 82.4 57.2 75.6 81.5 2.0 1.2 2.3 Évora 14.1 12.4 10.8 30.9 30.5 22.1 0.0 0.0 44.9 48.1 60.0 80.6 3.1 2.0 4.2 Beja 16.0 15.5 12.5 30.8 30.4 22.1 0.0 0.0 63.0 56.0 57.4 80.2 2.8 2.2 4.1 Faro 20.3 17.4 16.6 28.1 26.4 22.8 0.0 0.0 60.2 53.2 58.0 67.0 4.1 3.0 5.6
à frente do nosso tempo
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior 14/14 Instituto de Meteorologia, I. P.
Rua C – Aeroporto de Lisboa Tel.: (351) 21 844 7000 e-mail: [email protected] 1749-077 Lisboa – Portugal Fax: (351) 21 840 2370 URL: http://www.meteo.pt
ANEXO III - Valores de alguns elementos agrometeorológicos em outubro de 2011 por década (1ª, 2ª e 3ª)
Quadro A2
Estação Trelva (ºC) Tsolo 5cm(ºC) Tsolo 10cm(ºC) ET0 (mm) Água Solo (%)
Década 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª 1ª 2ª 3ª Acumu-lado 1ª 2ª 3ª
V. Castelo 11.1 9.5 7.8 17.0 15.0 11.5 18.3 16.7 12.4 9.6 6.3 10.9 62.8 13 11 58 Bragança 7.9 6.7 3.4 15.5 13.4 8.3 16.4 14.5 9.1 9.3 8.3 7.5 79.8 15 14 41 Vila Real 10.6 8.6 7.1 16.1 13.7 8.3 17.8 15.8 9.7 8.7 8.7 8.5 64.9 6 5 40 Braga 8.6 5.5 12.3 16.2 13.5 13.3 17.5 15.2 15.0 9.9 6.3 10.9 62.3 8 7 85 Porto/P.R 10.8 8.5 - 17.7 16.2 - 18.9 17.4 - 10.3 6.8 12.1 64.8 12 10 50 Viseu 11.2 9.5 5.6 18.9 18.0 12.1 19.8 19.0 12.8 9.3 7.2 9.3 85.5 13 11 59 Aveiro 11.8 9.7 9.2 19.3 17.3 13.9 19.2 17.6 14.6 10.6 5.6 10.4 53.0 5 4 - Guarda 9.8 8.9 5.3 16.5 15.7 11.2 17.5 16.6 12.0 8.1 7.8 7.4 98.5 19 17 41 Coimbra 12.3 10.6 9.3 20.0 19.0 14.7 20.6 19.5 15.2 14.2 7.3 12.5 66.6 6 5 29 C. Branco 13.9 11.5 9.0 17.9 15.8 11.7 18.7 17.1 12.5 13.1 9.7 13.1 143.7 6 5 65 Leiria 9.7 8.0 6.6 17.2 15.5 - 18.6 17.1 - 9.5 5.8 8.9 46.4 3 3 - Portalegre 18.0 18.7 11.7 - - - - - - 12.0 7.7 10.5 133.2 7 6 46 Santarém/F.B 13.9 11.2 10.2 20.8 19.7 17.0 21.2 20.4 17.6 8.4 6.5 11.0 84.9 4 4 40 Lisboa/I.G. 16.8 15.2 12.3 19.8 18.7 16.4 20.6 19.6 17.3 9.7 8.6 8.8 101.9 10 8 54 Setúbal 13.3 10.2 9.7 20.6 18.2 14.8 20.3 18.2 15.4 7.7 6.1 7.2 92.9 6 6 79 Évora 10.3 8.5 7.7 19.6 18.1 15.5 20.5 19.0 16.3 6.6 5.7 8.4 98.3 9 8 30 Beja 10.9 9.7 9.7 21.2 20.0 16.7 22.3 21.0 17.9 7.1 5.0 7.8 106.4 12 11 44 Faro 20.0 17.0 16.4 24.7 22.9 20.2 25.2 23.5 20.7 13.7 11.7 15.7 130.3 1 1 33
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